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RESUMO
O presente artigo tem como tema a afetividade na Educação Infantil e faz uma
investigação sobre a importância da afetividade para o desenvolvimento integral da
criança nesta etapa da educação. Os objetivos específicos foram compreender como a
afetividade influencia no ensino aprendizagem da criança, pesquisar como os documentos
orientadores e as legislações referentes a educação infantil se posicionam a respeito da
afetividade e investigar as concepções de educação infantil . Para responder a estas
questões a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental. Na pesquisa
bibliográfica foram usados livros, revistas e artigos da internet, a pesquisa documental foi
feita por intermédio de orientadores curriculares e legislações a respeito do assunto.
ABSTRACT
The present article has as its theme affectivity in Infant Education and does an
investigation about the importance of affectivity for the integral development of the child in
this stage of education. The specific objectives were to understand how affectivity
influences in teaching learning, to investigate how the guiding documents and the
legislation regarding children's education stand on affectivity. To answer these questions,
the methodology used was bibliographic and documentary research. For the
bibliographical research were used books, magazines and articles of the internet, the
documentary research was done through curricular guides and legislations on the subject.
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¹Pós-Graduandas em pelo CESV-centro de ensino superior de Vitória -2018
1 INTRODUÇÃO
Atualmente muitas discussões e debates tem se originado em torno da importância da
afetividade na educação, principalmente quando se trata da Educação Infantil que é a
primeira etapa da educação básica, lugar em que as crianças vivenciam e experimentam
diferentes emoções e sensações fora do ambiente familiar e participam de novas
interações com diversos espaços e sujeitos ampliando o seu jeito de ser e estar no
Mundo.
O ser humano precisa de afeto antes mesmo do seu nascimento e continua com essa
necessidade durante toda a vida, porém nos primeiros anos de vida o afeto tem uma
importância primordial para o seu desenvolvimento emocional e social, apesar da
importância que a afetividade representa para o desenvolvimento integral da criança nem
todos os profissionais da educação infantil se apropriam desta realidade, constatou-se
este fato durante estagio remunerado na educação infantil e também na prática
profissional como professora em uma escola particular, diante de situações presenciadas
que surgiu o questionamento, a situação problema que impulsionou este artigo foi a
indagação: Qual a importância da afetividade na Educação Infantil? O objetivo geral da
pesquisa foi investigar a importância da afetividade para o desenvolvimento integral da
criança da educação infantil. E os objetivos específicos foram: compreender como a
afetividade influencia no ensino aprendizagem, pesquisar como os documentos
orientadores e as legislações referentes a educação infantil se posiciona a respeito da
afetividade ,conceituar educação infantil . E para responder a estas questões a
metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental. Para a pesquisa
bibliográfica foram usados livros, revistas e artigos da internet, utilizando autores como
Wallon, Kuhlmann Jr., Kramer, Galvão, entre outros. a pesquisa documental foi feita por
intermédio de orientadores curriculares e legislações a respeito do tema.
Espera-se que esta pesquise incentive debates, discursões e estimule pesquisa mais
aprofundada a respeito do tema. Intenciona-se também que as pessoas que tenham
acesso a este material se apropriem da importância da afetividade não só na área da
educação, mas que o afeto deve estar presente em toda a sociedade como base para a
construção de um mundo melhor e mais solidário.
Para se falar sobre afetividade buscou-se definições a respeito do que vem a ser esta
palavra derivada de afeto. Segundo o dicionário Aurélio (2004, p.99), afetividade significa:
"qualidade ou caráter de afetivo."
De acordo com Piaget (1976, p. 16) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência.
(...) vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são
inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo
tempo estruturação e valorização. Assim é que não se poderia raciocinar,
inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro
lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão.
As interações fazem parte dos eixos norteadores da educação Infantil e estas interações
devem ter como base a afetividade através da qual as crianças alicerçaram suas
vivencias e experiências educativas.
.A afetividade e uma necessidade primordial na constituição do ser humano sendo um em
requisito básico para a sobrevivência. Como apregoa Antunes (2006, p.5) a afetividade e:
Um conjunto de fenômenos que se manifestam sob a forma de emoções que
provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da
pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro,e
essa necessidade se traduz em amor.
A afetividade na educação infantil e assunto muito sério e não pode ser separado do
conhecimento é assim que tem que ser compreendida pelos profissionais desta
modalidade da educação, devendo ser estudado e pesquisado com o objetivo de se
implantar esta visão a respeito da concepção da importância da afetividade em todos os
espaços da educação infantil.
Pois toda a criança é um ser único e tem seu jeito de pensar e agir, por isso é
necessário que a relação professor-aluno seja prazerosa, para que assim ocorra
uma aprendizagem mais satisfatória. Isso irá acontecer mais intensamente se a
afetividade estiver incluída nessa relação, porque a mesma está presente em
todas as esferas de nossa vida no trabalho, no lazer e principalmente na escola.
( SARNOSKI, 2014,p.2 )
.3 EDUCAÇÃO INFANTIL
A educação Infantil e a primeira etapa da educação básica e nela deve ser garantido o
desenvolvimento integral em todos os aspectos da criança de 0 a 5 anos.
As Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (MEC, 2010, p.12) definem a Educação
Infantil como sendo:
A primeira etapa da Educação Básica, ofertada em creches e pré-escolas, que tem
as características de espaços institucionais não domésticos, sendo estes
estabelecimentos de educação particulares ou privados que têm como encargo
cuidar e educar crianças de 0 a 5 anos de idade no período-diurno, em jornada
integral ou parcial, e que são regulados e supervisionados por órgão competente
do sistema de ensino e submetidos a controle social.
A definição dada pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira (LDB 9694/96) a
respeito da Educação Infantil e que esta etapa é de primordial importância para o
desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, cognitivo,
intelectual e social e afirma ainda, que Educação Infantil deve ser a complementação das
ações das famílias e da comunidade, assim, o papel da instituição de Educação Infantil é
propiciar a ampliação das experiências e conhecimentos das crianças.
A criança, desde pequena, tem necessidade de atenção, de carinho para que possa
construir sua personalidade, seu caráter e sua autonomia. É com base nestas importantes
considerações e que devem convergir as ações e planejamentos de todas as instituições
de Educação Infantil com o intuito de proporcionar as crianças atividades diversificadas e
prazerosas, voltadas para a satisfação de suas necessidades básicas de aprendizagens.
É de responsabilidade das instituições de ensino socializarem um conhecimento mais
elaborado, fazendo possível a construção da identidade, autonomia, criatividade,
responsabilidade e a formação de cidadania.
De acordo com o MEC (1998) o cuidar tem uma dimensão muito mais ampla e
abrangente que extrapola as questões assistencialistas de custodia e higiene da criança.
Este cuidar envolve sensibilidade e percepção e afetividade.
Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua
singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas
capacidades. Disso defende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida
e é cuidado (RCNEI, 1998, vol. 01, p.75).
A discursão tem sido muito ampla no que diz respeito ao atendimento as crianças de 0
(zero) a 05 (cinco) anos, a natureza de seus programas, limitações, possibilidades, tendo
sempre como prioridade a concepção da criança como sujeito de direito e que traz
consigo uma história, conhecimento e uma bagagem social e cultural.
Mesmo a criança sendo vista de forma diferenciada, ainda persistia, segundo LOUZADA
(2000), a ideia de que ela era um adulto em miniatura, pois, ao completar sete anos era
inserido na rotina dos adultos, apesar de os meninos burgueses, terem sidos
reconhecidos como uma entidade separada do adulto.
Segundo ÁRIES (1981), a partir do século XVII, houve uma mudança considerável no
modo de “ver” a criança. Isso quer dizer que, a criança deixou de ser misturada aos
adultos e aprender a vida, diretamente, mediante o contato com eles. Ela passou a
frequentar a escola, separada dos adultos. Nesse período, definiram-se como rumos da
educação, corrigir as crianças, que, acreditavam-se, nasciam sob o estigma do pecado, e
guia-las para o caminho do bem. Formou-se o sentimento de infância que viria inspirar
toda educação até o século XX.
A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada
cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo
meio social em que se desenvolve, mas também a marca. A criança tem na
família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da
multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.
A atual concepção de criança como sujeita de direito e que já traz consigo saberes e
conhecimento faz com que seja necessária uma proposta de Educação Infantil de acordo
com esta nova concepção, proposta esta que deve englobar um ensino aprendizagem
que seja contemplado através das interações com a afetividade.
3 CONCLUSÃO
Com este estudo verificou-se que a escola a afetividade desempenha um papel muito
importante no desenvolvimento integral da criança inclusiva reconhece as diferenças dos
alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos,
adotando novas práticas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas, pois elas
dependem de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola
possa se concretizar, é patente a necessidade de atualização e desenvolvimento de
novos conceitos, assim como a redefinição e aplicação de alternativas e inovações
pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.
Muitos momentos dentro da escola inclusiva vêm sendo vistos com maturidade, existe
aquele que não querem ver banalizando e ignorando fatos importantes da vida escolar do
aluno seja ele com NEE (Necessidades Educativas Especiais) ou não. De qualquer forma
duas décadas de ajuste permitem reconhecer que, ainda que os grandes problemas
subsistam, os sistemas educacionais são hoje, no Brasil são menos excludente que
alguns anos atrás.
O objetivo do processo de ensino e aprendizagem é que todas as crianças desenvolvam
suas capacidades físicas e intelectuais, seu pensamento independente e criativo, tendo
em vista tarefas teóricas e práticas, de modo que se preparem para viver em sociedade.
Foi oportunizada a percepção que o AEE não é para propiciar outra educação e sim
suplementar a educação oportunizada no ensino regular colaborando para o
desenvolvimento do aluno e esta oferta é feita no contraturno.
Por fim na concluiu-se que mesmo com todas as legislações que apregoam a escola
inclusiva e os debates e discussões que tem ocorrido a respeito do assunto ainda e muito
difícil se encontrar uma escola onde a inclusão permeie todos os seus espaços esteja
entrelaçada as ações ocorridas no seu cotidiano, mas foi percebido que muitas
instituições estão caminhando nesta direção.
Para que a escola inclusiva se torne realidade e necessário que toda a comunidade
escolar se aproprie da importância da escola para todos e adotem novas práticas
educativas e rompam com os velhos paradigmas carregados de preconceitos e ideias
deturpadas a respeito da inclusão e que os nossos legisladores e governantes se
apropriem da importância da educação escolar inclusiva sendo bastante criteriosos
quando fizerem leis que comtemplem esta questão.
4 REFERÊNCIAS
GALVÃO, I. A Criança, esta pessoa abrangente. Revista Criança. São Paulo: Ministério da
Educação. P. 3-7. Dez.1999.