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Regulamento das Custas Processuais

Custas no C.I.R.E.

DGAJ/DF - 2014

Direção-Geral da Administração da Justiça


2
Índice

Processo de insolvência................................................................................................................................9
1. Isenções de Custas ................................................................................................................................9
1.1. Isenções subjetivas........................................................................................................................9
1.1.1. Relativa a pessoas coletivas ......................................................................................................9
1.1.2. Relativa a pessoas singulares ..................................................................................................10
1.2. Isenções objetivas .......................................................................................................................11
2. Base Tributável ....................................................................................................................................12
3. Taxa de Justiça.....................................................................................................................................13
3.1. Responsabilidade ........................................................................................................................13
3.1.1. Relativa a pessoas coletivas ....................................................................................................13
3.1.2. Relativa a pessoas singulares ..................................................................................................14
3.2. Oportunidade do pagamento da taxa de justiça.........................................................................15
3.3. Meios eletrónicos ........................................................................................................................16
4. Encargos ..............................................................................................................................................17
4.1. Administradores Judiciais............................................................................................................17
4.2. Testemunhas ...............................................................................................................................19
5. Custas de Parte....................................................................................................................................20
6. Multas..................................................................................................................................................22
7. Recursos ..............................................................................................................................................23
8. Reclamação .........................................................................................................................................25
Conta de custas ...........................................................................................................................................27
9. Oportunidade de elaboração da conta ...............................................................................................27
9.1. Nas insolvências de pessoas coletivas.........................................................................................27
9.2. Nas insolvências de pessoas singulares ......................................................................................27
10. Elaboração da conta ........................................................................................................................29
11. Valor da causa para efeitos de custas .............................................................................................31
12. Especificidades da taxa de justiça ...................................................................................................32
13. Base de Tributação ..........................................................................................................................33
14. Reforma e reclamação da conta .....................................................................................................34

3
15. Pagamentos .....................................................................................................................................36
16. Ações que não integram a base de tributação dos processos de insolvência ................................37
16.1. Verificação ulterior de créditos ou de outros direitos ............................................................37
16.2. Restituição ou separação de bens apreendidos tardiamente.................................................38
Processo Especial de Revitalização ............................................................................................................41
17. Processo Especial de Revitalização .................................................................................................41
17.1. Generalidades .........................................................................................................................41
17.2. Recursos ..................................................................................................................................43
Casos Práticos .............................................................................................................................................44
Caso Prático 1 – Pagamento de honorários e despesas ao Administrador Judicial ....................................47
a) Em insolvência terminada nos termos do artigo 36.º do CIRE........................................................47
b) Em insolvência terminada nos termos do artigo 232.º do CIRE .....................................................47
c) Em insolvência terminada nos termos do artigo 39.º do CIRE........................................................48
Caso Prático 2 – Pagamento de remuneração variável ao Administrador Judicial numa insolvência........49
Caso Prático 3 – Pagamento de remuneração variável ao Administrador Judicial no PER ........................51
Caso Prático 4 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Coletiva ............................................53
Caso Prático 5 – Insolvência requerida pelo credor contra Pessoa Coletiva e com oposição ....................59
Caso Prático 6 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Coletiva c/ indeferimento liminar....65
Caso Prático 7 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Singular ............................................69
Caso Prático 8 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Singular – com exoneração do passivo
restante .......................................................................................................................................................75
Caso Prático 9 – Processo Especial de Revitalização ...................................................................................81
Caso Prático 10 – Processo Especial de Revitalização .................................................................................85
Tabelas ........................................................................................................................................................89

4
NOTA PRÉVIA

O texto de apoio apresentado, resulta de um conjunto de reflexões da divisão de formação e


visa facilitar e ajudar os oficiais de justiça, no âmbito dos processos tramitados de acordo
com a legislação do CIRE.

De salientar, que este documento surge apenas como orientador e facilitador do trabalho,
não substituindo, nem sobrepondo, a leitura dos diplomas legais respeitantes às temáticas
abordadas, dando-se sempre prevalência aos entendimentos diversos dos senhores
Magistrados.

maio de 2014

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ÍNDICE DE REVISÕES

Identificação da versão Data de atualização


Versão Inicial maio 2014

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SIGLAS

 CIRE – Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas


 CPC – Código de Processo Civil
 RCP – Regulamento das Custas Processuais
 DUC – Documento único de Cobrança
 PER – Processo Especial de Revitalização

7
8
Processo de Insolvência

Processo de insolvência

1. Isenções de Custas

Como questão prévia, em matéria de isenções de custas salientamos que estão previstas
no n.º1 do artigo 4.º, da Lei n.º7 /2012, de 13/02.

Existem dois tipos de isenções, as subjetivas e as objetivas.

1.1. Isenções subjetivas

As isenções subjetivas traduzem-se na isenção de custas das pessoas e entidades que se


apresentam em juízo, independentemente da qualidade em que o façam, não sendo relevante
pois, a posição processual ocupada.

Nas ações apensas à insolvência que tenham uma tributação própria, não abrangida pela
base de tributação do artigo 303.º do CIRE, quando uma das partes no processo seja o
Ministério público, agindo este na defesa dos direitos e interesses que lhe são confiados por
lei, existe isenção de custas nos termos da alínea a) do n.º1 do artigo 4.º do RCP,
designadamente nas ações de verificação ulterior de créditos –artigo 146.º do CIRE.

1.1.1. Relativa a pessoas coletivas

Prevê a alínea u) do n.º1 do artigo 4.º do RCP que, as sociedades civis ou comerciais,
as cooperativas e os estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada que estejam

9
em situação de insolvência ou em processo de recuperação de empresa, estão isentas de
custas.

Significa pois que, as pessoas coletivas em situação de insolvência, gozam de isenção,


não só nas ações em que se apresentem à insolvência, mas também nas requeridas por
terceiros, bem como nas restantes ações em que a sociedade seja parte, exceto naquelas que
tenham por objeto litígios relativos ao direito de trabalho.

Nos termos do n.º4 do artigo 4 do RCP, as pessoas coletivas que se apresentam à


insolvência, perdem a isenção de custas, quando haja lugar a desistência do pedido de
insolvência ou quando este seja indeferido liminarmente ou por sentença.

Após a decisão da declaração de insolvência de pessoa coletiva (sociedade comercial),


deixa de ser a sociedade a responsável por custas, cessando a sua situação de insolvência e
constituindo-se, a partir da data da decisão, a massa insolvente, não se aplicando a esta a
isenção de custas prevista na al. u) do n.1, do artigo 4.º do RCP.

1.1.2. Relativa a pessoas singulares

As pessoas singulares que se apresentem ou que se oponham à insolvência, estão


excluídas da isenção prevista na alínea u) do n.º1 do artigo 4.º do RCP.

10
1.2. Isenções objetivas

Relativamente às isenções de cariz objetivo, beneficia-se dela não pela qualidade da


pessoa que intervém, mas tão só pela natureza do processo pelo qual o fazem.

No tocante à matéria que ora se discute, não existe no n.º 2 do artigo 4.º do RCP,
qualquer processo que se inclua nesta problemática.

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2. Base Tributável

A base tributável serve para determinar o montante da taxa de justiça e é fixado segundo
as regras previstas na lei de processo- artigo 11.º do RCP.

No âmbito dos processos de insolvência considera-se sempre para efeitos de pagamento de


taxa de justiça pelo impulso processual, o valor processual determinado pelo artigo 15.º do
CIRE.1

Existem, no entanto, casos que não integram a base de tributação no ato de contagem
nos processos de insolvência, nomeadamente:

Nas ações de Restituição ou separação de bens aprendidos tardiamente (apenso ao


processo de insolvência) a que alude o artigo 144.º do CIRE, em que o valor da causa é o
dos bens apreendidos tardiamente;

Nas ações de Verificação ulterior de créditos ou de outros direitos a que alude o artigo
146.º do CIRE, em que o valor da causa é o do crédito ou do bem em questão.

1
Para efeitos de elaboração de ato de contagem, aplica-se o valor da causa determinado de acordo com as regras
previstas no artigo 301.º do CIRE.

12
3. Taxa de Justiça

3.1. Responsabilidade

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do


interessado, autor ou réu, exequente ou executado, requerente ou requerido e recorrente ou
recorrido - artigo 6.º n.º 1 do RCP e artigo 530.º do CPC, este último tendo aplicabilidade nos
processos constantes no CIRE por força do artigo 17.º do CIRE.

A taxa de justiça é expressa em UC (unidade de conta processual) atualizada anual e


automaticamente de acordo com o IAS (Indexante dos Apoios Sociais – Lei n.º 53-B/2006) –
n.ºs 1 e 2 do artigo 5.º do RCP

3.1.1. Relativa a pessoas coletivas

Nas insolvências requeridas por terceiros (credores) estes são responsáveis pelo
pagamento prévio da taxa de justiça, aplicando-se a tabela I-A – artigo 13.º do RCP e em
função do valor da causa/ação - artigos 6.º n.º1 do RCP e 15.º do CIRE.

Nos casos de concessão de apoio judiciário na modalidade de dispensa de taxa de


justiça e demais encargos com o processo alínea a) do artigo 16.º da Lei n.º 34/2004, alterada
pela Lei n.º 47/07), nomeadamente nas situações previstas no n.º 4 do artigo 7.º da supra
mencionada lei, não existe lugar ao pagamento da taxa de justiça.

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3.1.2. Relativa a pessoas singulares

Nas insolvências requeridas por terceiros ou nas insolvências apresentadas (devedor)


estas são responsáveis pelo pagamento da taxa de justiça, aquando do respetivo impulso
processual, aplicando-se a tabela I-A – artigo 13.º do RCP e em função do valor da causa/ação
- artigos 6.º n.º1 do RCP e 15.º do CIRE.

Nos casos de concessão do apoio judiciário na modalidade de dispensa de taxa de


justiça e demais encargos com o processo [alínea a) do artigo16.º da Lei n.º 34/2004, alterada
pela Lei n.º 47/07], não existe lugar ao pagamento da taxa de justiça.

Tendo sido concedido apoio judiciário na modalidade de pagamento faseado de taxa


de justiça e demais encargos, o pagamento da taxa de justiça deverá ser junto com o
articulado – petição/oposição, exceto se o pedido não tenha sido decidido ou a decisão tenha
sido objeto de impugnação, nestes casos a parte deverá juntar o comprovativo da
apresentação do pedido.

