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A DUALIDADE DE PODERES

Gramsci foi um dos principais responsáveis pela ampliação da teoria do


Estado. O período em que esteve preso, ele viveu o fracasso da revolução socialista
nos países da Europa Ocidental. Além disso presenciou em seu próprio país, na Itália,
o fracasso da experiência de democracia direita dos “conselhos de fábrica” no qual
Gramsci era o principal teórico. Portanto na Itália, apesar da crise econômica e situação
aparentemente revolucionaria, não foi possível repetir a experiência vitoriosa dos
Bolcheviques. A maneira que Gramsci tentou explicar isso, foi através do
desenvolvimento dos conceitos de Estado de Marx, Engels e Lenin que afirmam que o
fenômeno estatal tem natureza de classes, ou seja, o Estado teria sido originado através
da divisão da sociedade em classes, estando sua existência condicionada à existência
dessa divisão e a principal função do Estado, seria conservar esta divisão de classes.
Para esses 3 teóricos, a repressão, seria o modo principal do Estado desempenhar
suas funções próprias. Na visão de Marx e Engels, o Estado é o “comitê das classes
dominantes” e detém o “poder de opressão de uma classe sobre outra”, para Lenin “o
exército e a polícia são os instrumentos fundamentais” ou de repressão de Estado.
Gramsci opera, num momento histórico e geográfico, no qual, já havia essa
ampliação do fenômeno estatal através uma intensa socialização da política: a
conquista do sufrágio universal, a criação de grandes partidos políticos de massa, da
ação efetiva de numerosos e potentes sindicatos profissionais e de classes. A partir da
percepção dessa socialização da política, Gramsci elabora uma teoria marxista
ampliada do Estado. Em seu conceito de Estado ele distingue 2 esferas no interior das
superestruturas: “a sociedade civil” e a “sociedade política”. Para Gramsci a
sociedade civil designa um momento ou esfera da superestrutura que que abrange
conjunto das instituições responsáveis pela elaboração e/ou difusão de valores
simbólicos, ideologias. Já a sociedade política para ele corresponde aos aparelhos
coercitivos do Estado. Em conjunto ambas formam o Estado em sentido amplo definido
por ele como: “sociedade política + sociedade civil, isto é, hegemonia revestida de
coerção.” As duas esferas servem para conservar ou transformar uma determinada
formação econômico-social, de acordo com os interesses de uma classe social
fundamental no modo de produção capitalista, estas se distinguem ainda por uma
materialidade (social) própria: enquanto soc. politica tem seus portadores materiais nos
aparelhos coercitivos de Estado e assegura “legalmente” a disciplina dos grupos
sociais (pela força), os portadores materiais da sociedade civil são os “aparelhos
privados de hegemonia”. A soc. civil como uma esfera especifica, é dotada de
legalidade própria, funciona como mediação necessária entre a base econômica e o
Estado em sentido estrito.
A dialética existente entre as duas esferas corresponde a: “ A supremacia de um
grupo social se manifesta de duas maneiras: como ‘domínio’ e como ‘direção intelectual
e moral’. Um grupo social é dominante dos grupos adversários que tendem a ‘liquidar’
ou submeter também mediante a força armada; e é dirigente dos grupos afins ou
aliados. Para Marx e Engels, as ideias da classe dominante são em todas as épocas,
as ideias dominantes: a classe que é a potência material dominante da sociedade é ao
mesmo tempo, a sua potência espiritual dominante. A classe que dispõe dos meios de
produção material, dispõe com isso ao mesmo tempo, dos meios de produção
intelectual. Para Gramsci, com o surgimento da sociedade civil, o monopólio da
propriedade dos meios de produção intelectual pela classe dominante cessa e criam-se
entidades culturais diretamente ligadas às organizações das classes subalternas
(jornais, revista culturais, editoras)

Em Marx, Engels e Hegel, a sociedade civil designa sempre o conjunto das relações econômicas
capitalistas, o que eles chamam de “base material” ou infra-estrututa.

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