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ICN/Marinha do Brasil

O S-40 Riachuelo vai ganhando forma na UFEM. Em breve, vai ser transportado para o EBN para ser concluido

Brasil tem o mar como forte tivesse “força naval de envergadura”, privada, que reúne grandes empresas
referência no seu desenvolvi- incluindo submarinos com propulsão dos mercados nacional e internacional,
mento socioeconômico, pois nuclear. Um acordo de transferência sob a coordenação da Marinha do Brasil,
é uma fonte de riquezas minerais, de tecnologia entre Brasil e França foi tornaram Itaguaí possível.
energia e alimentos nos seus 8,5 mil ¿UPDGR H[FHWR FRP UHODomR j WHFQR- A construção dos cinco submarinos
quilômetros de costa. É nessa área logia nuclear, que é toda brasileira) foi orçada em 6,690 bilhões de euros
marítima que acontecem as ativida- para a produção de quatro submarinos (cerca de R$ 25 bilhões, pelo câmbio
des pesqueiras, o comércio exterior e convencionais destinados a substituir a de junho/2016), pagos em até 20
a exploração de recursos biológicos e frota já existente, mais a fabricação do anos. Um dos principais aspectos do
minerais. O mar é o caminho de 95% primeiro navio com propulsão nuclear. programa é outorgar ao Brasil a ca-
das exportações e importações e guar- O ProSub vai dotar a indústria local pacidade de projetar, construir, operar
da cerca de 90% do petróleo nacional. com tecnologia nuclear no “estado-da e manter seus próprios submarinos
A imensa riqueza das águas, do leito e -arte”, um objetivo apregoado na END. convencionais e com propulsão nuclear.
do subsolo marinho nessa área denomi- A concretização do programa fortalece, A Coordenadoria-Geral do Programa
nada de “Amazônia Azul”, compreende ainda, setores de importância estratégi- de Desenvolvimento de Submarino
3,5 milhões de quilômetros quadrados. ca para o desenvolvimento econômico com Propulsão Nuclear (COGESN) é
A ampliação dessas fronteiras para os do País, priorizando a aquisição de com- o setor da Marinha, subordinado à
limites da Plataforma Continental, ele- ponentes gerando um forte incentivo ao Diretoria-Geral do Material da Marinha
vando a área marítima para cerca de parque industrial doméstico. (DGDNTM), responsável pelo gerencia-
4,5 milhões de quilômetros quadrados Para materializar os cinco submari- mento de todas as atividades de proje-
(o equivalente à metade do território nos, o ProSub contempla a construção to, desenvolvimento, nacionalização e
terrestre), é uma antiga reivindicação de um complexo de infraestrutura construção, sendo, portanto, a gestora
do Estado Brasileiro. industrial e de apoio à operação, que de todos os contratos comerciais com
Para proteger esse patrimônio e engloba os Estaleiros, a Base Naval e empresas parceiras.
garantir a soberania no mar, a Marinha a Unidade de Fabricação de Estruturas A França oferece, através de um
do Brasil investe na sua expansão e no Metálicas (UFEM), no município de Ita- extenso e complexo programa de trans-
desenvolvimento da indústria da defesa. guaí (RJ). As inaugurações da UFEM e ferência, toda a tecnologia não nuclear
Parte essencial desse processo é o Pro- do prédio principal do estaleiro repre- para os projetos e construções, isso a
grama de Desenvolvimento de Subma- sentam a conclusão das duas primei- cargo da Direction des Constructions
rinos (ProSub). A Estratégia Nacional de ras etapas do programa. Importantes Navales et Services (DCNS). O grupo
Defesa (END) estabeleceu que o Brasil parcerias entre as iniciativas pública e francês, com mais de 350 anos de expe-

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riência na construção de navios de guer-
ra é um dos líderes mundiais no setor.
A Construtora Norberto Odebrecht
(CNO) é a parceira nacional escolhida
pela DCNS por ser reconhecida inter-
nacionalmente como capaz de execu-
tar obras civis e atividades industriais
complexas. Inicialmente, a demanda
era por uma renomada empreiteira que
pudesse, a partir do projeto francês,
construir os estaleiros e a base naval.
Diante da expertise da Odebrecht, a
SDUFHULD VH LQWHQVL¿FRX -XQWDV 2GH-
brecht e DCNS constituíram uma So-
FLHGDGHGH3URSyVLWR(VSHFt¿FR 63( 
a Itaguaí Construções Navais (ICN), em
que a Marinha do Brasil tem uma ação
golden share (com capacidade de veto)
e também o Consórcio Baía de Sepetiba,
TXH¿FRXUHVSRQViYHOSHODFRRUGHQDomR
das interfaces e da integração do tra-
balho feito pelas empresas envolvidas
no programa, como assessoramento à
gestão realizada pela COGESN.
A ICN é a responsável pela cons-
trução dos submarinos convencionais Seção de ré do S-41 Humaitá na UFEM
e com propulsão nuclear. É na UFEM
que acontece a produção, instalação
e montagem das estruturas internas,
tubulações, dutos, suportes, sistemas e
equipamentos nas seções. A Nuclebrás
Equipamentos Pesados (NUCLEP) está
encarregada da mecânica pesada; com
suas enormes prensas, calandras e má-
quinas de corte e solda, molda chapas
de aço, formando as calotas de vante e
ré, anéis metálicos que são as subseções
dos cascos dos submarinos. Em seguida,
essas subseções cilíndricas são alinhadas
e unidas, dando origem às quatro seções
que compõem o casco resistente.

