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MARINHA DO BRASIL

CENTRO DE CONTROLE INTERNO DA MARINHA

DEPARTAMENTO DE GESTÃO PÚBLICA E ACOMPANHAMENTO DE PROCESSOS

RELATÓRIO DE AUDITORIA DE GESTÃO Nº 6/2014

Tipo de Auditoria: Avaliação da Gestão


Exercício: 2013
Processo nº: 63104.001594/2014-31
Unidade Jurisdicionada (UJ): Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de
Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN).
Código da UJ SIAFI: 742002 (principal).

O presente Relatório de Auditoria de Gestão tem por base os exames realizados sobre os
atos e consequentes fatos da gestão da Unidade Jurisdicionada (UJ)Coordenadoria-Geral do
Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, sob a responsabilidade
administrativa dos Dirigentes Máximos relacionados no "Rol de Responsáveis" (fl. nº 1 deste processo)
do exercício de 2013.

1 - INTRODUÇÃO

1.1 - REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS


1.1.1 - Os exames foram realizados por amostragem, na extensão julgada necessária às
circunstâncias e de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, com o
objetivo de emitir uma opinião sobre a gestão dos responsáveis tratados neste processo, e
abrangeram os assuntos constantes no Anexo IV da Decisão Normativa (DN) TCU nº 132, de 2 de
outubro de 2013. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos trabalhos.
As técnicas de auditoria utilizadas na condução dos trabalhos são as empregadas no exercício
profissional dessa atividade, contidas no Manual do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo Federal.
As fases preliminares da Auditoria envolveram a análise das informações contidas nos
sistemas corporativos: Sistema de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), Sistema
de Pagamento da MB (SISPAG), Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos
(SIAPE), Sistema de Informações Gerenciais de Abastecimento (SINGRA), Sistema Integrado de
Administração de Serviços Gerais (SIASG), Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de
Repasse do Governo Federal (SICONV), Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de uso Especial da

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União (SPIUnet), Cadastro Imobiliário da Marinha (CadimaWeb), etc. e dos dados constantes dos
seguintes documentos, que serviram para definir os principais pontos a serem examinados na
Auditoria:
a) Planejamento Estratégico Organizacional (PEO);
b) Regulamento e Regimento Interno;
c) Atas de Reuniões do Conselho de Gestão;
d) Programa de Aplicação de Recursos (PAR);
e) Lista de Verificação Anual de Ordens Internas em vigor e documentos afins;
f) Relação das licitações (inclusive Termos de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação
(TJIL) e Termos de Justificativa de Dispensa de Licitação (TJDL) realizadas no exercício de 2013),
bem como dos Acordos e Atos Administrativos (inclusive Termos Aditivos, Adendos e Termos de
Adesão) em vigor, e das garantias em poder da UJ;
g) Relatórios das Auditorias realizadas pelo CCIMAR em exercícios anteriores;
h) Relatórios de Pré-Auditoria extraídos do Sistema de Controle Interno da Marinha
(SISCONIN);
i) Relatório de Gestão da UJ, exercício de 2013; e
j) Legislação aplicável.
A realização dos trabalhos “in loco” foi efetivada por meio de exame dos registros, avaliação
documental, correlação de informações e entrevistas de coleta de dados não estruturadas com os
Agentes Responsáveis da UJ.

1.1.2 - Os trabalhos de auditoria foram realizados na UJ, no período de 05 a 16 de maio de 2014,


conforme o Plano Anual de Auditorias para o ano de 2014, deste Centro de Controle Interno,
aprovado pelo Comandante da Marinha.

1.2 - UNIDADE JURISDICIONADA AUDITORADA

1.2.1 - A COGESN é um Órgão público da Administração Direta que integra a estrutura do


Comando da Marinha – Ministério da Defesa. Foi criada pela Portaria nº 277, de 05 de setembro de
2008, alterada pela Portaria nº 363, de 28 de novembro de 2008, da DGMM, da qual é subordinada,
sendo a principal condutora do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), com a
responsabilidade da execução do contrato principal e dos contratos subordinados correspondentes.

1.2.2 - A missão da UJ é gerenciar o projeto e a construção do estaleiro dedicado ao submarino, o


projeto e a construção da base de submarinos, o projeto de construção de Submarino com Propulsão
Nuclear e o projeto de detalhamento do submarino convencional a ser adquirido pela Marinha do

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Brasil, com o propósito de contribuir para o preparo e aplicação do Poder Naval, no tocante às
atividades relacionadas com o material da Marinha.

1.3 - CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE CONTAS

1.3.1 - O Processo de Contas está organizado nos termos da IN TCU nº 63/2010, alterada pela de
nº72/2013, e da DN TCU nº 132/2013, com a classificação de "Individual".

1.3.2 - A UJ apresenta, na condição de Administração Direta, as seguintes peças básicas:

• Rol de Responsáveis; e
• Relatório de Gestão.
Visando à composição do Processo de Contas, será adicionado às peças acima mencionadas o
presente Relatório de Auditoria de Gestão, acompanhado do respectivo Certificado de Auditoria, do
Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno, do Manifesto do Comandante da Marinha e do
Pronunciamento do Ministro da Defesa, na forma do artigo 52, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de
1992.

2 - EXAMES ESPECÍFICOS
2.1 - AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS PEÇAS DE QUE TRATA O ARTIGO 13
DA IN TCU Nº 63/2010
A UJ elaborou todas as peças a ela atribuídas, conforme mencionado no subitem 1.3.2
acima,contemplando os formatos e conteúdos obrigatórios dispostos nos atos normativos do TCU, a
saber:
• Rol de Responsáveis – de acordo com os artigos 10 e 11 da IN TCU nº 63/2010, e o inciso
I, do artigo 2º, e Anexo II da DN TCU nº 132/2013; e
• Relatório de Gestão – de acordo com o artigo 12 e o inciso II, do artigo 13, da IN TCU nº
63/2010, e nos termos da DN TCU nº 127/2013 (com alterações da DN nº 129/2013), e da Portaria -
TCU nº 175/2013.

2.2 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS DA


GESTÃO

2.2.1 - O crédito orçamentário colocado à disposição da UJ, oriundo de Unidade Orçamentária, e


autorizado pela Lei nº 12.798, de 04 de abril de 2013, que estima a receita e fixa a despesa da União
para o exercício financeiro de 2013, monta o valor de R$ 2.118.765.907,90. Ao final do exercício,
restou o valor de R$ 4,97 de créditos orçamentários, conforme demonstrado a seguir:

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QUADRO DOS CRÉDITOS PROVISIONADOS (R$)

PROGRAMAS/UO RECEBIDO UTILIZADO


2058 – Política Nacional de Defesa 2.118.765.907,90 2.118.765.902,93
TEMÁTICOS

UO 52131 – COMANDO DA MARINHA 2.118.765.907,90 2.118.765.902,93

TOTAL GERAL 2.118.765.907,90 2.118.765.902,93


CRÉDITO NÃO UTLIZADO 4,97
Fonte: SIAFI Gerencial.

2.2.2 - O quadro a seguir apresenta o resumo da execução orçamentária da UJ no exercício, por


Programa de Trabalho, demonstrando os totais de créditos recebidos, utilizados e disponíveis, e os
percentuais dos créditos utilizados em relação ao recebidos.

