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Reescrevendo as Leis de Ranganathan

14 de março de 2010 por Fabiano Caruso 14 Comentários

Ranganathan escreveu cinco leis fundamentais para Bibliotecas, mas estas leis não deveriam
vigorar nos dias atuais. Foram escritas em uma economia industrial de escassez, em que as
Bibliotecas eram o principal ambiente de conexão das pessoas com os livros. Os livros são
importantes, mas o problema da escassez foi solucionado. O desafio atual não está na
melhoria da qualidade da conexão das pessoas com os livros. Mas na melhoria da qualidade
da conexão entre as pessoas.

O problema deixou de ser como encontrar o livro certo, mas como encontrar a inteligência
certa. As redes sociais sempre foram a principal conexão das pessoas com os livros (dos
clubes de leitura até os clãs de leitores de Harry Potter). As pessoas na grande maioria do
tempo não buscam livros digitando assuntos aleatóriamente em catálogos, mas porque outras
pessoas os indicaram – durante o seu período de formação acadêmica, no relacionamento com
os familiares, em resenhas em revistas ou jornais, ou até querem conhecer melhor outra
pessoa se interessando no que ela está lendo.

A Biblioteca 2.0 (ou Biblioteca Social) não é simplesmente sobre o uso de mídias sociais para
promover uma forma diferente de disseminação da informação. Esta Biblioteca Social na
verdade é sobre o desafio de conectar inteligências, e estabelecer relações entre estas e
algumas soluções tradicionais da biblioteconomia, como desenvolvimento de coleções,
indexação e resumos e serviços de referência.

Poderiamos comerçar a reescrever as Leis de Ranganathan desta forma:

1. A inteligência é para ser usada – Uma pessoa é o que impulsiona o conhecimento. E


podemos observar a importância das pessoas e de uma Biblioteca Social na seguinte
frase: “quem sabe usar bem a informação, tem poder”. A informação, livros e
documentos são apenas um meio. O conhecimento reside apenas nas pessoas.
2. Toda pessoa tem algo para ensinar - Refere-se a identificação de inteligencias. O
bibliotecário deve identificar quem são as pessoas certas, que dominam as áreas de
conhecimento de interesse, e que podem contribuir com outras inteligencias.
3. Todo pessoa tem algo a aprender – refere-se a identificação de problemas. O que as
pessoas desejam aprender, quais são os problemas que existem para ser resolvidos. O
Bibliotecário tem a missão de conectar as pessoas que realizam perguntas, com
aquelas que tem as respostas.
4. Poupe o tempo do leitor – a criação de serviços de informação que permitam que
pessoas conectem-se para ensinar e aprender, seja através da colaboração intelectual,
e/ou o compartilhamento da informação, documentação e livros ente as pessoas é o
desafio deste novo bibliotecário. As pessoas não procuram conhecimento em
catálogos, mecanismos de busca e etc. As pessoas buscam e encontram conhecimento
no relacionamento com outras pessoas. São outras pessoas que indicam bons livros,
documentos e informações. O desafio está na construção de sistemas que evidenciem
isso.
5. Uma biblioteca 2.0 é um organismo em crescimento – o bibliotecário deve
promover e estimular a formação de comunidades e redes sociais especializadas, que
permitam que pessoas interessadas em um mesmo tema possam encontrar-se para
trocar referências, documentos, e atuar em conjunto para a resolução de um problema
em comum. Os sistemas colaborativos na internet possibilitaram a formação dos mais
variados tipos de comunidades sem a necessidade de um profissional como
intermediário. No entanto, o desafio do Bibliotecário está em promover a formação de
comunidades mais inteligentes.

Ao invés de utilizarmos a web e a tecnologia da informação replicando a mentalidade


industrial e o seu modelo “top down” de disseminação da informação, precisamos repensar e
avaliar bem o impacto destas iniciativas. É preciso investir tempo na criação de serviços de
informação inteligentes. Para permitir principalmente uma melhor conexão entre as pessoas
para ampliação da sua produção intelectual (livros, documentos, apresentações).

Imaginem, por exemplo, que cada especialista ao invés de ter que publicar seus trabalhos
compulsoriamente em repositórios e bibliotecas digitais, possam ter páginas pessoais na web
em que suas reflexões sejam evidenciadas, em conjunto com a sua produção intelectual. Desta
forma, o papel do profissional deixaria de investir tempo na promoção de leis e medidas
coercivas para a manutenção do que foram preparados para fazer, para atuarem de forma mais
próxima as pessoas nas comunidades que fazem parte e ajudá-las a disseminar melhor a sua
informação e a conectarem-se de forma mais inteligente com os seus pares e aprendizes.

É preciso transcender as nossas tradições e deixar de lado um pouco as instituições clássicas


que sustentam a Biblioteconomia hoje. Para que talvez, possamos nos reconectar
profissionalmente para sermos capazes de criar novos serviços de informação que resolvam
problemas mais atuais. As tecnologias que permitem que isso aconteça estão disponíveis. E
são mais simples, baratas, efetivas e fáceis de utilizar do que muitas das que nos foram
ensinadas nas universidades.

(atualizado em 17 de maio de 2013 da primeira versão de 14 de março de 2010)

http://fabianocaruso.com/reescrevendo-as-leis-de-ranganathan/

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