ITAGUAÍ, TRÊS ANOS DEPOIS


A viagem até Itaguaí (a 69 km do
Rio de Janeiro), saindo do 1º Distrito
Naval, foi feita por estradas modernas,
com alguns trechos contando, inclusive,
com iluminação noturna que recebe
energia coletada por painéis solares.
A entrada no complexo acontece pela
UFEM (57 mil m² de área construída),
localizada estrategicamente bem ao
ODGRGD18&/(3$SyVXPUiSLGREULH¿QJ
e apresentação de palestra institucional
sobre o ProSub, tem início a visita. Um
kit EPI com jaleco, capacete e óculos de os lados, como em qualquer grande e restar qualquer dúvida, alinhado ao seu
segurança é entregue a cada visitante. A moderna indústria. Mas quando se entra lado está o Humaitá ganhando forma em
VHJXLUGHVORFDPHQWRDSpDWpDR¿FLQD QDR¿FLQDSULQFLSDODtVLPRLPSDFWRp suas seções e vasos de pressão. Guin-
principal de montagem da UFEM. Já foi GH¿QLWLYR &RPR VH IRVVH XP HQRUPH dastes, maquinário pesado, operários e
SRVVtYHO YHUL¿FDU D GLIHUHQoD GH WUrV brinquedo Lego de montar, lá está o pessoal de segurança, todos em função
anos antes, quando só havia naquele Riachuelo em avançado estágio de fabri- de terminar o gigantesco quebra-cabe-
trecho centenas de operários, muita cação, as seções alinhadas e recebendo ças que é a construção de submarinos.
poeira, e dezenas de caminhões em o “recheio” de equipamentos e sistemas 1RDOPR[DULIDGRHQDVR¿FLQDVGLVSRVWDV
uma verdadeira faina de formigueiro envolto por um emaranhado de andai- ao lado da principal, mais trabalho, mais
(ver T&D nºs 133 e 139). mes, tubos de ventilação e spots de material e mais gente.
Em novembro de 2016, o que se vê iluminação. É algo grandioso, tanto no Na área externa da UFEM, próximo
são funcionários atarefados por todos YLVXDOTXDQWRQRVLJQL¿FDGR3DUDQmR ao estacionamento dos ônibus que tra-

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ShipLift visto de frente, as linhas no chão receberão futuramente
os trilhos do sistema de movimentação em solo dos submarinos

zem os operários e funcionários, está


XPDVHomRGHTXDOL¿FDomRXVDGDSDUD
treinar os soldadores nas avançadas
técnicas de corte e solda empregadas
no casco resistente para produzir as
intervenções. A peça tem o mesmo
tamanho e forma de uma seção de
proa, e mesmo ali a preocupação com
a segurança dos processos industriais
é algo patente por parte da Marinha e
do pessoal da ICN, que orientam sobre
o ângulo possível para a realização
de imagens.
Visitar o estaleiro e base (EBN)
requereu um micro-ônibus para uma
pequena viagem de 3,5 km, passando
por uma estrada, a Via Litorânea, es-
pecialmente preparada para suportar
o peso dos submarinos quando forem
transportados até os estaleiros. Por
essa via chega-se a área norte, um
enorme canteiro de obras onde as
estacas, partes e peças gigantes em
concreto usadas no lado sul são pre-
paradas e embarcadas em barcaças
especiais, após serem manipuladas por
pontes rolantes enormes. Nesse local,
D GLPLQXLomR GR ULWPR GDV REUDV ¿FD
evidente, se comparado com a visita
em 2013. Futuramente, ali será erguido
um terminal rodoviário, um Centro de
O acesso principal da UFEM (estrategicamente posicionada Descontaminação Radiológico, um La-
ao lado da NUCLEP) está distante 3,5 km do EBN área sul. boratório de Monitoramento Ambiental
Aqui os submarinos começam a tomar forma antes de serem e os controles do acesso a toda a área
transportados para o estaleiro de construção, onde serão finalizados (main-checkpoint).