QUADRO RESUMO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (R$)

PROGRAMA TEMÁTICO: 2058 – Política Nacional de Defesa

CRÉDITO CRÉDITO CRÉDITO


AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS % UTIL./REC.
RECEBIDO UTILIZADO DISPONÍVEL
123G - IMPLANTAÇÃO DE ESTALEIRO E
BASE NAVAL PARA CONSTRUÇÃO E
MANUTENÇÃO DE SUBMARINOS 1.282.464.040,63 1.282.464.039,79 0,84 100,00
CONVENCIONAIS E NUCLEARES -
NACIONAL
123H – CONSTRUÇÃO DE SUBMARINO DE
124.174.183,77 124.174.181,20 2,57 100,00
PROPULSÃO NUCLEAR - NACIONAL
123I – CONSTRUÇÃO DE SUBMARINOS
712.127.683,50 712.127.681,94 1,56 100,00
CONVENCIONAIS - NACIONAL
TOTAL DO PROGRAMA 2.118.765.907,90 2.118.765.902,93 4,97 100,00
Fonte: SIAFI Gerencial.

2.2.3 - Quanto às metas financeiras alcançadas no exercício, o quadro a seguir apresenta o resumo
da execução financeira da UJ, por Programa de Trabalho, demonstrando os totais de Empenhos
emitidos, liquidados e inscritos em Restos a Pagar Não Processados, e os percentuais dos Empenhos
liquidados em relação aos emitidos.

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QUADRO RESUMO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA (R$)

PROGRAMA TEMÁTICO: 2058 – Política Nacional de Defesa

EMP. INSC RP
EMPENHOS EMPENHOS % LIQ/
AÇÕES ORÇAMENTÁRIAS NÃO
EMITIDOS LIQUIDADOS EMIT
PROCESSADOS
123G - IMPLANTAÇÃO DE ESTALEIRO E
BASE NAVAL PARA CONSTRUÇÃO E
1.282.464.039,79 1.271.435.078,78
MANUTENÇÃO DE SUBMARINOS 11.028.961,01 99,14
CONVENCIONAIS E NUCLEARES -
NACIONAL
123H – CONSTRUÇÃO DE SUBMARINO DE 124.174.181,20 18.661.625,27 15,02
105.512.555,93
PROPULSAO NUCLEAR - NACIONAL
123I – CONSTRUÇÃO DE SUBMARINOS
712.127.681,94 87.510.703,02 624.616.978,92 12,28
CONVENCIONAIS - NACIONAL
TOTAL DO PROGRAMA 2.118.765.902,94 1.377.607.407,07 741.158.495,86 65,01

TOTAL GERAL 2.118.765.902,93 1.377.607.407,07 741.158.495,86 65,01


Fonte: SIAFI Gerencial.

Em relação ao valor total inscrito em Restos a Pagar Não Processados, ocorrido ao final do
exercício de 2013, foram analisados 100% dos Empenhos correspondentes, não sendo constatada
qualquer impropriedade ou irregularidade que comprometa a Gestão da UJ, estando os mesmos de
acordo com as regras impostas pela Norma vigente.

2.2.4 – Em relação à execução de Restos a Pagar inscritos em exercícios anteriores, o quadro a


seguir apresenta o resumo da situação, demonstrando os totais inscritos, cancelados, pagos e a pagar
relativos ao exercício financeiro de 2013.
RESTOS A PAGAR INSCRITO REINSCRITO CANCELADO PAGO A PAGAR
PROCESSADOS 0,00 - 0,00 0,00 0,00
NÃO
417.533.018,56 114.874,22 - 4.968,50 376.086.301,33 41.556.622,95
PROCESSADOS
Fonte: SIAFI Gerencial

Quanto ao cancelamento de Restos a Pagar Não Processados, correspondentes a R$ 4.968,50,


deveu-se pelo não cumprimento, por parte da empresa contratada, das condições
inicialmentepactuadas.
Em relação ao valor A PAGAR, o informado refere-se, na sua maioria, às faturas emitidas
para os pagamentos das etapas do contrato para construção dos submarinos movidos a diesel, as
quais, por não haver tempo hábil, não foram pagas no exercício.

2.2.5 – Baseado nos exames realizados, nas informações contidas no Relatório de Gestão da UJ, na
missão prevista em seu Regulamento e nos projetos contemplados em seu Plano de Ação, fruto das

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determinações expressas nos pressupostos básicos de planejamento da MB, quais sejam, Lei
Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Plano Plurianual (PPA) e
documentos expedidos pelo Comando da Marinha, verificou-se que a UJ atendeu ao programado.

2.2.6 – Planejamento e Avaliação do Desempenho


A MB, em consonância com o Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005, aderiu ao
Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA), com o propósito de
elaborar um Programa de Implantação da Excelência de Gestão na Marinha, que desde então passou
a ser denominado ¨Programa Netuno¨. Assim como o GESPÚBLICA, o Programa Netuno foi
estabelecido com o propósito de contribuir para o aprimoramento da Gestão Administrativa da MB.
Reforça a importância do Programa Netuno o contido nas Orientações do Comandante da
Marinha (ORCOM-2013), em seu item A-13 – Aprimoramento da Gestão na MB, constando, como
orientação às UG/UJ, o seguinte: ¨Implementar medidas destinadas à permanente aplicação do
Programa Netuno em todos os setores da MB, de forma a contribuir para o aprimoramento das
práticas de gestão, em cumprimento ao preconizado no Manual de Gestão Administrativa da
Marinha e nas Normas Gerais de Administração.
Desse modo, as avaliações dos resultados qualitativos da gestão, dentro do escopo da
Auditoria, consistiram na verificação do grau de institucionalização do Programa Netuno e do
Planejamento Estratégico Organizacional, e, ainda, na avaliação do Controle Interno e na análise do
Relatório de Gestão.
Dessa Forma, os exames resultaram na identificação das seguintes constatações:

a) Grau de institucionalização do Programa Netuno - Comentário/Recomendação.


Foi recomendado à UJ que, em complemento ao Project Management BodyofKnowledge
(PMBoK), seja implementado, também, o Programa Netuno, a fim de que as atividades
relacionadas à gestão da COGESN, não abrangidas pelo PMBoK, sejam acompanhadas.

b) Necessidade de aprimoramento e divulgação do Planejamento Estratégico Organizacional


(PEO).
Foi recomendado que, na próxima revisão do PEO, a UJ promova a inclusão dos aspectos
citados e proceda a sua divulgação.

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c) Necessidade de atualização do Regimento Interno da DGMM.


Foi recomendado à UJ que o Regimento Interno seja atualizado, de modo que a presidência
do Conselho de Gestão seja exercida pelo Titular da UJ, conforme preconiza a Norma em vigor.

