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Relatório dos principais julgamentos nos âmbitos do

RELATÓRIO SEMESTRAL Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de


2/2017 SCMD BRASÍLIA Justiça e Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais, bem como dos mais relevantes atos dos
Poderes Executivo e Legislativo.
Com atuação de destaque desde a sua fundação, em 17
de agosto de 1994, o Sacha Calmon - Misabel Derzi
Consultores e Advogados (SCMD) é referência nacional
em Direito Tributário e possui equipe composta por
profissionais altamente qualificados, que se destacam
pela formação e atuação nas mais prestigiadas
universidades do Brasil e do mundo.

O SCMD é constantemente apontado Mercado Financeiro, Comércio


por revistas especializadas como um Atacadista, Construção Civil,
dos escritórios mais admirados do País. Previdência Privada e Transportes.
Nos últimos anos, o Escritório e seus
sócios também se destacaram por Como resultado do zelo que tem, o
menções nas prestigiadas publicações Escritório consolidou no presente
britânicas Chambers and Partners relatório decisões julgadas ou
Global e Chambers and Partners Latin publicadas no segundo semestre de
America, as mais importantes 2017 que considerou de maior
certificadoras jurídicas internacionais. relevância, bem como os principais atos
editados pelos Poderes Executivo e
Especializado em Direito Tributário, o Legislativo em matéria tributária.
Escritório atua no Contencioso Judicial
e Administrativo, bem como em O relatório divide-se segundo o órgão
Consultoria e Elaboração de Pareceres, responsável. Após, apresentam-se os
atendendo empresas de diversos assuntos genéricos de que tratam os
setores da economia, em especial nos respectivos julgados e atos, relatando-
segmentos de Telecomunicações, os em seguida.
Siderurgia, Mineração, Petróleo e
Petroquímica, Energia Elétrica,
APRESENTAÇÃO
As discussões atinentes à matéria fiscal recebem um acurado cuidado por parte dos
contribuintes brasileiros. Isso porque, juntamente com outros gastos correntes, os
tributos têm impacto direto nas finanças das pessoas físicas e jurídicas.

Assim, em 2014, o SCMD observou a necessidade de produzir um relatório consolidado


com os principais julgamentos proferidos pelo Supremo Tribunal Federal, Superior
Tribunal de Justiça e Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, buscando melhor
informar seus clientes e futuros parceiros sobre as atuais interpretações dos
dispositivos tributários nacionais.

Inobstante o sucesso da empreitada, notou-se espaço para melhorias, especialmente


em relação às novas prescrições normativas que surgem diariamente em matéria fiscal,
seja discernindo antigos institutos tributários, seja criando regimes legais.

Nesse sentido, indica-se estudo 1 divulgado neste ano pelo Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação acerca da produção normativa promovida nos 28 anos que
se seguiram da promulgação da Constituição Federal de 1988. No período entre 1988
e 2016, foram editadas 5,4 milhões de normas, sendo que do total de normas editadas
cerca de 6,65% se referem ao direito tributário, resultando em 363.779 normas (31.221
federais, 110.610 estaduais e 221.948 municipais), das quais cada uma possui, em
média, 11,23 artigos. Essa quantidade, dividida pelos dias úteis do período, resulta na
média de 45 normas tributárias/dia útil. Além disso, segundo o estudo, uma empresa
brasileira deve seguir em média 3.796 normas tributárias (42.633 artigos), o que
ocasiona em gastos que giram em torno de R$ 60 bilhões por ano com pessoal, sistema
e equipamentos para acompanhar as modificações propostas pelos referidos diplomas
legais.

Outrossim, indica-se que, de acordo com o Banco Mundial e a PwC (Paying Taxes
2018),2 o Brasil permanece como o país em que o contribuinte mais gasta tempo com
pagamentos de tributos no mundo (1.958 horas anuais), além de continuar muito à
frente do segundo colocado, a Bolívia, em que o contribuinte gasta 1.025 horas anuais
para adequar-se à legislação fiscal. Dessa forma, o acompanhamento de novos
dispositivos normativos revela-se extremamente necessário para o contribuinte
brasileiro.

A par do exposto, no âmbito do Judiciário, especialmente diante das mudanças


promovidas pelo Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) na sistemática
dos julgamentos de recursos repetitivos e dotados de repercussão geral, em que
decisões em processos subjetivos acabam por ter efeitos expansivos, percebeu-se a
necessidade de apresentar um olhar abrangente desses dois institutos. Assim,

1
INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO E TRIBUTAÇÃO. Quantidade de
normas editadas no Brasil: 28 anos da Constituição Federal de 1988. Disponível em
<https://ibpt.com.br/noticia/2603/Brasil-edita-cerca-de-800-normas-por-dia-somando-5-4-
milhoes-desde-a-Constituicao-de-1988> Acesso em: 03 de julho de 2017.
2
WORLD BANK; PWC. Paying Taxes 2018. Disponível em:
<https://www.pwc.com/gx/en/services/tax/publications/paying-taxes-2018.html> Acesso
em: 11 de dezembro de 2017.
representou-se os dados colhidos neste segundo semestre de 2017, divulgando quadros
que descrevem o tratamento dos institutos pelos respectivos Tribunais Superiores.

Nesse sentido, as estatísticas elaboradas visaram representar a produtividade das


Cortes, bem como a sua atuação em discussões fiscais, focando nos temas debatidos e
na posição dos julgadores.

No tocante ao parâmetro utilizado nos quadros estatísticos, destaca-se que processos


que foram apregoados pelo Presidente da sessão de julgamento e, em seguida, adiados
por indicação do Relator, não foram considerados no cálculo dos julgamentos não
finalizados. Ainda, foi considerado finalizado o julgamento de mérito de recurso com
repercussão geral reconhecida quando pendente ainda a fixação de tese, ou quando
apenas resolvida questão de ordem.

Cabe, por fim, ressaltar que a substituição do paradigma ou a seleção de outro processo
com fundamento em idêntica controvérsia, para melhor delimitar o tema ou mesmo
sanar a ausência de condições de admissibilidade de um recurso, referente à questão
já submetida à afetação, não alterou os números do instituto, tendo em vista que se
tem por relevante a questão jurídica estabelecida, e não o caso concreto e suas
idiossincrasias.

Desse modo, o presente relatório é fruto de um espírito comum que move o SCMD e
seus colaboradores: a eterna avidez para se atualizar e manter-se como um dos mais
admirados escritórios do país.
ABREVIATURAS E SIGLAS UTILIZADAS

ABGF: Agência Brasileira Gestora de Fundos


Garantidores e Garantias S.A. ATA: Admissão Temporária

AC: Ação Cautelar AUDIT: Coordenação-Geral de Auditoria


Interna e Gestão de Riscos
ACO: Ação Cível Originária
AVA: Acordo de Valoração Aduaneira
ADCT: Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias BACEN: Banco Central do Brasil

ADENE: Agência de Desenvolvimento do BacenJud: Sistema de Bloqueio de Valores


Nordeste em Tempo Real

ADI: Ação Direta de Inconstitucionalidade BAHIAPLAST: Programa Estadual de


Desenvolvimento da Indústria de
ADI/RFB: Ato Declaratório Interpretativo da Transformação Plástica do Estado da Bahia
Receita Federal do Brasil
BM&F: Bolsa de Mercadorias e Futuros
ADPF: Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
AFRMM: Adicional ao Frete para Renovação
da Marinha Mercante BOVESPA: Bolsa de Valores de São Paulo

Ag: Agravo de Instrumento CA: Conselho Administrativo

AgInt: Agravo Interno CADE: Conselho Administrativo de Defesa


Econômica
AgRg: Agravo Regimental
CAFIR: Cadastro de Imóveis Rurais
AGU: Advocacia-Geral da União
CARF: Conselho Administrativo de Recursos
AI: Arguição de Inconstitucionalidade Fiscais

ALADI: Associação Latino-Americana de CASTF: Coordenação de Atuação Judicial


Integração perante o Supremo Tribunal Federal

AME: Atrofia Muscular Espinal CAT: Coordenação-Geral de Assuntos


Tributários
ANCINE: Agência Nacional do Cinema
CBTU: Companhia Brasileira de Trens
ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica Urbanos

ANERMB: Associação Nacional de Entidades CEBAS: Certificado de Entidade Beneficente


Representativas de Policiais Militares e de Assistência Social
Bombeiros Militares
c/c: combinado com
ANVISA: Agência Nacional de Vigilância
Sanitária CCR: Convênio de Pagamentos e Créditos
Recíprocos
ANP: Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis CC/2002: Código Civil (Lei nº 10.406/2002)

AR: Ação Rescisória CDA: Certidão de Dívida Ativa da União

ARE: Agravo em Recurso Extraordinário CDB: Certificado de Depósito Bancário

AREsp: Agravo em Recurso Especial CD-ROM: Compact Disc Read-Only Memory

Art.: Artigo CEF: Caixa Econômica Federal


COFINS: Contribuição para o Financiamento
CE-Mercante: Conhecimento Eletrônico da Seguridade Social
Mercante
COGEP: Coordenação-Geral de Gestão de
CEHAB: Companhia Estadual de Habitação Pessoas
Popular
CONAB: Companhia Nacional de
CELPE: Companhia Energética de Abastecimento
Pernambuco
CONDECINE: Contribuição para o
CEST: Código Especificador da Substituição Desenvolvimento da Indústria
Tributária Cinematográfica Nacional

CETESP: Companhia Ambiental do Estado de CONFAZ: Conselho Nacional de Política


São Paulo Fazendária

CF/1967: Constituição da República COSIF: Plano Contábil das Instituições do


Federativa do Brasil de 1967 Sistema Financeiro Nacional

CF/1988: Constituição da República COSIT: Coordenação-Geral de Tributação


Federativa do Brasil de 1988
COTEPE: Comissão Técnica Permanente do
CF-e: Cupom Fiscal Eletrônico Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
CFEM: Compensação Financeira pela de Serviços de Transporte Interestadual e
Exploração de Recursos Minerais Intermunicipal e de Comunicação

CIDE: Contribuição de Intervenção no CP: Código Penal


Domínio Econômico
CPC: Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CIEX: Comissão de Incentivo às Exportações
CPC/1973: Código de Processo Civil (Lei nº
CLT: Consolidação das Leis Trabalhistas 5.869/1973)

CMED: Câmara de Regulação do Mercado de CPC/2015: Código de Processo Civil (Lei nº


Medicamentos 13.105/2015)

CMN: Conselho Monetário Nacional CPF: Cadastro de Pessoa Física

CN: Congresso Nacional CPL: Custo de Produção mais Lucro

CND: Certidão Negativa de Débito CPRB: Contribuição Previdenciária sobre a


Receita Bruta
CNIR: Cadastro Nacional de Imóveis Rurais
CPSS: Contribuição para o Plano de
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoas Seguridade Social do Servidor
Jurídicas
CRD: Controle de Remessa de Documentos
COANA: Coordenação-Geral de
Administração Aduaneira CRJ: Coordenação-Geral da Representação
Judicial da Fazenda Nacional
CODAC: Coordenação-Geral de Arrecadação
e Cobrança CRS: Common Reporting Standard

CODIP: Coordenação-Geral de Operações da CRT: Conhecimento Internacional de


Dívida Pública Transporte Rodoviário

COE: Central de Operações Estaduais CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro


Líquido
COFIEX: Comissão de Financiamentos
Externos CSRF: Câmara Superior de Recursos Fiscais
CTSJ: Crédito Tributário Sub Judice
EAg: Embargos de Divergência em Agravo
CST: Coordenação do Sistema de Tributação
EAREsp: Embargos de Divergência em
CTN: Código Tributário Nacional (Lei nº Agravo em Recurso Especial
5.172/1966)
EC: Emenda Constitucional
CVM: Comissão de Valores Mobiliários
ECD: Escrituração Contábil Digital
DAA: Declaração de Ajuste Anual
ECE: Empresa Comercial Exportadora
DACON: Demonstrativo de Apuração de
Contribuições Sociais ECF: Escrituração Contábil Fiscal

DARF: Documento de Arrecadação de ECT: Empresa Brasileira de Correios e


Receitas Federais Telégrafos

DAU: Dívida Ativa da União EDcl: Embargos de Declaração

DCR: Declaração para Cadastro Rural EFD: Escrituração Fiscal Digital

DCTF: Declaração de Débitos e Créditos EFD-Reinf: Escrituração Fiscal Digital de


Tributários Federais Retenções e Outras Informações Fiscais

DCTFWeb: Declaração de Débitos e Créditos EFPC: Entidades Fechadas de Previdência


Tributários Federais Web Complementar

DEMAC: Delegacia Especial de Maiores EIRELI: Empresa Individual de


Contribuintes Responsabilidade Limitada

DIPJ: Declaração de Rendimentos da Pessoa ELETROACRE: Companhia de Eletricidade


Jurídica do Acre

DIRF: Declaração do Imposto sobre a Renda EPI: Equipamento de Proteção Individual


Retido na Fonte
EREsp: Embargos de Divergência em Recurso
DIRPF: Declaração do Imposto de Renda da Especial
Pessoa Física
eSocial: Sistema de Escrituração Digital das
DITR: Declaração do Imposto sobre a Obrigações Fiscais, Previdenciárias e
Propriedade Rural Trabalhistas

DJE: Diário de Justiça Eletrônico FAT: Fundo de Amparo ao Trabalhador

DL: Decreto-Lei FCO: Fundo Constitucional de Financiamento


do Centro-Oeste
DME: Declaração de Operações Liquidadas
com Moeda em Espécie FCONT: Controle Fiscal Contábil de
Transição
DMED: Declaração de Serviços Médicos
FGTS: Fundo de Garantia do Tempo de
DNPM: Departamento Nacional de Produção Serviço
Mineral
FIDC: Fundos de Investimento em Direitos
DOU: Diário Oficial da União Creditórios

DRF: Delegacia da Receita Federal FINAM: Fundo de Investimentos da


Amazônia
DRJ: Delegacia de Julgamento
FINOR: Fundo de Investimento do Nordeste
e-CAC: Centro Virtual de Atendimento ao
Contribuinte FINSOCIAL: Fundo de Investimento Social
GILRAT: Grau de Incidência de Incapacidade
FIP: Fundos de Investimento em Laborativa Decorrente dos Riscos do Ambiente
Participações de Trabalho

FMM: Fundo da Marinha Mercante GLP: Gás Liquefeito de Petróleo

FMS: Fundo Municipal de Saúde GPS: Guia da Previdência Social

FN: Fazenda Nacional GRU: Guia de Recolhimento da União

FNAS: Fundo Nacional de Assistência Social HC: Habeas Corpus

FNDE: Fundo Nacional de Desenvolvimento HEMOBRÁS: Empresa Brasileira de


da Educação Hemoderivados e Biotecnologia

FNE: Fundo Constitucional de Financiamento HP: Horse Power


do Nordeste
HUB: Centro Internacional de Conexões de
FNO: Fundo Constitucional de Financiamento Voos
do Norte
IAC: Incidente de Assunção de Competência
FOB: Free on Board
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e
FOMENTAR: Fundo de Participação e Estatística
Fomento à Industrialização do Estado de Goiás
ICC-WCF: International Chamber of
FPAS: Fundo da Previdência e Assistência Commerce - World Chambers Federation
Social
ICM: Imposto sobre Operações relativas à
FPE: Fundo de Participação dos Estados e do Circulação de Mercadorias realizadas por
Distrito Federal Produtores Industriais ou Comerciantes

FPM: Fundo de Participação dos Municípios ICMS: Imposto sobre Operações relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
FRGPS: Fundo do Regime Geral de de Serviços de Transporte Interestadual e
Previdência Social Intermunicipal e de Comunicação

FUNCINE: Fundo de Financiamento da ICMS-ST: Imposto sobre Operações relativas


Indústria Cinematográfica Nacional à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações
de Serviços de Transporte Interestadual e
FUNDAF: Fundo Especial de Intermunicipal e de Comunicação em
Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Substituição Tributária
Atividades de Fiscalização
IDV: Instituto para Desenvolvimento do
FUNDEB: Fundo de Manutenção e Varejo
Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação IED: Investimento Estrangeiro Direto

FUNRES: Fundo de Recuperação Econômica II: Imposto de Importação


do Estado do Espírito Santo
IN: Instrução Normativa
FUNRURAL: Fundo de Assistência ao
Trabalhador Rural INCRA: Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária
GATT: General Agreement on Tariffs and
Trade (Decreto nº 1.355/1994) INFRAERO: Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária
GAV: Gasolina de Aviação
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social
GFIP: Guia de Recolhimento do FGTS e de
Informações à Previdência Social IOF: Imposto sobre Operações Financeiras
IPCA-E: Índice Nacional de Preços ao MP: Medida Provisória
Consumidor Amplo Especial
MPAS: Ministério da Previdência e
IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados Assistência Social

IPTU: Imposto Predial e Territorial Urbano MS: Mandado de Segurança

IPVA: Imposto sobre a Propriedade de MUP: Método das Unidades Produzidas


Veículos Automotores
MVA: Margem de Valor Agregado
IR: Imposto de Renda
MVC: Medidor Volumétrico de Combustíveis
IRDR: Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas Nº: Número

IRPF: Imposto de Renda Pessoa Física NBS: Nomenclatura Brasileira de Serviços,


Intangíveis e outras Operações que Produzam
IRPJ: Imposto de Renda Pessoa Jurídica Variações no Patrimônio

IRRF: Imposto de Renda Retido na Fonte NCM: Nomenclatura Comum do MERCOSUL

ISSQN: Imposto sobre Serviços de Qualquer NIRF: Número do Imóvel na Receita Federal
Natureza
NVE: Nomenclatura de Valor Aduaneiro e
ITBI: Imposto de Transmissão de Bens Estatística
Imóveis
OCDE: Organização para a Cooperação e
ITR: Imposto sobre a Propriedade Territorial Desenvolvimento Econômico
Rural
OEA: Operador Econômico Autorizado
JCP: Juros sobre Capital Próprio
OMA: Organização Mundial das Alfândegas
JEO: Junta de Execução Orçamentária
PAC: Programa de Aceleração do Crescimento
LABRA/AGU: Laboratório de Recuperação
de Ativos da Advocacia-Geral da União PAF: Processo Administrativo Fiscal

LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real PARR: Procedimento Administrativo de


Reconhecimento de Responsabilidade
LC: Lei Complementar
PASEP: Programa de Formação do
LDO: Lei de Diretrizes Orçamentárias Patrimônio do Servidor Público

LEF: Lei de Execuções Fiscais PAT: Programa de Alimentação do


Trabalhador
LOMAN: Lei Orgânica da Magistratura
Nacional (LC nº 35/2009) PDV: Programa de Desligamento Voluntário

LTCAT: Laudo Técnico de Condições PEE: Programa de Eficiência Energética das


Ambientais do Trabalho Empresas de Distribuição

MC: Medida Cautelar PERC: Pedido de Revisão de Ordem de


Emissão de Incentivos Fiscais
MEP: Método de Equivalência Patrimonial
PER/DCOMP: Programa Pedido de
MERCOSUL: Mercado Comum do Sul Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e
Declaração de Compensação
MF: Ministério da Fazenda
PERT: Programa Especial de Regularização
MIC-DTA: Manifesto Internacional de Cargas Tributária
– Declaração de Trânsito Aduaneiro
PF: Pessoa Física
PGA: Procurador-Geral Adjunto QAV: Querosene de Aviação

PGBC: Procuradoria-Geral do Banco Central RAT: Risco Ambiental do Trabalho

PGD: Programa Gerador da DIRF RCD: Pedido de Reconsideração

PGF: Procuradoria-Geral Federal Rcl: Reclamação

PGFN: Procuradoria-Geral da Fazenda RDC: Resolução da Diretoria Colegiada


Nacional
RE: Recurso Extraordinário
PGR: Procuradoria-Geral da República
RECINE: Regime Especial de Tributação para
PIC: Preços Independentes Comparados Desenvolvimento da Atividade de Exibição
Cinematográfica
PIS: Programa de Integração Social
RECOF: Regime Aduaneiro Especial de
PJ: Pessoa Jurídica Entreposto Industrial sob Controle
Informatizado
PL: Projeto de Lei
RECOPI NACIONAL: Sistema de Registro e
PLR: Participação nos Lucros e Resultados Controle das Operações com Papel Imune
Nacional
PMC: Preço Máximo ao Consumidor
REDEX: Recinto Especial para Despacho
PN: Parecer Normativo Aduaneiro de Exportação

PND: Programa Nacional de Desestatização REDIT: Regime Especial Tributário para a


Indústria de Defesa
PPCAAM: Programa de Proteção a Crianças e
Adolescentes Ameaçados de Morte REFRI: Regime Especial de Tributação de
Bebidas Frias
PPI: Programa de Parcerias de Investimento
REIDI: Regime Especial de Incentivos para o
PR: Patrimônio de Referência Desenvolvimento da Infraestrutura

PRD: Programa de Regularização de Débitos REINTEGRA: Regime Especial de


não Tributários Reintegração de Valores Tributários para as
Empresas Exportadoras
PREVIC: Superintendência Nacional de
Previdência Complementar REPETRO: Regime Aduaneiro Especial de
Exportação e de Importação de Bens que se
PRL: Preço de Revenda menos Lucro destinam às Atividades de Pesquisa e de
Lavradas Jazidas de Petróleo e Gás Natural
PRODEMGE: Companhia de Tecnologia da
Informação do Governo de Minas Gerais REPORTO: Regime Tributário para Incentivo
à Modernização e à Ampliação da Estrutura
PROSUS: Programa de fortalecimento das Portuária
entidades privadas filantrópicas e das
entidades sem fins lucrativos que atuam na RERCT: Regime Especial de Regularização
área da saúde Cambial e Tributária

PRR: Programa de Regularização Tributária REsp: Recurso Especial


Rural
RET: Regime Especial de Tributação
PRT: Programa de Regularização Tributária
RFB: Receita Federal do Brasil
PSS: Plano de Seguridade do Servidor
RG: Repercussão Geral
PTR: Preferência Tarifária Regional entre
países da ALADI RGPS: Regime Geral da Previdência Social
RICARF: Regimento Interno do Conselho SEM Barreiras: Sistema Eletrônico de
Administrativo de Recursos Fiscais Monitoramento de Barreiras às Exportações

RIPI: Regulamento do Imposto sobre SENAC: Serviço Nacional de Aprendizagem


Produtos Industrializados Comercial

RIR/1999: Regulamento do Imposto de SENAI: Serviço Nacional de Aprendizagem


Renda (Decreto nº 3.000/1999) Industrial

RISTF: Regimento Interno do Supremo SENAR: Serviço Nacional de Aprendizagem


Tribunal Federal Rural

RISTJ: Regimento Interno do Superior SENAT: Serviço Social do Transporte e


Tribunal de Justiça Serviço Nacional de Aprendizagem do
Transporte
RJU: Regime Jurídico Único
SESC: Serviço Social do Comércio
RMS: Recurso em Mandado de Segurança
SESI: Serviço Social da Indústria
RPPS: Regime Próprio de Previdência Social
SEST: Serviço Social do Transporte
RPV: Requisição de Pequeno Valor
SGCAGU: Sistema de Governança
RRF: Regime de Recuperação Fiscal Corporativa da Advocacia-Geral da União e da
Procuradoria-Geral Federal
RTE: Regime de Tributação Especial de
Bagagem SH: Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias
RTS: Regime de Tributação Simplificada
SIMPLES: Regime de Tributação
RTT: Regime Tributário de Transição Simplificada

S/A: Sociedade Anônima SINIEF: Sistema Nacional Integrado de


Informações Econômico-Fiscais
SaaS: Software as a Service
SINTER: Sistema Nacional de Gestão de
SAE: Society of Automotive Engineers Informações Territoriais

SAT: Seguro contra Acidentes de Trabalho SIRDR: Suspensão em Incidente de


Resolução de Demandas Repetitivas
SCMD: Sacha Calmon – Misabel Derzi
Consultores e Advogados SISCOMEX: Sistema Integrado de Comércio
Exterior
SCP: Sociedade em Conta de Participação
SISCOSERV: Sistema Integrado de Comércio
SE/CONFAZ: Secretaria Executiva do Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras
Conselho Nacional de Política Fazendária Operações que Produzam Variações no
Patrimônio
SE/MF: Secretaria Executiva do Ministério da
Fazenda SISEN: Sistema de Controle de Isenção de
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às e Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio
Micro e Pequenas Empresas e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores
Mobiliários – IOF.
SEFIP: Sistema Empresa de Recolhimento do
FGTS e Informações à Previdência Social SISLABRA: Sistema de Auxílio à
Identificação de Pessoas e Patrimônio do
SEI: Sistema Eletrônico de Informações Laboratório de Recuperação de Ativos da
Advocacia-Geral da União
SELIC: Sistema Especial de Liquidação e de
Custódia SNCR: Sistema Nacional de Cadastro Rural
SPB: Sistema de Pagamentos Brasileiro

SPED: Sistema Público de Escrituração


Digital

SRF: Secretaria da Receita Federal do Brasil

STF: Supremo Tribunal Federal

STJ: Superior Tribunal de Justiça

STN: Secretaria do Tesouro Nacional

SUDENE: Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste

SUFRAMA: Superintendência da Zona


Franca de Manaus

SUSEP: Superintendência de Seguros


Privados

TFE: Taxa de Fiscalização de


Estabelecimentos

THC: Terminal Handling Charge

TIPI: Tabela de Incidência do Impostos sobre


Produtos Industrializados

TJLP: Taxa de Juros de Longo Prazo

TJSP: Tribunal de Justiça do Estado de São


Paulo

TLP: Taxa de Longo Prazo

TP: Tutela Provisória

TR: Taxa Referencial

TRF4: Tribunal Regional Federal da 4ª Região

TST: Tribunal Superior do Trabalho

TUM: Taxa de Utilização Mercante

TUSD: Tarifa de Uso do Sistema de


Distribuição

TUST: Tarifa de Uso do Sistema de


Transmissão

VTM: Valor Tributável Mínimo

ZFM: Zona Franca de Manaus


SUMÁRIO

I. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ................................................................................. 1


A. DECISÕES MONOCRÁTICAS ..............................................................................................................1
1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .............................................................................................1
a) ICMS na base de cálculo ..............................................................................................................1
2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA .............................................1
a) ICMS na base de cálculo ..............................................................................................................1
3. DIREITO ADMINISTRATIVO .........................................................................................................1
a) Tombamento ................................................................................................................................1
4. DIREITO CONSTITUCIONAL .........................................................................................................1
a) Serviços de telecomunicações .....................................................................................................1
5. DIREITO PROCESSUAL ................................................................................................................. 2
a) Ação direta de inconstitucionalidade ........................................................................................ 2
b) Amicus curiae .............................................................................................................................. 3
c) Coisa julgada ............................................................................................................................... 3
d) Eficácia da decisão ...................................................................................................................... 3
e) Mandado de segurança ............................................................................................................... 3
f) Repercussão geral ....................................................................................................................... 4
6. ICMS ................................................................................................................................................. 4
a) Benefício fiscal ............................................................................................................................ 4
b) Substituição tributária ................................................................................................................ 4
7. IPI, PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS-IMPORTAÇÃO ..................................................................... 5
a) Equipamentos médicos para uso próprio .................................................................................. 5
8. ISSQN ............................................................................................................................................... 5
a) Serviços de registros públicos, cartorários e notariais ............................................................. 5
9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ..................................................................................... 5
a) Imunidade ................................................................................................................................... 5
b) Sanção política ............................................................................................................................ 6
10. PIS & COFINS .................................................................................................................................. 7
a) Base de cálculo ............................................................................................................................ 7
B. PRIMEIRA TURMA ............................................................................................................................. 7
1. ICMS ................................................................................................................................................. 7
a) Creditamento .............................................................................................................................. 7
2. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ..................................................................................... 7
a) Imunidade ................................................................................................................................... 7
3. TAXAS ............................................................................................................................................... 7
a) Taxa de fiscalização de estabelecimentos .................................................................................. 7
b) Taxa de utilização do SISCOMEX .............................................................................................. 8
C. SEGUNDA TURMA .............................................................................................................................. 8
1. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ..................................................................................... 8
a) Imunidade ................................................................................................................................... 8
2. SIMPLES ........................................................................................................................................... 8
a) Creditamento de ICMS ............................................................................................................... 8
3. TAXAS ............................................................................................................................................... 8
a) Taxa de fiscalização de estabelecimentos .................................................................................. 8
D. PLENÁRIO ............................................................................................................................................ 9
1. CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA ....................................................................................... 9
a) Execução provisória .................................................................................................................... 9
b) Honorários advocatícios ............................................................................................................. 9
c) Juros de mora e correção monetária ......................................................................................... 9
2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .......................................................................................... 10
a) FUNRURAL .............................................................................................................................. 10
3. DIREITO CONSTITUCIONAL ...................................................................................................... 10
a) Modulação de efeitos ................................................................................................................ 10
b) Repartição de competências federativas ................................................................................. 10
4. DIREITO PROCESSUAL ................................................................................................................ 11
a) Ação coletiva .............................................................................................................................. 11
b) Amicus curiae ............................................................................................................................. 11
5. ICMS ................................................................................................................................................ 11
a) Desconto pela antecipação do pagamento ............................................................................... 11
b) Responsabilidade tributária ......................................................................................................12
6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ....................................................................................12
a) Imunidade ..................................................................................................................................12
7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ......................................................................................... 14
a) Salário-educação ....................................................................................................................... 14
8. PASEP ............................................................................................................................................. 14
a) Natureza jurídica ...................................................................................................................... 14
9. PIS & COFINS ................................................................................................................................ 14
a) ICMS na base de cálculo ........................................................................................................... 14
10. TAXAS ..............................................................................................................................................15
a) Custas e emolumentos judiciais ................................................................................................15
b) Taxa de combate a sinistros ......................................................................................................15
E. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA ........................................................................................15
1. DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................................................................15
a) Poder regulamentar ...................................................................................................................15
2. DIREITO PROCESSUAL ................................................................................................................15
a) Liquidação de sentença .............................................................................................................15
3. IRPJ & CSLL ....................................................................................................................................15
a) Taxa SELIC .................................................................................................................................15
F. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA .............................................................................................. 16
1. CONTRIBUIÇÃO AO FGTS ........................................................................................................... 16
a) Parcelas indenizatórias ............................................................................................................. 16
2. ICMS ............................................................................................................................................... 16
a) TUST & TUSD ........................................................................................................................... 16
3. IPI .................................................................................................................................................... 16
a) Regime de admissão temporária.............................................................................................. 16
4. IRPJ & CSLL ................................................................................................................................... 16
a) Crédito presumido de ICMS ..................................................................................................... 16
G. REPERCUSSÃO GERAL EM NÚMEROS .......................................................................................... 17
II. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ......................................................................... 22
A. DECISÕES MONOCRÁTICAS ........................................................................................................... 22
11. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA .......................................... 22
c) ICMS na base de cálculo ........................................................................................................... 22
12. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 22
a) Agravo de instrumento ............................................................................................................. 22
b) Embargos de divergência ......................................................................................................... 22
13. ICMS ............................................................................................................................................... 22
a) Creditamento ............................................................................................................................ 22
b) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 22
14. IOF .................................................................................................................................................. 23
a) Operação de câmbio ................................................................................................................. 23
15. IRPJ & CSLL ................................................................................................................................... 23
a) Crédito presumido de ICMS ..................................................................................................... 23
16. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS ........................................................................................................... 23
a) Crédito presumido de ICMS ..................................................................................................... 23
B. PRIMEIRA TURMA ........................................................................................................................... 23
1. CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA ..................................................................................... 23
a) Embargos à execução ................................................................................................................ 23
2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .......................................................................................... 24
a) Abonos salariais, adicionais de horas extras, de insalubridade, de periculosidade, de trabalho
noturno, ajudas de custo, comissões, diárias de viagem, gorjetas e prêmios ................................. 24
b) Décimo terceiro salário ............................................................................................................. 24
3. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA .......................................... 24
a) ICMS na base de cálculo ........................................................................................................... 24
4. CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................... 24
a) Pedido de ressarcimento .......................................................................................................... 24
5. CSLL ................................................................................................................................................ 24
a) Lucros no exterior ..................................................................................................................... 24
6. DESEMBARAÇO ADUANEIRO .................................................................................................... 25
a) Pena de perdimento .................................................................................................................. 25
7. DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................... 25
a) Sigilo de dados .......................................................................................................................... 25
8. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 25
a) Apelação .................................................................................................................................... 25
b) Coisa julgada ............................................................................................................................. 25
c) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 26
d) Pedido de reconsideração ......................................................................................................... 26
e) Prazos processuais .................................................................................................................... 26
f) Recurso especial ........................................................................................................................ 27
9. EXECUÇÃO FISCAL ...................................................................................................................... 27
a) Medida cautelar fiscal ............................................................................................................... 27
b) Recuperação judicial ................................................................................................................. 27
c) Redirecionamento..................................................................................................................... 27
10. ICMS ............................................................................................................................................... 28
a) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 28
11. II ...................................................................................................................................................... 28
a) Responsabilidade civil do Estado ............................................................................................ 28
12. IPI .................................................................................................................................................... 28
a) Creditamento ............................................................................................................................ 28
b) Crédito prêmio .......................................................................................................................... 29
13. IPTU ................................................................................................................................................ 29
a) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 29
14. IRPJ ................................................................................................................................................ 29
a) Benefício fiscal .......................................................................................................................... 29
b) Distribuição antecipada de lucros ............................................................................................ 29
15. IRPJ & CSLL ................................................................................................................................... 30
a) Crédito presumido de ICMS ..................................................................................................... 30
16. IRRF ................................................................................................................................................ 30
a) Precatório judicial ..................................................................................................................... 30
17. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR ................................................................................... 30
a) Imunidade ................................................................................................................................. 30
18. PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ........................................................................ 30
a) REFIS ........................................................................................................................................ 30
19. PIS & COFINS ................................................................................................................................ 30
a) Compensação .............................................................................................................................31
b) Creditamento .............................................................................................................................31
c) Crédito presumido de ICMS ......................................................................................................31
d) ICMS na base de cálculo ............................................................................................................31
e) ISSQN na base de cálculo ..........................................................................................................31
f) Receitas financeiras ...................................................................................................................31
20. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA .......................................................................................... 32
a) Sucessão empresarial ................................................................................................................ 32
21. TAXAS ............................................................................................................................................. 32
a) Concessão de serviço público ................................................................................................... 32
C. SEGUNDA TURMA ............................................................................................................................ 32
1. ARROLAMENTO DE BENS .......................................................................................................... 32
a) Parcelamento do crédito tributário.......................................................................................... 32
2. CIDE-REMESSAS .......................................................................................................................... 33
a) Licença de uso de software ....................................................................................................... 33
3. COFINS-IMPORTAÇÃO ................................................................................................................ 33
a) Classificação de mercadorias ................................................................................................... 33
4. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .......................................................................................... 33
a) Compensação ............................................................................................................................ 33
b) PLR ............................................................................................................................................ 34
5. CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................... 34
a) Ação rescisória .......................................................................................................................... 34
b) Parcelamento ............................................................................................................................ 34
c) Suspensão da exigibilidade ...................................................................................................... 34
6. CSLL ................................................................................................................................................ 35
a) Desapropriação ......................................................................................................................... 35
7. DESEMBARAÇO ADUANEIRO .................................................................................................... 35
a) Reclassificação fiscal ................................................................................................................. 35
8. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO .................................................................................................. 35
a) Energia elétrica ......................................................................................................................... 35
9. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 35
a) Afetação ao rito dos recursos repetitivos ................................................................................. 35
b) Agravo de instrumento ............................................................................................................. 36
c) Arguição de inconstitucionalidade .......................................................................................... 36
d) Exceção de pré-executividade .................................................................................................. 36
e) Intimação .................................................................................................................................. 36
f) Mandado de segurança ............................................................................................................. 36
g) Suspensão de expediente forense ............................................................................................ 37
10. EXECUÇÃO FISCAL ...................................................................................................................... 37
a) Fraude à execução ..................................................................................................................... 37
b) Medida cautelar fiscal ............................................................................................................... 37
c) Parcelamento do crédito tributário.......................................................................................... 37
d) Penhora ..................................................................................................................................... 37
e) Recuperação judicial ................................................................................................................. 38
f) Redirecionamento..................................................................................................................... 38
11. ICMS ............................................................................................................................................... 38
a) Regime especial ......................................................................................................................... 39
b) Repetição de indébito ............................................................................................................... 39
12. ICMS-ST ......................................................................................................................................... 39
a) Base de cálculo .......................................................................................................................... 39
13. II ...................................................................................................................................................... 39
a) Serviços de capatazia ................................................................................................................ 39
14. IPI .................................................................................................................................................... 39
a) Crédito presumido .................................................................................................................... 39
b) SIMPLES ................................................................................................................................... 40
15. IPTU ................................................................................................................................................ 40
a) Condomínios irregulares .......................................................................................................... 40
b) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 40
c) Sujeição passiva ........................................................................................................................ 40
16. IR ..................................................................................................................................................... 40
a) Juros de mora ........................................................................................................................... 40
17. IRPF ................................................................................................................................................ 41
a) Repetição de indébito ............................................................................................................... 41
18. IRPJ ................................................................................................................................................ 41
a) Benefício fiscal .......................................................................................................................... 41
19. IRPJ & CSLL ................................................................................................................................... 41
a) Benefício fiscal .......................................................................................................................... 41
b) Crédito presumido de ICMS ..................................................................................................... 41
c) Prejuízos fiscais ......................................................................................................................... 42
d) Repetição de indébito ............................................................................................................... 42
20. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS ........................................................................................................... 42
a) REINTEGRA ............................................................................................................................. 42
21. IRRF ................................................................................................................................................ 42
a) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 42
22. ITBI ................................................................................................................................................. 42
a) Adjudicação em hasta pública .................................................................................................. 42
23. ITR .................................................................................................................................................. 42
a) Área de reserva legal ................................................................................................................. 42
24. PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ........................................................................ 43
a) Multa isolada ............................................................................................................................. 43
25. PIS & COFINS ................................................................................................................................ 43
a) Creditamento ............................................................................................................................ 43
b) Receitas financeiras .................................................................................................................. 43
26. REINTEGRA ................................................................................................................................... 44
a) Zona Franca de Manaus (ZFM) ............................................................................................... 44
27. TAXAS ............................................................................................................................................. 44
a) Taxa de utilização do SISCOMEX ............................................................................................ 44
D. TERCEIRA TURMA ........................................................................................................................... 44
1. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 44
a) Desconsideração da personalidade jurídica ............................................................................ 44
b) Exceção de pré-executividade .................................................................................................. 44
c) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 45
d) Impedimento ............................................................................................................................. 45
e) Intimação tácita ........................................................................................................................ 46
f) Preclusão ................................................................................................................................... 46
g) Seguro garantia ......................................................................................................................... 46
h) Suspensão de prazo recursal .................................................................................................... 46
2. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ............................................................................... 47
a) Penhora ..................................................................................................................................... 47
3. PROCESSO FALIMENTAR ........................................................................................................... 47
a) Débitos tributários .................................................................................................................... 47
E. QUARTA TURMA ............................................................................................................................... 47
1. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 47
a) Afetação ao rito dos recursos repetitivos ................................................................................. 47
b) Agravo interno .......................................................................................................................... 48
c) Antecipação de tutela................................................................................................................ 48
d) Correção monetária .................................................................................................................. 48
e) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 48
f) Tempestividade ......................................................................................................................... 49
g) Valor da causa ........................................................................................................................... 49
F. PRIMEIRA SEÇÃO ............................................................................................................................. 49
1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA .......................................................................................... 49
a) Quebra de caixa ......................................................................................................................... 49
2. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 50
a) Amicus curiae ............................................................................................................................ 50
b) Embargos de divergência ......................................................................................................... 50
c) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 50
d) Intempestividade ...................................................................................................................... 50
e) Mandado de segurança ..............................................................................................................51
f) Reexame necessário ...................................................................................................................51
3. IPI .....................................................................................................................................................51
a) Creditamento .............................................................................................................................51
b) Selos de controle ........................................................................................................................51
4. IRPJ & CSLL ....................................................................................................................................51
a) Crédito presumido de ICMS ......................................................................................................51
b) Crédito presumido de IPI ......................................................................................................... 52
G. SEGUNDA SEÇÃO ............................................................................................................................. 52
1. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 52
a) Amicus curiae ............................................................................................................................ 52
b) Fungibilidade recursal .............................................................................................................. 52
c) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 52
d) Prescrição intercorrente ........................................................................................................... 53
H. COMISSÃO GESTORA DE PRECEDENTES .................................................................................... 53
1. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 53
a) Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas ................................................................. 53
I. CORTE ESPECIAL ............................................................................................................................. 53
1. DIREITO PROCESSUAL ............................................................................................................... 53
a) Embargos de declaração ........................................................................................................... 53
b) Embargos de divergência ......................................................................................................... 54
c) Fungibilidade recursal .............................................................................................................. 54
d) Honorários advocatícios ........................................................................................................... 54
e) Impugnação específica ............................................................................................................. 55
f) Intimação pessoal ..................................................................................................................... 55
g) Legitimidade recursal ............................................................................................................... 55
h) Preparo ...................................................................................................................................... 55
i) Suspensão de prazo recursal .................................................................................................... 56
2. IRPJ ................................................................................................................................................ 56
a) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 56
J. AFETAÇÃO AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS ................................................................. 56
1. EXECUÇÃO FISCAL ...................................................................................................................... 56
a) Redirecionamento..................................................................................................................... 56
2. ICMS ............................................................................................................................................... 57
a) TUST & TUSD ........................................................................................................................... 57
3. IPTU ................................................................................................................................................ 57
a) Prazo prescricional ................................................................................................................... 57
K. SÚMULAS EDITADAS ....................................................................................................................... 57
1. IRPF ................................................................................................................................................ 57
a) Doença grave ............................................................................................................................. 57
b) Liquidação de entidade de previdência complementar .......................................................... 57
L. RECURSOS REPETITIVOS EM NÚMEROS .................................................................................... 58
III. CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS ........................................ 61
A. PRIMEIRA SEÇÃO ............................................................................................................................. 61
1. ÁGIO EM REORGANIZAÇÕES SOCIETÁRIAS ........................................................................... 61
a) Ágio interno ............................................................................................................................... 61
b) Empresa-veículo ....................................................................................................................... 63
c) Incorporação reversa ................................................................................................................ 65
d) Investimento estrangeiro ......................................................................................................... 65
e) Requisitos para amortização .................................................................................................... 65
2. CSLL ................................................................................................................................................ 67
a) Alíquota ..................................................................................................................................... 67
b) Base de cálculo .......................................................................................................................... 67
c) Benefício fiscal .......................................................................................................................... 67
d) Coisa julgada ............................................................................................................................. 68
e) Lucros auferidos no exterior .................................................................................................... 68
f) PLR ............................................................................................................................................ 69
g) Previdência complementar....................................................................................................... 69
3. IPI .................................................................................................................................................... 69
a) Responsabilidade tributária ..................................................................................................... 69
4. IRPJ ................................................................................................................................................ 70
a) Compensação ............................................................................................................................ 70
b) Contrato de franquia ................................................................................................................. 70
c) Dedutibilidade de despesas ...................................................................................................... 70
d) Depreciação acelerada incentivada ........................................................................................... 71
e) Depreciação do ativo imobilizado ............................................................................................. 71
f) Fundo de investimento .............................................................................................................. 71
g) Ganho de capital ........................................................................................................................ 71
h) Incentivos fiscais ....................................................................................................................... 72
i) Lucro da exploração .................................................................................................................. 72
j) PLR ............................................................................................................................................ 73
k) Royalties.................................................................................................................................... 74
5. IRPJ & CSLL ................................................................................................................................... 74
a) Base de cálculo .......................................................................................................................... 74
b) Compensação de prejuízos fiscais ............................................................................................ 74
c) Dedutibilidade de despesas ...................................................................................................... 75
d) Depreciação acelerada incentivada .......................................................................................... 77
e) Desmutualização ....................................................................................................................... 77
f) Ganho de capital ....................................................................................................................... 77
g) Joint venture ............................................................................................................................. 78
h) Juros sobre o capital próprio ................................................................................................... 78
i) Lucros auferidos no exterior .................................................................................................... 79
j) Multas fiscais ............................................................................................................................. 83
k) Omissão de receitas .................................................................................................................. 83
l) Planejamento tributário ........................................................................................................... 84
m) Preço de transferência .............................................................................................................. 87
n) Royalties.................................................................................................................................... 90
o) Simulação .................................................................................................................................. 90
p) Subvenção para investimento .................................................................................................. 91
6. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS ........................................................................................................... 92
a) Bônus de preferência ................................................................................................................ 92
b) Cessão do usufruto de ações ..................................................................................................... 92
c) Dedutibilidade de despesas ...................................................................................................... 93
d) Omissão de receitas .................................................................................................................. 93
e) Planejamento tributário ........................................................................................................... 94
f) Receitas de res sperata............................................................................................................. 95
g) Subvenção para investimento .................................................................................................. 95
7. IRRF ................................................................................................................................................ 96
a) Concomitância de IRPJ & CSLL .............................................................................................. 96
b) Redução indevida do lucro líquido .......................................................................................... 97
c) Royalties.................................................................................................................................... 97
8. PIS & COFINS ................................................................................................................................ 97
a) Desmutualização ....................................................................................................................... 97
9. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ..................................................................................... 98
a) Recurso especial ........................................................................................................................ 98
b) Decadência ................................................................................................................................ 98
c) Intimação .................................................................................................................................. 99
d) Nulidade .................................................................................................................................... 99
10. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ........................................................................................ 100
a) Sócio de fato ............................................................................................................................ 100
B. SEGUNDA SEÇÃO ............................................................................................................................ 101
1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ......................................................................................... 101
a) Adicional RAT/SAT ................................................................................................................. 101
b) Auxílio-alimentação ................................................................................................................. 101
c) Auxílio-educação ...................................................................................................................... 101
d) Aviso prévio indenizado, bônus de contratação e indenização por tempo de serviço. ....... 102
e) Aviso prévio indenizado, décimo terceiro proporcional, abono extraordinário, abono único
variável e assistência educacional.................................................................................................... 102
f) Benefício de previdência privada ........................................................................................... 103
g) Bônus de contratação ............................................................................................................. 104
h) Bônus de venda ....................................................................................................................... 104
i) Contrato de estágio ................................................................................................................. 105
j) Despesas com veículo ............................................................................................................. 105
k) Distribuição de lucros ............................................................................................................. 105
l) Empréstimos ao sócio-administrador ................................................................................... 106
m) Pejotização............................................................................................................................... 106
n) Plano de previdência e PLR .................................................................................................... 108
o) Plano de saúde ........................................................................................................................ 108
p) PLR .......................................................................................................................................... 109
q) PLR e auxílio-educação ........................................................................................................... 112
r) PLR e GILRAT.......................................................................................................................... 113
s) PLR, indenização e abono ....................................................................................................... 113
t) PLR, seguro de vida, auxílio-médico e auxílio-odontológico ................................................ 114
u) PLR e vale-transporte .............................................................................................................. 115
v) Premiações ............................................................................................................................... 115
w) Pró-labore e reembolso de despesas ....................................................................................... 115
x) Serviços de intermediação ....................................................................................................... 116
y) Stock options ............................................................................................................................ 116
z) Vínculo empregatício ............................................................................................................... 117
2. IRPF ............................................................................................................................................... 118
a) Benefício fiscal ......................................................................................................................... 118
b) Direito de imagem ................................................................................................................... 118
c) Ganho de capital ...................................................................................................................... 118
d) Pejotização................................................................................................................................ 119
e) Serviço personalíssimo ........................................................................................................... 120
f) Verbas de gabinete .................................................................................................................. 120
3. IRRF .............................................................................................................................................. 120
a) Provas ...................................................................................................................................... 120
b) Stock options ............................................................................................................................ 121
4. ITR ................................................................................................................................................. 121
a) Área de mineração e jazida ...................................................................................................... 121
5. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ........................................................................................ 121
a) Grupo econômico ..................................................................................................................... 121
6. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL .................................................................................... 121
a) Nulidade ................................................................................................................................... 121
7. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA ........................................................................................ 122
a) Grupo econômico .................................................................................................................... 122
C. TERCEIRA SEÇÃO ........................................................................................................................... 122
1. COFINS ......................................................................................................................................... 122
a) Compensação .......................................................................................................................... 122
b) Creditamento .......................................................................................................................... 122
c) Instituições financeiras .......................................................................................................... 123
d) Serviços sociais autônomos .................................................................................................... 124
2. CONDECINE ................................................................................................................................ 124
a) Benefício fiscal ........................................................................................................................ 124
3. CIDE-REMESSAS ........................................................................................................................ 124
a) Base de cálculo ........................................................................................................................ 124
b) Creditamento ...........................................................................................................................125
c) Fato gerador .............................................................................................................................125
d) Licença de uso de software .....................................................................................................127
4. CIDE-REMESSAS & CONDECINE ..............................................................................................127
a) Fato gerador .............................................................................................................................127
5. CRÉDITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................. 129
a) Crédito presumido de IPI ....................................................................................................... 129
6. FINSOCIAL................................................................................................................................... 129
a) Coisa julgada ........................................................................................................................... 129
7. II .................................................................................................................................................... 129
a) Preferência tarifária ................................................................................................................ 129
b) Serviços de capatazia .............................................................................................................. 130
8. IOF ................................................................................................................................................ 130
a) Contrto de mútuo .................................................................................................................... 130
b) Investimento estrangeiro direto ............................................................................................ 130
9. II, IPI, PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS-IMPORTAÇÃO ............................................................. 130
a) Base de cálculo ........................................................................................................................ 130
b) Simulação ................................................................................................................................. 131
10. IPI ................................................................................................................................................... 131
a) Benefício fiscal ......................................................................................................................... 131
b) Classificação fiscal .................................................................................................................. 132
c) Correção monetária e juros moratórios ................................................................................. 132
d) Coisa julgada ........................................................................................................................... 132
e) Creditamento .......................................................................................................................... 132
f) Industrialização por encomenda ............................................................................................ 133
g) Valor tributável mínimo ......................................................................................................... 133
h) Zona Franca de Manaus ......................................................................................................... 134
11. MULTAS FISCAIS .........................................................................................................................135
a) Multa por cessão de nome .......................................................................................................135
12. PIS ................................................................................................................................................. 136
a) Base de cálculo ........................................................................................................................ 136
b) Creditamento .......................................................................................................................... 136
c) Subvenção para investimento .................................................................................................137
13. PIS & COFINS ...............................................................................................................................137
a) Base de cálculo .........................................................................................................................137
b) Creditamento .......................................................................................................................... 138
c) Crédito presumido de ICMS ................................................................................................... 146
d) Desmutualização ..................................................................................................................... 146
e) Instituições financeiras ...........................................................................................................147
f) Subvenção para custeio ...........................................................................................................147
g) Subvenção para investimento ................................................................................................ 148
14. PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS-IMPORTAÇÃO ......................................................................... 149
a) Afretamento ............................................................................................................................ 149
b) Contratos de franquia ............................................................................................................. 149
c) ICMS na base de cálculo ......................................................................................................... 150
d) Zona Franca de Manaus ......................................................................................................... 150
15. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL ................................................................................... 150
a) Concomitância ........................................................................................................................ 150
b) Nulidade ................................................................................................................................... 151
c) Reformatio in pejus ................................................................................................................. 151
16. DESEMBARAÇO ADUANEIRO ...................................................................................................152
a) Direitos antidumping ..............................................................................................................152
b) Revisão aduaneira ....................................................................................................................152
IV. ATOS DOS PODERES EXECUTIVO E LEGISLATIVO .............................................. 154
B. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO .................................................................................................... 154
1. PORTARIAS ................................................................................................................................. 154
a) PRD .......................................................................................................................................... 154
b) Sistemas informatizados ........................................................................................................ 154
C. BANCO CENTRAL DO BRASIL ...................................................................................................... 154
1. CIRCULARES ............................................................................................................................... 154
a) Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos .................................................................. 154
b) Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional ........................................ 154
c) Remessa de informações diárias ............................................................................................ 154
2. PORTARIAS ..................................................................................................................................155
a) PRD ...........................................................................................................................................155
b) Regimento interno ...................................................................................................................155
3. RESOLUÇÕES ...............................................................................................................................155
a) Regime de Recuperação Fiscal ................................................................................................155
D. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ......................................................................................................155
1. CIRCULARES ................................................................................................................................155
a) FGTS .........................................................................................................................................155
b) Manual de Orientação ao Empregador .................................................................................. 156
E. COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS .................................................................................... 156
1. DELIBERAÇÕES .......................................................................................................................... 156
a) PRD .......................................................................................................................................... 156
2. INSTRUÇÕES ............................................................................................................................... 156
a) Distribuição de valores mobiliários ....................................................................................... 156
b) Fundos de investimento ......................................................................................................... 156
F. COMITÊ DIRETIVO DO ESOCIAL ................................................................................................. 156
1. RESOLUÇÕES .............................................................................................................................. 156
a) eSocial ...................................................................................................................................... 156
G. CONGRESSO NACIONAL ............................................................................................................... 156
1. ATOS DO PRESIDENTE DA MESA ............................................................................................. 157
a) Contribuição previdenciária sobre a receita bruta ................................................................. 157
b) Operações de crédito ............................................................................................................... 157
c) Processo administrativo sancionador ..................................................................................... 157
d) Programa de Desligamento Voluntário .................................................................................. 157
e) PRR ........................................................................................................................................... 157
f) RECINE .................................................................................................................................... 157
g) Regimes tributários especiais.................................................................................................. 157
2. DECRETOS LEGISLATIVOS....................................................................................................... 158
a) Convenções internacionais ..................................................................................................... 158
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS ................................................................................................ 158
a) Precatórios .............................................................................................................................. 158
4. LEIS COMPLEMENTARES ......................................................................................................... 158
a) Remissão de créditos tributários ........................................................................................... 158
5. LEIS ORDINÁRIAS ...................................................................................................................... 158
a) Ativos financeiros e valores mobiliários ................................................................................ 158
b) CFEM ....................................................................................................................................... 159
c) CLT .......................................................................................................................................... 159
d) IRPF ......................................................................................................................................... 159
e) Lei Orçamentária .................................................................................................................... 159
f) Marinha mercante .................................................................................................................. 160
g) Organização da Administração Pública Federal ................................................................... 160
h) Parcelamento de débitos previdenciários .............................................................................. 160
i) Parcerias público-privadas ..................................................................................................... 160
j) PERT ........................................................................................................................................ 160
k) Precatórios e RPV .................................................................................................................... 161
l) PRD ........................................................................................................................................... 161
m) Processo administrativo sancionador ..................................................................................... 161
n) RECINE ................................................................................................................................... 162
o) Serviços aeroportuários .......................................................................................................... 162
p) Taxa de longo prazo ................................................................................................................ 162
H. CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA FAZENDÁRIA ............................................................... 162
1. CONVÊNIOS ................................................................................................................................ 162
a) ICMS ........................................................................................................................................ 163
2. PORTARIAS .................................................................................................................................. 175
a) Regimento interno ................................................................................................................... 175
3. PROTOCOLO ................................................................................................................................. 175
a) ICMS ......................................................................................................................................... 175
I. MINISTÉRIO DA FAZENDA ............................................................................................................ 175
1. DESPACHOS ................................................................................................................................. 175
a) Responsabilidade tributária ....................................................................................................176
b) Zona Franca de Manaus ..........................................................................................................176
2. PORTARIAS ..................................................................................................................................176
a) Regime de Recuperação Fiscal ................................................................................................176
b) Regimento interno ...................................................................................................................176
c) Sistemas informatizados ......................................................................................................... 177
d) Taxa de fiscalização.................................................................................................................. 177
e) Tramitação de propostas normativas ..................................................................................... 177
J. MINISTÉRIO DA FAZENDA E MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E
COMUNICAÇÕES ...................................................................................................................................... 177
1. PORTARIAS INTERMINISTERIAIS ........................................................................................... 177
a) Tarifas dos serviços postais e telegráficos .............................................................................. 177
K. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ...................................................................................................... 177
1. DECRETOS .................................................................................................................................... 177
a) Acordos de cooperação técnica ............................................................................................... 177
b) Acordos de livre comércio ....................................................................................................... 177
c) Acordos internacionais para evitar dupla tributação ............................................................ 177
d) Administração tributária federal ........................................................................................... 178
e) Atendimento ao usuário de serviço público .......................................................................... 178
f) Autarquias e fundações públicas federais ............................................................................. 178
g) CFEM ....................................................................................................................................... 178
h) Comércio exterior ....................................................................................................................179
i) Concessão de distribuição e de transmissão de energia elétrica ...........................................179
j) Concessões e parcerias público-privadas ...............................................................................179
k) Contas públicas ........................................................................................................................179
l) Exportações ..............................................................................................................................179
m) PIS/PASEP & COFINS ............................................................................................................179
n) Programa Nacional de Desestatização ................................................................................... 180
o) Regime de Recuperação Fiscal ............................................................................................... 180
p) REINTEGRA ........................................................................................................................... 180
q) Salário mínimo ......................................................................................................................... 181
2. MEDIDAS PROVISÓRIAS ............................................................................................................ 181
a) CLT ........................................................................................................................................... 181
b) Fundos de investimento .......................................................................................................... 181
c) PERT ......................................................................................................................................... 181
d) Programa de Desligamento Voluntário ................................................................................. 182
e) PRR .......................................................................................................................................... 182
f) Regime de Recuperação Fiscal ............................................................................................... 182
g) Regimes tributários especiais................................................................................................. 183
h) Servidores públicos federais................................................................................................... 183
3. MENSAGENS ............................................................................................................................... 183
a) Vetos ........................................................................................................................................ 183
4. RESOLUÇÕES .............................................................................................................................. 184
a) Apoio à exportação ................................................................................................................. 184
b) II............................................................................................................................................... 184
L. PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL ................................................................. 184
1. PORTARIAS ................................................................................................................................. 184
a) Parcelamento de débitos previdenciários .............................................................................. 184
b) PERT ........................................................................................................................................ 184
c) PRR .......................................................................................................................................... 185
d) Responsabilidade tributária ................................................................................................... 185
e) Sistemas informatizados ........................................................................................................ 186
f) Zona Franca de Manaus ......................................................................................................... 186
M. RECEITA FEDERAL DO BRASIL ................................................................................................... 186
1. ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO ......................................................................................... 186
a) Sistemas informatizados ........................................................................................................ 186
2. ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO .............................................................................. 186
a) Contribuição previdenciária complementar ......................................................................... 186
b) IRRF ........................................................................................................................................ 187
c) PERT ........................................................................................................................................ 187
3. INSTRUÇÕES NORMATIVAS .................................................................................................... 187
a) Aporte de capitais ................................................................................................................... 187
b) Aquisição de automóvel .......................................................................................................... 187
c) CAFIR ...................................................................................................................................... 188
d) Classificação de mercadorias ................................................................................................. 188
e) CNPJ ........................................................................................................................................ 188
f) Comércio exterior ................................................................................................................... 188
g) Contribuição previdenciária ................................................................................................... 189
h) CPF .......................................................................................................................................... 189
i) Critérios contábeis .................................................................................................................. 189
j) Declaração País-a-País ........................................................................................................... 189
k) Depósitos judiciais e extrajudiciais ........................................................................................ 190
l) Despacho aduaneiro ............................................................................................................... 190
m) DIRF ........................................................................................................................................ 190
n) DITR ........................................................................................................................................ 190
o) GFIP .......................................................................................................................................... 191
p) IRPF .......................................................................................................................................... 191
q) IRRF ......................................................................................................................................... 191
r) ITR ........................................................................................................................................... 192
s) Lucros auferidos no exterior .................................................................................................. 192
t) Marinha mercante .................................................................................................................. 192
u) Obrigações acessórias ............................................................................................................. 192
v) Países ou dependências com tributação favorecida .............................................................. 194
w) Parcelamento de débitos ........................................................................................................ 194
x) PERT ........................................................................................................................................ 194
y) PRR .......................................................................................................................................... 195
z) PRT .......................................................................................................................................... 196
aa) Regime aduaneiro especial ..................................................................................................... 196
bb) Restituição, compensação, ressarcimento e reembolso ....................................................... 196
cc) SISCOMEX ...............................................................................................................................197
dd) Sistemas informatizados .........................................................................................................197
ee) Trânsito aduaneiro ..................................................................................................................197
4. PORTARIAS ..................................................................................................................................197
a) Atendimento ao contribuinte ..................................................................................................197
b) Fiscalização fazendária ........................................................................................................... 198
c) Processo administrativo fiscal................................................................................................ 198
d) Regime de Recuperação Fiscal ............................................................................................... 199
e) Transparência fiscal ................................................................................................................ 199
5. SOLUÇÕES DE CONSULTA ....................................................................................................... 199
a) COFINS ................................................................................................................................... 199
b) Contribuição previdenciária ................................................................................................... 199
c) Contribuição previdenciária devida pelo produtor rural ..................................................... 200
d) Contribuição previdenciária & IRRF .................................................................................... 200
e) Contribuição previdenciária sobre a receita bruta ............................................................... 200
f) Convenções internacionais ..................................................................................................... 201
g) CSLL ........................................................................................................................................ 201
h) CSLL, PIS/PASEP & COFINS ................................................................................................ 201
i) II............................................................................................................................................... 201
j) II, IPI, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação ...................................................... 202
k) II, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação ............................................................. 202
l) IOF ........................................................................................................................................... 202
m) IPI ............................................................................................................................................ 202
n) IPI, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação........................................................... 202
o) Imunidade tributária .............................................................................................................. 203
p) IRPF ......................................................................................................................................... 203
q) IRPJ ......................................................................................................................................... 204
r) IRPJ & contribuição previdenciária....................................................................................... 205
s) IRPJ & CSLL ........................................................................................................................... 205
t) IRPJ, CSLL, PIS/PASEP & COFINS ...................................................................................... 206
u) IRPJ, CSLL, IRRF, PIS/PASEP & COFINS ........................................................................... 207
v) IRPJ, CSLL, IRRF, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação .................................208
w) IRRF ........................................................................................................................................208
x) IRRF & CIDE-Remessas ......................................................................................................... 209
y) IRRF & contribuição previdenciária ...................................................................................... 209
z) IRRF, CSLL, PIS/PASEP & COFINS ..................................................................................... 210
aa) IRRF & PIS/PASEP ................................................................................................................ 210
bb) IRRF, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação ....................................................... 210
cc) ITR ............................................................................................................................................ 211
dd) Marinha mercante ................................................................................................................... 211
ee) Obrigações acessórias .............................................................................................................. 211
ff) Operações societárias ............................................................................................................. 212
gg) PIS/PASEP .............................................................................................................................. 212
hh) PIS/PASEP & COFINS ........................................................................................................... 212
ii) PIS/PASEP, COFINS & contribuição previdenciária devida pelo produtor rural .............. 221
jj) PIS/PASEP, COFINS, PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação ............................ 222
kk) PIS/PASEP-Importação & COFINS-Importação .................................................................. 222
ll) PIS/PASEP-Importação, COFINS-Importação & CIDE-Remessas ..................................... 223
aa) Regime aduaneiro especial ..................................................................................................... 223
bb) Regimes tributários ................................................................................................................ 223
cc) REINTEGRA ........................................................................................................................... 224
dd) REPETRO ................................................................................................................................ 224
ee) REPORTO ............................................................................................................................... 224
ff) RET .......................................................................................................................................... 225
gg) SIMPLES ................................................................................................................................. 225
hh) SISCOSERV ............................................................................................................................. 225
6. SOLUÇÕES DE DIVERGÊNCIA ................................................................................................. 226
a) PIS/PASEP .............................................................................................................................. 226
b) PIS/PASEP & COFINS ........................................................................................................... 226
N. RECEITA FEDERAL DO BRASIL E INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA
AGRÁRIA ................................................................................................................................................... 227
1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS CONJUNTAS ............................................................................ 227
a) CAFIR ...................................................................................................................................... 227
O. RECEITA FEDERAL DO BRASIL E PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL .... 227
1. PORTARIAS CONJUNTAS .......................................................................................................... 227
a) PROSUS................................................................................................................................... 227
b) Quitação de débitos ................................................................................................................ 227
c) Regularidade fiscal.................................................................................................................. 227
d) Sistemas informatizados ........................................................................................................ 227
P. RECEITA FEDERAL DO BRASIL E SECRETARIA DE COMÉRCIO E SERVIÇOS ..................... 228
1. PORTARIAS CONJUNTAS .......................................................................................................... 228
a) SISCOSERV ............................................................................................................................. 228
Q. SENADO FEDERAL ......................................................................................................................... 228
1. RESOLUÇÕES .............................................................................................................................. 228
a) FUNRURAL ............................................................................................................................ 228
I. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL entendimento de que o ICMS não compõe a base de
cálculo para a incidência do PIS e da COFINS.
A. DECISÕES MONOCRÁTICAS
3. DIREITO ADMINISTRATIVO
1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
a) Tombamento
a) ICMS na base de cálculo
• ACO 2.176/RJ
• ADI 5.809/DF Relator(a): Ministro Dias Toffoli
Relator(a): Ministro Ricardo Lewandowski Órgão julgador: Decisão monocrática
Órgão julgador: Decisão monocrática Data de julgamento: 25/09/2017
Data de julgamento: 18/12/2017 Data de publicação: 28/09/2017
Data de publicação: Pendente Ementa: TOMBAMENTO. BEM PERTENCENTE
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. À UNIÃO. PRETENSÃO RESTRITIVA DO ESTADO
MAJORAÇÃO POR SISTEMÁTICA PROGRESSIVA. DO RIO DE JANEIRO. IMÓVEL SITUADO EM
MP Nº 805/2017. ADIAMENTO DE AJUSTES AEROPORTO. VOCACIONADO À PRESTAÇÃO DE
REMUNERATÓRIOS DE INÚMERAS SERVIÇO PÚBLICO. NECESSIDADE DE
CATEGORIAS DOS SERVIDORES DO PODER PONDERAÇÃO DOS INTERESSES ENVOLVIDOS.
EXECUTIVO FEDERAL. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO ENTE
INCONSTITUCIONALIDADE. AFRONTA AO ART. FEDERADO. VÍCIO INSANÁVEL.
246 DA CF/1988 E À IRREDUTIBILIDADE DE Resultado: O Ministro Relator afirmou que,
VENCIMENTOS. mesmo considerando a possibilidade de um Estado
Resultado: O Ministro Relator suspendeu, ad proceder ao tombamento de bem da União, a
referendum do Plenário, a eficácia de dispositivos imposição dessa restrição pelo respectivo
da MP nº 805/2017, que majoraram de 11 para 14%, procedimento prescinde do confronto do caso
por sistemática progressiva, a alíquota da concreto com os valores resguardados pela
contribuição previdenciária incidente sobre Constituição e, portanto, da intimação do ente
vencimentos dos servidores e proventos de federado proprietário do imóvel a ser tombado,
aposentados e pensionistas da União. Segundo o conforme disposto no art. 5º do DL nº 25/1937, a
Ministro, a Corte tem entendimento pacífico no fim de permitir o exercício do contraditório e de
sentido de que a fixação de alíquotas progressivas eventual resistência à limitação do uso do bem.
para contribuição de seguridade social afronta ao art. Desse modo, o Ministro anulou o processo
246 da CF/1988, além de ofender o princípio da administrativo de tombamento do Hangar do
vedação à utilização do tributo com efeito de Aeroporto Santos Dumont, considerando insanável
confisco. Ademais, asseverou, ainda, a o vício decorrente da ausência de notificação da
inconstitucionalidade dos comandos normativos União no caso concreto. Destacou também que,
que postergaram ou cancelaram os reajustes já embora o Estado do Rio de Janeiro deva resguardar
concedidos a diversas categorias de servidores o patrimônio urbanístico em comento, não se pode
públicos federais. O Ministro destacou que o Chefe desconsiderar que a área sujeita à medida protetiva
do Executivo não pode, por meio de ato está situada em aeroporto e, assim, afetada à
unilateralmente subscrito, desconstituir direitos já exploração da navegação aérea e da infraestrutura
incorporados ao patrimônio dos servidores, aeroportuária, o que já evidencia, nos termos do art.
outorgados por lei formal, sob pena de violar os 21, XII, “c”, da CF/1988, interesse público na
princípios da legítima confiança, da segurança atividade ali desenvolvida e a necessidade de
jurídica e da irredutibilidade de vencimentos. ponderação dos objetivos envolvidos.

2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 4. DIREITO CONSTITUCIONAL


SOBRE A RECEITA BRUTA
a) Serviços de telecomunicações
a) ICMS na base de cálculo
• MC na ADI 5.724/PI
• RE 1.079.454/PR Relator(a): Ministro Roberto Barroso
Relator(a): Ministro Gilmar Mendes Órgão julgador: Decisão monocrática
Órgão julgador: Decisão monocrática Data de julgamento: 30/06/2017
Data de julgamento: 21/11/2017 Data de publicação: 01/08/2017
Data de publicação: 24/11/2017 Ementa: SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES.
Ementa: CPRB. ICMS NA BASE DE CÁLCULO. LEI Nº 6.886/2016 DO ESTADO DO PIAUÍ.
IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DA TESE OBRIGAÇÃO DE AS EMPRESAS DE TELEFONIA
FIRMADA NO RE 574.706/PR (RG). DISPONIBILIZAREM EXTRATOS DE PLANOS
Resultado: O Ministro Relator determinou a PRÉ-PAGOS. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA
devolução dos autos ao Tribunal de origem para que UNIÃO. INCONSTITUCIONALIDADE.
a tese firmada no RE 574.706/PR, submetido ao rito Resultado: O Ministro Relator suspendeu, ad
da repercussão geral, seja aplicada ao caso concreto, referendum do Plenário, a aplicação da Lei
em que se discute o direito de o contribuinte excluir piauiense nº 6.886/2016, que impôs o fornecimento
os valores referentes ao ICMS da base de cálculo da de extratos detalhados das contas de planos pré-
contribuição substitutiva sobre a receita bruta, pagos pelas operadoras de telefonia móvel e fixa.
instituída pela Lei nº 12.546/2011. O Ministro Segundo o Ministro, ao estabelecer obrigações às
destacou que esta questão corresponde à resolvida empresas de telefonia e fixar sanções em caso de seu
pelo paradigma mencionado, no qual se fixou o descumprimento, a norma impugnada usurpou a

Voltar ao sumário. 1
competência privativa da União para legislar sobre nacional (com a comprovação da presença efetiva de
serviços de telecomunicações, consagrada pelo art. associados em, no mínimo, 9 Estados da federação);
22, IV, da CF/1988, conforme reiterada e (iii) a pertinência temática entre os objetivos
jurisprudência da Corte. estatutários da postulante e a norma impugnada. No
caso concreto, o Ministro afirmou que a requerente
5. DIREITO PROCESSUAL representa apenas segmentos da categorial
funcional, além de ser composta por pessoas
a) Ação direta de inconstitucionalidade jurídicas com interesses diversos, e, assim, não
satisfaz o requisito do art. 103, IX, da CF/1988.
• ADI 5.589/PR
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes • ADI 4.642/MS
Órgão julgador: Decisão monocrática Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
Data de julgamento: 17/08/2017 Órgão julgador: Decisão monocrática
Data de publicação: 21/08/2017 Data de julgamento: 24/10/2017
Ementa: AÇÃO DIRETA DE Data de publicação: 27/10/2017
INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 18.573/2015 Ementa: AÇÃO DIRETA DE
DO ESTADO DO PARANÁ. FUNDO DE COMBATE INCONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº
À POBREZA. ADICIONAL DO ICMS SOBRE 13.162/ 2011 DO ESTADO DO MATO GROSSO DO
PRODUTOS SUPÉRFLUOS. ASSOCIAÇÃO QUE SUL. REGULAMENTAÇÃO DO PROTOCOLO
REPRESENTA PARCELA DOS CONTRIBUINTES ICMS Nº 21/2011. ATO NORMATIVO
REFERIDOS NA NORMA. AUSÊNCIA DE SECUNDÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE
DEMONSTRAÇÃO DA SUA CONDIÇÃO DE PROSSEGUIMENTO.
ENTIDADE DE CLASSE DE ÂMBITO NACIONAL. Resultado: O Ministro Relator negou seguimento
ILEGITIMIDADE ATIVA. à ação ajuizada em face do Decreto sul-mato-
Resultado: O Ministro Relator entendeu que a grossense nº 13.162/2011, que disciplinou, nos
associação que ajuizou a ação carece de legitimidade termos do Protocolo ICMS nº 21/2011, a exigência
ativa para postular a inconstitucionalidade da Lei da parcela do imposto devida nas operações de
paranaense nº 18.573/2015, que instituiu o Fundo aquisição de mercadoria, em outros entes
Estadual de Combate à Pobreza e, para o seu federativos, de forma não presencial. Segundo o
financiamento, o adicional de 2% nas alíquotas do Ministro, não obstante o referido Protocolo já tenha
ICMS incidente sobre produtos aludidos na Lei. sido declarado inconstitucional pela Corte, não cabe
Segundo o Ministro, a requerente, enquanto ação de controle abstrato contra decreto puramente
representante dos interesses do setor nacional de regulamentador, tendo em vista que somente é
refrigerantes, não demostrou a pertinência temática possível a aferição direta da compatibilidade de uma
entre os interesses específicos de seus filiados e a norma com o texto constitucional quando o ato
norma instituidora do referido Fundo. Destacou, impugnado for autônomo. Por fim, destacou que a
ainda, que a majoração do ICMS não é aplicável higidez jurídica da disposição secundária está,
apenas para o ramo dos refrigerantes, abarcando conforme reiterada jurisprudência da Corte, situada
operações com artefatos de joalheria, bebidas somente no plano da legalidade.
alcóolicas, cosméticos, dentre outros produtos; de
modo que, seguindo a jurisprudência da Corte, não • ADI 4.735/DF
pode propor ação direta a entidade que não Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
representa toda a categoria econômica em questão, Órgão julgador: Decisão monocrática
mas somente uma parcela setorizada desta. Data de julgamento: 27/10/2017
Data de publicação: 31/10/2017
• ADI 5.033/DF Ementa: AÇÃO DIRETA DE
Relator(a): Ministro Luiz Fux INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 170, §§ 1º e 2º,
Órgão julgador: Decisão monocrática DA IN RFB Nº 971/2009. TRIBUTAÇÃO DA
Data de julgamento: 13/10/2017 RECEITA DECORRENTE DE
Data de publicação: 18/10/2017 COMERCIALIZAÇÃO COM EMPRESAS
Ementa: AÇÃO DIRETA DE TRADINGS OU SOCIEDADES COMERCIAIS
INCONSTITUCIONALIDADE. ASSOCIAÇÃO QUE EXPORTADORAS. ASSOCIAÇÃO
REPRESENTA PARCELA DA CATEGORIA REPRESENTANTE DO COMÉRCIO EXTERIOR
FUNCIONAL. HIBRIDISMO ENTRE OS BRASILEIRO. AUSÊNCIA DE PERTINÊNCIA
MEMBROS INTEGRANTES. AUSÊNCIA DE TEMÁTICA ENTRE SEUS OBJETIVOS
DEMONSTRAÇÃO DA SUA CONDIÇÃO DE INSTITUCIONAIS PRÓPRIOS E AS NORMAS
ENTIDADE DE CLASSE DE ÂMBITO NACIONAL. ATACADAS. ILEGITIMIDADE ATIVA.
ILEGITIMIDADE ATIVA. Resultado: O Ministro Relator entendeu que a
Resultado: O Ministro Relator entendeu que associação postulante carece de legitimidade para
entidades de caráter abrangente, que congregam figurar no polo ativo da ação de controle
carreiras ou categorias profissionais diversas concentrado, por não ter demonstrado, de forma
(mesmo no exercício de labor análogo), não dispõem adequada, a relação de pertinência temática entre o
de legitimidade ativa para propor ações de controle seu objeto social e os dispositivos contestados – §§
normativo abstrato. Isso porque, segundo o 1º e 2º do art. 170 da IN RFB nº 971/2009. O
Ministro, a jurisprudência da Corte estabeleceu 3 Ministro destacou que a requerente representa o
condicionantes procedimentais para a atuação das segmento empresarial de exportação e importação
associações classistas em sede de controle de mercadorias e serviços, enquanto as normas
concentrado, quais sejam: (i) a homogeneidade impugnadas, ao excluírem da imunidade prevista no
entre seus membros; (ii) a representatividade art. 149, § 2º, I, da CF/1988 a receita decorrente da

Voltar ao sumário. 2
comercialização com tradings e sociedades informações importantes sobre a matéria discutida
comerciais exportadoras (considerada proveniente nos autos.
do comércio interno, ainda que, subsequentemente,
destinem-se à exportação), voltam-se, na verdade, a c) Coisa julgada
todo o conjunto de empresas cujas relações
tributárias redundam na exigência de contribuições • HC 145.829/DF
sociais. Dessa forma, ressaltou que reconhecer a Relator(a): Ministro Roberto Barroso
legitimidade ativa da entidade do caso concreto Órgão julgador: Decisão monocrática
implicaria a outorga de representatividade Data de julgamento: 10/08/2017
transcendental aos interesses dos seus filiados, Data de publicação: 15/08/2017
interpretação não condizente com o preceito do art. Ementa: COISA JULGADA. RECURSOS
103, IX, da CF/1988. INDEFERIDOS NA ORIGEM. MANUTENÇÃO DA
DECISÃO DE INADMISSIBILIDADE PELO STJ E
• ADI 5.742/DF PELO STF. FORMAÇÃO DO TRÂNSITO EM
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes JULGADO. RETROATIVIDADE À DATA DO
Órgão julgador: Decisão monocrática TÉRMINO DO PRAZO DE INTERPOSIÇÃO DO
Data de julgamento: 05/12/2017 RECURSO ESPECIAL E DO EXTRAORDINÁRIO.
Data de publicação: 07/12/2017 Resultado: O Ministro Relator entendeu que a
Ementa: AÇÃO DIRETA DE interposição de recurso especial e extraordinário
INCONSTITUCIONALIDADE. LC Nº 116/2003, NA não prejudica a formação da coisa julgada, quando
REDAÇÃO DADA PELA LC Nº 157/2016. ISSQN indeferidos pelo Tribunal de origem, em decisões de
SOBRE SERVIÇOS DE COSTURA E inadmissibilidade confirmadas pelo STJ e pelo STF.
ACABAMENTO. AUSÊNCIA DE CORRELAÇÃO O Ministrou destacou que, nessa hipótese, o trânsito
DIRETA ENTRE A NORMA E OS OBJETIVOS em julgado se concretiza ainda na instância
INSTITUCIONAIS DA CONFEDERAÇÃO ordinária e, portanto, retroage à data do fim do
SINDICAL. ILEGITIMIDADE ATIVA. prazo para interposição do último recurso cabível,
Resultado: O Ministro Relator entendeu pela conforme reiterada jurisprudência da Corte.
ausência de legitimidade ativa da confederação
sindical que ajuizou ação em controle concentrado d) Eficácia da decisão
para postular a inconstitucionalidade da nova
redação do subitem 14.05 da Lista Anexa à LC nº • TP na ADI 3.406/RJ e na ADI 3.470/RJ
116/2003, dada pela LC nº 157/2016, que dispõe Relator(a): Ministra Rosa Weber
sobre a incidência de ISSQN sobre serviços de Órgão julgador: Decisão monocrática
costura e acabamento realizados sobre bens de Data de julgamento: 19/12/2017
terceiros. O Ministro destacou que a requerente, Data de publicação: Pendente
enquanto representante dos interesses do setor Ementa: EFICÁCIA DA DECISÃO. DECLARAÇÃO
industrial, não demostrou a pertinência temática DE INCONSTITUCIONALIDADE COM EFEITO
entre seus objetivos institucionais, relacionados à VINCULANTE E ERGA OMNES. PEDIDO DE
circulação de mercadorias, e o conteúdo normativo MODULAÇÃO A SER TRAZIDO EM SEDE DE
impugnado, centrado na tributação de serviços. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PODER GERAL
DE CAUTELA. ARTS. 995, PARÁGRAFO ÚNICO, E
b) Amicus curiae 1.026, § 1º, DO CPC/2015. SUSPENSÃO APENAS
QUANTO À EFICÁCIA PARA TODOS ATÉ
• AgRg no RE 912.888/RS (RG) – Tema 827 FLUÊNCIA DO PRAZO PARA OPOSIÇÃO DOS
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes DECLARATÓRIOS.
Órgão julgador: Decisão monocrática Resultado: A Ministra Relatora suspendeu a
Data de julgamento: 30/08/2017 eficácia erga omnes atribuída à declaração de
Data de publicação: 01/09/2017 inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº
Ementa: AMICUS CURIAE. ADMISSÃO 9.055/1995, que autorizava a extração,
POSTERIOR AO JULGAMENTO DO MÉRITO. industrialização, utilização, comercialização e
POSSIBILIDADE. CONDICIONADA À transporte do amianto crisotila no país, até a
RELEVÂNCIA DA MATÉRIA, ESPECIFICIDADE publicação dos acórdãos e esgotamento do prazo
DO TEMA, REPERCUSSÃO GERAL DA para oposição dos embargos de declaração. A
CONTROVÉRSIA E REPRESENTATIVIDADE DOS Ministra entendeu que a imediata produção dos
POSTULANTES. efeitos da decisão, considerando a publicação da ata
Resultado: O Ministro Relator deferiu o ingresso de julgamento, tornaria inócuo eventual
da requerente nos autos, na condição de amicus acolhimento de pedido de modulação de efeitos em
curiae, mesmo já tendo sido apreciado o mérito do sede de declaratórios. Assim, para evitar risco de
recurso, submetido ao rito da repercussão geral. O dano grave ou de difícil reparação, à luz dos arts.
Ministro destacou que se trata de instrumento de 995, parágrafo único, e 1.026, § 1º, do CPC/2015,
democratização e maior legitimação da atuação da decidiu manter os efeitos da decisão apenas dentro
Corte na jurisdição constitucional brasileira, de do Estado do Rio de Janeiro.
modo que, cumpridos os requisitos (relevância e
especificidade da matéria, repercussão geral da e) Mandado de segurança
demanda e representatividade dos postulantes) e
verificada a pertinência entre a atuação da entidade • MS 35.231/DF
e a controvérsia em exame, sua participação, Relator(a): Ministro Edson Fachin
enquanto amicus curiae, deverá ser a mais ampla Órgão julgador: Decisão monocrática
possível, podendo colaborar com pareceres, dados e Data de julgamento: 11/10/2017

Voltar ao sumário. 3
Data de publicação: 16/10/2017 Data de publicação: 10/08/2017
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. ATO Ementa: ICMS. BENEFÍCIO FISCAL. LEI Nº
JUDICIAL SUJEITO A IMPUGNAÇÃO RECURSAL. 4.732/2011 DO DISTRITO FEDERAL. PRECEDIDA
EMANADO DO PRÓPRIO STF. AFRONTA À DE CONVÊNIO DO CONFAZ. PROGRAMA PRÓ-
SÚMULA Nº 267/STF E AO ART. 200 DO RISTF. DF. PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE.
INADMISSIBILIDADE. Resultado: O Ministro Relator revogou a liminar
Resultado: O Ministro Relator afirmou ser que havia suspendido os efeitos da Lei distrital nº
incabível a impetração de mandado de segurança 4.732/2011 até o julgamento de mérito do RE
em face de decisão judicial da qual caiba recurso 851.421/DF, submetido ao rito da repercussão geral,
com efeito suspensivo, nos termos do art. 5º, II, da por entender que não é possível afastar a presunção
Lei nº 12.016/2009 e da Súmula nº 267/STF. No de constitucionalidade e a vigência da norma
caso concreto, segundo o Ministro, o ato apontado impugnada, que remitiu créditos tributários de
como coator não transitou em julgado e sequer teve ICMS concedidos por benefícios fiscais declarados
o acórdão publicado, estando, ao menos em tese, inconstitucionais. Isso porque, segundo o Ministro,
sujeito à impugnação por meio de embargos de a jurisprudência da Corte apenas fixou a
declaração – recurso no qual pode ser suscitada a inconstitucionalidade de leis concessivas de
suspensão da eficácia da decisão, conforme disposto desoneração em ICMS que não foram precedidas de
no art. 1.026, § 1º, do CPC/2015. Ademais, destacou convênio autorizativo, ao passo que o Programa Pró-
que é inadmissível mandado de segurança contra DF, instituído pela Lei nº 4.732/2011, teve respaldo
ato proferido por Turma do STF, tendo em vista que no âmbito do CONFAZ e, portanto, não afronta o art.
os órgãos fracionários da Corte atuam em nome do 155, § 2º, XII, “g”, da CF/1988. Ademais, afastou a
próprio Tribunal e, portanto, não estão submetidos presença de periculum in mora, uma vez que a
à sua jurisdição, tal como exigido pelo art. 200 do remissão certificada na referida Lei alcançou
RISTF. créditos decorrentes de fatos geradores ocorridos
até setembro de 2011 e, portanto, ainda que venha a
f) Repercussão geral ser declarada inconstitucional, a teor do art. 173, I,
do CTN, não há mais decadência a ser prevenida
• RE 727.851/MG (RG) – Tema 685 pela Fazenda distrital. O Ministro ressalvou, por fim,
Relator(a): Ministro Marco Aurélio que os lançamentos tributários efetuados devem ter
Órgão julgador: Decisão monocrática a sua eficácia mantida apenas para afastar prejuízos
Data de julgamento: 11/10/2017 ao Erário, não podendo implicar restrição alguma
Data de publicação: 10/11/2017 aos contribuintes.
Ementa: REPERCUSSÃO GERAL
RECONHECIDA. SUSPENSÃO DA JURISDIÇÃO b) Substituição tributária
NO TERRITÓRIO NACIONAL. ART. 1.035, § 5º, DO
CPC/2015. CLÁUSULA EXCEPCIONAL. • TP na ADI 5.866/DF
PRECEITO CONFLITANTE COM O ART. 5º, XXXV, Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
DA CF/1988. ASSEGURADA A TRAMITAÇÃO Órgão julgador: Decisão monocrática
REGULAR DOS PROCESSOS. Data de julgamento: 29/12/2017
Resultado: O Ministro Relator indeferiu o pedido Data de publicação: Pendente
de suspensão nacional de todos os processos que Ementa: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.
versem sobre a extensão da imunidade recíproca ao CONVÊNIO ICMS Nº 52/2017. CONFAZ.
IPVA de automóveis comprados pelas IMPOSTO DE CARÁTER NACIONAL.
municipalidades no regime de alienação fiduciária. CONTRARIEDADE À CLÁUSULA
O Ministro destacou que, mesmo reconhecida a CONSTITUCIONAL DE RESERVA DE LEI E AO
repercussão geral da questão, a aplicação do art. PRINCÍPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE.
1.035, § 5º, do CPC/2015 deve ser excepcional, BITRIBUTAÇÃO NÃO AUTORIZADA. JUÍZO
tendo em vista que a norma conflita com as PROVISÓRIO. SUSPENSOS OS EFEITOS DAS
garantias constitucionais de acesso ao Judiciário e CLÁUSULAS 8ª, 9ª, 10ª, 11ª, 12ª, 13ª, 14ª, 16ª, 24ª
razoável duração do processo, versados no art. 5º, E 26ª.
XXXV e LXXVIII, da CF/1988. Assim, afirmou que Resultado: A Ministra Cármen Lúcia, Presidente
as balizas do recurso em exame não revelam do STF, suspendeu a eficácia de diversas cláusulas
situação jurídica passível de suspender a regular do Convênio ICMS nº 52/2017, até novo exame pelo
tramitação de inúmeros processos, até porque o Ministro Relator quando finalizado o recesso
argumento relacionado ao efeito multiplicador da forense. Segundo a Ministra, a fim de normatizar
decisão do STF já foi considerado para se admitir a protocolos e convênios firmados entre os Estados e
repercussão geral da matéria. Por fim, o Ministro o Distrito Federal acerca da técnica de substituição
ressaltou que os autos já foram liberados para tributária e de antecipação do imposto devido nas
inclusão na pauta do Plenário, o que evidencia a operações interestaduais, o ato adotado pelo
pouca utilidade da medida. CONFAZ parece não obedecer ao princípio da não
cumulatividade, nem à cláusula constitucional de
6. ICMS reserva de lei, prevista nos arts. 146, III, 150, § 7º, e
155, § 2º, XII, da CF/1988. Nesse sentir, destacou
a) Benefício fiscal que, apesar da competência estadual para sua
instituição, o ICMS é de configuração nacional e, por
• AC 3.802/DF isso, prescinde de lei complementar que integre as
Relator(a): Ministro Roberto Barroso disposições constitucionais e as legislações locais
Órgão julgador: Decisão monocrática para preservar a higidez do pacto federativo.
Data de julgamento: 08/08/2017 Ademais, a Ministra afirmou que a jurisprudência

Voltar ao sumário. 4
da Corte entende ser constitucional, para aferição da INCIDÊNCIA. DECRETOS NOS 31.879/2010 E
base de cálculo do ICMS, a inclusão do valor da 31.935/2010 DO MUNICÍPIO DO RIO DE
operação somado ao próprio tributo; mas ressaltou JANEIRO. EXORBITÂNCIA DA FUNÇÃO DE
que a incidência do ICMS-ST “por dentro” sobre a REGULAMENTAR A LEI MUNICIPAL.
base de cálculo definida a partir da Margem de Valor INEXISTÊNCIA. CONSTITUCIONALIDADE. BASE
Agregado (MVA), conforme disposto no ato DE CÁLCULO VARIANDO DE ACORDO COM A
impugnado, conduziria a uma dupla incidência do QUANTIA AUFERIDA PELOS SUJEITOS
imposto na espécie (considerando que o ICMS PASSIVOS. CONCRETIZAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
diferido já fora suportado pelo substituto tributário), ISONOMIA.
vedada pela CF/1988. Por fim, registrou que o Resultado: O Ministro Relator entendeu pela
Convênio estabeleceu requisitos próprios para constitucionalidade da incidência do ISSQN sobre
formulação da base tributável do imposto, serviços de registros públicos, cartorários e
conquanto devesse, dada sua natureza infralegal, notariais, uma vez que, apesar de prestados por
subsumir-se às regras definidas pela legislação delegação do Poder Público, tais atividades são
estadual (conformadas, por sua vez, à norma exercidas com intuito lucrativo e, assim, não são
complementar nacional), e não o contrário. Por imunes à tributação recíproca pelos entes federados,
essas razões, associadas ao impacto financeiro por força do art. 150, § 3º, da CF/1988. Em relação
advindos da vigência do aludido ato normativo a ao caso concreto, ressaltou que os Decretos cariocas
partir de janeiro de 2018, a Ministra deferiu nos 31.879/2010 e 31.935/2010 não violam o
parcialmente a cautelar requerida. princípio da legalidade, tendo em vista que, na sua
função regulamentadora, apenas esclareceram os
7. IPI, PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS- preceitos constantes da Lei municipal nº 691/1984,
IMPORTAÇÃO cujos fatos geradores eleitos são os mesmos dos
itens 21 e 21.1 da Lista Anexa à LC nº 116/2003 –
a) Equipamentos médicos para uso próprio declarados constitucionais pelo Plenário da Corte no
julgamento da ADI 3.089/DF e do RE 756.915/RS,
• RE 1.069.389/RJ submetido ao rito da repercussão geral. Ademais, o
Relator(a): Ministro Celso de Mello Ministro consignou que a base de cálculo
Órgão julgador: Decisão monocrática dimensionada pelo legislador, composta apenas da
Data de julgamento: 01/09/2017 efetiva remuneração do prestador do serviço, não
Data de publicação: 06/09/2017 afronta a isonomia por variar em conformidade com
Ementa: IPI. PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS- o importe auferido por cada contribuinte,
IMPORTAÇÃO. EQUIPAMENTOS MÉDICOS considerada a capacidade contributiva dos
PARA USO PRÓPRIO. ARRENDAMENTO delegatários. Essa técnica, segundo o Ministro, está
MERCANTIL. INCIDÊNCIA. em harmonia com a materialidade da exação, sendo
Resultado: O Ministro Relator afirmou que incide a sistemática da tributação fixa, a qual se refere o art.
IPI na importação de equipamentos médicos para 9º, §§ 1º e 3º, do DL nº 406/1968, aplicada somente
uso próprio, efetuada por meio de arrendamento para as sociedades prestadoras de serviços
mercantil, conforme reiterada jurisprudência da profissionais expressamente previstas em lei.
Corte. Ressaltou, inclusive, que a alegação de
violação ao princípio da não cumulatividade já foi 9. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
afastada pelo Plenário no julgamento do RE
723.651/PR, submetido ao rito da repercussão geral, a) Imunidade
por ser irrelevante o fato de se tratar de consumidor
final. Quanto ao PIS-Importação e à COFINS- • Rcl 28.012/SP
Importação incidentes na operação mencionada, o Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
Ministro seguiu o entendimento fixado no RE Órgão julgador: Decisão monocrática
559.937/RS, também submetido ao rito da Data de julgamento: 24/08/2017
repercussão geral, no sentido de que é constitucional Data de publicação: 28/08/2017
a exigência das contribuições em apreço sobre os Ementa: IMUNIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE
bens importados, nos termos da Lei nº 10.865/2004, EDUCAÇÃO E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM
tendo em vista que foram expressamente previstas FINS LUCRATIVOS. ART. 150, VI, “C”, DA CF/1988.
nos arts. 149, § 2º, II, e 195, IV, da CF/1988 e, IPTU. LOTE OCIOSO. NÃO INCIDÊNCIA.
portanto, não estão subordinadas à edição de lei VINCULAÇÃO DOS BENS ÀS FINALIDADES
complementar. ESSENCIAIS DA ENTIDADE. ÔNUS DA PROVA
IMPUTADO AO FISCO.
8. ISSQN Resultado: O Ministro Relator afirmou que a
imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “c”, da
a) Serviços de registros públicos, cartorários e CF/1988 alcança os bens imóveis de propriedade
notariais das instituições de educação e de assistência social
sem fins lucrativos que atendam os requisitos legais,
• AgRg no ARE 873.804/RJ ainda que se trate de terrenos vagos, lotes não
Relator(a): Ministro Dias Toffoli edificados ou ociosos. Ademais, ressaltou que essa
Órgão julgador: Decisão monocrática orientação foi firmada no RE 767.332/MG,
Data de julgamento: 31/10/2017 submetido ao rito da repercussão geral, de modo que
Data de publicação: 09/11/2017 é ilícita a cobrança de IPTU pelas municipalidades
Ementa: ISSQN. SERVIÇOS DE REGISTROS quando não há prova de eventual tredestinação dos
PÚBLICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS. ITENS imóveis gravados pela imunidade. Segundo o
21 E 21.1 DA LISTA ANEXA À LC Nº 116/2003. Ministro, cabe ao ente tributante o ônus de elidir a

Voltar ao sumário. 5
presunção que milita em favor da instituição, haja Data de publicação: 01/12/2017
vista o seu direito constitucional de não pagar o Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI,
referido imposto. “A”, DA CF/1988. SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA DEDICADA AO CONTROLE DA
• RMS 26.722/DF QUALIDADE AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO
Relator(a): Ministro Roberto Barroso PAULO. SERVIÇO DESEMPENHADO EM
Órgão julgador: Decisão monocrática REGIME DE EXCLUSIVIDADE. EXTENSÃO DA
Data de julgamento: 08/09/2017 REGRA IMUNIZANTE EM RELAÇÃO AOS
Data de publicação: 12/09/2017 IMPOSTOS FEDERAIS. POSSIBILIDADE.
Ementa: IMUNIDADE DAS ENTIDADES Resultado: O Ministro Relator reconheceu a
BENEFICENTES DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. ART. imunidade recíproca sobre impostos federais
195, §7º, DA CF/1988. REQUISITOS MATERIAIS. incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de
PREVISÃO EM LEI COMPLEMENTAR. sociedade de economia mista que desempenha
NECESSIDADE. DIREITO ADQUIRIDO À serviço público essencial em regime de
MANUTENÇÃO DA IMUNIDADE. INEXISTÊNCIA. exclusividade. No caso concreto, destacou que a
Resultado: O Ministro Relator afirmou não ser Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
possível negar o pedido de instituição de ensino para (CETESP) foi criada para fiscalização,
renovação do Certificado de Entidade Beneficente monitoramento e licenciamento de atividades
de Assistência Social (CEBAS), apenas por não ter geradoras de poluição, sendo a única entidade a
sido demonstrada a aplicação do percentual mínimo exercer essas atribuições que denotam típico
de 20% da receita bruta em gratuidade, como exercício de poder de polícia administrativa em todo
exigiam o art. 2º, IV, do Decreto nº 752/1993 e o art. o território paulista. Dessa forma, o Ministro
3º, VI, do Decreto nº 2.536/1998. Segundo o consignou que, na condição de delegatária de
Ministro, tais dispositivos foram declarados serviços públicos essenciais, vinculados, in casu, à
inconstitucionais no julgamento conjunto das ADIs saúde pública e preservação do meio ambiente, a
2.028/DF, 2.036/DF, 2.228/DF e 2.621/DF, bem CETESP é alcançada pela imunidade do art. 150, VI,
como do RE 566.622/RS, submetido ao rito da “a”, da CF/1988. Por fim, registrou que a benesse
repercussão geral, porque estabeleciam, para o gozo não abarca as contribuições sociais, conforme
de imunidade tributária, requisitos materiais não reiterada jurisprudência da Corte.
previstos em lei complementar. Ressaltou, no
entanto, que é legítima a imposição da renovação b) Sanção política
periódica do certificado, uma vez que não há direito
adquirido à imunidade. • MC na ADI 5.450/DF
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
• ACO 1.690/PE Órgão julgador: Decisão monocrática
Relator(a): Ministro Edson Fachin Data de julgamento: 18/09/2017
Órgão julgador: Decisão monocrática Data de publicação: 20/09/2017
Data de julgamento: 29/11/2017 Ementa: SANÇÃO POLÍTICA. ENTIDADES
Data de publicação: 30/11/2017 DESPORTIVAS PROFISSIONAIS DE FUTEBOL.
Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI, CONDICIONAMENTO DA PARTICIPAÇÃO EM
“A”, DA CF/1988. SOCIEDADE DE ECONOMIA COMPETIÇÕES À REGULARIDADE FISCAL E
MISTA DEDICADA À POLÍTICA HABITACIONAL TRABALHISTA. ART. 40 DA LEI Nº 13.155/2015.
DO ESTADO DE PERNAMBUCO. SERVIÇO MEIO OBLÍQUO DE COBRANÇA DE TRIBUTO.
DESEMPENHADO EM REGIME DE INCONSTITUCIONALIDADE.
CONCORRÊNCIA. EXTENSÃO DA REGRA Resultado: O Ministro Relator suspendeu, ad
IMUNIZANTE. IMPOSSIBILIDADE. referendum do Plenário, a eficácia do art. 40 da Lei
Resultado: O Ministro Relator afirmou que só faz nº 13.155/2015, que condicionou a participação de
jus à extensão da imunidade recíproca a sociedade entidades desportivas em competições de futebol ao
de economia mista que preste serviço público em cumprimento de critérios técnicos de âmbito
caráter monopolístico, não concorrencial e sem exclusivamente fiscal e trabalhista. Segundo o
finalidade lucrativa. Nesse sentir, destacou que, no Ministro, o dispositivo impõe restrições
caso concreto, a Companhia Estadual de Habitação desarrazoadas e desproporcionais à autonomia
Popular (CEHAP) não desempenha suas atividades desportiva, consagrada no art. 217 da CF/1988, uma
em regime de exclusividade, uma vez que programas vez que vincula a habilitação dessas associações
de acesso à moradia e construção de habitações profissionais ao atendimento de requisitos que não
populares são abertos a diversas empreiteiras e apresentam nenhuma relação com o desempenho
agentes financeiros que atuam no segmento da esportivo dos clubes de futebol (como a
construção civil. Assim, o Ministro entendeu que apresentação de CND referente a créditos
conceder à entidade integrante da Administração tributários federais, de certificado de regularidade
indireta qualquer favor fiscal não alcançado pelas do FGTS e comprovantes de pagamento dos
demais empresas do setor privado violaria o vencimentos e dos contratos de imagem dos atletas),
comando do art. 173, § 2º, da CF/1988 e, por isso, além de prever o rebaixamento de divisão às
não se aplica à CEHAP a regra imunizante do art. agremiações que não cumprirem tais exigências.
150, VI, “a”, da CF/1988. Desse modo, afirmou que a norma impugnada
revela-se arbitrária e inconstitucional, por se tratar
• ACO 2.304/SP de meio indireto de coerção estatal para compelir o
Relator(a): Ministro Roberto Barroso contribuinte inadimplente ao pagamento de
Órgão julgador: Decisão monocrática tributos.
Data de julgamento: 29/11/2017

Voltar ao sumário. 6
10. PIS & COFINS VI, “C”, DA CF/1988. ISSQN. SERVIÇOS DE
ASSESSORIA E CONSULTORIA. VINCULAÇÃO ÀS
a) Base de cálculo FINALIDADES ESSENCIAIS DA ENTIDADE.
ÔNUS DA PROVA IMPUTADO AO FISCO.
• RE 1.044.674/RS Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
Relator(a): Ministro Edson Fachin que não cabe à entidade educacional demonstrar
Órgão julgador: Decisão monocrática que utiliza seus bens, rendas ou serviços em
Data de julgamento: 30/08/2017 conformidade com as finalidades institucionais
Data de publicação: 05/09/2017 exigidas para o proveito da imunidade tributária
Ementa: PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/1988, mas sim ao
SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL ente tributante demonstrar a eventual tredestinação
DE PASSAGEIROS. PARCELA REPASSADA À da atividade gravada pela benesse constitucional,
RODOVIÁRIA. CORRESPONDENTE A 11% DO conforme jurisprudência da Corte. Ademais, os
VALOR DAS PASSAGENS. INCIDÊNCIA. Ministros destacaram que o Tribunal de origem
Resultado: O Ministro Relator entendeu que a consignou que o contribuinte preencheu os
importância retida do valor da passagem paga pelos requisitos legais para o reconhecimento da
usuários do transporte intermunicipal, e repassada imunidade e, por isso, afastou a incidência de ISSQN
às estações rodoviárias, integra a base de cálculo do sobre serviços de assessoria e consultoria prestados
PIS e da COFINS recolhidos pelas empresas pela instituição educacional, de modo que alterar tal
prestadoras desse serviço. Isso porque, segundo o entendimento implicaria reexame do acervo fático-
Ministro, o conceito de faturamento, conforme probatório dos autos, inviável em sede de recurso
reiterada jurisprudência da Corte, envolve a extraordinário devido ao óbice da Súmula nº
somatória das receitas resultantes das atividades 279/STF.
empresariais, e não apenas da venda de bens e
serviços correspondentes à emissão de faturas. • AgRg no RE 739.085/SP
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes
B. PRIMEIRA TURMA (designado para redação do acórdão)
Órgão julgador: 1ª Turma do STF
1. ICMS Data de julgamento: 03/10/2017
Data de publicação: 06/12/2017
a) Creditamento Ementa: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150,
VI, “D”, DA CF/1988. ABRANGÊNCIA.
• AgRg no RE 601.758/RS MAQUINÁRIOS UTILIZADOS NO PROCESSO DE
Relator(a): Ministro Luiz Fux PRODUÇÃO DE LIVROS, JORNAIS E
Órgão julgador: 1ª Turma do STF PERIÓDICOS. IMPOSSIBILIDADE.
Data de julgamento: 21/02/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
Data de publicação: 04/08/2017 imunidade tributária do art. 150, VI, "d", da
Ementa: ICMS. CREDITAMENTO. REGIME CF/1988 não pode ser interpretada de forma ampla
OPCIONAL DE TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADA. e irrestrita e, por conseguinte, não abrange os
REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. ESTORNO insumos e maquinários utilizados no processo de
TOTAL DOS CRÉDITOS. CONDIÇÃO PARA produção de livros, jornais e periódicos. Para os
ADESÃO. VALIDADE. Ministros, a regra imunizante tem como finalidade
Resultado: A Turma, por maioria, afirmou ser a garantia e efetivação da livre manifestação do
válido condicionar a apuração do ICMS com base de pensamento e da produção cultural, científica e
cálculo reduzida ao estorno total dos créditos fiscais artística, sendo extensível a quaisquer materiais
relativos às operações anteriores (de entradas assimiláveis ao papel utilizado no processo de
tributadas), quando for opção do contribuinte a impressão e à própria tinta especial para jornal, bem
adoção desse regime de tributação diferenciada. Os como aos serviços que integram o processo de edição
Ministros seguiram entendimento firmado no RE desses veículos de comunicação, mas não aos
584.023/RS, que assentou a ausência de violação ao equipamentos do parque gráfico. Desse modo,
princípio da não cumulatividade, por se tratar de ressaltaram que, conforme reiterada jurisprudência
sistemática facultativa, e a impossibilidade de o da Corte, é lícita a cobrança de II e IPI sobre as
Judiciário atuar como legislador positivo para chapas de gravação importadas pelo contribuinte
conceder o aproveitamento de créditos de ICMS de para impressão de jornais.
forma proporcional ao valor exonerado,
estabelecendo, assim, critério diverso do disposto na 3. TAXAS
legislação vigente.
a) Taxa de fiscalização de estabelecimentos
2. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
• AgInt no ARE 951.192/SP
a) Imunidade Relator(a): Ministro Marco Aurélio
Órgão julgador: 1ª Turma do STF
• ARE 1.010.350/SP Data de julgamento: 20/06/2017
Relator(a): Ministro Roberto Barroso Data de publicação: 27/09/2017
Órgão julgador: 1ª Turma do STF Ementa: TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE
Data de julgamento: 30/06/2017 ESTABELECIMENTOS. BASE DE CÁLCULO.
Data de publicação: 07/08/2017 NÚMERO DE EMPREGADOS. CRITÉRIO QUE
Ementa: IMUNIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE NÃO CORRESPONDE AO CUSTO DO SERVIÇO
EDUCAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. ART. 150, PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 7
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu transporte ferroviário. Segundo os Ministros,
ser inexigível Taxa de Fiscalização de mesmo com a exploração indireta, cuida-se de
Estabelecimentos cuja base de cálculo seja definida serviço público, prestado pela empresa em razão da
a partir do número de empregados do contribuinte. outorga da União, nos termos do art. 21, XII, “d”, da
Segundo os Ministros, para ser cobrada, a taxa deve CF/1988. Ressaltaram, ainda, que a jurisprudência
corresponder ao custo do serviço público ou do da Corte reconhece a estatalidade das atividades
poder de polícia desenvolvido, conforme reiterada exercidas em regime de delegação pertinente a
jurisprudência da Corte. serviços constitucionalmente monopolizados pelo
Poder Público, de modo que, visando a preservação
b) Taxa de utilização do SISCOMEX do sistema federativo, é vedado aos entes federados
instituir impostos sobre o patrimônio, a renda e os
• RE 959.274/SC serviços uns dos outros, na forma do art. 150, VI, “a”,
Relator(a): Ministro Roberto Barroso (designado da CF/1988.
para redação do acórdão)
Órgão julgador: 1ª Turma do STF 2. SIMPLES
Data de julgamento: 29/08/2017
Data de publicação: 13/10/2017 a) Creditamento de ICMS
Ementa: TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX.
MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. PORTARIA MF Nº • AgRg no ARE 938.209/PI
257/2011. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA Relator(a): Ministro Dias Toffoli
LEGALIDADE TRIBUTÁRIA. Órgão julgador: 2ª Turma do STF
Resultado: A Turma, por maioria, decidiu dar Data de julgamento: 30/06/2017
provimento ao regimental para que seja Data de publicação: 14/08/2017
devidamente processado o recurso extraordinário, Ementa: SIMPLES. CREDITAMENTO DE ICMS.
superando o entendimento de que o aumento da IMPOSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO
alíquota da Taxa de Utilização do SISCOMEX, por DA NÃO CUMULATIVIDADE. INEXISTÊNCIA.
meio da Portaria MF nº 257/2011, implicaria ofensa Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
meramente reflexa a preceito constitucional, uma que contribuintes optantes pelo SIMPLES não
vez que, à luz do disposto no art. 150, I, da CF/1988, podem aproveitar ou transferir créditos de ICMS,
somente lei em sentido estrito é instrumento hábil conforme reiterada jurisprudência da Corte. Os
para a criação e majoração de tributos. Os Ministros Ministros destacaram que se trata de um regime
destacaram que apesar de o tributo ter sido jurídico favorecido e, portanto, a vedação ao
instituído pela Lei nº 9.716/1998, que inclusive creditamento ocorre justamente para equilibrar a
incumbiu o reajuste da taxa ao Ministro da Fazenda, redução de encargos fiscais. Por fim, salientaram
o diploma legal não estabeleceu balizas mínimas que a não cumulatividade não traduz direito
para o exercício de eventual delegação tributária. absoluto, tampouco irrenunciável, de modo que não
Ademais, ressaltaram que de fato há jurisprudência cabe ao Poder Judiciário, sob o pretexto de ser mais
da Corte que reconhece, por força do art. 153, § 1º, favorável ao contribuinte, exercer papel legislativo
da CF/1988, a faculdade de órgão integrante do para conceder um sistema SIMPLES híbrido.
Executivo estabelecer as alíquotas do IPI, contudo,
não há, no tocante às taxas, permissivo 3. TAXAS
constitucional para excepcionar o princípio da
reserva legal. a) Taxa de fiscalização de estabelecimentos

C. SEGUNDA TURMA • ARE 990.914/SP


Relator(a): Ministro Dias Toffoli
1. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR Órgão julgador: 2ª Turma do STF
Data de julgamento: 20/06/2017
a) Imunidade Data de publicação: 19/09/2017
Ementa: TAXA DE FISCALIZAÇÃO DE
• AgRg no RE 1.009.682/MG ESTABELECIMENTOS. BASE DE CÁLCULO.
Relator(a): Ministro Celso de Mello ATIVIDADE DESENVOLVIDA NO
Órgão julgador: 2ª Turma do STF ESTABELECIMENTO DO CONTRIBUINTE.
Data de julgamento: 30/06/2017 CRITÉRIO QUE NÃO CORRESPONDE AO CUSTO
Data de publicação: 09/08/2017 DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA.
Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI, IMPOSSIBILIDADE.
“A”, DA CF/1988. IPTU. IMÓVEL UTILIZADO POR Resultado: A Turma, por maioria, afirmou que as
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA PARA taxas devem ser aferidas com base no custo do
EXECUTAR SERVIÇOS DE TRANSPORTE serviço público ou do exercício do poder de polícia,
FERROVIÁRIO. NÃO INCIDÊNCIA. TÍPICO conforme jurisprudência da Corte, de modo que a
SERVIÇO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE DE Taxa de Fiscalização de Estabelecimentos, instituída
SUBMISSÃO FISCAL DE UMA ENTIDADE pela Lei nº 13.477/2002 do Município de São Paulo,
FEDERADA A OUTRA. não pode ser estimada em função do tipo de
Resultado: A Turma, por unanimidade, decidiu atividade desenvolvida pelo contribuinte. Os
estender a garantia constitucional da imunidade Ministros destacaram que esse critério não
recíproca à Companhia Brasileira de Trens Urbanos considera a área ocupada pelos estabelecimentos,
(CBTU), afastando, assim, a incidência de IPTU tampouco implica uma maior ou menor demanda do
sobre o imóvel utilizado por esta sociedade de serviço de fiscalização, desvinculando, assim, o
economia mista na execução de serviços de montante a pagar pelo contribuinte do custo efetivo

Voltar ao sumário. 8
da atividade de polícia exercida. A aferição justa bem como a de execução autônoma da verba
desse custo, segundo os Ministros, deve refletir, na honorária, já foi reconhecida pelo STF no RE
medida do possível, a intensidade, extensão e 568.645/SP e no RE 564.132/RS, ambos submetidos
periodicidade do policiamento desempenhado. ao rito da repercussão geral. No entanto, ressaltou
que o fato de o advogado ter atuado em causa
D. PLENÁRIO plúrima não justifica a transformação dos
honorários em créditos múltiplos passíveis de
1. CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA execução fracionada, vez que a sua parcela não se
confunde com o crédito principal de cada cliente.
a) Execução provisória Assim, o Ministro consignou que se a condenação à
verba honorária foi global e, portanto, calculada
• RE 573.872/RS (RG) – Tema 45 sobre o montante total devido aos patrocinados, há
Relator(a): Ministro Edson Fachin um único crédito a ser executado pelo causídico para
Órgão julgador: Plenário do STF remuneração do trabalho prestado ao conjunto das
Data de julgamento: 24/05/2017 partes, conforme entendimento proferido pela 2ª
Data de publicação: 11/09/2017 Turma no julgamento do RE 1.038.035/RS. Pediu
Ementa: CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA. vista dos autos o Ministro Alexandre de Moraes.
EXECUÇÃO PROVISÓRIA. OBRIGAÇÃO DE
FAZER. REGIME DE PRECATÓRIOS. ART. 100, § c) Juros de mora e correção monetária
1º, DA CF/1988. INAPLICABILIDADE.
Resultado: O Plenário, por unanimidade, • RE 870.947/SE (RG) – Tema 810
entendeu que a execução provisória de obrigação de Relator(a): Ministro Luiz Fux
fazer ou não fazer em face da Fazenda Pública não Órgão julgador: Plenário do STF
atrai o regime constitucional dos precatórios, Data de julgamento: 20/09/2017
previsto no art. 100, § 1º, da CF/1988. Os Ministros Data de publicação: 20/11/2017
afirmaram que o sistema de precatórios é Ementa: CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA.
excepcional e refere-se apenas às prestações de APLICAÇÃO DOS ÍNDICES OFICIAIS DE
pagar quantia certa, dada a necessidade, após a REMUNERAÇÃO BÁSICA DA CADERNETA DE
promulgação da EC nº 30/2000, de previsão POUPANÇA (TR). JUROS DE MORA.
orçamentária para o pagamento de débitos INCONSTITUCIONALIDADE PARA DÉBITOS
originários de condenações judiciais. Assim, ORIUNDOS DE RELAÇÃO TRIBUTÁRIA.
destacaram que as obrigações de conduta podem ser CORREÇÃO MONETÁRIA.
cumpridas de maneira imediata pela Fazenda INCONSTITUCIONALIDADE
Pública, uma vez que não há razão para postergar o INDEPENDENTEMENTE DA NATUREZA DOS
efeito financeiro da sentença em função do seu DÉBITOS.
trânsito em julgado se não estiver sujeita a recurso Resultado: O Plenário, por maioria, afirmou que o
com efeito suspensivo, nos termos do art. 475-O do art. 1º-F da Lei nº 9.494/1997, na redação conferida
CPC/1973. pela Lei nº 11.960/2009, é inconstitucional na parte
em que trata dos juros moratórios incidentes sobre
b) Honorários advocatícios as condenações da Fazenda Pública de natureza
tributária, às quais devem ser aplicados os mesmos
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO juros de mora pelos quais o Fisco remunera seu
• EDv nos EDcl no AgRg no RE 919.793/RS; crédito tributário, em respeito ao princípio da
EDv no AgRg no ARE 797.499/RS; EDv nos isonomia. Todavia, conforme já fixado pela Corte no
EDcl no RE 919.269/RS; e EDv nos EDcl no julgamento das ADIs 4.357/DF e 4.425/DF, os
AgRg no RE 930.251/RS Ministros destacaram que o referido dispositivo é
Relator(a): Ministro Dias Toffoli constitucional na parte em que disciplina a aplicação
Órgão julgador: Plenário do STF dos juros de mora, segundo o índice de remuneração
Data de julgamento: 08/11/2017 oficial da caderneta de poupança (TR), para os
Data de publicação: Pendente débitos fazendários oriundos de relação jurídica não
Ementa: CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA. tributária. Noutro plano, entenderam que a norma
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. EXECUÇÃO em exame é inconstitucional ao impor a TR como
FRACIONADA EM PROCESSO COLETIVO. indexador de correção monetária nas condenações
PAGAMENTO DA VERBA NA PROPORÇÃO DO impostas à Fazenda Pública, independentemente de
MONTANTE DEVIDO A CADA UM DOS sua natureza. Isso porque, segundo os Ministros,
LITISCONSORTES FACULTATIVOS. AFRONTA nenhum dos componentes desse índice, que
AO ART. 100, § 8º, DA CF/1988. representa o retorno devido ao investidor em razão
IMPOSSIBILIDADE. CRÉDITO UNO E da perda de disponibilidade sobre capital próprio,
INDIVISÍVEL. guarda relação com a variação de preços de
Resultado: O Ministro Relator, acompanhado pelo determinado período, haja vista o disposto no art. 12
Ministro Marco Aurélio, entendeu pela da Lei nº 8.177/1991, com redação dada pela Lei nº
impossibilidade de fracionamento dos honorários 12.703/2012. Ressaltaram que a TR é sempre
advocatícios fixados em valor global, visto que tal prefixada e, portanto, qualifica-se como meio
hipótese é vedada pelo art. 100, § 8º, da CF/1988, inadequado para acompanhar a variação de preços
mesmo tratando-se de ação coletiva proposta contra da economia, terminando por impor restrição
a Fazenda Pública em regime de litisconsórcio desproporcional ao direito de propriedade. Assim,
facultativo. O Ministro destacou que a possibilidade para os Ministros, deve ser utilizado o IPCA-E para
de individualização dos valores estabelecidos para fins de atualização monetária – tanto em relação ao
as partes que integram litisconsórcio facultativo, período de tempo que compreende a inscrição do

Voltar ao sumário. 9
crédito em precatório e o seu efetivo pagamento, • RE 881.422/SP
como já assentado pela Corte, quanto ao intervalo Relator(a): Ministro Dias Toffoli
que compreende o ajuizamento da demanda (ou o Órgão julgador: Plenário do STF
dano efetivo) e a condenação imposta ao final da Data de julgamento: 08/11/2017
fase de conhecimento. Data de publicação: Pendente
Ementa: MODULAÇÃO DE EFEITOS.
2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA CONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA À LEI
ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO
a) FUNRURAL PRETO. REDUÇÃO DO NÚMERO DE
VEREADORES. CONSTITUCIONALIDADE.
• RE 718.874/RS (RG) – Tema 669 EFICÁCIA DA DECISÃO A PARTIR DA PRÓXIMA
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes ELEIÇÃO MUNICIPAL.
(designado para redação do acórdão) Resultado: O Plenário, por unanimidade, declarou
Órgão julgador: Plenário do STF a constitucionalidade da Emenda nº 43/2012 à Lei
Data de julgamento: 30/03/2017 Orgânica do Município de Ribeirão Preto, que
Data de publicação: 03/10/2017 reduziu o número de vereadores de 27 para 22. Na
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. sequência, o Ministro Relator, acompanhado pelos
FUNRURAL. EMPREGADOR RURAL PESSOA Ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin,
FÍSICA. NOVA REDAÇÃO DO ART. 195, I, DA Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Cármen
CF/1988, DADA PELA EC Nº 20/1998. LEI Nº Lúcia, propôs a modulação dos efeitos da decisão
10.256/2001. BASE DE CÁLCULO. RECEITA para que a redação da referida Emenda só passe a
BRUTA PROVENIENTE DA COMERCIALIZAÇÃO ter vigência a partir das eleições posteriores ao
DA SUA PRODUÇÃO. CONSTITUCIONALIDADE. presente julgamento, uma vez que, nos pleitos
INSTITUIÇÃO POR LEI COMPLEMENTAR. municipais de 2016, foram eleitos, por
DESNECESSIDADE. determinação do TJSP, 27 vereadores, não podendo
Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que a reforma dessa decisão incorrer na cassação do voto
é constitucional a contribuição social do popular. Inaugurando a divergência, o Ministro
empregador rural pessoa física, instituída pela Lei Marco Aurélio destacou que deveriam ser afastados
nº 10.256/2001, incidente sobre a receita bruta imediatamente os vereadores que tomaram posse
obtida com a comercialização da sua produção. Os nas cadeiras excedentes. Dessa forma, o Plenário,
Ministros destacaram que essa norma restabeleceu por maioria, deliberou suspender o julgamento para
a cobrança do FUNRURAL já sob o amparo da EC colher os votos dos Ministros ausentes acerca da
nº 20/1998 – que permitiu, para financiamento da modulação.
seguridade social, a equiparação de faturamento
com receita –, de modo que não se aplicam à referida b) Repartição de competências federativas
Lei os vícios formais ou materiais identificados pelo
STF no art. 25 da Lei nº 8.212/1991, quando julgado • RE 194.704/MG
o RE 596.177/RS, submetido ao rito da repercussão Relator(a): Ministro Edson Fachin (designado
geral. Ressaltaram, assim, que como o art. 195, I, da para redação do acórdão)
CF/1988 passou a prever expressamente a fonte de Órgão julgador: Plenário do STF
custeio desses segurados, não haveria mais que se Data de julgamento: 29/06/2017
falar na necessidade de edição de lei complementar, Data de publicação: 17/11/2017
nos termos do § 4º do art. 195, para a instituição e Ementa: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
cobrança da contribuição social com base na receita FEDERATIVAS. ASSUNTO DE INTERESSE
bruta. Ademais, os Ministros afirmaram que, não COMUM. NORMA MUNICIPAL RECEPCIONADA
obstante declarada pela Corte a PELA LEGISLAÇÃO FEDERAL VIGENTE.
inconstitucionalidade incidental do art. 25 da Lei nº AUSÊNCIA DE MANIFESTAÇÃO DA UNIÃO
8.212/1991, essa decisão não tem o condão de RETIRANDO A PRESUNÇÃO DE QUE O TEMA
extirpar o dispositivo do mundo jurídico, podendo a DEVE SER DISCIPLINADO PELO ENTE MENOR.
Lei nº 10.256/2001, assim, reaproveitar os incisos I PLENA AUTONOMIA DA MUNICIPALIDADE.
e II do art. 25, que tratam das alíquotas da Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que,
contribuição, para reintroduzir o empregador rural à luz do art. 23 da CF/1988, em se tratando de
como sujeito passivo dessa exação. Por fim, competência material comum entre a União, os
consignaram que não há violação ao princípio da Estados, o Distrito Federal e os Municípios, cabe às
isonomia na instituição de regimes diferenciados municipalidades legislar no que diz respeito ao
para empregadores rurais e urbanos, visto que se interesse local, desde que não ofendam à
trata de contribuintes em situações claramente subsidiariedade consentânea ao federalismo
distintas, sobretudo em face do caráter cooperativo esboçado no texto constitucional
eminentemente sazonal da atividade do produtor atualmente vigente. Os Ministros destacaram que,
rural – que se fosse tributado com base na folha de apesar de ser da União a prerrogativa final sobre o
salários dos seus empregados, por exemplo, alcance da regulação de certo tema, na inexistência
acarretaria o pagamento da contribuição patronal de norma federal explícita que, invocando melhor
mesmo nos meses de entressafra. competência técnica, retire a presunção de que
gozam os entes menores para o exercício da sua
3. DIREITO CONSTITUCIONAL autonomia, não se afigura possível que o Judiciário
acolha restrição do que foi disciplinado pela norma
a) Modulação de efeitos municipal, de forma apropriada e eficiente.

JULGAMENTO NÃO FINALIZADO • ADI 3.406/RJ e ADI 3.470/RJ

Voltar ao sumário. 10
Relator(a): Ministra Rosa Weber assim, da relação nominal juntada à inicial do
Órgão julgador: Plenário do STF processo de conhecimento. Os Ministros declararam
Data de julgamento: 29/11/2017 a constitucionalidade do art. 2º-A, parágrafo único,
Data de publicação: Pendente da Lei nº 9.494/1997, consignando que a
Ementa: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS delimitação temporal concernente à comprovação
FEDERATIVAS. ASSUNTO DE INTERESSE da filiação dos associados, para fins de execução de
REGIONAL. NORMA ESTADUAL MAIS sentença coletiva, decorre da própria exigência de
FAVORÁVEL À SAÚDE PÚBLICA E À PROTEÇÃO autorização específica para formalização da
DO MEIO AMBIENTE. CONSONANTE COM demanda, conforme estabelecido no RE
PRECEITOS CONSTITUCIONAIS. AUSÊNCIA DE 573.232/SC, submetido ao rito da repercussão geral.
REVISÃO DA LEGISLAÇÃO NACIONAL DIANTE Ressaltaram que diversamente dos sindicatos,
DO ALTO RISCO CANCERÍGENO DO AMIANTO. verdadeiros substitutos processuais, as associações
INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA encerram situação de representação e, portanto,
INCIDENTALMENTE. exigem a anuência de seus membros para a atuação
Resultado: O Plenário, por maioria, julgou judicial da entidade, nos termos do art. 5º, XXI, da
improcedente a ação ajuizada em face da Lei CF/1988. Dessa forma, os Ministros afirmaram que
fluminense nº 3.579/2001, que dispõe sobre a não é válida a inclusão de qualquer beneficiário
substituição progressiva dos produtos contendo depois de formado o título executivo judicial, vez
amianto na variedade crisotila, e declarou, que o direito de defesa da parte ré restaria, em
incidentalmente, com efeito vinculante e eficácia relação às inclusões, inviabilizado; havendo, na
erga omnes, a inconstitucionalidade do art. 2º da legislação ordinária, mecanismos legítimos para
Lei federal nº 9.055/1995, que por sua vez resolução de demandas repetitivas que podem
autorizava o uso dessa modalidade do amianto em solucionar, em observância ao devido processo legal,
todo o território brasileiro (vedando somente a o efeito multiplicador da presente decisão.
pulverização e a venda a granel de fibras em pó). Os
Ministros destacaram que, apesar de não ter sido b) Amicus curiae
impugnada nestas ações, a causa de pedir em
controle concentrado é aberta, podendo o STF se • AgRg no RE 593.849/MG (RG) – Tema 201
pronunciar quanto à inconstitucionalidade de Relator(a): Ministro Edson Fachin
normas tidas como fundamento da decisão. No Órgão julgador: Plenário do STF
mérito, asseveraram que, considerando a inércia Data de julgamento: 22/09/2017
estatal quanto à determinação de medidas e Data de publicação: 03/10/2017
salvaguardas indispensáveis à proteção do meio Ementa: AMICUS CURIAE. ADMISSÃO
ambiente e à defesa da saúde humana, a legislação POSTERIOR AO JULGAMENTO DO MÉRITO.
estadual não invadiu a esfera de competência da IMPOSSIBILIDADE. EXCEPCIONALIDADE DO
União, apenas adotou postura mais cautelosa em CASO PELA POSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO
face da natureza altamente cancerígena do mineral. DOS EFEITOS. NÃO CONFIGURADA.
Ademais, consignaram que, mesmo se fosse o caso Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu pela
de insuficiente certeza científica quanto à impossibilidade de deferir o ingresso de terceiro no
nocividade do uso controlado do amianto crisotila, feito, na qualidade de amicus curiae, após a
deve incidir o postulado da precaução, com assento ocorrência do julgamento de mérito do recurso,
no art. 225, § 1º, V, da CF/1988, dada a submetido ao rito da repercussão geral. Os
probabilidade de concretização do dano em Ministros afirmaram que, conforme reiterada
decorrência de atividade identificada por sua jurisprudência da Corte, a presença do amicus
potencialidade lesiva. curiae no processo se dá em benefício da jurisdição
e, portanto, não caracteriza um direito subjetivo do
4. DIREITO PROCESSUAL interessado, dependendo, na verdade, do crivo do
Relator por um juízo de pertinência e
a) Ação coletiva representatividade, bem como de oportunidade e
utilidade processual. No caso concreto, já firmada a
• RE 612.043/PR (RG) – Tema 499 tese jurídica a ser aplicada sobre as ações que
Relator(a): Ministro Marco Aurélio versem sobre idêntica questão de direito,
Órgão julgador: Plenário do STF destacaram que seriam pouco eficazes os subsídios
Data de julgamento: 10/05/2017 e pontos de vista a serem apresentados pelo
Data de publicação: 06/10/2017 interessado. Ademais, os Ministros asseveraram que
Ementa: AÇÃO COLETIVA. ASSOCIAÇÃO CIVIL. a existência de embargos declaratórios com pedido
BENEFICIÁRIOS DO TÍTULO EXECUTIVO. de atribuição de efeitos infringentes e de modulação
FILIAÇÃO ATÉ O AJUIZAMENTO DA DEMANDA. de efeitos não gera exceção ao entendimento do STF,
RELAÇÃO DOS ASSOCIADOS NA LISTA até pelo fato de a figura do amicus curiae, prevista
APRESENTADA NA PEÇA INICIAL. no art. 138 do CPC/2015, não se confundir com a
ALARGAMENTO DA EFICÁCIA SUBJETIVA DA assistência processual, a qual pode ser admitida, nos
COISA JULGADA FORMADA. termos do art. 119, parágrafo único, do CPC/2015,
IMPOSSIBILIDADE. em qualquer procedimento e em todos os graus de
Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que, jurisdição.
em caso de ação coletiva ajuizada por associação
civil sob o rito ordinário, a eficácia subjetiva da coisa 5. ICMS
julgada somente alcança os filiados, domiciliados no
âmbito da jurisdição do órgão julgador, que o a) Desconto pela antecipação do pagamento
fossem até a propositura da demanda, constando,

Voltar ao sumário. 11
• ADI 1.703/SC de cálculo do imposto, declaração do valor devido,
Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes cobrado ou pago pela energia, eliminando, assim, a
Órgão julgador: Plenário do STF confidencialidade dos preços praticados pelos
Data de julgamento: 08/11/2017 agentes vendedores desse bem. Essa prática,
Data de publicação: 19/12/2017 segundo a Ministra, é prejudicial à livre
Ementa: ICMS. DESCONTO PELA concorrência e, portanto, contraria o art. 170 da
ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO. LEI Nº CF/1988. Por fim, ressaltou que compete
10.542/1997 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. privativamente à União legislar sobre energia, de
PRÉVIA E ESPECÍFICA AUTORIZAÇÃO modo que o regulamento em exame não poderia
LEGISLATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE. impor às empresas distribuidoras o recolhimento do
ALIENAÇÃO DE AÇÕES DE EMPRESAS ICMS concernente a operações de comercialização
PÚBLICAS, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E das quais não participa, sob pena de violar o
INSTITUIÇÕES PERTENCENTES AO SISTEMA equilíbrio federativo. Pediu vista dos autos o
FINANCEIRO PÚBLICO DO ESTADO. PRÉVIA E Ministro Alexandre de Moraes.
ESPECÍFICA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.
CONSTITUCIONALIDADE DESDE QUE 6. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
IMPORTEM A PERDA DO CONTROLE
ACIONÁRIO. a) Imunidade
Resultado: O Plenário, por unanimidade, declarou
a inconstitucionalidade do inciso II do art. 10 da Lei • RE 594.015/SP (RG) – Tema 385
catarinense nº 10.542/1997, que exigia prévia e Relator(a): Ministro Marco Aurélio
específica autorização legislativa para cada operação Órgão julgador: Plenário do STF
de recolhimento antecipado do ICMS com desconto. Data de julgamento: 06/04/2017
Os Ministros destacaram que a norma impugnada Data de publicação: 25/08/2017
violou o princípio da separação dos poderes ao Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI,
invadir seara própria da Administração, tendo em “A”, DA CF/1988. IPTU. IMÓVEL DA UNIÃO
vista que, nos termos do art. 160, parágrafo único, ARRENDADO À SOCIEDADE DE ECONOMIA
do CTN, cabe à legislação tributária dispor, em MISTA PARA EMPREENDIMENTO PRIVADO.
caráter genérico, sobre as condições para concessão IMPOSSIBILIDADE DE ESTENDER A REGRA
de desconto pela antecipação do pagamento, mas IMUNIZANTE À EMPRESA QUE ATUA NO
compete ao Executivo concedê-los caso a caso. REGIME DA LIVRE CONCORRÊNCIA.
Noutro plano, declararam, ainda, a Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que
inconstitucionalidade parcial do inciso IV do mesmo a imunidade recíproca não se estende à empresa
dispositivo, dando-lhe interpretação conforme, para privada arrendatária de bem público, quando seja
que não se exija a intromissão do Legislativo nas ela exploradora de atividade econômica com fins
vendas de ações de entes estatais excedentes do lucrativos. Assim, na hipótese dos autos, os
mínimo indispensável ao exercício do controle Ministros decidiram pela constitucionalidade da
acionário por parte do Estado sobre essas entidades. cobrança do IPTU em relação a imóvel de
propriedade da Companhia Docas do Estado de São
b) Responsabilidade tributária Paulo (CODESP), arrendado à Petrobrás para
armazenamento e movimentação de petróleo, por
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO entender que a cessão se deu para a satisfação de
• ADI 4.281/SP objetivos estranhos ao interesse público. Segundo os
Relator(a): Ministra Ellen Gracie (aposentada) Ministros, a empresa pretendia usufruir da benesse
Órgão julgador: Plenário do STF constitucional enquanto atua no regime da livre
Data de julgamento: 02/08/2017 concorrência, extraindo do bem público todo um
Data de publicação: Pendente proveito econômico em benefício último dos seus
Ementa: ICMS. RESPONSABILIDADE acionistas. Desse modo, ressaltaram que reconhecer
TRIBUTÁRIA. DECRETO Nº 54.177/2009 DO a imunidade do art. 150, VI, “a”, da CF/1988
ESTADO DE SÃO PAULO. EMPRESAS DE implicaria afronta ao princípio da livre iniciativa e
DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COMO verdadeiro risco ao pacto federativo, dado o prejuízo
SUBSTITUTAS TRIBUTÁRIAS NO AMBIENTE DE causado às finanças municipais diante da
CONTRATAÇÃO LIVRE. OPERAÇÕES DE impossibilidade de se tributar imóveis utilizados por
COMERCIALIZAÇÃO DAS QUAIS NÃO particulares em atividades privadas. Por fim,
PARTICIPAM. afirmaram que não só a propriedade se afigura como
Resultado: A Ministra Relatora, acompanhada fato gerador do IPTU, de modo que sendo titular do
pela Ministra Cármen Lúcia, decidiu pela domínio útil do bem imóvel, sujeita-se à exação.
inconstitucionalidade do Decreto paulista nº
54.177/2009, que centralizou nas distribuidoras de • RE 330.817/RJ (RG) – Tema 593
energia elétrica a cobrança do ICMS devido sobre a Relator(a): Ministro Dias Toffoli
comercialização dessa energia em ambiente de Órgão julgador: Plenário do STF
contratação livre. A Ministra destacou que a norma Data de julgamento: 08/03/2017
impugnada contrariou as disposições dos arts. 5º, II, Data de publicação: 31/08/2017
e 150, I, da CF/1988, pois criou modalidade de Ementa: IMUNIDADE DO PAPEL. ART. 150, VI,
substituição tributária não prevista na Lei nº “D”, DA CF/1988. ABRANGÊNCIA. LIVROS
6.374/1989, do Estado de São Paulo. Ademais, ELETRÔNICOS. SUPORTES UTILIZADOS
consignou que o referido Decreto estabeleceu que o EXCLUSIVAMENTE PARA FIXAR SEU
destinatário da energia elétrica prestasse à CONTEÚDO. POSSIBILIDADE.
Secretaria da Fazenda, para fins da apuração da base

Voltar ao sumário. 12
Resultado: O Plenário, por unanimidade, A REGRA IMUNIZANTE À EMPRESA QUE ATUA
entendeu que livros eletrônicos e suportes próprios NO REGIME DA LIVRE CONCORRÊNCIA.
para sua leitura são alcançados pela imunidade Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que
tributária do art. 150, VI, “d”, da CF/1988. Os a imunidade recíproca não alcança imóveis da União
Ministros afirmaram que o dispositivo e das entidades federadas, cedidos para
constitucional, ao definir como imunes livros, empreendimentos privados exploradores de
jornais ou periódicos, privilegia a finalidade da atividade econômica com fins lucrativos. No caso
norma, que é a salvaguarda do bem utilizado para concreto, os Ministros decidiram afastar a benesse
manifestação do pensamento, democratização e constitucional e, assim, reconhecer a incidência de
difusão da cultura – sendo inclusive descabida a IPTU sobre imóvel cedido pela INFRAERO à
benesse, segundo os Ministros, se a publicação não empresa privada que desenvolve atividades
caracterizar veículo de ideias e conhecimentos. correlatas ao ramo automobilístico e, portanto,
Nesse sentir, aduziram que o termo “papel” presente alheias à administração aeroportuária. Segundo os
na referida norma representa somente o corpo Ministros, não se tratando da prestação de serviços
mecânico em que serão depositadas as informações públicos essenciais, a extensão da regra imunizante
e, portanto, não deve ser interpretado em sentido esbarra nos óbices dos §§ 2º e 3º do art. 150, VI, “a”,
literal, uma vez que desconsiderar os novos da CF/1988. Ademais, destacaram que, na hipótese,
fenômenos sociais e tecnológicos implicaria o a tributação não representa um risco à autonomia
esvaziamento da própria regra imunizante por política da União, uma vez que, enquanto a
simples lapso temporal. Diante disso, os Ministros imunidade destina-se à satisfação de interesses
decidiram que a imunidade também alcança audio públicos primários, a empreitada encontra-se
books, gravados no suporte CD-ROM ou qualquer desvinculada de qualquer propósito estatal, de
outro, e e-readers, desde que confeccionados modo que a retirada de um custo (o pagamento do
exclusivamente para a leitura de livros, cujas IPTU) permitiria, ainda, uma vantagem competitiva
funcionalidades eventualmente presentes sirvam artificial, incompatível com as normas garantidoras
somente para auxiliar o leitor, como dicionários da livre iniciativa e da livre concorrência.
eletrônicos e ferramenta para download das obras.
• RE 601.720/RJ (RG) – Tema 437
• RE 595.676/RJ (RG) – Tema 259 Relator(a): Ministro Marco Aurélio (designado
Relator(a): Ministro Marco Aurélio para redação do acórdão)
Órgão julgador: Plenário do STF Órgão julgador: Plenário do STF
Data de julgamento: 08/03/2017 Data de julgamento: 19/04/2017
Data de publicação: 18/12/2017 Data de publicação: 05/09/2017
Ementa: IMUNIDADE DO PAPEL. ART. 150, VI, Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI,
“D”, DA CF/1988. ABRANGÊNCIA. “A”, DA CF/1988. IPTU. IMÓVEL DA UNIÃO
COMPONENTES ELETRÔNICOS DESTINADOS CEDIDO À PESSOA JURÍDICA DE DIREITO
EXCLUSIVAMENTE A INTEGRAR UNIDADES PRIVADO PARA EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE
DIDÁTICAS COM FASCÍCULOS. POSSIBILIDADE. ECONÔMICA. INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE
Resultado: O Plenário, por unanimidade, DE ESTENDER A REGRA IMUNIZANTE À
entendeu que peças e componentes eletrônicos a EMPRESA QUE ATUA NO REGIME DA LIVRE
serem utilizados como material didático que CONCORRÊNCIA.
acompanhe publicações são alcançados pela Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que
imunidade tributária do art. 150, VI, “d”, da a imunidade recíproca não alcança bens públicos
CF/1988. Os Ministros afirmaram que o dispositivo utilizados por particulares para exploração de
constitucional, ao definir como imunes livros, atividade econômica com finalidade lucrativa. No
jornais ou periódicos, privilegia a finalidade da caso concreto, os Ministros decidiram afastar a
norma, que é a salvaguarda do bem utilizado para salvaguarda constitucional e, assim, reconhecer a
manifestação do pensamento, democratização e incidência de IPTU sobre imóvel afetado à
difusão da cultura, devendo ser interpretado de INFRAERO e alugado por empresa privada para
acordo com os avanços tecnológicos ocorridos desde comercialização e prestação de serviços em veículos
a promulgação da CF/1998. Diante disso, os automotores, por se tratarem de atividades alheias
Ministros decidiram que a imunidade também ao interesse do Poder Público. Segundo os Ministros,
alcança pequenos componentes eletrônicos, quando a extensão da regra imunizante, quando presente
destinados exclusivamente a integrar unidades inclusive cláusula contratual estabelecendo a
didáticas de fascículos, visto que fazem parte do responsabilidade da empresa em arcar com os
curso e objetivam facilitar o aprendizado. tributos devidos, esbarra nos óbices dos §§ 2º e 3º
do art. 150, VI, “a”, da CF/1988. Ademais,
• RE 434.251/RJ destacaram que essa tributação não representa um
Relator(a): Ministra Cármen Lúcia (designada risco ao pacto federativo, uma vez que a empreitada
para redação do acórdão) encontra-se desvinculada das competências
Órgão julgador: Plenário do STF constitucionais dos entes federativos, de modo que
Data de julgamento: 19/04/2017 a retirada de um custo (o pagamento do IPTU)
Data de publicação: 31/08/2017 permitiria, ainda, uma vantagem competitiva
Ementa: IMUNIDADE RECÍPROCA. ART. 150, VI, incompatível com as normas garantidoras da livre
“A”, DA CF/1988. IPTU. IMÓVEL DA UNIÃO iniciativa, a teor do § 2º do art. 173 da CF/1988. Por
CEDIDO A EMPREENDIMENTO PRIVADO fim, afirmaram que o possuidor de bem imóvel a
EXPLORADOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA. qualquer título pode figurar no polo passivo da
INCIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE ESTENDER obrigação tributária, não sendo sequer concebível

Voltar ao sumário. 13
como precária a posse oriunda de contrato firmado busca, por meio da benesse fiscal, efetivar políticas
com a Administração há mais de 20 anos. econômicas. Dessa forma, os Ministros afirmaram
que contemplar a fundação impetrante do presente
• RE 608.872/MG (RG) – Tema 342 mandamus com a isenção implicaria atuação do
Relator(a): Ministro Dias Toffoli Judiciário como legislador positivo, em afronta ao
Órgão julgador: Plenário do STF princípio da separação dos poderes.
Data de julgamento: 23/02/2017
Data de publicação: 27/09/2017 8. PASEP
Ementa: IMUNIDADE DAS INSTITUIÇÕES DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL. ART. 150, VI, “C”, DA a) Natureza jurídica
CF/1988. ICMS. MERCADORIAS ADQUIRIDAS
NA QUALIDADE DE CONTRIBUINTE DE FATO. • ADI 5.270/RR
APLICAÇÃO DA REGRA IMUNIZANTE. Relator(a): Ministra Rosa Weber
IMPOSSIBILIDADE. Órgão julgador: Plenário do STF
Resultado: O Plenário, por unanimidade, Data de julgamento: 30/06/2017
entendeu que a imunidade tributária subjetiva, Data de publicação: 08/08/2017
constante do art. 150, VI, “c”, da CF/1988, aplica-se Ementa: PASEP. NATUREZA JURÍDICA.
somente ao beneficiário que ostenta a condição de DESVINCULAÇÃO DE ENTE FEDERADO DO
contribuinte de direito. Os Ministros consignaram SISTEMA DE CONTRIBUIÇÃO. LEI Nº 309/2001
que não pode ser reconhecido o beneplácito DO ESTADO DE RORAIMA. AFRONTA AO ART.
constitucional à entidade de assistência social que 239 DA CF/1988. INCONSTITUCIONALIDADE.
não é sujeito passivo da obrigação tributária e ocupa PARTICIPAÇÃO COMPULSÓRIA.
a posição de simples contribuinte de fato, tal como Resultado: O Plenário, por unanimidade, decidiu
ocorre no caso concreto, uma vez que a repercussão pela inconstitucionalidade da Lei roraimense nº
econômica é irrelevante para a questão da 309/2001, que promoveu o desligamento do Estado,
imunidade. Assim, destacaram que os encargos suas autarquias e fundações do PASEP. Os Ministros
financeiros de ICMS eventualmente inseridos no destacaram que, apesar de a LC nº 8/1970 ter
preço de um produto e assumidos por essas facultado a participação dos entes federados no
instituições, na compra de mercadorias para uso Programa, a ordem constitucional atualmente
próprio, decorrem da relação de natureza contratual vigente deu à contribuição caráter nacional e
firmada com o vendedor, a quem não se estende a compulsório, conferindo-lhe, assim, natureza
norma imunizante. tributária, conforme jurisprudência da Corte.
Outrossim, ressaltaram que eximir o Estado de
7. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Roraima da arrecadação do PASEP, além de
afrontar ao art. 239 da CF/1988, traria prejuízos ao
a) Salário-educação financiamento do seguro-desemprego e do abono
salarial devido aos empregados que recebem até
• AgRg em MS 34.342/DF dois salários-mínimos mensais.
Relator(a): Ministro Dias Toffoli
Órgão julgador: Plenário Virtual do STF 9. PIS & COFINS
Data de julgamento: 08/08/2017
Data de publicação: 23/08/2017 a) ICMS na base de cálculo
Ementa: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SALÁRIO-
EDUCAÇÃO. ISENÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES • RE 574.706/PR (RG) – Tema 69
DE FINS CULTURAIS. ATO DISCRICIONÁRIO. Relator(a): Ministra Cármen Lúcia
BENEFÍCIO PREVISTO NA LEI Nº 9.766/1998. Órgão julgador: Plenário do STF
REGULAMENTAÇÃO PELO DECRETO Nº Data de julgamento: 15/03/2017
6.003/2006. REDIRECIONAMENTO A ÓRGÃO Data de publicação: 02/10/2017
INTEGRANTE DO PODER EXECUTIVO. Ementa: PIS. COFINS. ICMS NA BASE DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PRESIDENTE DA CÁLCULO. AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO DE
REPÚBLICA. FATURAMENTO OU RECEITA. VALOR
Resultado: O Plenário, por unanimidade, DESTINADO AO FISCO. NÃO COMPOSIÇÃO.
entendeu que o Presidente da República carece de Resultado: O Plenário, por maioria, decidiu que o
legitimidade passiva para responder pela omissão ICMS não compõe a base de cálculo da contribuição
quanto à regulamentação do art. 1º, § 1º, IV, da Lei ao PIS e da COFINS, pois o valor do imposto gerado
nº 9.766/1998, que estabelece a isenção do na circulação de mercadorias ou na prestação de
recolhimento da contribuição social do salário- serviços não guarda relação com a definição
educação às organizações de fins culturais. Os constitucional de faturamento ou receita, tratando-
Ministros consignaram que a atribuição ao Poder se de simples ingresso de caixa. Segundo os
Executivo para tal regulamentação, conforme Ministros, o ICMS apenas circula pela contabilidade
disposto no art. 9º da referida Lei, não resulta na dos sujeitos passivos, mas não se incorpora
competência privativa do Presidente, de modo que a definitivamente ao seu patrimônio, porquanto
edição do Decreto nº 6.003/2003, redirecionando a destinado aos cofres públicos, conforme assentado
definição dessas organizações, faz com que a no RE 240.785/MG. Nesse sentir, ressaltaram que,
omissão só possa ser atribuída à autoridade que embora parte do ICMS destacado na fatura seja
recebeu a incumbência de dispor sobre o assunto e, aproveitado pelo contribuinte para compensar o
ainda assim, permaneceu inerte. Ademais, montante já recolhido na operação anterior – em
ressaltaram que a concessão de isenção tributária é razão da não cumulatividade disposta no art. 155, §
ato discricionário da Administração Pública, que 2º, I, da CF/1988 –, todo o tributo será, em algum

Voltar ao sumário. 14
momento da cadeia de incidência, repassado ao Paulo, órgão vinculado à estrutura da polícia militar
Fisco e, por isso, não pode ser incluído no para execução de atividades de defesa civil.
faturamento das pessoas jurídicas. Ademais, destacaram que nem mesmo a unidade da
federação poderia se valer de taxa para remunerar
10. TAXAS atividade precípua sua e direito de todos (a
segurança pública), viabilizada, na verdade, por
a) Custas e emolumentos judiciais meio da arrecadação de impostos.