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Acima: vista aérea de todo o EBN,
observar os quebra mares dimensionados para
resistir a tsunamis e chuvas centenárias.
Ao lado: entrada do túnel de 703 metros, pelo
lado norte. Altura e largura de modo que
os submarinos possam por alí passar

Para acessar o lado sul do empre-


endimento, é necessário atravessar
os 703 metros do túnel escavado na
rocha, com 14 metros de diâmetro. A
via resultante possui largura e altura
necessárias para permitir a passagem
dos submarinos, quando forem envia-
dos a EBN, montados em transporta-
dores especiais, para serem concluídos
e colocados em serviço. Do outro lado
desse túnel, uma ampla visão de todo
o local de implantação do estaleiro
onde serão realizadas as etapas de
montagem, lançamento, operação e
manutenção dos submarinos, uma
gigantesca área de 487 mil m2, que
compreende também a área sul da
base naval, que abrigará o Comando da Por questões de segurança, é vedado o submarinos ao mar e no recolhimento
Força de Submarinos, projetada para acesso ao prédio principal do estaleiro para manutenção. Essa máquina de
apoiar os submarinos convencionais de construção, que se destaca dos dimensões titânicas é constituída por
e o de propulsão nuclear que serão demais com seu pé direito imenso e uma plataforma estrutural que se move
sediados no complexo militar e treinar/ grande volume. na vertical, possibilitando que a embar-
TXDOL¿FDUVXDVWULSXODo}HV$iUHDVXO A reportagem de T&D obteve au- cação, ao entrar na doca do elevador
LUiFRPSRUWDUDR¿QDOGDVREUDVGRLV torização para acessar o cais 13, de de navios, seja elevada ao nível do cais
estaleiros, um de construção, onde está frente para esse prédio e onde en- e movimentada para o pátio ou para o
sendo instalado o elevador de navios, e contra-se uma maquete 3D do EBN. prédio do estaleiro. Instalado em área
outro de manutenção de submarinos; Ao lado desse cais, está o elevador de marítima, a plataforma elevatória pos-
a base naval e o complexo radiológico. navios, empregado no lançamento dos sui 110 metros de comprimento por 20

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metros de largura e sua estrutura su- Para prover proteção adicional e Uma das empresas que participa da
porta cargas de até oito mil toneladas. operar equipamentos especiais próprios construção do Estaleiro e Base Naval e
Nesse ponto da visita, durante para emergências com radiação, um submarinos, a construtora Odebrecht,
a demonstração feita usando a ma- batalhão de fuzileiros navais com quali- está sendo investigada na 23ª fase da
TXHWH'¿FDLPSRVVtYHOQmRVHLP- ¿FDo}HVHHTXLSDPHQWRV'14%5GR&)1 “Lava Jato” e na 26ª fase da operação,
pressionar com o tamanho da obra e ¿FDUi DTXDUWHODGR QR (%1 UHIRUoDQGR GHÀDJUDGDV UHVSHFWLYDPHQWH HP IH-
seus milhares de pequenos e grandes a proteção militar dessas instalações vereiro e em março de 2016. Segundo
detalhes. Por exemplo, os dois quebra estratégicas. A Marinha também poderá divulgou a Agência Brasil, em junho
-mares, dispostos na entrada e saída, realizar a defesa aérea e antiaérea do último, o TCU informou estar analisando
são dimensionados para diminuírem o EBN em conjunto com a Força Aérea, diversos processos relativos à construção
impacto de um tsunami. Com relação considerando-se que a Base Aérea de dos cinco submarinos e dois relacionados
ao nível do mar, as partes da EBN 6DQWD &UX] ¿FD H[DWDPHQWH QD UHJLmR HVSHFL¿FDPHQWH j FRQVWUXomR GR HVWD-
que abrigam o complexo radiológico da Baia de Sepetiba e, ao decolar, os leiro. No entanto, como são sigilosos, o
destinado ao SN-BR são mais ele- aviões têm contato visual com Itaguaí tribunal a época não forneceu mais deta-
vadas alguns metros que o restante em minutos. Um detalhe interessante, lhes. Um dos dois processos relativos ao
da obra, garantindo que, mesmo na revelado antes do término da visita e estaleiro apurava “possíveis sobrepreços
ocorrência de uma elevação do nível demonstração, é que o cais 13 e toda e outras irregularidades nas obras de
das águas, permaneça segura. A se- a área visualizada em obras do EBN, construção”. A Marinha se pronunciou
gurança radiológica foi um elemen- a partir daquele ponto, é resultado do R¿FLDOPHQWH GL]HQGR TXH R 7&8 YHP
to crucial de todo o projeto, e isso aterramento com areia oceânica e rochas acompanhando o desenvolvimento do
VLJQL¿FD DEDVWHFLPHQWR GH HQHUJLD e posterior instalação de milhares de ProSub desde o início, realizando au-
elétrica sem interrupções para manter estacas de concreto, capazes de suportar ditorias e fazendo recomendações que
todos os equipamentos e sistemas as milhares de toneladas de peso de toda têm sido cumpridas (ver entrevista).
sensíveis continuamente em funcio- a obra, suspensa sobre a lâmina d’água $OpP GLVVR D ¿P GH HVFODUHFHU TXHV-
namento. Para conseguir um elevado em concreto armado. Essa enorme es- tões como as que o MPF está apurando,
nível de redundância, o EBN, além do trutura suporta todas as necessidades representantes da Procuradoria e do
fornecimento normal de eletricidade, de equipamentos elétricos, hidráulicos, Ministério Público Militar (MPM) visitaram
contará com uma linha de transmissão mecânicos, pontes rolantes, guindastes, DVLQVWDODo}HVGH,WDJXDtQR¿QDOGRPrV
de energia elétrica exclusiva, e caso JUXDVR¿FLQDVHWXGRRPDLVUHTXHULGR de julho. A Marinha informou que a
esta também venha a falhar (um “apa- para o bom funcionamento do EBN, Diretoria de Obras Civis não encontrou
gão” nacional do sistema), geradores sendo preparada para aguentar o castigo nenhum indício de irregularidade. “Até o
montados no complexo radiológico, de terremotos, maremotos e chuvas mi- presente momento, as auditorias inter-
capazes de suportar as instalações lenares, e ainda assim manter-se de pé. nas conduzidas pela Marinha do Brasil,
em segurança durante uma situação com o apoio de empresas independentes
emergencial, serão acionados e man- SUPERANDO DIFICULDADES (IBEC e Fundação Getúlio Vargas), não
tidos ligados em sistema de rodízio. O apontaram quaisquer irregularidades
complexo radiológico é a área em que No final de 2015, a Procuradoria QD H[HFXomR GR FRQWUDWR´ D¿UPRX R
serão feitas as trocas do combustível Geral da República começou a investigar Comando da Força em nota. As ações
nuclear. Equivale a um prédio de 16 uma possível suspeita de irregularidades em curso no TCU e no MPF não estão
andares interligado a duas docas se- na construção dos estaleiros em Itaguaí. causando atrasos no cronograma de
FDV HVSHFt¿FDV SDUD RV VXEPDULQRV Segundo a assessoria do órgão, o pro- construção dos submarinos, segundo
com propulsão nuclear, e dois cais de cesso foi instaurado a pedido do Tribunal essa mesma nota.
apoio. Há ainda uma unidade móvel, de Contas da União (TCU) e tramita em A questão orçamentária, mesmo
feita em estrutura metálica, totalmen- segredo de Justiça desde janeiro deste com a inclusão do ProSub no Progra-
te blindada, para acesso ao reator DQR$LQYHVWLJDomR¿FRXDFDUJRGRSUR- ma de Aceleração do Crescimento,
instalado dentro do submarino. curador da República Ivan Cláudio Marx. o PAC, impactou no cronograma das