2.3 - AVALIAÇÃO DOS INDICADORES INSTITUÍDOS PARA AFERIR O


DESEMPENHO DA GESTÃO
Os Indicadores de Desempenho, constantes do Relatório de Gestão da UJ, foram analisados
quanto aos aspectos apontados no item 3, do Anexo IV, da Decisão Normativa (DN) nº 132/2013,
do TCU,a saber:
a) capacidade de representar, com a maior fidelidade possível, a situação que a UJ pretende
medir e avaliar os resultados das intervenções efetuadas na gestão;
b) capacidade de medir a situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries
históricas;
c) confiabilidade das fontes de dados utilizados para o cálculo do Indicador, avaliando,
principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta, processamento e divulgação é
transparente e reaplicável por outros agentes, internos e externos à Unidade;
d) facilidade de obtenção dos dados, elaboração do Indicador e de compreensão dos
resultados pelo público em geral; e
e) razoabilidade dos custos de obtenção do Indicador em relação aos benefícios para a
melhoria da gestão da Unidade.
Observou-se que a maioria dos Indicadores utilizados pela UJ atende aos critérios dispostos
na legislação.No entanto, os seguintes Indicadoresnão apresentam os respectivos detalhamentos dos
percentuais relacionados às metas físicas e, tampouco, às metas relacionadas a eles foram
cumpridas: Índice de cumprimento dos marcos para construção, fabricação e entrega do SN-B e
Índice de cumprimento de marcos do contrato 1A (pacote de material e logístico) dos S-BR.
Embora a UJ não tenha informado, no Relatório de Gestão, foi instituído, por meio de Portaria
da Secretaria de Tecnologia e Inovação da Marinha (SecCTM), um Grupo de Trabalho para a
criação de 31 (trinta e um) Indicadores voltados para as questões relacionadas à Transferência de
Tecnologia do PROSUB. Após a prontificação dos Indicadores, observou-se que eles se encontram
em fase de implantação e carecem de informações mais detalhadas quanto às medições.
Dessa forma, os exames realizados resultaram na identificação da ausência de medição dos
Indicadores de transferência de tecnologia do PROSUB.

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Foi recomendado à UJ promover o início da medição dos Indicadores citados e que os


resultados apurados sejam apresentados, para ajustes, nas reuniões do Conselho de Gestão.

2.4 - AVALIAÇÃO SOBRE A GESTÃO DE PESSOAS


Os trabalhos de auditoria, na UJ, basearam-se na avaliação dos seguintes aspectos sobre a
Gestão de Pessoas na COGESN:
- relação entre o efetivo de militares e servidores civis e a tabela de lotação;
- adequabilidade das instalações ao bom exercício das tarefas de seu pessoal;
- qualidade dos Controles Internos relacionados à gestão de pessoal;
- adequabilidade dos procedimentos de controle relacionados ao pagamento de pessoal;
- existência, divulgação e controle de programas de adestramento e capacitação de pessoal;
- cumprimento das obrigações estabelecidas na lei nº 8.730/1993, que trata dos
procedimentos relacionados à entrega e ao tratamento das declarações de bens e renda;
- obediência às normas em vigor acerca da contratação de serviços terceirizados; e
- utilização de Indicadores gerenciais sobre Recursos Humanos.
Quanto ao Pagamento de Pessoal Militar e Civil, foram analisados os seguintes documentos:
- as concessões dos benefícios de Assistência Pré-Escolar e do Auxílio-Transporte e os
respectivos cadastros;
- as concessões de diárias e passagens por requisição e a respectiva documentação;
- os Programas de Adestramento;
- as Ordens de Serviço de Passagem e Assunção de Funções dos Agentes Responsáveis e
Subordinados da Gestoria de Pagamento do Pessoal;
- o Regimento Interno no tocante à distribuição das Funções de Confiança;
- o arquivo das Declarações de Bens e Rendimentos; e
- as Ordens Internas de Pagamento de Pessoal Militar e Civil.
O Relatório desta área de Auditoria foi elaborado com base na avaliação do Controle Interno e
na conformidade da área de Pagamento de Pessoal e, ainda, com base em indagações verbais não
estruturadas.

2.4.1 - Avaliação da Gestão de Pessoas, especialmente no que diz respeito à:

a) Adequabilidade da força de trabalho da unidade frente às suas atribuições:


Por não ser uma Organização Militar, sendo apenas um elemento organizacional pertencente à
estrutura da Diretoria-Geral do Material da Marinha (DGMM), a UJ não possui Tabela de Lotação

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(TL) aprovada; no entanto, o quantitativo do pessoal existente na UJ está assim distribuído:


184(cento e oitenta e quatro) militares, 4 (quatro) servidores civise 8 (oito) contratados como Tarefa
por Tempo Certo (TTC).
Mediante análise do Plano Geral de Instrução (PGI), instrumento utilizado pela UJ para
programação de cursos para o pessoal, constatou-se a participação de diversos servidores em cursos,
palestras, simpósios, conclaves e congressos realizados em Órgãos da Marinha e Extra Marinha,
evidenciando, dessa forma, que a UJ adota procedimentos para a capacitação e a qualificação do seu
pessoal.
As instalações estão fisicamente adequadas ao desempenho das atividades do pessoal da UJ,
apresentando boa distribuição, mobiliário em boas condições de conservação e espaço adequado.
As informações prestadas no Relatório de Gestão estão corretas e fundamentadas por meio de
documentos, como mensagens eletrônicas, ofícios e planilhas de controle de pessoal.

b) Observância da legislação sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de


pessoal, bem como, se for o caso, sobre concessão de aposentadorias, reformas e pensões:
A observância à legislação quanto admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal,
concessão de aposentadorias, reformas e pensões, é acompanhada pelo Serviço de Inativos e
Pensionistas da Marinha (SIPM), Tribunal Marítimo (TM), Diretoria do Pessoal da Marinha
(DPMM), Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) e Diretoria do Pessoal Civil da
Marinha (DPCvM).

c) Consistência dos controles internos administrativos relacionados à gestão de pessoas:


Foram analisados os seguintes documentos que compõem o Controle Interno da UJ,
relacionados à Gestão de Pessoas:
a) as Ordens Internas que tratam do Pagamento de Pessoal, COPIMED e do Auxílio-
Transporte, emitidas pela Diretoria-Geral de Material da Marinha, embora estejam sendo
atualizadas, são as instruções utilizadas pela UJ, para a confecção de Ordens de Serviço que
gerarem descontos e pagamentos de direitos pecuniários a serem implantados pela DGMM
(Unidade Pagadora);
b) o Regimento Interno da DGMM, no que se refere à distribuição de Funções e atribuições
do Pessoal; e
c) as Ordens de Serviço que tratam de assunção de funções.

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Diante da análise dos documentos acima citados, concluiu-se que eles são satisfatórios e
contribuem para o fortalecimento do Controle Interno da UJ.

d) Tempestividade e qualidade dos registros pertinentes no sistema contábil e nos


sistemas corporativos obrigatórios:
A UJ utiliza os seguintes Sistemas Corporativos:
- SIAPE - Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos;
- SISPAG – Sistema de Pagamento da MB;
- SISBOL - Sistema de Boletins; e
- BDPes - Banco de Dados de Pessoal.
Foi verificado que os Sistemas são satisfatórios e respondem tempestivamente às consultas
realizadas, como instrumentos de controle e operacionalização dos direitos e descontos, com a
emissão de Relatórios Gerenciais e Folhas de Pagamento, entre outros.

e) Qualidade do controle da Unidade Jurisdicionada para identificar e tratar as


acumulações ilegais de cargos:
Durante o exercício de 2013, este assunto estava sendo apurado no âmbito da MB pelo
Tribunal de Contas da União (TC 004.593/2012-0), com acompanhamento por este Centro de
Controle Interno, não tendo sido constatados casos de acumulação no âmbito da UJ.

f) Ações e iniciativas da unidade jurisdicionada para a substituição de terceirizados


irregulares, inclusive estagiários e qualidade de execução do plano de substituição ajustado
com o Ministério do Planejamento:
Não foi identificada contratação de terceirizados irregulares.

g) Avaliação dos Indicadores de Gestão de Pessoas


Em 2013, a COGESN desenvolveu os seguintes Indicadores para auxiliar no processo de
tomada de decisão referente à Gestão de Pessoas: Absenteísmo, Rotatividade e Servidores
Treinados.
Diante da avaliação dos Indicadores, quanto aos aspectos relacionados à qualidade,
confiabilidade, utilidade e mensurabilidade, constatou-se que eles atendem aos propósitos para os
quais foram criados e que são eficientes para o processo de tomada de decisão acerca da Gestão de
Pessoas.