• ADI 3.111/RJ E. REPERCUSSÃO GERAL


Relator(a): Ministro Alexandre de Moraes RECONHECIDA
Órgão julgador: Plenário do STF
Data de julgamento: 30/06/2017 1. DIREITO CONSTITUCIONAL
Data de publicação: 08/08/2017
Ementa: TAXAS. CUSTAS E EMOLUMENTOS a) Poder regulamentar
JUDICIAIS. LEI Nº 3.761/2002, DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO. PRODUTO DA ARRECADAÇÃO • RE 902.261/SP (RG) – Tema 969
DESTINADO A ENTIDADE PRIVADA. Relator(a): Ministro Marco Aurélio
IMPOSSIBILIDADE. AFRONTA AO ART. 145, II, Órgão julgador: Plenário Virtual do STF
DA CF/1988. Data de julgamento: 20/10/2017
Resultado: O Plenário, por unanimidade, decidiu Data de publicação: 13/11/2017
pela inconstitucionalidade do art. 1º da Lei Ementa: PODER REGULAMENTAR. COMISSÃO
fluminense nº 3.761/2002, na parte em que DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM).
determinou o repasse de valores recolhidos pelos FISCALIZAÇÃO DO MERCADO DE VALORES
cartórios e ofícios notariais, a título de custos e MOBILIÁRIOS. APRECIAÇÃO DA INSTRUÇÃO
emolumentos, em favor de pessoas jurídicas de CVM Nº 308/1999 EM FACE DA LEI Nº
direito privado. Os Ministros destacaram que as 6.385/1976. AUTORIZAÇÃO PARA IMPOR
receitas obtidas em razão do poder de polícia RESTRIÇÕES OU PENALIDADES AO EXERCÍCIO
exercido sobre as atividades notariais e de registro DA ATIVIDADE DO AUDITOR INDEPENDENTE.
têm natureza jurídica de taxa e, portanto, sua Resultado: O Plenário Virtual, por maioria,
destinação a entidades privadas possibilitaria a reconheceu a existência de repercussão geral da
utilização de recursos públicos em finalidades questão referente aos limites do poder normativo da
alheias àquelas essenciais à Justiça, violando, assim, CVM, quanto à atividade profissional do auditor
o disposto nos arts. 98, § 2º, e 145, II, da CF/1988. independente e às pessoas naturais ou jurídicas a ele
Ademais, declararam a não recepção pela ordem vinculadas, dispondo sobre infrações e sanções.
constitucional vigente do DL nº 122/1969 e das Leis
nos 290/1979, 489/1981 e 590/1982, todos do 2. DIREITO PROCESSUAL
Estado do Rio de Janeiro, mesmo o requerente não
tendo impugnado todo esse complexo normativo. a) Liquidação de sentença
Isso porque, segundo os Ministros, o efeito
repristinatório da declaração de • RE 1.086.583/AM (RG) – Tema 980
inconstitucionalidade não alcança normas editadas Relator(a): Ministro Marco Aurélio
antes da CF/1988, de modo que a questão da colisão Órgão julgador: Plenário Virtual do STF
entre a nova Constituição e as normas anteriores Data de julgamento: 08/12/2017
cuja eficácia seria revigorada deve ser resolvida Data de publicação: Pendente
segundo princípios de direito intertemporal. Ementa: LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA.
ALTERAÇÃO DE CRITÉRIOS JÁ DEFINIDOS EM
b) Taxa de combate a sinistros AÇÃO DE CONHECIMENTO OU DE EXECUÇÃO
CONTRA A FAZENDA PÚBLICA.
• RE 643.247/SP (RG) – Tema 16 FLEXIBILIZAÇÃO DA COISA JULGADA.
Relator(a): Ministro Marco Aurélio SUPERVENIÊNCIA DO REGIME JURÍDICO
Órgão julgador: Plenário do STF ÚNICO. LIMITAÇÃO DOS EFEITOS
Data de julgamento: 01/08/2017 PECUNIÁRIOS DA CONDENAÇÃO.
Data de publicação: 19/12/2017 Resultado: O Plenário Virtual, por maioria,
Ementa: TAXA DE COMBATE A SINISTROS. reconheceu a existência de repercussão geral da
SEGURANÇA PÚBLICA. COMPETÊNCIA questão relativa à intangibilidade da coisa julgada
ESTADUAL. LEI Nº 8.822/1978 DO MUNICÍPIO quanto aos juros estabelecidos em processo de
DE SÃO PAULO. AFRONTA AO ART. 144 DA conhecimento ou em execução contra a Fazenda
CF/1988. INCONSTITUCIONALIDADE. Pública e, ainda, sobre a possibilidade de limitação
ARRECADAÇÃO VIABILIZADA POR IMPOSTOS. dos efeitos pecuniários da condenação ao advento
Resultado: O Plenário, por maioria, entendeu que do Regime Jurídico Único (RJU) pela Lei nº
é inviável a cobrança de taxa municipal para 8.112/1990.
financiar serviços de combate a sinistros, tendo em
vista a competência estadual em relação à segurança 3. IRPJ & CSLL
pública, nos termos do art. 144 da CF/1988. Assim,
os Ministros decidiram pela inconstitucionalidade a) Taxa SELIC
da taxa instituída pela Lei paulistana nº 8.822/1978,
voltada à extinção e prevenção de incêndios, uma • RE 1.063.187/SC (RG) – Tema 962
vez que esses serviços são prestados efetivamente Relator(a): Ministro Dias Toffoli
por meio do corpo de bombeiros do Estado de São Órgão julgador: Plenário Virtual do STF
Voltar ao sumário. 15
Data de julgamento: 15/09/2017 controvérsia, matéria constitucional a ser apreciada,
Data de publicação: 22/09/2017 conforme reiterada jurisprudência da Corte.
Ementa: IRPJ. CSLL. TAXA SELIC. JUROS DE
MORA. CORREÇÃO MONETÁRIA. REPETIÇÃO 3. IPI
DO INDÉBITO.
Resultado: O Plenário Virtual, por unanimidade, a) Regime de admissão temporária
reconheceu a existência de repercussão geral da
questão relativa à incidência do IRPJ e da CSLL • ARE 1.068.514/SP (RG) – Tema 963
sobre a taxa SELIC recebida pelo contribuinte na Relator(a): Ministro Dias Toffoli
repetição de indébito. Órgão julgador: Plenário Virtual do STF
Data de julgamento: 22/09/2017
F. REPERCUSSÃO GERAL Data de publicação: 10/10/2017
REJEITADA Ementa: IPI. BENS ADMITIDOS
TEMPORARIAMENTE NO PAÍS. UTILIZAÇÃO
1. CONTRIBUIÇÃO AO FGTS ECONÔMICA. INCIDÊNCIA PROPORCIONAL AO
TEMPO DE PERMANÊNCIA EM TERRITÓRIO
a) Parcelas indenizatórias NACIONAL. REGIME PREVISTO NO ART. 79 DA
LEI Nº 9.430/1996. MATÉRIA
• RE 1.050.346/SC (RG) – Tema 955 INFRACONSTITUCIONAL.
Relator(a): Ministro Dias Toffoli Resultado: O Plenário Virtual, por unanimidade,
Órgão julgador: Plenário Virtual do STF reconheceu a inexistência de repercussão geral da
Data de julgamento: 07/08/2017 questão relativa à incidência de IPI,
Data de publicação: 29/08/2017 proporcionalmente ao tempo de permanência no
Ementa: CONTRIBUIÇÃO AO FGTS. PARCELAS país, sobre os bens importados mediante contrato
INDENIZATÓRIAS. INCLUSÃO NA BASE DE de arrendamento mercantil, sob o regime de
CÁLCULO. CONCEITO DE REMUNERAÇÃO. admissão temporária previsto no art. 79 da Lei nº
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 9.430/1996. Os Ministros destacaram que não há,
Resultado: O Plenário Virtual, por maioria, na presente controvérsia, matéria constitucional a
reconheceu a inexistência de repercussão geral da ser apreciada, conforme reiterada jurisprudência da
questão referente à inclusão de parcelas de natureza Corte.
indenizatória na base de cálculo do FGTS. Os
Ministros destacaram que não há, na presente 4. IRPJ & CSLL
controvérsia, matéria constitucional a ser apreciada,
tendo em vista que o FGTS, enquanto direito de a) Crédito presumido de ICMS
índole social e trabalhista, não possui natureza
tributária ou previdenciária, conforme sedimentada • RE 1.052.277/SC (RG) – Tema 957
jurisprudência da Corte. Relator(a): Ministro Dias Toffoli
Órgão julgador: Plenário Virtual do STF
2. ICMS Data de julgamento: 19/08/2017
Data de publicação: 29/08/2017
a) TUST & TUSD Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE
ICMS. RENÚNCIA FISCAL. INCLUSÃO NA BASE
• RE 1.041.816/SP (RG) – Tema 956 DE CÁLCULO. MATÉRIA
Relator(a): Ministro Edson Fachin INFRACONSTITUCIONAL.
Órgão julgador: Plenário Virtual do STF Resultado: O Plenário Virtual, por maioria,
Data de julgamento: 07/08/2017 reconheceu a inexistência de repercussão geral da
Data de publicação: 17/08/2017 questão referente à inclusão de crédito presumido
Ementa: ICMS. TUST. TUSD. INCLUSÃO NA de ICMS, decorrente de incentivo fiscal estadual, na
BASE DE CÁLCULO. MATÉRIA base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Os Ministros
INFRACONSTITUCIONAL. destacaram que não há, na presente controvérsia,
Resultado: O Plenário Virtual, por maioria, matéria constitucional a ser apreciada, conforme
reconheceu a inexistência de repercussão geral da jurisprudência da Corte.
questão referente à inclusão da Tarifa de Uso do
Sistema de Transmissão (TUST) e da Tarifa de Uso
do Sistema de Distribuição (TUSD) na base de
cálculo do ICMS incidente sobre energia elétrica. Os
Ministros destacaram que não há, na presente

Voltar ao sumário. 16
G. REPERCUSSÃO GERAL EM NÚMEROS

1. ANÁLISE DA REPERCUSSÃO GERAL

O STF examinou a repercussão geral de 27 processos, sendo que 4 tratavam sobre matéria tributária.

15%

Tributário

Outros
85%

2. RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL

O STF reconheceu a repercussão geral de 20 temas. Destes, apenas 1 versava sobre direito tributário e tratou da
incidencia do IRPJ e da CSLL.

5%

Tributário

Outros

95%

3. REJEIÇÃO DA REPERCUSSÃO GERAL


Voltar ao sumário. 17
O STF rejeitou a repercussão geral de 7 temas. Destes, 3 correspondiam à matéria tributária.

57% 43%
Tributário

Outros

4. ANÁLISE DA REPERCUSSÃO GERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Em análise percentual dos processos de matéria tributária levados ao Plenário Virtual, o reconhecimento da
repercussão geral corresponde a 25% do total e a decisão pela inexistência da repercussão geral corresponde a 75%.

25%

Reconhecida

Rejeitada
75%

5. POSICIONAMENTO DOS MINISTROS - ANÁLISE DA REPERCUSSÃO GERAL EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA

Segue abaixo manifestação dos Relatores nos 4 processos de matéria tributária analisados no Plenário Virtual:
Voltar ao sumário. 18
2,5

1,5
Reconhecida

1 Rejeitada

0,5

6. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA E MÉRITO JULGADO

Dos 20 processos com repercussão geral reconhecida, 3 já tiveram o mérito julgado, tendo sido decididos no âmbito
do Plenário Virtual para reafirmação da jurisprudência consolidada sobre a matéria. Destes, nenhum versou sobre
direito tributário.

15%

Julgamento de mérito
pendente

Reafirmação de
jurisprudência
85%

7. JULGAMENTO DE MÉRITO

Voltar ao sumário. 19
O STF julgou, ainda, o mérito de 3 recursos extraordinários com repercussão geral reconhecida. Destes, 1
correspondia à matéria tributária e tratou sobre taxa.

33%

Tributário
67% Outros

8. JULGAMENTOS NÃO FINALIZADOS

Além dos 3 recursos extraordinários com repercussão geral reconhecida e mérito julgado, foram submetidos ao
Plenário outros 2 processos, também identificados como representativos da controvérsia, cujos julgamentos foram
suspensos ou interrompidos por pedidos de vista. Destes, nenhum correspondia à matéria tributária.

40%
Recursos extraordinários
julgados
60%
Recursos extraordinários não
finalizados

Voltar ao sumário. 20
Voltar ao sumário. 21
II. SUPERIOR TRIBUNAL DE pressupõe a existência de dissídio jurisprudencial
JUSTIÇA entre os órgãos fracionários do STJ acerca de uma
mesma questão jurídica, que deve ser demonstrada
por meio de certidão, cópia ou citação de repositório
A. DECISÕES MONOCRÁTICAS oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive,
por mídia eletrônica, na qual foi publicado o acórdão
11. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
divergente, sob pena de o recurso ser liminarmente
SOBRE A RECEITA BRUTA
indeferido pelo relator. O Ministro asseverou que,
no caso concreto, o recorrente não juntou cópia do
c) ICMS na base de cálculo acórdão indicado como paradigma, não cumprindo
a exigência estabelecida no art. 266, § 4º, do RISTJ,
• REsp 1.655.207/RS
fazendo apenas referência ao julgamento e
Relator(a): Ministro Herman Benjamin
apresentando certidões de julgamento, nas quais
Órgão julgador: Decisão monocrática
constam que o recurso especial foi conhecido. O
Data de julgamento: 06/09/2017
Ministro ainda ressaltou que são incabíveis
Data de publicação: 08/09/2017
embargos de divergência quando o acórdão
Ementa: CPRB. ICMS NA BASE DE CÁLCULO.
paradigma julga o mérito da demanda e o acórdão
INCLUSÃO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS. RE
embargado não ultrapassa o juízo de
574.706/PR. admissibilidade, como se observa no caso.
Resultado: O Ministro Relator determinou o
sobrestamento do caso até a publicação do acórdão
13. ICMS
proferido no RE 574.706/PR, julgado pelo STF,
submetido ao rito da repercussão geral, pois ambos
a) Creditamento
tratam de matéria similar, este fixou a tese de que o
ICMS não compõe a base de cálculo do PIS e da
• AREsp 748.359/RS
COFINS, e aquele trata sobre a inclusão do ICMS na
Relator(a): Ministra Assusete Magalhães
base de cálculo da CPRB.
Órgão julgador: Decisão monocrática
Data de julgamento: 06/07/2017
12. DIREITO PROCESSUAL
Data de publicação: 02/08/2017
Ementa: ICMS. CREDITAMENTO.
a) Agravo de instrumento
MERCADORIA DESTINADA AO ATIVO
PERMANENTE. COMODATO. EMPRESA DE
• REsp 1.700.500/SP
TELEFONIA MÓVEL. POSSIBILIDADE. ART. 20, §
Relator(a): Ministro Marco Aurélio Bellizze
1º, DA LC Nº 87/1996. INAPLICABILIDADE.
Órgão julgador: Decisão monocrática
Resultado: A Ministra Relatora entendeu que
Data de julgamento: 06/11/2017
empresa de telefonia móvel tem o direito de creditar
Data de publicação: 07/11/2017
o ICMS recolhido quando da aquisição de aparelhos
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
celulares para o ativo permanente da sociedade,
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA NÃO ELENCADA
mesmo que venham a ser posteriormente cedidos
NO ART. 1.015 DO CPC/2015. ROL TAXATIVO.
em comodato para clientes que contrataram seus
NÃO CABIMENTO. RECORRIBILIDADE EM
serviços. Segundo a Ministra, a operação não resulta
PRELIMINAR DE APELAÇÃO OU
de prestações isentas ou não tributadas, tampouco
CONTRARRAZÕES.
se trata da compra de mercadoria alheia à atividade
Resultado: O Ministro Relator entendeu que não é
do estabelecimento, de modo que o sujeito passivo
possível interpor agravo de instrumento contra
pode ser beneficiado pelos créditos de ICMS, pois
decisão que versa sobre conexão, uma vez que esta
não resta configurada a hipótese obstativa do art.
matéria não está prevista no rol taxativo de decisões
20, § 1º, da LC nº 87/1996. Ressaltou, por fim, que
interlocutórias que podem ser objeto do referido
a cessão dos celulares a clientes, em comodato, não
recurso, previsto no art. 1.015 do CPC/2015.
impede o creditamento do imposto, uma vez que não
Ademais, o Ministro destacou que as decisões
ocorre efetiva circulação da mercadoria, pois o bem
interlocutórias que não puderem ser impugnadas
não deixa de integrar o patrimônio da empresa de
por recurso de agravo de instrumento, são passíveis
telefonia.
de impugnação em preliminar de apelação ou em
suas contrarrazões, nos termos do art. 1.009, § 1º,
b) Responsabilidade tributária
do CPC/2015.
• REsp 1.301.964/DF
b) Embargos de divergência
Relator(a): Ministro Og Fernandes
Órgão julgador: Decisão monocrática
• EREsp 1.622.750/PR
Data de julgamento: 16/11/2017
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
Data de publicação: 17/11/2017
Órgão julgador: Decisão monocrática
Ementa: ICMS. RESPONSABILIDADE.
Data de julgamento: 16/10/2017
CHAMADAS INTERNACIONAIS.
Data de publicação: 17/10/2017
SOLIDARIEDADE ENTRE AS OPERADORAS
Ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
LOCAIS DE TELEFONIA. INEXISTÊNCIA.
ADMISSIBILIDADE. DEMONSTRAÇÃO DE
SERVIÇOS DE HABILITAÇÃO DE TELEFONE
DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. REPOSITÓRIO
MÓVEL. NÃO INCIDÊNCIA. ENTENDIMENTO
OFICIAL. ART. 266, § 4º, DO RISTJ.
FIRMADO NO RESP 816.512/PI, SUBMETIDO AO
NECESSIDADE.
RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS.
Resultado: O Ministro Relator entendeu que a
admissibilidade de embargos de divergência
Voltar ao sumário. 22
Resultado: O Ministro Relator entendeu que as contribuinte, não configurando lucro, por isso,
operadoras de telefonia local não respondem pelo devem ser excluídos da base de cálculo do IRPJ e da
ICMS-Comunicação incidente sobre serviços de CSLL. Dessa forma, o Ministro aplicou o mesmo
comunicação de longa distância, cujas chamadas entendimento ao caso concreto, conforme
não foram efetivadas por elas. Assim, destacou que orientação prevista no art. 266-C, do RISTJ.
o fato de essas empresas serem responsáveis pela
disponibilização de suas redes, faturamento e 16. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS
cobrança não as tornam contribuintes ou
responsáveis pelo recolhimento do tributo sobre a) Crédito presumido de ICMS
chamadas internacionais efetivamente prestadas
por outras empresas. Ainda consignou que os • REsp 1.693.661/RS
serviços de habilitação de aparelhos móveis Relator(a): Ministro Herman Benjamin
configuram atividade-meio, não sofrendo a Órgão julgador: Decisão monocrática
incidência do ICMS. O Ministro Relator destacou Data de julgamento: 07/12/2017
também o entendimento proferido no REsp Data de publicação: 12/12/2017
816.512/PI, submetido ao rito dos recursos Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE
repetitivos, no qual foi decidido que serviços ICMS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO. PIS.
suplementares, como os de habilitação, instalação, COFINS. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. BASE
disponibilidade, assinatura, cadastro de usuário e DE CÁLCULO. INCLUSÃO.
equipamento, são considerados preparatórios, Resultado: O Ministro Relator entendeu que é
acessórios ou intermediários, não constituindo, pacífico o entendimento de que o crédito presumido
verdadeiramente, serviços de comunicação, razão de ICMS configura diminuição de custos e despesas
pela qual não deve incidir ICMS. e, assim, não assume a natureza de receita ou
faturamento empresarial, razão pela qual não
14. IOF compõe a base de cálculo do PIS e da COFINS. Por
outro lado, quanto ao IRPJ e à CSLL, o Ministro
a) Operação de câmbio asseverou que a jurisprudência da 2ª Turma é no
sentido de que a concessão do referido benefício
• REsp 1.665.120/SP fiscal aumenta indiretamente a margem de lucro da
Relator(a): Ministro Herman Benjamin empresa, impactando na base de cálculo dos
Órgão julgador: Decisão monocrática tributos que incidem sobre tal expressão de riqueza,
Data de julgamento: 22/11/2017 por isso, deve compor a base de cálculo do IRPJ e da
Data de publicação: 23/11/2017 CSLL.
Ementa: IOF. OPERAÇÃO DE CÂMBIO.
RENOVAÇÃO DE CRÉDITO EXTERNO. B. PRIMEIRA TURMA
LIQUIDAÇÃO DE CONTRATO DE CÂMBIO.
INCIDÊNCIA. 1. CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA
Resultado: O Ministro Relator entendeu que a
liquidação de contrato de câmbio de empréstimo a) Embargos à execução
contratado no exterior constitui fato gerador do IOF,
conforme previsto no art. 63, II, do CTN. No caso JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
concreto, o contribuinte realizou operação de • REsp 1.124.028/RS
crédito externo, com prazo determinado, e ao final Relator(a): Ministra Regina Helena Costa
deste período, procedeu à sua renovação, ensejando Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
novo registro da operação. Assim, o Ministro Data de julgamento: 14/11/2017
concluiu que uma vez encerrado o prazo do Data de publicação: Pendente
empréstimo externo e firmado novo registro em Ementa: CONDENAÇÕES À FAZENDA PÚBLICA.
substituição ao original, a liquidação do contrato de EMBARGOS À EXECUÇÃO. TERMO INICIAL.
câmbio caracteriza hipótese de incidência do IOF. JUNTADA DO MANDADO DE CITAÇÃO.
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA DO ART. 20 DA
15. IRPJ & CSLL LEI Nº 11.033/2004. ENTREGA DOS AUTOS COM
VISTA. IMPOSSIBILIDADE.
a) Crédito presumido de ICMS Resultado: A Ministra Relatora entendeu que o
prazo de 30 dias para a Fazenda Pública apresentar
• EREsp 1.562.354/CE embargos à execução tem início a partir da juntada
Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques do mandado de citação cumprido, na forma
Órgão julgador: Decisão monocrática estabelecida pelo art. 1º-B da Lei nº 9.494/1997, e
Data de julgamento: 05/12/2017 não a partir da vista dos autos. A Ministra destacou
Data de publicação: 06/12/2017 que não é possível interpretar extensivamente o art.
Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE 20 da Lei nº 11.033/2004, que determina que para
ICMS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO. notificações e intimações à Fazenda Nacional exige-
ENTENDIMENTO FIXADO PELA 1ª SEÇÃO DO se apenas a entrega pessoal dos autos com vista, pois
STJ. tais atos não se confundem com a citação. Pediu
Resultado: O Ministro Relator afirmou que vista dos autos o Ministro Benedito Gonçalves.
créditos presumidos de ICMS não compõem a base
de cálculo do IRPJ e da CSLL, nos termos do
entendimento pacificado no EREsp 1.517.492/PR,
no qual a 1ª Seção da Corte assim decidiu, uma vez
que não se incorporam ao patrimônio do

Voltar ao sumário. 23
2. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA a) ICMS na base de cálculo

a) Abonos salariais, adicionais de horas • REsp 1.694.357/CE


extras, de insalubridade, de periculosidade, de Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
trabalho noturno, ajudas de custo, comissões, Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
diárias de viagem, gorjetas e prêmios Data de julgamento: 21/11/2017
Data de publicação: 01/12/2017
• REsp 1.517.074/RS Ementa: CPRB. ICMS NA BASE DE CÁLCULO.
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria EXCLUSÃO. POSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ DO STF. REPERCUSSÃO GERAL.
Data de julgamento: 08/08/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Data de publicação: 15/09/2017 que o ICMS não compõe a base de cálculo da CPRB,
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. uma vez que o valor arrecadado a título de ICMS não
ABONOS SALARIAIS. ADICIONAIS DE HORAS se incorpora ao patrimônio do contribuinte,
EXTRAS. ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE. seguindo orientação fixada pelo STF no RE
ADICIONAIS DE PERICULOSIDADE. 574.706/PR, submetido ao rito da repercussão geral,
ADICIONAIS DE TRABALHO NORTUNO. que fixou a tese de que o ICMS não compõe a base
AJUDAS DE CUSTO. COMISSÕES. DIÁRIAS DE de cálculo do PIS e da COFINS. Os Ministros
VIAGEM QUE ULTRAPASSEM 50% DA destacaram que, mutatis mutandis, aplica-se a
REMUNERAÇÃO. GORJETAS. PRÊMIOS. diretriz do STF ao caso, pois, igualmente, se está
NATUREZA SALARIAL. INCIDÊNCIA. diante de tributação que faz incluir o ICMS, que
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu efetivamente não adere ao patrimônio do
que incide contribuição previdenciária sobre os contribuinte, sobre a base de cálculo da CPRB.
adicionais de horas extras, de insalubridade, de
periculosidade, de trabalho noturno, gorjetas, 4. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
comissões, ajudas de custo e abonos, em razão do
caráter remuneratório destas verbas, conforme a) Pedido de ressarcimento
entendimento consolidado pela 1ª Seção do STJ, no
REsp 1.358.281/SP, submetido ao rito dos recursos JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
repetitivos. Por fim, os Ministros apontaram que o • AgInt no REsp 1.229.108/SC
art. 28, § 8º, “a”, da Lei nº 8.212/1991 prevê Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
expressamente a inclusão das diárias de viagem que Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
excedem 50% da remuneração na base de cálculo da Data de julgamento: 05/12/2017
contribuição previdenciária. Data de publicação: Pendente
Ementa: CRÉDITO TRIBUTÁRIO. PEDIDO DE
b) Décimo terceiro salário RESSARCIMENTO. PRAZO DE 360 DIAS. ART. 24
DA LEI Nº 11.457/2007. RESISTÊNCIA
• REsp 1.515.269/SP ILEGÍTIMA DO FISCO. CORREÇÃO MONETÁRIA.
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria MARCO INICIAL.
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ Resultado: O Ministro Relator entendeu que deve
Data de julgamento: 27/06/2017 ser considerada a mora do Fisco a partir da data do
Data de publicação: 31/08/2017 protocolo do pedido de ressarcimento do crédito
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. tributário, não havendo necessidade de aguardar os
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO. INCIDÊNCIA. 360 dias, previstos no art. 24 da Lei nº 11.457/2007,
MOMENTO DO FATO GERADOR. MÊS DE para a incidência da correção monetária. Pediu vista
DEZEMBRO DE CADA ANO. dos autos o Ministro Benedito Gonçalves.
Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
que incide contribuição previdenciária sobre a 5. CSLL
integralidade dos valores pagos a título de décimo
terceiro salário em razão de sua natureza a) Lucros no exterior
remuneratória, sendo irrelevante a periodicidade da
sua percepção. Sobre esse ponto, os Ministros • AgInt no REsp 1.554.106/BA
destacaram que a IN/RFB nº 971/2009 reiterou o Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
entendimento da Corte ao estabelecer que o fato Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
gerador da exação ocorre uma vez por ano, no mês Data de julgamento: 12/09/2017
do pagamento da última parcela do décimo terceiro Data de publicação: 24/11/2017
salário. Os Ministros ainda afastaram a aplicação do Ementa: CSLL. LUCROS NO EXTERIOR. BASE
Ato Declaratório Interpretativo nº 42/2011, da RFB, DE CÁLCULO. RESULTADOS POSITIVOS DA
pois entenderam que a administração pública EMPRESA COLIGADA DOMICILIADA NO
extrapolou sua competência regulamentar ao editar EXTERIOR. REGIME ANTERIOR À LEI Nº
o referido ato, que estabeleceu base de cálculo e 12.973/2017. IMPOSSIBILIDADE. ILEGALIDADE
alíquota diversas das previstas na Lei nº DO ART. 7º, § 1º DA IN SRF Nº 213/2002.
12.546/2011, violando, assim, o princípio da reserva Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
legal, previsto no art. 97 do CTN. que os resultados positivos da avaliação dos
investimentos em coligada estrangeira,
3. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA contabilizados pelo MEP, não podem ser
SOBRE A RECEITA BRUTA considerados para fins de determinação do lucro
real e da base de cálculo da CSLL de controladora
situada no Brasil. Isso porque, segundo os Ministros,

Voltar ao sumário. 24
antes da vigência da Lei nº 12.973/2014, a Lei nº manter o efeito suspensivo concedido ao recurso
9.249/1995 previa apenas a tributação das empresas especial.
controladoras/coligadas nacionais pela apuração do
lucro das controladas/coligadas estrangeiras, 7. DIREITO ADMINISTRATIVO
excluindo da exação os resultados positivos da
avaliação dos investimentos no exterior. Ademais, a) Sigilo de dados
destacaram que diversos precedentes da Corte já
reconheceram a ilegalidade do art. 7°, § 1°, da IN • REsp 1.353.602/RS
SRF nº 213/2002, que excedeu seu poder Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
regulamentar ao ampliar a base de cálculo do IRPJ Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
e da CSLL, violando, assim, a regra da legalidade Data de julgamento: 30/11/2017
estrita. Data de publicação: 07/12/2017
Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO. SIGILO
6. DESEMBARAÇO ADUANEIRO DE DADOS. INFORMAÇÕES COLETADAS PELO
IBGE. UTILIZAÇÃO APENAS PARA FINS
a) Pena de perdimento ESTATÍSTICOS.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
• AgInt no REsp 1.655.663/MS que as informações prestadas ao IBGE são sigilosas
Relator(a): Ministra Regina Helena Costa e devem ser usadas unicamente para fins de
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ estatística, não podendo ser encaminhadas a outros
Data de julgamento: 27/06/2017 órgãos governamentais ou empresas de marketing,
Data de publicação: 03/08/2017 tampouco serem utilizadas em procedimentos
Ementa: DESEMBARAÇO ADUANEIRO. PENA fiscais ou legais, conforme previsto no art. 6º da Lei
DE PERDIMENTO. VEÍCULO SUBMETIDO A nº 5.878/1973 e no art. 1º, parágrafo único, da Lei
CONTRATO DE LEASING. POSSIBILIDADE. nº 5.534/1968. Segundo os Ministros, os dados
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu obtidos pelo órgão devem ser mantidos em sigilo
que é válida a pena de perdimento aplicada a veículo para que a sociedade sinta confiança no momento de
objeto de contrato de arrendamento mercantil. Os informar seus dados pessoais, de maneira a
Ministros destacaram precedentes da Corte no assegurar a fidedignidade das estatísticas
sentido de que tal contrato não é oponível ao Fisco, elaboradas pelo IBGE.
de modo que admitir a impossibilidade de a pena de
perdimento atingir veículo sujeito a leasing 8. DIREITO PROCESSUAL
equivaleria a verdadeiro salvo-conduto para a
prática de ilícitos fiscais com veículos sujeitos a tal a) Apelação
regime contratual.
• RMS 54.549/MG e RMS 54.693/MG
• AgRg na MC 19.381/RJ Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
Relator(a): Ministra Regina Helena Costa Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ Data de julgamento: 03/10/2017
Data de julgamento: 27/06/2017 Data de publicação: 30/11/2017
Data de publicação: 02/08/2017 Ementa: APELAÇÃO. JUÍZO DE
Ementa: DESEMBARAÇO ADUANEIRO. PENA ADMISSIBILIDADE PELO MAGISTRADO DE
DE PERDIMENTO. SIMULAÇÃO DE PRIMEIRO GRAU. POSSIBILIDADE.
EXPORTAÇÃO. CASSAÇÃO DA HABILITAÇÃO NO Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
SISCOMEX. RESPONSABILIDADE POR que o juízo ordinário, excepcionalmente, pode
INFRAÇÃO. ATO DO PREPOSTO ALHEIO AOS analisar a admissibilidade de apelação quando esta
INTERESSES DA PESSOA JURÍDICA. AUSÊNCIA for manifestamente incabível, excepcionando,
DE DOLO ESPECÍFICO ELEMENTAR. assim, a literalidade do art. 1.010, § 3º, do
EXCEPCIONALIDADE DO CASO CONCRETO QUE CPC/2015. No caso concreto, o magistrado a quo ao
AFASTA A INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS NOS 634 E se deparar com a interposição de apelação contra
635/STF. sentença extintiva de execução fiscal de pequeno
Resultado: A Turma, por unanimidade, decidiu valor, analisou sua admissibilidade, em atenção aos
manter suspensa a eficácia do ato que cassou a princípios da celeridade e da eficiência. Os Ministros
habilitação do contribuinte no SISCOMEX, uma vez destacaram que a parte incorreu em erro grosseiro
que não restou comprovada a participação de ao interpor apelação, quando caberia apenas
qualquer dos dirigentes da empresa na fraude embargos de infringência e de declaração, conforme
cometida por uma funcionária em registros de previsto no art. 34, da Lei nº 6.830/1980, dessa
declaração de exportações. Os Ministros destacaram forma, decidiram que embora, sob a égide do
que, nos termos do art. 76, III, “g”, da Lei nº CPC/2015, a competência para o recebimento da
10.833/2003 e do art. 137 do CTN, a apelação seja dos órgãos jurisdicionais de segundo
responsabilização tributária da pessoa jurídica grau, não se mostra razoável anular decisão de
depende da prova de dolo específico, ou seja, de que conhecimento de magistrado de primeiro grau
a infração praticada ocorreu em função dos quando o recurso é manifestamente incabível.
interesses da empresa, o que não ocorreu na
hipótese. Assim, em razão da excepcionalidade do b) Coisa julgada
caso concreto, bem como da presença do fumus boni
iuris e periculum in mora, os Ministros afastaram a JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
aplicação das Súmulas nos 634 e 635/STF, para • AgInt no REsp cccc/PR
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho

Voltar ao sumário. 25
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ na Lei nº 11.941/2009, nos termos do art. 38 da Lei
Data de julgamento: 07/12/2017 nº 13.043/2014. Os Ministros destacaram que,
Data de publicação: Pendente mesmo superveniente, esta norma é aplicável aos
Ementa: COISA JULGADA. VIOLAÇÃO. processos em curso, por força do art. 462 do
CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS MORATÓRIOS. CPC/1973, que determina que depois da propositura
Resultado: O Ministro Relator entendeu que da ação, se algum fato constitutivo, modificativo ou
ofende a coisa julgada a rediscussão acerca de extintivo do direito influir no julgamento da lide,
cumulação de juros remuneratórios e juros de mora caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou
sobre as diferenças de empréstimo compulsório a requerimento da parte, no momento de proferir a
sobre energia elétrica não convertidas em ações na sentença.
época própria, quando suscitada após trânsito em
julgado de condenação que constituiu o título • REsp 1.449.753/RS
judicial executado. O Ministro aduziu que a correção Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
monetária deve incidir desde o dia do recolhimento Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
até a sua efetiva devolução. Ressaltou, ainda, que Data de julgamento: 21/09/2017
não se deve levantar, na fase executória, questões Data de publicação: 17/11/2017
que deixaram de ser suscitadas no processo de Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
conhecimento ou que ali ficaram decididas, salvo SUCUMBÊNCIA. CUMPRIMENTO DE
fato novo. Inaugurou a divergência o Ministro SENTENÇA. REVISÃO. RELATIVIZAÇÃO DA
Gurgel de Faria que entendeu que a rediscussão da COISA JULGADA. IMPOSSIBILIDADE. AÇÃO
matéria não viola a coisa julgada, uma vez que o RESCISÓRIA.
título executivo judicial ora executado decorre de Resultado: A Turma, por unanimidade, reiterou
lide na qual foi aplicado o entendimento do REsp entendimento da Corte, segundo o qual a
1.003.955/RS e do EREsp 826.809/RS, que relativização da coisa julgada somente tem
determinaram a impossibilidade de cumulação de cabimento em situações excepcionalíssimas, nas
juros remuneratórios e juros de mora sobre as quais a segurança jurídica tiver que ceder em favor
diferenças de empréstimo compulsório não de outros princípios ou valores mais importantes, o
convertidas em ações na época própria. Pediu vista que não ocorre na hipótese de honorários
dos autos a Ministra Regina Helena Costa. advocatícios fixados em inobservância ao art. 20, §§
3º e 4º, do CPC/1973. Assim, no caso concreto, os
c) Honorários advocatícios Ministros destacaram que eventual vício na
sentença do processo de conhecimento quanto aos
• AgRg no AgRg no REsp 1.222.200/RS honorários sucumbenciais deve ser impugnado em
Relator(a): Ministro Sérgio Kukina (designado momento oportuno por meio dos recursos cabíveis,
para redação do acórdão) ou por meio de ação rescisória.
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Data de julgamento: 08/08/2017 d) Pedido de reconsideração
Data de publicação: 11/09/2017
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. • AgInt no AREsp 1.640.515/RS
ADVOGADO PARTICULAR CONTRATADO POR Relator(a): Ministra Regina Helena Costa
ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
VERBA SUCUMBENCIAL QUE INTEGRA O Data de julgamento: 03/08/2017
PATRIMÔNIO PÚBLICO. EXECUÇÃO DA VERBA Data de publicação: 16/08/2017
HONORÁRIA PELO PATRONO DA CAUSA. ART. Ementa: PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO.
4º DA LEI Nº 9.527/1997. IMPOSSIBILIDADE. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA
Resultado: A Turma, por maioria, afastou o direito INTERPOSIÇÃO DE RECURSO PRÓPRIO.
aos honorários de sucumbência, previsto no art. 22, IMPOSSIBILIDADE.
do Estatuto da Advocacia, por entender que a verba Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
honorária sucumbencial decorrente de causa que a apresentação de pedido de reconsideração não
vencida por entidade da administração pública suspende ou interrompe o prazo para interposição
direta ou indireta integra o patrimônio público e, de recurso próprio. No caso concreto, foi proferida
por essa razão, não pode ser executada por advogado decisão monocrática contra a qual foi apresentado
particular contratado por ente público, conforme pedido de reconsideração e somente após a
previsto no art. 4º da Lei nº 9.527/1997. publicação da decisão que analisou este pedido, que
a parte interpôs agravo interno, o qual foi
• AgRg no REsp 1.228.882/RS considerado intempestivo.
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ e) Prazos processuais
Data de julgamento: 15/08/2017
Data de publicação: 31/08/2017 • AgInt no AREsp 868.870/DF
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
DESISTÊNCIA DA AÇÃO. ADESÃO A Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
PARCELAMENTO. ART. 38 DA LEI Nº Data de julgamento: 03/10/2017
13.043/2014. NÃO CABIMENTO. Data de publicação: 29/11/2017
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Ementa: PRAZOS PROCESSUAIS. PRAZO EM
que não são devidos honorários advocatícios, bem DOBRO. LITISCONSÓRCIO. PROCURADORES
como qualquer ônus sucumbencial, quando o sujeito DIFERENTES. AUTOS ELETRÔNICOS.
passivo da relação tributária desiste da ação judicial IMPOSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO PRAZO
em decorrência da adesão ao parcelamento previsto SIMPLES.

Voltar ao sumário. 26
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Relator(a): Napoleão Nunes Maia Filho
que não há concessão de prazo em dobro aos Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
litisconsortes com procuradores diferentes quando Data de julgamento: 07/11/2017
os autos forem eletrônicos, nos termos do art. 229, Data de publicação: Pendente
caput e § 2º, do CPC/2015. Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. RECUPERAÇÃO
JUDICIAL. PARCELAMENTO DE DÉBITOS.
f) Recurso especial LEGISLAÇÃO APLICÁVEL.
Resultado: O Ministro Relator entendeu que o
• QO no REsp 1.653.884/PR parcelamento de débitos fiscais previsto na Lei nº
Relator(a): Ministro Sérgio Kukina 11.941/2009 também se aplica às empresas em
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ recuperação judicial. O Ministro destacou que o art.
Data de julgamento: 28/09/2017 155-A, § 4º, do CTN prevê que a inexistência da lei
Data de publicação: 06/11/2017 específica sobre as condições de parcelamento dos
Ementa: RECURSO ESPECIAL. REPERCUSSÃO créditos tributários do devedor em recuperação
GERAL. SOBRESTAMENTO. DEVOLUÇÃO DOS judicial importa na aplicação de leis gerais de
AUTOS AO TRIBUNAL DE ORIGEM. JUÍZO DE parcelamento. Dessa forma, o Ministro entendeu
CONFORMAÇÃO. pela aplicação da referida lei, cujo prazo para
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu quitação do débito é de 180 meses. Inaugurando a
que o recurso especial que versar sobre matéria com divergência, o Ministro Benedito Gonçalves
repercussão geral já reconhecida deve ser entendeu que em vez da Lei nº 11.941/2009, aplica-
sobrestado e seus autos devolvidos ao Tribunal de se ao caso o art. 10-A da Lei nº 10.522/2002, que é
origem até ulterior decisão do STF, ainda que parte norma mais específica, que prevê que o empresário
das questões veiculadas no recurso não tenha ou a sociedade empresária que pleitear ou tiver
relação com o objeto da afetação. Isso porque, para deferido o processamento da recuperação judicial
os Ministros, a matéria afetada deve ser julgada poderá parcelar seus débitos com a Fazenda
primeiro, nos termos do art. 1.037, § 7º do Nacional em 84 parcelas mensais e consecutivas.
CPC/2015. Dessa forma, os Ministros concluíram Pediu vista dos autos o Ministro Gurgel de Faria.
que os autos apenas serão remetidos ao STJ para
julgamento dos demais pontos do recurso especial c) Redirecionamento
após o juízo de conformação realizado pelo Tribunal
de origem no tocante à matéria com repercussão • REsp 1.604.672/ES
geral. No caso concreto, a possibilidade de redução Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
e restabelecimento das alíquotas da contribuição ao Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
PIS e da COFINS por regulamento infralegal, nos Data de julgamento: 21/09/2017
termos do artigo 27, § 2º, da Lei nº 10.865/2004, é Data de publicação: 11/10/2017
matéria com repercussão geral conhecida pelo STF, Ementa: EXECUÇÃO FISCAL.
nos autos do RE 1.043.313/RS, por essa razão, os REDIRECIONAMENTO. SÓCIO. QUALIFICAÇÃO.
autos foram devolvidos a origem. CODEVEDOR OU CORRESPONSÁVEL.
AUSÊNCIA. IRRELEVÂNCIA. PRESUNÇÃO DE
9. EXECUÇÃO FISCAL LEGITIMIDADE. INVERSÃO DO ÔNUS DA
PROVA.
a) Medida cautelar fiscal Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que é
possível o redirecionamento de execução fiscal a
• AgInt no AgInt no AREsp 939.120/PE sócio cujo nome conste na CDA, ainda que sem
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria menção à sua qualificação como corresponsável ou
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ codevedor. Os Ministros afirmaram que a inclusão
Data de julgamento: 10/10/2017 na CDA do nome do sócio administrador a ser
Data de publicação: 27/11/2017 responsabilizado pelo pagamento do tributo
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. MEDIDA inadimplido é condicionada a previsão legal da
CAUTELAR FISCAL. REQUERIMENTO DE responsabilização e a prévio procedimento
INDISPONIBILIDADE DOS BENS DO DEVEDOR. administrativo fiscal, no qual se apura a
CRÉDITO TRIBUTÁRIO AINDA NÃO responsabilidade do gerente/administrador, com a
CONSTITUÍDO DEFINITIVAMENTE. regular observância do contraditório e da ampla
IMPOSSIBILIDADE. defesa. Não é, pois, ato discricionário da Fazenda.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Essa é a razão de o art. 202, I, do CTN se referir à
que enquanto suspensa a exigibilidade do crédito obrigatoriedade de indicação do nome do devedor e,
tributário não se pode decretar a indisponibilidade sendo o caso, dos corresponsáveis. Ademais,
dos bens do devedor por meio de medida cautelar destacaram que as informações que devem constar,
fiscal. Segundo os Ministros, o art. 1º, parágrafo obrigatoriamente, no termo de inscrição da dívida
único, da Lei nº 8.397/1992, apenas autoriza a ativa dão lastro à presunção de certeza e liquidez da
instauração de medida cautelar fiscal sem a CDA, conforme preceitua o art. 204 do CTN,
constituição do crédito tributário, nas hipóteses de cabendo ao sócio o ônus da prova de que não
dilapidação ou de tentativa de ocultação de praticou atos com excesso de poderes ou infração de
patrimônio, que não é a situação do caso concreto. lei, contrato social ou estatutos, afastando as
circunstâncias previstas no art. 135 do referido
b) Recuperação judicial diploma normativo, conforme assentado no REsp
1.104.900/ES, submetido ao rito dos recursos
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO repetitivos. Nesses termos, os Ministros concluíram
• REsp 1.383.982/PR que a qualificação do sócio na CDA como codevedor

Voltar ao sumário. 27
ou corresponsável não acarreta em automática a) Responsabilidade civil do Estado
responsabilização tributária, mas, tão somente, na
inversão do ônus probatório. JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
• REsp 1.492.832/DF
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
• REsp 1.326.221/DF Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Relator(a):Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Data de julgamento: 07/12/2017
Órgão julgador:1ª Turma do STJ Data de publicação: Pendente
Data de julgamento: 27/09/2017 Ementa: II. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
Data de publicação: Pendente ESTADO. ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTAS.
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. ALEGAÇÃO DE PREJUÍZO POR EMPRESA
REDIRECIONAMENTO. SÓCIO. PRESUNÇÃO DE PARTICULAR. DEVER DE INDENIZAR.
LEGITIMIDADE. AUSÊNCIA. Resultado: O Ministro Relator, acompanhado pelo
Resultado: O Ministro Relator entendeu que não é Ministro Benedito Gonçalves e pela Ministra Regina
possível o redirecionamento de execução fiscal Helena Costa, entendeu que não pode ser admitida
unicamente pelo fato do nome do sócio constar na a responsabilidade civil do Estado para reparar
CDA. Isso porque, para o Ministro, a CDA não tem prejuízos sofridos por empresa brasileira, em
presunção absoluta da legitimidade, uma vez que, na decorrência da Portaria MF nº 492/1994, que
prática, o Fisco, de maneira indiscriminada, inclui o reduziu as alíquotas de importação de diversos
nome de todos os responsáveis pela pessoa jurídica produtos. Segundo o Ministro, cuida-se de decisão
na CDA, sem qualquer procedimento administrativo de cunho político, tomada conforme o interesse do
prévio. O Ministro ressaltou ainda que o sócio Estado para abertura do comércio exterior, em
somente deve ser responsabilizado quando praticar observância à função extrafiscal do tributo.
atos com excesso de poderes ou infração de lei, Inaugurando a divergência, o Ministro Napoleão
contrato social ou estatutos, conforme previsto no Nunes Maia Filho, acompanhado pelo Ministro
art. 135 do CTN. Pediu vista dos autos o Ministro Sérgio Kukina, considerou devida indenização à
Herman Benjamin. empresa postulante, por entender que a
extrafiscalidade não autoriza a quebra da indústria
10. ICMS nacional em detrimento de produtos estrangeiros.
Pediu vista dos autos o Ministro Benedito
a) Responsabilidade tributária Gonçalves.

• REsp 1.574.489/SP 12. IPI


Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ a) Creditamento
Data de julgamento: 21/09/2017
Data de publicação: 03/10/2017 • REsp 1.382.354/PE
Ementa: ICMS. RESPONSABILIDADE Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
TRIBUTÁRIA DO VENDEDOR. Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
TREDESTINAÇÃO. MERCADORIA Data de julgamento: 22/08/2017
REGULARMENTE VENDIDA A EMPRESA PRÉ- Data de publicação: 04/10/2017
CREDENCIADA E RESPONSÁVEL PELO Ementa: IPI. CREDITAMENTO. INSUMOS
TRANSPORTE. IMPOSSIBILIDADE. SUJEITO À SUSPENSÃO DA TRIBUTAÇÃO.
DEMONSTRAÇÃO DE CONDUTA ILÍCITA DO AQUISIÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS, PRODUTOS
OBRIGADO. NECESSIDADE. INTERMEDIÁRIOS E MATERIAIS DE
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu EMBALAGEM. IMPOSSIBILIDADE.
que não há como atribuir à empresa vendedora de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu pela
mercadorias a responsabilidade tributária pelo impossibilidade de creditamento de IPI em
pagamento de diferencial de alíquota de ICMS aquisições de insumos por empresas que não são
relativo à mercadoria tredestinada, quando a fabricantes de matérias-primas, produtos
empresa efetuar a venda dentro das exigências intermediários e materiais de embalagem sujeitos à
legais e quando tomar todas as precauções quanto à suspensão tributária. Para os Ministros, a utilização
qualificação do transportador. Os Ministros do crédito de IPI, submetido à suspensão prevista no
destacaram ainda que, no caso de responsabilidade art. 29, § 5º, da Lei nº 10.637/2002 é reservada ao
pelo cometimento de infrações de que trata o art. estabelecimento industrial fabricante das matérias-
136 do CTN, a legislação tributária deve ser primas, dos produtos intermediários e dos materiais
interpretada com aplicação da equidade e do de embalagem, que vende para empresas que os
princípio in dubio pro contribuinte. No caso utilizam na industrialização de produtos destinados
concreto, os Ministros não verificaram qualquer à exportação, nessas hipóteses, o fato gerador do IPI
infração à legislação tributária, tampouco o ocorre e o crédito tributário é constituído.
cometimento de conduta ilícita da vendedora na Entretanto, no que se refere à etapa de aquisição
posterior tredestinação da mercadoria, por isso, matérias-primas, dos produtos intermediários e dos
decidiram que a empresa vendedora de mercadorias materiais de embalagem, com exigibilidade de IPI
não é responsável tributária pelo pagamento de suspensa, por empresa que industrializa esses bens
diferencial de alíquota de ICMS de mercadoria para exportação, a Turma entendeu que não será
tredestinada. gerado crédito do IPI, uma vez que o imposto não é
efetivamente pago, não havendo cumulatividade a
11. II ser evitada.

Voltar ao sumário. 28
b) Crédito prêmio Data de publicação: 31/08/2017
Ementa: IRPJ. BENEFÍCIO FISCAL. SUDENE.
• REsp 1.065.794/DF MP Nº 2.199-14/2001. INTERPRETAÇÃO
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria LITERAL. EMPRESA SITUADA EM ÁREA
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ DIVERSA DAQUELA CONSIDERADA DE
Data de julgamento: 08/08/2017 ATUAÇÃO DA EXTINTA SUDENE. ATO
Data de publicação: 14/09/2017 ADMINISTRATIVO. ILEGALIDADE. NULIDADE.
Ementa: IPI. CRÉDITO PRÊMIO. DIREITO À UTILIZAÇÃO DO BENEFÍCIO.
COMPROVANTE DE EXPORTAÇÃO. APURAÇÃO PERÍODO ENTRE A CONCESSÃO E A DECISÃO
DO QUANTUM DEBEATUR. JUNTADA DE DEFINITIVA QUE REVOGOU A BENESSE.
DOCUMENTOS NO CUMPRIMENTO DE Resultado: A Turma, por maioria, anulou a
SENTENÇA. POSSIBILIDADE. concessão de benefício conferido pela antiga
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu SUDENE, mediante a expedição de laudos
que durante a fase de conhecimento não é constitutivos, à empresa localizada fora de sua área
necessário juntar todos os documentos referentes às de abrangência. No caso concreto, a SUDENE
operações de exportação para fins de concedeu benefício fiscal, previsto na MP nº 2.199-
aproveitamento de crédito prêmio de IPI, uma vez 14/2001, que consistia na redução de 75% do IRPJ e
que tais documentos também podem ser juntados adicionais não restituíveis, à empresa sediada no sul
durante o processo de liquidação de sentença, que do Estado do Espírito Santo. Posteriormente, as
deve ser realizada por artigos, com a comprovação autoridades administrativas determinaram a
do ingresso de divisas no País, conforme decidido no anulação dos referidos laudos, ao constatarem que
REsp 959.338/SP, submetido ao rito dos recursos (i) a época em que foram expedidos já vigia o DL nº
repetitivos. Ademais, os Ministros decidiram que o 4.213/2002, o qual atribuiu ao Ministério da
termo inicial do juros de mora será a partir do Integração Nacional a competência para a expedição
trânsito em julgado da decisão definitiva, com dos laudos constitutivos, e não à SUDENE; e (ii) a
aplicação da taxa SELIC. Por fim, destacaram que na área geográfica onde a empresa estava situada não
apuração do crédito prêmio de IPI deverão ser era abrangida pela região de atuação da SUDENE.
aplicadas as alíquotas previstas na Resolução CIEX Os Ministros mantiveram a decisão administrativa
nº 02/1979. que anulou a concessão do benefício fiscal, sob o
argumento de que o cancelamento do benefício
13. IPTU fiscal tomou por base a localização da empresa em
área que não era considerada de atuação da extinta
a) Responsabilidade tributária SUDENE, requisito este necessário à fruição do
benefício. Por essa razão, os Ministros concluíram
AgInt no REsp 1.384.263/SC que deve ser preservado o ato administrativo que
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria tornou sem efeito os laudos constitutivos
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ indispensáveis à fruição do benefício fiscal de que
Data de julgamento: 28/09/2017 trata a MP nº 2.199-14/2001. No tocante aos efeitos
Data de publicação: 09/11/2017 de anulação do ato, os Ministros mantiveram
Ementa: IPTU. RESPONSABILIDADE decisão proferida pelo CARF que reconheceu o
TRIBUTÁRIA. CONTRATO DE LOCAÇÃO DE direito da empresa à utilização do benefício apenas
IMÓVEL REALIZADO POR MUNICÍPIO COM no período entre a concessão e a decisão definitiva
PARTICULAR. TRANSFERÊNCIA DA que a revogou.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA.
IMPOSSIBILIDADE. b) Distribuição antecipada de lucros
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
não é possível transferir a responsabilidade • REsp 1.150.433/SP
tributária sobre o recolhimento de IPTU, prevista no Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
art. 34 do CTN, à municipalidade, quando celebrado Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
contrato de locação de imóvel com particular. Os Data de julgamento: 22/08/2017
Ministros destacaram que as convenções Data de publicação: 31/08/2017
particulares, relativas à responsabilidade pelo Ementa: IRPJ. DISTRIBUIÇÃO ANTECIPADA DE
pagamento de tributos, não podem ser opostas à LUCROS. REGISTRO EM CONTA REDUTORA
Fazenda Pública, em atenção ao disposto no art. 123 PARA POSTERIOR CORREÇÃO MONETÁRIA.
do CTN. Assim, apesar de a obrigação contratual não ART. 9º DO DL Nº 2.429/1988. LEGALIDADE.
ter sido cumprida por parte do município, a Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
legislação deve ser respeitada, de forma que não é que é legítima a imposição de correção monetária de
possível lhe opor a responsabilidade pelo dividendos antecipadamente distribuídos aos sócios
pagamento de tributos. em conta redutora, na forma prevista no art. 6º do
DL nº 2.341/1987, com alteração conferida pelo art.
14. IRPJ 9º do DL nº 2.429/1988. Os Ministros entenderam
que a correção monetária apenas atualiza distorções
a) Benefício fiscal ocasionadas por conta da sistemática de apuração
do IRPJ, visando apenas a preservação do poder
• REsp 1.128.717/PE aquisitivo da moeda, nos termos do art. 97, § 2º, do
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria (designado CTN, o que não resultou em aumento da base de
para redação do acórdão) cálculo ou em majoração fictícia do lucro tributável.
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Data de julgamento: 08/08/2017

Voltar ao sumário. 29
15. IRPJ & CSLL 17. LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

a) Crédito presumido de ICMS a) Imunidade

• AgInt no REsp 1.585.670/RS • REsp 1.345.462/RJ


Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Data de julgamento: 08/08/2017 Data de julgamento: 07/12/2017
Data de publicação: 17/10/2017 Data de publicação: Pendente
Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE Ementa: IMUNIDADE. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA
ICMS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO. DESCUMPRIDA. EXIGÊNCIA PRINCIPAL
ENTENDIMENTO FIXADO PELA 1ª SEÇÃO DO CUMPRIDA. RECONHECIMENTO DA
STJ. IMUNIDADE. POSSIBILIDADE.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
que créditos presumidos de ICMS não compõem a que, caso comprovado o cumprimento da exigência
base de cálculo do IRPJ e da CSLL, conforme principal de aplicação dos recursos da entidade
entendimento pacificado no EREsp 1.517.492/PR, beneficiada em seus objetivos institucionais,
no qual a 1ª Seção da Corte assim decidiu, uma vez conforme previsto no art. 14, II, do CTN, a não
que não se incorporam ao patrimônio do apresentação do relatório circunstanciado a que se
contribuinte, não configurando lucro, por isso, refere o art. 55, V, da Lei nº 8.212/1991 não é causa
devem ser excluídos da base de cálculo do IRPJ e da para o não reconhecimento da imunidade tributária,
CSLL. Isso porque, para os Ministros, os referidos conforme entendimento do STF.
créditos foram renunciados pelo Estado em favor do
contribuinte como instrumento de política de 18. PARCELAMENTO DO CRÉDITO
desenvolvimento econômico daquela Unidade da TRIBUTÁRIO
Federação, devendo sobre eles ser reconhecida a
imunidade do art. 150, VI, a, da CF. a) REFIS

16. IRRF • REsp 1.382.317/PR


Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves
a) Precatório judicial Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Data de julgamento: 21/11/2017
• REsp 1.405.296/AL Data de publicação: 14/12/2017
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Ementa: PARCELAMENTO DO CRÉDITO
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ TRIBUTÁRIO. REFIS. LEI Nº 11.941/2009.
Data de julgamento: 19/09/2017 INCLUSÃO DE PERCENTUAL OU FRAÇÃO DE
Data de publicação: 28/09/2017 DÉBITO. IMPOSSIBILIDADE.
Ementa: IRRF. PRECATÓRIO JUDICIAL. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
CESSÃO DE CRÉDITO. PAGAMENTO. BASE DE contribuinte não tem direito de incluir no
CÁLCULO E ALÍQUOTA APLICÁVEIS. parcelamento, previsto na Lei nº 11.941/2009,
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu percentual ou fração de um débito isolado, uma vez
que a cessão de crédito de precatório não tem o que não há previsão legal para tanto. No caso
condão de alterar a tributação do IRRF, devendo concreto, o contribuinte pretendeu o parcelamento
considerar a origem do crédito e o próprio sujeito de percentual ou fração de um débito, em razão da
passivo originariamente favorecido pelo precatório. previsão contida no art. 1º, §§ 2º e 4º, ambos da Lei
No caso concreto, questionou-se a alíquota e a base nº 11.941/2009, que dispõe que poderão ser pagas
de cálculo de IRRF aplicadas quando do ou parceladas dívidas “consideradas isoladamente”.
recebimento de precatórios cedidos à empresa Os Ministros destacaram que em se tratando de
concessionária de serviços de telefonia, se de 15% - norma de diretriz interpretativa, conforme disposto
por se tratar de cessão de direitos compreendida no art. 111, I, do CTN, que determina que a legislação
como ganho de capital no RIR/1999 - ou de 27,5% - que dispor sobre suspensão do crédito tributário
considerando a natureza salarial do crédito deve ser interpretada de forma literal. Assim, sendo
originário. Os Ministros entenderam que o o parcelamento uma das modalidades suspensivas
acréscimo de renda decorrente da expedição de de crédito tributário, conforme prevê o art. 151, VI,
precatório judicial configura fato gerador que se do CTN, a legislação que o institui deve ser lida sem
adéqua à hipótese de incidência legal do IRRF, nos expansão ou restrição. Nesses termos, os Ministros
termos do art. 43, I e II do CTN. Assim, destacaram entenderam que não é possível parcelar percentual
que, em que pese a ocorrência da cessão de crédito, ou fração de um débito porque equivaleria ao
a retenção é regida por legislação aplicável ao fracionamento do próprio tributo. Desse modo,
cedendo, sujeito passivo do IRRF, permanecendo concluíram que dentro da concepção de tributo e de
hígida a base de cálculo e a alíquota originária de crédito tributário, bem como do aspecto temporal da
27,5%, haja vista que a natureza jurídica da renda hipótese de incidência, a interpretação que deve ser
que o originou não sofre alteração, sendo incabível dada à expressão dívidas “consideradas
se opor ao Fisco as convenções e acordos isoladamente” deve respeitar, no mínimo, uma
particulares decorrente da cessão, de caráter competência ou período de apuração tributária.
privado, diante da vedação expressa do art. 123 do
CTN. 19. PIS & COFINS

Voltar ao sumário. 30
a) Compensação
d) ICMS na base de cálculo
• AgInt no REsp 1.140.917/PR
Relator(a): Ministro Sérgio Kukina • EDcl no AgRg no AREsp 239.939/SC
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Data de julgamento: 17/10/2017 Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Data de publicação: 30/10/2017 Data de julgamento: 27/06/2017
Ementa: PIS. COFINS. COMPENSAÇÃO. Data de publicação: 02/08/2017
OUTROS TRIBUTOS. CRÉDITO PRESUMIDO. Ementa: PIS. COFINS. ICMS NA BASE DE
AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO LEGAL. CÁLCULO. EXCLUSÃO. ENTENDIMENTO DO
IMPOSSIBILIDADE. STF. REPERCUSSÃO GERAL. ADEQUAÇÃO DE
Resultado: A Turma, por unanimidade, destacou JULGADO À SUPERVENIENTE ORIENTAÇÃO
que a jurisprudência da Corte é firme no sentido de JURISPRUDENCIAL POR MEIO DE EMBARGOS
que o crédito presumido do PIS e da COFINS não DE DECLARAÇÃO. POSSIBILIDADE.
pode ser compensado com outros tributos, uma vez Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que o art. 8º da Lei nº 10.925/2004 veda tal que, em atenção aos princípios da
operação. Os Ministros destacaram ainda que o instrumentalidade das formas, da celeridade e da
ADI/SRF nº 15/2015 ao vedar expressamente outra eficácia da prestação jurisdicional, os embargos de
forma de devolução do montante do crédito declaração podem, excepcionalmente, ser utilizados
presumido apurado, apenas esclareceu o que já para amoldar julgado à orientação jurisprudencial
estava previsto na legislação tributária vigente, de superveniente dotada de efeito vinculante. No caso
forma que, não inovou no plano normativo. concreto, havia posicionamento do STJ,
consolidado no REsp 1.144.469/PR, submetido ao
b) Creditamento rito dos recursos repetitivos, no sentido de que o
ICMS integra a base de cálculo do PIS e da COFINS.
• AgInt no AREsp 655.024/SP Posteriormente, o STF fixou entendimento no RE
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho 574.706/PR, submetido ao rito da repercussão geral,
(designado para redação do acórdão) no sentido de que o valor arrecadado a título de
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ ICMS não se incorpora ao patrimônio do
Data de julgamento: 03/10/2017 contribuinte e, por isso, deve ser excluído da base de
Data de publicação: 17/11/2017 cálculo do PIS e da COFINS.
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
SISTEMA MONOFÁSICO. POSSIBILIDADE. e) ISSQN na base de cálculo
BENEFÍCIO FISCAL PREVISTO NO ART. 17 DA
LEI Nº 11.033/2004. EXTENSÃO ÀS EMPRESAS • REsp 1.684.928/RJ
NÃO VINCULADAS AO REGIME DO REPORTO. Relator(a): Ministra Regina Helena Costa
CABIMENTO. Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o Data de julgamento: 03/10/2017
benefício previsto no art. 17 da Lei nº 11.033/2004, Data de publicação: 20/10/2017
referente à manutenção dos créditos do PIS e da Ementa: PIS. COFINS. ISSQN NA BASE DE
COFINS por ocasião da revenda de produtos CÁLCULO. INCLUSÃO.
tributados à alíquota zero, aplica-se a todas as Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
empresas, inclusive, àquelas não submetidas ao que o ISSQN deve ser incluído na base de cálculo do
regime do REPORTO e sujeitas à incidência PIS e da COFINS. Para os Ministros, o valor do
monofásica, conforme entendimento consolidado ISSQN integra o conceito de receita bruta, assim
no REsp 1.346.181/PE e no REsp 1.051.634/CE. entendida como a totalidade das receitas auferidas
com o exercício da atividade econômica, de modo
c) Crédito presumido de ICMS que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS
e da COFINS, nos termos do entendimento firmado
• AgInt no REsp 1.606.998/SC no REsp 1.330.73/SP, submetido ao rito dos
Relator(a): Ministra Regina Helena Costa recursos repetitivos. Ademais, no caso concreto, os
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ Ministros destacaram que a pendência do
Data de julgamento: 07/12/2017 julgamento do RE 592.616/RS, submetido ao rito da
Data de publicação: 19/12/2017 repercussão geral, que trata da mesma matéria do
Ementa: PIS. COFINS. CRÉDITO PRESUMIDO presente caso, por si só, não impõe o sobrestamento
DE ICMS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO. de recurso especial.
Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
pela impossibilidade de inclusão do crédito f) Receitas financeiras
presumido de ICMS na base de cálculo do PIS e da
COFINS. Segundo os Ministros, o crédito presumido • REsp 1.586.950/RS
de ICMS não é configurado como receita ou Relator(a): Ministro Gurgel de Faria (designado
faturamento auferido pela pessoa jurídica, mas sim para a redação do acórdão)
incentivo fiscal que visa à redução de custos da Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
empresa. Os Ministros destacaram que o Data de julgamento: 19/09/2017
entendimento segue orientação fixada pelo STF no Data de publicação: 09/10/2017
RE 574.706/PR, submetido ao rito da repercussão Ementa: PIS. COFINS. RECEITAS FINANCEIRAS.
geral, que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS INCIDÊNCIA. ALÍQUOTAS. REDUÇÃO E
e da COFINS, tratamento que também deve ser MAJORAÇÃO POR ATO DO EXECUTIVO.
dispensado aos créditos presumidos do tributo. POSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 31
Resultado: A Turma, por maioria, concluiu que as Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
receitas financeiras de pessoas jurídicas sujeitas ao que o sucessor não é responsabilizado apenas pelas
regime não cumulativo integram a base de cálculo multas já constituídas através do respectivo
do PIS e da COFINS, tendo em vista que a EC nº lançamento antes da incorporação, mas também por
20/1998, ao alterar a redação do art. 195, II, “b”, da aquelas em constituição ou posteriormente
CF/1988, previu a incidência das contribuições constituídas, desde que relativas a obrigações
sobre receita ou faturamento. Para regular essa tributárias surgidas até a incorporação, conforme
norma foram editadas as Leis nos 10.637/2002 e previsto no art. 129 do CTN, este também é o
10.833/2003, cujos regramentos passaram a definir entendimento fixado no REsp 923.012/MG,
como base de cálculo das referidas contribuições o submetido ao rito dos recursos repetitivos. Segundo
total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas, os Ministros, o momento da ocorrência do fato
independentemente de sua classificação contábil. gerador e do ato ou fato originador da sucessão são
No caso concreto, os Ministros entenderam que o as informações que importam para a determinação
art. 27 da Lei nº 10.865/2004 ao autorizar que o da responsabilidade tributária.
Poder Executivo possa reduzir ou restabelecer
alíquotas do PIS e da COFINS sobre receitas 21. TAXAS
financeiras, a princípio, conduziria à declaração de
inconstitucionalidade da norma. No entanto, os a) Concessão de serviço público
Ministros afirmaram que não poderiam analisar a
constitucionalidade da norma por estarem adstritos • REsp 1.144.399/PR
ao pedido, que se resumiu ao reconhecimento da Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves
impossibilidade de incidência do PIS e da COFINS Órgão julgador: 1ª Turma do STJ
sobre receitas financeiras. Então, partindo da Data de julgamento: 27/09/2017
premissa de que a Lei nº 10.865/2004 é Data de publicação: 24/10/2017
constitucional, os Ministros afirmaram que o Ementa: TAXAS. CONCESSÃO DE SERVIÇO
Decreto nº 8.426/2015 não ultrapassou nenhum PÚBLICO. COBRANÇA PELO USO DE SOLO,
comando normativo, uma vez que simplesmente SUBSOLO OU ESPAÇO AÉREO. ILEGALIDADE.
restabeleceu as alíquotas anteriormente existentes. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que é ilegal a cobrança feita por entes da
• REsp 1.396.193/RS administração pública em face de concessionária de
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria (designado serviço público pelo uso do solo, subsolo ou espaço
para redação do acórdão) aéreo. No caso concreto, a recorrente,
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ concessionária de serviço público de fornecimento
Data de julgamento: 07/11/2017 de gás, necessita instalar dutos de distribuição de
Data de publicação: Pendente gás no subsolo de faixas de domínio e trechos
Ementa: PIS. COFINS. RECEITAS longitudinais de estradas federais, para isso, o DNIT
FINANCEIRAS. DIFERENCIAL DE PREÇO. está exigindo da recorrente o pagamento de valores.
OPERAÇÕES DE FINANCIAMENTO. APLICAÇÃO Para os Ministros, essa cobrança é ilegal uma vez
DE ALÍQUOTA ZERO. INAPLICABILIDADE. que o serviço realizado pela concessionária será
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o revertido em favor da sociedade, de forma que não
diferencial de preço decorrente de venda realizada cabe a fixação de preço público.
de forma parcelada, cujo financiamento é arcado
pelo próprio vendedor, não caracteriza receita C. SEGUNDA TURMA
financeira, de modo que, para fins de tributação da
contribuição para o PIS e da COFINS, não se aplica 1. ARROLAMENTO DE BENS
sobre tais valores a alíquota zero prevista pelos
Decretos nos 5.164/2004 e 5.442/2005. Para os a) Parcelamento do crédito tributário
Ministros, o montante acrescido ao preço à vista, em
razão do parcelamento, é livremente pactuado com • REsp 1.665.017/SC
o comprador como condição à realização do negócio Relator(a): Ministro Herman Benjamin
e, portanto, integra o preço final da mercadoria. Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 19/09/2017
20. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA Data de publicação: 09/10/2017
Ementa: ARROLAMENTO DE BENS.
a) Sucessão empresarial PARCELAMENTO DO CRÉDITO TRIBITÁRIO.
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE ANTES DA
• AgInt no AREsp 233.528/PB MEDIDA ACAUTELATÓRIA. IRRELEVÂNCIA.
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ pela possibilidade de arrolamento de bens mesmo
Data de julgamento: 28/11/2017 na hipótese de o débito já estar parcelado. Segundo
Data de publicação: 05/12/2017 os Ministros, não tem relevância o momento do
Ementa: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. parcelamento tributário, se antes ou depois do
SUCESSÃO EMPRESARIAL. MULTAS EM arrolamento, por se tratar de medida acautelatória
CONSTITUIÇÃO OU CONSTITUÍDAS de monitoramento dos bens arrolados, por meio da
POSTERIORMENTE. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA qual o Fisco acompanha a evolução patrimonial do
ANTERIOR À INCORPORAÇÃO. sujeito passivo da obrigação tributária, a fim de
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA averiguar se ele está se desfazendo de seus bens
SUCESSORA. como forma de elidir o pagamento da dívida. Assim,
os Ministros destacaram que apenas a extinção do

Voltar ao sumário. 32
crédito tributário constituiria óbice ao arrolamento, IMPORTAÇÃO DE AERONAVE. MAJORAÇÃO DE
não havendo previsão legal para o cancelamento da ALÍQUOTA. LEGALIDADE.
restrição pelo fato de a exigibilidade estar suspensa, Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
por força do art. 151, VI, do CTN. Por fim, os que é devida a COFINS-Importação sobre a
Ministros ressaltaram que, verificada a importação de aeronave classificada na posição
circunstância objetiva de o crédito tributário ser 88.02 da NCM, à alíquota de 1%, conforme previsto
superior a 30% do patrimônio conhecido do sujeito no art. 8º, § 21, da Lei nº 10.865/2004. No caso
passivo e a soma dos créditos ultrapassar o valor concreto, os Ministros ressaltaram que com a edição
estabelecido na Lei nº 9.532/1997, passível da Lei nº 10.925/2004 as aeronaves assim
juridicamente o arrolamento fiscal, que somente é classificadas na NCM foram incluídas no art. 8º, §
liberado depois de liquidado ou garantido o crédito 12, da Lei nº 10.865/2004, que reduziu a zero a
tributário que tenha motivado o ato. alíquota de importação de diversos produtos.
Posteriormente, a Lei nº 12.844/2013 alterou os
2. CIDE-REMESSAS incisos VI e VII, do § 21, da Lei nº 10.865/2004,
acrescendo um ponto percentual às alíquotas da
a) Licença de uso de software COFINS-Importação, referentes aos bens
classificados na TIPI, relacionados no anexo I da Lei
• REsp 1.650.115/SP e REsp 1.642.249/SP nº 12.546/2011, dentre eles os definidos no art. 8º,
Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques § 12, da Lei nº 10.865/2004. Dessa forma, os
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Ministros entenderam que a Lei nº 12.844/2013
Data de julgamento: 15/08/2017 simplesmente acresceu um ponto percentual nas
Data de publicação: 23/10/2017 alíquotas da COFINS-Importação, não revogando a
Ementa: CIDE-REMESSAS. LICENÇA DE USO regra anterior que estabeleceu a alíquota zero e nem
DE SOFTWARE. REMUNERAÇÃO PELA com ela se incompatibilizando, sendo, portanto,
EXPLORAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS. legal.
INCIDÊNCIA. DESNECESSIDADE DE
TRANSFERÊNCIA DA CORRESPONDENTE 4. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
TECNOLOGIA. ISENÇÃO SOMENTE A PARTIR
DE 1º/01/2006. ADVENTO DA LEI Nº 11.452/2007. a) Compensação
Resultado: A Turma, por unanimidade, decidiu
que é devido o recolhimento da CIDE sobre • AgInt no REsp 1.649.820/MG
remessas efetuadas ao exterior, a título de licença de Relator(a): Ministra Assusete Magalhães
uso ou de direitos de comercialização ou Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
distribuição de software, mesmo sem a entrega dos Data de julgamento: 03/08/2017
dados técnicos necessários à absorção da tecnologia. Data de publicação: 16/08/2017
Os Ministros afirmaram que o conceito de Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
“transferência de tecnologia” previsto no art. 2º, COMPENSAÇÃO. LIMITAÇÃO PERCENTUAL.
caput, da Lei nº 10.168/2000 não coincide com POSSIBILIDADE. EXAÇÃO POSTERIORMENTE
aquele adotado pela Lei nº 9.609/1998, Lei do DECLARADA INCONSTITUCIONAL. REGIME DE
Software, e, portanto, não exige acesso ao código COMPENSAÇÃO VIGENTE NO MOMENTO DO
fonte por quem recebe, bastando o fornecimento da AJUIZAMENTO DA AÇÃO.
cópia do programa desenvolvido no exterior. Resultado: A Turma, por unanimidade, manteve o
Ademais, ressaltaram que o objetivo da Lei nº limite de 30% para compensação de créditos
10.168/2000 é justamente onerar a utilização previdenciários no período de vigência do art. 89, §
interna da tecnologia estrangeira nas suas variadas 3º, da Lei nº 8.212/1991, com redação conferida
formas e, assim, incentivar a aquisição de tecnologia pela Lei nº 9.129/1995. Os Ministros seguiram
no mercado nacional, evitando remessas de entendimento firmado no REsp 796.064/RJ,
remuneração, percebida pela exploração de direitos submetido ao rito dos recursos repetitivos, segundo
autorais pelo autor da obra, ou royalties, percebida o qual os limites à compensação tributária,
por terceiro que não o criador do bem. Por fim, os introduzidos pelas Leis nos 9.032/1995 e
Ministros ainda afirmaram que a Lei nº 9.129/1995, que, sucessivamente, alteraram o
11.452/2007, ao acrescentar o §1º-A ao art. 2º da Lei disposto no art. 89, § 3º, da Lei nº 8.212/91, são de
nº 10.168/2000, criou isenção fiscal antes observância obrigatória pelo Poder Judiciário
inexistente e, por conseguinte, não pode ser enquanto não declarados inconstitucionais, uma vez
reconhecido nela caráter interpretativo, incidindo a que a norma jurídica, até que seja regularmente
exação normalmente até 31/12/2005. expurgada do ordenamento, nele permanece válida,
razão pela qual a compensação do indébito
3. COFINS-IMPORTAÇÃO tributário, ainda que decorrente da declaração de
inconstitucionalidade da exação, submete-se às
a) Classificação de mercadorias limitações erigidas pelos diplomas legais que regem
a referida modalidade extintiva do crédito
• REsp 1.660.652/RS tributário. Os Ministros ainda asseveraram que o
Relator(a): Ministro Francisco Falcão regime de compensação tributária aplicável será
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ aquele verificado no momento do ajuizamento da
Data de julgamento: 24/10/2017 demanda, conforme jurisprudência consolidada no
Data de publicação: 31/10/2017 REsp 1.137.738/SP, submetido ao rito dos recursos
Ementa: COFINS-IMPORTAÇÃO. repetitivos, ressalvado o direito de o contribuinte
CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS. requerer a compensação pela via administrativa sob
a égide de regras posteriores.

Voltar ao sumário. 33
IMPOSSIBILIDADE. RESTAURAÇÃO DO STATUS
• REsp 1.536.594/MG QUO ANTE. CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Relator(a): Ministro Og Fernandes DEVIDAMENTE CONSTITUÍDO. NOVA
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
Data de julgamento: 05/10/2017 DESNECESSIDADE.
Data de publicação: 11/10/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. que não há como se furtar aos efeitos ex tunc de ação
COMPENSAÇÃO. DÉBITOS RELATIVOS A rescisória. No caso concreto, o contribuinte
QUAISQUER TRIBUTOS ADMINISTRADOS PELA impetrou mandado de segurança coletivo, no qual
SRF. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DO ART. foi proferida decisão concedendo a segurança, para
26 DA LEI Nº 11.457/2007. COMPENSAÇÃO assegurar às sociedades de advogados o direito de
SOMENTE COM TRIBUTOS DA MESMA não recolher a COFINS, que transitou em julgado.
NATUREZA E DESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL. Posteriormente, a Fazenda Nacional ajuizou ação
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu rescisória, julgada parcialmente procedente para
que o indébito referente às contribuições reconhecer a exigibilidade da COFINS das
previdenciárias patronais somente pode ser sociedades civis de advogados, adotando-se efeitos
compensado com parcelas relativas a tributos da ex nunc, razão pela qual a Fazenda Nacional
mesma espécie e destinação constitucional. Dessa apresentou reclamação junto ao STF, na qual foi
forma, consignaram os Ministros que, de acordo concedida medida liminar suspendendo os efeitos
com o art. 26 da Lei nº 11.457/2007, não se aplica às da decisão proferida na referida ação rescisória na
referidas contribuições o disposto no art. 74 da Lei parte em que lhe conferiu efeitos prospectivos. Os
nº 9.430/1996, segundo o qual o sujeito passivo que Ministros entenderam que não há como não aplicar
apurar crédito relativo a tributo ou contribuição os efeitos ex tunc à ação rescisória, nem mesmo sob
administrado pela SRF poderá utilizá-lo na a alegação de ofensa ao art. 156, X, do CTN, uma vez
compensação de débitos próprios relativos a que é da natureza da tal ação desconstituir a
quaisquer tributos e contribuições administrados sentença transitada em julgado e restabelecer o
por aquele Órgão. status quo ante da relação jurídica discutida. Por
fim, os Ministros destacaram que o crédito foi
b) PLR devidamente constituído, em regular procedimento
administrativo, então, não haveria que se falar em
• REsp 1.650.783/SP necessidade de nova constituição do crédito
Relator(a): Ministro Herman Benjamin tributário, nos termos do art. 142 do CTN,
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ porquanto, com a desconstituição da sentença que
Data de julgamento: 26/09/2017 lhe teria extinguido, seu status foi restabelecido.
Data de publicação: 19/12/2017
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. b) Parcelamento
PLR. OBSERVÂNCIA DA LEI N˚ 10.101/2000.
NECESSIDADE. • REsp 1.671.118/RS
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Relator(a): Ministro Herman Benjamin
que não incidirá contribuição previdenciária sobre Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
os valores pagos a título de participação nos lucros Data de julgamento: 03/08/2017
apenas se estiverem presentes os requisitos Data de publicação: 09/10/2017
previstos na Lei n˚ 10.101/2000, quais sejam, (i) Ementa: CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
comissão escolhida pelas partes ou acordo coletivo; PARCELAMENTO. DESCUMPRIMENTO DE
e (ii) os documentos decorrentes da negociação PRAZOS ESTABELECIDOS POR ATO
devem ter regras claras e objetivas quanto à fixação INFRALEGAL. EXCLUSÃO DO CONTRIBUINTE.
dos direitos substantivos da participação e das IMPOSSIBILIDADE. PRINCÍPIOS DA
regras adjetivas, inclusive, mecanismos de aferição RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.
das informações pertinentes ao cumprimento do Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
acordado, periodicidade da distribuição, período de que o contribuinte que descumpriu prazo para a
vigência e prazos para revisão do acordo. Os consolidação de débitos estabelecido por Portaria
Ministros destacaram que o não cumprimento não pode ser excluído de programa de
desses requisitos impede que a verba paga seja parcelamento. No caso concreto, uma empresa foi
considerada, para fins tributários, como excluída do parcelamento, previsto na Lei nº
participação nos lucros, razão por que sobre ela 12.996/2014, por não ter observado o prazo para a
incidirá a contribuição previdenciária, dada sua consolidação dos débitos, estabelecido na Portaria
natureza remuneratória. Conjunta PGFN/RFB nº 1.064/2015. Para os
Ministros, uma vez observada a boa-fé do devedor e
5. CRÉDITO TRIBUTÁRIO a ausência de prejuízo ao erário, devem ser aplicados
os princípios da razoabilidade e da
a) Ação rescisória proporcionalidade, de forma que a exclusão do
contribuinte que vem honrando com suas parcelas,
• REsp 1.681.701/PE ainda que fora do prazo, caracterizaria uma ação
Relator(a): Ministro Herman Benjamin desarrazoada e contrária à teleologia do benefício
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ fiscal em questão.
Data de julgamento: 26/09/2017
Data de publicação: 10/10/2017 c) Suspensão da exigibilidade
Ementa: AÇÃO RESCISÓRIA. EFEITOS EX
NUNC. EFICÁCIA PROSPECTIVA. • REsp 1.691.774/SP

Voltar ao sumário. 34
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ que a imposição de reclassificação fiscal, no que se
Data de julgamento: 10/10/2017 refere à cobrança da diferença de tributos e multa,
Data de publicação: 16/10/2017 não autoriza a suspensão do desembaraço
Ementa: CRÉDITO TRIBUTÁRIO. SUSPENSÃO aduaneiro, conforme aplicação analógica da Súmula
DA EXIGIBILIDADE. DEPÓSITO JUDICIAL. ART. nº 323/STF. Isso porque, para os Ministros, o Fisco
151, II, DO CTN. FACULDADE DO não pode reter mercadorias importadas, tampouco
CONTRIBUINTE. NATUREZA DE INGRESSOS exigir caução para liberá-las, porque seria uma
TRIBUTÁRIOS DEPENDENTES DO DESTINO DA forma de coerção para receber tributos.
DEMANDA JUDICIAL. VALORES NÃO
DEDUTÍVEIS DA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ. 8. EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que o depósito integral suspende a exigibilidade do a) Energia elétrica
crédito tributário, conforme previsto no art. 151, II,
do CTN, constituindo direito subjetivo do • REsp 1.672.819/PR
contribuinte, que poderá efetuá-lo tanto em ação Relator(a): Ministro Herman Benjamin
ordinária quanto em mandado de segurança, sendo Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
desnecessária o ajuizamento de ação cautelar Data de julgamento: 21/09/2017
específica. Ademais, os Ministros destacaram que os Data de publicação: 09/10/2017
depósitos judiciais utilizados para suspender a Ementa: EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO.
exigibilidade do crédito fiscal consistem em ENERGIA ELÉTRICA. JUROS MORATÓRIOS E
ingressos tributários, e não em receitas tributárias, REMUNERATÓRIOS. INCIDÊNCIA
de modo que não são dedutíveis da base de cálculo SIMULTÂNEA. IMPOSSIBILIDADE.
do IRPJ até o trânsito em julgado da demanda. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que não há incidência simultânea de juros
6. CSLL moratórios e remuneratórios na hipótese de
devolução de empréstimo compulsório sobre o
a) Desapropriação consumo de energia elétrica, conforme
entendimento já fixado pelo STJ no EREsp
• REsp 1.691.698/SP 826.809/RS, submetido ao rito dos recursos
Relator(a): Ministro Herman Benjamin repetitivos. Ademais, os Ministros consignaram que
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ é permitida a conversão em ações de empresa dos
Data de julgamento: 10/10/2017 valores devidos em razão do empréstimo
Data de publicação: 23/10/2017 compulsório sobre energia elétrica, desde que
Ementa: CSLL. DESAPROPRIAÇÃO. comprovada a realização de assembleia geral
INDENIZAÇÃO. NÃO INCIDÊNCIA. ACRÉSCIMO autorizativa, de modo que, antes disso, os valores
PATRIMONIAL NÃO CARACTERIZADO. devidos devem ser objeto de atualização monetária
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu e juros segundo os parâmetros de título executivo.
que não incide CSLL sobre as verbas recebidas em Quanto ao termo final para o cálculo dos juros
razão de indenização decorrente de desapropriação, remuneratórios para a devolução do empréstimo
independentemente do motivo do ato compulsório, os Ministros entenderam que aqueles
expropriatório, conforme entendimento firmado no devem incidir até a data do resgate das
REsp 1.116.460/SP, submetido ao rito dos recursos contribuições, já os juros moratórios devem incidir
repetitivos, que versa sobre a incidência de IR sobre na data da citação, se a citação ocorrer depois da
tais verbas. Isso porque, para os Ministros, a conversão em ações. Mas, se a citação ocorrer na
incidência da exação está materialmente data ou antes da conversão em ações, o termo inicial
condicionada ao acréscimo patrimonial, que não se dos juros de mora é o dia seguinte à data da própria
efetiva na hipótese de indenização por conversão, isso porque não havia mora antes da data
desapropriação de bem imóvel pelo Poder Público, da conversão a menor, por isso que se diz que os
seja para fins de reforma agrária, seja por juros de mora e os juros remuneratórios não podem
necessidade ou utilidade pública, uma vez que tal incidir simultaneamente.
verba configura-se apenas como reposição do
patrimônio cedido. 9. DIREITO PROCESSUAL

7. DESEMBARAÇO ADUANEIRO a) Afetação ao rito dos recursos repetitivos

a) Reclassificação fiscal • AgInt no AREsp 1.072.755/RJ


Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
• REsp 1.690.950/PR Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Data de julgamento: 05/09/2017
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Data de publicação: 15/09/2017
Data de julgamento: 19/09/2017 Ementa: AFETAÇÃO AO RITO DOS RECURSOS
Data de publicação: 10/10/2017 REPETITIVOS. SOBRESTAMENTO DO RECURSO.
Ementa: DESEMBARAÇO ADUANEIRO. RECURSO NÃO ULTRAPASSA OS REQUISITOS
RECLASSIFICAÇÃO FISCAL. PRETENSÃO DE DE MÉRITO. DESCABIMENTO.
COBRANÇA DE TRIBUTOS E MULTA. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
SUSPENSÃO DO DESEMBARAÇO ADUANEIRO. que a afetação de um tema ao rito dos recursos
IMPOSSIBILIDADE. repetitivos não tem o condão de sobrestar o
julgamento de outros recursos sobre o mesmo

Voltar ao sumário. 35
assunto quando não superado o juízo de 724.888/MG. Assim, no caso concreto, os Ministros
admissibilidade deste recurso. Os Ministros determinaram o retorno dos autos ao Tribunal a quo
entenderam que, nessa hipótese, a futura decisão de para que aprecie a inconstitucionalidade de lei
mérito a ser proferida em recurso repetitivo não estadual.
teria como produzir efeitos em recurso que sequer
foi admitido. d) Exceção de pré-executividade

b) Agravo de instrumento • REsp nº 1.698.305/RJ


Relator(a): Ministro Herman Benjamin
• REsp 1.694.667/PR Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Data de julgamento: 16/11/2017
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Data de publicação: 19/12/2017
Data de julgamento: 05/12/2017 Ementa: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
Data de publicação: 18/12/2017 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. TEMPLO RELIGIOSO.
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESUNÇÃO RELATIVA. DILAÇÃO
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA NÃO ELENCADA PROBATÓRIA. DESNECESSIDADE.
NO ART. 1.015 DO CPC/2015. ROL TAXATIVO. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA. CABIMENTO. que a imunidade tributária, comprovada de plano,
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu pode ser suscitada em sede de exceção de pré-
que é cabível agravo de instrumento contra decisão executividade, por não exigir dilação probatória
que não concede efeito suspensivo aos embargos à para a verificação do direito do executado. Os
execução. No caso concreto, o Tribunal de origem Ministros entenderam que por se tratar de templo
entendeu que não é impugnável por meio de agravo religioso há presunção relativa de que o patrimônio
de instrumento a decisão que não atribuir efeito da entidade é revertido para suas finalidades
suspensivo aos embargos à execução, uma vez que o essenciais, não necessitando, portanto, de dilação
rol do art. 1.015/2015 é taxativo e não prevê essa probatória. Assim, destacaram que, como a entidade
hipótese. Os Ministros destacaram que em uma não pode fazer prova negativa, caberia à Fazenda
interpretação literal e isolada do art. 1.015, X, do Pública comprovar, no caso concreto, que
CPC/2015, verifica-se que o legislador previu o determinado terreno estaria desvinculado da
cabimento de agravo de instrumento somente destinação institucional do ente.
contra decisões interlocutórias que concedem,
modificam ou revogam o efeito suspensivo dos e) Intimação
embargos à execução, entretanto, não esclareceu
qual seria o meio de impugnação adequado para • AREsp 929.175/RJ
atacar o decisum que indefere o pedido de efeito Relator(a): Ministro Og Fernandes
suspensivo aos embargos à execução. Por essa razão, Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
os Ministros entenderam que a situação dos autos Data de julgamento: 17/08/2017
reclama a utilização de interpretação extensiva ao Data de publicação: 23/08/2017
art. 1.015, X, do CPC/2015, uma vez que a exclusão Ementa: INTIMAÇÃO. PUBLICAÇÃO EM DJE.
da hipótese em questão afronta a isonomia das PREVALÊNCIA SOBRE OUTROS MEIOS DE
partes, pois permite ao exequente o acesso imediato PUBLICAÇÃO OFICIAL.
ao tribunal por meio de agravo e remete o executado Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
ao recurso de apelação ou contrarrazões. Por fim, os que a intimação realizada por meio de publicação no
Ministros pontuaram que o embargante fica sujeito DJE substitui, para todos os efeitos legais, outros
a danos quando a execução embargada não é meios de publicação oficial. Os Ministros
suspensa, de forma que a posterior constatação da entenderam que em se tratando de decisão
necessidade de suspensão do feito, em sede de publicada no DJE, considera-se como início do
apelação, pode perder sua utilidade, devendo ser prazo recursal o dia útil seguinte ao da
admitida a interposição do agravo de instrumento. disponibilização do decisum no referido diploma,
consoante disposto no art. 4º, § 3º, da Lei nº
c) Arguição de inconstitucionalidade 11.419/2006. Nesse sentido, concluíram que quando
há intimação eletrônica e publicação no DJE, o
• REsp 1.664.295/SC prazo recursal começará a fluir a partir da data desta
Relator(a): Ministro Herman Benjamin última, já que a publicação no DJE substitui outros
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ meios de publicação oficial para quaisquer efeitos
Data de julgamento: 17/08/2017 legais.
Data de publicação: 13/09/2017
Ementa: ARGUIÇÃO DE f) Mandado de segurança
INCONSTITUCIONALIDADE. QUSTÃO DE
ORDEM PÚBLICA. SUSCITADA • RMS 38.129/GO
ORIGINARIAMENTE EM APELAÇÃO. ANÁLISE Relator(a): Ministro Og Fernandes
PELA CORTE LOAL. POSSIBILIDADE. Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
PRECLUSÃO. NÃO OCORRÊNCIA. Data de julgamento: 18/05/2017
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Data de publicação: 01/08/2017
que a inconstitucionalidade de lei pode ser Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA.
apreciada pela Corte local, ainda que suscitada AUTORIDADE COATORA. SECRETÁRIO DE
apenas em sede de Apelação, uma vez que se trata de ESTADO DA FAZENDA. ILEGITIMIDADE.
matéria de ordem pública que, por conseguinte, não RECONHECIMENTO DE OFÍCIO.
se sujeita à preclusão, conforme decidido no EAg POSSIBILIDADE. SOLICITAÇÃO DE EMENDA À

Voltar ao sumário. 36
PETIÇÃO INICIAL. MODIFICAÇÃO DA Data de publicação: 10/10/2017
COMPETÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. FRAUDE À
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu EXECUÇÃO. ALIENAÇÃO DE BENS POR SÓCIO-
que o Secretário de Fazenda do Estado não é parte GERENTE EM MOMENTO ANTERIOR AO
legítima para integrar o polo passivo de ação REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO. NÃO
mandamental que discute a exigibilidade de tributos, CONFIGURAÇÃO.
na medida em que não atua diretamente na Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
lavratura de auto de infração tributária. Os que a fraude à execução só ocorre se a alienação de
Ministros destacaram que a ilegitimidade das partes bens realizada por sócio-gerente for posterior ao
pode ser conhecida de ofício pelo STJ, pois, redirecionamento da execução fiscal, conforme
enquanto matéria de ordem pública, deve ser interpretação do art. 185 do CTN. Isso porque, para
apreciada em qualquer tempo e grau de jurisdição. os Ministros, o sócio-gerente não pode ser
Ademais, ressaltaram que é inviável a oportunidade considerado devedor até o momento em que é
de emenda à inicial para retificação do polo passivo deferido o redirecionamento.
do mandamus, quando a alteração da autoridade
coatora resulta na modificação da competência b) Medida cautelar fiscal
jurisdicional, que é a hipótese do caso concreto.
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
• RMS 54.333/RN • REsp 1.705.580/SP
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Relator(a): Ministro Og Fernandes
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 19/09/2017 Data de julgamento: 05/12/2017
Data de publicação: 20/10/2017 Data de publicação: Pendente
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. MEDIDA
AUTORIDADE COATORA. ILEGITIMIDADE CAUTELAR FISCAL. REQUERIMENTO DE
PASSIVA. INDISPONIBILIDADE DOS BENS DO DEVEDOR.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu EXIGIBILIDADE SUSPENSA. IMPOSSIBILIDADE.
que o Secretário de Estado da Fazenda não é parte Resultado: O Ministro Relator entendeu que,
legítima para integrar o polo passivo de ação enquanto estiver suspensa a exigibilidade do crédito
mandamental em que se discute a exigibilidade de tributário não se pode decretar a indisponibilidade
tributos, na medida em que apenas edita comandos dos bens do devedor por meio de medida cautelar
gerais para a fiel execução da lei, não agindo fiscal fundada no art. 2º, VI, da Lei nº 8.397/1992.
diretamente na execução da lavratura de auto de Segundo o Ministro, o art. 1º, parágrafo único, do
infração tributária. Os Ministros ressaltaram ainda referido diploma legal apenas autoriza a instauração
que é possível que a Corte examine, de ofício, da medida cautelar fiscal, sem que o crédito
matérias de ordem pública, em sede de recurso tributário esteja constituído, nas hipóteses de
ordinário em mandado de segurança, tais como as dilapidação ou de tentativa de ocultação de
relativas às condições da ação. patrimônio. Pediu vista dos autos o Ministro
Herman Benjamin.
g) Suspensão de expediente forense
c) Parcelamento do crédito tributário
• AREsp 837.909/SP
Relator(a): Ministro Francisco Falcão • AgInt no REsp 1.569.896/RN
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Relator(a): Ministro Og Fernandes
Data de julgamento: 19/10/2017 Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de publicação: Pendente Data de julgamento: 26/09/2017
Ementa: SUSPENSÃO DE EXPEDIENTE Data de publicação: 29/09/2017
FORENSE. DOCUMENTAÇÃO IDÔNEA. Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. PARCELAMENTO
COMPROVAÇÃO APÓS O PROTOCOLO DA PEÇA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ADESÃO
RECURSAL. CPC/1973. POSSIBILIDADE. POSTERIOR À PENHORA EFETUADA EM
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu EXECUÇÃO FISCAL. MANUTENÇÃO DA
que a suspensão de expediente forense no Tribunal GARANTIA. POSSIBILIDADE.
de origem, resultando na prorrogação do termo final Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
para interposição do recurso especial, pode ser que o parcelamento do crédito tributário, a despeito
comprovada em momento posterior ao protocolo do de suspender sua exigibilidade, não serve para
referido recurso, na vigência do CPC/1973, que desconstituir a garantia dada em juízo, que deve
previa que o relator antes de considerar o recurso prevalecer mesmo no caso de posterior adesão ao
inadmissível, concederia prazo de 5 dias ao programa, para possibilitar a satisfação do crédito
recorrente para sanar o vício ou complementar a em caso de descumprimento do parcelamento.
documentação exigível.
d) Penhora
10. EXECUÇÃO FISCAL
• AgInt no REsp 1.607.510/SP
a) Fraude à execução Relator(a): Ministra Assusete Magalhães
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
• REsp 1.681.021/SC Data de julgamento: 03/08/2017
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Data de publicação: 16/08/2017
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA.
Data de julgamento: 26/09/2017 CONTA CORRENTE CONJUNTA. DÍVIDA DE

Voltar ao sumário. 37
SOMENTE UM DOS CORRENTISTAS. f) Redirecionamento
CONSTRIÇÃO DA INTEGRALIDADE DO VALOR
DEPOSITADO. POSSIBILIDADE. • REsp 1.604.320/RS
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
que não há óbice para que a constrição, em caso de Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
execução fiscal, recaia sobre a integralidade do saldo Data de julgamento: 15/08/2017
em conta corrente do devedor, mesmo que esteja em Data de publicação: 10/11/2017
nome de mais de um correntista. Segundo os Ementa: EXECUÇÃO FISCAL.
Ministros, no caso de conta conjunta, cada um dos REDIRECIONAMENTO. MANDATÁRIOS,
correntistas é credor de forma solidária, de todo o PREPOSTOS E EMPREGADOS. DISSOLUÇÃO
saldo depositado, que pode ser penhorado em IRREGULAR DA EMPRESA. AUSÊNCIA. NOME
garantia da execução, ainda que somente um deles DO CORRESPONSÁVEL NA CDA. AUSÊNCIA.
seja responsável pelo pagamento do tributo. Ainda, IMPOSSIBILIDADE.
destacaram que o terceiro, estranho à execução Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
fiscal, que mantém dinheiro em conta conjunta, que fica inviabilizado o redirecionamento da
admite tacitamente que tal importância responda execução fiscal quando não verificada a dissolução
pela constrição, pois se perde o caráter de irregular da empresa ou quando o nome do
exclusividade do capital neste tipo de conta. corresponsável não constar na CDA, inclusive, nas
hipóteses de responsabilização de mandatários,
• REsp 1.645.999/PE prepostos e empregados, conforme previsto no art.
Relator(a): Ministro Herman Benjamin 135, II, do CTN. No caso concreto, os Ministros
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ destacaram que não ocorreu nenhuma dessas
Data de julgamento: 21/09/2017 hipóteses, uma vez que a Fazenda Pública, por meio
Data de publicação: 09/10/2017 de relatório fiscal elaborado unilateralmente, sem
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA. observância do contraditório, constatou apenas o
EFETIVAÇÃO ANTERIOR À CITAÇÃO DO inadimplemento de tributo. Dessa forma, os
DEVEDOR. MEDIDA DE NATUREZA Ministros asseveraram que o inadimplemento da
ACAUTELATÓRIA. NECESSIDADE DE obrigação tributária pela sociedade não gera, por si
COMPROVAÇÃO DO PREENCHIMENTO DOS só, a responsabilidade solidária do sócio-gerente,
REQUISITOS DO ART. 798 DO CPC/1973 conforme previsto na Súmula nº 430/STJ, mutatis
Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou mutandis, aplicando-se também aos mandatários,
que o bloqueio de ativos financeiros via BacenJud, prepostos e empregados. Por fim, também
em caráter excepcional, pode ser feito antes da asseveraram que o nome do preposto não constava
citação do devedor quando o ente público na CDA, ou seja, o crédito tributário foi constituído
demonstrar perigo de lesão grave e de difícil apenas em face da pessoa jurídica. Desse modo,
reparação, em consonância com o poder geral de entenderam que a inclusão do preposto no polo
cautela previsto no art. 798 do CPC/1973. Os passivo da execução fiscal, com base no art. 135, II,
Ministros destacaram ainda que a leitura do art. do CTN, carece de amparo legal à apuração de
185-A do CTN já indica que o arresto imediato de responsabilidade.
dinheiro só será decretado quando o executado,
devidamente citado, não providenciar o pagamento • REsp 1.689.999/SP
da dívida ou a garantia do juízo, bem como quando Relator(a): Ministro Herman Benjamin
não forem localizados bens penhoráveis. Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 16/11/2017
e) Recuperação judicial Data de publicação: 19/12/2017
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL.
• REsp 1.673.421/RS REDIRECIONAMENTO. DISSOLUÇÃO.
Relator(a): Ministro Herman Benjamin DISTRATO. JUNTA COMERCIAL. PENDÊNCIA
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ DE DÉBITOS TRIBUTÁRIOS. IMPOSSIBILIDADE.
Data de julgamento: 17/10/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Data de publicação: 23/10/2017 que o mero registro de distrato social em junta
Ementa: EXECUÇÃO FISCAL. RECUPERAÇÃO comercial não descaracteriza a irregularidade na
JUDICIAL. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE dissolução de empresa, quando a mesma ainda
REGULARIDADE FISCAL. PROSSEGUIMENTO. possui débitos tributários pendentes de quitação. Os
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Ministros destacaram que a extinção da
que a concessão da recuperação judicial sem a personalidade jurídica de uma sociedade pressupõe
comprovação da regularidade fiscal, à luz dos artigos que somente será dada baixa da empresa após a
57 e 58 da Lei nº 11.101/2005, não suspende a comprovação de quitação de todos os seus débitos.
execução fiscal. Os Ministros destacaram o Não bastasse isso, asseveraram que o distrato social
julgamento do REsp 1.512.118/SP, no qual foi é apenas uma das fases do procedimento de extinção
decidido que nos casos em que se verificar que a da pessoa jurídica empresarial. Após o distrato,
recuperação judicial foi concedida sem a procede-se ainda à realização do ativo e pagamento
observância dos mencionados artigos, isto é, sem a do passivo, para, então, decretar-se o fim da
apresentação de CND ou CPEN, a execução fiscal personalidade jurídica. Nesses termos, concluíram
poderá ter normal prosseguimento, ressalvada a que a simples averbação do distrato social na junta
possibilidade de o juiz competente, com base no art. não configura dissolução regular da empresa.
620 do CPC/1973, obstar a efetivação de atos que
inviabilizem o plano de recuperação judicial. 11. ICMS

Voltar ao sumário. 38
a) Regime especial PREÇOS PRATICADOS PELO MERCADO.
RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO PAGO A MAIOR.
• RMS 51.523/CE Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria que, apesar de a Lei nº 10.742/2003 autorizar que a
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos
Data de julgamento: 08/06/2017 (CMED) fixe, anualmente, o Preço Máximo ao
Data de publicação: 07/08/2017 Consumidor (PMC) de remédios, os preços adotados
Ementa: ICMS. REGIME ESPECIAL. AUMENTO pelo órgão para compor a base de cálculo do ICMS-
DA MVA. SANÇÃO POLÍTICA. ST, à luz do art. 8º, § 2º da LC nº 87/1996,
INCONSTITUCIONALIDADE. revelaram-se muito superiores aos praticados no
Resultado: A Turma, por unanimidade, decidiu mercado, fomentando excessiva majoração do ICMS
que a imposição de MVA majorada para devido em regime de substituição tributária pelo
contribuintes inscritos no regime especial de comércio varejista. Assim, os Ministros destacaram
fiscalização apresenta-se como meio indireto de que é devida a restituição da diferença do ICMS-ST
coerção para cobrança de tributos em atraso. Os pago a maior, uma vez que a base de cálculo
Ministros entenderam que o aumento da carga presumida da operação não se realizou efetivamente,
tributária dificulta o exercício da atividade nos termos do julgamento do RE 593.849/MG,
econômica empresarial, o que não pode ser tolerado, submetido ao rito da repercussão geral.
à luz do art. 5º, XIII, e art. 170, ambos da CF/1988.
Os Ministros destacaram ainda que o STF e o 13. II
próprio STJ têm entendimento consolidado quanto
à impossibilidade de o Estado utilizar restrições que a) Serviços de capatazia
caracterizem sanção política como meio de coerção
para pagamento de tributos. Por fim, ressaltaram • AgInt no REsp 1.642.020/SC
que é legítima a inclusão de contribuintes Relator(a): Ministro Herman Benjamin
habituados a praticar infrações tributárias no Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
regime especial de fiscalização, entretanto, o que Data de julgamento: 15/08/2017
não se admite é o agravamento de medidas fiscais Data de publicação: 12/09/2017
impostas pelo respectivo regime, a ponto de inibir a Ementa: II. SERVIÇOS DE CAPATAZIA.
regular atividade empresarial. DESCARGA DAS MERCADORIAS IMPORTADAS
EM TERRITÓRIO NACIONAL. EXCLUSÃO DA
b) Repetição de indébito BASE DE CÁLCULO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
• AREsp 105.387/RS que não devem ser incluídos os gastos decorrentes
Relator(a): Ministro Gurgel de Faria do descarregamento de mercadorias em território
Órgão julgador: 1ª Turma do STJ brasileiro na base de cálculo do II. Para os Ministros,
Data de julgamento: 08/08/2017 as despesas com serviços de capatazia, referentes à
Data de publicação: 25/08/2017 circulação e ao manuseio das mercadorias já dentro
Ementa: ICMS. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. do estabelecimento portuário, não integram o valor
PAGAMENTO INDEVIDO. MERCADORIAS aduaneiro, consoante o disposto no art. 79 do
DADAS EM BONIFICAÇÃO. COMPROVAÇÃO DA Decreto nº 6.759/2009. Ademais, destacaram que
EXISTÊNCIA DE REPASSE ECONÔMICO. NÃO tais procedimentos ocorrem após a chegada da
CABIMENTO. embarcação ao porto alfandegado, de forma que sua
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu inclusão na base de cálculo do mencionado imposto,
que a repetição do ICMS pago indevidamente sobre como pretende a IN SRF nº 327/2003, ofenderia os
mercadorias dadas em bonificação não depende de limites impostos pelo AVA/GATT, o qual estipula
comprovação por parte da empresa que arcou com o que sejam excluídas do valor aduaneiro as despesas
ônus econômico do tributo. Isso porque, para os ocorridas entre o atraque da embarcação e o seu
Ministros, seria contraditório exigir prova da não efetivo desembaraço aduaneiro.
repercussão do ICMS, nos termos do art. 166 do
CTN, uma vez que a mercadoria já foi entregue sem 14. IPI
o pagamento de qualquer quantia pelo consumidor.
a) Crédito presumido
12. ICMS-ST
• REsp 1.690.680/RS
a) Base de cálculo Relator(a): Ministro Herman Benjamin
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
• REsp 1.519.034/RS Data de julgamento: 10/10/2017
Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Data de publicação: 16/10/2017
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Ementa: IPI. CRÉDITO PRESUMIDO.
Data de julgamento: 15/08/2016 CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. ADQUIRENTE DE
Data de publicação: 16/11/2017 MATÉRIA-PRIMA. EXPORTADOR DO PRODUTO
Ementa: ICMS-ST. BASE DE CÁLCULO. PREÇO FINALIZADO. POSSIBILIDADE.
FINAL DAS MERCADORIAS FIXADO POR Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
ÓRGÃO PÚBLICO COMPETENTE. que o crédito presumido de IPI também deve ser
ARBITRAMENTO EM VALORES SUPERIORES AO concedido ao estabelecimento que adquire matéria
DO COMÉRCIO VAREJISTA. MAJORAÇÃO prima, terceiriza sua industrialização, recebe o
DESCABIDA. ADOÇÃO EXCEPCIONAL DOS produto finalizado e o exporta. Isso porque, para os
Ministros, o benefício fiscal, previsto no art. 1º da

Voltar ao sumário. 39
Lei nº 9.363/1996, foi concebido como incentivo aos Ementa: IPTU. RESPONSABILIDADE
fabricantes de produtos nacionais destinados à TRIBUTÁRIA. ALIENAÇÃO DO IMÓVEL. SUB-
exportação, em uma tentativa de fomentar a ROGAÇÃO DO DÉBITO TRIBUTÁRIO. ART. 130
atividade, por isso, concluíram que o benefício DO CTN. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DO
também deve ser aplicado aos adquirentes de ALIENANTE E DO ADQUIRENTE. CONTRATO
matéria-prima que exportam o produto finalizado. PARTICULAR. INOPONIBILIDADE EM RELAÇÃO
AO FISCO. ART. 123 DO CTN. CONFIRMAÇÃO DA
b) SIMPLES LEGITIMIDADE PASSIVA DO ANTIGO
PROPRIETÁRIO.
• REsp 1.677.944/SP Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Relator(a): Ministro Herman Benjamin que a responsabilidade tributária do proprietário do
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ imóvel em relação aos débitos de IPTU, lançados
Data de julgamento: 19/09/2017 antes da alienação do bem, permanece inalterada,
Data de publicação: 09/10/2017 independente de existir, no contrato de compra e
Ementa: IPI. SIMPLES. DESEMBARAÇO venda, previsão expressa de transmissão da
ADUANEIRO. COMPATIBILIDADE DE REGIMES. responsabilidade ao adquirente, conforme previsto
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu no art. 123 do CTN. Os Ministros destacaram que a
que o recolhimento do IPI das empresas optantes sub-rogação realizada com a venda do imóvel,
pelo SIMPLES abarca apenas o IPI devido na saída prevista no art. 130 do CTN, tem caráter meramente
da mercadoria do estabelecimento, de forma que a cumulativo e não substitutivo, razão pela qual
tributação da importação de bens e serviços deve ocorre a simples adição do terceiro adquirente como
obedecer a sistemática própria da exação, nos responsável solidário na relação jurídico-tributária,
termos do art. 13, § 1º, XII, da LC nº 123/2006. sem que ocorra a desoneração ou extinção da
Segundo os Ministros, a opção pelo SIMPLES não responsabilidade do proprietário anterior.
implica que todos os tributos devidos estão
submetidos ao recolhimento unificado, que se c) Sujeição passiva
harmoniza com a tributação autônoma e separada
dos casos em que deve ser observada a legislação • AgInt no REsp 1.616.632/BA
específica. Os Ministros destacaram que o comércio Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
exterior recebe tratamento tributário especial e Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
segue política estatal específica em razão da Data de julgamento: 20/06/2017
natureza regulatória do IPI, que possui repercussões Data de publicação: 27/09/2017
no desenvolvimento econômico do país, de forma Ementa: IPTU. SUJEIÇÃO PASSIVA.
que o recolhimento do tributo devido no SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. ENFITEUTA
desembaraço aduaneiro deve seguir lógica própria. DE IMÓVEL PÚBLICO. POSSIBILIDADE.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
15. IPTU que o enfiteuta é o titular do domínio útil do imóvel,
sendo, portanto, o sujeito passivo do IPTU. Segundo
a) Condomínios irregulares os Ministros, a imunidade tributária recíproca,
disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/1988, não pode
• REsp 1.429.505/DF ser transferida do senhorio, detentor do domínio
Relator(a): Ministro Og Fernandes indireto, para o enfiteuta, titular do domínio útil do
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ imóvel. Assim, no caso concreto, a Turma decidiu
Data de julgamento: 10/10/2017 que a sociedade de economia mista que figura como
Data de publicação: 18/10/2017 titular do domínio útil do imóvel, através do regime
Ementa: IPTU. CONDOMÍNIOS IRREGULARES. da enfiteuse, é o sujeito passivo do IPTU, uma vez
PROPRIEDADE, DOMÍNIO ÚTIL OU POSSE. que não é atingida pela imunidade tributária
INCIDÊNCIA. recíproca.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que incide IPTU sobre propriedades localizadas em 16. IR
condomínios irregulares, uma vez que os arts. 32 e
34 do CTN determinam como fato gerador da exação a) Juros de mora
a propriedade, o domínio útil ou a posse do imóvel,
não estabelecendo qualquer restrição ao tipo de • EDcl no REsp nº 1.608.133/SP
posse ou ao possuidor enquanto contribuinte. Os Relator(a): Ministra Assusete Magalhães
Ministros destacaram que o tributo está vinculado a Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
institutos de direito real, de modo que o Data de julgamento: 21/09/2017
proprietário, titular do domínio útil e possuidor, Data de publicação: 28/09/2017
devem ser considerados contribuintes, uma vez que Ementa: IR. JUROS DE MORA. PAGAMENTOS
revelam efetiva capacidade econômica. EXTEMPORÂNEOS. VERBAS
REMUNERATÓRIAS. SERVIDORES PÚBLICOS.
b) Responsabilidade tributária INCIDÊNCIA.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
• AgInt no AREsp 942.940/RJ que é possível a retenção do IR, na fonte, sobre juros
Relator(a): Ministro Herman Benjamin de mora devidos a servidores públicos, pelo
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ pagamento extemporâneo de verbas
Data de julgamento: 15/08/2017 remuneratórias, fora do contexto de exoneração ou
Data de publicação: 12/09/2017 demissão. Os Ministros destacaram que no
julgamento do REsp 1.227.133/RS, submetido ao

Voltar ao sumário. 40
rito dos recursos repetitivos, firmou-se a orientação INTERMINISTERIAL MF/MT/MS Nº 326/1977 E
de que não incide IR sobre os juros moratórios PELA IN SRF Nº 267/2002. ILEGALIDADE.
vinculados a verbas trabalhistas reconhecidas em Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
decisão judicial, quando pagos em contexto de pela ilegalidade das limitações previstas na Portaria
rescisão do contrato de trabalho. Posteriormente, no Interministerial MF/MT/MS nº 326/1977 e na
julgamento do REsp 1.089.720/RS, a Corte IN/SRF nº 267/2002 quando estabelecem limites
reafirmou a orientação do recurso repetitivo máximos por refeição custeada pelo PAT para fins
mencionado acima, mas consignou que será de dedução da base de cálculo do IRPJ. Os Ministros
legítima a tributação dos juros de mora pelo IR, destacaram que houve excesso no exercício do poder
salvo quando existir norma isentiva específica, como regulamentar tendo em vista que a Lei nº
a prevista no art. 6º, V, da Lei nº 7.713/1988, que 6.321/1976, que instituiu o benefício de dedução dos
desobriga do IR os juros de mora devidos no custos com o PAT, não definiu limites por refeição,
contexto de rescisão do contrato de trabalho ou como os estabelecidos nos mencionados atos
quando constatado que a verba principal, a que se normativos.
referem os juros, é isenta do IR. Portanto,
concluíram que, exceto na hipótese de rescisão do 19. IRPJ & CSLL
contrato de trabalho, os juros de mora devidos pelo
atraso no pagamento das remunerações tributadas, a) Benefício fiscal
independentemente da natureza indenizatória,
serão considerados rendimentos tributáveis, pois • AgInt no REsp 1.539.817/SC
configuram acréscimo patrimonial e não estão Relator(a): Ministro Og Fernandes
beneficiados por isenção. Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 05/12/2017
17. IRPF Data de publicação: 13/12/2017
Ementa: IRPJ E CSLL. BENEFÍCIO FISCAL.
a) Repetição de indébito RECEITA ADVINDA DE SERVIÇOS
HOSPITALARES. LEI Nº 9.249/1995.
• REsp 1.660.301/SC INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA.
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ que o conceito de serviços hospitalares deve ser
Data de julgamento: 03/08/2017 interpretado de forma restrita para que se tenha
Data de publicação: 12/09/2017 direito ao recolhimento de IRPJ e CSLL, com bases
Ementa: IRPF. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. de cálculos reduzidas para 8% e 12%,
LEGITIMIDADE DOS HERDEIROS PARA respectivamente, na forma como preconizado no
PLEITAR RESTITUIÇÃO DE VALORES DO art. 15, III, “a”, e no art. 20, caput, ambos da Lei nº
FALECIDO. DIREITO À REPETIÇÃO 9.249/1995. Os Ministros ressaltaram que no
RECONHECIDO EM VIDA. julgamento do REsp 951.251/PR a Corte se
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu posicionou no sentido de que para fins do
que os herdeiros têm legitimidade para pleitear pagamento dos tributos com as alíquotas reduzidas,
judicialmente valores relativos à repetição de IRPF a expressão “serviços hospitalares”, constante dos
não recebidos pelo falecido em vida. Os Ministros mencionados artigos, deve ser interpretada de
destacaram que, no caso concreto, não se discutiu o forma objetiva, porquanto a lei, ao conceder o
direito personalíssimo do de cujus à isenção benefício fiscal, não considerou a característica ou a
tributária, uma vez que o Tribunal de origem já estrutura do contribuinte em si mas a natureza do
havia garantido a existência da moléstia grave, bem próprio serviço prestado. Assim, os Ministros
como o direito à repetição do indébito, discutiu-se ressaltaram que devem ser considerados serviços
apenas o direito de os sucessores pleitearem o hospitalares aqueles que se vinculam às atividades
recebimento do saldo devido ao de cujus, desenvolvidas pelos hospitais, voltados diretamente
transmitido por ocasião de seu falecimento. Quanto à promoção da saúde, excluindo-se as simples
a esse aspecto, os Ministros entenderam que valores consultas médicas, atividade que não se identifica
relativos a restituições de imposto de renda não com as prestadas no âmbito hospitalar, mas nos
recebidos pelo falecido em vida podem ser consultórios médicos. Por essa razão, os Ministros
levantados pelos dependentes ou, mutatis mutandis, concluíram que o benefício fiscal previsto na norma
pelos sucessores, dessa forma, os herdeiros do de em referência não contempla a simples atividade de
cujus são legítimos para pleitear judicialmente a consulta médica realizada por profissional liberal,
respectiva restituição. ainda que no interior do estabelecimento hospitalar,
e, por decorrência lógica, também não se aplica aos
18. IRPJ consultórios médicos situados dentro dos hospitais
que só prestem consultas médicas.
a) Benefício fiscal
b) Crédito presumido de ICMS
• REsp 1.662.728/RS
Relator(a): Ministro Herman Benjamin • REsp 1.674.735/SC
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Relator(a): Ministro Herman Benjamin
Data de julgamento: 08/08/2017 Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de publicação: 12/09/2017 Data de julgamento: 19/09/2017
Ementa: IRPJ. BENEFÍCIO FISCAL. DEDUÇÃO Data de publicação: 09/10/2017
DOS CUSTOS COM O PAT. LEI Nº 6.321/1976. Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE
LIMITAÇÃO IMPOSTA PELA PORTARIA ICMS. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO.

Voltar ao sumário. 41
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu valores ressarcidos no âmbito do REINTEGRA
que créditos presumidos de ICMS, concedidos por foram excluídos expressamente da base de cálculo
Lei Estadual, devem compor a base de cálculo do do PIS e da COFINS somente com o advento da Lei
IRPJ e da CSLL, uma vez que tais créditos nº 12.844/2013, que incluiu o § 12 no art. 2º da Lei
configuram lucro da empresa, diminuindo custos e nº 12.546/2011. Dessa forma, os Ministros
despesas, e aumentando indiretamente o lucro destacaram que, por se tratar de dispositivo de
tributável. conteúdo material, sua aplicação somente alcança os
fatos geradores futuros e aqueles cuja ocorrência
c) Prejuízos fiscais não tenha sido completada, não havendo que se falar
em aplicação retroativa.
• REsp nº 1.434.740/SC
Relator(a): Ministro Og Fernandes 21. IRRF
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 07/11/2017 a) Responsabilidade tributária
Data de publicação: 14/11/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. PREJUÍZOS FISCAIS. BASE • REsp 1.480.918/RS
NEGATIVA. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TAXA Relator(a): Ministro Herman Benjamin
SELIC. IMPOSSIBILIDADE. (designado para redação do acórdão)
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
que não cabe correção monetária dos saldos de Data de julgamento: 19/09/2017
prejuízos fiscais do IRPJ e da base de cálculo Data de publicação: Pendente
negativa da CSLL. Os Ministros consignaram que a Ementa: IRRF. RESPONSABILIDADE
dedução de prejuízos de exercícios anteriores da TRIBUTÁRIA. REMESSA DE JUROS AO
base de cálculo do IRPJ e a compensação das bases EXTERIOR. ENTIDADE SEM FINS LUCRATIVOS.
negativas da CSLL constituem favores fiscais, não IMUNIDADE TRIBUTÁRIA.
havendo previsão legal para a sua atualização pela Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
SELIC. fato de entidade sem fins lucrativos usufruir de
imunidade tributária não altera sua
d) Repetição de indébito responsabilidade pela retenção na fonte do IRRF
incidente sobre a remessa de juros ao exterior. Isso
• REsp 1.675.619/RJ porque, para os Ministros, nessa hipótese, a
Relator(a): Ministro Herman Benjamin entidade sem fins lucrativos não é contribuinte do
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ imposto, mas tão somente responsável tributária, de
Data de julgamento: 03/10/2017 forma que recolhe o tributo cujo sujeito passivo é
Data de publicação: 11/10/2017 empresa estrangeira, que não goza de qualquer
Ementa: IRPJ. CSLL. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. imunidade.
JUROS REMUNERATÓRIOS. TAXA SELIC.
INCIDÊNCIA. 22. ITBI
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que os juros da taxa SELIC incidentes na repetição a) Adjudicação em hasta pública
de indébito tributário devem integrar a base de
cálculo do IRPJ e da CSLL, devido a sua natureza de • REsp 1.446.249/SP
lucros cessantes, que compõem o lucro operacional Relator(a): Ministro Og Fernandes
da empresa, nos termos do REsp 1.138.695/SC, Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
submetido ao rito dos recursos repetitivos. Data de julgamento: 21/09/2017
Data de publicação: 28/09/2017
20. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS Ementa: ITBI. ADJUDICAÇÃO EM HASTA
PÚBLICA. ONEROSIDADE DA AQUISIÇÃO.
a) REINTEGRA INCIDÊNCIA DA EXAÇÃO. POSSIBILIDADE.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
• AgInt no REsp 1.660.801/RS que incide ITBI sobre a aquisição de bem imóvel por
Relator(a): Ministro Francisco Falcão meio de adjudicação em hasta pública, em razão de
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ seu caráter oneroso. Para os Ministros, ainda que a
Data de julgamento: 24/10/2017 adjudicação seja uma forma originária de aquisição
Data de publicação: 31/10/2017 da propriedade, considerando que o bem passa ao
Ementa: IRPJ. CSLL. REINTEGRA. REGIME DE arrematante livre e desembaraçado dos ônus
INCENTIVO FISCAL. REDUÇÃO DOS CUSTOS E anteriores, a onerosidade da operação atrai a
AUMENTO DO LUCRO DA PESSOA JURÍDICA. incidência da exação.
INCIDÊNCIA. PIS. COFINS. NÃO INCIDÊNCIA.
LEI Nº 12.844/2013. APLICAÇÃO PROSPECTIVA. 23. ITR
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
pela legalidade da incidência de IRPJ e CSLL sobre a) Área de reserva legal
créditos apurados no REINTEGRA uma vez que
provocam redução de custos e consequente aumento • REsp 1.638.210/MG
do lucro da pessoa jurídica. Segundo os Ministros, Relator(a): Ministro Og Fernandes
todo benefício fiscal, relativo a qualquer tributo, ao Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
diminuir a carga tributária, majora indiretamente o Data de julgamento: 28/11/2017
lucro da empresa, impactando na base de cálculo do Data de publicação: 05/12/2017
IRPJ e da CSLL. Noutro plano, consignaram que os

Voltar ao sumário. 42
Ementa: ITR. ÁREA DE RESERVA LEGAL. não permitem o creditamento pelo revendedor das
ISENÇÃO. NECESSIDADE DE REGISTRO referidas contribuições incidentes sobre as receitas
IMOBILIÁRIO. do vendedor por estarem fora do regime de
Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu incidência não cumulativo, a teor do art. 2º, § 1º e
que a averbação da área de reserva legal no art. 3º, I, “b” da Lei nº 10.637/2002 e da Lei nº
respectivo registro imobiliário é imprescindível para 10.833/2003, respectivamente. Desse modo, não se
a fruição da isenção relativa ao ITR, prevista no art. aplicam, por incompatibilidade de regimes e por
10, §1º, II, “a”, da Lei nº 9.393/1996. especialidade de suas normas, o disposto no art. 17
da Lei nº 11.033/2004, e art. 16 da Lei nº
24. PARCELAMENTO DO CRÉDITO 11.116/2005, cujo âmbito de incidência se restringe
TRIBUTÁRIO ao regime não cumulativo, salvo determinação legal
expressa.
a) Multa isolada
• EDcl nos EDcl no AgRg no REsp
• REsp 1.662.849/RJ 1.448.644/RS
Relator(a): Ministro Herman Benjamin Relator(a): Ministro Herman Benjamin
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
Data de julgamento: 19/09/2017 Data de julgamento: 08/08/2017
Data de publicação: 09/10/2017 Data de publicação: 12/09/2017
Ementa: PARCELAMENTO DO CRÉDITO Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
TRIBUTÁRIO. MULTA ISOLADA. APLICAÇÃO MERCADORIAS DO MESMO CONTRIBUINTE.
AOS DÉBITOS DE QUALQUER NATUREZA. ART. NÃO CABIMENTO.
65 DA LEI Nº 12.249/2010. POSSIBILIDADE. Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
ILEGALIDADE DA RESTRIÇÃO DA PORTARIA que as despesas de frete nas operações de transporte
AGU Nº 247/2010. de produtos acabados, entre estabelecimentos da
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu mesma empresa não configuram operação de venda,
que as reduções quanto às multas isoladas, previstas razão pela qual não geram direito ao creditamento
no art. 65 da Lei nº 12.249/2010, dizem respeito a do PIS e da COFINS no regime da não
toda multa pecuniária aplicada pelas agências cumulatividade.
regulatórias, e não somente àquelas relacionadas às
obrigações tributárias, como determinou a Portaria • AgInt no REsp 1.690.231/RS
AGU nº 247/2010. Os Ministros esclareceram que o Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
art. 65 da referida lei disciplina a concessão de Órgão julgador: 2ª Turma do STJ
parcelamento de débitos com autarquias e Data de julgamento: 07/12/2017
fundações públicas federais, abrangendo débitos de Data de publicação: 14/12/2017
qualquer natureza, incluindo os tributários e não Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
tributários, e ainda previu a redução das multas REGIME NÃO CUMULATIVO. VALORES
isoladas. Posteriormente, a Portaria AGU nº REFERENTES AO ICMS-ST. IMPOSSIBILIDADE.
247/2010, ao regulamentar o parcelamento, definiu Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que multa isolada seria aquela relacionada que o contribuinte, no âmbito do regime não
exclusivamente com a legislação tributária. cumulativo do PIS e da COFINS, não tem direito ao
Entretanto, os Ministros entenderam que o creditamento dos valores que paga, na condição de
parcelamento abrange débitos de qualquer substituído tributário, ao contribuinte substituto a
natureza, assim, concluíram que a regulamentação título de reembolso pelo recolhimento do ICMS-ST.
infralegal extrapolou o poder regulamentar ao Isso porque, segundo os Ministros, o ICMS-ST
restringir os descontos às multas isoladas de caráter caracteriza mero ingresso na contabilidade da
exclusivamente tributário. empresa substituta, que se torna apenas depositária
do tributo a ser entregue ao Fisco, não podendo,
25. PIS & COFINS assim, entrar na base de cálculo do PIS e da COFINS
devidos pelo substituto, nos termos do art. 3º, § 2º,
a) Creditamento da Lei nº 9.718/1998. Assim, destacaram que o valor
do ICMS-ST não pode ser creditado pelo
• AgInt no AREsp 1.034.190/SP substituído, vez que o aproveitamento dos créditos
Relator(a): Ministro Og Fernandes de um tributo que não foi pago na etapa econômica
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ anterior afronta ao princípio da não cumulatividade.
Data de julgamento: 03/08/2017 Por fim, ressaltaram que se o creditamento em
Data de publicação: 09/08/2017 questão fosse permitido, haveria um duplo
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. creditamento, um referente às contribuições
SISTEMA MONOFÁSICO. POSSIBILIDADE. incidentes sobre o ICMS embutido nas mercadorias
BENEFÍCIO FISCAL PREVISITO NO ART. 17 DA que adquire do substituto para revenda e outro pelo
LEI Nº 11.033/2004. EXTENSÃO ÀS EMPRESAS ICMS-ST embutido no preço dessas mesmas
NÃO VINCULADAS AO REGIME DO REPORTO. mercadorias, caracterizando benefício fiscal não
INCOMPATIBILIDADE. previsto em lei.
Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
que a técnica de creditamento não é compatível com b) Receitas financeiras
a incidência monofásica do PIS e da COFINS. Os
Ministros destacaram que as receitas provenientes • REsp 1.669.142/SC
das atividades de venda e revenda sujeitas ao Relator(a): Ministro Herman Benjamin
pagamento de PIS e COFINS em regime monofásico Órgão julgador: 2ª Turma do STJ

Voltar ao sumário. 43
Data de julgamento: 17/08/2017 análise de existência de repercussão geral nos autos
Data de publicação: 19/12/2017 do RE 959.274/SC.
Ementa: PIS. COFINS. RECEITAS
FINANCEIRAS. RESTABELECIMENTO DE D. TERCEIRA TURMA
ALÍQUOTA MEDIANTE DECRETO DO PODER
EXECUTIVO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. 1. DIREITO PROCESSUAL
Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
que não é possível reconhecer a ilegalidade do art. 1˚ a) Desconsideração da personalidade jurídica
do Decreto nº 8.426/2015, que restabeleceu as
alíquotas do PIS e da COFINS incidentes sobre as • REsp 1.647.362/SP
receitas financeiras no regime não cumulativo, uma Relator(a): Ministra Nancy Andrighi
vez que o dispositivo apenas traduz o exato Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
cumprimento do art. 27, § 2º, da Lei nº Data de julgamento: 03/08/2017
10.865/2004. Assim, os Ministros destacaram que Data de publicação: 10/08/2017
afastar a incidência da referida Lei dependeria da Ementa: DESCONSIDERAÇÃO DA
sua declaração de inconstitucionalidade, matéria PERSONALIDADE JURÍDICA. INCIDENTE DE
que não pode ser analisada pela Corte Superior, sob DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PESSOA
pena de usurpar a competência do STF. JURÍDICA. PESSOA NÃO VINCULADA À
SOCIEDADE EMPRESARIAL. INDÍCIOS DE
26. REINTEGRA UTILIZAÇÃO DA EMPRESA PARA DESVIO DE
BENS. SÓCIO OCULTO.
a) Zona Franca de Manaus (ZFM) Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
pela possibilidade de instauração de incidente de
• REsp 1.688.621/RS desconsideração inversa da pessoa jurídica quando
Relator(a): Ministro Og Fernandes há indícios de que pessoa física seria sócia oculta de
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ sociedade, repassando seus bens para a sociedade a
Data de julgamento: 07/11/2017 fim de afastá-los do alcance de credores. No caso
Data de publicação: 14/11/2017 concreto, foi apresentado termo de declaração no
Ementa: REINTEGRA. ZFM. CONCESSÃO DE qual um dos sócios de determinada pessoa jurídica
BENEFÍCIO. POSSIBILIDADE. EQUIVALÊNCIA À afirma que teria “emprestado” seu nome a uma
EXPORTAÇÃO. pessoa física para abertura de sociedade empresarial
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu e esta pessoa física também teria se identificado
que o benefício instituído pelo REINTEGRA deve como proprietário da sociedade empresarial para
ser estendido às vendas realizadas para empresas firmar termo de ajustamento de conduta perante o
situadas na ZFM. Os Ministros destacaram que a Lei Ministério Público. Para os Ministros, esses fatos
nº 12.456/2001 se refere expressamente à receita caracterizam indícios suficientes para demonstrar
decorrente de exportação, deixando de tratar das que a pessoa física seria sócio oculto da empresa,
receitas decorrentes de operações equiparadas à fato que autoriza que terceiros provem a existência
exportação, como é o caso da venda de mercadorias da sociedade utilizando qualquer meio de prova,
para empresas estabelecidas na ZFM. Em razão inclusive, indícios e presunções, nos termos do art.
dessa omissão, os Ministros asseveraram que a 987 do CC/2002.
jurisprudência da Corte tem se firmado no sentido
de que, para efeitos fiscais, as vendas de b) Exceção de pré-executividade
mercadorias para empresas situadas na ZFM
equivalem à venda efetivada para empresas • REsp 1.374.242/ES
estabelecidas no exterior, conforme preconiza o art. Relator(a): Ministra Nancy Andrighi
4º do DL nº 288/1967. Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
Data de julgamento: 23/11/2017
27. TAXAS Data de publicação: 30/11/2017
Ementa: EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE.
a) Taxa de utilização do SISCOMEX FAC-SÍMILE. PETIÇÃO ORIGINAL
PROTOCOLADA APÓS O PRAZO DO ART. 2º,
• REsp 1.465.040/SC PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº 9.800/1999.
Relator(a): Ministro Og Fernandes TEMPESTIVIDADE. MATÉRIA DEORDEM
Órgão julgador: 2ª Turma do STJ PÚBLICA.
Data de julgamento: 07/11/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
Data de publicação: 14/11/2017 que a apresentação da via original de petição de
Ementa: TAXA DE UTILIZAÇÃO DO SISCOMEX. exceção de pré-executividade após o prazo previsto
MAJORAÇÃO DE ALÍQUOTA. PORTARIA MF Nº no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 9.800/1999,
257/2011. MATÉRIA CONSTITUCIONAL. não implica na nulidade do incidente originalmente
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu oposto pelo sistema de fac-símile, por
que o Tribunal de origem, ao analisar a majoração intempestividade. Para os Ministros, o manejo da
da alíquota da Taxa de utilização do SISCOMEX, por exceção de pré-executividade pode ser efetuado a
meio da Portaria MF nº 257/2011, o fez com suporte qualquer tempo e grau de jurisdição, desde que a
em dispositivos e princípios constitucionais. Por matéria invocada seja de ordem pública e não
essa razão, os Ministros entenderam que o recurso necessite de dilação probatória, de maneira que a
não pode ser apreciado pelo STJ, sob pena de inobservância do prazo previsto no mencionado
usurpação da competência do STF. Os Ministros dispositivo não traz qualquer prejuízo às partes, não
destacaram ainda que o STF submeteu a matéria à

Voltar ao sumário. 44
podendo acarretar na nulidade do ato, em respeito Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
aos princípios da efetividade e razoabilidade. Data de julgamento: 24/10/2017
Data de publicação: 30/10/2017
c) Honorários advocatícios Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
PENHORA DO FGTS PARA PAGAMENTO.
• REsp 1.367.212/RR IMPOSSIBILIDADE.
Relator(a): Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva Resultado: A Turma, por unanimidade, decidiu
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ pela impossibilidade da penhora do FGTS para o
Data de julgamento: 20/06/2017 pagamento de honorários advocatícios de qualquer
Data de publicação: 01/08/2017 natureza. Segundo os Ministros, o levantamento do
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. FGTS, para a satisfação de fins não previstos na Lei
MULTA COMINATÓRIA. COMPOSIÇÃO DA BASE nº 8.036/1990, só é possível em casos diretamente
DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE. relacionados aos direitos fundamentais do
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu trabalhador e de seus dependentes, de forma que é
que as astreintes não integram a base de cálculo dos admitido apenas para a prestação alimentícia stricto
honorários advocatícios, conforme interpretação do sensu, a fim de evitar a prisão do devedor de
CPC/1973. Para os Ministros, a verba honorária é alimentos e satisfazer as necessidades imediatas de
fixada sobre o valor da condenação, de forma que seus descendentes. Dessa forma, ainda que a verba
não pode levar em consideração a multa honorária possua natureza alimentar, a
cominatória, que constitui um meio de coerção interpretação extensiva que se dá à expressão
judicial com fins de alcançar o cumprimento “prestação alimentícia” do art. 649, § 2º, do
jurisdicional e, portanto, não compõe a quantia CPC/1973, permite apenas a penhora de salários e
principal da causa, possuindo natureza jurídica vencimentos para o pagamento de verbas
diversa. honorárias e demais verbas de profissionais liberais,
não abarcando o FGTS, que possui regramento
• REsp 1.637.051/MG próprio.
Relator(a): Ministro Marco Aurélio Bellizze
(designado para redação do acórdão) d) Impedimento
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
Data de julgamento: 22/08/2017 • REsp 1.673.327/SC
Data de publicação: 15/09/2017 Relator(a): Ministra Nancy Andrighi
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
ACORDO REALIZADO SEM A ANUÊNCIA DOS Data de julgamento: 12/09/2017
ADVOGADOS. PACTO INEFICAZ EM RELAÇÃO Data de publicação: 15/09/2017
AOS ADVOGADOS. HONORÁRIOS Ementa: IMPEDIMENTO. PARENTESCO ENTRE
ESTABELECIDOS SOBRE O VALOR ATUALIZADO MAGISTRADOS JULGADORES. DECISÃO QUE
DA EXECUÇÃO. VERBA SUCUMBENCIAL QUE NÃO APRECIA O MÉRITO. AUSÊNCIA.
EXCEDE O VALOR DO ACORDO QUE Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
EXTINGUIU A DÍVIDA PRINCIPAL. que não será considerado impedimento quando dois
EXCESSIVIDADE. ou mais julgadores, com algum grau de parentesco,
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que é atuem no mesmo processo, desde que o juiz que
necessário reduzir honorários advocatícios quando, primeiro conheceu a causa não profira decisão
ainda que cominados em percentual razoável, quanto ao mérito ou não pratique ato que,
representam valor que supera o quantum posteriormente, influencie no julgamento do outro
desembolsado pelo sucumbente para quitação de magistrado, que tenha alguma relação de parentesco
acordo que extinguiu a ação executiva. No caso com aquele primeiro julgador. No caso concreto,
concreto, as partes, exequente e executada, uma desembargadora, sem adentrar no mérito,
firmaram pacto para quitação da dívida, extinguiu agravo de instrumento, devido à perda de
estabelecendo valor de R$ 300.000,00, e à título de seu objeto. Ulteriormente, no mesmo processo, foi
honorários sucumbenciais, R$ 30.000,00, sem a interposta apelação, que foi julgada por órgão
anuência do advogado contratado pelo exequente. colegiado, do qual o cônjuge da desembargadora fez
Nas instâncias ordinárias, os honorários foram parte como revisor. Dessa forma, os Ministros
fixados em 10% sobre o valor atualizado da causa, entenderam que essa situação não é motivo
que hoje, chegaria a quase 5 milhões de reais, e não suficiente a ensejar impedimento, pois o primeiro
sobre o valor acordado entre as partes. Os Ministros julgador não adentrou no mérito, assim, o
destacaram que o acordo realizado pelas partes, não julgamento do agravo em nada influenciou no
afasta o direito aos honorários sucumbenciais, julgamento da apelação, não violando o art. 136 do
conforme previsto no art. 24, §§ 1º e 4º, do Estatuto CPC/1973 e o art. 128 da LOMAN. Os Ministros
da Advocacia, todavia, apontaram que o percentual também destacaram que a Corte, ao julgar
aplicado sobre o valor atualizado da execução controvérsias que versam sobre impedimentos de
acarretaria em verbas sucumbenciais que magistrados, tem adotado postura tendente a
superariam o valor pago pela executada para a primar pela aplicação do princípio da
extinção da dívida, o que demonstrou o caráter instrumentalidade das formas, bem como pela
excessivo dos honorários advocatícios, sendo necessidade de demonstração do prejuízo advindo
necessária sua redução, em atenção aos princípios da participação de magistrados parentes no
da razoabilidade e da proporcionalidade. julgamento do mesmo processo, em atenção
princípio pas de nullité sans grief.
• REsp 1.619.868/SP
Relator(a): Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva

Voltar ao sumário. 45
e) Intimação tácita Ementa: SEGURO GARANTIA. CUMPRIMENTO
DE SENTENÇA. REJEIÇÃO PELO EXEQUENTE.
• REsp 1.663.172/TO CPC/2015. IMPOSSIBILIDADE.
Relator(a): Ministra Nancy Andrighi Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ que a fiança bancária e o seguro garantia judicial
Data de julgamento: 08/08/2017 produzem os mesmos efeitos jurídicos que o
Data de publicação: 14/08/2017 dinheiro para fins de garantir o juízo, por essa razão,
Ementa: INTIMAÇÃO TÁCITA. TERMO FINAL. o exequente não pode rejeitar o seguro garantia
FERIADO OU DIA NÃO ÚTIL. PRORROGAÇÃO. judicial oferecido em fase de cumprimento de
POSSIBILIDADE. sentença, salvo por insuficiência, defeito formal ou
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu inidoneidade, segundo interpretação conforme o
que o prazo da intimação tácita, em processos CPC/2015. Para os Ministros, o art. 835, § 2º, do
eletrônicos, quando o termo final coincidir com mencionado diploma legal, equiparou a dinheiro,
feriado ou dia não útil, deve ser prorrogado até o para fins de substituição da penhora, a fiança
primeiro dia útil subsequente. Os Ministros bancária e o seguro garantia judicial, desde que em
destacaram que, apesar de o art. 5º, § 3º da Lei nº valor não inferior ao débito previsto na inicial da
11.419/2006 não abarcar tal possibilidade de execução, estabelecendo, assim, que a medida
prorrogação, essa conclusão pode ser alcançada pelo indicada é suficiente para a garantia do crédito, de
método da interpretação sistemática dos §§ 1º e 2º, forma que o exequente não pode optar por não a
do art. 5º, da mencionada lei, que preveem que nos receber. Por fim, os Ministros ressaltaram que o
casos em que a consulta eletrônica ao teor da seguro garantia judicial reduz satisfatoriamente os
intimação se der em dia não útil, a intimação será efeitos prejudiciais da penhora e assegura o
considerada como realizada no primeiro dia útil recebimento dos valores pretendidos pelo credor,
seguinte. cumprindo, portanto, os princípios da máxima
eficácia da execução e o da menor onerosidade para
f) Preclusão o executado.

