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PREFEITURA MUNICIPAL DE ENTRE RIOS

SEMAS-SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL


NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
VARA DE FAMÍLIA, SUCESSÕES, ÓRFÃOS, INTERDITOS E
AUSENTES DA COMARCA DE ENTRE RIOS/BA.

JAILSON DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, servidor público, portador da


identidade nº 11.350.559-04, inscrito no CPF sob o nº 021.907.875-05,
residente e domiciliado na Rua Euclides Machado de Almeida, nº 363 –
Centro, Entre Rios/BA, CEP 48.180-000, vêm à presença de Vossa
Excelência, por intermédio de seus advogados constituídos por instrumento
procuratório acostado com endereço profissional na Rua Olinda s/n, Centro,
Entre Rios/BA, onde recebe suas intimações e publicações, promover o pedido
de:

AÇÃO DE GUARDA E RESPONSABILIDADE COM PEDIDO DE


TUTELA DE URGÊNCIA

Em desfavor de ADAILZA NORONHA DOS SANTOS brasileira,


residente e domiciliada ao Povoado da Mangueira, Alagoinhas/BA, vem
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos
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artigos 528 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, pelas razões a seguir
expostas:

I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Inicialmente requer os benefícios da Justiça Gratuita, por se tratarem de pessoas


carentes e não dispondo de recursos para arcar com as custas processuais, e
honorários advocatícios, nos termos do quanto disposto na Lei 1060/50 e suas
alterações introduzidas na Lei 7106/86, sem prejuízo de sua mantença.

II – PRELIMINARMENTE

Requer, que todo e qualquer ato decisório do MM. Juízo sejam publicados nos
nomes dos Bels., MATHEUS PEREIRA COUTO, inscrito na OAB/BA sob o
nº 40.944, Email: advmatheuscouto@gmail.com, inscrito no CPF: 045.110.075-19 e
FABIANO MENESES BARRETO, inscrito na OAB/BA sob o nº 36.493,
Email: fabiomsbarreto@hotmail.com e JONATAS DE FREITAS DOS
SANTOS inscrito na OAB/BA sob o nº 52.657, Email: jfs-freitas@hotmail.com,
sob pena de nulidade, advogados da parte autora na referida ação em epígrafe,
devidamente investido através de mandato outorgado em anexo.

III – DOS FATOS

O Requerente é pai do menor DAVI NORONHA SANTOS, nascido em 17


de junho de 2014, atualmente com 03 anos de idade.

Ocorre que conforme documentos anexos a genitora do menor, sofre com


problemas de saúde, que afetam sua sanidade mental, existindo relatos de surtos
psicóticos.

Diante desse quadro, em 01 de outubro de 2017, a genitora foi encontrada pelo


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conselho tutelar de Alagoinhas aparentemente em quadro de surto mental,
destaque-se que o conselho tutelar foi acionado pela polícia militar que
encaminhou o menor bem como prestou socorro à genitora deste, doc anexo.

Cumpre esclarecer ainda que o conselho tutelar de Entre Rios, município onde o
menor reside atualmente, emitiu declaração de responsabilidade em favor do pai,
tendo em vista toda a situação dramática que envolve a saúde mental da mãe.

Por fim em 23 de outubro de 2017, o ministério público celebrou um acordo de


guarda, onde ficou acordado que a guarda seria do genitor e a mãe teria direito de
visita aos finais de semana, doc. anexo.

Tem-se a presente ação a finalidade de requerer em Juízo o deferimento da guarda


e responsabilidade legal quanto ao infante, eis que hoje se encontra consolidado o
exercício de fato pelo Autor, devendo, portanto, ser-lhe reconhecido também o
direito, nos termos previstos na lei específica.

Evidentemente a criança está sendo plenamente provida em suas necessidades


afetivas, econômicas e sociais, o que deve ser resguardado perante a lei, por
constituir princípio da proteção integral, consagrado pela Constituição Federal.

De outro lado é sabido que a decisão de guarda não possui caráter definitivo e
irretratável, podendo ser modificada a qualquer tempo, face seu caráter de relação
jurídica continuativa, característica intrínseca das questões relativas à guarda de
menores.