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Constatou-se, ainda, com base em entrevista não estruturada, com a Analista de Recursos
Humanos, que os resultados dos Indicadores foram apresentados ao Conselho de Gestão juntoao
Relatório de Gestão, e os resultados alcançados subsidiaram o planejamento de adestramentos,
treinamentos e capacitação de servidores em 2014.

h) Avaliação objetiva sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na lei nº


8.730/1993 (controle das declarações de bens e rendas)
No que concerne à obrigatoriedade da apresentação das Declarações de Bens e Rendas pelos
servidores ocupantes de Cargos Comissionados e Funções Gratificadas, a UJ não possui
informações, tendo em vista não haver, em seu efetivo, servidores nessa condição.
A UJ cumpre as obrigações estabelecidas na Lei n° 8.730/1993, na IN n° 63/2010 do TCU,
nasNormas para a apresentação de Declaração de Bens e Rendas de Militares e em Circular da
SGM, no que se refere ao controle das Declarações de Bens e Rendas e de Bens e Valores,
mantendo, em seus arquivos, as Declarações de Bens e Rendas dos Agentes Responsáveis, bem
como as Declarações de Bens e Valores de todoo seu pessoal.

2.5 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO DAS TRANSFERÊNCIAS FEITAS MEDIANTE


CONVÊNIO, CONTRATO DE REPASSE, TERMO DE PARCERIA, TERMO DE
COOPERAÇÃO, TERMO DE COMPROMISSO OU OUTROS ACORDOS, AJUSTES OU
INSTRUMENTOS CONGÊNERES.
Não houve transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria, termo de
cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos congêneres no
exercício, conforme mencionado no subitem 4.4 do Relatório de Gestão.

2.6 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES


A seleção dos processos licitatórios, incluindo os atos de dispensas e inexigibilidades, foi feita
com base nos critérios de materialidade, relevância e risco.O exame contemplou os seguintes
aspectos: motivação da contratação, adequabilidade da modalidade, objeto, valor da contratação,
fundamentação da dispensa ou inexigibilidade e identificação do contratado.
Para avaliar a regularidade dos procedimentos licitatórios, foi definida uma amostra
correspondente a 68% do montante executado pela COGESN, durante o exercício de 2013,
conforme quadro abaixo:

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VALORES EM R$
MODALIDADE DE LICITAÇÃO
SELECIONADA EXECUTADO 2013 EXAMINADO
ADESÃO A PREGÃO 446.547,67 412.312,00
CONCORRÊNCIA 4.630.182,08 4.630.182,08
CONTRATAÇÕES DIRETAS - -
DISPENSA 1.376.859.468,80 933.348.338,53
INEXIGIBILIDADE 87.508,16 14.900,00
TOTAL 1.382.023.706,71 938.405.732,61
PERCENTUAL EXAMINADO 68%

Os seguintes processos e Acordos decorrentes constituíram material de trabalho na presente


Auditoria:

a) Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação (TJIL) nº 001/2012.


Fundamentação: Art. 13 inciso VI da Lei nº 8.666/93
Objeto: O objeto do presente Termo é o fornecimento de cursos, conforme especificado no Projeto
Básico, a serem ministrados pela Associação Brasileira de Orçamento Público.
Motivação: A Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com
Propulsão Nuclear tem o propósito de coordenar a construção de uma Unidade de Fabricação de
Estruturas Metálicas, um Estaleiro, uma Base de Submarinos, além da construção de quatro
submarinos convencionais, a obtenção de equipamentos e transferência de tecnologia, assim
como,projeto e construção de um Submarino com Propulsão Nuclear. Em face da
representatividade estratégica e tecnológica do PROSUB, os cursos propostos visam à capacitação
dos militares e civis da COGESN, o que contribui para o alcance dos objetivos estratégicos da
Marinha.
Contratada: Associação Brasileira de Orçamento Público
CNPJ: 00.398.099/0001-21
Valor Total do Contrato: R$ 66.420,00. Sendo utilizado R$ 14.900,00 do contrato.

b) Termo de Justificativa de Dispensa de Licitação (TJDL) nº 003/2013.


Fundamentação: Art.24, inciso XIII, da Lei nº 8.666/93
Objeto: Prestação de serviços de Assessoria de preservação de tecnologia e de capacitação e

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treinamento de pessoal na consecução dos contratos destinados à construção de um estaleiro e uma


base de submarinos e do projeto e construção de um submarino nuclear a partir dos projetos e da
“expertise” adquirida pela construção de quatro submarinos convencionais, que envolvem
transferência de tecnologia, no projeto denominado PROSUB, conforme descrito no Projeto
Básico.
Motivação: O preço ofertado pela FEMAR consta da proposta comercial, constante nos autos,
cujos valores se encontram compatíveis com o escopo definido no Projeto Básico, no Anexo A,
cujas disposições adotam o critério de remuneração pelo valor de hora de trabalho. A FEMAR é
uma Instituição brasileira de ilibada reputação ético-profissional, sem fins lucrativos, incumbida
por força de seu Estatuto- cuja cópia acompanha a presente justificativa- de apoiar e fomentar as
atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa, aos desenvolvimentos institucionais e tecnológicos e
à inovação tecnológica, tudo ligado ao mar.

Contratada: FUNDAÇÃO DE ESTUDOS DO MAR-FEMAR


CNPJ: 33.798.026/0001-86
Valor: R$ 30.157.248,00 (valor referente a 5 anos); Valor anual: 6.031.449,60
Valor pago no exercício: R$ 4.181.103,23

c) Adesão nº 001/2013.
Objeto: Aquisição de material permanente para a Coordenadoria-Geral do Programa de
Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, conforme a seguinte especificação: 03
unidades de sistema de Videoconferência FULL HD.
Motivação: A aquisição desses Equipamentos faz-se necessário para prover uma infraestrutura
tecnologicamente avançada e eficiente para a realização de reuniões entre as equipes fiscais e
engenheiros projetistas que estão desempenhando suas funções distribuídos nos seguintes locais:
CTMSP (São Paulo), COGESN (Rio de Janeiro) e UFEM (Itaguaí), envolvidos no projeto de
construção de submarinos convencionais e de submarino com propulsão nuclear, onde há
necessidade de rapidez e disponibilidade para a tomada de decisões referente ao desenvolvimento
das diversas tarefas necessárias ao Programa, sobretudo com o avanço das atividades do PROSUB.
Desta forma, é imprescindível a utilização do recurso de videoconferência, que proporcionará a
rapidez necessária e a economia de tempo e recursos.
Contratada: SEAL TELECOM COMÉRCIO E SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES LTDA.
CNPJ: 58.619.404/0001-48