• REsp nº 1.432.902/RS h) Suspensão de prazo recursal


Relator(a): Ministro Marco Aurélio Bellizze
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ • AgInt no AREsp 1.064.113/SE
Data de julgamento: 24/10/2017 Relator(a): Ministro Paulo de Tarso Sanseverino
Data de publicação: 30/10/2017 Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
Ementa: PRECLUSÃO. ATUALIZAÇÃO DE Data de julgamento: 27/06/2017
DÍVIDAS. ÍNDICE CONTRATUALMENTE Data de publicação: 02/08/2017
ACORDADO. DESCUMPRIMENTO. Ementa: SUSPENSÃO DE PRAZO RECURSAL.
POSSIBILIDADE DE RETIFICAÇÃO. ERRO OCORRÊNCIA DE FERIADO LOCAL.
MATERIAL. INEXISTÊNCIA DE PRECLUSÃO. COMPROVAÇÃO POSTERIOR À INTERPOSIÇÃO
NECESSIDADE DE INTIMAÇÃO DO EXECUTADO. DO RECURSO. ART. 1.003, § 6º, DO CPC/2015.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu IMPOSSIBILIDADE.
que a retificação de erros no cálculo de débitos não Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
está sujeita à preclusão, pois configura hipótese de que, para fins de tempestividade, feriados locais
erro material. Os Ministros consignaram que a devem ser comprovados no ato da interposição do
atualização da dívida deve observar o que foi recurso, nos termos do art. 1.003, § 6º, do CPC/2015.
consensualmente estabelecido pelas partes no Os Ministros destacaram que na vigência do
contrato, de modo que a correção por índice diverso CPC/1973, a orientação do STJ era de que a
importa na possibilidade de questionamento comprovação de feriado local poderia ser feita em
judicial, ainda que, em uma primeira oportunidade, momento posterior a interposição do recurso. Com
o devedor não tenha se manifestado sobre o método a entrada em vigor do CPC/2015, o art. 932,
utilizado para a atualização. Os Ministros parágrafo único, permitiu ao recorrente
ressaltaram que a retificação de erros de cálculo é complementar a documentação exigível para fins de
uma das situações que se encontram fora do alcance admissão do recurso, no prazo de 5 dias, mas a
dos efeitos da preclusão, podendo o juiz atuar até Turma esclareceu que este dispositivo não se aplica
mesmo de ofício, consoante disposto no art. 463, I, aos casos de comprovação de tempestividade
do CPC/1973, reproduzido no art. 494, I, do quando da ocorrência de feriado local, pois
CPC/2015. Ademais, afirmaram que a atualização conforme disposto no já mencionado art. 1.003, o
do quantum devido exigirá, impreterivelmente, a recorrente deverá comprovar a ocorrência de feriado
intimação do executado, para que se garanta o local no ato de interposição do recurso.
exercício do contraditório e que a execução se
desenvolva da forma menos gravosa ao devedor, nos • AgRg no AREsp 688.615/MS
termos do art. 620 do CPC/1973. Relator(a): Ministro Moura Ribeiro
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
g) Seguro garantia Data de julgamento: 12/09/2017
Data de publicação: 25/09/2017
• REsp 1.691.748/PR Ementa: SUSPENSÃO DE PRAZO RECURSAL.
Relator(a): Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva TRIBUNAL LOCAL. DOCUMENTOS IDÔNEOS
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ PARA A COMPROVAÇÃO. INSUFICIÊNCIA DE
Data de julgamento: 07/11/2017 DADOS OBTIDOS PELA INTERNET. DADOS
Data de publicação: 17/11/2017 MERAMENTE INFORMATIVOS.
IMPOSSIBILIDADE. CPC/1973.

Voltar ao sumário. 46
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu qualificada como pequena; e (ii) o agricultor e sua
que, à época da vigência do CPC/1973, eventual família devem trabalhar na propriedade. Os
suspensão do prazo recursal, decorrente de ausência Ministros entenderam que, nos termos do art. 5º,
de expediente, recesso forense, feriados locais, XXVII e do art. 649, VIII, do CPC/1973 -
paralisação ou interrupção do expediente pode ser correspondente ao art. 833, VIII, do CPC/2015 - a
demonstrada, em sede de agravo regimental, através proteção da impenhorabilidade da pequena
de documento oficial ou certidão expedida pelo propriedade rural trabalhada pela entidade familiar
Tribunal de origem. Os Ministros destacaram que, é direito fundamental que não se restringe às dividas
no caso concreto, não foi apresentado documento relacionadas à atividade produtiva. Os Ministros
hábil ou certidão do Tribunal local comprovando a destacaram ainda que o fundamento que orienta a
tempestividade do recurso, sendo juntada apenas impenhorabilidade do bem de família, no caso
cópia de informações extraídas da internet, que, concreto, bem rural, não se confunde com aquele
para os Ministros, não tem o condão, por si só, de que norteia a da pequena propriedade rural, ainda
comprovar a tempestividade recursal, visto que os que ambos sejam corolários do princípio da
dados disponibilizados nesta plataforma são dignidade da pessoa humana, sob a vertente da
meramente informativos, de modo que eventuais garantia do patrimônio mínimo. Para ao Ministros,
omissões ou equívocos em relação ao andamento o primeiro destina-se a garantir o direito
processual não configuram justa causa para fundamental à moradia, enquanto o segundo, visa
devolução de prazos processuais, devendo o assegurar o direito, também fundamental, de acesso
advogado da parte acompanhar as publicações aos meios geradores de renda, no caso, o imóvel
oficiais. rural, de onde a família do trabalhador rural, por
meio do labor agrícola, obtém seu sustento.
• AgInt no REsp 1.665.808/DF
Relator(a): Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva 3. PROCESSO FALIMENTAR
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
Data de julgamento: 10/10/2017 a) Débitos tributários
Data de publicação: 24/10/2017
Ementa: SUSPENSÃO DE PRAZO RECURSAL. • REsp 1.458.183/MG
OCORRÊNCIA DE FERIADO LOCAL. DIA DO Relator(a): Ministra Nancy Andrighi
SERVIDOR PÚBLICO. NÃO CONFIGURA Órgão julgador: 3ª Turma do STJ
FERIADO NACIONAL. COMPROVAÇÃO Data de julgamento: 03/08/2017
NECESSÁRIA. Data de publicação: 10/08/2017
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Ementa: PROCESSO FALIMENTAR. DÉBITOS
que o dia do servidor público não é feriado nacional, TRIBUTÁRIOS. QUITAÇÃO. COMPROVAÇÃO DE
de forma que a sua ocorrência deve ser comprovada AJUIZAMENTO ANTERIOR À LEI Nº 11.101/2005.
no ato de interposição do recurso por meio de DESNECESSIDADE.
documento idôneo, nos termos do art. 1.003, § 6º, Resultado: A Turma, por unanimidade, concluiu
do CPC/2015. Isso porque, para os Ministros, o dia pela desnecessidade de comprovação de quitação de
do servidor público foi estabelecido no art. 236 da tributos para decretação da extinção das obrigações
Lei nº 8.112/1990 apenas como data comemorativa, do falido nos processos de falência, ajuizados antes
e não como feriado nacional, de forma que se da vigência da Lei nº 11.101/2005, sancionada
determinada localidade instituir o feriado, este deve concomitantemente à LC nº 118/2005, que inseriu
ser comprovado. tal exigência no art. 191 do CTN. Os Ministros
destacaram que na vigência do DL nº 7.661/1945,
2. EXECUÇÃO DE TÍTULO anterior à mencionada lei, os créditos tributários
EXTRAJUDICIAL não se sujeitavam à habilitação no processo
falimentar e, portanto, não apresentavam relevância
a) Penhora na fase final de encerramento da falência, até porque
o Fisco poderia cobrar tais valores judicialmente,
• REsp 1.591.298/RJ independentemente do juízo universal, assim como
Relator(a): Ministro Marco Aurélio Bellizze ocorre atualmente. Os Ministros destacaram ainda
Órgão julgador: 3ª Turma do STJ que a Corte se manifestou recentemente sobre o
Data de julgamento: 14/11/2017 tema no julgamento do REsp 1.426.422/RJ,
Data de publicação: 21/11/2017 decidindo nesse mesmo sentido.
Ementa: EXECUÇÃO DE TÍTULO
EXTRAJUDICIAL. PENHORA. EMBARGOS À E. QUARTA TURMA
EXECUÇÃO. DUPLICATA. PEQUENA
PROPRIEDADE RURAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. DIREITO PROCESSUAL
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que a pequena propriedade rural é impenhorável, a) Afetação ao rito dos recursos repetitivos
não sendo necessário que o executado e sua família
morem no imóvel, tampouco que o débito • EDcl no REsp 1.280.825/RJ
exequendo tenha se originado da atividade ali Relator(a): Ministra Maria Isabel Gallotti
desenvolvida. Para os Ministros, a Órgão julgador: 4ª Turma do STJ
impenhorabilidade da pequena propriedade rural se Data de julgamento: 27/06/2017
justifica para que o agricultor e sua família tenham Data de publicação: 01/08/2017
acesso aos meios geradores de renda mínima à sua Ementa: AFETAÇÃO AO RITO DOS RECURSOS
subsistência, de forma que seus únicos requisitos REPETITIVOS. PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA.
são: (i) a dimensão da área deve ser legalmente APLICAÇÃO DE DISPOSITIVO LEGAL NÃO

Voltar ao sumário. 47
INVOCADO PELAS PARTES. AUSÊNCIA DE Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
OFENSA. CONHECIMENTO PRESUMIDO DAS que, nos termos do art. 932, inciso III, do CPC/2015,
NORMAS DO ORDENAMENTO JURÍDICO. não se conhece de agravo cujas razões não
DESNECESSIDADE DE SUBMISSÃO AO impugnam especificamente o fundamento da
CONTRADITÓRIO. USO DE EMBARGOS DE decisão agravada, em atenção ao princípio da
DECLARAÇÃO PARA CONFORMAÇÃO A dialeticidade, que preceitua que os recursos devem
JULGAMENTO EM REPETITIVO. APLICAÇÃO ser bem fundamentados. No caso concreto, os
RESTRITIVA. Ministros entenderam que os recorrentes não
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu rebateram todos os fundamentos utilizados para
que não há ofensa ao princípio da não surpresa negar seguimento ao recurso especial, atraindo,
quando o órgão jurisdicional aplica dispositivo legal assim, a incidência da Súmula nº 182/STJ, segundo
não invocado pelas partes acerca de tema a qual é inviável o agravo que deixa de atacar
amplamente discutido na demanda. Nesse sentido, especificamente os fundamentos da decisão
os Ministros consignaram que o magistrado não agravada.
pode ser obrigado a proferir despacho prévio à
sentença enumerando todos os dispositivos legais c) Antecipação de tutela
possivelmente aplicáveis para a solução da causa,
submetendo-os ao contraditório das partes, pois as • REsp 1.332.766/SP
normas do ordenamento jurídico são de Relator(a): Ministro Luís Felipe Salomão
conhecimento presumido de todos. Ainda, Órgão julgador: 4ª Turma do STJ
destacaram que o acolhimento dos embargos de Data de julgamento: 01/06/2017
declaração com efeitos modificativos para fim de Data de publicação: 01/08/2017
adequação a precedente julgado em recurso Ementa: ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. MEDIDA
repetitivo tem como pressuposto que a tese REQUERIDA EM SEDE DE SUSTENTAÇÃO ORAL.
repetitiva seja anterior ao julgado embargado. POSSIBILIDADE.
Somente assim se poderia considerar que o acórdão Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
embargado tivesse se omitido na consideração da que o requerimento de antecipação de tutela pode
orientação firmada no recurso repetitivo. Por fim, ser formulado durante a sessão de julgamento, em
destacaram que os embargos de declaração não se sede de sustentação oral. Os Ministros destacaram
prestam à aplicação analógica de tese repetitiva, o que não há nenhum óbice à antecipação de tutela
que deve ser buscado na via processual adequada. requerida em sustentação oral, por se tratar de
manifestação formal da parte, que comporta,
• AgInt no REsp 1.536.711/MT inclusive, contraditório, nos termos do art. 554 do
Relator(a): Ministra Maria Isabel Gallotti CPC/1973 e do art. 937 do CPC/2015.
Órgão julgador: 4ª Turma do STJ
Data de julgamento: 08/08/2017 d) Correção monetária
Data de publicação: 22/08/2017
Ementa: AFETAÇÃO AO RITO DOS RECURSOS • REsp 1.426.205/SP
REPETITIVOS. APLICAÇÃO DA TESE AFETADA Relator(a): Ministro Luís Felipe Salomão
NOS MOLDES DO ART. 543-C DO CPC/1973 OU Órgão julgador: 4ª Turma do STJ
1.036 DO CPC/2015. TRÂNSITO EM JULGADO. Data de julgamento: 23/05/2017
DESNECESSIDADE. Data de publicação: 01/08/2017
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Ementa: CORREÇÃO MONETÁRIA. VALORES
que a aplicação de tese pacificada em julgamento de BLOQUEADOS E NÃO DEPOSITADOS EM CONTA
recurso especial representativo da controvérsia, JUDICIAL. PREJUÍZO INFLACIONÁRIO.
submetido ao rito previsto no art. 543-C do IMPOSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO
CPC/1973 ou art. 1.036 do CPC/2015 não depende DO EXECUTADO.
de seu trânsito em julgado. No caso concreto, o Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
recorrente invocou a suspensão do processo até que que o executado não deve arcar com a atualização
houvesse o trânsito em julgado de determinado monetária de verba bloqueada até o efetivo depósito
recurso especial repetitivo haja vista a remessa dos em conta vinculada ao juízo. No caso concreto, o
autos, com recurso extraordinário, ao STF. valor discutido estava bloqueado e à disposição do
Entretanto, os Ministros reforçaram entendimento juízo, mas somente fora depositado após meses de
segundo o qual o prosseguimento dos processos demora. Dessa forma, os Ministros entenderam que
suspensos por força de julgamento de tese repetitiva o executado não pode arcar com a correção
não depende do trânsito em julgado desta. monetária uma vez que o retardamento da
conversão da verba em depósito não decorreu de
b) Agravo interno fato que poderia ser a ele imputado. Ademais,
destacaram que incumbe ao exequente,
• AgInt no REsp 1.275.666/RJ diligentemente, requerer, ou ao juízo determinar de
Relator(a): Ministra Maria Isabel Gallotti ofício, a transferência para conta vinculada à
Órgão julgador: 4ª Turma do STJ execução. Dessa forma, os Ministros concluíram que
Data de julgamento: 17/08/2017 os prejuízos ocasionados pela demora na
Data de publicação: 22/08/2017 transferência dos montantes bloqueados devem ser
Ementa: AGRAVO INTERNO. PRINCÍPIO DA suportados exclusivamente pelo exequente.
DIALETICIDADE. NECESSÁRIA IMPUGNAÇÃO
ESPECÍFICA DE TODOS OS ARGUMENTOS DA e) Honorários advocatícios
DECISÃO RECORRIDA. SÚMULA Nº 182/STJ.
• REsp 1.361.473/DF

Voltar ao sumário. 48
Relator(a): Ministro Raul Araújo (designado para IMPOSSIBILIDADE. DATA DE INTERPOSIÇÃO
redação do acórdão) COMPROVADA PELO PROTOCOLO DE
Órgão julgador: 4ª Turma do STJ RECEBIMENTO DO TRIBUNAL.
Data de julgamento: 09/05/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Data de publicação: 01/08/2017 que a comprovação da tempestividade de recurso
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. interposto através do sistema de fac-símile somente
NATUREZA ALIMENTAR. pode ser comprovada pela data que conste do
IMPENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA. protocolo de recebimento do Tribunal, não sendo
EXCEÇÃO PREVISTA NO ART. 3º, III, DA LEI Nº suficiente, para este fim, a juntada de cópia do
8.009/1990. ALCANCE RESTRITO À PENSÃO relatório de transmissão. Os Ministros destacaram
ALIMENTÍCIA. AMPLIAÇÃO ÀS DEMAIS que as partes que fazem uso desse sistema são
PRESTAÇÕES ALIMENTARES. responsáveis pelo cuidado quanto à qualidade,
IMPOSSIBILIDADE. fidelidade e entrega do material transmitido, nos
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a termos do art. 4º da Lei nº 9.800/1999.
exceção à impenhorabilidade do bem de família,
prevista no art. 3º, III, da Lei nº 8.009/1990, não g) Valor da causa
pode ser estendida às execuções relacionadas à
cobrança de honorários advocatícios. Para os • AgInt no AREsp 77.135/PR
Ministros, o dispositivo autoriza a constrição do Relator(a): Ministro Marco Buzzi
imóvel somente em face do credor de pensão Órgão julgador: 4ª Turma do STJ
alimentícia, que traduz hipótese mais restrita do que Data de julgamento: 12/09/2017
a dos créditos alimentares – gênero que contempla Data de publicação: 18/09/2017
os honorários advocatícios, bem como os de Ementa: VALOR DA CAUSA. CORRELAÇÃO
qualquer outro profissional liberal. Assim, ENTRE O VALOR ATRIBUÍDO À AÇÃO
destacaram que, por se tratar de exceção, aplica-se a CAUTELAR E À PRINCIPAL. INEXISTÊNCIA.
regra da impenhorabilidade do bem de família às Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
demais verbas de natureza alimentar, inclusive a que o valor da causa indicado em ação cautelar não
verba honorária. está correlacionado ao indicado na ação principal,
uma vez que aquela possui objeto próprio, de forma
• AgInt no REsp 1.577.318/PR que pode ser julgada procedente, ainda que a
Relator(a): Ministro Antônio Carlos Ferreira demanda principal seja improcedente e vice-versa.
(designado para redação do acórdão)
Órgão julgador: 4ª Turma do STJ F. PRIMEIRA SEÇÃO
Data de julgamento: 21/09/2017
Data de publicação: 03/10/2017 1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
VALOR IRRISÓRIO. APRECIAÇÃO EQUITATIVA. a) Quebra de caixa
READEQUAÇÃO DA VERBA. POSSIBILIDADE.
Resultado: A Turma, por maioria, decidiu • EREsp 1.467.095/PR
aumentar os honorários advocatícios fixados em Relator(a): Ministro Og Fernandes (designado
patamar inferior a 1% sobre o valor da causa, em para redação do acórdão)
razão de sua irrisoriedade. Segundo os Ministros, o Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
critério para fixação dos honorários é objetivo, mas Data de julgamento: 10/05/2017
não absoluto, o que possibilita o reconhecimento da Data de publicação: 06/09/2017
irrisoriedade do valor arbitrado, que fixado em valor Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
inferior a 1% figura-se insuficiente para remunerar QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA
de modo condigno o trabalho prestado pelo patrono REMUNERATÓRIA. PAGAMENTO HABITUAL.
da parte vencedora e se mostra incompatível com a INCIDÊNCIA.
substancial responsabilidade assumida pelo Resultado: A Seção, por maioria, decidiu que
profissional ao patrocinar causa que envolve objetos incide contribuição previdenciária sobre os valores
de grande valor. Nesse contexto, os Ministros pagos pelo empregador, a título de adicional de
entenderam que deve ser afastada a incidência da quebra de caixa, dada a natureza remuneratória da
Súmula nº 7/STJ, uma vez que é possível a verba. Os Ministros destacaram que a rubrica que é
intervenção excepcional da Corte para revisar paga com habitualidade, como forma de compensar
honorários advocatícios fixados em patamar inferior os riscos assumidos pelo empregado que exerce
a 1% sobre o valor da causa, em razão da violação ao função relacionada ao manuseio de numerário da
art. 20, § 4º, do CPC/1973. empresa tem natureza de remuneração. Destacaram
ainda que o risco inerente à atividade não desnatura
f) Tempestividade o caráter remuneratório da verba e, por conseguinte,
não impede a exação tributária, pois se assim fosse
• AgInt no AREsp 1.043.235/SC também não se admitiria a incidência da
Relator(a): Ministro Raul Araújo contribuição previdenciária sobre os adicionais de
Órgão julgador: 4ª Turma do STJ insalubridade e periculosidade. Dessa forma, os
Data de julgamento: 12/09/2017 Ministros afastaram o caráter indenizatório da
Data de publicação: 02/10/2017 verba, ressaltando que este apenas vai existir
Ementa: TEMPESTIVIDADE. USO DO SISTEMA quando a rubrica se prestar a recompor, sob o
DE FAC-SÍMILE. COMPROVAÇÃO DE aspecto material, um patrimônio que foi objeto de
TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PELO lesão, notadamente em decorrência de um ato ilícito,
RELATÓRIO DE TRANSMISSÃO DO APARELHO. conforme se depreende dos arts. 186 e 927 do

Voltar ao sumário. 49
CC/2002. Ademais, os Ministros ponderaram que é Relator(a): Ministro Gurgel de Faria
lícito descontar da remuneração do empregado Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
eventuais diferenças no caixa, desde de que esta Data de julgamento: 22/11/2017
possibilidade tenha sido acordada, por meio de Data de publicação: Pendente
convenção coletiva de trabalho ou na ocorrência de Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
dolo do empregado, nos termos do art. 462, § 1º, da VALOR EXORBITANTE. APRECIAÇÃO
CLT. Por fim, os Ministros afirmaram que a parcela EQUITATIVA. READEQUAÇÃO DA VERBA.
“quebra de caixa” destina-se efetivamente à REVALORAÇÃO POR AÇÃO RESCISÓRIA.
retribuição do serviço prestado ao empregador e, POSSIBILIDADE.
por isso, integra o salário de contribuição, nos Resultado: O Ministro Relator entendeu que é
termos da Súmula nº 247/TST. possível o ajuizamento de ação rescisória para
reexame do quantum fixado em honorários
2. DIREITO PROCESSUAL advocatícios. No caso concreto, o Ministro Relator
reformou a verba honorária, antes arbitrada em 5%
a) Amicus curiae sobre o valor da causa, para 1%, por entender que a
quantia se demonstrava exorbitante e incompatível
• AgInt no EAREsp 723.024/SP com a complexidade da ação, evidenciando,
Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves portanto, a omissão do julgado rescindendo quanto
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ ao juízo de equidade, previsto no art. 20 do
Data de julgamento: 27/09/2017 CPC/1973. Ademais, consignou a ilegitimidade da
Data de publicação: 31/10/2017 empresa para figurar no polo passivo da ação
Ementa: AMICUS CURIAE. REQUERIMENTO. rescisória, dado que a titularidade dos honorários de
REQUISITOS DE REPRESENTATIVIDADE E sucumbência que a Fazenda Pública busca reduzir é
PERTINÊNCIA. NÃO ATENDIDOS. do patrono. O Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
EXTEMPORANEIDADE. INDEFERIMENTO. acompanhou o relator apenas no tocante à exclusão
Resultado: A Seção, por unanimidade, entendeu da empresa do polo passivo da lide, entretanto, no
que para a admissão de amicus curiae exige-se a mérito, inaugurou a divergência por entender que
presença de dois requisitos, a representatividade e a não é possível rescindir julgado com a pretensão de
pertinência com a questão discutida. No caso revaloração dos honorários advocatícios, tendo em
concreto, além do requisito da representatividade vista que houve expressa concordância da parte
não ter sido cumprido, o pleito de ingresso ainda foi vencida acerca do valor arbitrado na decisão. Pediu
extemporâneo, uma vez que realizado após a vista dos autos o Ministro Og Fernandes.
liberação do processo para pauta e até mesmo após
as partes terem efetuado sustentações orais. d) Intempestividade

b) Embargos de divergência • AgRg no REsp 582.776/AL


Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
• EAREsp 200.299/PE Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques Data de julgamento: 09/08/2017
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ Data de publicação: 19/12/2017
Data de julgamento: 23/08/2017 Ementa: INTEMPESTIVIDADE. EMBARGOS DE
Data de publicação: 1º/09/2017 DECLARAÇÃO NA ORIGEM. MATÉRIA DE
Ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. ORDEM PÚBLICA COGNOSCÍVEL EM
CABIMENTO. DECISÃO QUE NEGA QUALQUER TEMPO E GRAU DE JURISDIÇÃO
PROVIMENTO A AGRAVO EM RECURSO NAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. NECESSIDADE
ESPECIAL. JULGAMENTO DO MÉRITO. DE PREQUESTIONAMENTO PARA REFLETIR NO
POSSIBILIDADE. JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL.
Resultado: A Seção, por unanimidade, admitiu, de Resultado: A Seção, por maioria, entendeu que
forma excepcional, a oposição de embargos de não é possível a apreciação, em sede de recurso
divergência contra decisão que conhecer agravo especial, de matérias que não foram
para dar provimento ao recurso especial, se o prequestionadas na origem, ainda que de ordem
acórdão recorrido estiver em confronto com súmula pública. No caso concreto, os Ministros afirmaram
ou jurisprudência dominante no Tribunal, nos que a agravante, muito embora tivesse evidente
termos do art. 544, § 4º, II, “c”, do CPC/1973. Os interesse recursal, não impugnou nas instâncias
Ministros esclareceram que nessa hipótese, ocorre o ordinárias o tema relativo à intempestividade dos
julgamento do mérito do apelo excepcional, embargos de declaração da parte contrária, para
dispensando-se a reautuação do feito, em mudar o resultado do julgamento ou, ao menos, vê-
observância aos princípios da celeridade e economia lo prequestionado, e deixou de alegar a nulidade
processual. Por outro lado, os Ministros destacaram também em sede de contrarrazões ao recurso
que não se admitirá embargos de divergência se o especial. Os Ministros esclareceram que a
agravo for conhecido tão somente para negar intempestividade de recurso interposto na origem é
seguimento ao recurso especial, porque nesse caso tema de ordem pública, por isso, deve ser
não houve o enfrentamento do mérito, óbice contida reconhecido a qualquer tempo e grau nas instâncias
na Súmula nº 315/STJ. ordinárias. Entretanto, em sede de recurso especial
a regra é que a matéria de ordem pública somente
c) Honorários advocatícios pode ser examinada quando devidamente
prequestionada no Tribunal de origem e invocada
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO no recurso especial ou nas contrarrazões do
• AR 3.996/SC recorrido.

Voltar ao sumário. 50
creditamento do IPI incidente sobre insumos e
e) Mandado de segurança matéria-prima utilizados na fabricação de produtos
não tributados. No caso concreto, os Ministros
• Julgamento Conjunto de IAC nos RMS entenderam que o acórdão rescindendo quando
53.720/SP e RMS 54.712/SP prolatado estava alinhado com a jurisprudência
Relator(a): Ministro Sérgio Kukina então adotada pela 2ª Turma da Corte, no sentido de
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ estender o direito ao creditamento do IPI incidente
Data de julgamento: 11/10/2017 sobre insumo utilizado na produção de produto não
Data de publicação: 20/10/2017 tributado. Os Ministros destacaram que
Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. interpretação diversa só veio a ocorrer algum tempo
CABIMENTO CONTRA DECISÃO JUDICIAL QUE depois, momento em que a 1ª Turma passou a
EXTINGUE EXECUÇÃO FISCAL. ART. 34 DA LEI entender que a tese de que o art. 11 da Lei nº
Nº 6.830/1980. 9.779/1999 é norma constitutiva de direito, razão
Resultado: A Seção, por maioria, admitiu pela qual, baseando-se no princípio da legalidade
incidente de assunção de competência a fim de estrita, reconheceu-se que o creditamento de IPI
uniformizar o entendimento do colegiado acerca da incidente sobre matéria-prima e insumos só é
adequação do manejo do mandado de segurança permitido nos casos em que o produto final é isento
para atacar decisão judicial que extingue execução ou sujeito à alíquota zero, porquanto hipóteses
fiscal com base no art. 34 da Lei nº 6.830/1980, expressamente previstas na lei, excluindo, assim, o
considerando que a matéria discutida envolve não tributado. Portanto, os Ministros entenderam
relevante questão de direito, com grande que à época da prolação do acórdão rescindendo não
repercussão social, assim como existe havia posição definitiva do STJ em sentido
contemporânea divergência sobre o tema no âmbito contrário, reconheceram a incidência da Súmula nº
da 1ª Seção da Corte. 343/STF. Por fim, os Ministros aplicaram
entendimento consolidado no REsp 1.035.847/RS,
f) Reexame necessário submetido ao rito dos recursos repetitivos, no qual
se decidiu pela incidência de correção monetária
• REsp 1.544.804/SP sobre os créditos de IPI nos casos em que, por
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho oposição de ato estatal ao creditamento direto na
(designado para redação do acórdão) escrituração da contribuinte, a satisfação dessa
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ pretensão exige intervenção do Poder Judiciário.
Data de julgamento: 09/08/2017
Data de publicação: 19/09/2017 b) Selos de controle
Ementa: REEXAME NECESSÁRIO.
AGRAVAMENTO DA CONDENAÇÃO À FAZENDA JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
PÚBLICA. REFORMATIO IN PEJUS. AÇÃO • REsp 1.405.244/SP (Repetitivo) – Tema 761
PREVIDENCIÁRIA. IMPOSSIBILIDADE. Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Resultado: A Seção, por maioria, entendeu que Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
não é possível agravar a condenação da Fazenda Data de julgamento: 13/12/2017
Pública em sede de reexame necessário, em razão da Data de publicação: Pendente
ausência de contraditório e impossibilidade de Ementa: IPI. SELOS DE CONTROLE. NATUREZA
instrução nesta etapa processual. Os Ministros JURÍDICA. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA.
destacaram que, mesmo se tratando de causas RESSARCIMENTO LEGITIMIDADE.
previdenciárias, em que as normas processuais não Resultado: O Ministro Relator concluiu pela
devem obstar o direito fundamental às prestações inexigibilidade do ressarcimento de impostos e
alimentares, não se pode conceder benefício mais demais encargos pelo fornecimento de selos de
vantajoso ex officio por ocasião de reexame controle de IPI, instituídos pelo DL nº 1.437/1975,
necessário, uma vez que a ausência de contraditório que, embora denominado ressarcimento prévio, é,
e de instrução processual não permite ao julgador na verdade tributo da espécie taxa pelo exercício do
apurar a legitimidade do benefício. poder de polícia, de modo que há vício de forma na
instituição desse tributo por norma infralegal. O
3. IPI Ministro destacou que se trata de observância à
estrita legalidade tributária. Pediu vista dos autos o
a) Creditamento Ministro Herman Benjamin.

• AR 4.195/RS 4. IRPJ & CSLL


Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ a) Crédito presumido de ICMS
Data de julgamento: 08/11/2017
Data de publicação: 16/11/2017 • EREsp 1.517.492/PR
Ementa: IPI. CREDITAMENTO. AÇÃO Relator(a): Ministro Og Fernandes
RESCISÓRIA. OPERAÇÕES COM PRODUTOS Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
NÃO TRIBUTADOS. MUDANÇA DE Data de julgamento: 08/11/2017
JURISPRUDÊNCIA. SÚMULA Nº 343/STF. Data de publicação: Pendente
APLICAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE
CRÉDITOS DE IPI. INCIDÊNCIA. ICMS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO.
Resultado: A Seção, por unanimidade, decidiu que Resultado: A Seção, por maioria, entendeu que o
não cabe ação rescisória que busca desconstituir crédito presumido de ICMS não integra a base de
acórdão que assegurou à contribuinte o cálculo do IRPJ e da CSLL, uma vez que tais valores

Voltar ao sumário. 51
não são incorporados ao patrimônio do contribuinte probatórios ou jurídicos úteis à resolução da
e, por isso, não configuram lucro. Isso porque, para controvérsia, não assumindo condição de parte. Os
os Ministros, os referidos créditos foram Ministros ainda destacaram que só é possível
renunciados pelo Estado em favor do contribuinte apresentar pedido de reconsideração ou agravo
como instrumento de política de desenvolvimento interno em face de decisão monocrática, proferida
econômico daquela Unidade da Federação, por Relator ou Presidente de órgão colegiado, nos
impassíveis de compor a base de cálculo dos termos do arts. 1.021 do CPC/2015 e do art. 259 do
referidos tributos, sob pena de interferência direta RISTJ. Dessa forma, concluíram que pedido de
na competência tributária estadual. reconsideração feito contra acórdão proferido por
órgão colegiado, não pode ser conhecido, porquanto
b) Crédito presumido de IPI fica evidenciado erro grosseiro do postulante.

JULGAMENTO NÃO FINALIZADO b) Fungibilidade recursal


• EREsp 1.210.941/RS
Relator(a): Ministro Og Fernandes • EAREsp 230.380/RN
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ Relator(a): Ministro Paulo de Tarso Sanseverino
Data de julgamento: 22/11/2017 Órgão julgador: 2ª Seção do STJ
Data de publicação: Pendente. Data de julgamento: 13/09/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. CRÉDITO PRESUMIDO DE Data de publicação: 11/10/2017
IPI. BASE DE CÁLCULO. INCLUSÃO. Ementa: FUNGIBILIDADE RECURSAL.
Resultado: O Ministro Relator entendeu que INTERPOSIÇÃO DE APELAÇÃO EM VEZ DE
créditos presumidos de IPI integram a base de AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDUÇÃO A ERRO
cálculo do IRPJ e da CSLL, uma vez que a percepção PELO PRÓPRIO JUÍZO. RELATIVIZAÇÃO DA
dos créditos em questão gera acréscimos ao lucro DÚVIDA OBJETIVA. POSSIBILIDADE.
tributável do contribuinte. Dessa forma, afirmou Resultado: A Seção, por unanimidade, decidiu que
que tais valores se amoldam aos fatos geradores das o princípio da fungibilidade recursal só pode ser
referidas exações. Inaugurando divergência, a admitido, quando observado o cumprimento dos
Ministra Regina Helena Costa entendeu que os seguintes requisitos: (i) dúvida objetiva quanto ao
créditos presumidos de IPI não compõem a base de recurso a ser interposto; (ii) inexistência de erro
cálculo do IRPJ e da CSLL, por não representarem grosseiro; e (iii) o recurso interposto erroneamente
lucro, mas sim incentivo fiscal legitimamente for apresentado no prazo daquele que seria o
outorgado. A Ministra ressaltou que ao desonerar correto. No caso concreto, foi proferida decisão em
operações de exportação por incentivo fiscal e, sede de exceção de pré-executividade, contra a qual
posteriormente, buscar recuperar parte de tais cabe apenas agravo de instrumento, entretanto, o
valores, a União estaria se contradizendo e juiz singular nomeou o provimento jurisdicional de
mitigando a confiança legítima dos atos estatais. sentença e, na certidão de publicação, fixou prazo de
Acrescentou ainda que a desoneração em questão, 15 dias para a interposição de recurso, induzindo a
de caráter extrafiscal, está prevista em preceitos parte a entender pelo cabimento de apelação.
legais e inserida em contexto de envergadura Segundo os Ministros, nesse caso, há que se
constitucional, não podendo ser confrontada por relativizar o conceito de dúvida objetiva, uma vez
atos infralegais. Por esses motivos, a Ministra que a parte não pode ser prejudicada por um
concluiu que os créditos presumidos concedidos por equívoco que se originou do próprio órgão julgador,
incentivo fiscal não têm o condão de integrar as afastando-se, assim, a eventual má-fé da parte na
bases de cálculo de outros tributos. Pediu vista dos interposição da apelação. Tal pressuposto cumulado
autos o Ministro Mauro Campbell Marques. com a inexistência de erro grosseiro e a interposição
do recurso equivocado no prazo daquele que seria o
G. SEGUNDA SEÇÃO correto, compõem os requisitos para que seja
configurada a fungibilidade.
1. DIREITO PROCESSUAL
c) Honorários advocatícios
a) Amicus curiae
• EREsp 1.539.725/DF
• RCD no REsp 1.568.244/RJ (Repetitivo) – Relator(a): Ministro Antônio Carlos Ferreira
Tema 952 Órgão julgador: 2ª Seção do STJ
Relator(a): Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva Data de julgamento: 09/08/2017
Órgão julgador: 2ª Seção do STJ Data de publicação: 19/10/2017
Data de julgamento: 23/08/2017 Ementa: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. GRAU
Data de publicação: 28/08/2017 RECURSAL. ART. 85, § 11, DO CPC/2015.
Ementa: AMICUS CURIAE. EMBARGOS DE REQUISITOS. ARBITRAMENTO.
DECLARAÇÃO. POSSIBILIDADE. OUTROS Resultado: A Seção, por unanimidade, decidiu
RECURSOS. IMPOSSIBILIDADE. PEDIDO DE que, para fins de arbitramento dos honorários
RECONSIDERAÇÃO. DECISÃO MONOCRÁTICA. advocatícios recursais, previstos no art. 85, § 11, do
POSSIBILIDADE. CPC/2015, faz-se necessário o preenchimento
Resultado: A Seção, por unanimidade, entendeu cumulativo dos seguintes requisitos: (i) ter o recurso
que o amicus curiae não está autorizado a interpor desafiado decisão publicada a partir de 18/03/2016,
recursos, ressalvada a oposição de embargos de nos termos do Enunciado nº 7/STJ; (ii) não ter sido
declaração, no processo em que foi admitido como conhecido integralmente o recurso ou desprovido
tal. Isso porque, segundo os Ministros, a atuação do pelo Relator monocraticamente, ou pelo órgão
amicus é voltada para subsidiar elementos colegiado competente; (iii) ser a verba honorária

Voltar ao sumário. 52
sucumbencial devida desde a origem no feito em que Ementa: IRDR. SUSPENSÃO NACIONAL DE
interposto o recurso; (iv) ter o recurso dado causa à PROCESSOS. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
abertura de determinada instância recursal; e (v) ESPECIAL. MATÉRIA AINDA NÃO DECIDIDA
não terem sido atingidos na origem os limites PELA CORTE. INDEFERIMENTO.
estabelecidos no art. 85, §§ 2º e 3º, do CPC/2015 Resultado: O Ministro Presidente da Comissão
para cada fase do processo. Ademais, os Ministros Gestora de Precedentes indeferiu pedido de
entenderam que a comprovação de trabalho suspensão nacional de processos que tratem sobre a
adicional do advogado do recorrido em grau recursal mesma matéria do referido IRDR, em razão da
não é exigível, uma vez que esta avaliação se faz indefinição jurídica a respeito do cabimento de
necessária apenas para valoração da verba cujo recurso especial contra o julgamento do incidente
escopo principal é inibir o exercício abusivo do sobre processos que tramitam no âmbito dos
direito de recorrer. Assim, os Ministros destacaram juizados especiais. No caso concreto, discute-se a
que não haverá majoração de honorários no definição do valor a ser considerado para
julgamento de agravo interno e de embargos de deliberação sobre a competência dos juizados
declaração, uma vez que estas essas espécies especiais federais. Antes do julgamento do mérito do
recursais não inauguram nova instância recursal. IRDR, a União requereu a suspensão de todos os
processos individuais ou coletivos em curso no
d) Prescrição intercorrente território nacional, inclusive, nos juizados especiais,
que versam sobre a mesma questão de direito
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO discutida no IRDR. O Ministro pontuou que contra
• REsp nº 1.604.412/SC (IAC) – Tema 1 a decisão de mérito que julgar IRDR cabe recurso
Relator(a): Ministro Marco Aurélio Bellizze especial e extraordinário, dotados de efeito
Órgão julgador: 2ª Seção do STJ suspensivo, nos termos do art. 987 do CPC/2015.
Data de julgamento: 08/11/2017 Nesse aspecto, o Ministro destacou que há uma
Data de publicação: Pendente corrente que defende que um dos requisitos para
Ementa: PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. admissibilidade do recurso especial é que a causa
INÉRCIA DO EXEQUENTE. TERMO INICIAL. esteja decidida pelos tribunais regionais federais ou
INTIMAÇÃO PRÉVIA DO CREDOR. PRINCÍPIO tribunais de justiça em única ou última instância,
DO CONTRADITÓRIO. nos termos do art. 105, III, da CF/1988. Para o
Resultado: O Ministro Relator entendeu que Ministro, essa corrente entende que nos
ocorre a prescrição intercorrente, nas causas de julgamentos de mérito do IRDR não haveria causa
natureza privada regidas pelo CPC/1973, quando o decidida, pois, a instância de origem apenas fixou a
exequente permanecer inerte por prazo superior à tese jurídica abstrata que será aplicada aos
prescrição do direito material pleiteado, nos termos processos repetitivos, sendo que somente existirá
do parágrafo único do art. 202 do CC/2002. causa decidida após a aplicação concreta da tese
Ademais, consignou que: (i) o termo inicial do prazo jurídica estabelecida no julgamento do incidente. O
prescricional, na vigência do CPC/1973, é contado a Ministro ressaltou que mesmo que essa corrente não
partir do fim do prazo judicial de suspensão do seja adotada, ainda assim não seria possível apreciar
processo ou, inexistindo prazo fixado, do transcurso a matéria em sede de recurso especial, pois, nos
de 1 ano; e (ii) o termo inicial previsto no art. 1.056 termos da Súmula nº 203/STJ, não cabe recurso
do CPC/2015 incide apenas nas hipóteses em que o especial contra decisão proferida por órgão de
processo estiver suspenso na data de entrada em segundo grau dos juizados especiais. Dessa forma, o
vigor do CPC/2015, uma vez que não se pode extrair Ministro concluiu que, atualmente, há uma
interpretação que viabilize o reinício ou reabertura indefinição jurídica a respeito do cabimento do
de prazo prescricional ocorridos na vigência do recurso especial contra julgamento de IRDR
revogado CPC/1973, devido a aplicação irretroativa admitido a partir de processos que tramitam no
de norma processual. Por fim, o Ministro ressaltou âmbito dos juizados especiais que impedem o
que todas as manifestações do Judiciário devem deferimento da ampliação da abrangência de
respeitar o princípio do contraditório, inclusive, nas suspensão de processos. Por fim, o Ministro
hipóteses de declaração de ofício da prescrição destacou que é cabível IRDR oriundo de processo
intercorrente, de modo que o credor deverá ser em tramitação no âmbito do juizado especial,
previamente intimado para opor eventuais fatos entretanto, quanto ao cabimento de recurso especial
impeditivos à incidência da prescrição. Pediu vista contra julgamento de IRDR sobre a matéria,
dos autos o Ministro Luis Felipe Salomão. pontuou que ainda há uma indefinição jurídica a
respeito, impedindo o deferimento da suspensão de
H. COMISSÃO GESTORA DE processos.
PRECEDENTES
I. CORTE ESPECIAL
1. DIREITO PROCESSUAL
1. DIREITO PROCESSUAL
a) Incidente de Resolução de Demandas
Repetitivas a) Embargos de declaração

• SIRDR 9/SC EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg no EREsp


Relator(a): Ministro Paulo Tarso Sanseverino 1.019.717/RS
Órgão julgador: Ministro Presidente da Comissão Relator(a): Ministra Nancy Andrighi (designada
Gestora de Precedentes do STJ para redação do acórdão)
Data de julgamento: 26/09/2017 Órgão julgador: Corte Especial do STJ
Data de publicação: 02/10/2017 Data de julgamento: 20/09/2017

Voltar ao sumário. 53
Data de formalização: 27/11/2017 • AgInt no EREsp 1.586.537/RS
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Relator(a): Ministro Jorge Mussi
ACOLHIMENTO COM EFEITOS MODIFICATIVOS. Órgão julgador: Corte Especial do STJ
ADEQUAÇÃO DE JULGADO A ENTENDIMENTO Data de julgamento: 16/08/2017
SUPERVENIENTE. RECURSO ESPECIAL Data de publicação: 24/08/2017
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. Ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA.
IMPOSSIBILIDADE. CONHECIMENTO DE RECURSO ESPECIAL.
Resultado: A Corte, por maioria, entendeu que não REVISÃO DE APLICAÇÃO DE REGRA TÉCNICA.
podem ser acolhidos, com efeitos modificativos, NÃO CABIMENTO.
embargos de declaração opostos para adequação do Resultado: A Corte, por unanimidade, entendeu
julgado embargado a entendimento superveniente não serem cabíveis embargos de divergência que
firmado na apreciação de recurso especial buscam revisar a aplicação de regra técnica de
representativo de controvérsia. Isso porque, para os conhecimento de recurso especial. Os Ministros
Ministros, embora cabíveis declaratórios contra destacaram que os embargos de divergência visam
decisão que deixa de se manifestar sobre tese uniformizar o entendimento da Corte quando
firmada em julgamento de casos repetitivos, houver diferentes teses jurídicas aplicadas aos
conforme previsto no parágrafo único do art. 1.022 recursos especiais de mesmo tema, não sendo via
do CPC/2015, essa omissão somente se configurará recursal apta a discutir se os óbices de
se o juiz devesse se pronunciar de ofício ou a admissibilidade foram aplicados corretamente.
requerimento sobre a tese repetitiva. Ademais, os
Ministros ressaltaram que o acolhimento dos c) Fungibilidade recursal
embargos de declaração com efeitos infringentes
não traria coerência para o sistema jurídico, • EDcl no ARE no RE no AgInt no AREsp
porquanto implicaria no provimento dos embargos 646.379/AL
de divergência em recurso especial, sem que Relator(a): Ministro Humberto Martins
fizessem presentes seus pressupostos, Órgão julgador: Corte Especial do STJ
principalmente, porque no momento da Data de julgamento: 30/06/2017
interposição dos embargos de divergência, ainda Data de publicação: 04/08/2017
não havia divergência jurisprudencial entre o Ementa: FUNGIBILIDADE RECURSAL. AGRAVO
acórdão recorrido e o entendimento firmado no EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DECISÃO
recurso especial repetitivo. Por fim, os Ministros OBSTATIVA COM BASE NA APLICAÇÃO DA
ainda entenderam que se os embargos de declaração SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL.
com efeitos infringentes fossem acolhidos, o DESCABIMENTO. ERRO GROSSEIRO.
embargante seria premiado por sua insistência em IMPUGNÁVEL SOMENTE POR AGRAVO
evitar o trânsito em julgado do processo, interpondo INTERNO.
inúmeros recursos, em confronto com os princípios Resultado: A Corte, por unanimidade, afirmou que
da celeridade e da colaboração com o Judiciário. o agravo interno é o único recurso cabível contra
decisão que indefere liminarmente recurso
b) Embargos de divergência extraordinário que discutia questão constitucional à
qual o STF não tenha reconhecido a existência de
• AgInt nos EREsp 1.214.844/PR repercussão geral. Os Ministros destacaram que a
Relator(a): Ministro Humberto Martins interposição do agravo nos próprios autos, como
Órgão julgador: Corte Especial do STJ ocorreu no caso concreto, configura erro grave, haja
Data de julgamento: 30/06/2017 vista o disposto no art. 1.030, § 2º, do CPC/2015,
Data de publicação: 04/08/2017 devendo ser afastado o princípio da fungibilidade
Ementa: EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. recursal. Por fim, determinaram a certificação do
DECISÃO PROFERIDA POR SEÇÃO. RECURSO trânsito em julgado, dado o esgotamento da
REPETITIVO. IMPOSSIBILIDADE. QUESTÃO prestação jurisdicional da Corte, e autorizaram a
PROCESSUAL CONTROVERTIDA A SER baixa imediata dos autos, uma vez que, para os
UNIFORMIZADA PELA CORTE ESPECIAL. Ministros, a interposição descabida de sucessivos
AUSÊNCIA. recursos caracteriza o abuso do direito de recorrer.
Resultado: A Corte, por unanimidade, decidiu que
não cabem embargos de divergência em face de d) Honorários advocatícios
decisão proferida no âmbito de uma Seção da Corte,
em sede de recurso repetitivo, quando não há • QO no REsp 1.388.768/PE
questão processual controvertida a ser uniformizada Relator(a): Ministro Mauro Campbell Marques
pela Corte Especial. No caso concreto, os Ministros Órgão julgador: Corte Especial do STJ
destacaram que a 1ª Seção analisou a natureza do Data de julgamento: 20/09/2017
JCP, para fins de dedução da base de cálculo das Data de publicação: 13/11/2017
contribuições ao PIS e à COFINS, à luz da disciplina Ementa: QUESTÃO DE ORDEM. HONORÁRIOS
tributária, enquanto a 2ª Seção examinou o regime ADVOCATÍCIOS. RECURSO REPETITIVO.
do JCP sob a perspectiva do direito societário. Assim, DESAFETAÇÃO. EXORBITÂNCIA OU
entenderam que não há divergência a ser dirimida IRRISORIEDADE. DISCUSSÃO EM SEDE DE
pelo órgão máximo do STJ, uma vez que os julgados, RESCISÓRIA.
ambos submetidos ao rito dos recursos repetitivos, Resultado: A Corte, por unanimidade, concluiu
foram solucionados por abordagens jurídicas pela desafetação do processo do rito dos recursos
distintas, a partir da competência material de cada repetitivos, que visava firmar tese acerca da
Seção. possibilidade de discussão exclusiva em rescisória
de exorbitância ou irrisoriedade de honorários

Voltar ao sumário. 54
advocatício. Para os Ministros, o tema não possui g) Legitimidade recursal
amadurecimento jurisprudencial suficiente para
gerar norma-regra a ser seguida por todos os • QO no AgRg no CC 133.864/SP
tribunais do país. Relator(a): Ministra Maria Thereza de Assis
Moura (designada para redação do acórdão)
e) Impugnação específica Órgão julgador: Corte Especial do STJ
Data de julgamento: 06/09/2017
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO Data de publicação: 04/12/2017
• EAREsp 701.404/SC Ementa: QUESTÃO DE ORDEM. LEGITIMIDADE
Relator(a): Ministro João Otávio de Noronha RECURSAL. CONHECIMENTO DE RECURSO
Órgão julgador: Corte Especial do STJ INTERPOSTO POR TERCEIRO NÃO
Data de julgamento: 02/08/2017 INTEGRANTE DA RELAÇÃO PROCESSUAL.
Data de publicação: Pendente ILEGITIMIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
Ementa: IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA. AGRAVO Resultado: A Corte, por maioria, entendeu que não
EM RECURSO ESPECIAL. FUNDAMENTOS DA é cabível questão de ordem suscitada a fim de afetar
DECISÃO DENEGATÓRIA. AUSÊNCIA. SÚMULA à Corte Especial o tema de mérito de CC, uma vez
Nº 182/STJ. APLICABILIDADE. que já julgado monocraticamente pelo relator, e
Resultado: O Ministro Relator entendeu que a interposto agravo regimental por parte
ausência de impugnação de uma das razões da confessadamente ilegítima. O caso concreto trata de
decisão denegatória do recurso especial não conflito negativo de competência estabelecido entre
inviabiliza o conhecimento do agravo, quando se vara de falências e vara federal, que restou decidido
tratar de fundamentos autônomos e independentes, monocraticamente pelo relator do CC. Contra esta
cujo ataque a um deles seja apto, por si só, para decisão a FN interpôs agravo regimental e,
reformar a decisão. Inaugurando a divergência, o posteriormente, manifestou-se nos autos
Ministro Luís Felipe Salomão destacou que, nos informando que foi induzida a erro pelo mandado de
termos da Súmula nº 182/STJ, não se conhece do intimação equivocadamente encaminhado a ela,
agravo que não impugnar especificamente todos os quando deveria ter sido encaminhado à PGF, uma
fundamentos da decisão recorrida. Para o Ministro, vez que os autos originários referem-se à execução
o despacho de admissibilidade é incindível, devendo fiscal proposta pelo IBAMA, autarquia federal, cuja
ser entendido como um todo e, portanto, representação judicial cabe unicamente a este órgão.
impugnado na sua integralidade, sob pena de Dessa forma, os Ministros entenderam que como o
permanecerem incólumes os pontos que não foram recurso foi manejado por quem não tinha
atacados, uma vez que suas razões não podem ser legitimidade para tanto, a decisão proferida no CC já
fracionadas em vários capítulos como se um ou teria transitado em julgado, uma vez que não fora
outro aspecto fosse suficiente para o conhecimento devidamente impugnada.
do recurso. Pediu vista dos autos o Ministro Mauro
Campbell Marques. h) Preparo

f) Intimação pessoal • EREsp 808.143/DF


Relator(a): Ministro Benedito Gonçalves
JULGAMENTO NÃO FINALIZADO Órgão julgador: Corte Especial do STJ
• EREsp 1.360.577/MG Data de julgamento: 02/08/2017
Relator(a): Ministro Humberto Martins Data de publicação: 10/08/2017
Órgão julgador: Corte Especial do STJ Ementa: PREPARO. GUIA DE RECOLHIMENTO.
Data de julgamento: 06/09/2017 AUSENTE A INDICAÇÃO DO NÚMERO DO
Data de publicação: Pendente PROCESSO. JUNTADA DA GRU ORIGINAL.
Ementa: INTIMAÇÃO PESSOAL. REGULARIDADE COMPROVADA. DESERÇÃO
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. CPC/2015. AFASTADA.
DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO POR Resultado: A Corte Especial, por unanimidade,
IMPRENSA OFICIAL. entendeu que a juntada da GRU original aos autos
Resultado: O Ministro Relator, acompanhado pela supre o vício relativo à falta de anotação do número
Ministra Nancy Andrighi e pelo Ministro Herman do processo na guia, afastando-se a deserção do
Benjamin, entendeu que, após a edição do recurso. Segundo os Ministros, a comprovação do
CPC/2015, não é mais necessária intimação pessoal recolhimento regular do preparo afasta a
do devedor para cumprimento de sentença, sendo possibilidade de fraude e permite, em prestígio à
suficiente a intimação do advogado por imprensa boa-fé das partes litigantes, o conhecimento do
oficial, de maneira que a Súmula nº 410/STJ seria recurso.
aplicável apenas aos casos sob a égide do CPC/1973.
Inaugurando divergência, o Ministro Luis Felipe • EAREsp 689.490/SC
Salomão, acompanhado pelos Ministros João Relator(a): Ministro Herman Benjamin
Otávio de Noronha, Jorge Mussi e Mauro Campbell Órgão julgador: Corte Especial do STJ
Marques, entendeu que, nos termos da mencionada Data de julgamento: 16/08/2017
Súmula, a intimação pessoal do devedor é condição Data de publicação: 19/10/2017
necessária à cobrança de multa pelo Ementa: PREPARO. NÃO RECOLHIMENTO DE
descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, UMA DAS VERBAS. INSUFICIÊNCIA.
uma vez que favorece o cumprimento da prestação COMPLEMENTAÇÃO. POSSIBILIDADE.
principal. Pediu vista dos autos o Ministro Herman Resultado: A Corte, por unanimidade, concluiu
Benjamin. que deve ser permitida a complementação do
preparo quando não forem recolhidas todas as

Voltar ao sumário. 55
verbas que o compõem, conforme o entendimento Órgão julgador: Corte Especial do STJ
exarado no REsp 844.440/MS. Os Ministros Data de julgamento: 21/06/2017
ressaltaram que o preparo insuficiente não é apenas Data de publicação: 15/08/2017
aquele recolhido a menor, abarcando também as Ementa: IRPJ. RESPONSABILIDADE
situações em que alguma das verbas que compõem TRIBUTÁRIA. INCONSTITUCIONALIDADE DO
o preparo não for recolhida. Destacaram ainda que ART. 8º DO DL Nº 1.736/1979.
a possibilidade de sua complementação está prevista RESPONSABILIDADE DOS ACIONISTAS
no art. 511, § 2º do CPC/1973 e reiterada no art. CONTROLADORES, DIRETORES, GERENTES OU
1007, § 2º, do CPC/ 2015. REPRESENTANTES DE PESSOAS JURÍDICAS DE
DIREITO PRIVADO. MATÉRIA RESERVADA À
i) Suspensão de prazo recursal LEI COMPLEMENTAR.
Resultado: A Corte, por unanimidade, declarou a
• MS 22.426/RJ inconstitucionalidade formal do art. 8º do DL nº
Relator(a): Ministra Maria Thereza de Assis 1.736/1979, que prevê a responsabilidade tributária
Moura (designada para redação do acórdão) solidária entre a sociedade empresária e os
Órgão julgador: Corte Especial do STJ acionistas controladores, diretores, gerentes ou
Data de julgamento: 16/08/2017 representantes de pessoas jurídicas de direito
Data de publicação: 20/10/2017 privado, nos casos de ausência de recolhimento do
Ementa: SUSPENSÃO DE PRAZO RECURSAL. IRPJ pela sociedade empresária. Os Ministros
FERIADO LOCAL. COMPROVAÇÃO. destacaram que o citado dispositivo disciplina regra
IRRELEVANTE. AJUIZAMENTO DE sobre responsabilidade tributária sem observância
RECLAMAÇÃO PERANTE O STJ. da reserva de lei complementar, por força do art. 18,
INTEMPESTIVIDADE. § 1º, da CF/1967, com a redação conferida pela EC
Resultado: A Corte Especial, por maioria, nº 01/1969, incorrendo, assim, em
entendeu que a comprovação de feriado local não inconstitucionalidade formal. Os Ministros
influencia na contagem do prazo de 15 dias para esclareceram ainda que o reconhecimento da
ajuizamento de reclamação, que é protocolada inconstitucionalidade pretérita tem sido admitido
diretamente no STJ e não nas instâncias de origem. no âmbito do controle difuso-incidental,
No caso concreto, a parte considerou a ocorrência da retroagindo os efeitos para tornar nulos os atos
suspensão do prazo no Tribunal local para o praticados em violação a Constituição anterior. Por
ajuizamento da reclamação, que foi indeferida fim, quanto à legitimidade do STJ para
liminarmente em razão de sua intempestividade. desempenhar esse controle incidental de
Asseveram os Ministros que os feriados locais constitucionalidade, os Ministros destacaram que o
devem ser levados em consideração quando a peça STJ, a exemplo de todos os demais órgãos judiciais
processual for protocolizada perante o respectivo do país, pode desempenhar o controle, deixando de
órgão regional, mas não devem vincular o STJ, aplicar as leis e atos normativos que repute
quando os protocolos forem realizados diretamente incompatíveis com a Constituição, desde que a
perante a Corte Superior. constitucionalidade do dispositivo não tenha sido
contestada anteriormente na instância de origem.
• AgInt no AREsp 957.821/MS
Relator(a): Ministro Raul Araújo J. AFETAÇÃO AO RITO DOS
Órgão julgador: Corte Especial do STJ RECURSOS REPETITIVOS
Data de julgamento: 20/11/2017
Data de publicação: 19/12/2017 1. EXECUÇÃO FISCAL
Ementa: SUSPENSÃO DE PRAZO RECURSAL.
FERIADO LOCAL. COMPROVAÇÃO. ATO DE a) Redirecionamento
INTERPOSIÇÃO DO RECURSO. ART. 1.003, § 6º,
DO CPC/2015. • REsp 1.643.944/SP, REsp 1.645.281/SP e
Resultado: A Corte Especial, por maioria, REsp 1.645.333/SP (Repetitivo) – Tema 981
entendeu que a comprovação de feriado local deve Relator(a): Ministra Assusete Magalhães
ser feita no ato da interposição do recurso, não Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
podendo ocorrer em momento posterior, em razão Data de julgamento: 09/08/2017
da determinação expressa do art. 1.003, § 6º, do Data de publicação: 24/08/2017
CPC/2015. Os Ministros destacaram que não é Ementa: EXECUÇÃO FISCAL.
possível interpretar o mencionado artigo de forma REDIRECIONAMENTO. RESPONSABILIDADE
extensiva, uma vez que não há previsão legal que TRIBUTÁRIA. SÓCIO. EXERCÍCIO DA GERÊNCIA
permita a comprovação de feriado local após a À ÉPOCA DOS FATOS GERADORES E DA
interposição do recurso, ao contrário do que ocorre DISSOLUÇÃO IRREGULAR.
em relação à comprovação de complementação de Resultado: A Seção, por unanimidade, admitiu a
preparo, que poderá ser realizada em momento proposta de afetação para julgamento repetitivo de
posterior, conforme previsão do art. 1.007, § 2º, do recursos que discutem, para fins de
CPC/2015. redirecionamento fiscal, a necessidade de o sócio
com poderes de administração exercer a função de
2. IRPJ gerência na época da dissolução irregular da
empresa concomitantemente, ou não, à ocorrência
a) Responsabilidade tributária do fato gerador da obrigação tributária não
adimplida.
• AI no REsp 1.419.104/SP
Relator(a): Ministro Og Fernandes

Voltar ao sumário. 56
2. ICMS quantia que couber a cada participante, por rateio
do patrimônio, superior ao valor das respectivas
a) TUST & TUSD contribuições à entidade em liquidação,
devidamente atualizadas e corrigidas.
• EREsp nº 1.163.020/RS (Repetitivo) –
Tema 986
Relator(a): Ministro Herman Benjamin
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
Data de julgamento: 28/11/2017
Data de publicação: 15/12/2017
Ementa: ICMS. BASE DE CÁLCULO. TUST.
TUSD. OPERAÇÕES DE AQUISIÇÃO. ENERGIA
ELÉTRICA. SUSPENSÃO NACIONAL. DEFERIDA.
Resultado: A Seção, por maioria, admitiu a
proposta de afetação para julgamento repetitivo de
recurso que discute a inclusão de valores referentes
à TUSD na base de cálculo do ICMS, nas operações
de aquisição de energia elétrica. Ademais, os
Ministros determinaram a suspensão da tramitação
de processos que versem sobre a questão em todo
território nacional, inclusive nos juizados especiais.

3. IPTU

a) Prazo prescricional

• REsp 1.658.517/PA e REsp 1.641.011/PA


(Repetitivo) – Tema 980
Relator(a): Ministro Napoleão Nunes Maia Filho
Órgão julgador: 1ª Seção do STJ
Data de julgamento: 09/08/2017
Data de publicação: 18/08/2017
Ementa: IPTU. PRAZO PRESCRICIONAL.
TERMO INICIAL PARCELAMENTO DE OFÍCIO.
MORATÓRIA COMO CAUSA DE SUSPENSÃO DA
EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.
Resultado: A Seção, por unanimidade, admitiu a
proposta de afetação para julgamento repetitivo de
recursos que discutem o termo inicial do prazo
prescricional da cobrança judicial do IPTU, bem
como se o parcelamento de ofício da dívida
tributária implica na suspensão da exigibilidade do
tributo e, consequentemente, do seu prazo
prescricional.

K. SÚMULAS EDITADAS

1. IRPF

a) Doença grave

• Súmula nº 598
Data de julgamento: 08/11/2017
Data de publicação: 20/11/2017
Texto: É desnecessária a apresentação de laudo
médico oficial para o reconhecimento judicial da
isenção do imposto de renda, desde que o
magistrado entenda suficientemente demonstrada a
doença grave por outros meios de prova.

b) Liquidação de entidade de previdência


complementar

• Súmula nº 590
Data de julgamento: 13/09/2017
Data de publicação: 18/09/2017
Texto: Constitui acréscimo patrimonial a atrair a
incidência do imposto de renda, em caso de
liquidação de entidade de previdência privada, a

Voltar ao sumário. 57
L. RECURSOS REPETITIVOS EM NÚMEROS

1. AFETAÇÃO DE RECURSOS REPETITIVOS

O STJ realizou a afetação de 9 temas para julgamento de controvérsia repetitiva. Destes, 3 correspondiam à matéria
tributária. Nenhum desses teve o mérito julgado.

33%

Tributário

67% Outros

2. AFETAÇÃO DE RECURSOS REPETITIVOS – TEMA

Dos processos de matéria tributária que foram afetados para julgamento de controvérsia repetitiva, 1 tratou sobre
execução fiscal; e 2 trataram sobre impostos (IPTU e ICMS).

33%

Execução Fiscal
Impostos
67%

Voltar ao sumário. 58
3. JULGAMENTO DE MÉRITO

O STJ julgou o mérito de 8 temas de recursos repetitivos. Nenhum correspondia à matéria tributária.

0%

Tributário
Outros
100%

4. JULGAMENTOS NÃO FINALIZADOS

Além dos 8 temas de recursos repetitivos que tiveram o mérito julgado, foram submetidos à deliberação outros 6
temas, também identificados como representativos da controvérsia, cujos julgamentos foram interrompidos por
pedidos de vista. Destes, 1 correspondia à matéria tributária e tratou sobre IPI, tendo sido proferido pelo Relator,
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, voto favorável ao contribuinte.

43% Recursos especiais julgados


57%

Recursos especiais não


finalizados

Voltar ao sumário. 59
Voltar ao sumário. 60
III. CONSELHO ADMINISTRATIVO Relator(a): Conselheiro Fernando Brasil de
DE RECURSOS FISCAIS Oliveira Pinto (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
Câmara da 1ª Seção do CARF
A. PRIMEIRA SEÇÃO Data de julgamento: 15/08/2017
Data de formalização: 11/09/2017
1. ÁGIO EM REORGANIZAÇÕES Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO.
SOCIETÁRIAS AUSÊNCIA DE CONFUSÃO PATRIMONIAL.
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
a) Ágio interno Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
não ser possível a amortização de ágio interno, isto
• PAF 16327.001482/2010-52 é, aquele gerado em decorrência de reorganização
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo societária realizada exclusivamente entre empresas
(designada para redação do acórdão) – (Fazenda) controladas pelo mesmo grupo econômico. Isso
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF porque, segundo os Conselheiros, as operações
Data de julgamento: 10/05/2017 ocorridas internamente, não são passíveis de gerar
Data de formalização: 12/07/2017 ágio amortizável, nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO. nº 9.532/1997, uma vez que não seria possível
AUSÊNCIA DE DISPÊNDIO. “TRANSFERÊNCIA”. observar a confusão patrimonial entre a investidora
EMPRESA-VEÍCULO. AMORTIZAÇÃO. e a investida, porquanto ambas já se encontravam
IMPOSSIBILIDADE. sob o mesmo controle societário. Ademais, os
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não Conselheiros acrescentaram que carece de
ser possível a amortização de ágio decorrente de substância econômica o ágio gerado dentro de um
reestruturação societária realizada entre empresas mesmo grupo econômico, uma vez que, na ausência
pertencentes ao mesmo grupo econômico, o de partes independentes, não há processo imparcial
denominado ágio interno. Isso porque, para os de valoração dos ativos envolvidos para a formação
Conselheiros, nos termos da Lei nº 9.532/1997, para de um preço justo próprio de um ambiente de livre
a dedução da mais-valia é essencial a ocorrência do mercado. Por fim, no caso concreto, os Conselheiros
efetivo sacrifício econômico por parte do ressaltaram que a integralização de capital realizada
adquirente, o que não se percebe nas operações pela controladora direta em sua controlada, e a
intragrupo, dada a falta de substância econômica e posterior incorporação desta por aquela, teve como
contábil que justifique o pagamento do valor a único propósito fusionar as duas empresas
maior. Dessa forma, no caso concreto, Conselheiros pertencentes ao mesmo grupo econômico sem haver
destacaram que a inexistência de qualquer qualquer dispêndio, fato que evidencia não haver
dispêndio contrariando o disposto nos arts. 7º e 8º sequer a geração de um ágio.
da Lei nº 9.532/1997, tendo em vista que o ágio
decorreu da reavaliação de ativos dentro do grupo • PAF 11065.002149/2009-31
econômico, inviabiliza a amortização da mais-valia Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
• PAF 13656.721445/2013-97 Data de julgamento: 09/08/2017
Relator(a): Conselheiro Marcos Paulo Leme Data de formalização: 14/09/2017
Brisola Caseiro (Contribuinte) Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª REQUISITOS MATERIAL E PESSOAL.
Câmara da 1ª Seção do CARF DESCUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE CONFUSÃO
Data de julgamento: 11/04/2017 PATRIMONIAL. AMORTIZAÇÃO.
Data de formalização: 31/07/2017 IMPOSSIBILIDADE.
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não
AUSÊNCIA DE PROPÓSITO NEGOCIAL E ser possível a amortização de ágio interno, isto é,
SUBSTÂNCIA ECONÔMICA. PAGAMENTO. aquele gerado em decorrência de reorganização
INEXISTÊNCIA. MERA CIRCULAÇÃO CONTÁBIL. societária realizada exclusivamente entre empresas
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. controladas pelo mesmo grupo econômico. Isso
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu porque, segundo os Conselheiros, para o
não ser possível a amortização de ágio gerado em aproveitamento fiscal do ágio é necessário a
decorrência de reorganização societária entre concreção dos aspectos pessoal, que é a confusão
empresas do mesmo grupo econômico. Isso porque, patrimonial entre a real investidora e a investida, e
para os Conselheiros, inexiste propósito negocial material, que consiste no fundamento econômico
nesse tipo de operação, tendo em vista que é para o pagamento da mais-valia, conforme disposto
realizada exclusivamente para a redução da carga no art. 386 do RIR/1999 e nos arts. 7º e 8º da Lei nº
tributária, bem como não decorre de partes 9.532/1997, o que não se verifica nas operações
independentes, o que retira sua substância realizadas internamente. Ademais, os Conselheiros
econômica, em razão de obstar a formação de um ressaltaram que é incabível a utilização do art. 36 da
preço justo para os ativos envolvidos. Ademais, no Lei nº 10.637/2002 para amparar a legalidade do
caso concreto, ressaltaram que a transferência de ágio entre empresas interligadas, porquanto o
valores entre empresas do mesmo grupo econômico dispositivo reconhece a neutralidade tributária do
não configura pagamento, haja vista que em tal ganho de capital advindo de um negócio entre
hipótese não há geração de riqueza, tampouco da empresas pertencentes a um mesmo grupo
mais-valia. econômico. Por fim, no caso concreto, os
Conselheiros afirmaram que as parcelas de ágio
• PAF 11080.732187/2013-19
Voltar ao sumário. 61
decorreram da diferença entre as reavaliações suposta despesa amortizável. Por fim, no caso
encomendadas pelos controladores da empresa concreto, os Conselheiros ressaltaram que a pessoa
contribuinte e os valores nominais de participações jurídica incorporada estava inoperante há anos e
societárias cedidas e transferidas a ela, de modo que teve seu capital social aumentado vultosamente por
não houve o pagamento a maior, fundamentado em sua controladora apenas para ser extinta por
expectativa de rentabilidade futura, e nem incorporação envolvendo outra holding do grupo,
circulação de riquezas, restando desconfigurado o caracterizando-se, assim, uma operação sem
propósito negocial da operação. qualquer substância econômica que não enseja a
dedutibilidade do ágio.
• PAF 11065.720650/2015-21
Relator(a): Conselheiro José Carlos de Assis • PAF 16643.720027/2012-39
Guimarães (Fazenda) Relator(a): Conselheiro Rogério Aparecido Gil
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª (Contribuinte)
Câmara da 1ª Seção do CARF Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Data de julgamento: 20/09/2017 Câmara da 1ª Seção do CARF
Data de formalização: 29/09/2017 Data de julgamento: 15/08/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO. Data de formalização: 16/10/2017
OPERAÇÃO ARTIFICIAL. AMORTIZAÇÃO. Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO.
IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTO ECONÔMICO.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, AUSÊNCIA DE DISPÊNDIO. AMORTIZAÇÃO.
entendeu não ser possível a amortização de ágio IMPOSSIBILIDADE.
decorrente de reestruturação societária realizada Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não
entre empresas pertencentes ao mesmo grupo ser possível a amortização de ágio interno, isto é,
econômico, o denominado ágio interno. Isso porque, aquele gerado em decorrência de reorganização
nos termos da Lei nº 9.532/1997, para a dedução da societária realizada entre empresas controladas pelo
mais-valia é essencial à ocorrência do efetivo mesmo grupo econômico. De acordo com os
sacrifício econômico por parte do adquirente, o que Conselheiros, o ágio somente surge quando o preço
não se percebe nas operações intragrupo, dada a (custo) pago pela aquisição ou subscrição de um
falta de substância econômica e contábil que investimento a ser avaliado pelo método da
justifique o pagamento do valor a maior. Por fim, os equivalência patrimonial, supera o valor
Conselheiros acrescentaram que o ágio gerado de patrimonial desse investimento. Nesse sentido,
forma interna, sem alteração do controle das ressaltaram que apenas há preço (custo) de
sociedades envolvidas e sem qualquer desembolso, aquisição quando há dispêndio para se obter algo de
constitui prova da artificialidade do ágio, motivo terceiro, o que não se verifica em operações entre
pelo qual torna inválida sua amortização. empresas do mesmo grupo econômico, por ausência
de partes independentes, bem como não resultar de
• PAF 16682.720533/2014-23 um processo imparcial de valoração. Assim, no caso
Relator(a): Conselheira Ester Marques Lins de concreto, consignaram que a mera reavaliação da
Sousa (Fazenda) participação acionária, detida pela pessoa jurídica
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª incorporadora na incorporada, ambas pertencentes
Câmara da 1ª Seção do CARF ao mesmo conglomerado de empresas, ainda que
Data de julgamento: 17/08/2017 regular do ponto de vista formal, não enseja o
Data de formalização: 11/10/2017 surgimento de um sobrepreço capaz de ser
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO. amortizável.
AUSÊNCIA DE SUBSTÂNCIA ECONÔMICA.
EMPRESA-VEÍCULO. ARTIFICIALIDADE DA • PAF 14367.720009/2014-08
OPERAÇÃO. AMORTIZAÇÃO. Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
IMPOSSIBILIDADE. (Fazenda)
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
ser possível a amortização de ágio interno, isto é, Data de julgamento: 12/09/2017
aquele gerado em decorrência de reorganização Data de formalização: 24/10/2017
societária realizada entre empresas controladas pelo Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO.
mesmo grupo econômico. Assim, os Conselheiros AUSÊNCIA DE CIRCULAÇÃO DE RIQUEZAS.
destacaram que para caracterização do ágio AUSÊNCIA DE CONFUSÃO PATRIMONIAL.
pressupõe a existência de efetivo desembolso, em AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
moeda ou bens, sendo que a transferência de ações Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não
dentro de um mesmo grupo econômico não ser possível a amortização de ágio interno, isto é,
materializa pagamento a maior, elemento essencial aquele gerado em decorrência de reorganização
à formação do ágio. Isso porque, os arts. 7º e 8º da societária realizada exclusivamente entre empresas
Lei nº 9.532/1997 referem-se ao ágio formado na controladas pelo mesmo grupo econômico. Isso
aquisição de investimento, sendo que só há falar em porque, segundo os Conselheiros, para o
aquisição se houver a presença de um terceiro aproveitamento fiscal do ágio é necessário a
independente, que é requisito necessário à formação concreção dos aspectos pessoal, que é a confusão
do preço (custo) do investimento, conforme nota patrimonial entre a real investidora e a investida, e
explicativa que acompanha a IN CVM nº 247/1996. material, que consiste no fundamento econômico
Ademais, destacaram que a utilização de empresa- para o pagamento da mais-valia, conforme disposto
veículo impede o aproveitamento posterior da mais- no art. 386 do RIR/1999 e nos arts. 7º e 8º da Lei nº
valia, uma vez que evidencia a artificialidade de 9.532/1997, o que não se verifica nas operações
operação realizada com a única finalidade de criar realizadas internamente, porquanto as empresas

Voltar ao sumário. 62
envolvidas estão submetidas ao mesmo controle 12.973/2014 inexistia vedação legal à amortização
acionário. Ademais, os Conselheiros destacaram fiscal do ágio gerado em operações entre empresas
que, em operações intragrupo, ainda que ocorra o controladas pelo mesmo grupo econômico, desde
efetivo pagamento em dinheiro na alienação, não que realizadas dentro de plenas condições de
haverá real circulação de riqueza, mas tão somente, mercado, com efetivo sacrifício econômico, como se
movimentação de patrimônio entre as empresas sob efetuadas com terceiros independentes, em
mesmo controle societário. Por fim, os Conselheiros observância ao princípio do arm’s lenght. Dessa
consignaram que a Orientação Técnica do Comitê de forma, segundo os Conselheiros, a dedutibilidade do
Pronunciamentos Contábeis CPC nº 02/2008 ágio interno está condicionada ao cumprimento dos
também afasta a possibilidade de reconhecimento requisitos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 9.532/1997 e do
do ágio interno. art. 20 do DL nº 1.598/1977 quais sejam: (i)
aquisição de investimento com efetivo dispêndio
• PAF 10882.723180/2014-81 econômico, em espécie ou não; (ii) confusão
Relator(a): Conselheiro Caio César Nader patrimonial entre investidora e investida; (iii)
Quintella (Contribuinte) proposito negocial; e (iv) alteração das posições
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª inicial e final das partes intervenientes. No caso
Câmara da 1ª Seção do CARF concreto, mantiveram a glosa referente ao ágio
Data de julgamento: 26/07/2017 interno, porquanto a sequência cronológica das
Data de formalização: 30/10/2017 operações realizadas pelo contribuinte demonstra a
Ementa: IRPJ. ÁGIO INTERNO. OPERAÇÃO ausência de fundamento econômico e artificialidade
FORA DOS PADRÕES DE MERCADO. AUSÊNCIA do ágio gerado, vez que não houve alteração das
DE SACRIFÍCIO ECONÔMICO. AMORTIZAÇÃO. posições inicial e final das partes envolvidas, bem
IMPOSSIBILIDADE. como não houve geração de riqueza nova decorrente
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu da aquisição participação societária, mas, tão
que até a edição da Lei nº 12.973/2014 inexistia somente, circulação de ativos dentro do grupo
vedação legal à amortização fiscal do ágio gerado em econômico. Noutro plano, os Conselheiros
operações entre empresas controladas pelo mesmo afirmaram não ser possível a amortização de ágio
grupo econômico, desde que realizadas dentro de gerado em operação em que o real investidor, isto é,
plenas condições de mercado, com efetivo sacrifício aquele que desembolsou o valor pago pela aquisição
econômico, como se efetuadas com terceiros com ágio, é pessoa jurídica domiciliada no exterior.
independentes, em observância ao princípio do Isso porque, nessa hipótese, não se concretiza a
arm’s lenght. Entretanto, no caso concreto, os confusão patrimonial entre investidora e investida,
Conselheiros destacaram que a artificialidade das requisito essencial à amortização da mais-valia.
operações efetuadas pelo contribuinte restou Nesse sentido, no caso concreto, mantiveram a glosa
demonstrada no próprio laudo que respaldou o de ágio decorrente de investimento estrangeiro,
custo de aquisição da transação, uma vez que os tendo em vista que restou ausente a confusão
auditores técnicos que o elaboraram expressamente patrimonial e o propósito negocial da operação, uma
consignaram que tal documento prestava-se vez que a real investidora, pessoa jurídica
somente a auxiliar na reestruturação societária, estrangeira, constituiu empresa-veículo no Brasil
sendo vedada sua utilização para qualquer outro com o fito exclusivo de gerar artificialmente uma
fim. Ademais, asseveraram que não houve, também, despesa amortizável. Por fim, os Conselheiros
alteração de controle societário nem sacrifício consignaram que os lucros auferidos por controlada
econômico nas operações, mas, tão somente, sediada na Argentina não se sujeitam à incidência da
variações meramente escriturais, sem circulação de CSLL, por força dos tratados contra a bitributação
riqueza ou ganho de capital, implicando, portanto, entre os dois países e do art. 11 da Lei nº
violação às condições de livre mercado, o que 13.202/2015. Dessa forma, no caso concreto,
impede a amortização fiscal do ágio, por força dos destacaram que a ausência de fundamentação pela
arts. 385 e 386 do RIR/1999. fiscalização acerca do efetivo oferecimento dos
valores à controladora brasileira e a respeito da
• PAF 16643.720041/2011-51 apuração do resultado da controlada estrangeira no
Relator(a): Conselheiro Roberto Caparroz de país tornam necessário o cancelamento da glosa.
Almeida (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª b) Empresa-veículo
Câmara da 1ª Seção do CARF
Data de julgamento: 19/09/2017 • PAF 16561.720059/2015-97
Data de formalização: 21/11/2017 Relator(a): Conselheiro Marcos Antonio
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO INTERNO. Nepomuceno Feitosa (Contribuinte)
PRINCÍPIO DO ARM’S LENGHT. Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
INOBSERVÂNCIA. AMORTIZAÇÃO. Câmara da 1ª Seção do CARF
IMPOSSIBILIDADE. ÁGIO DECORRENTE DE Data de julgamento: 17/05/2017
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO. REAL Data de formalização: 05/07/2017
INVESTIDOR DOMICILIADO NO EXTERIOR. Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. EMPRESA-
EMPRESA-VEÍCULO. AMORTIZAÇÃO. VEÍCULO. REQUISITOS PARA AMORTIZAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. CSLL. LUCROS AUFERIDOS CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE SIMULAÇÃO.
NO EXTERIOR. TRATADO INTERNACIONAL PROPÓSITO NEGOCIAL. POSSIBILIDADE.
BRASIL-ARGENTINA CONTRA BITRIBUTAÇÃO. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu ser
APLICABILIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. possível a amortização do ágio quando restarem
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, cumpridos os requisitos dos arts. 385 e 386 do
entendeu que antes da vigência da Lei nº RIR/1999, tais como o pagamento do valor

Voltar ao sumário. 63
equivalente à rentabilidade futura por incorporação aquisição de participação societária implica na
de ações e a inexistência de relação de dependência impossibilidade de amortização do ágio criado. Isso
entre as partes. Ademais, os Conselheiros porque, segundo os Conselheiros, a confusão
afirmaram que a suposta aparição de empresa- patrimonial entre a real investidora e a investida é
veículo não inviabiliza a amortização do ágio, uma requisito indispensável para a dedutibilidade da
vez que, como a liquidação da operação foi realizada amortização do ágio, de modo que somente a
com recursos próprios da incorporadora, não há que empresa que efetivamente suportou a aquisição do
se falar em simulação. Por fim, ressaltaram, diante investimento pode deduzir as despesas na apuração
do caso concreto, que não cabe à Administração do IRPJ e da CSLL. No caso concreto, afirmaram
analisar o propósito negocial com que as operações que a confusão patrimonial foi apenas aparente,
que ensejaram o ágio foram procedidas, tendo em visto que a investidora, cujo patrimônio se
vista que o ordenamento pátrio não veda a prática confundiu com o da investida por ocasião de
de atos lícitos que tenham como finalidade a incorporação reversa, não foi quem de fato incorreu
redução da carga tributária. no esforço para adquirir o investimento com ágio,
sendo, na verdade, empresa efêmera criada com o
• PAF 10480.729104/2013-21 simples propósito de concretizar a operação.
Relator(a): Conselheira Amélia Wakako Morishita
Yamamoto (Contribuinte) • PAF 19515.721836/2011-31
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo
Câmara da 1ª Seção do CARF (Fazenda)
Data de julgamento: 11/04/2017 Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Data de formalização: 07/07/2017 Data de julgamento: 04/07/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. EMPRESA-VEÍCULO. Data de formalização: 04/08/2017
INCORPORAÇÃO REVERSA. POSSIBILIDADE. Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. EMPRESA-VEÍCULO.
CUMPRIMENTO DOS DEMAIS REQUISITOS. “TRANSFERÊNCIA”. INEXISTÊNCIA DE
AMORTIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. DESCONTOS CONFUSÃO PATRIMONIAL. AMORTIZAÇÃO.
EM OPERAÇÕES DE EMPRÉSTIMOS. IMPOSSIBILIDADE.
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ART. 299 DO Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
RIR/1999. CARACTERIZAÇÃO DA NECESSIDADE. entendeu que a “transferência” do ágio, realizada via
POSSIBILIDADE. empresa-veículo, infringe o requisito da confusão
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o patrimonial e impede a amortização da mais-valia.
ordenamento jurídico não impede o uso de Isso porque, para os Conselheiros, a dedutibilidade
empresas-veículo visando a “transferência” de ágio, do ágio está restrita à empresa investidora, isto é,
de forma que dedutível da base de cálculo do IPRJ e aquela que efetivamente acreditou na mais-valia,
da CSLL a mais-valia transportada quando realizou os estudos de rentabilidade futura e
cumprido os demais requisitos legais, tais como desembolsou os recursos para a aquisição da
operação entre partes independentes e efetivo participação societária. Ademais, no caso concreto,
pagamento, calculado com base em parâmetros de ressaltaram que quando a empresa investida é
mercado e na rentabilidade futura da adquirida. Os controlada pela investidora, ocorre à confusão
Conselheiros destacaram que o art. 2º, § 3º, da Lei patrimonial aparente, na qual não faz cumprir o
nº 6.404/1976 autoriza criação de holdings com requisito legal necessário, e, portanto, não enseja a
único objetivo de aproveitar-se de benefícios fiscais, amortização do ágio.
razão pela qual não seria possível vislumbrar
qualquer vedação ao uso da empresa-veículo. • PAF 10600.720016/2014-31
Ademais, afirmaram que, nos termos dos arts. 7º e Relator(a): Conselheiro Luis Henrique Marotti
8º da Lei nº 9.532/1997, a amortização do ágio está Toselli (Contribuinte)
condicionada à confusão patrimonial entre Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
investidora e investida, sendo irrelevante se esse Câmara da 1ª Seção do CARF
requisito foi alcançado mediante incorporação às Data de julgamento: 25/07/2017
avessas, haja vista a inexistência de qualquer Data de formalização: 15/08/2017
vedação legal nesse sentido. Noutro prisma, os Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. EMPRESA-VEÍCULO.
Conselheiros afirmaram que, nos termos do art. 299 “TRANSFERÊNCIA”. INCORPORAÇÃO REVERSA.
do RIR/1999, a concessão de descontos em INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO. EFETIVO
operações de empréstimos configura despesa PAGAMENTO. OPERAÇÃO ENTRE PARTES
operacional, necessária e usual para instituições INDEPENDENTES. POSSIBILIDADE.
financeiras, de forma que legítima a dedução de tais Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
valores da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. utilização de empresa-veículo para “transferir” o
ágio não inviabiliza sua amortização, uma vez que
• PAF 16561.720053/2013-58 não somente inexiste vedação legal para tanto, mas
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo a própria Lei nº 9.532/1997 legitima o emprego
(Fazenda) dessas pessoas jurídicas. Nesse sentido, os
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Conselheiros ressaltaram que se restar demonstrado
Data de julgamento: 04/07/2017 que o ágio seria dedutível caso o contribuinte
Data de formalização: 04/08/2017 optasse por realizar a incorporação direta, a
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. EMPRESA-VEÍCULO. existência de sociedades efêmeras perde o condão de
CONFUSÃO PATRIMONIAL. AUSÊNCIA. afastar a dedutibilidade da mais-valia. Ademais, no
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. caso concreto, cancelaram o lançamento fiscal, haja
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, vista que a incorporação reversa se deu entre partes
entendeu que a utilização de empresa-veículo em independentes e houve o efetivo pagamento do

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sobrepreço fundado em rentabilidade futura, tributos, incorpora uma empresa lucrativa, com
afastando-se assim a hipótese de simulação arguida patrimônio líquido maior que sua incorporadora,
pelo Fisco. com o propósito de burlar a vedação contida no art.
33 do DL nº 2.341/1987, reproduzida no art. 514 do
• PAF 11516.721044/2015-78 RIR/1999. Noutro plano, quanto à autuação pela
Relator(a): Conselheiro José Carlos de Assis amortização indevida de ágio, a Turma, por maioria,
Guimarães (Fazenda) entendeu não ser possível deduzir a mais-valia
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª quando os documentos apresentados pelo
Câmara da 1ª Seção do CARF contribuinte não comprovem a rentabilidade futura
Data de julgamento: 20/09/2017 e nem as razões que motivaram a aquisição. Assim,
Data de formalização: 29/09/2017 no caso concreto, os Conselheiros destacaram que o
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. FUNDAMENTO fato de a legislação da época não exigir a forma
ECONÔMICO. EMPRESA-VEÍCULO. específica de laudo não dispensa a comprovação,
“TRANSFERÊNCIA”. FUNDO DE pelo contribuinte, mediante documentação técnica e
INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÃO (FIP). contemporânea à operação, das perspectivas de
AMORTIZAÇÃO. POSSIBILIDADE. rentabilidade futura que justificaram o sobrepreço
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu pago.
que o art. 20 do DL nº 1.598/1977 ao estabelecer
como fundamento econômico do ágio a expectativa d) Investimento estrangeiro
de rentabilidade da coligada ou controlada com base
em previsão dos resultados nos exercícios futuros, • PAF 16561.720194/2013-71
não faz distinção quanto à origem desses resultados. Relator(a): Conselheiro Demetrius Nichele Macei
Dessa forma, os Conselheiros afirmaram ser válido (designado para redação do acórdão) –
o ágio decorrente de investimento em sociedade (Contribuinte)
holding cuja expectativa de rentabilidade está nos Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
resultados de empresa operacional integralmente Câmara da 1ª Seção do CARF
controlada pela investida, não havendo, para tanto, Data de julgamento: 22/03/2017
necessidade de incorporação da empresa Data de formalização: 16/10/2017
operacional. Noutro plano, destacaram que a mera Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. INVESTIMENTO
utilização de empresa-veículo não tem o condão de ESTRANGEIRO. REAL INVESTIDOR
impossibilitar amortização do ágio regularmente DOMICILIADO NO EXTERIOR. EMPRESA-
gerado, nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº VEÍCULO. “TRANSFERÊNCIA”. AUSÊNCIA DE
9.532/1997. No caso concreto, consignaram que a CONFUSÃO PATRIMONIAL. AMORTIZAÇÃO.
utilização da empresa-veículo se justificou devido ao IMPOSSIBILIDADE.
fato de o real investidor ser um Fundo de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
Investimento em Participações (FIP) o qual é utilização de empresa-veículo, constituída por
impossibilitado, pela legislação brasileira, de pessoa jurídica estrangeira para “transferir” ágio
investir diretamente em sociedade de pago em outra operação societária, inviabiliza o
responsabilidade limitada, necessitando, por cumprimento dos requisitos dispostos nos arts. 7º e
conseguinte, de uma sociedade anônima, aberta ou 8º da Lei nº 9.532/1997 e, portanto, impede a
fechada, que lhe permitisse realizar o investimento amortização da mais-valia. Os Conselheiros
pretendido. afirmaram que para o aproveitamento posterior do
ágio, é imperiosa a existência de confusão entre o
c) Incorporação reversa patrimônio da empresa investida e do real
investidor, que deve ser domiciliado no Brasil.
• PAF 10830.016265/2010-91 Assim, no caso concreto, consignaram pela
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo impossibilidade de amortização do ágio, tendo em
(Fazenda) vista que a pessoa jurídica que desembolsou o valor
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF pago pela aquisição com sobrepreço estava situada
Data de julgamento: 08/08/2017 no exterior e constituiu empresa-veículo no país
Data de formalização: 05/09/2017 com a única finalidade de internalizar a mais-valia
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. INCORPORAÇÃO gerada em território internacional.
REVERSA. DEMONTRAÇÃO DE
RENTABILIDADE FUTURA. INEXISTÊNCIA. e) Requisitos para amortização
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
MOTIVAÇÃO EXCLUSIVAMENTE FISCAL. • PAF 16327.721552/2013-35
SIMULAÇÃO. DESCONSIDERAÇÃO DOS Relator(a): Conselheira Milene de Araújo Macedo
EFEITOS TRIBUTÁRIOS. POSSIBILIDADE. (Fazenda)
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
entendeu ser lícito ao Fisco desconsiderar a Câmara da 1ª Seção do CARF
operação de incorporação reversa realizada com o Data de julgamento: 16/05/2017
único intuito de aproveitar os prejuízos fiscais e Data de formalização: 03/07/2017
outros benefícios de que goze a pessoa jurídica Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. REQUISITOS PARA
incorporadora. Assim, os Conselheiros consignaram AMORTIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE LAUDO DE
que deve ser mantida a glosa de prejuízos fiscais e RENTABILIDADE FUTURA. IMPOSSIBILIDADE.
bases negativas da CSLL nas hipóteses de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu não
incorporação às avessas, quando uma empresa ser possível a amortização do ágio quando os laudos
extremamente deficitária, com patrimônio líquido apresentados não comprovam que o seu
reduzido, com o intuito de redução de pagamento de fundamento econômico foi à expectativa de

Voltar ao sumário. 65
rentabilidade futura. No caso concreto, os Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Conselheiros afirmaram que os laudos apresentados que o ágio amortizado contabilmente, na forma do
pelo contribuinte, ao invés de comprovarem a art. 391 do RIR/1999, não tem efeitos fiscais não
expectativa de rentabilidade futura das empresas repercutindo, portanto, no valor do ágio amortizável
adquiridas, demonstram que o ágio pago na após a extinção do investimento, em virtude de
operação teve como fundamento a precificação do incorporação, fusão ou cisão, conforme dispõe a IN
fundo de comércio dessas empresas, e, portanto, CVM nº 247/1997. Nesse sentido, os Conselheiros
afastaram a dedução da mais-valia. ressaltaram que as regras contidas nos arts. 386 e
391 do RIR/1999 não devem ser aplicadas
• PAF 16327.720387/2015-66 concomitantemente, visto que se tratam de
Relator(a): Conselheira Lívia de Carli Germano momentos totalmente distintos. No caso concreto,
(Contribuinte) consignaram que o contribuinte, de forma correta,
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª enquanto não extintos os investimentos, seguiu à
Câmara da 1ª Seção do CARF risca os preceitos do art. 391, parágrafo único, do
Data de julgamento: 21/06/2017 RIR/1999, uma vez que, ao amortizar,
Data de formalização: 08/08/2017 contabilmente, o ágio identificado, controlou as
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. REQUISITOS PARA contrapartidas, tendo adicionado ao lucro líquido os
AMORTIZAÇÃO. EQUIVALÊNCIA ENTRE O respectivos valores. Portanto, após a extinção do
VALOR PRATICADO E O VALOR DO LAUDO DE investimento por incorporação, fusão ou cisão,
EXPECTATIVA DE RENTABILIDADE FUTURA. tornou-se dedutível para fins fiscais o ágio gerado,
INEXIGIBILIDADE. ÁGIO AMORTIZADO de forma que acertada a aplicação do art. 386 do
CONTABILMENTE. POSSIBILIDADE. RIR/1999 nesse momento.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
para fins de amortização de ágio, o valor • PAF 16327.721108/2014-09
efetivamente praticado em uma operação de Relator(a): Conselheiro Marcos Antônio
incorporação não precisar ser igual ao do laudo de Nepomuceno Feitosa (Contribuinte)
expectativa de rentabilidade futura da empresa a ser Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
incorporada, bastando que o estudo apresentado Câmara da 1ª Seção do CARF
respalde o montante negociado na operação. Isso Data de julgamento: 16/08/2017
porque, para os Conselheiros, o numerário referente Data de formalização: 30/10/2017
ao ágio pago em uma operação de incorporação Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. REQUISITOS PARA
reporta-se não só à expectativa de rentabilidade AMORTIZAÇÃO. FUNDAMENTO ECONÔMICO.
futura da participação societária incorporada, como LAUDO DE RENTABILIDADE FUTURA.
ao próprio processo de negociação entre as PATRIMÔNIO EFETIVAMENTE ABSORVIDO.
empresas envolvidas. Assim, em relação ao caso UNIFORMIDADE DE CRITÉRIOS.
concreto, afirmaram que o valor praticado na DESCUMPRIMENTO. AMORTIZAÇÃO.
incorporação possuía respaldo no laudo IMPOSSIBILIDADE.
apresentado, fazendo com que, embora a mais-valia Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
paga fosse menor do que a expectativa de que é imprescindível a demonstração do
rentabilidade futura, fosse possível a amortização do fundamento econômico do ágio mediante laudo de
ágio. Ademais, consignaram que o fato de a empresa expectativa de rentabilidade futura que avalie
incorporada se caracterizar como holding não somente o patrimônio efetivamente absorvido na
implica que o ágio deva ser fundamentado no custo operação de reorganização societária, conforme art.
de seus ativos, isto é, no quanto valem as 20, § 3º, do DL nº 1.598/1977 . Ademais, os
participações societárias que a empresa possui, de Conselheiros afirmaram que, por força do art. 21 do
modo que o estudo apresentado deve demonstrar a DL nº 1.598/1977, os critérios adotados para a
expectativa de rentabilidade futura da própria avaliação do investimento devem ser uniformes, de
holding, mesmo que isso seja reflexo do sucesso dos modo que todos os elementos que compõem o valor
negócios de suas subsidiárias operacionais. Noutro final sejam amparados equitativamente. Dessa
plano, entenderam que o ágio pode ser deduzido da forma, no caso concreto, refutaram a validade do
base de cálculo do IRPJ e da CSLL ainda que tenha laudo de rentabilidade futura apresentado, que foi
já sido amortizado contabilmente, tendo em vista realizado para todo o conjunto de atividades da
que o legislador, ao estabelecer o tratamento pessoa jurídica investida, uma vez que (i) abrangeu
tributário para a mais-valia, não fez qualquer ativos e passivos que não foram absorvidos pela
diferenciação entre o ágio amortizado investidora; e (ii) não avaliou economicamente uma
contabilmente e aquele ainda não. parcela do patrimônio efetivamente adquirido.

• PAF 16327.720740/2014-27 • PAF 11516.721452/2014-49


Relator(a): Conselheiro Gustavo Guimarães da Relator(a): Conselheiro Demetrius Nichele Macei
Fonseca (Contribuinte) (Contribuinte) e Conselheiro Paulo Mateus Ciccone
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª (designado para redação do acórdão quanto à glosa
Câmara da 1ª Seção do CARF de despesas com amortização do ágio) – (Fazenda)
Data de julgamento: 16/08/2017 Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
Data de formalização: 20/10/2017 Câmara da 1ª Seção do CARF
Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. REQUISITOS PARA Data de julgamento: 15/08/2017
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE Data de formalização: 06/12/2017
CONCOMITÂNCIA NA APLICAÇÃO DOS ARTS. Ementa: IRPJ. CSLL. ÁGIO. REQUISITOS PARA
386 E 391 DO RIR/1999. AMORTIZAÇÃO. AMORTIZAÇÃO. FUNDAMENTO ECONÔMICO.
POSSIBILIDADE. VALOR DO INTANGÍVEL. AQUISIÇÃO DE

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MARCAS DE RENOME NACIONAL E FUNDO DE Relator(a): Conselheiro Demetrius Nichele Macei
COMÉRCIO. REGISTRO EM CONTRAPARTIDA À (Contribuinte)
CONTA DE ATIVO PERMANENTE. Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. Câmara da 1ª Seção do CARF
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. Data de julgamento: 20/06/2017
INTEGRALIZAÇÃO DE BEM IMÓVEL NO Data de formalização: 03/08/2017
CAPITAL SOCIAL DE EMPRESA LIGADA PARA Ementa: CSLL. BASE DE CÁLCULO. DESPESAS
POSTERIOR ALIENAÇÃO. AUSÊNCIA DE COM AMORTIZAÇÃO DO ÁGIO E MULTAS POR
PROPÓSITO NEGOCIAL. PROCEDIMENTO INFRAÇÃO. INDEDUTIBILIDADE. ESTENDIDA
LEGÍTIMO. PARA A CSLL A LEGISLAÇÃO FISCAL APLICÁVEL
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o NA APURAÇÃO DO IRPJ.
ágio pago com fundamento na aquisição de Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
intangíveis deve ser contabilizado em contrapartida que as despesas com amortização de ágio e multas
à conta de ativo permanente, não sujeita à regulatórias devem ser mantidas na base de cálculo
amortização, por força dos arts. 385, § 2º, III, e 386, da CSLL, uma vez que, nos termos do art. 28 da Lei
II, do RIR/1999. Isso porque, segundo os nº 9.430/1996, a legislação fiscal aplicável à
Conselheiros, apesar de estar acostado aos autos apuração da base tributável do IRPJ é extensível
laudo apontando para uma expectativa de para a CSLL. Os Conselheiros destacaram que tais
rentabilidade futura, é evidente que o interesse do tributos partem do mesmo lucro líquido e diferem
contribuinte no negócio originou-se da aquisição de somente pelas expressas adições e exclusões a que
marcas amplamente conhecidas no mercado de estão legalmente sujeitas. Assim, no caso concreto,
roupas e confecções, divulgadas por modelos afirmaram que não podem ser deduzidas as
internacionalmente famosas, bem como de pontos despesas com ágio, por não haver previsão legal para
comerciais tradicionais, impulsionadores de venda. tanto, tampouco as despesas com multas por
Noutro plano, quanto à falta de contabilização de infração, dada a indedutibilidade expressa nos arts.
ganho de capital apurado na alienação de bem do 56 e 57 da IN SRF nº 390/2004.
ativo permanente, consignaram que a integralização
de um imóvel no capital social de empresa do • PAF 16682.721151/2013-36
mesmo grupo econômico, a fim de transmitir sua Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
propriedade para que esta, optante pelo lucro (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
presumido, fizesse a venda do terreno a terceiro Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
interessado, caracterizou planejamento tributário Data de julgamento: 08/08/2017
abusivo. Para os Conselheiros, a operação não tinha Data de formalização: 24/10/2017
qualquer propósito negocial, tendo sido realizada Ementa: CSLL. BASE DE CÁLCULO. DESPESAS
apenas para que a autuada, sujeita ao lucro real, COM AMORTIZAÇÃO DO ÁGIO.
auferisse vantagens tributárias, devendo, assim, ser INDEDUTIBILIDADE. ESTENDIDA PARA A CSLL
mantida a glosa fiscal. A LEGISLAÇÃO FISCAL APLICÁVEL NA
APURAÇÃO DO IRPJ. NEUTRALIDADE DA
2. CSLL AVALIAÇÃO DO INVESTIMENTO.
POSSIBILIDADE.
a) Alíquota Resultado: A Turma, por maioria, entendeu ser
devida a adição do valor correspondente às despesas
• PAF 13805.004434/98-51 com amortização de ágio na apuração da base de
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura cálculo da CSLL, ainda que não ocorra a extinção do
(Fazenda) investimento. Isso porque, para os Conselheiros, o
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF disposto no DL nº 1.598/1977, cujo objetivo é
Data de julgamento: 10/08/2017 adaptar a legislação do IR às inovações introduzidas
Data de formalização: 31/08/2017 pela Lei nº 6.404/1976, deve ser aplicado também
Ementa: CSLL. ALÍQUOTA. SOCIEDADES para a CSLL, conforme determinado pelo art. 57 da
CORRETORAS DE SEGURO. INSTITUIÇÕES Lei nº 8.981/1995. Além disso, aduziram que a
FINANCEIRAS. EQUIPARAÇÃO. neutralidade da avaliação dos investimentos pelo
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, MEP em relação à CSLL está atrelada às disposições
entendeu que sociedades corretoras de seguros do art. 2º da Lei nº 7.689/1988, visto que nele há
estão sujeitas à alíquota de 23% para fins de previsão acerca da adição do resultado negativo e
cobrança da CSLL. Isso porque, segundo os exclusão do positivo decorrentes da avaliação de
Conselheiros, o art. 22, § 1º, da Lei nº 8.212/1991 é investimento pelo citado método. Por fim,
expresso ao equiparar tais sociedades às instituições consignaram que o art. 13 da Lei nº 9.249/1995
financeiras, fato que culmina na equiparação prevê expressamente quais são as despesas
também das alíquotas aplicáveis. Tal equiparação se indedutíveis tanto da base de cálculo do IRPJ
dá, segundo eles, pois o legislador quis estender a quanto da CSLL, incluindo-se, dentre delas, a
todas as pessoas jurídicas cuja constituição, despesa com ágio, vez que esta submete-se ao
organização, funcionamento e operações são regramento geral das despesas disposto no art. 47 da
fiscalizadas pela SUSEP, o mesmo tratamento Lei nº 4.506/1964.
conferido às instituições financeiras.
c) Benefício fiscal
b) Base de cálculo
• PAF 16327.003658/2003-81
• PAF 16682.720821/2011-35 Relator(a): Conselheiro Luís Flávio Neto
(Contribuinte)

Voltar ao sumário. 67
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF decidido na citada hipótese não vincula os
Data de julgamento: 04/10/2017 Conselheiros do CARF.
Data de formalização: 20/11/2017
Ementa: CSLL. BENEFÍCIO FISCAL. ART. 8º DA • PAF 16327.721346/2013-25
MP Nº 1.807/1999. NECESSIDADE DE Relator(a): Conselheiro José Eduardo Dornelas
RECOLHIMENTO DO TRIBUTO À ALÍQUOTA DE Souza (designado para redação do acórdão) –
18%. INEXISTÊNCIA. (Contribuinte)
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
que, para a fruição do benefício previsto no art. 8º Câmara da 1ª Seção do CARF
da MP nº 1.807/1999, não há necessidade de que o Data de julgamento: 16/05/2017
contribuinte tenha recolhido a CSLL à alíquota de Data de formalização: 07/07/2017
18%. Isso porque, segundo os Conselheiros, Ementa: CSLL. COISA JULGADA. EFICÁCIA DA
implicaria ofensa ao princípio da legalidade exigir o DECISÃO QUE EXIMIU O CONTRIBUINTE DA
adimplemento de requisitos não impostos pelo COBRANÇA DA CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA
legislador para a fruição da benesse. Dessa forma, PELA LEI Nº 7.689/1988. LEGISLAÇÃO
afirmaram que as instituições financeiras que SUPERVENIENTE. AUSÊNCIA DE SUBSTANCIAL
tiverem base de cálculo negativa e valores MODIFICAÇÃO NO ESTADO DE FATO OU DE
adicionados temporariamente ao lucro líquido, para DIREITO DO CONTRIBUINTE. IRRELEVÂNCIA
apuração da base de cálculo da CSLL, DA DECLARAÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE
correspondente aos períodos encerrados até DO TRIBUTO PELO STF EM CONTROLE
31/12/1998, poderão escriturar em seu ativo como CONCENTRADO. OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA
crédito compensável com débitos da mesma DO RESP 1.118.893/MG (REPETITIVO).
contribuição, o valor equivalente a 18% da soma Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as
daquelas parcelas, independentemente de terem reformas legislativas implementadas após a edição
recolhido o tributo à mesma alíquota. da Lei nº 7.689/1988 não modificaram a regra
matriz da CSLL, dispondo apenas sobre a alíquota, a
d) Coisa julgada base de cálculo e a forma de pagamento da
contribuição, de modo que não têm, assim, o condão
• PAF 10600.720020/2013-18 de fazer cessar, conforme preceitua o art. 505, I, do
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo CPC/2015, os efeitos da coisa julgada alcançada pelo
(Fazenda) contribuinte em face do manejo de ação individual
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF que reconheceu à inexistência de relação jurídico-
Data de julgamento: 07/06/2017 tributária com a União, no tocante à incidência
Data de formalização: 04/07/2017 desse tributo. Os Conselheiros ressaltaram que a
Ementa: CSLL. COISA JULGADA. EFEITOS posterior manifestação do STF, em sentido oposto à
CONTINUATIVOS. INCONSTITUCIONALIDADE decisão transitada em julgado, não altera os efeitos
DA LEI Nº 7.689/1988. ALTERAÇÃO NO ESTADO da res judicata, nos termos do entendimento
DE DIREITO. POSTERIOR DECLARAÇÃO DE assentado no REsp 1.118.893/MG, submetido ao
CONSTITUCIONALIDADE PELO STF. RESP rito dos recursos repetitivos. Nesse sentir,
1.118.893/MG (REPETITIVO). consignaram que a declaração de
INAPLICABILIDADE. INCIDÊNCIA. constitucionalidade da CSLL, por meio da ADI
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, 15/DF, não torna legítima a cobrança automática do
entendeu que a coisa julgada que afasta a cobrança tributo na hipótese do caso concreto, cujo comando
do tributo não produz mais efeitos quando da da sentença de mérito com trânsito em julgado não
alteração no estado de fato ou de direito do objeto da se limitou a um único exercício financeiro. Por fim,
decisão. Assim, os Conselheiros afirmaram que o os Conselheiros destacaram que o art. 62-A do
decisum que declarou a inconstitucionalidade da Lei RICARF determina a observância obrigatória dos
nº 7.689/1988 para afastar a cobrança de CSLL precedentes judiciais representativos da
deixou de produzir seus efeitos, haja vista os controvérsia, não podendo ser desconsiderada a
dispositivos legais que modificaram a matriz do decisão do STFJ enquanto inexistente decisão por
tributo e o posicionamento do STF na ADI 15/DF parte do STF submetida ao rito da repercussão geral.
para declarar a constitucionalidade da lei
referendada. Por fim, ressaltaram que o julgamento e) Lucros auferidos no exterior
do REsp 1.118.893/MG, submetido ao rito dos
recursos repetitivos, não afastou a limitação dos • PAF 16327.721149/2014-97
efeitos continuativos da coisa julgada, produzida na Relator(a): Conselheiro José Eduardo Dornelas
ADI 15/DF, uma vez que o STJ se manifestou, Souza (Contribuinte)
naquela oportunidade, apenas no sentido de que a Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
ADI não poderia retroagir para alcançar os fatos Câmara da 1ª Seção do CARF
geradores já ocorridos. Ademais, destacaram que o Data de julgamento: 20/06/2017
STJ analisou tão somente as Leis anteriores a 1993 Data de formalização: 07/08/2017
para concluir pela não modificação no estado de Ementa: CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
direito da coisa julgada que declarou a EXTERIOR. ACORDOS DE BITRIBUTAÇÃO.
inconstitucionalidade da CSLL, de forma que as Leis RETROATIVIDADE DO ART. 11 DA LEI Nº
nos 8.981/1995, 9.249/1995 e 9.316/1996, utilizadas 13.202/2015.
como fundamento para a lavratura do auto de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
infração analisado, não foram apreciadas pelos CSLL está incluída no escopo dos acordos de dupla
Ministros. Dessa forma, tendo em vista as diferenças tributação celebrados pelo Brasil,
fáticas dos casos julgados, concluíram que o independentemente do outro país contratante ou do

Voltar ao sumário. 68
período em que houver sido firmado o acordo. Isso financiamento da seguridade social, considera-se
porque, segundo os Conselheiros, o art. 11 da Lei nº empresa, por força do art. 15, I, da referida Lei, a
13.202/2015 possui conteúdo interpretativo e, sociedade que assume o risco da atividade
portanto, eficácia retroativa, de modo que os econômica, com fins lucrativos ou não. Ademais,
tratados internacionais contra a bitributação, afirmaram que, a despeito de não auferir lucro, mas
firmados pelo Brasil antes da vigência da CF/1988 e, superávits, o art. 2º da Lei nº 7.689/1988 prevê que
por conseguinte, antes da instituição da CSLL, a ela a base de cálculo da contribuição é o resultado do
se aplicam. Assim, no caso concreto, asseveraram exercício, tendo sido prevista no art. 5º da Lei nº
que o contribuinte corretamente excluiu da base de 10.426/2002 a isenção da CSLL, em relação a fatos
cálculo da CSLL os rendimentos auferidos dos juros geradores ocorridos a partir de 2002, somente para
de títulos da dívida soberana da Áustria, Dinamarca entidades fechadas de previdência complementar.
e Espanha. Por fim, os Conselheiros ainda afastaram, nos
termos da Súmula nº 730/STF, a hipótese de a
f) PLR imunidade constitucional conferida às instituições
de assistência social alcançar as entidades abertas de
• PAF 16327.720540/2013-93 previdência privada, dada a contraprestação dos
Relator(a): Conselheiro Guilherme Adolfo dos beneficiários para o custeio do sistema.
Santos Mendes (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª • PAF 10768.018466/2002-13
Câmara da 1ª Seção do CARF Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo
Data de julgamento: 27/07/2017 (designada para redação do acórdão) – (Fazenda)
Data de formalização: 26/10/2017 Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Ementa: CSLL. PLR. CARÁTER Data de julgamento: 13/09/2017
RETROSPECTIVO. DEDUTIBILIDADE DAS Data de formalização: 30/10/2017
DESPESAS NOS RESPECTIVOS PERÍODOS DA Ementa: CSLL. ENTIDADE FECHADA DE
OBRIGAÇÃO DE SEUS PAGAMENTOS. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. RESULTADO
DIFERIMENTO DO RECONHECIMENTO FISCAL DO EXERCÍCIO ANTERIOR A 31/12/2001.
E CONTÁBIL. IMPOSSIBILIDADE. SUJEIÇÃO PASSIVA. ISENÇÃO A PARTIR DA
Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou VIGÊNCIA DA LEI Nº 10.426/2002.
que a PLR possui caráter nitidamente retrospectivo, Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
ou seja, o trabalhador recebe por aquilo que entendeu que as receitas das entidades fechadas de
produziu em determinado período aquisitivo, previdência privada auferidas antes do ano-
devendo ser realizado o reconhecimento da despesa calendário de 2002 estão sujeitas à incidência da
nesse intervalo, sem diferimento para exercícios CSLL. Isso porque, para os Conselheiros, tais
futuros. No caso concreto, os Conselheiros pessoas jurídicas foram incluídas expressamente no
destacaram que o fato de o contribuinte estar rol de contribuintes disposto no art. 22, § 1º da Lei
obrigado a pagar a PLR aos seus empregados em nº 8.212/1991 e a isenção prevista no art. 5º da Lei
função do alcance de metas referentes a negociações nº 10.426/2002 somente produz efeitos a partir de
de operações de crédito não implica o 1º/01/2002. Dessa forma, afirmaram que antes da
condicionamento dessa incumbência ao efetivo mencionada Lei que instituiu o benefício fiscal, não
adimplemento das operações correlatas, ou a havia dispositivo legal que vedasse a tributação das
qualquer evento futuro, tendo em vista que a entidades fechadas de previdência privada,
aferição dos critérios qualitativos da PLR não pode tornando devida a incidência da CSLL sobre as
se dar em periodicidade “aberta”, a fim de que tais receitas auferidas previamente à sua vigência. Por
despesas sejam deduzidas no curso dos anos fim, no caso concreto, consignaram que a base de
subsequentes. cálculo da contribuição é o resultado do exercício,
independentemente se denominado lucro ou
g) Previdência complementar superávit, nos termos do art. 2º da Lei nº
7.689/1988.
• PAFs 19740.000056/2008-94 e
19740.720010/2010-18 3. IPI
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) a) Responsabilidade tributária
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 05/07/2017 • PAF 16004.720375/2013-12
Data de formalização: 24/10/2017 Relator(a): Conselheira Luciana Yoshihara
Ementa: CSLL. ENTIDADE ABERTA DE Arcangelo Zanin (Contribuinte)
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. AUSÊNCIA DE Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
FINALIDADE LUCRATIVA. ART. 22, § 1º, DA LEI Câmara da 1ª Seção do CARF
Nº 8.212/1991. SUJEIÇÃO PASSIVA. ISENÇÃO DO Data de julgamento: 12/04/2017
ART. 5º DA LEI Nº 10.426/2002 RESTRITA ÀS Data de formalização: 25/08/2017
ENTIDADES FECHADAS. Ementa: IPI. RESPONSABILIDADE
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, TRIBUTÁRIA. SÓCIO ADMINISTRADOR.
entendeu que as entidades abertas de previdência CONTADOR. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS
complementar, mesmo desprovidas de intuito INDEVIDOS. ESCRITURAÇÃO A MENOR. ATO
lucrativo, estão sujeitas à incidência da CSLL, PRATICADO COM INFRAÇÃO DE LEI. ART. 135, II
conforme disposto no rol do § 1º do art. 22 da Lei nº E III, DO CTN. SUJEITOS PASSIVOS
8.212/1991, confirmado pelo art. 72, III, dos ADCT. SOLIDÁRIOS.
Isso porque, segundo os Conselheiros, para

Voltar ao sumário. 69
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Data de formalização: 13/11/2017
que o sócio administrador da empresa autuada é Ementa: IRPJ. COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS
responsável solidário pela falta de recolhimento do PAGOS NO EXTERIOR. CONSULARIZAÇÃO.
IPI, em virtude da escrituração de valores inferiores POSSIBILIDADE.
aos destacados nas notas fiscais de saída emitidas, Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
bem como da redução do saldo devedor pela que tendo o contribuinte apresentado todos os
utilização de crédito não lastreado em documentos necessários ao aproveitamento do
documentação hábil e idônea, com o objetivo de imposto pago no exterior para fins de compensação
elidir o Fisco. Os Conselheiros destacaram que com o IRPJ devido no Brasil, havendo dúvidas
restou demonstrada, após o confronto das notas quanto à validade dos comprovantes de
fiscais com os registros contábeis, a prática de ato recolhimento do imposto no estrangeiro ante a
doloso em infração à lei, atraindo a aplicação dos ausência de consularização, é possível, em
arts. 124, I, e 135, III, do CTN. Outrossim, homenagem à busca pela verdade material, a
consignaram também a responsabilização do juntada posterior dos comprovantes devidamente
contador, porque, embora a assinatura dos livros consularizados, mesmo após a interposição do
fiscais faça parte do cotidiano do profissional, a recurso voluntário.
escrituração contábil a menor caracteriza sua
participação no ilícito, nos termos do art. 135, II, do b) Contrato de franquia
CTN.
• PAF 10830.725974/2012-22
4. IRPJ Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
(Fazenda)
a) Compensação Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 14/09/2017
• PAF 14033.000777/2008-67 Data de formalização: 05/10/2017
Relator(a): Conselheira Livia de Carli Germano Ementa: IRPJ. LUCRO PRESUMIDO. VENDA DE
(Contribuinte) MATERIAIS ADQUIRIDOS DA FRANQUEADORA
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª AOS FRANQUEADOS. VENDA EXCLUSIVA.
Câmara da 1ª Seção do CARF PERCENTUAL DE PRESUNÇÃO DO LUCRO 32%.
Data de julgamento: 17/10/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
Data de formalização: 10/11/2017 atividade de venda de materiais didáticos
Ementa: IRPJ. COMPENSAÇÃO. IMPOSTO adquiridos da franqueadora e repassados aos
PAGO NO EXTERIOR. REQUISITOS. franqueados de forma exclusiva, não pode ser
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu considerado como comércio atacadista de livros,
que a compensação do IR incidente sobre os lucros jornais e outras publicações (CNAE 4647802), para
auferidos no exterior com o IRPJ apurado no Brasil, fins de aplicação da alíquota de 8% do lucro
via de regra, está condicionada: (i) ao oferecimento presumido. No caso concreto, os Conselheiros
dos rendimentos obtidos no exterior à tributação no consignaram que para o contribuinte ser
regime do lucro real; (ii) à efetiva apuração do lucro enquadrado no referido CNAE, seria necessário que
em país estrangeiro e; (iii) ao reconhecimento do suas práticas não desatendessem o disposto no art.
documento relativo ao IR incidente no exterior pelo 39, IX, da Lei nº 8.078/1990, que dispõe que é
órgão arrecadador e pelo Consulado da Embaixada vedado ao fornecedor de produtos ou serviços
brasileira. Ademais, os Conselheiros afirmaram que recusar a venda de bens ou prestação de serviços,
a necessidade do efetivo pagamento do imposto no diretamente a quem se disponha a adquiri-los
exterior, previsto na IN SRF nº 213/2002, não se mediante pronto pagamento. Assim, afirmaram que,
restringe exclusivamente à sua quitação em espécie, não sendo a atividade do contribuinte,
admitindo-se também a compensação com créditos propriamente, a comercial simples vendedora de
do sujeito passivo perante o governo estrangeiro, materiais didáticos, está sujeita ao percentual de
desde que não tenham origem em incentivos fiscais presunção de 32%.
de qualquer natureza. Além disso, consignaram não
ser necessária a consularização dos documentos se o c) Dedutibilidade de despesas
imposto pago no exterior se destinar aos países
signatários da Convenção da Apostila, celebrada na • PAF 16327.720268/2014-22
Haia, bastando para estes, o apostilamento Relator(a): Conselheiro Milene de Araújo Macedo
realizado pelas autoridades apostilantes localizadas (Fazenda)
no país emissor do documento. Por fim, no caso Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
concreto, os Conselheiros permitiram a Câmara da 1ª Seção do CARF
compensação do IR pago no Paraguai, Portugal, Data de julgamento: 19/09/2017
Reino Unido e parte do imposto saldado na Data de formalização: 14/11/2017
Alemanha, enquanto que, por falta de observância Ementa: IRPJ. DEDUÇÃO DE DESPESAS.
dos requisitos, vetaram a compensação no que tange CONTRATO DE MÚTUO. DESCARACTERIZAÇÃO
ao Chile, EUA, Ilhas Cayman e Áustria. DE OFÍCIO PELO FISCO. NATUREZA
REMUNERATÓRIA. DESPESA OPERACIONAL.
• PAF 16327.720527/2012-53 DEDUTIBILIDADE. COMPENSAÇÃO DE IRRF
Relator(a): Conselheiro Luis Fabiano Alves SOBRE RENDIMENTOS REMETIDOS ÀS
Penteado (Contribuinte) SUCURSAIS. POSSIBILIDADE.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Câmara da 1ª Seção do CARF que os valores contabilizados como empréstimos,
Data de julgamento: 20/09/2017 porém reclassificados pelo Fisco como natureza

Voltar ao sumário. 70
remuneratória são despesas operacionais dedutíveis ART. 327 DO RIR/1999. AMORTIZAÇÃO.
na apuração do lucro real. Nesse sentido, no caso POSSIBILIDADE.
concreto, os Conselheiros consignaram que os Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
valores pagos aos empregados, em contrato de que, nos termos do art. 309, § 3°, do RIR/1999, o
mútuo, após serem considerados pelo Fisco como de método das unidades produzidas (MUP) é
natureza remuneratória para incidência de IRRF, de plenamente aplicável ao setor petroleiro para fins de
igual forma, devem ser reconhecidos como despesas determinação do índice de depreciação e
com remuneração, dedutíveis na apuração do lucro amortização de ativo único, devendo os gastos serem
real. Noutro plano, afirmaram que a compensação deduzidos a partir do efetivo início das atividades de
de IRRF sobre os rendimentos remetidos às filiais e produção e exploração da área. No caso concreto, os
sucursais de pessoa jurídica domiciliada no Brasil, Conselheiros entenderam que os gastos
com o lucro real da matriz no Brasil é permitida relacionados à exploração incorrem em ativo
desde que (i) a beneficiária dos valores remetidos diferido para amortização posterior e compõem o
pela pessoa jurídica domiciliada no Brasil tiver ativo de um único bem, aplicando-se o MUP ao caso.
domicílio em paraísos fiscais ou com tributação Ademais, entenderam que, com relação aos gastos
favorecida e (ii) os resultados da filial, sucursal, relativos a bônus de assinatura, é possível a
coligada ou controlada sejam computados na amortização destes nos termos do art. 327 do
determinação do lucro real da pessoa jurídica RIR/1999, ou seja, considerando todo o período em
domiciliada no Brasil. Ademais, destacaram que a que houver reservas de petróleo e gás a serem
mera utilização de agente intermediário localizado produzidos e vendidos.
no exterior responsável pelo pagamento e
recebimento das transações realizadas fora do país f) Fundo de investimento
não descaracteriza as remessas efetuadas pela
pessoa jurídica domiciliada no Brasil à beneficiária • PAF 16561.720159/2014-32
que tenha domicílio em paraísos fiscais. Relator(a): Conselheira Livia De Carli Germano
(Contribuinte)
d) Depreciação acelerada incentivada Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Câmara da 1ª Seção do CARF
• PAF 10835.720015/2014-32 Data de julgamento: 15/08/2017
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura Data de formalização: 26/10/2017
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) Ementa: IRPJ. FUNDO DE INVESTIMENTO
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF EXCLUSIVO. ENTIDADE NÃO TRANSPARENTE.
Data de julgamento: 09/05/2017 DESCONSIDERAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. AUTO
Data de formalização: 08/08/2017 DE INFRAÇÃO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTO.
Ementa: IRPJ. DEPRECIAÇÃO ACELERADA Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
INCENTIVADA. LAVOURA DE CANA-DE- que o tratamento dispensado pela CVM aos fundos
AÇÚCAR. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA de investimento exclusivos não influencia no
DE PRODUÇÃO DE FRUTOS. EXAUSTÃO. tratamento tributário de tais ativos, vez que este é
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, dado pela legislação tributária. Nessa esteira, os
entendeu que os dispêndios para a formação de Conselheiros afirmaram que na legislação tributária
lavoura de cana-de-açúcar estão sujeitos à exaustão, há todo um regramento relativo à tributação dos
e não à depreciação, de forma que não podem ser investimentos em cotas de fundos estabelecendo,
objeto do benefício da depreciação acelerada da ainda, quando estes serão considerados aplicações
atividade rural. Os Conselheiros afirmaram que as em renda fixa ou renda variável. Ademais,
culturas contabilizadas no ativo permanente, que consignaram que a legislação tributária trata os
possibilitam mais de uma colheita, estão sujeitas à fundos de investimento exclusivos como entidades
depreciação quando são caracterizadas como não transparentes, de forma que somente poder-se-
frutíferas, ou seja, a extração e o aproveitamento ia tributar o cotista pelos rendimentos do fundo na
econômico não comprometem a existência da planta. hipótese de este não existir de fato, isto é, não passar
Nesse sentido, afirmaram que os dispêndios na de uma simulação absoluta. Por fim, no caso
formação de culturas canavieiras, as quais concreto, destacaram que o auto de infração carece
importam em sacrifício do próprio recurso natural de fundamento fático e jurídico, porquanto
em cada colheita, esgotando-se após alguns ciclos desconsiderou a existência do fundo ao fundamento
produtivos, estão sujeitos à exaustão. de que ativos que o compunham eram diretamente
detidos pela empresa contribuinte, de forma as
e) Depreciação do ativo imobilizado aplicações financeiras teriam sido por ela realizadas.
Destarte, comprovada a existência do fundo,
• PAF 12448.724947/2014-43 entenderam não subsistir o lançamento baseado em
Relator(a): Conselheira Amélia Wakako Morishita dispositivo que determina a indedutibilidade do
Yamamoto (Contribuinte) excesso de perdas em relação aos ganhos nas
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª operações de renda variável.
Câmara da 1ª Seção do CARF
Data de julgamento: 16/05/2017 g) Ganho de capital
Data de formalização: 03/07/2017
Ementa: IRPJ. DESPESAS. DEPRECIAÇÃO E • PAF 19647.002407/2005-17
AMORTIZAÇÃO. MUP. ATIVO ÚNICO. DEDUÇÃO. Relator(a): Conselheiro Luis Henrique Marotti
INÍCIO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO. GASTOS Toselli (Contribuinte)
COM EXPLORAÇÃO. BÔNUS DE ASSINATURA. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Câmara da 1ª Seção do CARF

Voltar ao sumário. 71
Data de julgamento: 15/05/2017 nos termos do art. 41 do ADCT, o benefício fiscal
Data de formalização: 26/07/2017 referente à alíquota de IRPJ, previsto no art. 1º do
Ementa: IRPJ. GANHO DE CAPITAL. DL nº 2.413/1988, aplicável ao lucro decorrente de
ALIENAÇÃO DE INVESTIMENTOS ADQUIRIDOS exportações incentivadas, mas apenas majorou para
COM ÁGIO. EXCLUSÃO DA MAIS-VALIA NA 18% a alíquota incidente enquanto não findo o prazo
COMPOSIÇÃO DO LUCRO TRIBUTÁVEL. NÃO de dois anos contados da promulgação da CF/1988.
COMPROVAÇÃO DA NEUTRALIDADE FISCAL Segundo os Conselheiros, quisesse o legislador
DO ÁGIO. INCIDÊNCIA. RECOLHIMENTO DO confirmar o benefício fiscal o faria de modo explícito
VALOR INTEGRAL DECLARADO EM DIPJ. e não apenas mediante majoração de sua alíquota.
COMPENSAÇÃO DE CRÉDITO DE IRRF. VALOR Ademais, consignaram que cessam os efeitos da
DE ESTIMATIVA. PAGAMENTO. COMPROVAÇÃO. coisa julgada que verse sobre relações jurídicas de
ÔNUS DO CONTRIBUINTE. trato continuado a partir do momento em que
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, sobrevenha alteração na situação jurídica aplicável
não restando comprovada a adição das despesas àquela relação. No caso concreto, os Conselheiros
com amortização de ágio, para fins de concreção de afirmaram que a decisão judicial, transitada em
sua neutralidade fiscal, é incabível a exclusão da julgado, que amparava o contribuinte ao
mais-valia no momento da apuração do ganho de recolhimento de IRPJ à alíquota de 18% sobre o
capital na alienação da participação societária. lucro de suas exportações incentivadas de minerais
Além disso, os Conselheiros consignaram que cabe abundantes pautou-se apenas no disposto na Lei nº
ao contribuinte comprovar o pagamento do valor 8.034/1990, sendo certo que, com a edição da Lei nº
integral de IRPJ declarado em DIPJ, caso contrário, 9.249/1995, que estabeleceu alíquota de 15% com
é pertinente sua cobrança com os devidos possível adicional de 10%, a coisa julgada em favor
acréscimos legais. No mesmo sentido, afirmaram do contribuinte deixou de produzir efeitos. Noutro
que o contribuinte deve comprovar a retenção de plano, a Turma, por maioria, entendeu pela
IRRF e o recolhimento de valor de estimativa para impossibilidade de dedução dos royalties pagos aos
que a dedução e a compensação de tais valores não sócios da pessoa jurídica, nos termos do art. 353, I,
sejam glosadas. do RIR/1999, amparado pelo art. 71, parágrafo
único, “d”, da Lei nº 4.506/1964. Para os
h) Incentivos fiscais Conselheiros, não há nenhuma restrição no texto
legal do conceito de sócio para abarcar apenas
• PAF 10830.005455/2004-34 aqueles que sejam pessoas físicas.
Relator(a): Conselheiro Leonardo Luis Pagano
Gonçalves (Contribuinte) i) Lucro da exploração
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
Câmara da 1ª Seção do CARF • PAF 13502.721207/2014-16
Data de julgamento: 18/05/2017 Relator(a): Conselheiro Caio Cesar Nader
Data de formalização: 06/07/2017 Quintella (Contribuinte)
Ementa: IRPJ. INCENTIVO FISCAL. PEDIDO DE Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
REVISÃO DE ORDEM DE EMISSÃO DE Câmara da 1ª Seção do CARF
INCENTIVO FISCAL (PERC). REGULARIDADE Data de julgamento: 20/06/2017
FISCAL. COMPROVAÇÃO DURANTE TODO O Data de formalização: 03/08/2017
CURSO DO PROCESSO. SUMÚLA Nº 37/CARF. Ementa: IRPJ. LUCRO DA EXPLORAÇÃO.
POSSIBILIDADE. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu DESTINAÇÃO DO NUMERÁRIO À
que, para fins de concessão de benefício fiscal, o REMUNERAÇÃO DOS TITULARES DA
contribuinte tem direito de comprovar sua COMPANHIA. EXCLUSÃO DO CÁLCULO DE QUE
regularidade fiscal, por meio da apresentação da TRATA O ART. 19 DO DL Nº 1.598/1977. VENDA
DIPJ, durante todo o curso da discussão DE SUCATA. INCLUSÃO. RECUPERAÇÃO DE
administrativa do processo, conforme disposto na CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS. INCLUSÃO.
Súmula nº 37/CARF. Dessa forma, os Conselheiros Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
afirmaram que, no caso concreto, o Pedido de que os valores provenientes de subvenção de
Revisão de Ordem de Emissão de Incentivo Fiscal investimento, independentemente de sua
(PERC) deve ser acolhido, visto que existe destinação, encontram-se abarcados no conceito de
documentação apta a comprovar a inexistência de “outras receitas e outras despesas” empregado pelo
débitos pendentes do contribuinte. art. 19, III, do DL nº 1.598/1977, devendo ser
excluídos do cálculo do lucro da exploração da
• PAF 10600.720046/2016-17 empresa, cujo instituto consiste em um método para
Relator(a): Conselheiro Carlos Cesar Candal o isolamento e a extração dos resultados da
Moreira Filho (designado para redação do acórdão) atividade do contribuinte sujeita a um benefício
– (Fazenda) objetivo. Os Conselheiros destacaram que, até ser
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª revogado, havia determinação expressa no art. 182,
Câmara da 1ª Seção do CARF § 1º, “d”, da Lei nº 6.404/1976 para que o montante
Data de julgamento: 17/10/2017 referente à subvenção para investimento fosse
Data de formalização: 27/11/2017 registrado na conta do capital social (patrimonial),
Ementa: IRPJ. INCENTIVO FISCAL. LEI Nº de modo que não havia preceito para sua adição ao
7.988/1989. REVOGAÇÃO. ROYALTIES PAGOS A resultado. Contudo, ressaltaram que, com o advento
SÓCIO. PESSOA JURÍDICA. INDEDUTIBILIDADE. da Lei nº 11.638/2007 e suas alterações contábeis,
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, esses valores passaram a transitar pelo resultado das
entendeu que a Lei nº 7.988/1989 não confirmou, empresas e a compor a base de cálculo dos

Voltar ao sumário. 72
dividendos obrigatórios, mesmo sendo indesejada nº 10.101/2000. Ademais, decidiram pela
sua tributação, tendo em vista que a finalidade do impossibilidade de recomposição da base de cálculo
Poder Público ao conceder o incentivo era de IRPJ para aproveitamento do saldo negativo
justamente capitalizar a empresa. Assim, os apurado no ano-calendário objeto do presente
Conselheiros afirmaram que a Lei nº 11.941/2009 lançamento, vez que já fora objeto de PER/DCOMP
alterou a redação do art. 19, III, do DL nº 1.598/1977, entregue pela empresa antes do início da
de “resultados não operacionais” para “outras fiscalização. Por fim, a Turma, por voto de
receitas e outras despesas”, estritamente para qualidade, ressaltou que a sucessora da pessoa
adequar a legislação tributária aos novos critérios de jurídica autuada não pode ser responsabilizada pela
contabilidade, mantendo-se fora do lucro multa fiscal lançada após a incorporação, tendo em
operacional do contribuinte, inclusive após a edição vista que sua responsabilidade está restrita aos
da Lei nº 11.638/2011, as receitas que não estão tributos não pagos pela sucedida, conforme disposto
efetivamente vinculadas ao desempenho mercantil no art. 132 do CTN, alcançando-lhe somente a pena
das suas atividades. Ademais, entenderam que, aplicada antes do ato sucessório, pois, nesta
mesmo destinados à distribuição de lucros aos hipótese, representaria um passivo da sociedade
sócios, a natureza jurídica desses recursos não se incorporada.
transmuta em subvenção de custeio, tampouco se
reveste de receita operacional, podendo apenas ser • PAF 16682.720059/2010-14
adicionados ao lucro líquido, conforme disposto no Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
art. 18, IV, da Lei nº 11.941/2009. Por fim, no (Fazenda)
tocante aos valores provenientes de venda de sucata, Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
os Conselheiros consignaram que, no caso concreto, Data de julgamento: 04/10/2017
a autoridade concedente do benefício redutor do Data de formalização: 30/10/2017
IRPJ tratou da produção de um composto (o Ementa: IRPJ. PLR. AUSÊNCIA DE
polietileno) e, portanto, abarcou o subproduto REPRESENTAÇÃO SINDICAL NA NEGOCIAÇÃO
decorrente da sua comercialização, cujas receitas ENTRE EMPREGADOR E EMPREGADOS.
devem compor o lucro da exploração. Outrossim, SUPRIDA POR POSTERIOR ARQUIVAMENTO DO
registraram que o valor da recuperação de créditos ACORDO PELO SINDICATO. DEMAIS
de ICMS, oriundos das operações mercantis REQUISITOS DA LEI Nº 10.101/2000
incluídas no benefício, representa uma CUMPRIDOS. DEDUTIBILIDADE DAS
recomposição do resultado percebido (pois a adição DESPESAS.
do imposto anula a despesa anterior), devendo Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
integrar a receita bruta operacional, nos termos do que a ausência de participação do sindicato no
art. 392, II, do RIR/1999. acordo que tratou da remuneração aos empregados
a título de PLR não é suficiente para afastar a
j) PLR dedutibilidade dessas despesas, nos termos do art.
299 do RIR/1999. Isso porque, segundo os
• PAF 16327.001291/2006-12 Conselheiros, a entidade sindical foi devidamente
Relator(a): Conselheira Luciana Yoshihara comunicada das reuniões e, ciente, optou por não
Arcangelo Zanin (Contribuinte) e Conselheiro Luiz enviar representante ao evento (alegando
Rodrigo de Oliveira Barbosa (designado para discordância quanto à forma de eleição da comissão
redação do acórdão quanto à recomposição da base e de negociação da PLR), deixando, ainda, de
de cálculo) – (Fazenda) recursar o arquivamento do acordo celebrado,
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª mesmo em face da alegada divergência com o
Câmara da 1ª Seção do CARF procedimento adotado pelo empregador. Dessa
Data de julgamento: 25/01/2017 forma, consignaram que, cumpridos os demais
Data de formalização: 07/08/2017 requisitos previstos na Lei nº 10.101/2000, o ato de
Ementa: IRPJ. PLR. DISTRIBUIÇÃO AOS concordância do sindicato com o termo formalizado,
DIRETORES. DESOBEDIÊNCIA ÀS CONDIÇÕES supre o seu não comparecimento.
ESTABELECIDAS EM ACORDO TRABALHISTA.
INDEDUTIBILIDADE DAS DESPESAS. SALDO • PAF 16682.720122/2012-76
NEGATIVO DE IRPJ UTILIZADO PARA Relator(a): Conselheiro Luis Henrique Marotti
COMPENSAÇÃO COM TRIBUTOS Toselli (designado para redação do acórdão) –
ADMINISTRADOS PELA RFB. (Contribuinte)
APROVEITAMENTO EM LANÇAMENTO FISCAL Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
QUE APUROU FATO GERADOR DO IMPOSTO. Câmara da 1ª Seção do CARF
IMPOSSIBILIDADE. RESPONSABILIDADE DA Data de julgamento: 21/09/2017
SUCESSORA. MULTA FISCAL LANÇADA APÓS A Data de formalização: 27/11/2017
INCORPORAÇÃO. INEXISTÊNCIA. Ementa: IRPJ. PLR. PAGAMENTOS FEITOS A
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, ESTAGIÁRIOS. EXISTÊNCIA DE REGRAS
nos termos do art. 463 do RIR/1999, a PLR paga aos CLARAS. DEDUTIBILIDADE.
diretores do contribuinte não pode ser deduzida do Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
lucro líquido. No caso concreto, a fiscalização existindo regras claras e objetivas que fixam o
provou, segundo os Conselheiros, que os direito do trabalhador a PLR, além de cumpridos os
beneficiários exerciam função administrativa, demais requisitos legais, não há que se falar em
mesmo tendo sido contratados como empregados, glosa das despesas incorridas a este título, assim, a
de modo que a glosa dessas despesas justifica-se, exigência de outras condições, não veiculadas no
suficientemente, pelo descumprimento dos texto legal, como a necessidade de pagamentos
requisitos estabelecidos nos arts. 2º e 3º, § 1º, da Lei uniformes e comprovação individual de fórmula

Voltar ao sumário. 73
matemática de suporte, extrapola os limites legais, para o lucro real. Os Conselheiros afirmaram que
razão pela qual deve ser desconsiderada. Ademais, não houve revogação do art. 390 do RIR/1999 em
os Conselheiros consignaram que os pagamentos face do art. 4º da Lei nº 9.959/2000, pois este é
feitos a estagiários no bojo do programa de PLR, utilizado na hipótese de reavaliação espontânea dos
ainda que questionável em face da restrição legal de bens do ativo da própria pessoa jurídica, não
que os beneficiários devem ser empregados, devem havendo incompatibilidade entre as normas
ser tratados para fins fiscais como pagamentos mencionadas. Dessa forma, no caso concreto,
remuneratório de trabalho, constituindo gasto entenderam pela procedência da tributação
necessário e, portanto, dedutível da base de cálculo realizada pela fiscalização, pois o contribuinte não
do IRPJ. adicionou ao lucro real o valor das reservas de
reavaliação reflexas, utilizadas para fins de aumento
k) Royalties do capital social.