O capitão-de-mar-e-guerra RM1 Lindgren, A Seção de Qualificação para soldadores, com a mesma


responsável por conduzir a visita a Itaguaí, faz uma conformação de uma seção dos S-BR, fica na parte externa,
apresentação sobre o EBN no cais 13, onde está ao lado do pátio de estacionamento dos ônibus
colocada uma maquete 3D do empreendimento
Vista posterior do prédio principal do estaleiro, onde os submarinos serão completados após passarem pelo túnel

obras, que foi reajustado. Um atraso nais de Gestão de Ciência, Tecnologia Federal para o orçamento do próximo
programado de dois anos foi efetuado e Inovação da Marinha e de Gestão do ano encaminhado ao Congresso Nacional
com relação ao SN-BR, que vai preci- ProSub e do PNM. A COGESN e o Centro prevê um aumento de R$ 11 bilhões para
sar, quando da ativação do complexo Tecnológico da Marinha em São Paulo a Defesa, e parte desse valor deverá ser
radiológico, perenidade de recursos (CTMSP) passarão a ser subordinados à repassado ao programa. A grande prio-
para manter a qualidade de processos nova Diretoria Geral, que também terá ridade decidida, são as instalações ur-
e segurança no manuseio e posse de como organização militar subordinada gentes e a construção dos submarinos.
material nuclear. O sequenciamento a ser criada, o Centro Tecnológico da O efeito da crise econômica vivida
das construções também foi readequa- Marinha no Rio de Janeiro (CTMRJ), pelo País levou a Odebrecht a diminuir
do. Serão concluídas em primeiro lugar que englobará o Centro de Análises de de quatro mil engenheiros, técnicos e
as obras do estaleiro de construção e Sistemas Navais (CASNav), o Instituto RSHUiULRVHQYROYLGRVQRSURMHWRQR¿QDO
VHXVDQH[RVHGDVR¿FLQDVGHDWLYDomR de Pesquisas da Marinha (IPqM) e o de 2015 para mil e duzentos na atua-
de baterias do estaleiro de manuten- Instituto de Estudos do Mar Almirante OLGDGH 1R HQWDQWR D 0DULQKD D¿UPD
ção, mais o prédio dos simuladores do Paulo Moreira (IEAPM). que o cronograma dos submarinos não
Centro de Instrução e Adestramento de Com relação às mudanças na foi afetado pelo corte orçamentário,
6XEPDULQRV JDUDQWLQGR D ¿QDOL]DomR DGMM, estão extintos os cargos de apesar da previsão inicial de se ter o
dos S-BR convencionais e seu posterior coordenador do Programa de Reapare- lançamento do S-BR Riachuelo em ja-
lançamento. A seguir, o EBN será con- lhamento da Marinha e de coordenador neiro de 2016. De acordo com a Força,
solidado e concluído com a construção da Manutenção de Meios (CMM). Será o ajuste foi ocasionado por contratem-
do complexo radiológico e seus anexos ativada a Diretoria Industrial, à qual pos tecnológicos, tanto no Brasil quanto
altamente especializados, tornando as- se subordinarão o Arsenal de Marinha na DCNS. A previsão no momento é de
sim o mantenimento e posse do SN-BR do Rio de Janeiro (AMRJ), o Centro de que o primeiro submarino convencional
uma realidade. Manutenção de Sistemas da Marinha. ¿TXHSURQWRHVHMDODQoDGRDRPDUHP
Para atingir esses objetivos, a Ma- (CMS) e o Centro de Mísseis e Armas julho de 2018, quando então iniciará de
ULQKD GR %UDVLO GHFLGLX PRGL¿FDU VXD Submarinas da Marinha (CMASM). O IRUPDR¿FLDOVHXSHUtRGRGHWHVWHVGH
organização funcional e administrati- Centro de Projetos de Navios (CPN) porto e de mar (HAT/SAT) para poste-
va, conforme divulgado pelo boletim passará a ser subordinado à Diretoria rior entrega ao setor operativo.
Nº 892, de 25 de novembro de 2016, de Gestão de Projetos Estratégicos
onde foi determinada a reestruturação da Marinha (DGePEM), que será reor-
da Secretaria de Ciência, Tecnologia e ganizada em três superintendências N. da R. A revista manifesta seus
Inovação da Marinha (SecCTM) e da (Obtenção de Meios, Gestão do Ciclo agradecimentos ao 1º Distrito Naval,