Nos casos de insolvência de pessoa singular com pedido de exoneração do passivo


restante2 - artigo 248.º do CIRE, têm-se constatado a adoção de diferentes soluções;

2
“ …Apresentado o requerimento de exoneração do passivo restante, o devedor goza do diferimento do
pagamento das custas até à decisão final desse pedido, na parte em que as mesmas não sejam pagas pela massa
insolvente e pelo seu rendimento disponível durante o período da cessão (artigo 248.º)…”

“De acordo com ao artigo 234.º, n.º4, a cessão antecipada também pode ocorrer em virtude de estarem satisfeitos
todos os créditos sobre a insolvência. Assim verificar-se-á uma situação equivalente à inutilidade superveniente da
lide. Neste caso, o juiz poderá declarar a cessação oficiosamente ou a requerimento do devedor ou do fiduciário,
Deste modo, feito o rateio final, encerrar-se-á o processo insolvência”

“ Quando a revogação for requerida (….) a autorização do pagamento a prestações das custas judiciais e
remunerações e despesas do administrador da insolvência e do fiduciário (artigo 248.º, n.ºs 1 e 2) caduca, tendo
ser pagos os créditos em divida, as taxas de justiça e os respetivos juros de mora como se o benefício do
diferimento do pagamento das custas nunca tivesse existido, tal como defendem Carvalho Fernandes e João
Labareda“

(O regime especial da insolvência de pessoas singulares de Letícia Marques – Fls.141, 147 e 149)

14
 De que o requerente deve juntar até ao momento da prática do ato
(petição/oposição/alegações de recurso) o documento comprovativo do pagamento
da taxa de justiça devida ou a concessão do beneficio do apoio judiciário, na
modalidade da dispensa do mesmo ou o requerimento que ateste que foi solicitado
o pedido de apoio judiciário (oposições/ alegações de recurso);

 Ou, caso goze ou não o devedor do beneficio do apoio judiciário na modalidade de


dispensa de taxa de justiça, não é devido o pagamento desta até ao momento da
prática do ato (petição/ oposição/alegações de recurso).

Assim sendo, defendemos que face ao que acabámos de referir, por existirem várias
interpretações, não deve a secretaria, oficiosamente, recusar o recebimento da petição
inicial por falta do documento comprovativo do prévio pagamento da taxa de justiça,
conforme os artigos 552.º, 560.º e 568.º do CPC e artigo 17.º da Portaria n.º 280/2013, de
26/08) aplicando-se subsidiariamente estes artigos ao processo de insolvência de acordo com
o artigo 17.º do CIRE, bem como os artigos 570.º do CPC aquando a oposição e o artigo 642.º
do CPC com apresentação das alegações pelo recorrente e com apresentação das contra-
alegações pelos recorridos.

O procedimento a adotar será o de suscitar a intervenção do respetivo magistrado.

3.2. Oportunidade do pagamento da taxa de justiça

Nos termos do artigo 14.º do RCP a taxa de justiça é paga em uma ou duas prestações. O
momento para o pagamento da primeira prestação da taxa de justiça é até ao momento da
prática processual a ele sujeito.

No que diz respeito à segunda prestação o momento para o seu pagamento é aquando da
notificação da data designada para julgamento (artigo 35.º do CIRE).

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O pagamento da taxa de justiça é efetuado mediante emissão do documento único de
cobrança (DUC) nos termos previstos nos artigos 17.º a 20.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17-
04. Após a receção do comprovativo do pagamento do DUC, a secretaria deve de imediato
proceder ao seu registo no sistema informático referido no RCP. Nos termos do artigo 22.º
daquela portaria, o interessado deve entregar o respetivo documento juntamente com o
respetivo articulado.

Quando a petição é apresentada por transmissão eletrónica nos termos do artigo 144.º
n.º2 do CPC o documento comprovativo do prévio pagamento da taxa de justiça deve
acompanhar a peça processual, aplicando-se a mesma regra caso a parte não entregue a peça
eletronicamente. Na apresentação por transmissão eletrónica a parte fica dispensada de
juntar o original ao processo.

A junção do documento comprovativo do pagamento de taxa de justiça inferior ao


devido, nos termos do RCP, equivale à falta de junção do mesmo, devendo ser devolvido ao
apresentante- n.º 2 do artigo 145.º do CPC.

Existindo erro no pagamento com DUC, deve ser solicitada a sua restituição se pago em
excesso.
No caso inverso, a parte no prazo de 24 horas pode proceder ao pagamento do
remanescente em falta, através de emissão de um novo DUC- artigo 23.º-A da Portaria n.º
419-A/2009 de 17 de abril.

3.3. Meios eletrónicos

A obrigatoriedade do recurso aos meios eletrónicos está prevista no artigo 132.º do


CPC - artigo 2.º da Portaria n.º 280/2013, aplicando-se esta obrigatoriedade aos processos de
insolvência, por força do artigo 17.º do CIRE, não beneficiando, assim, as partes da redução
em 10% da taxa de justiça nos termos do n.º 3 do artigo 6.º do RCP.

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4. Encargos

4.1. Administradores Judiciais

Os encargos são todas as despesas resultantes da condução do processo, requeridas pelas


partes ou ordenadas pelo juiz - n.º3 do artigo 529.º do CPC.

Relativamente às despesas passiveis de acontecer no processo de insolvência, uma das


mais importantes, é os custos com os honorários e as despesas dos administradores judiciais,
regulados na Lei n.º22/2013 de 26 de fevereiro e de acordo com os valores constantes na
Portaria n.º 51/2005 de 20 de janeiro.

Prevê o n.º1 da Portaria n.º 51/2005 de 20 de janeiro que a remuneração a pagar ao


administrador da insolvência nomeado pelo juiz é de 2.000,00€.

Nos termos do artigo 29.º da Lei n.º22/2013 de 26/02, a remuneração referida “…é paga
em duas prestações de igual montante, vencendo-se a primeira na data da nomeação e a
segunda, seis meses após tal nomeação, mas nunca após a data de encerramento do
processo”. [ver exemplo a fls. 45].

Nos termos do artigo 39.º do CIRE a remuneração a pagar ao Administrador da Insolvência


é reduzida a um quarto (500,00€), sendo paga imediatamente após a nomeação - n.º4 do
artigo 30.º da Lei n.º 22/2013 de 26 de fevereiro. [ver exemplo a fls. 46].

Dispõe o n.º 8 do artigo 29 da Lei n.º 22/2013 de 26 de fevereiro, que o administrador da


insolvência tem ainda direito a uma provisão para despesas, equivalendo essa provisão a um
quarto da remuneração fixada na Portaria n.º 51/2005, ou seja, 500,00€ e é paga em duas
prestações de igual montante, a primeira, imediatamente após a nomeação e a segunda, após
a elaboração do relatório (artigo 155.ºdo CIRE).

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Nos casos previstos no artigo 39.º do CIRE a provisão para despesas é reduzida a metade
da prevista no n.º 8 do artigo 29.º, ou seja, 250,00€ - artigo 30.º n.º 2 da Lei n.º 22/2013, de
26 de fevereiro.

A regra é a de que o pagamento das remunerações e o reembolso das despesas dos


administradores da insolvência são encargo e suportadas pela massa insolvente, salvo em caso
de falta de liquidez ou insuficiência da massa, nos termos artigo 30.º da Lei 22/2013 de 26 de
fevereiro.

Nos termos do n.º1 do artigo 248.º do CIRE, caso o devedor beneficie do diferimento do
pagamento de custas, o reembolso das despesas é suportado pelo IGFEJ, caso a massa
insolvente seja insuficiente para o pagamento dos referidos reembolsos – n.º 3 do artigo 30.º
da Lei 22/2013 de 26/02.

Prevê o artigo 28 da Lei n.º 22/2013 que a remuneração ao fiduciário escolhido pelo
tribunal (n.º2, artigo 239.º do CIRE), é de 10% das quantias objeto da cessão, tendo como
limite máximo o montante de 5.000,00€ por ano.

Cabe ao fiduciário proceder ao pagamento da sua própria remuneração (alínea c) do n.º1


do artigo 241.º do CIRE).

Nos Processos Especiais de Revitalização ou em processo de Insolvência, que envolva a


apresentação de um plano de recuperação, o Administrador Judicial tem direito ainda a uma
remuneração variável, calculada de acordo com o valor dos créditos a satisfazer aos credores
integrados no plano.

Esta remuneração é paga em duas prestações de igual valor, sendo a primeira liquidada
no momento da aprovação do plano e a segunda dois anos após a aprovação do plano, caso o
devedor continue a cumprir regularmente o plano aprovado.

18
As taxas variáveis são calculadas de acordo com as tabelas constantes na Portaria n.º
51/2005.

Caso o devedor deixe de cumprir o plano aprovado, o valor da segunda prestação é


reduzido para um quinto – artigos 23.º, n.º3 e 29.º, n.ºs. 3 e 4 da Lei n.º22/2013.

4.2. Testemunhas

No que diz respeito ao pagamento de encargos aos intervenientes acidentais,


designadamente a quantia devida às testemunhas nos processos, esta é fixada de acordo com
tabela IV e o seu pagamento depende de requerimento apresentado pela testemunha – n.º 5
do artigo 17.º do RCP.

19
5. Custas de Parte

A parte vencedora tem direito a receber custas de parte da parte vencida, na proporção
do vencimento (artigo 533.º n.º1, do CPC).

As custas de parte não se incluem na conta de custas (artigo 30.º n.º1, da Portaria 419-A-
2009).

A parte vencedora no prazo de cinco dias após o trânsito em julgado:


- do encerramento da liquidação do ativo, ou;
- do encerramento da insolvência por insuficiência da massa insolvente,

remete à parte vencida (sendo que nesta parte, no caso especifico dos processos de
insolvência, corresponde à massa insolvente, que por sua vez é representada pelo
administrador judicial) e ao Tribunal, uma nota discriminativa e justificativa- artigo 25 do
RCP e artigo 31.º da Portaria n.º419-A/2009, de 17 de abril.