• PAF 10600.720019/2013-93 b) Compensação de prejuízos fiscais


Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) • PAF 10882.002471/2009-74
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Relator(a): Conselheiro Fernando Brasil de
Data de julgamento: 10/05/2017 Oliveira Pinto (Fazenda)
Data de formalização: 12/07/2017 Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
Ementa: IRPJ. ROYALTIES. CESSÃO DO Câmara da 1ª Seção do CARF
DIREITO DE EXPLORAR RESERVAS MINERAIS. Data de julgamento: 18/05/2017
INDEDUTIBILIDADE. REGISTROS CONTÁBEIS Data de formalização: 06/07/2017
NEGADOS APÓS O INÍCIO DA FISCALIZAÇÃO. Ementa: IRPJ. CSLL. COMPENSAÇÃO DE
PROIBIÇÃO DE COMPORTAMENTO PREJUÍZOS FISCAIS. TRAVA DOS 30%. FUSÃO
CONTRADITÓRIO. DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA. APLICAÇÃO DO
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, LIMITE LEGAL.
afirmou que os valores pagos pelo contribuinte a Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que é
uma sócia pessoa jurídica foram registrados na aplicável a limitação de 30% do lucro real, prevista
contabilidade da cedente e da cessionária como nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.065/1995, para
royalties decorrentes da exploração de direitos compensação de prejuízos fiscais e bases negativas
minerários e, portanto, são indedutíveis na da CSLL, mesmo na hipótese de extinção da pessoa
determinação do lucro real, conforme previsto no jurídica em razão de operação de fusão. Os
art. 353 do RIR/1999. Os Conselheiros destacaram Conselheiros destacaram que não há qualquer
que o fato de a empresa alegar, após ser submetida exceção legal à trava, de modo que, sendo o
a auditoria fiscal, que os pagamentos possuem aproveitamento um benefício fiscal, não é permitido
natureza de custo de aquisição incorre em venire afastar a regra geral, no último período de apuração
contra factum proprium, vez que contraria seus da empresa a ser incorporada, sem expressa
próprios assentamentos contábeis, violando, assim, disposição na lei.
o princípio da boa-fé. Por fim, registraram que tais
pagamentos, mesmo se fossem considerados • PAF 16682.721073/2014-51
consequência da transferência definitiva da Relator(a): Conselheiro Flávio Franco Corrêa
titularidade dos direitos minerários, não poderiam (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
ser deduzidos como despesa, mas sim “ativados” Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
para submissão às regras de amortização ou Câmara da 1ª Seção do CARF
exaustão previstas em lei. Data de julgamento: 16/05/2017
Data de formalização: 25/08/2017
5. IRPJ & CSLL Ementa: IRPJ. CSLL. DESPESA. COBERTURA DE
DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA
a) Base de cálculo PRIVADA COMPLEMENTAR. TRATAMENTO DE
PREJUÍZO FISCAL. IMPOSSIBILIDADE.
• PAF 13116.722035/2011-17 RECONHECIMENTO DA DESPESA. REGIME DE
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo COMPETÊNCIA.
(designado para redação do acórdão) - (Fazenda) Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF não é possível reconhecer como prejuízo fiscal a
Data de julgamento: 03/07/2017 despesa, relacionada ao reconhecimento de dívidas,
Data de formalização: 27/09/2017 assumida para cobrir déficit previdenciário de
Ementa: IRPJ. CSLL. BASE DE CÁLCULO. entidade fechada de previdência privada
RESERVA DE REAVALIAÇÃO REFLEXA. USO complementar. Os Conselheiros afirmaram que tais
PARA AUMENTO DO CAPITAL SOCIAL. ART. 390 despesas constituem pagamentos decorrentes de
DO RIR/1999. APLICABILIDADE. obrigação contratada, e não prejuízo fiscal, que
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, ocorre quando as despesas superam as receitas.
entendeu que a reserva de reavaliação reflexa, Desse modo, os Conselheiros aduziram que os
contabilizada como resultado do aumento do valor valores, por configurarem despesas, submetem-se
do patrimônio líquido de uma coligada ou ao regime de competência, para fins de seu
controlada (reflexo do MEP), em razão de esta ter aproveitamento fiscal, assim, o contribuinte deveria
reavaliado bens de seu ativo, tem tratamento ter escriturado no ano de 2000, no momento em que
tributário definido no art. 390 do RIR/1999, não se reconheceu devedora ao assinar o contrato de
cabendo à aplicação do disposto no art. 4º da Lei nº dívida, e não no ano de 2009 como prejuízo fiscal.
9.959/2000, pois esta apresenta uma regra geral

Voltar ao sumário. 74
• PAF 13502.720796/2014-15 Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rego
Relator(a): Conselheiro Luís Fabiano Alves (designada para redação do acórdão) – (Fazenda)
Penteado (Contribuinte) Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Data de julgamento: 14/09/2017
Câmara da 1ª Seção do CARF Data de formalização: 30/10/2017
Data de julgamento: 26/07/2017 Ementa: IRPJ. CSLL. COMPENSAÇÃO DE
Data de formalização: 26/09/2017 PREJUÍZOS FISCAIS. TRAVA DOS 30%. CISÃO
Ementa: IRPJ. CSLL. COMPENSAÇÃO DE TOTAL DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA.
PREJUÍZOS FISCAIS. BASE DE CÁLCULO APLICAÇÃO DO LIMITE LEGAL.
NEGATIVA. UTILIZAÇÃO PARA LIQUIDAÇÃO DE Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
PASSIVOS TRIBUTÁRIOS. INOCORRÊNCIA DO entendeu que, mesmo na hipótese de extinção da
FATO GERADOR. MP Nº 470/2009. pessoa jurídica por cisão total, é aplicável o limite de
POSSIBILIDADE. 30% do lucro líquido para compensação de prejuízos
TRAVA DOS 30%. FUSÃO DA SOCIEDADE fiscais e bases negativas da CSLL, conforme disposto
EMPRESÁRIA. APLICAÇÃO DO LIMITE LEGAL. nos arts. 15 e 16 da Lei nº 9.065/1995. Isso porque,
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a segundo os Conselheiros, não há previsão legal que
utilização de prejuízo fiscal, para pagamento de permita qualquer exceção à trava, ainda que o
débitos em programa especial de parcelamento e diferimento da compensação resulte na
anistia instituído pela MP nº 470/2009, não impossibilidade da utilização dos saldos
constitui fato gerador do IRPJ e da CSLL, razão pela acumulados, como ocorre no caso de encerramento
qual não pode ser tributado. Os Conselheiros das atividades da empresa. Ressaltaram que, na
destacaram que a utilização do prejuízo fiscal, para qualidade de benefício fiscal, o aproveitamento de
fins de compensação com lucros futuros, é um prejuízos encontra-se restrito às condições fixadas
direito líquido e certo e não uma mera expectativa na lei.
de direito, pois, na apuração de lucros, poderá o
contribuinte deduzir deste o valor do saldo de c) Dedutibilidade de despesas
prejuízo fiscal apurado em períodos passados,
assim, ocorrerá uma simples recomposição • PAF 16561.720147/2014-16
patrimonial e não de um acréscimo, este sim fato Relator(a): Conselheiro Luiz Augusto de Souza
gerador do IRPJ e da CSLL. Assim, os Conselheiros Gonçalves (Fazenda)
consignaram que a MP nº 470/2009, não criou um Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
novo direito para o contribuinte ao permitir a Câmara da 1ª Seção do CARF
utilização de prejuízo fiscal para o pagamento de Data de julgamento: 17/05/2017
débitos junto ao Fisco, ela apenas facilitou e Data de formalização: 06/07/2017
antecipou a utilização do prejuízo, ampliando o rol Ementa: IRPJ. CSLL. DEDUÇÃO DE DESPESAS.
de utilização deste. DEBÊNTURES. PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS.
EMPRESAS RELACIONADAS. AUSÊNCIA DE
• PAFs 13819.001384/2009-51 e CAPITALIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
13819.000644/2009-71 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO ABUSIVO.
Relator(a): Conselheiro Roberto Silva Júnior FALTA DE PROPÓSITO NEGOCIAL.
(Fazenda) REMUNERAÇÃO.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Câmara da 1ª Seção do CARF que a emissão de debêntures, quando adquiridas por
Data de julgamento: 17/08/2017 parte relacionada com remuneração indexada ao
Data de formalização: 09/10/2017 lucro da pessoa jurídica em patamar elevadíssimo e
Ementa: IRPJ. CSLL. COMPENSAÇÃO DE sem a efetiva capitalização da debenturista, possui
PREJUÍZOS FISCAIS. SOCIEDADE EM CONTA DE como único objetivo a redução da carga tributária
PARTICIPAÇÃO. SÓCIO OSTENSIVO. SUJEITO mediante as deduções que tal planejamento permite.
DE DIREITO. POSSIBILIDADE. RESTRIÇÕES À Os Conselheiros destacaram que, no caso concreto,
COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS. houve apenas troca de uma dívida por outra, visto
INAPLICABILIDADE. que a empresa que emitiu as debêntures era
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu devedora da adquirente dos títulos, o que, mais uma
que o sócio ostensivo detém o direito de compensar vez, reforçaria a intenção do contribuinte com a
o saldo negativo do IRPJ e da CSLL proveniente da operação. Nesse sentido, salientaram que a
Sociedade em Conta de Participação (SCP). Isso operação, embora dentro da legalidade,
porque, segundo os Conselheiros, a SCP não tem caracterizava um abuso de direito, não podendo ser
personalidade jurídica e, portanto, o sócio ostensivo oponível, então, ao Fisco. Assim, glosaram as
é o sujeito de direito que assume as obrigações e os despesas lançadas com o pagamento da
créditos perante terceiros, assim, o direito creditório remuneração e dos prêmios relacionados às
da SCP passa a ser do sócio ostensivo, quando este, debêntures emitidas. Ademais, diante da operação
tendo incorporado o sócio participante, o sucede em realizada pelo contribuinte, os Conselheiros
direitos e obrigações. Assim, no caso concreto, a mantiveram a responsabilidade solidária da
aquisição do capital do sócio oculto pelo ostensivo empresa adquirente dos títulos, com fundamento no
evidenciou ainda mais sua qualidade de titular do art. 124 do CTN, por entenderem que ela pactuou
direito, sendo possível a compensação do saldo com a estrutura formalmente lícita arquitetada.
negativo.
• PAF 13896.002592/2007-93
• PAF 19515.001969/2010-14 Relator(a): Conselheira Daniele Souto Rodrigues
Amadio (Contribuinte) e Conselheira Adriana

Voltar ao sumário. 75
Gomes Rêgo (designada para redação do acórdão os arts. 374 e 375 do RIR/1999. No caso concreto, os
quanto à indedutibilidade das despesas com Conselheiros destacaram que o Fisco não
debêntures e quanto à adição na base de cálculo da demonstrou que os empréstimos feitos não foram
CSLL) – (Fazenda) direcionados para a atividade da empresa, o que
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF impediria a dedutibilidade de seus encargos
Data de julgamento: 05/07/2017 financeiros, ele apenas se limitou a desqualificar a
Data de formalização: 27/09/2017 necessidade dos empréstimos a partir da presunção
Ementa: IRPJ. CSLL. DESPESAS. EMISSÃO DE simples de que seriam desnecessários, uma vez que
DEBÊNTURES. NORMALIDADE, NECESSIDADE o contribuinte possuía créditos junto a pessoas
E USUALIDADE. DESCUMPRIMENTO. ligadas. Noutro plano, em relação à alegação de
EMPRESAS LIGADAS. 70% DO LUCRO PAGO AOS distribuição disfarçada de lucro, em razão da
DEBENTURISTAS. OPERAÇÃO FORA DOS alienação de bem a pessoa ligada por valor inferior
PADRÕES DE MERCADO. INDEDUTIBILIDADE. ao de mercado, os Conselheiros consignaram que
CSLL. BASE DE CÁLCULO. DESPESAS NÃO houve erro na indicação da data do fato gerador,
DEDUTÍVEIS. ADIÇÃO. POSSIBILIDADE. IRRF. sendo que a alienação das cotas ocorreu em período
EXIGIBILIDADE. RETENÇÃO DE anterior ao exercício apontado no lançamento,
RECOLHIMENTO. INAPLICABILIDADE. devendo, assim, ser cancelada a exigência.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que as despesas com o pagamento de • PAF 16682.722967/2015-49
debêntures são indedutíveis da base de cálculo do Relator(a): Conselheiro José Carlos de Assis
IRPJ e da CSLL se não forem observados os Guimarães (Fazenda)
requisitos de normalidade, necessidade e Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
usualidade do título de crédito. Isso porque, para os Câmara da 1ª Seção do CARF
Conselheiros, a pessoa jurídica emissora e os Data de julgamento: 18/10/2017
debenturistas não podem ser empresas ligadas e a Data de formalização: 30/11/2017
participação nos lucros deve respeitar o teto de 10% Ementa: IRPJ. CSLL. DESPESAS. ART. 416 DO
previsto no art. 46, § 2º, da Lei nº 6.404/1976. Dessa RIR/1999. ATIVIDADE INDUSTRIAL
forma, no caso concreto, ressaltaram que houve a PETROLÍFERA. DESENVOLVIMENTO DE
violação dos padrões de mercado, tendo em vista JAZIDAS DE PETRÓLEO. DEDUTIBILIDADE.
que as debêntures foram emitidas em favor dos POSSIBILIDADE.
sócios da empresa emissora, com taxa de Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
remuneração indexada em 70% do lucro líquido. que as despesas previstas no art. 12 do DL nº
Ademais, os Conselheiros destacaram que 62/1966, veiculadas posteriormente no art. 416 do
considerando que a base de cálculo da CSLL, assim RIR/1999, como sendo dedutíveis da base de cálculo
como do IRPJ, partem do lucro líquido para o de IRPJ e CSLL de empresa petrolífera abrangem
cálculo dos tributos, assim, a apuração da CSLL deve também aquelas incorridas na etapa de
seguir o disposto no art. 299 do RIR/1999, dessa desenvolvimento das jazidas de petróleo, apesar de
forma, as despesas não dedutíveis para fins de IRPJ, a literalidade dos dispositivos se referir às despesas
devem também compor a base de cálculo da CSLL, com “prospecção e extração”. Isso porque, segundo
por força concomitante do art. 28 da Lei nº os Conselheiros, todos os dispositivos legais
9.430/1996, do art. 57 da Lei nº 8.981/1995 e do art. existentes antes da Lei nº 9.478/1997
13 da Lei nº 9.249/1995. Por fim, a Turma, por contemplavam apenas essas duas fases, prospecção
maioria, entendeu que afastando a natureza de e extração, quando se referiam a toda a atividade
remuneração de debêntures dedutíveis, deixa de ser industrial petrolífera, inclusive à fase de
cabível a incidência de IRRF sobre a operação, desenvolvimento das jazidas, de modo que o art. 416
podendo ser abatidos os valores recolhidos pelo do RIR/1999 não seria diferente. Assim, afastou-se
contribuinte da exigência fiscal. o entendimento da Nota Técnica COSIT nº 8/2014
de que nunca teria havido autorização legislativa
• PAF 19515.722584/2013-29 para a dedução das referidas despesas com
Relator(a): Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho desenvolvimento. Ademais, consignaram que a
Machado (Fazenda) própria Lei nº 9.478/1997, ao descrever o processo
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª industrial petrolífero de modo mais especificado,
Câmara da 1ª Seção do CARF incluiu as atividades de desenvolvimento das jazidas
Data de julgamento: 26/07/2017 na fase de produção do petróleo, ou seja, sendo
Data de formalização: 13/10/2017 incontroversa a dedutibilidade dos gastos na fase de
Ementa: IRPJ. CSLL. DESPESAS. CONTRATO DE produção, reafirmou a dedutibilidade das despesas
EMPRÉSTIMO. EXISTÊNCIA DE CRÉDITO COM com desenvolvimento. Os Conselheiros ressaltaram,
EMPRESA LIGADA. DESPESA OPERACIONAL. com fulcro no art. 26-A do Decreto nº 70.235/77 e
CARACTERIZAÇÃO. DEDUTIBILIDADE. na Súmula nº 2/CARF, que a autoridade
DISTRIBUIÇÃO DISFARÇADA DE LUCRO. ERRO administrativa não pode exercer o controle
NA INDICAÇÃO DA DATA DO FATO GERADOR. constitucionalidade do art. 416 do RIR/1999,
CANCELAMENTO. devendo presumi-lo constitucional e, portanto,
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu aplicá-lo. Por fim, consignaram que tal
que o fato do contribuinte possuir crédito junto a entendimento só foi possível pelos fatos serem
empresas ligadas não é suficiente para caracterizar anteriores à edição da MP nº 795/2017, que revogou
como desnecessária a contratação de empréstimo e, o art. 12 do DL nº 62/1966, base legal do art. 416 do
em consequência, os encargos financeiros dele RIR/1999.
decorrente como despesas para fins de dedução da
base de cálculo do IRPJ e da CSLL, conforme dispõe • PAF 12448.720485/2010-61

Voltar ao sumário. 76
Relator(a): Conselheira Daniele Souto Rodrigues empreendidos exclusivamente na produção. Isso
Amadio (Contribuinte) porque, segundo os Conselheiros, em tal hipótese,
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF deve ser aplicado o benefício fiscal da depreciação
Data de julgamento: 13/09/2017 acelerada, instituído pelo art. 6º da MP nº 2.159-
Data de formalização: 06/11/2017 70/2001, a todos os bens ativáveis, exceto quando se
Ementa: IRPJ. CSLL. DEDUÇÃO DE DESPESAS. tratar de terra nua. Ademais, no caso concreto,
PAGAMENTO DE PLR. APLICAÇÃO DO ART. 299, entenderam que assim como os bens empregados –
§ 3º DO RIR/1999. POSSIBILIDADE. sejam eles os veículos, máquinas e implementos
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os agrícolas –, também fazem jus ao benefício fiscal os
valores pagos a título de PLR, independente do custos destinados aos canaviais em formação, visto
cumprimento dos requisitos previstos na Lei nº que estes não estão sujeitos à exaustão, mas sim à
10.101/2002, podem ser deduzidos da base de depreciação.
cálculo do IRPJ e da CSLL por configurarem
despesas operacionais. Isso porque, nos termos do e) Desmutualização
art. 299, § 3º, do RIR/1999, todas as gratificações
pagas aos empregados estão abarcadas pelo conceito • PAF 19740.720017/2010-21
de despesas operacionais necessárias à atividade da Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
empresa e à manutenção de sua fonte produtora e, (designado para redação do acórdão) - (Fazenda)
existindo escrituração e comprovação das referidas, Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
podem ser deduzidas no cálculo da receita da pessoa Data de julgamento: 09/08/2017
jurídica. Data de formalização: 24/10/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. DESMUTUALIZAÇÃO DA
• PAF 10882.721304/2014-93 BM&F E DA BOVESPA. CISÃO.
Relator(a): Conselheiro Abel Nunes de Oliveira IMPOSSIBILIDADE. DEVOLUÇÃO DE
Neto (Fazenda) PATRIMÔNIO. DIFERENÇA ENTRE O RECEBIDO
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª E O VALOR DAS QUOTAS. RECEITA.
Câmara da 1ª Seção do CARF INCIDÊNCIA.
Data de julgamento: 20/09/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
Data de formalização: 23/11/2017 processo de desmutualização da BM&F Bovespa não
Ementa: IRPJ. CSLL. DEDUÇÃO DE DESPESAS. se tratou de uma cisão, pois tal instituto, nos termos
CONCESSÃO DE EMPRÉSTIMO. RECUPERAÇÃO do art. 1.113 do CC/2002, não é aplicável às
DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. ALIENAÇÃO DE associações sem fins lucrativos, mas tão somente às
AÇÕES. IMPOSSIBILIDADE. sociedades empresárias. Assim, os Conselheiros
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os afirmaram que, na hipótese, ocorreu uma devolução
valores entregues à empresa controlada para de patrimônio aos titulares de cotas, sendo possível
saneamento de patrimônio líquido negativo não afirmar que, por força do art. 17 da Lei nº
podem ser considerados dedutíveis quando de sua 9.532/1997, a diferença entre o valor recebido e a
baixa como perda, por se configurar operação de quantia entregue para formação do patrimônio da
aporte de capital em controlada. No caso concreto, associação deve sofrer a incidência do IRPJ e da
os Conselheiros entenderam que não constitui CSLL. Por fim, os Conselheiros afastaram a
receita tributável do contribuinte o valor obtido aplicação do MEP para reavaliação da quantia
junto ao fundo garantidor para cobrir o patrimônio entregue para a formação do patrimônio da
negativo de sua instituição financeira. Isso porque, associação, uma vez que, nos termos da Lei n°
para os Conselheiros, tal operação configura ato 6.404/1976, tal método é utilizado tão somente para
semelhante a aporte de capital do sócio. Por essa reavaliação de ativos em outras empresas, coligada
razão, afirmaram que a despesa realizada como ou controlada, o que não é o caso da BM&F Bovespa,
contrapartida a este aporte, em verdade, configura que apresenta natureza jurídica totalmente diversa,
perda, não podendo ser deduzida conforme dispõe o sendo incompatível a aplicação da Lei nº
art. 340, § 6º, do RIR/1999. 6.404/1976, com o regime jurídico das associações.

d) Depreciação acelerada incentivada f) Ganho de capital

• PAF 15956.720097/2014-62 • PAF 16539.720008/2014-61


Relator(a): Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho
Machado (Fazenda) • PAF 10880.721439/2014-79
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Relator(a): Conselheiro Carlos César Candal
Câmara da 1ª Seção do CARF Moreira Filho (Fazenda)
Data de julgamento: 16/05/2017 Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Data de formalização: 17/07/2017 Câmara da 1ª Seção do CARF
Ementa: IRPJ. CSLL. DEPRECIAÇÃO Data de julgamento: 21/09/2017
ACELERADA INCENTIVADA. ART. 6º DA MP Nº Data de formalização: 06/11/2017
2.159-70/2001. ATIVIDADE RURAL. CUSTOS E Ementa: IRPJ. CSLL. GANHO DE CAPITAL.
INVESTIMENTOS PARA PRODUÇÃO. BENS INCORPORAÇÃO DE AÇÕES. TRANSFERÊNCIA
EMPREGADOS. CANAVIAIS EM FORMAÇÃO. DE TITULARIDADE. EXISTÊNCIA DE
APLICABILIDADE. ALIENAÇÃO. AUMENTO PATRIMONIAL. SUB-
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as ROGAÇÃO. INCOMPATIBILIDADE COM O
empresas atuantes no meio rural podem deduzir da INSTITUTO DA INCORPORAÇÃO DE
base de cálculo do IRPJ e da CSLL o valor integral PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA. INCIDÊNCIA.
referente a todos os custos e investimentos

Voltar ao sumário. 77
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. JOINT
que a operação de incorporação de ações, por VENTURE. CONTRATO DE INVESTIMENTO.
envolver a transferência de titularidade jurídica, PAGAMENTO DE BONIFICAÇÃO VIA NOTA
possui natureza de alienação, e, portanto, o aumento PROMISSÓRIA. VINCULAÇÃO AO
patrimonial decorrente dela deve ser considerado CUMPRIMENTO DO NEGÓCIO PACTUADO.
como ganho de capital, e compor a base de cálculo SÚMULA Nº 258/STJ. OBRIGAÇÃO CAMBIÁRIA
do IRPJ e da CSLL. Ademais, os Conselheiros ILÍQUIDA. REGISTRO EM CONTA DO ATIVO
afirmaram que na incorporação de ações não é FINANCEIRO. ILICITUDE. DEDUÇÃO DAS
possível ter uma sub-rogação legal, pois as decisões DESPESAS REFERENTES À VARIAÇÃO CAMBIAL
das pessoas jurídicas envolvidas, tomadas por PASSIVA. IMPOSSIBILIDADE.
maioria e na forma da lei, são imprescindíveis ao Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
instituto. Desse modo, no caso concreto, que as notas promissórias de titularidade do
ressaltaram que não deve ser admitida a tese do contribuinte estavam vinculadas ao contrato de
contribuinte de que a empresa incorporadora se investimento que criou uma joint venture para
sub-roga nos direitos da incorporada por haver otimizar o processamento de cartões de crédito e,
apenas a substituição do titular da participação por serem inexigíveis à época de sua emissão e
societária. Isso porque, segundo os Conselheiros, registro, nos termos da Súmula nº 258/STJ, não
trata-se de hipótese de alienação, compreendendo a poderiam ter sido registradas em contas de ativo
transferência da titularidade e a tributação em razão realizável a longo prazo, tampouco deduzidas
do ganho de capital decorrente da diferença contábil quaisquer despesas referentes à baixa dos créditos
entre as ações adquiridas e as alienadas. ali estampados (quando da novação da dívida). Isso
porque, segundo os Conselheiros, o vencimento da
• PAF 10600.720011/2015-99 obrigação cambiária estava associado ao
Relator(a): Conselheiro Daniel Ribeiro Silva cumprimento das condições do contrato de
(Contribuinte) e Conselheiro Luiz Rodrigo de investimento, que exigia a migração de todas as
Oliveira Barbosa (designado para redação do contas de cartão havidas pelos bancos reunidos no
acórdão quanto à imputação de responsabilidade empreendimento, por um volume estimado, em um
tributária aos sócios administradores) – (Fazenda) prazo de 36 meses. Desse modo, destacaram que a
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª nota promissória emitida para garantir o pagamento
Câmara da 1ª Seção do CARF do bônus de produtividade contemplado pelo
Data de julgamento: 16/08/2017 próprio contrato não goza de autonomia, sendo o
Data de formalização: 21/11/2017 predito crédito ilíquido quando da formalização da
Ementa: IRPJ. CSLL. GANHO DE CAPITAL. saída de uma das instituições financeiras do negócio
ALIENAÇÃO DE DIREITO MINERÁRIO pactuado, tendo em vista que a obrigação somente
REGISTRADO NO DNPM. CLASSIFICAÇÃO se tornaria exigível quando cumpridas as metas
CONTÁBIL NO ATIVO PERMANENTE. estabelecidas no instrumento contratual. Por fim, os
NATUREZA JURÍDICA NÃO OPERACIONAL. Conselheiros consignaram que, mesmo
INCIDÊNCIA. RESPONSABILIDADE considerando havida a novação da dívida após a
TRIBUTÁRIA. SÓCIOS. IMPOSSIBILIDADE. repactuação do crédito, a redução dos valores
SÓCIOS ADMINISTRADORES. POSSIBILIDADE. esperados também não autoriza quaisquer deduções
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu por parte do contribuinte, a título de variação
que as receitas decorrentes da alienação de direito monetária passiva, vez que as perdas eram
minerário registrado junto ao DNPM, em razão da concernentes à mera expectativa de direito que, por
atividade de compra e venda de direito minerário sua iliquidez, não pode causar impactos nos
não constar no objeto social do contribuinte, resultados, para exigência dos créditos tributários
possuem natureza jurídica não operacional e, de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.
portanto, sujeitam-se à tributação nos moldes do
art. 25 da Lei nº 9.430/1996. No caso concreto, h) Juros sobre o capital próprio
afirmaram que, no momento da compra e venda do
direito minerário, a pessoa jurídica não exercia • PAF 16327.721155/2014-44
qualquer tipo de atividade, não havendo assim que Relator(a): Conselheiro Fernando Brasil de
se admitir a hipótese de uma receita operacional. Oliveira Pinto (designado para redação do acórdão)
Noutro plano, por voto de qualidade, os –(Fazenda)
Conselheiros entenderam que os sócios Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
administradores da empresa, em razão da sua Câmara da 1ª Seção do CARF
participação direta e efetiva na operação, devem Data de julgamento: 10/04/2017
permanecer no polo passivo da autuação, conforme Data de formalização: 06/07/2017
dispõe o art. 135, III, do CTN. Ementa: IRPJ. CSLL. JCP. OMISSÃO DE
RECEITAS. USUFRUTO DE AÇÕES.
g) Joint venture TITULARIDADE. USUFRUTUÁRIO. NÃO
AUFERIÇÃO DE RENDA PELO NUA-
• PAF 19311.720728/2013-07 PROPRIETÁRIA. APLICAÇÃO DO CC/2002 E DA
Relator(a): Conselheiro Gustavo Guimarães da LEI Nº 6.404/1976. INCIDÊNCIA SOBRE O NU-
Fonseca (Contribuinte) PROPRIETÁRIO. IMPOSSIBILIDADE.
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
Câmara da 1ª Seção do CARF nos termos dos arts. 1.390 a 1.394 do CC/2002 e do
Data de julgamento: 26/07/2017 art. 205 da Lei nº 6.404/1976, os rendimentos
Data de formalização: 05/10/2017 provenientes de JCP produzidos pelas participações
societárias, em que tenha sido objeto de usufruto,

Voltar ao sumário. 78
são de titularidade do usufrutuário. Dessa forma, os empresa brasileira não possui vínculo societário
Conselheiros afirmaram inexistir relação jurídico- com a controlada indireta e, consequentemente, não
tributária que obrigue a nua-proprietária a proceder participa de seus lucros, razão pela qual faz-se
ao recolhimento de IRPJ e de CSLL, não podendo necessário a consolidação na empresa ligada, sob
ele sofrer autuação de omissão de receitas, uma vez pena de ignorar seus resultados. Ademais, no caso
que sequer auferiu rendimentos de JCP. concreto, os Conselheiros verificaram que, apesar de
consolidados nos ditames legais, as controladas
• PAFs 11080.724352/2014-31 e diretas auferiram prejuízos, o que acarretou a não
16327.720944/2014-68 disponibilização de recursos à empresa brasileira, e,
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo por conseguinte, não havendo que se falar em
(Fazenda) tributação.
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 13/09/2017 • PAF 16561.720098/2012-41
Data de formalização: 03/10/2017 Relator(a): Conselheiro Fernando Brasil de
Ementa: IRPJ. CSLL. JCP. DESPESAS. REGIME Oliveira Pinto (designado para redação do acórdão)
DE COMPETÊNCIA. APROVEITAMENTO EM – (Fazenda)
EXERCÍCIO POSTERIOR. REQUISITOS. Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
DELIBERAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO NO Câmara da 1ª Seção do CARF
EXERCÍCIO CORRESPONDENTE. Data de julgamento: 16/05/2017
DESCUMPRIMENTO. INDEDUTIBILIDADE. Data de formalização: 10/07/2017
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
entendeu que é inadmissível a dedução de JCP EXTERIOR. TRATADO BRASIL-ARGENTINA
calculados sobre as contas de patrimônio líquido de CONTRA A BITRIBUTAÇÃO. ART. 74 DA MP Nº
anos-calendário anteriores. Isso porque, tais 2.158-35/2001. COMPATIBILIDADE.
despesas submetem-se às regras gerais de INEXISTÊNCIA DE DIVIDENDOS PRESUMIDOS.
contabilização de despesa, obedecendo, por INCIDÊNCIA.
conseguinte, o regime de competência, nos termos Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
do art. 177 da Lei nº 6.404/1976. Nesse sentido, os entendeu que, nos termos do art. 74 da MP nº 2.158-
Conselheiros destacaram que as despesas com JCP 35/2001, a tributação no Brasil dos lucros auferidos
devem ser confrontadas com as receitas que formam por controlada sediada na Argentina não viola os
o lucro do período, isto é, têm de estar tratados contra a bitributação entre os dois países.
correlacionadas com as receitas obtidas no período Isso porque, segundo os Conselheiros, os acordos
que se deu a utilização do capital dos sócios. Assim, internacionais não impedem a incidência do IRPJ e
acrescentaram que é possível o pagamento posterior da CSLL sobre os lucros auferidos pela controladora
de JCP, conforme art. 1º da IN SRF nº 41/1998, brasileira em função dos resultados de suas
desde que a despesa tenha sido reconhecida e controladas no exterior, uma vez que essa renda se
contabilmente registrada no ano-calendário refere tão somente ao reflexo do lucro estrangeiro na
correspondente ao que foi utilizada para o cômputo empresa local, nos exatos termos de sua
dos JCP, em contrapartida à conta de passivo, que participação societária. Ademais, os Conselheiros
represente obrigação perante os sócios para afastaram a tese de que estaria a legislação
pagamento futuro. No caso concreto, consignaram, tributando uma espécie de dividendos presumidos,
ainda, que tendo o contribuinte deliberado em 2010 pois (i) há diversas situações em que os lucros
o pagamento de JCP referente aos anos-calendário devem ser destinados a pessoas distintas dos sócios;
de 1998 a 2009, não há sequer falar em JCP, uma (ii) existe a possibilidade de compensação pela
vez que não se estaria remunerando o capital empresa residente do imposto pago sobre o lucro
próprio, mas capital de outrem, tendo em vista que pela empresa não residente, para resguardar que
os sócios/acionistas não permaneceram os mesmos não ocorra a bitributação econômica; (iii) inexiste
durante todo esse período. dispositivo legal que garanta que se houver a
distribuição de dividendos posteriormente, estes
i) Lucros auferidos no exterior deixarão de ser tributados.

• PAF 16643.720008/2012-11 • PAF 16561.720057/2011-74


Relator(a): Conselheira Amélia Wakako Morishita Relator(a): Conselheiro Roberto Caparroz de
Yamamoto (Contribuinte) Almeida (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Câmara da 1ª Seção do CARF Câmara da 1ª Seção do CARF
Data de julgamento: 17/05/2017 Data de julgamento: 21/06/2017
Data de formalização: 07/07/2017 Data de formalização: 31/07/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
EXTERIOR. CONTROLADAS INDIRETAS. EXTERIOR. TRATADO BRASIL-EQUADOR
INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO SOCIETÁRIO. CONTRA A BITRIBUTAÇÃO. ART. 74 DA MP Nº
CONSOLIDAÇÃO NA CONTROLADA DIRETA. 2.158-35/2001. COMPATIBILIDADE.
PREJUÍZOS AUFERIDOS. NÃO INCIDÊNCIA. INCIDÊNCIA.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
que os lucros auferidos pela controlada indireta não entendeu que, nos termos do art. 74 da MP nº 2.158-
podem compor a base de cálculo do IRPJ e da CSLL 35/2001, os tratados internacionais não impedem a
sem que antes sejam consolidados no balanço da incidência do IRPJ e da CSLL sobre o resultado
controlada direta, conforme art. 74, § 6º, da MP nº reconhecido na contabilidade da contribuinte
2.158-35/2001. Isso porque, para os Conselheiros, a brasileira em razão de lucros auferidos por suas

Voltar ao sumário. 79
controladas no exterior. Isso porque, para os quando seu período de apuração ocorra em exercício
Conselheiros, não está se tributando o lucro da social que não coincida com o ano fiscal nacional.
empresa estrangeira, mas sim o seu reflexo na Diante disso, os Conselheiros afirmaram que o
pessoa jurídica brasileira, na exata proporção de sua período em que os lucros das investidas foram
participação societária, de forma que inaplicáveis os apurados no exterior não é relevante para a
referidos tratados, haja vista que sua função se legislação tributária local, mas tão somente se tais
resume a impedir que um Estado tribute a renda rendimentos, uma vez já apurados, foram, na data
auferida por residente do outro país. Quanto à de seu balanço no exterior, disponibilizados à
legalidade do citado art. 74, ressaltaram que este controladora e tributados no Brasil na data prevista
fora editado dentro dos limites do art. 43 do CTN tão no ordenamento brasileiro. Assim, não é permitido
somente para evitar que as empresas posterguem o à Fiscalização alterar arbitrariamente as datas de
reconhecimento de resultados apurados no exterior, apuração dos lucros obtidos no exterior,
cuja tributação deva ocorrer no Brasil, não direcionando-as ao dia 31 de dezembro, uma vez que
padecendo, então, de qualquer vício no que tange à deve sempre ser observado o exercício social das
sua aplicação em controladas estrangeiras, nos investidas e, com isso, as particularidades de
termos do decidido pelo STF na ADI 2.588/DF. No disponibilização e apuração de cada uma.
caso concreto, então, a despeito do Tratado entre
Brasil-Equador, determinaram que a empresa • PAF 10872.000531/2010-77
brasileira proceda à adição dos lucros Relator(a): Conselheira Milene de Araújo Macedo
disponibilizados por sua controlada equatoriana à (designada para redação do acórdão) – (Fazenda)
base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
Câmara da 1ª Seção do CARF
• PAF 16561.000022/2006-58 Data de julgamento: 17/05/2017
Relator(a):Conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira Data de formalização: 04/09/2017
Barbosa (Fazenda) Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
Órgão julgador: 1ª Turma da 4ª Câmara da 1ª EXTERIOR. TRATADOS BRASIL-EQUADOR E
Seção do CARF BRASIL-PORTUGAL CONTRA A BITRIBUTAÇÃO.
Data de julgamento: 21/06/2017 ART. 74 DA MP Nº 2.158-35/2001.
Data de formalização: 01/08/2017 COMPATIBILIDADE. MEP. LEGALIDADE.
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO TRIBUTAÇÃO SOBRE O REFLEXO NA
EXTERIOR. VARIAÇÃO CAMBIAL DE CONTABILIDADE DA EMPRESA BRASILEIRA.
INVESTIMENTOS. NÃO INCIDÊNCIA. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
MOMENTO DA TRIBUTAÇÃO. ADI 2.588/DF. aplicação do art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, em
PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 74 DA MP Nº 2.158- relação à tributação dos rendimentos auferidos por
35/2001. controlada no exterior, é compatível com o
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu estabelecido pelos tratados internacionais firmados
que, na apuração de lucros no exterior, não se entre Brasil e Portugal, bem como entre Brasil e
computa a variação cambial dos investimentos para Equador, que visam evitar a bitributação. Segundo
fins de incidência de IRPJ e CSLL. Os Conselheiros os Conselheiros, a tributação da empresa brasileira,
afirmaram que o art. 7º da IN SRF nº 213/2002 nos termos do dispositivo mencionado, não diminui
restringe-se aos lucros auferidos no exterior, de o resultado da empresa situada no exterior, visto que
forma que a tributação somente incide sobre a não implica em reflexos nas demonstrações
variação cambial quando esta estiver embutida no contábeis e financeiras do não residente no Brasil.
lucro líquido da empresa controlada, e desde que Ademais, a Turma por voto de qualidade, entendeu
não ultrapasse este lucro. Ademais, no caso concreto, que a variação do percentual de participação
afirmaram que, tendo a fiscalização realizado o societária proveniente de subscrição de aumento de
lançamento com base no art. 74, parágrafo único, da capital por terceiros não influencia a apuração do
MP nº 2.158/2001, posteriormente declarado IRPJ e da CSLL, uma vez que configura somente
inconstitucional, deve-se afastar os lançamentos variação contábil do investimento. Assim, os
referentes aos anos-calendários até 2001, Conselheiros destacaram que não há na legislação
aplicando-se a decisão da ADI 2.588/DF. brasileira nenhuma norma jurídica prevendo o
tratamento tributário para este tipo de variação
• PAF 16561.720077/2014-98 cambial no exterior avaliada via MEP, por não se
Relator(a): Conselheiro Lucas Bevilacqua tratar de lucro, mas sim de variação do percentual
Cabianca Vieira (Contribuinte) de participação societária em decorrência de
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª subscrição de aumento de capital por terceiros, não
Câmara da 1ª Seção do CARF sendo tributado de acordo com o art. 7º, § 1º, da
Data de julgamento: 16/05/2017 IN/SRF nº 213/2002.
Data de formalização: 29/08/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO • PAF 16327.000823/2004-24
EXTERIOR. TRIBUTAÇÃO DA CONTROLADORA. Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
PERÍODO DE APURAÇÃO DIVERSO DO (Fazenda)
BRASILEIRO. TRIBUTAÇÃO EM 31 DE Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
DEZEMBRO. Data de julgamento: 13/09/2017
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os Data de formalização: 05/10/2017
lucros auferidos no exterior por controladas ou Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
coligadas de empresas brasileiras devem ser EXTERIOR. DISPONIBILIZAÇÃO À EMPRESA
tributados no Brasil em 31 de dezembro do ano- BRASILEIRA. ART. 1º DA LEI Nº 9.532/1997.
calendário em que forem disponibilizados, mesmo EMPREGO DE LUCROS NO EXTERIOR.

Voltar ao sumário. 80
ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA Relator(a): Conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira
EM COLIGADA NO EXTERIOR. Barbosa (Fazenda)
CARACTERIZAÇÃO. INCIDÊNCIA. CSLL. MP Nº Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
1.858-6/1999. FATOS GERADORES ANTERIORES Câmara da 1ª Seção do CARF
A SUA VIGÊNCIA. REGIME DA Data de julgamento: 19/09/2017
TERRITORIALIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. Data de formalização: 24/10/2017
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
entendeu que, nos termos do art. 1º da Lei nº EXTERIOR. TRATADO INTERNACIONAL
9.532/1997, consideram-se disponibilizados à BRASIL-HOLANDA CONTRA A BITRIBUTAÇÃO.
empresa brasileira os lucros auferidos no exterior ART 74 DA MP Nº 2.158-35/2001. INCIDÊNCIA.
por suas controladas ou coligadas no momento em COMPENSAÇÃO. TRIBUTOS SOBRE A RENDA
que se constata o emprego do valor em benefício da PAGOS NO EXTERIOR. PREJUÍZOS APURADOS
pessoa jurídica domiciliada no Brasil, inclusive no POR CONTROLADA ESTRANGEIRA.
aumento de capital de controlada ou coligada REQUISITOS. DESCUMPRIMENTO.
estrangeira. Assim, no caso concreto, os IMPOSSIBILIDADE. ÁGIO. LAUDO DE
Conselheiros afirmaram que a alienação de RENTABILIDADE FUTURA. FUNDAMENTO.
participação societária em coligada no exterior VALOR DE MERCADO DOS ATIVOS.
inclui-se na hipótese de emprego dos lucros em AMORTIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
favor da empresa brasileira, o que permite a Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
incidência do IRPJ. Isso porque, enquanto o lucro entendeu que a tributação no Brasil, com fulcro no
estava sendo auferido na investida, e refletido via art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, dos lucros
MEP na investidora, realmente não havia que se auferidos por controlada sediada na Holanda não
falar em disponibilização para a investidora. viola os tratados contra a bitributação entre os dois
Contudo, sendo tal investimento alienado para países. Os Conselheiros ressaltaram que não se está
outra empresa, os Conselheiros entenderam que se tributando a empresa situada no exterior, mas
configura hipótese na qual o lucro, até então não apenas a controladora brasileira, fazendo-se
disponibilizado pela investida, passaria a ser necessário afastar a aplicação do Tratado Brasil-
disponibilizado, porque serviu para valorizar a Holanda, uma vez que não há qualquer conflito
participação alienada. Assim, os Conselheiros entre o ali disposto e a prática do Fisco. Ademais, os
entenderam que o lucro auferido pela investida foi Conselheiros afirmaram que a compensação de
empregado no momento em que as ações ou cotas tributos pagos no exterior, bem como de prejuízos
valorizadas foram vendidas, sujeitando-se, apurados por controlada estrangeira, está
portanto, à tributação. Por fim, por unanimidade, os estritamente condicionada à comprovação por
Conselheiros consignaram que os lucros auferidos documento traduzido para o vernáculo e
no exterior somente se sujeitam à incidência da reconhecido pelo órgão arrecadador e pelo
CSLL a partir da vigência da MP nº 1.858-6/1999, Consulado da Embaixada brasileira. Noutro plano,
ou seja, incide exclusivamente sobre os fatos em relação ao ágio, os Conselheiros consignaram
geradores ocorridos após 1º/10/1999. Isso porque, que o pagamento ocorreu com fundamento no laudo
antes da promulgação da referida MP, vigia sob a de avaliação dos bens do ativo a valor de mercado,
égide da CSLL o regime da territorialidade, ao sendo que o laudo de avaliação de rentabilidade
contrário do IRPJ, que já se sujeitava ao regime de futura foi elaborado posteriormente à data de
universalidade de tributação. assinatura do contrato de compra e venda, assim, foi
comprovado que o fundamento do pagamento do
• PAF 16643.720028/2013-64 sobrepreço decorreu precipuamente da avaliação, a
Relator(a): Conselheiro Marcos Antônio valor de mercado, dos bens da adquirida, sendo
Nepomuceno Feitosa (Contribuinte) correta a autuação de glosa de ágio amortizado em
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª razão da rentabilidade futura, mormente em razão
Câmara da 1ª Seção do CARF da primazia da essência em detrimento à forma
Data de julgamento: 24/07/2017 adotada.
Data de formalização: 06/10/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO • PAF 10600.720032/2013-42
EXTERIOR. CONTROLADA INDIRETA. ART. 74 Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
DA MP Nº 2.158-35/2001. BITRIBUTAÇÃO. (Fazenda)
INAPLICABILIDADE. Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Data de julgamento: 13/09/2017
que a controladora brasileira não pode ser tributada Data de formalização: 26/10/2017
pelos lucros auferidos no exterior por suas Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
controladas indiretas, uma vez que o art. 74 da MP EXTERIOR. TRATADO INTERNACIONAL
nº 2.158-35/2001 somente determina a incidência BRASIL-LUXEMBURGO CONTRA
de IRPJ e CSLL sobre os rendimentos das BITRIBUTAÇÃO. ART. 74 DA MP Nº 2.158-
controladas diretas. Ademais, os Conselheiros 35/2001. APLICABILIDADE. MOMENTO DA
afirmaram que a determinação estabelecida no art. DISPONIBILIZAÇÃO. FINAL DO ANO-
243 da Lei n° 6.404/1976, para que se considere CALENDÁRIO. INCIDÊNCIA.
como controlada as controladas diretas e indiretas Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
só é válida para fins do relatório anual de entendeu que a tributação no Brasil, com fulcro no
administração previsto no dispositivo. art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, dos lucros
auferidos por controlada sediada em Luxemburgo
• PAF 16643.720026/2012-94 não viola os tratados contra a bitributação entre os
dois países. Isso porque, para os Conselheiros, não

Voltar ao sumário. 81
há que se falar em tributação do lucro registrado Relator(a): Conselheiro Lucas Bevilacqua
pela empresa estrangeira, mas tão somente sobre o Cabianca Vieira (Contribuinte) e Conselheiro
resultado desse lucro na controladora brasileira e na Fernando Brasil de Oliveira Pinto (designado para
proporção de sua participação. Ainda, os redação do acórdão quanto à tributação dos lucros
Conselheiros ressaltaram que os lucros auferidos no auferidos na Argentina e no Equador) – (Fazenda)
exterior consideram-se disponibilizados à Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
controladora no Brasil ao final de cada ano- Câmara da 1ª Seção do CARF
calendário, assim, ao dispor sobre o aspecto Data de julgamento: 16/05/2017
temporal, evitou o diferimento, e, ao mesmo tempo, Data de formalização: 10/11/2017
o art. 26 da Lei nº 9.249/1995, autorizou a Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
compensação dos impostos pagos no exterior, EXTERIOR. TRATADOS INTERNACIONAIS
viabilizando a neutralidade do sistema. Por fim, os BRASIL-ARGENTINA E BRASIL-EQUADOR
Conselheiros aduziram que a legislação societária CONTRA A BITRIBUTAÇÃO. ART 74 DA MP Nº
permite a construção de estruturas conforme a 2.158-35/2001. INCIDÊNCIA. COMPENSAÇÃO.
necessidade do grupo e tutela pela transparência das TRIBUTOS SOBRE A RENDA PAGOS NO
informações da rede de empresas, mediante MEP e EXTERIOR. POSSIBILIDADE. PAÍSES DE
consolida institutos para o exercício do poder e TRIBUTAÇÃO NÃO FAVORECIDA. ADI 2.588/DF.
controle de cada ente empresarial, assim, o controle COLIGADA NO PERU. APLICAÇÃO.
pode ser exercido de maneira direta ou indireta, pois Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
o que importa é o poder dos investidores para tributação no Brasil, com fulcro no art. 74 da MP nº
deliberar sobre o destino dos negócios do grupo. 2.158-35/2001, dos lucros auferidos por controlada
sediada na Argentina e no Equador não viola os
• PAF 10680.005065/2005-14 tratados contra a bitributação entre os dois países.
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura Os Conselheiros ressaltaram que não se está
(Fazenda) tributando a empresa situada no exterior, mas
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF apenas a controladora brasileira, fazendo-se
Data de julgamento: 04/10/2017 necessário afastar a aplicação dos Tratados Brasil-
Data de formalização: 30/10/2017 Argentina e Brasil-Equador, uma vez que não há
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO qualquer conflito entre o ali disposto e a prática do
EXTERIOR. DISPONIBILIZAÇÃO À EMPRESA Fisco. Ademais, por força do entendimento firmado
BRASILEIRA. ART. 1º DA LEI Nº 9.532/1997. pelo STF na ADI 2.588/DF, consignaram que o art.
EMPREGO DE LUCROS NO EXTERIOR. 74 da MP nº 2.158-35/2001 não se aplica às
AUMENTO DE CAPITAL DE COLIGADA. coligadas situadas em países de tributação normal.
INTEGRALIZAÇÃO DAS QUOTAS DE Desse modo, no caso concreto, entenderam pelo
CONTROLADA. DEVOLUÇÃO DO CAPITAL DE cancelamento da autuação, em relação aos lucros
COLIGADA AOS SÓCIOS DA CONTROLADORA. auferidos pelas coligadas domiciliadas no Peru, até
CARACTERIZAÇÃO. INCIDÊNCIA. que ocorra sua efetiva distribuição, uma vez que se
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, trata de país fora de paraíso fiscal, cuja tributação e
entendeu que, nos termos do art. 1º da Lei nº regime fiscal não são favorecidos. Ainda, os
9.532/1997, consideram-se disponibilizados à Conselheiros cancelaram o lançamento referente à
empresa brasileira os lucros auferidos no exterior controlada situada em Moçambique em razão de
por suas controladas ou coligadas no momento em erros materiais na apuração do crédito tributário,
que se constatem: (i) o crédito do valor em conta tendo em vista que a controladora não detém 100%
bancária em favor da contribuinte sediada no Brasil; do capital social dessa sociedade empresária,
(ii) a entrega, a qualquer título, à representante da conforme utilizado pela fiscalização. Por fim,
beneficiária; (iii) a remessa do montante em favor afirmaram ser indevida a manutenção da glosa
da beneficiária, seja para o Brasil ou qualquer “outra concernente à coligada localizada na Colômbia, haja
praça”; ou (iv) o emprego dos lucros, em favor da vista as provas colacionadas aos autos que
empresa brasileira, inclusive no aumento de capital refutaram as alegações da fiscalização.
de controlada ou coligada estrangeira. No caso
concreto, os Conselheiros afirmaram que restou • PAF 16561.720131/2013-14
configurada a disponibilização dos lucros à Relator(a): Conselheiro Roberto Silva Junior
controladora a partir: (i) do aumento de capital de (Fazenda)
uma coligada no exterior mediante a incorporação Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
de reserva legal; (ii) da integralização de suas cotas Câmara da 1ª Seção do CARF
em uma controlada estrangeira para aumentar o Data de julgamento: 17/10/2017
capital de outra empresa; e (iii) da devolução do Data de formalização: 06/12/2017
capital social de uma coligada situada no exterior Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO
para seus sócios. Isso porque, segundo os EXTERIOR. TRATADO INTERNACIONAL
Conselheiros, enquanto o lucro estava sendo BRASIL-HOLANDA CONTRA A BITRIBUTAÇÃO.
auferido na investida, e refletido via MEP na ART 74 DA MP Nº 2.158-35/2001. INCIDÊNCIA.
investidora, realmente não havia que se falar em DIVIDENDOS NÃO DISTRIBUÍDOS.
disponibilização para a investidora, contudo, sendo TRIBUTAÇÃO NA CONTROLADORA.
tal investimento utilizado em operações societárias, POSSIBILIDADE. CAPITALIZAÇÃO DOS LUCROS.
entenderam que se configura hipótese na qual o CONVERSÃO EM AÇÕES. EXISTÊNCIA DE
lucro, até então não disponibilizado pela investida, DISPONIBILIZAÇÃO. INCIDÊNCIA.
passaria a ser disponibilizado à investidora. Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que a tributação no Brasil, com fulcro no
• PAF 16561.720150/2014-21 art. 74 da MP nº 2.158-35/2001, dos lucros

Voltar ao sumário. 82
auferidos por controlada sediada na Holanda não transação, procurando impedir a autoridade
viola os tratados contra a bitributação entre os dois fazendária de tomar conhecimento do fato gerador,
países. Os Conselheiros ressaltaram que não se está e também modificar características essenciais deste,
tributando a empresa situada no exterior, mas restando caracterizada as hipóteses dos arts. 71, 72 e
apenas a controladora brasileira, fazendo-se 73 da Lei nº 4.502/1964.
necessário afastar a aplicação do Tratado Brasil-
Holanda, uma vez que não há qualquer conflito k) Omissão de receitas
entre o ali disposto e a prática do Fisco. Ademais,
afirmaram ser possível a tributação sobre • PAF 12448.732449/2014-74
dividendos não distribuídos na controladora Relator(a): Conselheiro Paulo Mateus Ciccone
localizada no Brasil, tendo em vista que o tratado (Fazenda)
entre os dois países não veda a exigência sobre a Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
empresa beneficiária dos dividendos, mas apenas Câmara da 1ª Seção do CARF
sobre aquela que apura os lucros. Por fim, no caso Data de julgamento: 17/05/2017
concreto, consignaram que o fato da controladora Data de formalização: 07/08/2017
realizar a capitalização dos lucros e sua posterior Ementa: IRPJ. CSLL. OMISSÃO DE RECEITAS.
conversão em ações confirma, de qualquer modo, a EMPRÉSTIMOS REALIZADOS ENTRE AGENTES
existência de disponibilização dos ganhos auferidos DO GRUPO ECONÔMICO. SUBVENÇÃO PARA
por sua controlada no exterior. CUSTEIO. TRIBUTAÇÃO. GLOSA DE DESPESAS
NÃO COMPROVADAS. ESCRITURAÇÃO
• PAF 16561.720118/2014-46 CONTÁBIL FRÁGIL. LUCRO ARBITRADO.
Relator(a): Conselheiro Abel Nunes de Oliveira POSSIBILIDADE.
Neto (designado para redação do acórdão) – Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
(Fazenda) que os aportes de recursos havidos do exterior pela
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª controladora em favor do contribuinte, embora
Câmara da 1ª Seção do CARF travestidos de empréstimos, caracterizam
Data de julgamento: 16/08/2017 verdadeiras subvenções de custeio, na forma
Data de formalização: 05/10/2017 prevista pelo art. 392 do RIR/1999. Os Conselheiros
Ementa: IRPJ. CSLL. LUCROS AUFERIDOS NO destacaram que, no caso concreto, não foram
EXTERIOR. TRATADO BRASIL-ÁUSTRIA apresentados documentos que dessem suporte para
CONTRA A BITRIBUTAÇÃO. ART. 74 DA MP Nº as operações, como contratos de mútuo, previsão de
2.158-35/2001. COMPATIBILIDADE. pagamento ou quitação do débito. Asseveraram,
INCIDÊNCIA. ainda, a falta de razoabilidade para a sócia pessoa
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a jurídica continuar injetando valores substanciais na
tributação no Brasil, com fulcro no art. 74 da MP nº controlada, sem qualquer contrapartida, mesmo
2.158-35/2001, dos lucros auferidos por controlada após resultados negativos por períodos sucessivos –
sediada na Áustria não viola os tratados contra a de modo que o modus operandi do grupo econômico,
bitributação entre os dois países. Isso porque, para considerando a repartição das atividades de
os Conselheiros, a aplicação do MEP não visa afretamento de embarcações e de prestação de
tributar o lucro registrado pela empresa estrangeira, serviços, indica que a empresa estrangeira atribuía
mas tão somente o resultado desse lucro na custos e despesas relacionados à exploração de
controladora brasileira. Dessa forma, afastaram a petróleo na operadora brasileira, suprindo-a com
aplicação do Tratado Brasil-Áustria, uma vez que recursos regulares para que esses encargos fossem
não há qualquer conflito entre o ali disposto e a adimplidos, deixando, assim, a maior parcela da
prática do Fisco. receita alocada no exterior, a fim de gozar da
tributação mais benéfica. Ademais, registraram que
j) Multas fiscais o contribuinte não comprovou diversas despesas
operacionais, impondo-se a respectiva glosa, tendo
• PAF 19515.000534/2010-44 em vista que os lançamentos contábeis não estão
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo suportados por documentos hábeis, nos termos dos
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) arts. 299 e 923 do RIR/1999. Nesse sentir, os
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Conselheiros mantiveram o arbitramento para
Data de julgamento: 08/08/2017 apuração da base imponível de IRPJ e CSLL, por
Data de formalização: 24/10/2017 entender que, após glosar as despesas e deslocar os
Ementa: IRPJ. CSLL. MULTA QUALIFICADA. valores de empréstimos para receitas omitidas, a
ATOS SOCIETÁRIOS SIMULADOS. escrituração da pessoa jurídica subverteu
DISSIMULAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL. totalmente o resultado contábil, revelando-se
CABIMENTO. imprestável para determinação do lucro real,
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a conforme previsto no art. 530, II, “b”, do RIR/1999.
criação de empresa com a finalidade de dissimular a Por fim, afastaram a qualificação da multa,
venda de ativos, ocultando os fatos geradores de reduzindo-a de 150 para 75%, uma vez que, embora
IRPJ e CSLL, enseja a aplicação de multa realizada omissão de receita, os valores
qualificada. No caso concreto, os Conselheiros indevidamente deslocados do resultado para o
destacaram que o fato de todos os atos estarem passivo do contribuinte figuraram na sua
registrados na junta comercial não justifica o contabilidade e foram registrados pelo BACEN, não
afastamento da multa qualificada, pelo contrário, sendo possível presumir evidente intuito de fraude.
pois o registros desses atos simulados visou
justamente encobrir a venda de ativos, • PAF 19515.720531/2014-54
dissimulando o ganho de capital auferido com a

Voltar ao sumário. 83
Relator(a): Conselheiro Rogério Aparecido Gil Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
(Contribuinte) (Fazenda)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Câmara da 1ª Seção do CARF Data de julgamento: 06/06/2017
Data de julgamento: 22/06/2017 Data de formalização: 04/08/2017
Data de formalização: 10/10/2017 Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
Ementa: IRPJ. CSLL. OMISSÃO DE RECEITAS. TRIBUTÁRIO. DESMEMBRAMENTO DE
RENDIMENTOS DE QUOTAS DE FUNDOS DE ATIVIDADES. SEGREGAÇÃO DE FONTES EM
INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS EMPRESA INEXISTENTE. AUSÊNCIA DE
(FIDC). REGIME DE COMPETÊNCIA. FALTA DE CONDIÇÕES PARA PRESTRAÇÃO DOS
ADIÇÃO AO LUCRO REAL. CARACTERIZAÇÃO. SERVIÇOS TRANSFERIDOS. SIMULAÇÃO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que os Fundos de Investimento em Direitos que é abusiva a economia tributária realizada
Creditórios (FIDC) têm a natureza de aplicação mediante a transferência, a outra pessoa jurídica do
financeira de renda fixa e podem ser constituídos mesmo grupo econômico, de parte das atividades
sob a forma de condomínio aberto ou fechado, sendo que vinham sendo exercidas pelo contribuinte,
que o fundo de investimento constituído sob a forma quando restar provado que a outra pessoa jurídica
de condomínio fechado é tributado pelo IRRF sequer possuía as condições materiais necessárias
apenas por ocasião de alienação, amortização ou para efetivamente desenvolver as atividades que,
resgate das cotas, conforme IN RFB nº 25/2001, o por contrato, lhe foram transferidas. No caso
que não significa que os rendimentos auferidos concreto, os Conselheiros afirmaram que embora a
através da valorização das cotas possam ser empresa contratada para prestar serviços de
excluídos da apuração do lucro real. Os Conselheiros assessoria tivesse existência formal, ela
consignaram que a referida IN não confere a efetivamente nunca prestou os serviços e não
prerrogativa de se considerar a incidência do IRRF desenvolveu as atividades descritas em seu contrato
somente no ano-calendário do resgate das cotas do social ou quaisquer outras atividades econômicas,
FIDC-Fechado, bem como não possibilita a exclusão sendo sua única finalidade a redução do lucro
dos rendimentos para só adicioná-los quando do tributável da contribuinte a qual estava obrigada a
efetivo resgate das referidas cotas. Assim, no caso apuração de lucro real por auferir receita bruta
concreto, admitiram a recomposição, pela anual em montante superior ao estabelecido na lei
fiscalização, da base de cálculo do IRPJ e da CSLL no período da ocorrência dos fatos geradores.
com relação aos rendimentos mensais de cotas de
FIDC. • PAF 10530.721612/2011-66
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
l) Planejamento tributário (Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
• PAF 16561.720079/2015-68 Data de julgamento: 21/05/2017
Relator(a): Conselheira Eva Maria Los (Fazenda) Data de formalização: 08/08/2017
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
Câmara da 1ª Seção do CARF TRIBUTÁRIO. ORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA.
Data de julgamento: 21/06/2017 PESSOAS JURÍDICAS FORMALMENTE
Data de formalização: 26/07/2017 CONSTITUÍDAS PARA ADOÇÃO DE REGIMES DE
Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO TRIBUTAÇÃO DIFERENCIADOS. REDUÇÃO NA
TRIBUTÁRIO. DESMEMBRAMENTO DE PARTE CARGA TRIBUTÁRIA. CONSTRUÇÃO
DO ACERVO OPERACIONAL DA EMPRESA PARA ARTIFICIAL DE GRUPO ECONÔMICO.
ALIENAÇÃO PELA PESSOA FÍSICA DO SÓCIO. ENTIDADE ÚNICA. LANÇAMENTO DE ACORDO
REDUÇÃO NA CARGA TRIBUTÁRIA. COM A REALIDADE DOS FATOS.
OPERAÇÕES SIMULADAS. DEDUÇÃO DO IR Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
RECOLHIDO. POSSIBILIDADE. afirmou que a segregação artificial de empresas,
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, visando o enquadramento em regimes de tributação
entendeu que a operação de cisão seguida pela diferenciados e, assim, um deliberado decréscimo
incorporação da parte cindida teve como único na base de cálculo dos tributos a pagar, desvirtua o
propósito tributação menos gravosa, caracterizando instituto da pessoa jurídica, em afronta ao art. 170,
planejamento tributário abusivo. Isso porque, parágrafo único, da CF/1988. No caso concreto, os
segundo os Conselheiros, a cisão parcial da autuada Conselheiros destacaram ser incontroverso que as 4
consistiu na transferência de parte do seu acervo empresas constituídas funcionam no mesmo
operacional, pelo valor contábil, à subsidiária sua, endereço, exercem a mesma atividade,
cuja propriedade passou a ser do único acionista compartilham empregados, despesas e informações
para, na sequência, ser alienada pelo valor de financeiras, utilizam uma única marca comercial,
mercado, apurando o ganho de capital na pessoa possuem sócios majoritários e contabilidade
física de forma simulada. Ressaltaram, contudo, que comuns. Nesse sentir, ressaltaram que a
os valores de IR recolhidos pelo sócio devem ser organização societária desse grupo econômico
deduzidos dos valores de IRPJ exigidos na autuação, acabou por direcionar a maior parte dos dispêndios
antes da aplicação da multa de ofício e dos juros de incorridos no ciclo de produção e venda para a
mora, porque, em que pese a descaracterização dos empresa optante do lucro real, que é mera
negócios jurídicos mencionados, o imposto foi revendedora dos produtos fabricados pelas outras
recolhido pela pessoa física espontaneamente. companhias, concentrando as receitas nas
produtoras, submetidas ao lucro presumido.
• PAF 16095.000723/2010-17 Ademais, asseveraram que a revendedora também

Voltar ao sumário. 84
foi criada para contornar restrições fiscais do ICMS, para o adquirente, valeu-se de uma holding, da qual
permitindo o creditamento do imposto mesmo nas ambos passaram a ser sócios, integralizando sua
vendas efetuadas aos Estados do Sul e do Sudeste, parcela do capital social com bens e direitos, para
que não autorizavam, para dirimir os efeitos da que o adquirente integralizasse na holding o valor
guerra fiscal, o aproveitamento do crédito pelo em espécie que pagaria na aquisição e,
adquirente desses produtos incentivados – do que posteriormente, o alienante se retirasse da empresa.
resulta, segundo os Conselheiros, que as 4 Dessa forma, concluíram que a operação revestiu-se
sociedades empresariais eram na realidade uma só. de simulação para que o ganho de capital fosse
indevidamente excluído do lucro real, de modo que,
• PAF 13502.721345/2013-14 conforme o art. 116, parágrafo único, do CTN, o
Relator(a): Conselheiro Guilherme Adolfo dos negócio jurídico deve ser desconsiderado e os efeitos
Santos Mendes (Fazenda) tributários cabíveis, aplicados.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Câmara da 1ª Seção do CARF • PAF 16561.720087/2015-12
Data de julgamento: 22/06/2017 Relator(a): Conselheira Eva Maria Los (Fazenda)
Data de formalização: 08/08/2017 Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO Câmara da 1ª Seção do CARF
TRIBUTÁRIO. ANTECIPAÇÃO DA ASSUNÇÃO DE Data de julgamento: 25/07/2017
DÍVIDAS DA EMPRESA SUCEDIDA. ENCARGO Data de formalização: 23/08/2017
ASSUMIDO PREVIAMENTE À DATA DA Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
INCORPORAÇÃO. VARIAÇÕES CAMBIAIS. RISCO TRIBUTÁRIO. REDUÇÃO DE CAPITAL SOCIAL.
DE VENCIMENTO ANTECIPADO DAS ENTREGA DE BENS DO ATIVO AOS SÓCIOS
OBRIGAÇÕES. DESPESAS NECESSÁRIAS. GLOSA PELO VALOR CONTÁBIL. POSTERIOR
INDEVIDA. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO. ALIENAÇÃO DOS BENS. APURAÇÃO DO GANHO
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu DE CAPITAL NA PESSOA JURÍDICA RESIDENTE
que a assunção antecipada de dívidas, operada por NO EXTERIOR. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO.
meio de contratos prévios à efetiva incorporação dos Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
ativos e das operações que geravam receitas na que a redução de capital social do contribuinte,
sociedade que veio a ser incorporada, não incorre mediante a entrega, pelo valor contábil, das ações
necessariamente na redução do resultado fiscal da que detinha de uma outra empresa às suas sócias
empresa autuada e, portanto, não conduz a um pessoas jurídicas sediadas no exterior, a título de
planejamento tributário abusivo, voltado à redução devolução da sua participação no capital social, é
da base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Isso porque, legítima, nos termos do art. 22 da Lei nº 9.249/1995.
segundo os Conselheiros, os passivos foram Os Conselheiros destacaram que a subsequente
assumidos pela incorporadora em moeda alienação dessas ações a terceiros, com tributação
estrangeira, gerando despesas relacionadas à do ganho de capital nas empresas situadas no
variação cambial, cujo índice não é passível de ser exterior, não caracteriza simulação, vez que a
manipulado pelas partes para fins de economia intenção de alienação vem de data bem anterior à
tributária. Ademais, destacaram que o lapso operação, dados os contratos firmados antes com
temporal entre a assunção e a incorporação da bancos para buscar compradores para a empresa no
empresa, que já era subsidiária do contribuinte, foi mercado. Por fim, reforçaram que não houve
de apenas 18 dias, de modo que as despesas oposição dos credores à redução, cuja justificativa
envolvidas (que poderiam ter sido receitas se a foi capital social excessivo para a atividade de
variação cambial no período fosse oposta) foram construção civil, cumprindo, assim, os trâmites
necessárias para garantir, pela redução dos riscos exigidos pelos arts. 173 e 174 da Lei nº 6.404/1976.
jurídicos da operação (como uma eventual
antecipação do vencimento das obrigações), o • PAF 11080.725307/2010-71
resultado futuro da atividade, assemelhando-se, por Relator(a): Conselheira Livia de Carli Germano
exemplo, às despesas geradas pelo prêmio pago na (Contribuinte) e Conselheiro Guilherme Adolfo dos
contratação de seguro. Santos Mendes (designado para redação do acórdão
quanto à multa qualificada) – (Fazenda)
• PAF 19515.001898/2007-46 Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Relator(a): Conselheira Cristiane Silva Costa Câmara da 1ª Seção do CARF
(Contribuinte) Data de julgamento: 21/03/2017
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Data de formalização: 25/08/2017
Data de julgamento: 03/07/2017 Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
Data de formalização: 11/08/2017 TRIBUTÁRIO. SEGREGAÇÃO DE FONTES EM
Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO EMPRESAS MERAMENTE FORMAIS. DESPESAS
TRIBUTÁRIO. SIMULAÇÃO. COMPRA E VENDA. REGISTRADAS NA EMPRESA OPTANTE DO
DESCONSIDERAÇÃO. ART. 116, PARÁGRAFO LUCRO PRESUMIDO. CONFUSÃO
ÚNICO DO CTN. POSSIBILIDADE. PATRIMONIAL. SIMULAÇÃO. MULTA
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que QUALIFICADA. CABIMENTO.
devem ser desconsiderados os efeitos de operações Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
realizadas com o fim de se dissimular o verdadeiro que configura simulação a criação de empresa
negócio jurídico. No caso concreto, os Conselheiros meramente formal, com a finalidade de transferir
afirmaram que foram realizadas alterações parte do lucro de forma a ensejar a tributação de
societárias a fim de se dissimular negócio jurídico de IRPJ e da CSLL na empresa constituída optante do
compra e venda. Isso porque, observaram que o lucro presumido. Os Conselheiros afirmaram que,
alienante, ao invés de transferir diretamente o ativo apesar de ser admitido o compartilhamento de

Voltar ao sumário. 85
infraestrutura física e de pessoal entre empresas do
mesmo grupo econômico, não significa admitir que • PAF 11516.721989/2015-90
ocorra confusão patrimonial entre elas, assim, Relator(a): Conselheiro Lucas Bevilacqua
mesmo se utilizando de infraestrutura Cabianca Vieira (Contribuinte)
compartilhada, as empresas devem zelar pelo Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
princípio contábil da entidade, ou seja, cada uma Câmara da 1ª Seção do CARF
deve se comportar como autônoma e registrar Data de julgamento: 26/07/2017
proporcionalmente os respectivos custos, despesas e Data de formalização: 07/11/2017
receitas, celebrando os devidos contratos de Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
compartilhamento quando for o caso. Dessa forma, TRIBUTÁRIO. SOCIEDADE EM CONTA DE
aduziram que não podem os custos e os encargos, PARTICIPAÇÃO (SCP). COMPROVAÇÃO POR
em razão da confusão patrimonial, ficarem todos MEIO DE BALANCETES. IMPOSSIBILIDADE.
contabilizados na empresa optante do lucro OPERAÇÃO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS.
presumido. No caso concreto, os Conselheiros DECLARAÇÃO COMO PERMUTA SEM TORNA.
ressaltaram que a alocação de percentual expressivo AUSÊNCIA DE PROPÓSITO NEGOCIAL.
das receitas à empresa optante pelo lucro presumido SIMULAÇÃO. CONFIGURAÇÃO. MULTA
caracteriza o intuito de simular, haja vista que a QUALIFICADA. APLICAÇÃO.
pessoa jurídica responsável pelo exercício da Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
atividade fim do grupo econômico era tributada pelo utilização de Sociedade em Conta de Participação
regime do lucro real, com isso, verificado que a (SCP), como forma de planejamento tributário, não
empresa optante do lucro presumido não existe é oponível ao Fisco se a comprovação de sua
efetivamente e que toda a atividade supostamente existência não se der nos moldes do art. 254 do
por ela desempenhada é, na prática, realizada pela RIR/1999. Assim, no caso concreto, os Conselheiros
empresa do lucro real, correto a imputação da ressaltaram que não obstante a atividade imobiliária
totalidade das receitas a esta. Em relação à multa estruturada por SCP, por si só, não caracteriza
qualificada a Turma, por maioria, entendeu que evasão fiscal, a apresentação de meros balancetes
deve ser mantida, no patamar de 150%, pois, a não é suficiente para comprovar sua constituição.
criação de empresas jurídicas, apenas formalmente, Ademais, os Conselheiros afirmaram que, nos
para subtrair, reduzir ou postergar a tributação é termos do Parecer Normativo COSIT nº 9/2014, a
conduta capaz de identificar o critério intencional do operação de compra e venda de imóveis foi realizada
ilícito tributário, razão pela qual deve ser mantida a de forma simulada, uma vez que o contribuinte a
qualificação da multa. declarou como uma permuta sem torna, ausente
qualquer propósito negocial e com o único fito de
• PAF 15586.720239/2014-47 afastar a tributação sobre suas receitas. Assim, os
Relator(a): Conselheiro José Eduardo Dornelas Conselheiros consignaram que o contribuinte, ao
Souza (Contribuinte) simular toda estruturação contratual com vistas a
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª dissimular a situação fiscal que lhe era mais onerosa
Câmara da 1ª Seção do CARF operou em simulação, devendo ser mantida a multa
Data de julgamento: 16/08/2017 qualificada prevista no art. 44, I, da Lei nº
Data de formalização: 02/10/2017 9.430/1996.
Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO. REDUÇÃO DE CAPITAL SOCIAL. • PAF 11080.722706/2011-61
ENTREGA DE BENS DO ATIVO AOS SÓCIOS Relator(a): Conselheiro José Eduardo Dornelas
PELO VALOR CONTÁBIL. POSTERIOR Souza (Contribuinte)
ALIENAÇÃO DESSES BENS. APURAÇÃO DO Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
GANHO DE CAPITAL NA PESSOA FÍSICA. Câmara da 1ª Seção do CARF
PROCEDIMENTO LEGÍTIMO. Data de julgamento: 20/06/2017
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Data de formalização: 07/08/2017
que a redução do capital social do contribuinte em Ementa: IRPJ. CSLL. PLANEJAMENTO
favor de seus acionistas, no valor da totalidade das TRIBUTÁRIO. DESMEMBRAMENTO DA PESSOA
ações que detinha da sua controlada, com a JURÍDICA. INSTALAÇÃO NO MESMO TERRENO.
subsequente alienação de tais participações ALOCAÇÃO DE DIFERENTES ATIVIDADES
societárias, não caracteriza planejamento tributário ECONÔMICAS EM ESTABELECIMENTOS
abusivo. Isso porque, segundo os Conselheiros, foi DISTINTOS. CLIENTES E FUNCIONÁRIOS
oferecido à tributação o ganho de capital apurado na PRÓPRIOS. PROCEDIMENTO LEGÍTIMO.
pessoa física e, não havendo prejuízos a credores, a DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA.
deliberação pela redução do capital social compete IMPOSSIBILIDADE.
exclusivamente à Assembleia Geral, sendo a entrega Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
de ativos a acionistas pelo valor contábil, a título de não caracteriza simulação o desmembramento das
devolução de capital, uma legítima opção do atividades exercidas anteriormente por uma única
contribuinte disposta no art. 22 da Lei nº pessoa jurídica, a fim de racionalizar suas operações
9.249/1995. Ademais, destacaram que a e reduzir a carga tributária, vez que cada empresa
reorganização societária tinha propósito negocial, persegue objetivos sociais distintos com recursos
tendo em vista que só foi realizada após a negociação físicos e humanos próprios, efetuando suas vendas e
da venda do controle acionário da coligada, não respondendo por seus atos e contratos. Os
podendo a fiscalização compelir a autuada à escolha Conselheiros destacaram que as companhias
mais onerosa, se não foi vislumbrada fraude ou funcionam em pavilhões diferentes e, portanto, não
simulação no encadeamento das operações sociais se localizam em uma mesma área geográfica.
descritas. Registraram, ainda, que a fiscalização, mesmo tendo

Voltar ao sumário. 86
acesso às dependências das empresas, não Fisco apurasse o preço parâmetro com base na
identificou eventuais empregados de uma média ponderada dos métodos PRL 20 e PRL 60,
trabalhando no espaço físico da outra, de modo que haja vista que os compostos importados eram
o compartilhamento de portaria e algumas utilizados ora em operações de revenda direta, ora
atividades administrativas, para fins de economia e como insumos.
segurança, não desqualifica a existência de
diferentes entidades. Por fim, registraram que o fato • PAF 16327.001448/2006-00
de a autoridade fiscal ter identificado custos da Relator(a): Conselheiro Luís Flávio Neto
pessoa jurídica criada sob o regime do lucro (Contribuinte)
presumido que foram indevidamente suportados Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
pela pessoa jurídica tributada com base no lucro real Data de julgamento: 08/06/2017
exigiria a glosa dessas despesas que, por força do art. Data de formalização: 18/07/2017
299 do RIR/1999, são indedutíveis, mas não a Ementa: IRPJ. PREÇO DE TRANSFERÊNCIA.
desqualificação da empresa nova. MÉTODO PRL 20. IN SRF Nº 38/1997.
ANTERIORIDADE. APLICABILIDADE. FRETE,
m) Preço de transferência SEGURO E TRIBUTOS INCIDENTES NA
IMPORTAÇÃO. PREÇO PRATICADO. EXCLUSÃO.
• PAF 16561.720183/2013-91 POSSIBILIDADE.
Relator(a): Conselheira Milene de Araújo Macedo Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que na
(Fazenda) vigência da IN SRF nº 38/1997, o contribuinte, na
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª aplicação do método PRL, detinha o direito de optar
Câmara da 1ª Seção do CARF pela inclusão ou não dos dispêndios com frete,
Data de julgamento: 17/05/2017 seguro e tributos incidentes na importação na
Data de formalização: 07/07/2017 composição do preço praticado. Nesse sentido, os
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE Conselheiros destacaram que a inclusão só veio a ser
TRANSFERÊNCIA. ILEGALIDADE DA IN SRF Nº uma obrigação a partir da edição da IN SRF nº
243/2002. INEXISTÊNCIA. PRL 20. PRL 60. 32/2001, sendo certo que, por força dos princípios
PREÇO PARÂMETRO. MÉDIA RESULTANTE DAS da irretroatividade e da anterioridade, não se revela
METODOLOGIAS. INCLUSÃO DE FRETE, possível a aplicação da nova disposição para fatos
SEGURO E IMPOSTOS NO PREÇO PRATICADO. geradores já ocorridos. Portanto, no caso concreto,
CPL. TAXA DE CÂMBIO. MÉDIA ANUAL. permitiram que o contribuinte excluísse do cálculo
MARGEM DE LUCRO INFERIOR A 20%. do preço praticado seus gastos com frete, seguro e
INCLUSÃO DE FRETE, SEGURO E IMPOSTOS NO tributos envolvidos na operação de importação.
PREÇO PRATICADO. POSSIBILIDADE. PIC.
INAPLICABILIDADE. • PAF 16561.720138/2014-17
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu pela Relator(a): Conselheiro Paulo César Fernandes de
legalidade da IN SRF nº 243/2002 na parte em que Aguiar (Fazenda)
regula a aplicação do método de preço de Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
transferência PRL, uma vez que o ato normativo não Câmara da 1ª Seção do CARF
veio extrapolar a dicção do art. 18 da Lei nº Data de julgamento: 16/05/2017
9.430/1996, mas tão somente explicitar qual o Data de formalização: 26/07/2017
melhor cálculo matemático para alcançar os Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE
objetivos da legislação. Ademais, os Conselheiros TRANSFERÊNCIA. ILEGALIDADE DA IN SRF Nº
afirmaram que, nos termos do art. 7º da citada IN, 243/2002. INEXISTÊNCIA. MÉTODOS PRL 20 E
no momento da aplicação dos métodos de preço de PRL 60. PREÇO PARÂMETRO. MARGEM DE
transferência, o Fisco não se encontra obrigado a LUCRO. VALOR BRUTO. EXCLUSÃO DOS
utilizar a mesma taxa de câmbio na apuração do DESCONTOS INCONDICIONAIS. MÉDIA
preço parâmetro e do preço praticado, RESULTANTE DAS METODOLOGIAS. INCLUSÃO
especialmente tendo em vista que o primeiro é DE FRETE, SEGURO E IMPOSTOS NO PREÇO
calculado com base na cotação média anual, PRATICADO.
enquanto o segundo apenas no momento do registro Resultado: A turma, por voto de qualidade,
da Declaração de Importação. Ato contínuo, entendeu pela legalidade da IN SRF nº 243/2002 na
afastaram o argumento do contribuinte de que a parte em que regula a aplicação do método de preço
aplicação do método CPL está vinculada a de transferência PRL, uma vez que o ato normativo
constatação de uma margem de lucro do produtor não veio extrapolar a dicção do art. 18 da Lei nº
superior a 20%, haja vista que tal pretensão carece 9.430/1996, mas tão somente explicitar qual o
de autorização legal. Outrossim, por força do art. 18, melhor cálculo matemático para alcançar os
III, da Lei nº 9.430/1996, consignaram que é devida objetivos da legislação. Ademais, os Conselheiros
a inclusão dos valores de fretes e seguros no cálculo entenderam que o cálculo do preço parâmetro no
do preço praticado quando também forem incluídos que concerne ao método do PRL 20 deve ser feito
na apuração do preço parâmetro, vide o disposto no com base na margem de lucro sobre o valor bruto
art. 4º, § § 4º e 5º, da IN SRF nº 243/2002. Noutro das vendas diminuído dos descontos incondicionais,
plano, ressaltaram que, diante da ausência de vide expressa previsão do art. 12, § 8º, da IN SRF nº
documentação comprobatória que evidencie os 243/2002. Ainda, afirmaram que, constatado que o
preços de bens idênticos ou similares, revela-se bem importado era utilizado tanto como insumo
legítima a desconsideração do cálculo realizado pelo como em operações de revenda direta de bens
contribuinte na modalidade PIC, bem como a nova importados, é legítimo o cálculo do preço parâmetro
apuração com base no PRL efetuada pela mediante verificação da média ponderada dos
fiscalização. Por fim, Conselheiros permitiram que o preços obtidos pelos métodos PRL 20 e PRL 60. Por

Voltar ao sumário. 87
fim, retomando ao disposto no art. 18, § 6º, da Lei FRETE, SEGURO E TRIBUTOS INCIDENTES NA
nº 9.430/1996, concluíram que os valores de frete, IMPORTAÇÃO. PREÇO PRATICADO. INCLUSÃO.
seguros e impostos incidentes na importação, para Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
viabilizar a comparabilidade do método PRL, devem entendeu que a submissão dos bens importados à
ser incluídos na apuração do preço parâmetro e do colocação de embalagens, para fins de
praticado. comercialização, transforma a apresentação do
produto e torna evidente a agregação de valor ao
• PAF 16561.720059/2012-44 custo desses bens, revelando-se suficiente para
Relator(a): Conselheiro Marcos Aurélio Pereira descaracterizar a operação como revenda direta e,
Valadão (designado para redação do acórdão) – assim, afastar a utilização do método PRL 20. Os
(Fazenda) Conselheiros registraram que inclusive restou
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF assentado nos registros contábeis do contribuinte a
Data de julgamento: 08/06/2017 alteração na codificação dos bens importados após o
Data de formalização: 04/08/2017 processo de embalagem, tornando-se imperioso, no
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE caso concreto, restabelecer a apuração do preço de
TRANSFERÊNCIA. MÉTODO PRL 60. IN SRF Nº transferência mediante aplicação do PRL 60,
243/2002. ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. ressalvado apenas o fármaco importado em
FRETE, SEGURO E TRIBUTOS INCIDENTES NA condições finais de comercialização. Ademais, por
IMPORTAÇÃO. PREÇO PARÂMETRO. maioria, rechaçaram a ilegalidade da IN SRF nº
INCLUSÃO. JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE 243/2002, tendo em vista que suas disposições
OFÍCIO. INCIDÊNCIA. determinam com maior exatidão o preço parâmetro
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a ser adotado nas hipóteses de importação de bens
não cabe a arguição de ilegalidade da IN SRF nº destinados a processo produtivo, cuja comparação
243/2002, por ter determinado, no caso de bem com o preço de mercado negociado entre empresas
importado que não seja objeto de revenda direta, a independentes acaba por evitar, sob a égide do
aplicação da margem de lucro de 60% sobre a princípio do arm’s lenght, um aumento abusivo dos
parcela de receita líquida da venda do produto custos de produção e, por conseguinte, uma redução
acabado que corresponde ao custo do insumo artificial do lucro real e da base de cálculo da CSLL.
estrangeiro. Isso porque, segundo os Conselheiros, Dessa forma, os Conselheiros entenderam que o ato
essa metodologia do PRL 60, veiculada no § 11 do normativo em exame, ao considerar o percentual de
art. 12 do ato normativo citado, viabiliza a apuração participação dos bens importados de empresa
do preço parâmetro do bem importado com maior estrangeira vinculada no custo total do bem
exatidão, dado o expurgo de todos os acréscimos a produzido no país, vai ao encontro do objetivo da Lei
ele imputados em decorrência do processo nº 9.430/1996, que é coibir a evasão fiscal nas
produtivo realizado no país, em consonância com o transações comerciais com empresas relacionadas,
comando do art. 18, II, da Lei nº 9.430/1996. sediadas no exterior. Por fim, os Conselheiros, por
Ademais, por voto de qualidade, afirmaram que o voto de qualidade, destacaram que, no caso
contribuinte, até a entrada em vigor do art. 38 da concreto, é devida a inclusão dos valores de frete,
MP nº 563/2012, convertida na Lei nº 12.715/2012, seguros e tributos incidentes na importação na
era obrigado a incluir no preço parâmetro, para apuração do preço praticado, conforme disposto no
efeito de dedutibilidade na determinação do lucro § 6º do art. 18 da Lei nº 9.430/1996, porque tais
real e da base de cálculo da CSLL, os tributos dispêndios eram considerados, antes da vigência da
incidentes na importação e os valores referentes a Lei nº 12.715/2012, na determinação do preço
frete e seguro, cujo ônus tivesse sido do importador. parâmetro, não sendo possível distorcer a
Os Conselheiros ressaltaram que não é possível comparação a ser empreendida entre um e outro
extrair do comando disposto no § 6º do art. 18 da Lei para fins de preço de transferência.
nº 9.430/1996 (aplicável no caso concreto, por se
tratar de auto de infração relativo ao ano-calendário • PAF 10730.722834/2014-92
de 2007) que a inclusão desses dispêndios somente Relator(a): Conselheiro Paulo Cezar Fernandes de
se daria caso as operações fossem realizadas com Aguiar (designado para redação do acórdão) –
pessoas vinculadas ou decorrentes de importação, (Fazenda)
pois não há previsão expressa nesse sentido. Por Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
fim, também por voto de qualidade, consignaram Câmara da 1ª Seção do CARF
que é legítima a incidência de juros de mora sobre Data de julgamento: 16/08/2017
multa de ofício, a qual integra o crédito tributário, Data de formalização: 20/09/2017
conforme entendimento reiterado do STJ. Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE
TRANSFERÊNCIA. MÉTODO PRL 60. PREÇO
• PAF 16561.000047/2008-13 PARÂMETRO. CÁLCULO POR EMBARCAÇÃO.
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura IMPOSSIBILIDADE. AFRONTA AO ART. 4º, § 2º,
(Fazenda) DA IN SRF Nº 243/2002. INDIVIDUALIZAÇÃO
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF POR BEM IMPORTADO. NECESSIDADE.
Data de julgamento: 03/07/2017 Resultado: A Turma, por maioria, afirmou que o
Data de formalização: 04/08/2017 cálculo do preço parâmetro, pelo método PRL 60,
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE deve ser efetuado, individualmente, por bem,
TRANSFERÊNCIA. PROCESSO DE EMBALAGEM. serviço ou direito importado, nos termos do art. 4º,
AGREGAÇÃO DE VALOR AO CUSTO DO BEM § 2º, da IN SRF nº 243/2002. No caso concreto, os
IMPORTADO. MÉTODO PRL 60. IN SRF Nº Conselheiros entenderam que a apuração do preço
243/2002. ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. parâmetro por embarcação, e não item a item, é

Voltar ao sumário. 88
incompatível com o ato normativo citado, impondo- não é possível deduzir os valores de frete e seguro
se o cancelamento do crédito tributário constituído. incidentes sobre a importação, tendo em vista que,
em razão da disposição expressa no § 6º do art. 18
• PAF 16561.720037/2011-01 da referida Lei, tais dispêndios foram considerados
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura na determinação do preço parâmetro e, para efeito
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) de preços de transferência, devem ser preservadas
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF grandezas equivalentes para comparação da
Data de julgamento: 03/07/2017 operação entre pessoas vinculadas e a operação, na
Data de formalização: 27/09/2017 revenda, entre pessoas não relacionadas. Noutro
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE plano, ressaltaram que os ajustes financeiros do
TRANSFERÊNCIA. MÉTODO PRL 60. IN SRF Nº preço parâmetro, realizados pelo contribuinte em
243/2002. ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. relação aos juros praticados pelos fornecedores
ADOÇÃO DO PRL 20. AUSÊNCIA DE estrangeiros, demandam a comprovação de que o
COMPROVAÇÃO DE MERO pagamento desses juros era efetivamente devido,
ACONDICIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE. não bastando a alegação de que a importação
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que consistiu em compra a prazo. Por fim, consignaram
não há ilegalidade na IN SRF nº 243/2002, tendo que, na falta de pagamento, é cabível a aplicação da
em vista que o art. 18 da Lei nº 9.430/1996 apenas multa de ofício, nos termos do art. 44 da Lei nº
dispôs sobre a diretriz a ser seguida pelo método 9.430/1996, bem como a incidência de juros de
PRL 60, em referência ao princípio do arm’s lenght, mora sobre essa penalidade, devidos à taxa SELIC.
delegando ao ato normativo a apresentação da
fórmula matemática que refletisse com maior • PAF 10283.722006/2014-70
exatidão o preço parâmetro a ser adotado nas Relator(a): Conselheiro Lucas Bevilacqua
hipóteses em que a operação deixa de ser Cabianca Vieira – (Contribuinte)
caracterizada como revenda direta. Os Conselheiros Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
destacaram que, ao adotar a aplicação da margem de Câmara da 1ª Seção do CARF
lucro presumida pela legislação sobre a parcela de Data de julgamento: 20/09/2017
participação do bem importado no custo total do Data de formalização: 24/10/2017
produto revendido, em vez de considerar o valor Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE
agregado no país de maneira isolada do processo TRANSFERÊNCIA. VINCULAÇÃO POR
produtivo, a referida IN evita eventual distorção na EXCLUSIVADE. ART. 23, X, DA LEI Nº
composição do preço de transferência e aperfeiçoa, 9.430/1996. CONTRATO DE AGÊNCIA PARA A
por conseguinte, a apuração do lucro real e das bases VENDA DE BENS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO.
de cálculo do IRPJ e da CSLL. Ademais, a Turma, AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. OPERAÇÃO DE
também por maioria, decidiu pela impossibilidade IMPORTAÇÃO QUE SE REVELA COMO MERA
de aplicação do PRL 20, uma vez que, a despeito da PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. AJUSTES PRODUTO
segregação procedida pela fiscalização no caso A PRODUTO.
concreto, o contribuinte não comprovou que os Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
processos realizados internamente com os bens que, para sujeitar operações de importação ao
importados correspondiam exclusivamente ao controle de preços de transferência com base no art.
acondicionamento para revenda. 23, X, da Lei nº 9.430/1996, deve ser comprovado o
vínculo de exclusividade da empresa sediada no
• PAF 16643.000386/2010-12 exterior com a pessoa jurídica domiciliada no Brasil.
Relator(a): Conselheiro Leonardo de Andrade No caso concreto, os Conselheiros afirmaram que o
Couto (Fazenda) contrato acostado aos autos revelou que a empresa
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª brasileira não poderia ser tida, conforme disposto
Câmara da 1ª Seção do CARF no art. 710 do CC/2002, como agente distribuidora
Data de julgamento: 16/08/2017 dos bens eletrônicos industrializados no país a partir
Data de formalização: 28/09/2017 dos componentes importados, uma vez que não
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE estava incumbida da promoção comercial desses
TRANSFERÊNCIA. MÉTODO PRL 60. IN SRF Nº produtos, tampouco detinha exclusividade na
243/2002. ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. manufatura. Apontaram, ainda, que a companhia
FRETE E SEGURO INCIDENTES NA nacional prestava apenas os serviços decorrentes da
IMPORTAÇÃO. PREÇO PRATICADO. INCLUSÃO. terceirização da atividade fabril, delegada pela
AJUSTES FINANCEIROS. AUSÊNCIA DE empresa estrangeira, inclusive, com a indicação de
COMPROVAÇÃO DE QUE O PAGAMENTO DOS uma representante comercial responsável pelas
JUROS ERA REALMENTE DEVIDO. pesquisas de mercado e prospecção de clientes, de
IMPOSSIBILIDADE. JUROS DE MORA SOBRE modo que ausente o propósito de manipulação de
MULTA DE OFÍCIO. INCIDÊNCIA. preços a justificar a imposição das regras de preços
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que de transferência. Ademais, os Conselheiros
não há ilegalidade na IN SRF nº 243/2002, cuja destacaram que a fiscalização não procedeu à
metodologia busca proporcionalizar o preço apuração produto a produto, devendo ser cancelado
parâmetro ao bem importado aplicado na produção o auto de infração que empreendeu ajustes para o
e, assim, não subverte a previsão do art. 18 da Lei nº excesso do custo de um bem ser compensado com a
9.430/1996 ao estabelecer, pelo método PRL 60, deficiência de custos de outros bens.
que a margem de lucro seja calculada sobre a parcela
do preço líquido de venda que corresponde ao • PAF’s 16561.720016/2011-88
insumo importado. Ademais, os Conselheiros Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
destacaram que, na apuração do preço praticado, (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)

Voltar ao sumário. 89
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
Data de julgamento: 09/08/2017 entendeu que os pagamentos feitos por empresa
Data de formalização: 22/11/2017 brasileira à sua controladora no exterior pela licença
Ementa: IRPJ. CSLL. PREÇO DE de uso de software decorrem da exploração dos
TRANSFERÊNCIA. MÉTODO PRL 60. IN SRF Nº direitos patrimoniais da obra, classificados como
243/2002. ILEGALIDADE. INEXISTÊNCIA. royalties, na forma prevista pelo art. 22, “d”, da Lei
FRETE, SEGURO E TRIBUTOS INCIDENTES NA nº 4.506/1964. Segundo os Conselheiros, não é
IMPORTAÇÃO. PREÇO PRATICADO. INCLUSÃO. possível considerar, para fins fiscais, que essa
JUROS DE MORA SOBRE MULTA DE OFÍCIO. remuneração tenha sido efetuada à própria autora
INCIDÊNCIA. ou criadora da obra intelectual, tendo em vista que
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que uma pessoa jurídica não tem a subjetividade
não há ilegalidade na IN SRF nº 243/2002, cuja criadora das pessoas naturais e, portanto, não
metodologia busca proporcionalizar o preço possui dimensão moral para reivindicar a autoria do
parâmetro ao bem importado aplicado na produção programa de computador, conforme disposto nos
e, assim, não subverte a previsão do art. 18 da Lei nº arts. 11 e 24 da Lei nº 9.610/1998. Dessa forma,
9.430/1996. Os Conselheiros destacaram que a destacaram que os rendimentos auferidos pela
fórmula matemática apresentada pelo ato exploração de direitos autorais, no caso concreto,
normativo, no caso do PRL 60, estabelece que a não são percebidos pelo criador do software e,
margem de lucro do empresário seja calculada sobre assim, não podem ser deduzidos para efeito de
a parcela do preço líquido de venda que corresponde apuração do lucro real sujeito ao IRPJ. Ademais, a
ao insumo importado (sem incluir, portanto, o valor Turma, por maioria, decidiu que a vedação referente
agregado no país), o que, para fins de determinação à indedutibilidade dos royalties pagos a sócios,
do lucro real, resulta em adições ao lucro líquido pessoas físicas ou jurídicas, nos termos do art. 353,
sempre iguais ou inferiores àquelas exigidas pela I, do RIR/1999, não extrapola o conteúdo do art. 71,
legislação, não havendo, por conseguinte, que se parágrafo único, “d”, da Lei nº 4.506/1964, sequer
falar em aumento de tributo, tampouco violação ao cabendo ao CARF, enquanto órgão pertencente à
princípio da legalidade. Ademais, por voto de Administração Pública Federal, negar validade a um
qualidade, decidiram que, na apuração do preço Decreto editado pelo Presidente. Por fim, os
praticado, devem ser incluídos ao preço de aquisição Conselheiros, por unanimidade, destacaram que a
da mercadoria (FOB) os valores de frete, seguro e apuração da base de cálculo da CSLL tem regras
tributos incidentes sobre a importação, mesmo que próprias, não sendo possível aplicar
tais operações tenham sido realizadas entre pessoas automaticamente aquelas previstas para o IRPJ,
não vinculadas, tendo em vista previsão expressa do havendo, inclusive, disposição expressa no Anexo I
§ 6º do art. 18 da Lei nº 9.430/1996, albergada pelo da IN RFB nº 1.700/2017 informando que a
art. 4º, § 4º, da IN SRF nº 243/2002. Os previsão contida na Lei nº 4.506/1964, quanto à
Conselheiros ressaltaram que, mesmo sem estarem impossibilidade de deduzir os royalties pagos a
submetidos às regras de preços de transferência, quaisquer pessoas relacionadas, não se aplica à
esses custos foram considerados na determinação CSLL.
do preço parâmetro e, para fins de comparação,
devem ser preservadas grandezas equivalentes, o) Simulação
consoante o princípio do arm’s lenght – o que não
importa, de todo modo, adição ao lucro real do • PAF 19515.720305/2015-54
contribuinte, por serem integralmente dedutíveis na Relator(a): Conselheiro Lucas Bevilacqua
apuração do lucro líquido do período. Por fim, Cabianca Vieira (Contribuinte)
também por voto de qualidade, entenderam que é Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
legítima a incidência de juros de mora sobre multa Câmara da 1ª Seção do CARF
de ofício à taxa SELIC, a qual integra o crédito Data de julgamento: 15/08/2017
tributário, conforme interpretação sistemática dos Data de formalização: 24/10/2017
arts. 161, 113 e 139 do CTN. Ementa: IRPJ. CSLL. SIMULAÇÃO. BIPARTIÇÃO
DOS CONTRATOS DE AFRETAMENTO E
n) Royalties PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. OFFSHORES
UTILIZADAS APENAS PARA ALOCAÇÃO DE
• PAFs 16539.720014/2014-19 e RECEITAS. MULTA QUALIFICADA APLICADA.
16682.720169/2015-82 EMPRESAS INTEGRANTES DO GRUPO
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo ECONÔMICO. INTERESSE COMUM.
(Fazenda) RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF CONFIGURADA. PESSOAS FÍSICAS SÓCIAS.
Data de julgamento: 13/09/2017 SUJEIÇÃO PASSIVA. IMPOSSIBILIDADE.
Data de formalização: 24/10/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou
Ementa: IRPJ. CSLL. ROYALTIES. CONTRATO que não há vedação legal para que o contribuinte
DE LICENÇA DE USO DE SOFTWARE. PESSOA proceda à estrutura negocial de bipartição dos
JURÍDICA COMO CRIADORA DE OBRA contratos de exploração de atividades de óleo e gás
INTELECTUAL. IMPOSSIBILIDADE. – um para afretamento de embarcações e outro para
REMUNERAÇÃO À CONTROLADORA INDIRETA prestação de serviços. No caso concreto, contudo, os
NO EXTERIOR. INDEDUTIBILIDADE RESTRITA Conselheiros destacaram que a alocação do preço
A SÓCIOS PESSOAS FÍSICAS. IMPOSSIBILIDADE. global do negócio ocorreu na ordem de 90% para as
ART. 353, I, DO RIR/1999. INAPLICABILIDADE fretadoras offshores e 10% para a operadora sediada
EM RELAÇÃO À CSLL. no Brasil, de modo que a distribuição
desproporcional entre as sociedades empresárias,

Voltar ao sumário. 90
que integram grupo econômico, revela a projetado, havendo, no caso concreto, evidências da
artificialidade da repartição, dado que, na hipótese efetiva expansão da planta industrial em razão do
de afretamento, é reduzida a zero a alíquota do IRRF aumento do ativo imobilizado do contribuinte.
incidente sobre os rendimentos auferidos no país Ademais, ressaltaram que, conforme reconhecido
por empresa domiciliada no exterior, nos termos do pela autoridade fazendária, a empresa atendeu à
art. 1º, I, da Lei nº 9.481/1997. Ademais, exigência da contabilização dos valores das
ressaltaram que a prestadora de serviços tomava subvenções em reserva de capital, não sendo
todas as decisões relacionadas ao afretamento e, possível alegar, in casu, redução indevida do lucro
apesar de operar sistematicamente no prejuízo, sujeito à tributação.
arcava com todos os custos e despesas a cargo das
offshores, que, por sua vez, não desempenhavam • PAF 13116.721294/2011-12
atividade alguma, apenas realizavam aportes Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura
financeiros na empresa brasileira a título de (Fazenda)
reembolso. Assim, os Conselheiros entenderam que, Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
em razão da confusão patrimonial e obrigacional das Data de julgamento: 05/10/2017
empresas, o contribuinte reduziu indevidamente a Data de formalização: 30/10/2017
base de cálculo do IRPJ e da CSLL ao glosar custos Ementa: IRPJ. CSLL. SUBVENÇÃO PARA
que não lhe cabiam por força contratual, sendo INVESTIMENTO. LEI Nº 13.436/1998 DO
justificável a qualificação das multas se a operação ESTADO DE GOIÁS. FOMENTAR. DESCONTO NA
foi dissimulada. Afastaram, no entanto, a multa QUITAÇÃO ANTECIPADA DO SALDO DE ICMS
agravada, visto que o contribuinte forneceu à FINANCIADO NA ETAPA INICIAL DO
fiscalização as informações que tinha por PROGRAMA. AUSÊNCIA DE
disponíveis, não podendo ser compelido a produzir ACOMPANHAMENTO ACERCA DA APLICAÇÃO
provas contra si. Noutro plano, os Conselheiros DOS RECURSOS. DESCUMPRIMENTO DOS
registraram que, embora deficitária, a empresa REQUISITOS ESTABELECIDOS NO DL Nº
brasileira tomava empréstimos com companhias 1.598/1977. EXCLUSÃO DO LUCRO REAL.
integrantes do grupo econômico para transferir IMPOSSIBILIDADE.
débitos para as offshores no estrangeiro, o que Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
demonstra interesse jurídico e, portanto, interesse benefício fiscal concedido pelo Estado de Goiás,
comum, apto a responsabilizá-las solidariamente, para liquidação antecipada dos recursos obtidos por
com fulcro no art. 124, I, do CTN. Por fim, a Turma, meio de empréstimo decorrente do Fundo de
por maioria, afastou a responsabilidade solidária Participação e Fomento à Industrialização –
dos sócios e administradores, por entender que não FOMENTAR, que já financiava parte do saldo
restou comprovado qualquer ato praticado com devedor de ICMS, não caracteriza subvenção para
excesso de poderes ou infração de lei por esses investimento e, portanto, não pode ser excluído da
indivíduos, a teor do art. 135, III, do CTN. apuração do lucro real. Os Conselheiros
consignaram que a Lei Estadual nº 13.436/1998, ao
p) Subvenção para investimento dispor sobre a renegociação da dívida do
contribuinte, estabeleceu que os valores perdoados
• PAF 13502.000772/2009-89 fossem aplicados na modernização do parque
Relator(a): Conselheira Cristiane Silva Costa industrial e, por essa razão, considerados
(Contribuinte) subvenções para investimento. No entanto, segundo
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF os Conselheiros, não há correlação entre o incentivo
Data de julgamento: 13/09/2017 obtido e a execução da expansão do
Data de formalização: 18/10/2017 empreendimento, mas somente uma qualificação
Ementa: IRPJ. CSLL. SUBVENÇÃO PARA nova de recursos que já haviam sido concedidos por
INVESTIMENTO. DECRETO Nº 7.351/1998 DO empréstimo, sem nenhuma prestação de contas por
ESTADO DA BAHIA. PROGRAMA BAHIAPLAST. parte da empresa beneficiada, tampouco
CONCESSÃO DE CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. mecanismos de controle e acompanhamento pelo
EFETIVA IMPLANTAÇÃO E EXPANSÃO DA ente federativo. Dessa forma, destacaram que as
PLANTA INDUSTRIAL. REGISTRO COMO transferências recebidas pelo contribuinte não
RESERVA DE CAPITAL. VINCULAÇÃO AO cumprem os requisitos prescritos no § 2º do art. 38
PROPÓSITO DA SUBVENÇÃO. COMPUTADA NO do DL nº 1.598/1977 e devem ser consideradas
LUCRO REAL. IMPOSSIBILIDADE. subvenções de custeio, uma vez que o Estado de
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Goiás não pode, em afronta ao pacto federativo,
que o incentivo fiscal concedido pelo Estado da determinar uma hipótese de redução na base de
Bahia às empresas interessadas em instalar ou cálculo de tributos de competência federal.
ampliar projetos industriais em território baiano, a
partir da utilização de crédito presumido de ICMS, • PAF 13116.721701/2013-53
caracteriza subvenção para investimento e, assim, Relator(a): Conselheiro Luis Fabiano Alves
não pode ser incluído nas bases de cálculo do IRPJ e Penteado (Contribuinte)
da CSLL, nos termos do art. 443 do RIR/1999. Isso Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
porque, segundo os Conselheiros, o Decreto Câmara da 1ª Seção do CARF
Estadual nº 7.351/1998, que regulamentou o Data de julgamento: 20/09/2017
Programa Estadual de Desenvolvimento da Data de formalização: 10/11/2017
Indústria de Transformação Plástica Ementa: IRPJ. CSLL. SUBVENÇÃO PARA
(BAHIAPLAST), não dispensou a efetiva INVESTIMENTO. LEI Nº 9.489/1998 DO ESTADO
contrapartida pelo beneficiário nos objetivos de DE GOIÁS. FOMENTAR. PREVISÃO EXPRESSA
implantação do empreendimento econômico DA NATUREZA DO DESCONTO APLICADO

Voltar ao sumário. 91
SOBRE A DÍVIDA DE ICMS. DETERMINAÇÃO
DAS FORMAS E DO PRAZO PARA REALIZAÇÃO • PAF 16327.001255/2010-27
DO INVESTIMENTO. MERA DISCORDÂNCIA DO Relator(a): Conselheiro Gustavo Guimarães da
AUDITOR FISCAL. TRATAMENTO COMO Fonseca (Contribuinte)
SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
IMPOSSIBILIDADE. Câmara da 1ª Seção do CARF
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o Data de julgamento: 15/08/2017
incentivo fiscal concedido pelo Estado de Goiás, no Data de formalização: 24/11/2017
âmbito do Programa FOMENTAR, deve ser Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. BÔNUS DE
considerado como subvenção para investimento, PREFERÊNCIA. CONTRATO DE CASH
nos termos expressamente previstos pela Lei MANAGEMENT. DESPESAS DECORRENTES DA
Estadual nº 9.489/1984, tendo em vista a INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA.
impossibilidade de o fiscal tirar a eficácia da norma INDEDUTIBILIDADE. POSTERGAÇÃO DO
ou alterar seu conteúdo, como se subvenção para IMPOSTO NA FORMA DO ART. 273 DO RIR/1999.
custeio fosse, por simples discordância quanto ao CANCELAMENTO DO PRINCIPAL E DA MULTA
conceito de investimento. Os Conselheiros DE OFÍCIO.
ressaltaram que o benefício foi instituído a fim de Resultado: A Turma, por maioria, decidiu pela
incrementar a implantação e a expansão de impossibilidade de se excluir da base de cálculo do
atividades que promovam o desenvolvimento PIS e da COFINS o bônus de preferência pago pela
industrial daquele ente federativo, estabelecendo instituição financeira a clientes contratantes de cash
formas para modernização dos empreendimentos management, que consiste em operações de fluxos
econômicos ser efetuada ao longo do prazo financeiros de recebimentos e pagamentos de
concedido. Dessa forma, afirmaram que o Programa contas, pelas quais o banco acaba se beneficiando
reúne todas as características dispostas pelo Parecer dos valores disponibilizados temporariamente. Os
Normativo CST nº 112/1978 no tocante à subvenção Conselheiros destacaram que o contrato é adimplido
para investimento, razão pela qual não deve ser independentemente do recebimento dessa
computada na determinação do lucro real, nos bonificação, que é paga como um prêmio de
moldes do art. 443 do RIR/1999. Por fim, os fidelização, não como contrapartida pelos
Conselheiros destacaram que, no caso concreto, o resultados da circulação dos recursos pelas contas
fato de o débito de ICMS frente ao Estado de Goiás da instituição. Assim, afirmaram que as despesas
ter sido, ou não, arrematado por terceiro com o aludido bônus não incorrem em operações de
relacionado não altera a natureza jurídica da intermediação financeira, porque, na verdade,
benesse. decorrem desses serviços e, assim, não podem ser
tidas como necessárias ou essenciais para a
• PAF 10380.720566/2013-19 concretização do produto cash management. Dessa
Relator(a): Conselheiro André Mendes de Moura forma, ressaltaram que, para fins de exclusão do
(Fazenda) crédito relativo às contribuições em exame, tais
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF despesas não podem ser tipificadas no art. 3º, § 6º,
Data de julgamento: 07/11/2017 da Lei nº 9.718/1998, dada a interpretação literal a
Data de formalização: 28/11/2017 ser empreendida em face da dedução pretendida, à
Ementa: IRPJ. CSLL. SUBVENÇÃO PARA luz do art. 111 do CTN. Por fim, os Conselheiros
INVESTIMENTOS. ESTADO DO CEARÁ. entenderam que, tendo o contribuinte comprovado
ISENÇÃO CONDICIONADA. NÃO os estornos das despesas excedentes de PIS e
CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE CONTROLE. COFINS nos anos calendários posteriores àqueles
INCIDÊNCIA. em que seriam devidos, devem ser aplicados os
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu preceitos do art. 273 do RIR/1999 para que sejam
não basta à mera intenção de subvencionar, isso exigidos apenas os juros correspondentes e a multa
deve estar claro no diploma legal que o ente de mora incidentes sobre os valores de IRPJ e CSLL
subvencionador irá, de fato, estabelecer postergados.
mecanismos claros de controles para verificar se as
condições serão atendidas. No caso concreto, os b) Cessão do usufruto de ações
Conselheiros consignaram que a Lei nº 12.670/1996
e o Decreto nº 29.560/2008, ambos do Estado do • PAF 16327.001227/2005-42
Ceará, não apresenta nenhuma condição de ordem Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo
objetiva, mensurável, para averiguar se ocorreu à (Fazenda) e Conselheiro André Mendes de Moura
efetiva implementação ou expansão dos (designado para redação do acórdão quanto à
empreendimentos econômicos, também não há preclusão das provas) – (Fazenda)
qualquer vinculação à aplicação dos recursos em Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
investimentos de qualquer natureza, tampouco se Data de julgamento: 08/08/2017
verifica qualquer mecanismo de controle a ser Data de formalização: 20/09/2017
exercido pelo ente subvencionante. Assim, os Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. CESSÃO
valores concedidos a título de crédito presumido de ONEROSA DO USUFRUTO DE AÇÕES. RECEITAS
ICMS pelo Estado do Ceará não podem ser OPERACIONAIS. TRIBUTAÇÃO AO LONGO DO
classificados como subvenção para investimento, PERÍODO. RATEIO DE DESPESAS.
devendo incidir IRPJ e CSLL sobre tais valores. DEDUTIBILIDADE. CUMPRIMENTO DO
CRITÉRIO CONVENCIONADO. AUSÊNCIA DE
6. IRPJ, CSLL, PIS & COFINS COMPROVAÇÃO. APLICAÇÃO DO MÉTODO
INDIRETO.
a) Bônus de preferência

Voltar ao sumário. 92
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, AUSÊNCIA DE REGISTRO DAS DESPESAS EM
entendeu que a remuneração obtida pela cessão do CONTAS ESPECÍFICAS. GLOSA.
usufruto de participações societárias de titularidade Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
do contribuinte deve ser incluída na base de cálculo que, na apuração do IRPJ, da CSLL, do PIS e da
do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS. Os COFINS, é cabível a glosa das despesas com serviços
Conselheiros destacaram que a instituição bancária cuja prestação não fora efetivamente comprovada
autuada não poderia ter contabilizado esses valores pelo contribuinte. Os Conselheiros ressaltaram,
como se fossem dividendos provenientes de inclusive, que algumas das empresas contratadas
empresas investidas, se é o usufrutuário quem sequer existiram de fato, outras tinham sócios sem
recebe esses benefícios. Ademais, asseveraram que, capacidade econômica para tanto ou então
considerando a opção por um negócio jurídico amplamente envolvidos em práticas de ilícitos
oneroso e temporário, as receitas auferidas penais, além de não dispor dos equipamentos
periodicamente pelo nu proprietário dessas ações necessários para realizar a atividade pactuada.
são operacionais e devem ser apuradas conforme o Ademais, afirmaram que a identificação dos
regime de competência, não podendo ser beneficiários dos pagamentos efetuados pelo
equiparadas à alienação de ativos (cuja tributação é contribuinte não implica a inaplicabilidade do art.
um ganho de capital), mas sim à locação. Nesse 674 do RIR/1999, uma vez que o § 1º do dispositivo
sentir, afirmaram que o fato de o lançamento ter contempla, com base no art. 61 da Lei nº
sido realizado nos períodos em que houve o ingresso 8.981/1985, a hipótese de pagamento sem causa
da contrapartida financeira e essa forma de para fins de incidência do IRRF à alíquota de 35%.
tributação ter sido alterada pela instância a quo, Noutro plano, os Conselheiros consignaram que,
para que se desse pro rata tempore (distribuindo os para se beneficiar do incentivo fiscal concedido pela
valores, proporcionalmente, de acordo com a Lei nº 11.196/2005, reduzindo o IRPJ e a CSLL a
vigência dos contratos), não há que se falar em pagar, a empresa teria de registrar contabilmente os
alteração no critério jurídico do lançamento, dispêndios com pesquisa e desenvolvimento
tampouco reconhecimento de sua nulidade. Na tecnológico em contas abertas exclusivamente para
verdade, segundo os Conselheiros, a decisão essa finalidade, o que não ocorreu no caso concreto.
demonstra a aplicação do princípio da verdade Dessa forma, afastaram a multa qualificada em
material, acabando por ser favorável ao sujeito relação à glosa do benefício, cujo lançamento fiscal
passivo ao determinar a exclusão da base de cálculo não foi fundado em documento falso ou práticas
dos valores que seriam receitas de outro período de fraudulentas, mas no descumprimento de um
apuração. Noutro plano, a Turma, por maioria, requisito formal imposto na Lei. No entanto,
decidiu pela possibilidade de se admitir provas, de mantiveram essa infração tanto na glosa das
natureza complementar, no recurso voluntário, despesas com serviços, quanto no pagamento sem
desde que apresentadas no prazo legal de 30 dias da causa, dada a conduta dolosa do contribuinte
ciência da decisão recorrida, sem qualquer inovação. consubstanciada no emprego de documentação
Ainda assim, a Turma, por voto de qualidade, inidônea. Por fim, destacaram que os
entendeu que, para serem deduzidas da base de administradores da sociedade firmaram contratos
cálculo do IRPJ e da CSLL, as despesas atribuídas a sem qualquer respaldo na realidade dos fatos, de
rateio de custos comuns entre empresas do grupo modo que, independentemente de terem sido
econômico dependiam da comprovação da absolvidos em processo penal por falta de prova,
necessidade desses gastos para o cumprimento dos atuaram com infração à lei por prática de sonegação
objetivos sociais da autuada, bem como da efetiva fiscal e são solidariamente obrigados no processo
prestação dos serviços convencionados, da administrativo tributário.
identificação dos funcionários envolvidos, da
ratificação dos valores centralizados, o que não d) Omissão de receitas
ocorreu no caso concreto – tendo o contribuinte
fornecido apenas esclarecimentos acerca dos • PAF 12448.732013/2014-85
procedimentos metodológicos utilizados. Os Relator(a): Conselheiro Luis Henrique Marotti
Conselheiros registraram que foi glosado apenas o Toselli (Contribuinte)
montante que excedeu o valor encontrado pela Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
fiscalização ao adotar o método de aferição indireta Câmara da 1ª Seção do CARF
de rateio de despesas, prevalecendo o critério Data de julgamento: 26/07/2017
parametrizado com base na receita bruta. Data de formalização: 16/08/2017
Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. OMISSÃO DE
c) Dedutibilidade de despesas RECEITAS. ESTORNO DO MONTANTE LANÇADO
EM DUPLICIDADE. COMPROVAÇÃO DA
• PAF 13896.723568/2015-00 ORIGEM DOS AJUSTES EFETUADOS NAS
Relator(a): Conselheiro Roberto Silva Junior CONTAS CONTÁBEIS DE RESULTADO.
(Fazenda) AUSÊNCIA DE FATO GERADOR PARA
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª SUBSISTÊNCIA DO LANÇAMENTO FISCAL.
Câmara da 1ª Seção do CARF DIVERGÊNCIA APURADA ENTRE AS
Data de julgamento: 20/09/2017 INFORMAÇÕES PRESTADAS PELA ECD E DIPJ.
Data de formalização: 31/10/2017 INCIDÊNCIA.
Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. DESPESAS Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
COM SERVIÇOS SEM COMPROVAÇÃO. GLOSA. que não pode ser objeto de cobrança o estorno de
IRRF. PAGAMENTOS SEM CAUSA. INCIDÊNCIA. créditos lançados em duplicidade na contabilidade,
BENEFÍCIO FISCAL. LEI Nº 11.196/2005. a fim de neutralizar seus efeitos no resultado final do
contribuinte, uma vez comprovado que a totalidade

Voltar ao sumário. 93
das receitas obtidas foi oferecida à tributação. No Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. OMISSÃO DE
caso concreto, os Conselheiros destacaram que a RECEITAS. CORRESPONDENTES BANCÁRIOS.
atividade da empresa consiste na distribuição de ALOCAÇÃO DO GANHO DE CAPITAL PARA
obras audiovisuais às salas de exibição e, para tanto, OUTRA EMPRESA DO GRUPO ECONÔMICO.
repassa parte da receita proveniente da venda de IMPOSSIBILIDADE DE CESSÃO DA
ingressos aos titulares estrangeiros dos direitos de TITULARIDADE DAS RECEITAS PROVENIENTES
exploração dessas obras, abatendo do montante DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS FINANCEIROS.
arrecadado os respectivos custos e sua taxa de REQUALIFICAÇÃO JURÍDICA DO SUJEITO
administração (que corresponde a um percentual PASSIVO. ABATIMENTO DOS TRIBUTOS
sobre o faturamento da bilheteria). Afirmaram RECOLHIDOS NA OPERAÇÃO
então que o fato de o contribuinte reconhecer, por DESCONSIDERADA. POSSIBILIDADE.
exigência da sua matriz domiciliada no exterior, os Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
valores a título de comissão em contas contábeis e, pela ilegitimidade da transferência das receitas
na mesma data, realizar o estorno, no mesmo auferidas por uma empresa, em decorrência da
montante, não condiz com a melhor técnica prestação dos serviços de intermediação de
gerencial, mas tampouco constitui fato gerador do financiamentos de veículos, para outra integrante
IRPJ, da CSLL, do PIS ou da COFINS, pois não trata do mesmo grupo econômico. Os Conselheiros
de novos valores recebidos pela exibição das obras, destacaram que o BACEN admite o
apenas de uma porcentagem aplicável sobre receitas substabelecimento do contrato celebrado por
de vendas já auferidas e lançadas em conta correspondentes bancários com instituições
específica. Por fim, decidiram pela tributação da financeiras, mas exige cláusula expressa nesse
diferença apurada entre as receitas declaradas, na sentido e anuência do banco contratante, nos termos
ECD, e as declaradas na DIPJ, tendo em vista que o do art. 7º da Resolução BACEN nº 3.954/2011. No
contribuinte não comprou com documentação caso concreto, contudo, ressaltaram que o
idônea que incorreu em erro material. contribuinte/correspondente não cumpriu esse
pressuposto essencial para a cessão dos serviços
• PAF 15983.720149/2014-73 bancários, tendo atuado pessoalmente nas
Relator(a): Conselheiro José Eduardo Dornelas transações, inclusive com a vinculação direta do seu
Souza (Contribuinte) capital social para a liberação dos financiamentos, o
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª que reforça o fato de que a relação jurídica da
Câmara da 1ª Seção do CARF instituição financeira contratante sempre se deu
Data de julgamento: 18/10/2017 com a empresa autuada. Assim, os Conselheiros
Data de formalização: 21/11/2017 decidiram que tampouco poderia a parte contratada,
Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. OMISSÃO DE sujeita ao lucro real, ceder a titularidade das receitas
RECEITAS. CONTRATOS DE MÚTUO ENTRE auferidas, a fim de que fossem escrituradas e
EMPRESAS LIGADAS. COMPROVAÇÃO DE QUE tributadas por empresa ligada, sujeita ao lucro
AS OPERAÇÕES EFETIVAMENTE OCORRERAM. presumido, valendo-se, assim, de tributação mais
SUPRIMENTO DE CAIXA. INEXISTÊNCIA. benéfica. Nesse sentir, registraram que, após a
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS SÓCIOS. requalificação jurídica dos fatos, os valores já
IMPOSSIBILIDADE. recolhidos pela empresa interposta devem ser
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu abatidos do total das receitas consideradas omitidas
que não é possível falar em omissão de receitas, na pelo sujeito passivo correto, vez que o ilícito está
hipótese de lançamentos relacionados a contratos de limitado ao montante que deixou de ser pago em
mútuo entre empresas do mesmo grupo econômico, razão de operação estruturada de forma fraudulenta
se o contribuinte comprovar que essas operações de e a não dedução caracterizaria enriquecimento sem
fato ocorreram. No caso concreto, os Conselheiros causa da Fazenda Nacional.
destacaram que os valores levados indevidamente à
tributação não decorreram de operações autônomas e) Planejamento tributário
para a baixa de empréstimos concedidos e registro
de empréstimos contraídos, uma vez que os • PAF 11516.722275/2013-37
lançamentos a crédito nas contas representativas Relator(a): Conselheiro Leonardo Luis Pagano
dos “mútuos ativos” correspondiam, na verdade, a Gonçalves (Contribuinte)
ajustes que a empresa registrava após o efetivo Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
retorno dos recursos financeiros, em caráter de Câmara da 1ª Seção do CARF
absoluta neutralidade em relação ao saldo de caixa Data de julgamento: 17/05/2017
do contribuinte. Ademais, afastaram a Data de formalização: 29/08/2017
responsabilidade tributária das sócias- Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS.
administradoras, em razão da inocorrência do PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO. PESSOA
mecanismo de suprimento de caixa apresentado JURÍDICA EFETIVAMENTE CRIADA PARA
pela autoridade fiscal como única motivação quanto REDUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA. PRESENÇA
à sujeição passiva que lhes foi atribuída. DE MOTIVO EMPRESARIAL. PROCEDIMENTO
LEGÍTIMO. SUBVENÇÃO PARA INVESTIMENTO.
• PAF 13971.724408/2014-49 LC Nº 93/2001 DO ESTADO DO MATO GROSSO
Relator(a): Conselheiro Luiz Henrique Marotti DO SUL. PROGRAMA MS-EMPREENDEDOR.
Toselli (Contribuinte) AUSÊNCIA DE VINCULAÇÃO DOS RECURSOS
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª EM RELAÇÃO AO EMPREENDIMENTO
Câmara da 1ª Seção do CARF ECONÔMICO PROJETADO. CARACTERIZAÇÃO
Data de julgamento: 19/10/2017 COMO SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. EXCLUSÃO
Data de formalização: 24/11/2017 DO LUCRO REAL. IMPOSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 94
INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES. Data de formalização: 11/08/2017
IMPOSSIBILIDADE. MULTA QUALIFICADA Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. RECEITAS DE
AFASTADA. RES SPERATA. RECEBIMENTO ANTECIPADO
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu PELO SHOPPING CENTER. DEVER DO
que não caracteriza simulação a fragmentação das EMPREENDEDOR DE MANTER O TENANT MIX
atividades do contribuinte, decorrente da criação de AO LONGO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO.
sociedade empresária sujeita à sistemática do lucro APROPRIAÇÃO PRO RATA TEMPORE.
presumido, pelo simples fato de a reorganização Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
societária ter reduzido a carga tributária do grupo nos contratos de locação em shopping center, deve
econômico. Os Conselheiros destacaram que as ser aplicado o regime de competência às receitas
empresas estão situadas em endereços diferentes, relativas a res sperata, que consiste em um
têm estrutura autônoma, empregados próprios, pagamento suplementar realizado pelo locatário
contabilidade segregada, objetos sociais distintos, para que possa, além de ingressar no centro de
não sendo possível falar em planejamento tributário vendas, usufruir e se beneficiar da estrutura e
abusivo, dada a motivação de ordem empresarial. visibilidade proporcionadas pelo empreendimento.
Noutro plano, afirmaram que os benefícios de ICMS No caso concreto, os Conselheiros destacaram que,
concedidos pelo Estado do Mato Grosso do Sul, no para efeitos de apuração do IRPJ, da CSLL, do PIS e
âmbito do Programa MS-Empreendedor, não foram da COFINS, a obediência às mutações patrimoniais
aplicados na filial do contribuinte para expansão das segundo o princípio da competência foi consignada
suas atividades naquele ente federativo e, portanto, no § 6º do art. 3º da Instrução CVM nº 206/1994,
caracterizam subvenções de custeio. Os que impõe o reconhecimento da receita dos valores
Conselheiros ressaltaram que, não tendo sido referentes a res sperata ao longo dos períodos
atendidos os requisitos dispostos no Parecer contratuais, quando também incorridas as
Normativo CST nº 112/1978, o incentivo não pode respectivas despesas. Ressaltaram que a
ser excluído das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL. apropriação pro rata tempore decorre do fato de
Consignaram, no entanto, que os créditos que a remuneração só é efetivamente incorporada
presumidos de ICMS concedidos a regiões onde ao patrimônio do empreendedor na proporção em
exista especial interesse do Estado não integram o que o tenant mix (obrigação de entregar a loja em
conceito de receita, para fins de incidência do PIS e um ambiente com as características comerciais pré-
da COFINS, por não constituírem entrada de estabelecidas junto ao lojista) se exaure e, por
recursos passíveis de registro em contas de depender de evento futuro e incerto, os valores
resultado. Nesse sentir, decidiram cancelar o auto recebidos antecipadamente não podem ser
de infração em que a fiscalização interpretou as concebidos integralmente no momento da
subvenções regulamentadas pela mesma legislação contratação, como pretendia a fiscalização.
como sendo para investimento, glosando tais
créditos com base nos arts. 443 e 545 do RIR/1999, g) Subvenção para investimento
por estar contradizendo os lançamentos anteriores,
fundamentados como sendo de custeio, e, assim, • PAF 10280.723721/2013-79
cerceando o direito de defesa do contribuinte. Relator(a): Conselheira Luciana Yoshihara
Ademais, os Conselheiros mantiveram a glosa das Arcangelo Zanin (Contribuinte) e Conselheiro Luiz
despesas decorrentes dos serviços de assessoria Rodrigo de Oliveira Barbosa (designado para
financeira prestados ao sócio para aquisição de redação do acórdão quanto à tributação do PIS e da
100% de participação do grupo econômico, cuja COFINS) – (Fazenda)
dedução deveria ter sido efetuada em relação ao Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
imposto da pessoa física, bem como das despesas Câmara da 1ª Seção do CARF
financeiras oriundas de empréstimo contraído por Data de julgamento: 23/03/2017
empresa veículo, com duração efêmera e sem Data de formalização: 07/08/2017
propósito negocial, para aquisição de cotas cujos Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. SUBVENÇÃO
encargos foram posteriormente transferidos para a PARA INVESTIMENTO. DECRETO Nº 2.667/2006
própria autuada por meio de incorporação às DO ESTADO DO PARÁ. CONCESSÃO DE
avessas, dado o abuso de direito nas operações. Por CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. EXCLUSÃO DO
fim, afastaram a qualificação da multa de ofício, bem LUCRO REAL. POSSIBILIDADE.
como a responsabilização do sócio, em razão da CONTRIBUIÇÕES SUBMETIDAS AO REGIME
fundamentação genérica para todas as diferentes NÃO CUMULATIVO. INCENTIVO QUALIFICADO
infrações constantes dos autos. Para os Conselheiros, COMO RECEITA DO SUBVENCIONADO.
a fiscalização deve comprovar individualmente que INCIDÊNCIA.
a conduta da autuada encontra-se tipificada em uma Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
das hipóteses dos arts. 71, 72 ou 73 da Lei nº crédito presumido de ICMS concedido pelo Estado
4.502/1964 e que o diretor, para figurar no polo do Pará objetiva a promoção de novos
passivo, praticou ato com excesso de poderes ou empreendimentos econômicos ou a expansão dos
infração de lei, nos termos do art. 135, III, do CTN. preexistentes naquele ente federativo, razão pela
qual caracteriza subvenção para investimento e não
f) Receitas de res sperata se sujeita à incidência do IRPJ e da CSLL (até
porque implicaria ilegítima inferência da União na
• PAF 15374.001159/2001-60 renúncia fiscal engendrada pelo Estado). Os
Relator(a): Conselheira Daniele Souto Rodrigues Conselheiros destacaram que, ao contrário do
(Contribuinte) aduzido pelo Parecer Normativo CST nº 112/1978,
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF não é necessária aplicação direta das cifras
Data de julgamento: 06/06/2017 subvencionais a determinado projeto de

Voltar ao sumário. 95
investimento, uma vez que as condições SUBMETIDAS AO REGIME NÃO CUMULATIVO.
eventualmente prescritas para o gozo do incentivo RECEITAS DECORRENTES DOS INCENTIVOS.
não se confundem com a finalidade da benesse, que INCIDÊNCIA.
remanesce a mesma independentemente da Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
realização de aportes em certa seara. Noutro plano, não caracteriza subvenção para investimento o
decidiram que, conforme consignado no item 15 da incentivo fiscal constante do Decreto paraense nº
Solução de Divergência COSIT nº 15/2003, o valor 5.615/2002, uma vez que, ao regulamentar a Lei
do benefício tem natureza de receita (seja a Estadual nº 6.489/2002, não estabelece metas
subvenção de custeio, seja para investimento) e, claras para implantação ou expansão do
assim, compõe a base de cálculo do PIS e da COFINS. investimento, tampouco fixa mecanismos de
controle destinados a verificar seu cumprimento. Os
• PAF 13971.720630/2013-91 Conselheiros consignaram que a concessão do
Relator(a): Conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira benefício foi condicionada apenas à apresentação de
Barbosa (designado para redação do acórdão) – projeto de viabilidade técnica, econômica e
(Fazenda) financeira, com indicadores genéricos que não
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª comprometem a empresa a modernizar sua
Câmara da 1ª Seção do CARF estrutura ou capacidade produtiva instalada,
Data de julgamento: 23/03/2017 tampouco aumentar a mão-de-obra, restando
Data de formalização: 07/08/2017 evidente que o real objetivo da benesse foi aumentar
Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. SUBVENÇÃO a competitividade no mercado de certos
PARA INVESTIMENTO. DECRETO Nº 105/2007 empreendimentos sediados no Pará. Dessa forma,
DO ESTADO DE SANTA CATARINA. PROGRAMA afirmaram que os subsídios ofertados pelo Estado
PRÓ-EMPREGO. CONCESSÃO DE CRÉDITO tratam de subvenções para custeio, cuja previsão do
PRESUMIDO DE ICMS. EXPANSÃO DO art. 443 do RIR/1999 não lhes aproveita, devendo,
EMPREENDIMENTO ECONÔMICO PROJETADO. assim, ser incluídas no lucro operacional. Ademais,
COMPROVAÇÃO AUSENTE. CARACTERIZAÇÃO destacaram que as receitas decorrentes dessas
COMO SUBVENÇÃO PARA CUSTEIO. EXCLUSÃO subvenções recebidas sob a forma de crédito
DO LUCRO REAL. IMPOSSIBILIDADE. presumido de ICMS compõem a base tributável do
CONTRIBUIÇÕES SUBMETIDAS AO REGIME PIS e da COFINS.
NÃO CUMULATIVO. AUSENTE REGRA
EXCEPCIONAL DE NÃO INCIDÊNCIA. 7. IRRF
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
créditos presumidos de ICMS concedidos pelo a) Concomitância de IRPJ & CSLL
Estado de Santa Catarina, no âmbito do Programa
Pró-Emprego, não caracterizam subvenção para • PAF 13855.723294/2015-27
investimento e, por conseguinte, não podem ser Relator(a): Conselheiro Roberto Caparroz de
excluídos do lucro real, para fins de apuração da Almeida (Fazenda)
base de cálculo do IRPJ e da CSLL. Isso porque, Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
segundo os Conselheiros, independentemente da Câmara da 1ª Seção do CARF
intenção do ente subvencionador, o benefício fiscal Data de julgamento: 21/09/2017
em exame não atende aos requisitos estabelecidos Data de formalização: 18/10/2017
no Parecer Normativo CST nº 112/1978, vez que se Ementa: IRRF. CONCOMITÂNCIA DE IRPJ E
encontra desvinculado da implantação ou expansão CSLL. PAGAMENTOS SEM CAUSA. GLOSA DE
do empreendimento econômico projetado. Por fim, DESPESAS INEXISTENTES. FATOS JURÍDICOS
ressaltaram que o incentivo configura, na verdade, DISTINTOS. AUSÊNCIA DE BIS IN IDEM.
subvenção para custeio, devendo integrar a receita OPERAÇÃO FRAUDULENTA. MULTA
bruta operacional da beneficiária, para efeito da QUALIFICADA APLICADA. CONTRATOS
tributação do PIS e da COFINS, no regime não FIRMADOS COM EMPRESAS “NOTEIRAS”.
cumulativo, tendo em vista que não há regra de ATUAÇÃO DOS DIRIGENTES VOLTADA À
isenção vigente nas Leis nos 10.637/2002 e SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS.
10.833/2003. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
CONFIGURADA.
• PAF 10280.723663/2013-83 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Relator(a): Conselheiro Luiz Tadeu Matosinho que o pagamento efetuado a terceiros sem a
Machado (designado para redação do acórdão) – comprovação da operação que lhe deu causa se
(Fazenda) sujeita à incidência de IRRF, à alíquota de 35%, nos
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª termos do § 1º do art. 61 da Lei nº 8.981/1985. Os
Câmara da 1ª Seção do CARF Conselheiros destacaram que não há vedação legal
Data de julgamento: 24/07/2017 para a exigência em paralelo do IRPJ e da CSLL, em
Data de formalização: 26/10/2017 razão da glosa de despesas fictícias que resultaram
Ementa: IRPJ. CSLL. PIS. COFINS. SUBVENÇÃO na redução indevida do lucro líquido do período,
PARA INVESTIMENTO. DECRETO Nº 5.615/2002 uma vez que o pagamento de uma despesa
DO ESTADO DO PARÁ. CONCESSÃO DE fraudulenta não se confunde com a escrituração
CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. METAS DE indevida e, portanto, tratando-se de fatos jurídicos
INVESTIMENTO EM EXPANSÃO DO distintos com matrizes e fundamentos legais
EMPREENDIMENTO ECONÔMICO. AUSENTES. diversos, não resta configurado bis in idem.
CARACTERIZAÇÃO COMO SUBVENÇÃO PARA Ademais, afirmaram que a conduta fraudulenta do
CUSTEIO. EXCLUSÃO DO LUCRO REAL. contribuinte, que celebrou diversos contratos com
IMPOSSIBILIDADE. CONTRIBUIÇÕES empresas “noteiras” cujos serviços pactuados jamais

Voltar ao sumário. 96
foram prestados, encontra-se tipificada no art. 72 da segundo os Conselheiros, o tratado invocado é
Lei nº 4.502/1964, o que enseja a qualificação das aplicável exclusivamente às pessoas residentes nos
multas correspondentes, conforme disposto no art. Estados Contratantes e só permite, quando da
44, § 1º, da Lei nº 9.430/1996. Por fim, ressaltaram apuração do IR a ser retido no Brasil, a dedução do
que os dirigentes da sociedade firmaram esses imposto pago sobre os mesmos rendimentos
contratos com empresas de papel, a fim de acobertar oferecidos à tributação na Argentina. Dessa forma,
esquema ilícito de pagamento de propinas sob o destacaram que incide IRRF sobre as remessas de
disfarce de prestação de serviços, de modo que, royalties à empresa sediada nos Estados Unidos,
comprovadamente, atuaram com infração à lei e são independentemente do tributo pago por coligada
solidariamente obrigados, por força do art. 135, III, argentina, uma vez que, por força do art. 710 do
do CTN. RIR/1999, responsabiliza-se a fonte pagadora pela
tributação do rendimento do beneficiário
b) Redução indevida do lucro líquido domiciliado em país estrangeiro. Ademais, os
Conselheiros afirmaram que, para o aproveitamento
• PAF 10768.022998/98-35 de imposto pago no exterior, o documento
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo produzido em língua estrangeira necessita de
(Fazenda) tradução para o vernáculo e de ser reconhecido pelo
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF órgão arrecadador e pelo Consulado da Embaixada
Data de julgamento: 07/08/2017 Brasileira no país em que devido o IR, conforme
Data de formalização: 14/09/2017 preceituam os art. 224 do CC/2002 e § 2º do art. 26
Ementa: IRRF. REDUÇÃO INDEVIDA DO da Lei nº 9.249/1995, respectivamente.
LUCRO LÍQUIDO. GLOSA DE DESPESAS NÃO
COMPROVADAS. PRESUNÇÃO DA 8. PIS & COFINS
DISTRIBUIÇÃO DE RENDIMENTOS DA
EMPRESA AOS SÓCIOS. ART. 44 DA LEI Nº a) Desmutualização
8.541/1992. REVOGADO PELA LEI Nº 9.249/1995.
NATUREZA DE PENALIDADE. INEXISTÊNCIA. • PAF 16327.720674/2012-23
APLICAÇÃO DA RETROATIVIDADE BENIGNA. Relator(a): Conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira
IMPOSSIBILIDADE. Barbosa (designado para redação do acórdão) –
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu (Fazenda)
devida a aplicação do art. 44 da Lei nº 8.541/1992 Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
para exigência de IRRF no ano-calendário de 1994, Câmara da 1ª Seção do CARF
à alíquota de 25%, sobre a diferença verificada na Data de julgamento: 26/07/2017
determinação dos resultados da pessoa jurídica em Data de formalização: 08/11/2017
razão da redução indevida do lucro líquido por Ementa: PIS. COFINS. DESMUTUALIZAÇÃO.
apropriação de despesas financeiras sem a devida INCORPORAÇÃO DE AÇÕES. EQUIVALENTE À
comprovação. Os Conselheiros destacaram que, ALIENAÇÃO. RECEITA OPERACIONAL DA
embora o dispositivo tenha sido revogado pela Lei INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. REGISTRO
nº 9.249/1995, não cabe impor a retroatividade CONTÁBIL NO ATIVO CIRCULANTE.
benigna prevista no art. 106 do CTN, vez que o INCIDÊNCIA.
tributo não está sendo exigido como forma de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as
penalidade – sobretudo nesse caso em que a receitas obtidas com a incorporação de ações estão
cobrança está relacionada à glosa de despesas, e não sujeitas à incidência do PIS e da COFINS, porquanto
à omissão de receita. Afirmaram que, na época, a tal operação corresponde a uma alienação em
distribuição de lucros aos sócios era tributada e, por sentido amplo, e não à mera substituição de ativos.
isso, a Lei estabelecia sua presunção para garantir No caso concreto, os Conselheiros destacaram que a
que a empresa, na qualidade de responsável, venda de ações consta do objeto social das
recolhesse o imposto sobre a renda auferida. sociedades corretoras de títulos e valores
mobiliários e, assim, a incorporação de ações
c) Royalties constitui receita operacional da pessoa jurídica
autuada, devendo ser incluída na base de cálculo das
• PAF 13971.001285/2001-50 contribuições. Ademais, afirmaram que,
Relator(a): Conselheiro Luiz Rodrigo de Oliveira considerando o interesse da empresa em alienar os
Barbosa (Fazenda) títulos patrimoniais no curso do processo de
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª desmutualização e, portanto, antes do término do
Câmara da 1ª Seção do CARF exercício social seguinte àquele em que foram
Data de julgamento: 21/09/2017 recebidos, tais ações não podem ser contabilizadas
Data de formalização: 23/10/2017 no ativo permanente do contribuinte, visando à sua
Ementa: IRRF. ROYALTIES. REMESSAS AOS exclusão da receita bruta, na forma prevista pelo art.
ESTADOS UNIDOS. ACORDO ENTRE BRASIL E 3º, § 2º, IV, da Lei nº 9.718/1998, mas sim no ativo
ARGENTINA CONTRA A BITRIBUTAÇÃO. circulante, conforme disposto no art. 179 da Lei nº
COMPENSAÇÃO DO IRRF COM O IRPJ PAGO 6.404/1976. Os Conselheiros também ressaltaram
POR COLIGADA SEDIADA NA ARGENTINA. que, por força dos arts. 129 e 132 do CTN, não pode
IMPOSSIBILIDADE. ART. 710 DO RIR/1999. ser afastada a responsabilidade da incorporadora
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu em relação à multa de ofício aplicada em
que o disposto na Convenção Brasil-Argentina, para decorrência da infração cometida pela incorporada.
evitar a dupla tributação, não se aplica ao pedido de Por fim, consignaram que o lançamento fiscal foi
restituição de IRRF decorrente de remessa de corretamente efetuado em face da pessoa jurídica,
numerário aos Estados Unidos. Isso porque, tendo em vista que a alteração societária de redução