IV–DO DIREITO

É imperioso salientar inicialmente que o entendimento majoritário dos tribunais é


de que o avô deve manter a guarda da criança, ocorrendo falecimento da mãe,

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quando comprovados que a criança já exercia convívio com o avô e que ficou sob
os cuidados dela desde o falecimento da mãe, senão vejamos:

TJ-RS - Apelação Cível AC 70049753999 RS (TJ-RS)


Data de publicação: 30/07/2012
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE GUARDA
POSTULADA POR AVÓ. MÃEFALECIDA.
CABIMENTO. COMPROVADO QUE A AVÓ CUIDA
DO MENOR DESDE O FALECIMENTO DA
GENITORA, E FAVORÁVEL O ESTUDO SOCIAL,
DEVE SER MANTIDA A GUARDA COM AQUELA.
DESNECESSÁRIAS A REABERTURA DA
INSTRUÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE OUTRAS
PROVAS, E A FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS À
DEFENSORA PÚBLICA QUE ATUOU COMO
CURADORA ESPECIAL, PORQUANTO TAL
ATIVIDADE, NOS CASOS LEGALMENTE
PREVISTOS, CONSTITUI FUNÇÃO
INSTITUCIONAL DA DEFENSORIA PÚBLICA,
NOS TERMOS DO ART. 4º DA LEI COMPLR N.º 80
/94. RECURSO DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº
70049753999,...

É salutar para toda criança conviver em ambiente familiar, devendo ser protegida
de qualquer situação que a exponha a qualquer tipo de risco e exploração, sendo
mandamento constitucional a seguridade, pela família, pelo Estado e pela
sociedade, da dignidade, do respeito, além da proteção a qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

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Sendo assim, estatui o artigo 227, da Constituição Federal, direitos da criança e
adolescente que devem ser observados:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado


assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.

Ainda, o Estatuto da Criança e do Adolescente, em seu artigo 33, prevê que a


guarda implica obrigações, conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais. Veja-se:

“Art. 33. A guarda obriga à prestação de assistência


material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais.
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato,
podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção
por estrangeiros.[...]”

O critério norteador na atribuição da guarda é a vontade dos genitores, tendo


sempre em vista os interesses do menor, visando atender suas necessidades.

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Estabelece o inciso I do art. 1.584 do Código Civil que a guarda poderá ser
requerida em consenso pelo pai e pela mãe ou por qualquer um deles em ação
autônoma, dispondo ainda que a guarda poderá ser decretada pelo juiz, em atenção
a necessidades específicas do menor, ou em razão da distribuição do tempo
necessário ao convívio deste com o pai e com a mãe.

É importante destacar que o melhor interesse da criança deve ser observado ante
qualquer outro aspecto, conforme se observa no julgado abaixo:

DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA E


RESPONSABILIDADE. GUARDA UNIPESSOAL
FIXADA PARA A MÃE. GUARDA
COMPARTILHADA REQUERIDA PELO PAI.
IMPOSSIBILIDADE. CAUSAS
EXCLUDENTES. LITÍGIO ENTRE OS
ENVOLVIDOS. PRESENÇA DE
CONSIDERÁVEIS DIVERGÊNCIAS. FALTA
DE CONSENSO. LAUDO DE ESTUDO DE
CASO DA SECRETARIA PSICOSSOCIAL DO
TJDFT, CLARO E MOTIVADO, NÃO
RECOMENDANDO O
COMPARTILHAMENTO DA GUARDA. PROVA
SUFICIENTE. OITIVA DE TESTEMUNHAS.
DESNECESSIDADE. MELHOR INTERESSE
DA CRIANÇA. MENOR QUE DEMONSTRA
ESTAR BEM ATENDIDA NA COMPANHIA
DA MÃE. SITUAÇÃO FÁTICA JÁ
ESTABELECIDA. GUARDA UNILATERAL.
CABIMENTO. REGULAMENTAÇÃO DE
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VISITAS PORMENORIZADA. CONVÍVIO
ASSÍDUO COM O GENITOR GARANTIDO.
PEQUENOS AJUSTES NO REGIME DE
VISITAÇÃO. MELHOR ADEQUAÇÃO AO CASO
CONCRETO. SENTENÇA REFORMADA
UNICAMENTE EM RELAÇÃO AO REGIME DE
VISITAS NO QUE INFORMA OS FERIADOS
PROLONGADOS DE CARNAVAL E SEMANA
SANTA.