As custas de parte são pagas direta e extrajudicialmente pela parte vencida à parte
vencedora nos termos do n.º2 do artigo 26.º do RCP, excetuando-se os casos previstos no
artigo 540.º do CPC.

A reclamação da nota justificativa é apresentada no prazo de dez dias, após a notificação


à contraparte, devendo ser decidida pelo juiz em igual prazo e notificada às partes.

A reclamação da referida nota está sujeita ao depósito da totalidade do valor da nota,


nos termos do n.º 2 do artigo 33.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril.

Da decisão proferida cabe recurso em um grau se o valor exceder 50 UC, nos termos do
n.º 3 do artigo 33.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril.

20
Nas reclamações da nota justificativa aplica-se subsidiariamente, com as devidas
adaptações, as disposições relativas à reclamação da conta- artigo 31.º do RCP.

21
6. Multas

O prazo de pagamento das multas é de 10 dias após o trânsito em julgado do despacho


que as fixou, salvo disposição legal em contrário.

Caso a parte não tenha constituído mandatário ou se o condenado for um mero


interveniente no processo, este deverá ser notificado do prazo de pagamento e das
cominações para a sua falta.

Se a parte condenada for pessoa coletiva, o pagamento deverá ser efetuado pelos meios
eletrónicos (artigos 32.º n.º1, do RCP, e 17.º n.º2 da Portaria n.º 419-A/2009).

As multas que não sejam pagas dentro do prazo de pagamento voluntário, transitam para
a conta de custas do responsável com um acréscimo de 50% - artigo 28.º do RCP.

22
7. Recursos

Nos recursos a taxa de justiça é a constante da tabela I-B e o momento para efetuar o
pagamento da respetiva taxa de justiça, será com a apresentação das alegações pelo
recorrente e das contra–alegações pelo recorrido – artigos 6.º, n.º 2, e 7.º, n.º 2, do RCP.

O valor da causa nos recursos encontra-se previsto no n.º 2, do artigo 12.º do RCP.

O valor do recurso determina-se, tendo-se em atenção as seguintes situações:

 O valor da sucumbência3, se determinável, devendo ser indicado pelo recorrente, no


requerimento de interposição de recurso;

 Se o valor da sucumbência não for determinável, prevalece o valor da causa;

 Nas restantes situações prevalece o valor da causa.

È de referir que nos processos de insolvência de pessoas coletivas, caso haja recurso,
estas continuam a beneficiar da isenção de custas do processo (alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º
do RCP), não existindo assim, lugar ao pagamento de taxa de justiça.

Quanto aos processos de insolvência de pessoas singulares com pedido de exoneração


do passivo restante, caso haja recurso, continua a defender-se o que diz respeito ao
pagamento de taxa de justiça, que também nesta fase, a secretaria não deve oficiosamente
dar cumprimento ao artigo 642.º do CPC.

3
Sucumbência, significa a proporção em que o recorrente decaiu – valor discutido na causa e o valor em que o
recorrente ficou vencido.

23
Nos restantes processos, sejam de insolvência de pessoas singulares sem pedido de
exoneração do passivo bem como de outros processos referidos no CIRE, não há lugar ao
pagamento de taxa de justiça aquando a interposição de recurso, caso a parte responsável
pelo seu pagamento beneficie de apoio judiciário na modalidade de dispensa do pagamento
de taxa de justiça.

24
8. Reclamação

A reclamação do despacho que não admita o recurso nos termos do artigo 643.º do CPC,
sem prejuízo do regime do apoio judiciário ou isenção, nas reclamações, pedidos de
retificação, de esclarecimento e de reforma da sentença, há lugar ao prévio pagamento da
taxa de justiça devendo o documento comprovativo ser junto no momento da apresentação
da respetiva reclamação (artigo 530.º n.º 1 do CPC e n.º 1 do artigo 14.º do RCP) nos termos
da Tabela II (n.º 4 do artigo 7.º e artigo 6.º n.º 6 do RCP).

25
26
Conta de custas

9. Oportunidade de elaboração da conta

9.1. Nas insolvências de pessoas coletivas

Havendo liquidação do ativo, a conta de custas e o rateio final são efetuados pela
secretaria após o encerramento da liquidação (artigo 182.º do CIRE);

Existindo insuficiência da massa insolvente, a elaboração da conta é efetuada após o


trânsito da decisão de encerramento - artigo 232.º do CIRE.

9.2. Nas insolvências de pessoas singulares

Havendo liquidação do ativo, a conta de custas e o rateio final são efetuados pela
secretaria após o encerramento da liquidação (artigo 182.º do CIRE);

Dispensando o juiz a liquidação da massa4, parece-nos ser adequado, que a conta seja
elaborada no prazo de 10 dias após o trânsito em julgado da decisão que dispensou a referida
liquidação (artigo 171.º do CIRE);

4
A massa insolvente destina-se à satisfação dos credores depois de pagas as suas próprias dívidas e abrange todo o
património do devedor à data da declaração de insolvência, bem como os bens e direitos que este adquira na

27
Existindo insuficiência da massa insolvente, a elaboração da conta é efetuada após o
trânsito da decisão de encerramento - artigo 232.º do CIRE.

Quando tenha dúvidas sobre a conta deve o funcionário expô-las e emitir o seu
parecer, fazendo logo o processo com vista ao Ministério Público, após o que o juiz decidirá
(artigo 29.º, n.º 4, do RCP).

A decisão supra referida considera-se notificada ao Ministério Público com o exame da


conta e aos interessados com a notificação a que se refere o n.º1 do artigo 31.º do RCP (artigo
29.º, n.º 5 do RCP).

Reforça-se pois, a ideia de que a Prestação de Contas deverá ser apresentada pelo
Administrador Judicial, após a elaboração da conta de custas, dado que o pagamento da
conta é também “dívida da massa insolvente” e que deverá ser considerada na referida
Prestação. Tal posição é também referida no sumário do Acórdão do Tribunal da Relação de
Lisboa5, nomeadamente no ponto IV, que refere que, “ A desconsideração, nessas contas do
Administrador, do montante das custas do processo – aliás forçosa, por então ainda não
elaborada a conta de custas – bem como do valor da remuneração fixa daquele, inquina –
inflacionando – o resultado da liquidação da massa insolvente, a “beneficio” do montante da
remuneração variável, a calcular, por aplicação de multiplicadores percentuais ao saldo,
dess’arte viciadamente alcançado.”

pendência do processo. (…) A massa insolvente compreende, no entanto, ainda os bens que o devedor for
adquirindo na pendência do processo e, bem assim, aqueles que forem sendo reintegrados no mesmo, através do
exercício pelo administrador de insolvência da resolução em benefício da massa. (…) Constituem nomeadamente
dívidas as custas do processo; a remuneração do administrador de insolvência bem como as despesas deste e da
comissão de credores no âmbito do processo; as dívidas emergentes dos actos de administração, liquidação e
partilha; as dívidas resultantes da actuação do Administrador de Insolvência no exercício das suas funções;
qualquer dívida resultante de contrato bilateral cujo cumprimento não possa ser recusado pelo Administrador,
salvo na medida em que se reporte a período anterior à declaração de insolvência (Mouta 2012).

5
Vide Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, proc.º n.º 1090/11.6TBCLD-C de 20/03/2014

28
10. Elaboração da conta

A conta de custas é elaborada pela secretaria nos termos do artigo 29.º, n.º1, do RCP e
obedece aos critérios referidos no artigo 30.º do RCP.

Dispensa-se a elaboração da mesma nos termos do n.º1 do artigo 29.º sempre que:

 Não haja quaisquer quantias em divida;


 Nos processos de insolvência não exista qualquer verba na massa insolvente, para
pagamento das custas, ou;
 O responsável pelas custas beneficie de apoio judiciário na modalidade de dispensa de
pagamento de taxa de justiça e demais encargos.

Ocorrendo a dispensa da conta a secretaria deve documentar no processo, a verificação


dos seus pressupostos- artigo 7.º-A da Portaria 419-A/2009, de 17 de abril.

Alguns exemplos de documentação que deverá constar no processo – artigo 7.º da Portaria
n.º 419-A/2009, de 17 de abril:

 Insolvência de pessoa coletiva

Em __-__-2014 e após compulsar os autos, verifica-se não existir qualquer verba na massa
insolvente, pelo que nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do RCP, é dispensada a
elaboração da conta.

 Insolvência de pessoa singular sem pedido de exoneração do passivo, indeferida


liminarmente (alínea a) do n.º1 do artigo 27.º do CIRE)

Em __-__-2014 e após compulsar os autos, verifica-se que, o responsável pelas custas


beneficia de apoio judiciário na modalidade de dispensa do pagamento de taxa de justiça e
demais encargos, pelo que nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 29.º do RCP, é
dispensada a elaboração da conta.

29
Defende-se que a documentação supra referida, da dispensa da elaboração da conta,
após a sua fundamentação, deve ser notificada ao Ministério Público, e às partes, podendo
haver reclamação para o juiz.6

Nos casos, em que o insolvente seja uma pessoa singular, com exoneração do passivo
restante, nos termos do artigo 248.º do CIRE, defendemos que há sempre lugar à elaboração
da conta, nos termos do segmento inicial do n.º 1 do artigo 29.º com a observância dos
critérios do artigo 30.º, ambos do RCP.

A conta é elaborada de harmonia com o julgado em última instância, pela secretaria


do tribunal que funcionou em 1ª instância, nomeadamente na secção de processos, podendo,
no entanto, por despacho do diretor-geral da Administração da Justiça, ser fixada de modo
diferente - n.º1 do artigo 29.º do RCP e artigo 2.º da Portaria 419-A/2009, de 17 de Abril.

6
O RCP comporta neste momento regras que, a verificarem-se os seus pressupostos, permitem a não realização do
ato de contagem, (alíneas a) a d) do número 1 do artigo 29.º, no seu segmento final). As razões escoram-se na
constatação prática de que quanto a este conjunto de situações a realização da conta se revela na prática um ato
inútil. Perante as situações que imponham a aplicabilidade da dispensa da conta, a portaria 419-A/2009, de 17 de
abril, obriga a que no cumprimento do previsto no artigo 7.º-A, a secretaria deve documentar no processo a
verificação dos respetivos pressupostos. E essa documentação não se esgota na simples referência de que “no caso
não há lugar ao ato de contagem”, devendo passar antes pela demonstração o mais concisa e clara possível da
verificação dos pressupostos, designadamente a inexistência de quantias em dívida (ex. encargos), da taxa de
justiça se mostrar integralmente paga ou a sua eventual existência em excesso. O que se trata é de fundamentar
uma tomada de posição de não realização da conta. Mais, esta documentação ou demonstração deve ser notificada
aos interessados, de modo a permitir eventuais reclamações para o juiz.

