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CESV-CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE VITORIA/VITORIA, ES, Brasil, maio de 2018.

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


Kelly Hany Cinelli Lucindo ¹
kellylucindo@hotmail.com
Cristina Alves Santos Oliveira¹.
Cristina_d.v@hotmail.com
Prof.ª Renata Rodrigues Ferrari
orientação@masterensinopro.br
(Orientadora) Pedagoga, Psicanalista e Mestranda em Ciências das Religiões

RESUMO

O presente artigo tem como tema a afetividade na Educação Infantil e faz uma
investigação sobre a importância da afetividade para o desenvolvimento integral da
criança nesta etapa da educação. Os objetivos específicos foram compreender como a
afetividade influencia no ensino aprendizagem da criança, pesquisar como os documentos
orientadores e as legislações referentes a educação infantil se posicionam a respeito da
afetividade e investigar as concepções de educação infantil . Para responder a estas
questões a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental. Na pesquisa
bibliográfica foram usados livros, revistas e artigos da internet, a pesquisa documental foi
feita por intermédio de orientadores curriculares e legislações a respeito do assunto.

Palavras-Chave: Afetividade. Educação Infantil. Ensino aprendizagem.

ABSTRACT

The present article has as its theme affectivity in Infant Education and does an
investigation about the importance of affectivity for the integral development of the child in
this stage of education. The specific objectives were to understand how affectivity
influences in teaching learning, to investigate how the guiding documents and the
legislation regarding children's education stand on affectivity. To answer these questions,
the methodology used was bibliographic and documentary research. For the
bibliographical research were used books, magazines and articles of the internet, the
documentary research was done through curricular guides and legislations on the subject.

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¹Pós-Graduandas em pelo CESV-centro de ensino superior de Vitória -2018

1 INTRODUÇÃO
Atualmente muitas discussões e debates tem se originado em torno da importância da
afetividade na educação, principalmente quando se trata da Educação Infantil que é a
primeira etapa da educação básica, lugar em que as crianças vivenciam e experimentam
diferentes emoções e sensações fora do ambiente familiar e participam de novas
interações com diversos espaços e sujeitos ampliando o seu jeito de ser e estar no
Mundo.

A afetividade deve estar presente em todos os tempos e espaços da educação infantil


para que a criança se sinta acolhida e a sua permanência na instituição de educação
infantil seja uma experiência que deixe marcas positivas na sua trajetória escolar.

O ser humano precisa de afeto antes mesmo do seu nascimento e continua com essa
necessidade durante toda a vida, porém nos primeiros anos de vida o afeto tem uma
importância primordial para o seu desenvolvimento emocional e social, apesar da
importância que a afetividade representa para o desenvolvimento integral da criança nem
todos os profissionais da educação infantil se apropriam desta realidade, constatou-se
este fato durante estagio remunerado na educação infantil e também na prática
profissional como professora em uma escola particular, diante de situações presenciadas
que surgiu o questionamento, a situação problema que impulsionou este artigo foi a
indagação: Qual a importância da afetividade na Educação Infantil? O objetivo geral da
pesquisa foi investigar a importância da afetividade para o desenvolvimento integral da
criança da educação infantil. E os objetivos específicos foram: compreender como a
afetividade influencia no ensino aprendizagem, pesquisar como os documentos
orientadores e as legislações referentes a educação infantil se posiciona a respeito da
afetividade ,conceituar educação infantil . E para responder a estas questões a
metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e documental. Para a pesquisa
bibliográfica foram usados livros, revistas e artigos da internet, utilizando autores como
Wallon, Kuhlmann Jr., Kramer, Galvão, entre outros. a pesquisa documental foi feita por
intermédio de orientadores curriculares e legislações a respeito do tema.

Espera-se que esta pesquise incentive debates, discursões e estimule pesquisa mais
aprofundada a respeito do tema. Intenciona-se também que as pessoas que tenham
acesso a este material se apropriem da importância da afetividade não só na área da
educação, mas que o afeto deve estar presente em toda a sociedade como base para a
construção de um mundo melhor e mais solidário.

