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(1) Trabalho executado com recursos do Edital de seleção de alunos do mestrado, do Programa de Pós-Graduação em
Linguística (PPGL).
(2) Estudante do Mestrado de Linguística, e bolsista do CNPQ. Universidade de Brasília; Brasília, Distrito Federal;
angelaaraujo.portugues@gmail.com
(3) Cibele Brandão, Universidade de Brasília.
RESUMO: O presente trabalho tem o objetivo de investigação a viabilidade da aplicação do Twitter como uma prática
pedagógica no ensino de Língua Portuguesa (LP) a alunos estrangeiros como meio de intervenção nas lacunas de
interlíngua nas habilidades de escrita e leitura. A construção do letramento do aprendiz na língua alvo. A pesquisa visa
avaliar por meio de atividades textuais aplicadas através da plataforma o nível de ZDP (Zona de Desenvolvimento
proximal) do aprendiz, acompanhando de tal forma sua independência em usar a língua escrita no contexto dos nativos.
Para isso o incentivo à construção textual diversa como ainda a leitura dos variados tipos de gêneros que são
compartilhados diariamente no suporte serão às práticas pedagógicas de assimilação e treino. Outro ponto relevante é
trabalhar a ampliação da competência escrita em nível de coloquialidade.
INTRODUÇÃO
Devido à precária produção de materiais didáticos e de ferramentas de scaffolding (BRUNNER, 1976) para
assistência dos campos de competência dos alunos nas aulas de Português (do Brasil) como segunda língua (L2), o
presente projeto visa apresentar uma ferramenta didaticamente não convencional, mas que devido a seu caráter social
e interativo revela-se favorável à aprendizagem do português do Brasil como L2 para estrangeiros nas modalidades de
escrita e leitura por estimular a necessidade de comunicação na língua alvo entre os alunos e professor, e por ser via
on-line, os aprendizes podem interagir na esfera discursiva independentemente da região da qual se conecta, com a
possibilidade de comunicar-se assincrônica e sincronicamente, e explorar o gênero híbrido Tweet para a ampliação da
competência escrita em nível de coloquialidade, função que possibilitará maior aproximação do aluno aos usos reais da
língua escrita
METODOLOGIA
A coleta de dados estará fundamentada em transcrições de conversas orientadas pela metodologia da análise da
conversação, também chamada de fala em interação (SCHEGLOFF, 1991) que tem o estudo das interações verbal e
não verbal com foco em intercâmbios sociais ocupando-se em descrever essas situações sociais tanto em caráter
formal quanto informal com o intuito de definir identidades pessoais conforme as ações de fala executadas pelos
indivíduos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Tweet em face do letramento em L2 mostra-se capaz de oferecer ao aprendiz recursos, que de fato são viáveis
ao desenvolvimento de todas as habilidades, além das tratadas pelo presente projeto, as de ouvir e falar também devido
a sua operacionalidade multimidiática.
Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa
Figura 1 – Logotipo da UNIPAMPA.
CONCLUSÕES
As redes sociais hoje revelam uma língua moldável, original, cujas regras correspondem como ela (língua) de ato é
falada, usada. Esse contraste auxilia a pesquisa a moldar um material extra didático, que possibilita ao professor a
trabalhar a forma estilística e coloquial da língua portuguesa.
REFERÊNCIAS
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Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa