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Universidade de Brasília

Instituto de Letras
Departamento de Teoria Literária e Literatura
Literatura Brasileira - Barroco e Arcadismo
Prof. Pedro Mandagará
Bruna Ribeiro Basso
12/0156407

Análise de "Meu destino é ser onça" de Alberto Mussa

Meu destino é ser onça apresenta a narração da criação do mundo aos olhos dos
tupinambá e a analisa filosoficamente, discorrendo sobre elementos como a prática canibalista,
explicações científicas para fenêmenos da natureza, proximidade com outras escrituras, entre
outros. Mussa defina o mito tupinambá como "uma autêntica epopéia mítica, que tinha a
mesma complexidade, a mesma importância, a mesma grandeza de suas congêneres".

De acordo com o autor, há registros de habitação humana na Amazônia a pelo


menos 11 mil anos. Esses povos, ao longo do tempo, adquiriram diversos conhecimentos a
respeito do habitat e suas culturas foram se desenvolvendo profundamente influenciadas por
esses conhecimentos. É perceptível a presença de explicações mitológicas para fenômenos
científicos e outros elementos presentes na natureza. Há teorias para a criação do sol, da lua, as
estrelas, a origem do mar e o porque ele é salgado, as tempestades e raios, tudo era explicado
pela mitologia.

Podem ser encontradas diversas semelhanças entre o mito tupinambá e a história


bíblica. A presença do Velho que criou o Universo, salvou um de seus filhos e destruiu a
humanidade, o dilúvio, a virgem que engravidou, o casal que tem dois filhos que entram em
conflito, um mensageiro que tinha acesso ao céu e "começou a organizar a vida humana, a
ensinar aos homens as coisas que eram boas", entre diversos outros exemplos que se
assemelham aos escritos do cristianismo. Esse mensageiro é quem os ensina a cozinhar os
alimentos e o processo de cozimento, a manipulação do fogo, é o que diferencia os homens dos
animais. Há outras semelhanças presentes nas histórias, mas obviamente, contadas de maneiras
muito distintas.

Ao final do livro, o autor analisa filosoficamente a prática canibalista, de acordo com


elementos presentes na narrativa dos tupinambá. Ele explica que o título do livro, Meu destino é
ser onça, não foi escolhido por acaso, pois o mito é uma "exaltação aos valores canibais". Ele
demonstra que, de alguma maneira, o conceito de mal é eliminado pela prática canibalista, pois
ao fazer o mal, se fazia o bem. Não me apronfundarei nos detalhes do assunto, mas o autor
apresenta a tese de maneira muito clara neste capítulo.

A história dos tupinambá se mostra muito rica em metáforas e explicações para


elementos da natureza, variedade de espécies (transformação de humanos em outras espécies),
entre outros. Um dos aspectos importantes da narrativa mítica é, de acordo com o autor, "a
busca simultânea de concisão e profundidade, o máximo de conteúdo com um mínimo de
expressão". O mito, ao mesmo tempo que exerce sua função estética, revela "um discurso
teórico, que explica ou defende uma certa tese sobre o homem ou a natureza".

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