2. FALANDO SOBRE AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


2.1. O QUE É AFETIVIDADE?

Para se falar sobre afetividade buscou-se definições a respeito do que vem a ser esta
palavra derivada de afeto. Segundo o dicionário Aurélio (2004, p.99), afetividade significa:
"qualidade ou caráter de afetivo."

Afetividade e o que afeta, podendo ser de forma positiva ou negativa,causando emoções


e sensações dolorosas ou prazerosas.
Ainda reportando ao dicionário Aurélio (1994) temos esta definição de afetividade
relacionada a psicologia :

“Psicol. Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções;


sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de
satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”.

De acordo com Piaget apud La Taille (1992,p.65 )

(...) a afetividade é comumente interpretada como uma "energia", portanto como


algo que impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum interesse, algum móvel
que motiva a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a
motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos ou
situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico
permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a Razão está
ao seu serviço.·
·.
Piaget, fala que a função da afetividade é impulsionar a inteligência. Ela é que fornece
energia de que o conhecimento faz uso para seu funcionamento. Há uma relação
intrínseca entre afetividade e cognição

A afetividade se estabelece com a qualidade de interações como afirmam Conforme Leite


e Tassoni (2002, p. 03):

Embora os fenômenos afetivos sejam de natureza subjetiva, isso não os torna


independentes da ação do meio sociocultural, pois é possível afirmar que estão
diretamente relacionados com a qualidade das interações entre os sujeitos,
enquanto experiências vivenciadas.

Piaget diz que existe um entrelaçamento entre a afetividade e a inteligência :


“A afetividade e o desenvolvimento da inteligência estão dissociadas e integradas,
no desenvolvimento psicológico, não sendo possível ter duas psicologias, uma da
afetividade e outra da inteligência para explicar o comportamento.”
(Piaget apud Arantes, 2003, p.56).

A respeito da amplitude e complexidade envolvidas na afetividade Wallon fala que:


No que diz respeito à afetividade, esta é sempre referida às vivências individuais
dos seres humanos, são formas de expressão mais complexas e essencialmente
humanas. A afetividade diz respeito a um conceito amplo, uma situação mais
permanente, que engloba em seu interior os sentimentos, as emoções e as
paixões e manifesta estados de sensibilidade, que vão de disposições orgânicas
às sociais/existenciais ligadas à percepção que o indivíduo tem de si mesmo.
(WALLON apud RODRIGUES, 2008, p.18).

A afetividade e uma necessidade primordial na constituição do ser humano constituindo


se em requisito para a sobrevivência.

Como apregoa Antunes (2006, p.5) a afetividade e:

Um conjunto de fenômenos que se manifestam sob a forma de emoções que


provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da
pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro,e
essa necessidade se traduz em amor.

De acordo com Piaget (1976, p. 16) o afeto é essencial para o funcionamento da inteligência.

(...) vida afetiva e vida cognitiva são inseparáveis, embora distintas. E são
inseparáveis porque todo intercâmbio com o meio pressupõe ao mesmo
tempo estruturação e valorização. Assim é que não se poderia raciocinar,
inclusive em matemática, sem vivenciar certos sentimentos, e que, por outro
lado, não existem afeições sem um mínimo de compreensão.

2.2 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA


CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A afetividade, o fortalecimento dos vínculos afetivos entre adultos e crianças propicia
inúmeros benefícios para o desenvolvimento integral da criança inserida no espaço das
instituições de educação infantil o Referencial Curricular da Educação Infantil deixa essa
premissa bem clara quando diz que:
“A educação infantil deve se organizar para que se estabeleça “vínculos afetivos e de
troca com adultos e crianças, fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente
suas possibilidades de comunicação e interação social.” (RCNEI, 1996, p. 63)”.
As Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (MEC, 2010, p. 25) orientam que as
práticas pedagógicas que compõem a educação infantil devem ter como eixos
norteadores as interações e as brincadeiras.