Voltar ao sumário. 97
de capital e devolução dos ativos aos acionistas Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
pessoas físicas ocorreu antes da deliberação do entendeu que a decisão proferida em sede de
BACEN, em desconformidade com o art. 17 da mandado de segurança não impede a reapreciação
Resolução nº 1.655/1989, de modo que a da admissibilidade de recurso especial pela CSRF,
propriedade das ações ainda não era dos sócios. tendo em vista que somente a ordem concedida em
caráter preventivo teria o condão de obstar o não
9. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL conhecimento do recurso pelo colegiado. Isso
porque, segundo os Conselheiros, esse remédio
a) Recurso especial constitucional não pode se desvincular de um ato
coator concreto e de autoridades coatoras
• PAF 10880.734249/2011-79 específicas, de modo que tendo sido obtido o
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo provimento judicial em face dos despachos
(Fazenda) monocráticos enunciados pelos Presidentes da
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF Câmara a quo e da CSRF, seu cumprimento, por
Data de julgamento: 08/08/2017 conseguinte, esgota-se no encaminhamento dos
Data de formalização: 31/08/2017 autos ao órgão colegiado, cuja competência abrange
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. o julgamento do recurso especial na sua
RECURSO ESPECIAL. CONHECIMENTO. integralidade, inclusive quanto à possibilidade de
REQUISITOS PARA DEDUTIBILIDADE DO ÁGIO. ser conhecido. Ademais, destacaram que o colegiado
UTILIZAÇÃO DE EMPRESA-VEÍCULO. LAUDO da CSRF acabou revendo, no curso de outro
DE AVALIAÇÃO. AUSÊNCIA DE DIVERGÊNCIA processo da mesma empresa, a decisão monocrática
NA INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO que motivou o mandamus (para garantia de
TRIBUTAÇÃO. INADMISSIBILIDADE. tratamento isonômico na esfera administrativa) por
Resultado: A Turma, por unanimidade, afirmou ter encaminhado ao órgão recurso praticamente
que não se admite o recurso especial fazendário cuja idêntico ao presente, cujo seguimento havia sido
divergência na interpretação da legislação negado. Desse modo, os Conselheiros consignaram
tributação não tenha sido demonstrada. No caso que desapareceu a situação que ensejou a prolação
concreto, os Conselheiros destacaram que, no da decisão judicial (pronunciamentos divergentes
acórdão paradigma, o vício substancial para o acerca da admissibilidade de recursos especiais do
colegiado ter decidido pela irregularidade do mesmo contribuinte, tendo por base idêntico
aproveitamento do ágio consistiu na utilização de acórdão paradigma) e, assim, ressaltaram que impor
empresa veículo sem propósito negocial; enquanto, o conhecimento do recurso especial objeto dos
no presente caso, não houve transferência do ágio presentes autos recriaria, de forma invertida, a falta
pago por uma empresa à outra, tampouco evidências de tratamento isonômico para o contribuinte.
de fraude ou simulação na amortização decorrente
de incorporação reversa. No tocante à demonstração b) Decadência
do fundamento econômico da mais valia para o
reconhecimento do ágio, ressaltaram que o acórdão • PAF 10140.721925/2012-99
recorrido consignou que o estudo interno elaborado Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
pela empresa antes da aquisição de ações atende o § (Fazenda)
3º do art. 385 do RIR/1999, vez que o dispositivo Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
não exige expressamente laudo (que chegou Data de julgamento: 10/08/2017
inclusive a ser executado após a aquisição, mas Data de formalização: 15/09/2017
previamente à incorporação). Esse entendimento, Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
segundo os Conselheiros, não diverge do paradigma, DECADÊNCIA. ART. 173, II, DO CTN. VÍCIO
caso no qual os próprios documentos internos eram MATERIAL. INAPLICABILIDADE.
extemporâneos, além de não estarem materialmente Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
vinculados com o negócio realizado. Dessa forma, que a contagem do prazo decadencial prevista no
entenderam que as conclusões diversas a que art. 173, II, do CTN não se aplica na hipótese de o
chegaram os colegiados resultaram das diferenças lançamento do crédito tributário ter sido cancelado
constantes do conjunto fático-probatório dos autos, em razão do afastamento da motivação utilizada
não de dissídio na interpretação da legislação. pela fiscalização. Isso porque, para os Conselheiros,
se os fundamentos que motivaram a glosa foram
• PAF 10880.725757/2011-66 analisados e, por conseguinte, não acolhidos, não há
Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo que se falar em vício formal, mas na insubsistência
(Fazenda) da relação jurídico-tributária. Ademais,
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF consignaram que vício formal é aquele que não diz
Data de julgamento: 04/10/2017 respeito aos elementos constitutivos da obrigação
Data de formalização: 20/11/2017 tributária, estando o problema nos aspectos
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. extrínsecos do lançamento. No caso concreto,
RECURSO ESPECIAL. SEGUIMENTO NEGADO mantiveram o cancelamento do lançamento, tendo
POR DESPACHOS MONOCRÁTICOS. MANDADO em vista que o problema estava na essência da
DE SEGURANÇA QUE DETERMINA O REGULAR relação tributária.
PROCESSAMENTO. AUTOS ENCAMINHADOS AO
COLEGIADO DA CSRF. ORDEM JUDICIAL • PAF 19515.722229/2012-79
CUMPRIDA. REAPRECIAÇÃO DO RECURSO NA Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo
INTEGRALIDADE. NÃO CONHECIMENTO. (Fazenda)
POSSIBILIDADE. Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 04/10/2017

Voltar ao sumário. 98
Data de formalização: 08/11/2017 porque, segundo os Conselheiros, nos termos do art.
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. 23, § 4º, I, do Decreto retrocitado, não haveria prova
DECADÊNCIA. ART. 150, § 4º, DO CTN. DIREITO de recebimento se o endereço fornecido não
A CRÉDITO PRÊMIO DE IPI. SENTENÇA coincide com o domicílio tributário eleito, como
CONDENATÓRIA ILÍQUIDA. DISPONIBILIDADE exige o processo administrativo fiscal. Ressaltaram,
JURÍDICA PARA EFEITO DE CONTAGEM DO por fim, que é obrigação do contribuinte manter
PRAZO. ADAPTAÇÃO DO REGIME DE seus dados cadastrais atualizados, conforme
COMPETÊNCIA. RECONHECIMENTO DAS preceitua o art. 30 do RIR/1999, não sendo possível
RECEITAS CONFORME CONTABILIZADAS AS imputar o descumprimento da norma à
COMPENSAÇÕES. Administração Pública.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
na hipótese em que o acréscimo patrimonial d) Nulidade
auferido pelo contribuinte decorre de decisão
judicial ilíquida, dependente de evento futuro e • PAF 12898.000822/2009-69
incerto, o fato gerador do IRPJ e da CSLL ocorre Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
somente após a liquidação da sentença, e não na (Fazenda)
data do seu trânsito em julgado. Assim, registraram Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
que o prazo decadencial para lançamento de ofício Data de julgamento: 06/07/2017
se inicia apenas quando não existe mais contestação Data de formalização: 21/08/2017
do quantum debeatur na esfera judicial, Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
relativizando-se o regime de competência para que NULIDADE. NÃO COMPROVAÇÃO DA
as receitas sejam reconhecidas à medida em que o OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR.
sujeito passivo contabiliza as compensações. No DIMENSIONAMENTO EQUIVOCADO DA BASE
caso concreto, os Conselheiros destacaram que DE CÁLCULO. VÍCIOS MATERIAIS.
restou reconhecido judicialmente o direito do LANÇAMENTO CANCELADO.
contribuinte a crédito prêmio de IPI, mas a sua Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
efetiva disponibilidade dependia de fatos novos que que a incorreção na identificação da matéria
atestassem a exportação dos produtos tributável, porquanto situada na própria essência da
manufaturados. Dessa forma, tratando-se do direito relação jurídico-tributária, implica vício de natureza
a compensar um crédito ainda pendente de material, ensejando, assim, o cancelamento do
liquidação por artigos, nos termos do art. 509 do lançamento. No caso concreto, os Conselheiros
CPC/2015, afirmaram que não há valores a tributar destacaram que o auto de infração comprometeu o
pelo contribuinte antes de dimensionado o título direito de defesa assegurado ao contribuinte por não
executivo, conforme previsto no art. 116 do CTN. Por discriminar, em decorrência de despesas que não
fim, os Conselheiros determinaram a devolução dos teriam sido comprovadas, os valores glosados,
autos para a instância a quo para o julgamento de abstendo-se de juntar qualquer demonstrativo de
mérito que ficou prejudicado com o acolhimento da cálculo até o encerramento da diligência
decadência naquele colegiado. determinada pela instância a quo (quando inclusive
indicou montante superior ao do lançamento
c) Intimação original, deixando, ainda, de especificar os valores
em cada conta glosada), bem como de recompor o
• PAF 16561.720013/2011-44 cálculo do IRPJ e da CSLL para aproveitamento de
Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo saldos negativos. Dessa forma, afirmaram que a
(designada para redação do acórdão) – (Fazenda) motivação inadequada, embora não afronte
Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF diretamente ao art. 142 do CTN, viola as normas de
Data de julgamento: 10/08/2017 conteúdo material dos tributos que estão sendo
Data de formalização: 27/09/2017 exigidos – hipóteses de incidência, bases de cálculo
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. etc. –, elementos constitutivos da obrigação
INTIMAÇÃO POR EDITAL. RESULTADO DA tributária que não se confundem, segundo os
TENTATIVA IMPROFÍCUA POR VIA PESSOAL, Conselheiros, com o vício formal a que se refere o
POSTAL OU ELETRÔNICA. ORDEM DE art. 173, II, do CTN, verificado, via de regra, de
PREFERÊNCIA. INEXISTÊNCIA. imediato no instrumento de formalização do
ESGOTAMENTO DAS MODALIDADES. crédito.
DESNECESSIDADE.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que é • PAF 16327.001355/2008-39
válida a intimação feita por edital, mesmo sem o Relator(a): Conselheira Adriana Gomes Rêgo
exaurimento de todas as modalidades de ciência, (designada redatora ad hoc do acórdão) – (Fazenda)
quando frustrado qualquer dos meios de intimação Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
previstos no art. 23 do Decreto nº 70.235/1972 Data de julgamento: 10/08/2017
(pessoal, postal e eletrônico), uma vez que não estão Data de formalização: 05/09/2017
sujeitos a ordem de preferência. No caso concreto, Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
os Conselheiros destacaram que, embora NULIDADE. ERRO NA DETERMINAÇÃO DA
encaminhadas correspondências para 3 endereços BASE DE CÁLCULO. VÍCIO MATERIAL.
distintos constantes do banco de dados da RFB, a ALTERAÇÃO DO CONTEÚDO DO LANÇAMENTO
administração tributária fracassou em todas as ORIGINAL. APLICAÇÃO DO ART. 173, II, DO CTN.
tentativas de intimar o sujeito passivo por via postal, IMPOSSIBILIDADE.
não podendo de todo modo ser acatado o pleito para Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que as intimações fossem remetidas ao endereço do que a indeterminação da base de cálculo
seu procurador, como ocorre no processo civil. Isso apresentada caracteriza vício material,

Voltar ao sumário. 99
impossibilitando, assim, o reinício do prazo COMPROVAÇÃO DE UMA DAS HIPÓTESES
decadencial para novo lançamento, na forma do art. PREVISTAS NO ART. 135 DO CTN. LANÇAMENTO
173, II, do CTN. Os Conselheiros destacaram que, CANCELADO.
em regra, os vícios formais decorrem de ofensas aos Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
preceitos do art. 10 do Decreto nº 70.235/1972, de erro na identificação do sujeito passivo configura
natureza processual, enquanto os vícios materiais vício material, acarretando a nulidade do
violam os ditames, de índole substancial, dispostos lançamento de ofício, que não pode ser sanado ou
no art. 142 do CTN. Nesse sentir, consignaram que o validado no curso do processo administrativo. Isso
vício relacionado aos elementos constitutivos da porque, segundo os Conselheiros, estando o
obrigação tributária é material, por afetar a própria contribuinte em liquidação quando dos fatos
regra de incidência do tributo, mas é formal a geradores, não pode a fiscalização eleger o sócio
mácula por deficiência na fundamentação, se a majoritário para o polo passivo do feito, sem invocar
motivação descrita não afetar o fato gerador. No para tanto sua participação em atos ilegais ou
caso concreto, os Conselheiros ressaltaram que a praticados com excesso de poderes estatutários.
fiscalização não demonstrou adequadamente a Ademais, ressaltaram que, no caso de liquidação, a
origem dos valores glosados, tampouco considerou responsabilidade em relação à satisfação de débitos
os processos administrativos que repercutiram no ou regular dissolução da sociedade é do liquidante,
saldo de prejuízos fiscais e bases negativas da CSLL, conforme disposto nos arts. 210, 211 e 217 da Lei nº
de modo que, não sendo possível inovar no 6.404/1976, não do sócio controlador.
lançamento para que os erros na determinação da
base de cálculo sejam escoimados, reconheceram a • PAF 10183.006557/2008-72
existência de vício material no auto de infração. Relator(a): Conselheiro Luís Flávio Neto
(Contribuinte)
• PAF 16327.721378/2012-40 Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
Relator(a): Conselheiro Luiz Augusto de Souza Data de julgamento: 13/09/2017
Gonçalves (Fazenda) Data de formalização: 14/11/2017
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
Câmara da 1ª Seção do CARF NULIDADE. CONFUSÃO NA NARRATIVA DOS
Data de julgamento: 16/08/2017 FATOS. CERCEAMENTO DE DEFESA. ERRO NA
Data de formalização: 29/09/2017 ELEIÇÃO DA DATA DO FATO GERADOR. VÍCIOS
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. INSANÁVEIS. LANÇAMENTO CANCELADO.
NULIDADE. DIVERGÊNCIA DE INFORMAÇÕES Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
NA DIPJ E NA DCTF. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO que a evidente confusão na descrição dos fatos e, por
DE ESCLARECIMENTO FORMULADO PELA conseguinte, na capitulação legal, acarreta nulidade
AUTORIDADE ADMINISTRATIVA. AUSENCIA do lançamento. No caso concreto, os Conselheiros
DE COMPROVAÇÃO DO ILÍCITO. LANÇAMENTO destacaram que o auto de infração induz,
CANCELADO. inicialmente, ao entendimento de que o fato
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu tributado é a incorporação havida pelo contribuinte
que a insuficiência do conjunto probatório carreado em janeiro de 2005, mas conduz, na sequência, para
aos autos enseja o cancelamento do lançamento o juízo de que a tributação está se dando sobre a
tributário. No caso concreto, os Conselheiros reserva de reavaliação efetuada em 31/12/2004, por
consignaram que a autoridade fiscal se baseou ter sido eleita pelo Fisco como sendo a data do fato
apenas nas informações prestadas pelo contribuinte gerador. Dessa forma, afirmaram que, impedido o
na DIPJ, após ter verificado algumas inconsistências direito de defesa do sujeito passivo, que sequer tinha
em relação aos valores declarados nas DCTFs. conhecimento do que ensejou a autuação, deve ser
Contudo, destacaram que o sujeito passivo não foi cancelado o auto de infração. Ademais, ressaltaram
intimado para prestar esclarecimentos sobre as que a reserva de reavaliação só enseja o nascimento
divergências no saldo a pagar de CSLL e, portanto, de obrigação tributária quando utilizada para
não se trata da hipótese de lançamento legitimada aumento de capital ou quando ocorre a efetiva
pelo art. 149, III, do CTN. Ademais, afirmaram que realização do ativo reavaliado, do que não cuidaram
não restou devidamente comprovada a falta de os autos. Noutro plano, consignaram que se
recolhimento do tributo devido, nem a ocorrência do realmente foi tributado o ganho de capital, então a
fato gerador, sendo ônus do agente comprovar a autoridade fiscal errou na eleição do momento da
ocorrência do ilícito antes de constituir o crédito ocorrência do fato gerador, o que também implica a
tributário, nos termos do art. 9º do Decreto nº nulidade insanável do auto lavrado, tendo em vista
70.235/1972. que impõe ao contribuinte a tributação de evento
que ainda não aconteceu, ocasionando, ainda, erro
• PAF 10480.720281/2015-11 na base de cálculo e no critério temporal da
Relator(a): Conselheiro Caio Cesar Nader apuração do IRPJ e da CSLL.
Quintella (Contribuinte)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª 10. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Câmara da 1ª Seção do CARF
Data de julgamento: 19/09/2017 a) Sócio de fato
Data de formalização: 30/10/2017
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. • PAF 19515.001263/2009-19
NULIDADE. ERRO NA IDENTIFICAÇÃO DO Relator(a): Conselheiro Rafael Vidal de Araújo
SUJEITO PASSIVO. VÍCIO MATERIAL. (Fazenda)
SOCIEDADE EMPRESARIAL EM LIQUIDAÇÃO. Órgão julgador: 1ª Turma da CSRF
RESPONSABILIDADE DO SÓCIO. AUSÊNCIA DE Data de julgamento: 03/07/2017

Voltar ao sumário. 100


Data de formalização: 21/08/2017 acréscimo de seis pontos percentuais sobre a
Ementa: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. alíquota do RAT/SAT.
SÓCIO DE FATO. SONEGAÇÃO DE TRIBUTO
PELA UTILIZAÇÃO FRAUDULENTA DA PESSOA b) Auxílio-alimentação
JURÍDICA. SOLIDARIEDADE EM RELAÇÃO AOS
DÉBITOS SURGIDOS DO NEGÓCIO. ARTS. 124, I, • PAF 15586.001862/2010-73
E 135, II E III, DO CTN. INCIDÊNCIA CONJUNTA. Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, e Silva Vieira (designada para redação do acórdão) -
reconhecida a ocorrência de sonegação de tributo e (Fazenda)
a interposição de pessoas na constituição da pessoa Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
jurídica, afasta-se a regra de apartação patrimonial Data de julgamento: 20/02/2017
entre a empresa e seus administradores, tornando Data de formalização: 05/07/2017
cabível, com base no art. 124, I, do CTN, a inclusão Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
do sócio de fato na sujeição passiva do crédito AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO FORNECIDO PELO
tributário. No caso concreto, os Conselheiros EMPREGADOR. TICKET. REGISTRO NO PAT.
destacaram que a pessoa responsabilizada, apesar AUSÊNCIA. INCIDÊNCIA.
de não constar formalmente do quadro societário, Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
podia dispor sozinho dos recursos da empresa, entendeu que as verbas pagas a título de auxílio
movimentar contas bancárias e autorizar transações alimentação, mediante tickets, quando não
diversas, atuando, portanto, como administrador de registrados no Programa de Alimentação ao
fato para prática de atos ilícitos – o que também Trabalhador (PAT), sofrem a incidência de
enseja a aplicação do art. 135, II e III, do CTN. contribuição previdenciária. Isso porque, para os
Ressaltaram, por fim, que esse dispositivo cuida de Conselheiros, a previsão de exclusão do referido
responsabilidade solidária, e não subsidiária, beneficio fornecido aos empregados do conceito de
independente, pois, do esgotamento do patrimônio salário de contribuição, conforme dispõe o art. 28, §
da sociedade, tendo em vista que o vínculo 9º, “c”, da Lei nº 8.212/1991, é condicionado a dois
obrigacional não decorre apenas da condição de requisitos: (i) que a alimentação seja fornecida in
sócio, mas da infração cometida. natura; (ii) que a sua disponibilização esteja em
conformidade com as normas do PAT, sendo que
B. SEGUNDA SEÇÃO não houve o cumprimento de nenhum dos requisitos
pelo contribuinte. Por fim, os Conselheiros
1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA ressaltaram a inaplicabilidade do Ato Declaratório
PGFN nº 03/2011, pois, só é possível a sua aplicação
a) Adicional RAT/SAT quando demonstrado que, embora o contribuinte
não tenha formalizado sua adesão ao PAT, ele
• PAF 15504.731972/2013-79 forneceu alimentação in natura, o que não abrange
Relator(a): Conselheiro Rodrigo Monteiro o pagamento em ticket.
Loureiro Amorim (Contribuinte)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª c) Auxílio-educação
Câmara da 2ª Seção do CARF
Data de julgamento: 04/07/2017 • PAF 10680.726916/2011-04
Data de formalização: 18/08/2017 Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Júnior (designado para redação do acórdão) –
ADICIONAL RAT/SAT. EXPOSIÇÃO DE (Fazenda)
TRABALHADORES A CONDIÇÕES ESPECIAIS DE Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
TRABALHO. FORNECIMENTO DE EPI. Data de julgamento: 28/06/2017
DESCUMPRIMENTO. APOSENTADORIA Data de formalização: 02/10/2017
ESPECIAL. LEI Nº 8.213/1991. ACRÉSCIMO DE Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
SEIS PONTOS PERCENTUAIS. INCIDÊNCIA. AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. CRITÉRIO CONCESSIVO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu RESTRIÇÃO. INCIDÊNCIA.
que a empresa que mantém seus empregados Resultado: A Turma, maioria, entendeu que a
expostos a condições especiais de trabalho, e que verba paga a título de auxílio-educação em
não comprova a utilização de equipamentos de desconformidade com o disposto no art. 28, § 9º, “t”,
proteção individual (EPI) que atenuem os efeitos da Lei nº 8.212/1991, compõe o salário de
dos agentes nocivos a níveis abaixo do limite de contribuição, atraindo a incidência da contribuição
tolerância, deve se sujeitar ao pagamento da previdenciária. No caso concreto, os Conselheiros
contribuição para financiamento da aposentadoria entenderam que o benefício não era concedido
especial. No caso concreto, os Conselheiros indistintamente, mas tão somente àqueles
consignaram que não basta o mero fornecimento de empregados admitidos há pelo menos três anos.
EPI ou o simples registro documental de que é Assim, os Conselheiros consignaram que a
utilizado, é imprescindível que a empresa comprove possibilidade de criação de critérios pela
o fornecimento, o treinamento, a utilização através instituidora permitiria que, sempre que necessário,
de fichas de controle e a eficácia na atenuação do ocorra uma possível exclusão de parcela dos
agente nocivo, nos termos do art. 179, da IN INSS nº funcionários através de novos critérios para
20/2007. Assim, em razão da exposição dos obtenção do benefício, o que descaracteriza o
trabalhadores a ruído, em níveis de concentração disposto no art. 28, § 9º, “t”, da Lei nº 8.212/1991,
acima do limite de tolerância, correta a aplicação do que estabelece o acesso indistinto ao benefício,
art. 57, § 6º, da Lei nº 8.213/1991, que estabelece o disponível a todos empregados e dirigentes da
empresa, independentemente de critérios.

Voltar ao sumário. 101


havendo dispensa legal para incidência da
• PAFs 14337.000120/2010-08, contribuição previdenciária sobre tais verbas, no
14337.000121/2010-44 e período objeto do presente lançamento, não há
14337.000122/2010-99 como conceber a concessão de bolsa de estudos fora
Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro do campo de incidência do salário de contribuição,
e Silva Vieira (Fazenda) uma vez que a aplicação da nova legislação é restrita
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF aos fatos geradores ocorridos após a sua publicação.
Data de julgamento: 26/09/2017
Data de formalização: 18/10/2017 d) Aviso prévio indenizado, bônus de
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. contratação e indenização por tempo de serviço.
AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. DEPENDENTES DE
EMPREGADOS. ISENÇÃO SOMENTE APÓS A • PAF 10314.729353/2014-19
PUBLICAÇÃO DA LEI Nº 12.513/2011. Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de
INCIDÊNCIA. ENSINO SUPERIOR. CURSO DE Oliveira (designado para redação do acórdão) -
CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DESTINADO (Fazenda)
AOS EMPREGADOS. NÃO INCIDÊNCIA. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Câmara da 2ª Seção do CARF
entendeu que incide contribuição previdenciária Data de julgamento: 12/09/2017
sobre auxílio-educação destinado a dependentes do Data de formalização: 20/10/2017
segurado empregado. Os Conselheiros destacaram Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
que até a edição da Lei nº 12.513/2011, que alterou PRÊMIO APOSENTADORIA. GANHO EVENTUAL.
o art. 28, §9º, “t”, da Lei nº 8.212/1991 para fazer BÔNUS DE CONTRATAÇÃO. BÔNUS DE
expressa referência aos dependentes dos RETENÇÃO. AUSÊNCIA DE CARÁTER
empregados, não se aplicava a eles qualquer REMUNERATÓRIO. AVISO PRÉVIO
exclusão da base de cálculo. Ademais, os INDENIZADO. FÉRIAS INDENIZADAS
Conselheiros consignaram que embora o conceito de ACRESCIDAS DO TERÇO CONSTITUCIONAL.
salário de contribuição possua correlação com o INEXISTÂNCIA DE CARÁTER
conceito de remuneração do art. 458 da CLT, o REMUNERATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA.
legislador ordinário optou por atribuir-lhes critérios Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
diversos de exclusão, destacando no art. 28, § 9º Lei não incide contribuição previdenciária nos valores
nº 8.212/1991 quais os limites para que a educação, pagos a título de prêmio aposentadoria, bônus de
na forma de bolsas ou auxílios, seja excluída do contratação e retenção, aviso prévio indenizado e
conceito de remuneração (salário de contribuição) férias indenizadas acrescidas do terço constitucional,
para efeitos previdenciários, afastando, assim, a em razão da ausência de caráter remuneratório de
alegação do contribuinte de que o art. 458, § 2º da tais verbas. Para os Conselheiros, o prêmio pago aos
CLT foi editado posteriormente a Lei nº 8.212/1991, funcionários desligados, em decorrência de política
o que autorizaria sua aplicação para definição da de reestruturação da empresa, ou aqueles desligados
exclusão das verbas ali elencadas do conceito de por aposentadoria compulsória, após cumprir um
salário de contribuição. Noutro plano, os tempo mínimo estipulado, possui a característica de
Conselheiros entenderam que não incide ganho eventual, desvinculado do salário e de caráter
contribuição previdenciária sobre auxílio educação, indenizatório, não integrando o salário de
mesmo quando se trata de ensino superior, sendo contribuição conforme o disposto no art. 28, § 9º,
amparado na exclusão prevista no art. 28 § 9º, "t" da “e”, 7, da Lei nº 8.212/1991. Em relação ao bônus de
Lei nº 8.212/1991, desde que a educação contratação e de retenção, os Conselheiros aduziram
proporcionada seja vinculada às atividades que tal parcela, realizada em parcela única, não
desenvolvidas pela empresa. ostenta natureza remuneratória, pois, não decorrem
de prestação de serviços de pessoa física, e sim uma
• PAF 11330.001335/2007-12 mera obrigação de fazer, promessa de contratar ou
Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro manutenção do contrato de trabalho pelo tempo
e Silva Vieira (designada para redação do acórdão) avençado, não relacionada ao fato gerador das
– (Fazenda) contribuições previdenciárias. Ademais, no tocante
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF ao aviso prévio indenizado e as férias indenizadas
Data de julgamento: 24/10/2017 acrescidas do terço constitucional, os Conselheiros
Data de formalização: Pendente. destacaram que em razão da ausência de caráter
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. remuneratório e de sua natureza indenizatória, tais
AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. DEPENDENTES DE rubricas não sofrem a incidência de contribuição
EMPREGADOS. AUSÊNCIA DE PREVISÃO previdenciária.
LEGAL. ISENÇÃO SOMENTE APÓS A
PUBLICAÇÃO DA LEI Nº 12.513/2011. e) Aviso prévio indenizado, décimo terceiro
INCIDÊNCIA. proporcional, abono extraordinário, abono único
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, variável e assistência educacional
entendeu que incide contribuição previdenciária
sobre os valores pagos a título de auxílio-educação • PAF 10166.729695/2013-07
destinado a dependentes do segurado empregado. Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess
Os Conselheiros destacaram que até a edição da Lei (Fazenda)
nº 12.513/2011, que alterou o art. 28, § 9º, “t”, da Lei Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
nº 8.212/1991, para fazer expressa referência aos Câmara da 2ª Seção do CARF
dependentes dos empregados, não se aplicava a eles Data de julgamento: 09/08/2017
qualquer exclusão da base de cálculo. Assim, não Data de formalização: 18/09/2017

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Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. regulador, conforme estabelece o art. 27 da LC nº
ABONO EXTRAORDINÁRIO. AVISO PRÉVIO 109/2001, não se restringindo simplesmente, como
INDENIZADO. DÉCIMO TERCEIRO alega o contribuinte, à observância de prazos de
PROPORCIONAL. NÃO INCIDÊNCIA. BOLSA DE carência mínimos e entre os resgates. Dessa forma,
ESTUDO PARA DEPENDENTE. SALÁRIO os Conselheiros entenderam que incidem
INDIRETO. INCIDÊNCIA. LEI Nº 12.513/2011. contribuições previdenciárias quando faltar
RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. comprovação do propósito previdenciário dos
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, planos, que deveriam destinar-se à formação de
entendeu que não incide contribuição reservas para garantia dos benefícios contratados e
previdenciária sobre os valores pagos a título de não para pagamentos de valores com natureza
aviso prévio indenizado e abono extraordinário, por remuneratória.
serem de natureza indenizatória, conforme
estabelecido no REsp 1.230.957/RS, submetido ao • PAF 13896.722270/2014-93
rito dos recursos repetitivos, porém, há incidência Relator(a): Conselheiro Marcelo Milton da Silva
da referida contribuição sobre os valores pagos a Risso (Contribuinte)
título de auxílio educação para dependente, em Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
razão de seu caráter remuneratório. No caso Câmara da 2ª Seção do CARF
concreto, os Conselheiros entenderam com base no Data de julgamento: 04/07/2017
PGFN/CRJ nº 2.114/2011, que não incide Data de formalização: 09/08/2017
contribuição previdenciária sobre abono Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
extraordinário e abono único variável, por terem PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. REGIME
sido pagas em atendimento às cláusulas do acordo ABERTO. BENEFÍCIO CONCEDIDO A PARTE DOS
coletivo de trabalho. Ademais, os Conselheiros FUNCIONÁRIOS. POSSIBILIDADE.
consignaram que o aviso prévio indenizado é DESCARACTERIZADO COMO INSTRUMENTO
considerado como verba de caráter remuneratório, DE INCENTIVO AO TRABALHO. NÃO
uma vez que não retribui o trabalho, mas sim repara INCIDÊNCIA.
um dano, devendo, portanto, ser afastado o seu Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
lançamento fiscal. Além disso, quanto à assistência que não incide contribuição previdenciária sobre os
educacional relativa aos dependentes dos valores pagos a dirigentes e empregados da empresa,
segurados, constataram que tais valores integram o a título de previdência complementar privada no
salário de contribuição, pois, os lançamentos são regime aberto, por entender que não integram a
referentes ao ano de 2009, ao passo que a lei que remuneração dos participantes, nos termos do art.
autoriza tal isenção tributária, Lei nº 12.513/2011, é 202, § 2º, da CF/1988. Nesse sentido, os
posterior aos fatos geradores, não cabendo Conselheiros destacaram que, apesar do art. 28, § 9º,
retroatividade benéfica. “p”, da Lei nº 8.212/1991 determinar que o
programa de previdência complementar, aberto ou
f) Benefício de previdência privada fechado, seja disponibilizado à totalidade dos seus
empregados e dirigentes, a partir da LC nº 109/2001
• PAFs 16327.720122/2015-68 e essa exigência foi mantida apenas no tocante aos
16327.720052/2015-48 programas das entidades fechadas. Assim, pode a
Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess empresa, no regime aberto, oferecer o benefício a
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) grupos de trabalhadores pertencentes a
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª determinada categoria sem se sujeitar à incidência
Câmara da 2ª Seção do CARF da contribuição previdenciária, desde que não
Data de julgamento: 09/05/2017 implique instrumento de incentivo ou trabalho, ou
Data de formalização: 26/07/2017 seja, prêmio ou gratificação. Por fim, no caso
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. concreto, os Conselheiros entenderam que os
PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. REGIME valores das contribuições em comento devem ser
ABERTO. APORTES SUPLEMENTARES. excluídos do lançamento fiscal, tendo em vista que
DESPROPORCIONALIDADE. INEXISTÊNCIA DE os fatos geradores ocorreram posteriormente à
REGRAS QUANTO AOS RESGATES. referida LC e a fiscalização não comprovou que tais
CARACTERIZADA A NATUREZA valores foram efetivamente pagos como retribuição
REMUNERATÓRIA. INCIDÊNCIA. pelo trabalho prestado pelos beneficiários dos
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, planos.
entendeu que incide contribuição previdenciária em
relação aos benefícios concedidos por meio de • PAF 10314.723039/2014-22
planos de previdência complementar no regime Relator(a): Conselheira Miriam Denise Xavier
aberto quando estes são usados como mecanismo Lazarini (Fazenda)
pela empresa para pagamento de valores com Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
natureza remuneratória. Os Conselheiros Câmara da 2ª Seção do CARF
afirmaram, que é desproporcional que uma empresa Data de julgamento: 04/07/2017
aporte em um plano de previdência complementar Data de formalização: 24/08/2017
aberto, mensalmente, valores de até 100% ou mais Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
do salário do participante, sem prejuízo das PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. REGIME
contribuições da pessoa física. Além disso, aduziram ABERTO. ART. 202 DA CF/1988.
que o resgate das provisões de benefícios a conceder, DESCUMPRIMENTO. INSTRUMENTO DE
quando constituído pelo montante das INCENTIVO AO TRABALHO. CRITÉRIOS
contribuições pagas pela instituidora, deve observar DISCRICIONÁRIOS. INCIDÊNCIA.
as condições e os critérios fixados pelo órgão

Voltar ao sumário. 103


Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
valores pagos a título de previdência complementar incide contribuição previdenciária sobre os valores
privada somente não compõem a base de cálculo das pagos a título de previdência complementar aberta,
contribuições previdenciárias se o plano constituir oferecidos como instrumento de incentivo ao
reservas que assegurem o benefício contratado e a trabalho. No caso concreto, os Conselheiros
entidade tiver por objetivo a garantia de benefícios ressaltaram que a concessão dos valores era definida
previdenciários, conforme art. 202 da CF/1988. por comitê de remuneração, o qual levava em
Ademais, os Conselheiros afirmaram que, no que consideração os resultados apurados e aspectos
tange ao regime aberto de previdência privada, os como o tempo de serviço e desempenho do
pagamentos efetuados com a finalidade de incentivo beneficiário, criando critérios de elegibilidade única
ao trabalho estão sujeitos à incidência de e exclusivamente pela instituidora, que, inclusive,
contribuição previdenciária, ainda que o plano possui a faculdade de recusar a proposta de
tenha sido autorizado pelo órgão competente. Por inscrição do interessado no plano, assim, nem
fim, no caso concreto, ressaltaram que não havia mesmo dentro da própria categoria o plano estava
previsão contratual acerca dos critérios para acessível a todos os empregados, desvirtuando o
concessão do benefício, sendo oferecido de forma disposto na LC nº 109/2001. Desse modo,
discricionária, devendo, portanto, ser integrado ao verificaram que os critérios para o acesso ao
salário de contribuição. benefício eram definidos de forma casuística e
subjetiva, de sorte que ocorreu o desvirtuamento
• PAF 16682.720773/2013-47 dos pagamentos, que passaram a ter natureza
Relator(a): Conselheiro Dilson Jatahy Fonseca salarial.
Neto (Contribuinte)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª g) Bônus de contratação
Câmara da 2ª Seção do CARF
Data de julgamento: 08/08/2017 • PAF 16327.721384/2011-16
Data de formalização: 11/09/2017 Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. e Silva Vieira (designada para redação do acórdão)
PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. BENEFÍCIO – (Fazenda)
DESPROPORCIONAL ENTRE CLASSES DE Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
TRABALHADORES. AUSÊNCIA DE ISONOMIA. Data de julgamento: 25/01/2017
INEXISTÊNCIA DE VEDAÇÃO LEGAL. Data de formalização: 11/09/2017
POSSIBILIDADE. DESCONFIGURAÇÃO DOS Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
PLANOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. BÔNUS DE CONTRATAÇÃO. PAGAMENTO
IMPOSSIBILIDADE. ANTECIPADO PELA FUTURA PRESTAÇÃO DE
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu SERVIÇOS. NATUREZA SALARIAL. INCIDÊNCIA.
que não incide contribuição previdenciária sobre os Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
valores pagos a título de plano de previdência entendeu que, em razão do não cumprimento no
complementar privada, que estabelece pagamento disposto no art. 28, § 9º, “e”, 7, da Lei nº 8.212/1991,
desproporcional entre classes diversas de incide contribuição previdenciária sobre o bônus de
trabalhadores. Isso porque, segundo os contratação pago pela empresa a seus empregados.
Conselheiros, a única condição para a fruição da Isso porque, para os Conselheiros, a rubrica, embora
isenção é a disponibilidade do benefício a todos os paga eventualmente, tem como objetivo atrair
funcionários, conforme dispõe o art. 28, § 9º da Lei profissionais para o quadro funcional da empresa,
nº 8.212/1991, de forma que não é necessária a representando um pagamento antecipado ao
isonomia entre os beneficiários, tendo em vista funcionário pelos serviços que serão
inexistir previsão legal para tanto. Ademais, desempenhados, configurando, portanto, uma
ressaltaram que a RFB não possui competência para contraprestação diretamente ligada ao contrato de
desconfigurar os planos de previdência privada, trabalho.
tampouco estabelecer requisitos normativos
capazes de desclassificar a concessão deste h) Bônus de venda
benefício. Por fim, diante do caso concreto,
afirmaram que o pagamento consideravelmente • PAF 12448.730831/2013-62
superior aos empregados executivos, em detrimento Relator(a): Conselheira Maria Helena Cotta
dos demais trabalhadores, não desvirtua o plano e Cardozo (Fazenda)
sequer faz incidir contribuições previdenciárias. Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 27/06/2017
• PAF 16327.720218/2013-64 Data de formalização: 24/07/2017
Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
e Silva Vieira (designada para redação do acórdão) BÔNUS DE VENDA. MARKETING MULTINÍVEL.
– (Fazenda) SISTEMÁTICA DE VENDAS. PRESTAÇÃO DE
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF SERVIÇO. CARACTERIZAÇÃO. REMUNERAÇÃO
Data de julgamento: 24/08/2016 A TÍTULO DE BÔNUS/PRÊMIO.
Data de formalização: 22/09/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. bônus/prêmios pagos a distribuidores que vendem
PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. REGIME e divulgam produtos da empresa de forma
ABERTO. CRITÉRIOS SUBJETIVOS. autônoma, sem vínculo empregatício, têm natureza
INSTRUMENTO DE INCENTIVO AO TRABALHO. remuneratória, incidindo, sobre tais valores,
INCIDÊNCIA. contribuições previdenciárias, conforme art. 22, III
da Lei nº 8.212/1991. No caso concreto, os

Voltar ao sumário. 104


Conselheiros afirmaram que resta clara a prestação SOCIAL AUTÔNOMO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL.
de serviço presente no modelo operacional de SEBRAE. SESC. NÃO INCIDÊNCIA. INCRA.
“marketing multinível”, visto que, sem os referidos SALÁRIO-EDUCAÇÃO. INCIDÊNCIA.
distribuidores, a empresa não conseguiria vender Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
seus produtos e operar seu marketing. Ressaltaram, entendeu que a não apresentação do contrato de
ainda, que não procede a alegação de que a empresa estágio inviabiliza a verificação de conformidade
atua como mera gerenciadora de fundos, restituindo com a Lei nº 11.788/2008, e, portanto, faz
integralmente o valor que recebia dos distribuidores caracterizar o vínculo empregatício a ensejar a
proveniente das vendas, visto que, na verdade, o que incidência de contribuições previdenciárias.
se verifica é uma remuneração proporcional ao Ademais, os Conselheiros ressaltaram que a não
volume de vendas. eventualidade, elemento capaz de afastar o vínculo
empregatício, não se relaciona com a frequência,
i) Contrato de estágio mas com a natureza do serviço. Dessa forma, no caso
concreto, os Conselheiros afirmaram que, em se
• PAF 11557.001113/2008-18 tratando de verdadeiros segurados empregados e
Relator(a): Conselheira Miriam Denise Xavier não de estagiários, devem incidir contribuições
(Fazenda) previdenciárias sobre os pagamentos efetuados. Por
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª fim, consignaram que, por força dos arts. 109, I, e
Câmara da 2ª Seção do CARF 109-A da IN RFB nº 971/2009, as pessoas jurídicas
Data de julgamento: 03/10/2017 de direito privado, constituídas sob a forma de
Data de formalização: 19/10/2017 serviço social autônomo, não se sujeitam ao
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. recolhimento de contribuições destinadas ao
CONTRATO DE ESTÁGIO. AUSÊNCIA DE SEBRAE e ao SESC, mas devem recolher as
SUPERVISÃO DE PROFISSIONAL. contribuições ao INCRA e ao Salário-Educação, à
DESCARACTERIZAÇÃO. VÍNCULO alíquota de 2,7%.
EMPREGATÍCIO. INCIDÊNCIA. PESSOA
JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO CONSTITUÍDA j) Despesas com veículo
SOB A FORMA DE SERVIÇO SOCIAL
AUTÔNOMO. CONTRIBUIÇÕES AO SEBRAE E AO • PAF 15504.012252/2008-43
SESC. NÃO INCIDÊNCIA. CONTRIBUIÇÕES AO Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
INCRA E AO SALÁRIO-EDUCAÇÃO. INCIDÊNCIA. Santos (Fazenda)
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
entendeu que a ausência de supervisão presencial de Data de julgamento: 28/09/2016
profissional para orientar as atividades Data de formalização: 11/10/2017
desenvolvidas por estagiário descaracteriza o Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
contrato de estágio e configura o vínculo VALORES PAGOS A TÍTULO DE ALUGUEL DE
empregatício. Os Conselheiros ressaltaram que a Lei VEÍCULOS AOS EMPREGADOS.
nº 6.494/1977, ao dispor que o estagiário deve ser HABITUALIDADE. AUSÊNCIA DE
acompanhado no exercício de suas atividades, COMPROVAÇÃO DAS DESPESAS. SALÁRIO
pressupõe a presença de profissional durante a INDIRETO. INCIDÊNCIA.
realização do trabalho, o qual ensinará ao estagiário Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
a prática almejada pelo contrato. Dessa forma, no entendeu que incide contribuição previdenciária
caso concreto, afirmaram que, em se tratando de sobre os valores pagos a título de aluguel de veículos
verdadeiros segurados empregados e não de de propriedade dos empregados da empresa, não
estagiários, devem incidir contribuições sendo contemplado pela isenção prevista no art. 28,
previdenciárias sobre os pagamentos efetuados, em § 9º, “s”, da Lei nº 8.212/1991. No caso concreto, os
conformidade ao princípio da primazia da realidade. Conselheiros salientaram que o STF ao apreciar o
Ademais, os Conselheiros consignaram que, por termo “remuneração”, no julgamento do RE
força dos arts. 109, I, e 109-A da IN RFB nº 565.160/SC, submetido ao rito da repercussão geral,
971/2009, as pessoas jurídicas de direito privado, consignou que a contribuição social a cargo do
constituídas sob a forma de serviço social autônomo, empregador incide sobre ganhos habituais do
não se sujeitam ao recolhimento de contribuições empregado, a qualquer título, quer anteriores ou
destinadas ao SEBRAE e ao SESC, mas devem posteriores a EC nº 20/1998. Assim, no caso
recolher as contribuições ao INCRA e ao Salário- concreto, diante da habitualidade dos pagamentos e
Educação, à alíquota de 2,7%. não havendo provas, por parte do contribuinte, da
comprovação das despesas para pagamento da
• PAF 11557.000812/2008-41 referida verba, não é possível afastar a sua natureza
Relator(a): Conselheira Miriam Denise Xavier remuneratória devendo integrar o salário de
(Fazenda) contribuição.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Câmara da 2ª Seção do CARF k) Distribuição de lucros
Data de julgamento: 03/10/2017
Data de formalização: 19/10/2017 • PAF 16327.721628/2011-61
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima
CONTRATO DE ESTÁGIO. AUSÊNCIA DE Júnior (designado para redação do acórdão) –
COMPROVAÇÃO. DESCARACTERIZAÇÃO. (Fazenda)
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INCIDÊNCIA. Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO Data de julgamento: 28/11/2017
CONSTITUÍDA SOB A FORMA DE SERVIÇO Data de formalização: Pendente

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Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
GRATIFICAÇÕES. DISTRIBUIÇÃO PEJOTIZAÇÃO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
DESPROPORCIONAL DE LUCROS. SERVIÇO PERSONALÍSSIMO POR PESSOA
REMUNERAÇÃO INDIRETA. INCIDÊNCIA. JURÍDICA. ART. 129 DA LEI Nº 11.196/2005.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, SUBORDINAÇÃO. CARACTERIZAÇÃO DO
entendeu que incide contribuição previdenciária VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INCIDÊNCIA.
sobre a distribuição desproporcional de lucros Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
realizada com o objetivo de remunerar entendeu que cabe à fiscalização, para fins da
indiretamente sócios da empresa. Os Conselheiros incidência da contribuição previdenciária,
afirmaram que a utilização de tal mecanismo comprovar a caracterização do vínculo empregatício
configura planejamento tributário abusivo, em contrato de prestação de serviço. Os
praticado com a finalidade pura e simples de Conselheiros afirmaram ser possível, nos termos do
redução dos tributos, sendo necessária a art. 129 da Lei nº 11.196/2005, a prestação de
requalificação jurídica dos fatos para se proceder à serviços intelectuais personalíssimos por pessoas
tributação adequada. jurídicas, desde que não caracterizada a relação de
emprego entre o prestador e o contratante. No caso
l) Empréstimos ao sócio-administrador concreto, os Conselheiros destacaram que a
fiscalização não conseguiu comprovar em todos os
• PAF 10980.723947/2010-30 contratos o vínculo empregatício, sendo que o mero
Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess controle contratual não indica a subordinação do
(Fazenda) contrato de trabalho, e sim um direito do
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª contratante de verificar se o objeto da prestação de
Câmara da 2ª Seção do CARF serviço avençada foi cumprido de acordo com os
Data de julgamento: 06/06/2017 padrões ajustado. Aduziram, entretanto, que,
Data de formalização: 12/07/2017 verificando-se a existência de pessoalidade, não
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. eventualidade, onerosidade e, mais importante,
EMPRÉSTIMOS AO SÓCIO-ADMINISTRADOR. subordinação na prestação do serviço, há que se
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA NATUREZA falar em uma situação patente de relação de
JURÍDICA. CARÁTER REMUNERATÓRIO. emprego, especialmente havendo pagamento de
INCIDÊNCIA. reembolsos e benefícios que normalmente são
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu realizados pelo empregador a seus empregados.
que os empréstimos disponibilizados pela empresa
ao seu sócio-administrador, através de contratos de • PAF 15504.730950/2013-91
mútuos, devem estar acompanhados de documentos Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de
contábeis de caráter idôneo que sustentem Oliveira (designado para redação do acórdão) –
habilmente a sua natureza não remuneratória, pois, (Fazenda)
do contrário, representam remuneração por serviço Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
prestado. Os Conselheiros destacaram que não é Câmara da 2ª Seção do CARF
suficiente que tais contratos preencham os Data de julgamento: 06/06/2017
requisitos formais, sendo necessário analisar as Data de formalização: 1º/08/2017
circunstâncias que permeiam a relação “mutuante e Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
mutuário”, que ficou desvirtuada, pois, o sócio- PEJOTIZAÇÃO. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE
administrador assinou os contratos como SERVIÇO. CONTRATAÇÃO DE PESSOA
representante da pessoa jurídica, na condição de JURÍDICA. SERVIÇOS DE NATUREZA
mutuante, e como mutuário. Ademais, havia a INTELECTUAL. ART. 129 DA LEI Nº 11.196/2005.
possibilidade, segundo o acordo de vontades, apesar RELAÇÃO DE EMPREGO. PAGAMENTO DE
de mútuo feneratício, destinado a fins econômicos, BENEFÍCIOS TRABALHISTAS. INCIDÊNCIA.
a dispensa do pagamento de juros devidos ao tempo Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
da restituição do capital mutuado, a critério com o advento da Lei nº 11.196/2005, a prestação de
exclusivo do mutuante, em caso de pagamento serviços intelectuais por sociedade empresária
antecipado. Dessa forma, os Conselheiros sujeita-se à legislação aplicável às pessoas jurídicas,
entenderam que incidem contribuições exceto quando houver desvio de finalidade ou
previdenciárias quando o conjunto probatório confusão patrimonial, conforme dispõe o art. 50 do
demonstrar o caráter remuneratório da operação, CC/2002. Dessa forma, os Conselheiros
tendo em vista que os valores desembolsados pela entenderam que pode o Fisco, mediante a
empresa representam uma forma de retribuição comprovação da relação de emprego, demonstrando,
pela prestação do serviço. simultaneamente, os atributos da pessoalidade, da
onerosidade, da habitualidade e da subordinação,
m) Pejotização realizar a desconsideração da personalidade jurídica
para exigir o crédito tributário decorrente do fato
• PAF 10600.720029/2013-29 gerador verificado com o trabalho da pessoa física.
Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de Por fim, no caso concreto, afirmaram que a
Oliveira (designado para redação do acórdão) – sociedade empresária contratante, ao realizar o
(Fazenda) pagamento de benefícios trabalhistas, muitos dos
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª quais constantes de acordos e convenções coletivas
Câmara da 2ª Seção do CARF firmados pela empresa ou sindicato que a representa,
Data de julgamento: 06/06/2017 aos prestadores de serviços, cria indícios de
Data de formalização: 10/07/2017 subordinação entre as partes e faz comprovar a
existência de vínculo empregatício.

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2º, do Decreto nº 3.048/1999. No caso concreto,
• PAF 10166.725263/2014-08 aduziram que são devidas as contribuições
Relator(a):Conselheiro Rodrigo Monteiro previdenciárias, deduzidos os valores já pagos pelas
Loureiro Amorim (Contribuinte) pessoas jurídicas em relação aos seus sócios, pois
Órgão julgador:1ª Turma Ordinária da 2ª Câmara foram verificadas, dentre outras, as seguintes
da 2ª Seção do CARF características: (i) os contratos de prestação de
Data de julgamento: 04/07/2017 serviço visavam a pessoa do sócio da empresa
Data de formalização: 17/08/2017 contratada; (ii) a contratante detinha o poder de
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. direção sobre o modo de realização da atividade
PEJOTIZAÇÃO. CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE desempenhada; (iii) o pagamento era realizado em
SERVIÇO. COMPETÊNCIA DA RFB. dias certos, normalmente no mês seguinte ao da
SUBORDINAÇÃO. PESSOALIDADE. NÃO prestação de serviço; (iv) o pagamento de despesas
EVENTUALIDADE. ONEROSIDADE. de viagens seguia as normas internas da empresa
CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DE EMPREGO. contratante; e (v) verificou-se a ausência de
TENTATIVA DE REDUÇÃO DA TRIBUTAÇÃO. empregados nas empresas prestadoras de serviços.
INCIDÊNCIA. Por fim, ressaltaram que o art. 129 da Lei nº
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, 11.196/2005 não pode ser aplicado a fatos geradores
por força do art. 129 da Lei nº 11.196/2005, é licita a pretéritos, como é o caso, e ainda que pudesse, o
criação de uma pessoa jurídica para a prestação de Fisco poderia desconsiderar o vínculo pactuado se
serviços intelectuais em caráter personalíssimo. constatasse a ocorrência de relação empregatícia
Entretanto, os Conselheiros destacaram que, dissimulada em contratação de pessoa jurídica.
quando constatado o vínculo empregatício entre o
sócio que desempenha a atividade e a contratante, • PAF 15504.006139/2010-43
nos termos do art. 3º da CLT, o fiscal poderá Relator(a): Conselheiro Marcio Henrique Sales
proceder à desconsideração do contrato mercantil Parada (Fazenda)
para sua reclassificação como de segurado Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª
empregado, para fins de incidência da contribuição Câmara da 2ª Seção do CARF
previdenciária. No caso concreto, afirmaram que Data de julgamento: 06/06/2017
restou configurada a relação de emprego entre o Data de formalização: 03/07/2017
contribuinte e as pessoas que lhe prestavam serviços, Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
uma vez que as atividades eram: (i) não eventuais, CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO.
haja vista a emissão sequencial e cronológica de CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA PARA
notas fiscais; (ii) onerosas; (iii) dotadas de PRESTAÇÃO DAS ATIVIDADES FIM.
subordinação, dado que o contratado deveria CARACTERIZAÇÃO DE VÍNCULO
observar padrões procedimentais impostos pelo EMPREGATÍCIO. PESSOALIDADE.
contribuinte; e (iv) pessoais, uma vez que o trabalho ONEROSIDADE. NÃO EVENTUALIDADE.
deveria ser produzido exclusivamente pelo SUBORDINAÇÃO. NATUREZA
contratante, sendo ele, inclusive, punido por faltas REMUNERATÓRIA. INCIDÊNCIA.
ao local de desempenho do serviço Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
que presentes os pressupostos que caracterizam
• PAF 37299.007475/2006-32 vínculo empregatício no embasamento probatório
Relator(a): Conselheiro Rodrigo Monteiro construído pela fiscalização, deve ser reconhecida a
Loureiro Amorim (Contribuinte) relação de emprego entre a empresa contratante e a
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª pessoa física prestadora de serviço, dissimulada
Câmara da 2ª Seção do CARF como pessoa jurídica, para fins de recolhimento das
Data de julgamento: 06/06/2017 contribuições previdenciárias. No caso concreto, os
Data de formalização: 18/08/2017 Conselheiros afirmaram ter restado caracterizada a
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. relação de emprego, uma vez que: (i) a empresa
PEJOTIZAÇÃO. CONTRATOS DE PRESTAÇÃO DE contratava pessoas jurídicas para prestar serviços
SERVIÇO. COMPETÊNCIA DA RFB. que na verdade seriam inerentes à sua própria
SUBORDINAÇÃO. PESSOALIDADE. NÃO atividade; (ii) a pessoa terceirizada era, em geral,
EVENTUALIDADE. ONEROSIDADE. sócia ou diretora da empresa contratada, além de ter
CONFIGURAÇÃO DE RELAÇÃO DE EMPREGO. sido verificado que muitos desses prestadores de
INCIDÊNCIA. LEI Nº 11.196/2005. serviço eram ex-funcionários ou prestadores que
IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO estavam, concomitantemente, registrados como
RETROATIVA. empregados na empresa contratante e; (iii) havia
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a ressarcimento das despesas com serviços realizados
fiscalização possui competência para para a execução de ordens emitidas pela contratante.
descaracterizar contratos de prestação de serviço Ademais, os Conselheiros acrescentaram que as
por pessoa jurídica, para fins de incidência da ordens de serviços eram emitidas separadamente
contribuição previdenciária, quando constatadas as para cada sócio da empresa contratada, quando esta
características da relação empregatícia, quais sejam: possuía mais de um, e o trabalho era remunerado
não eventualidade, pessoalidade, onerosidade e por “horas trabalhadas”, além de que se verificou
subordinação. Os Conselheiros afirmaram que tal haver subordinação e dedicação integral à empresa
medida não configura desconsideração da pessoa na análise dos contratos. Dessa forma, os
jurídica, mas apenas constatação de relação Conselheiros concluíram que, no presente caso,
empregatícia envolvendo a empresa e o sócio/titular restou configurado o vínculo empregatício, o que,
da pessoa jurídica por ela contratada, prerrogativa por consequência, atrai a incidência das
atribuída à autoridade fiscal conforme o art. 229, § contribuições previdenciárias.

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somente aqueles com remuneração a partir de
• PAF 10166.728908/2011-11 determinado valor teriam direito à principal
Relator(a): Conselheiro Fábio Piovesan Bozza vantagem que é o aporte da empresa, assim,
(Contribuinte) entenderam que houve a descaracterização da
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª extensão à totalidade dos empregados. Noutro plano,
Câmara da 2ª Seção do CARF no tocante à PLR, a Turma, também por voto de
Data de julgamento: 12/09/2017 qualidade, entendeu que o seu pagamento deve ser
Data de formalização: 22/09/2017 realizado nos moldes do que dispõe a Lei nº
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 10.101/2000, sendo inadmissível a existência de
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. fórmula pré-estabelecida para o cálculo da PLR e
EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO. sendo indispensável a efetiva participação de
INTUITO DE DISSIMULAR A RELAÇÃO DE representante do sindicato, com direito de voto, nas
EMPREGO. SIMULAÇÃO. INCIDÊNCIA. deliberações do acordo negociado para que este
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. possua legitimidade. Por fim, por maioria,
REPRESENTANTES LEGAIS. IMPOSSIBILIDADE. entenderam que existem diversas circunstâncias
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu que podem contribuir para eventual atraso na
que configura ato simulado a celebração de contrato formalização do plano de PLR, como o
de prestação de serviços de gestão, na qual os sócios prolongamento das negociações sobre algum item,
da empresa contratada atuam efetivamente como de modo que é possível a assinatura do acordo no
empregados da empresa contratante, com a única final do período de referência.
finalidade de dissimular a relação de emprego para
afastar a incidência de contribuição previdenciária e • PAF 10830.720746/2014-28
gerar despesas dedutíveis na apuração do lucro real. Relator(a): Conselheira Ana Cecília Lustosa da
Isso porque, no caso concreto, os Conselheiros Cruz (designada para redação do acórdão) –
destacaram que o negócio firmado envolveu pessoas (Contribuinte)
jurídicas pertencentes ao mesmo grupo econômico, Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
de modo que os sócios da empresa contratada Câmara da 2ª Seção do CARF
atuavam como empregados da empresa contratante, Data de julgamento: 08/08/2017
configurando, assim, hipótese de simulação para Data de formalização: 31/08/2017
evitar o pagamento de encargos trabalhistas aos Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
gerentes e possibilitar o pagamento de remuneração PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
expressiva aos vice-presidentes da contribuinte. Por CUMPRIMENTO. PARTICIPAÇÃO DA
fim, os Conselheiros ressaltaram que com a REPRESENTAÇÃO SINDICAL. AUSÊNCIA DE
revogação do ar. 13 da Lei nº 8.620/1993 pelo art. ASSINATURA. ISENÇÃO. PLANO DE
79, VII da Lei n° 11.941/2009, a “relação de PREVIDÊNCIA PRIVADA. NÃO EXTENSIVO A
vínculos” passou a ter a finalidade de apenas TOTALIDADE DOS EMPREGADOS. ISENÇÃO.
identificar os representantes legais da empresa e IMPOSSIBILIDADE.
respectivo período de gestão sem, por si só, atribuir- Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
lhes responsabilidade solidária ou subsidiária pelo não devem incidir contribuições previdenciárias
crédito constituído. sobre valores pagos a título de PLR, mesmo diante
da ausência de assinatura do representante sindical
n) Plano de previdência e PLR no acordo estabelecido. Os Conselheiros afirmaram
que a participação do sindicato nas negociações, no
• PAF 10830.016522/2009-51 caso concreto, ficou comprovada mediante a
Relator(a):Conselheira Andréa Brose Adolfo apresentação de cópias das atas das reuniões
(designada redatora ad hoc do acórdão) – (Fazenda) realizadas e diante do fato do acordo ter sido
Órgão julgador:1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara devidamente arquivado perante o sindicato.
da 2ª Seção do CARF Ademais, destacaram que a intenção do legislador,
Data de julgamento: 06/06/2017 ao dispor sobre PLR, foi a de incentivar a
Data de formalização: 14/08/2017 distribuição dos lucros da empresa entre seus
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. empregados, fazendo com que meros aspectos
PLANO DE PREVIDÊNCIA. REGIME FECHADO. formais não possam prevalecer sobre os objetivos
EXTENSÃO À TOTALIDADE DOS EMPREGADOS. originários da norma. Por fim, aduziram que planos
LC Nº 109/2001. OBRIGATORIEDADE. PLR. de previdência privada que não alcancem a
REQUISITOS. LEI Nº 10.101/2000. FÓRMULA totalidade dos empregados não atendem aos
PRÉ-ESTABELECIDA. AUSÊNCIA DE requisitos fixados pela legislação para concessão de
REPRESENTANTE DO SINDICATO. INCIDÊNCIA. isenção.
ASSINATURA DO ACORDO COLETIVO NO FINAL
DO PERÍODO DE REFERÊNCIA. POSSIBILIDADE. o) Plano de saúde
Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que, para fins de não incidência da • PAF 10380.727103/2014-51
contribuição previdenciária, o programa de Relator(a): Conselheiro Marcelo Milton da Silva
previdência complementar em regime fechado deve Risso (Contribuinte)
ser oferecido à totalidade dos empregados da Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
empresa, conforme determina o art. 16 da LC nº Câmara da 2ª Seção do CARF
109/2001. No caso concreto, os Conselheiros Data de julgamento: 04/07/2017
destacaram que o acordo coletivo de trabalho Data de formalização: 09/08/2017
permitia o ingresso ao programa de previdência Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
complementar de todos os segurados, porém, SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. PLANO DE

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SAÚDE. REQUISITOS PARA ISENÇÃO. prévio do pacto por parte dos empregados como um
UNIVERSALIDADE. DESNECESSIDADE DE atenuante no disposto no art. 2º, II, § 1º, I da Lei nº
HOMOGENEIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. 10.101/2000, pois na norma não há previsão dessa
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que possibilidade.
não integra o salário de contribuição os valores
pagos a título de assistência médica, prestada por • PAF 12448.728527/2013-55
plano de saúde, desde que oferecidos a totalidade Relator(a): Conselheiro Denny Medeiros da
dos empregados e dirigentes, ainda que os serviços Silveira (designado para redação do acórdão) –
sejam prestados por mais de um plano ou que os (Fazenda)
riscos acobertados sejam diferenciados por grupos Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
de trabalhadores. Os Conselheiros ressaltaram que Câmara da 2ª Seção do CARF
a única condição imposta pelo art. 28, § 9º, “q”, da Data de julgamento: 07/06/2017
Lei nº 8.212/1991, com redação conferida pela Lei Data de formalização: 03/08/2017
nº 9.528/1997, para a não incidência é que o Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
benefício seja ofertado à totalidade dos empregados PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
e dirigentes da empresa, de modo que afronta a NÃO CUMPRIMENTO. PARTICIPAÇÃO
razoabilidade e a segurança jurídica a tentativa de se SINDICAL. REGRAS CLARAS E OBJETIVAS.
estender o conteúdo da norma criando-se uma nova MAJORAÇÃO DOS VALORES. DISPARIDADE
condição, qual seja, cobertura igual e homogênea COM O SALÁRIO. INCIDÊNCIA.
para todos os empregados e dirigentes, para que o Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
contribuinte usufrua da isenção tributária, entendeu que os valores auferidos pelos empregados
conforme dispõe o art. 110 do CTN. a título de PLR, pagos em desconformidade com a
Lei nº 10.101/2000, integram o salário de
• PAF 13888.003809/2007-81 contribuição. No caso concreto, os Conselheiros
Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima afirmaram que a empresa desrespeitou os requisitos
Júnior (designado para redação do acórdão) – legais, visto que (i) realizou a negociação sem a
(Fazenda) participação do sindicato; (ii) não estabeleceu regras
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF claras e objetivas quanto ao pagamento da PLR; (iii)
Data de julgamento: 28/03/2017 majorou os valores a serem distribuídos sem haver
Data de formalização: 11/10/2017 previsão no plano e (iv) a disparidade entre o valor
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. da PLR e o salário dos empregados desvirtuou a
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO. PLANO DE finalidade do incentivo. Dessa forma, concluíram
SAÚDE. REQUISITOS PARA ISENÇÃO. pela incidência da contribuição previdenciária sobre
DIVERSIDADE DE PLANOS E COBERTURAS. a PLR distribuída, vez que não foram observados os
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA. requisitos dispostos na legislação aplicável.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que incide contribuição previdenciária • PAFs 10920.000375/2010-21 e
sobre os valores pagos a título de auxílio saúde, 10920.000374/2010-87
quando os planos e coberturas não são igualitários Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima
para todos os empregados. No caso concreto, os Júnior (designado para redação do acórdão) –
Conselheiros destacaram, que para fins de exclusão (Fazenda)
dos referidos valores do salário de contribuição, Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
conforme dispõe o art. 28, § 9º, “q”, da Lei nº Data de julgamento: 26/04/2017
8.212/1991, não pode existir cobertura de planos Data de formalização: 08/08/2017
diferenciada entre empregados e diretores, Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
disponibilizando para alguns empregados a PLR. DIRETORES NÃO EMPREGADOS.
cobertura que se costuma denominar “mais básica”. CARACTERIZAÇÃO DE SALÁRIO DE
CONTRIBUIÇÃO. INCIDÊNCIA.
p) PLR Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que a contribuição previdenciária deve
• PAF 14485.003262/2007-10 incidir sobre os valores pagos a título de PLR aos
Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira diretores sem vínculo empregatício com a empresa.
Santos (Fazenda) Assim, os Conselheiros afirmaram que a isenção
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF prevista no art. 28, § 9º, “j”, da Lei nº 8.212/1991, a
Data de julgamento: 25/05/2017 qual dispõe que a PLR não está sujeita à
Data de formalização: 06/07/2017 contribuição previdenciária nos termos de
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. legislação específica, não foi regulamentada pela Lei
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. nº 6.404/1976, uma vez que esta trata de normas
NÃO CUMPRIMENTO. CELEBRAÇÃO DO gerais de organização das companhias e de sua
ACORDO COLETIVO POSTERIORMENTE AO relação com terceiros. Por fim, aduziram que a
PERÍODO DE APURAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. referida isenção só veio a ser disciplinada pelo art.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, 2º da Lei nº 10.101/2000 que prevê a
entendeu que a assinatura de acordo coletivo em desnecessidade de recolhimento do tributo tão
data posterior ao período de apuração dos lucros ou somente sobre a PLR paga aos empregados da
resultados configura violação a uma das pessoa jurídica, não mencionando os diretores
características essenciais da verba paga a título de estatuários.
PLR, qual seja, o caráter de recompensa pelo esforço
para o alcance de metas. Ademais, os Conselheiros • PAF 16327.720657/2014-58
afirmaram que não há que se falar em conhecimento

Voltar ao sumário. 109


Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de isenção da PLR, não criou qualquer impedimento
Oliveira (designado para redação do acórdão) – quanto aos funcionários que possuam mandato de
(Fazenda) administrador.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Câmara da 2ª Seção do CARF • PAF 15504.725981/2011-69
Data de julgamento: 04/07/2017 Relator(a):Conselheiro João Bellini Júnior
Data de formalização: 17/08/2017 (Fazenda)
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. Câmara da 2ª Seção do CARF
NÃO CUMPRIMENTO. REGRAS CLARAS E Data de julgamento: 08/08/2017
OBJETIVAS. DESCUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA. Data de formalização: 21/08/2017
PAGAMENTOS EM VALORES DIFERENCIADOS. Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
POSSIBILIDADE. PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que NÃO CUMPRIMENTO. INEXISTÊNCIA DE
inobservância de um dos requisitos dispostos na Lei NEGOCIAÇÃO PRÉVIA. PARCELAS FIXAS
nº 10.101/2000 nos pagamentos de PLR atrai a INDEPENDENTES DE RESULTADOS. AUSÊNCIA
incidência das contribuições previdenciárias. Os DE PARTICIPAÇÃO DO SINDICATO.
Conselheiros afirmaram que a previsão de isenção ASSINATURA POSTERIOR AO PERÍODO DE
sobre a PLR configura hipótese de exceção à AFERIÇÃO DOS RESULTADOS. INCIDÊNCIA.
incidência do tributo, e que regras excepcionais Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
devem ser interpretadas restritivamente. No caso que verbas pagas a título de PLR não integram a
concreto, os Conselheiros consignaram que a Lei nº base de cálculo das contribuições previdenciárias
10.101/2000 não estabelece o quão prévio deve ser desde que pagas com integral observância aos
o acordo coletivo, bastando que ele seja firmado requisitos estabelecidos na Lei nº 10.101/2000. No
antes do pagamento da primeira parcela da PLR, caso concreto, os Conselheiros concluíram pela
com a antecedência que demonstre que os incidência da contribuição, uma vez que: (i)
trabalhadores tinham ciência dos resultados a serem inexistiam provas de que a fixação dos critérios e
alcançados e que permita que se infira que o ajuste condições de determinado programa teria ocorrido
entre as partes foi construído com a devida mediante negociação coletiva prévia; (ii) uma parte
discussão e busca dos interesses comuns que do pagamento era feito por meio de parcelas fixas,
culminaram no acordo coletivo firmado. Entretanto, independente do cumprimento de metas; (iii) não
os Conselheiros afirmaram que a escolha de critérios haveria indícios de participação do sindicato nas
subjetivos aplicados na determinação do negociações e; (iv) a assinatura dos acordos teria
cumprimento das metas, impossíveis de aferição a ocorrido apenas no último mês do período de
posteriori por critérios objetivos, conforme dispõe o apuração. Ademais, os Conselheiros afirmaram que
art. 2, § 1º, da Lei nº 10.101/2000, descaracteriza a em relação aos valores de PLR veiculados no art. 7,
natureza não remuneratória das verbas pagas a XI, da CF/1988 dependem expressamente de Lei
título de PLR. Por fim, os Conselheiros destacaram que o regule, conforme decidido pelo STF no
que inexiste requisito de que os pagamentos sejam julgamento do RE 569.441/RS, submetido a
realizados de modo equânime a todos os sistemática da repercussão geral, o que só se operou
funcionários da empresa, cabendo unicamente às a partir da MP nº 794/1994, não havendo que se
partes definirem no acordo para quem, quanto e falar em PLR antes disso.
como serão pagos.
• PAF 16682.720227/2014-97
• PAF 16327.720283/2014-71 Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess
Relator(a): Conselheiro Rodrigo Monteiro (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
Loureiro Amorim (Contribuinte) Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Câmara da 2ª Seção do CARF
Câmara da 2ª Seção do CARF Data de julgamento: 03/07/2017
Data de julgamento: 06/06/2017 Data de formalização: 12/09/2017
Data de formalização: 17/08/2017 Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. NÃO CUMPRIMENTO. SEMESTRALIDADE.
CUMPRIMENTO. PARTICIPANTE DO INOBSERVÂNCIA. RESCISÃO CONTRATUAL.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. CONDIÇÃO NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO EFETIVA.
DE EMPREGADO. ISENÇÃO. INCIDÊNCIA.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
que não incide contribuição previdenciária sobre os entendeu que os pagamentos a título de PLR em
valores pagos a título de PLR aos empregados desacordo com a semestralidade prevista na Lei nº
participantes do Conselho de Administração da 10.101/2000 estão sujeitos à incidência da
empresa quando observados os requisitos contribuição previdenciária. Os Conselheiros
estabelecidos na Lei nº 10.101/2000. No caso ressaltaram, entretanto, que, em caso de rescisão do
concreto, os Conselheiros afirmaram que, antes de contrato de trabalho, os valores pagos a título de
integrarem o conselho de administração, os PLR no momento do desligamento não entram na
empregados trabalharam na empresa durante anos regra da periodicidade, cabendo ao contribuinte
e, portanto, o simples fato de exercerem função de demonstrar efetivamente os casos em que o
administradores não descaracteriza a relação pagamento foi efetuado em desconformidade por
empregatícia que possuem. Ademais, ressaltaram ocasião de rescisão contratual. No caso concreto,
que o legislador, ao estabelecer os requisitos para a entenderam que a extrapolação à semestralidade,

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prevista no art. 3º, § 2º da Lei nº 10.101/2000, com Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
exceção aos casos em que o contribuinte comprovou Data de julgamento: 29/08/2017
o desligamento do segurado empregado, decorreu Data de formalização: 22/09/2017
da ausência de compatibilização entre os diferentes Ementa: CONTRIBUÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
instrumentos coletivos de negociação, de modo que PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA.
o defeito adveio da própria concepção dos planos. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS.
Dessa forma, afirmaram que a contribuição ACORDO POSTERIOR AO INÍCIO DO PERÍODO
previdenciária incide sobre todos os valores pagos, e DE APURAÇÃO. INCIDÊNCIA.
não só sobre aqueles pagamentos extras que Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
extrapolaram as limitações legais. entendeu que os valores pagos a título de PLR em
desconformidade com a Lei nº 10.101/2000
• PAF 35464.002327/2004-85 integram o salário de contribuição. Os Conselheiros
Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira consignaram que a celebração do acordo de PLR em
Santos (Fazenda) momento posterior à apuração dos resultados
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF contraria o art. 2, § 1º, da Lei nº 10.101/2000 e retira
Data de julgamento: 29/08/2017 a característica essencial de recompensa pelo
Data de formalização: 22/09/2017 esforço conjunto entre capital e trabalho para o
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. alcance de metas. Dessa forma, afirmaram que o
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. acordo deve ser formalizado antes do período em
NÃO CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE REGRAS que vigorará, de modo que as partes iniciem o
CLARAS E OBJETIVAS. DESCUMPRIMENTO. período com o conhecimento de todas as regras e
INCIDÊNCIA. metas estabelecidas, para que se afaste a incidência
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, da contribuição previdenciária.
entendeu que a negociação prévia para celebração
do acordo de PLR com efetiva participação dos • PAF 10805.723248/2013-63
empregados, de sindicato e da empresa na Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
estipulação de regras claras e objetivas é requisito Santos (Fazenda)
fundamental para que os pagamentos não integrem Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
o salário de contribuição. No caso concreto, os Data de julgamento: 26/09/2017
Conselheiros afirmaram que, além da inexistência Data de formalização: 18/10/2017
de regras claras e objetivas, os critérios de metas Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
foram definidos pela matriz no exterior, de forma PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
totalmente alheia a acordos e negociações entre a NÃO CUMPRIMENTO. ACORDO FIRMADO NA
empresa e seus empregados, de modo que os valores CIDADE DA SEDE DA EMPRESA.
pagos aos segurados não se enquadram como PLR TERRITORIALIDADE. APLICAÇÃO AOS
pelo descumprimento dos requisitos do art. 2º da FUNCIONÁRIOS DAS FILIAIS.
Lei nº 10.101/2000. IMPOSSIBILIDADE. SEMESTRALIDADE.
DESCUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA.
• PAF 15504.000193/2008-61 Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
Relator(a): Conselheira Luiz Eduardo de Oliveira entendeu que não é permitido o pagamento de
Santos (Fazenda) valores a título de PLR, quando firmado com base
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF em acordo feito com sindicato localizado na cidade
Data de julgamento: 29/08/2017 onde se encontra a sede da empresa, para os
Data de formalização: 22/09/2017 funcionários das filiais que se estabeleçam em
Ementa: CONTRIBUÇÃO PREVIDENCIÁRIA. outras localidades. De acordo com os Conselheiros,
PLR. DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS o sindicato dos funcionários da matriz não possui
LEGAIS. PERIODICIDADE SEMESTRAL. competência territorial sobre os trabalhadores das
DESCUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA. filiais, principalmente quando nessas cidades
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, estiverem presentes sindicatos das categorias
entendeu que todos os valores pagos a título de PLR profissionais em questão. Desse modo, aduziram
estão sujeitos à incidência de contribuição que tais parcelas pagas aos trabalhadores de outras
previdenciária quando algum dos pagamentos cidades não podem ser consideradas como isentas à
ocorre em periodicidade diversa daquela luz da Lei nº 10.101/2000, sendo permitida a
determinada pelo art. 3º, § 2º, da Lei nº incidência de contribuição previdenciária. Por fim,
10.101/2000. Os Conselheiros ressaltaram que não os Conselheiros entenderam que é vedado o
é suficiente tributar somente os valores que pagamento de PLR por mais de duas vezes no
extrapolaram a periodicidade infereior a um mesmo ano civil e em periodicidade inferior a um
semestre civil, uma vez que o descumprimento de semestre civil, em observância ao critério da
um dos requisitos previstos na legislação implica a semestralidade previsto na mencionada Lei.
descaracterização de toda a PLR. Desse modo, os
Conselheiros entenderam que, no caso dos autos, • PAF 10805.723653/2012-09
deve ser integrado ao salário de contribuição o valor Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
total da PLR, tendo em vista que ocorreram mais de Santos (Fazenda)
dois pagamentos sob essa rubrica no mesmo ano Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
civil. Data de julgamento: 26/09/2017
Data de formalização: 17/11/2017
• PAF 16327.721263/2013-36 Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
Santos (Fazenda) NÃO CUMPRIMENTO. ACORDO POSTERIOR AO

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INÍCIO DO PERÍODO DE APURAÇÃO. havendo a possibilidade de afastar a incidência da
SEMESTRALIDADE. DESCUMPRIMENTO. contribuição previdenciária.
INCIDÊNCIA.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, • PAF 13603.722445/2011-68
entendeu que os valores pagos a título de PLR em Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima
desconformidade com os requisitos estabelecidos na Junior (designado para a redação do acórdão) –
Lei nº 10.101/2000 estão sujeitos à incidência de Fazenda)
contribuição previdenciária. No caso concreto, os Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
Conselheiros afirmaram que o acordo foi celebrado Data de julgamento: 30/08/2017
após iniciado o período de apuração do lucro, o que Data de formalização: 21/11/2017
inviabiliza que o empregado saiba quais metas Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
devem ser cumpridas para o recebimento do PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
benefício e retira da verba sua principal função, qual NÃO CUMPRIMENTO. DISTRIBUIÇÃO SEM
seja estimular o esforço dos trabalhadores. Ademais, OBSERVÂNCIA DA SEMESTRALIDADE.
consignaram que o plano de PLR deve respeitar o INCIDÊNCIA.
critério da semestralidade, de forma que é vedado o Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
pagamento por mais de duas vezes no mesmo ano entendeu que a distribuição de PLR realizada em
civil e em periodicidade inferior a um semestre civil. periodicidade inferior a um semestre civil não goza
da isenção de contribuição previdenciária disposta
• PAFs 17883.000054/2010-60 no art. 2º da Lei nº 10.101/2000. Isso porque, para
Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima os Conselheiros, tal benefício é condicionado ao
Junior (designado para a redação do acórdão) cumprimento de todos os requisitos legais, sendo
(Fazenda) certo que o contribuinte ao creditar a PLR sem
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF observância na periodicidade descumpriu o art. 3º,
Data de julgamento: 30/08/2017 §2º, da Lei nº 10.101/2000, o qual prevê a
Data de formalização: 21/11/2017 impossibilidade de distribuição da verba por mais
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. de duas vezes em um mesmo ano civil, assim, deve
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. incidir contribuição previdenciária sobre todos os
NÃO CUMPRIMENTO. DISTRIBUIÇÃO SEM valores pagos a título de PLR.
OBSERVÂNCIA DA SEMESTRALIDADE.
INCIDÊNCIA. q) PLR e auxílio-educação
Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
entendeu que a distribuição de PLR realizada em • PAF 12268.000388/2009-33
periodicidade inferior a um semestre civil não goza Relator(a): Conselheira Maria Helena Cotta
da isenção de contribuição previdenciária disposta Cardozo (Fazenda)
no art. 2º da Lei nº 10.101/2000. Isso porque, para Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
os Conselheiros, tal benefício é condicionado ao Data de julgamento: 26/04/2017
cumprimento de todos os requisitos legais, sendo Data de formalização: 05/07/2017
certo que o contribuinte ao creditar a PLR Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
mensalmente descumpriu o art. 3º, §2º, da Lei nº PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
10.101/2000, o qual prevê a impossibilidade de NÃO CUMPRIMENTO. DISTRIBUIÇÃO SEM
distribuição da verba por mais de duas vezes em um OBSERVÂNCIA DA SEMESTRALIDADE.
mesmo ano civil, assim, todos os valores pagos INCIDÊNCIA. AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. NÃO
possuem natureza remuneratória devendo incidir EXTENSÃO A TODOS OS EMPREGADOS.
contribuição previdenciária. INCIDÊNCIA.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
• PAFs 10680.721282/2010-12, entendeu que o pagamento a título de PLR deve
10680.721278/2010-46 e obedecer aos requisitos da Lei nº 10.101/2000,
10680.721276/2010-57 dentre os quais se encontra o da periodicidade
Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima mínima, disposto no art. 3º, § 2º da referida norma,
Junior (designado para a redação do acórdão) para não integrar o salário de contribuição. Dessa
(Fazenda) forma, entenderam que, excedido o limite máximo
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF de dois pagamentos no ano, todos os valores pagos a
Data de julgamento: 30/08/2017 título de PLR devem ser tributados, visto que, nessa
Data de formalização: 21/11/2017 hipótese, há a desnaturação da verba. Ademais, os
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. Conselheiros aduziram que os pagamentos
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. referentes a auxílio-educação devem integrar o
NÃO CUMPRIMENTO. ACORDO CELEBRADO salário de contribuição quando não forem
APÓS INICIADO O PERÍODO DE APURAÇÃO. extensivos a todos os empregados, nos termos do art.
INCIDÊNCIA. 28, I, § 9º, “t”, da Lei nº 8.212/1991, sendo
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, irrelevante o motivo pelo qual o benefício não foi
entendeu que os valores pagos a título de PLR só não ofertado aos demais funcionários. No caso concreto,
estão sujeitos à incidência da contribuição o benefício era disponibilizado apenas para
previdenciária se forem observados todos os funcionários que cumpriam o período de dois anos
requisitos estabelecidos na Lei nº 10.101/2000. de carência, em desacordo com o disposto art. 28, I,
Assim, no caso concreto, os Conselheiros § 9º, “t”, da Lei nº 8.212/1991, antes de sua alteração
consignaram que acordo coletivo foi formalizado pela Lei nº 12.513/2011.
somente ao final do período de aferição,
contrariando o disposto na Lei nº 10.101/2000, não • PAF 10805.721660/2015-19

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Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de contribuição previdenciária, nos termos que ocorre
Oliveira (designado para redação do acórdão) – com os valores destinados à graduação.
(Fazenda)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª r) PLR e GILRAT
Câmara da 2ª Seção do CARF
Data de julgamento: 06/06/2017 • PAF 10972.720077/2014-70
Data de formalização: 10/07/2017 Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. (Fazenda)
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
NÃO CUMPRIMENTO. DISTRIBUIÇÃO SEM Câmara da 2ª Seção do CARF
OBSERVÂNCIA DA SEMESTRALIDADE. Data de julgamento: 03/07/2017
ABRANGÊNCIA DO ACORDO. SINDICATO DE Data de formalização: 17/08/2017
DETERMINADA LOCALIDADE. POSSIBILIDADE Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
DE EXTENSÃO. AUXÍLIO EDUCAÇÃO. NÃO PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
INCIDÊNCIA. DESCUMPRIMENTO. AVALIAÇÃO. SINDICATO
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, DE CATEGORIA. BASE TERRITORIAL.
entendeu que devem incidir contribuição ESTABELECIMENTOS NÃO ABRANGIDOS.
previdenciária sobre os pagamentos a título de PLR, INCIDÊNCIA. GILRAT. ATIVIDADE
quando não for respeitada a periodicidade dos PREPONDERANTE. AFERIÇÃO POR
pagamentos prevista na Lei nº 10.101/2000. Além ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA.
disso, por maioria, os Conselheiros entenderam que Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
não há vedação tributária legal em relação à incide contribuição previdenciária sobre os valores
extensão do acordo sobre PLR firmado com pagos a título de PLR quando suas condições e
sindicato representativo da categoria profissional de critérios de avaliação não estejam passíveis de
determinada localidade, sendo possível que este se aferição, em razão do disposto na Lei nº
estenda aos trabalhadores que prestam serviços em 10.101/2000. Nesse sentido, segundo os
localidades diversas. Por fim, por unanimidade, Conselheiros, o acordo de PLR não pode criar
afirmaram que os valores pagos a título de auxílio- margem para a discricionariedade do empregador,
educação, ainda que não se estendam à totalidade mediante avaliações de cunho subjetivo, devendo as
dos empregados, devem ser excluídos da base de metas a serem atingidas pelos empregados serem
cálculo das contribuições previdenciárias, conforme claras e objetivas. Assim, no caso concreto,
a alteração do art. 28, § 9º, “t”, da Lei nº 8.212/1991, entenderam que o contrato firmado não estabeleceu
trazida pela Lei nº 12.513/2011. Assim, o fato do uma correlação entre pontuações e avaliações,
contribuinte exigir um ano de trabalho na empresa deixando claro apenas o valor mínimo de 2,5
para que os empregados possam usufruir do salários nominais de cada empregado e, portanto, os
benefício, não retira a universalidade do auxílio- valores referentes à PLR estão sujeitos à incidência
educação, considerando a razoabilidade do período de contribuição previdenciária. Ademais,
de carência. ressaltaram que, independente da via de negociação,
é obrigatória a participação do sindicato
• PAF 16682.720808/2011-86 representativo da categoria, assim, os pagamentos a
Relator(a):Conselheira Ana Paula Fernandes trabalhadores que prestam serviços em
(Contribuinte) estabelecimentos da empresa, não abrangidos pela
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF base territorial do sindicato que assinou o
Data de julgamento: 26/09/2017 instrumento de negociação coletiva, integram a base
Data de formalização: Pendente de cálculo da contribuição previdenciária. Noutro
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. plano, em relação a contribuição para o GILRAT, os
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. Conselheiros entenderam que o seu percentual deve
NÃO CUMPRIMENTO. DISTRIBUIÇÃO ser apurado com base na atividade preponderante,
DISCRICIONÁRIA AOS FUNCIONÁRIOS. desenvolvida em cada estabelecimento da empresa,
INCIDÊNCIA. AUXÍLIO-EDUCAÇÃO. PÓS- identificado pelo seu CNPJ, conforme dispõe o
GRADUAÇÃO. ISENÇÃO. Parecer PGFN/CRJ nº 2.120/2011.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
deve incidir contribuição previdenciária sobre os s) PLR, indenização e abono
valores pagos a título de PLR, quando determinada
porcentagem dos resultados é distribuída aos • PAF 16327.720237/2015-52
funcionários da empresa de modo discricionário. No Relator(a): Conselheiro João Victor Ribeiro
caso concreto, o grupo empresarial estabeleceu que Aldinucci (designado para redação do acórdão) –
25% dos seus rendimentos seriam partilhados com (Contribuinte)
os trabalhadores, sendo 5% distribuídos de acordo Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
com critérios unilateralmente estabelecidos pela Câmara da 2ª Seção do CARF
diretoria. Nesse sentido, os Conselheiros Data de julgamento: 07/06/2017
entenderam pela incidência de contribuição Data de formalização: 10/07/2017
previdenciária sobre a parcela partilhada Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
discricionariamente, afastando, noutro plano, a PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS.
incidência do tributo sobre aqueles valores pagos NÃO CUMPRIMENTO. AUSÊNCIA DE
com base em critérios claros e objetivos. A par do PARTICIPAÇÃO SINDICAL. RECUSA DA
exposto, em relação aos gastos despendidos com PRÓPRIA ENTIDADE. POSSIBILIDADE.
auxílio-educação destinados à pós-graduação, os DESCUMPRIMENTO DA SEMESTRALIDADE.
Conselheiros aduziram que não deveria incidir INCIDÊNCIA RESTRITA AOS VALORES

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IRREGULARMENTE PAGOS. INDENIZAÇÃO cálculo da referida contribuição os pagamentos a
PELA RENÚNCIA A CARGO. CLÁUSULA DE NÃO título de (i) “programas participativos”, nos quais há
CONCORRÊNCIA. NÃO INCIDÊNCIA. potestatividade da empresa, que representa uma
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a prerrogativa unilateral e exclusiva na sua concessão,
posição intransigente do ente sindical em não devendo ser afastada sua natureza remuneratória;
participar da comissão paritária, bem como sua (ii) indenização por rescisão do contrato sem justa
recusa na indicação de um representante para suprir causa, no prazo de trinta dias após o retorno das
sua ausência não pode prejudicar o direito ao férias do trabalhador, em razão de sua natureza
recebimento de PLR dos trabalhadores tampouco indenizatória; e (iii) abono de férias, previsto em
fazer incidir contribuições previdenciárias sobre acordo coletivo e pago até a quantia de vinte dias de
esses valores pagos pela empresa. Ademais, os salário, juntamente com a concessão das férias,
Conselheiros entenderam que, apesar do art. 3º, § conforme dispõe o art. 28, § 9º, “e”, 6, da Lei nº
2º, da Lei nº 10.101/2000 determinar que o 8.212/1991. Por fim, afirmaram que o
pagamento a título de PLR possa ser feito apenas descumprimento dos requisitos formais quanto à
duas vezes ao ano, devendo-se respeitar um estipulação do programa de PLR, tais quais a fixação
intervalo mínimo de seis meses, essa mesma norma dos direitos substantivos da participação e as regras
em nenhum momento dispôs que o adjetivas pertinentes à PLR em “slides de Power
descumprimento da periodicidade descaracterizaria Point”, a ausência de regras claras e objetivas, bem
o plano em sua totalidade, e, portanto, apenas as como do mecanismo de aferição das metas para o
parcelas tidas por irregulares sofrerão tributação. pagamento, enseja a incidência da tributação em
Por fim, ressaltaram que não incide contribuição questão, conforme dispõe a Lei nº 10.101/2000.
previdenciária sobre o pagamento realizado a título
de indenização pela renúncia a cargo diretivo em t) PLR, seguro de vida, auxílio-médico e
razão da existência de cláusula de não concorrência, auxílio-odontológico
por não corresponder a remuneração, não se
adequando ao conceito quer seja de salário, seja de • PAF 10380.732714/2011-78
ganho habitual em forma de utilidade ou de Relator(a): Conselheiro Jorge Henrique Backes
adiantamento, mas sim constituindo-se em valor (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
eventual pago por liberalidade do contribuinte, que Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
se aproxima de indenização por perda de uma Câmara da 2ª Seção do CARF
chance/lucros cessantes, e para a qual não há Data de julgamento: 09/05/2017
incidência de contribuição previdenciária, por Data de formalização: 03/08/2017
ausência de subsunção dos fatos às normas de Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
regência desse tributo. PLR. DIRIGENTES. ISENÇÃO CONDICIONADA.
REQUISITOS. NÃO CUMPRIMENTO.
• PAF 16682.720935/2014-28 PAGAMENTO EM DISSONÂNCIA AO ACORDO
Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess SINDICAL. INCIDÊNCIA. SEGURO DE VIDA.
(Fazenda) CONVENÇÃO COLETIVA DO TRABALHO.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª IRRELEVÂNCIA. DISPONIBILIDADE A TODOS
Câmara da 2ª Seção do CARF OS FUNCIONÁRIOS. NÃO INCIDÊNCIA.
Data de julgamento: 03/07/2017 AUXÍLIO-MÉDICO E ODONTOLÓGICO.
Data de formalização: 17/08/2017 TOTALIDADE DOS FUNCIONÁRIOS E
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. DIRIGENTES DA EMPRESA.
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. DESCUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA.
DESCUMPRIMENTO DOS REQUISITOS Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
FORMAIS. ABONO VINCULADO À que a fixação de critérios iguais para dirigentes e
ASSIDUIDADE. ABONO EM SUBSTITUIÇÃO AO demais empregados, porém, executados de formas
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. diferentes, em que não há o cumprimento das
INDENIZAÇÃO POR APOSENTADORIA. exigências da avaliação individual para os dirigentes,
CARÁTER REMUNERATÓRIO. INCIDÊNCIA. enseja a incidência de contribuição previdenciária
PROGRAMAS PARTICIPATIVOS. PRÊMIO sobre os valores pagos títulos de PLR, conforme
POTESTATIVO. INDENIZAÇÃO RETORNO DE dispõe a Lei nº 10.101/2000. Ademais, os
FÉRIAS. ABONO DE FÉRIAS VINCULADO À Conselheiros entenderam que independentemente
ASSIDUIDADE. NÃO INCIDÊNCIA. da existência de acordo ou convenção coletiva de
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que trabalho, requisito previsto no Decreto nº
todos os valores pagos em pecúnia aos segurados 3.048/1999, o valor pago pela empresa referente a
empregados de uma empresa destinados a retribuir prêmio de seguro de vida em grupo, disponível à
o trabalho, ainda que desprovidos de habitualidade, totalidade de seus empregados, não está sujeito à
estão incluídos na base de cálculo da contribuição incidência das referidas contribuições, por não
previdenciária. No caso concreto, os Conselheiros apresentar natureza remuneratória, conforme
afirmaram que os pagamentos a título de abono, dispõe o ato declaratório PGFN nº 12/2011. Noutro
previsto em negociação coletiva como incremento plano, por voto de qualidade, os Conselheiros
de PLR, bem como os abonos a título de afirmaram que os valores pagos a títulos de
compensação pela perda do pagamento adicional de assistência médica e odontológica, para não
insalubridade e a indenização por aposentadoria, integrarem o salário de contribuição, não podem ser
estão claramente vinculados a uma retribuição pelo oferecidos de forma diferenciada. Assim, o plano de
trabalho prestado, atraindo a incidência da referida saúde deve ser o mesmo para empregados e
contribuição. Por outro lado, os Conselheiros dirigentes em relação às disposições contidas no art.
entenderam que não integram a mesma base de 28, § 9º, “q” da Lei nº 8.212/1991.

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Os Conselheiros entenderam que os valores pagos
u) PLR e vale-transporte por meio de cartão de incentivo são considerados
prêmios vinculados ao desempenho pessoal do
• PAFs 16327.001476/2009-61 e trabalhador, configurando-se assim o caráter
16327.001477/2009-14 retributivo, ou seja, de contraprestação do serviço
Relator(a): Conselheiro Márcio Henrique Sales prestado. Ademais, os Conselheiros entenderam que
Parada (Fazenda) o prazo decadencial da obrigação acessória segue a
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª regra disposta no art. 173, I, do CTN, pois, nesta
Câmara da 2ª Seção do CARF hipótese não há pagamento a ser homologado pelo
Data de julgamento: 05/07/2017 Fisco, sendo inaplicável o disposto no art. 150, § 4º
Data de formalização: 04/08/2017 do CTN.
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
PLR. ISENÇÃO CONDICIONADA. REQUISITOS. • PAF 15504.005718/2010-79
NÃO CUMPRIMENTO. INEXISTÊNCIA DE Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
VÍNCULO ENTRE OS PAGAMENTOS E O Santos (Fazenda)
ALCANCE DE METAS ESTABELECIDAS. Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
AUSÊNCIA DE REGRAS CLARAS E OBJETIVAS. Data de julgamento: 27/09/2017
ASSINATURA DO ACORDO COLETIVO Data de formalização: 22/11/2017
POSTERIOR AO PERÍODO DE REFERÊNCIA. Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
GRATIFICAÇÃO. INCIDÊNCIA. VALE- PREMIAÇÃO. CARÁTER NÃO EVENTUAL.
TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. NÃO INCIDÊNCIA. REMUNERAÇÃO. AUTOMÓVEIS
INCIDÊNCIA. SÚMULA Nº 89/CARF. CEDIDOS A GERENTES. SALÁRIO INDIRETO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu INCIDÊNCIA. PLANOS DE PREVIDÊNCIA.
que os valores pagos a título de PLR, em REGIME ABERTO. ISENÇÃO.
desconformidade com a Lei nº 10.101/2000, Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
representam verbas complementares ao salário dos totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou
empregados, atraindo a incidência de contribuição creditados a qualquer título, durante o mês,
previdenciária. No caso concreto, os Conselheiros destinados a retribuir o trabalho,
destacaram que o plano de PLR, apresentado pelo independentemente de serem ou não habituais,
contribuinte, apresenta as seguintes sofrem a incidência de contribuição previdenciária.
desconformidades: (i) a data de assinatura era No caso concreto, os Conselheiros afirmaram que
posterior ao período de referência, assim, as regras integra o salário de contribuição, para fins de
estabelecidas não era de conhecimento dos incidência da mencionada contribuição, as parcelas
empregados previamente; (ii) o critério adotado relativas à disponibilização de veículos automóveis
pela convenção era o de tempo de vínculo aos gerentes da empresa, por representar salário
(trabalhado ou em licença independentemente do indireto. Noutro plano, os Conselheiros
motivo), na empresa, não se caracterizando como consignaram que não incide contribuição
uma participação nos lucros ou resultados, mas sim previdenciária sobre valores relativos à previdência
de pagamento de gratificação por tempo de serviço; privada aberta, independentemente de sua
(iii) mesmo quando o empregado não atingia as disponibilização a todos ou uma parcela dos
metas estabelecidas no programa, ele recebia um empregados ou dirigentes da empresa, conforme
valor estipulado pela convenção, o que desvirtua a dispõe a LC nº 109/2001.
natureza do pagamento como PLR e o caracteriza
como uma gratificação/bonificação. Ademais, w) Pró-labore e reembolso de despesas
salientaram que a contribuição previdenciária não
incide sobre valores pagos a título de vale-transporte, • PAF 19515.723057/2013-31
mesmo que em pecúnia, conforme estabelecido na Relator(a): Conselheira Rosy Adriane da Silva
Súmula nº 89/CARF. Dias (Fazenda)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª
v) Premiações Câmara da 2ª Seção do CARF
Data de julgamento: 12/09/2017
• PAF 10803.720154/2012-71 Data de formalização: 10/10/2017
Relator(a):Conselheiro João Victor Ribeiro Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
Aldinucci (Contribuinte) REGIME DE TRIBUTAÇÃO. MUDANÇA DO
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª REGIME DO LUCRO PRESUMIDO PARA O
Câmara da 2ª Seção do CARF LUCRO REAL. EXISTÊNCIA DE LUCROS NO
Data de julgamento: 04/07/2017 BALANÇO PATRIMONIAL DE ABERTURA.
Data de formalização: 01/08/2017 AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO EFETIVA.
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. CARACTERIZAÇÃO DE REMUNERAÇÃO PRÓ-
PRÊMIOS DE INCENTIVO. EFICIÊNCIA E LABORE. VALORES PAGOS COMO REEMBOLSO.
PRODUTIVIDADE DO TRABALHADOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO EFETIVA.
NATUREZA REMUNERATÓRIA. INCIDÊNCIA. CARÁTER REMUNERATÓRIO. PAGAMENTOS A
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS. PRAZO PESSOA JURÍDICA. CARACTERIZAÇÃO DE
DECADENCIAL. ART. 173, I DO CTN. VÍNCULO EMPREGATÍCIO. INCIDÊNCIA.
APLICABILIDADE. EMPRESAS DO MESMO SÓCIO. AUSÊNCIA DE
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. REMUNERAÇÃO
que incide contribuição previdenciária sobre os PRÓ-LABORE. PAGAMENTO SEM CAUSA. NÃO
valores pagos a título de prêmios de incentivo INCIDÊNCIA.
vinculados a programas de estímulo à produtividade.

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Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu previdenciária tem regra especial no art. 30, IX, da
que a empresa optante pela tributação com base no Lei nº 8.212/1991, segundo o qual basta a formação
lucro presumido e que posteriormente mude para o do grupo econômico para que todas as empresas que
lucro real, deve comprovar a existência de reservas dele participem respondam individual e
de lucros escrituradas no balanço patrimonial de conjuntamente sobre as contribuições devidas por
abertura, pois a ausência de tal comprovação enseja qualquer uma delas, independentemente da
a sua caracterização como lucros distribuídos como participação ou não nos atos que constituam fatos
pró-labore. Além disso, os Conselheiros afirmaram geradores ou infração.
que incide contribuição previdenciária sobre os
valores repassados aos funcionários a título de y) Stock options
reembolso de despesas, pois os gastos escriturados
na respectiva conta de reembolso constavam • PAF 19311.720425/2014-67
pagamentos de cartões de créditos, energia elétrica, Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess
faculdade, água, IPTU e depósitos bancários em (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
nome de sócios, não se enquadrando no disposto no Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
art. 28, § 9º, “f”, “g” e “h” da Lei nº 8.212/1991. Câmara da 2ª Seção do CARF
Ademais, os Conselheiros entenderam que houve a Data de julgamento: 06/06/2017
criação de pessoa jurídica, por um ex-diretor, com a Data de formalização: 26/07/2017
finalidade de acobertar a existência de relação de Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
emprego e assim afastar a incidência de STOCK OPTIONS. AUSÊNCIA DE RISCO.
contribuição previdenciária sobre os valores AUSÊNCIA DE ONEROSIDADE.
repassados, pois foram apresentados elementos que DESNATURAÇÃO DA CARACTERÍSTICA
comprovam o vínculo empregatício, como por MERCANTIL. FUNÇÃO REMUNERATÓRIA.
exemplo: (i) notas emitidas sequencialmente por INCIDÊNCIA.
mês, o que denota exclusividade; (ii) pagamento de Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
direitos trabalhistas, como 13º salário, que não é entendeu pela incidência de contribuição
verba que se paga à pessoa jurídica. Assim, previdenciária sobre o plano de stock options que
identificada a constituição de pessoa jurídica para gozar de caráter remuneratório. Isso porque, para os
acobertar a existência de relação de emprego, os Conselheiros, ocorre o desvirtuamento da natureza
pagamentos realizados a ela devem ser qualificados mercantil da operação quando: (i) o contribuinte
como remuneração de segurado empregado, sobre a retira o risco do plano ao criar um aspecto
qual há incidência de contribuição previdenciária. retributivo pelo condicionamento do exercício do
direito à permanência obrigatória do empregado
x) Serviços de intermediação durante determinado período na empresa e; (ii) não
há onerosidade ao beneficiário para adquirir o
• PAF 10166.730933/2014-08 direito de opção, de modo que lhe é concedido
Relator(a): Conselheiro Marco Aurélio de Oliveira gratuitamente. Por fim, os Conselheiros destacaram
Barbosa (designado para redação do acórdão) – que o fato gerador das contribuições ocorre no
(Fazenda) momento em que houve o exercício das opções de
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª compras das ações, pois configura a remuneração
Câmara da 2ª Seção do CARF sob a forma de utilidade, em virtude da capacidade
Data de julgamento: 03/10/2017 de o beneficiário usufruir das vantagens advindas da
Data de formalização: 28/11/2017 aquisição do ativo, assim, a base de cálculo para
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. incidência das referidas contribuições é a diferença
SERVIÇO DE INTERMEDIAÇÃO. CORRETOR DE entre o valor para aquisição das ações, estipulado
IMÓVEIS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. nos contratos e atualizado até a data da compra e o
PAGAMENTO DA COMISSÃO REALIZADO valor de mercado das ações na data de liquidação
DIRETAMENTE PELO COMPRADOR. financeira das referidas aquisições.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. GRUPO
ECONÔMICO. • PAF 16561.720198/2012-78
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima
entendeu que a determinação da natureza dos atos Júnior (designado para redação do acórdão) –
praticados e dos negócios celebrados, para fins de (Fazenda)
incidência da norma tributária, é realizada com base Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
nos elementos essenciais das relações jurídicas Data de julgamento: 24/05/2017
estabelecidas, que se revelam com a identificação Data de formalização: 03/10/2017
dos efetivos direitos exercidos e obrigações Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
contraídas pelos interessados, independentemente STOCK OPTIONS. CARÁTER REMUNERATÓRIO
do nome dado aos instrumentos contratuais E CONTRAPRESTACIONAL. AUSÊNCIA DE
formalizados ou dos procedimentos realizados, RISCO. REMUNERAÇÃO EMINENTEMENTE
assim, o pagamento realizado diretamente pelo VARIÁVEL. DIFERENÇA ENTRE O VALOR DE
cliente ao corretor de imóveis não tem o condão de MERCADO DAS AÇÕES NA DATA DE EXERCÍCIO
afastar o fato de que o corretor prestou à imobiliária E O VALOR CONTRIBUÍDO PELO BENEFICIÁRIO
o serviço de intermediação junto a terceiros. Dessa PARA FINS DE AQUISIÇÃO DAS AÇÕES. VALOR
forma, comprovando a ocorrência de prestação de TRIBUTADO.
serviço deste para com a imobiliária, é esta que deve Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
responder pelas correspondentes obrigações entendeu que os pagamentos efetuados a
tributárias. Ademais, os Conselheiros consignaram funcionários, executivos e demais prestadores de
que a responsabilidade pela contribuição serviços, através de planos de stock options,

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caracterizam-se como remuneração, devendo Relator(a): Conselheiro Marco Aurélio de Oliveira
incidir contribuição previdenciária. No caso Barbosa (designado para redação do acórdão) –
concreto, os Conselheiros consignaram que os (Fazenda)
planos foram oferecidos de forma Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª
contraprestacional e remuneratório, que se Câmara da 2ª Seção do CARF
comprova através do caráter intransferível das Data de julgamento: 08/08/2017
opções outorgadas sem prévia anuência da Data de formalização: 12/09/2017
emissora, a necessidade de não desligamento por Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
justa causa e a não manutenção de atividades após RELAÇÃO DE EMPREGO. SERVIÇOS
certo prazo da ocorrência de aposentadoria durante PRESTADOS POR PESSOA FÍSICA. CORRETORES
determinado período de carência. Assim, os DE IMÓVEIS. ATUAÇÃO EM NOME DA
Conselheiros entenderam o valor para fins de EMPRESA. INCIDÊNCIA. RESPONSABILIDADE
incidência das contribuições previdenciárias seria a SOLIDÁRIA. PESSOAS JURÍDICAS DO MESMO
diferença entre o valor de mercado das ações na data GRUPO ECONÔMICO. POSSIBILIDADE. SÓCIOS
de exercício e o valor contribuído pelo beneficiário ADMINISTRADORES. AUSÊNCIA DE ATOS
para fins de aquisição das ações. Ademais, os PRATICADOS COM EXCESSO DE PODERES OU
Conselheiros destacaram que os elementos de risco INFRAÇÃO DE LEI, CONTRATO SOCIAL OU
apontados pelo contribuinte como já caracterizados ESTATUTOS. IMPOSSIBILIDADE.
antes do momento de exercício pelo beneficiário, Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
tais como pagamento de parcela anteriormente ao entendeu que as pessoas físicas prestadoras de
exercício pelo empregado, correção monetária do serviços técnicos para a comercialização de
preço de exercício e, ainda, possibilidade de empreendimento imobiliário possuem relação de
flutuação do preço das ações antes do exercício, não emprego com a construtora. Dessa forma, os
desnaturam o caráter remuneratório do plano, Conselheiros afirmaram que os valores pagos aos
sendo perfeitamente factível a existência de risco corretores que atuarem em nome da empresa
assumido pelo beneficiário, quando se tratar, de integram o salário de contribuição do empregado, e,
remuneração eminentemente variável. portanto, estão sujeitos à incidência das
contribuições previdenciárias. Ademais, no caso
• PAF 16327.721356/2012-80 concreto, os Conselheiros ressaltaram que, apesar
Relator(a): Conselheira Maria Helena Cotta do contribuinte alegar que os corretores de imóveis
Cardozo (designada para a redação do acórdão) – não recebiam remuneração direta e prestavam
(Fazenda) serviços autônomos, verificou-se que havia a
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF atuação subordinada à empresa, fato determinante
Data de julgamento: 26/09/2017 para enquadrar os valores pagos como salário de
Data de formalização: 07/12/2017 contribuição. Ainda, os Conselheiros consignaram
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. que eventuais pagamentos feitos por clientes aos
STOCK OPTIONS. CARÁTER REMUNERATÓRIO corretores não tem o condão de afastar a natureza da
E CONTRAPRESTACIONAL. REMUNERAÇÃO operação realizada, qual seja, o corretor prestou à
VARIÁVEL. OPÇÃO DE COMPRA OFERECIDA EM empresa imobiliária o serviço de intermediação de
CARÁTER PERSONALÍSSIMO. INCIDÊNCIA. negócios junto a terceiros. Por fim, os Conselheiros
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, entenderam que as pessoas jurídicas que integram o
entendeu que incide contribuição previdenciária mesmo grupo econômico possuem responsabilidade
sobre o plano de stock options concedido pela tributária solidária, ao contrário dos sócios
empresa aos seus diretores, em razão do seu caráter administradores, que não podem ser
remuneratório. Isso porque, no caso concreto, os responsabilizados solidariamente, por não existir
Conselheiros consignaram que o plano ofertado qualquer prova que eles teriam agido com excesso
constitui vantagem adicional à remuneração fixa, de poderes ou infração de lei, contrato social ou
como forma de manter os diretores e executivos na estatutos.
empresa através de uma remuneração variável,
sendo que a prestação de serviços por um período • PAF 11040.720723/2014-82
pré-determinado é condição para que se usufrua do Relator(a): Conselheiro João Victor Ribeiro
plano. Ademais, a opção de compra não era Aldinucci (designado para a redação do acórdão) –
oferecida a todos os trabalhadores, mas apenas a (Contribuinte)
diretores e altos executivos, eleitos pelo contribuinte, Órgão julgador: 2ª Turma da 4ª Câmara da 2ª
o que reforça a utilização da sistemática para fixar Seção do CARF
na empresa aqueles que nela interessavam, assim, a Data de julgamento: 05/10/2017
opção de compra era oferecida em caráter Data de formalização: 09/11/2017
personalíssimo, não negociável ou transferível a Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
terceiros, salvo em casos especiais, como a morte do CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
beneficiário, assim mesmo transmissível apenas por DESCONSIDERAÇÃO DE VÍNCULO.
herança. ENQUADRAMENTO COMO EMPREGADO. NÃO
COMPROVAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
z) Vínculo empregatício Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
auditor fiscal, conforme art. 229, § 2º do Decreto nº
• PAFs 10166.729628/2013-84, 3.048/1999, poderá desconsiderar o vínculo
10166.729629/2013-29 e 10166.729631/2013- pactuado e efetuar o enquadramento como segurado
06 empregado, caso constate que o segurado,
contratado como contribuinte individual, preenche
as condições referidas no art. 9º, I, do referido

Voltar ao sumário. 117


Decreto. No entanto, no caso concreto, os Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
Conselheiros consignaram que a descaracterização entendeu que o IR sobre os rendimentos pagos à
do vínculo pactuado é uma medida extrema, empresa constituída para exploração econômica do
devendo estar amparada em indubitável conjunto direito de imagem deve, em verdade, incidir na
probatório. Nesse sentido, ressaltaram que não pessoa física quando houver vinculação entre os
existiu tal comprovação, resultando no contratos de trabalho e os de uso da imagem. No
cancelamento do lançamento. caso concreto, os Conselheiros ressaltaram que,
apesar de o art. 129 da Lei nº 11.196/2005 ter
2. IRPF autorizado a prestação de serviços personalíssimos
por meio de pessoa jurídica, não se pode deixar de
a) Benefício fiscal analisar a existência ou não de vínculo empregatício,
pois se restar caracterizado que a verba paga a título
• PAF 10880.723540/2015-45 de cessão de uso da imagem possui natureza
Relator(a): Conselheiro Rodrigo Monteiro remuneratória, diretamente ligada ao contrato de
Loureiro Amorim (Contribuinte) trabalho, os valores devem ser tributados na pessoa
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª física. Nesse sentido, os Conselheiros entenderam
Câmara da 2ª Seção do CARF pela possibilidade de compensar os valores já pagos
Data de julgamento: 03/10/2017 pela pessoa jurídica e reclassificar a receita
Data de formalização: 26/10/2017 tributada para rendimentos da pessoa física, não
Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL. sendo razoável obrigar que a empresa solicite,
ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA. posteriormente, uma restituição dos valores pagos.
ISENÇÃO. DL Nº 1.510/1976. DECURSO DOS
CINCO ANOS EXIGIDOS PARA FRUIÇÃO DO c) Ganho de capital
BENEFÍCIO. DIREITO ADQUIRIDO. AÇÕES
BONIFICADAS. INCORPORAÇÃO DE LUCROS OU • PAFs 13896.720110/2014-18 e
RESERVA DE LUCROS AO CAPITAL SOCIAL. 10880.721059/2013-53
INEXISTÊNCIA DE ACRÉSCIMO PATRIMONIAL Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
DOS SÓCIOS. NÃO INCIDÊNCIA. Santos (Fazenda)
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
ser possível a aplicação da isenção de IR sobre os Data de julgamento: 27/06/2017
ganhos auferidos em alienação de participação Data de formalização: 09/08/2017
societária, prevista no art. 4º, “d”, do DL nº Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL.
1.510/1976, mesmo após a revogação do benefício INCORPORAÇÃO DE CAPITAL SOCIAL COM
fiscal. Isso porque, para os Conselheiros, se houver AÇÕES DE EMPRESA INCORPORADA.
a conservação, antes da vigência da Lei nº CONVERSÃO EM SUBSIDIÁRIA INTEGRAL.
7.713/1988, da propriedade das ações no patrimônio EXISTÊNCIA DE ALIENAÇÃO. INCIDÊNCIA.
do titular pelo período de cinco anos, resta Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
configurado o instituto constitucional do direito entendeu que incide IRPF sobre as operações de
adquirido. Além disso, os Conselheiros destacaram incorporação de ações, haja vista que estas
que o aumento do valor do capital social em razão da caracterizam alienação de participação societária e
incorporação de lucros ou reservas não devem ser ensejam a apuração de ganho de capital. Assim, os
considerados como aquisição de novas participações Conselheiros ressaltaram que tais operações são
societárias, uma vez que representa mero de realizadas mediante o aumento de capital da
aumento contábil, e não um aumento efetivo, incorporadora pela transferência das ações da
decorrente do remanejamento de valores já incorporada e geram, por si só, a (i) alienação das
existentes no balanço, sem mudança efetiva na ações da incorporada, a título de integralização do
consistência do patrimônio, assim, as ações capital da incorporadora; (ii) transformação dos
bonificadas são expansão das ações antigas, tendo a sócios da incorporada em sócios da incorporadora;
natureza de acessões. Dessa forma, os Conselheiros e (iii) conversão da incorporada em subsidiária
entenderam que o benefício fiscal também deve se integral da incorporadora. Diante disso, no caso
estender às bonificações destas ações englobadas concreto, os Conselheiros afirmaram que a
pela isenção. conversão de sociedade anônima em subsidiária
integral, mediante a incorporação de ações, implica
b) Direito de imagem no aumento patrimonial da controladora e, por
conseguinte, a tributação nos termos do art. 3º, § 3º,
• PAF 15540.720261/2014-13 da Lei nº 7.713/1988.
Relator(a): Conselheiro Marco Aurélio de Oliveira
Barbosa (designado para redação do acórdão) – • PAF 12448.724621/2014-16
(Fazenda) Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª Santos (Fazenda)
Câmara da 2ª Seção do CARF Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 04/07/2017 Data de julgamento: 27/06/2017
Data de formalização: 03/08/2017 Data de formalização: 09/08/2017
Ementa: IRPF. DIREITO DE IMAGEM. Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL. PERMUTA
NATUREZA SALARIAL. RECLASSIFICAÇÃO DA DE BENS. ALIENAÇÃO DE AÇÕES. INCIDÊNCIA.
RECEITA TRIBUTADA NA PESSOA JURÍDICA. Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
COMPENSAÇÃO DOS TRIBUTOS PAGOS. entendeu que as operações de permuta constituem
POSSIBILIDADE. forma de alienação sujeitas à apuração de ganho de
capital, nos termos do art. 3º, § 3º, da Lei nº

Voltar ao sumário. 118


7.713/1988, de modo que, resultando qualquer Data de julgamento: 25/07/2017
ganho da operação, configura-se o fato gerador do Data de formalização: 12/09/2017
IRPF. Os Conselheiros ressaltaram ainda que o Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL.
entendimento exposto no Parecer PGFN/PGA nº INCORPORAÇÃO DE AÇÕES. ALIENAÇÃO.
970/1991, que concluiu pela não tributação na VARIAÇÃO PATRIMONIAL. INCIDÊNCIA.
aquisição de ações ou cotas de capital permutadas Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
em leilão público no Programa Nacional de entendeu que a incorporação de ações, na sua
Desestatização, estava atrelado àquele cenário essência, configura uma forma de alienação, na qual
específico, de modo que não se estende a caso eventuais diferenças entre o valor da alienação e o
diverso. respectivo custo podem gerar apuração de ganho e,
dessa forma, atrair a incidência do IR. No caso
• PAF 16561.720184/2012-54 concreto, os Conselheiros afirmaram que o
Relator(a): Conselheiro Márcio Henrique Sales contribuinte, acionista da empresa cujas ações
Parada (designado para redação do acórdão) – foram incorporadas, recebeu da incorporadora
(Fazenda) novas ações que passaram a integrar o seu
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª patrimônio, operação na qual se verificou a variação
Câmara da 2ª Seção do CARF entre os valores de mercado e de aquisição das
Data de julgamento: 04/07/2017 referidas ações. Ademais, os Conselheiros
Data de formalização: 21/08/2017 entenderam que a passividade do contribuinte na
Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL. CISÃO incorporação e a ausência de circulação de
PARCIAL. ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO numerário não prejudicam a tributação, tendo em
SOCIETÁRIA. ANULAÇÃO DA OPERAÇÃO. vista que houve variação patrimonial e o
AUSÊNCIA DE REGISTRO NO ÓRGÃO contribuinte passou a usufruir do valor agregado das
COMPETENTE. TRANSFERÊNCIA DO VALOR ações recebidas.
AUFERIDO À PESSOA FÍSICA. INCIDÊNCIA.
MULTA QUALIFICADA. CABIMENTO. • PAF 10680.726772/2011-88
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro
ato de anulação de operações societárias, destinado e Silva Vieira (Fazenda)
exclusivamente à redução da carga tributária, não Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
tem validade jurídica se não for registrado perante o Data de julgamento: 30/08/2017
órgão competente, tampouco se os efeitos Data de formalização: 18/10/2017
extrafiscais estiverem exauridos. Nesse sentido, os Ementa: IRPF. GANHO DE CAPITAL.
Conselheiros afirmaram que a estruturação de uma INCORPORAÇÃO DE AÇÕES. NÃO INCIDÊNCIA.
operação para a alienação de participação societária, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. NÃO
a fim de deslocar a tributação da pessoa física para a ACOLHIMENTO.
pessoa jurídica, não surtirá resultado se o Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
contribuinte não registrar todos os atos perante os que deve ser mantido o acórdão que afastou a
órgãos da Administração Pública, bem como não exigência de IR incidente sobre ganho de capital
houver a aprovação por eles. Isso porque, no caso apurado em operação de incorporação de ações, nos
concreto, verificaram que após a cisão da sociedade termos do art. 252 da Lei nº 6.404/1976. Isso
anônima, que possuía como seu controlador porque, segundo os Conselheiros, não subsiste
acionário pessoa física, o seu capital foi transferido omissão no acórdão embargado, haja vista que a
para uma empresa criada pelo próprio controlador inaplicabilidade de tributação sobre o ganho de
da S/A, com o propósito de viabilizar a alienação à capital decorrente de incorporação de ações foi
terceiro com a geração de ágio. Após toda a operação devidamente fundamentada, ainda que de forma
se concretizar, a pessoa jurídica cindida revogou genérica. Assim, reafirmaram o teor da decisão
integralmente os atos praticados, sem informar aos impugnada que ressaltou, para fins de incidência de
órgãos competentes, e transferiu para a pessoa física IR, a diferença entre as operações de incorporação
que a controlava, supostamente à título de de ações, que não se sujeitam à tributação, e aquelas
distribuição de dividendos, o valor auferido denominadas de incorporação de sociedades, uma
referente à alienação que fez surgir o ágio. Assim, os vez que na primeira se transmite a totalidade de
Conselheiros entenderam que houve ganho de ações, e não patrimônio, passando a incorporada a
capital pela pessoa física, ensejando a tributação de ser subsidiária integral da incorporadora, mas
IRPF, haja vista que o produto da venda de permanecendo com seus direitos e obrigações.
participação societária foi auferida diretamente por
ela, não devendo figurar no polo passivo a pessoa d) Pejotização
jurídica, e em razão da anulação dos atos societários
praticados não produzirem efeitos. Noutro plano, os • PAF 18470.728514/2014-66
Conselheiros consignaram que o contribuinte ao Relator(a): Conselheiro Carlos Henrique de
informar a Receita Federal atos ou negócios Oliveira (designado para redação do acórdão) –
jurídicos dissociados da realidade fática, com a (Fazenda)
nítida intenção de redução da carga tributária, Órgão julgador:1ª Turma Ordinária da 2ª Câmara
caracteriza fraude, assim, deve ser mantida a multa da 2ª Seção do CARF
qualificada. Data de julgamento: 05/07/2017
Data de formalização: 1º/08/2017
• PAF 10880.721967/2013-47 Ementa: IRPF. PEJOTIZAÇÃO. ATLETA
Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira PROFISSIONAL. CONTRATO DESPORTIVO.
Santos (Fazenda) APLICAÇÃO DO ART. 129 DA LEI Nº 11.196/2005.
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF

Voltar ao sumário. 119


PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PERSONALÍSSIMO. determinados locais. Por fim, consignaram que não
POSSIBILIDADE. se desconsiderou a personalidade da empresa, mas
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, tão somente realocou a renda ao seu destinatário
nos termos do art. 129 da Lei nº 11.196/2005 e do real, possibilitando, por conseguinte, que o
art. 20 do CC/2002, é possível a prestação de serviço contribuinte deduza dos valores a pagar aqueles
personalíssimo, tal como a exploração do direito de tributos já recolhidos equivocadamente pela pessoa
imagem de jogador de futebol, por pessoa jurídica. jurídica.
Dessa forma, no caso concreto, os Conselheiros
afastaram a incidência do IRPF sobre os contratos f) Verbas de gabinete
da empresa que gerenciava a imagem do atleta.
• PAF 14751.002720/2009-78
• PAF 10980.728381/2012-02 Relator(a): Conselheiro João Bellini Júnior
Relator(a): Conselheiro Marco Aurélio de Oliveira (Fazenda)
Barbosa (designado para redação do acórdão) – Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
(Fazenda) Câmara da 2ª Seção do CARF
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 2ª Data de julgamento: 10/08/2017
Câmara da 2ª Seção do CARF Data de formalização: 21/08/2017
Data de julgamento: 09/08/2017 Ementa: IRPF. VERBAS DE GABINETE.
Data de formalização: 12/09/2017 RESSARCIMENTO DE GASTOS DOS
Ementa: IRPF. PEJOTIZAÇÃO. TREINADOR PARLAMENTARES. ISENÇÃO CONDICIONADA.
PROFISSIONAL. CONTRATO DESPORTIVO. NÃO CUMPRIMENTO. INCIDÊNCIA.
NATUREZA SALARIAL. APLICAÇÃO DO ART. 129 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
DA LEI Nº 11.196/2005. RELAÇÃO DE EMPREGO. valores recebidos por deputado estadual a título de
INCIDÊNCIA. verba de gabinete só não estão sujeitos à incidência
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, do IRPF quando destinados a ressarcir os gastos dos
entendeu ser possível, nos termos do art. 129 da Lei parlamentares. Ademais, os Conselheiros
nº 11.196/2005, a prestação de serviços afirmaram que, segundo o Parecer PGFN nº
personalíssimos por pessoas jurídicas, desde que 1.084/2007, a inexigibilidade do tributo só estaria
não caracterizada a relação de emprego entre o presente se constatada: (i) a existência de norma
prestador e o contratante, caso ocorra a prevendo o pagamento da rubrica; (ii) a previsão de
caracterização da relação de emprego os valores destinação específica neste regramento; e (iii) a
recebidos estão sujeitos ao IRPF. No caso concreto, apresentação de prestação de contas pelo
os Conselheiros ressaltaram que os valores pagos contribuinte. Diante disso, em relação ao caso
por patrocinadores e por clube de futebol ao concreto, aduziram que tais valores devem ser
contribuinte, embora efetuados a título de direito de considerados como salário, independentemente da
arena e uso de imagem, não possuíam nenhuma denominação que recebam na prática, uma vez que,
autonomia em relação ao contrato de prestação dos além do pagamento ter se dado em patamar superior
serviços do treinador de futebol, o que caracteriza ao limite máximo previsto nas normas
sua natureza salarial, razão pela qual reputaram regulamentares, não houve comprovação, por meio
legítima a tributação da quantia na pessoa física. de prestação de contas, de sua utilização para as
finalidades que são destinados originalmente.
e) Serviço personalíssimo
3. IRRF
• PAF 11516.000152/2004-51
Relator(a): Conselheira Maria Helena Cotta a) Provas
Cardozo (designada para redação do acórdão) –
(Fazenda) • PAF 10882.002369/2006-26
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF Relator(a): Conselheiro Cleberson Alex Friess
Data de julgamento: 23/11/2016 (Fazenda)
Data de formalização: 18/09/2017 Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Ementa: IRPF. PESSOA JURÍDICA Câmara da 2ª Seção do CARF
PRESTADORA DE SERVIÇOS Data de julgamento: 12/09/2017
PERSONALÍSSIMOS. PERÍODO ANTERIOR À LEI Data de formalização: 17/10/2017
Nº 11.196/2005. IMPOSSIBILIDADE. Ementa: IRRF. PROVAS. REMESSAS AO
NECESSIDADE DE TRIBUTAÇÃO NA PESSOA EXTERIOR. BENEFICIÁRIO NÃO
FÍSICA. IDENTIFICADO. PAGAMENTO SEM CAUSA.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, AUSÊNCIA DE PROVA DA AUTORIA DA
entendeu que apenas após a introdução do art. 129 REMESSA. INSUBSISTÊNCIA DO LANÇAMENTO
da Lei nº 11.196/2005 foi permitido, para efeitos TRIBUTÁRIO.
fiscais, que serviços personalíssimos fossem Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
prestados por pessoas jurídicas, uma vez que aquela para fins de aplicação do art. 61 da Lei nº
inovou no ordenamento jurídico brasileiro. Assim, 8.981/1995, nas hipóteses de ocultação dos titulares
sendo os fatos geradores do caso concreto anteriores das operações de remessas de recursos ao exterior,
à mencionada Lei, os Conselheiros afirmaram ser com a utilização de interpostas pessoas na
necessário o deslocamento da incidência do IR para administração das contas, compete ao Fisco
a pessoa física, haja vista que existem nos contratos demonstrar a condição de titular do contribuinte
celebrados obrigações impossíveis de serem autuado, por meio de um conjunto mínimo de
adimplidas por empresas, tais como utilizar elementos probatórios sérios. No caso concreto, os
indumentária ou mesmo fazer-se presente em Conselheiros consignaram que toda acusação fiscal

Voltar ao sumário. 120


estava fundada em alguns documentos de de mineração e jazida da base de cálculo do ITR sob
transferência de recursos, os quais, em nenhum o argumento de serem imprestáveis a outro fim,
momento, comprovam que o contribuinte foi o devem ser elas declaradas como áreas de interesse
efetivo remetente dos valores ao exterior, na ecológico pelo órgão competente, o que não ocorreu
condição de titular. Assim, em razão da ausência de no caso concreto.
provas, de forma satisfatória, a vinculação do
contribuinte como titular dos recursos mantidos em
instituição financeira sediada no exterior e, por 5. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
conseguinte, a realização de pagamentos ou entrega
de recursos a beneficiário não identificado, deve ser a) Grupo econômico
reconhecida a insubsistência do lançamento
tributário. • PAF 10166.730564/2012-83
Relator(a): Conselheira Luciana Matos Pereira
b) Stock options Barbosa (Contribuinte)
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
• PAF 16327.720085/2013-26 Câmara da 2ª Seção do CARF
Relator(a): Conselheiro Luiz Eduardo de Oliveira Data de julgamento: 09/08/2017
Santos (Fazenda) Data de formalização: 19/10/2017
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF Ementa: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SENAC.
Data de julgamento: 23/05/2017 SESC. SEBRAE. INCRA. SALÁRIO-EDUCAÇÃO.
Data de formalização: 19/09/2017 REMUNERAÇÃO DOS SEGURADOS
Ementa: IRRF. STOCK OPTIONS. EMPREGADOS. PESSOA JURÍDICA TOMADORA
REMUNERAÇÃO BASEADA EM AÇÕES. DO SERVIÇO. INCIDÊNCIA.
NATUREZA DE CONTRAPRESTAÇÃO. AUSÊNCIA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. EMPRESAS
DE RISCO. INCIDÊNCIA DO MESMO GRUPO ECONÔMICO.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, POSSIBILIDADE.
entendeu que incide IRRF sobre plano de compra de Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
ações ofertado a funcionários, uma vez que o que incidem as contribuições destinadas a terceiros
benefício possui natureza de contraprestação, bem vinculados à previdência social sobre as
como está vinculado a uma relação de trabalho. Para remunerações pagas a segurados empregados. Isso
os Conselheiros, os stock options foram ofertados porque, no caso concreto, os Conselheiros
sem o risco inerente ao mercado de participação consignaram que o grupo econômico criou esquema
societária, caracterizando a sua natureza fraudulento para reduzir ilegalmente os encargos
remuneratória, sendo dever da contribuinte, tributários, de modo que os funcionários eram
portanto, proceder ao recolhimento do imposto sócios de pessoa jurídica pertencente ao
sobre tais pagamentos. No caso concreto, afirmaram conglomerado e, ao mesmo tempo, prestavam
que a variação do preço das ações durante o vestin serviços à outra empresa do grupo. Dessa forma, os
period sequer afetava o valor a ser recebido pelos Conselheiros afirmaram que os trabalhadores
empregados, o que reforça a desvirtuação do caráter deveriam ser caracterizados como segurados
mercantil dos stock options. Assim, os Conselheiros empregados da pessoa jurídica tomadora do serviço,
consignaram que sobre a retribuição pela prestação devendo recolher as contribuições destinadas a
de serviços na forma de acréscimo patrimonial terceiros vinculados à Previdência Social. Por fim, os
derivado de ativo financeiro, opções de ações, Conselheiros ressaltaram que as empresas
conferidas a colaboradores vinculados à pessoa integrantes do mesmo grupo econômico de qualquer
jurídica, incide imposto de renda, devendo ele ser natureza possuem responsabilidade solidária sobre
retido pela fonte originária do acréscimo a esse as contribuições destinadas ao custeio da seguridade
direito. social, por força do art. 30, IX, da Lei nº 8.212/1991
e do art. 124 do CTN.
4. ITR
6. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
a) Área de mineração e jazida
a) Nulidade
• PAF 10650.000311/2004-18
Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro • PAF 15169.000069/2016-63
e Silva Vieira (Fazenda) Relator(a): Conselheiro Rodrigo da Costa Possas
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF (Fazenda)
Data de julgamento: 25/05/2017 Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF
Data de formalização: 05/07/2017 Data de julgamento: 25/10/2017
Ementa: ITR. ÁREA DE MINERAÇÃO E JAZIDA. Data de formalização: Pendente
ART. 10, § 1º, II, DA LEI Nº 9.393/1996. ROL Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO.
TAXATIVO. EXCLUSÃO. IMPOSSIBILIDADE. REPRESENTAÇÃO DE NULIDADE.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu CONSELHEIRO ENVOLVIDO EM
que as áreas destinadas a mineração e jazidas estão INVESTIGAÇÃO. RETORNO DOS AUTOS À
sujeitas à tributação do ITR por não estarem INSTÂNCIA A QUO PARA NOVO JULGAMENTO.
incluídas no rol do art. 10, § 1º, II, da Lei nº POSSIBILIDADE.
9.393/1996, que dispõe de forma taxativa quais as Resultado: A Turma, por unanimidade, conheceu
áreas não serão tributáveis, tornando descabida a da representação de nulidade apresenta pela
interpretação extensiva do dispositivo legal. Ainda, Corregedoria-Geral do MF, e no mérito, por maioria,
os Conselheiros afirmaram que para se afastar a área julgou procedente, nos termos do artigo 42, II do

Voltar ao sumário. 121


RICARF, para anular a decisão tomada em 2014, em período autuado, deveria ser excluída do polo
razão de um dos conselheiros que julgou o caso está passivo do lançamento, independentemente da
sendo investigado criminalmente. Os Conselheiros análise da existência de grupo econômico.
entenderam que existia interesse econômico direto
ou indireto e o conselheiro investigado estava C. TERCEIRA SEÇÃO
impedido. Assim, o processo terá um novo
julgamento pela 2ª Turma Ordinária da 2ª Câmara 1. COFINS
da 2ª Seção do CARF.
a) Compensação
• PAF 11030.720185/2008-05 e
11030.720199/2008-11 • PAF 12585.000188/2010-21
Relator(a): Conselheiro Heitor de Souza Lima Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
Júnior (designado para redação do acórdão) – Nascimento (designado para redação do acórdão) –
(Fazenda) (Fazenda)
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Data de julgamento: 28/09/2017 Câmara da 3ª Seção do CARF
Data de formalização: 17/11/2017 Data de julgamento: 26/04/2017
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. Data de formalização: 03/07/2017
NULIDADE DO LANÇAMENTO. PREJUÍZO À Ementa: COFINS. COMPENSAÇÃO. REGIME
DEFESA DO CONTRIBUINTE. AUSÊNCIA DA NÃO CUMULATIVO. SALDO DE CRÉDITO
PALAVRA “ESPÓLIO”. NÃO CARACTERIZAÇÃO. VINCULADO ÀS RECEITAS DE EXPORTAÇÃO.
IMPOSSIBILIDADE. REQUISITOS. ART. 45, §§ 10 E 11 DA IN RFB Nº
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os 900/2008. NATUREZA PROCEDIMENTAL.
lançamentos que contenham os vícios formais LEGITIMIDADE. PEDIDO DE RESSARCIMENTO
definidos nas disposições dos arts. 10 e 11 do Decreto PRÉVIO. AUSÊNCIA. EFEITOS. NÃO
nº 70.235/1972, não devem ser inquinados de CONHECIMENTO.
nulidade absoluta, podendo ser sanados, sempre Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
que não impliquem prejuízo à defesa do na hipótese de utilização ou compensação de saldo
contribuinte. Portanto, no caso concreto, os de créditos da COFINS de que trata o art. 6º, § 1º, II,
Conselheiros entenderam que a simples ausência da da Lei nº 10.833/2003, o descumprimento de
palavra “espólio”, após a qualificação do sujeito requisito formal estabelecido no art. 42, §§ 10 e 11,
passivo, não é suficiente para declarar a nulidade da IN RFB nº 900/2008, impossibilita o
absoluta do lançamento, visto que a inventariante conhecimento do pedido e, por conseguinte, a
foi devidamente cientificada de todos os atos homologação do procedimento compensatório. Isso
processuais, além de ter exercido plenamente o seu porque, segundo os Conselheiros, referido ato
direito de defesa. normativo possui caráter ou natureza meramente
procedimental e, portanto, não extrapola a
7. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA competência regulamentar legitimamente conferida
pelo art. 74, § 14, da Lei nº 9.40/1996, de modo que
a) Grupo econômico o descumprimento de qualquer dos requisitos
formais ali exigidos não implica em óbice ou
• PAF 36624.015779/2006-71 restrição ao direito de aproveitamento de créditos
Relator(a): Conselheira Elaine Cristina Monteiro da COFINS, mas tão somente impossibilita a
e Silva Vieira (Fazenda) análise, por parte da fiscalização, da certeza e
Órgão julgador: 2ª Turma da CSRF liquidez do direito creditório pleiteado. Assim, no
Data de julgamento: 26/07/2017 caso concreto, os Conselheiros entenderam que caso
Data de formalização: 02/10/2017 a compensação de saldos de créditos da COFINS,
Ementa: CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. vinculados às receitas de exportação, seja efetuada
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. GRUPO após o encerramento do trimestre-calendário em
ECONÔMICO. CARACTERIZAÇÃO DE FATO. que os referidos créditos forem apurados, deverá
NECESSIDADE DE DEMONSTRAÇÃO DOS cumprir com o requisito formal exigido pelo referido
ELEMENTOS QUE VINCULAM O AUTUADO AO art. 42, §§ 10 e 11, da IN RFB nº 900/2008, qual seja
GRUPO. NÃO COMPROVAÇÃO. a necessária apresentação prévia de pedido de
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu ressarcimento, formalizado de acordo com os arts.
que a simples existência de sócio em comum não é 27 e 28 da mesma IN.
suficiente para caracterização de grupo econômico
entre a empresa autuada e sociedade terceira, razão b) Creditamento
pela qual deveria ser afastada a responsabilidade
solidária pelo pagamento da contribuição • PAF 10680.004839/2006-62
previdenciária, constante no art. 30, IX, da Lei nº Relator(a): Conselheira Tatiana Midori Migiyama
8.212/1991. Em relação ao caso concreto, os (Contribuinte)
Conselheiros afirmaram que, além do sócio em Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
comum, as empresas não tinham qualquer Data de julgamento: 22/06/2017
vinculação comercial ou gerencial que demonstrasse Data de formalização: 27/07/2017
a existência do grupo econômico de fato. Outrossim, Ementa: COFINS. CREDITAMENTO. CONCEITO
os Conselheiros destacaram que não é possível DE INSUMOS. ESSENCIALIDADE DOS BENS E
responsabilizar sociedade empresarial por fatos SERVIÇOS. REMOÇÃO DE REJEITOS NA
geradores anteriores à sua constituição, razão pela MINERAÇÃO. GASTOS COM COMBUSTÍVEIS.
qual a empresa responsabilizada, criada após o POSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 122


Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o COFINS, nos termos do art. 8º, II, “e”, da IN SRF nº
conceito de insumos, para fins de creditamento de 404/2004, de modo que os demais gastos a título de
COFINS, está atrelado à caracterização de (i) supervisão de embarque, (ii) passagem de carga
essencialidade dos bens e serviços para a atividade paletizada; e (iii) capatazia, por falta de previsão
produtiva desenvolvida pelo contribuinte. No caso legal, não podem ser creditados.
concreto, os Conselheiros entenderam que as
atividades de escavação, extração e carga de rejeitos • PAF 15586.720746/2014­81
são inerentes e indispensáveis à atividade Relator(a): Conselheira Liziane Angelotti Meira –
desempenhada pela empresa, qual seja extração (Fazenda)
mineral. Dessa forma, afirmaram que as despesas Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
com tais atividades, como o aluguel de máquinas e Câmara da 3ª Seção do CARF
os gastos com combustível e lubrificantes no Data de julgamento: 27/07/2017
processo produtivo, possibilitam o creditamento a Data de formalização: 10/10/2017
título de COFINS. Ementa: COFINS. CREDITAMENTO. INSUMOS
ADQUIRIDOS DE EMPRESAS
• PAF 13888.000843/2004-51 ARTIFICIALMENTE CRIADAS. MÁ-FE.
Relator(a): Conselheiro Walker Araújo IMPOSSIBILIDADE.
(Contribuinte) Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª que, para fins de creditamento de COFINS, a
Câmara da 3ª Seção do CARF simples apresentação de nota fiscal não se presta
Data de julgamento: 25/07/2017 para comprovar a boa-fé na compra de carvão
Data de formalização: 10/08/2017 mineral, devendo o contribuinte apresentar a
Ementa: COFINS. CREDITAMENTO. REGIME licença do vendedor, outorgada pela autoridade
NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE INSUMOS. competente, bem como a documentação da origem
ALUGUÉIS DE IMÓVEIS RURAIS. do produto vegetal. Portanto, no caso concreto, os
COMBUSTÍVEL UTILIZADO NO TRANSPORTE Conselheiros consignaram que a empresa efetuou,
DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. nas compras de carvão vegetal, negócios com
POSSIBILIDADE. DESPESAS RELACIONADAS À pessoas jurídicas artificialmente criadas e
EXPORTAÇÃO. ARMAZENAGEM E FRETE. IN intencionalmente interpostas na cadeia produtiva
SRF Nº 404/2004. POSSIBILIDADE. sem qualquer finalidade comercial, visando reduzir
SUPERVISÃO DE EMBARQUE. PASSAGEM DE a carga tributária no contexto da não-
CARGA PALETIZADA. CAPATAZIA. AUSÊNCIA cumulatividade do PIS e da COFINS, o que constitui
DE PREVISÃO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. o delito descrito no art. 72 da Lei nº 4.502/1964.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o Ademais, ressaltaram que é dever dos diretores e
conceito de insumo, para fins de creditamento da administradores conhecer e acompanhar a
COFINS, não corresponde à definição veiculada na contabilidade da empresa e decidir a sua atuação,
legislação no IPI, tampouco àquela prevista na especialmente em relação a operações de grande
Legislação do IRPJ. Nesse sentido, os Conselheiros vulto econômico.
afirmaram que constituem insumos: (i) as matérias
primas, produtos intermediários e materiais de c) Instituições financeiras
embalagem utilizados diretamente na produção ou
fabricação de bens destinados à venda (insumos • PAF 10480.725752/2014-99
diretos de produção), assim como os bens que Relator(a): Conselheiro Waldir Navarro Bezerra
sofrem desgaste, perda das propriedades físicas ou (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
químicas ou que sejam consumidos em decorrência Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
de ação direta sobre produto em fabricação, nos Câmara da 3ª Seção do CARF
termos do Parecer Normativo CST nº 65/1979; Data de julgamento: 26/09/2017
assim como (ii) os bens e serviços gerais utilizados Data de formalização: 05/10/2017
indiretamente na produção ou fabricação dos Ementa: COFINS. INSTITUIÇÕES
mesmos bens, inclusive aqueles agregados aos FINANCEIRAS. REGIME CUMULATIVO. BASE
insumos diretamente aplicados no processo DE CÁLCULO. RECEITAS FINANCEIRAS.
produtivo (insumos indiretos de produção). Dessa INCLUSÃO. RE 585.235/MG. REPERCUSSÃO
forma, no caso concreto, afirmaram ser possível a GERAL. PARECER PGFN/CAT Nº 2.773/2007.
contribuinte atuante no setor agrícola o Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
creditamento dos gastos com: (i) aluguéis de entendeu que integram a base de cálculo da COFINS
imóveis rurais utilizados na plantação da cana-de- devida pelas instituições financeiras a totalidade das
açúcar desenvolvida pelo contribuinte, vez que o art. receitas financeiras decorrentes do exercício das
3º, IV, da Lei nº 10.833/2003, não restringiu o atividades empresariais, incluídas as receitas de
direito ao crédito da COFINS apenas às despesas intermediação financeira. Os Conselheiros
incorridas em aluguel de prédios urbanos, não afirmaram que, conforme entendimento adotado
cabendo ao intérprete da norma fazê-lo; e (ii) pelo STJ, no julgamento do RE 585.235/MG,
combustível utilizado em veículos destinados ao submetido ao rito da repercussão geral, assim como
transporte de máquinas e equipamentos utilizados no Parecer PGFN/CAT nº 2.773/2007, o conceito de
na colheita de matéria prima, visto que estão receita bruta, para fins de incidência da referida
diretamente relacionadas à produção industrial. Por contribuição, compreende a totalidade dos valores
outro lado, os Conselheiros afirmaram que, dentre decorrentes da venda de mercadorias e da prestação
os gastos relacionados à operação de exportação, de serviços de qualquer natureza, isto é, o conjunto
somente as despesas com armazenagem de das receitas oriundas do exercício das atividades
mercadorias e fretes geram direito de crédito da empresariais desenvolvidas pela pessoa jurídica.

Voltar ao sumário. 123


Dessa forma, consignaram que as receitas 8.685/1993 promover o recolhimento do IRRF
financeiras são típicas da atividade fim das sobre remessas ao exterior à alíquota de 15%, em
instituições financeiras e, portanto, compõem seu virtude da aplicação de Convenção para Evitar a
faturamento para fins de incidência da referida Dupla Tributação da Renda. Isso porque, segundo
contribuição. os Conselheiros, o correto recolhimento do imposto
retido na fonte à alíquota prevista em convenção
d) Serviços sociais autônomos internacional, de aplicação obrigatória, valida a
outorga da isenção da CONDECINE. Assim, no caso
• PAFs 15504.012246/2010-19, concreto, foi reconhecido o direito à isenção da
10680.722916/2010-46 e contribuição, haja vista que os rendimentos
10680.721641/2010-23 remetidos ao exterior a título de royalties
Relator(a): Conselheira Tatiana Midori Migiyama decorrentes da exploração de obras audiovisuais
(Contribuinte) estrangeiras estão sujeitas à alíquota do IRRF de
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF 15%, nos termos do art. 12 do Decreto nº 355/1991,
Data de julgamento: 20/09/2017 que promulgou a Convenção celebrada entre Brasil
Data de formalização: 31/10/2017 e o Reino dos Países Baixos.
Ementa: COFINS. SERVIÇOS SOCIAIS
AUTÔNOMOS. RENDAS RELACIONADAS À 3. CIDE-REMESSAS
FINALIDADE ESSENCIAL. RECEITAS DA
ATIVIDADE PRÓPRIA. ISENÇÃO. SÚMULA Nº a) Base de cálculo
107/CARF.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu • PAF 16643.000168/2010-70
que as rendas auferidas por entidades paraestatais Relator(a): Conselheiro Tiago Guerra Machado
prestadoras de serviços sociais autônomos – SESI, (Contribuinte)
SENAI, SESC, SENAC, SEST, SENAT, SENAR –, Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
desde que relacionadas às suas finalidades Câmara da 3ª Seção do CARF
essenciais, são abarcadas pela isenção da COFINS Data de julgamento: 23/05/2017
de que trata o art. 14, X, da MP nº 2.158-35/2001. Data de formalização: 24/07/2017
Isso porque, segundo os Conselheiros, as referidas Ementa: CIDE-REMESSAS. BASE DE CÁLCULO.
entidades paraestatais, por prestam serviços em LICENCIAMENTO DE SOFTWARE. VALOR DOS
caráter complementar às atividades do Estado, não CONTRATOS DE CÂMBIO. IRPJ. ISSQN.
possuem finalidade lucrativa, de modo que as EXCLUSÃO.
rendas por elas recebidas, caso destinadas ao custeio Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
de suas atividades essenciais, classificam-se no por força do art. 2º, § 3º, da Lei nº 10.168/2000, a
conceito de receitas relativas à atividade própria de base de cálculo da CIDE nas operações envolvendo
que trata o referido 14, X, da MP nº 2.158-35/2001, remessas de royalties de direitos autorais pela
entendimento este corroborado também pela exploração ou licenciamento de software deve ser
Súmula nº 107/CARF, que trata a respeito da composta pelo valor efetivamente pago, creditado,
possibilidade de se reconhecer o direito ao benefício entregue, empregado ou remetido a beneficiários no
de isenção às entidades beneficentes de educação, exterior, isto é, ao valor dos contratos de câmbio que
sem fins lucrativos. Ademais, ressaltaram ainda que viabilizaram o adimplemento da obrigação
as rendas sujeitas à isenção são somente aquelas contratual pela fonte pagadora. Ademais, os
destinadas à manutenção e desenvolvimento dos Conselheiros afirmaram que o art. 725 do RIR/1999,
objetivos institucionais das entidades, que permite a apuração da base de cálculo do
independentemente de sua natureza e origem. imposto devido na fonte conforme o valor bruto da
remessa ao exterior, incluídos os valores dos
2. CONDECINE tributos recolhidos pelo contribuinte, não pode ser
aplicado, por analogia, à CIDE-Remessas, uma vez
a) Benefício fiscal que o art. 3º, parágrafo único, da Lei nº
10.168/2000 somente permite a aplicação
• PAF 12448.732016/2014-19 subsidiária da legislação do imposto de renda nas
Relator(a): Conselheiro Leonardo Vinicius Toledo hipóteses que tratem a respeito de normas de
de Andrade (Contribuinte) administração e fiscalização de tributos. Nesse
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª sentido, ressaltaram que, por ausência de previsão
Câmara da 3ª Seção do CARF legal, o IRRF e ISSQN ou quaisquer outros tributos
Data de julgamento: 30/08/2017 eventualmente pagos ou recolhidos nessas
Data de formalização: 04/10/2017 operações não compõem a base de cálculo da
Ementa: CONDECINE. BENEFÍCIO FISCAL. contribuição.
ISENÇÃO. ART. 49 DA MP Nº 2.228-1/2001.
REMESSA AO EXTERIOR. ROYALTIES. • PAF 18470.723923/2012-12
RECOLHIMENTO DE IRRF. ALÍQUOTA DE 15%. Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
CONVENÇÃO PARA EVITAR A DUPLA Nascimento (Fazenda)
TRIBUTAÇÃO DA RENDA. POSSIBILIDADE Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Câmara da 3ª Seção do CARF
que não há óbice à fruição do benefício fiscal de Data de julgamento: 24/10/2017
isenção de CONDECINE de que trata o art. 49, Data de formalização: 22/11/2017
parágrafo único da MP nº 2.228-1/2001, nas Ementa: CIDE-REMESSAS. BASE DE CÁLCULO.
hipóteses em que o contribuinte optante pelo SERVIÇOS DE LEVANTAMENTO DE DADOS
benefício fiscal referido no referido art. 3º da Lei nº SÍSMICOS EM TERCEIRA DIMENSÃO.

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CONTRATO DE AFRETAMENTO. 2.159-70/2001. POSSIBILIDADE. REQUISITOS.
DESCARACTERIZAÇÃO. PRESTAÇÃO DE EFETIVO PAGAMENTO.
SERVIÇOS TÉCNICOS. CARACTERIZAÇÃO. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
INCIDÊNCIA. ser possível o aproveitamento de créditos de CIDE-
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as Royalties apurados em operações pretéritas,
remessas efetuadas ao exterior em contrapartida à consoante previsão do art. 4º da MP nº 2.159-
prestação de serviços de extração ou levantamentos 70/2001. Ainda, os Conselheiros destacaram que o
de dados sísmicos em terceira dimensão estão creditamento da CIDE pressupõe a existência de
sujeitas à incidência da CIDE, nos termos do art. 2º, efetivo pagamento do montante devido em
§ 2º, da Lei nº 10.168/2000. Isso porque, para os operações anteriores, vez que o crédito da referida
Conselheiros, os referidos serviços não representam Contribuição, que não se sujeita ao princípio da não
apenas uma atividade-meio para a consecução do cumulatividade, é calculado sobre o valor devido e
contrato de afretamento, mas estão intrinsecamente pago em cada operação. Por fim, ressaltaram que a
ligados à definição do tipo deste contrato, Contribuição devida será calculada pela diferença
possuindo, portanto, natureza de serviço técnico. entre a CIDE incidente sobre a operação específica e
Ademais, no caso concreto, ressaltaram que o o crédito apurado em operações pretéritas, que
serviço em comento não poderia ser considerado estiver sendo aproveitado. Noutro prisma, a Turma,
como afretamento, mas de levantamentos de dados por maioria, entendeu que, por ausência de previsão
sísmicos em terceira dimensão, uma vez que foi a legal, o IRRF não compõe a base de cálculo da CIDE-
empresa estrangeira, e não a brasileira, a Remessas. Ainda, os Conselheiros consignaram que
responsável e contratada pelas gestões náutica e o art. 725 do RIR/1999, o qual permite a apuração
comercial das embarcações utilizadas, isto é, pela da base de cálculo do imposto devido na fonte
prestação dos serviços de navegação. conforme o valor bruto da remessa ao exterior,
incluídos os valores dos tributos recolhidos pelo
b) Creditamento contribuinte, não pode ser aplicado, por analogia,
para subsidiar a cobrança de CIDE-Remessas, por
• PAF 16643.000372/2010-91 força da vedação contida no art. 108, § 1º, do CTN.
Relator(a): Conselheiro Tiago Guerra Machado
(Contribuinte) c) Fato gerador
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Câmara da 3ª Seção do CARF • PAF 10920.005210/2009-11
Data de julgamento: 25/05/2017 Relator(a): Conselheiro Tiago Guerra Machado
Data de formalização: 24/07/2017 (Contribuinte)
Ementa: CIDE-REMESSAS. CREDITAMENTO. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
CRÉDITO ESCRITURAL SOBRE OS VALORES Câmara da 3ª Seção do CARF
DEVIDOS. DESNECESSIDADE DE PAGAMENTO Data de julgamento: 25/05/2017
EFETIVO PARA USUFRUTO. CIDE-REMESSA. Data de formalização: 14/08/2017
BASE DE CÁLCULO. VALOR BRUTO DA Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR.
REMESSA. CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS. USO DE
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o IMAGENS, DESENHOS, PERSONAGENS E
direito a créditos de CIDE-Remessas não exige que SÍMBOLOS. INOCORRÊNCIA.
haja o efetivo pagamento da contribuição para seu Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
usufruto, visto que é crédito escritural a ser utilizado não há incidência de CIDE-Remessas sobre
como dedução em operações posteriores. Dessa pagamentos decorrentes de exploração de direitos
forma, os Conselheiros afirmaram que, para efeitos autorais. Isso porque, segundo os Conselheiros, o
de dedução da CIDE-Remessas, somente devem ser âmbito de incidência da CIDE abrange fatos que se
considerados os valores devidos da contribuição. relacionem com o objeto da intervenção econômica,
Além disso, entenderam que, conforme inteligência qual seja o setor de tecnologia, pesquisa e atividades
o valor a ser usado como base de cálculo para fins de naturalmente técnicas. Ainda, aduziram que o
incidência da CIDE corresponde, nos termos do art. conceito de Royalties, para fins de incidência da
2º, § 3º, da Lei nº 10.168/2000, ao valor ao referida contribuição, somente alcança as
efetivamente pago ao beneficiário no exterior, isto é, importâncias decorrentes da contratação de
utilizado nos contratos de câmbio que permitirem o tecnologia ou de contratação de conhecimento
adimplemento da obrigação pela fonte pagadora, técnico especializado de qualquer natureza, que
não sendo possível a inclusão, por ausência de tenha correlação com as atividades incentivadas
previsão legal, dos valores de IRRF ou quaisquer com a arrecadação da referida Contribuição, as
outros tributos pagos sobre o referido contrato. quais, por sua vez, estão consignadas no art. 10, do
Decreto nº 4.195/2002, que regulamenta a Lei nº
• PAF 13896.722157/2011-65 10.168/2000. Dessa forma, no caso concreto, os
Relator(a): Conselheiro Waldir Navarro Bezerra Conselheiros ressaltaram que os pagamentos de
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) Royalties pela exploração de direitos autorais pelo
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª uso de desenhos, imagens, personagens e símbolos,
Câmara da 3ª Seção do CARF não se relacionam ao objeto da intervenção e,
Data de julgamento: 26/09/2017 portanto, não se sujeitam à incidência da CIDE.
Data de formalização: 18/10/2017
Ementa: CIDE-REMESSAS. CREDITAMENTO. • PAF 16643.000100/2010-91
IRRF. EXCLUSÃO. CREDITAMENTO. Relator(a): Conselheiro Tiago Guerra Machado
OPERAÇÕES PRETÉRITAS. ART. 4º DA MP Nº (Contribuinte)

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Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR.
Câmara da 3ª Seção do CARF EXPLORAÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS.
Data de julgamento: 25/05/2017 COMPOSIÇÃO MUSICAL. NÃO INCIDÊNCIA.
Data de formalização: 14/08/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR. não há incidência de CIDE-Remessass sobre valores
REMUNERAÇÕES PARA RESIDENTES NO remetidos ao exterior decorrentes da exploração de
EXTERIOR. CONTRATOS DE NATUREZA direitos autorais de caráter cultural. Segundo os
TÉCNICA. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. Conselheiros, o âmbito de incidência da
VALOR ESTIPULADO EM CONTRATO. Contribuição recai somente sobre aqueles fatos que
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, guardem pertinência temática com o objeto da
em razão da alteração do art. 2º da Lei nº intervenção econômica, qual seja o setor de
10.168/2002, promovida pela inclusão do § 2º pela tecnologia, pesquisa e atividades técnicas. Ademais,
Lei nº 10.332/2001, a CIDE-royalties incide sobre entenderam que o conceito de royalties, para fins de
remunerações pagas, creditadas, entregues ou incidência da CIDE, abrange as importâncias
remetidas para pessoa física ou jurídica residente no decorrentes da contratação de tecnologia ou de
exterior, decorrentes de contrato de natureza conhecimento técnico especializado de qualquer
técnica, independentemente da ocorrência de natureza, que tenham correlação com as atividades
transferência de tecnologia. Isso porque, para os incentivadas com a arrecadação da referida
Conselheiros, com a referida modificação no art. 2º Contribuição. Assim, no caso concreto, os
da Lei nº 10.168/2002, foram criadas novas Conselheiros afirmaram que não há incidência de
hipóteses de incidência para a contribuição, as quais CIDE-Remessas sobre valores decorrentes de
não exigem mais entrega da tecnologia para a exploração de direitos autorais de composições
cobrança da exação. Noutro plano, afirmaram que, musicais, vez que, independentemente de sua
nos termos do art. 2, § 3º. Da Lei nº 10.168/2000, a denominação, tais valores não guardam relação com
base de cálculo da CIDE-Remessas deve ser o objeto da contribuição, tampouco contam com
entendida como o valor recebido pelo beneficiário previsão no art. 10 do Decreto nº 4.195/2002.
residente no exterior, registrado nos contratos de
câmbios utilizados para viabilizar a efetiva remessa. • PAF 16095.000246/2008­75
Relator(a): Conselheira Thais de Laurentiis
• PAF 12448.726884/2013-89 Galkowicz (Contribuinte)
Relator(a): Conselheiro Paulo Roberto Duarte Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
Moreira (designado para redação do acórdão) – Câmara da 3ª Seção do CARF
(Fazenda) Data de julgamento: 26/09/2017
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª Data de formalização: 04/10/2017
Câmara da 3ª Seção do CARF Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR.
Data de julgamento: 25/07/2017 LANÇAMENTO CONTÁBIL. INOCORRÊNCIA
Data de formalização: 21/08/2017 BASE DE CÁLCULO. IRRF. EXCLUSÃO.
Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR. REMUNERAÇÃO DE FORNECEDOR
SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS. DOMICILIADO NO EXTERIOR. VALOR
PROSPECÇÃO SÍSMICA MARÍTIMA. ESTIPULADO EM CONTRATO. INCIDÊNCIA.
AFRETAMENTO DE EMBARCAÇÃO. ATIVIDADE Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
ÚNICA E INDISSOCIÁVEL. INCIDÊNCIA. lançamento contábil de créditos na conta do passivo
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA. não constitui, por si só, fato gerador da CIDE-
DESNECESSIDADE. Remessas, vez que representa apenas um registro do
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a evento econômico e não demonstra a efetiva
incidência da CIDE-Remessas na contratação de disponibilidade da renda. Ainda, os Conselheiros
serviços técnicos especializados não está afirmaram que o fato gerador da contribuição
condicionada à existência de transferência de somente ocorre no momento em que as
tecnologia, conforme dispõe o art. 2º, § 2º, da Lei nº importâncias são efetivamente pagas, creditadas,
10.168/2000. No caso concreto, os Conselheiros entregues, empregadas ou remetidas a beneficiários
afirmaram que a contratação de embarcação com no exterior. Além disso, a Turma, por maioria,
especificidades de construção, equipamento e entendeu que o IRRF não compõe a base de cálculo
operação, destinada a atender à execução de da CIDE, vez que a aplicação por analogia do art. 725
serviços técnicos especializados de levantamento do RIR/1999 é vedada, assim como das legislações
sísmico marítimo, constitui parte integrante e do imposto de renda. Por fim, os Conselheiros
indissociável da atividade contratada, não sendo ressaltaram que a base de cálculo da Contribuição,
permitido segregar os valores pagos para fins de nos termos do art. 2º, § 3º, da Lei nº 10.168/2000,
incidência da contribuição, ainda que estejam deve corresponder ao valor efetivamente pago ao
discriminados no mesmo contrato, ou em contratos beneficiário no exterior, isto é, ao valor da
diversos. remuneração do fornecedor domiciliado no exterior,
estipulada em contrato.
• PAF 11052.001400/2010-23
Relator(a): Conselheiro Tiago Guerra Machado • PAF 16682.721415/2013-51
(Contribuinte) Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Nascimento (Fazenda)
Câmara da 3ª Seção do CARF Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Data de julgamento: 28/06/2017 Câmara da 3ª Seção do CARF
Data de formalização: 02/10/2017 Data de julgamento: 26/09/2017
Data de formalização: 17/10/2017

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Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS. PAFs 10880.721554/2011-09 e
EXPLORAÇÃO, PRODUÇÃO E PERFURAÇÃO DE 16643.000105/2010-13
POÇOS DE PETRÓLEO. INCIDÊNCIA. Relator(a): Conselheiro Rodrigo da Costa Possas
AFRETAMENTO. SONDA DE PERFURAÇÃO. (Fazenda)
PARTE INTEGRANTE E INDISSOCIÁVEL DO Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
CONTRATO DE SERVIÇOS. INCIDÊNCIA. BASE Data de julgamento: 29/11/2017
DE CÁLCULO. VALOR BRUTO DA Data de formalização: Pendente
REMUNERAÇÃO. IRRF. EXCLUSÃO. Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu há LICENÇA DE EXPLORAÇÃO DE DIREITOS
incidência de CIDE-Remessas sobre valores AUTORAIS. EXPLORAÇÃO E TRANSMISSÃO DE
remetidos ao exterior a título de remuneração por FILMES E PROGRAMAS DE TELEVISÃO.
serviços técnicos de exploração, produção e ROYALTIES. ART. 22, “D”, DA LEI Nº 4.506/1964.
perfuração de poço de petróleo, nos termos do. 2º, § CARACTERIZAÇÃO. ART. 2º, § 2º, DA LEI Nº
2º, da Lei nº 10.168/2000, com redação dada pela 10.168/2000. INCIDÊNCIA.
Lei nº 10.332/2001. Ainda, os Conselheiros Resultado: A Turma, por maioria, entendeu há
afirmaram que incide a contribuição sobre os incidência de CIDE-Remessas sobre que os valores
pagamentos ao exterior decorrentes de contrato de remetidos ao exterior para pagamento de licenças de
afretamento de sonda de perfuração, vinculado ao exploração de direitos autorais sobre transmissão
contrato de prestação de serviços técnicos. Isso sobre a distribuição de filmes e programas de
porque, segundo os Conselheiros, o fornecimento de televisão, considerados royalties, nos termos do art.
embarcação aparelhada com equipamentos 22, “d”, da Lei nº 4.506/1964. Isso porque, segundo
necessários às atividades de perfuração constitui os Conselheiros, o art. 2º, § 2º, da Lei nº
parte integrante e indissociável do contrato de 10.168/2000, com redação dada pela Lei nº
prestação de serviços de prospecção de petróleo, 10.332/2001, alargou o campo de incidência da
devendo os valores pagos pelo afretamento contribuição, que deverá incidir, assim, sobre o
integrarem a base de cálculo da referida valor de royalties pagos, creditados, entregues,
contribuição. Ademais, a Turma, por maioria, empregados ou remetidos, a qualquer título, por
entendeu que o IRRF não compõe a base de cálculo pessoa jurídica a residente ou domiciliada no
da CIDE-Remessas, vez que inexiste previsão legal exterior.
para sua inclusão. Assim, os Conselheiros
ressaltaram que a base de cálculo da referida d) Licença de uso de software
contribuição corresponde ao valor bruto da
remuneração pelos serviços técnicos remetida a • PAF 16561.720043/2013-12
residentes e domiciliados no exterior, sem o Relator(a): Conselheiro Winderley Morais Pereira
acréscimo ou dedução do IRRF devido sobre a (Fazenda)
respectiva operação de remessa. Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Câmara da 3ª Seção do CARF
• PAF 15504.726158/2013-32 Data de julgamento: 24/10/2017
Relator(a): Conselheiro Leonardo Vinicius Toledo Data de formalização: 24/11/2017
de Andrade (Contribuinte) Ementa: CIDE-REMESSAS. LICENÇA DE USO
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª DE SOFTWARE. AUSÊNCIA DE TRANSFERÊNCIA
Câmara da 3ª Seção do CARF DE TECNOLOGIA. NÃO INCIDÊNCIA.
Data de julgamento: 26/09/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Data de formalização: 23/10/2017 que, nos termos do art. 1º-A da Lei nº 10.168/2000,
Ementa: CIDE-REMESSAS. FATO GERADOR. incluído pela Lei nº 11.452/2007, a incidência da
REEMBOLSO DE DESPESAS. REMUNERAÇÃO CIDE-Remessas sobre os valores remetidos ao
DE SÓCIO ADMINISTRADOR OU PROFISSIONAL exterior em contrapartida a contrato de licença de
EXPATRIADO RESIDENTE NO PAÍS. uso de software está condicionada à ocorrência de
PAGAMENTOS REALIZADOS POR MATRIZ NO efetiva transferência de tecnologia, o que se dá
EXTERIOR. AUSÊNCIA DE FINALIDADE apenas mediante a disponibilização da
ECONÔMICA. NÃO INCIDÊNCIA. documentação referida no art. 11, parágrafo único,
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu da Lei nº 9.609/1998. Dessa forma, no caso
que, consoante dispõe a Solução de Consulta COSIT concreto, os Conselheiros afirmaram que o fato de
nº 378/2017, não há incidência de CIDE-Remessas se estar diante de software
sobre remessas a título de reembolso de despesas à personalizado/customizado não autoriza o fisco a
matriz ou à empresa do mesmo grupo econômico presumir a ocorrência da transferência de
domiciliada no exterior pelo pagamento de tecnologia, de modo que, não havendo a entrega da
remuneração a sócio administrador ou profissional documentação referida no citado art. 11, parágrafo
expatriado residente no país. Segundo os único, da Lei nº 9.609/1998, idônea para comprovar
Conselheiros, os reembolsos, por não possuírem a efetiva transferência da tecnologia, não há
qualquer finalidade econômica, isto é, por não incidência da CIDE-Remessas sobre contratos de
objetivarem o lucro, não se sujeitam à incidência da licença de uso de direitos de comercialização e
referida contribuição. No caso concreto, distribuição de programa de computador.
entenderam que os valores remetidos ao exterior,
desprovidos de qualquer finalidade econômica, 4. CIDE-REMESSAS & CONDECINE
configuram mero reembolso de custos ou despesas e
não remuneração por prestação de serviços, a) Fato gerador
afastando, portanto, a exigência da CIDE.

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• PAF 10314.728330/2014-97 Relator(a):Conselheiro Paulo Roberto Duarte
Relator(a): Conselheiro Fenelon Moscoso de Moreira (designado para redação do acórdão) –
Almeida (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
(Fazenda) Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Câmara da 3ª Seção do CARF
Câmara da 3ª Seção do CARF Data de julgamento: 25/07/2017
Data de julgamento: 25/05/2017 Data de formalização: 21/08/2017
Data de formalização: 24/07/2017 Ementa: CIDE-REMESSAS. CONDECINE. FATO
Ementa: CIDE-REMESSAS. CONDECINE. FATO GERADOR. EXPLORAÇÃO DE DIREITOS
GERADOR. ART. 2º, § 2º, DA LEI Nº 10.168/2000. AUTORAIS. INCIDÊNCIA. TRANSFERÊNCIA DE
SERVIÇOS TÉCNICOS E DE ASSESSORIA TECNOLOGIA. DESNECESSIDADE. INCIDÊNCIA.
ADMINISTRATIVA. TRANSFERÊNCIA DE CONCOMITÂNCIA. POSSIBILIDADE.
TECNOLOGIA. IRRELEVÂNCIA. ROYALTIES A Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
QUALQUER TÍTULO. EXPLORAÇÃO DE nos termos do art. 2º, § 3º da Lei nº 10.168/2000,
DIREITOS AUTORAIS. INCIDÊNCIA. BASE DE há incidência de CIDE-Remessas sobre os valores
CÁLCULO. IRRF. EXCLUSÃO. SERVIÇOS DE remetidos ao exterior em decorrência da exploração
ASSESSORIA JÚRIDICA, FINANCEIRA E de direitos autorais, considerados royalties, por
CONSULTORIA. SERVIÇOS TÉCNICOS. força do art. 22, “d”, da Lei nº 4.506/1964. Ainda, os
LICENÇAS DE EXIBIÇÃO, TRANSMISSÃO, USO E Conselheiros ressaltaram que a incidência da
DISTRIBUIÇÃO DE OBRAS referida contribuição não está condicionada à
CINEMATOGRÁFICAS, TELEVISIVAS, EVENTOS existência de transferência de tecnologia, conforme
ESPORTIVOS E CONTEÚDO JORNALÍSTICO. art. 2º, § 2º da Lei nº 10.168/2000. Ademais,
INCIDÊNCIA. afirmaram que a incidência concomitante de CIDE e
Resultado: A turma, por maioria, entendeu que o CONDECINE não configura bitributação, vez que as
art. 2, § 2º, da Lei nº 10.168/2000, com redação contribuições possuem finalidades e destinações
dada pela , com redação dada pela Lei nº distintas.
10.332/2001, ampliou o campo de incidência da
CIDE-Remessas, de modo que a contribuição incide • PAF 13896.002636/2007-85
sobre valores pagos, creditados, entregues ou Relator(a): Conselheiro Pedro Souza Bispo
remetidos ao exterior a título de (i) remuneração (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
pela prestação de serviços técnicos e de assessoria Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
administrativa, independentemente da existência Câmara da 3ª Seção do CARF
de transferência de tecnologia ou , ainda, a título de Data de julgamento: 27/07/2017
(ii) royalties, a qualquer título, assim entendidos Data de formalização: 25/08/2017
aqueles decorrentes da exploração de direitos Ementa: CIDE-REMESSAS. CONDECINE. FATO
autorais, de propriedade industrial ou de GERADOR. EXPLORAÇÃO DE OBRAS
propriedade intelectual. Dessa forma, no caso AUDIOVISUAIS. DIREITOS AUTORAIS.
concreto, os Conselheiros afirmaram ser devida a INCIDÊNCIA. CONCOMITÂNCIA.
incidência da CIDE sobre pagamentos remetidos ao POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO
exterior em contrapartida à prestação de serviços de CONSTITUCIONAL.
natureza administrativa, assim como sobre Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
royalties pela exploração de direitos autorais entendeu que os valores remetidos ao exterior a
relativos a licenças de exibição, transmissão, uso e título de remuneração pela exploração de obras
distribuição de obras cinematográficas, televisivas, audiovisuais, classificados como royalties de
de eventos esportivos e conteúdo jornalístico. direitos autorais, nos termos do art. 22, “d”, da Lei
Noutro prisma, os Conselheiros consignaram que, nº 4.506/1964, estão sujeitos à incidência da CIDE-
por ausência de previsão legal, não é possível incluir Remessas. Isso porque, segundo os Conselheiros, a
na base de cálculo da contribuição quaisquer contribuição incide sobre valores de royalties, a
tributos eventualmente pagos ou recolhidos nas qualquer título, inclusive os decorrentes de
operações de remessa ao exterior. Nesse sentido, exploração de direito autoral, de propriedade
destacaram que o art. 725 do RIR/1999, que permite industrial, ou de propriedade intelectual, que sejam
a apuração da base de cálculo do imposto devido na pagos, creditados, entregues, empregados ou
fonte conforme o valor bruto da remessa ao exterior, remetidos a residente ou domiciliado no exterior.
incluídos os valores dos tributos recolhidos pelo Ademais, os Conselheiros ressaltaram que inexiste
contribuinte, não pode ser aplicado, por analogia, à impedimento à incidência concomitante de CIDE-
CIDE-Remessas, uma vez que o art. 3º, parágrafo Remessas e CONDECINE, vez que a CF/1988 não
único, da Lei nº 10.168/2000 somente permite a promoveu qualquer vedação à incidência de mais de
aplicação subsidiária da legislação do imposto de uma contribuição sobre a mesma riqueza tributável,
renda nas hipóteses que tratem a respeito de normas a exemplo da contribuição para o PIS e da COFINS.
de administração e fiscalização de tributos. Assim,
entenderam que a base de cálculo da referida • PAF 16561.720112/2011-26
contribuição deve ser entendida como o valor Relator(a): Conselheiro Demes Brito (designado
utilizado nos contratos de câmbio que para redação do acórdão) – (Contribuinte)
possibilitaram o adimplemento da obrigação Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
contratual pela fonte pagadora, sem a possibilidade Data de julgamento: 22/06/2017
de inclusão Data de formalização: 31/10/2017
Ementa: CIDE-REMESSAS. CONDECINE. FATO
• PAF 19515.720170/2014-46 GERADOR. EXPLORAÇÃO E TRANSMISSÃO DE
FILMES, PROGRAMAS E EVENTOS EM

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TELEVISÃO POR ASSINATURA. INCIDÊNCIA. Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
BASE DE CÁLCULO. IRRF. INCLUSÃO. Data de julgamento: 15/08/2017
INCIDÊNCIA. CONCOMITÂNCIA. Data de formalização: 19/09/2017
POSSIBILIDADE. Ementa: CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CRÉDITO
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO.
valores remetidos ao exterior a título de royalties POSSIBILIDADE. CRIME CONTRA A ORDEM
decorrentes de licença e direito de uso na exploração TRIBUTÁRIA. PERDA DO INCENTIVO. ART. 59
e transmissão de filmes, programas e eventos em DA LEI Nº 9.069/1995. INAPLICABILIDADE.
televisão por assinatura estão sujeitos à incidência Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
da CIDE-Remessas. Isso porque, segundo os ser legítimo o ressarcimento de crédito presumido
Conselheiros, a Contribuição incide também sobre de IPI, mesmo nas hipóteses em que constatada a
os valores de royalties, a qualquer título, pagos, prática de atos que configurem crimes contra a
creditados, entregues, empregados ou remetidos a ordem tributária. Isso porque, segundo os
residente ou domiciliado no exterior. Ademais, os Conselheiros, o crédito presumido previsto na Lei nº
Conselheiros afirmaram que o IRRF compõe a base 9.363/1996 não tem natureza jurídica de incentivo
de cálculo da CIDE-Remessas, uma vez que, de redução ou isenção de tributos, de modo que é
conforme dispõe o art. 725 do RIR/1999, aplicável inaplicável a penalidade prevista no art. 59 da Lei nº
de forma subsidiária à CIDE, nos termos do art. 3º 9.069/1995, não sendo possível a perda do direito ao
da Lei nº 10.168/2000, o referido imposto na fonte crédito.
integra a importância paga, creditada, empregada,
remetida ou entregue ao exterior. Por fim, 6. FINSOCIAL
consignaram que a incidência concomitante de
CIDE-Remessas e CONDECINE não configura a) Coisa julgada
bitributação, haja vista que a CIDE destina-se a
viabilizar a intervenção estatal na economia para • PAF 15578.720040/2012-56
organizar e desenvolver setores essenciais, Relator(a): Conselheiro Pedro Rinaldi De Oliveira
enquanto que a CONDECINE tem por objetivo Lima (Contribuinte)
fomentar o desenvolvimento do setor Órgão julgador: 1ª Turma da 2ª Câmara da 3ª
cinematográfico e videofonográfico. Seção do CARF
Data de julgamento: 24/10/2017
5. CRÉDITO TRIBUTÁRIO Data de formalização: 24/11/2017
Ementa: FINSOCIAL. COISA JULGADA.
a) Crédito presumido de IPI CRÉDITO LÍQUIDO E CERTO. CÁLCULO COM
BASE NOS DARFS CONSTANTES NO PROCESSO
• PAF 13656.000503/2001-10 JUDICIAL.
Relator(a): Conselheira Thais De Laurentiis Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
Galkowicz (Contribuinte) crédito líquido e certo, reconhecido em decisão
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª judicial transitada em julgado, quando
Câmara da 3ª Seção do CARF materializado, deve ser observado no âmbito
Data de julgamento: 28/06/2017 administrativo fiscal para evitar descumprimento de
Data de formalização: 20/07/2017 coisa julgada. Portanto, no caso concreto, os
Ementa: CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CRÉDITO Conselheiros entenderam que houve erro no cálculo
PRESUMIDO DE IPI. RESSARCIMENTO DE PIS E realizado na fiscalização por meio do CSRJ, que não
COFINS. CONSÓRCIO. PRAZO LONGO E maculou o crédito de Finsocial do Contribuinte,
PRORROGÁVEL. IRRELEVÂNCIA. SOCIEDADE reconhecido judicialmente, não tendo utilizado
DE FATO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. como base os DARFs constantes no processo
LEGITIMIDADE. judicial. Nesse sentido, ressaltaram que os cálculos
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu dos créditos devem ser realizados com base nos
que o consórcio constituído com observância aos DARFs constantes no processo judicial, para evitar
arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404/1976 não perde esta o descumprimento de decisão judicial válida e
condição pelo fato de seu prazo determinado ser aplicável.
longo e passível de prorrogação, de modo que possui
legitimidade para pleitear o ressarcimento, a 7. II
compensação ou a restituição do crédito presumido
de IPI. Os Conselheiros afirmaram, no caso a) Preferência tarifária
concreto, que o consórcio constituído pela união de
empresas com o objetivo específico de realizar um • PAF 10711.005794/2001-24
empreendimento distancia-se da definição de uma Relator(a): Conselheiro Júlio César Alves Ramos
sociedade de fato, em que os sócios exercem (designado para redação do acórdão) – (Fazenda)
conjuntamente atividades para a repartição de Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
lucros, e mantém nele a condição de Data de julgamento: 12/04/2017
estabelecimento produtor, de modo que se deve Data de formalização: 07/07/2017
franquear o acesso ao benefício relativo ao IPI como Ementa: II. CERTIFICADO DE ORIGEM
ressarcimento de PIS e COFINS, conforme previsto EMISSÃO EM DATA ANTERIOR À DA FATURA.
na Lei nº 9.363/1996. ART. 2º DO ACORDO 91 DA ALADI. DECRETO
98.836/1990. VIOLAÇÃO. ACORDO DE ALCANCE
• PAF 13056.000286/2009-76 REGIONAL DE PREFERÊNCIA TARIFÁRIA.
Relator(a): Conselheiro Demes Brito CONCESSÃO. IMPOSSIBILIDADE.
(Contribuinte)

Voltar ao sumário. 129


Resultado: A Turma, por voto de qualidade, nomen iuris atribuído pelas partes e da existência de
entendeu que o certificado de origem emitido em contrato formal, consubstancia hipótese de
data anterior à emissão da fatura viola o art. 2º do incidência do referido imposto. Além disso,
Acordo 91 da ALADI, promulgado pelo Decreto nº afirmaram que os contratos de conta corrente são
98.836/1990, e obsta a concessão do benefício compatíveis com as operações de mútuo financeiro,
previsto no âmbito do Acordo de Alcance Regional de modo que possuem a mesma natureza, haja vista
de Preferência Tarifária. Dessa forma, no caso a instrumentalização dos empréstimos de recursos e
concreto, os Conselheiros afirmaram que não há sua restituição. Por fim, no caso concreto,
como reconhecer validade ao certificado de origem consignaram que a apuração da base de cálculo do
que, ao substituir o documento anterior que IOF incidente sobre o contrato que concedeu limite
acompanhou a operação de importação, foi emitido de crédito com prazo de vigência da disponibilidade
em data pretérita, anterior à da fatura, não se deve se dar nos moldes do art. 7º, I, “a”, do Decreto
prestando a comprovar a origem da mercadoria nº 6.306/2007, uma vez que não se enquadra como
objeto da operação. operação de crédito de valor principal e prazo de
vencimento definido.
b) Serviços de capatazia
b) Investimento estrangeiro direto
• PAF 11131.000334/2006-16
Relator(a): Conselheira Maria Aparecida Martins • PAF 16327.720417/2012-91
de Paula (designada para redação do acórdão) – Relator(a): Conselheiro Márcio Andrada Canuto
(Fazenda) Natal (Fazenda)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
Câmara da 3ª Seção do CARF Data de julgamento: 17/10/2017
Data de julgamento: 26/07/2017 Data de formalização: 30/11/2017
Data de formalização: 22/08/2017 Ementa: IOF. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO
Ementa: II. SERVIÇOS DE CAPATAZIA. DIRETO. AUSÊNCIA DE AMPLIAÇÃO DA
DESCARGA DAS MERCADORIAS IMPORTADAS CAPACIDADE OPERACIONAL DA INVESTIDA.
EM TERRITÓRIO NACIONAL. BASE DE PERMANÊNCIA EFÊMERA DO RECURSO
CÁLCULO. INCLUSÃO. FINANCEIRO NO PAÍS. DESCARACTARIZAÇÃO.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, REQUALIFICAÇÃO. EMPRÉSTIMO
entendeu que integram a base de cálculo do II os ESTRANGEIRO. INCIDÊNCIA.
gastos com serviços de capatazia, relativos ao Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
carregamento, descarregamento e manuseio, entrada de recursos financeiros no país qualificado
associados ao transporte de mercadorias como investimento estrangeiro direto, quando não
importadas até o porto ou local de importação. Isso cumpridos os requisitos estabelecidos, deve ser
porque, para os Conselheiros, o Decreto nº considerado como empréstimo externo, devendo
92.930/1986, que promulgou o AVA/GATT, incidir IOF sobre os valores objeto da operação. No
determinou a inclusão de tais atividades no valor caso concreto, os Conselheiros consignaram que não
aduaneiro, para fins de incidência do Imposto sobre se pode considerar os valores como investimento
a Importação. estrangeiro direto, pois: (i) os recursos ingressados
no país permaneceram apenas por um período de 14
8. IOF dias, demonstrando que o grupo do exterior nunca
pretendeu permanecer com esses recursos no Brasil;
a) Contrto de mútuo (ii) o investimento extinguiu-se em prazo inferior a
um ano; (iii) ausência de substrato econômico para
• PAF 10480.727985/2015-15 fundamentar a operação financeira realizada, uma
Relator(a): Conselheiro Robson José Bayerl vez que não houve qualquer ampliação da
(Fazenda) capacidade operacional das sociedades envolvidas
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª na operação; (iv) o real objetivo da operação foi a
Câmara da 3ª Seção do CARF geração de ágio na compra de participação societária
Data de julgamento: 25/10/2017 de empresa do mesmo grupo. Assim, os
Data de formalização: 09/11/2017 Conselheiros concluíram que toda operação é na
Ementa: IOF. CONTRATO DE MÚTUO. ART. 13 verdade um empréstimo externo e não um
DA LEI Nº 9.779/1999. INCIDÊNCIA. BASE DE investimento estrangeiro direto, e por isso sujeito à
CÁLCULO. CONTRATO COM PREVISÃO DO incidência de IOF.
LIMITE DE CRÉDITO E COM PRAZO DE
VIGÊNCIA DA DISPONIBILIDADE. ART. 7º, I, “A”, 9. II, IPI, PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS-
DO DECRETO Nº 6.306/2007. APLICABILIDADE. IMPORTAÇÃO
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
por força do art. 13 da Lei nº 9.779/1999, as a) Base de cálculo
operações de crédito correspondentes a mútuo de
recursos financeiros entre pessoas físicas ou • PAF 16561.720077/2012-26
jurídicas estão sujeitas à incidência do IOF, Relator(a): Conselheiro Robson José Bayerl
conforme as mesmas normas aplicáveis às (Fazenda)
operações de financiamento e empréstimos Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
praticadas pelas instituições financeiras. Assim, os Câmara da 3ª Seção do CARF
Conselheiros ressaltaram que a entrega ou Data de julgamento: 26/07/2017
colocação de quaisquer valores à disposição de Data de formalização: 07/08/2017
terceiros para sua utilização, independentemente do

Voltar ao sumário. 130


Ementa: II. IPI. PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS- sofriam qualquer processo de industrialização no
IMPORTAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. VALOR exterior e sequer eram nacionalizados, ficando
ADUANEIRO. ROYALTIES. EXCLUSÃO. apenas armazenados em depósitos aduaneiros para
VINCULAÇÃO DIRETA COM O INSUMO serem novamente importados e comercializados em
IMPORTADO. INEXISTÊNCIA. CONDIÇÃO DE território nacional por empresa integrante do
IMPORTAÇÃO. NÃO CARACTERIZADA. mesmo grupo econômico. Dessa forma, os
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os Conselheiros consignaram que a operação realizada
royalties pagos pela transferência de tecnologia e pelo contribuinte compreende, nos termos dos arts.
conhecimentos técnicos não devem ser incluídos no 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502/1964, conduta simulada
valor aduaneiro de insumos importados, na hipótese praticada em conluio, devendo ser desconsiderada
em que não houver vinculação direta com a pela fiscalização e aplicada a multa qualificada
operação de importação e o pagamento dos prevista no art. 44 da Lei nº 9.430/1996.
royalties não constituir condição de venda das
mercadorias. No caso concreto, os Conselheiros 10. IPI
aduziram que o pagamento dos royalties não
configurou condição de venda das mercadorias a) Benefício fiscal
importadas, tal como exige o art. 8º, 1, “c”, do
AVA/GATT, mas apenas uma exigência para a • PAF 10872.720001/2015-53
utilização da tecnologia transferida, de modo que a Relator(a): Conselheiro José Fernandes
ausência dos referidos pagamentos, muito embora Nascimento (designado para redação do acórdão) –
implique a rescisão do contrato, não constitui óbice (Fazenda)
ou vedação às importações. Dessa forma, Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
entenderam que os valores devidos a título de Câmara da 3ª Seção do CARF
royalties pela transmissão de conhecimentos Data de julgamento: 30/08/2017
tecnológicos não devem ser acrescidos ao preço a Data de formalização: 13/09/2017
pagar pelas mercadorias importadas. Ementa: IPI. BENEFÍCIO FISCAL. REGIME
ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO. REFRI. SAÍDAS
b) Simulação COM SUSPENSÃO DE TRIBUTO.
IMPOSSIBILIDADE. TRIBUTAÇÃO ÚNICA NA
• PAF 16561.720102/2013-52 SAÍDA DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL.
Relator(a): Conselheira Semíramis de Oliveira IMPOSTO PAGO POR ESTABELECIMENTOS
Duro (Contribuinte) COMERCIAIS. IMPUTAÇÃO AO VALOR DEVIDO
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª POR ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL.
Câmara da 3ª Seção do CARF IMPOSSIBILIDADE.
Data de julgamento: 26/10/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
Data de formalização: 18/12/2017 saída com suspensão de IPI, prevista no art. 43 do
Ementa: II. IPI. PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS- Decreto nº 7.212/2010, não pode ser estendida ao
IMPORTAÇÃO. SIMULAÇÃO. OPERAÇÃO DE contribuinte que opta pelo regime especial de
EXPORTAÇÃO. CONTRIBUINTE BENEFICIÁRIO tributação do REFRI. Isso porque, segundo os
DO RECOF. INDUSTRIALIZAÇÃO SOB Conselheiros, a suspensão aplicável ao regime geral
ENCOMENDA. PRODUÇÃO EM TERRITÓRIO de tributação do IPI, quando da saída de produtos
NACIONAL. PRODUTOS ACABADOS E PRONTOS do estabelecimento industrial, é incompatível com o
PARA O USO. EXPORTAÇÃO COM SUPRESSÃO disposto no art. 58-N da Lei nº 10.833/2003, o qual
DE TRIBUTOS. INDUSTRIALIZAÇÃO NO determina, por sua vez, que no referido regime
EXTERIOR. INEXISTÊNCIA. ARMAZENAGEM especial, o IPI deve ser recolhido uma única vez na
EM DEPÓSITO ADUANEIRO. IMPORTAÇÃO saída do estabelecimento industrial. Ademais,
POSTERIOR. COMERCIALIZAÇÃO EM entenderam que os pagamentos de IPI realizados
TERRITÓRIO NACIONAL. SIMULAÇÃO. por estabelecimentos comerciais do contribuinte
OCORRÊNCIA. MULTA QUALIFICADA. não podem ser imputados a seu estabelecimento
APLICAÇÃO. industrial, vez que a opção pelo regime especial de
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que tributação aplica-se apenas a este estabelecimento,
configura conduta simulada a operação de de modo a concentrar a tributação e facilitar a
exportação realizada por contribuinte beneficiário fiscalização e o controle do recolhimento do imposto
do Regime Aduaneiro Especial de Entreposto devido. Assim, no caso concreto, os Conselheiros
Industrial sob Controle Informatizado (RECOF), na mantiveram o lançamento tributário de IPI apurado
hipótese em que as mercadorias exportadas com conforme o regime especial do REFRI, relativo a
supressão de tributos, que não forem nacionalizadas valores devidos e não pagos pelo contribuinte
e nem se submeterem a processo de industrialização quando da saída de mercadorias de seu
no exterior, sejam novamente importadas para estabelecimento industrial. Ressaltaram, contudo,
comercialização no mercado interno. No caso que tendo havido lançamento de IPI nas notas
concreto, os Conselheiros afirmaram que o fiscais de venda dos estabelecimentos comerciais e o
contribuinte, beneficiário do RECOF, promovia a pagamento indevido do imposto, poderá o
industrialização, sob encomenda, de aparelhos contribuinte exercer o direito de repetir ou
celulares inteiramente produzidos em território compensar o indébito de cada estabelecimento, nos
nacional, promovendo a exportação posterior, com termos dos arts. 165 e 170 do CTN, arts. 73 e 74 da
supressão de tributos aduaneiros (II, IPI, PIS- Lei nº 9.430/1996, e da IN RFB nº 1.717/2017.
Importação e COFINS-Importação), dos produtos
acabados e prontos para uso, os quais, muito • PAF 10410.721370/2014-10
embora destinados à empresa encomendante, não

Voltar ao sumário. 131


Relator(a): Conselheira Tatiana Josefovicz incidência da Taxa SELIC sobre valores de
Belisário (Contribuinte) ressarcimento de crédito presumido de IPI que não
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª foram devolvidos em razão de ilegítima oposição do
Câmara da 3ª Seção do CARF Fisco. Os Conselheiros afirmaram que, consoante a
Data de julgamento: 25/07/2017 decisão do STJ no REsp 993.164/MG, submetido ao
Data de formalização: 11/09/2017 rito dos recursos repetitivos, a correção monetária
Ementa: IPI. BENEFÍCIO FISCAL. REGIME do crédito presumido a ser ressarcido será devida
ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DO REFRI. desde a data do protocolo do pedido. Os
ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL. SAÍDA COM Conselheiros ressaltaram, contudo, que a posição
SUSPENSÃO DO TRIBUTO. IMPOSSIBILIDADE. majoritária da 3ª Turma da CSRF é no sentido de
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, que, interpretando-se o referido REsp 993.164/MG,
entendeu que a pessoa jurídica que optar pelo a Taxa SELIC somente deve incidir sobre o
regime especial de tributação do REFRI, previsto no montante do crédito deferido pela instância
art. 58-J da Lei nº 10.833/2003, não pode ser julgadora, e não sobre a totalidade do débito.
beneficiada com a suspensão de IPI na saída de
mercadorias de estabelecimento industrial, com d) Coisa julgada
transferência de produtos para depósitos fechados
de armazenagem. Isso porque, segundo os • PAFs 10840.720752/2009-07 e
Conselheiros, a norma do art. 58-N da referida Lei 10840.723212/2011-91
nº 10.833/2003, porquanto determina a incidência Relator(a): Conselheiro Leonardo Ogassawara de
única do imposto quando da saída de mercadorias Araújo Branco (Contribuinte)
do estabelecimento industrial, é incompatível com a Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
regra de suspensão do regime geral, prevista no art. Câmara da 3ª Seção do CARF
43, III, do RIPI/2010. Data de julgamento: 26/10/2017
Data de formalização: 09/11/2017
b) Classificação fiscal Ementa: IPI. COISA JULGADA. DECISÃO
JUDICIAL QUE MODIFICA A EXTENSÃO DOS
• PAF 10865.003390/2008-19 EFEITOS DA COISA JULGADA. ACOLHIMENTO.
Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Natal (designado para redação do acórdão) – que deve ser acolhida pela Administração a sentença
(Fazenda) judicial irrecorrível que modifica a extensão dos
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF efeitos da coisa julgada, relativa a mandado de
Data de julgamento: 19/09/2017 segurança coletivo transitado em julgado em que se
Data de formalização: 05/12/2017 reconheceu o direito ao crédito de IPI decorrente da
Ementa: IPI. CLASSIFICAÇÃO FISCAL. CEREAL aquisição de insumos isentos de empresas situadas
EM BARRA SEM CHOCOLATE. PRODUTO DE na Zona Franca de Manaus (ZFM). No caso
CONFEITARIA. TIPI. POSIÇÃO 1704.90.90. concreto, os Conselheiros afirmaram que deve ser
INCIDÊNCIA. aplicada a decisão judicial proferida em sede de
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu, com recurso especial, que afastou a aplicação do art. 2º-
fundamento nas Regras Gerais de Interpretação do A da Lei nº 9.494/1997, o qual restringe os efeitos
Sistema Harmonizado, que os cereais em barra sem da coisa julgada em ação coletiva à competência
chocolate devem ser classificados na posição TIPI territorial de órgão prolator de sentença, e em
1704.90.90, vez que se trata de produtos de contrapartida determinou a aplicação do art. 22 da
confeitaria. Isso porque, segundo os Conselheiros , Lei nº 12.016/2009, que, por sua vez, limita os
os cereais em barras consistem em preparações efeitos da coisa julgada aos membros do grupo ou
alimentícias com adição de açúcar e prontas para categoria substituídos pelo impetrante de mandado
consumo imediato. Por fim, ressaltaram que o de segurança coletivo, independentemente do
produto já foi objeto de consulta na RFB, tendo sido Estado em que estão localizados. Por fim, afirmaram
classificado na Posição 1704 pela Solução de que não deve o colegiado se pronunciar a respeito da
Divergência COANA nº 1/2001, pela Solução de extensão dos efeitos da coisa julgada, tampouco
Consulta nº 79/2003 e pela Solução de Consulta nº sobre a matéria de fundo abordada em decisão
116/2010. judicial, uma vez que, reconhecida a prevalência e
primazia da coisa julgada, descabido o
c) Correção monetária e juros moratórios pronunciamento quanto ao mérito.

• PAF 10930.002227/00-16 e) Creditamento


Relator(a): Conselheira Vanessa Marini
Cecconello (Contribuinte) • PAFs 10860.904336/2011-38 e
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF 10860.904337/2011-82
Data de julgamento: 21/09/2017 Relator(a): Conselheiro Robson José Bayerl
Data de publicação: 31/10/2017 (designado para a redação do acórdão) – (Fazenda)
Ementa: IPI. CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
MORATÓRIOS. CRÉDITO PRESUMIDO. Câmara da 3ª Seção do CARF
RESSARCIMENTO. OPOSIÇÃO ILEGÍTIMA DO Data de julgamento: 25/07/2017
FISCO. CARACTERIZAÇÃO. RESP 993.164/MG. Data de formalização: 18/10/2017
RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. Ementa: IPI. CREDITAMENTO. AQUISIÇÃO DE
POSSIBILIDADE. TAXA SELIC. APLICAÇÃO. INSUMOS ISENTOS DA ZONA FRANCA DE
Resultado: A Turma, por unanimidade, acolheu os MANAUS (ZFM). IMPOSSIBILIDADE.
embargos de declaração com o fim de declarar a LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. VALOR

Voltar ao sumário. 132


TRIBUTÁVEL MÍNIMO. INSUBSISTÊNCIA. IN Súmula nº 156/STJ, que dispõe que a prestação de
SRF Nº 82/2001. ILEGALIDADE. serviços de composição gráfica, personalizada e sob
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a encomenda, está sujeita, apenas, ao ISSQN.
aquisição de insumos isentos da Zona Franca de
Manaus (ZFM), por ausência de previsão legal g) Valor tributável mínimo
específica, não permite a apropriação de créditos de
IPI. Isso porque, segundo os Conselheiros, a • PAF 19515.001942/2002-11
sistemática de apuração não cumulativa do imposto Relator(a): Conselheiro Rodrigo da Costa Pôssas
exige, para obtenção do benefício ao crédito fiscal, o (Fazenda)
efetivo pagamento do tributo em operação anterior, Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
e não mera incidência tributária, de modo que as Data de julgamento: 14/02/2017
aquisições isentas de matérias-primas, mesmo que Data de formalização: 06/07/2017
oriundas da ZFM, não garantem crédito de IPI. Ementa: IPI. CÁLCULO DO VALOR TRIBUTÁVEL
Além disso, também por maioria, a Turma afirmou MÍNIMO. ALTERAÇÃO DE CRITÉRIOS
que o simples fato de o sistema de controle JURÍDICOS PELA DRJ. IMPOSSIBILIDADE.
alternativo de estoque utilizado pelo contribuinte APLICAÇÃO DO ART. 146 DO CTN.
adotar língua estrangeira não o torna inadequado Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
para fins de controle de mercadorias. Para os utilização de outro critério, pela DRJ, diferente do
Conselheiros, as informações mais importantes a utilizado pela fiscalização, como forma de apuração
serem lidas ou examinadas no sistema de controle do valor tributável mínimo do IPI, caracteriza
de que trata o art. 388 do RIPI/2002 referem-se a alteração de critério jurídico. Os Conselheiros, no
números ou palavras cujo idioma é indiferente, de caso concreto, aduziram que, durante a realização
modo que qualquer dificuldade de compreensão e de de diligências, não podem ser utilizados novos
fiscalização deve ser concretamente demonstrada critérios, diferentes dos utilizados no auto de
pelo Fisco. Ademais, a Turma, por voto de infração, para a realização do cálculo do
qualidade, entendeu que a IN RFB nº 82/2001, que lançamento. Afirmaram que, apesar de ser
lastreou o lançamento tributário, estabeleceu um perfeitamente possível a revisão de cálculo quando
valor tributável mínimo diverso daquele previsto no constatada alguma irregularidade no lançamento,
art. 131 do RIPI, inovando o ordenamento jurídico e conforme o princípio da autotutela da
incorrendo em ilegalidade, o que impõe a administração, a regra geral é que as modificações
improcedência da autuação e o cancelamento do introduzidas por autoridade administrativa
lançamento de IPI, por carência de fundamentação. somente podem alcançar fatos geradores ocorridos
posteriormente, conforme o art. 146 do CTN.
f) Industrialização por encomenda
• PAF 16682.722461/2015-30
• PAFs 10882.002209/2008-49, Relator(a): Conselheiro Waldir Navarro Bezerra
10882.002586/2008-88 e (Fazenda)
19647.015258/2007-18 Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
Relator(a): Conselheira Tatiana Midori Migiyama Câmara da 3ª Seção do CARF
(Contribuinte) Data de julgamento: 29/08/2017
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF Data de formalização: 25/09/2017
Data de julgamento: 25/07/2017 Ementa: IPI. VALOR TRIBUTÁVEL MÍNIMO.
Data de formalização: 30/08/2017 EMPRESAS INTERDEPENDENTES. PRAÇA DO
Ementa: IPI. INDUSTRIALIZAÇÃO POR REMETENTE. MERCADO ATACADISTA.
ENCOMENDA. SERVIÇOS GRÁFICOS INEXISTÊNCIA. APLICAÇÃO DO ART. 196,
PERSONALIZADOS. NÃO INCIDÊNCIA. ISSQN. PARÁGRAFO ÚNICO, II, DO DECRETO Nº
LC º 116/2003. INCIDÊNCIA EXCLUSIVA. 7.212/2010.
SÚMULA 156 STJ. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
Resultado: A Turma, por maioria, afastou a para as operações realizadas entre empresas
incidência de IPI sobre operações para interdependentes em que inexista mercado
fornecimento de produtos industrializados atacadista estabelecido na praça do remetente, isto
relacionados à prestação de serviços gráficos é, no município em que este for domiciliado, o valor
customizados e personalizados, uma vez que tais tributável mínimo (VTM) de que trata o art. 195, I,
atividades sujeitam-se exclusivamente ao ISSQN. do RIPI/2010, deverá ser calculado nos termos do
Isso porque, segundo os Conselheiros, por força do art. 196, parágrafo único, II, do mesmo
art. 146, I, da CF/1988, cabe somente à lei Regulamento. Isso porque, segundo os
complementar dispor sobre possíveis conflitos de Conselheiros, tal dispositivo deve ser aplicado
competência em matéria tributária, sendo certo que, justamente nas hipóteses em que inexistir preço
nesse sentido, o art. 1º, § 2º, da LC nº 116/2003 é corrente no mercado por atacado que permita a
expresso ao estabelecer que, salvo exceções apuração do tributo, caso em que a base de cálculo
expressamente previstas em lei, os serviços para apuração do mínimo tributável para produtos
constantes da lista anexa ficam sujeitos nacionais deverá levar em consideração os custos de
exclusivamente ao ISSQN, ainda que sua prestação fabricação, de venda, de administração e de
envolva o fornecimento de mercadoria. Ademais, os publicidade, além do lucro normal, ainda que os
Conselheiros destacaram que, em respeito ao bens sejam recebidos de empresa interdependente.
princípio da eficácia vinculante dos precedentes, a Assim, no caso concreto, afirmaram que inexistia
teor dos arts. 15, 926 e 927 do CPC/2015, o processo mercado atacadista estabelecido na praça do
administrativo deve observar a jurisprudência remetente, vez que os estabelecimentos das
pacífica dos Tribunais, tal como explicitada na empresas do grupo econômico se encontravam em

Voltar ao sumário. 133


praças ou municípios diversos, sendo, portanto, Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
correta a aplicação do referido art. 196. Câmara da 3ª Seção do CARF
Data de julgamento: 28/06/2017
• PAFs 18470.720682/2015-94 e Data de formalização: 11/07/2017
10872.720074/2015-45 Ementa: IPI. ZONA FRANCA DE MANAUS
Relator(a): Conselheiro Fenelon Moscoso de (ZFM). ISENÇÃO. ART. 6º DO DL Nº 1.435/1975.
Almeida (designado para redação do acórdão) - AUSÊNCIA DE REQUISITOS QUANTITATIVOS.
(Fazenda) CRÉDITO. MANUTENÇÃO.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
Câmara da 3ª Seção do CARF regra de isenção de IPI existente no art. 6º do DL nº
Data de julgamento: 29/08/2017 1.435/1975, referente a produtos elaborados com
Data de formalização: 04/10/2017 matérias-primas oriundas da ZFM, não possui
Ementa: IPI. VALOR TRIBUTÁVEL MÍNIMO. qualquer exigência normativa quanto à quantidade
EMPRESAS INTERDEPENDENTES. do insumo que deve ser utilizada na produção. Dessa
DISTRIBUIDOR EXCLUSIVO. PRAÇA DO forma, os Conselheiros aduziram que, ainda que a
REMETENTE. MERCADO ATACADISTA. matéria-prima agrícola seja minimamente utilizada
INEXISTÊNCIA. SOLUÇÃO DE CONSULTA no processo produtivo, deve-se manter o direito
INTERNA COSIT Nº 8/2012. creditório relativo ao IPI, visto que a legislação
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, específica não prevê uma quantidade mínima para
caracterizada a relação de interdependência, entre que o produto faça jus à isenção estabelecida.
comerciante atacadista e adquirente distribuidor
exclusivo de mercadorias, nos moldes do art. 612 do • PAF 10384.720215/2013-60
RIPI/2010, a apuração do valor tributável mínimo Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme
(VTM), de que trata o art. 195, I, do RIPI/2010, Déroulède (designado para redação do acórdão) –
deverá considerar os preços praticados pelo (Fazenda)
distribuidor exclusivo, ainda que domiciliado em Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
praça diversa daquela do remetente das Câmara da 3ª Seção do CARF
mercadorias. Isso porque, segundo os Conselheiros, Data de julgamento: 28/06/2017
considerando que o mercado atacadista como um Data de formalização: 21/07/2017
todo possui um único distribuidor interdependente, Ementa: IPI. ZONA FRANCA DE MANAUS
o VTM deve ser determinado a partir das vendas ou (ZFM). CRÉDITO FICTO DE IPI. ART. 6º, § 1º, DO
dos preços por este praticados, tal como consignado DL Nº 1.435/1975. REQUISITOS. ISENÇÃO. ART.
também na Solução de Consulta Interna COSIT nº 9º DO DL Nº 288/1967 E ART. 69, I e II, DO
8/2012. RIPI/2002. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL.
IMPOSSIBILIDADE. CREDITAMENTO.
h) Zona Franca de Manaus PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS. REQUISITOS.
RESP 1.075.508/SC. RECURSO REPETITIVO.
• PAF 10950.722481/2014-36 POSSIBILIDADE. SISTEMA MONOFÁSICO. ART.
Relator(a): Conselheiro Leonardo Ogassawara de 4º DA LEI Nº 7.798/1989. REGIME ESPECIAL.
Araújo Branco (Contribuinte) ART. 58-N DA LEI Nº 10.833/2003. INCIDÊNCIA
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª ÚNICA. ESTABELECIMENTO FABRIL.
Câmara da 3ª Seção do CARF ESTABELECIMENTO OU FILIAL.
Data de julgamento: 26/04/2017 CREDITAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
Data de formalização: 11/07/2017 Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
Ementa: IPI. ZONA FRANCA DE MANAUS para fins de fruição do benefício previsto no art. 6º,
(ZFM). CREDITAMENTO. PRODUTOS ISENTOS. caput, do DL nº 1.435/1975, as “matérias primas
MATÉRIA-PRIMA AGRÍCOLA E EXTRATIVA agrícolas e extrativas vegetais de produção regional”
UTILIZADA INDIRETAMENTE. REQUISITOS. compreendem apenas aquelas produzidas na área
CUMPRIMENTO. POSSIBILIDADE. da Amazônia Ocidental de que trata o art. 1º, § 4º,
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu do DL nº 291/1967, não se confundindo com a área
pela possibilidade de creditamento do IPI quando da Amazônia Legal do art. 2º da Lei nº 5.173/1975,
da utilização de materiais agrícolas e extrativos não sendo permitido, portanto, o creditamento de
vegetais como matéria-prima de produtos que gastos com insumos ali produzidos. Ademais, os
carecem dessa característica, na hipótese em que Conselheiros entenderam que, por ausência de
forem utilizados para a produção do produto final, previsão legal expressa, também inexiste direito à
ou seja, quando tratar-se de matéria-prima da tomada de créditos fictos de IPI em relação aos
matéria-prima que estiver em conformidade ao art. insumos adquiridos com a isenção de que trata o art.
6º do DL nº 1.435/1975. Ademais, concluíram que o 9º do DL nº 288/1967, regulamentado pelo art. 69,
contribuinte cumpriu com todos os requisitos legais I e II, do RIPI/2002. Noutro plano, os Conselheiros
para fazer jus ao creditamento, pois: (i) trata-se de consignaram que, conforme decisão proferida no
empresa situada na ZFM; (ii) o açúcar, ainda que REsp 1.075.508/SC, submetido ao rito dos recursos
utilizado indiretamente na produção do produto repetitivos, o STJ acolhe a tese de que o
final, advém da cana-de-açúcar, produto também aproveitamento do crédito de IPI relativos aos
agrícola; e (iii) a empresa possui projeto aprovado insumos intermediários, que não integram o
pela SUFRAMA. produto, pressupõe o consumo, isto é, o desgaste
imediato, direto e integral do produto durante o
• PAF 11065.722445/2015-09 processo de industrialização. Nesse sentido, no caso
Relator(a): Maysa de Sá Pittondo Deligne concreto, os Conselheiros afirmaram que os
(Contribuinte) produtos químicos utilizados na produção de

Voltar ao sumário. 134


cerveja não se incorporam ao produto final, 1.435/1975. INEXISTÊNCIA DE ATIVIDADE
tampouco sofrem desgaste, dano ou perda de INDUSTRIAL. IMPOSSIBILIDADE.
propriedades físicas ou químicas em função de ação Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
direta exercida sobre o produto em fabricação, que, para a apropriação de créditos fictos de IPI
impondo-se o afastamento do direito ao sobre o valor de aquisição de insumos isentos
creditamento de IPI. Por fim, os Conselheiros provenientes da Zona Franca de Manaus (ZFM), o
ressaltaram que, no regime de tributação estabelecimento industrial localizado na Amazônia
monofásica de que trata o art. 4º da Lei nº Ocidental e o estabelecimento localizado em
7.798/1989, assim como no regime especial do art. qualquer parte do território nacional devem
58-N da Lei nº 10.833/2003, há previsão legal de respeitar os requisitos previstos no art. 6º, §§ 1º e
incidência única do imposto na saída do 2º, do DL nº 1.435/1975. Dessa forma, os
estabelecimento fabril, de modo que é vedado o Conselheiros entenderam que três requisitos devem
aproveitamento de créditos por outros ser cumpridos, cumulativamente: (i) o
estabelecimento ou filiais do contribuinte, estabelecimento produtor deve ter ser projeto
decorrentes das mesmas saídas tributadas. aprovado pela SUFRAMA; (ii) insumo cuja saída é
isenta deve ser elaborado com matéria-prima
• PAF 19311.720059/2013-65 agrícola e extrativa vegetal produzida na Amazônia
Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme Ocidental; e (iii) o material cuja saída é isenta deve
Dêrouléde (Fazenda) ser empregado como matéria-prima, produto
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª intermediário ou material de embalagem na
Câmara da 3ª Seção do CARF industrialização, em qualquer ponto do território
Data de julgamento: 27/07/2017 nacional, de produtos sujeitos ao pagamento do IPI.
Data de formalização: 09/08/2017 No caso concreto, os Conselheiros afirmaram que,
Ementa: IPI. ZONA FRANCA DE MANAUS consoante dispõe o Parecer Normativo CST nº
(ZFM). CRÉDITO FICTO DE IPI. ART. 6º, § 1º, DO 520/1971, a mera aposição de rótulos ou realização
DL Nº 1.435/1975. REQUISITOS. COMPETÊNCIA de pequenas alterações em embalagem original de
DA RFB PARA FISCALIZAR ISENÇÕES. produtos isentos adquiridos da Amazônia Ocidental
POSSIBILIDADE. não configura atividade industrial, ou sequer
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a caracteriza hipótese de utilidade nova ao produto,
fruição do benefício fiscal previsto no art. 6º, § 1º, de modo que não há como reconhecer à empresa o
do DL nº 1.435/1975, está condicionada benefício fiscal do crédito incentivado de IPI.
impreterivelmente à prévia e expressa aprovação da
SUFRAMA, tal como exigido pelo § 2º do mesmo 11. MULTAS FISCAIS
dispositivo. Além disso, ressaltaram que, para o
aproveitamento do crédito ficto do IPI, também a) Multa por cessão de nome
devem ser cumpridos os demais requisitos legais,
quais sejam, que o produto ou insumo a creditar: (i) • PAF 10074.720570/2015-02
tenha sido elaborado com matérias-primas agrícolas Relator(a): Conselheiro Robson José Bayerl
e extrativas vegetais de produção regional; (ii) tenha (Fazenda)
sido adquirido de estabelecimento industrial Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
localizado na Amazônia Ocidental; e (iii) seja Câmara da 3ª Seção do CARF
empregado pelo industrial adquirente como Data de julgamento: 31/08/2017
matéria-prima, produto intermediário ou material Data de formalização: 22/09/2017
de embalagem, na industrialização de produtos Ementa: MULTAS FISCAIS. MULTA POR
sujeitos ao IPI. Ademais, entenderam que a CESSÃO DE NOME OU DOCUMENTOS
expressão “produção regional”, constante do o art PRÓPRIOS. ART. 33 DA LEI Nº 11.488/2007.
6º, caput, do DL nº 1.435/1975, refere-se apenas à INTERPOPOSIÇÃO FRAUDULENTE.
área da Amazônia Ocidental, referida no art. 1º, § 4º, SIMULAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO.
do DL nº 291/1967, e não à área da Amazônia Legal EMPRESAS DO MESMO GRUPO ECONÔMICO.
de que trata o art. 2º da Lei nº 5.173/1975, não sendo AUSÊNCIA DE ILICITUDE.
permitido, portanto, o creditamento de gastos com Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
insumos ali produzidos. Por fim, ressaltaram que a ser incabível a aplicação da multa prevista no art. 33
competência da SUFRAMA para administrar a da Lei nº 11.488/2007, quando a fiscalização não
outorga de benefícios não exclui a competência da comprovar a existência de interposição fraudulenta
RFB para exercer suas atribuições constitucionais, ou simulação nas operações de importação, com
dentre as quais a de verificar o cumprimento dos demonstração de efetiva ocultação de real
requisitos do regime de isenção de tributos, adquirente de mercadorias, não servindo de prova a
conforme previsto nos arts. 176 e 179 do CTN. mera indicação de conduta infracional à legislação
do IPI, aos preços de transferência e à valoração
• PAF 15586.000851/2009-32 aduaneira. Ainda, os Conselheiros ressaltaram que
Relator(a): Conselheiro Augusto Fiel Jorge inexiste ilicitude nas operações de importação
D’Oliveira (Contribuinte) envolvendo empresas do mesmo grupo econômico,
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª já que, por si só, não têm o condão de fazer incidir a
Câmara da 3ª Seção do CARF multa por cessão de nome ou documentos próprios.
Data de julgamento: 25/07/2017 Assim, no caso concreto, os Conselheiros
Data de formalização: 16/08/2017 entenderam inexistir qualquer irregularidade nas
Ementa: IPI. ZONA FRANCA DE atividades realizadas pelo contribuinte, vez que (i) a
MANAUS.CREDITAMENTO (ZFM). CRÉDITO operação de comércio exterior estiver respaldada
FICTO DE IPI. ART. 6º, §§ 1º E 2º, DO DL Nº em contratos comerciais válidos; (ii) a empresa

Voltar ao sumário. 135


importadora detinha capacidade econômico- parcela relacionada à redução de custos e não à
financeira; e (iii) a fiscalização não comprovou obtenção de receita nova, decorrente da atividade
qualquer irregularidade na execução das operações. empresaria, não representa faturamento da
empresa, tampouco receita bruta operacional,
12. PIS devendo ser excluído da base de cálculo da
Contribuição para o PIS.
a) Base de cálculo
b) Creditamento
• PAF 10880.903037/2012-29
Relator(a): Conselheiro Leonardo Ogassawara de • PAF 10480.725292/2011-56
Araújo Branco (Contribuinte) Relator(a): Conselheiro Rosaldo Trevisan
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª (Fazenda)
Câmara da 3ª Seção do CARF Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
Data de julgamento: 25/04/2017 Câmara da 3ª Seção do CARF
Data de formalização: 04/07/2017 Data de julgamento: 26/06/2017
Ementa: PIS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO Data de formalização: 13/07/2017
DO ICMS. OPERAÇÕES INTERNAS. Ementa: PIS. CREDITAMENTO. REGIME
IMPOSSIBILIDADE. MONOFÁSICO E NÃO CUMULATIVO. DESPESAS
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o COM ARMAZENAGEM E FRETE. RECEITAS NÃO
ICMS devido pelas pessoas jurídicas em razão de TRIBUTADAS. POSSIBILIDADE. AQUISIÇÃO DE
operações realizadas no mercado interno integra a ÁLCOOL ANIDRO PARA FINS CARBURANTES.
base de cálculo do PIS, visto que sua exclusão LEGISLAÇÃO VIGENTE NO PERÍODO EM
depende de previsão legal expressa. Diante disso, os QUESTÃO. IMPOSSIBILIDADE. SERVIÇOS
Conselheiros entenderam que este caso não se trata UTILIZADOS COMO INSUMOS. EMPRESAS
de uma das ressalvas previstas no ordenamento COMERCIAIS. IMPOSSIBILIDADE. LEI Nº
jurídico, e, portanto, é legítima a chamada 10.637/2002.
incidência por dentro, isto é, quando um tributo Resultado: A Turma, por unanimidade, permitiu
incide sobre outro ou até mesmo sobre sua própria que empresa distribuidora de combustíveis
base de cálculo. promovesses o creditamento das despesas com
armazenagem e frete em operações de revenda
• PAF 13971.001693/2004-54 sujeitas à tributação concentrada, no sistema
Relator(a): Conselheira Sarah Maria Linhares de monofásico, ainda nos casos em que as receitas
Araújo Paes de Souza (Contribuinte) sejam tributadas à alíquota zero. Isso porque,
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª segundo os Conselheiros, o fato de um produto não
Câmara da 3ª Seção do CARF ser tributado não “contaminaria” os serviços a ele
Data de julgamento: 28/09/2017 associados, ou seja, o bem não tributado não pode
Data de formalização: 10/10/2017 impedir o desconto de créditos com relação às
Ementa: PIS. BASE DE CÁLCULO. RECEITAS operações tributadas das quais ele era objeto, de
FINANCEIRAS. INCONSTITUCIONALIDADE DO modo que se faz possível o creditamento dos valores
ART. 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718/1998. RE dispendidos, nos termos do art. 3º, II, da Lei nº
585.235/MG. REPERCUSSÃO GERAL. 10.637/2002. Noutro plano, no caso concreto, os
VARIAÇÕES CAMBIAIS ATIVAS. RECEITAS DE Conselheiros consignaram que, por vedação
JUROS SOBRE CRÉDITOS RECUPERADOS expressa do art. 3º, I, “a”, da Lei nº 10.637/2002, na
JUDICIALMENTE. EXCLUSÃO. CRÉDITO redação anterior à vigência da Lei nº 11.727/2008,
PRESUMIDO DE IPI. EXCLUSÃO. não é possível reconhecer, em relação a fatos
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu geradores ocorridos em período anterior à 2008, a
que não integram a base de cálculo do PIS as receitas existências de direito de crédito da Contribuição
financeiras não operacionais auferidas por pessoa para o PIS, relativos aos gastos com álcool anidro
jurídica. Isso porque, segundo os Conselheiros, para fins carburantes.
consoante entendimento firmado pelo STF quando
do julgamento do RE 585.235/MG, submetido ao
rito da repercussão geral, em que o Tribunal • PAF 13866.000081/2005-22
entendeu ser inconstitucional o art. 3º, § 1º da Lei Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
nº 9.718/1998, o conceito de faturamento para fins Nascimento (Fazenda)
de incidência da referida contribuição para o PIS Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
compreende exclusivamente a receita bruta Câmara da 3ª Seção do CARF
operacional, não abarcando as receitas financeiras Data de julgamento: 26/10/2017
que não correspondam à venda de mercadorias ou Data de formalização: 21/11/2017
prestação de serviços. Assim, no caso concreto, os Ementa: PIS. CREDITAMENTO. REGIME NÃO
Conselheiros afirmaram que não compõem a base CUMULATIVO. INSUMO. ATIVIDADE
de cálculo da referida contribuição os valores AGROINDUSTRIAL. CICLO PRODUTIVO DA
correspondentes a variações cambiais ativas, assim ATIVIDADE. BENS EMPREGADOS NA
como as receitas de juros sobre créditos recuperados PRODUÇÃO E FABRICAÇÃO. BENS
judicialmente, porquanto configuram receitas EMPREGADOS NAS ÁREAS DE CULTIVO DA
financeiras, conforme disposto no art. 375, CANA DE AÇÚCAR. ÓLEO DIESEL UTILIZADO
parágrafo único, do RIR/1999 e no art.9º da Lei nº NOS VEÍCULOS PARA TRANSPORTE ENTRE A
9.718/1998. Noutro prisma, os Conselheiros ÁREA DE COLETA ATÉ A ENTRADA DA
consignaram que o crédito presumido de IPI de que UNIDADE FABRIL. BENS APLICADOS NO
trata a Lei nº 9.396/1996, porquanto constitui TRATAMENTO DE ÁGUA. POSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 136


Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu 13. PIS & COFINS
que ciclo produtivo da atividade agroindustrial
compreende a atividade de produção rural ou a) Base de cálculo
agropecuária e a atividade de fabricação ou
industrialização do produto final comercializado, • PAF 18050.720506/2014-12
assim, são considerados insumos de produção ou Relator(a): Conselheiro Antonio Carlos da Costa
fabricação tanto os bens e serviços aplicados na fase Cavalcanti Filho (Fazenda)
de produção agropecuária, quanto os bens e serviços Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
aplicados na fase de fabricação do bem final. Dessa Câmara da 3ª Seção do CARF
forma, os Conselheiros consignaram que no regime Data de julgamento: 28/06/2017
de incidência não cumulativa do PIS, a definição de Data de formalização: 04/08/2017
insumo de produção ou fabricação compreende Ementa: PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO.
tanto os bens e serviços aplicados diretamente no BONIFICAÇÕES NÃO INCLUÍDAS EM NOTAS
processo de produção (insumos diretos de FISCAIS. CARÁTER CONTRAPRESTACIONAL E
produção) como os demais bens e serviços utilizados REMUNERATÓRIO. NATUREZA DE RECEITA.
indiretamente na produção ou fabricação (insumos INCLUSÃO. CREDITAMENTO. CONCEITO DE
indiretos de produção), ainda que agregados aos INSUMOS. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE.
bens ou serviços aplicados diretamente no processo EMBALAGENS DE APRESENTAÇÃO.
produtivo, desde que atenda as demais exigências COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES. IPTU
legais. No caso concreto, os Conselheiros RECOLHIDO NA QUALIDADE DE LOCATÁRIO.
destacaram que a contribuinte, por ser uma CLÁUSULA DE CONTRATO DE LOCAÇÃO. FRETE
agroindústria produtora de açúcar e álcool, os gastos NO TRANSPORTE DE PRODUTOS ACABADOS E
com a aquisição: (i) dos bens empregados nas áreas NAS OPERAÇÕES DE VENDA. ALUGUEL DE
de cultivo da cana-de-açúcar (plantio de cana e cana PRÉDIOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS.
soca); (ii) do óleo diesel utilizado nos veículos ARMAZENAGEM DE MERCADORIAS.
autopropulsados utilizados transporte da cana de POSSIBILIDADE. ENCARGOS DE DEPRECIAÇÃO
açúcar entre a área de coleta (plantação) até os DE ATIVO IMOBILIZADO. TAXA DE
portões de entrada da unidade fabril (usina); e (iii) ADMINISTRAÇÃO DE CARTÕES DE CRÉDITO E
de bens aplicados no tratamento de água, geram DÉBITO. IMPOSSIBILIDADE.
créditos de PIS. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
pagamentos recebidos de fornecedores a título de
c) Subvenção para investimento bonificações de caráter contraprestacional, não
incluídas em notas fiscais, têm natureza de receita,
• PAFs 11065.101289/2006-49 e independentemente de sua denominação ou
11065.101290/2006-73 classificação contábil, devendo ser incluídos na base
Relator(a): Conselheira Vanessa Marini de cálculo do PIS e da COFINS. Isso porque,
Cecconello (Contribuinte) segundo os Conselheiros, por tratarem os valores de
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF pagamentos efetuados pelo fornecedor, e não de
Data de julgamento: 25/07/2017 descontos, configuram ingressos financeiros, isto é,
Data de formalização: 19/09/2017 elementos novos e positivos que acarretam aumento
Ementa: PIS. SUBVENÇÃO PARA de patrimônio do contribuinte, sujeitando-se à
INVESTIMENTO. CRÉDITO PRESUMIDO DE incidência das referidas Contribuições. No caso
ICMS. BASE DE CÁLCULO. REGIME NÃO concreto, os Conselheiros afirmaram que os
CUMULATIVO. EXCLUSÃO. CONCEITO DE pagamentos recebidos de fornecedores e registrados
RECEITA. NÃO CONFIGURADO. RE 606.107/RS. pelo contribuinte como “descontos” e “recuperação
REPERCUSSÃO GERAL. de custos e despesas”, deveriam ser considerados,
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os por seu caráter contraprestacional e remuneratório,
créditos presumidos de ICMS, considerados como receita, sujeitando-se à incidência das
subvenção para investimento concedida pelos referidas contribuições. Noutro plano, a Turma, por
Governos Estaduais, não integram a base de cálculo maioria, entendeu que o conceito de insumos, para
da Contribuição para o PIS e da COFINS. Isso fins de creditamento para PIS e COFINS, não se
porque, segundo os Conselheiros, tais valores confunde com aquele utilizado pela legislação do IPI
conceituam-se como ingressos condicionados, ou do IRPJ, mas caracteriza-se como o elemento
estando afastados do conceito constitucional de essencial à produção de bens ou produtos
receita bruta adotado pelo STF no julgamento do RE destinados à venda, ainda que não entre em contato
606.107/RS, submetido ao rito da repercussão geral, direto com produto final produzido. Assim, no caso
caracterizada como um ingresso financeiro que se concreto, os Conselheiros afirmaram ser possível ao
integra no patrimônio do contribuinte na condição contribuinte atuante no comércio varejista de
de elemento novo e positivo, sem reservas ou mercadorias promover o creditamento dos gastos
condições. Por fim, ressaltaram ainda que, com (i) embalagens de apresentação destinados à
consoante precedentes do STJ, a exemplo do AgRg venda; (ii) combustíveis e lubrificantes utilizados ou
no AREsp 596.212/PR e AgRg no REsp consumidos no processo produtivo dos bens ou
1.229.134/SC, o benefício fiscal de subvenção serviços da empresa; (iii) valores de IPTU recolhidos
oferecido na modalidade crédito presumido de na qualidade de locatário, em razão de cláusula de
ICMS não deve ser incluído na base de cálculo das contrato de locação, considerados como despesas de
referidas contribuições, vez que não se caracteriza aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, e
como ingresso de recursos ou receitas, mas não tributo; (iv) fretes no transporte de produtos
configura incentivo voltado à redução de custos. acabados entre centros de distribuição e lojas, bem
como nas operações de venda, quando o ônus for

Voltar ao sumário. 137


suportado pelo vendedor; e (iv) armazenagem de PIS e da COFINS a totalidade das receitas brutas
mercadorias na operação de venda, com ônus auferidas por companhias de viagens, na hipótese
suportado pelo vendedor. Por outro lado, em que os serviços sejam prestados pela própria
entenderam que não geram direito de crédito de PIS agência ou em seu nome. Isso porque, segundo os
e COFINS os gastos com (i) encargos de depreciação Conselheiros, muito embora a receita auferida por
das máquinas e equipamentos e outros bens agência de turismo, decorrente da prestação de
incorporados ao ativo imobilizado, posto que serviços à conta e em nome de terceiros,
somente geram créditos quando utilizados na corresponda à comissão ou ao adicional percebido
produção de bens destinados à venda ou na em razão da intermediação dos serviços, os valores
prestação de serviços; e (ii) taxas de administração recebidos em razão da venda de produtos turísticos
de cartões de crédito e débito, por inexistir insumo e prestação de serviços em nome próprio, na
sujeito ao crédito das Contribuições, tratando-se de qualidade de operadora turística, configuram
atividade meramente comercial, distinta da receita própria tributável, nos termos da Lei nº
produção e prestação de serviço. 9.718/1998. Nesse sentido, no caso concreto, os
Conselheiros concluíram que, conquanto o
• PAF 10480.722794/2015-59 contribuinte não comprovou a existência de
Relator(a): Conselheiro Rosaldo Trevisan contratos de intermediação e que os valores
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) contabilizados em sua conta patrimonial são
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª decorrentes de vendas de produtos e serviços
Câmara da 3ª Seção do CARF turísticos prestados em nome próprio, os receitas
Data de julgamento: 28/09/2017 daí decorrentes devem sujeitar-se à incidência da
Data de formalização: 23/10/2017 contribuição para o PIS e da COFINS, e os valore dos
Ementa: PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. repasses a terceiros devem ser considerados custo
DESCONTOS CONDICIONAIS E BONIFICAÇÕES. operacional, cuja exclusão da base de cálculo das
INCLUSÃO. CREDITAMENTO. ICMS-ST. FRETE referidas contribuições carece de previsão legal.
ENTRE ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA.
IMPOSSIBILIDADE. b) Creditamento
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
valores recebidos de fornecedores a título de • PAF 13603.000422/2007-12
bonificações e descontos contraprestacionais, não Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto
incluídos em notas fiscais, devem integrar a base de Natal (Fazenda)
cálculo do PIS e da COFINS. Nesse sentido, os Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
Conselheiros afirmaram que somente os descontos Data de julgamento: 17/05/2017
incondicionais, concedidos e ajustados pelas partes Data de formalização: 07/07/2017
antes da realização da compra e venda, devem ser Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
excluídos da base de cálculo das referidas REGIME DA NÃO CUMULATIVIDADE.
contribuições, por previsão expressa do art. 1o, § 3º, INSUMOS. ART. 3º DAS LEIS Nos 10.637/2002 E
das Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003. Noutro 20.833/2003. ROL TAXATIVO. EMPRESA DO
plano, afirmaram que os valores de ICMS-ST RAMO DE HIGIENIZAÇÃO E SANEAMENTO
recolhidos pelo contribuinte adquirente de AMBIENTAL. UNIFORME E MATERIAL DE
mercadorias não podem ser considerados para fins SEGURANÇA. POSSIBILIDADE.
de cálculo do crédito das Contribuição para o PIS e Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
da COFINS, vez que configuram mera antecipação são insumos, para fins de creditamento de PIS e
do imposto devido pelo contribuinte substituído. COFINS, no regime da não cumulatividade, tão
Além disso, segundo os Conselheiros, as parcelas somente apenas aqueles bens ou serviços
relativas ao ICMS-ST não sofrem incidência das expressamente previstos no art. 3º da Lei nº
referidas contribuições e tampouco integram o custo 10.637/2002. Desse modo, no caso concreto, os
de aquisição das mercadorias destinadas à revenda, Conselheiros permitiram que a empresa, cuja
inexistindo, por conseguinte, qualquer crédito a ser atividade consiste na higienização e saneamento
descontado. Ademais, a Turma, por voto de ambiental no setor da construção civil, se creditasse
qualidade, consignou que os gastos com frete entre dos valores gastos com a aquisição de uniforme e
estabelecimentos da empresa, para transporte de material de segurança para utilização direta dos
produtos já vendidos, não geram créditos das funcionários que prestam os serviços fins da
citadas contribuições, vez que o direito a empresa.
creditamento de frete está ligada, necessariamente,
a uma operação de venda do contribuinte. • PAF 10680.720805/2012-67
Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme
• PAF 10805.723698/2014-37 Déroulède (Fazenda)
Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
Dêrouléde (Fazenda) Câmara da 3ª Seção do CARF
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª Data de julgamento: 27/06/2017
Câmara da 3ª Seção do CARF Data de formalização: 18/07/2017
Data de julgamento: 24/10/2017 Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
Data de publicação: 06/11/2017 REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
Ementa: PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. INSUMO. CUSTOS INERENTES AO PROCESSO
AGÊNCIA DE TURISMO. RECEITA BRUTA. PRODUTIVO. FRETES ENTRE
OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA. INCLUSÃO. ESTABELECIMENTOS. DISPÊNDIOS
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que POSTERIORES AO PROCESSO PRODUTIVO.
compõem a base de cálculo da Contribuição para o IMPOSSIBILIDADE.

Voltar ao sumário. 138


Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o em questão. Por fim, ressaltaram que o mesmo
conceito de insumo para efeito de creditamento do raciocínio vale para as vendas de bens a cooperados
PIS/PASEP e da COFINS, na sistemática não- da empresa por não caracterizarem operações de
cumulativa, não se restringe à definição dada pela compra e venda, mas sim, atos cooperativos,
legislação do IPI e nem é tão abrangente quanto a conforme o REsp 1.164.716/MG, submetido ao rito
legislação do IR, devendo ser interpretado como dos recursos repetitivos. Por fim, por unanimidade,
bens e serviços aplicados ou consumidos na reconheceram o direito à tomada de crédito em
produção ou fabricação e na prestação de serviços, relação a aquisições habilmente comprovadas de
independentemente do contato direto com o insumos básicos pertinentes à atividade da
produto em fabricação, assim, devem ser entendidos cooperativa, bem como com relação aos gastos com
como insumos, os custos de aquisição e custos de energia elétrica.
transformação que sejam inerentes ao processo
produtivo e não apenas genericamente inseridos • PAF 15987.000237/2009-58
como custo de produção. No caso concreto, os Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
Conselheiros consignaram que os fretes entre Nascimento (Fazenda)
estabelecimentos produtor e centros de distribuição, Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
ou entre centros de distribuição, não são Câmara da 3ª Seção do CARF
considerados custos de aquisição ou de Data de julgamento: 26/07/2017
transformação, mas dispêndios ocorridos após o Data de formalização: 09/08/2017
processo produtivo, razão pela qual não podem ser Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
considerados serviços utilizados como insumos, nos CRÉDITO PRESUMIDO. AQUISIÇÃO DE GRÃOS
termos do art. 3º, II, das Leis nºs 10.637/2002 e DE CAFÉ. PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA.
10.833/2003, assim, não geram direito ao crédito do UTILIZAÇÃO DE EMPRESA INTERPOSTA.
PIS/PASEP e da COFINS. ATACADISTA FRAUDULENTO.
IMPOSSIBILIDADE. COOPERATIVA DE
• PAF 13161.001373/2007-81 PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL. PESSOA
Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme JURÍDICA. REGIME NÃO CUMULATIVO.
Déroulède (designado para redação do acórdão) – POSSIBILIDADE.
(Fazenda) Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª que é possível glosar créditos adquiridos em compra
Câmara da 3ª Seção do CARF de café em grão, para a utilização como insumo em
Data de julgamento: 23/08/2016 sua produção, com pessoa jurídica intermediária, a
Data de formalização: 01/08/2017 qual existia apenas no âmbito formal e tinha como
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. único intuito a geração de créditos ao comprador.
DESPESAS COM FRETE. ESTABELECIMENTOS Isso porque, segundo os Conselheiros, pode se
DA MESMA EMPRESA. MERCADORIAS creditar presumidamente apenas 35% do valor
SUJEITAS À ALÍQUOTA ZERO. despendidos a título de compra de café junto a
IMPOSSIBILIDADE. BENEFICIAMENTO DE produtor rural pessoa física, por força do art. 8º, §
GRÃOS. ATIVIDADE AGROPECUÁRIA. 6º, da Lei nº 10.925/2004, diferentemente se
INEXISTÊNCIA DE CRÉDITO PRESUMIDO adquirido por pessoa jurídica sujeita ao regime não
AGROINDUSTRIAL. ATOS COOPERADOS. cumulativo, que, por sua vez, possui direito ao valor
EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO. do crédito integral das contribuições quando o café
INEXISTÊNCIA DE CRÉDITOS. CRÉDITOS DAS em grão for produzido por cooperativa
CONTRIBUIÇÕES. AQUISIÇÃO DE INSUMOS agroindustrial e submetido ao processo definido no
PERTINENTES À ATIVIDADE PRODUTIVA. art. 8º, §§ 6º e 7º, da Lei nº 10.925/2004.
GASTOS COM ENERGIA ELÉTRICA.
POSSIBILIDADE. • PAF 13656.721196/2012-59
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
não configuram hipóteses de creditamento do PIS e Nascimento (designado para redação do acórdão) –
da COFINS as despesas com frente de mercadorias (Fazenda)
entre estabelecimentos da própria empresa e, por Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
voto de qualidade, os gastos com frete de Câmara da 3ª Seção do CARF
mercadorias sujeitas à alíquota zero. Isso porque, Data de julgamento: 22/05/2017
segundo os Conselheiros, não há amparo legal para Data de formalização: 10/08/2017
a tomada de crédito em tais hipóteses. Além disso, Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
afirmaram que a atividade de beneficiamento de REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
grãos não caracteriza atividade agroindustrial, mas INSUMO. MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS.
sim de produção agropecuária, visto que as MATERIAIS DE EMBALAGEM DESTINADOS AO
atividades de limpeza, padronização, armazenagem TRANSPORTE OU ARMAZENAMENTO DE
e comercialização dos produtos in natura são PRODUTOS. POSSIBILIDADE.
tipicamente cerealistas e foram excluídas do Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que a
conceito de agroindústria pela Lei nº 10.925/2004, definição de insumo, para efeito das contribuições
não havendo, neste caso, que se falar no crédito do PIS e da COFINS, não se restringe à definição
presumido consignado no art. 8º, § 4º, I, da referida dada pela legislação do IPI, mas também não é tão
lei. Entenderam também pela impossibilidade da abrangente quanto à da legislação do IR. Isso
manutenção de crédito das referidas contribuições porque, segundo os Conselheiros, o conceito de
com relação a atividades cooperativas de produção insumos deve abranger todos os bens e serviços que
agropecuária por serem atividades não tributadas, integram direta ou indiretamente o processo
pois foram excluídas da base de cálculo dos tributos produtivo, desde que atendidos os requisitos

Voltar ao sumário. 139


presentes nas Leis nºs 10.637/2002 e 10.833/2003. Relator(a): Conselheira Tatiana Josefovicz
Desse modo, no caso concreto, afirmaram que são Belisário (Contribuinte)
insumos os valores gastos pela empresa, cuja Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª
atividade consiste na produção de alumina e Câmara da 3ª Seção do CARF
alumínio metálico, com: (i) peças ou instrumentos Data de julgamento: 27/07/2017
empregados na manutenção de equipamentos Data de formalização: 11/09/2017
utilizados nas atividades desenvolvidas pelo Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
contribuinte, pois são aplicados na manutenção de REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
outros bens diretamente utilizados no processo INSUMOS. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE.
produtivo; (ii) materiais de embalagem destinados PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS MUSICAIS E
ao transporte e armazenamento, vez que sua TEATRAIS. VENDA DE INGRESSOS.
utilização possui como intuito deixar a mercadoria MANUTENÇÃO DE CASAS DE ESPETÁCULOS.
produzida em boas condições para que seja TELEFONIA E INTERNET. TAXAS COM
comercializada; (iii) produtos químicos, materiais e DISPONIBILIZAÇÃO DE MEIO DE PAGAMENTO.
equipamentos, dentre eles os EPI, visto que são CONTRATAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
necessários em todas as etapas da produção TEMPORÁRIA. POSSIBILIDADE.
desenvolvida pelo contribuinte; (iv) serviços de Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
análises laboratoriais, de manutenção veículos, conceito de insumo, para fins de creditamento do
máquinas e equipamentos, e de recuperação e PIS/PASEP e da COFINS, não se confunde com
modificação, por serem considerados insumos aquele utilizado pela legislação do IPI ou do IRPJ.
aplicados na produção de bens de venda; e (v) Isso porque, segundo os Conselheiros, considera-se
transporte de insumos ou produtos inacabados insumo somente o que estiver relacionado ao objeto
entre unidades fabris, uma vez que tal dispêndio é social do contribuinte e for indispensável ou
essencial para o processo produtivo da empresa. essencial ao seu processo produtivo. Dessa forma,
no caso concreto, permitiram que a empresa, que
• PAF 15504.724365/2012-71 exerce atividades relativas à produção de
Relator(a): Conselheira Thais de Laurentiis espetáculos musicais e teatrais, em razão da
Galkowicz (designada para redação do acórdão) – essencialidade dos serviços, se creditasse dos
(Contribuinte) valores gastos com: (i) manutenção de casas de
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª espetáculos próprias; (ii) telefonia e internet; (iii)
Câmara da 3ª Seção do CARF taxas para a disponibilização do meio de pagamento
Data de julgamento: 29/08/2017 de cartões de crédito em bilheterias próprias, em
Data de formalização: 11/09/2017 pontos físicos e endereço eletrônic0; e (iv)
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. contratações temporárias vinculadas a eventos
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE específicos.
INSUMO. ESSENCIALIDADE AO PROCESSO
PRODUTIVO. ATIVIDADE METALÚRGICA E • PAF 11516.721882/2011-18
SIDERÚRGICA. POSSIBILIDADE. Relator(a): Conselheira Lenisa Rodrigues Prado
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o (Contribuinte)
conceito de insumo, para fins de creditamento de Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
PIS/PASEP e COFINS, está relacionado à Câmara da 3ª Seção do CARF
essencialidade dos bens para a produção do sujeito Data de julgamento: 29/08/2017
passivo, denotando uma maior abrangência dada Data de formalização: 25/09/2017
pela legislação do IPI e menor que quanto a do IR. Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
Isso porque, segundo os Conselheiros, todos os bens REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
e serviços enquadrados como custos de produção, INSUMO. ESSENCIALIDADE. EMPRESA
sendo necessários e pertinentes ao processo COMERCIAL EXPORTADORA DO SETOR
produtivo da empresa, estão aptos a gerar créditos AGROINDUSTRIAL. CRÉDITO PRESUMIDO.
das referidas contribuições. Desse modo, no caso PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL.
concreto, permitiram que a empresa, cuja atividade CREDITAMENTO DE 60% DA ALÍQUOTA.
consiste na indústria e comercio de produtos POSSIBILIDADE. ISENÇÃO DAS RECEITAS
siderúrgicos e metalúrgicos, se creditasse dos DECORRENTES DE VENDAS COM FIM
valores provenientes do frete de vendas de produtos ESPECÍFICO DE EXPORTAÇÃO. REQUISITOS.
acabados, por previsão no art. 3º, IX, da Lei nº DESCUMPRIMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
10.833/2003, e, em razão da essencialidade ao Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
processo produtivo, daqueles gastos com: (i) que o conceito de insumos, para fins de
materiais de embalagem para transporte; (ii) creditamento do PIS e da COFINS, não se confunde
materiais utilizados na identificação, com aquele utilizado pela legislação do IPI ou do IR.
acondicionamento e movimentação interna; (iii) Assim, os Conselheiros afirmaram que o conceito é
serviços de estiva, de transporte, de pesagem e de próprio, devendo observar a essencialidade do bem
remoção de matérias-primas; (iv) serviços de ou serviço efetivamente empregado no processo
movimentação, estocagem, carregamento e produtivo. Dessa forma, no caso concreto,
transbordo de minério de ferro; (v) Serviços de permitiram que empresa comercial exportadora
sondagem de minério de ferro; e (vi) serviços de operante no setor agroindustrial se creditasse dos
tratamento de resíduos industriais e serviços de gastos com óleo diesel, álcool combustível e pintos
transporte de resíduos industriais. de um dia. Ademais, por maioria, entenderam
também pela possibilidade de creditamento das
• PAF 19515.720162/2014-08 despesas com: (i) pallets; (ii) peças de reposição,
consertos e equipamentos; (iii) serviços de

Voltar ao sumário. 140


expedição e armazéns; (iv) serviços de transporte de Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
aves e apanhe de animais; (v) serviços de carga e REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
descarga; e (vi) serviços de sangria. Ainda, INSUMO. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE.
consignaram que não geram créditos de PIS e AGROINDÚSTRIA. INDUMENTÁRIA. LIMPEZA
COFINS os gastos com (i) gasolina comum INDUSTRIAL. ENERGIA ELÉTRICA. FRETES
combustível, (ii) produtos de desinfecção e limpeza; ENTRE ESTABELECIMENTOS DO
(iii) serviços de mão-de-obra; e (iv) energia elétrica. CONTRIBUINTE. POSSIBILIDADE.
Ademais, a Turma entendeu que a pessoa jurídica TRANSPORTE DE FUNCIONÁRIOS. SERVIÇOS
que exerce atividade agroindustrial tem o direito de DE CONSTRUÇÃO CIVIL. TRATAMENTO DE
se apropriar do crédito presumido do PIS e da RESÍDUOS INDUSTRIAIS. INSUMOS
COFINS referente aos produtos de origem animal, ADQUIRIDOS DA CONAB. IMPOSSIBILIDADE.
calculado pelo percentual de 60% da alíquota CRÉDITOS EXTEMPORÂNEOS.
normal das referidas contribuições, conforme APROVEITAMENTO. POSSIBILIDADE.
dispõe o art. 8º, § 3º, I, da Lei nº 10.925/2004. Por REQUISITOS. CRÉDITO PRESUMIDO. CRIAÇÃO
fim, por maioria, os Conselheiros ressaltaram que DE ANIMAIS. SISTEMA DE PARCERIA. BASE DE
para o contribuinte usufruir das isenções previstas CÁLCULO. TOTALIDADE DOS INSUMOS
no art. 5º, III, da Lei nº 10.637/2002 e no art. 6º, ADQUIRIDOS. CRÉDITO PRESUMIDO.
III, da Lei nº 10.833/2002, as vendas AGROINDÚSTRIA. ALÍQUOTA DE 60%.
obrigatoriamente devem ser feitas por empresa ABRANGÊNCIA. TOTALIDADE DOS INSUMOS
comercial exportadora, para o fim específico de EMPREGADOS EM PRODUTOS REFERIDOS NO
exportação, com a remessa dos produtos ART. 8º, § 3º, I, DA LEI Nº 10.925/2004.
diretamente para embarque de exportação ou para COMPENSAÇÃO OU RESSARCIMENTO.
recintos alfandegários, por conta e ordem da IMPOSSIBILIDADE. ATUALIZAÇÃO
empresa adquirente, requisitos nos quais não foram MONETÁRIA. TAXA SELIC. CRÉDITOS OBJETO
cumpridos no caso concreto. DE RESSARCIMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
• PAFs 10925.000365/2009-11 e conceito de insumos, para fins de creditamento do
10925.000362/2009-79 PIS e da COFINS, não se confunde com aquele
Relator(a): Conselheiro Charles Mayer de Castro utilizado pela legislação do IPI, demasiado
Souza (Fazenda) restritivo, ou pela legislação do IRPJ, sobremodo
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF abrangente. Isso porque, segundo os Conselheiros, o
Data de julgamento: 16/08/2017 conceito de insumos deve observar a vinculação e a
Data de formalização: 29/09/2017 essencialidade dos bens ou serviços ao processo
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. produtivo. Assim, no caso concreto, entenderam ser
CONCEITO DE INSUMO. CRITÉRIO DA possível à empresa atuante no setor agroindustrial
ESSENCIALIDADE. MATERIAIS DE SEGURANÇA promover o creditamento das despesas com (i)
E PROTEÇÃO INDIVIDUAL. MATERIAIS DE USO indumentária e locação de uniformes, por serem
GERAL. POSSIBILIDADE. essenciais à atividade produtiva e por serem
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu exigidos pelos órgãos reguladores; (ii) serviços de
que o conceito de insumos, para fins de manutenção e limpeza industrial,
creditamento do PIS e da COFINS, está relacionado comprovadamente empregados em máquinas e
à essencialidade do bem para a atividade produtiva equipamentos utilizados no processo produtivo; (iii)
do sujeito passivo, denotando uma abrangência energia elétrica utilizas na “carga a frio” de
maior que o conceito dado pela legislação do IPI e contêineres em portos, por serem considerados
menor que aquele veiculado na legislação do IRPJ. despesas de armazenagem nos termos do art. 3º, IX,
Desse modo, no caso concreto, os Conselheiros da Lei nº 10.833/2003; e (iv) fretes relacionados a
permitiram à empresa, cuja atividade consiste na operações de venda, assim como o frete entre
industrialização e comercialização de proteína estabelecimentos da própria empresa, quando
animal, atividade submetida a rigoroso controle inseridas no processo produtivo. Por outro lado,
sanitário, creditar os gastos incorridos na aquisição afirmaram que não geram créditos de PIS e COFINS
de material de segurança ou proteção individual e os gastos com: (i) despesas no transporte de
materiais de uso geral – tais como parafusos, tubos, funcionários, de suas residências até a empresa e
mangueiras, chaves e lâmpadas – uma vez que são vice-versa; (ii) serviços relacionados à construção
inequivocamente necessários e essenciais ao civil, excetuados os encargos de depreciação dos
processo produtivo do contribuinte. imóveis em que empregados os serviços; (iii) o
tratamento de resíduos industriais, por não ser
• PAFs 13005.720025/2011-96, essencial ao processo de produção dos bens ou
13005.720027/2011-85 e serviços; e (iv) insumos adquiridos da CONAB,
13005.720038/2011-65 porquanto não estão sujeitos à incidência, na
Relator(a): Conselheiro Valcir Gassen origem, do PIS e da COFINS, consoante disposição
(Contribuinte) e Conselheiro Antônio Carlos da do art. 3º, § 2º, II, da Lei nº 10.833/2003. Ainda,
Costa Cavalcanti Filho (designado para redação do por unanimidade, os Conselheiros afirmaram que é
acórdão quanto ao creditamento das despesas com possível o aproveitamento extemporâneo de
tratamento de resíduos industriais) – (Fazenda) créditos do regime não cumulativo, desde que
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª respeitado o prazo de cinco anos a contar da
Câmara da 3ª Seção do CARF aquisição do insumo, sendo ainda desnecessária a
Data de julgamento: 26/07/2017 prévia retificação do DACON por parte do
Data de formalização: 05/10/2017 contribuinte. Além disso, por maioria, a Turma
entendeu que compõe a base de cálculo dos créditos

Voltar ao sumário. 141


presumidos de PIS e COFINS, apurados por CORDAS. LONAS. TECIDOS. FERRO. MADEIRA.
contribuinte que desenvolve atividade de criação e VIGAS. TÁBUAS. CLORO. LIMPEZA E
abatimento de animais segundo o sistema de HIGIENIZAÇÃO. MEDICAMENTOS.
parceria (integração), o valor total das aquisições de COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES.
ração e outros insumos efetivamente utilizados na POSSIBILIDADE.
atividade produtiva, vez que o percentual de Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
participação do parceiro deve ser considerado que o conceito de insumos, para fins de
“remuneração da mão-de-obra do produtor creditamento do PIS e da COFINS, não se confunde
integrado”. Ainda, por unanimidade, a Turma com aquele utilizado pela legislação do IPI ou do IR.
entendeu que, por disposição expressa do art. 8º, § Isso porque, segundo os Conselheiros, o conceito é
10 da Lei nº 10.925/2004, a apuração do crédito próprio, devendo observar a essencialidade do bem
presumido da agroindústria, a ser calculado à ou serviço efetivamente empregado no processo
alíquota de 60%, abrange a totalidade dos insumos produtivo, ainda que de forma indireta. Dessa
utilizados no processo produtivo dos bens referidos forma, no caso concreto, permitiram que a empresa,
no art. 8º, § 3º, I, da mesma Lei nº 10.925/2004. que produz camarões destinados à exportação, se
Além disso, os Conselheiros afirmaram que, creditasse das despesas com gases comprimidos
consoante o disposto nos arts. 8º e 15º da Lei nº utilizados nas máquinas e equipamentos industriais,
10.925/2004, os referidos créditos presumidos da telas e cercas de proteção, tarrafas, redes arames,
agroindústria somente podem ser utilizados para cordas, lonas, tecidos, ferro, madeira, vigas, tábuas,
desconto do valor devido do PIS e da COFINS, cloro, material de limpeza e higienização de
inexistindo previsão legal para instalações, medicamentos, combustíveis e
ressarcimento/compensação. Por fim, os lubrificantes.
Conselheiros ressaltaram que não incide atualização
monetária, pela Taxa SELIC, sobre créditos de PIS e • PAFs nº 10925.003074/2009-76,
COFINS que porventura sejam objeto de 10925.003073/2009-21,
ressarcimento, por vedação expressa dos arts. 13 e 10925.003092/2009-58,
15 da Lei nº 10.833/2003. 10925.003093/2009-01
Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto
• PAFs 13866.000188/2005-71, Natal (designado para a redação do acórdão) –
13866.000065/2005-30, (Fazenda)
13866.000026/2005-32 Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto Data de julgamento: 16/08/2017
Natal (designado para redação do acórdão) - Data de formalização: 20/10/2017
(Fazenda) Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
Data de julgamento: 16/08/2017 INSUMO. LEIS Nos 10.637/2002 E 10.833/2003.
Data de formalização: 06/10/2017 ROL TAXATIVO. ÓLEOS LUBRIFICANTES.
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. POSSIBILIDADE. EMBALAGENS E ETIQUETAS
CONCEITO DE INSUMO. CRITÉRIO DA UTILIZADAS NO TRANSPORTE DE PRODUTOS
ESSENCIALIDADE. CONTRIBUINTE PRODUTOR ACABADOS. FRETES PARA TRANSPORTE DE
DE CANA-DE-AÇÚCAR. ADUBOS E DEFENSIVOS INSUMOS E PRODUTOS INACABADOS ENTRE
AGRÍCOLAS. IMPOSSIBILIDADE. ESTABELECIMENTOS DA MESMA EMPRESA OU
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, À ESTABELECIMENTOS DE TERCEIROS NÃO
entendeu que, para fins de creditamento do PIS e da CLIENTES. IMPOSSIBILIDADE. CRÉDITO
COFINS, são insumos aqueles bens ou serviços PRESUMIDO. AGROINDÚSTRIA.
essenciais e efetivamente empregados no processo RESSARCIMENTO. COMPENSAÇÃO.
produtivo do contribuinte. Assim, no caso concreto, IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO
os Conselheiros afirmaram que o contribuinte, LEGAL.
produtor de açúcar e cana-de-açúcar, não possui o Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
direito de se creditar dos valores gastos com adubos entendeu que o conceito de insumos, para fins de
e defensivos agrícolas, haja vista se tratar de bens creditamento de PIS e COFINS, deve-se ater a um
que são utilizados em momento anterior ao seu critério mais restritivo que o da essencialidade,
processo produtivo. abrangendo apenas aqueles bens ou serviços
expressamente previstos nos arts. 3os da Lei nº
• PAFs 16707.002134/2005-61, 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003. Isso porque,
16707.002133/2005-16, 16707.002132/2005- segundo os Conselheiros, os referidos dispositivos
71 e 16707.002131/2005-27 legais descrevem de forma exaustiva todas as
Relator(a): Conselheira Tatiana Midori Migiyama possibilidades de creditamento, de modo que
(Contribuinte) somente geram créditos os custos com bens e
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF serviços utilizados como insumos na fabricação dos
Data de julgamento: 19/09/2017 bens destinados à venda ou outros expressamente
Data de formalização: 19/10/2017 elencados em lei. No caso concreto, os Conselheiros
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. permitiram que a empresa promovesse o
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE creditamento dos valores gastos com a aquisição de
INSUMO. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE. óleos lubrificantes utilizados diretamente no
EMPRESA PRODUTORA DE CAMARÕES processo produtivo de produto destinado à venda.
DESTINADOS À EXPORTAÇÃO. GASES Afirmaram, contudo, não ser possível o
COMPRIMIDOS. TELAS E CERCAS DE creditamento dos gastos (i) com embalagens e
PROTEÇÃO. TARRAFA. REDES ARAMES. etiquetas utilizadas no transporte de produtos

Voltar ao sumário. 142


acabados, e (ii) com fretes para transporte de os valores gastos com adubos e defensivos agrícolas,
insumos e produtos inacabados entre os utilizados nas lavouras de cana-de açúcar, visto que
estabelecimentos da mesma empresa e entre estes não foram utilizados no processo de produção dos
estabelecimentos e terceiros não clientes, vez que bens produzidos e/ou vendidos, mas no custeio
não estão elencados em lei e tampouco foram agrícola da cana-de açúcar.
utilizados no processo de produção dos bens ou
produtos vendidos. Por fim, a Turma, por maioria, • PAFs 13827.000772/2005-92 e
entendeu que, consoante o disposto nos arts. 8º e 13827.000801/2005-16
15º da Lei nº 10.925/2004, o crédito presumido da Relator(a): Conselheira Tatiana Midori Migiyama
agroindústria somente pode ser utilizado para a (Contribuinte)
dedução da contribuição para o PIS e da COFINS Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
devidas em cada período de apuração, inexistindo Data de julgamento: 19/09/2017
previsão legal para ressarcimento/compensação. Data de formalização: 19/10/2017
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
• PAF 11065.725121/2013-52 REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
Relator(a): Conselheiro Augusto Fiel Jorge INSUMO. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE.
D’Oliveira (Contribuinte) EMPRESA DO SETOR SUCROENERGÉTICO.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª GRAXAS. ARRENDAMENTO MERCANTIL.
Câmara da 3ª Seção do CARF LEASING. POSSIBILIDADE. ÁLCOOL
Data de julgamento: 26/10/2017 CARBURANTE. IMPOSSIBILIDADE.
Data de formalização: 09/11/2017 Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. que o conceito de insumos, para fins de
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE creditamento do PIS e da COFINS, não se confunde
INSUMOS. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE. com aquele utilizado pela legislação do IPI ou do IR.
EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO. Isso porque, segundo os Conselheiros o conceito é
SEGURO DE CARGAS. MONITORAMENTO, próprio, devendo observar a essencialidade do bem
RASTREAMENTO E GERENCIAMNETO DE ou serviço efetivamente empregado no processo
RISCO. RÁDIO. PEDÁGIO. UNIFORMES. EPI. produtivo, ainda que de forma indireta. Dessa
POSSIBILIDADE. forma, no caso concreto, os Conselheiros
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu permitiram que a empresa atuante no setor
que são insumos, para fins de creditamento do PIS e sucroenergético se creditasse das despesas com: (i)
da COFINS, aqueles bens ou serviços essenciais e graxas, uma vez que tal produto é considerado um
efetivamente empregados no processo produtivo, lubrificante e tem a finalidade de preservar a
mesmo que de forma indireta, cuja subtração integridade e o regular funcionamento das
acarrete na perda de qualidade ou mesmo máquinas utilizadas na atividade produtiva; e (ii)
impossibilidade da produção. Dessa forma, no caso operações de arrendamento mercantil, pela
concreto, os Conselheiros permitiram que a empresa aquisição de bens na modalidade de leasing, tendo
prestadora de serviços de transporte rodoviário se em vista que tais valores não haviam integrado o
creditasse das despesas com seguro das cargas, patrimônio da pessoa jurídica, conforme determina
monitoramento, rastreamento e gerenciamento de o art. 31, § 3º, da Lei nº 10.865/2004. Por outro
riscos, rádio, pedágio, uniformes e EPI, tendo em lado, consignaram não ser possível o creditamento
vista a essencialidade dos bens e serviços. de gastos na aquisição de insumos para produção de
álcool carburante ou combustível, vez que tal
• PAFs 13856.000248/2004-93, produto estaria sujeito à tributação conforme o
10840.002007/2004-60, regime de apuração cumulativo.
12915.000371/2004-08 e
10840.002819/2004-13 • PAF 10983.911352/2011-91
Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto Relator(a): Conselheiro Marcelo Costa Marques
Natal (designado para redação do acórdão) - D’Oliveira (Contribuinte)
(Fazenda) Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF Câmara da 3ª Seção do CARF
Data de julgamento: 16/08/2017 Data de julgamento: 27/09/2017
Data de formalização: 06/10/2017 Data de formalização: 23/10/2017
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
INSUMO. ART. 3º DAS LEI NOS 10.637/2002 E INSUMO. CRITÉRIO RELACIONAL. CRÉDITO
10.833/2003. ROL TAXATIVO. ADUBOS E PRESUMIDO. APURAÇÃO. ART. 8º, I, § 3º DA LEI
DEFENSIVOS AGRÍCOLAS. IMPOSSIBILIDADE. Nº 10.925/2004. COMPRA DE INSUMOS.
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, PERCENTUAL APLICÁVEL CONFORME
entendeu que são insumos, para fins de POSIÇÃO DA TIPI DO PRODUTO FINAL.
creditamento de PIS e COFINS, apenas aqueles bens INSUMOS. AQUISIÇÃO PARA REVENDA.
ou serviços expressamente previstos no art. 3º das CREDITAMENTO. ART. 33 DA LEI Nº
Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003. Isso porque, 12.058/2009. IMPOSSIBILIDADE. AQUISIÇÃO
segundo os Conselheiros, o conceito de insumo deve DE INSUMOS. AGROINDÚSTRIA. CRÉDITO
se ater a um critério mais restritivo do que o da PRESUMIDO. ART. 34, § 1º, DA LEI Nº
essencialidade, de modo que somente geram crédito 12.058/2009. IMPOSSIBILIDADE.
as despesas imprescindíveis à fabricação e venda Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
dos produtos. Assim, no caso concreto, os integra o conceito de insumo, para fins de
Conselheiros não permitiram o contribuinte creditar creditamento do PIS e da COFINS, todo custo,

Voltar ao sumário. 143


despesa ou encargo que seja (i) comprovadamente Ementa: PIS. COFINS.
incorrido na prestação do serviço ou na produção de CREDITAMENTO.REGIME NÃO CUMULATIVO.
bem destinado à venda, (ii) que guarde relação e CONCEITO DE INSUMO. CRITÉRIO DA
vínculo com as receitas a serem tributadas, ESSENCIALIDADE. SERVIÇOS DE
conforme a especificidade de cada processo SANEAMENTO BÁSICO. PEÇAS DE REPOSIÇÃO E
produtivo (critério relacional), e (iii) cuja subtração PRODUTOS DE REPARO DAS MÁQUINAS E
implique a substancial perda de qualidade ou ainda EQUIPAMENTOS DA REDE DE CAPTAÇÃO E
a impossibilidade de prestação do serviço ou da DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA. POSSIBILIDADE.
produção do bem. Assim, no caso concreto, os APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS.
Conselheiros entenderam ser possível à empresa POSSIBILIDADE. PRAZO. DECADÊNCIA DO
operante no setor de importação e exportação DIREITO DE CRÉDITO. RETIFICAÇÃO DE
agroindustrial o creditamento das despesas com: (i) DACON. DESNECESSIDADE. CRÉDITO
pallets e strecht, utilizados para proteger a PRESUMIDO DE ICMS. SUBVENÇÃO PARA
integridade dos produtos; (ii) “dedo de borracha A INVESTIMENTO. NÃO CARACTERIZAÇÃO.
50”, aplicado na manutenção de depenadeiras; (iii) REDUÇÃO DE CUSTOS. RECEITA DO
aquisição de “dicoflenaco sódico injetável”, “plasma CONTRIBUINTE. CARACTERIZAÇÃO.
sanquíneo” e “amônia anidra”, considerados Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
insumos industriais; (iv) serviços de repaletização, que o conceito de insumos, para fins de
reforma de pallets e aplicação de strecht; (v) creditamento de PIS e COFINS, não pode ser nem
serviços de carga e descarga de matéria-prima tão estrito como previsto nas normas que regulam o
“transbordo”, por serem conexos aos de frete e IPI, nem tão largo como aquele disposto na
armazenagem, que por sua vez contam com previsão legislação do IRPJ. Nesse sentido, os Conselheiros
de creditamento no arts. 3º, II e IX, das Leis nos afirmaram que integram o conceito de insumos os
10.637/2002 e 10.833/2003; e (vi) serviços e bens e serviços essenciais empregados diretamente
produtos decorrentes de exigências legais, mas cujo no processo produtivo, isto é, aqueles inerentes e
objetivo maior o de preservar a qualidade dos necessários à atividade produtiva, e que sofram a
alimentos destinados à venda. Noutro plano, incidência das contribuições não cumulativas nas
afirmaram que não geram créditos do PIS e da etapas anteriores da cadeia produtiva. No caso
COFINS os gastos com (i) bens tributados à alíquota concreto, permitiram que a empresa prestadora de
zero; (ii) Gás GLP utilizado como combustível para saneamento básico promovesse o creditamento de
empilhadeira, porquanto não comprovado que o gastos com peças de reposição e produtos de reparo
bem integra o ativo imobilizado; (iii) partes e peças de máquinas e equipamentos da rede de captação e
de reposição, combustíveis e lubrificantes, assim distribuição de água, utilizados diretamente na
como serviços de montagem e manutenção de prestação de serviços. Afirmaram, contudo, que não
equipamentos, posto que não houve a comprovação geram direito a crédito das contribuições os gastos
de que se relacionavam com máquinas e oriundos de: (i) contraprestações financeiras
equipamentos utilizados na produção; (iv) aluguel decorrentes de contratos administrativos de
de veículos de carga, por não estarem abrangidos concessão de parcerias público-privadas, para
pelos arts. 3º, IV, das referidas Leis nos 10.637/2002 construção e operação de sistema de tratamento e
e 10.833/2003; e (v) fretes e armazenagem, disposição de esgotamento sanitário; (ii) despesas
porquanto não houve a comprovação de que foram condominiais e demais taxas de locatários sob
incorridos em operações de venda. Ademais, por responsabilidade do contribuinte; e (iii) despesas de
unanimidade, a Turma entendeu que o percentual a locação de espaços para realização de reuniões,
ser aplicado sobre a compra de insumos, para fins de oficinas e eventos sociais promovidos pelo
apuração do crédito presumido da agroindústria, contribuinte, vez que o direito de crédito relativo a
previsto no art. 8º, I, § 3º, da Lei nº 10.925/2004, aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos
deve ser determinado conforme a posição da TIPI do utilizados na empresa, previstos no art. 3º, IV, das
produto em que o insumo for aplicado. Ademais, os Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003, compreende
Conselheiros ressaltaram que os insumos apenas as despesas essenciais ao exercício da
adquiridos para revenda não ensejam o direito ao atividade empresarial e abrange apenas os
crédito presumido previsto no art. 33 da Lei nº pagamentos pelo uso e gozo de coisa infungível, tal
12.058/2009, haja vista que este somente pode ser como regulado pelo art. 565 do CC/2002. Ademais,
calculado sobre insumos aplicados em processo consignaram que os créditos do regime não
industrial. Por fim, a Turma, por unanimidade, cumulativo podem ser pleiteados a qualquer tempo,
entendeu não ser possível ao contribuinte usufruir enquanto não decaído o direito ao seu exercício, não
do direito ao crédito presumido calculado conforme havendo norma que imponha a retificação dos
o art. 34 da Lei nº 12.058/2009, vez que DACONs para inclusão de créditos nos períodos de
industrializava produtos nas posições TIPI 01.02, apuração a que se refira a despesa. Por fim, os
02.01 e 02.02, enquadrando-se, assim, na exceção à Conselheiros consignaram que, conforme
regra, prevista no § 1º do mesmo art. 34. reconhecido pelo próprio contribuinte, os créditos
presumidos de ICMS concedidos pelo Estado da
• PAF 10580.731563/2013-46 Bahia conforme art. 1º-A do Decreto Estadual nº
Relator(a): Conselheiro Robson José Bayerl 6.734/97, não constituem subvenção para
(Fazenda) investimento, mas representam renúncia de receita
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª para o ente estatal que acarreta, por sua vez, redução
Câmara da 3ª Seção do CARF de custos para empresa, devendo ser considerados,
Data de julgamento: 24/10/2017 portanto, como receitas do contribuinte,
Data de formalização: 10/11/2017 submetendo-se à tributação do PIS e da COFINS.

Voltar ao sumário. 144


• PAF 19515.720304/2012-67 Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
Relator(a): Conselheira Maria do Socorro Ferreira REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE
Aguiar (Fazenda) INSUMO. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE.
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª EMPRESA ATUANTE NOS SETORES DE
Câmara da 3ª Seção do CARF PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ETANOL,
Data de julgamento: 24/10/2017 TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO DE
Data de publicação: 13/11/2017 COMBUSTÍVEIS E GERAÇÃO DE
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. BIOELETRICIDADE.
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
INSUMO. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE. conceito de insumos, para fins de creditamento do
FRETE. TRANSPORTE ENTRE PIS e da COFINS, não se confunde com aquele
ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA. CUSTOS utilizado pela legislação do IPI ou do IRPJ, mas deve
DE PRODUÇÃO. POSSIBILIDADE. ENERGIA observar a essencialidade do bem ou serviço, que
ELÉTRICA. TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO. deverá ser necessário ao processo produtivo e à
ENCARGOS IRRESSARCÍVEIS E persecução da atividade empresarial desenvolvida
INDISSOCIÁVEIS DO CUSTO DA ENERGIA pelo contribuinte. Além disso, no caso concreto, os
ELÉTRICA. POSSIBILIDADE. CRÉDITOS Conselheiros afirmaram ser possível à empresa com
EXTEMPORÂNEOS. APROVEITAMENTO. presença nos setores de produção de açúcar e etanol,
POSSIBILIDADE. REQUISITOS. transporte e distribuição de combustíveis e geração
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que de bioeletricidade, o creditamento de gastos
integram o conceito de insumos, para fins de incorridos na fase agrícola de plantio da cana de
creditamento de PIS e COFINS, todos os bens ou açúcar, vez que esta compõe o processo produtivo do
serviços essenciais ao processo produtivo, assim açúcar e do álcool e, portanto, deve ser levada em
entendidos aqueles (i) aplicados ou consumidos na consideração para fins de apuração de créditos das
produção e na prestação de serviços, isto é, que referidas contribuições. Dessa forma, afirmaram
tenham relação de pertinência com a produção, que geram créditos do PIS e da COFINS os gastos
fabricação ou prestação de serviços, ainda que não com: (i) energia elétrica; (ii) cana-de-açúcar; (iii)
haja contato direto com o produto final, e (ii) cujo óleo diesel; (iv) graxas e lubrificantes; (v) materiais
aproveitamento não seja vedado por lei. No caso de embalagem ou de transporte que não podem ser
concreto, os Conselheiros afirmaram que os gastos integrados ao ativo; (vi) aquisição de maquinários
com fretes entre estabelecimentos da mesma pessoa depreciação de bens utilizados na área de produção
jurídica para transporte de insumos a serem agrícola; (vi) captação e tratamento de água, balança
utilizados no processo produtivo constituem custos de cana, atividades laboratoriais, limpeza operativa
de produção, dando ensejo ao crédito de PIS e e roguing; e (vii) serviço de coleta de lixo e resíduos
COFINS. Outrossim, consignaram ser possível o e transporte da torta e do bagaço. Noutro plano,
creditamento dos gastos com uso de sistemas de consignaram que não geram créditos do PIS e da
transmissão e distribuição de energia elétrica, tanto COFINS as despesas incorridas em: (i)
a produzida pelo contribuinte e posteriormente arrendamento rural/agrícola, que não pode ser
transmitida e distribuída para consumo nos demais tomado como sendo aluguel de prédio; (ii) fretes
estabelecimentos da pessoa jurídica, como a para movimentação e transporte de produtos
adquirida de empresas terceiras, concessionárias. acabados entre estabelecimentos da empresa; e (ii)
Isso porque, para os Conselheiros, os encargos diversos itens utilizados em centro de custo agrícola,
assumidos pelo contribuinte com a transmissão e a mas que não guardam relação com o processo ou
distribuição, ainda que possam ser discriminados e com a cadeia produtiva e são passíveis de integrarem
contratados separadamente, podem ser ressarcidos o ativo imobilizado.
e integram o custo da energia elétrica, isto é, são
indissociáveis do preço pago pelo consumo, de • PAF 13981.000082/2005-51
modo que deve ser reconhecido o direito de crédito, Relator(a): Conselheiro Charles Mayer de Castro
consoante o disposto no art. 3º, III, da Lei nº Souza (Fazenda)
10.833/2003, que trata especificamente sobre a Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
matéria. Ademais, os Conselheiros ressaltaram que Data de julgamento: 19/09/2017
os créditos adquiridos conforme a sistemática da Data de formalização: 01/12/2017
não cumulatividade devem ser reconhecidos no Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO.
período de apuração em que se der a aquisição do CONCEITO DE INSUMO. EMBALAGENS
bem ou contratada a prestação de serviço, de modo UTILIZADAS NO TRANSPORTE DE
que o aproveitamento de créditos extemporâneos MERCADORIAS. ETIQUETAS. PAPELÃO
está condicionado à não utilização em períodos ONDULADO. CANTONEIRAS. FITAS DE AÇO.
anteriores, mediante a retificação das declarações POSSIBILIDADE.
correspondentes, ou à apresentação de outra prova Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
inequívoca da não utilização de tais créditos, são insumos, para fins de creditamento do PIS e da
COFINS, todos os bens ou serviços essenciais,
• PAFs 10880.723246/2014-52 e efetivamente empregados no processo produtivo,
10880.723546/2015-12 cuja subtração acarrete na perda de qualidade ou
Relator(a): Conselheiro Waldir Navarro Bezerra mesmo impossibilidade da produção. Nesse sentido,
(Fazenda) os Conselheiros permitiram que empresa
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª madeireira se creditasse das aquisições de
Câmara da 3ª Seção do CARF embalagens utilizadas no transporte de
Data de julgamento: 25/10/2017 mercadorias, desde que não reutilizadas, uma vez
Data de formalização: 16/11/2017 que sem essas a preservação das características dos

Voltar ao sumário. 145


produtos e mercadorias ficaria prejudicada. perda de qualidade ou a impossibilidade da
Ademais, reconheceram como essenciais ao produção dos bens ou prestação dos serviços. No
processo produtivo e, consequentemente, como caso concreto, os Conselheiros entenderam não ser
insumos, os seguintes bens: etiquetas, papelão possível à empresa mineradora o creditamento de
ondulado, cantoneiras e fitas de aços. despesas com tratamento de resíduos industriais,
vez que referidos gastos foram efetuados apenas
• PAF 13204.000035/2004-36 após a conclusão do processo produtivo, não se
Relator(a): Conselheiro Charles Mayer de Castro incluindo, portanto, no conceito de insumos para
Souza (Fazenda) fins de cretitamento do PIS e da COFINS.
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
Data de julgamento: 19/09/2017 c) Crédito presumido de ICMS
Data de formalização: 04/12/2017
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. • PAF 10280.720302/2014-66
REGIME NÃO CUMULATIVO. CONCEITO DE Relator(a):Conselheiro Fenelon Moscoso de
INSUMOS. CRITÉRIO DA ESSENCIALIDADE. Almeida (designado para redação do acórdão) -
MINERAÇÃO. SERVIÇO DE LIMPEZA E (Fazenda)
PASSAGEM. REMOÇÃO DE MINÉRIO. LOCAÇÃO Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
DE EQUIPAMENTOS. EXTRAÇÃO DE MINÉRIO. Câmara da 3ª Seção do CARF
DECAPEAMENTO. SERVIÇO DE LAVRA. ÓLEO Data de julgamento: 27/07/2017
DIESEL. NECESSIDADE PARA A CONSECUÇÃO Data de formalização: 25/08/2017
DO OBJETO SOCIAL DA EMPRESA. Ementa: PIS. COFINS.. CRÉDITO PRESUMIDO
POSSIBILIDADE. DE ICMS. REGIME NÃO CUMULATIVO.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o ACRÉSCIMO PATRIMONIAL. RECEITA.
conceito de insumos para fins de creditamento de INCIDÊNCIA. CREDITAMENTO. FRETES.
PIS e COFINS não pode ser nem tão estrito como TRANSPORTE DE PRODUTOS ACABADOS
previsto nas normas que regulam o IPI, nem tão ENTRE ESTABELECIMENTOS DO
largo como aquele disposto na legislação do IR. CONTRIBUINTE. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA
Nesse sentido, os Conselheiros afirmaram que o DE PREVISÃO LEGAL.
insumo caracteriza-se como o elemento essencial Resultado:A Turma, por voto de qualidade,
diretamente responsável pela produção de bens ou entendeu ser cabível a incidência do PIS e da
produtos destinados à venda, ainda que que não COFINS sobre os valores recebidos a título de
haja contato direto com os bens produzidos. No caso subvenções obtidas do poder público a partir da
concreto, permitiram que empresa do ramo de concessão de créditos presumidos de ICMS,
mineração promovesse o creditamento de gastos independentemente de sua classificação contábil.
com (i) serviço de limpeza e passagem, com remoção Isso porque, segundo os Conselheiros, os valores de
de minério para permitir a passagem de veículos subvenção, seja para custeio, seja para
extratores de caulim, (ii) serviço de locação de investimento, configuram receita bruta do
equipamentos para extração de minério, (iii) serviço subvencionado, conceituada como acréscimo de
de decapeamento, para retirada de vegetação e solo, patrimônio, devendo, portanto, integrar a base de
(iv) serviço de lavra, para extração de minério e (v) cálculo das referidas contribuições, consoante
óleo diesel utilizado nos caminhões para transporte disposto no art. 3º, § 1º da Lei nº 9.718/1998.
de caulim. Noutro prisma, os Conselheiros entenderam que,
por força do disposto no art. 3º, I e II, da Lei nº
• PAF 11065.100043/2006-50 10.638/2002, o direito de dedução de créditos do
Relator(a): Conselheiro Charles Mayer de Castro PIS e da COFINS somente é assegurado em relação
Souza (Fazenda) aos gastos com fretes incorridos no transporte de
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF bens para a revenda, ou de bens utilizados como
Data de julgamento: 19/09/2017 insumos na prestação de serviços e na produção ou
Data de formalização:05/12/2017 fabricação dos bens ou produtos destinados à venda.
Ementa: PIS. COFINS. CREDITAMENTO. Dessa forma, por falta de previsão legal, os serviços
REGIME NÃO CUMULATIVO CONCEITO DE de frete para transporte de produtos acabados entre
INSUMO. CRITÉRIO RELACIONAL. estabelecimentos do contribuinte não podem ser
TRATAMENTO DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS. enquadrados como insumo, não gerando direito à
IMPOSSIBILIDADE. GASTO POSTERIOR À apropriação de crédito pelo regime não cumulativo.
CONCLUSÃO DO PROCESSO PRODUTIVO.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o d) Desmutualização
conceito de insumos, para fins de creditamento de
PIS e COFINS, possui maior abrangência que aquele • PAF 16327.001702/2010-48
veiculado na legislação do IPI, mas deve ser mais Relator(a): Conselheiro Rosaldo Trevisan
restrito que aquele informado pela legislação do (designado para redação do acórdão) - (Fazenda)
IRPJ. Assim, segundo os Conselheiros, integram o Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 4ª
conceito de insumos todo custo, despesa ou encargo Câmara da 3ª Seção do CARF
que seja: (i) comprovadamente incorrido na Data de julgamento: 25/07/2017
prestação de serviço ou na produção de bem Data de formalização: 09/08/2017
destinado à venda, ainda que não haja contato direto Ementa: PIS. COFINS. DESMUTUALIZAÇÃO.
com os bens produzidos, (ii) que tenha relação e BOVESPA. BM&F. AÇÕES. INTENÇÃO DE
vínculo com as receitas a serem tributadas (critério ALIENAÇÃO. REGISTRO CONTÁBIL. ATIVO
relacional), conforme as especificidades de cada CIRCULANTE. RECEITA BRUTA OPERACIONAL.
processo produtivo; e (iii) cuja subtração acarrete a FATURAMENTO. INCIDÊNCIA.

Voltar ao sumário. 146


Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as desmutualização da Bovespa e da BM&F,
ações recebidas no processo de desmutualização negociadas dentro do mesmo ano ou poucos meses
Bovespa e da BM&F, caracterizadas como devolução após o seu recebimento, isto é, antes do término do
de patrimônio e não como substituição de títulos, exercício subsequente, devem ser registradas no
devem ser registradas no ativo circulante caso seja a ativo circulante, consoante dispõe art. 179, I, da Lei
intenção do subscritor a sua alienação. Isso porque, nº 6.404/1976. Ademais, os Conselheiros
segundo os Conselheiros, consoante inteligência do afirmaram que, em relação às instituições
Parecer Normativo CST nº 108/1978, a classificação financeiras que têm por objeto social a realização de
contábil das ações está diretamente ligada à operações de compra e venda de ações, os valores
intenção do adquirente em negociar ou não em curto obtidos a partir da venda de ações decorrentes do
prazo os referidos valores mobiliários. Assim, no processo de desmutualização, ainda que constituam
caso concreto, os Conselheiros consignaram que a operações para venda de bens próprios (operações
intenção de venda das ações restou manifestada pelo com carteira própria), configuram receitas típicas da
prévio conhecimento ou ciência a respeito de atividade empresarial, compondo a receita bruta
processo de oferta pública das ações, conforme operacional ou o faturamento e sujeitando-se,
narrado pela fiscalização e não afastado pelo portanto, à incidência do PIS e da COFINS.
contribuinte. Dessa forma, entenderam que os
valores obtidos por sociedade corretora quando da e) Instituições financeiras
venda de ações configuram receita bruta
operacional decorrente da atividade empresarial, • PAF 10980.723499/2011-55
qualificando-se como faturamento sujeito à Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme
incidência do PIS e da COFINS. Dêrouléde (designado para redação do acórdão) –
(Fazenda) Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária
• PAFs 16327.721177/2012-42 e da 3ª Câmara da 3ª Seção do CARF
16327.000945/2010-69 Data de julgamento: 25/04/2017
Relator(a): Conselheiro Andrada Márcio Canuto Data de formalização: 01/08/2017
Natal (Fazenda) Ementa: PIS. COFINS. INSTITUIÇÕES
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF FINANCEIRAS. BASE DE CÁLCULO. RECEITAS
Data de julgamento: 26/07/2017 FINANCEIRAS. COLETA, INTERMEDIAÇÃO E
Data de formalização: 12/09/2017 APLICAÇÃO DE RECURSOS FINANCEIROS.
Ementa: PIS. COFINS. DESMUTUALIZAÇÃO. CUSTÓDIA DE VALORES DE TERCEIROS.
BOVESPA. BM&F. AÇÕES. REGISTRO CONTÁBIL. RECEITA BRUTA OPERACIONAL. INCLUSÃO. RE
ATIVO CIRCULANTE. INSTITUIÇÕES 585.235/MG. REPERCUSSÃO GERAL. PARECER
FINANCEIRAS. OBJETO SOCIAL. VENDA DE PGFN/CAT Nº 2.773/2007.
AÇÕES. RECEITAS BRUTA OPERACIONAL. Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que
FATURAMENTO. INCIDÊNCIA. compõe a base de cálculo do PIS e da COFINS das
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as instituições financeiras de que trata o art. 17 da Lei
ações recebidas em virtude da operação de nº 4.595/1964, a totalidade das receitas
desmutualização da Bovespa e da BM&F, operacionais, assim consideradas as que sejam
negociadas dentro do mesmo ano ou poucos meses típicas, habituais e regulares, decorrentes do
após o seu recebimento, devem ser registradas no exercício das atividades empresariais, incluídas as
ativo circulante, nos termos do art. 179, I, da Lei nº receitas financeiras oriundas da coleta,
6.404/1976, vez que representam títulos disponíveis intermediação ou aplicação de recursos financeiros
para negociação e venda no próprio curso do próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou
exercício social em que foram recebidas. Ademais, estrangeira, e da custódia de valor de propriedade de
os Conselheiros afirmaram que, em relação às terceiros. Isso porque, segundo os Conselheiros, a
instituições financeiras que têm por objeto social a base de cálculo das referidas Contribuições
realização de operações de compra e venda de ações, corresponde à receita bruta das vendas de
os valores obtidos com a venda de ações decorrentes mercadorias e da prestação de serviços de qualquer
do processo de desmutualização configuram receitas natureza, isto é, à soma das receitas oriundas do
típicas da atividade empresarial, compondo a receita exercício das atividades empresariais, tal como
bruta operacional ou o faturamento, sujeitando-se, afirmado pelo STF no julgamento do RE
portanto, à incidência do PIS e da COFINS. 585.235/MG, submetido ao rito da repercussão
geral, e consignado no Parecer PGFN/CAT nº
• PAFs 16327.720664/2013-79 2.773/2007.
Relator(a): Conselheiro Charles Mayer De Castro
Souza (designado para a redação do acórdão) – f) Subvenção para custeio
(Fazenda)
Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF • PAF 11075.000184/2007-35
Data de julgamento: 17/10/2017 Relator(a): Conselheiro Demes Brito
Data de formalização: 30/11/2017 (Contribuinte)
Ementa: PIS. COFINS. DESMUTUALIZAÇÃO. Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
BOVESPA. BM&F. AÇÕES. REGISTRO CONTÁBIL. Data de julgamento: 21/06/2017
ATIVO CIRCULANTE. INSTITUIÇÕES Data de formalização: 27/07/2017
FINANCEIRAS. OBJETO SOCIAL. VENDA DE Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA
AÇÕES. RECEITA BRUTA OPERACIONAL. CUSTEIO. CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS.
FATURAMENTO. INCIDÊNCIA. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO. ART. 3º, § 1º, DA
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que as LEI Nº 9.718/1998. INCONSTITUCIONALIDADE.
ações recebidas em virtude da operação de RE 358.273/RS. FATURAMENTO. CONCEITO.

Voltar ao sumário. 147


Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu no REsp 1.329.781/RS, o benefício fiscal de
que as receitas oriundas de subvenção para custeio, subvenção oferecido na modalidade crédito
concedidas na forma de créditos presumidos de presumido de ICMS, voltado à redução de custos e
ICMS, não integram a base de cálculo do PIS e da com o objetivo de proporcionar maior
COFINS apuradas no período de aplicação da Lei nº competitividade no mercado para as empresas de
9.718/1998, conforme a sistemática cumulativa. determinado Estado, não constitui ingresso de
Isso porque, segundo os Conselheiros, considerando recursos e não assume a natureza de receita ou de
que o conceito de faturamento, consolidado pelo faturamento para fins de incidência das referidas
STF no julgamento do RE 358.273/RS, em que foi contribuições.
declarada a inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da
Lei nº 9.718/1998, compreende apenas as receitas g) Subvenção para investimento
decorrentes da venda de mercadorias e serviço, as
subvenções concedidas na forma de créditos • PAF 11618.000542/2005-63
presumidos de ICMS, porquanto não representam o Relator(a): Conselheiro Demes Brito
faturamento da pessoa jurídica, não estão sujeitas à (Contribuinte)
incidência das referidas contribuições. Assim, no Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
caso concreto, os Conselheiros entenderam que os Data de julgamento: 15/08/2017
lançamentos fiscais efetuados com base na referida Data de formalização: 19/09/2017
Lei nº 9.718/1998, relativos aos períodos de Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA
fevereiro de 2002 a janeiro de 2004, quanto à INVESTIMENTO. EMPRÉSTIMOS COM
COFINS, e ao período compreendido entre fevereiro ENCARGOS SUBSIDIADOS. RECEITA.
e novembro de 2002, quanto à contribuição para o CONCEITO. LEIS Nos 10.637/2002 E 10.833/2003.
PIS, devem ser cancelados. RE 358.273/RS. NÃO CARACTERIZAÇÃO.
CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. RECEITA. NÃO
• PAF 11516.722376/2015-70 CARACTERIZAÇÃO. REDUÇÃO DE CUSTOS.
Relator(a): Conselheiro Pedro Sousa Bispo BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÇÃO.
(designado para redação do acórdão) – (Fazenda) Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
Órgão julgador: 2ª Turma da 4ª Câmara da 3ª valores recebidos do poder público a título de
Seção do CARF subvenção investimento, tanto na forma de
Data de julgamento: 26/09/2017 empréstimos com encargos subsidiados, como na
Data de formalização: 18/10/2017 forma de créditos presumidos de ICMS, não
Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA integram a base de cálculo da Contribuição para PIS
CUSTEIO. REGIME NÃO CUMULATIVO. e da COFINS. Isso porque, na hipótese em que as
CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. RECEITA. subvenções estaduais sejam concedidos na forma de
CARACTERIZAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. empréstimos subsidiados, destinadas a fazer frente
INCLUSÃO. às despesas do contribuinte na consecução de
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, investimentos previamente pactuados com o
entendeu que o crédito presumido de ICMS recebido Estado, sua natureza estaria estritamente ligada ao
pelo poder público a título de subvenção para investimento realizado, não se relacionando
custeio enquadra-se no conceito jurídico de receita e diretamente com o conceito de receita bruta ou
deve, portanto, ser incluído na base de cálculo da faturamento, para fins de incidência das referidas
Contribuições para o PIS e da COFINS no regime contribuições, tal como veiculado nas Leis nos
não cumulativo. Isso porque, segundo os 10.637/2002 10.833/2003, e consignado pelo STF
Conselheiros, os valores percebidos a título de no julgamento do RE 358.273/RS, no qual se afastou
subvenção para custeio, porquanto destinados ao o disposto no art. 3º, § 1º, da Lei nº 9.718/1998. Por
auxílio de redução de custos da pessoa jurídica, sua vez, no que se refere às subvenções outorgadas
conceituam-se como receita, consoante dispõe art. na forma de créditos presumidos de ICMS, os
44, IV, da Lei nº 4.506/1994, de modo que sua Conselheiros afirmaram que configuram auxílios
exclusão da base de cálculo das referidas destinados a fazer frente às despesas do
contribuições deve ser veiculada em lei. contribuinte, de modo que sua natureza está
estritamente ligada ao ressarcimento de despesas
• PAF 11516.722481/2014-28 tributárias, não se relacionando, igualmente, ao
Relator(a): Conselheiro Marcelo Costa Marques conceito de receita, para fins de incidência do PIS e
D’oliveira (Contribuinte) da COFINS. Por fim, ressaltaram ainda que,
Órgão julgador: 1ª Turma da 3ª Câmara da 3ª consoante entendimento firmado pelo Superior
Seção do CARF Tribunal de Justiça no julgamento do AgInt no REsp
Data de julgamento: 27/09/2017 1.627.291/SC, o benefício fiscal de subvenção para
Data de formalização: 23/10/2017 investimento oferecido na modalidade crédito
Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA presumido de ICMS não deve ser incluído na base de
CUSTEIO. REGIME NÃO CUMULATIVO. cálculo das referidas contribuições, vez que não se
CRÉDITO PRESUMIDO DE ICMS. RECEITA. NÃO caracteriza como ingresso de recursos ou receitas,
CARACTERIZAÇÃO. REDUÇÃO DE CUSTOS E mas configura incentivo voltado à redução de custos.
DESPESAS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os • PAF 10600.720010/2015-44
créditos presumidos de ICMS recebidos do poder Relator(a): Conselheira Tatiana Josefovicz
público, considerados subvenção para custeio, não Belisário (Contribuinte)
integram a base de cálculo da contribuição ao PIS e Órgão julgador: 1ª Turma da 2ª Câmara da 3ª
da COFINS. Os Conselheiros afirmaram que, Seção do CARF
consoante precedentes do STJ, a exemplo do AgRg Data de julgamento: 29/08/2017

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Data de formalização: 04/10/2017 Data de julgamento: 26/09/2017
Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA Data de formalização: 23/10/2017
INVESTIMENTO. BASE DE CÁLCULO. CRÉDITO Ementa: PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS-
PRESUMIDO DE ICMS. NÃO INCLUSÃO. IMPORTAÇÃO. AFRETAMENTO E ALUGUEL DE
VERBAS DE PROPAGANDA COOPERADA. EMBARCAÇÃO MARÍTIMA. CONTRATO DE
VALORES RECEBIDOS DE FORNECEDORES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. PROSPECÇÃO E
RECEITA. CARACTERIZAÇÃO. DEDUÇÃO. EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL.
IMPOSSIBILIDADE. EXECUÇÃO SIMULTÂNEA. PESSOAS JURÍDICAS
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu VINCULADAS. ART. 1º, § 2º, DA LEI Nº
que o valor do crédito presumido de ICMS, 9.481/1997. AFRETAMENTO. ATIVIDADE MEIO.
considerado subvenção para investimento, não deve NÃO INCIDÊNCIA.
ser incluído na base de cálculo do PIS e da COFINS. Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Isso porque, segundo os Conselheiros, consoante que, na hipótese de execução simultânea de contrato
entendimento do STJ, tais créditos não assumem a de afretamento ou aluguel de embarcações
natureza de receita ou faturamento, mas se marítimas e do contrato de prestação de serviço,
caracterizam como incentivos voltados à redução de relacionados à prospecção e exploração de petróleo
custos, com vistas a proporcionar maior ou gás natural e celebrados por pessoas jurídicas
competitividade no mercado para as empresas de vinculadas, não incide PIS-Importação e COFINS-
um determinado Estado-membro. Noutro prisma, Importação sobre o valor total da parcela
consignaram não ser possível ao contribuinte correspondente ao contrato de afretamento,
atuante no comércio varejista deduzir da base de respeitados os limites do valor de cada contrato
cálculo das referidas contribuições os valores impostos pelo art. 1º, § 2º, II, da Lei nº 9.481/1997.
recebidos de fornecedores a título de verba de Isso porque, segundo os Conselheiros, consoante
propaganda cooperada, uma vez que tais recursos, jurisprudência consolidada do STJ, a teor do REsp
ainda que devidamente contabilizados e lastreados 1.054.144/RJ e do AgRg no REsp 1512344/RJ, a
em documentos próprios que confirmem sua contrato de afretamento de que trata o art. 2º da Lei
destinação ao custeio de publicidade e propaganda, nº 9.432/1997 não constitui serviço tributável, por
configuram ingressos financeiros abrangidos no não constar da lista anexa ao DL 406/1968, mas
conceito legal “todas as demais receitas auferidas caracteriza-se como sendo contrato de locação de
pela pessoa jurídica”, constante do art. 1º, § 1º, da bem móvel – no caso, de embarcação marítima.
Lei nº 10.833/2003. Além disso, consignaram que, no caso concreto, o
afretamento configura atividade meio para a
• PAF 13502.000562/2009-91 consecução do serviço técnico especializado de
Relator(a): Conselheiro Pedro Rinaldi de Oliveira prospecção e exploração, de modo que, muito
Lima (designado para a redação do acórdão) embora estivesse discriminado em contrato
(Contribuinte) específico, teve seu custo incorporado à atividade
Órgão julgador: 1ª Turma da 2ª Câmara da 3ª fim, sendo, portanto, insuscetível à incidência das
Seção do CARF referidas contribuições. Nesse sentido, ressaltaram
Data de julgamento: 25/10/2017 o posicionamento adotado pelo STJ no REsp
Data de formalização: 24/11/2017 1.176.753/RJ e no AgRg no AREsp 445.726/RS,
Ementa: PIS. COFINS. SUBVENÇÃO PARA aplicados ao caso concreto por analogia, nos quais o
INVESTIMENTOS. PROGRAMA BAHIAPLAST. Tribunal entendeu pela impossibilidade de
ESTADO DA BAHIA. ISENÇÃO CONDICIONADA. tributação, pelo ISSQN, de valores correspondentes
CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS. ISENÇÃO. a atividade meio.
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que os
benefícios fiscais auferidos pelo contribuinte, b) Contratos de franquia
referente ao programa BAHIAPLAST,
caracterizados como subvenção para investimentos, • PAF 16561.720079/2011-34
são isentos de PIS e de COFINS. No caso concreto, Relator(a): Conselheiro Paulo Guilherme
os Conselheiros afirmaram que se trata de benefício Dêrouléde (Fazenda)
fiscal, concedido pelo Estado no formato de crédito Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
presumido de ICMS, com exigências e Câmara da 3ª Seção do CARF
contrapartidas, com o objetivo de oferecer estímulos Data de julgamento: 24/10/2017
de expansão, desenvolvimento e modernização das Data de formalização: 06/11/2017
empresas químicas da região, não podendo ser Ementa: PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS-
computados na base de cálculo para fins de IMPORTAÇÃO. CONTRATOS DE FRANQUIA.
incidências de contribuições, uma vez que são meros CESSÃO DE DIREITOS. ROYALTIES SOBRE
ingressos, não constituindo receita. DIREITOS DE USO DE MARCA. SERVIÇO.
CONCEITO. CRITÉRIO ECONÔMICO. RE
14. PIS-IMPORTAÇÃO & COFINS- 651.703/PR. REPERCUSSÃO GERAL. RESP
IMPORTAÇÃO 929.521/SP. RECURSO REPETITIVO.
CARACTERIZAÇÃO. BASE DE CÁLCULO.
a) Afretamento INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 7º, I, DA
LEI Nº 10.865/2004. EXTENSÃO AO ART. 7º, II,
• PAF 16682.720408/2014-13 DA LEI Nº 10.865/2004. IMPOSSIBILIDADE.
Relator(a): Conselheiro Leonardo Vinicius Toledo ISSQN. INCLUSÃO. ALÍQUOTA ZERO
de Andrade (Contribuinte) RECONHECIDA POR DECISÃO JUDICIAL
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 2ª TRANSITADA EM JULGADO. APLICABILIDADE.
Câmara da 3ª Seção do CARF

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VALOR DAS PRÓPRIAS CONTRIBUIÇÕES. Ementa: PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS-
INCLUSÃO. IMPORTAÇÃO. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO
Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que, DO ICMS. RE 559.937/RS. REPERCUSSÃO
para fins de incidência do PIS-Importação e da GERAL. DRAWBACK MODALIDADE
COFINS-Importação, o conceito de serviço de que SUSPENSÃO. EXPORTAÇÃO NÃO VINCULADA
trata o art. 1º da Lei nº 10.865/2004 possui a mesma AO ATO CONCESSÓRIO. IMPOSSIBILIDADE.
conotação ou alcance que aquele adotado nas Leis Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que o
nº 10.637/2002 e 10.833/2003, que tratam da ICMS não compõe a base de cálculo do PIS-
incidência do PIS e da COFINS sobre o faturamento. Importação e da COFINS-Importação, conforme
Isso porque, segundo os Conselheiros, as referidas entendimento do STF no RE 559.937/RS,
contribuições sobre a importação foram instituídas submetido ao rito da repercussão geral. Noutro
para conferir tratamento isonômico entre os bens e plano, os Conselheiros entenderam que para a
serviços prestados no país e aqueles importados de comprovação do regime de drawback suspensão
residentes no exterior, além do que, conforme não basta que os produtos exportados pela
consignaram, existe relação intrínseca entre a beneficiária tenham sido produzidos com insumos
incidência das contribuições sobre a importação e o importados, mas deve também haver a vinculação
creditamento posterior, na apuração das entre os registros de exportação apresentados e o ato
contribuições incidentes sobre o faturamento, haja concessório, não sendo suficiente a mera
vista que o art. 15, § 1º, da Lei nº 10.865/2004, comprovação de que as exportações ocorreram.
assegura que o direito ao crédito aplica-se também
em relação às contribuições efetivamente pagas na d) Zona Franca de Manaus
importação de bens e serviços. Ademais, os
Conselheiros consignaram que o conceito de serviço JULGAMENTO NÃO FINALIZADO
tributável, também para fins de incidência das • PAF 12266.720252/2015-10
referidas contribuições sobre a importação, deve Relator(a): Conselheiro Walker Araújo
seguir o critério econômico, consoante (Contribuinte)
entendimento firmado pelo STF no RE 651.703/PR, Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
submetido ao rito da repercussão geral, e pelo STJ Câmara da 3ª Seção do CARF
no REsp 929.521/SP, submetido à sistemática dos Data de julgamento: 24/10/2017
recursos repetitivos, não se restringindo, portanto, Data de formalização: Pendente
ao conceito civilista, que identifica serviço tributável Ementa: PIS-IMPORTAÇÃO. COFINS-
às hipóteses em que verificada obrigação de fazer. IMPORTAÇÃO. ZONA FRANCA DE MANAUS
Nesse sentido, os Conselheiros afirmaram que as (ZFM). BENEFÍCIO FISCAL. ART. 14-A DA LEI Nº
cessões de direitos, incluindo a remunerações por 10.865/2004. LICENÇA DE IMPORTAÇÃO.
royalties sobre direitos de uso de marca decorrentes ANUÊNCIA DA SUFRAMA. DESNECESSIDADE.
de contratos de franquia, por estarem inseridos no Resultado: O Conselheiro Relator, acompanhado
item 17.08 do rol de serviços previsto na lista anexa pelos Conselheiros José Fernandes, José Renato,
à LC nº 116/2003, devem se submeter à tributação Lenisa Rodrigues e Sarah Maria, entendeu que para
das referidas contribuições. Noutro plano, os fazer jus ao benefício fiscal previsto no art. 14-A da
Conselheiros consignaram que a declaração de Lei nº 10.865/2004, o produtor de bem final,
inconstitucionalidade do art. 7º, I, da Lei nº situado na ZFM, não precisa ter licença de
10.865/2004, operada pelo STF no julgamento do importação, tampouco depende da anuência do
RE 559.937/RS, não pode ser estendida à hipótese licenciamento prévio pela SUFRAMA. Isso porque,
de que trata o art. 7º, II, da mesma Lei nº para o Conselheiro, a fruição do benefício da
10.865/2004, vez que a Corte sequer se pronunciou suspensão do PIS-Importação e da COFINS-
sobre referido dispositivo. Assim, entenderam que a Importação está sujeita exclusivamente aos
base de cálculo da contribuição para o PIS e da seguintes requisitos: (i) as importações devem ser
COFINS deve compreender o valor pago, creditado, de matérias-primas, produtos intermediários e
entregue, empregado ou remetido ao exterior, materiais de embalagem; (ii) esses produtos devem
acrescido o ISSQN devido, assim como do valor das ser destinados a emprego em processo de
próprias contribuições. Além disso, no caso industrialização por estabelecimentos instalado na
concreto, os Conselheiros afirmaram que, por força ZFM; e (iii) o projeto do estabelecimento precisa ser
de decisão judicial transitada em julgado em que se aprovado pela SUFRAMA. Inaugurando a
reconheceu em favor do contribuinte a alíquota zero divergência, a Conselheira Maria do Socorro,
de ISSQN incidente sobre os serviços de franquia acompanhada pelo Conselheiro Charles Mayer,
prestados, não há como aplicar alíquota positiva do entendeu que a licença de importação e a anuência
referido imposto quando da apuração da base de da SUFRAMA são requisitos indispensáveis para o
cálculo das referidas contribuições, prevista no gozo do benefício previsto no art. 14-A da Lei nº
referido art. 7º, II, da referida Lei nº 10.865/2004. 10.865/2004. Pediu vista dos autos o Conselheiro
Paulo Guilherme.
c) ICMS na base de cálculo
15. PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
• PAF 10314.720211/2012-24
Relator(a): Conselheira Maria do Socorro Ferreira a) Concomitância
Aguiar (Fazenda)
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª • PAF 19515.003055/2004-31
Câmara da 3ª Seção do CARF Relator(a): Conselheiro Charles Mayer de Castro
Data de julgamento: 23/05/2017 Souza (Fazenda)
Data de formalização: 03/07/2017 Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF

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Data de julgamento: 27/07/2017 Ademais, no caso concreto, os Conselheiros
Data de formalização: 29/09/2017 ressaltaram que o conjunto probatório obtido na
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. Operação Dilúvio estaria eivado de vício da ilicitude,
CONCOMITÂNCIA. MANDADO DE SEGURANÇA vez o STJ, no julgamento do HC 142.045/PR,
COLETIVO AJUIZADO POR SUBSTITUTO considerou como ilícitas as provas obtidas na
PROCESSUAL. INEXISTÊNCIA. RENÚNCIA ÀS referida operação.
INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS. NÃO
CONFIGURAÇÃO. • PAF 10494.000440/2009-52
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu Relator(a): Conselheiro Demes Brito
que inexiste concomitância entre os processos (Contribuinte)
judicial e administrativo, quando verificada a Órgão julgador: 3ª Turma da CSRF
existência de mandado de segurança Coletivo, Data de julgamento: 21/09/2017
ajuizado por substituto processual. Isso porque, Data de publicação: 31/10/2017
segundo os Conselheiros, consoante disposição do Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
art. 22 da Lei nº 12.016/2009, a impetração de NULIDADE. CONSULTA FISCAL. EFEITOS. ART.
mandado de segurança coletivo por sindicato ao 48 DO DECRETO Nº 70.235/1972. INSTAURAÇÃO
qual o contribuinte é filiado, além de não obstar o DE PROCEDIMENTO FISCAL. CONCOMITÂNCIA.
ajuizamento de ação individual, também não faz IMPOSSIBILIDADE. AUTO DE INFRAÇÃO. VÍCIO
com que o filiado seja parte autora da ação coletiva, MATERIAL. CANCELAMENTO.
não configurando, portanto, hipótese em que se Resultado: A Turma, por maioria, entendeu que,
deva declarar a renúncia do contribuinte às após a apresentação de consulta fiscal pelo
instâncias administrativas contribuinte, é inadmissível a instauração
concomitante de qualquer procedimento fiscal
b) Nulidade pertinente à matéria consultada, desde a
apresentação da consulta até o trigésimo dia
• PAF 15374.724400/2009-80 subsequente à data da ciência da decisão definitiva,
Relator(a): Conselheiro Domingos de Sá Filho consoante disposição expressa do art. 48 do Decreto
(Contribuinte) nº 70.235/1972. Nesse sentido, aduziram que é
Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª nulo, por vício material e carência de motivação,
Câmara da 3ª Seção do CARF além de afronta direta à disposição legal, o auto de
Data de julgamento: 25/04/2017 infração lavrado por autoridade fiscal no referido
Data de formalização: 04/07/2017 período consignado em lei, sendo, portanto, devido
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. o seu cancelamento.
NULIDADE. ACÓRDÃO DE 1ª INSTÂNCIA.
AUSÊNCIA DE EXAME DAS PROVAS JUNTADAS. c) Reformatio in pejus
CARACTERIZAÇÃO.
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu • PAF 10611.001155/2002-07
que é nula a decisão de 1ª instância que não analisa Relator(a): Conselheiro José Fernandes do
os documentos comprobatórios juntados pelo Nascimento (Fazenda)
contribuinte. Os Conselheiros entenderam que, no Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 3ª
caso concreto, que planilhas e demais documentos Câmara da 3ªSeção do CARF
que possam comprovar despesas aptas a gerar Data de julgamento: 29/09/2017
crédito não podem ser presumidos irrelevantes e Data de formalização: 17/10/2017
sem conteúdo probatório, devendo ser analisados Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.
pelo julgador da DRJ. Afirmaram que tal fato REFORMATIO IN PEJUS. NÃO CABIMENTO.
configura cerceamento ao direito de defesa e ao RECURSO DE OFÍCIO. AGRAVAMENTO DE
contraditório, consagrados princípios SITUAÇÃO DA PARTE RECORRENTE.
constitucionais, devendo o feito retornar à DRJ para ALTERAÇÃO DE ENTENDIMENTO SOBRE OS
exame irrestrito da defesa. FUNDAMENTOS JURÍDICOS DA DECISÃO
ADMINISTRATIVA RECORRIDA. PREJUÍZO À
• PAF 19647.003588/2010-66 FAZENDA. CARACTERIZAÇÃO.
Relator(a): Conselheiro Marcelo Costa Marques IMPOSSIBILIDADE. MANUTENÇÃO DA
D’Oliveira (Contribuinte) DECISÃO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA.
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu
Câmara da 3ª Seção do CARF que não cabe a reformatio in pejus em sede de
Data de julgamento: 24/08/2016 recurso de ofício. Isso porque, segundo os
Data de formalização: 12/07/2017 Conselheiros, o ordenamento jurídico brasileiro não
Ementa: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL. permite o agravamento da situação de parte
NULIDADE. PROVAS. ILICITUDE. DECLARAÇÃO recorrente, quando o prejuízo sofrido decorrer da
PELO PODER JUDICIÁRIO. OPERAÇÃO alteração de entendimento do órgão julgador,
DILÚVIO. POSSIBILIDADE. quanto aos fundamentos da decisão administrativa
Resultado: A Turma, por unanimidade, entendeu recorrida. No caso concreto, os Conselheiros
que as provas obtidas por meio ilícito são afirmara que a Fazenda teve sua situação agravada
imprestáveis para todo e qualquer fim de exigência em sede de recurso de ofício, vez que o Conselho,
do crédito tributário em processo administrativo muito embora houvesse mantido a decisão pela
fiscal. Isso porque, segundo os Conselheiros, a nulidade do auto de infração, tal como decidido pela
declaração de ilicitude, pelo Poder Judiciário, de DRJ, em primeira instância, promoveu alteração de
prova utilizada pela Fiscalização gera entendimento a respeito do fundamento da
automaticamente a nulidade do auto de infração. nulidade, de vício formal para vício material, o que

Voltar ao sumário. 151


teria acarretado prejuízos à fiscalização, que por sua • PAF 11128.000599/2007-46
vez estaria impedida de realizar novo lançamento Relator(a): Conselheira Maria Aparecida Martins
dentro do prazo fixado no art. 173, II, do CTN. Por de Paula (Fazenda)
essa razão, os Conselheiros acolheram os embargos Órgão julgador: 2ª Turma Ordinária da 4ª
de declaração da Fazenda para, com efeitos Câmara da 3ª Seção do CARF
infringentes, retificar o acórdão embargado e Data de julgamento: 24/10/2017
manter a decisão de primeira instância. Data de formalização: 16/11/2017
Ementa: DESEMBARAÇO ADUANEIRO.
16. DESEMBARAÇO ADUANEIRO REVISÃO ADUANEIRA. II. LANÇAMENTO DE
OFÍCIO NÃO CARACTERIZADO.
a) Direitos antidumping RECLASSIFICAÇÃO FISCAL POSTERIOR.
POSSIBILIDADE.
• PAF 10314.720037/2015-62 Resultado: A Turma, por voto de qualidade,
Relator(a): Conselheira Maria Eduarda Alencar entendeu que, não tendo sido efetuado lançamento
Câmara Simões (designada para redação do de ofício no curso de conferência aduaneira, a
acórdão) – (Contribuinte) reclassificação fiscal de mercadoria em sede de
Órgão julgador: 1ª Turma Ordinária da 3ª revisão aduaneira não caracteriza revisão de ofício,
Câmara da 3ª Seção do CARF tampouco representa alteração de critério jurídico
Data de julgamento: 29/08/2017 no lançamento a que se refere o art. 146 do CTN. Isso
Data de formalização: 31/10/2017 porque, segundo os Conselheiros, o procedimento
Ementa: DESEMBARAÇO ADUANEIRO. fiscal de revisão aduaneira, previsto no art. 54 do DL
DIREITOS ANTIDUMPING. REVISÃO nº 37/1966, pode ser realizado dentro do prazo
ADUANEIRA. RECLASSIFICAÇÃO FISCAL. II. decadencial de tributos sujeitos ao “lançamento por
COBRANÇA DE DIREITOS ANTIDUMPING. homologação”, tendo por finalidade verificar a
IMPOSSIBILIDADE. DECISÃO regularidade da atividade prévia do importador na
ADMINISTRATIVA PRETÉRITA. declaração de importação em relação à apuração e
RECLASSIFICAÇÃO FISCAL POSTERIOR. ao recolhimento dos tributos devidos. Assim, no
MUDANÇA DE CRITÉRIO JURÍDICO. caso concreto, os Conselheiros entenderam que a
SEGURANÇA JURÍDICA. VIOLAÇÃO. reclassificação fiscal de mercadoria importada para
Resultado: A Turma, por voto de qualidade, categoria diversa daquela adotada pelo contribuinte
entendeu não ser possível a cobrança de direitos não configurou alteração de critério jurídico, vez que
antidumping decorrentes da reclassificação fiscal de a classificação informada na declaração de
mercadorias importadas, na hipótese de mudança importação não foi aceita pela fiscalização, que
de critério jurídico, por parte do Fisco. Isso porque, apenas teria autorizado a entrega da mercadoria
segundo os Conselheiros, as mercadorias que cujo efetivo desembaraço aduaneiro dependia do
passarem por análise prévia e detalhada da resultado posterior de análise laboratorial, nos
fiscalização, para a determinação da correta termos do art. 39 da IN SRF nº 69/1996.
classificação fiscal e sujeição às normas de direito
antidumping, não podem sofrer autuação em razão
da reclassificação posterior em categoria diversa,
vez que a mudança de critério na classificação das
mercadorias viola a segurança jurídica que deve
nortear as relações entre o Fisco e o Contribuinte.
No caso concreto, os Conselheiros afirmaram que
não deve subsistir a cobrança de direitos
antidumping decorrentes da indicação, em auto de
infração, da correta classificação fiscal das
mercadorias na posição NCM 6402.99.90, haja vista
que a própria fiscalização já havia determinado, em
decisão administrativa pretérita, o enquadramento
dos produtos importados na posição NCM
6401.99.90, que haveria de ser adotada pelo
contribuinte. Ressaltaram, contudo, que a mera
reclassificação fiscal de mercadorias quando da
revisão aduaneira não viola, via de regra, o art. 146
do CTN. Para os Conselheiros, o procedimento de
revisão aduaneira, previsto no art. 54 do DL nº
37/1966, pode ser realizado no prazo decadencial de
cinco anos contados do registro da DI e tem por
objetivo apurar a regularidade do pagamento do
imposto e a exatidão das informações fornecidas
pelo importador, de modo que, inexistindo qualquer
análise prévia da fiscalização ou o efetivo
lançamento de tributo em despacho aduaneiro
respectivo, não há que se falar em posterior
alteração ou mudança de critério jurídico.

b) Revisão aduaneira

Voltar ao sumário. 152


IV.ATOSDOSPODERESEXECUTIVOEIV. Voltar ao sumário. 153
IV. ATOS DOS PODERES técnicos de proteção, as marcas digitais ou
EXECUTIVO E LEGISLATIVO quaisquer outros mecanismos de identificação do
SISLABRA.
B. ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO
C. BANCO CENTRAL DO BRASIL
1. PORTARIAS
1. CIRCULARES
a) PRD
a) Convênio de Pagamentos e Créditos
Recíprocos
• Portaria nº 691, de 8 de novembro de 2017
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da União
• Circular nº 3.853, de 18 de outubro de 2017
Data de publicação: 14/11/2017
Teor: Dispõe sobre as alterações na Portaria nº Órgão responsável: Banco Central do Brasil
Data de publicação: 19/10/2017
400/2017, advindas da conversão da MP n°
Teor: Institui tarifa sobre as operações realizadas
780/2017, na Lei nº 13.494/2017, que prevê o
pelas instituições financeiras no âmbito do
Programa de Regularização de Débitos - PRD
Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos
quanto aos créditos não tributários das autarquias e
(CCR).
fundações públicas federais administrados pela
Observações: Passa a incidir sobre o montante de
Procuradoria-Geral Federal.
cada operação realizada pelas instituições
Observações: Altera o art. 1º, § 1º da Portaria nº
financeiras autorizadas no âmbito do Convênio de
400/2017, dispondo que se entende por créditos
administrados pela PGF aqueles que, constituídos e Pagamentos e Créditos Recíprocos (CCR) a tarifa de
0,04%. Fica o Departamento de Assuntos
vencidos até 25 de outubro de 2017, tenham sido
Internacionais autorizado a baixar normas e adotar
remetidos para os órgãos de execução da PGF até a
as medidas necessárias para a execução do disposto
data do requerimento de adesão ao programa.
nesta circular. Esta Circular entra em vigor em
Esclarece que o PRD não se aplica aos débitos com:
(i) as autarquias e fundações públicas federais 04/12/2017, produzindo efeitos sobre todas as
operações cujas emissões sejam registradas a partir
vinculadas ao Ministério da Educação previstas no
dessa data.
artigo único, XXI do Anexo do Decreto nº
8.872/2016, com exceção dos créditos decorrentes
b) Plano Contábil das Instituições do Sistema
de contratos e convênios firmados pelo Fundo
Financeiro Nacional
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
com os Estados, os Municípios e o Distrito Federal;
• Carta Circular nº 3.846, de 1º de dezembro
(ii) CADE e; (iii) ANEEL.
de 2017
b) Sistemas informatizados Órgão responsável: Departamento de Regulação
do Sistema Financeiro
Data de publicação: 05/12/2017
• Portaria nº 375, de 10 de novembro de 2017
Teor: Cria e altera rubricas contábeis no Plano
Órgão responsável: Advocacia-Geral da União
Contábil das Instituições do Sistema Financeiro
Data de publicação: 13/11/2017
Nacional (COSIF) para registro de reservas livres no
Teor: Institui a Política de Uso do SISLABRA -
BACEN.
Sistema de Auxílio à Identificação e Localização de
Pessoas e Patrimônio do Laboratório de
c) Remessa de informações diárias
Recuperação de Ativos da Advocacia-Geral da União
- LABRA/AGU e demais procedimentos.
• Circular nº 3.844, de 10 de novembro de
Observações: O SISLABRA constitui-se em uma
2017
ferramenta de tecnologia da informação destinada a
Órgão responsável: Banco Central do Brasil
auxiliar as unidades de execução do contencioso na
Data de publicação: 13/11/2017
atividade de recuperação de ativos. Sua função é
auxiliar à atividade de recuperação de ativos e não Teor: Altera a Carta Circular nº 3.694/2015, que
dispõe sobre os procedimentos para a remessa das
substitui diligências complementares para a
informações diárias referentes ao total de exposição
identificação e localização de pessoas e patrimônio
em ouro, moeda estrangeira e em operações sujeitas
que se mostrem úteis ou necessárias, de acordo com
à variação cambial e à apuração das respectivas
as características e circunstâncias do processo
parcelas no cálculo dos requerimentos mínimos de
específico. É vedado aos usuários do SISLABRA: (i)
Patrimônio de Referência (PR), de Nível I e de
utilizar o sistema com finalidade pessoal ou para
Capital Principal e de Capital Adicional, de que
terceiros; (ii) juntar telas impressas ou o relatório
tratam as Resoluções nos 3.488/2007 e 4.193/2013
gerado pelo SISLABRA, ou partes extraídas dele, em
quaisquer processos judiciais ou nos e a Circular nº 3.742/2015.
Observações: A comunicação de dispensa de
administrativos que sejam externos à AGU; (iii)
remessa das informações e de sua retomada, de que
transmitir ou publicar em outros veículos ou
tratam, respectivamente, o art. 2º, VII e o parágrafo
ferramentas de comunicação, seja de que natureza
único desse mesmo artigo da Circular nº 3.742/2015,
forem, informações extraídas do SISLABRA,
devem ser objeto de registro no menu "Cadastro",
constituindo infração disciplinar, por violação de
opção "Cadastro Manual de Dispensa" do sistema de
sigilo profissional, tais transmissões ou publicações
Controle de Remessa de Documentos (CRD),
ou qualquer outra forma de divulgação, na forma do
disponível para acesso na página do BACEN na
art. 34, VII, da Lei nº 8.906/1994 e; (iv) manipular
ou de qualquer forma alterar as informações internet".
extraídas do SISLABRA, assim como os dispositivos
Voltar ao sumário. 154
2. PORTARIAS • Portaria nº 95.818, de 4 de dezembro de
2017
a) PRD Órgão responsável: Banco Central do Brasil
Data de publicação: 05/12/2017
• Portaria nº 94.249, de 18 de julho de 2017 Teor: Divulga alterações no Regimento Interno do
Órgão responsável: Banco Central do Brasil BACEN e dá outras providências.
Data de publicação: 19/07/2017
Teor: Autoriza o Procurador-Geral a editar ato 3. RESOLUÇÕES
normativo sobre o parcelamento de créditos no
âmbito do Programa de Regularização de Débitos a) Regime de Recuperação Fiscal
não Tributários (PRD), instituído pela MP nº
780/2017, bem como decidir os requerimentos de • Resolução nº 4.605, de 19 de outubro de
adesão ao mencionado Programa. 2017
Observações: O ato normativo disporá, ainda, Órgão responsável: Banco Central do Brasil
sobre a consolidação dos débitos sujeitos ao PRD, Data de publicação: 23/10/2017
bem como o procedimento para análise dos Teor: Define procedimentos para as instituições
requerimentos e acompanhamento dos financeiras contratarem operações de crédito no
correspondentes pagamentos. âmbito do Regime de Recuperação Fiscal de que
trata a LC nº 159/2017.
• Portaria nº 94.301, de 20 de julho de 2017 Observações: As operações de crédito a serem
Órgão responsável: Banco Central do Brasil contratadas pelas instituições financeiras com
Data de publicação: 21/07/2017 Estado ou com o Distrito Federal que tenha obtido a
Teor: Estabelece procedimentos e alçadas para homologação do Regime de Recuperação Fiscal de
parcelamento de créditos do BACEN, no âmbito do que trata a LC nº 159/2017, não se sujeitam aos
Programa de Regularização de Débitos não procedimentos da Resolução nº 3.751/2009,
Tributários (PRD), instituído pela MP nº 780/2017. enquanto vigente o referido regime, devendo
Observações: Poderão ser quitados, na forma do observar, além do disposto nas leis que regem a
PRD, instituído pela MP nº 780/2017, os débitos matéria e do disciplinamento estabelecido pelo
com o BACEN, definitivamente constituídos ou não, Ministério da Fazenda, o disposto nesta Resolução.
inscritos ou não em dívida ativa, vencidos até Para fins de contratação das operações de crédito, as
31/03/2017, de pessoas físicas ou jurídicas, instituições autorizadas a operar com o setor público
inclusive aqueles objeto de parcelamentos deverão centralizar o recebimento de todos os
anteriores rescindidos ou ativos, em discussão documentos necessários à verificação de limites e
administrativa ou judicial, mediante requerimento condições aplicáveis, responsabilizando-se pelo
apresentado no prazo de 120 dias, contados da data encaminhamento do pleito ao Ministério da
de publicação desta Portaria. A adesão ao PRD, Fazenda. A formalização dos instrumentos
incluindo a opção pela modalidade de quitação dos contratuais somente se efetivará após: (i) a
débitos, ocorrerá por meio de requerimento firmado manifestação da Secretaria do Tesouro Nacional,
pelo devedor ou por seus mandatários ou quanto à verificação dos limites e condições
procuradores formalmente constituídos, dirigido a aplicáveis às operações de crédito de que trata esta
qualquer órgão da PGBC, abrangendo os débitos em Resolução; e (ii) a verificação de adimplência do
discussão administrativa ou judicial indicados interessado com as instituições financeiras e demais
claramente para compor o PRD e a totalidade dos instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN,
débitos exigíveis em nome do devedor. bem como de inexistência de pendências de registro
no Sistema de Registro de Operações com o Setor
Portaria nº 96.108, de 20 de dezembro de Público, nos termos do art. 7º da Resolução nº
2017 2.827/2001. A contratação de novas operações de
Órgão responsável: Procuradoria-Geral do crédito no valor global de até R$ 2.900.000.000,00,
Banco Central do Brasil na forma do art. 11, I a VII, da LC nº 159/2017, não
Data de publicação: 22/12/2017 está sujeita ao limite definido no art. 9º da
Teor: Estabelece procedimentos e alçadas para Resolução nº 2.827/2001.
parcelamento de créditos do BACEN, no âmbito do
Programa de Regularização de Débitos não D. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
Tributários (PRD), instituído pela Lei nº
13.494/2017. 1. CIRCULARES
Observações: Poderão ser quitados, na forma do
PRD, instituído pela Lei nº 13.494/2017, os débitos a) FGTS
com o BACEN, definitivamente constituídos ou não,
inscritos ou não em dívida ativa, vencidos até • Circular nº 788, de 7 de novembro de 2017
25/10/2017, de pessoas físicas ou jurídicas, Órgão responsável: Caixa Econômica Federal
inclusive aqueles objeto de parcelamentos Data de publicação: 08/11/2017
anteriores rescindidos ou ativos, em discussão Teor: Dispõe sobre o Orçamento do Fundo de
administrativa ou judicial, mediante requerimento Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, para o
apresentado no prazo de 120 dias, contados da data exercício de 2017, e dá outras providências.
de publicação desta Portaria. Observações: Divulga nova distribuição do
Orçamento Operacional do FGTS para 2017, por
b) Regimento interno Programa e Unidade da Federação, bem como
estabelece diretrizes e procedimentos gerais com
vistas ao cumprimento das determinações

Voltar ao sumário. 155


emanadas do Conselho Curador do FGTS e do quitados na forma e condições estabelecidas nesta
Gestor da Aplicação, no que se refere à distribuição, deliberação.
aplicação e ao controle dos recursos do FGTS, no
exercício de 2017. 2. INSTRUÇÕES

• Circular nº 787, de 9 de novembro de 2017 a) Distribuição de valores mobiliários


Órgão responsável: Caixa Econômica Federal
Data de publicação: 13/11/2017 • Instrução nº 588, de 13 de julho de 2017
Teor: Publica o Manual FGTS Movimentação da Órgão responsável: Comissão de Valores
Conta Vinculada, como instrumento disciplinador Mobiliários
do saque do FGTS. Data de publicação: 14/07/2017
Teor: Dispõe sobre a oferta pública de distribuição
b) Manual de Orientação ao Empregador de valores mobiliários de emissão de sociedades
empresárias de pequeno porte realizada com
• Circular nº 775, de 24 de julho de 2017 dispensa de registro por meio de plataforma
Órgão responsável: Caixa Econômica Federal eletrônica de investimento participativo, e altera
Data de publicação: 25/07/2017 dispositivos da Instrução CVM nº 400/2003, da
Teor: Estabelece o parcelamento de débitos de Instrução CVM nº 480/2009, da Instrução CVM nº
contribuições sociais da LC nº 110/2001 na 510/2011, e da Instrução CVM nº 541/2013.
modalidade do Programa de Regularização Observações: Regula a oferta pública de
tributária PERT e divulga a versão 5 do Manual de distribuição de valores mobiliários de emissão de
Orientação - Regularidade do Empregador junto ao sociedades empresárias de pequeno porte realizada
FGTS como instrumento disciplinador. com dispensa de registro por meio de plataforma
Observações: Divulga a versão 5 do Manual de eletrônica de investimento participativo, com o
Orientação que dispõe sobre os procedimentos objetivo de assegurar a proteção dos investidores e
pertinentes à regularidade do empregador junto ao possibilitar a captação pública por parte destas
FGTS, incluindo o parcelamento de débitos de sociedades.
contribuições sociais da LC nº 110/2001 na
modalidade do PERT, disponibilizado no sítio da b) Fundos de investimento
CEF, opção download FGTS Manuais Operacionais.
• Instrução nº 589, de 18 de agosto de 2017
• Circular nº 789, de 9 de novembro de 2017 Órgão responsável: Comissão de Valores
Órgão responsável: Caixa Econômica Federal Mobiliários
Data de publicação: 13/11/2017 Data de publicação: 21/08/2017
Teor: Divulga a versão 5 do Manual de Orientação Teor: Altera dispositivos da Instrução CVM nº
ao Empregador Recolhimentos Mensais e 578/2016.
Rescisórios ao FGTS e das Contribuições Sociais. Observações: Altera o art. 58, § 6º, da referida
Observação: Divulga a atualização do Manual de norma, passando a determinar que os Fundos de
Orientação Recolhimentos Mensais e Rescisórios ao Investimento em Cotas de Fundos de Investimento
FGTS e das Contribuições Sociais que dispõe sobre em Participações que já tenham obtido registro de
os procedimentos pertinentes a arrecadação do funcionamento até a data de publicação da
FGTS, versão 5, disponibilizada no sítio da CAIXA, Instrução, estão dispensados de observar a
www.caixa.gov.br, opção download FGTS Manuais classificação estabelecida no art. 14, desde que
Operacionais. mantenham em sua denominação a expressão
"Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de
E. COMISSÃO DE VALORES Investimento em Participações" e, no mínimo, 90%
MOBILIÁRIOS de seu patrimônio aplicado em cotas de Fundos de
Investimento em Participações ou Fundos de Ações
1. DELIBERAÇÕES - Mercado de Acesso.

a) PRD F. COMITÊ DIRETIVO DO


ESOCIAL
• Deliberação nº 776, de 20 de julho de 2017
Órgão responsável: Comissão de Valores 1. RESOLUÇÕES
Mobiliários
Data de publicação: 21/07/2017 a) eSocial
Teor: Regulamenta o Programa de Regularização
de Débitos não Tributários - PRD junto à CVM • Resolução nº 03, de 29 de novembro de
instituído por meio da MP nº 780/2017. 2017
Observações: Os débitos oriundos da aplicação de Órgão responsável: Comitê Diretivo do eSocial
penalidade de multa, nos termos do art. 11, II, da Lei Data de publicação: 30/11/2017
nº 6.385/1976, de multa cominatória prevista no § Teor: Altera a Resolução do Comitê Diretivo do
11 do citado artigo, de termo de compromisso eSocial nº 2/2016, para estabelecer a
celebrado com fundamento no § 5º do citado artigo implementação progressiva do Sistema de
e no art. 7º, I e II, da Deliberação CVM nº 390/2001, Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
de sanção administrativa, nos termos do art. 87, II, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial.
da Lei nº 8.666/1993 e aqueles que não se
enquadram na hipótese do art. 46 da Lei nº G. CONGRESSO NACIONAL
8.112/1990, vencidos até 31/03/2017, poderão ser
Voltar ao sumário. 156
1. ATOS DO PRESIDENTE DA MESA 784/2017 teve seu prazo de vigência encerrado no
dia 19/11/2017.
a) Contribuição previdenciária sobre a receita
bruta d) Programa de Desligamento Voluntário

• Ato Declaratório do Presidente da Mesa do • Ato Declaratório do Presidente da Mesa do


Congresso Nacional nº 67, de 07 de Congresso Nacional nº 65, de 06 de
dezembro de 2017 dezembro de 2017
Órgão responsável: Congresso Nacional Órgão responsável: Congresso Nacional
Data de publicação: 08/12/2017 Data de publicação: 07/12/2017
Teor: Encerra o prazo de vigência da MP nº Teor: Encerra o prazo de vigência da MP nº
794/2017, que “Revoga a MP nº 772/2017, a MP nº 792/2017, que “Institui, no âmbito do Poder
773/ 2017, e a MP nº 774/2017”. Executivo federal, o Programa de Desligamento
Observações: Nos termos do parágrafo único do Voluntário, a jornada de trabalho reduzida com
art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, a MP nº remuneração proporcional e a licença sem
794/2017 teve seu prazo de vigência encerrado no remuneração com pagamento de incentivo em
dia 06/12/2017. pecúnia, destinados ao servidor da administração
pública federal direta, autárquica e fundacional”.
• Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Observação: Nos termos do parágrafo único do
Congresso Nacional nº 70, de 11 de dezembro art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, a MP nº
de 2017 792/2017 teve seu prazo de vigência encerrado no
Órgão responsável: Congresso Nacional dia 28/11/2017.
Data de publicação: 12/12/2017
Teor: Encerra o prazo de vigência da MP nº e) PRR
774/2017, que “Dispõe sobre a CPRB”.
Observações: Nos termos do parágrafo único do • Ato Declaratório do Presidente da Mesa do
art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, a MP nº Congresso Nacional nº 66, de 06 de
774/2017 teve seu prazo de vigência encerrado no dezembro de 2017
dia 08/12/2017. Órgão responsável: Congresso Nacional
Data de publicação: 07/12/2017
b) Operações de crédito Teor: Encerra o prazo de vigência da MP nº
793/2017, que “Institui o Programa de
• Ato do Presidente da Mesa do Congresso Regularização Tributária Rural junto à RFB e à
Nacional nº 59, de 17 de novembro de 2017 PGFN”.
Órgão responsável: Congresso Nacional Observação: Nos termos do parágrafo único do
Data de publicação: 20/11/2017 art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, a MP nº
Teor: Prorroga o prazo de vigência da MP nº 793/2017 teve seu prazo de vigência encerrado no
801/2017, que “Dispõe sobre a contratação, o dia 28/11/2017.
aditamento, a repactuação e a renegociação de
operações de crédito, a concessão de garantia pela f) RECINE
União e a contratação com a União realizadas com
fundamento na LC nº 156/2016, e na LC nº • Ato do Presidente da Mesa do Congresso
159/2017, e sobre a realização de termos aditivos a Nacional nº 54, de 16 de outubro de 2017
contratos de refinanciamento celebrados com a Órgão responsável: Congresso Nacional
União com fundamento na LC nº 148/ 2014”, pelo Data de publicação: 17/10/2017
período de 60 dias. Teor: Prorroga o prazo de vigência da MP nº
796/2017, que “Prorroga o prazo para a utilização do
c) Processo administrativo sancionador Regime Especial de Tributação para
Desenvolvimento da Atividade de Exibição
• Ato Declaratório do Presidente da Mesa do Cinematográfica, instituído pela Lei nº
Congresso Nacional nº 56, de 20 de outubro 12.599/2012”, pelo período de 60 dias.
de 2017
Órgão responsável: Congresso Nacional g) Regimes tributários especiais
Data de publicação: 23/10/2017
Teor: Encerra o prazo de vigência da MP nº • Ato do Presidente da Mesa do Congresso
784/2017, que “Dispõe sobre o processo Nacional nº 53, de 10 de outubro de 2017
administrativo sancionador na esfera de atuação do Órgão responsável: Congresso Nacional
BACEN e da CVM, altera a Lei nº 4.131/1962, a Lei Data de publicação: 11/10/2017
nº 4.829/1965, a Lei nº 6.024/1974, a Lei nº Teor: Prorroga a MP nº 795/2017, publicada no
6.385/1976, a Lei nº 9.069/1995, a Lei nº Diário Oficial da União do dia 18/08/2017 e
9.613/1998, a Lei nº 9.873/1999, a Lei nº republicada no dia 21/08/2017, que “Dispõe sobre o
10.214/2001, a Lei nº 11.371/2006, a Lei nº tratamento tributário das atividades de exploração e
11.795/2008, a Lei nº 12.810/2013, a Lei nº de desenvolvimento de campo de petróleo ou de gás
12.865/2013, o Decreto nº 23.258/1933, o DL nº natural, altera a Lei nº 9.481/1997, e a Lei nº
9.025/1946 e a MP nº 2.224/2001, e dá outras 12.973/2014, e institui regime tributário especial
providências”. para as atividades de exploração, desenvolvimento e
Observação: Nos termos do parágrafo único do produção de petróleo, de gás natural e de outros
art. 14 da Resolução nº 1, de 2002-CN, a MP nº hidrocarbonetos fluidos”, pelo período de 60 dias.

Voltar ao sumário. 157


2. DECRETOS LEGISLATIVOS próprios provenientes das fontes de receita e,
adicionalmente, poderão ser utilizados recursos de:
a) Convenções internacionais (i) até 75% dos depósitos judiciais e dos depósitos
administrativos em dinheiro referentes a processos
• Decreto Legislativo nº 139, de 21 de judiciais ou administrativos, tributários ou não
setembro de 2017 tributários; e (ii) até 30% dos demais depósitos
Órgão responsável: Congresso Nacional judiciais da localidade sob jurisdição do respectivo
Data de publicação: 22/09/2017 tribunal de justiça, mediante a instituição de fundo
Teor: Aprova o texto do Acordo entre o Governo da garantidor em montante equivalente aos recursos
República Federativa do Brasil e o Governo da levantados. Além disso, indica as condições para que
República da Turquia sobre Assistência Mútua a União, no prazo de até 6 meses da entrada em vigor
Administrativa em Matéria Aduaneira, celebrado do regime especial, disponibilize aos entes e às
em Brasília, em 27/05/2010. respectivas autarquias, fundações e empresas
estatais dependentes linha de crédito especial para
• Decreto Legislativo nº 173, de 04 de pagamento dos precatórios submetidos ao regime.
dezembro de 2017 Ademais, prevê que as preferências relativas à idade,
Órgão responsável: Congresso Nacional ao estado de saúde e à deficiência serão atendidas
Data de publicação: 05/12/2017 até o valor equivalente ao quíntuplo fixado em lei,
Teor: Aprova o texto do “Protocolo Alterando a admitido o fracionamento para essa finalidade, e o
Convenção entre o Governo da República Federativa restante será pago em ordem cronológica de
do Brasil e o Governo da República da África do Sul apresentação do precatório. Também veda
para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão desapropriações pelos entes cujos estoques de
Fiscal em Relação aos Impostos sobre a Renda, precatórios ainda pendentes de pagamento sejam
celebrada em Pretória, em 08/11/2003”, assinado superiores a 70%, incluídos os precatórios a pagar
em Pretória, em 31/07/2015. de suas entidades da administração indireta. Por
fim, determina que a faculdade do credor do
• Decreto Legislativo nº 183, de 11 de precatório em optar pela compensação do valor a
dezembro de 2017 receber com valores inscritos em dívida ativa deverá
Órgão responsável: Congresso Nacional ser regulamentada pelos entes em até 120 dias a
Data de publicação: 12/12/2017 partir de 1º/01/2018, sendo que, decorrido esse
Teor: Aprova o texto do Protocolo Alterando a prazo, os credores ficam autorizados a exercer a
Convenção entre o Governo da República Federativa referida faculdade.
do Brasil e o Governo da República da Coreia
Destinada a Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a 4. LEIS COMPLEMENTARES
Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a
Renda, assinado em Brasília, em 24/04/2015. a) Remissão de créditos tributários

3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS • Lei Complementar nº 160, de 07 de agosto


de 2017
a) Precatórios Órgão responsável: Congresso Nacional
Data de publicação: 08/08/2017
• Emenda Constitucional nº 99, de 14 de Teor: Dispõe sobre convênio que permite aos
dezembro de 2017 Estados e ao Distrito Federal deliberar sobre a
Órgão responsável: Congresso Nacional remissão dos créditos tributários, constituídos ou
Data de publicação: 15/12/2017 não, decorrentes das isenções, dos incentivos e dos
Teor: Altera o art. 101 do ADCT, para instituir novo benefícios fiscais ou financeiro-fiscais instituídos
regime especial de pagamento de precatórios, e os em desacordo com o disposto na alínea “g” do inciso
arts. 102, 103 e 105 do ADCT. XII do § 2o do art. 155 da CF/1988 e a reinstituição
Observações: Institui regime especial de das respectivas isenções, incentivos e benefícios
pagamento de precatórios a cargo dos Estados, do fiscais ou financeiro-fiscais; e altera a Lei nº
Distrito Federal e dos Municípios. O texto prevê que 12.973/2014.
os entes que, na data de 25/03/2015, encontravam- Observações: Inicialmente os arts. 9 e 10 da Lei
se em mora no pagamento dos seus precatórios, haviam sido objeto de veto presidencial, contudo o
deverão quitar os débitos vencidos e vincendos até Congresso Nacional rejeitou o referido veto, tendo
31/12/2014, com atualização pelo IPCA-E ou por os dispositivos vetados sido publicados em
índice que venha a substituí-lo. Para tanto, 23/11/2017.
determina que os entes deverão depositar, em conta
especial do tribunal de justiça local, 1/12 o valor 5. LEIS ORDINÁRIAS
calculado percentualmente sobre suas receitas
correntes líquidas apuradas no segundo mês a) Ativos financeiros e valores mobiliários
anterior ao mês de pagamento, em percentual
suficiente para a quitação de seus débitos e, ainda • Lei nº 13.476, de 28 de agosto de 2017
que variável, nunca inferior, em cada exercício, ao Órgão responsável: Congresso Nacional
percentual praticado na data da entrada em vigor do Data de publicação: 29/08/2017
regime especial a que se refere este artigo, em Teor: Altera a Lei nº 12.810/2013, para dispor
conformidade com plano de pagamento a ser sobre a constituição de gravames e ônus sobre ativos
anualmente apresentado ao Tribunal de Justiça financeiros e valores mobiliários objeto de registro
local. Outrossim, estabelece que o débito de ou de depósito centralizado, e a Lei nº 13.097/2015;
precatórios será pago com recursos orçamentários e revoga dispositivo da Lei nº 10.931/2004.

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Observações: Inova, inicialmente, ao estabelecer Teor: Altera as Leis nos 7.990/1989 e 8.001/1990,
que a constituição de gravames e ônus sobre ativos para dispor sobre a Compensação Financeira pela
financeiros e valores mobiliários objeto de registro Exploração de Recursos Minerais.
ou de depósito centralizado será realizada, Observações: A exploração de recursos minerais
exclusivamente, nas entidades registradoras ou nos ensejará o recolhimento da CFEM, nos termos do art.
depositários centrais em que estejam registrados ou 20, § 1º, da CF/1988, quando: (i) da primeira saída
depositados, sendo que: (i) se não estiverem por venda de bem mineral; (ii) do ato de
registrados ou depositados nestes termos, aplica-se arrematação, nos casos de bem mineral adquirido
o disposto nas respectivas legislações específicas; em hasta pública; (iii) do ato da primeira aquisição
(ii) poderá ser realizada de forma individualizada ou de bem mineral extraído sob o regime de permissão
universal, por meio de mecanismos de identificação de lavra garimpeira; e (iv) do consumo de bem
e agrupamento; (iii) se for hipótese de exigência mineral.
legal, instrumento ou disposição contratual
específica para a constituição de gravames e ônus, c) CLT
deverá o mesmo ser registrado a entidade
registradora ou no depositário central; (iv) compete • Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017
ao BACEN e à CVM estabelecer as condições para a Órgão responsável: Congresso Nacional
constituição de gravames e ônus prevista no art. 26, Data de publicação: 14/07/2017
da mencionada Lei, pelas entidades registradoras ou Teor: Altera a Consolidação das Leis do Trabalho
pelos depositários centrais, inclusive no que (CLT), aprovada pelo DL nº 5.452/1943, e as Leis nos
concerne ao acesso à informação; e (v) compete ao 6.019/1974, 8.036/1990 e 8.212/1991, a fim de
BACEN monitorar as operações de crédito afetadas, adequar a legislação às novas relações de trabalho.
com a verificação do nível de redução do custo Observações: Promove reforma das relações
médio dessas operações, a ser divulgado trabalhistas. Neste sentido, determina que cabe ao
mensalmente, na forma do regulamento. Ademais, empregador efetuar o recolhimento da contribuição
prevê que compete ao CMN disciplinar a exigência previdenciária e o depósito do FGTS, na forma da lei,
de registro ou de depósito centralizado de ativos com base nos valores pagos no período mensal e
financeiros e valores mobiliários por instituições fornecerá ao empregado comprovante do
financeiras e demais instituições autorizadas a cumprimento dessas obrigações. Ademais, prevê
funcionar pelo BACEN, e dispor sobre estes ativos que o pagamento, recolhimento e aplicação das
financeiros em função de sua inserção em operações contribuições sindicais devidas pelos participantes
no âmbito do sistema financeiro nacional. das categorias econômicas ou profissionais ou das
Outrossim, ainda cabe ao CMN dispor sobre as profissões liberais representadas pelas referidas
condições para dispensar de depósito os ativos que entidades está condicionado à autorização prévia e
integram a carteira de ativos, desde que registrados expressa dos participantes.
em entidade autorizada pelo BACEN ou pela CVM a
exercer a atividade de registro de ativos financeiros d) IRPF
e de valores mobiliários. Quanto à abertura de limite
de crédito no âmbito do sistema financeiro nacional, • Lei nº 13.498, de 26 de outubro de 2017
será celebrada por instrumento público ou Órgão responsável: Congresso Nacional
particular, com pessoa física ou pessoa jurídica, e Data de publicação: 27/10/2017
tratará das condições para celebração das operações Teor: Acrescenta parágrafo único ao art. 16 da Lei
financeiras derivadas, que serão celebradas nº 9.250/1995, para estabelecer que, após os idosos,
mediante a manifestação de vontade do tomador do os professores tenham prioridade para recebimento
crédito, pelas quais o credor fará os desembolsos do da restituição do IRPF.
crédito ao tomador, observados o valor máximo Observações: Estabelece ordem de prioridade
previsto no contrato principal e seu prazo de para a restituição do IRPF, qual seja: (i) idosos, nos
vigência, devendo conter os requisitos essenciais termos do art. 3º, § 1º, IX, da Lei nº 10.741/2003;
elencados. Em relação às garantias constituídas no (ii) contribuintes cuja maior fonte de renda seja o
instrumento de abertura do limite de crédito, as magistério; e (iii) os demais contribuintes.
mesmas servirão para assegurar todas as operações
financeiras derivadas e sua exoneração ocorrerá e) Lei Orçamentária
mediante sua rescisão ou após seu vencimento e
desde que as operações financeiras derivadas • Lei nº 13.473, de 08 de agosto de 2017
tenham sido devidamente quitadas. Por fim, Órgão responsável: Congresso Nacional
autoriza a emissão de CDB sob a forma escritural, Data de publicação: 09/08/2017
mediante lançamento em livro ou sistema eletrônico Teor: Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e
do emissor, sendo que cabe ao CMN estabelecer as execução da Lei Orçamentária de 2018 e dá outras
hipóteses e condições em que o CDB escritural providências.
deverá ser registrado pelo emissor, em entidade Observações: Com o objetivo de prover maior
autorizada pelo BACEN a realizar a atividade de transparência na apuração dos resultados fiscais dos
registro de ativos financeiros. governos, a LC nº 101/2000 determinou que a LDO
defina os riscos fiscais, com a avaliação dos passivos
b) CFEM contingentes e de outros riscos capazes de afetar as
contas públicas. A seção 3 do anexo V apresenta os
• Lei nº 13.540, de 18 de dezembro de 2017 riscos que podem impactar não apenas no
Órgão responsável: Congresso Nacional cumprimento da meta de resultado primário
Data de publicação: 19/12/2017 estabelecido no corpo da LDO, mas também na
projeção de resultado nominal e de dívida. Para fins

Voltar ao sumário. 159


tributários, destaca-se a atuação da PGFN no âmbito Investimentos (PPI), que ocorre por meio de
do STJ e do STF, com probabilidade de perda decretos.
possível, os seguintes temas: (i) ações contra a União
no âmbito do STJ - Tema 1: CSSL e IRPJ sobre h) Parcelamento de débitos previdenciários
ganhos de entidades fechadas de previdência
complementar; Tema 2: Aproveitamento de crédito • Lei nº 13.485, de 02 de outubro de 2017
de PIS e COFINS; Tema 3: Creditamento de insumos Órgão responsável: Congresso Nacional
na base de cálculo do PIS e da COFINS; Tema 4: Data de publicação: 03/10/2017
Ação regressiva contra a União. Juros e correção Teor: Dispõe sobre o parcelamento de débitos com
monetária. Empréstimos compulsórios; e (ii) ações a Fazenda Nacional relativos às contribuições
de repercussão geral reconhecida no STF - Tema 1: previdenciárias de responsabilidade dos Estados, do
PIS e COFINS. Base de cálculo, inclusão do ICMS; Distrito Federal e dos Municípios, e sobre a revisão
Tema 2: PIS/COFINS das instituições financeiras; da dívida previdenciária dos Municípios pelo Poder
Tema 3: IPI na revenda de produto importado; Executivo federal; altera a Lei nº 9.796/1999; e dá
Tema 4: Inclusão do IPI na base de cálculo do PIS e outras providências.
da COFINS no regime de substituição tributária; Observações: Inicialmente os arts. 11 e 12 da Lei
Tema 5: CIDE sobre remessas ao exterior; Tema 6: haviam sido objeto de veto presidencial, contudo o
PIS e COFINS. Base de cálculo, inclusão do ISSQN; Congresso Nacional rejeitou o referido veto, tendo
Tema 7: PIS e COFINS. Regime não cumulativo. os dispositivos vetados sido publicados em
Prestadoras de serviços; Tema 8: Multa por 28/11/2017.
indeferimento administrativo de pedidos de
ressarcimento, compensação e restituição; Tema 9: i) Parcerias público-privadas
PIS sobre locação de bens imóveis; Tema 10:
Majoração de alíquota da COFINS para instituições • Lei nº 13.529, de 04 de outubro de 2017
financeiras; e Tema 11: PIS e COFINS e CSLL sobre Órgão responsável: Congresso Nacional
atos cooperativos. Data de publicação: 05/12/2017
Teor: Dispõe sobre a participação da União em
f) Marinha mercante fundo de apoio à estruturação e ao desenvolvimento
de projetos de concessões e parcerias público-
• Lei nº 13.482, de 20 de setembro de 2017 privadas; altera a Lei nº 11.079/2004, que institui
Órgão responsável: Congresso Nacional normas gerais para licitação e contratação de
Data de publicação: 21/09/2017 parceria público-privada na administração pública,
Teor: Altera a Lei nº 10.893/2004, para estabelecer a Lei nº 11.578/2007, que dispõe sobre a
a obrigatoriedade de divulgação dos valores transferência obrigatória de recursos financeiros
arrecadados do Adicional ao Frete para a Renovação para a execução pelos Estados, Distrito Federal e
da Marinha Mercante (AFRMM) e do quantitativo e Municípios de ações do Programa de Aceleração do
da destinação dos valores arrecadados ao Fundo da Crescimento (PAC), e a Lei nº 12.712/2012, que
Marinha Mercante (FMM). autoriza o Poder Executivo a criar a Agência
Observações: Estabelece que o Ministério dos Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e
Transportes, Portos e Aviação Civil deverá divulgar Garantias S.A. (ABGF).
trimestralmente, por meio da imprensa oficial e da Observações: Fica a União autorizada a participar
internet, os valores arrecadados do AFRMM, bem de fundo que tenha por finalidade exclusiva
como o quantitativo e a destinação dos valores financiar serviços técnicos profissionais
arrecadados ao FMM. especializados, com vistas a apoiar a estruturação e
o desenvolvimento de projetos de concessão e
g) Organização da Administração Pública parcerias público-privadas da União, dos Estados,
Federal do Distrito Federal e dos Municípios, até o limite de
R$ 180.000.000,00, devendo 40% ser
• Lei nº 13.502, de 1º de novembro de 2017 preferencialmente utilizado em projetos nas regiões
Órgão responsável: Congresso Nacional Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O fundo será criado,
Data de publicação: 03/11/2017 administrado e representado judicial e
Teor: Estabelece a organização básica dos órgãos extrajudicialmente por instituição financeira
da Presidência da República e dos Ministérios; controlada direta ou indiretamente pela União e
altera a Lei nº 13.334/2016; e revoga a Lei nº funcionará sob o regime de cotas, que poderão ser
10.683/2003 e a MP nº 768/2017. adquiridas e integralizadas por pessoas jurídicas de
Observações: Estabelece a organização básica da direito público e pessoas físicas ou jurídicas de
Presidência da República e dos Ministérios, dentre direito privado, estatais ou não estatais. Ademais,
eles: (i) o Ministério da Fazenda; (ii) o Ministério da inova ao estabelecer que é vedada a celebração de
Indústria, Comércio Exterior e Serviços; (iii) o contrato de parceria público-privada cujo valor do
Ministério da Justiça e Segurança Pública; (iv) o contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00. Por fim,
Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e dispõe sobre que os projetos resultantes de parcerias
Gestão; (v) o Ministério dos Transportes, Portos e público-privadas, na forma estabelecida na Lei nº
Aviação Civil; (iv) e o Ministério da Transparência e 11.079/2004, poderão se beneficiar do fundo
Controladoria-Geral da União. Ademais, prevê que garantidor para cobertura de riscos, estabelecido
os empreendimentos públicos federais de pelo art. 32 da Lei nº 12.712/2012.
infraestrutura qualificados para a implantação por
parceria serão definidos, nos termos e limites das j) PERT
leis setoriais e da legislação geral aplicável, pela
regulamentação do Programa de Parcerias de • Lei nº 13.496, de 24 de outubro de 2017

Voltar ao sumário. 160


Órgão responsável: Congresso Nacional os valores correspondentes à remuneração das
Data de publicação: 25/10/2017 disponibilidades dos recursos depositados,
Teor: Institui o Programa Especial de descontada a remuneração legal devida ao
Regularização Tributária (PERT) na RFB e na beneficiário do precatório ou da RPV, constituirão
PGFN; e altera a Lei nº 12.249/2010 e o Decreto nº receita e deverão ser recolhidos em favor do Poder
70.235/1972. Judiciário, o qual poderá destinar até 10% do total
Observações: Estabelece que poderão aderir ao para o pagamento de perícias realizadas em ação
PERT as pessoas físicas e jurídicas, de direito popular. Ademais, o texto cancela os precatórios e as
público ou privado, inclusive, aquelas que se RPV federais expedidos e cujos valores não tenham
encontrarem em recuperação judicial e aquelas sido levantados pelo credor e estejam depositados
submetidas ao regime especial de tributação a que há mais de 2 anos em instituição financeira oficial,
se refere a Lei nº 10.931/2004. Prevê que o sendo que o cancelamento será operacionalizado
programa abrange os débitos de natureza tributária mensalmente pela instituição financeira oficial
e não tributária, vencidos até 30/04/2017, inclusive, depositária, mediante a transferência dos valores
aqueles que são objeto de parcelamentos anteriores depositados para a Conta Única do Tesouro
rescindidos ou ativos, em discussão administrativa Nacional. Também estabelece que do montante
ou judicial, ou provenientes de lançamento de ofício cancelado pelo menos 20% será aplicado pela União
efetuados após a publicação desta Lei, desde que a na manutenção e desenvolvimento do ensino e pelo
adesão seja realizada até a data limite, qual seja menos 5% será aplicado no Programa de Proteção a
31/10/2017. Também determina que a adesão ao Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte
PERT implica: (i) na confissão irrevogável e (PPCAAM). Além disso, prevê que a instituição
irretratável dos débitos em nome do sujeito passivo financeira oficial depositária deverá dar ciência ao
indicados para compor o PERT; (ii) a aceitação respectivo Presidente do Tribunal que, por sua vez,
plena e irretratável pelo sujeito passivo das comunicará o fato ao juízo da execução, que
condições estabelecidas nesta Lei; (iii) o dever de notificará o credor. Por fim, permite ao credor
pagar regularmente as parcelas dos débitos requerer novo ofício requisitório após o
consolidados no PERT e dos débitos vencidos após cancelamento do anterior, sendo que o novo
30/04/2017, inscritos ou não em dívida ativa da precatório ou a nova RPV conservará a ordem
União; (iv) vedação da inclusão dos débitos que cronológica do requisitório cancelado e a
compõem o PERT em qualquer outra forma de remuneração correspondente a todo o período RPV
parcelamento posterior; e (v) o cumprimento ou precatório.
regular das obrigações com o FGTS. Dispõe também
que o PERT terá prazo máximo de pagamento de 175 l) PRD
meses, com descontos que podem chegar a 90% dos
juros, de 70% da multa e, no caso de adesão ao PERT • Lei nº 13.494, de 24 de outubro de 2017
no âmbito da PGFN, 100% dos encargos legais, Órgão responsável: Congresso Nacional
inclusive, honorários advocatícios. Ademais, Data de publicação: 25/10/2017
estipula que o valor mínimo de cada prestação Teor: Institui o Programa de Regularização de
mensal dos parcelamentos será de R$ 200,00, Débitos não Tributários (PRD) nas autarquias e
quando o devedor for pessoa física, e R$ 1.000,00, fundações públicas federais e na Procuradoria-Geral
quando o devedor for pessoa jurídica não optante do Federal; altera as Leis nos 10.522/2002 e
SIMPLES. Define ainda que para incluir no PERT 8.213/1991; e dá outras providências.
débitos que se encontrem em discussão Observações: Poderão ser quitados, na forma do
administrativa ou judicial, o sujeito passivo deverá PRD, os débitos não tributários com as autarquias e
desistir previamente das impugnações ou dos fundações públicas federais, definitivamente
recursos administrativos e das ações judiciais que constituídos ou não, inscritos ou não em dívida
tenham por objeto os débitos que serão quitados e ativa, vencidos até a data de publicação dessa Lei, de
renunciar a quaisquer alegações de direito sobre as pessoas físicas ou jurídicas, inclusive, aqueles objeto
quais se fundem as referidas impugnações e de parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos,
recursos ou ações judiciais. Por fim, preceitua as em discussão administrativa ou judicial, desde que
hipóteses que implicarão na exclusão do devedor do requerido no prazo de 120 dias, contado da data de
PERT e a exigibilidade imediata da totalidade do publicação da regulamentação. A adesão ao
débito confessado e ainda não pago. Programa implica: (i) a confissão irrevogável e
irretratável dos débitos em nome do devedor e por
k) Precatórios e RPV ele indicados para compor o PRD, nos termos dos
arts. 389 e 395 do CPC/2015, e a aceitação plena e
• Lei nº 13.463, de 06 de julho de 2017 irretratável de todas as condições estabelecidas
Órgão responsável: Congresso Nacional nessa Lei; (ii) o dever de pagar regularmente as
Data de publicação: 07/07/2017 parcelas dos débitos consolidados no Programa; (iii)
Teor: Dispõe sobre os recursos destinados aos a vedação da inclusão dos débitos que compõem o
pagamentos decorrentes de precatórios e de RPV Programa em qualquer outra forma de
federais. parcelamento posterior, ressalvado o
Observações: Determina que a gestão dos reparcelamento de que trata o art. 14-A da Lei nº
recursos destinados aos pagamentos decorrentes de 10.522/2002; e (iv) no cumprimento regular das
precatórios e de RPV federais será realizada pelo obrigações com o FGTS.
Poder Judiciário, que contratará, com dispensa de
licitação, instituições financeiras integrantes da m) Processo administrativo sancionador
administração pública federal para a
operacionalização da gestão dos recursos, sendo que • Lei nº 13.506, de 13 de novembro de 2017

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Órgão responsável: Congresso Nacional distribuição proporcional dos projetos financiados
Data de publicação: 14/11/2017 com recursos da União entre as regiões do País.
Teor: Dispõe sobre o processo administrativo
sancionador na esfera de atuação do BACEN e da o) Serviços aeroportuários
CVM; altera a Lei nº 6.385/1976, a Lei nº
4.131/1962, a Lei nº 4.829/1965, a Lei nº • Lei nº 13.499, de 26 de outubro de 2017
6.024/1974, a Lei nº 7.492/1986, a Lei nº Órgão responsável: Congresso Nacional
9.069/1995, a Lei nº 9.613/1998, a Lei nº Data de publicação: 27/10/2017
10.214/2001, a Lei nº 11.371/2006, a Lei nº Teor: Estabelece critérios para a celebração de
11.795/2008, a Lei nº 12.810/2013, a Lei nº aditivos contratuais relativos às outorgas nos
12.865/2013, a Lei nº 4.595/1964, o Decreto nº contratos de parceria no setor aeroportuário.
23.258/1933, o DL nº 9.025/1946, e a MP nº Observações: Admite a celebração de aditivos
2.224/2001; revoga o DL nº 448/1969, e contratuais que versem sobre a alteração do
dispositivos da Lei nº 9.447/1997, da Lei nº cronograma de pagamentos das outorgas nos
4.380/1964, da Lei nº 4.728/1965, e da Lei nº contratos de parceria no setor aeroportuário
9.873/1999; e dá outras providências. celebrados até 31/12/2016, observado o disposto
Observações: Dispõe sobre infrações, nesta Lei e no ato de regulamentação do Ministério
penalidades, medidas coercitivas e meios dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Prevê que a
alternativos de solução de controvérsias aplicáveis celebração destes aditivos deverá ser amplamente
às instituições financeiras, às demais instituições divulgada, inclusive por meio da imprensa oficial e
supervisionadas pelo BACEN e aos integrantes do da internet. Ademais, determina que a alteração no
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). cronograma será admitida apenas uma vez, sendo
Estabelece, também, o rito processual a ser que deverá atender as seguintes condições: (i)
observado nos processos administrativos manifestação do interessado no prazo de 180 dias,
sancionadores no âmbito do BACEN. Por fim, contado da data de publicação da MP nº 779/2017;
regulamenta o processo administrativo sancionador (ii) inexistência de processo de caducidade
no âmbito da CVM, bem como dispõe sobre instaurado e adimplência do interessado com as
penalidades e medidas coercitivas aplicáveis pela outorgas vencidas até a data da assinatura do
referida autarquia. aditivo; (iii) apresentação pelo contratado de
pagamento antecipado de parcela de valores das
n) RECINE contribuições fixas; (iv) manutenção do valor
presente líquido das outorgas originalmente
• Lei nº 13.524, de 27 de novembro de 2017 assumidas; (v) limitação do saldo da reprogramação
Órgão responsável: Congresso Nacional aos valores das contribuições fixas antecipadas,
Data de publicação: 28/11/2017 durante o período remanescente do contrato; e (vi)
Teor: Prorroga o prazo para utilização do Regime limitação de cada parcela de contribuição
Especial de Tributação para Desenvolvimento da reprogramada a até 50% acima do valor da parcela
Atividade de Exibição Cinematográfica (RECINE) e da contribuição originalmente pactuada para cada
dos benefícios fiscais previstos nos arts. 1º e 1º-A da exercício. Por fim, dispõe que a observância das
Lei nº 8.685/1993, e no art. 44 da MP nº 2.228- condições dispostas nesta Lei não implica alteração
1/2001; e altera a Lei nº 12.599/2012. das condições do contrato de parceria,
Observações: Prorroga para 31/12/2019 o prazo considerando-se mantido o seu equilíbrio
para utilização do benefício fiscal de que trata o art. econômico-financeiro.
14 da Lei no 12.599/2012, cuja fruição ficará
condicionada ao disposto na lei de diretrizes p) Taxa de longo prazo
orçamentárias de cada exercício financeiro.
Ademais, dispõe que as pessoas físicas e jurídicas • Lei nº 13.483, de 21 de setembro de 2017
tributadas pelo lucro real poderão deduzir do IR Órgão responsável: Congresso Nacional
devido, até o período de apuração relativo ao ano- Data de publicação: 22/09/2017
calendário de 2019, as quantias aplicadas na Teor: Institui a Taxa de Longo Prazo (TLP); dispõe
aquisição de cotas dos FUNCINES. Também prevê sobre a remuneração dos recursos do Fundo de
que, até o exercício fiscal de 2019: (i) os Participação PIS-Pasep, do Fundo de Amparo ao
contribuintes poderão deduzir do IR devido as Trabalhador (FAT) e do Fundo da Marinha
quantias investidas na produção de obras Mercante (FMM) e sobre a remuneração dos
audiovisuais brasileiras de produção independente, financiamentos concedidos pelo Tesouro Nacional
mediante a aquisição de cotas, desde que esses ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
investimentos sejam realizados no mercado de e Social (BNDES); altera as Leis nos 8.019/1990,
capitais, em ativos previstos em lei e autorizados 9.365/1996, 10.893/2004 e 10.849/2004; e dá
pela CVM, e os projetos de produção tenham sido outras providências.
previamente aprovados pela ANCINE; e (ii) as Observação: Altera a forma de atuação do BNDES,
quantias referentes ao patrocínio à produção de especificamente no modo de conceder subsídios por
obras audiovisuais brasileiras de produção meio dos empréstimos, substituindo a TJLP pela
independente, cujos projetos tenham sido TLP.
previamente aprovados pela ANCINE, poderão ser
deduzidas do IR devido, apurado nos moldes H. CONSELHO NACIONAL DE
estabelecidos. Por fim, determina que o Programa POLÍTICA FAZENDÁRIA
Cinema Perto de Você atenderá prioritariamente os
complexos de exibição cinematográfica situados em 1. CONVÊNIOS
Municípios de porte médio e deverá observar a

Voltar ao sumário. 162


a) ICMS que realize operações com papel destinado à
impressão de livro, jornal ou periódico.
• Convênio ICMS nº 59, de 08 de julho de
2011 • Convênio ICMS nº 78, de 14 de julho de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 31/07/2017 Data de publicação: 20/07/2017
Teor: Estabelece normas relativas ao equipamento Teor: Altera o Convênio ICMS nº 125/2011, que
Medidor Volumétrico de Combustíveis - MVC, às autoriza a exclusão da gorjeta da base de cálculo do
empresas interventoras e às empresas usuárias. ICMS incidente no fornecimento de alimentação e
Observações: O Convênio foi republicado em bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e
31/07/2017 em cumprimento à decisão proferida estabelecimento similares.
pela Exma. Desembargadora Federal Vânia Hack de
Almeida, relatora da Apelação/Remessa Necessária • Convênio ICMS nº 79, de 14 de julho de 2017
nº 5009956-51.2011.4.04.7200/SC. Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária
• Convênio ICMS nº 73, de 14 de julho de 2017 Data de publicação: 20/07/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Altera o Anexo Único do Convênio ICMS nº
Política Fazendária 77/2011, que dispõe sobre o regime de substituição
Data de publicação: 20/07/2017 tributária aplicável ao ICMS incidente sobre as
Teor: Exclui o Estado do Rio de Janeiro das sucessivas operações internas ou interestaduais
disposições do Convênio ICMS nº 36/2016, que relativas à circulação de energia elétrica, desde a
estabelece substituição tributária em relação às produção ou importação até a última operação que
operações antecedentes interestaduais com a destine ao consumo de destinatário que a tenha
desperdícios e resíduos de metais não ferrosos e adquirido em ambiente de contratação livre.
alumínio em formas brutas quando o produto for
destinado a estabelecimento industrial. • Convênio ICMS nº 80, de 14 de julho de
2017
• Convênio ICMS nº 74, de 14 de julho de 2017 Órgão responsável: Conselho Nacional de
Órgão responsável: Conselho Nacional de Política Fazendária
Política Fazendária Data de publicação: 20/07/2017
Data de publicação: 20/07/2017 Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
Teor: Altera a cláusula primeira do Convênio ICMS estabelece a sistemática de uniformização e
nº 135/2006, que dispõe sobre a substituição identificação das mercadorias e bens passíveis de
tributária nas operações com aparelhos celulares. sujeição aos regimes de substituição tributária e de
antecipação de recolhimento do ICMS com o
• Convênio ICMS nº 75, de 14 de julho de 2017 encerramento de tributação, relativos às operações
Órgão responsável: Conselho Nacional de subsequentes.
Política Fazendária
Data de publicação: 20/07/2017 • Convênio ICMS nº 81, de 14 de julho de 2017
Teor: Dispõe sobre a inclusão dos Estados do Acre, Órgão responsável: Conselho Nacional de
Pará e de Santa Catarina nas disposições do Política Fazendária
Convênio ICMS nº 114/2014, que autoriza a Data de publicação: 20/07/2017
concessão de isenção do ICMS na importação de Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que
medicamento destinado a tratamento de câncer, estabelece a sistemática de uniformização e
quando realizado por pessoa física. identificação das mercadorias e bens passíveis de
sujeição aos regimes de substituição tributária e de
• Convênio ICMS nº 76, de 14 de julho de 2017 antecipação de recolhimento do ICMS com o
Órgão responsável: Conselho Nacional de encerramento de tributação, relativos às operações
Política Fazendária subsequentes.
Data de publicação: 20/07/2017
Teor: Autoriza o Estado de Alagoas a conceder • Convênio ICMS nº 82, de 14 de julho de 2017
isenção do ICMS nas saídas internas de geladeira, Órgão responsável: Conselho Nacional de
decorrentes de doação efetuada pela Eletrobrás Política Fazendária
Distribuição Alagoas, bem como nas operações de Data de publicação: 20/07/2017
remessa da sucata de geladeira, com destinação à Teor: Altera o Convênio ICMS nº 109/2014, que
reciclagem no âmbito do programa "Agente autoriza os Estados que menciona a conceder
Eletrobrás". diferimento do ICMS devido nas operações com
máquinas, equipamentos e materiais destinados à
• Convênio ICMS nº 77, de 14 de julho de 2017 captação, geração e transmissão de energia solar ou
Órgão responsável: Conselho Nacional de eólica incorporados ao ativo imobilizado de
Política Fazendária estabelecimentos geradores de energia solar ou
Data de publicação: 20/07/2017 eólica.
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado de Roraima
às disposições do Convênio ICMS nº 48/2013, que • Convênio ICMS nº 83, de 14 de julho de 2017
institui o Sistema de Registro e Controle das Órgão responsável: Conselho Nacional de
Operações com o Papel Imune Nacional - RECOPI Política Fazendária
NACIONAL e disciplina, para as unidades federadas Data de publicação: 20/07/2017
que especifica, o credenciamento do contribuinte

Voltar ao sumário. 163


Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do • Convênio ICMS nº 89, de 14 de julho de
Maranhão às disposições do Convênio ICMS nº 2017
51/1999, que autoriza a concessão de isenção nas Órgão responsável: Conselho Nacional de
operações com embalagens de agrotóxicos usadas e Política Fazendária
lavadas, bem como nas respectivas prestações de Data de publicação: 20/07/2017
serviços de transporte. Teor: Altera os §§ 2º e 3º do art. 2º do Convênio
ICMS nº 133/97 que aprova o Regimento do
• Convênio ICMS nº 84, de 14 de julho de CONFAZ Indicação de Conselheiros Substitutos.
2017 Observações: Representam os Estados e o Distrito
Órgão responsável: Conselho Nacional de Federal os seus Secretários de Fazenda, Finanças ou
Política Fazendária Tributação e, na sua falta, os seus respectivos
Data de publicação: 20/07/2017 substitutos legais. Nas suas ausências, os membros
Teor: Altera o § 1º da cláusula primeira do do Conselho indicarão à Secretaria-Executiva do
Convênio ICMS nº 59/2012, que autoriza a CONFAZ os nomes dos seus substitutos legais.
concessão de parcelamento de débitos, tributários e
não tributários, das empresas em processo de • Convênio ICMS nº 90, de 25 de agosto de
recuperação judicial. 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 85, de 14 de julho de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 29/08/2017
Política Fazendária Teor: Altera o Convênio ICMS nº 124/2013, que
Data de publicação: 20/07/2017 autoriza o Estado de Minas Gerais a remitir o crédito
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado de tributário, inclusive multas e juros incidentes,
Pernambuco ao Convênio ICMS nº 115/2003, que relativo às operações alcançadas pelo ICMS
dispõe sobre a uniformização e disciplina a emissão, promovidas por contribuinte que especifica.
escrituração, manutenção e prestação das
informações dos documentos fiscais emitidos em via • Convênio ICMS nº 91, de 25 de agosto de
única por sistema eletrônico de processamento de 2017
dados para contribuintes prestadores de serviços de Órgão responsável: Conselho Nacional de
comunicação e fornecedores de energia elétrica. Política Fazendária
Data de publicação: 29/08/2017
• Convênio ICMS nº 86, de 14 de julho de Teor: Autoriza o Estado de Rondônia a conceder
2017 redução na base de cálculo do ICMS, nas operações
Órgão responsável: Conselho Nacional de interestaduais com gado bovino vivo gordo para
Política Fazendária abate.
Data de publicação: 20/07/2017
Teor: Revigora o Convênio ICMS nº 112/2014, que • Convênio ICMS nº 92, de 25 de agosto de
autoriza o Estado de Pernambuco a conceder 2017
isenção do ICMS nas saídas internas de lâmpadas, Órgão responsável: Conselho Nacional de
material elétrico e equipamentos, doados ao Poder Política Fazendária
Executivo Estadual pela Companhia Energética de Data de publicação: 29/08/2017
Pernambuco - CELPE, para instalação de sistemas Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado de Alagoas
de iluminação e refrigeração em prédios públicos da ao Convênio ICMS nº 27/2006, que autoriza as
Administração Direta, no âmbito do Programa de unidades federadas que menciona a concederem
Eficiência Energética - PEE. crédito outorgado do ICMS correspondente ao valor
do ICMS destinado pelos seus respectivos
• Convênio ICMS nº 87, de 14 de julho de 2017 contribuintes a projetos culturais credenciados
Órgão responsável: Conselho Nacional de pelas respectivas Secretarias de Estado da Cultura.
Política Fazendária
Data de publicação: 20/07/2017 • Convênio ICMS nº 93, de 25 de agosto de
Teor: Autoriza o Estado de Minas Gerais a conceder 2017
isenção de ICMS nas prestações de serviço de Órgão responsável: Conselho Nacional de
comunicação referente ao acesso à internet por Política Fazendária
conectividade em banda larga adquiridas pela Data de publicação: 29/08/2017
Companhia de Tecnologia da Informação do Estado Teor: Prorroga disposições do Convênio ICMS nº
de Minas Gerais - PRODEMGE. 45/2010, que concede isenção do ICMS nas saídas
de locomotivas.
• Convênio ICMS nº 88, de 14 de julho de
2017 • Convênio ICMS nº 94, de 25 de agosto de
Órgão responsável: Conselho Nacional de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 20/07/2017 Política Fazendária
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 93/2015, que Data de publicação: 29/08/2017
dispõe sobre os procedimentos a serem observados Teor: Altera o Convênio ICMS nº 04/2017, que
nas operações e prestações que destinem bens e autoriza o Estado do Ceará a conceder crédito
serviços a consumidor final não contribuinte do presumido nas aquisições de equipamento emissor
ICMS, localizado em outra unidade federada. de Cupom Fiscal Eletrônico CF-e - SAT.

Voltar ao sumário. 164


• Convênio ICMS nº 95, de 25 de agosto de Data de publicação: 05/10/2017
2017 Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que
Órgão responsável: Conselho Nacional de estabelece a sistemática de uniformização e
Política Fazendária identificação das mercadorias e bens passíveis de
Data de publicação: 29/08/2017 sujeição aos regimes de substituição tributária e de
Teor: Autoriza o Estado de Santa Catarina a antecipação de recolhimento do ICMS com o
conceder remissão de créditos tributários relativos encerramento de tributação, relativos às operações
ao ICM e ICMS. subsequentes, e o Convênio ICMS nº 52/2017, que
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
• Convênio ICMS nº 96, de 25 de agosto de regimes de substituição tributária e de antecipação
2017 do ICMS com encerramento de tributação, relativos
Órgão responsável: Conselho Nacional de às operações subsequentes, instituídos por
Política Fazendária convênios ou protocolos firmados entres os Estados
Data de publicação: 29/08/2017 e o Distrito Federal.
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do
Tocantins às disposições do Convênio ICMS nº • Convênio ICMS nº 102, de 29 de setembro
57/2017, que autoriza a concessão de isenção do de 2017
ICMS na importação de medicamento destinado a Órgão responsável: Conselho Nacional de
tratamento da Atrofia Muscular Espinal - AME, Política Fazendária
quando realizada por pessoa física. Data de publicação: 05/10/2017
Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
• Convênio ICMS nº 97, de 25 de agosto de operações com pneumáticos, câmaras de ar e
2017 protetores de borracha relacionados no Anexo XVI
Órgão responsável: Conselho Nacional de do Convênio ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre as
Política Fazendária normas gerais a serem aplicadas aos regimes de
Data de publicação: 29/08/2017 substituição tributária e de antecipação do ICMS
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do com encerramento de tributação, relativos às
Tocantins às disposições do Convênio ICMS nº operações subsequentes, instituídos por convênios
51/1999, que autoriza a concessão de isenção nas ou protocolos firmados entres os Estados e o Distrito
operações com embalagens de agrotóxicos usadas e Federal.
lavadas, bem como nas respectivas prestações de
serviços de transporte. • Convênio ICMS nº 103, de 29 de setembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 98, de 06 de setembro de Órgão responsável: Conselho Nacional de
2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 05/10/2017
Política Fazendária Teor: Altera o Convênio ICMS nº 85/1993, que
Data de publicação: 11/09/2017 dispõe sobre a substituição tributária nas operações
Teor: Altera o Anexo único do Convênio ICMS nº com pneumáticos, câmaras de ar e protetores.
77/2011, que dispõe sobre o regime de substituição
tributária aplicável ao ICMS incidente sobre as • Convênio ICMS nº 104, de 29 de setembro
sucessivas operações internas ou interestaduais de 2017
relativas à circulação de energia elétrica, desde a Órgão responsável: Conselho Nacional de
produção ou importação até a última operação que Política Fazendária
a destine ao consumo de destinatário que a tenha Data de publicação: 05/10/2017
adquirido em ambiente de contratação livre. Teor: Reduz a base de cálculo do ICMS nas saídas
de bens, materiais ou peças com defeito na prestação
• Convênio ICMS nº 99, de 06 de setembro de de serviços de assistência técnica, manutenção e
2017 reparo prevista no Ajuste SINIEF nº 14/2017.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 105, de 29 de setembro
Data de publicação: 11/09/2017 de 2017
Teor: Autoriza o Estado do Pará a conceder isenção Órgão responsável: Conselho Nacional de
e redução da base de cálculo do ICMS, na forma que Política Fazendária
especifica. Data de publicação: 05/10/2017
Teor: Estabelece procedimento especial, em
• Convênio ICMS nº 100, de 29 de setembro substituição ao previsto no Convênio ICMS nº
de 2017 133/1997, que aprovou o Regimento do CONFAZ,
Órgão responsável: Conselho Nacional de relativamente ao pedido de vista na reunião de
Política Fazendária apreciação e deliberação da proposta de convênio
Data de publicação: 05/10/2017 específico de que trata a LC nº 160/2017, que dispõe
Teor: Autoriza a concessão de redução de base de sobre convênio que permite aos Estados e ao
cálculo na prestação de serviço de transporte Distrito Federal deliberar sobre a remissão dos
intermunicipal de passageiro. créditos tributários, constituídos ou não,
decorrentes de isenções, incentivos e benefícios
• Convênio ICMS nº 101, de 29 de setembro fiscais ou financeiro-fiscais instituídos em
de 2017 desacordo com o disposto no art. 155, § 2º, XII, “g”,
Órgão responsável: Conselho Nacional de da CF/1988 e a reinstituição das respectivas
Política Fazendária

Voltar ao sumário. 165


isenções, incentivos e benefícios fiscais ou CPF, ainda que não inscritas no cadastro de
financeiro-fiscais; e altera a Lei nº 12.973/2014. contribuintes do ICMS.

• Convênio ICMS nº 106, de 29 de setembro • Convênio ICMS nº 111, de 29 de setembro de


de 2017 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 Data de publicação: 05/10/2017
Teor: Disciplina os procedimentos de cobrança do Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
ICMS incidente nas operações com bens e operações com cigarros e outros produtos derivados
mercadorias digitais comercializadas por meio de do fumo relacionados no Anexo V do Convênio
transferência eletrônica de dados e concede isenção ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre as normas
nas saídas anteriores à saída destinada ao gerais a serem aplicadas aos regimes de substituição
consumidor final. tributária e de antecipação do ICMS com
encerramento de tributação, relativos às operações
• Convênio ICMS nº 107, de 29 de setembro subsequentes, instituídos por convênios ou
de 2017 protocolos firmados entres os Estados e o Distrito
Órgão responsável: Conselho Nacional de Federal.
Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 • Convênio ICMS nº 112, de 29 de setembro
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 128/2012, que de 2017
autoriza os Estados e o Distrito Federal a adotar os Órgão responsável: Conselho Nacional de
procedimentos relativos à emissão, escrituração, Política Fazendária
manutenção e prestação das informações dos Data de publicação: 05/10/2017
documentos fiscais emitidos em via única por Teor: Autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a
sistema eletrônico de processamento de dados para conceder redução de base de cálculo para o débito de
contribuintes concessionários de serviço público de responsabilidade por substituição tributária do
distribuição de gás canalizado. ICMS, nas operações com água mineral, potável ou
natural.
• Convênio ICMS nº 108, de 29 de setembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 113, de 29 de setembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 05/10/2017 Política Fazendária
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que Data de publicação: 05/10/2017
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/1991, que
regimes de substituição tributária e de antecipação concede redução da base de cálculo nas operações
do ICMS com encerramento de tributação, relativos com equipamentos industriais e implementos
às operações subsequentes, instituídos por agrícolas.
convênios ou protocolos firmados entres os Estados
e o Distrito Federal. • Convênio ICMS nº 114, de 29 de setembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 109, de 29 de setembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 05/10/2017
Política Fazendária Teor: Concede isenção do ICMS nas saídas internas
Data de publicação: 05/10/2017 com equipamentos e componentes para geração de
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que energia elétrica solar fotovoltaica destinada ao
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos atendimento do consumo de prédios próprios
regimes de substituição tributária e de antecipação públicos estaduais que especifica.
do ICMS com encerramento de tributação, relativos
às operações subsequentes, instituídos por • Convênio ICMS nº 115, de 29 de setembro
convênios ou protocolos firmados entres os Estados de 2017
e o Distrito Federal. Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária
• Convênio ICMS nº 110, de 29 de setembro Data de publicação: 05/10/2017
de 2017 Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que
Órgão responsável: Conselho Nacional de estabelece a sistemática de uniformização e
Política Fazendária identificação das mercadorias e bens passíveis de
Data de publicação: 05/10/2017 sujeição aos regimes de substituição tributária e de
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 134/2016, que antecipação de recolhimento do ICMS com o
dispõe sobre o fornecimento de informações encerramento de tributação, relativos às operações
prestadas por instituições financeiras e de subsequentes, e o Convênio ICMS nº 52/2017, que
pagamento, integrantes ou não do Sistema de dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
Pagamentos Brasileiro - SPB, relativas às transações regimes de substituição tributária e de antecipação
com cartões de débito, crédito, de loja (private do ICMS com encerramento de tributação, relativos
label) e demais instrumentos de pagamento às operações subsequentes, instituídos por
eletrônicos, realizadas por pessoas jurídicas convênios ou protocolos firmados entres os Estados
inscritas no CNPJ ou pessoas físicas inscritas no e o Distrito Federal.

Voltar ao sumário. 166


Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 116, de 29 de setembro Política Fazendária
de 2017 Data de publicação: 05/10/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Altera o Convênio ICMS nº 69/1998, que
Política Fazendária firma entendimento em relação à incidência de
Data de publicação: 05/10/2017 ICMS nas prestações de serviços de comunicação.
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos • Convênio ICMS nº 122, de 29 de setembro
regimes de substituição tributária e de antecipação de 2017
do ICMS com encerramento de tributação, relativos Órgão responsável: Conselho Nacional de
às operações subsequentes, instituídos por Política Fazendária
convênios ou protocolos firmados entres os Estados Data de publicação: 05/10/2017
e o Distrito Federal. Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
• Convênio ICMS nº 117, de 29 de setembro regimes de substituição tributária e de antecipação
de 2017 do ICMS com encerramento de tributação, relativos
Órgão responsável: Conselho Nacional de às operações subsequentes, instituídos por
Política Fazendária convênios ou protocolos firmados entres os Estados
Data de publicação: 05/10/2017 e o Distrito Federal.
Teor: Autoriza o Estado de Mato Grosso a não
exigir a utilização do Código Especificador da • Convênio ICMS nº 123, de 29 de setembro
Substituição Tributária - CEST, até 31/12/2017, nas de 2017
operações internas e nas interestaduais a ele Órgão responsável: Conselho Nacional de
destinadas. Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017
• Convênio ICMS nº 118, de 29 de setembro Teor: Autoriza o Estado do Amapá a conceder
de 2017 remissão de débitos do ICMS da Companhia de
Órgão responsável: Conselho Nacional de Eletricidade do Amapá.
Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 • Convênio ICMS nº 124, de 29 de setembro
Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas de 2017
operações com tintas e vernizes relacionados no Órgão responsável: Conselho Nacional de
Anexo XXIII do Convênio ICMS nº 52/2017, que Política Fazendária
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos Data de publicação: 05/10/2017
regimes de substituição tributária e de antecipação Teor: Autoriza o Estado de Alagoas a conceder
do ICMS com encerramento de tributação, relativos isenção de ICMS nas aquisições de veículos
às operações subsequentes, instituídos por automotores realizadas por Entidades Alagoanas de
convênios ou protocolos firmados entres os Estados Assistência Social cadastradas no Programa Nota
e o Distrito Federal. Fiscal Cidadã, instituído pela Lei nº 6.991/2008.

• Convênio ICMS nº 119, de 29 de setembro • Convênio ICMS nº 125, de 29 de setembro


de 2017 de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 Data de publicação: 05/10/2017
Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que
operações com celulares e cartões inteligentes estabelece a sistemática de uniformização e
relacionados no Anexo XX do Convênio ICMS nº identificação das mercadorias e bens passíveis de
52/2017, que dispõe sobre as normas gerais a serem sujeição aos regimes de substituição tributária e de
aplicadas aos regimes de substituição tributária e de antecipação de recolhimento do ICMS com o
antecipação do ICMS com encerramento de encerramento de tributação, relativos às operações
tributação, relativos às operações subsequentes, subsequentes, e o Convênio ICMS nº 52/2017, que
instituídos por convênios ou protocolos firmados dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
entres os Estados e o Distrito Federal. regimes de substituição tributária e de antecipação
do ICMS com encerramento de tributação, relativos
• Convênio ICMS nº 120, de 29 de setembro às operações subsequentes, instituídos por
de 2017 convênios ou protocolos firmados entres os Estados
Órgão responsável: Conselho Nacional de e o Distrito Federal.
Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 • Convênio ICMS nº 127, de 29 de setembro
Teor: Dispõe sobre a exclusão do Estado de São de 2017
Paulo aos dispositivos do Convênio ICMS nº Órgão responsável: Conselho Nacional de
71/1990, que estabelece disciplina de controle da Política Fazendária
circulação de café em território nacional e estabelece Data de publicação: 05/10/2017
outras providências. Teor: Prorroga disposições de convênios ICMS que
dispõem sobre benefícios fiscais.
• Convênio ICMS nº 121, de 29 de setembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 129, de 29 de setembro
de 2017

Voltar ao sumário. 167


Órgão responsável: Conselho Nacional de antecipação de recolhimento do ICMS com o
Política Fazendária encerramento de tributação, relativos às operações
Data de publicação: 05/10/2017 subsequentes.
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 110/2007, que
dispõe sobre o regime de substituição tributária nas • Convênio ICMS nº 145, de 29 de setembro
operações com combustíveis e lubrificantes, de 2017
derivados ou não de petróleo e com outros produtos. Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária
• Convênio ICMS nº 130, de 29 de setembro Data de publicação: 05/10/2017
de 2017 Teor: Autoriza o Estado do Piauí a remitir e a
Órgão responsável: Conselho Nacional de anistiar de créditos tributários, constituídos ou não,
Política Fazendária decorrentes das isenções, dos incentivos e dos
Data de publicação: 05/10/2017 benefícios fiscais ou financeiro-fiscais instituídos
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que em desacordo com o disposto no art. 155, § 2º, XII,
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos “g”, da CF/1988, com termo final até 31/12/2011.
regimes de substituição tributária e de antecipação
do ICMS com encerramento de tributação, relativos • Convênio ICMS nº 149, de 29 de setembro
às operações subsequentes, instituídos por de 2017
convênios ou protocolos firmados entres os Estados Órgão responsável: Conselho Nacional de
e o Distrito Federal. Política Fazendária
Data de publicação: 09/10/2017
• Convênio ICMS nº 131, de 29 de setembro Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que
de 2017 estabelece a sistemática de uniformização e
Órgão responsável: Conselho Nacional de identificação das mercadorias e bens passíveis de
Política Fazendária sujeição aos regimes de substituição tributária e de
Data de publicação: 05/10/2017 antecipação de recolhimento do ICMS com o
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 92/2015, que encerramento de tributação, relativos às operações
estabelece a sistemática de uniformização e subsequentes, e altera o Convênio ICMS nº 52/2017,
identificação das mercadorias e bens passíveis de que dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas
sujeição aos regimes de substituição tributária e de aos regimes de substituição tributária e de
antecipação de recolhimento do ICMS com o antecipação do ICMS com encerramento de
encerramento de tributação, relativos às operações tributação, relativos às operações subsequentes,
subsequentes; e o Convênio ICMS nº 52/2017, que instituídos por convênios ou protocolos firmados
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos entres os Estados e o Distrito Federal.
regimes de substituição tributária e de antecipação
do ICMS com encerramento de tributação, relativos • Convênio ICMS nº 150, de 19 de outubro de
às operações subsequentes, instituídos por 2017
convênios ou protocolos firmados entres os Estados Órgão responsável: Conselho Nacional de
e o Distrito Federal. Política Fazendária
Data de publicação: 26/10/2017
• Convênio ICMS nº 132, de 29 de setembro Teor: Autoriza o Estado do Pará a conceder isenção
de 2017 do ICMS nas operações e prestações relacionadas
Órgão responsável: Conselho Nacional de com transporte ferroviário.
Política Fazendária
Data de publicação: 05/10/2017 • Convênio ICMS nº 151, de 19 de outubro de
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 38/2012, que 2017
concede isenção do ICMS nas saídas de veículos Órgão responsável: Conselho Nacional de
destinados a pessoas portadoras de deficiência Política Fazendária
física, visual, mental ou autista. Data de publicação: 26/10/2017
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
• Convênio ICMS nº 133, de 29 de setembro dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
de 2017 regimes de substituição tributária e de antecipação
Órgão responsável: Conselho Nacional de do ICMS com encerramento de tributação, relativos
Política Fazendária às operações subsequentes, instituídos por
Data de publicação: 05/10/2017 convênios ou protocolos firmados entres os Estados
Teor: Prorroga as disposições do Convênio ICMS e o Distrito Federal.
nº 100/1997, que reduz a base de cálculo do ICMS
nas saídas dos insumos agropecuários que • Convênio ICMS nº 152, de 19 de outubro de
especifica, e dá outras providências. 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 134, de 29 de setembro Política Fazendária
de 2017 Data de publicação: 26/10/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Autoriza o Estado de Tocantins a conceder
Política Fazendária redução na base de cálculo do ICMS, nas operações
Data de publicação: 05/10/2017 interestaduais com gado bovino.
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
estabelece a sistemática de uniformização e • Convênio ICMS nº 153, de 19 de outubro de
identificação das mercadorias e bens passíveis de 2017
sujeição aos regimes de substituição tributária e de

Voltar ao sumário. 168


Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Autoriza o Estado do Pará a reduzir juros e
Política Fazendária multas de débitos fiscais relacionados com o ICM e
Data de publicação: 26/10/2017 o ICMS.
Teor: Altera o Anexo Único do Convênio ICMS nº
77/2011, que dispõe sobre o regime de substituição • Convênio ICMS nº 161, de 23 de novembro
tributária aplicável ao ICMS incidente sobre as de 2017
sucessivas operações internas ou interestaduais Órgão responsável: Conselho Nacional de
relativas à circulação de energia elétrica, desde a Política Fazendária
produção ou importação destinatário que a tenha Data de publicação: 28/11/2017
adquirido em ambiente de contratação livre. Teor: Autoriza o Estado de Sergipe a dispensar ou
reduzir juros e multas mediante parcelamento de
• Convênio ICMS nº 155, de 19 de outubro de débitos fiscais relacionados com o ICM e o ICMS, na
2017 forma que especifica.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 162, de 23 de novembro
Data de publicação: 26/10/2017 de 2017
Teor: Autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a Órgão responsável: Conselho Nacional de
conceder isenção do ICMS nas saídas internas de Política Fazendária
armas, coletes a prova de bala, equipamentos de Data de publicação: 28/11/2017
proteção individual, munições, sistemas de veículos Teor: Autoriza o Estado da Bahia a reduzir a multa
automotores e videomonitoramento, novos, a serem por infração e acréscimos moratórios relacionados
doados à Secretaria de Segurança Pública do Estado. ao ICM e ICMS, na forma que especifica.

• Convênio ICMS nº 156, de 10 de novembro • Convênio ICMS nº 163, de 23 de novembro


de 2017 de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 13/11/2017 Data de publicação: 28/11/2017
Teor: Prorroga o Convênio ICMS nº 101/97, que Teor: Altera o Convênio ICMS nº 65/2017, que
concede isenção do ICMS nas operações com autoriza o Estado de Goiás a remitir crédito
equipamentos e componentes para o tributário de pequeno valor inscrito em dívida ativa,
aproveitamento das energias solar e eólica que reduzir juros e multas previstos na legislação
especifica. tributária, bem como a conceder parcelamento de
crédito tributário, relacionados com o ICMS, bem
• Convênio ICMS nº 157, de 23 de novembro como autoriza a não exigência de créditos
de 2017 tributários remitidos ou reduzidos, em período que
Órgão responsável: Conselho Nacional de especifica.
Política Fazendária
Data de publicação: 28/11/2017 • Convênio ICMS nº 164, de 23 de novembro
Teor: Dispõe sobre isenção do ICMS nas operações de 2017
e prestações destinadas à construção, instalação e Órgão responsável: Conselho Nacional de
operação de Centro Internacional de Conexões de Política Fazendária
Voos - HUB. Data de publicação: 28/11/2017
Teor: Autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a
• Convênio ICMS nº 158, de 23 de novembro conceder parcelamento de débitos fiscais
de 2017 relacionados com o ICM e o ICMS a cooperativas.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 165, de 23 de novembro
Data de publicação: 28/11/2017 de 2017
Teor: Autoriza o Estado de Santa Catarina a reduzir Órgão responsável: Conselho Nacional de
juros e multas mediante parcelamento de débitos Política Fazendária
fiscais relacionados ao ICMS, na forma que Data de publicação: 28/11/2017
especifica. Teor: Altera o Convênio ICMS nº 135/2016, que
autoriza o Estado do Tocantins a dispensar ou
• Convênio ICMS nº 159, de 23 de novembro reduzir juros e multas, e a conceder parcelamento de
de 2017 débito fiscal, relacionados ao ICMS, na forma que
Órgão responsável: Conselho Nacional de especifica.
Política Fazendária
Data de publicação: 28/11/2017 • Convênio ICMS nº 166, de 23 de novembro
Teor: Autoriza o Estado do Piauí a instituir de 2017
programa de anistia de débitos fiscais relacionados Órgão responsável: Conselho Nacional de
com o ICM e ICMS na forma que especifica. Política Fazendária
Data de publicação: 28/11/2017
• Convênio ICMS nº 160, de 23 de novembro Teor: Altera o Convênio ICMS nº 11/2009, que
de 2017 autoriza os Estados do Acre, Alagoas, Ceará, Espírito
Órgão responsável: Conselho Nacional de Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba,
Política Fazendária Paraná, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e
Data de publicação: 28/11/2017 Tocantins e o Distrito Federal a dispensar ou reduzir
juros e multas mediante parcelamento de débitos

Voltar ao sumário. 169


fiscais relacionados com o ICM e o ICMS, na forma Teor: Altera o Convênio ICMS nº 11/2017, que
que especifica. autoriza os Estados do Ceará e do Espírito Santo a
instituir programa de parcelamento de débitos
• Convênio ICMS nº 167, de 23 de novembro fiscais relacionados com o ICM e ICMS na forma que
de 2017 especifica.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 174, de 23 de novembro
Data de publicação: 28/11/2017 de 2017
Teor: Autoriza o Estado do Maranhão a promover Órgão responsável: Conselho Nacional de
Programa de Parcelamento de Débitos Fiscais com Política Fazendária
redução de multas e juros previstos na legislação Data de publicação: 28/11/2017
tributária para contribuintes em débito com o ICM Teor: Autoriza o Estado de Mato Grosso do Sul a
e o ICMS, na forma que indica. conceder redução de multa e de juros de mora, no
caso de pagamento em parcela única ou mais de uma
• Convênio ICMS nº 168, de 23 de novembro parcela, de créditos tributários relativos ao ICMS, na
de 2017 forma que especifica.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 175, de 23 de novembro
Data de publicação: 28/11/2017 de 2017
Teor: Autoriza os Estados do Amapá e Amazonas a Órgão responsável: Conselho Nacional de
dispensar ou reduzir multas e juros e conceder Política Fazendária
parcelamento de débitos fiscais, relacionados com o Data de publicação: 28/11/2017
ICMS. Teor: Autoriza o Estado do Rio Grande do Sul a
reduzir multa e juros relativos à dívida decorrente
• Convênio ICMS nº 169, de 23 de novembro de lançamento efetuado em virtude do indevido
de 2017 creditamento do valor de precatório para
Órgão responsável: Conselho Nacional de compensação com o ICMS mensal, realizado em
Política Fazendária guia informativa ou na escrita fiscal.
Data de publicação: 28/11/2017
Teor: Estabelece condições gerais para concessão • Convênio ICMS nº 176, de 23 de novembro
de moratória, parcelamento, ampliação de prazo de de 2017
pagamento, remissão, anistia e transação. Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária
• Convênio ICMS nº 170, de 23 de novembro Data de publicação: 28/11/2017
de 2017 Teor: Autoriza a dispensa do pagamento de ICMS
Órgão responsável: Conselho Nacional de diferido ou o estorno de crédito do imposto
Política Fazendária relacionado com a entrada de bens e mercadorias e
Data de publicação: 28/11/2017 o recebimento de serviços quando destinados ao
Teor: Autoriza a redução de multas e demais desenvolvimento de protótipos pela indústria
acréscimos legais do ICMS incidente sobre valores automobilística.
cobrados a título de assinatura mensal pelas
prestadoras de serviços de telefonia. • Convênio ICMS nº 177, de 23 de novembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 171, de 23 de novembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 28/11/2017
Política Fazendária Teor: Autoriza o Estado de Pernambuco a conceder
Data de publicação: 28/11/2017 isenção nas saídas internas de tomate promovidas
Teor: Autoriza o Estado de Rondônia a reduzir por produtor agropecuário.
multas e demais acréscimos legais, e a conceder
parcelamento de débito fiscal relacionados com o • Convênio ICMS nº 178, de 23 de novembro
ICMS, nas hipóteses que especifica. de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 172, de 23 de novembro Política Fazendária
de 2017 Data de publicação: 28/11/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado de
Política Fazendária Pernambuco ao Convênio ICMS nº 107/1995, que
Data de publicação: 28/11/2017 autoriza os Estados que menciona a conceder
Teor: Autoriza ao Estado de Alagoas a reduzir isenção do ICMS nas operações com energia elétrica
multas e demais acréscimos legais mediante e nas prestações de serviços de comunicação, na
parcelamento de débitos fiscais relacionados com o forma que especifica.
ICM e o ICMS para as cooperativas de agricultura
familiar. • Convênio ICMS nº 179, de 23 de novembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 173, de 23 de novembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 28/11/2017
Política Fazendária Teor: Autoriza a concessão de isenção do ICMS nas
Data de publicação: 28/11/2017 operações de importação de obras de artes que

Voltar ao sumário. 170


tenham sido remetidas ao exterior com destino a a destine ao consumo de destinatário que a tenha
exposição ou feira, para fins de exposição ao público adquirido em ambiente de contratação livre.
em geral.
• Convênio ICMS nº 186, de 23 de novembro
• Convênio ICMS nº 180, de 23 de novembro de 2017
de 2017 Órgão responsável: Conselho Nacional de
Órgão responsável: Conselho Nacional de Política Fazendária
Política Fazendária Data de publicação: 28/11/2017
Data de publicação: 28/11/2017 Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do
Teor: Autoriza o Estado de Santa Catarina a Amazonas ao Convênio ICMS nº 138/2006, que
conceder remissão de créditos tributários relativos autoriza os Estados que especifica a utilizar as regras
ao ICM e ICMS. contidas no Convênio ICMS nº 139/2001 para o gás
natural.
• Convênio ICMS nº 181, de 23 de novembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 187, de 23 de novembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 28/11/2017 Política Fazendária
Teor: Autoriza a dilação de prazo de pagamento do Data de publicação: 28/11/2017
ICMS e autoriza a remissão e a anistia de créditos Teor: Altera o Convênio ICMS nº 73/16, que
tributários do ICMS, constituídos ou não, autoriza as unidades federadas que menciona a
decorrentes da dilação de prazo de pagamento do concederem redução de base de cálculo do ICMS nas
imposto. operações internas com querosene de aviação - QAV
e gasolina de aviação - GAV.
• Convênio ICMS nº 182, de 23 de novembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 188, de 04 de dezembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 28/11/2017 Política Fazendária
Teor: Altera o Anexo Único do Convênio ICMS nº Data de publicação: 07/12/2017*
77/2011, que dispõe sobre o regime de substituição Teor: Dispõe sobre benefícios fiscais do ICMS nas
tributária aplicável ao ICMS incidente sobre as operações e prestações relacionadas à construção,
sucessivas operações internas ou interestaduais instalação e operação de Centro Internacional de
relativas à circulação de energia elétrica, desde a Conexões de Voos - HUB, e de aquisição de
produção ou importação até a última operação que querosene de aviação.
a destine ao consumo de destinatário que a tenha Observação: O Convênio foi publicado no dia
adquirido em ambiente de contratação livre. 05/12/2017 e retificado no dia 07/12/2017.

• Convênio ICMS nº 183, de 23 de novembro • Convênio ICMS nº 189, de 04 de dezembro


de 2017 de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 28/11/2017 Data de publicação: 05/12/2017
Teor: Autoriza o Estado do Acre a conceder Teor: Altera o Convênio ICMS nº 144/2012, que
remissão do crédito tributário das multas punitivas autoriza o Estado do Acre a dispensar ou reduzir
do ICMS à Companhia de Eletricidade do Acre - juros e multas mediante parcelamento de débitos
ELETROACRE. fiscais relacionados com o ICMS na forma que
especifica.
• Convênio ICMS nº 184, de 23 de novembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 190, de 15 de dezembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 28/11/2017 Política Fazendária
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 85/2011, que Data de publicação: 18/12/2017
autoriza os estados que menciona a conceder crédito Teor: Dispõe, nos termos autorizados na LC nº
outorgado de ICMS destinado a aplicação em 160/2017, sobre a remissão de créditos tributários,
investimentos em infraestrutura. constituídos ou não, decorrentes das isenções, dos
incentivos e dos benefícios fiscais ou financeiro-
• Convênio ICMS nº 185, de 23 de novembro fiscais instituídos em desacordo com o disposto no
de 2017 art. 155, § 2º, XII, “g” da CF/1988, bem como sobre
Órgão responsável: Conselho Nacional de as correspondentes reinstituições.
Política Fazendária
Data de publicação: 28/11/2017 • Convênio ICMS nº 191, de 15 de dezembro
Teor: Altera o Anexo Único do Convênio ICMS nº de 2017
77/2011, que dispõe sobre o regime de substituição Órgão responsável: Conselho Nacional de
tributária aplicável ao ICMS incidente sobre as Política Fazendária
sucessivas operações internas ou interestaduais Data de publicação: 19/12/2017
relativas à circulação de energia elétrica, desde a Teor: Altera o Convênio ICMS nº 153/2015, que
produção ou importação até a última operação que dispõe sobre a aplicação dos benefícios fiscais da

Voltar ao sumário. 171


isenção de ICMS e da redução da base de cálculo de • Convênio ICMS nº 198, de 15 de dezembro
ICMS autorizados por meio de convênios ICMS às de 2017
operações e prestações interestaduais que destinem Órgão responsável: Conselho Nacional de
bens e serviços a consumidor final não contribuinte Política Fazendária
do ICMS, localizado em outra unidade federada. Data de publicação: 19/12/2017
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
• Convênio ICMS nº 192, de 15 de dezembro dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
de 2017 regimes de substituição tributária e de antecipação
Órgão responsável: Conselho Nacional de do ICMS com encerramento de tributação, relativos
Política Fazendária às operações subsequentes, instituídos por
Data de publicação: 19/12/2017 convênios ou protocolos firmados entres os Estados
Teor: Estabelece procedimentos para controle e e o Distrito Federal.
entrega de informações fiscais sobre as operações
com etanol hidratado ou anidro. • Convênio ICMS nº 199, de 15 de dezembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 193, de 15 de dezembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 19/12/2017
Política Fazendária Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
Data de publicação: 19/12/2017 operações com veículos automotores novos
Teor: Autoriza a unidade federada que menciona a relacionados no Anexo XXIV do Convênio ICMS nº
conceder redução da base de cálculo do ICMS devido 52/2017, que dispõe sobre as normas gerais a serem
nas operações internas com aplicadas aos regimes de substituição tributária e de
FLUORDEOXIGLICOSE - FDG. antecipação do ICMS com encerramento de
tributação, relativos às operações subsequentes,
• Convênio ICMS nº 194, de 15 de dezembro instituídos por convênios ou protocolos firmados
de 2017 entres os Estados e o Distrito Federal.
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária • Convênio ICMS nº 200, de 15 de dezembro
Data de publicação: 19/12/2017 de 2017
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que Órgão responsável: Conselho Nacional de
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos Política Fazendária
regimes de substituição tributária e de antecipação Data de publicação: 19/12/2017
do ICMS com encerramento de tributação, relativos Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
às operações subsequentes, instituídos por operações com veículos novos de duas e três rodas
convênios ou protocolos firmados entres os Estados motorizados relacionados no Anexo XXV do
e o Distrito Federal. Convênio ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre as
normas gerais a serem aplicadas aos regimes de
• Convênio ICMS nº 195, de 15 de dezembro substituição tributária e de antecipação do ICMS
de 2017 com encerramento de tributação, relativos às
Órgão responsável: Conselho Nacional de operações subsequentes, instituídos por convênios
Política Fazendária ou protocolos firmados entres os Estados e o Distrito
Data de publicação: 19/12/2017 Federal.
Teor: Dispõe sobre redução da base de cálculo do
ICMS nas operações com veículos automotores. • Convênio ICMS nº 201, de 15 de dezembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 196, de 15 de dezembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 19/12/2017
Política Fazendária Teor: Dispõe sobre a obrigatoriedade da geração e
Data de publicação: 19/12/2017 entrega de arquivos eletrônicos de controle auxiliar
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 93/2015, que para contribuintes prestadores de serviços de
dispõe sobre os procedimentos a serem observados comunicação que emitem seus documentos fiscais
nas operações e prestações que destinem bens e nos termos do Convênio ICMS nº 115/2003, que
serviços a consumidor final não contribuinte do dispõe sobre a uniformização e disciplina a emissão,
ICMS, localizado em outra unidade federada. escrituração, manutenção e prestação das
informações dos documentos fiscais emitidos em via
• Convênio ICMS nº 197, de 15 de dezembro única por sistema eletrônico de processamento de
de 2017 dados para contribuintes prestadores de serviços de
Órgão responsável: Conselho Nacional de comunicação e fornecedores de energia elétrica.
Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017 • Convênio ICMS nº 202, de 15 de dezembro
Teor: Convalida novas alíquotas de IPI do de 2017
Convênio ICMS nº 51/2000, que estabelece Órgão responsável: Conselho Nacional de
disciplina relacionada com as operações com Política Fazendária
veículos automotores novos efetuadas por meio de Data de publicação: 19/12/2017
faturamento direto para o consumidor Teor: Altera o Convênio ICMS nº 130/2016, que
dispõe sobre a uniformização e disciplina a emissão,
escrituração, manutenção e prestação das

Voltar ao sumário. 172


informações dos documentos fiscais emitidos em via do ICMS, nas operações e prestações que envolvam
única por sistema eletrônico de processamento de revistas e periódicos e dá outras providências.
dados para contribuintes prestadores de serviços de
comunicação e fornecedores de energia elétrica. • Convênio ICMS nº 209, de 15 de dezembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 203, de 15 de dezembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 19/12/2017
Política Fazendária Teor: Autoriza o Estado de São Paulo a não aplicar
Data de publicação: 19/12/2017 dispositivo do Convênio ICMS nº 15/1990, que
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 84/2009, que estabelece critérios para as operações com café cru.
dispõe sobre as operações de saída de mercadoria
realizada com o fim específico de exportação. • Convênio ICMS nº 210, de 15 de dezembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 204, de 15 de dezembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 19/12/2017
Política Fazendária Teor: Altera o Convênio ICMS nº 162/1994, que
Data de publicação: 19/12/2017 autoriza os Estados e o Distrito Federal conceder
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que isenção do ICMS nas operações com medicamentos
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos destinados ao tratamento de câncer.
regimes de substituição tributária e de antecipação
do ICMS com encerramento de tributação, relativos • Convênio ICMS nº 211, de 15 de dezembro
às operações subsequentes, instituídos por de 2017
convênios ou protocolos firmados entres os Estados Órgão responsável: Conselho Nacional de
e o Distrito Federal. Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017
• Convênio ICMS nº 205, de 15 de dezembro Teor: Revoga incisos da cláusula segunda do
de 2017 Convênio ICMS nº 49/2017, que dispõe sobre
Órgão responsável: Conselho Nacional de benefícios fiscais.
Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017 • Convênio ICMS nº 212, de 15 de dezembro
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que de 2017
dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos Órgão responsável: Conselho Nacional de
regimes de substituição tributária e de antecipação Política Fazendária
do ICMS com encerramento de tributação, relativos Data de publicação: 19/12/2017
às operações subsequentes, instituídos por Teor: Altera o Convênio ICMS nº 01/1999, que
convênios ou protocolos firmados entres os Estados concede isenção do ICMS às operações com
e o Distrito Federal. equipamentos e insumos destinados à prestação de
serviços de saúde.
• Convênio ICMS nº 206, de 15 de dezembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 213, de 15 de dezembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 19/12/2017 Política Fazendária
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 78/2015, que Data de publicação: 19/12/2017
autoriza os Estados e o Distrito Federal a conceder Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
redução da base de cálculo do ICMS nas prestações operações com aparelhos celulares e cartões
de serviço de televisão por assinatura, nas condições inteligentes relacionados no Anexo XX do Convênio
específicas. ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre as normas
gerais a serem aplicadas aos regimes de substituição
• Convênio ICMS nº 207, de 15 de dezembro tributária e de antecipação do ICMS com
de 2017 encerramento de tributação, relativos às operações
Órgão responsável: Conselho Nacional de subsequentes, instituídos por convênios ou
Política Fazendária protocolos firmados entres os Estados.
Data de publicação: 19/12/2017
Teor: Prorroga as disposições do Convênio ICMS • Convênio ICMS nº 214, de 15 de dezembro
nº 57/2015, que autoriza a concessão de crédito de 2017
presumido de ICMS para a execução de programa Órgão responsável: Conselho Nacional de
social. Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017
• Convênio ICMS nº 208, de 15 de dezembro Teor: Altera o Convênio ICMS nº 52/2017, que
de 2017 dispõe sobre as normas gerais a serem aplicadas aos
Órgão responsável: Conselho Nacional de regimes de substituição tributária e de antecipação
Política Fazendária do ICMS com encerramento de tributação, relativos
Data de publicação: 19/12/2017 às operações subsequentes, instituídos por
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 24/2011, que convênios ou protocolos firmados entres os Estados
dispõe sobre a concessão de regime especial, na área e o Distrito Federal.

Voltar ao sumário. 173


• Convênio ICMS nº 215, de 15 de dezembro
de 2017 • Convênio ICMS nº 221, de 15 de dezembro
Órgão responsável: Conselho Nacional de de 2017
Política Fazendária Órgão responsável: Conselho Nacional de
Data de publicação: 19/12/2017 Política Fazendária
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do Espírito Data de publicação: 19/12/2017
Santo ao Convênio ICMS nº 16/2015, que autoriza a Teor: Altera o Convênio ICMS nº 152/2015, que
conceder isenção nas operações internas relativas à altera o Convênio ICMS nº 93/2015, que dispõe
circulação de energia elétrica, sujeitas a faturamento sobre os procedimentos a serem observados nas
sob o Sistema de Compensação de Energia Elétrica operações e prestações que destinem bens e serviços
de que trata a Resolução Normativa nº 482/2012, da a consumidor final não contribuinte do ICMS,
Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. localizado em outra unidade federada.

• Convênio ICMS nº 216, de 15 de dezembro • Convênio ICMS nº 222, de 15 de dezembro


de 2017 de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017 Data de publicação: 19/12/2017
Teor: Altera o Manual de Orientação aprovado pelo Teor: Exclui o Estado de Goiás das disposições do
Convênio ICMS nº 57/1995, que dispõe sobre a Convênio ICMS nº 71/1990, que estabelece
emissão de documentos fiscais e a escrituração de disciplina de controle da circulação de café em
livros fiscais por contribuinte usuário de sistema território nacional e estabelece outras providências.
eletrônico de processamento de dados.
• Convênio ICMS nº 223, de 15 de dezembro
• Convênio ICMS nº 217, de 15 de dezembro de 2017
de 2017 Órgão responsável: Conselho Nacional de
Órgão responsável: Conselho Nacional de Política Fazendária
Política Fazendária Data de publicação: 19/12/2017
Data de publicação: 19/12/2017 Teor: Altera o Convênio ICMS nº 65/2003, que
Teor: Autoriza o Estado de Minas Gerais a conceder autoriza os Estados do Mato Grosso e Rio Grande do
o prazo adicional de até sessenta dias para a Sul a conceder redução da base de cálculo do ICMS
comprovação da efetiva exportação de insulina no fornecimento de refeição promovido por bares,
resultante da industrialização de mercadoria restaurantes e estabelecimentos similares.
importada sob o regime aduaneiro de drawback
integrado suspensão. • Convênio ICMS nº 224, de 15 de dezembro
de 2017
• Convênio ICMS nº 218, de 15 de dezembro Órgão responsável: Conselho Nacional de
de 2017 Política Fazendária
Órgão responsável: Conselho Nacional de Data de publicação: 19/12/2017
Política Fazendária Teor: Autoriza os Estados do Acre, Amapá, Bahia e
Data de publicação: 19/12/2017 Paraná a conceder isenção do ICMS nas operações
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 129/2004, que internas com produtos essenciais ao consumo
autoriza unidades federadas a conceder isenção nas popular que compõem a cesta básica.
saídas de bens e mercadorias recebidas em doação,
efetuadas pela organização não-governamental • Convênio ICMS nº 225, de 15 de dezembro
"AMIGOS DO BEM - Instituição Nacional Contra a de 2017
Fome e a Miséria no Sertão Nordestino", convalida Órgão responsável: Conselho Nacional de
procedimentos e autoriza a dispensa de imposto. Política Fazendária
Data de publicação: 19/12/2017
• Convênio ICMS nº 219, de 15 de dezembro Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado da Bahia ao
de 2017 Convênio ICMS nº 176/2017, que autoriza a
Órgão responsável: Conselho Nacional de dispensa do pagamento de ICMS diferido ou o
Política Fazendária estorno de crédito do imposto relacionado com a
Data de publicação: 19/12/2017 entrada de bens e mercadorias e o recebimento de
Teor: Autoriza o Estado de Goiás a conceder à serviços quando destinados ao desenvolvimento de
CELG Distribuição S.A - CELG D - remissão e anistia protótipos pela indústria automobilística.
de créditos tributários do ICMS, constituídos ou não,
referentes a fatos geradores ocorridos até • Convênio ICMS nº 226, de 15 de dezembro
27/01/2015. de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 220, de 15 de dezembro Política Fazendária
de 2017 Data de publicação: 19/12/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Altera o Convênio ICMS nº 174/2017, que
Política Fazendária autoriza o Estado de Mato Grosso do Sul a conceder
Data de publicação: 19/12/2017 redução de multa e de juros de mora, no caso de
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 18/2017, que pagamento em parcela única ou mais de uma
institui o Portal Nacional da Substituição Tributária parcela, de créditos tributários relativos ao ICMS, na
e estabelece as regras para a sua manutenção e forma que especifica.
atualização.

Voltar ao sumário. 174


• Convênio ICMS nº 227, de 15 de dezembro autoriza as unidades da Federação que menciona a
de 2017 conceder isenção do ICMS no fornecimento de
Órgão responsável: Conselho Nacional de energia elétrica para consumidores da Subclasse
Política Fazendária Residencial Baixa Renda, nos termos das Leis nos
Data de publicação: 19/12/2017 10.438/2002 e 12.212/2010.
Teor: Autoriza os Estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Paraná, Piauí, Santa Cataria e São Paulo e o Distrito • Convênio ICMS nº 234, de 22 de dezembro
Federal a prorrogar o prazo de pagamento do ICMS de 2017
devido por contribuintes dedicados ao comércio Órgão responsável: Conselho Nacional de
varejista, relativo aos fatos geradores que ocorrerem Política Fazendária
no mês de dezembro. Data de publicação: 26/12/2017
Teor: Dispõe sobre a substituição tributária nas
• Convênio ICMS nº 228, de 22 de dezembro operações com medicamentos de uso humano e
de 2017 outros produtos farmacêuticos para uso humano ou
Órgão responsável: Conselho Nacional de veterinário relacionados no Anexo XIV do Convênio
Política Fazendária ICMS nº 52/2017, que dispõe sobre as normas
Data de publicação: 26/12/2017 gerais a serem aplicadas aos regimes de substituição
Teor: Dispõe sobre a revogação do Convênio ICMS tributária e de antecipação do ICMS com
nº 76/1994, que dispõe sobre a substituição encerramento de tributação, relativos às operações
tributária nas operações com produtos subsequentes, instituídos por convênios ou
farmacêuticos. protocolos firmados entres os Estados e o Distrito
Federal.
• Convênio ICMS nº 229, de 22 de dezembro
de 2017 2. PORTARIAS
Órgão responsável: Conselho Nacional de
Política Fazendária a) Regimento interno
Data de publicação: 26/12/2017
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 69/1998, que • Portaria nº 525, de 7 de dezembro de 2017
firma entendimento em relação à incidência de Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
ICMS nas prestações de serviços de comunicação. Fazenda
Data de publicação: 08/12/2017
• Convênio ICMS nº 230, de 22 de dezembro Teor: Aprova o Regimento Interno da Secretaria
de 2017 Executiva do Conselho Nacional de Política
Órgão responsável: Conselho Nacional de Fazendária (SE/CONFAZ).
Política Fazendária
Data de publicação: 26/12/2017 3. PROTOCOLO
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 101/1997, que
concede isenção do ICMS nas operações com a) ICMS
equipamentos e componentes para o
aproveitamento das energias solar e eólica que • Protocolo ICMS nº 39, de 25 de outubro de
especifica. 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de
• Convênio ICMS nº 231, de 22 de dezembro Política Fazendária
de 2017 Data de publicação: 26/10/2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de Teor: Altera o prazo final de vigência do Protocolo
Política Fazendária ICMS nº 57/2016, que dispõe sobre a suspensão do
Data de publicação: 26/12/2017 recolhimento do ICMS nos depósitos em armazém
Teor: Autoriza o Estado do Paraná a convalidar os não alfandegado e posterior remessa interestadual.
procedimentos adotados pelos contribuintes Observações: Fica prorrogado para 31/12/2017 o
relativamente às operações submetidas ao regime da prazo final de vigência do Protocolo ICMS º 57/2016.
substituição tributária com produtos farmacêuticos.
• Protocolo ICMS nº 44, de 01 de dezembro
• Convênio ICMS nº 232, de 22 de dezembro de 2017
de 2017 Órgão responsável: Conselho Nacional de
Órgão responsável: Conselho Nacional de Política Fazendária
Política Fazendária Data de publicação: 04/12/2017
Data de publicação: 26/12/2017 Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado de
Teor: Altera o Convênio ICMS nº 100/2017, que Pernambuco às disposições do Protocolo ICMS nº
autoriza a concessão de redução de base de cálculo 82/2012, que dispõe sobre a instituição da Central
na prestação de serviço de transporte de Operações Estaduais - COE e o monitoramento,
intermunicipal de passageiro. controle e compartilhamento de informações entre
as Secretarias de Fazenda, Finanças, Receita ou
• Convênio ICMS nº 233, de 22 de dezembro Tributação dos Estados, do Distrito Federal e a RFB.
de 2017
Órgão responsável: Conselho Nacional de I. MINISTÉRIO DA FAZENDA
Política Fazendária
Data de publicação: 26/12/2017 1. DESPACHOS
Teor: Dispõe sobre a adesão do Estado do Paraíba
às disposições do Convênio ICMS nº 54/2007, que

Voltar ao sumário. 175


a) Responsabilidade tributária Observações: As operações de crédito a serem
contratadas durante a vigência do Regime de
• Despacho do Ministro, de 14 de dezembro Recuperação Fiscal de que trata a LC nº 159/2017,
de 2017 nos termos do seu art. 11, I a VII, deverão ter seus
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da pleitos formalizados junto à Secretaria do Tesouro
Fazenda Nacional, do Ministério da Fazenda, acompanhados
Data de publicação: 15/12/2017 da comprovação dos seguintes requisitos: (i)
Teor: Aprova o Parecer PGFN/CRJ/Nº 1764/2016, existência de prévia e expressa autorização para a
da PGFN, que concluiu pela dispensa de contratação, no texto da lei orçamentária, em
apresentação de contestação, de interposição de créditos adicionais ou lei específica; (ii) inclusão no
recursos e pela desistência dos já interpostos, desde orçamento ou em créditos adicionais dos recursos
que inexista outro fundamento relevante, com provenientes da operação; (iii) atendimento do
relação às ações judiciais que visem obter a disposto no art. 167, III da CF/1988; (iv) existência
declaração de que é indevida a imputação de de autorização legislativa para o oferecimento de
responsabilidade tributária ao transportador em contragarantias à garantia da União, nos termos do
relação ao imposto de importação e de eventuais art. 11, § 1º, da LC nº 159/2017; (v) resolução
penalidades decorrentes da constatação de dano ou emitida pela Comissão de Financiamentos Externos,
avaria em mercadorias em trânsito para outro país. quando se tratar de operação de crédito externo; e
(vi) manifestação do Conselho de Supervisão do
• Despacho do Ministro, de 14 de dezembro respectivo Regime de Recuperação Fiscal acerca do
de 2017 pleito, nos termos do art. 5º, desta portaria.
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
Fazenda • Portaria nº 526, de 7 de dezembro de 2017
Data de publicação: 15/12/2017 Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
Teor: Aprova o PARECER PGFN/CRJ/Nº Fazenda
1874/2016, da PGFN, que concluiu pela dispensa de Data de publicação: 08/12/2017
apresentação de contestação, de interposição de Teor: Regulamenta dispositivos da LC nº 159/2017,
recursos e pela desistência dos já interpostos, desde e do Decreto nº 9.109/2017, referentes à avaliação
que inexista outro fundamento relevante, com de empresas a serem privatizadas no âmbito do
relação às ações judiciais que visem obter a Regime de Recuperação Fiscal.
declaração de inexistência de responsabilidade Observações: Estabelece que, para a verificação
tributária do transportador no caso de dano ou da comprovação de que trata o art. 1º, § 2º, IV, do
avaria de mercadoria importada sob o regime de Decreto nº 9.109/2017, e do art. 4º, § 1º, II, da LC
isenção. nº 159/2017, serão consideradas como capazes de
gerar recursos elegíveis à quitação de passivos as
b) Zona Franca de Manaus privatizações de empresas estatais com patrimônio
líquido positivo, que deverá ser comprovado a partir
• Despacho do Ministro da Fazenda, de 13 de do envio das demonstrações financeiras auditadas
novembro de 2017 do último exercício da empresa aprovadas por
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da assembleia geral.
Fazenda
Data de publicação: 14/11/2017 b) Regimento interno
Teor: Aprova o PARECER PGFN/CRJ nº
1.743/2016, da PGFN, que concluiu pela dispensa de • Portaria nº 329, de 04 de junho de 2017
apresentação de contestação, de interposição de Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
recursos e pela desistência dos já interpostos, desde Fazenda
que inexista outro fundamento relevante, nas ações Data de publicação: 07/07/2017
judiciais que discutam, com base no art. 4º do DL nº Teor: Altera o RICARF, aprovado pela Portaria MF
288/1967, a incidência do PIS e/ou da COFINS nº 343/2015, e dá outras providências.
sobre receita decorrente de venda de mercadoria de Observações: Determina que os recursos
origem nacional destinada a pessoas jurídicas sorteados aos conselheiros anteriormente à edição
sediadas na ZFM, ainda que a pessoa jurídica desta portaria serão julgados pelas turmas
vendedora também esteja sediada na mesma ordinárias já constituídas, independentemente de
localidade. valor ou matéria. Já os processos que retornarem de
diligência e os embargos de turmas extintas,
2. PORTARIAS admitidos e não sorteados, até a publicação desta
portaria, se relativos a matérias ou valores da
a) Regime de Recuperação Fiscal competência das turmas extraordinárias de que
trata o art. 23-A do Anexo II, serão sorteados entre
• Portaria nº 512, de 29 de novembro de 2017 essas, caso o relator não mais integre a Seção de
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da Julgamento correspondente. Ainda, cria, no âmbito
Fazenda das seções de julgamento, turmas extraordinárias,
Data de publicação: 30/11/2017 de caráter temporário, integradas por 4 conselheiros
Teor: Regulamenta os procedimentos aplicáveis às suplentes, sendo 2 representantes da Fazenda
operações de crédito, às reestruturações, aos Nacional e 2 representantes dos contribuintes, cuja
aditamentos contratuais de dívidas e à concessão de competência recai sobre recursos voluntários em
garantia pela União a serem realizados no âmbito do que o valor do litígio seja de até 60 salários mínimos.
Regime de Recuperação Fiscal de que trata a LC nº
159/2017. • Portaria nº 430, de 9 de outubro de 2017

Voltar ao sumário. 176


Órgão responsável: Gabinete do Ministro da constitucional; (ii) medida provisória; (iii) lei
Fazenda complementar; (iv) lei ordinária; (v) decreto, (vi)
Data de publicação: 11/10/2017 portaria ministerial; e (vii) portaria interministerial.
Teor: Aprova o Regimento Interno da Secretaria da Ainda, dispõe que a Secretaria-Executiva do
Receita Federal do Brasil (RFB). Ministério da Fazenda (SE/MF) coordenará a
tramitação das propostas de atos normativos e
c) Sistemas informatizados expedientes no âmbito do MF.