DGMM. O Almirantado, em reunião no de Vida, e Manutenção). Essas reestru- COGESN e à ICN/EBN pelo apoio na
dia 30 de setembro, aprovou essas turações não implicarão em alterações realização deste artigo, nas pessoas
propostas onde a SecCTM deverá in- no efetivo autorizado de pessoal em do almirante-de-esquadra (RM1)
corporar as atividades do ProSub e do qualquer círculo nem em número de Gilberto Max Roffé Hirschfeld, seu
Programa Nuclear da Marinha (PNM), cargos de almirantes. chefe de gabinete, capitão-de-mar
passando a denominar-se Diretoria Mesmo com o corte de 41% no or- -e-guerra R1 Flávio Luis Condé Mar-
Geral de Desenvolvimento Nuclear e çamento do ProSub em 2015, a Marinha liére, e ao capitão-de-mar-e-guerra
Tecnológico da Marinha (DGDNTM), FRQ¿D QR UHSDVVH GRV UHFXUVRV QHFHV- RM1 Ricardo Lindgren de Carvalho.
agregando as estruturas organizacio- sários em 2017. O projeto do Governo

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O coordenador geral do Programa de
Desenvolvimento de Submarino com
Propulsão Nuclear, fala à T&D

Tecnologia & Defesa - Almiran- “Scorpène” e o “SN-BR” dominaremos o vais é outra medida que vem sendo
WH FRPR R VHQKRU GH¿QLULD VXDV projeto desses tipos de navios através adotada para suprir esta necessidade.
UHVSRQVDELOLGDGHVQR3UR6XE" de um amplo e complexo programa de Entre outras marcas, esse contrato está
$OPLUDQWHGH(VTXDGUD 50  transferência de tecnologia. Anterior- capacitando as empresas Nuclebrás
*LOEHUWR 0D[ 5RIIp +LUVFKIHOG  A mente, com os submersíveis da “Classe Equipamentos Pesados S/A (NUCLEP)
Coordenadoria Geral do Programa de IKL”, de procedência alemã, aprendemos e Itaguaí Construções Navais (ICN) no
Desenvolvimento de Submarino com a construir submarinos modernos no processo construtivo de submarinos
Propulsão Nuclear foi criada em 2008 Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro. adotado pela empresa francesa DCNS,
para atender às necessidades decor- Em junho de 2013, chegaram em WUD]HQGRDR%UDVLODDPSOLDomRGHFR-
rentes dos contratos comerciais e para Itaguaí, as seções de vante (S3 e S4) nhecimentos em áreas que somente
capacitar a Marinha do Brasil (MB) em do submarino convencional “Riachue- cinco países dominam.
projeto e construção de quatro sub- lo”, obra iniciada em maio de 2010, Construir um estaleiro e uma base
marinos convencionais (S-BR) e um em Cherbourg, França, com a partici- DSDUWLUGR]HURpRXWUDRSRUWXQLGDGH
com propulsão nuclear (SN-BR). Eu pação de operários brasileiros, como ímpar para o Brasil. A maioria dessas
sou o coordenador-geral do programa parte da “Transferência de Tecnologia instalações militares pelo mundo ti-
e estou há três anos e meio nesse GH &RQVWUXomR´ ¿UPDGD HP FRQWUDWR veram de ser adaptadas ao longo do
cargo, após ir para a reserva. Meu HVSHFt¿FRHFRQGX]LGDSRUPHLRGH³RQ tempo, especialmente com o advento
último posto na ativa foi como Chefe job training”. Está previsto, até 2018, da energia nuclear. Já o estaleiro e
de Operações Navais. a incorporação de aproximadamente base em Itaguaí estão sendo erguidos
400 engenheiros e técnicos ao Corpo GR]HURHGHVGHRVHXSULPHLURPHWUR
7 '  4XDLV RV SULQFLSDLV JD- Técnico de Projetos. Tais engenheiros quadrado de concreto, a questão nucle-
QKRV WHFQROyJLFRV TXH R 3UR6XE deverão ser captados no mercado na- ar foi pensada. A construção da UFEM já
SURSRUFLRQDj0DULQKD" cional e contratados, por intermédio foi feita de forma a facilitar a disposição
$OWH0D[A posse do submarino de de concurso de domínio público, pela da base e estaleiro, composto por um
propulsão nuclear é o grande salto tec- HPSUHVD$PD]XOFULDGDSHOD0DULQKD ³PDLQKDOO´ H DV GLYHUVDV R¿FLQDV DOL-
nológico do ProSub, pois com os quatro 2 UHIRUoR GH R¿FLDLV HQJHQKHLURV QD- nhadas perpendicularmente. De fato,