30
11. Valor da causa para efeitos de custas

O artigo 301.º do CIRE, determina que no âmbito dos processos de insolvência, o valor da
causa para efeitos de custas em que a insolvência:

Não chegue a ser declarada, ou;

Em que o processo seja encerrado antes da elaboração do inventário a que refere o


artigo 153.º,

É o equivalente ao valor da alçada da Relação [30.000,00€ - cfr. n.º 1 do artigo 24.º da


Lei n.º 3/99 de 13 de janeiro (LOFTJ)]7 ou o valor aludido no artigo 15.º do CIRE (valor do
ativo do devedor indicado na petição inicial) se este for inferior.

Nos demais casos, o valor é o atribuído ao ativo no inventário a que se refere o artigo
153.º do CIRE, atendendo-se aos valores mais elevados dos bens.

7
A nova Lei da Organização do Sistema Judiciário (LOSJ), Lei n.º 62/2013, de 26 de agosto, refere no
seu artigo 44.º, o valor da alçada da Relação.

31
12. Especificidades da taxa de justiça

A taxa de justiça é calculada segundo as regras do RCP, sem prejuízo das seguintes
reduções previstas no artigo 302.º do CIRE:

 Redução a metade, quando a insolvência não seja declarada - n.º1 do artigo 302.º do
CIRE;

 Redução a um quarto, nos termos n.º1 do artigo 302.º do CIRE, se a insolvência findar
antes de iniciada a audiência de discussão e julgamento (artigos 12.º e 35.º do CIRE), o
que só acontece na insolvência requerida por um terceiro;

 Redução a dois terços, quando exista um plano de insolvência que ponha termo ao
processo – artigos 192.º e seguintes do CIRE.

Em qualquer dos casos supra referidos, a taxa de justiça pode ser reduzida pelo juiz para
um montante não inferior a 5 unidades de conta, sempre que por qualquer circunstância
especial considere manifestamente excessiva a taxa aplicável – n.º 3 do artigo 302.º do CIRE.

32
13. Base de Tributação

Nos processos de insolvência a base de tributação, para efeitos de cálculo da taxa de


justiça a ter em conta na elaboração na conta de custas, é regulada nos termos do artigo
303.º do CIRE, o qual refere que “Para efeitos de tributação, o processo de insolvência,
abrange o processo principal, a apreensão dos bens, os embargos do insolvente, ou do seu
cônjuge, descendentes, herdeiros, legatários ou representantes, a liquidação do ativo, a
verificação do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administração, os incidentes
do plano de pagamentos, da exoneração do passivo restante, de qualificação da insolvência e
quaisquer outros incidentes, (“A jurisprudência configura a impugnação da reclamação de
créditos como uma questão incidental da respetiva instância…”) cujas custas hajam de ficar a
cargo da massa, ainda que processados em separado”.8

Reforçando o supra descrito, saliente-se que na insolvência, por norma, realiza-se uma
única conta, em virtude de nenhum dos seus incidentes ou apensos revestir autonomia
própria, abrangendo o seu valor tributário, dando-se como exemplos, a liquidação do ativo e
a reclamação de créditos, ainda que processados em separado se, as respetivas custas
haverem de ficar a cargo da massa insolvente. Assim, não é de exigir taxa de justiça de
impulso a acompanhar os respetivos requerimentos, por serem, meramente instrumentais, em
relação ao processo de insolvência.

8
O Acórdão da Relação de Guimarães de 25.06.2013, processo n.º 329/12.5TBBRG-H.G1 - 1ª secção cível;
Sumário: Não é devida taxa de justiça pelo credor que impugne a lista de credores a que alude o artigo 129.º do
CIRE nos termos do artigo 130.º, uma vez que, segundo a conjugação dos artigos 303.º e 304.º do CIRE, as custas do
processo de insolvência e do apenso de verificação do passivo regulado nos artigos 128.º a 140.º, são encargo da
massa insolvente, caso tenha sido decretada a insolvência por decisão transitada.

33
14. Reforma e reclamação da conta

A conta é sempre notificada ao Ministério Público, aos mandatários e ao administrador


da insolvência, e á parte responsável pelo pagamento, para que no prazo de 10 dias, peçam a
reforma, reclamem da conta ou efetuem o pagamento -artigo 31.º n.º1 do RCP.

O prazo para pagamento das custas é de 10 dias acrescido da dilação de 5 dias, se o


responsável residir no continente ou numa ilha das Regiões Autónomas e naquele ou nestas
correr o processo; de 15 dias de dilação, se residir no continente e o processo correr numa
ilha das Regiões Autónomas, ou se residir numa destas e o processo correr noutra ilha ou no
continente; 30 dias de dilação se residir no estrangeiro.- artigo 31.º nº1 do RCP, artigo 245.º
do CPC e artigo 28.º n.º1 da Portaria n.º 419-A/2009.

O responsável pelo pagamento das custas pode apresentar a reclamação da conta, no


prazo de pagamento voluntário, enquanto não o realizar; por qualquer interveniente
processual, até 10 dias após o recebimento de quaisquer quantias, pelo Ministério Público, no
prazo de 10 dias a contar da notificação do n.º 1 do artigo 31.º do RCP - artigo 31.º n.º 3 do
RCP.

Pela apresentação da reclamação da conta é devida taxa de justiça- artigo 7.º do RCP,
Tabela II – “outros incidentes” que varia entre 0,5 UC e 5 UC.

A reclamação da conta consubstancia um incidente inominado cujo valor para efeito de


custas é o das custas contadas na conta objeto de reclamação, estando como já foi referido,
sujeito ao pagamento de taxa de justiça, nos termos gerais, a autoliquidar, pelo seu valor
mínimo.

34
Não tendo sido autoliquidado, deverá ser concluso ao juiz com essa informação.

Apresentada a reclamação da conta, o funcionário judicial que tiver efetuado a conta


pronuncia-se no prazo de 5 dias, depois o processo vai com vista ao Ministério Público, após o
que o juiz decide – artigo 31.º n.º4 do RCP.

35
15. Pagamentos

A secretaria faz a conta e o rateio9 e o Administrador da insolvência faz os pagamentos


por meio de cheque.

Caso os cheques sejam devolvidos à secretaria, e não forem solicitados ou apresentados a


pagamento no prazo de um ano, contado desde a data do aviso ao credor, prescrevem os
créditos respetivos, revertendo as importâncias referentes a estes, a favor do IGFEJ - artigo
183.º do CIRE.

9
Rateio (objetivo último do CIRE) – É o acto ou efeito de rateara entendido como a distribuição proporcional do
produto obtido com a liquidação da massa insolvente. Deste princípio decorre o “poder” que é conferido aos
credores sobre a garantia comum dos créditos - o património do devedor – que se traduz nomeadamente na
decisão quanto à melhor solução a tomar na defesa dos seus interesses – liquidar ou recuperar (Martins &
Vasconcelos, 2008).

36
16. Ações que não integram a base de tributação dos processos
de insolvência

16.1. Verificação ulterior de créditos ou de outros direitos

Apesar destas ações estarem reguladas no CIRE nos artigos 146.º a 148.º, aplicam-se
subsidiariamente as normas do Código Processo Civil - artigo 17.º do CIRE, correndo por
apenso aos autos de insolvência e seguindo os termos do processo comum, revestindo ainda
caráter urgente - artigo 9.º do CIRE.

Relativamente às custas, prevê o n.º 1 do artigo 6.º do RCP que “ A taxa de justiça
corresponde ao montante devido pelo impulso processual do interessado e é fixado em função
do valor e complexidade da causa de acordo com o presente regulamento, aplicando-se, na
falta de disposição especial, os valores constantes da tabela I–A, que faz parte integrante do
presente Regulamento”.

Na situação acima referida é sempre aplicável a Tabela I-A, devendo a parte juntar o
documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça da 1ª prestação no momento da
prática do ato (petição/contestação) - artigo 14.º n.º1 do RCP.

Nos termos do artigo 14.º n.º 2 do RCP, a 2ª prestação de taxa de justiça se devida
(artigo 14.º-A do RCP) deve ser paga no prazo de 10 dias a contar da notificação para a
audiência final.

Assim, no caso de condenação em custas, levar-se-á ao corpo da conta,


designadamente os encargos em divida.

37
Caso não existam quaisquer quantias em divida, dispensar-se-á a sua elaboração –
artigo 29.º n.º 1, alínea a) do RCP. Nesta situação deve a secretaria documentar no processo a
verificação dos respetivos pressupostos – artigo 7.º-A da Portaria n.º 419-A/2009.

Caso as partes que impulsionem o processo litiguem com o benefício de apoio


judiciário na modalidade de dispensa do pagamento de taxa de justiça e demais encargos com
o processo – alínea a) do n.º1 do artigo 16º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho com as
alterações introduzidas pela Lei n.º 47/2007, de 28 de agosto, dispensar-se-á igualmente a
elaboração da conta- artigo 29.º n.º 1 alínea d) do RCP e artigo 7.º-A da Portaria n.º 419-
A/2009.

A conta de custas é elaborada pela secretaria, no prazo de dez dias após o trânsito
em julgado da decisão final.

16.2. Restituição ou separação de bens apreendidos tardiamente

Apesar destas ações estarem reguladas no CIRE nos artigos 144.º a 145.º, aplicam-se
subsidiariamente as normas do Código Processo Civil - artigo 17.º do CIRE, correm por apenso
aos autos de insolvência, seguem os termos do processo comum e revestem caráter urgente -
artigo 9.º do CIRE.

Relativamente às custas, prevê o n.º 1 do artigo 6.º do RCP que “ A taxa de justiça
corresponde ao montante devido pelo impulso processual do interessado e é fixado em função
do valor e complexidade da causa de acordo com o presente regulamento, aplicando-se, na
falta de disposição especial, os valores constantes da tabela I–A, que faz parte integrante do
presente Regulamento”.

38
Na situação supra referida é sempre aplicável a Tabela I-A, juntando a parte o
documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça, da 1ª prestação no momento da
prática do ato (petição/contestação) - artigo 14.º n.º 1 do RCP.

Nos termos do artigo 14.º n.º2 do RCP, a 2ª prestação de taxa de justiça se devida
(artigo 14.º-A do RCP) deve ser paga no prazo de 10 dias a contar da notificação para a
audiência final.

Assim, no caso de condenação em custas, levar-se-á ao corpo da conta


designadamente os encargos em divida.

Caso não exista quaisquer quantias em divida dispensar-se-á a sua elaboração – artigo
29.º n.º1, alínea a) do RCP, nesta situação deve a secretaria documentar no processo a
verificação dos respetivos pressupostos – artigo 7.º-A da Portaria n.º 419-A/2009.

Caso as partes que impulsionem o processo litiguem com o benefício de apoio


judiciário na modalidade de dispensa do pagamento de taxa de justiça e demais encargos com
o processo – alínea a) do n.º 1 do artigo 16º da Lei n.º 34/2004, de 29 de julho com as
alterações introduzidas pela Lei n.º 47/2007, de 28 de agosto, dispensar-se-á igualmente a
elaboração da conta- artigo 29.º, n.º 1 alínea d) do RCP e artigo 7.º-A da Portaria n.º 419-
A/2009.

A conta de custas é elaborada pela secretaria, no prazo de dez dias após o trânsito em
julgado da decisão final.

39
40
Processo Especial de Revitalização

Processo Especial de Revitalização

17. Processo Especial de Revitalização

17.1. Generalidades

O processo especial de revitalização (PER), faz parte integrante do CIRE – Lei n.º
16/2012, de 20 de abril, artigos 17.º-A a 17.º-I do CIRE.

Este processo tem caráter urgente, em conformidade com o artigo 17.º-C do CIRE.

Relativamente às custas, o processo paga taxa de justiça pela tabela I–A, artigo 7.º n.º1
do RCP, tendo-se em atenção a base tributária que corresponde à soma dos créditos
deduzidos. Se não for indicado o valor da causa, o pagamento da taxa de justiça devida pelo
impulso processual, será paga de acordo com a norma prevista na alínea e) do n.º 1 do artigo
12.º do RCP, sem prejuízo de posteriormente se proceder a acertos na base tributável
aquando da fixação do valor da causa pelo juiz na decisão – artigo 315.º do CPC.

Relativamente a isenções, somos da opinião que a alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP
se aplica ao PER, ou seja, à isenção de custas às sociedades e entidades aí referidas, estando
estas sujeitas ao pagamento de custas, caso se verifique as condições previstas no n.º 4.º do
artigo 4.º do RCP.

A conta de custas é elaborada pela secretaria, no prazo de dez dias após o trânsito em
julgado da decisão final, sendo as custas suportadas pelo devedor.

41
Após esta, haverá lugar à emissão da nota com custas referida no artigo 17.º-F n.º6 do
CIRE.

Nos casos em que o devedor seja pessoa coletiva, parece-nos não haver lugar a dispensa
de elaboração da conta, nos termos do n.º 1 do artigo 29º do RCP.

A conta é sempre notificada ao Ministério Público, aos mandatários e ao administrador


da insolvência, ou às próprias partes quando haja mandatário, e à parte responsável pelo
pagamento, para que no prazo de 10 dias, peçam a reforma, reclamem da conta ou efetuem
o pagamento - artigo 31.º n.º1 do RCP.

NOTA: Nas situações em que o devedor seja uma pessoa coletiva este deve ser notificado
apenas para reclamar da conta.

As custas do processo relativamente à homologação do PER, compreendem as taxas de


justiça (com os acertos decorrentes da oportuna fixação do valor) e os encargos a que haja
lugar designadamente os pagos por adiantamento do IGFEJ,I.P..

As taxas de justiça são reduzidas de acordo com o artigo 302.º do CIRE.

42
17.2. Recursos

Nos recursos a taxa de justiça é a constante na tabela I-B e o momento para efetuar o
pagamento da respetiva taxa de justiça, será com apresentação das alegações pelo
recorrente e das contra–alegações pelo recorrido – artigos 6.º n.º2 e 7.º n.º2, ambos do RCP.

O valor do recurso da decisão que homologou o plano, para efeito de cálculo de


pagamento de taxa de justiça, corresponderá ao valor indicado pelo recorrente - cfr. artigo
12.º n.º1 alínea e), artigo 6.º n.º2 e artigo 7.º n.º2, todos do RCP.

Caso o recorrente não indique valor, este será o valor que resulta do artigo 301.º do
CIRE.

43
Casos Práticos

44
45
46
Caso Prático 1 – Pagamento de honorários e despesas ao Administrador Judicial
(Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro e Portaria n.º 51/2005, de 20 de janeiro)

a) Em insolvência terminada nos termos do artigo 36.º do CIRE

Tendo havido sentença, proferida nos termos do artigo 36.º do CIRE (com declaração de
Insolvência):

Nas situações previstas no artigo 36.º do CIRE, a remuneração do administrador da insolvência


e o reembolso das despesas são adiantadas pelo IGFEJ.

O pagamento é efetuado em duas prestações de igual montante, sendo a 1ª prestação


efetuada na data da nomeação do administrador da insolvência e a 2ª prestação, seis meses
após tal nomeação, mas nunca após o encerramento do processo – n.º 2 do artigo 29.º da Lei
n.º 22/2013 de 26 de fevereiro.

Remuneração: 2.000,00 € (artigo 1.º n.º 1 da Portaria n.º 51/2005, de 20 de janeiro e artigo
23.º n.º 1 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

Despesas: 500,00 € (artigo 29.º n.º 8 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

b) Em insolvência terminada nos termos do artigo 232.º do CIRE

Tendo havido sentença, proferida nos termos do artigo 36.º do CIRE (com declaração de
insolvência) a mesma foi encerrada por insuficiência da massa insolvente, nos termos do
artigo 232.º do CIRE:

Nas situações previstas no artigo 36.º do CIRE, a remuneração do administrador da insolvência


e o reembolso das despesas são adiantadas pelo IGFEJ.

47
O pagamento é efetuado em duas prestações de igual montante, sendo a 1ª prestação
efetuada na data da nomeação do administrador da insolvência e a 2ª prestação, seis meses
após tal nomeação, mas nunca após o encerramento do processo – n.º 2 do artigo 29.º da Lei
n.º 22/2013 de 26 de fevereiro.

Remuneração: 2.000,00€ (artigo 1.º n.º 1 da Portaria n.º 51/2005, de 20 de janeiro e artigo
23.º n.º 1 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

Despesas: 500,00 € (artigo 29.º n.º 8 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

c) Em insolvência terminada nos termos do artigo 39.º do CIRE

Foi proferida sentença numa insolvência, nos termos do artigo 39.º do CIRE (insuficiência da
massa insolvente).

Nas situações previstas no artigo 39.º do CIRE, a remuneração do administrador da insolvência


e o reembolso das despesas são suportados pelo IGFEJ, nos termos do n.º 1 do artigo 30.º da
Lei 22/2013, de 26 de fevereiro.

O pagamento é efetuado imediatamente após a nomeação.

Remuneração: 500,00€ (artigo 30.º n.º 4 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

Despesas: 250,00 € (artigo 30.º n.º 2 da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro)

48
Caso Prático 2 – Pagamento de remuneração variável ao Administrador Judicial
numa insolvência

Além da remuneração que o administrador da insolvência judicial recebe se remuneração


“fixa” nos termos do n.º 1 do artigo 23.º do CIRE, o mesmo aufere ainda uma remuneração
variável em função do resultado da liquidação da massa insolvente, cujo valor é fixado nas
tabelas constantes no anexo I da Portaria n.º 51/2005, de 20 de janeiro, com Declaração de
Retificação n.º 25/2005, de 22 de março.

Exemplo 1

O Dr. Amadeu Remígio, administrador de insolvência, procedeu à liquidação de uma massa


insolvente, tendo conseguido apurar os seguintes resultados;

Liquidação da massa (LM) 80.000,00 €


Dívida da massa (DM) 70.000,00 €
10
Resultado da liquidação da massa (RLM) 10.000,00 €
Taxa marginal (tm) 7%
Remuneração variável (RV) 700,00 €
Fórmula de Cálculo: LM – DM = RLM x tm = RV

10
“considera-se resultado da liquidação o montante apurado para a massa insolvente, depois de deduzidos os
montantes necessários ao pagamento das dividas dessa mesma massa, com exceção da remuneração referida no
n.º1 e das custas de processos judiciais pendentes na data de declaração da insolvência”, conforme tabela
específica constante.” da portaria n.º 51/2005/Declaração de retificação n.º25/05 de 22/03 - n.ºs 2 e 4 do artigo
23.º da Lei n.º 22/2013, de 26 de Fevereiro.

Se o valor da remuneração for superior ao montante de 50.000,00€ - no n.º 6 do artigo 23 da Lei n.º 22/2013, de
26 de fevereiro, “o juiz pode determinar que a remuneração devida para além desse montante seja inferior à
resultante da aplicação dos critérios legais, tendo em conta, designadamente, os serviços prestados, os resultados
obtidos, a complexidade do processo e a diligência empregue no exercício das funções”.