As interações fazem parte dos eixos norteadores da educação Infantil e estas interações
devem ter como base a afetividade através da qual as crianças alicerçaram suas
vivencias e experiências educativas.
.A afetividade e uma necessidade primordial na constituição do ser humano sendo um em
requisito básico para a sobrevivência. Como apregoa Antunes (2006, p.5) a afetividade e:
Um conjunto de fenômenos que se manifestam sob a forma de emoções que
provocam sentimentos. A afetividade se encontra “escrita” na história genética da
pessoa humana e deve-se a evolução biológica da espécie. Como o ser humano
nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência requer a necessidade do outro,e
essa necessidade se traduz em amor.

O afeto se traduz em atitudes e ações que motivam as crianças a terem um sentimento de


pertencimento do espaço escolar, estimulam a autonomia, a criatividade , proporciona um
bem estar físico e emocional criando um ambiente propicio as interações e facilitando o
ensino aprendizagem .O desenvolvimento integral em todos os aspectos e um dos
objetivos principais da educação infantil e a afetividade se relacionam diretamente como
mola propulsora deste desenvolvimento, pois ela esta atrelada a outros componentes
intelectuais como afirmam Oliveira e Rego (2003):
A afetividade humana também se constitui na relação com vários outros
componentes psicológicos e intelectuais. Assim, para poder emocionar-se, o
indivíduo humano precisa ter também memória, pensamento, imaginação,
planejamento, conhecimento, linguagem, conceitos, significados, sentidos,
percepção, atenção.

A afetividade é o exercício mais extremo e complexo de que o ser humano pode


participar, é combinação de todos os sentimentos: amor, motivação, ciúme, raiva e outros,
e aprender a cuidar adequadamente de todas as emoções é que vai proporcionar ao
sujeito uma vida emocional plena e equilibrada.

Segundo Nunes e Silveira (2009), na teoria de Vygotsky a aprendizagem está ligada à


valorização das potencialidades e singularidades dos alunos, à atividade do sujeito diante
dos desafios propostos pela situação de ensino e à mediação do outro. O sujeito é social
e ativo em seu meio cultural. A aprendizagem é dinâmica e contínua, feita através da
interação social. Nesse contexto, o professor tem a função de contribuir para essa
aprendizagem, servindo de mediador entre a criança e o mundo.

A percepção da criança como um ser intelectual e afetivo, onde o pensamento e o


sentimento coexistem simultaneamente que pensa e sente de forma integrada, e admitir a
afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento, envolve
outra visão sobre a prática pedagógica, ampliando o processo ensino-aprendizagem para
além da dimensão cognitiva.
Segundo Oliveira e Rego (2003), Vygotsky buscou elaborar uma nova concepção que
abordasse de outra forma as relações entre mente e corpo e entre cognição e afeto. Ele
da ênfase a necessidade de superar essa concepção ultrapassada que dicotomiza esses
dois aspectos e tenta reuni-los no intuito de compreender o ser psicológico por inteiro.
Quem separa desde o começo o pensamento do afeto fecha para sempre a
possibilidade de explicar as causas do pensamento, porque uma análise
determinista pressupõe descobrir seus motivos, as necessidades e os interesses,
os impulsos e as tendências que regem o movimento do pensamento em um ou
outro sentido. De igual modo, quem separa o pensamento do afeto nega de
antemão a possibilidade de estudar a influência inversa do pensamento no plano
afetivo, volitivo da vida psíquica, porque uma análise determinista desta última
inclui tanto atribuir ao pensamento um poder mágico capaz de fazer depender o
comportamento humano única e exclusivamente de um sistema interno do
indivíduo como transformar o pensamento em um apêndice inútil do
comportamento em uma sombra sua desnecessária e impotente (VYGOTSKY,
1993, p. 25 apud OLIVEIRA E REGO, 2003, p. 18).

A afetividade na educação infantil e assunto muito sério e não pode ser separado do
conhecimento é assim que tem que ser compreendida pelos profissionais desta
modalidade da educação, devendo ser estudado e pesquisado com o objetivo de se
implantar esta visão a respeito da concepção da importância da afetividade em todos os
espaços da educação infantil.

Pois toda a criança é um ser único e tem seu jeito de pensar e agir, por isso é
necessário que a relação professor-aluno seja prazerosa, para que assim ocorra
uma aprendizagem mais satisfatória. Isso irá acontecer mais intensamente se a
afetividade estiver incluída nessa relação, porque a mesma está presente em
todas as esferas de nossa vida no trabalho, no lazer e principalmente na escola.
( SARNOSKI, 2014,p.2 )

E, ao se relacionar, a criança constrói o seu próprio conhecimento baseado naquilo que


percebe do mundo, tanto nos aspectos sociais, culturais e familiares. Propiciando o seu
desenvolvimento cognitivo, social e emocional.

O ensino aprendizagem na Educação Infantil esta intrinsecamente ligada a afetividade


sendo esta possibilitadora e potencializadora de múltiplas aprendizagens nas diversas
linguagens que perpassam o cotidiano e as rotinas que fazem parte das instituições da
Educação Infantil. A afetividade sempre deve estar presente em todos os tempos e
espaços da Educação Infantil de forma permanente.

.3 EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação Infantil e a primeira etapa da educação básica e nela deve ser garantido o
desenvolvimento integral em todos os aspectos da criança de 0 a 5 anos.
As Diretrizes Curriculares da Educação Infantil (MEC, 2010, p.12) definem a Educação
Infantil como sendo:
A primeira etapa da Educação Básica, ofertada em creches e pré-escolas, que tem
as características de espaços institucionais não domésticos, sendo estes
estabelecimentos de educação particulares ou privados que têm como encargo
cuidar e educar crianças de 0 a 5 anos de idade no período-diurno, em jornada
integral ou parcial, e que são regulados e supervisionados por órgão competente
do sistema de ensino e submetidos a controle social.

A definição dada pela Lei de Diretrizes e Base da Educação Brasileira (LDB 9694/96) a
respeito da Educação Infantil e que esta etapa é de primordial importância para o
desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físico, psicológico, cognitivo,
intelectual e social e afirma ainda, que Educação Infantil deve ser a complementação das
ações das famílias e da comunidade, assim, o papel da instituição de Educação Infantil é
propiciar a ampliação das experiências e conhecimentos das crianças.

É de responsabilidade das instituições de ensino socializarem um conhecimento mais


elaborado, fazendo possível a construção da identidade, autonomia, criatividade,
responsabilidade e a formação de cidadania.

A criança, desde pequena, tem necessidade de atenção, de carinho para que possa
construir sua personalidade, seu caráter e sua autonomia. É com base nestas importantes
considerações e que devem convergir as ações e planejamentos de todas as instituições
de Educação Infantil com o intuito de proporcionar as crianças atividades diversificadas e
prazerosas, voltadas para a satisfação de suas necessidades básicas de aprendizagens.
É de responsabilidade das instituições de ensino socializarem um conhecimento mais
elaborado, fazendo possível a construção da identidade, autonomia, criatividade,
responsabilidade e a formação de cidadania.

A vivência do ser criança é um conjunto de fatores que se entrelaçam para sua


aprendizagem, respeitando as etapas do desenvolvimento, contribuindo de maneira
expressiva para a formação humana.

De acordo com o MEC (1998) o cuidar tem uma dimensão muito mais ampla e
abrangente que extrapola as questões assistencialistas de custodia e higiene da criança.
Este cuidar envolve sensibilidade e percepção e afetividade.

Para cuidar é preciso antes de tudo estar comprometido com o outro, com sua
singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas
capacidades. Disso defende a construção de um vínculo afetivo entre quem cuida
e é cuidado (RCNEI, 1998, vol. 01, p.75).

A discursão tem sido muito ampla no que diz respeito ao atendimento as crianças de 0
(zero) a 05 (cinco) anos, a natureza de seus programas, limitações, possibilidades, tendo
sempre como prioridade a concepção da criança como sujeito de direito e que traz
consigo uma história, conhecimento e uma bagagem social e cultural.

3.1 CONCEPÇÔES DE INFÂNCIA E DE CRIANÇA

O caminho percorrido pela Educação Infantil sempre esteve atrelado ao “conceito de


infância” que foi construída pelo homem ao longo da história, e consequentemente as
políticas voltadas para esta faixa etária também estão relacionadas ao conceito de
infância.
Até chegarmos a concepção atual de criança e de infância foi necessário que um longo
caminho fosse percorrido, muitas barreiras e concepções fossem derrubadas e novos
conceitos fossem construídos e estruturados.
Para SARMENTO E PINTO (1997), a criança existe desde o primeiro ser humano, a
referência que fazem à infância e basicamente como uma construção social adquirida aos
longos dos anos e de diferentes formas em cada sociedade.
A história da infância seria então a história da relação da sociedade, da cultura, dos
adultos e segundo KULHAMANN JÚNIOR (2001), considerá-la como sujeito histórico
requer compreender o que se entende por sujeito histórico, compreender o processo
histórico como muito mais complexo.
De acordo com KRAMER (1995), a ideia de infância não existiu sempre e nem da mesma
forma, e somente apareceu com a sociedade capitalista urbana industrial, na medida em
que se deu a sua entrada e o seu papel social na comunidade.
Segundo KRAMER (1995), a criança na sociedade feudal exercia um papel produtivo
direto, ou seja, de adulto, na sociedade burguesa ela passa a ser alguém que precisa ser
cultivada, escolarizada e preparada para atuação futura.
obra clássica de PHILIPPE ÁRIES (1981), faz um retrato fiel da lenta evolução de
algumas formas de pensar ocorridas ao longo dos séculos, envolvendo a trajetória da
concepção de criança. Na idade média, até o século XVll, ainda não estava presente um
sentimento de infância, a criança não era considerada pelas características peculiares de
sua idade, sendo concebidas como “adulto em miniatura”, e em consequência dessa
concepção a partir do momento que tivesse condição de viver sem os cuidados de sua
mãe ou ama, passava a fazer parte da sociedade adulta, não mais sendo diferente
destes.
Até o século XVII, a mortalidade infantil era muito grande em consequência das péssimas
condições de saúde e higiene. As crianças que sobreviviam atem determinada idade só
passavam a ter identidade própria, quando se assemelhavam aos adultos em realizações
de tarefas executadas pelos mesmos. Um sentimento de infância somente era reservado
à criança da elite, mesmo assim, somente até o momento em que a criança, por sua
graça ou ingenuidade, se tornava uma fonte de distração para o adulto, sendo distinguida
pelo sentimento de paparicação.

Mesmo a criança sendo vista de forma diferenciada, ainda persistia, segundo LOUZADA
(2000), a ideia de que ela era um adulto em miniatura, pois, ao completar sete anos era
inserido na rotina dos adultos, apesar de os meninos burgueses, terem sidos
reconhecidos como uma entidade separada do adulto.

Segundo ÁRIES (1981), a partir do século XVII, houve uma mudança considerável no
modo de “ver” a criança. Isso quer dizer que, a criança deixou de ser misturada aos
adultos e aprender a vida, diretamente, mediante o contato com eles. Ela passou a
frequentar a escola, separada dos adultos. Nesse período, definiram-se como rumos da
educação, corrigir as crianças, que, acreditavam-se, nasciam sob o estigma do pecado, e
guia-las para o caminho do bem. Formou-se o sentimento de infância que viria inspirar
toda educação até o século XX.

Atualmente acompanhando as mudanças na concepção de educação infantil ocorreram


também mudanças na concepção de criança e infância, a criança deixou de ser
considerada como um ser sem conhecimentos prévios,sem bagagem cultural.
Kramer afirma que a criança e um ser histórico e social. Que tem direito e produz cultura.
“Crianças são sujeitos sociais e históricos, marcadas, portanto, pelas contradições das
sociedades em que estão inseridas. A criança não se resume a ser alguém que não é, mas
que se tornará (adulto, no dia em que deixar de ser criança). Reconhecemos o que é
específico da infância: seu poder de imaginação, a fantasia, a criação, a brincadeira
entendida como experiência de cultura. Crianças são cidadãs, pessoas detentoras de
direitos, que produzem cultura e são nela produzidas. Esse modo de ver as crianças
favorece entendê-las e também ver o mundo a partir do seu ponto de vista. A infância, mais
que estágio, é categoria da história: existe uma história humana porque o homem tem
infância”. (Kramer,2007, p. 15)

De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI),


(MEC,1998, pg.21)

A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada
cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo
meio social em que se desenvolve, mas também a marca. A criança tem na
família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da
multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais.