1. O direito de guarda é conferido segundo o


melhor interesse da criança e do adolescente. A
orientação dada pela legislação, pela doutrina e pela
jurisprudência releva a prevalência da proteção
integral do menor. Portanto, tratando-se de
investigação sobre quem deve exercer a guarda de um
infante, impõe-se que o julgador perscrute, das provas
contidas nos autos, a solução que melhor atende a essa
norma, a fim de privilegiar a situação que mais
favorece a criança ou ao adolescente.

2. O laudo pericial da Secretaria Psicossocial do


TJDFT destacou claramente as razões que ensejaram a
conclusão do estudo, de sorte que ele merece prestígio,
não servindo a mera irresignação apresentada pelo
apelante como motivo razoável para eliminar as
proposições nele verificadas. Com isso, entendo que o
referido parecer é prova suficiente para formar o livre
convencimento motivado do julgador e, dessa forma, é

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apto para subsidiar o resultado da lide, sem
necessidade de oitiva de testemunhas ou dos peritos.

Portanto, a parte requerente resolveu propor esta demanda a fim de regular a


situação da guarda da criança menor, uma vez que, como alegado alhures, a mãe
faleceu e desde então a criança está sob os cuidados do Autor, que deseja
regularizar a situação juridicamente.

Assim, a parte requerente postula pela guarda e responsabilidade da menor.

DA TUTELA DE URGÊNCIA

Diante dos fatos e do direito, impõe-se a necessidade de antecipação de tutela ao


Autor.

Na hipótese em comento é perfeitamente possível a concessão da tutela


antecipada, haja vista estarem preenchidos os requisitos do Novo Código de
Processo Civil. Há clara exposição do direito que se busca realizar e o perigo de
dano ou risco também se mostra evidente, tendo em conta as pessoas que se visa
proteger são menores, de idade infantil, que acabaram de passar por grave trauma
familiar (nos termos do caput do artigo 303).

O Requerente vem arcando com todas as despesas dos menores, está destinando
às crianças todo cuidado e atenção, motivos pelos quais requer a guarda dos
mesmos, tendo ainda, em vista o já supramencionado triste evento em que a
genitora faleceu.

A autora não pretende se valer do benefício do caput do artigo 303/NCPC


(limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela
final); assim, consolidam nesta petição inicial a sua argumentação, os documentos

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cabíveis e confirma, neste mesmo ato, seu pedido de tutela final no item seguinte
“Dos Pedidos” (art. 303, § 1º, I, NCPC).

Quanto ao periculum in mora (“perigo de dano ou risco”) este se mostra de plano


existente considerando a necessidade de regularizar a situação fática do menor, A
QUAL SE ENCONTRA SEM A PRESENÇA DOS PAIS e, assim,
teoricamente em situação de risco, autorizando-se o pleno exercício dos poderes
do exercício da guarda pela avó materna, via concessão de guarda e tutela à autora.

III-DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer:

a) A concessão da Justiça Gratuita, em face da hipossuficiência econômica,


conforme declaração anexa;

b) O deferimento da tutela de urgência da criança em questão à parte requerente,


a título de antecipação dos efeitos da tutela, tendo em vista a verossimilhança das
alegações e o perigo de dano grave à criança (consistente em eventual alteração da
situação de fato em que se encontra);

c) A citação do requerido para, querendo, responder a ação, sob pena de se


materializar os efeitos da revelia;

d) A intimação do Representante do Ministério Público;

e) Seja julgado procedente o pedido, confirmando e deferindo a guarda do menor


DAVI NORONHA SANTOS para o genitor, ora requerente, nos moldes da
provisória;

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Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,
inclusive por testemunhas a seu tempo arroladas, prova documental
complementar, prova oral – consistente no depoimento pessoal da parte contrária,
prova pericial psicossocial, com urgência, que deverá ser determinado caso haja
apresentação de contestação ao pedido de guarda.

Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins meramente fiscais.

Estes são os termos em que pede deferimento.

Entre Rios/BA, 23 de março de 2018.

Matheus Couto

OAB/BA 40.944

(documento assinado eletronicamente)

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