49
Exemplo 2

O Dr. Engrácio Servo, administrador de insolvência, procedeu à liquidação de uma massa


insolvente, tendo conseguido apurar os seguintes resultados;

Liquidação da massa (LM) 10.500.000,00 €


Dívida da massa (DM) 4.000.000,00 €
Resultado da liquidação da massa (RLM) 6.500.000,00 €
Taxa marginal (tm) 0,7645%
(igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, no caso, o escalão de
2.000.000,01€ até 5.000.000,00€)

Taxa base (tb) 0,3%


(igual ao excedente, à qual se aplica a taxa base respeitante ao escalão imediatamente
superior, no caso, o escalão de 5.000.000,01€ até 7.500.000,00€)

Remuneração variável (RV) 42.725,00 €


Fórmula de Cálculo: LM – DM = RLM (Do resultado, aplica-se
 (5.000.000,00€ x tm) + (1.500.000,00€ x tb) = RV

50
Caso Prático 3 – Pagamento de remuneração variável ao Administrador Judicial
no PER

Num processo especial de revitalização, o Dr. Amadeu Remígio, administrador judicial


provisório, procedeu ao pagamento aos credores consoante os créditos integrados no plano,
tendo conseguido apurar os seguintes resultados;

Exemplo 1

O Dr. Amadeu Remígio, administrador de insolvência, procedeu à liquidação de uma massa


insolvente, tendo conseguido apurar os seguintes resultados;

Resultado da recuperação11 relativo aos créditos a satisfazer aos credores 14.000,00 €


integrados no plano (Cs)
Taxa marginal (tm) 7%
Remuneração variável (RV) 980,00 €
Fórmula de Cálculo: Cs x tm = RV

11
(“considera-se resultado da recuperação o valor determinado com base no montante dos créditos a satisfazer
aos credores integrados no plano, conforme tabela específica constante.” portaria n.º 51/2005/Declaração de
retificação n.º25/05 de 22/03 - n.º 3 do artigo 23.º da Lei n.º 22/2013, de 26 de fevereiro).

Se o valor da remuneração for superior ao montante de 50.000,00€ - no n.º 6 do artigo 23.º da Lei n.º 22/2013, de
26 de fevereiro, “o juiz pode determinar que a remuneração devida para além desse montante seja inferior à
resultante da aplicação dos critérios legais, tendo em conta, designadamente, os serviços prestados, os resultados
obtidos, a complexidade do processo e a diligência empregue no exercício das funções”.

Nos termos do art.º 29.º n.º3 é paga em duas vezes “ remuneração determinada nos termos do n.º 3 do artigo
23.º é paga em duas prestações de igual valor, sendo a primeira liquidada no momento da aprovação do plano e a
segunda dois anos após a aprovação do plano, caso o devedor continue a cumprir regularmente o plano aprovado”.

51
Exemplo 2

Num processo especial de revitalização, o Dr. Engrácio Servo, administrador judicial


provisório, procedeu ao pagamento aos credores consoante os créditos integrados no plano,
tendo conseguido apurar os seguintes resultados;

Resultado da recuperação relativo aos créditos a satisfazer aos credores 3.600.000,00 €


integrados no plano (Cs)
Taxa marginal (tm) 1,2363%
(igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, no caso, o escalão de
1.000.000,01€ até 2.000.000,00€)

Taxa base (tb) 0,45%


(igual ao excedente, à qual se aplica a taxa base respeitante ao escalão imediatamente
superior, no caso, o escalão de 2.000.000,01€ até 5.000.000,00€)

Remuneração variável (RV) 31.926,00 €


Fórmula de Cálculo: Aplica-se (2.000.000,00€ x tm) + (1.600.000,00€ x tb) = RV

52
Caso Prático 4 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Coletiva

A sociedade comercial Rosalinda Medronho & Filhos, Ldª, representada por advogado,
apresentou-se à insolvência, indicando como valor para o processo, 37.000,00€.

Vem requerer a sua insolvência fundamentando que se encontra impossibilitado de cumprir as


suas obrigações vencidas, bem como invocando que o seu passivo é manifestamente superior
ao ativo.

O juiz declarou a insolvência nos termos do artigo 36.º do CIRE, tendo nomeado administrador
da insolvência o Dr. Amadeu Remígio.

As custas ficaram a cargo da massa insolvente.

Nos termos do artigo 153.º do CIRE, o Administrador Judicial elaborou o inventário dos bens
integrados na massa insolvente, constando do mesmo apenas um prédio urbano.

Foi apresentada, nos termos do artigo 129.º do CIRE, pelo Administrador Judicial a relação de
créditos reconhecidos e não reconhecidos.

O juiz no apenso de reclamação de créditos proferiu decisão graduando os créditos


reconhecidos da seguinte forma:

Para serem pagos pelo produto da venda (130.000,00€) do prédio urbano apreendido para a
massa insolvente:

a) Créditos com garantia real;


1. O crédito reclamado por Banco do Povo, S.A., no montante de 120.000,00 €;

b) Créditos Comuns;
1. Banco Plus, S.A., no montante de 27.600,00€;
2. Pasquim & Neto, Ldª, no montante de 35.000,00€
3. Banco Xis, S.A., no montante de 53.000,00€

As custas da insolvência, nos termos dos artigos 172.º e 304.º do CIRE, saem precípuas do
produto da massa.

53
ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde ao valor resultante do artigo 301.º do CIRE, sendo o valor o atribuído ao ativo no
inventário a que se refere o artigo 153.º do CIRE, atendendo-se aos valores mais elevados dos
bens, no caso concreto é de, 130.000,00€.

TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo de insolvência apresentado pelo devedor - pessoa coletiva, a


qual se encontra isenta do pagamento de taxa de justiça pelo impulso processual, nos termos
da alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da massa insolvente,


nos termos do artigo 302.º do CIRE.

BASE DE TRIBUTAÇÃO

Para efeitos de tributação e nos termos do artigo 303.º do CIRE, o processo de insolvência
abrange o processo principal, a apreensão dos bens, os embargos do insolvente, ou do seu
cônjuge, descendentes, herdeiros, legatários ou representantes, a liquidação do ativo, a
verificação do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administração, os incidentes
do plano de pagamentos, da exoneração do passivo restante, de qualificação da insolvência e

54
quaisquer outros incidentes cujas custas hajam de ficar a cargo da massa, ainda que
processados em separado.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo da massa insolvente (responsável por custas), do valor


relativo aos custos processuais resultantes do pagamento dos honorários e das despesas,
adiantados pelo IGFEJ, ao administrador judicial, nos termos do artigo 16.º do RCP.

55
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000000564 09999-01-000005/2013-9-TYTTT-C/ (cm) Insolvência Pessoa Coletiva (Apresentação)

Responsáveis
Massa Insolvente de Rosalinda Medronho & Filhos, Ldª

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 0,00
Base Tributavel: 130.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 1.020,00 €; Taxa Paga: 0,00
€; Taxa Dívida: 1.020,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 0,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 1.020,00
Sub Total 3.520,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 3.520,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas 0,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 3.520,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

_______________________________________________
UserTeste

56
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único

DISTRIBUIÇÃO E MAPA DE RATEIO


Processo n.º 5/2013.9.TYTTT
Insolvente: Rosalinda Medronho & Filhos, Ldª

Saldo da conta referente ao Bem Imóvel 130.000,00 €


Conta de Custas 3.520,00 €
Saldo a Ratear 126.480,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Garantidos 1,000000000
Banco do Povo, S.A. 120.000,00 € 120.000,00 € 0,00 €
Remanescente 6.480,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Comuns 0,056055363
Banco Plus, S.A. 27.600,00 € 1.547,13 € 26.052,87 €
Pasquim & Neto, Ldª 35.000,00 € 1.961,94 € 33.038,06 €
Banco Xis, S.A. 53.000,00 € 2.970,93 € 50.029,07 €
TOTAL 115.600,00 € 6.480,00 € 109.120,00 €

Lisboa, 02 de Maio de 2014


O Escrivão de Direito,

_____________________

57
58
Caso Prático 5 – Insolvência requerida pelo credor contra Pessoa Coletiva e com
oposição

O Banco Zepa SA, representado por advogado, vem requerer a insolvência da sociedade
Rosalinda Medronho & Filhos, Ldª, invocando que a mesma encontra-se impossibilitada de
cumprir as suas obrigações vencidas, bem como o seu passivo ser superior ao ativo.

Indicou o valor de 30.000,00€ ao processo.

A devedora, devidamente citada, deduziu oposição.

Após realizada a audiência de discussão e julgamento, nos termos do artigo 35.º do CIRE, o
juiz declarou a insolvência nos termos do artigo 36.º do CIRE tendo nomeado administrador da
insolvência o Dr. Amadeu Remígio.

As custas ficaram a cargo da massa insolvente.

Nos termos do artigo 153.º do CIRE, o Administrador Judicial elaborou o inventário dos bens
integrados na massa insolvente, constando do mesmo apenas um prédio urbano.

Foi apresentada, nos termos do artigo 129.º do CIRE, pelo Administrador Judicial a relação de
créditos reconhecidos e não reconhecidos.

O juiz no apenso de reclamação de créditos proferiu decisão graduando os créditos


reconhecidos da seguinte forma:

Para serem pagos pelo produto da venda (165.000,00€) do prédio urbano apreendido para a
massa insolvente:

a) Créditos com garantia real;


1. O crédito reclamado pelo Banco Zepa, S.A., no montante de 95.000,00€.

b) Créditos comuns (a ratear);


1. Soca Seguros, S.A., no montante de 10.000,00€;
2. Zarolho Ótica, Ldª, no montante de 8.000,00€;
3. Maben, Ldª, no montante de 2.000,00€;

59
4. Bia – Banco Internacional de Alcochete, S.A., no montante de 20.000,00€;
5. Lá Via, Ldª, no montante de 4.000,00€;
6. Fazenda Nacional, por falta de pagamento de IVA, no montante de 26.000,00€.

As custas da insolvência, nos termos dos artigos 172.º e 304.º do CIRE, saem precípuas do
produto da massa.

ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde ao valor resultante do artigo 301.º do CIRE, sendo o valor o atribuído ao ativo no
inventário a que se refere o artigo 153.º do CIRE, atendendo-se aos valores mais elevados dos
bens, no caso concreto é de, 165.000,00€.

TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo de insolvência requerido, com decisão final, em que as partes
efetuaram a respetiva autoliquidação pelo impulso processual.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da massa insolvente,


nos termos do artigo 302.º do CIRE.

60
BASE DE TRIBUTAÇÃO

Para efeitos de tributação e nos termos do artigo 303.º do CIRE, o processo de insolvência
abrange o processo principal, a apreensão dos bens, os embargos do insolvente, ou do seu
cônjuge, descendentes, herdeiros, legatários ou representantes, a liquidação do ativo, a
verificação do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administração, os incidentes
do plano de pagamentos, da exoneração do passivo restante, de qualificação da insolvência e
quaisquer outros incidentes cujas custas hajam de ficar a cargo da massa, ainda que
processados em separado.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo da massa insolvente (responsável por custas), do valor


relativo aos custos processuais resultantes do pagamento dos honorários e das despesas,
adiantados pelo IGFEJ, nos termos do artigo 16.º do RCP.

CUSTAS DE PARTE

As custas de parte são processadas extrajudicialmente, nos termos dos artigo 25.º e 26.º,
ambos do RCP e 30.º a 33.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17/04.

61
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000000565 09999-01-000017/2013-9-TYTTT-C/ (cm) Insolvência Pessoa Coletiva (Requerida)

Responsáveis
Massa Insolvente de Rosalinda Medronho & Filhos, Ldª

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 0,00
Base Tributavel: 165.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 1.224,00 €; Taxa Paga: 0,00
€; Taxa Dívida: 1.224,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 0,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 1.224,00
Sub Total 3.724,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 3.724,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas 0,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 3.724,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

_______________________________________________
UserTeste

62
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único

DISTRIBUIÇÃO E MAPA DE RATEIO


Processo n.º 17/2013.9.TYTTT
Insolvente: Rosalinda Medronho & Filhos, ldª

Saldo da conta referente ao Bem Imóvel 165.000,00 €


Conta de Custas 3.724,00 €
Saldo a Ratear 161.276,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Garantidos 1,000000000000
Banco Zepa, S.A. 95.000,00 € 95.000,00 € 0,00 €
Remanescente 66.276,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Comuns 0,946800000
Soca Seguros, S.A. 10.000,00 € 9.468,00 € 532,00 €
Zarolho Ótica, Ldª 8.000,00 € 7.574,40 € 425,60 €
Maben, Ldª 2.000,00 € 1.893,60 € 106,40 €
BIA – Banco Intern. de Alcochete, S.A. 20.000,00 € 18.936,00 € 1.064,00 €
Lá Via, Ldª 4.000,00 € 3.787,20 € 212,80 €
Fazenda Nacional 26.000,00 € 24.616,80 € 1.383,20 €
TOTAL 70.000,00 € 66.276,00 € 3.724,00 €

Lisboa, 02 de Maio de 2014


O Escrivão de Direito,

_____________________

63
64
Caso Prático 6 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Coletiva c/
indeferimento liminar

A sociedade comercial Um, Dois & Filhos, Ldª, representada por advogado, apresentou-se à
insolvência, indicando como valor para o processo, 70.000,00€.

Vem requerer a sua insolvência fundamentando que se encontra impossibilitado de cumprir as


suas obrigações vencidas, bem como invocando que o seu passivo é manifestamente superior
ao ativo.

O juiz indefere liminarmente, nos termos do artigo 27.º do CIRE, o pedido de declaração de
insolvência, condenando em custas o requerente da insolvência nos termos do n.º 4 do artigo
4.º do RCP.

ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde ao valor resultante no segmento inicial do artigo 301.º do CIRE, ou seja, “o valor
da causa no processo de insolvência em que a insolvência não chegue a ser declarada … é o
equivalente ao da alçada da Relação, ou ao valor aludido no artigo 15.º, se este for inferior”,
sendo que, no caso concreto é de, 30.000,00€.

65
TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo de insolvência apresentado pelo devedor - pessoa coletiva, a


qual se encontra isenta do pagamento de taxa de justiça pelo impulso processual, nos termos
da alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsável pelo pagamento das
custas, em virtude do n.º 4 do artigo 4.º do RCP, nos termos do n.º 1 do artigo 302.º do CIRE,
reduzindo-se a mesma a ½.

66
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000000566 09999-01-000029/2013-5-TYTTT-C/ (cm) Insolvência Pessoa Coletiva (Apresentação)

Responsáveis
Um, Dois & Filhos, Ldª

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 0,00
Base Tributavel: 30.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 255,00 €; Taxa Paga: 0,00
€;
Taxa Dívida: 255,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 0,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Taxa de Justiça Cível 255,00
Sub Total 255,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 255,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas 0,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 255,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

_______________________________________________
UserTeste

67
68
Caso Prático 7 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Singular

Felismina Roberto, representada por advogado, apresentou-se à insolvência, indicando como


valor para o processo, 80.000,00€.

Vem requerer a sua insolvência fundamentando que se encontra impossibilitado de cumprir as


suas obrigações vencidas, bem como invocando que o seu passivo é manifestamente superior
ao ativo.

O juiz declarou a insolvência nos termos do artigo 36.º do CIRE, tendo nomeado administrador
da insolvência o Dr. Engrácio Servo.

As custas ficam a cargo da massa insolvente.

Nos termos do artigo 153.º do CIRE, o Administrador Judicial elaborou o inventário dos bens
integrados na massa insolvente, constando do mesmo, prédios urbanos.

Foi apresentada, nos termos do artigo 129.º do CIRE, pelo Administrador Judicial a relação de
créditos reconhecidos e não reconhecidos.

O juiz no apenso de reclamação de créditos proferiu decisão graduando os créditos


reconhecidos da seguinte forma:

Para serem pagos pelo produto das vendas (130.000,00€) dos prédios urbanos apreendidos
para a massa insolvente:

a) Créditos com garantia real;


1. O crédito reclamado por Banco Sube, S.A., no montante de 140.000,00 €;

b) Créditos Comuns;
1. Menir – Inst. Financeira de Crédito, S.A., no montante de 25.000,00€.

As custas da insolvência, nos termos dos artigos 172.º e 304.º do CIRE, saem precípuas do
produto da massa.

69
ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde ao valor resultante do artigo 301.º do CIRE, sendo o valor o atribuído ao ativo no
inventário a que se refere o artigo 153.º do CIRE, atendendo-se aos valores mais elevados dos
bens, no caso concreto é de, 130.000,00€.

TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo de insolvência apresentado pelo devedor - pessoa singular, a


qual efetuou a respetiva autoliquidação pelo impulso processual, dado que a mesma não se
encontra isenta do pagamento, nos termos da alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP, pelo que
a mesma autoliquidou taxa de justiça.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da massa insolvente,


nos termos do artigo 302.º do CIRE.

BASE DE TRIBUTAÇÃO

Para efeitos de tributação e nos termos do artigo 303.º do CIRE, o processo de insolvência
abrange o processo principal, a apreensão dos bens, os embargos do insolvente, ou do seu
cônjuge, descendentes, herdeiros, legatários ou representantes, a liquidação do ativo, a
verificação do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administração, os incidentes

70
do plano de pagamentos, da exoneração do passivo restante, de qualificação da insolvência e
quaisquer outros incidentes cujas custas hajam de ficar a cargo da massa, ainda que
processados em separado.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo da massa insolvente (responsável por custas), do valor


relativo aos custos processuais resultantes do pagamento dos honorários e das despesas,
adiantados pelo IGFEJ, ao administrador judicial, nos termos do artigo 16.º do RCP.

71
TRIBUNAL JUDICIAL – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000000650 09999-01-000099/2013-4-TYTTT-C/ (cm) Insolvência Pessoa Singular (Apresentação)

Responsáveis
Massa Insolvente de Felismina Roberto

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 816,00
Base Tributavel: 130.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 1.020,00 €; Taxa Paga:
816,00 €; Taxa Dívida: 204,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 816,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 1.020,00
Sub Total 3.524,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 3.524,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas -816,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 2.708,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

_______________________________________________
UserTeste

72
TRIBUNAL JUDICIAL – TESTE
Juízo Único

DISTRIBUIÇÃO E MAPA DE RATEIO

Processo n.º 99/2013.4.TYTTT


Insolvente: Felismina Roberto

Saldo da conta referente aos Bens Imóveis 130.000,00 €


Conta de Custas 2.708,00 €
Saldo a Ratear 127.292,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Garantidos 0,9092285714
Banco Sube, S.A. 140.000,00 € 127.292,00 € 12.708,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Comuns
Menir – Inst. Financeira de Crédito, S.A 25.000,00 € 0,00 € 25.000,00 €
TOTAL 25.000,00 € 0,00 € 25.000,00 €

Lisboa, 02 de Maio de 2014


O Escrivão de Direito,

_____________________

73
74
Caso Prático 8 - Apresentação à Insolvência pelo devedor - Pessoa Singular –
com exoneração do passivo restante

Felismina Roberto, representada por advogado, apresentou-se à insolvência, indicando como


valor para o processo, 80.000,00€.

Vem requerer a sua insolvência fundamentando que se encontra impossibilitado de cumprir as


suas obrigações vencidas, bem como invocando que o seu passivo é manifestamente superior
ao ativo.

O juiz declarou a insolvência nos termos do artigo 36.º do CIRE, tendo nomeado administrador
da insolvência o Dr. Engrácio Servo.

As custas são da responsabilidade da massa insolvente.

Nos termos do artigo 153.º do CIRE, o Administrador Judicial elaborou o inventário dos bens
integrados na massa insolvente, constando do mesmo, bens móveis e contas bancárias
apreendidas.

Foi apresentada, nos termos do artigo 129.º do CIRE, pelo Administrador Judicial a relação de
créditos reconhecidos e não reconhecidos.

O juiz no apenso de reclamação de créditos proferiu decisão graduando os créditos


reconhecidos da seguinte forma:

Para serem pagos pelo produto da venda dos bens móveis (10.000,00€) e contas bancárias
apreendidas (900,00€) para a massa insolvente:

Créditos Privilegiados.

1) O crédito reclamado pelo Serviço de Finanças do Montijo, no montante de 14.620,00€;

Créditos Comuns (a ratear).

1) Com, S.A, no montante de 13.600,00€;


2) Caixa de Aforros Nacionais, S.A., no montante de 21.000.00€

75
As custas da insolvência, nos termos dos artigos 172.º e 304.º do CIRE, saindo precípuas do
produto da massa.

Nos termos dos artigos 237.º e 239.º do CIRE o Mº Juiz, por despacho, deferiu a concessão
efetiva da exoneração do passivo restante.

ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde ao valor resultante do artigo 301.º do CIRE, sendo o valor o atribuído ao ativo no
inventário a que se refere o artigo 153.º do CIRE, atendendo-se aos valores mais elevados dos
bens, no caso concreto é de, 10.900,00€.

TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo de insolvência apresentado pelo devedor - pessoa singular, a


qual não efetuou a respetiva autoliquidação pelo impulso processual, não por se encontrar
isenta do pagamento, nos termos da alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP, mas porque foi
requerido o pedido de exoneração do passivo restante.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da massa insolvente,


nos termos do artigo 302.º do CIRE.