A atual concepção de criança como sujeita de direito e que já traz consigo saberes e
conhecimento faz com que seja necessária uma proposta de Educação Infantil de acordo
com esta nova concepção, proposta esta que deve englobar um ensino aprendizagem
que seja contemplado através das interações com a afetividade.

3 CONCLUSÃO

Com este estudo verificou-se que a escola a afetividade desempenha um papel muito
importante no desenvolvimento integral da criança inclusiva reconhece as diferenças dos
alunos diante do processo educativo e busca a participação e o progresso de todos,
adotando novas práticas pedagógicas. Não é fácil e imediata a adoção dessas, pois elas
dependem de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que essa escola
possa se concretizar, é patente a necessidade de atualização e desenvolvimento de
novos conceitos, assim como a redefinição e aplicação de alternativas e inovações
pedagógicas e educacionais compatíveis com a inclusão.

Muitos momentos dentro da escola inclusiva vêm sendo vistos com maturidade, existe
aquele que não querem ver banalizando e ignorando fatos importantes da vida escolar do
aluno seja ele com NEE (Necessidades Educativas Especiais) ou não. De qualquer forma
duas décadas de ajuste permitem reconhecer que, ainda que os grandes problemas
subsistam, os sistemas educacionais são hoje, no Brasil são menos excludente que
alguns anos atrás.
O objetivo do processo de ensino e aprendizagem é que todas as crianças desenvolvam
suas capacidades físicas e intelectuais, seu pensamento independente e criativo, tendo
em vista tarefas teóricas e práticas, de modo que se preparem para viver em sociedade.
Foi oportunizada a percepção que o AEE não é para propiciar outra educação e sim
suplementar a educação oportunizada no ensino regular colaborando para o
desenvolvimento do aluno e esta oferta é feita no contraturno.

Por fim na concluiu-se que mesmo com todas as legislações que apregoam a escola
inclusiva e os debates e discussões que tem ocorrido a respeito do assunto ainda e muito
difícil se encontrar uma escola onde a inclusão permeie todos os seus espaços esteja
entrelaçada as ações ocorridas no seu cotidiano, mas foi percebido que muitas
instituições estão caminhando nesta direção.

Houveram avanços significativos no Brasil no campo da educação escolar inclusiva,


mas, também houve retrocesso que se não forem corrigidos podem levar a volta da
segregação

Para que a escola inclusiva se torne realidade e necessário que toda a comunidade
escolar se aproprie da importância da escola para todos e adotem novas práticas
educativas e rompam com os velhos paradigmas carregados de preconceitos e ideias
deturpadas a respeito da inclusão e que os nossos legisladores e governantes se
apropriem da importância da educação escolar inclusiva sendo bastante criteriosos
quando fizerem leis que comtemplem esta questão.
4 REFERÊNCIAS

COSTA, Gisele M. T. da, A Ressignificação do Projeto Político-Pedagógico na Escola: das


necessidades às ações. Getúlio Vargas: IDEAU, 2010.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia; Saberes necessários a prática educativa. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.

GALVÃO, I. A Criança, esta pessoa abrangente. Revista Criança. São Paulo: Ministério da
Educação. P. 3-7. Dez.1999.

SARNOSKI, Eliamara Aparecida. Afetividade no processo ensino- aprendizagem. REI.


Revista de Educação do IDEAU, Vol. 9 – Nº 20 - Julho - Dezembro 2014 Semestral. ISSN:
1809-6220

WALLON, Henri. A Evolução Psicológica da Criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

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