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em todos os aspectos, contando com Itaguaí já atingiu o índice de 60% na O Prosub também está mudando a
assistência técnica francesa contratada, conclusão das obras. Estamos agora vida das municipalidades envolvidas
temos avançado muito. O programa GH¿QLQGRFRPRVHUiRFRPSOH[RUDGLR- diretamente com a base e estaleiro,
inteiro está baseado no tripé nacio- lógico, pois os requisitos de segurança especialmente Itaguaí. Ações voltadas
QDOL]DomRWUDQVIHUrQFLDGHWHFQRORJLD com material nuclear estipulados pela para a melhoria da qualidade de vida
e capacitação de pessoal. Precisamos Comissão Nacional de Energia Nuclear da população estão em curso, entre
reter o conhecimento e a tecnologia (CNEN) são muito fortes, deveremos elas o Programa de Capacitação de
FRPSHVVRDODOWDPHQWHTXDOL¿FDGRTXH estar protegidos contra chuvas mile- Mão de Obra (774 capacitados e 302
buscamos dosar entre uma maior quan- nares, tsunamis e quaisquer outros contratadas por empresas do consór-
tidade de engenheiros juniores e um eventos cataclísmicos, incluindo cio), denominado Acreditar. O Progra-
JUXSRVHOHWRGHSUR¿VVLRQDLVVHQLRUHV terremotos, apagões elétricos, etc. PD-RYHP$SUHQGL]MiSUHSDURXMRYHQV
E os exemplos já estão aparecendo, Espera-se para 2027 o lançamento para atuar como auxiliar de logística,
alguns componentes desenvolvidos do “SN-BR”, e a sua entrada em assistente administrativo, mecânico,
SRU IDFXOGDGHV H LQGXVWULDOL]DGDV SRU serviço deverá acontecer após dois HOHWULFLVWD FRQVWUXWRU GH HGL¿FDo}HV
empresas brasileiras para o ProSub se anos de testes de mar e de porto. operador de computadores, etc. 127
mostraram inovadores a ponto de se- Devemos sempre ter em mente que DSUHQGL]HV Mi IRUDP FRQWUDWDGRV DWp
rem adotados pelos franceses! No Rio o primeiro “SN-BR” será o protótipo o momento. Dentro do Projeto Cisne
Grande do Sul, uma empresa desenvol- de uma linhagem e, portanto, como Branco, os cursos Caia na Rede e
veu um novo tipo de revestimento in- todo pioneiro, deverá ter sua carga Inglês num Clic, formaram 407 pes-
terno da válvula de casco com um novo de problemas a serem pontualmente soas no módulo básico de softwares
processo que a DCNS imediatamente sanados e resolvidos pelos engenhei- administrativos (Excel e Word) e 101
LGHQWL¿FRXFRPRLQRYDGRU3RUWDQWRD URVGD0DULQKD$PD]XOH&1(1FRP pessoas nos módulos básico e inter-
QDFLRQDOL]DomRDQGDPXLWRHPFRQMXQWR toda a segurança necessária. mediário da língua inglesa.
com as Federações das Indústrias dos Os quatro convencionais também De uma forma geral, e ao longo do
principais Estados, onde buscamos as avançam bem. Em julho de 2018 de- ProSub, deverão ser gerados 13.700
empresas e apresentamos as nossas veremos lançar o primeiro exemplar, empregos diretos e 6.500 indiretos.
necessidades; e também demandamos DVHUEDWL]DGRGH³5LDFKXHOR´1RPR- Atualmente, 1.600 pessoas estão atu-
XPD DOWD HVSHFLDOL]DomR GH TXDGURV mento ele se encontra na UFEM, onde ando nas obras e escritórios, e mais
Para alcançar esses resultados, foi está sendo completado o seu casco de 11.600 vagas de emprego criadas
QHFHVViULRRHQYLRGHGH]HQDVGHHQ- resistente e instalado o seu “recheio”. cumulativamente. Um dos maiores be-
genheiros e técnicos brasileiros para Ao seu lado, o segundo exemplar, o QHItFLRVWUD]LGRVD,WDJXDtpRDXPHQWR
UHFHEHUHPTXDOL¿FDomRHWUHLQDPHQWR “Humaitá”, já se encontra em estágio da arrecadação proveniente do reco-
na França, em todas as áreas reque- GH FRQVWUXomR EDVWDQWH VLJQL¿FDWLYR lhimento de impostos pelo consórcio
ULGDV SDUD YLDELOL]DU R 7R7 $V GXDV O terceiro, o “Tonelero” já está sendo liderado pela Odebrecht. Até maio de