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Valor: R$ 80.400,00

d) Adesão nº 003/2013.
Objeto: Aquisição de 06 Ultrabooks.
Motivação: Atender às necessidades da alta administração da COGESN em acessar os recursos de
TI, via Internet, dos quais a MB disponibiliza, indispensáveis em períodos de ausência por
motivode viagens a serviço, visitas e inspeções em instalações industriais e em outros locais
externos à MB, bem como, utilizar um equipamento próprio e adequado que poderá ser
transportado e utilizado em reuniões e apresentações com o meio militar, civil e industrial externos
à MB, propiciando agilidade, dinamismo e segurança no trato com as informações.
Contratada: TORINO INFORMÁTICA LTDA.
CNPJ: 03.619.767/0001-91
Valor: R$ 25.560,00

e) Adesão nº 006/2013.
Objeto: Aquisição de mobiliário
Motivação: A adesão à Ata justifica-se pela aquisição de poltronas, cadeiras, gaveteiros, armários e
estações de trabalho para uso das gerências do EM 18, EM19 e EM20.
Contratada: Positano Móveis de Escritório Comércio e Serviços Ltda-ME; Suserano Móveis de
Escritório Comércio e Serviços Ltda.ME.
CNPJ: 18.052.689/0001-63; 10.722.534/0001-85
Valor: R$ 58.752,00

f) Adesão nº 008/2013.
Objeto: Aquisição de Estações de Trabalho (Computadores)
Motivação: A adesão à referida Ata é de suma importância para a recomposição do parque
computacional da COGESN em atender a evolução tecnológica dos equipamentos e atender a
demanda de estações de trabalho para os setores da COGESN.
Contratada: Torino Informática Ltda
CNPJ: 03.619.767/0001-91
Valor: R$ 247.600,00

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g)Termo Aditivo nº 22 ao Contrato nº. 40000/2009-009/00.


Objeto: “Construção de um Estaleiro Naval e de uma Base Naval pela Marinha do Brasil com a
Construtora Norberto Odebrecht S.A., com a interveniência de DCNS SociétéAnonyme,
Consórcio Baía de Sepetiba e Itaguaí Construções Navais S.A.”
Motivação: “Necessidade de consolidação no contrato nº. 40000/2009-009/00 das obrigações e
preços para as atividades de construção da UFEM e do Estaleiro Naval e Base Naval – área
norte e sul, exceto os preços referentes ao Complexo Radiológico, seus Equipamentos e
Estruturas Licenciáveis pela CNEN”.
Contratada:CONSTRUTORA NORBERTO ODERBRECHT.
CNPJ: 15.102.288/0001-82.
Valor: R$ 6.991.507.765,96
Valor pago no exercício: R$ 933.348.338,53

h) Acordo de Compensação (Offset) - Empreendimento Modular de Obtenção dos


Submarinos Convencionais – EM-20.
Objeto: “prevê 21 operações de compensação (Offset de nº1 a 21)".
Motivação: “visam a compensar a Marinha do Brasil (MB) e a República Federativa do Brasil
pelas importações realizadas junto à estatal francesa".
Contratada: Estatal Francesa DCNS (DIRECTION DÊS CONSTRUCTIONS NAVALES ET
SERVICES).
Valor Total de Compensação: 4.345,17 M€.

2.6.1 – Do exame da conformidade da gestão das licitações, Afastamentos e Acordos


decorrentes, foram observadas as seguintes constatações:

a) Impropriedade na apreciação de Termo Aditivo:


Foi recomendado à UJ proceder à análise da planilha orçamentária modificada pelo Termo
Aditivo, a fim de verificar se o desconto percentual obtido na licitação foi preservado. Caso fique
constatada a redução do desconto percentual, promover o ajuste de contas com a contratada, a fim
de restabelecer o benefício obtido na licitação.

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b) Divergência da composição da taxa de Bonificação e Despesas Indiretas (BDI) em relação


ao valor efetivamente recolhido do Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN):
As seguintes recomendações foram feitas à UJ:
I) que seja providenciado o acerto de contas com a contratada, a fim de regularizar a
devolução dos valores recebidos indevidamente;
II) que a UJ analise todos os pagamentos realizados desde o início da execução contratual,
considerando as compensações decorrentes de eventual situação de recolhimento em valor superior
ao valor pago para a despesa de ISSQN;
III) que seja providenciada a alteração da taxa de BDI contratual, a fim de adequar o
percentual relativo à despesa com o ISSQN, com os valores efetivamente recolhidos à Fazenda do
Município de Itaguaí-RJ; e
IV) que o fiscal do contrato acompanhe rotineiramente as cláusulas contratuais que se referem
aos pagamentos e à legislação Municipal, que trata das alíquotas do ISSQN.

c) Fragilidades na metodologia de avaliação dos custos unitários que subsidia a aprovação dos
Termos Aditivos ao Contrato nº 4000/2009-009/00 do PROSUB:
Foi recomendado à UJ adotar providências para aumentar a materialidade do escopo das
análises de conformidade dos custos unitários, sem descartar a tempestividade necessária para as
informações produzidas, de modo que os Pareceres Técnicos, referentes à Avaliação dos
Orçamentos das Obras do EBN, estejam fundamentados em análises com maior abrangência.
Foi recomendado, também, que a UJ passe a apresentar, nas planilhas de medição, os valores
estornados individualizados por item alterado, identificando os boletins nos quais foram medidos
anteriormente, com as respectivas informações de quantidade, preço unitário, valor e devolução do
reajuste pago.

2.6.2 – Avaliação da gestão de compras e contratações, especialmente no que diz respeito à:


a) Regularidade dos processos licitatórios e das contratações e aquisições feitas por
Inexigibilidade e Dispensa de licitação:
Os processos licitatórios foram selecionados com base nos critérios de materialidade,
relevância e risco, e o exame contemplou os seguintes aspectos: motivação da contratação,
adequabilidade da modalidade, objeto e valor da contratação, fundamentação da dispensa e
identificação do contratado.

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No que concerne à conformidade, as contratações decorrentes dos processos licitatórios, bem


como, as aquisições feitas por dispensa de licitação pela UJ podem ser consideradas regulares.
Ressalta-se, porém, a necessidade de atentar para as constatações anteriormente apontadas, a
fim de aprimorar a gestão dos processos de aquisições e contratações, para melhor atender aos
objetivos da Administração.
O pagamento a maior, apontado na constatação da alínea b, do subitem 2.6.1, representa o
percentual de 0,5% do montante examinado, tendo sido decorrente da alteração de alíquota de
imposto durante a vigência do contrato. Portanto, apesar de o fato exigir compensação por parte da
empresa, não compromete a regularidade da gestão da COGESN, referente ao exercício de 2013.
Ressalta-se, contudo que, durante o período de realização da Auditoria, a UJ iniciou negociação
com a contratada objetivando a devolução dos valores pagos a maior.

b) Qualidade dos controles internos administrativos relacionados à atividade de compras


e contratações:

Por ocasião da Auditoria, foram analisados os aspectos de Controle Interno, bem como a
conformidade dos processos licitatórios da COGESN.
Verificou-se que a estrutura da UJ para a condução dos processos licitatórios, eventuais
Afastamentos e Acordos decorrentes, mostrou-se tecnicamente preparada e suficientemente
dimensionada para responder às demandas apresentadas.
O Setor de Obtenção possui Ordem Interna considerada adequada aos procedimentos de
aquisição de bens e contratação de serviços da UJ.
Quanto ao planejamento das aquisições, existe o Programa de Aplicação de Recursos (PAR),
que é base para a elaboração do cronograma de licitações.
Considerando a análise dos processos de compras e contratações e demais atos da gestão
administrativa da UJ, verificou-se uma estrutura de controle que contribui de forma efetiva e
positiva para garantir a regularidade das contratações. Excetua-se, apenas, a deficiência do
procedimento de aceitação dos custos unitários referentes à constatação da alínea c do subitem
2.6.1).