76
BASE DE TRIBUTAÇÃO

Para efeitos de tributação e nos termos do artigo 303.º do CIRE, o processo de insolvência
abrange o processo principal, a apreensão dos bens, os embargos do insolvente, ou do seu
cônjuge, descendentes, herdeiros, legatários ou representantes, a liquidação do ativo, a
verificação do passivo, o pagamento aos credores, as contas de administração, os incidentes
do plano de pagamentos, da exoneração do passivo restante, de qualificação da insolvência e
quaisquer outros incidentes cujas custas hajam de ficar a cargo da massa, ainda que
processados em separado.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo da massa insolvente (responsável por custas), do valor


relativo aos custos processuais resultantes do pagamento dos honorários e das despesas,
adiantados pelo IGFEJ, ao administrador judicial, nos termos do artigo 16.º do RCP.

77
TRIBUNAL JUDICIAL – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000000727 09999-01-000151/2013-1-TYTTT-C/ (cm) Insolvência Pessoa Singular (Apresentação)

Responsáveis
Massa Insolvente de Felismina Roberto

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 0,00
Base Tributavel: 10.900,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 306,00 €; Taxa Paga: 0,00
€; Taxa Dívida: 306,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 0,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 306,00
Sub Total 2.806,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 2.806,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas 0,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 2.806,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

_______________________________________________
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78
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único

DISTRIBUIÇÃO E MAPA DE RATEIO


Processo n.º 151/2013.1.TYTTT
Insolvente: Felismina Roberto

Saldo da conta referente ao Bem Imóvel 10.900,00 €


Conta de Custas 2.806,00 €
Saldo a Ratear 8.094,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Garantidos 0,5536251710
Serviço de Finanças do Montijo 14.620,00 € 8.094,00 € 6.526,00 €

Nome do Credor Valor do Crédito Recebe neste Em


reconhecido rateio dívida
Créditos Comuns
Com, S.A. 13.600,00 € 0,00 € 13.600,00 €
Caixa de Aforros Nacionais, S.A. 21.000,00 € 0,00 € 21.000,00 €
TOTAL 34.600,00 € 0,00 € 34.600,00 €

Lisboa, 02 de Maio de 2014


O Escrivão de Direito,

_____________________

79
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Caso Prático 9 – Processo Especial de Revitalização

A empresa Eleutério Capeto & Filhos, Ldª, encontrando-se em situação económica difícil, vem
manifestar vontade em encetar negociações conducentes à sua revitalização, juntando
declaração assinada por si (devedor) e por um credor.

Não indicou qualquer valor.

O juiz nos termos do artigo 17.º-C, n.º 3 alínea a) do CIRE, nomeou um administrador judicial
provisório, tendo a remuneração sido adiantada pelo IGFEJ.

Concluídas que foram as negociações, foi aprovado por unânime, o plano de recuperação
conducente à revitalização do devedor, tendo o Juiz proferido decisão homologando o
referido plano, com custas pelo devedor – artigo 17.º-F do CIRE.

ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde à soma dos créditos deduzidos, sendo de considerar neste exemplo, o valor
de 90.000,00€.

TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

81
Estamos perante um processo especial de revitalização apresentado pelo devedor, o qual se
encontra isento do pagamento de taxa de justiça pelo impulso processual, nos termos da
alínea u) do n.º 1 do artigo 4.º do RCP.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da devedora, nos


termos do artigo 302.º do CIRE.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo do devedor (responsável por custas), do valor relativo aos
custos processuais resultantes do pagamento dos honorários e das despesas, adiantados pelo
IGFEJ, ao administrador provisório, nos termos do artigo 16.º do RCP.

82
TRIBUNAL DO COMÉRCIO – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000001000 09999-01-000352/2013-9-TYTTT-C/ (cm) Proc. Especial Revitalização

Responsáveis
Eleutério Capeto & Filhos, Ldª

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 0,00
Base Tributavel: 90.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 918,00 €; Taxa Paga: 0,00
€;
Taxa Dívida: 918,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 0,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 918,00
Sub Total 3.418,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 3.418,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas 0,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 3.418,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

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Caso Prático 10 – Processo Especial de Revitalização

Felismina Roberto, encontrando-se em situação económica difícil, vem manifestar vontade


em encetar negociações conducentes à sua revitalização, juntando declaração assinada por si
e por dois credores.

Indicou valor ao processo de 90.000,00€.

O juiz nos termos do artigo 17.º-C, n.º 3 alínea a) do CIRE, nomeou um administrador judicial
provisório, tendo a remuneração sido adiantada pelo IGFEJ.

Concluídas que foram as negociações com aprovação unânime de plano de recuperação


conducentes à revitalização do devedor, o juiz proferiu decisão homologando o referido
plano, com custas pela devedora – at.º 17.º-F do CIRE.

ELEMENTOS A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DA CONTA

VALOR TRIBUTÁRIO

Por aplicação do disposto no artigo 11.º do Regulamento das Custas Processuais e das regras
previstas na lei processual (artigos 15.º e 301.º do CIRE), o valor tributário deste processo
corresponde à soma dos créditos deduzidos, sendo de considerar neste exemplo, o valor
de 90.000,00€.

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TAXA DE JUSTIÇA

A taxa de justiça corresponde ao montante devido pelo impulso processual do autor e do réu
(n.º 1 do artigo 6.º, n.º 1 do artigo 14.º do RCP e 529.º e 530.º, ambos do CPC), aplicando-se
os valores constantes da Tabela I-A (anexa ao RCP).

Estamos perante um processo especial de revitalização apresentado pelo devedor, o qual é


pessoa singular não se encontrando isento do pagamento de taxa de justiça pelo impulso
processual, pelo que procedeu à autoliquidação da taxa de justiça.

No tocante à taxa de justiça devida a final, a mesma é responsabilidade da devedora, nos


termos do artigo 302.º do CIRE.

REEMBOLSOS AO IGFEJ

Há lugar ao pagamento, a cargo da devedora, do valor relativo aos custos processuais


resultantes do pagamento dos honorários e das despesas, adiantados pelo IGFEJ, ao
administrador judicial, nos termos do artigo 16.º do RCP.

86
TRIBUNAL JUDICIAL – TESTE
Juízo Único
Avenida de Baixo
1000-000 Lisboa
Tel. 210000000 / Fax 210000000

Conta Processo
999900000001004 09999-01-000416/2013-0-TYTTT-C/ cm) Proc. Especial Revitalização

Responsáveis
Felismina Roberto

Descritivos da conta Valores


1 – Taxas Aplicáveis
Outro 918,00
Base Tributavel: 90.000,00 €; UC/ANO: € 102,00 / 2013; Tabela: I A; Artigo 14º-A (1/2): Não;
Artigo 6º nº3 (1/10): Não; Taxa paga por injunção: Não; Taxa devida: 918,00 €; Taxa Paga:
918,00 €; Taxa Dívida: 918,00 €; Taxa Excesso: 0,00 €
Sub Total 918,00

4 – Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça


Reembolsos ao IGFEJ por adiantamentos – art. 19/20 R.C.P. 2.500,00
Taxa de Justiça Cível 918,00
Sub Total 3.418,00

Resumo Da Conta Valores


Total da Conta / Liquidação 3.418,00
Somatório dos grupos: 4 + 6 + 701 + 702 + 703 + 704 + 705 + 706 + 8 + 1001 + 1002 + 1003 + 1004 + 1005 + 1006
Liquidação do Julgado 0,00
Saldo de Custas Prováveis 0,00
IGFEJ (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
Custas não cobradas (artigo 38º Port. 419-A/2009) 0,00
PAE – saldo não utilizado 0,00
Taxas de Justiça já pagas -918,00
Taxas de Justiça já pagas por Injunção 0,00
Total a Pagar (EUR) 2.500,00

Sexta-feira, 02 de Maio 2014

O Oficial de Justiça,

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Tabelas

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Portaria n.º 51/2005
de 20 de Janeiro
(atualizada com a Declaração de Retificação n.º 25/2005, de 22 de março)

ANEXO I
Tabela a que se refere o n.º 2 do artigo 20.º da Lei n.º 32/2004, de 22 de
julho, que aprovou o estatuto do administrador da insolvência
Escalões Taxa base Taxa marginal
(em euros) (em percentagem) (em percentagem)
Até 15.000 7 7
De 15.000,01 até 50.000 5,5 5,95
De 50.000,01 até 150.000 3 3,983
De 150.000,01 até 250.000 2,5 3,39
De 250.000,01 até 500.000 2 2,695
De 500.000,01 até 1.000.000 1,25 1,9725
De 1.000.000,01 até 2.000.000 0,5 1,2363
De 2.000.000,01 até 5.000.000 0,45 0,7645
De 5.000.000,01 até 7.500.000 0,3 0,6097
Superior a 7.500.000 0,1

O resultado da liquidação da massa insolvente, tal como definido no n.º 3 do


artigo 20.º da Lei n.º 32/2004, de 22 de julho, que aprovou o estatuto do
administrador da insolvência, quando superior a € 15.000, é dividido em duas
partes: uma, igual ao limite do maior dos escalões que nele couber, à qual se
aplica a taxa marginal correspondente a esse escalão, outra, igual ao
excedente, à qual se aplica a taxa base respeitante ao escalão imediatamente
superior.

ANEXO II
Tabela a que se refere o n.º 4 do artigo 20.º da Lei n.º 32/2004, de 22 de
julho, que aprovou o estatuto do administrador da insolvência
Factor
Percentagem dos créditos admitidos que foi satisfeita
aplicável
Até 5 1
De mais de 5 até 10 1,05
De mais de 10 até 20 1,10
De mais de 20 até 30 1,20
De mais de 30 até 50 1,30
De mais de 50 até 70 1,40
Superior a 70 1,60

90
Coleção “Regulamento das Custas Processuais”

Autor:

Direção-Geral da Administração da Justiça - Divisão de


Formação

Titulo:

“Custas no C.I.R.E.”

Coordenação técnico-pedagógica:

Felisbela Barradas

Colaboração:

João Novais e Manuel Caeiro

Coleção pedagógica:

Divisão de Formação

1.ª edição

Maio de 2014

91

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