seções do primeiro submarino conven- preparado na NUCLEP, que possui uma 2015 (começando em 2010), R$ 299
cional foram fabricadas em Cherbourg enorme prensa de oito mil toneladas milhões foram arrecadados, somando
por operários brasileiros treinados (única na América Latina) para con- impostos próprios e de terceiros, aos
nos segredos de soldagem avançada formar/dobrar/cortar as chapas de aço cofres do município. Programas de
trabalhando primeiro em uma estru- e os vasos de pressão do casco resis- apoio à agricultura familiar e ações
WXUDDOWHUQDWLYD VHomRGHTXDOL¿FDomR  tente. O quarto submarino denominado de fortalecimento da pesca artesanal
idêntica à que se encontra no projeto, Angustura, já teve o primeiro corte de também estão em curso. A Secretaria
e depois nas seções reais. Hoje, esse chapas efetuado em fevereiro de 2016. Municipal de Saúde em Itaguaí também
trabalho é feito de forma contínua na vai receber, após acordo aprovado pelo
UFEM com a mesma qualidade, com 7 '  2 SURJUDPD SRVVXL XPD IBAMA, três ambulâncias, sendo uma
acompanhamento de documentação e importante faceta social e ambien- delas UTI, um mamógrafo digital, dois
HVSHFL¿FDo}HVGHIRUPDPXLWRH[LJHQWH WDOSRXFRFRQKHFLGDLQFOXVLYHFRP divãs clínicos, uma cama hospitalar
por parte da DCNS. Do}HV HP SURO GD UHFXSHUDomR GR HOpWULFDXPDERPEDGHLQIXVmRGHV¿-
Por outro lado, e falando da parte PHLRDPELHQWHQDUHJLmRGDVREUDV brilador e duas cadeiras de transporte
exclusivamente brasileira do progra- 2VHQKRUSRGHULDIDODUDUHVSHLWR" de obesos. Um reforço importantíssimo
ma, a nuclear, o LABGENE, onde está $OWH0D[ Uma importante opera- nas condições de atendimento aos mu-
sendo desenvolvido o reator protótipo omRTXHD0DULQKDUHDOL]RXDXPFXVWR nícipes. Uma Van Literária (biblioteca
baseado em terra (Iperó, SP), uma VLJQL¿FDWLYR IRL D GUDJDJHP XVDQGR móvel) e a reforma da Casa de Cultura
instalação idêntica à do reator nuclear uma draga especial contratada na Holan- também estão na lista de ações miti-
do submarino, mais a produção do seu da) a remoção de toneladas de cádmio, gadoras em prol de Itaguaí.
combustível, cujo domínio do ciclo de FKXPERFREUHQtTXHOH]LQFRODQoDGDV As obras de infraestrutura também
produção o Brasil possui, são outros na Baía de Sepetiba pela antiga empresa serão revertidas em prol dos moradores
avanços tecnológicos importantes para de produtos químicos Ingá. Um total de da região, como a Via Litorânea que
R (VWDGR EUDVLOHLUR e SUHFLVR GL]HU H 298.165 m³ de material contaminado foi fará a ligação com a Ilha da Madeira.
UHD¿UPDU VHPSUH TXH 72'$ D SDUWH retirado do fundo do mar e acondicionado A localidade também receberá nova
nuclear do “SN-BR” é brasileira; os em “geo-bags” especiais. Esses enormes elevatória e adutora, melhorando o
franceses atuam no assessoramento GHSyVLWRVÀH[tYHLVIRUDPGHSRVLWDGRVQD abastecimento de água potável. A
e supervisão de projeto do casco e região da obra de aterro, e um proces- grande quantidade de pessoal flu-
sistemais do “SN-BR” e no repasse de so químico está transformando aquele tuante trabalhando no canteiro de
ToT dos quatro “Scorpène”. material em uma espécie de concreto REUDVWDPEpPVLJQL¿FRXXPDXPHQWR
'LWR LVVR SRGHPRV D¿UPDU TXH R poroso. Hoje, já se observa a volta de importante da atividade hoteleira em
“SN-BR” está caminhando bem. Ter- vida nas águas da baía, constantemente toda a região, melhorando a economia
minamos a segunda fase desse projeto monitorada em aspectos como a biota local. Fechando esse amplo pacote
(que sofreu um “delay” programado aquática, fauna, ruídos subaquáticos e de ações em benefício do entorno da
de dois anos), e a base e estaleiro em correntes marítimas. base e estaleiro, várias ações têm