c) Sustentabilidades nas contratações


Verificou-se que a COGESN tem adotado, em seus Editais, Projetos Básicos e Termos de
Referência, critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de materiais e na contratação de
serviços, bem como, informações relacionadas à separação de resíduos recicláveis descartados, em

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observância, respectivamente, à Instrução Normativa nº 1/2010 e a Portaria nº 2/2010, ambas da


Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, e ao Decreto nº 5.940/2006.

d) Avaliação da aderência à política de compensação comercial, industrial e tecnológica


da MB.
Em atendimento às Orientações Setoriais (ORISET-2013), da Secretaria-Geral da Marinha, no
que tange àimplementação das Diretrizes de Compensação Comercial, Industrial e Tecnológica
(“Diretrizes de OFFSET” na MB), faz parte do Programa de Auditoriasdeste Centro Controle
Interno o acompanhamento dos acordos de compensação realizados pelas diversas UJ da MB.
O Contrato de OFFSET, no âmbito do PROSUB, prevê a realização de vinte e uma
compensações para a MB, visando ao desenvolvimento da indústria nacional e a geração de
empregos. Dezenove operações são diretamente ligadas à concepção, construção, operação e
manutenção dos quatro submarinos convencionais (S-BR) e do submarino com propulsão nuclear
(SN-BR), além de duas operações voltadas para a assistência técnica da manutenção de
equipamentos e sistemas do NAeSPaulo, e, ainda, para a modernização de setores do AMRJ.
Atualmente, estão concluídas duas Operações de Compensação (Offset). Dezesseis operações
estão em execução e somente três não foram iniciadas, representando uma execução parcial de
5,29% (229,88 M€) do valor total previsto de 4.345,17 M€.
As operações de OFFSET de Treinamento de Compatibilidade e Interferência
Eletromagnética, de Apoio a Estudos de Hidrodinâmica e de Análise do Projeto do Módulo de
Propulsão do SN-BR, desenvolvido pela MB, estão diretamente ligadas à Transferência de
Tecnologia. Dessas, apenas a primeira está concluída, com valor compensado de 0,4M€. As demais
estão em andamento com execução dentro do prazo previsto e valor compensado de 14,6 M€ e 13,2
M€, respectivamente.
Verificou-se que o OFFSET referente à Criação da SPE (Sociedade de Propósito Específico)
já foi cumprido, com concessão de créditos no valor de 193,7 M€. Além disso, as Operações de
Assistência Técnica para o NAeSPaulo e Modernização do AMRJ encontram-se parcialmente
compensadas, com Créditos concedidos de 7,38 M€ e 0,6 M€, respectivamente.
Ante ao exposto, registra-se que a situação dos acordos OFFSET firmados pela COGESN é
satisfatória, ressalvando os casos das operações ainda não iniciadas. Em relação ao OFFSET Projeto
Preliminar de Laboratório, o prazo de execução expirou em julho de 2012, e a execução ainda não
foi iniciada.

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Com o intuito de contribuir para a melhoria do Controle Interno, as constatações oriundas de


cada auditoria são levadas ao conhecimento da respectiva UJ, acompanhadas de avaliação e
recomendações de procedimentos mais eficientes.

2.7 - AVALIAÇÃO DE PASSIVOS ASSUMIDOS SEM PRÉVIA PREVISÃO


ORÇAMENTÁRIA DE CRÉDITOS OU RECURSOS
Conforme mencionado no subitem 4.2 do Relatório de Gestão da UJ, foi observado que não
há registro de passivos por insuficiência de créditos.

2.8 - DA GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

Foi realizada a avaliação objetiva sobre a gestão de Tecnologia da Informação da COGESN,


destacando os aspectos estabelecidos na DN TCU nº 132/2013:
a) Planejamento: o Planejamento de Tecnologia de Informação (TI) existente está alinhado ao
Planejamento Estratégico da UJ e, também, foram instituídas, conforme previsto na Ordem Interna,
as Instruções de Segurança das Informações Digitais (ISID);
b) Perfil dos recursos humanos envolvidos: o pessoal existente é devidamente qualificado
para o desempenho das funções relacionadas ao setor de TI;
c) Procedimentos para salvaguarda da informação: a UJ possui Histórico de Rede, Plano de
contingência de TI e Plano de Backup.Implementa política de controle de acesso à informação,
controla a assinatura dos Termos de Responsabilidade Individual e dos Termos de Recebimento de
Estação;
d) Capacidade para o desenvolvimento e produção de sistemas: a UJ não desenvolve sistemas;
e
e) Procedimentos para a contratação e gestão de bens e serviços de TI: foi constatado que a UJ
vem realizando estudos técnicos preliminares visando avaliar a viabilidade para formalização de um
contrato. Constatou-se, também, a adoção de métricas objetivas para mensuração dos resultados, e
são explicitadas as necessidades de negócio, a serem atendidas com a realização do contrato.

Nesse contexto, os exames resultaram na identificação das seguintes constatações:


a) Plano de Backup incompleto.
Foi recomendado à UJ atualizar o plano de backup.

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b) Planejamento de Tecnologia da Informação Incompleto.


Foi recomendado à UJ incluir os objetivos, metas e Indicadores no planejamento de TI.

2.9–AVALIAÇÃODA GESTÃO DO PATRIMÔNIO MOBILIÁRIO E IMOBILIÁRIO


A presente Auditoria, na área de Patrimônio Mobiliário e Imobiliário, foi conduzida com
base nas técnicas de auditoria, dentre as quais podem ser citadas: Indagação Escrita e Oral, Exame
dos Registros e análise dos seguintes documentos/sistemas:
• Registros, referentes ao exercício de 2013, afetos aos seguintes Sistemas Informatizados:
- Cadastro de Bens Móveis (CADBEM - Web);
- Sistema de Informações Gerenciais do Abastecimento (SINGRA);
- Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial da União (SPIU-Net); e
- Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI).
• Situação e controle das viaturas administrativas.
• Relação de Incumbências (INC), com as respectivas Ordens de Serviço (OS) e os Termos de
Responsabilidade de Incumbência.
• Prestações de Contas de Material referentes a 2013; e
• Ordens Internas:
- Utilização e Controle de Viaturas;
- Controle de Combustíveis, Lubrificantes e Graxas – CLG;e
- Gestão de Material.

2.9.1 -Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário:


Conforme evidenciado no subitem 6.2 do Relatório de Gestão, a COGESN possui sob a sua
responsabilidade dois imóveis, ambos administrados pela UJ, a partir de 2013.
A estrutura tecnológica e de pessoal da COGESN, para a gestão do patrimônio imobiliário
mostra-se adequada.
Observou-seque os seguintes princípios de Controle Interno Administrativos foram
obedecidos na gestão do patrimônio imobiliário da UJ:
- relação custo/benefício;
- instruções devidamente formalizadas;
- aderência a diretrizes e normas legais;
- delegação de poderes;
- definição de responsabilidades;

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- segregação de funções; e
- rodízio de funcionários exclusivamente no setor de material.
O Princípio “Controle Sobre as Transações” também foi observado, porém, de uma maneira
parcial, sendo detectada oportunidade de melhoria, conforme detalhado a seguir:
O item 6.2.2 do Relatório de Gestão evidencia o valor de um imóvel em desacordo com a
posição SIAFI de dezembro de 2013. Tal montante, R$ 4.523.840,22, corresponde ao avaliado pela
Secretaria Municipal de Fazenda de Mangaratiba-RJ, em documento datado de 10 de setembro de
2013. A atualização tardia do valor nos sistemas prejudicou a tempestividade da informação
contábil, disponibilizada no sistema SIAFI2013, e, consequentemente, a sua qualidade. Ressalta-se,
todavia, que a informação prestada no item 6.2.2 do Relatório de Gestão reflete a realidade
patrimonial da UJ, adespeito de sua incompatibilidade com a posição SIAFI de dezembro de 2013.

