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Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
PROCESSO Nº TST-RR-10253-03.2013.5.03.0028
Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 1001381FAF6E9CAACA.
A C Ó R D Ã O
(8ª Turma)
GMMCP/lpb/ls
PROCESSO Nº TST-RR-10253-03.2013.5.03.0028
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artigo 4º da CLT. Secundum legem, o
tempo de serviço é computado a partir da
disponibilidade da força de trabalho, e
não, exclusivamente, da prestação
efetiva do serviço.
V O T O
I – AGRAVO DE INSTRUMENTO
1 - CONHECIMENTO
2 - MÉRITO
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.
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O recurso é próprio, tempestivo (acórdão publicado no DEJT em
13/10/2015; recurso interposto em 21/10/2015), devidamente preparado e
regular a representação processual.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
DURAÇÃO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS / CONTAGEM
DE MINUTOS RESIDUAIS.
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO /
REINTEGRAÇÃO/READMISSÃO OU INDENIZAÇÃO / MEMBRO DE
CIPA.
Examinados os fundamentos do acórdão, constato que o recurso, em
seus temas e desdobramentos, não demonstra divergência jurisprudencial
válida e específica, nem contrariedade a Súmula de jurisprudência uniforme
do TST ou Súmula Vinculante do STF, tampouco violação literal e direta de
qualquer dispositivo de lei federal e/ou da Constituição da República, como
exigem as alíneas "a" e "c" do art. 896 da CLT.
O pedido de revisão acarretaria a reapreciação de fatos e provas, o que
tem empecilho na Súmula 126 do TST, ficando, consequentemente,
prejudicada a verificação das supostas infringências apontadas.
Por sua vez, são inespecíficos os arestos válidos colacionados a
respeito dos minutos residuais, inclusive porque se deu provimento parcial
para excluir da condenação 8 minutos anteriores ao início da jornada
(Súmula 296 do TST).
CONCLUSÃO
DENEGO seguimento ao recurso de revista.
(fls. 861/862 – grifos acrescidos)
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do ADCT” (fl. 858). Apontou violação aos artigos 431, 818 da CLT, 333
do CPC, 5º, II, 7º, XXVI, da Constituição da República. Em Agravo de
Instrumento, renova as razões do Recurso denegado.
Por vislumbrar ofensa ao art. 431 da CLT, dou
provimento ao Agravo de Instrumento para determinar o processamento do
Recurso de Revista, publicando-se certidão, para efeito de intimação das
partes, dela constando que o julgamento do Recurso dar-se-á na primeira
sessão ordinária subsequente à data da publicação, nos termos da
Resolução Administrativa nº 928/2003 desta Corte.
II – RECURSO DE REVISTA
a) Conhecimento
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De acordo com o estabelecido no item 5.6.3 da NR 5 do Ministério do
Trabalho e Emprego, que regulamenta a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes, "o número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a
ordem decrescente de votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no
Quadro I desta NR" (ID 111551 - Pág. 1), que leva em consideração o número de
empregados e a atividade econômica do estabelecimento.
No caso dos autos, à época da convocação para eleição da CIPA na reclamada
para a gestão 2012/2013, que se deu em 24/9/2012 conforme edital de ID 169995, a
reclamada possuía 313 empregados (CAGED, ID 170007).
Como se percebe pela análise da lista de empregados da época (ID 170009), 4
constam como aposentados, totalizando, portanto, 309 empregados, número a ser
considerado para dimensionamento da CIPA, nos termos da NR 5 do MTE.
Isso porque os aprendizes não são excluídos da contagem como pretende a ré,
pois se enquadram no conceito de empregado previsto no art. 3º da CLT, empregado
este que é contratado por meio de um contrato especial, de aprendizagem.
Portanto, se o quadro I da NR 5 prevê que, para empresas do setor de veículos
(C-16), com um total de 301 a 500 empregados, devem ser eleitos 9 membros, sendo
5 efetivos e 4 suplentes, a reclamada não poderia ter empossado apenas 7 membros
representantes eleitos pelos empregados (ID 170002 - Pág. 1).
E, tendo o autor obtido o 8º lugar na eleição (ID 250709), tinha direito à posse
como membro suplente da CIPA, fazendo jus à garantia de emprego prevista no art.
10, II, a, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT, pelo que lhe
é devida a indenização substitutiva da estabilidade nos termos deferidos em
sentença (ID 58e8a83 - Pág. 2).
Ressalte-se que o fato de ter havido homologação da rescisão sem ressalva do
sindicato quanto à eventual estabilidade a que teria direito o autor não retira deste o
direito de pleiteá-la em juízo.
Nego provimento.
(fls. 833/834 – grifos acrescidos)
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regulamentação de que trata o parágrafo único do artigo anterior. (Redação dada
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
(...)
b) Mérito
II – TEMPO À DISPOSIÇÃO
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Pelo relato das testemunhas, ressaltando-se que a testemunha Erli não soube
informar, com a precisão demonstrada por José, o tempo gasto antes e após a
jornada contratual, entendo que o depoimento de José é mais convincente. Ainda,
considerando o depoimento pessoal do autor, que informou que despendia do
vestiário até o local do registro do ponto apenas 2 minutos, ficou demonstrado que o
autor chegava mais cedo à empresa, em média, 22 minutos e saía 30 minutos após a
jornada registrada, devendo tal tempo ser considerado à disposição do empregador.
Pelo exposto, dou provimento parcial para excluir da condenação 8 minutos
anteriores ao início da jornada a título de minutos residuais.
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da disponibilidade da força de trabalho, e não, exclusivamente, da
prestação efetiva do serviço.
Em razão da impossibilidade de reformatio in pejus,
deve ser mantida a decisão proferida pela Corte Regional no tópico.
Não há no acórdão regional nenhuma menção a norma
coletiva que disponha sobre a remuneração dos minutos residuais, assim,
resta ausente o prequestionamento nos termos da Súmula nº 297 do TST.
É impertinente a invocação dos artigos 818 da CLT e
333 do CPC, uma vez que não foi aplicada a regra de distribuição do ônus
da prova pela Corte de origem, mas o acórdão fundou-se nas provas dos
autos.
Os arestos colacionados à fl. 853 tratam
exclusivamente da aplicação da regra de distribuição do ônus da prova
no caso de análise de horas extras, forma de decidir que não foi adotada
pelo acórdão recorrido.
Restam incólumes os dispositivos invocados.
Pelo exposto, não conheço.
ISTO POSTO
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MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI
Ministra Relatora
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