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VLGR GHVHQYROYLGDV SRU SUR¿VVLRQDLV a indústria nacional tem respondido e Adestramento de Submarinos, que
de diversas aéreas, tanto da Marinha de forma espetacular, e a Associação está sendo construído em Itaguaí em
como de empresas envolvidas com o Brasileira das Indústrias de Materiais de parceria com os franceses. Este centro
ProSub, abrangendo palestras educati- Defesa e Segurança (ABIMDE) e outras deverá receber seus simuladores para
vas, apoios comunitários e eventos de instituições vêm sendo grandes parcei- HVVH¿PEUHYHPHQWHSRLVDRSHUDomR
assistência social, médica e dentária. ras nesse momento. Detalhe, a DCNS de submarinos deles (franceses) é
Um importante canal de comunicação acompanha de perto todo o processo, completamente diferente da nossa.
entre o consórcio e a população é o YHUL¿FDQGRFDGDQRYRIRUQHFHGRU Com relação ao submarino nuclear a
Centro de Atendimento ao Público, A Odebrecht foi a empresa escolhi- situação é completamente diferente.
onde são coletadas sugestões e re- da pela França (leia-se DCNS) devido $HVSHFL¿FDomRGHWRGRVRVUHTXLVLWRV
gistradas reclamações dos moradores, à sua experiência em obras de porte para os operadores do reator nuclear a
tudo com o intuito de orientar ações monumental, inclusive em outros paí- bordo do “SN-BR” é de responsabilida-
preventivas e corretivas. ses. Até o momento, foram investidos de da CNEN, e as provas e requisitos
quase R$ 15 bilhões, ou seja, metade de carreira serão muitíssimo exigen-
7 '&RPUHODomRDRFRQWUROH do programa já está feito e não há tes, tornando claramente a tripulação
GR GLQKHLUR S~EOLFR HP XPD REUD como parar. Evidente que os cortes e de um submarino de propulsão nuclear
WmR YXOWRVD FRPR LVVR WHP IXQ- contingenciamentos acontecidos em um celeiro de cérebros altamente
FLRQDGR" 2014 e 2015 nos forçaram a diminuir preparados. Para se formar uma tri-
$OWH0D[ Somos auditados anu- o ritmo das obras, readequando crono- pulação completa, considerando uma
almente pelo Tribunal de Contas da gramas. Mas é importante lembrar que massa crítica (substitutos) necessá-
União (TCU) desde 2009, com apoio R3UR6XEID]SDUWHGR3$&HSRUWDQWR ULD SDUD YLDELOL]DU FDGD FRPLVVmR GR
de nossa equipe independente que estamos seguros de sua continuidade “SN-BR” ao mar (a Marinha do Brasil
conta com o apoio do Instituto Brasi- e conclusão. No cronograma da obra, trabalha com a ideia inicial de atingir
leiro de Engenharia de Custos (IBEC) adotamos a estratégia de ir entregando a marca de três meses submerso).
e Fundação Getúlio Vargas. A Marinha as estruturas críticas que serão neces- 3RU H[HPSOR D ¿JXUD GR FKHIH GH
tomou essa iniciativa desde o início sárias a cada nova fase, especialmente máquinas do “SN-BR” será altamente
da implementação do sítio das obras, quando começarmos a subir os requi- HVSHFLDOL]DGD SRLV HOH H VXD HTXLSH
seguindo a tramitação via Advocacia sitos de segurança devido à presença deverão dominar com segurança todos
Geral da União (AGU). Também somos de material nuclear. Nessa lógica, por os segredos e imprevistos da operação
¿VFDOL]DGRV SHOD &RPLVVmR 1DFLRQDO exemplo, o estaleiro de manutenção de um reator nuclear que vai atingir
de Energia Nuclear (CNEN). De fato, de submarinos convencionais será uma grandes profundidades e grandes
algumas especificações e normas das últimas obras entregues, já que YHORFLGDGHV YiULDV YH]HV GXUDQWH D
estão sendo construídas lado a lado essas instalações só terão demanda sua vida operacional. Isso sem falar
com outras agências governamentais quando os primeiros “S-BR” precisarem no pessoal treinado para manusear
a cada avanço, pois estamos a desco- passar pelo primeiro período geral de PDWHULDO QXFOHDU UHDOL]DQGR R UHD-
brir os múltiplos requerimentos para manutenção (PGM). bastecimento de combustível para o
atuar com segurança no emprego de reator e outras tarefas delicadas como
propulsor nuclear em um submarino. T&D - Como se dará o professo a remoção dos resíduos radioativos e
Inicialmente estava previsto a inver- GH IRUPDomR GDV WULSXODo}HV GRV VXDFRUUHWDHVWDELOL]DomRHDUPD]HQD-
são de 100 milhões de euros para a 6%5HGR61%5" gem em segurança. Todo esse pessoal
QDFLRQDOL]DomRGRVTXDWURVXEPDULQRV $OWH 0D[  Vamos começar a WHUiDLQGDGHDWHQGHUDVTXDOL¿FDo}HV
convencionais. Na atualidade, 60% treinar em 2017 a tripulação do “S- normais de submarinista e militar de
desse valor já foi comprometido, e BR Riachuelo” no Centro de Instrução carreira da Marinha.

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