2.9.2 - Avaliação da Gestão do Patrimônio Mobiliário:


Observou-se, em uma análise geral, que os seguintes princípios de Controle Interno
Administrativos foram obedecidos:
- relação custo/benefício;
- instruções devidamente formalizadas;
- aderência a diretrizes e normas legais;
- controle sobre as transações;
- segregação de funções; e
- rodízio de funcionários.
Os Princípios “Delegação de Poderes” e “Definição de Responsabilidades” também foram
observados, porém, de uma maneira parcial, sendo detectadas oportunidades de melhoria.
Os aspectos a seguir devem ser observados pela UJ, com vistas a evitar a probabilidade da
ocorrência de prejuízos à Fazenda Nacional:

a) A UJ deixou de informar ao CCIMAR sobre o saldo correspondente a R$


312.163.170,73 constante na conta 14.212.96.00 (adiantamentos para inversões em bens
moveis).
Foi recomendado que a UJdefina responsabilidades para o acompanhamento e movimentação
da referida conta, bem como das demais contas transitórias, na Ordem Interna que trata da Gestão
de Material.

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b) Divergência entre o Inventário de Bens Móveis, extraído do CADBEM, e o


Patrimônio da UJ.
Foi recomendado que a UJ regularizea situação, por meio da emissão de Notas de
Movimentação de Material (NMM), a fim de atualizar o Cadastro de Bens Móveis da UJ. No caso
da não localização do material, que providencie a apuração de responsabilidade, dentro do que
preceitua a Norma pertinente.

2.9.3 - Avaliação da Política de Separação de Resíduos Recicláveis Descartados:


Devido à natureza do trabalho desenvolvido pela COGESN, observou-se a existência de
grande quantidade de documentos classificados como sigilosos. Por essa razão, boa parte do
descarte do material é realizado de acordo com o previsto pela legislação vigente, qual seja,o
trituramento.
A UJ possui um Plano Básico Ambiental, referente à construção e operação do Estaleiro e
Base Naval e da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, composto por seis Seções, quais
sejam: Especificação do Projeto, Programa de Gestão Ambiental Integrado, Programa Ambiental da
Construção, Programa de Gestão Ambiental do Estaleiro, Programa de Gestão Ambiental da Base
Naval e Programa de Gerenciamento Radiológico.
No Programa Ambiental da Construção, está inserido o Projeto de Gerenciamentos de
Resíduos Sólidos, que é executado pela ODEBRETCH, ficando a fiscalização a cargo da COGESN,
por meio de auditorias internas, sendo o resultado formalizado em relatórios específicos.

2.9.4 – Avaliação da Gestão da Frota de Veículos Próprios e Contratados de Terceiros:


A UJ possui em seu patrimônio vinte e três viaturas, das quais uma encontra-se em São Paulo,
para apoio ao Escritório Técnico da COGESN em São Paulo, e três encontram-se no exterior, para
apoio ao Escritório Técnico do Programa de Desenvolvimentos de Submarinos na França, sediado
em Houilles. As dezenove restantes prestam apoio à sede da UJ, no Rio de Janeiro.
Ao longo de 2013, foram empregados R$ 55.305,46 (cinquenta e cinco mil, trezentos e cinco
reais e quarenta e seis centavos) na manutenção dessas viaturas. Os percentuais de valores gastos
com manutenção em relação ao valor do bem, por veículo, variam entre 1% a 36%, sendo a média
de 6%. Apenas uma viatura encontrava-se com sua vida útil vencida em 2013 (critério: SGM-201 –
Normas para Execução do Abastecimento).

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Foram verificadas as viaturas que se encontravam na sede da COGESN, sendo constatado o


bom estado de conservação das mesmas.
Observou-se, em uma análise geral, que, em relação à gestão da frota de veículos próprios, os
seguintes princípios de Controles Internos Administrativos foram obedecidos:
- relação custo/benefício;
- instruções devidamente formalizadas;
- aderência a diretrizes e normas legais;
- controle sobre as transações;
- segregação de funções;
- rodízio de funcionários; e
- definição de responsabilidades.

2.9.5– Avaliação sobre o Consumo de Papel, Água e Energia Elétrica:


No que diz respeito ao consumo de papel, água e energia, observa-se uma política de uso
racional desses recursos, que podem ser evidenciados por meio das seguintes medidas: campanha de
conscientização por meio de publicação de notas em Plano doDia, lembretes de uso racional de
energia próximo a interruptores de luz e controle de impressão de folhas.
Os valores referentes à água e à energia elétrica são pagos em conta do condomínio do
Arsenal de Marinha no Rio de Janeiro (AMRJ), e são calculados por meio de rateio com outras
Organizações Militares situadas naquele complexo.
Os valores informados no Relatório de Gestão de 2013, despendidos nesses recursos,
apresentam uma redução da ordem de 50% em relação aos gastos de 2012, e correspondem ao
somatório das faturas apresentadas pelo AMRJ.

2.10 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO SOBRE AS RENÚNCIAS TRIBUTÁRIAS


Não há informações sobre este subitem, conforme mencionado no subitem 4.6 do Relatório de
Gestão da UJ.

2.11 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO


O presente trabalho de auditoria visou avaliar a qualidade e suficiência dos Controles
Internos Administrativos instituídos pela UJ, com vistas a garantir que seus objetivos estratégicos
foram atingidos, baseado nos seguintes componentes do Controle Interno: Ambiente de Controle;
Avaliação de Risco; Atividade de Controle; Informação e Comunicação; e Monitoramento,

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conforme disposto no item 11, do Anexo IV, da à Decisão Normativa TCU nº 132/2013, detalhado
na Portaria nº 175/2013, do TCU.
Na análise realizada nas informações constantes do Relatório de Gestão, constatou-se que os
Controles Internos instituídos possuem qualidade e são suficientes para que os objetivos
estratégicos sejam atingidos. Contudo, em relação às Atividades de Controle, observou-se a
necessidade de aprimoramentos, conforme apontado nas constatações referentes aos tópicos a
seguir:

2.11.1 - Ambiente de Controle


Para análise deste aspecto, o trabalho de auditoria observou alguns fatores que constituem a
base do ambiente de controle da UJ, tais como: integridade moral e valores éticos, governança
corporativa, estrutura organizacional e, ainda, ações motivacionais e de incentivo às boas práticas
de gestão implementadas.

a) Integridade Moral e Valores Éticos


Observou-se que, efetivamente, estes conceitos são praticados e difundidos pela UJ.
Normalmente, na Marinha do Brasil, as informações sobre os assuntos relacionados à ética e à
integridade moral, de interesse de toda a tripulação, estão contidas na Lei nº 6.880/80 (Estatuto dos
Militares) e nos normativos internos, tais como: Regulamento Disciplinar para a Marinha (RDM),
OrdenançaGeral para os Serviços da Armada (OGSA), Normas do Estado-Maior da Armada
(EMA), etc.
Observou-se que, na UJ, há boas práticas que contribuem positivamente para difundir estes
conceitos, como, por exemplo, a divulgação periódica no Plano do Dia e em adestramentos internos.

b) Governança Corporativa
Um Memorando do Comandante da Marinhadefine a estrutura da MB responsável por gerir as
atividades relacionadas ao PROSUB, destacando-se, no citado documento, que a Diretoria-Geral do
Material da Marinhaé a responsável pelo Programa no âmbito da MB, tendo a COGESN como
subordinada direta e principal condutora dos assuntos relacionados ao Programa.
Para o acompanhamento e a fiscalização da execução dos contratos, a estrutura de governança
do PROSUB está assim constituída:

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- Comitê de Acompanhamento do PROSUB;


- Comitê de Controle e Fiscalização do PROSUB;
- Comitê Especial da SPE; e
- Órgão Gestor do Corpo Técnico.
Além destes instrumentos de controle, o gerenciamento do Contrato conta, ainda, com
elementos que atuam diretamente no controle dos contratos, que são:
- Gerente de Empreendimento Modular (GEM) para a Implantação do Estaleiro e da Base
Naval;
- Gerente de Empreendimento Modular 19 para a Construção do Submarino de Propulsão
Nuclear;
- Gerente de Empreendimento Modular 20 para a Construção de Submarinos Convencionais;
e
- Fiscais dos Contratos.
A criação da COGESN, como uma estrutura complementar,originou-se da constatação de que
a estrutura administrativa, outrora vigente na Marinha, não dispunha de condições para suportar a
multiplicidade de encargos e tarefas relacionadas à gestão dos acordos, ajustes e contratos firmados
para viabilizar a consecução de todos os objetivos necessários para a construção do submarino
nuclear brasileiro.
Assim, um Memorando do Comandante da Marinha (CM) implementou importantes
aprimoramentos na Governança do PROSUB, no que diz respeito à estrutura organizacional e às
atribuições da COGESN, como exemplo: a designação de um Coordenador-Executivo, tendo, sob
sua subordinação três Gerências de Empreendimento Modular, um Escritório Técnico do PROSUB
na França (ET-PROSUB) e uma Gerência Administrativo-Financeira (GAF), esta criada
especificamente para conduzir toda a Execução Financeira relacionada ao Programa.

2.11.2 – Avaliação de Risco


Na avaliação deste tópico, verificou-se que, de maneira geral, há um acompanhamento dos
riscos que envolvem os contratos do PROSUB.
Verificou-se no Relatório Global de Acompanhamento, referente ao Contrato 4000/2009-010-
00 - CBS, a elaboração de um plano de gerenciamento de riscos e de uma matriz de riscos, que
consolidam o resultado da identificação, análise, resposta e controle dos riscos do PROSUB, tais
como:
- riscos do Estaleiro e Base Naval;

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- riscos do Submarino Convencional Brasileiro;


- riscos do Submarino Nuclear Brasileiro;
- riscos de Nacionalização; e
- riscos de OFFSET.
De acordo com o plano para gerenciamento de riscos, as Gerências de Empreendimento
Modulares avaliam a criticidade dos riscos e estabelecem as respectivas estratégias para mitigação,
e,consequentemente, levam os resultadosao Conselho de Gestão, para análise e deliberações.
Para execução das atividades relativas à identificação, monitoramento e controle dos riscos,
foram criados Grupos de Trabalhos com a participação de representantes da MB e das empresas
Consórcio Baía Sepetiba (CBS), SociétéAnonyme(DCNS),Construtora Norberto Odebrecht (CNO)
e Itaguaí Construções Navais (ICN).

2.11.3 – Atividades de Controle


Uma vez conhecidos os objetivos estratégicos da Organização e os riscos envolvidos, devem
ser adotados procedimentos internos para assegurar que as ações identificadas como necessárias
para evitar os riscos de insucesso, na consecução dos objetivos, sejam efetivamente executadas.
Nesse contexto, os exames resultaram na seguinte constatação:

Divergência nas informações prestadas no Relatório de Gestão.


Foi recomendado à UJ que as informações prestadas sejam consistentes e de qualidade,
devendo refletir a sua real situação.

2.11.4 - Informação e Comunicação


Observou-se que a UJ,entre as diversas ferramentas utilizadas para manter o fluxo adequado
das informações, utiliza, regularmente, os seguintes meios: Plano do Dia, Ordens de Parada,
mensagens e o Sistema de Gerência de Documentos Eletrônicos da Marinha (SIGDEM).
Apesar da utilização destes meios para disseminação das informações, constatou-se que não
há divulgação do Planejamento Estratégico Organizacional, conforme apontado na constatação da
alínea b, do subitem 2.2.6.

2.11.5 – Monitoramento
Os Controles Internos Administrativos devem ser constantemente monitorados, a fim de que
sejam adotadas correções, sempre que necessárias. O monitoramento contribui para que os

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Controles Internos possam continuar a operar adequadamente. Dessa forma, o sistema de controle
reage dinamicamente, mudando de acordo com as condições do ambiente em que a Organização
está inserida e com a necessidade de mudança para correção de procedimentos.
Na MB, além do monitoramento efetuado pela própria UJ, as Auditorias, realizadas por este
Centro de Controle Interno, bem como as Inspeções Administrativo-Militares, realizadas pelos
Comandos Imediatamente Superiores, são consideradas atividades de monitoramento dos Controles
Internos.
Destacam-se, como aspectos positivos, a rotineira elaboração e discussão dos Relatórios de
Acompanhamento dos Contratos (Relatório Particular de Acompanhamento - RPA e Relatório
Global de Acompanhamento - RGA) e as reuniões de caráter técnico, que acontecem
semanalmente, com a participação de Representantes da COGESN, CNO, ICN e DCNS.
Nessas reuniões, são tratados diversos assuntos, indispensáveis ao bom andamento do
PROSUB, tais como: construção do EBN, análise de projetos, sistemas e equipamentos especiais e
coordenação de arquitetura, dentre outros.

3 - AVALIAÇÃO DAS FALHAS E IRREGULARIDADES RELEVANTES


Na avaliação da Equipe de Auditoria não foram identificadas falhas ou irregularidades que
resultaram em dano ou prejuízo.

4 - CONCLUSÃO
De acordo com os exames efetuados, considerando não terem sido evidenciadas ocorrências
que comprometessem a probidade da gestão dos recursos alocados à UJ, o presente processo se
encontra, na avaliação deste Centro de Controle Interno, em condições de ser submetido ao
julgamento do TCU.
Assim, em cumprimento ao inciso III, do art. 9º, da Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992,
conclui-se pela REGULARIDADE da gestão dos Dirigentes Máximos da UJ e sugere-se a emissão
do competente Certificado de Auditoria.

Rio de Janeiro - RJ, em de agosto de 2014.

JOSÉ LUIZ ALLEN LACOLLA MONTANO EDISON DOS SANTOS TOMAZ


Capitão de Fragata (RM1-T) Técnico de Finanças e Controle
Coordenador da Equipe de Auditoria Analista de Contas

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WAGNER CORRÊIA DE SOUZA


Capitão-Tenente (IM)
Encarregado da Divisão de Prestação de Contas

De acordo: ROBERTO BREVES CHRISTO DA SILVA


Capitão de Fragata (IM)
Chefe do Depto de Gestão Pública e Acompanhamento de Processos

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