• Portaria nº 396, de 05 de setembro de 2017 J. MINISTÉRIO DA FAZENDA E


Órgão responsável: Gabinete do Ministro da MINISTÉRIO DA CIÊNCIA,
Fazenda TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E
Data de publicação: 08/09/2017 COMUNICAÇÕES
Teor: Institui o Sistema Eletrônico de Informações
no MF.
1. PORTARIAS INTERMINISTERIAIS
Observações: Determina que documentos e
processos recebidos ou já existentes, em suporte
a) Tarifas dos serviços postais e telegráficos
físico, devem ser convertidos para meio digital pelas
unidades nas quais se encontram em andamento. O
• Portaria nº 432, de 17 de outubro de 2017
registro de documentos externos no SEI será
Órgão responsável: Gabinetes dos Ministros da
realizado pelas Unidades de Protocolo em até 24
Fazenda e da Ciência, Tecnologia, Inovações e
horas a contar de seu recebimento, salvo quando
Comunicações
este ocorrer às sextas-feiras, vésperas de feriados ou
Data de publicação: 18/10/2017
pontos facultativos. Todos os usuários internos
Teor: Aprovar revisão das tarifas dos serviços
podem ter acesso ao SEI, além de cadastrar e
postais e telegráficos nacionais e internacionais,
tramitar processos, gerar e assinar documentos,
prestados exclusivamente pela Empresa Brasileira
conforme o perfil de acesso no sistema, no entanto,
de Correios e Telégrafos - ECT, sob a forma de
os usuários externos só poderão, mediante
recomposição, a contar da data de publicação de sua
cadastramento e disponibilização de acesso ao
aprovação pelo Ministério das Comunicações, nos
processo: (i) encaminhar requerimentos, petições e termos do art. 32 da Lei nº 6.538/1978,
outros documentos; (ii) assinar documentos; (iii)
constituindo-se em uma parcela de 6,121% por prazo
acompanhar o trâmite de processos; (iv) receber
indeterminado e outra parcela de 4,094% a vigorar
ofícios e notificações; e (v) obter vistas. A
por 64 meses, a qual deverá observar os limites
implantação do SEI no MF ocorrerá de forma
constantes do Anexo a esta Portaria e o disposto na
gradativa em suas unidades, de acordo com
Portaria MF nº 244/2010, bem como na Portaria nº
cronograma de implantação.
934/2015.
d) Taxa de fiscalização
K. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
• Portaria nº 493, de 13 de novembro de 2017
1. DECRETOS
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
Fazenda
Data de publicação: 16/11/2017 a) Acordos de cooperação técnica
Teor: Atualiza monetariamente a Taxa de
• Decreto nº 9.093, de 17 de julho de 2017
Fiscalização do mercado de valores mobiliários.
Órgão responsável: Presidência da República
Observações: Portaria publicada em 16/11/2017 e
Data de publicação: 18/07/2017
no DOU do dia 21/11/2017 foi publicada uma
ratificação em relação ao Anexo III, que dispõe Teor: Promulga o Acordo de Cooperação Técnica
entre o Governo da República Federativa do Brasil e
sobre os valores da Taxa de Fiscalização dos Fundos
o Governo da República do Zimbábue, firmado no
de Investimentos em Cotas de Fundos de
Rio de Janeiro, em 10/09/2006.
Investimento.
Observações: Serão concedidas, sob os termos das
leis aplicáveis no país receptor, isenções sobre taxas
• Portaria nº 494, de 13 de novembro de 2017
e impostos para a importação de bens pessoais ou
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
para utilização durante a execução dos programas,
Fazenda
projetos e atividades. Isenções sobre imposto de
Data de publicação: 16/11/2017
Teor: Atualiza monetariamente a Taxa de renda somente serão concedidas nas áreas onde
existam acordos sobre dupla-taxação entre as partes.
Fiscalização dos mercados de seguro e resseguro, de
capitalização e de previdência complementar aberta.
b) Acordos de livre comércio
e) Tramitação de propostas normativas
• Decreto nº 9.229, de 6 de dezembro de 2017
Órgão responsável: Presidência da República
• Portaria nº 510, de 23 de novembro de 2017
Data de publicação: 07/12/2017
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da
Teor: Promulga o Acordo de Livre Comércio entre
Fazenda
Data de publicação: 27/11/2017 o MERCOSUL e a República Árabe do Egito,
firmado em San Juan, em 2 de agosto de 2010.
Teor: Disciplina a tramitação de propostas de atos
normativos e expedientes no âmbito do MF.
c) Acordos internacionais para evitar dupla
Observações: Considera como propostas de atos
tributação
normativos os projetos de: (i) emenda

Voltar ao sumário. 177


• Decreto nº 9.115, de 31 de julho de 2017 pela base de dados, nos termos do Decreto nº
Órgão responsável: Presidência da República 8.789/2016, e não poderão exigi-los dos usuários
Data de publicação: 01/08/2017 dos serviços públicos. Na hipótese dos documentos
Teor: Promulga a Convenção entre o Governo da conterem informações sigilosas sobre os usuários
República Federativa do Brasil e o Governo da dos serviços públicos, o fornecimento pelo órgão ou
Federação Russa para evitar a dupla tributação e pela entidade responsável pela base de dados oficial
prevenir a evasão fiscal em matéria de imposto de fica condicionado à autorização expressa do usuário,
renda, firmada em Brasília, em 22/11/2004. exceto nas situações previstas em lei. Quando não
Observações: A Convenção se aplica às pessoas for possível a obtenção dos documentos diretamente
residentes de um ou de ambos os Estados do órgão ou da entidade responsável pela base de
contratantes. Os impostos aos quais se aplica a dados oficial, a comprovação necessária poderá ser
Convenção são, no caso do Brasil, o IR e, no caso da feita por meio de declaração escrita e assinada pelo
Rússia, o imposto sobre os lucros das organizações e usuário dos serviços públicos, que, na hipótese de
o imposto sobre as pessoas físicas. A Convenção declaração falsa, ficará sujeito às sanções
trata dos mais diversos temas como, rendimentos administrativas, civis e penais aplicáveis. Além disso,
imobiliários, lucros das empresas, rendimentos do no atendimento aos usuários dos serviços públicos,
transporte marítimo e aéreo internacional, os órgãos e as entidades do Poder Executivo Federal
dividendos, juros, royalties, ganho de capital, observarão as seguintes práticas: (i) gratuidade dos
serviços profissionais independentes, rendimentos atos necessários ao exercício da cidadania, nos
de emprego, remunerações de direção, artistas e termos da Lei nº 9.265/1996; (ii) padronização de
desportistas, funções públicas, pensões, professores, procedimentos referentes à utilização de
pesquisadores, estudantes e aprendizes. formulários, guias e outros documentos congêneres;
e (iii) vedação de recusa de recebimento de
• Decreto nº 9.219, de 4 de dezembro de 2017 requerimentos pelos serviços de protocolo, exceto
Órgão responsável: Presidência da República quando o órgão ou a entidade for manifestamente
Data de publicação: 05/12/2017 incompetente. Ademais, os órgãos e as entidades do
Teor: Promulga o Protocolo Alterando a Convenção Poder Executivo Federal que prestam atendimento
entre o Governo da República Federativa do Brasil e aos usuários dos serviços públicos, direta ou
o Governo da República da Índia Destinada a Evitar indiretamente, deverão elaborar e divulgar Carta de
a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Serviços ao Usuário, no âmbito de sua esfera de
Matéria de Impostos sobre a Renda, celebrada em competência, que tem por objetivo informar aos
Nova Delhi, em 26 de abril de 1988, firmado em usuários dos serviços prestados pelo órgão ou pela
Brasília, em 15 de outubro de 2013. entidade do Poder Executivo federal as formas de
Observações: Os Estados Contratantes, por meio acesso a esses serviços e os compromissos e padrões
de Protocolo, alteraram o art. 26 da Convenção que de qualidade do atendimento ao público.
trata da troca de informações entre Brasil e Índia.
f) Autarquias e fundações públicas federais
d) Administração tributária federal
• Decreto nº 9.194, de 7 de novembro de 2017
• Decreto nº 578, de 27 de dezembro de 2017 Órgão responsável: Presidência da República
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da Data de publicação: 08/11/2017
Fazenda Teor: Dispõe sobre a remessa de créditos
Data de publicação: 29/12/2017 constituídos pelas autarquias e fundações públicas
Teor: Exclui a Súmula nº 39/CARF do Anexo Único federais para a Procuradoria-Geral Federal.
da Portaria MF nº 383/2010. Observações: As disposições estabelecidas pelo
Observações: Exclui a Súmula nº 39/CARF do Decreto não se aplica aos créditos do BACEN e aos
Anexo Único da Portaria MF nº 383/2010, que créditos administrados pela RFB do MF.
atribui a súmulas do CARF efeito vinculante em
relação à administração tributária federal. g) CFEM

e) Atendimento ao usuário de serviço público • Decreto nº 9.252, de 28 de dezembro de


2017
• Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017 Órgão responsável: Presidência da República
Órgão responsável: Presidência da República Data de publicação: 29/12/2017
Data de publicação: 18/07/2017 Teor: Estabelece a metodologia de cálculo para o
Teor: Dispõe sobre a simplificação do atendimento valor de referência de que trata o art. 2º, caput, II e
prestado aos usuários dos serviços públicos, ratifica III, da Lei nº 8.001/1990.
a dispensa do reconhecimento de firma e da Observações: Dispõe que, no consumo, a CFEM
autenticação em documentos produzidos no País e incidirá sobre a receita bruta calculada, considerado
institui a Carta de Serviços ao Usuário. o preço corrente do bem mineral, ou de seu similar,
Observações: Estabelece que, salvo disposição no mercado local, regional, nacional ou
legal em contrário, os órgãos e as entidades do Poder internacional, conforme o caso, ou o valor de
Executivo Federal que necessitarem de documentos referência, definido a partir do valor do produto
comprobatórios da regularidade da situação de final obtido após a conclusão do respectivo processo
usuários dos serviços públicos, de atestados, de de beneficiamento. Nas exportações, a CFEM
certidões ou de outros documentos comprobatórios incidirá sobre a receita calculada, considerada como
que constem em base de dados oficial da base de cálculo, no mínimo, o preço parâmetro
administração pública federal deverão obtê-los definido pela RFB, com fundamento no art. 19-A da
diretamente do órgão ou da entidade responsável Lei nº 9.430/1996, e na legislação complementar,

Voltar ao sumário. 178


ou, na hipótese de inexistência do preço parâmetro, Observações: A União fica autorizada a proceder
será considerado o valor de referência, observado o à integralização de cotas em fundo a ser
disposto no art. 2º, §§ 10 e 14, da Lei nº 8.001/1990. administrado pela CEF, com a finalidade exclusiva
de financiar serviços técnicos profissionais
h) Comércio exterior especializados, com vistas a apoiar a estruturação e
o desenvolvimento de projetos de concessão e
• Decreto nº 9.128, de 17 de agosto de 2017 parcerias público-privadas da União, dos Estados,
Órgão responsável: Presidência da República do Distrito Federal e dos Municípios, até o limite de
Data de publicação: 18/08/2017 R$ 180.000.000,00.
Teor: Altera o Decreto nº 6.759/2009, que
regulamenta a administração das atividades k) Contas públicas
aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação
das operações de comércio exterior. • Decreto nº 9.169, de 16 de outubro de 2017
Observações: Não estão sujeitos ao pagamento de Órgão responsável: Presidência da República
impostos federais, da contribuição para o Data de publicação: 17/10/2017
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação, Teor: Dispõe sobre a Junta de Execução
até 31/12/2040, bens destinados às atividades de Orçamentária.
exploração, desenvolvimento e produção de Observações: Fica instituída a Junta de Execução
petróleo e de gás natural, cuja permanência no País Orçamentária, órgão colegiado de assessoramento
seja de natureza temporária. Os bens admitidos até direto ao Presidente da República na condução da
31/12/2017 no regime aduaneiro especial de política fiscal do Governo Federal, com vistas ao
exportação e de importação de bens destinados às equilíbrio da gestão dos recursos públicos, à redução
atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de de incertezas no ambiente econômico e à
petróleo e de gás natural (REPETRO), de que trata o sustentabilidade intertemporal do endividamento
art. 458 do Decreto nº 6.759/2009, permanecem público.
sujeitos, até o prazo final de concessão do regime, às
regras vigentes anteriormente à data de publicação • Decreto nº 9.220, de 4 de dezembro de 2017
deste Decreto. Opcionalmente, na forma Órgão responsável: Presidência da República
disciplinada pela Secretaria da RFB, esses bens Data de publicação: 05/12/2017
poderão, entre 1º/01/2018 e 31/12/2018, migrar Teor: Altera o Decreto nº 9.056/2017, que
para as novas regras do REPETRO. regulamenta a LC nº 156/2016, e dispõe sobre a
competência para a apresentação da proposta de
i) Concessão de distribuição e de transmissão intralimite anual de concessão de garantias da
de energia elétrica União a operações de crédito dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios.
• Decreto nº 9.192, de 6 de novembro de 2017
Órgão responsável: Presidência da República l) Exportações
Data de publicação: 07/11/2017
Teor: Regulamenta a Lei nº 12.783/2013, para • Decreto nº 9.195, de 9 de novembro de 2017
dispor sobre a licitação de concessões de Órgão responsável: Presidência da República
distribuição e de transmissão associadas à Data de publicação: 10/11/2017
transferência de controle de pessoa jurídica Teor: Institui o Sistema Eletrônico de
prestadora de serviço público de energia elétrica, e Monitoramento de Barreiras às Exportações - SEM
dá outras providências. BARREIRAS.
Observações: A União poderá promover licitação Observações: O SEM BARREIRAS, sistema
de concessão de distribuição de energia elétrica governamental a ser disponibilizado em sítio
associada à transferência de controle da pessoa eletrônico, terá por finalidade a comunicação acerca
jurídica prestadora do serviço sob controle direto ou da existência de barreiras comerciais externas
indireto da União, de Estado, do Distrito Federal ou impostas às exportações brasileiras.
de Município, observado o disposto no art. 8º, §§ 1º-
A, 1º-C e 1º-D, da Lei nº 12.783/2013. O contrato de m) PIS/PASEP & COFINS
concessão de distribuição de energia elétrica,
resultante da licitação, terá a duração de trinta anos, • Decreto nº 9.101, de 20 de julho de 2017
contada da data de sua celebração. Órgão responsável: Presidência da República
Data de publicação: 21/07/2017
j) Concessões e parcerias público-privadas Teor: Altera o Decreto nº 5.059/2004, e o Decreto
nº 6.573/2008, que reduzem as alíquotas da
• Decreto nº 9.217, de 4 de dezembro de 2017 contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
Órgão responsável: Presidência da República incidentes sobre a importação e a comercialização
Data de publicação: 05/12/2017 de gasolina, óleo diesel, GLP, querosene de aviação
Teor: Dispõe sobre a composição, o funcionamento e álcool.
e a competência do Conselho de Participação no Observações: Determina que os coeficientes de
Fundo de Apoio à Estruturação e ao redução da contribuição para o PIS/PASEP e da
Desenvolvimento de Projetos de Concessão e COFINS previstos no art. 23, § 5º, da Lei nº
Parcerias Público-Privadas da União, dos Estados, 10.865/2004, fiquem fixados em zero para as
do Distrito Federal e dos Municípios e autoriza a gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de
União a proceder à integralização de cotas em fundo aviação, e zero para o óleo diesel e suas correntes. As
administrado pela CEF. alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS ficam reduzidas para R$ 141,10 e R$ 651,40,

Voltar ao sumário. 179


respectivamente, por metro cúbico de gasolinas e Paraíba; (vii) Aeroporto Presidente João Suassuna,
suas correntes e R$ 82,20 e R$ 379,30, localizado no Município Campina Grande, Estado
respectivamente, por metro cúbico de óleo diesel e da Paraíba; (viii) Aeroporto Santa Maria, localizado
suas correntes. Além disso, o coeficiente de redução no Município de Aracaju, Estado de Sergipe; (ix)
das alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e Aeroporto Zumbi dos Palmares, localizado no
da COFINS, de que trata o art. 5º, § 8º, da Lei nº Município de Maceió, Estado de Alagoas; (x)
9.718/1998, aplicável às alíquotas específicas de que Aeroporto Maestro Marinho Franco, localizado no
trata o art. 5º, § 4º da referida Lei, fica fixado em Município de Rondonópolis, Estado de Mato
zero para produtor ou importador e 0,4 para o Grosso; (xi) Aeroporto Presidente João Batista
distribuidor. Por fim, determina que as alíquotas da Figueiredo, localizado no Município de Sinop,
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS de que Estado de Mato Grosso; (xii) Aeroporto Piloto
trata o art. 5º, § 4º, da Lei nº 9.718/1998, com a Oswaldo Marques Dias, localizado no Município de
utilização do coeficiente fixado no art. 1º da Alta Floresta, Estado de Mato Grosso; e (xiii)
mencionada Lei, ficam fixadas, respectivamente, no Aeroporto de Barra do Garças, localizado no
valor de R$ 23,38 e R$ 107,52 por metro cúbico de Município de Barra do Garças, Estado de Mato
álcool, no caso de venda realizada por produtor ou Grosso.
importador e R$ 35,07 e R$ 161,28 por metro cúbico
de álcool, no caso de venda realizada por o) Regime de Recuperação Fiscal
distribuidor.
• Decreto nº 9.109, de 27 de julho de 2017
• Decreto nº 9.112, de 28 de julho de 2017 Órgão responsável: Presidência da República
Órgão responsável: Presidência da República Data de publicação: 28/07/2017
Data de publicação: 31/07/2017 Teor: Regulamenta a LC nº 159/2017, que institui
Teor: Dispõe sobre a participação nos Conselhos de o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do
Supervisão de que trata o art. 6º da LC nº 159/2017, Distrito Federal.
até a criação dos seus cargos em comissão e altera o Observações: O Plano de Recuperação será
Decreto nº 6.573/2008, que reduz as alíquotas da formado por: (i) lei ou conjunto de leis do Estado
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS que desejar aderir ao Regime de Recuperação Fiscal;
incidentes sobre a importação e a comercialização (ii) diagnóstico em que seja reconhecida a situação
de álcool, inclusive para fins carburantes. de desequilíbrio financeiro e; (iii) detalhamento das
Observações: O coeficiente de redução das medidas de ajuste, impactos esperados e prazos para
alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da a sua adoção. Para a verificação dos requisitos de
COFINS, de que trata o art. 5º, § 8º, da Lei nº habilitação ao Regime de Recuperação Fiscal
9.718/1998, aplicável às alíquotas específicas de que estabelecidos pelo art. 3º da LC nº 159/2017, serão
trata o art. 5º, § 4ºda referida Lei, fica fixado em utilizados informações e dados contábeis,
0,6611 para o distribuidor. As alíquotas da orçamentários e fiscais disponibilizados conforme o
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS de que art. 48, § § 2º e 3º, da LC nº 101/2000. As leis que
trata o art. 5º, § 4º, da Lei nº 9718/1998, com a compõem o Plano de Recuperação e implementam
utilização do coeficiente fixado no art. 1º, ficam as medidas de ajuste fiscal previstas no art. 2º, § 1º,
fixadas, para COFINS, no valor de R$ 19,81 por da LC nº 159/2017, deverão estar em vigor na data
metro cúbico de álcool, no caso de venda realizada de apresentação do respectivo plano.
por distribuidor.
• Decreto nº 9.181, de 26 de outubro de 2017
n) Programa Nacional de Desestatização Órgão responsável: Presidência da República
Data de publicação: 27/10/2017
• Decreto nº 9.180, de 24 de outubro de 2017 Teor: Altera do Decreto nº 9.109/2017, que
Órgão responsável: Presidência da República regulamenta a LC nº 159/2017, que institui o
Data de publicação: 25/10/2017 Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do
Teor: Dispõe sobre a inclusão de empreendimentos Distrito Federal.
públicos federais do setor aeroportuário no Observações: Dispõe que a garantia da União para
Programa Nacional de Desestatização e sobre sua financiamento autorizado na forma do caput do art.
qualificação no âmbito do Programa de Parcerias de 11, VI, da LC nº 159/2017, cobrirá a totalidade das
Investimentos da Presidência da República. obrigações contratuais, principais e acessórias,
Observações: Ficam incluídos no Programa constituídas das prestações de natureza financeira
Nacional de Desestatização, para os fins do disposto devidas pelo ente tomador, compostas de principal,
na Lei nº 9.491/1997, os seguintes encargos, juros, multas, taxas e acessórios, satisfeito
empreendimentos públicos federais no setor o requisito de o valor do principal contratado estar
aeroportuário (i) Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, limitado a 50% do valor de avaliação das empresas a
localizado no Município de Vitória, Estado do serem privatizadas, obtido conforme o estabelecido
Espírito Santo; (ii) Aeroporto Gilberto Freyre, no art. 9º da referida Lei.
localizado no Município de Recife, Estado de
Pernambuco; (iii) Aeroporto Marechal Rondon, p) REINTEGRA
localizado no Município de Várzea Grande, Estado
de Mato Grosso; (iv) Aeroporto de Macaé, localizado • Decreto nº 9.148, de 28 de agosto de 2017
no Município de Macaé, Estado do Rio de Janeiro; Órgão responsável: Presidência da República
(v) Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, Data de publicação: 29/08/2017
localizado no Município de Juazeiro do Norte, Teor: Altera o Decreto nº 8.415/2015, que
Estado do Ceará; (vi) Aeroporto Presidente Castro regulamenta a aplicação do Regime Especial de
Pinto, localizado no Município de Bayeux, Estado da

Voltar ao sumário. 180


Reintegração de Valores Tributários para as incluídos os rendimentos apropriados a cada cotista,
Empresas Exportadoras - REINTEGRA. e o respectivo custo de aquisição, ajustado pelas
Observações: Altera os incisos II e III do § 7º do amortizações ocorridas; (ii) consideram-se Fundos
art. 2º do Decreto nº 8.415/2015 para estabelecer de Investimento constituídos sob a forma de
que a pessoa jurídica que exporte os bens de que condomínio fechado aqueles que não admitem
trata o art. 5º do mencionado Decreto poderá apurar resgate de cotas durante o prazo de sua duração e;
crédito, mediante a aplicação do percentual de 0,1% (iii) os rendimentos pagos ou creditados estarão
entre 1º/12/2015 e 31/12/2016 e de 2% entre sujeitos às alíquotas do IRRF estabelecidas no art. 1º
1º/01/2017 e 31/12/2018, sobre a receita auferida da Lei nº 11.033/2004 e no art. 6º da Lei nº
com a exportação desses bens para o exterior. 11.053/2004. Ademais, em relação aos fundos
listados a seguir, estabelece que serão tributados da
q) Salário mínimo seguinte forma: (i) Fundos de Investimento
Imobiliário constituídos na forma prevista na Lei nº
• Decreto nº 9.255, de 29 de dezembro de 8.668/1993, permanecerão tributados na forma
2017 desta Lei; (ii) Fundos de Investimento em Direitos
Órgão responsável: Presidência da República Creditórios e Fundos de Investimento em Cotas de
Data de publicação: 29/12/2017 Fundos de Investimento em Direitos Creditórios que
Teor: Regulamenta a Lei nº 13.152/2015, que permanecerão tributados na amortização, na
dispõe sobre o valor do salário mínimo e a sua alienação e no resgate de cotas; (iii) Fundos de
política de valorização de longo prazo. Investimento em Ações e Fundos de Investimento
Observações: Decreta que a partir de 1º/01/2018 em Cotas de Fundos de Investimento em Ações, que
o salário mínimo será de R$ 954,00. O valor diário permanecerão tributados no resgate de cotas; (iv)
do salário mínimo corresponderá a R$ 31,80 e o fundos constituídos exclusivamente por
valor horário, a R$ 4,34. investidores não residentes no país ou domiciliados
no exterior, que serão tributados na forma prevista
2. MEDIDAS PROVISÓRIAS no art. 81 da Lei nº 8.981/1995; (v) Fundos de
Investimento e Fundos de Investimento em Cotas
a) CLT que, na data da publicação desta MP, prevejam
expressamente em seu regulamento o término
• Medida Provisória nº 808, de 14 de improrrogável até 31/12/2018, hipótese em que
novembro de 2017 serão tributados na amortização de cotas ou no
Órgão responsável: Presidência da República resgate, para fins de encerramento, sem prejuízo do
Data de publicação: 14/11/2017 disposto no art. 4º desta MP; (vi) Fundos de
Teor: Altera a Consolidação das Leis do Trabalho – Investimento em Participações qualificados como
CLT, aprovada pelo DL nº 5.452/1943. entidade de investimento, que serão tributados na
Observações: Modifica dispositivos da CLT, forma prevista no art. 2º da Lei nº 11.312/2006 e;
inclusive normas que haviam sido objeto de (vii) Fundos de Investimento em Participações não
alteração através da Lei nº 13.467/2017. Dentre as qualificados como entidade de investimento, de
principais mudanças, destacam-se: (i) a fixação de acordo com a regulamentação estabelecida pela
limites e critérios objetivos para pagamentos de CVM, que serão tributados na forma dos art. 8º e art.
indenizações por danos morais decorrentes da 9º desta MP.
relação de trabalho; (ii) a regulamentação da
contratação do trabalhador autônomo; (iii) a c) PERT
regulamentação do contrato de trabalho
intermitente; (iv) a definição de valores pagos ao • Medida Provisória nº 798, de 30 de agosto
trabalhador que não integram a remuneração do de 2017
empregado; e (v) a regulamentação das Órgão responsável: Presidência da República
contribuições previdenciárias e do depósito do Data de publicação: 31/08/2017
FGTS exigidos dos segurados empregados cuja Teor: Altera a MP nº 783/2017, que institui o PERT
remuneração mensal for inferior ao salário mínimo. junto à RFB e à PGFN.
Observações: Estabelece que a adesão ao
b) Fundos de investimento Programa de Regularização Tributária - PERT
ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado
• Medida Provisória nº 806, de 30 de outubro até 29/09/2017 e abrangerá os débitos indicados
de 2017 pelo sujeito passivo, na condição de contribuinte ou
Órgão responsável: Presidência da República responsável, sendo que, para os requerimentos
Data de publicação: 30/10/2017 realizados no mês de setembro de 2017 por meio da
Teor: Dispõe sobre o IR incidente sobre as opção por uma das modalidades de que tratam: (i)
aplicações em fundos de investimento. os incisos I e III do caput do art. 2º e o inciso II do
Observações: Estabelece nova forma de caput do art. 3º, o pagamento à vista e em espécie
recolhimento de IR sobre fundos de investimentos de percentual do valor da dívida consolidada
quando constituídos sob a forma de condomínio referente à parcela do mês de agosto de 2017 de que
fechado. Nesse sentido, dispõe que para fins de tratam os incisos I e III do caput do art. 2º, o inciso
incidência do IRRF: (i) consideram-se pagos ou I do § 1º do art. 2º, o inciso II do caput do art. 3º e o
creditados aos cotistas dos Fundos de Investimento inciso I do § 1º do art. 3º, será efetuada
ou dos Fundos de Investimento em Cotas, quando cumulativamente à parcela do pagamento à vista
constituídos sob a forma de condomínio fechado, os referente ao mês de setembro de 2017; e (ii) o inciso
rendimentos correspondentes à diferença positiva II do caput do art. 2º e o inciso I do caput do art. 3º,
entre o valor patrimonial da cota em 31/05/2018, os pagamentos da primeira e da segunda prestação,

Voltar ao sumário. 181


nos percentuais mínimos para cada prestação de Data de publicação: 01/08/2017
quatro décimos por cento da dívida consolidada, Teor: Institui o Programa de Regularização
serão realizados cumulativamente no mês de Tributária Rural junto à RFB e à PGFN.
setembro de 2017. Observações: Poderão ser quitados, na forma do
PRR, os débitos das contribuições de que trata o art.
• Medida Provisória nº 804, de 29 de 25 da Lei nº 8.212/1991, devidas por produtores
setembro de 2017 rurais pessoas físicas e adquirentes de produção
Órgão responsável: Presidência da República rural, vencidos até 30/04/2017, constituídos ou não,
Data de publicação: 29/09/2017 inscritos ou não em dívida ativa, inclusive objeto de
Teor: Altera a MP nº 783/2017, que institui o PERT parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, em
junto à RFB e à PGFN, e revoga a MP nº 798/2017. discussão administrativa ou judicial, ou ainda
Observações: Estabelece que a adesão ao PERT provenientes de lançamento efetuado de ofício após
ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado a publicação desta MP. A adesão ao PRR ocorrerá
até 31/10/2017 e abrangerá os débitos indicados por meio de requerimento a ser efetuado até o dia
pelo sujeito passivo, na condição de contribuinte ou 29/09/2017 e abrangerá os débitos indicados pelo
responsável. sujeito passivo, na condição de contribuinte ou de
sub-rogado. A adesão ao PRR implicará: (i) a
• Medida Provisória nº 807, de 31 de outubro confissão irrevogável e irretratável dos débitos em
de 2017 nome do sujeito passivo na condição de contribuinte
Órgão responsável: Presidência da República ou sub-rogado e por ele indicados para compor o
Data de publicação: 31/10/2017 PRR, nos termos dos art. 389 e art. 395 do
Teor: Altera a Lei nº 13.496/2017, que institui o CPC/2015; (ii) a aceitação plena e irretratável, pelo
PERT na RFB e na PGFN. sujeito passivo na condição de contribuinte ou de
Observações: Estabelece que a adesão ao PERT sub-rogado, das condições estabelecidas nesta MP;
ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado (iii) o dever de pagar regularmente as parcelas dos
até 14/11/2017 e abrangerá os débitos indicados pelo débitos consolidados no PRR e os débitos relativos
sujeito passivo, na condição de contribuinte ou às contribuições dos produtores rurais pessoas
responsável. físicas e dos adquirentes de produção rural de que
trata o art. 25 da Lei nº 8.212/1991, vencidos após
d) Programa de Desligamento Voluntário 30/04/2017, inscritos ou não em dívida ativa; (iv) a
vedação da inclusão dos débitos que compõem o
• Medida Provisória nº 792, de 26 de julho de PRR em qualquer outra forma de parcelamento
2017 posterior, ressalvado o reparcelamento de que trata
Órgão responsável: Presidência da República o art. 14-A da Lei nº 10.522/2002; e (v) o
Data de publicação: 27/07/2017 cumprimento regular das obrigações com o FGTS.
Teor: Institui, no âmbito do Poder Executivo
Federal, o Programa de Desligamento Voluntário, a f) Regime de Recuperação Fiscal
jornada de trabalho reduzida com remuneração
proporcional e a licença sem remuneração com • Medida Provisória nº 801, de 20 de
pagamento de incentivo em pecúnia, destinados ao setembro de 2017
servidor da administração pública federal direta, Órgão responsável: Presidência da República
autárquica e fundacional. Data de publicação: 21/09/2017
Observações: Dispõe que o Poder Executivo Teor: Dispõe sobre a contratação, o aditamento, a
Federal, por meio de ato do Ministro de Estado do repactuação e a renegociação de operações de
Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, crédito, a concessão de garantia pela União e a
estabelecerá, a cada exercício, os períodos de contratação com a União realizadas com
abertura do PDV e os critérios de adesão ao fundamento na LC nº 156/2016, e na LC nº
programa, como órgãos e cidades de lotação dos 159/2017, e sobre a realização de termos aditivos a
servidores, idade, cargos e carreiras abrangidos, contratos de refinanciamento celebrados com a
observados os limites estabelecidos na lei União com fundamento na LC nº 148/2014.
orçamentária anual e o disposto nesta MP. Ainda, Observações: Estabelece que para fins de
estabelece que a indenização do PDV e o incentivo contratação, aditamento, repactuação e
da licença sem remuneração: (i) não estarão sujeitos renegociação de operações de crédito, concessão de
à incidência de contribuição para o regime próprio garantia pela União e contratação com a União
de previdência do servidor público nem para o realizadas com fundamento na LC nº 156/2016, e na
regime de previdência complementar dos servidores LC nº 159/2017, ficam dispensados os seguintes
públicos da Administração Pública federal direta, requisitos: (i) regularidade junto ao FGTS; (ii)
autárquica e fundacional; (ii) não estarão sujeitos à cumprimento do disposto na Lei nº 9.717/1998; (iii)
incidência do IR; e (iii) serão custeados à conta das regularidade junto ao Cadastro Informativo de
dotações orçamentárias destinadas às despesas com créditos não quitados do setor público federal, de
pessoal e encargos do órgão ou da entidade a que se que trata a Lei nº 10.522/2002; (iv) atendimento ao
vincula o servidor que aderir ao PDV, as quais disposto no art. 28 da Lei nº 11.079/2004; (v)
poderão ser suplementadas, se necessário. regularidade fiscal relativa aos tributos federais e à
Dívida Ativa da União, ressalvado o disposto no art.
e) PRR 195, § 3º, da CF/1988; e (vi) adimplemento das
obrigações contratuais de natureza acessória de que
• Medida Provisória nº 793, de 31 de julho de tratam os contratos firmados com fundamento na
2017 Lei nº 8.727/1993, na Lei nº 9.496/1997, e na MP nº
Órgão responsável: Presidência da República 2.185-35/2001, e suas edições anteriores. A

Voltar ao sumário. 182


dispensa desses requisitos também se aplica na
efetivação de todos os atos necessários à celebração h) Servidores públicos federais
de termos aditivos a contratos de refinanciamento
firmados com a União, fundamentados na LC nº • Medida Provisória nº 805, de 30 de outubro
148/2014. Além disso, estabelece que fica o MF de 2017
autorizado a dispensar a fixação das metas ou dos Órgão responsável: Presidência da República
compromissos de que trata o art. 2º da Lei nº Data de publicação: 30/10/2017
9.496/1997, e o art. 5º, § 1º, da LC nº 148/2014, para Teor: Posterga ou cancela aumentos
os Estados que tenham feito pedido de ingresso no remuneratórios para os exercícios subsequentes,
Regime de Recuperação Fiscal, nos termos da LC nº altera a Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o
159/2017 regime jurídico dos servidores públicos civis da
União, das autarquias e das fundações públicas
g) Regimes tributários especiais federais, e a Lei nº 10.887/2004, quanto à alíquota
da contribuição social do servidor público e a outras
• Medida Provisória nº 795, de 17 de agosto questões.
de 2017 Observações: Determina (i) o cancelamento ou
Órgão responsável: Presidência da República postergamento dos aumentos remuneratórios para
Data de publicação: 18/08/2017 exercícios subsequentes de diversas categorias do
Teor: Dispõe sobre o tratamento tributário das funcionalismo público; (ii) a alteração da Lei nº
atividades de exploração e de desenvolvimento de 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos
campo de petróleo ou de gás natural, altera a Lei nº servidores públicos civis da União, das autarquias e
9.481/1997, e a Lei nº 12.973/2014, e institui regime das fundações públicas federais, no tocante a ajuda
tributário especial para as atividades de exploração, de custo e auxílio-moradia; (iii) a alteração da Lei nº
desenvolvimento e produção de petróleo, de gás 10.887/2004, elevando para 14% a alíquota da
natural e de outros hidrocarbonetos fluidos. contribuição social incidente sobre a parcela dos
Observações: Para fins de determinação do lucro vencimentos dos servidores e dos proventos de
real e da base de cálculo da CSLL, poderão ser aposentados e pensionistas que supere o teto para os
integralmente deduzidas as importâncias aplicadas, benefícios do RGPS, sendo que o referido aumento
em cada período de apuração, nas atividades de só produzirá efeitos a partir de 1º/02/2018; e (iv) a
exploração e produção de jazidas de petróleo e de modificação igualmente da Lei nº 10.887/2004,
gás natural, definidas no art. 6º da Lei nº para excluir da base de cálculo da contribuição social
9.478/1997, observando em relação a despesa de devida pelos servidores públicos o auxílio pré-
exaustão decorrente de ativo formado mediante escolar e o adicional de irradiação ionizante.
gastos aplicados nas atividades de desenvolvimento
para viabilizar a produção de campo de petróleo ou 3. MENSAGENS
de gás natural é dedutível na apuração do lucro real
e da base de cálculo da CSLL. a) Vetos

• Medida Provisória nº 796, de 23 de agosto • Mensagem nº 411, de 24 de outubro de 2017


de 2017 Órgão responsável: Presidência da República
Órgão responsável: Presidência da República Data de publicação: 25/10/2017
Data de publicação: 24/08/2017 Teor: Nos termos do § 1º do art. 66 da CF/1988,
Teor: Prorroga o prazo para a utilização do Regime veta parcialmente, por inconstitucionalidade e
Especial de Tributação para Desenvolvimento da contrariedade ao interesse público, o Projeto de Lei
Atividade de Exibição Cinematográfica, instituído de Conversão nº 23/2017 (MP nº 783/2017), que
pela Lei nº 12.599/2012. "Institui o Programa Especial de Regularização
Observações: O benefício fiscal de que trata o art. Tributária (PERT) na RFB e na PGFN; e altera a Lei
14 da Lei nº 12.599/2012, poderá ser utilizado até nº 12.249/2010, e o Decreto nº 70.235/1972".
31/12/2017, limitado ao valor previsto no Observações: Vetou o art. 2º, § 10, e art. 4º, II, da
demonstrativo de que trata a alínea “b” do inciso Lei nº 13.496/2017, os quais dispõem sobre pessoas
VIII do Anexo II à Lei nº 13.408/2016. jurídicas optantes do SIMPLES, por afirmar que este
regime de tributação especial foi instituído por lei
• Medida Provisória nº 810, de 8 de complementar e, portanto, não pode ser alterado
dezembro de 2017 por meio de lei ordinária. Além disso, abrange
Órgão responsável: Presidência da República débitos tributários federais, estaduais e municipais,
Data de publicação: 11/12/2017 de forma que não podem a RFB e a PGFN disciplinar
Teor: Altera a Lei nº 8.248/1991, e a Lei nº sobre o parcelamento desses débitos, cuja
8.387/1991, e dá outras providências. competência é do Comitê Gestor do Simples
Observações: Estabelece a ampliação do prazo Nacional, a teor do art. 21, § 15, da LC nº 123/2006.
para setor de informática possa enquadrar Ainda, vetou o art. 11, § 2, por afirmar que o
investimentos realizados em pesquisa e dispositivo refere-se a parcelamentos cujas parcelas,
desenvolvimento e receber benefícios tributários. O representadas por valores irrisórios, inferiores ao
texto aumenta de três para 48 meses o prazo para as valor dos juros, jamais possibilitarão a quitação do
empresas que tiveram isenções ou reduções de débito, indo de encontro à lógica e ao motivo legal
impostos sobre bens de informática e automação de se permitir parcelar, de modo que a não exclusão
possam realocar os recursos devidos. Além do do contribuinte desses parcelamentos equivaleria à
alongamento do prazo, a MP também permite que concessão de remissão da dívida. Por fim, vetou o
as empresas contratem auditorias independentes art. 12 – que previa a redução a zero da alíquota do
para analisar as contas das empresas. IR, da CSLL, do PIS/PASEP e da COFINS sobre a

Voltar ao sumário. 183


receita auferida pelo cedente com a cessão de Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo Fazenda Nacional
negativa da CSLL para pessoas jurídicas Data de publicação: 05/09/2017
controladas, controladoras ou coligadas – Teor: Altera a Portaria PGFN nº 690/2017, para
afirmando que o dispositivo, ao prever significativa prorrogar o prazo de adesão ao PERT, instituído
renúncia de receita sem a estimativa do seu impacto pela MP n° 783/2017, e alterado pela MP n°
orçamentário-financeiro, incorre em violação ao 798/2017, para os débitos administrados pela PGFN.
artigo 113 do ADCT e ao art. 14 da LC nº 101/2000. Observações: Prorroga o prazo para a realização
de requerimento de adesão ao PERT até 29/09/2017.
4. RESOLUÇÕES Altera o art. 3º da Portaria PGFN nº 690/2017 para
dispor que o pagamento da dívida consolidada, sem
a) Apoio à exportação reduções, em até 120 parcelas mensais e sucessivas,
vencíveis a partir de agosto de 2017, deve ser
• Resolução nº 88, de 10 de novembro de calculada de modo a observar os percentuais
2017 mínimos previstos no citado artigo, aplicados sobre
Órgão responsável: Presidência da República o valor consolidado.
Data de publicação: 13/11/2017
Teor: Condiciona o apoio oficial brasileiro à • Portaria nº 970, de 29 de setembro de 2017
exportação à assinatura da Declaração de Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
Compromisso do Exportador, em atendimento aos Fazenda Nacional
compromissos assumidos pelo Brasil como parte da Data de publicação: 02/10/2017
Convenção sobre o Combate da Corrupção de Teor: Altera a Portaria PGFN nº 690/2017, para
Funcionários Públicos Estrangeiros em Transações prorrogar o prazo de adesão ao PERT, instituído
Comerciais Internacionais. pela MP n° 783/2017, e alterada pela MP n°
Observações: Resolve condicionar o apoio oficial 804/2017, para os débitos administrados pela
brasileiro à exportação, seja por meio de PGFN.
financiamento à exportação, seguro de crédito à Observações: Determina que a adesão ao PERT
exportação ou equalização de taxas de juros, à ocorrerá mediante requerimento a ser realizado
assinatura da declaração de compromisso do exclusivamente por meio do sítio da PGFN na
exportador, anexa a esta Resolução. internet, no endereço http//www.pgfn.gov.br, no
Portal e-CAC PGFN, opção "Programa Especial de
b) II Regularização Tributária", disponível no menu
"Benefício Fiscal", no período de 1º/08/2017 a
• Resolução nº 64, de 16 de agosto de 2017 31/10/2017. Além disso, estabelece que o sujeito
Órgão responsável: Presidência da República passivo deverá comparecer à unidade de
Data de publicação: 17/08/2017 atendimento integrado da SRF de seu domicílio
Teor: Altera para 0% as alíquotas do II incidentes tributário, até o dia 31/10/2017, para comprovar o
sobre Bens de Capital e Bens de Informática e pedido de desistência e a renúncia de ações judiciais,
Telecomunicações, na condição de Ex-Tarifários, mediante a apresentação da 2ª via da
em vigor. correspondente petição protocolada ou de certidão
do Cartório que ateste a situação das referidas ações
L. PROCURADORIA-GERAL DA
FAZENDA NACIONAL • Portaria nº 1.032, de 25 de outubro de 2017
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
1. PORTARIAS Fazenda Nacional
Data de publicação: 26/10/2017
a) Parcelamento de débitos previdenciários Teor: Altera a Portaria PGFN nº 690/2017, que
dispõe sobre o Programa Especial de Regularização
• Portaria nº 990, de 9 de outubro de 2017 Tributária (PERT), instituído pela MP n° 783/2017,
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da convertida na Lei nº 13.496/2017, perante a PGFN.
Fazenda Nacional Observações: Inclui o § 5º no art. 2º, que dispõe
Data da publicação: 10/10/2017 que não serão objeto de parcelamento no PERT
Teor: Altera a Portaria PGFN nº 645/2017, que débitos fundados em lei ou ato normativo
dispõe sobre o parcelamento de débitos instituído considerados inconstitucionais pelo STF ou
pela MP n° 778/2017, convertida na Lei nº fundados em aplicação ou interpretação da lei ou de
13.485/2017, perante a PGFN. ato normativo tido pelo STF como incompatível com
Observações: Inclui na redação do art. 1º os a CF/1988, em controle de constitucionalidade
débitos relativos a contribuições incidentes sobre o concentrado ou difuso, ou ainda referentes a
décimo terceiro salário e altera para 40% o tributos cuja cobrança foi declarada ilegal pelo STJ
percentual de redução das multas de mora, de ofício ou reconhecida como inconstitucional ou ilegal por
e isoladas e dos encargos legais. Ademais, estende o ato da PGFN. Altera os incisos I, II, III e IV e o § 1º
prazo para o pedido de parcelamento e para a do art. 3º, que dispõem sobre as modalidades pelas
comprovação de desistência e renúncia até o dia 31 quais o sujeito passivo poderá optar para liquidar os
de outubro de 2017 e revoga o inciso II do art. 15 da débitos, estabelecendo percentuais mínimos para o
Portaria PGFN nº 645/2017. pagamento em parcelas, alterando as porcentagens
das multas e dos encargos legais, e diminuindo a
b) PERT porcentagem mínima da redução de pagamento à
vista. Ademais, prolonga o prazo para manifestação
• Portaria nº 902, de 04 de setembro de 2017 de inconformidade em caso de exclusão do sujeito

Voltar ao sumário. 184


passivo do PERT, estabelecendo que esta jurídica, relativos à contribuição de que trata o art.
manifestação deve ser protocolada mediante acesso 25 da Lei nº 8.870/1994; (ii) de adquirente,
ao e-CAC PGFN. inclusive órgãos públicos, de produção rural de
pessoa jurídica; (iii) de agroindústria, relativos à
• Portaria nº 1.052, de 31 de outubro de 2017 contribuição de que trata o art. 22-A da Lei nº
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da 8.212/1991; (iv) de pessoa jurídica com falência
Fazenda Nacional decretada ou de pessoa física com insolvência civil
Data de publicação: 01/11/2017 decretada.
Teor: Altera a Portaria PGFN nº 690/2017, para
prorrogar o prazo de adesão ao Programa Especial • Portaria nº 976, de 03 de outubro de 2017
de Regularização Tributária (PERT), instituído pela Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
Lei nº 13.496/2017, e alterado pela MP nº 807/2017, Fazenda Nacional
para os débitos administrados pela PGFN. Data de publicação: 04/10/2017
Observações: A adesão ao PERT ocorrerá Teor: Altera a Portaria PGFN nº 894/2017, para
mediante requerimento a ser realizado prorrogar o prazo de adesão ao PRR, instituído pela
exclusivamente por meio do sítio da PGFN na MP n° 793/2017, e alterado pela MP n° 803/2017,
internet, no endereço http://www.pgfn.gov.br, no para os débitos administrados pela PGFN.
Portal e-CAC PGFN, opção “Programa Especial de Observações: A adesão ao PRR ocorrerá mediante
Regularização Tributária”, disponível no menu requerimento a ser protocolado no atendimento
“benefício fiscal”, no período de 1º/08/2017 a residual das unidades da PGFN ou no atendimento
14/11/2017. integrado da RFB do domicílio tributário do
devedor, no período de 1º/09/2017 a 30/11/2017, e
• Portaria nº 1.207, de 28 de dezembro de abrangerá os débitos indicados pelo sujeito passivo,
2017 na condição de contribuinte ou de sub-rogado. No
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da caso em que o deferimento da adesão é
Fazenda Nacional condicionado à apresentação de garantia, o sujeito
Data de publicação: 29/12/2017 passivo deverá comparecer atendimento residual
Teor: Regulamenta os procedimentos de utilização das unidades da PGFN ou no atendimento integrado
de créditos para amortização do saldo devedor da RFB de seu domicílio tributário, até o dia
incluído no Programa Especial de Regularização 30/11/2017, para apresentar a documentação
Tributária (PERT), de que trata a Lei nº pertinente. Por fim, institui que o sujeito passivo
13.496/2017, no âmbito da PGFN. deverá comparecer ao atendimento residual das
Observações: O sujeito passivo que, na data da unidades da PGFN ou ao atendimento integrado da
adesão ao PERT, possuir dívida total, sem reduções, RFB de seu domicílio tributário, até o dia
de valor igual ou inferior a R$ 15.000.000,00 e 30/11/2017, para comprovar o pedido de desistência
aderir a uma das modalidades previstas no art. 3º, e a renúncia de ações judiciais, mediante a
II a IV, Portaria PGFN nº 690/2017, poderá utilizar apresentação da 2ª via da correspondente petição
para amortização do saldo devedor: (i) os créditos protocolada ou de certidão do cartório que ateste a
próprios de prejuízo fiscal decorrentes da atividade situação das referidas ações.
geral ou da atividade rural e de base de cálculo
negativa da CSLL, existentes até 31/12/2015 e d) Responsabilidade tributária
declarados até 29/07/2016, que estejam disponíveis
para utilização; e (ii) os demais créditos próprios, • Portaria nº 948, de 15 de setembro de 2017
relativos a tributos administrados pela RFB, desde Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
que previamente reconhecidos pelo referido órgão, Fazenda Nacional
em decisão administrativa definitiva. Data de publicação: 19/09/2017
Teor: Regulamenta, no âmbito da PGFN, o
c) PRR Procedimento Administrativo de Reconhecimento
de Responsabilidade – PARR.
• Portaria nº 894, de 25 de agosto de 2017 Observações: Regulamenta o procedimento
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da administrativo para apuração de responsabilidade
Fazenda Nacional de terceiros pela prática da infração à lei consistente
Data de publicação: 28/08/2017 na dissolução irregular de pessoa jurídica devedora
Teor: Dispõe sobre o Programa de Regularização de créditos inscritos em dívida ativa administrados
Tributária Rural (PRR) de que trata a MP nº pela PGFN. O procedimento será realizado contra o
793/2017, para os débitos administrados pela PGFN. terceiro cuja responsabilidade se pretende apurar e
Observações: Estabelece que poderão ser deverá indicar especificamente os indícios da
incluídos no PRR os débitos contraídos junto à ocorrência da dissolução irregular da pessoa jurídica
PGFN, de responsabilidade de produtor rural pessoa devedora, devendo conter, no mínimo: (i)
física e de adquirente de produção rural de pessoa identificação da pessoa jurídica cuja dissolução
física, relativos às contribuições de que trata o art. irregular é apontada; (ii) identificação do terceiro
25 da Lei nº 8.212/1991, vencidos até 30/04/2017 e em face do qual o procedimento foi instaurado; (iii)
inscritos em DAU até a data de adesão ao programa, elementos de fato que caracterizaram a dissolução
inclusive objeto de parcelamentos anteriores ativos irregular da pessoa jurídica; (iv) fundamentos de
ou rescindidos, ou em discussão judicial, mesmo que direito da imputação da responsabilidade pela
em fase de execução fiscal já ajuizada, cujo código do dívida ao terceiro e; (v) discriminação e valor
FPAS informado na GFIP seja 744. Contudo, não consolidado dos débitos inscritos em dívida ativa
poderão ser liquidados na forma do PRR os débitos objeto do procedimento. O PARR será iniciado
sob responsabilidade: (i) de produtor rural pessoa mediante a notificação, por carta com aviso de

Voltar ao sumário. 185


recebimento, do terceiro ao qual se imputa procedimentos nos casos em que houver integração
responsabilidade, para, querendo, apresentar entre o sistema de processo eletrônico utilizado pelo
impugnação, no prazo de 15 dias corridos, órgão de origem e o sistema e-Processo.
exclusivamente por meio do e-CAC da PGFN e
deverá trazer elementos aptos a demonstrar a f) Zona Franca de Manaus
inocorrência de dissolução irregular ou a ausência
de responsabilidade pelas dívidas. A impugnação • Ato Declaratório nº 4, de 16 de novembro
será apreciada por Procurador da Fazenda Nacional de 2017
em exercício na unidade descentralizada Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
responsável pela inscrição em dívida ativa, que Fazenda Nacional
deverá proferir decisão no prazo de até 30 dias Data de publicação: 21/11/2017
corridos, prorrogável por igual período. O Teor: O Procurador-Geral da Fazenda Nacional,
interessado será notificado da decisão por meio do tendo em vista a aprovação do Parecer PGFN/CRJ
e-CAC da PGFN, sendo-lhe facultado interpor nº 1.743/2016, conforme despacho publicado no
recurso administrativo no prazo de 10 dias corridos, DOU de 14/11/2016, declara que, fica autorizada a
sem efeito suspensivo. Ademais, estabelece que dispensa de apresentação de contestação, de
importará renúncia à instância recursal e o não interposição de recursos e a desistência dos já
conhecimento do recurso eventualmente interposto, interpostos, desde que inexista outro fundamento
a propositura, pelo interessado, de qualquer ação relevante nas ações judiciais que discutam, com base
judicial cujo objeto coincida total ou parcialmente no art. 4º do DL nº 288/1967, a incidência do PIS
com o do PARR. e/ou da COFINS sobre receita decorrente de venda
de mercadoria de origem nacional destinadas a
e) Sistemas informatizados pessoas jurídicas sediadas na ZFM, ainda que a
pessoa jurídica vendedora também esteja sediada na
• Portaria nº 893, de 25 de agosto de 2017 mesma localidade.
Órgão responsável: Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional M. RECEITA FEDERAL DO BRASIL
Data de publicação: 28/08/2017
Teor: Dispõe sobre procedimentos para atestar a 1. ATO DECLARATÓRIO EXECUTIVO
integridade e autenticidade de documentos e
processos administrativos enviados em meio digital a) Sistemas informatizados
pelos Órgãos de Origem para inscrição de créditos
públicos em Dívida Ativa. • Ato Declaratório Executivo nº 35, de 10 de
Observações: Permite que as unidades da PGFN outubro de 2017
recebam, em formato digital, documentos e Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
processos administrativos dos órgãos de origem, do Brasil
relativos à cobrança de crédito público, para Data de publicação: 13/10/2017
inscrição em DAU, sem o correspondente exemplar Teor: Inclui serviço no Centro Virtual de
em meio físico, quando existir. O envio em mídia Atendimento (e-CAC) que permite a validação de
digital da documentação necessária à inscrição em documentos e assinaturas digitais gerados pelo
DAU dos créditos públicos não isenta o órgão de sistema e-Processo.
origem da guarda e manutenção dos originais, Observações: O acesso ao serviço de validação de
quando existirem, até que se dê a extinção definitiva documento e assinaturas digitais poderá ser
da cobrança pela PGFN e observada a respectiva realizado mediante a utilização de certificados
tabela de temporalidade, conforme a legislação em digitais válidos, emitidos por Autoridades
vigor. Nos casos em que a cobrança do crédito Certificadoras integrantes da Infraestrutura de
público deva ser necessariamente aparelhada com Chaves Públicas Brasileira, ou por código de acesso
documento original de constituição da dívida, o gerado no sítio da RFB na internet.
órgão de origem deverá encaminhar à unidade da
PGFN a documentação original, não se admitindo o 2. ATO DECLARATÓRIO
envio de cópia digitalizada. Dispõe, ainda, que as INTERPRETATIVO
mídias contendo os arquivos digitais de processos
administrativos enviados para inscrição em DAU a) Contribuição previdenciária
deverão ser encaminhadas às unidades complementar
descentralizadas competentes através de ofício,
expedido pelo órgão de origem responsável, que • Ato Declaratório Interpretativo nº 6, de 24
poderá, alternativamente, indicar no ofício de novembro de 2017
encaminhado o link de acesso externo ao respectivo Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
sistema de controle processual, que permita obter os do Brasil
arquivos digitais relativos aos débitos a serem objeto Data de publicação: 27/11/2017
de inscrição, com as garantias exigidas no presente Teor: Dispõe sobre a contribuição previdenciária
ato normativo. Após o recebimento da complementar prevista no § 1º do art. 911-A da CLT,
documentação e atestada sua validade jurídica, aprovada pelo DL nº 5.452/1943.
especialmente quanto aos aspectos de autoria, Observações: Dispõe que a contribuição
autenticidade e integridade, as unidades da PGFN previdenciária complementar prevista no art. 911-A,
deverão adotar os procedimentos de importação do § 1º, da CLT, a ser recolhida pelo segurado
arquivo digital para o sistema e-Processo, onde será empregado que receber no mês, de um ou mais
realizada a tramitação no âmbito da PGFN. Por fim, empregadores, remuneração inferior ao salário
estabelece que ficam dispensados esses mínimo mensal, será calculada mediante aplicação

Voltar ao sumário. 186


da alíquota de 8% sobre a diferença entre a denominados investidores-anjo, para incentivar as
remuneração recebida e o valor do salário mínimo atividades de inovação e os investimentos
mensal. O recolhimento da contribuição produtivos em sociedade enquadrada como
previdenciária deverá ser efetuado pelo próprio microempresa ou empresa de pequeno porte.
segurado até o dia 20 do mês seguinte ao da Determina que ao final de cada período o investidor-
prestação do serviço. anjo fará jus à remuneração correspondente aos
resultados distribuídos, conforme definido no
b) IRRF contrato de participação, não superior a 50% dos
lucros da sociedade que receber o aporte de capital.
• Ato Declaratório Interpretativo nº 7, de 21 O investidor-anjo poderá alienar a titularidade dos
de dezembro de 2017 direitos do contrato de participação para sócios da
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal sociedade que receber o aporte de capital ou para
do Brasil terceiros alheios à sociedade, com consentimento
Data de publicação: 26/12/2017 daqueles, salvo estipulação em contrário expressa
Teor: Dispõe sobre a tributação na fonte das no contrato de participação. Além disso, poderá
importâncias pagas, creditadas, entregues, exercer o direito de resgate do valor do aporte depois
empregadas ou remetidas a residente ou de decorridos, no mínimo, 2 anos do aporte de
domiciliado no exterior em contraprestação ao capital ou em prazo superior estabelecido no
direito de distribuição ou comercialização de contrato de participação, e seus haveres serão pagos
software. na forma do art. 1.031 do CC/2002. Os rendimentos
Observações: As importâncias pagas, creditadas, decorrentes de aportes de capital efetuados
entregues, empregadas ou remetidas a residente ou sujeitam-se à incidência do IRRF, calculado
domiciliado no exterior em contraprestação ao mediante a aplicação das seguintes alíquotas: (i)
direito de distribuição ou comercialização de 22,5%, em contratos de participação com prazo de
software enquadram-se no conceito de royalties e até 180 dias; (ii) 20%, em contratos de participação
estão sujeitas à incidência do IRRF à alíquota de 15%. com prazo de 181 dias até 360 dias; (iii) 17,5%, em
No caso de o beneficiário dos pagamentos ser contratos de participação com prazo de 361 dias até
residente ou domiciliado em país ou dependência 720 dias; (iv) 15%, em contratos de participação com
com tributação favorecida, nos termos do art. 24 da prazo superior a 720 dias. O ganho na alienação dos
Lei nº 9.430/1996, aplica-se a alíquota de 25%. direitos do contrato de participação, recebido por
investidor pessoa física ou pessoa jurídica isenta ou
c) PERT optante pelo SIMPLES, será submetido à incidência
do IR por ocasião da alienação do contrato de
• Ato Declaratório Interpretativo nº 5, de 17 participação, mediante aplicação das alíquotas
de agosto de 2017 previstas no art. 5º, caput, calculado o prazo a partir
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal da data do aporte, e recolhido o imposto devido até
do Brasil o último dia útil do mês subsequente. A base de
Data de publicação: 21/08/2017 cálculo do imposto sobre os rendimentos
Teor: Dispõe sobre o alcance do disposto nos §§ 2º corresponde à diferença positiva entre o valor da
e 3º do art. 1º da MP nº 783/2017, e nos arts. 106 a alienação e o valor do aporte. Por fim, dispõe que são
113 da IN RFB nº 1.717/2017. dispensados de retenção do IR os rendimentos e os
Observações: Estabelece que o PERT não se aplica ganhos líquidos ou de capital auferidos pelas
aos débitos extintos nos termos do art. 156 do CTN, carteiras dos fundos de investimentos que
ainda que sob condição resolutória de sua ulterior aportarem capital como investidores-anjo.
homologação. Ademais, estipula que a retificação e
o cancelamento da declaração de compensação b) Aquisição de automóvel
estão sujeitos à admissibilidade e deferimento pela
Secretaria da RFB, nos termos dos arts. 106 a 113 da • Instrução Normativa nº 1.716, de 12 de
IN RFB nº 1.717/2017. Por fim, indica que tais julho de 2017
retificações e cancelamentos poderão ser Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
submetidos à posterior análise por Auditor-Fiscal da do Brasil
RFB mesmo quando feitos por meio eletrônico. Data de publicação: 13/07/2017
Teor: Disciplina a aplicação da isenção do IPI e do
3. INSTRUÇÕES NORMATIVAS IOF, na aquisição de veículo destinado ao transporte
individual de passageiros (táxi).
a) Aporte de capitais Observações: A IN disciplina a aplicação da
isenção do IPI e do IOF, na aquisição de veículo
• Instrução Normativa nº 1.719, de 19 de destinado ao transporte individual de passageiros
julho de 2017 (táxi), da seguinte forma: (i) aplica-se quanto ao IPI,
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal à aquisição de veículo destinado ao serviço de
do Brasil transporte individual de passageiros (táxi), de
Data de publicação: 21/07/2017 fabricação nacional, equipado com motor de
Teor: Dispõe sobre a tributação relacionada às cilindrada não superior a 2.000 cm³, com 4 portas,
operações de aporte de capital de que trata o art. 61- movido a combustível de origem renovável ou
A da LC nº 123/2006. sistema reversível de combustão, classificado na
Observações: Dispõe sobre a tributação dos posição 87.03 da TIPI e quanto ao IOF, aos
rendimentos decorrentes dos contratos de automóveis de passageiros de até 127 HP de
participação com aportes de capital efetuados nos potência bruta (SAE); (ii) aplica-se a veículos de
termos do art. 61-A da LC nº 123/2006, pelos procedência estrangeira, observadas as mesmas

Voltar ao sumário. 187


características dos veículos de fabricação nacional, d) Classificação de mercadorias
quando importados de países com os quais o Brasil
tenha celebrado acordo ou convenção internacional • Instrução Normativa nº 1.738, de 18 de
que garanta igualdade de tratamento quanto aos agosto de 2017
tributos internos; (iii) não se aplica a acessórios nem Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
a quaisquer dispositivos que não façam parte do do Brasil
modelo padrão ofertado pelo fabricante, instalados Data de publicação: 20/09/2017
por este ou por terceiros; e (iv) não se aplica às Teor: Aprova alteração da VI Emenda à
operações de arrendamento mercantil (leasing). O Nomenclatura do Sistema Harmonizado de
direito à isenção do IPI pode ser exercido somente Designação e de Codificação de Mercadorias,
uma vez a cada 2 anos, contados da data de emissão aprovada pela IN RFB nº 1.666/2016.
da nota fiscal referente à aquisição anterior, ainda
que no curso desse prazo tenha ocorrido furto, • Instrução Normativa nº 1.747, de 28 de
roubo ou perda total do veículo, observada a setembro de 2017
vigência da Lei nº 8.989/1995, e quanto ao IOF, o Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
direito à isenção só poderá ser exercido 1 única vez, do Brasil
nos termos do art. 72, § 1º, “a”, da Lei nº 8.383/1991. Data de publicação: 02/10/2017
A fruição simultânea e acumulada do benefício de Teor: Aprova o texto dos pareceres de classificação
isenção do IPI e do IOF restringe-se a veículos que do Comitê do Sistema Harmonizado da Organização
atendam às especificações previstas no art. 1º da Lei Mundial das Alfândegas (OMA).
nº 8.989/1995, e no art. 72 da Lei nº 8.383/1991. Observações: Aprovada, na forma da Coletânea
disponível no sítio da RFB na internet, no endereço
• Instrução Normativa nº 1.769, de 18 de rfb.gov.br, a tradução para a língua portuguesa dos
dezembro de 2017 pareceres de classificação do Comitê do Sistema
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Harmonizado, da OMA, atualizada até janeiro de
do Brasil 2017. Em decorrência da aprovação, ficam adotadas
Data de publicação: 19/12/2017 como vinculativas as classificações das mercadorias
Teor: Disciplina a aplicação da isenção do IPI e do contidas nos pareceres traduzidos.
IOF, na aquisição de veículos por pessoas com
deficiência física, visual, mental severa ou profunda, e) CNPJ
ou autistas, e dá outras providências.
Observações: A isenção do IPI aplica-se em • Instrução Normativa nº 1.729, de 14 de
relação à aquisição de automóveis de passageiros ou agosto de 2017
veículo misto, de fabricação nacional, classificados Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
na posição 87.03 da TIPI. Em relação ao IOF aplica- do Brasil
se em relação à aquisição de automóveis de Data de publicação: 15/08/2017
passageiros de fabricação nacional de até 127 HP de Teor: Altera a IN RFB nº 1.634/2016, que dispõe
potência bruta (SAE). A isenção não se aplica às sobre o CNPJ.
operações de arrendamento mercantil (leasing). Observações: Altera os arts. 8º, 9º, 19, 21, 22 e 52
da IN RFB nº 1.634/2016. Dentre outras alterações,
c) CAFIR estabelece que o endereço da entidade domiciliada
no exterior deve ser informado no CNPJ e, quando
• Instrução Normativa nº 1.725, de 31 de for o caso, transliterado.
julho de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal f) Comércio exterior
do Brasil
Data de publicação: 01/08/2017 • Instrução Normativa nº 1.726, de 03 de
Teor: Altera a IN RFB nº 1.467/2014, que dispõe agosto de 2017
sobre o Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR). Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Observações: Deve ser indicado como titular no do Brasil
CAFIR (i) o espólio, até a data da partilha ou Data de publicação: 07/08/2017
adjudicação, conforme regra disposta no art. 21; (ii) Teor: Altera a IN SRF nº 80/1996, que institui a
o devedor fiduciante, em caso de alienação fiduciária Nomenclatura de Valor Aduaneiro e Estatística
de coisa imóvel, sendo vedada a indicação do credor (NVE).
fiduciário até que, tendo ocorrido a consolidação da Observações: Acrescenta que a Coordenação-
propriedade, este último venha a ser imitido na Geral de Administração Aduaneira poderá
posse do bem, nos termos do art. 27, § 8º, da Lei nº estabelecer orientações e procedimentos
9.514/1997; ou (iii) o concessionário de direito real complementares para aplicação do disposto nesta
de uso, nos termos do art. 7º do DL nº 271/1967, IN, podendo inclusive alterar seu Anexo.
inclusive quando beneficiário do programa de
reforma agrária, nos termos do art. 18 da Lei nº • Instrução Normativa nº 1.736, de 12 de
8.629/1993. É vedada a indicação, como titular do setembro de 2017
imóvel rural no CAFIR, de pessoa que explore o Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
imóvel sob contrato de arrendamento, meação, do Brasil
parceria, comodato ou concessão administrativa de Data de publicação: 14/09/2017
uso, inclusive, nesse último caso, quando Teor: Altera a IN RFB nº 1.598/2015, que dispõe
beneficiário do programa de reforma agrária, nos sobre o Programa Brasileiro de Operador
termos do art. 18 da Lei nº 8.629/1993. Econômico Autorizado.

Voltar ao sumário. 188


Observações: Dispõe que poderão ser certificados exclusão de nome social de pessoa travesti ou
como intervenientes da cadeia logística, no âmbito transexual, mediante requerimento do interessado,
do Programa Brasileiro de Operador Econômico como previsto no art. 6º do Decreto nº 8.727/2016.
Autorizado, o depositário de mercadoria sob
controle aduaneiro em recinto alfandegado, o • Instrução Normativa nº 1.760, de 16 de
operador portuário ou aeroportuário, o despachante novembro de 2017
aduaneiro e o Recinto Especial para Despacho Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Aduaneiro de Exportação - REDEX, que poderá do Brasil
requerer sua certificação a partir de 30/04/2018. Data de publicação: 20/11/2017
Teor: Altera a IN RFB nº 1.548/2015, que dispõe
g) Contribuição previdenciária sobre o CPF.
Observações: As pessoas físicas, mesmo que não
• Instrução Normativa nº 1.755, de 31 de estejam obrigadas a inscrever-se no CPF, podem
outubro de 2017 solicitar a sua inscrição. Estão dispensadas da
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal inscrição no CPF, relativamente ao exercício de
do Brasil 2018, ano-calendário de 2017, as pessoas físicas que
Data de publicação: 03/11/2017 constem como dependentes para fins do IRPF com
Teor: Altera a IN RFB nº 971/2009, que dispõe menos de 8 anos de idade.
sobre normas gerais de tributação previdenciária e
de arrecadação das contribuições sociais destinadas i) Critérios contábeis
à Previdência Social e as destinadas a outras
entidades ou fundos, administradas pela Secretaria • Instrução Normativa nº 1.753, de 30 de
da RFB. outubro de 2017
Observações: Dispõe, nos termos do art. 390, § 1º, Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
da IN RFB nº 971/2009, que o direito de a RFB Data de publicação: 31/10/2017
apurar e constituir créditos relacionados a obras de Teor: Dispõe sobre os procedimentos para anular
construção civil extingue-se no prazo decadencial os efeitos dos atos administrativos emitidos com
previsto na legislação tributária, cabendo ao base em competência atribuída por lei comercial que
interessado, quando solicitado, a comprovação da contemplem modificação ou adoção de novos
realização de parte da obra ou da sua total conclusão métodos ou critérios contábeis.
em período abrangido pela decadência. Observações: Dispõe sobre os procedimentos para
anular os efeitos dos atos administrativos emitidos
h) CPF com base em competência atribuída por lei
comercial que contemplem modificação ou adoção
• Instrução Normativa nº 1.718, de 18 de de novos métodos ou critérios contábeis. A
julho de 2017 modificação ou a adoção de métodos e critérios
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal contábeis, por meio de atos administrativos
do Brasil emitidos com base em competência atribuída por lei
Data de publicação: 20/07/2017 comercial, que sejam posteriores a 12/11/2013, não
Teor: Altera a IN RFB nº 1.548/2015, que dispõe terá implicação na apuração dos tributos federais
sobre o CPF. até que lei tributária regule a matéria.
Observações: As alterações de dados cadastrais no
CPF passam a ser realizadas diretamente pela RFB: • Instrução Normativa nº 1.771, de 20 de
(i) quando houver interesse da administração dezembro de 2017
tributária; (ii) em atendimento a determinação Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
judicial; ou (iii) para inclusão ou exclusão de nome do Brasil
social de pessoa travesti ou transexual. A alteração, Data de publicação: 22/12/2017
quando realizada no interesse da administração Teor: Altera a IN RFB nº 1.753/2017.
tributária, será comunicada à pessoa física Observações: Fica aprovado o Anexo IV da IN
interessada. RFB nº 1.753/2017, nos termos do Anexo Único
desta IN, dispondo acerca do Pronunciamento
• Instrução Normativa nº 1.746, de 28 de Técnico CPC nº 47/2016.
setembro de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal j) Declaração País-a-País
do Brasil
Data de publicação: 29/09/2017 • Instrução Normativa nº 1.722, de 26 de
Teor: Altera a IN RFB nº 1.548/2015, que dispõe julho de 2017
sobre o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Observações: Estabelece que a informação sobre do Brasil
endereço é declaratória, sendo dispensada a Data de publicação: 27/07/2017
apresentação de documentos que comprovem sua Teor: Altera a IN RFB nº 1.681/2016, que dispõe
alteração. Além disso, determina que as alterações sobre a obrigatoriedade de prestação das
de dados cadastrais no CPF serão realizadas informações da Declaração País-a-País.
diretamente pela RFB nas seguintes hipóteses: (i) Observações: Para o ano fiscal de declaração de
quando houver interesse da administração 2016, ainda que a entidade integrante residente para
tributária; (ii) quando forem informadas por fins tributários no Brasil que não seja a controladora
terceiros, em conformidade com convênios de troca final de um grupo multinacional enquadre-se na
de informações celebrados; (iii) em atendimento a hipótese de jurisdição de residência para fins
determinação judicial; e (iv) para inclusão ou tributários do controlador final que tenha firmado

Voltar ao sumário. 189


acordo internacional com o Brasil, mas não tenha medicamentos no valor de até US$ 10.000,00 ou o
acordo de autoridades competentes com o País até o equivalente em outra moeda, importados por
prazo final de entrega da Declaração País-a-País, e remessa postal ou encomenda aérea internacional,
não haja designação de entidade substituta, a RFB por pessoa física para uso próprio ou individual,
aceitará, como mecanismo transitório, que seja desde que cumpridos todos os requisitos
indicado como entidade declarante, o controlador estabelecidos pelos órgãos de controle
final do grupo multinacional residente para fins administrativo.
tributários em jurisdição: (i) que ainda não possui
acordo de autoridades competentes em vigor com o • Instrução Normativa nº 1.759, de 13 de
Brasil para o compartilhamento automático da novembro de 2017
Declaração País-a-País; ou (ii) que possui acordo de Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
autoridades competentes em vigor com o Brasil para do Brasil
o compartilhamento automático da Declaração País- Data de publicação: 14/11/2017
a-País para anos fiscais de declaração iniciados a Teor: Altera a IN SRF nº 680/2006, que disciplina
partir de 1º/01/2017 o despacho aduaneiro de importação.
Observações: Altera a redação dos arts. 2º, 3º, 5º,
k) Depósitos judiciais e extrajudiciais 10, 11, 12, 15, 17 a 19, 21, 26, 28, 30, 32, 38 e o título
que o antecede, 39 a 43, 45 a 48, 50 a 52, 54, 57, 61
• Instrução Normativa nº 1.721, de 21 de julho a 63, o título que antecede o art. 65, e 67 da IN SRF
de 2017 nº 680/2006.
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil m) DIRF
Data de publicação: 25/07/2017
Teor: Altera a IN SRF nº 421/2004, que dispõe • Instrução Normativa nº 1.757, de 10 de
sobre depósitos judiciais e extrajudiciais referentes novembro de 2017
a tributo administrado pela Secretaria da RFB e seus Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
levantamentos. do Brasil
Observações: Dispõe que a transformação em Data de publicação: 13/11/2017
pagamento definitivo deve ser efetuada pelo valor Teor: Dispõe sobre a DIRF relativa ao ano-
total ou parcial dos depósitos sem correção, uma vez calendário de 2017 e a situações especiais ocorridas
que os recursos já se encontram contabilizados na em 2018 (DIRF 2018) e o Programa Gerador da
Conta Única do Tesouro Nacional. DIRF 2018 (PGD DIRF 2018).

l) Despacho aduaneiro n) DITR

• Instrução Normativa nº 1.737, de 15 de • Instrução Normativa nº 1.715, de 06 de


setembro de 2017 julho de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil do Brasil
Data de publicação: 18/09/2017 Data de publicação: 07/07/2017
Teor: Dispõe sobre o tratamento tributário e os Teor: Dispõe sobre a apresentação da Declaração
procedimentos de controle aduaneiro aplicáveis às do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
remessas internacionais, e altera a IN RFB nº (DITR) referente ao exercício de 2017.
1.059/2010, que dispõe sobre os procedimentos de Observações: Determina estar obrigado a
controle aduaneiro e o tratamento tributário apresentar a DITR referente ao exercício de 2017
aplicáveis aos bens de viajante. aquele que seja, em relação ao imóvel rural a ser
Observações: Estabelece que deve ser dispensado declarado, exceto o imune ou isento: (i) na data da
o despacho aduaneiro de importação e de efetiva apresentação: a pessoa física ou jurídica
exportação de mala diplomática ou consular, proprietária, titular do domínio útil ou possuidora a
devendo ser observados os requisitos e qualquer título, inclusive a usufrutuária, um dos
procedimentos previstos em norma específica. Além condôminos, quando o imóvel rural pertencer
disso, deverão ser desembaraçadas sem simultaneamente a mais de um contribuinte, em
formalização de despacho aduaneiro, na importação decorrência de contrato ou decisão judicial ou em
e na exportação, as remessas postais internacionais função de doação recebida em comum ou um dos
constituídas de cartas, cartões-postais e impressos compossuidores, quando mais de uma pessoa for
ou mala M, sendo que a COANA poderá estabelecer possuidora do imóvel rural; (ii) a pessoa física ou
hipóteses de dispensa de formalização de despacho jurídica que, entre 1º/01/2017 e a data da efetiva
aduaneiro de importação para remessas postais apresentação da declaração, perdeu: a posse do
internacionais que contenham exclusivamente bens imóvel rural, pela imissão prévia do expropriante,
sujeitos ao tratamento tributário de imunidade, de em processo de desapropriação por necessidade ou
isenção ou com alíquota zero do II. Afirma que o utilidade pública, ou por interesse social, inclusive
Regime de Tributação Simplificada - RTS, instituído para fins de reforma agrária, o direito de
pelo DL nº 1.804/1980, é o que permite o propriedade pela transferência ou incorporação do
pagamento do II na importação de bens contidos em imóvel rural ao patrimônio do expropriante, em
remessa internacional, no valor total de até US$ decorrência de desapropriação por necessidade ou
3.000,00 ou o equivalente em outra moeda, utilidade pública, ou por interesse social, inclusive
mediante aplicação da alíquota única de 60%. No para fins de reforma agrária ou a posse ou a
entanto, reduz para 0% a alíquota incidente sobre os propriedade do imóvel rural, em função de alienação
produtos acabados pertencentes às classes de ao poder público, inclusive às suas autarquias e

Voltar ao sumário. 190


fundações, ou às instituições de educação e de cálculo das contribuições e de enquadramento na
assistência social imunes do imposto; (iii) a pessoa Tabela de Salário de Contribuição, o valor do aviso
jurídica que recebeu o imóvel rural nas hipóteses prévio indenizado: (i) até a competência de maio de
previstas no inciso II, desde que essas hipóteses 2016, deverá ser somado, no mês em que o
tenham ocorrido entre 1º/01/2017 e 30/09/2017; e empregado for desligado da empresa, às outras
(iv) nos casos em que o imóvel rural pertencer a verbas rescisórias, sobre as quais incidem
espólio, o inventariante, enquanto não ultimada a contribuições previdenciárias; e (ii) a partir da
partilha, ou, se este não tiver sido nomeado, o competência de junho de 2016, não deverá ser
cônjuge meeiro, o companheiro ou o sucessor a computado na base de cálculo das contribuições
qualquer título. A DITR deve ser apresentada no previdenciárias, exceto na base de cálculo das
período de 14/08/2017 a 29/09/2017, pela internet, contribuições incidentes sobre o 13º salário, pelo
mediante utilização do programa de transmissão valor correspondente a 1/12 do valor do aviso prévio
Receitanet, disponível no sítio da RFB na internet. indenizado.

• Instrução Normativa nº 1.723, de 27 de p) IRPF


julho de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal • Instrução Normativa nº 1.756, de 31 de
do Brasil outubro de 2017
Data de publicação: 31/07/2017 Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Teor: Altera a IN RFB nº 1.715/2017, que dispõe do Brasil
sobre a apresentação da DITR referente ao exercício Data de publicação: 06/11/2017
de 2017. Teor: Altera a IN RFB nº 1.500/2014, que dispõe
Observações: Determina estar obrigado a sobre normas gerais de tributação relativas ao
apresentar a DITR referente ao exercício de 2017 Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas.
aquele que seja, em relação ao imóvel rural a ser Observações: Estabelece que as pessoas físicas
declarado, a pessoa jurídica que recebeu o imóvel que aderiram ao Regime Especial de Regularização
rural, desde que essas hipóteses tenham ocorrido Cambial e Tributária (RERCT) devem informar na
entre 1º/01/2017 e 29/09/2017. A entrega da DITR Declaração de Ajuste Anual (DAA) os bens e direitos
após o prazo, se obrigatória, sujeita o contribuinte à constantes na declaração de adesão ao RERCT.
multa de 1% ao mês-calendário ou fração de atraso, Além disso, a IN atualiza a lista de dispensas de
calculada sobre o total do imposto devido, não retenção do imposto na fonte e da tributação na DAA,
podendo o seu valor ser inferior a R$ 50,00, no caso incluindo, dentre outras, as verbas recebidas a título
de imóvel rural sujeito à apuração do imposto, sem de dano moral e as verbas auferidas a título de
prejuízo da multa e dos juros de mora devidos pela indenização advinda de desapropriação (seja de
falta ou insuficiência do recolhimento do imposto ou utilidade pública ou por interesse social).
cota.
q) IRRF
o) GFIP
• Instrução Normativa nº 1.720, de 20 de
• Instrução Normativa nº 1.730, de 15 de julho de 2017
agosto de 2017 Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal do Brasil
do Brasil Data de publicação: 24/07/2017
Data de publicação: 17/08/2017 Teor: Altera a IN RFB nº 1.585/2015, que dispõe
Teor: Altera a IN RFB nº 925/2009, que dispõe sobre o IR incidente sobre rendimentos e ganhos
sobre as informações a serem declaradas em Guia de líquidos auferidos nos mercados financeiro e de
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de capitais.
Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) Observações: Determina que no caso de pessoa
pelas microempresas ou empresas de pequeno porte jurídica tributada com base no lucro real, o IRRF
optantes pelo SIMPLES que exercem atividades referente a rendimentos de aplicações financeiras já
tributadas na forma prevista nos anexos IV e V da computados na apuração do lucro real de períodos
LC nº 123/2006, e dá outras providências. de apuração anteriores, em observância ao regime
Observações: Nas hipóteses em que pessoas de competência, poderá ser deduzido do imposto
jurídicas ou contribuintes equiparados efetuarem devido no encerramento do período de apuração em
rescisão de contrato de trabalho de seus empregados que tiver ocorrido a retenção, observado o disposto
e pagarem aviso prévio indenizado, deverão no art. 70, § 10 da IN RFB nº 1.585/2015. Além disso,
preencher o SEFIP, nas hipóteses previstas no art. parada fins do disposto no art. 70, § 9º, II da IN RFB
6º da IN RFB n° 925/2009, da seguinte forma: (i) nº 1.585/2015, considera-se resgate, no caso de
até a competência de maio de 2016, a GPS gerada aplicações em fundos de investimento por pessoa
pelo SEFIP deverá ser desprezada, e os valores jurídica tributada com base no lucro presumido ou
efetivamente devidos, incluindo as contribuições arbitrado, a incidência semestral do IR nos meses de
incidentes sobre o aviso prévio indenizado e sobre o maio e novembro de cada ano nos termos do art. 9º,
13º salário correspondente ao aviso prévio I, da referida IN.
indenizado, devem ser recolhidos mediante GPS,
preenchida manualmente; (ii) a partir da • Instrução Normativa nº 1.732, de 25 de
competência de junho de 2016, o valor do aviso agosto de 2017
prévio indenizado não deve ser computado para fins Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
de preenchimento da GPS, podendo ser utilizada a do Brasil
GPS gerada pelo SEFIP. Além disso, para fins de Data de publicação: 29/08/2017

Voltar ao sumário. 191


Teor: Altera a IN RFB nº 1.455/2014, que dispõe auferidos no exterior pelas pessoas jurídicas
sobre a incidência do IRRF sobre rendimentos domiciliadas no País.
pagos, creditados, empregados, entregues ou Observações: Dentre outras, acrescenta o art. 14-
remetidos para pessoas jurídicas domiciliadas no A na IN SRF nº 213/2002, que dispõe que para fins
exterior nas hipóteses que menciona. da compensação de que trata o art. 14, o documento
Observações: Estabelece que o ganho de capital relativo ao IR incidente no exterior deverá ser
percebido por pessoa jurídica domiciliada no reconhecido pelo respectivo órgão arrecadador e
exterior em decorrência da alienação de bens e pelo Consulado da Embaixada Brasileira no país em
direitos do ativo não circulante localizados no Brasil que for devido o imposto. O reconhecimento do
sujeita-se à incidência do IR, mediante aplicação das documento pelo Consulado da Embaixada Brasileira
seguintes alíquotas: (i) 15% sobre a parcela dos de que trata o art. 14-A pode ser substituído pela
ganhos que não ultrapassar R$ 5.000.000,00; (ii) apostila de que tratam os arts. 3º a 6º da Convenção
17,5% sobre a parcela dos ganhos que exceder sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de
R$ 5.000.000,00 e não ultrapassar Documentos Públicos Estrangeiros, promulgada
R$ 10.000.000,00; (iii) 20% sobre a parcela dos pelo Decreto nº 8.660/2016, no âmbito dos países
ganhos que exceder R$ 10.000.000,00 e não signatários, a qual deve: (i) ser aposta no próprio
ultrapassar R$ 30.000.000,00; e (iv) 22,5% sobre a documento do órgão arrecadador do país em que for
parcela dos ganhos que ultrapassar devido o imposto ou em folha a ele apensa; e (ii)
R$ 30.000.000,00. Ademais, aplica-se a alíquota de estar acompanhada de tradução para a língua
15% do IRRF incidente sobre o ganho de capital aos portuguesa realizada por tradutor juramentado.
fatos geradores ocorridos até 31/12/2016.
t) Marinha mercante
• Instrução Normativa nº 1.775, de 27 de
dezembro de 2017 • Instrução Normativa nº 1.744, de 26 de
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal setembro de 2017
do Brasil Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Data de publicação: 29/12/2017 Data de publicação: 27/09/2017
Teor: Aprova o Programa Gerador da Declaração do Teor: Altera a IN RFB nº 1.471/2014, que dispõe
IRRF (PGD Dirf 2018). sobre o Adicional ao Frete para a Renovação da
Observações: Fica aprovado o Programa Gerador Marinha Mercante (AFRMM), a Taxa de Utilização
da Declaração do IRRF (PGD Dirf 2018), que deverá do Mercante (TUM) e os procedimentos aduaneiros
ser utilizado para apresentação das declarações correlatos.
relativas ao ano-calendário de 2017 e das relativas Observações: Estabelece que o reconhecimento
ao ano-calendário 2018 nos casos de situação do direito creditório ao ressarcimento previsto no
especial ocorrida em 2018, nos termos do art. 5º, § art. 52-A da Lei nº 10.893/2004, caberá aos
1º da IN RFB nº 1.757/2017. auditores-fiscais da RFB em exercício nas
alfândegas do Porto de Belém e do Porto de Manaus.
r) ITR Ainda, determina que os recursos contra decisões
proferidas no exercício dessa competência,
• Instrução Normativa nº 1.739, de 22 de fundamentados no art. 56 da Lei nº 9.784/1999,
setembro de 2017 serão decididos em última instância pelo titular da
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Superintendência Regional da RFB na 2ª Região
do Brasil Fiscal.
Data de publicação: 26/09/2017
Teor: Altera a IN RFB nº 1.640/2016, que dispõe u) Obrigações acessórias
sobre a celebração de convênio entre a Secretaria da
RFB, em nome da União, o Distrito Federal e os • Instrução Normativa nº 1.731, de 22 de
Municípios para delegação das atribuições de agosto de 2017
fiscalização, inclusive a de lançamento de créditos Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
tributários, e de cobrança relativas ao ITR. do Brasil
Observações: Os entes com convênios firmados Data de publicação: 24/08/2017
até a data de publicação desta IN deverão adequar- Teor: Dispõe sobre a emissão de documento fiscal
se às novas condições até 31/12/2017, para fins do pelas concessionárias operadoras de rodovias.
disposto nos arts. 10, 11 e 14, sob pena de denúncia. Observações: As pessoas jurídicas que aufiram
receitas decorrentes de prestação de serviços
s) Lucros auferidos no exterior públicos de concessionárias operadoras de rodovias
mediante a cobrança de pedágio ficam obrigadas, a
Lucros auferidos no exterior partir de 1º/01/2018, a emitir e armazenar
• Instrução Normativa nº 1.772, de 21 de eletronicamente documento fiscal relativo ao
dezembro de 2017 serviço prestado. O equipamento emissor de
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal documento fiscal deverá ser instalado: (i) em cada
do Brasil cabine de arrecadação nas praças de pedágio, para a
Data de publicação: 26/12/2017 emissão do documento fiscal no momento da
Teor: Altera a IN SRF nº 213/2002, que dispõe passagem do veículo e do pagamento do pedágio e;
sobre a tributação de lucros, rendimentos e ganhos (ii) em cada dispositivo de sistema de livre passagem
de capital auferidos no exterior pelas pessoas de veículos, hipótese em que é facultada a emissão
jurídicas domiciliadas no País e a IN RFB nº do documento fiscal de forma consolidada. Poderá
1.520/2014, que dispõe sobre a tributação de lucros ser emitido também documento fiscal equivalente,
que deverá conter, no mínimo: (i) identificação do

Voltar ao sumário. 192


estabelecimento emissor no CNPJ; (ii) número art. 5º, I, II, III, XI e XII, da citada IN, quando: (i)
sequencial do documento; (iii) placa do veículo; (iv) não atingidos os limites previstos no art. 7º e; (ii) as
descrição dos serviços objeto da operação, ainda que operações financeiras não se caracterizarem como
resumida ou por códigos; (v) local, data, horário e “Conta Excluída”, de acordo com as previsões
valor da operação; (vi) valor dos tributos, contidas nos subparágrafos do item C(17) da Seção
discriminados na forma prevista no art. 1º da Lei nº VII do Anexo Único da Instrução Normativa RFB nº
12.741/2012; e (vii) número de eixos para fins de 1.680/2016. Além disso, estabelece que essas
cobrança. Esses documentos deverão ser mesmas entidades estão obrigadas à apresentação
discriminados na Escrituração Fiscal Digital da das informações anuais relativas às operações
contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS e da financeiras mencionadas no art. 5º, IV a VI, quando:
CPRB-EFD-Contribuições, de que tratam a INRFB (i) não atingidos os limites previstos no art. 8º e; (ii)
nº 1.252/2012, e o Guia Prático da EFD- as operações financeiras não se caracterizarem
Contribuições. como “Conta Excluída”, de acordo com as previsões
contidas nos subparágrafos do item C(17) da Seção
• Instrução Normativa nº 1.758, de 10 de VII do Anexo Único da IN RFB nº 1.680/2016.
novembro de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal • Instrução Normativa nº 1.767, de 14 de
do Brasil dezembro de 2017
Data de publicação: 13/11/2017 Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Teor: Altera a IN RFB nº 985/2009, que institui a do Brasil
Declaração de Serviços Médicos (DMED). Data de publicação: 15/12/2017
Observações: A DMED deverá ser apresentada Teor: Altera a IN RFB nº 971/2009 e a IN RFB nº
pela matriz da pessoa jurídica, contendo as 1.701/2017, para estabelecer a forma de
informações de todos os estabelecimentos, em meio cumprimento das obrigações previdenciárias
digital, mediante a utilização de aplicativo a ser acessórias durante a implementação progressiva do
disponibilizado no sítio da Secretaria da RFB na Sistema de Escrituração Digital das Obrigações
internet, no endereço no endereço http://rfb.gov.br, Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) e
até às 23h59min59s, horário de Brasília, do último adequar o cronograma da entrada em produção da
dia útil do mês de fevereiro do ano-calendário Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras
subsequente àquele a que se referirem as Informações Fiscais (EFD-Reinf) ao do eSocial.
informações. Observações: Estabelece as formas em que a
empresa e o equiparado deverão realizar durante a
• Instrução Normativa nº 1.761, de 20 de implementação do eSocial e do EFD-Reinf: (i) a
novembro de 2017 inscrição no RGPS dos segurados empregados e os
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal trabalhadores avulsos a seu serviço, e pessoas físicas
do Brasil contratadas sem vínculo empregatício e os sócios
Data de publicação: 21/11/2017 cooperados; (ii) a obrigação acessória da elaboração
Teor: Dispõe sobre a obrigatoriedade de prestação da folha de pagamento mensal da remuneração paga,
de informações à Secretaria da RFB relativas a devida ou creditada a todos os segurados a seu
operações liquidadas em espécie. serviço, de forma coletiva por estabelecimento, por
Observações: Institui a obrigação de prestar obra de construção civil e por tomador de serviços,
informações à Secretaria da RFB relativas a com a correspondente totalização e resumo geral;
operações liquidadas, total ou parcialmente, em (iii) a obrigação acessória de lançamento mensal dos
espécie, decorrentes de alienação ou cessão onerosa títulos próprios de sua contabilidade, de forma
ou gratuita de bens e direitos, de prestação de discriminada, os fatos geradores de todas as
serviços, de aluguel ou de outras operações que contribuições sociais a cargo da empresa, as
envolvam transferência de moeda em espécie. As contribuições sociais previdenciárias descontadas
informações serão prestadas mediante o envio de dos segurados, as decorrentes de sub-rogação, as
formulário eletrônico denominado Declaração de retenções e os totais recolhidos; e (iv) a obrigação
Operações Liquidadas com Moeda em Espécie acessória de comunicação ao INSS acidente de
(DME). trabalho ocorrido com segurado empregado e
trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte
• Instrução Normativa nº 1.764, de 22 de ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, e
novembro de 2017 elaboração do LTCAT com referência aos agentes
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus
do Brasil trabalhadores. Também prevê que, após a
Data de publicação: 23/11/2017 implementação do eSocial e da EFD-Reinf, será
Teor: Altera a IN RFB nº 1.571/2015, que dispõe emitido ato normativo da RFB fixando o termo a
sobre a obrigatoriedade de prestação de quo, a partir do qual determinadas obrigações
informações relativas às operações financeiras de acessórias passarão a ser cumpridas integralmente
interesse da Secretaria da RFB, e a IN RFB nº mediante o envio dos eventos pertinentes ao eSocial
1.680/2016, que dispõe sobre a identificação das e à EFD-Reinf. Ademais, determina que, a partir das
contas financeiras em conformidade com o Padrão datas fixadas para cada grupo, as contribuições
de Declaração Comum (Common Reporting sociais previdenciárias serão recolhidas por meio de
Standard - CRS). DARF, gerado no sistema DCTFWeb, conforme
Observações: Determina que as entidades de que disciplinado em ato específico da RFB.
trata o art. 4º da IN RFB nº 1.571/2015 estão
obrigadas à apresentação das informações anuais • Instrução Normativa nº 1.774, de 22 de
relativas às operações financeiras mencionadas no dezembro de 2017

Voltar ao sumário. 193


Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal utilização, contado da data da prestação da
do Brasil informação para consolidação
Data de publicação: 27/12/2017
Teor: Dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital • Instrução Normativa nº 1.750, de 4 de
(ECD). outubro de 2017
Observações: Dispõe sobre a ECD a que são Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
obrigadas as pessoas jurídicas e equiparadas e sobre do Brasil
a forma e o prazo de sua apresentação. A ECD Data de publicação: 06/10/2017
compreenderá a versão digital dos seguintes livros: Teor: Altera a IN RFB nº 1.710/2017, que dispõe
(i) livro Diário e seus auxiliares, se houver; (ii) livro sobre o parcelamento de débitos perante a RFB,
Razão e seus auxiliares, se houver; e (iii) livro relativos a contribuições previdenciárias de
Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento responsabilidade dos estados, do Distrito Federal e
comprobatórias dos assentamentos neles dos municípios, de que trata a MP nº 778/2017.
transcritos. Observações: Estabelece que os débitos objeto de
discussão judicial poderão integrar o parcelamento
v) Países ou dependências com tributação de que trata esta IN desde que o sujeito passivo
favorecida desista expressamente, de forma irretratável e
irrevogável, total ou parcialmente, até 31/10/2017,
• Instrução Normativa nº 1.773, de 21 de da ação judicial proposta ou de recurso judicial e,
dezembro de 2017 cumulativamente, renuncie a quaisquer alegações
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal de direito sobre as quais se fundamentam as
do Brasil referidas ações judiciais.
Data de publicação: 26/12/2017
Teor: Altera a IN RFB nº 1.037/2010, que relaciona x) PERT
países ou dependências com tributação favorecida e
regimes fiscais privilegiados. • Instrução Normativa nº 1.733, de 31 de
agosto de 2017
w) Parcelamento de débitos Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil
• Instrução Normativa nº 1.735, de 05 de Data de publicação: 01/09/2017
setembro de 2017 Teor: Altera a IN RFB nº 1.711/2017, que
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal regulamenta o PERT instituído pela MP nº
do Brasil 783/2017, no âmbito da Secretaria da RFB.
Data de publicação: 08/09/2017 Observações: Estabelece que para os
Teor: Dispõe sobre os procedimentos relativos à requerimentos de adesão realizados em setembro de
consolidação de débitos para parcelamento e 2017, os pagamentos à vista e em espécie de que
pagamento à vista de que trata o art. 17 da Lei nº tratam os incisos I e III do caput e o inciso I do § 2º
12.865/2013, no âmbito da Secretaria da RFB. do art. 3º da IN RFB nº 1.711/2017 vencíveis no mês
Observações: Estabelece que o sujeito passivo que de agosto deverão ser efetuados cumulativamente
aderiu ao parcelamento nas modalidades previstas com a parcela do pagamento à vista e em espécie
no art. 2º, § 1º, e no art. 5º, § 2º, da Portaria referente ao mês de setembro de 2017. Além disso,
Conjunta PGFN/RFB nº 07/2013, e que tenha estabelece que a adesão ao PERT será formalizada
débitos no âmbito da RFB a consolidar nas mediante requerimento protocolado
modalidades de parcelamento previstas no art. 2º, § exclusivamente no sítio da RFB na internet, no
1º, IV a VI, e no art. 5º, § 2º, III e IV, da referida endereço http://rfb.gov.br, até 29/09/2017, e
Portaria Conjunta, deverá indicar, na forma e no abrangerá os débitos indicados pelo sujeito passivo
prazo estabelecido: (i) os débitos a serem na condição de contribuinte ou responsável.
parcelados; (ii) o número de prestações pretendidas;
e (iii) os montantes de créditos decorrentes de • Instrução Normativa nº 1.748, de 29 de
prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL setembro de 2017
a serem utilizados para liquidação de valores Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
correspondentes a multas, de mora ou de ofício, e a do Brasil
juros moratórios. Tais procedimentos deverão ser Data de publicação: 02/10/2017
realizados exclusivamente no sítio da RFB na Teor: Altera a IN RFB nº 1.711/2017, que
internet, no período de 11/09/2017 até 29/09/2017. regulamenta o PERT instituído pela MP nº
Os montantes de créditos decorrentes de prejuízo 783/2017, no âmbito da Secretaria da RFB.
fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL a serem Observações: Determina que para os
indicados deverão corresponder aos saldos requerimentos de adesão realizados no mês de
existentes até a publicação da Lei nº 11.941/2009, e outubro de 2017: (i) os pagamentos à vista e em
disponíveis para utilização, após a dedução dos espécie de que tratam os incisos I e III do caput e o
montantes já utilizados em: (i) compensação com a inciso I do § 2º do art. 3º da IN RFB nº 1.711/2017
base de cálculo do IRPJ ou da CSLL, ocorrida ao vencíveis nos meses de agosto e setembro deverão
longo dos períodos anteriores à data da prestação ser efetuados cumulativamente com a parcela do
das informações de que trata esta IN; (ii) outros pagamento à vista e em espécie referente ao mês de
programas especiais de quitação de débitos. A RFB outubro de 2017; e (ii) os pagamentos referentes à
dispõe do prazo de 5 anos para análise dos 1ª, à 2ª e à 3ª prestações do parcelamento de que
montantes de créditos decorrentes de prejuízo fiscal trata o inciso II do caput do art. 3º da IN RFB nº
e de base de cálculo negativa da CSLL indicados para 1.711/2017 deverão ser efetuados cumulativamente
no mês de outubro de 2017. Além disso, estabelece

Voltar ao sumário. 194


que a adesão ao PERT será formalizada mediante reduções, referente à parcela de dezembro de 2017.
requerimento protocolado exclusivamente no sítio No caso de opção pela modalidade do art. 3º, II, da
da RFB na internet, no endereço http://rfb.gov.br, IN RFB nº 1.711/2017: (i) até 14/11/2017, o valor
até 31/10/2017, e abrangerá os débitos indicados equivalente 1,2% da dívida consolidada sem
pelo sujeito passivo na condição de contribuinte ou reduções, referente às parcelas de agosto, setembro
responsável. e outubro de 2017; (ii) até o último dia útil de
novembro de 2017, o valor equivalente a 0,4% da
• Instrução Normativa nº 1.752, de 25 de dívida consolidada sem reduções, referente à
outubro de 2017 parcela de novembro de 2017 e; (iii) a partir de
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal dezembro de 2017, o percentual da dívida calculado
do Brasil de acordo os percentuais previstos nas alíneas “a” a
Data de publicação: 26/10/2017 “d” do inciso II do caput. No caso de opção pela
Teor: Altera a IN RFB nº 1.711/2017, que modalidade do art. 3º, IV, da IN RFB nº 1.711/2017:
regulamenta o Programa Especial de Regularização (i) até 14/11/2017, o valor equivalente 1% da dívida
Tributária (PERT), instituído pela MP nº 783/2017, consolidada sem reduções, referente à parcela de
no âmbito da Secretaria da RFB. outubro de 2017; (ii) até o último dia útil de
Observações: Altera o art. 3º, III da IN RFB novembro de 2017, o valor equivalente a 1% da
1.711/2017, em relação aos débitos abrangidos pelo dívida consolidada sem reduções, referente à
PERT e sua forma de liquidação nos seguintes parcela de novembro de 2017 e; (iii) a partir de
termos: (i) liquidado integralmente em janeiro de dezembro de 2017 e até completar no mínimo 24%
2018, em parcela única, com redução de 90% da dívida, o valor equivalente a 1% da dívida
(noventa por cento) dos juros de mora e de 70% das consolidada sem reduções.
multas de mora, de ofício ou isoladas; (ii) parcelado
em até 145 parcelas mensais e sucessivas, vencíveis • Instrução Normativa nº 1.762, de 21 de
a partir de janeiro de 2018, com redução de 80% dos novembro de 2017
juros de mora e de 50% das multas de mora, de Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
ofício ou isoladas ou; (iii) parcelado em até 175 do Brasil
parcelas mensais e sucessivas, vencíveis a partir de Data de publicação: 22/11/2017
janeiro de 2018, com redução de 50% dos juros de Teor: Altera a IN RFB nº 1.711/2017, que
mora e de 25% das multas de mora, de ofício ou regulamenta o Programa Especial de Regularização
isoladas, sendo cada parcela calculada com base no Tributária (PERT), no âmbito da Secretaria da RFB,
valor correspondente a 1% da receita bruta da instituído pela Lei nº 13.496/2017.
pessoa jurídica, referente ao mês imediatamente Observações: A comprovação do pedido de
anterior ao do pagamento, não podendo ser inferior desistência de ações judiciais e da renúncia às
a 1/175 do total da dívida consolidada, dentre outras alegações de direito deverá ser apresentada à
alterações. unidade da RFB do domicílio fiscal do sujeito
passivo até o último dia útil de novembro de 2017. A
• Instrução Normativa nº 1.754, de 31 de dívida a ser parcelada será consolidada tendo por
outubro de 2017 base a data do requerimento de adesão ao PERT,
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal dividida pelo número de prestações indicadas, e
do Brasil resultará da soma: (i) do principal; (ii) das multas e;
Data de publicação: 01/11/2017 (iii) dos juros de mora.
Teor: Altera a Instrução Normativa RFB nº
1.711/2017, que regulamenta o Programa Especial y) PRR
de Regularização Tributária (PERT), instituído pela
MP nº 783/2017, no âmbito da RFB. • Instrução Normativa nº 1.728, de 14 de
Observações: Estabelece que para os agosto de 2017
requerimentos de adesão realizados até 14/11/2017, Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
os sujeitos passivos deverão recolher, em 2017, no do Brasil
caso de opção pelas modalidades do art. 3º, I e III, Data de publicação: 15/08/2017
da IN RFB nº 1.711/2017: (i) até 14/11/2017, o valor Teor: Regulamenta o Programa de Regularização
equivalente 12% da dívida consolidada sem Tributária Rural (PRR), instituído pela MP nº
reduções, referente às parcelas de agosto, setembro 793/2017, no âmbito da RFB.
e outubro de 2017; (ii) até o último dia útil de Observações: Poderão ser quitados na forma do
novembro de 2017, o valor equivalente a 4% da PRR débitos relativos à contribuição de que trata o
dívida consolidada sem reduções, referente à art. 25 da Lei nº 8.212/1991, devidos por produtores
parcela de novembro de 2017 e; (iii) até o último dia rurais pessoas físicas e por adquirentes de produção
útil de dezembro de 2017, o valor equivalente a 4% rural de pessoa física, vencidos até 30/04/2017,
da dívida consolidada sem reduções, referente à constituídos ou não, inclusive objeto de
parcela de dezembro de 2017. No caso de opção pela parcelamentos anteriores rescindidos ou ativos, ou
modalidade do art. 3º, § 2º, I, da IN RFB nº em discussão administrativa ou judicial, cujo código
1.711/2017: (i) até 14/11/2017, o valor equivalente do FPAS informado na GFIP seja 744, ressalvados os
3% da dívida consolidada sem reduções, referente às débitos sob responsabilidade: (i) do produtor rural
parcelas de agosto, setembro e outubro de 2017; (ii) pessoa jurídica, relativos à contribuição de que trata
até o último dia útil de novembro de 2017, o valor o art. 25 da Lei nº 8.870/1994; (ii) dos adquirentes,
equivalente a 1% da dívida consolidada sem inclusive órgãos públicos, de produção rural de
reduções, referente à parcela de novembro de 2017 pessoa jurídica; (iii) das agroindústrias, relativos à
e; (iii) até o último dia útil de dezembro de 2017, o contribuição de que trata o art. 22-A da Lei nº
valor equivalente a 1% da dívida consolidada sem 8.212/1991; e (iv) da pessoa jurídica com falência

Voltar ao sumário. 195


decretada ou de pessoa física com insolvência civil Teor: Altera a IN RFB nº 1.639/2016, que dispõe
decretada, relativos às contribuições de que trata a sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de
IN. admissão temporária de bens ao amparo do Carnê
ATA, de que trata a Convenção de Istambul,
• Instrução Normativa nº 1.749, de 29 de promulgada pelo Decreto nº 7.545/2011.
setembro de 2017 Observações: Estabelece que para ser considerado
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal um título válido, conforme disposto no art. 16, I, da
do Brasil IN RFB nº 1.639/2016, o Carnê ATA deve ter sido
Data de publicação: 02/10/2017 emitido por entidade garantidora na condição de
Teor: Altera a IN nº 1.728/2017, que regulamenta o membro filiado à cadeia de garantia internacional -
Programa de Regularização Tributária Rural (PRR), International Chamber of Commerce World
instituído pela MP nº 793/2017, no âmbito da RFB. Chambers Federation (ICC-WCF ATA), desde que
Observações: Estabelece que os débitos inscritos observados os termos, limites e condições
no PRR poderão ser quitados ainda que estabelecidos na Convenção de Istambul,
provenientes de lançamento efetuado de ofício após promulgada pelo Decreto nº 7.545/2011.
1º/08/2017, desde que a adesão seja requerida até o
dia 30/11/2017 e o tributo lançado tenha bb) Restituição, compensação, ressarcimento e
vencimento legal até 30/04/2017. A adesão ao PRR reembolso
se dará mediante requerimento a ser protocolado na
unidade da RFB do domicílio tributário do devedor, • Instrução Normativa nº 1.717, de 17 de julho
até o dia 30/11/2017, e abrangerá os débitos de 2017
indicados pelo sujeito passivo, na condição de Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
contribuinte ou de sub-rogado. do Brasil
Data de publicação: 18/07/2017
z) PRT Teor: Estabelece normas sobre restituição,
compensação, ressarcimento e reembolso, no
• Instrução Normativa nº 1.766, de 11 de âmbito da Secretaria da RFB.
dezembro de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal • Instrução Normativa nº 1.765, de 30 de
do Brasil novembro de 2017
Data de publicação: 12/12/2017 Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Teor: Dispõe sobre a prestação das informações do Brasil
para fins de consolidação dos débitos no Programa Data de publicação: 04/12/2017
de Regularização Tributária (PRT), instituído pela Teor: Altera a IN RFB nº 1.717/2017, que estabelece
MP nº 766/2017, no âmbito da RFB. normas sobre restituição, compensação,
ressarcimento e reembolso, no âmbito da RFB.
aa) Regime aduaneiro especial Observações: Dispõe que, no caso de saldo
negativo de IRPJ ou de CSLL, o pedido de
• Instrução Normativa nº 1.727, de 10 de restituição e a declaração de compensação serão
agosto de 2017 recepcionados pela RFB somente depois da
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal confirmação da transmissão da ECF, na qual se
do Brasil encontre demonstrado o direito creditório, de
Data de publicação: 14/08/2017 acordo com o período de apuração. O disposto
Teor: Altera a IN RFB nº 1.639/2016, que dispõe aplica-se, inclusive, aos casos de apuração especial
sobre a aplicação do regime aduaneiro especial de decorrente de extinção, cisão parcial, cisão total,
admissão temporária de bens ao amparo do Carnê fusão ou incorporação. No caso de saldo negativo de
ATA, de que trata a Convenção de Istambul, IRPJ ou de CSLL apurado trimestralmente, a
promulgada pelo Decreto nº 7.545/2011, e a IN RFB restrição de que trata o caput será aplicada somente
nº 1.657/2016, que dispõe sobre a aplicação do depois do encerramento do respectivo ano-
regime aduaneiro especial de exportação temporária calendário. Ainda, indica que, no caso de crédito do
de bens ao amparo do Carnê ATA. IPI, o pedido de ressarcimento e a declaração de
compensação serão recepcionados pela RFB
• Instrução Normativa nº 1.743, de 22 de somente depois da confirmação da transmissão da
setembro de 2017 EFD ICMS/IPI, na qual se encontre demonstrado o
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal direito creditório, de acordo com o período de
do Brasil apuração. Isso, entretanto, não se aplica ao caso de
Data de publicação: 26/09/2017 crédito presumido do IPI a que se refere o art. 40, §
Teor: Dispõe sobre o regime aduaneiro especial de 2º, II, apurado por estabelecimento matriz não
utilização econômica destinado a bens a serem contribuinte do IPI. Ademais, no caso de créditos da
utilizados nas atividades de exploração, contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, o
desenvolvimento e produção das jazidas de petróleo pedido de ressarcimento e a declaração de
e de gás natural (REPETRO-SPED) e altera a IN compensação serão recepcionados pela RFB
RFB nº 1.600/2015. somente depois da confirmação da transmissão da
EFD-Contribuições, na qual se encontre
• Instrução Normativa nº 1.763, de 21 de demonstrado o direito creditório, de acordo com o
novembro de 2017 período de apuração. Na hipótese a que se refere o
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal art. 57, a restrição de que trata o caput será aplicada
do Brasil somente depois do encerramento do respectivo
Data de publicação: 22/11/2017 trimestre-calendário. Por fim, aduz que o disposto

Voltar ao sumário. 196


nos artigos acrescentados não se aplica ao crédito ou jurídicas detentoras de certificado digital, por
relativo a período de apuração anterior a janeiro de meio de procuração RFB ou procuração eletrônica,
2014. para utilização dos serviços disponíveis no e-CAC
em nome do outorgante.
• Instrução Normativa nº 1.776, de 28 de
dezembro de 2017 ee) Trânsito aduaneiro
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil • Instrução Normativa nº 1.741, de 22 de
Data de publicação: 29/12/2017 setembro de 2017
Teor: Altera a IN RFB nº 1.717/2017, que estabelece Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
normas sobre restituição, compensação, do Brasil
ressarcimento e reembolso, no âmbito da RFB. Data de publicação: 26/09/2017
Observações: Altera dispositivos que tratam da Teor: Altera a IN SRF nº 248/2002, que dispõe
restituição de valores decorrentes de declaração de sobre a aplicação do regime de trânsito aduaneiro.
importação. Observações: Determina, entre outras
providências, que o despacho para o regime de
cc) SISCOMEX trânsito aduaneiro será processado mediante a
utilização do SISCOMEX Trânsito. Os casos de
• Instrução Normativa nº 1.740, de 22 de trânsito aduaneiro de remessas postais
setembro de 2017 internacionais e de mercadorias destinadas à
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal exportação ou reexportação, não amparadas por
do Brasil MIC-DTA de saída, serão regidos por norma própria.
Data de publicação: 26/09/2017
Teor: Dispõe sobre o Conhecimento Eletrônico • Instrução Normativa nº 1.742, de 22 de
Rodoviário. setembro de 2017
Observações: Dispõe acerca das informações Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
relativas ao transporte internacional rodoviário de do Brasil
cargas para instrução do despacho aduaneiro na Data de publicação: 26/09/2017
exportação e na reexportação, mediante o uso do Teor: Altera a IN SRF nº 28/1994, a IN RFB nº
módulo de controle de carga do SISCOMEX Carga. 1.381/2013, e a IN RFB nº 1.702/2017.
Observações: Dentre as alterações, estabelece que
• Instrução Normativa nº 1.745, de 26 de poderá ser feita uma única declaração para
setembro de 2017 despacho de exportação de mercadoria cuja entrega
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal ao comprador no exterior será realizada com a
do Brasil participação, de mais de um estabelecimento da
Data de publicação: 28/09/2017 mesma empresa exportadora, num mesmo
Teor: Altera a IN RFB nº 1.603/2015, que embarque. No despacho aduaneiro de exportação
estabelece procedimentos de habilitação de processado por meio de DE Web, com utilização da
importadores, exportadores e internadores da ZFM via de transporte internacional rodoviária e
para operação no SISCOMEX e de credenciamento mercadorias transportadas em veículos com
de seus representantes para a prática de atividades autorização de viagem de caráter ocasional ou de
relacionadas ao despacho aduaneiro. frota própria, será indicada, na declaração, a via de
Observações: Estabelece que o requerimento do transporte meios próprios, devendo ser apresentado,
art. 2º, I, “a”, itens 1, 3 e 5, da IN RFB nº 1.603/2015 em papel, o Conhecimento Internacional de
deverá ser feito pelo Portal Habilita. Ademais, Transporte Rodoviário (CRT) e o Manifesto
dispõe que novo requerimento de revisão de Internacional de Carga Rodoviária/Declaração de
estimativa, protocolado nos termos do art. 5º da IN Trânsito Aduaneiro (MIC-DTA) de saída como
RFB nº 1.603/2015, será apreciado somente após documentos instrutivos do despacho, quando
decorrido o prazo de 6 meses, contado da data do necessário.
protocolo do último requerimento que tiver sido
indeferido. 4. PORTARIAS

dd) Sistemas informatizados a) Atendimento ao contribuinte

• Instrução Normativa nº 1.751, de 16 de • Portaria nº 3.300, de 14 de dezembro de


outubro de 2017 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil do Brasil
Data de publicação: 18/10/2017 Data de publicação: 22/12/2017
Teor: Dispõe sobre a permissão de acesso do Teor: Altera a Portaria RFB nº 2.466/2010, que
contribuinte aos serviços disponíveis no dispõe sobre a jurisdição fiscal das Unidades
Atendimento Virtual (e-CAC) da Secretaria da RFB. Descentralizadas da RFB.
Observações: Dispõe sobre o acesso do Observações: Dá às Delegacias Especiais de
contribuinte aos serviços disponíveis no Maiores Contribuintes em São Paulo
Atendimento Virtual (eCAC) da Secretaria da RFB (DEMAC/SPO) e em Belo Horizonte
mediante outorga de poderes a pessoa física ou (DEMAC/BHE) jurisdição preferencial, em todo o
jurídica detentora de certificado digital. As pessoas território nacional, sobre os contribuintes
físicas ou jurídicas, detentoras ou não de certificado diferenciados, pessoas jurídicas e físicas,
digital, poderão outorgar poderes a pessoas físicas respectivamente conforme critérios previstos em

Voltar ao sumário. 197


norma específica da RFB. No dia 22/12/2017 houve econômico-tributário diferenciado e especial no ano
a retificação em relação ao art. 2º da Portaria. de 2018.
Observações: Deverá ser indicada para o
• Portaria nº 6.447, de 27 de dezembro de acompanhamento diferenciado a ser realizado no
2017 ano de 2018 a pessoa física: (i) cujos rendimentos
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal informados na DIRPF relativa ao ano-calendário de
do Brasil 2016 sejam superiores a R$ 10.000.000,00; (ii)
Data de publicação: 29/12/2017 cujos bens e direitos informados na DIRPF relativa
Teor: Define os serviços de atendimento ao ao ano-calendário de 2016 sejam superiores a
contribuinte a serem prestados de forma integral R$ 20.000.000,00; ou (iii) cujas operações em
nas localidades onde houver apenas uma unidade da renda variável informadas em DIRF relativas ao
Secretaria da RFB. ano-calendário de 2016 sejam superiores a
Observações: Define os serviços que deverão ser R$ 15.000.000,00. Estará sujeita ao
prestados ao contribuinte de forma integral nas acompanhamento especial a ser realizado no ano de
localidades onde houver apenas uma unidade da 2018 a pessoa física: (i) cujos rendimentos
Secretaria da RFB, em atendimento ao disposto no informados na DIRPF relativa ao ano-calendário de
art. 276, § 3º, do Regimento Interno da RFB, 2016 sejam superiores a R$ 200.000.000,00; (ii)
aprovado pela Portaria MF nº 430/2017. Nas cujos bens e direitos informados na DIRPF relativa
localidades onde houver somente uma unidade da ao ano-calendário de 2016 sejam superiores a
Secretaria da RFB, esta deverá gerir e executar as R$ 500.000.000,00; ou (iii) cujas operações em
atividades de atendimento ao contribuinte, de forma renda variável informadas em DIRF relativas ao
integral, independentemente da natureza do serviço ano-calendário de 2016 sejam superiores a
ou tributo. R$ 100.000.000,00.

b) Fiscalização fazendária c) Processo administrativo fiscal

• Portaria nº 3.311, de 20 de dezembro de • Portaria nº 2.724, de 27 de setembro de


2017 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil do Brasil
Data de publicação: 22/12/2017 Data de publicação: 29/09/2017
Teor: Estabelece parâmetros para indicação de Teor: Dispõe sobre a emissão de acórdãos sem
pessoa jurídica a ser submetida ao ementas pelas DRJ resultantes de julgamento de
acompanhamento econômico-tributário processos administrativos fiscais que especifica.
diferenciado e especial no ano de 2018. Observações: Estabelece que não conterá ementa
Observações: Deverá ser indicada para o o acórdão resultante de julgamento de processo
acompanhamento diferenciado a ser realizado no administrativo fiscal decorrente de (i) notificação de
ano de 2018 a pessoa jurídica: (i) cuja receita bruta lançamento emitida por processamento eletrônico
anual informada na ECF do ano-calendário de 2016 ou (ii) despacho decisório emitido por
tenha sido superior a R$ 200.000.000,00; (ii) cujos processamento eletrônico. Além disso, determina
débitos informados nas DCTF relativas ao ano- que estão dispensados de conter ementa os acórdãos
calendário de 2016 tenham sido superiores a resultantes de julgamentos que contenham: (i)
R$ 25.000.000,00; (iii) cuja massa salarial exigência de crédito tributário ou manifestação de
informada nas GFIP relativas ao ano-calendário de inconformidade contra indeferimento de direito
2016 tenha sido superior a R$ 65.000.000,00; ou creditório de valor inferior a R$ 100.000,00,
(iv) cujos débitos informados nas GFIP relativas ao considerados o principal e a multa de ofício ou; (ii)
ano-calendário de 2016 tenham sido superiores a manifestação de inconformidade relativa a
R$ 25.000.000,00. Estará sujeita ao reconhecimento de isenção ou de benefício fiscal.
acompanhamento especial a ser realizado no ano de
2018 a pessoa jurídica: (i) cuja receita bruta anual • Portaria n° 2.860, de 25 de outubro de 2017
informada na ECF do ano-calendário de 2016 tenha Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
sido superior a R$ 1.800.000.000,00; (ii) cujos do Brasil
débitos informados nas DCTF relativas ao ano- Data de publicação: 27/10/2017
calendário de 2016 tenham sido superiores a Teor: Dispõe sobre a apresentação de documento
R$ 200.000.000,00; (iii) cuja massa salarial sem reconhecimento de firma e de cópia simples
informada nas GFIP relativas ao ano-calendário de para solicitação de serviços no âmbito da RFB.
2016 tenha sido superior a R$ 200.000.000,00; ou Observações: Fica dispensado o reconhecimento
(iv) cujos débitos informados nas GFIP relativas ao de firma em documento apresentado à RFB,
ano-calendário de 2016 tenham sido superiores a bastando a apresentação do seu original ou de sua
R$ 200.000.000,00. cópia autenticada para que se possibilite o
cotejamento da assinatura por parte do servidor
• Portaria nº 3.312, de 20 de dezembro de público a quem o documento for apresentado,
2017 exceto quando: (i) houver dúvida fundada quanto à
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal autenticidade da assinatura nele aposta ou; (ii)
do Brasil existir imposição legal. A cópia simples de
Data de publicação: 26/12/2017 documento apresentada para obtenção de serviços
Teor: Estabelece parâmetros para indicação de no âmbito da RFB deve estar acompanhada do
pessoa física a ser submetida ao acompanhamento documento original a fim de possibilitar sua

Voltar ao sumário. 198


autenticação pelo servidor público ao qual for Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
apresentada. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 06/07/2017
d) Regime de Recuperação Fiscal Teor: Para a exclusão dos valores de materiais ou
de equipamentos (exceto os manuais) fornecidos
• Portaria nº 497, de 13 de novembro de 2017 pela contratada da base de cálculo da retenção
Órgão responsável: Gabinete do Ministro da previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº
Fazenda 8.212/1991, é condição necessária, mas não
Data de publicação: 16/11/2017 suficiente, que tais valores estejam discriminados na
Teor: Regulamenta os procedimentos relativos à nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
metodologia para cálculo dos valores previstos nos serviços, não sendo eventual omissão suprida pela
arts. 9º e 17 da LC nº 159/2017, e nos arts. 4º e 7º do utilização de documento diverso. Sem a
Decreto nº 9.109/2017, bem como os juros nominais discriminação dos valores dos materiais ou de
referidos nos §§ 5º do art. 2º e 3º do art. 4º, da LC equipamentos fornecidos pela contratada na nota
nº 159/2017, e no § 1º do art. 17 do Decreto nº fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de
9.109/2017. serviços, a base de cálculo da retenção
previdenciária será o seu valor bruto.
e) Transparência fiscal
• Solução de Consulta nº 361, de 1º de agosto
• Portaria nº 896, de 31 de outubro de 2017 de 2017
Órgão responsável: Secretaria do Tesouro Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Nacional e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 01/11/2017 Data de publicação: 09/08/2017
Teor: Estabelece regras acerca da periodicidade, Teor: O fato de a empresa não efetuar a
formato e sistema relativos à disponibilização das compensação do saldo remanescente da retenção
informações e dos dados contábeis, orçamentários e sobre a nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de
fiscais da União, dos Estados, do Distrito Federal e serviços sofrida no mês anterior não significa que as
dos Municípios, no exercício de 2018, em informações por ela prestadas na GFIP/SEFIP, em
atendimento ao § 2º do art. 48 da LC nº 101/2000, tal competência, tenham sido realizadas
e dá outras providências. incorretamente ou indevidamente, a ensejar a
retificação das informações prestadas. Nesse caso, o
5. SOLUÇÕES DE CONSULTA valor correspondente a esse saldo, desde que ainda
não prescrito, e que os valores que foram retidos
a) COFINS tenham sido devidamente informados na GFIP
relativa ao mês da emissão da nota fiscal, da fatura
• Solução de Consulta nº 445, de 18 de ou do recibo da prestação de serviços, poderá ser
setembro de 2017 compensado com as contribuições previdenciárias
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação nas competências correntes da empresa, nos termos
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação do § 3º do art. 88 da IN RFB nº 1.717/2017. Até que
Data de publicação: 22/09/2017 a Secretaria da RFB edite ato específico próprio
Teor: Estão sujeitas à alíquota zero as receitas de relativamente à obrigação acessória da GFIP
vendas no mercado interno de livros, conforme atinente à contribuição substitutiva da Lei nº
definidos no art. 2º da Lei nº 10.753/2003, 12.546/2011, a empresa submetida a essa
efetuadas tanto por gráficas quanto por substituição deve aplicar, no que for possível, a
comerciantes atacadistas ou varejistas. Contudo, partir de janeiro de 2014, as disposições contidas no
não estão sujeitas à alíquota zero as receitas Ato Declaratório Executivo CODAC nº 93/2011, e
decorrentes da prestação de serviços gráficos. alterações posteriores, devendo ser retificadas as
GFIP/SEFIP entregues sem a observância deste ato
• Solução de Consulta nº 498, de 10 de normativo.
outubro de 2017 Observações: Solução vinculada à Solução de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Consulta COSIT nº 165/2015.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 23/10/2017 • Solução de Consulta nº 371, de 16 de agosto
Teor: Desde que preenchidas as condições legais de 2017
exigidas, permite-se a apuração de créditos relativos Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
a armazenagem de mercadoria e frete na operação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
de venda, vinculados à revenda de produtos Data de publicação: 23/08/2017
beneficiados com suspensão, isenção, alíquota zero Teor: O valor pago a concessionária de serviço
ou não incidência da COFINS, quando o ônus for público (delegação na modalidade “concessão
suportado pelo vendedor, no âmbito do regime não patrocinada”) pelo poder concedente, a título de
cumulativo de cobrança desse tributo. “contraprestação”, destinado a remunerar, em parte
Observações: Republicado por ter originalmente (“adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários”), a
publicado no DOU de 20/10/2017 com incorreção. prestação, por ela efetuada, do serviço público de
transporte de passageiros, não está sujeito à
b) Contribuição previdenciária retenção de contribuição previdenciária de que trata
o art. 31 da Lei nº 8.212/1991, haja vista que o citado
• Solução de Consulta nº 253, de 26 de maio serviço não é executado mediante cessão de mão de
de 2017 obra.

Voltar ao sumário. 199


• Solução de Consulta nº 487, de 25 de Data de publicação: 23/11/2017
setembro de 2017 Teor: As sociedades de economia mista, entes
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação dotados de personalidade jurídica de direito privado,
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação não se confundem com órgãos públicos, autarquias
Data de publicação: 28/09/2017 ou fundações públicas. Por tal motivo, suas
Teor: A MP nº 689/2015, alterou o § 3º do art. 183 atividades não se enquadram no código FPAS 582.
da Lei nº 8.112/1990, para majorar a contribuição Observações: Solução de Consulta vinculada à
para o PSS do servidor afastado ou licenciado do Solução de Consulta COSIT nº 128/2017.
cargo sem direito a remuneração, que pretenda
manter sua vinculação a esse Plano. A mencionada c) Contribuição previdenciária devida pelo
MP produziu efeitos no período compreendido entre produtor rural
1º/12/2015 a 06/02/2016, quando teve sua vigência
encerrada por decurso de prazo. O Projeto de • Solução de Consulta nº 500, de 16 de
Decreto Legislativo nº 320/2016, do Congresso outubro de 2017
Nacional, que buscava regular as relações jurídicas Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
decorrentes da MP nº 689/2015, foi arquivado em e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
face do término do prazo para sua aprovação, sendo Data de publicação: 20/10/2017
que as relações constituídas e decorrentes de atos Teor: A energia elétrica é considerada bem móvel
praticados durante a vigência dessa Medida incorpóreo, de forma que sua comercialização não
conservar-se-ão por ela regidas. Nas competências configura prestação de serviços. Portanto, não é
de dezembro de 2015 e janeiro de 2016, a possível o enquadramento de agroindústria que
contribuição do servidor público federal afastado ou também atua na geração de energia elétrica nas
licenciado sem remuneração, para fins de exceções previstas nos §§ 2º e 3º do art. 22-A da Lei
manutenção de seu vínculo ao PSS, passou a ser de nº 8.212/1991.
33% sobre a remuneração total do cargo a que faz jus
no exercício de suas atribuições, podendo o servidor d) Contribuição previdenciária & IRRF
optar ou não pela manutenção desse vínculo. No
caso de servidor público federal licenciado sem • Solução de Consulta nº 523, de 04 de
remuneração para acompanhamento de cônjuge, dezembro de 2017
ocorre a manutenção do vínculo ao PSS, Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
independentemente de contribuições, nas e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
competências de dezembro de 2015 e janeiro de Data de publicação: 13/12/2017
2016, devendo, contudo, ser recolhidas as Teor: As bolsas de pesquisa pagas por fundação de
contribuições no percentual da MP nº 689/2015, direito privado, sem finalidade lucrativa, concedidas
caso pretenda contar esse período como tempo de em desacordo com a Lei nº 8.958/1994, e do
contribuição. A partir da competência de fevereiro Decreto nº 7.423/2010, e com a nova redação do art.
de 2016, com o restabelecimento do § 3º do art. 183 9º da Lei nº 10.973/2004, integram a base de
da Lei nº 8.112/1990, com a redação dada pela Lei cálculo da contribuição previdenciária quando
nº 10.667/2003, a contribuição do servidor, para consubstanciarem contraprestação pelos serviços e
fins de manutenção de seu vínculo ao PSS, voltou a os resultados do projeto reverterem-se
ser de 11% sobre a remuneração do cargo a que faz economicamente em benefício da empresa
jus, ficando a União, suas autarquias e fundações concedente ou de pessoa interposta. As bolsas de
responsáveis pelo recolhimento da contribuição pesquisa pagas por fundação de direito privado, sem
patronal correspondente ao dobro desse percentual, finalidade lucrativa, em desacordo com a Lei nº
no montante de 22% sobre a referida remuneração, 8.958/1994, e do Decreto nº 7.423/2010, e com a
podendo o servidor optar ou não pela manutenção nova redação do art. 9º da Lei nº 10.973/2004, estão
desse vínculo. sujeitas ao IRRF quando, em contrapartida ao
custeio, esteja previsto o aproveitamento econômico
• Solução de Consulta nº 491, de 26 de do resultado dessa atividade pela fonte pagadora.
setembro de 2017 Observações: Reforma a Solução de Consulta nº
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação 164/2017.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 28/09/2017 e) Contribuição previdenciária sobre a receita
Teor: A contribuição patronal devida pelo bruta
órgão/entidade de origem relativa ao servidor
público que se afastou do cargo efetivo para o • Solução de Consulta nº 282, de 08 de junho
desempenho de mandato eletivo e que optou pela de 2017
remuneração do cargo eletivo tem como base a Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
remuneração do cargo efetivo e deverá ser recolhida e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
nos prazos fixados no § 2º do art. 7º da IN RFB nº Data de publicação: 18/07/2017
1.332/2013, sendo o vencimento fixado em função Teor: A CPRB prevista no caput do art. 8º da Lei nº
da data de pagamento referente ao cargo a que faz 12.546/2011, antes da produção de efeitos da MP nº
jus o servidor afastado, e incidindo acréscimos na 774/2017, não se aplica a receita de prestação de
forma do § 3º desse artigo quando o recolhimento serviços, ainda que se trate de prestação de serviço
for efetuado fora do prazo. de construção civil com fornecimento de materiais
fabricados pela empresa e enquadrados no Anexo I
• Solução de Consulta Vinculada nº 8.069, de da Lei nº 12.546/2011. A partir da produção de
30 de outubro de 2017 efeitos da MP nº 774/2017, sequer há previsão de
Órgão responsável: Divisão de Tributação aplicação da CPRB para as empresas que fabricam

Voltar ao sumário. 200


os produtos classificados na TIPI, aprovada pelo h) CSLL, PIS/PASEP & COFINS
Decreto nº 7.660/2011, nos códigos NCM
6810.99.00 e 9406.00.99. • Solução de Consulta nº 427, de 13 de
setembro de 2017
f) Convenções internacionais Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 501, de 17 de Data de publicação: 21/09/2017
outubro de 2017 Teor: Os pagamentos efetuados por pessoa jurídica
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação de direito privado a outra pessoa jurídica de direito
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação privado pela prestação de serviços de afiação ou
Data de publicação: 24/10/2017 reafiação de ferramentas estão sujeitos à retenção na
Teor: Os rendimentos pagos, creditados, entregues, fonte da CSLL, da COFINS e da contribuição para o
empregados ou remetidos, por fonte situada no País, PIS/PASEP quando se tratar de manutenção,
a pessoa física ou jurídica domiciliada na França, a caracterizada pela natureza preventiva, com a
título de contraprestação por serviço técnico ou de finalidade de manter as ferramentas em condições
assistência técnica prestado, não se sujeitam à eficientes de operação. Caso a contratação ocorra em
incidência do IRRF. caráter isolado, como mero conserto de um bem
Observações: Solução de consulta vinculada à defeituoso, não incidirá a mencionada retenção.
Solução de Consulta COSIT nº 153/2015.
• Solução de Consulta nº 430, de 13 de
• Solução de Consulta nº 521, de 28 de setembro de 2017
novembro de 2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Data de publicação: 22/09/2017
Data de publicação: 13/12/2017 Teor: Pagamentos efetuados por pessoas jurídicas
Teor: A isenção de que trata o § 3° do art. 11 da a entidades sindicais que atuem como
Convenção Brasil-Suécia deve ser interpretada de intermediadoras obrigatórias, relativamente à
forma literal. Assim, são isentos de IRRF os juros remuneração de atividades de movimentação de
provenientes do Brasil quando pagos a qualquer mercadorias em geral, exercidas por trabalhadores
agência de propriedade exclusiva do Governo da avulsos, nos moldes da Lei nº 12.023/2009, não
Suécia. Logo, a isenção somente é aplicável se ambas estão sujeitas à retenção na fonte da contribuição
condições forem satisfeitas. A isenção de que trata o para o PIS/PASEP, COFINS e CSLL, prevista no art.
§ 3°, “a”, III do art. 11 do Acordo Brasil-Finlândia 30 da Lei nº 10.833/2003.
deve ser interpretada de forma literal. Assim, são
isentos de IRRF os juros provenientes do Brasil se • Solução de Consulta nº 512, de 23 de
forem pagos a qualquer agência de propriedade outubro de 2017
exclusiva do Governo da Finlândia. Logo, a isenção Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
somente é aplicável se ambas condições forem e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
satisfeitas. Data de publicação: 31/10/2017
Teor: A retenção das contribuições para o
• Solução de Consulta nº 589, de 21 de PIS/PASEP, da COFINS e da CSLL é efetuada
dezembro de 2017 quando do pagamento pelos serviços prestados.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Com o advento dos arts. 24 e 26, VII, da Lei nº
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação 13.137/2015, os pagamentos efetuados à mesma
Data de publicação: 29/12/2017 pessoa jurídica entre 1º e 21 de junho de 2015 são
Teor: Os rendimentos pagos, creditados, irrelevantes para aqueles que vierem a ser realizados
empregados, entregues ou remetidos por pessoa posteriormente. Mesmo que o documento fiscal
jurídica domiciliada no Brasil para pessoas jurídicas tenha sido emitido antes da vigência da referida Lei,
domiciliadas no México a título de remuneração pela mesma pessoa jurídica, e os pagamentos a ele
pelo serviço de corretagem ou mediação, que não referentes tenham sido feitos após a vigência de tal
envolvam serviços técnicos ou de assistência técnica marco legal, tais pagamentos se enquadram na nova
e sem intermédio de estabelecimento permanente regra de retenção.
da prestadora no Brasil, são tributados apenas no
México em razão do disposto no art. 7º da i) II
Convenção Brasil-México, e, portanto, não estão
sujeitos ao IRRF. • Solução de Consulta nº 446, de 18 de
setembro de 2017
g) CSLL Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 463, de 20 de Data de publicação: 21/09/2017
setembro de 2017 Teor: O valor aduaneiro dos jogos de vídeo
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação destinados ao uso em consoles e máquinas de jogos
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação de vídeo da posição 95.04 do Sistema Harmonizado
Data de publicação: 26/09/2017 de Designação e Codificação de Mercadorias
Teor: Para fins de recolhimento da CSLL, a compreende o custo ou valor total da transação,
sociedade corretora de seguros deve utilizar a incluídos o valor do software e do suporte físico.
alíquota prevista no art. 3º, III, da Lei nº Portando, não se aplica aos referidos jogos a regra
7.689/1988. de exceção estabelecida para valoração aduaneira de

Voltar ao sumário. 201


suporte físico que contenha dados ou instruções
para equipamento de processamento de dados. • Solução de Consulta nº 597, de 21 de
dezembro de 2017
j) II, IPI, PIS/PASEP-Importação & Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
COFINS-Importação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 29/12/2017
• Solução de Consulta nº 418, de 11 de Teor: Na hipótese de conversão de um empréstimo
setembro de 2017 externo, contraído em moeda estrangeira, em
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação investimento estrangeiro direto (IED), haverá
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação incidência do IOF sobre as correspondentes
Data de publicação: 13/09/2017 operações simultâneas de câmbio, de compra e de
Teor: Por observância da lei de regência da matéria, venda de moeda estrangeira, determinadas pela
as importações realizadas pela União, Estados, regulamentação cambial, ocorrendo o fato gerador
Distrito Federal e Municípios, são isentas do II, do da obrigação tributária no ato da liquidação dos
IPI, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação respectivos contratos de câmbio. Sobre a operação
e COFINS-Importação, desde que observados os de câmbio contratada nos termos do art. 15-A, XXII,
termos, limites e condições estabelecidos no do Decreto nº 6.306/2007, com a redação dada pelo
Regulamento Aduaneiro. A pessoa jurídica de Decreto nº 7.698/2012, para ingresso de recursos
direito privado que opere por conta e ordem de no País, referente a empréstimo externo com prazo
qualquer dos entes acima citados não pode efetuar inferior ao prazo médio mínimo exigido no inciso
importação de bens com isenção dos tributos XXII, aplica-se a alíquota de 6% do IOF estabelecida
incidentes na respectiva operação, tendo em vista a no mesmo inciso. Sobre a operação simultânea de
ausência de previsão normativa que preveja, câmbio referente à saída de recursos para a quitação
expressamente, a exclusão do crédito tributário na de empréstimo, aplica-se a alíquota zero do IOF
hipótese em questão. Não há como se considerar estabelecida pelo art. 15-A, IX, do Decreto nº
bilhetes de loteria como títulos públicos para fins de 6.306/2007, com a redação dada pelo Decreto nº
benefícios tributários por absoluta falta de previsão 7.456/2011. Sobre a operação simultânea de câmbio
legal. referente à entrada de recursos financeiros
destinados à integralização de capital social, em face
k) II, PIS/PASEP-Importação & COFINS- da conversão de empréstimo externo em IED,
Importação aplica-se a alíquota zero do IOF estabelecida pelo
art. 15-B, XVIII, do Decreto nº 6.306/2007.
• Solução de Consulta nº 353, de 05 de julho
de 2017 m) IPI
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação • Solução de Consulta nº 369, de 14 de agosto
Data de publicação: 14/07/2017 de 2017
Teor: A quantificação de energia elétrica importada Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
ocorrerá nos termos previstos no respectivo e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
contrato de compra e venda, podendo o registro da Data de publicação: 18/08/2017
declaração de importação ser efetuado até o último Teor: O prazo prescricional dos créditos do IPI
dia útil do mês subsequente a tal data. decorrentes da não cumulatividade é de cinco anos,
contado da efetiva entrada da matéria-prima, do
l) IOF produto intermediário e do material de embalagem
no estabelecimento industrial ou equiparado.
• Solução de Consulta nº 511, de 20 de
outubro de 2017 n) IPI, PIS/PASEP-Importação & COFINS-
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Importação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 27/10/2017 • Solução de Consulta nº 489, de 26 de
Teor: Os serviços de apoio marítimo e portuário em setembro de 2017
portos brasileiros, irrelevante se prestados a Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
armadores nacionais ou estrangeiros, no que e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
concerne ao IOF, não se enquadram na hipótese de Data de publicação: 28/09/2017
aplicação da alíquota zero prevista para operações Teor: A pessoa jurídica sujeita à apuração não
de câmbio referentes ao ingresso de receitas de cumulativa da COFINS e do PIS/PASEP pode
exportação de serviços. descontar crédito, para fins de determinação dessa
contribuição, com base no disposto no art. 15 da Lei
• Solução de Consulta nº 587, de 21 de nº 10.865/2004, em relação ao recolhimento da
dezembro de 2017 COFINS-Importação e do PIS/PASEP-Importação,
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação posteriormente apurada e constituída por
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação lançamento lavrado em auto de infração. O efetivo
Data de publicação: 27/12/2017 pagamento da COFINS-Importação e do
Teor: Para fins de gozo da alíquota zero do IOF PIS/PASEP-Importação, ainda que ocorra em
estabelecida pelo art. 8º, III, do Decreto nº momento posterior ao do registro da respectiva DI,
6.306/2007, a operação de crédito para estímulo à enseja o direito ao desconto de crédito previsto no
exportação deve ser específica, de modo que o art. 15 da Lei nº 10.865/2004, desde que atendidas
exportador deve observar determinados requisitos todas as demais condições legais de creditamento. O
para sua contratação. direito ao desconto do crédito abrange tão somente

Voltar ao sumário. 202


os montantes efetivamente pagos, ocorrendo o Teor: A imunidade tributária prevista no art. 150,
recolhimento a título de COFINS-Importação e de VI, “d”, da CF/1988 abrange livros, jornais,
PIS/PASEP-Importação, independentemente do periódicos e o papel destinado à sua impressão, sem
momento em que ocorra o pagamento, seja em ser aplicável à prestação de serviços de publicidade
posterior lançamento de ofício ou, posteriormente, ou à veiculação de publicidade em qualquer mídia.
de forma parcelada. O valor do crédito em questão Observações: Solução vinculada à Solução de
será obtido de acordo com o disposto no § 3º do art. Consulta COSIT nº 95/2014.
15 da Lei nº 10.865/2004, aplicando-se a alíquota
prevista no caput do art. 2º da Lei nº 10.833/2003, p) IRPF
sobre o valor que serviu de base de cálculo da
contribuição, acrescido do valor do IPI vinculado à • Solução de Consulta nº 354, de 06 de julho
importação, quando integrante do custo de de 2017
aquisição. Sendo assim, no caso de lançamento de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
ofício, deve ser excluído do cálculo do crédito a ser e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
descontado do valor apurado da COFINS e do Data de publicação: 25/07/2017
PIS/PASEP a parcela do crédito tributário Teor: As contribuições extraordinárias, ou seja,
constituído referente a eventuais multas aplicadas e aquelas que se destinam ao custeio de déficit, serviço
aos juros de mora, já que esses não serviram de base passado e outras finalidades não incluídas na
de cálculo da contribuição. Os estabelecimentos contribuição normal, às entidades fechadas de
industriais e os que lhes são equiparados podem previdência complementar, não são dedutíveis da
creditar-se do IPI vinculado à importação, devido no base de cálculo do IRPF.
desembaraço aduaneiro de bens, ainda que pago
mediante parcelamento, decorrente, na espécie, de • Solução de Consulta nº 399, de 05 de
lançamento de ofício, excluídos os valores setembro de 2017
correspondentes a multas e juros, eis que não há Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
previsão legal para o creditamento destes últimos, e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
desde que atendidos os demais requisitos previstos Data de publicação: 12/09/2017
na legislação para o direito ao crédito. Teor: Os rendimentos relativos ao auxílio-doença,
Observações: Solução vinculada parcialmente à desde que se refiram a benefício de natureza
Solução de Consulta COSIT nº 21/2017. previdenciária, efetivamente custeados pela
previdência oficial da União, dos Estados, do
o) Imunidade tributária Distrito Federal e dos Municípios e pelas entidades
de previdência privada estão isentos do IRPF.
• Solução de Consulta nº 509, de 19 de
outubro de 2017 • Solução de Consulta nº 451, de 20 de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação setembro de 2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Data de publicação: 16/11/2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Teor: A remuneração de diretores, estatutários e Data de publicação: 26/09/2017
celetistas, com observância dos termos, condições e Teor: O ganho de capital percebido por pessoa
limites estabelecidos na Lei nº 9.532/1997 e na Lei física em decorrência da alienação de bens e direitos
nº 12.101/2009, respectivamente, não impedem o de qualquer natureza sujeita-se à incidência do IR, à
aproveitamento da imunidade relativa aos impostos alíquota de 15%. MP que implique majoração de
prevista no art. 150, VI, “c”, CF/1988 e às alíquotas do IRPF relativo a ganhos de capital,
contribuições para a seguridade social prevista no produzirá efeito no exercício financeiro seguinte
art. 195, § 7º, da CF/1988. àquele em que houver sido convertida em lei, nos
termos das regras constitucionais sobre o processo
• Solução de Consulta nº 604, de 22 de legislativo.
dezembro de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação • Solução de Consulta nº 478, de 22 de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação setembro de 2017
Data de publicação: 29/12/2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Teor: A imunidade de impostos de que trata o art. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
150, VI, "a", da CF/1988 (imunidade recíproca) não Data de publicação: 02/10/2017
se aplica ao patrimônio, renda ou serviços de Teor: A análise de todos os tributos incidentes
empresa pública que preste serviço com a exigência sobre indenização paga em decorrência da
de contraprestação ou pagamento de preços ou supressão de horas-extras habitualmente
tarifas pelo usuário ou cujos serviços estejam trabalhadas, nos termos do Enunciado nº 291/TST,
relacionados com exploração de atividades afasta-se do esclarecimento de mera dúvida acerca
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a da aplicação ou interpretação de dispositivos da
empreendimentos privados. legislação tributária. Incide IR sobre a indenização
Observação: Solução vinculada parcialmente à paga em decorrência da supressão de horas-extras
Solução de Consulta COSIT nº 136/2015. habitualmente trabalhadas, nos termos do
Enunciado nº 291/TST, por se tratar de indenização
• Solução de Consulta nº 6.036, de 14 de a título de lucros cessantes, configurando acréscimo
julho de 2017 patrimonial. Não incide contribuição previdenciária
Órgão responsável: Divisão de Tributação sobre indenização paga em decorrência da
Data de publicação: 18/07/2017 supressão de horas-extras habitualmente

Voltar ao sumário. 203


trabalhadas, nos termos do Enunciado nº 291/TST, Data de publicação: 12/09/2017
pois tal verba não possui natureza remuneratória. Teor: A isenção prevista no art. XXIII, § 2º, da
Convenção Brasil-Argentina deve ser interpretada
• Solução de Consulta nº 505, de 17 de de forma literal. Assim, refere-se ao pagamento de
outubro de 2017 dividendos por sociedade residente na Argentina a
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação uma sociedade residente no Brasil detentora de mais
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação de 10% do capital da primeira, desde que estes
Data de publicação: 16/11/2017 dividendos tenham sido tributados de acordo com as
Teor: A hipótese desonerativa prevista na alínea “d” disposições da convenção em tela. Portanto, não se
do art. 4º do DL nº 1.510/1976, aplica-se às aplica ao pagamento do IRPJ e da CSLL devidos no
alienações de participações societárias efetuadas Brasil pela consulente, referente à parcela
após 1° de janeiro de 1989, desde que tais equivalente do ajuste do valor do investimento em
participações já constassem do patrimônio do controlada domiciliada na Argentina. Na hipótese
adquirente em prazo superior a 5 anos, contado da de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a
referida data. A isenção é condicionada à aquisição lei estabelece as condições e o momento em que se
comprovada das ações até o dia 31/12/1983 e ao dará sua disponibilidade. A lei determina que a
alcance do prazo de 5 anos na titularidade das ações parcela do ajuste do valor do investimento
ainda na vigência do DL nº 1.510/1976, revogado equivalente aos lucros auferidos pela controlada
pelo art. 58 da Lei nº 7.713/1988. será considerada disponibilizada no momento em
que é apurado o balanço da controlada e deve ser
• Solução de Consulta nº 506, de 17 de incluída na base de cálculo do IRPJ e da CSLL da
outubro de 2017 controladora no Brasil. A legislação tributária
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação permite a compensação do valor pago no país da
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação controlada com os tributos devidos no Brasil em
Data de publicação: 24/10/2017 questão.
Teor: Para efeito de apuração da base de cálculo do
IRPF, inadmissível que do valor do aluguel sejam • Solução de Consulta nº 409, de 05 de
deduzidos os pagamentos de contribuições setembro de 2017
previdenciárias relativas a construção, ampliação e Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
reforma de imóvel, e das taxas de emolumentos do e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Cartório de Registro de Imóveis. Tais dispêndios Data de publicação: 12/09/2017
não constituem despesas necessárias ao Teor: Em caso de realização durante a vigência do
auferimento do rendimento de aluguel, não se Regime Tributário de Transição de avaliação a valor
enquadrando dentro das deduções previstas no art. justo pela investida que tenha como contrapartida a
14 da Lei nº 7.739/1989, reproduzidas no art. 31 da conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, e a
IN RFB nº 1.500/2014. alienação do investimento sob amparo da Lei nº
12.973/2014, o saldo na conta de ajuste de avaliação
• Solução de Consulta nº 518, de 1º de patrimonial pode ser considerado no valor contábil
novembro de 2017 do investimento proporcionalmente à participação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação do investidor no capital social da investida,
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação conforme os novos métodos e critérios estabelecidos
Data de publicação: 16/11/2017 na Lei nº 6.404/1976, sem a necessidade de adição
Teor: O valor correspondente ao rateio de perdas de eventuais ajustes decorrentes da avaliação a valor
líquidas da cooperativa poderá ser deduzido, a título justo ou da adoção inicial dos arts. 1º a 71 da Lei nº
de despesa de custeio necessária à percepção do 12.973/2014, na apuração do lucro real e do
respectivo rendimento bruto, no livro caixa do resultado ajustado.
cooperado, profissional autônomo, respeitadas as
condições e limitações legais. • Solução de Consulta nº 419, de 11 de
setembro de 2017
• Solução de Consulta nº 99.125, de 26 de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
outubro de 2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Data de publicação: 14/09/2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Teor: A receita auferida por pessoa jurídica
Data de publicação: 31/10/2017 investidora, em face de indenização pela subscrição
Teor Na hipótese de adesão automática, o prazo a menor de ações de capital social de pessoa jurídica
para a opção pela tributação regressiva de que trata investida, quando da aquisição de participação
o art. 1º, § 6°, da Lei nº 11.053/2004, deve ser societária de caráter permanente, configura
contado desde a data de entrada em exercício dos alienação de direito classificado em ativo não
servidores e membros conforme disposto no § 2º do circulante. Nesse caso, restará caracterizado o
art. 1º da Lei nº 12.618/2012. ganho de capital e, portanto, o fato jurídico
Observações: Solução vinculada à Solução de tributário sobre o qual incide o IRPJ, quando o valor
Consulta COSIT nº 363/2017. indenizado superar o valor contábil desse direito. O
recebimento de lucros ou dividendos pagos ou
q) IRPJ creditados pelas pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro real, presumido ou arbitrado, são
• Solução de Consulta nº 400, de 05 de isentos a partir de 1º/01/1996 na apuração do
setembro de 2017 imposto de renda do beneficiário, pessoa física ou
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação jurídica, domiciliado no País ou no exterior. O ganho
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação de capital auferido por pessoa jurídica optante pelo

Voltar ao sumário. 204


Simples Nacional na alienação de bens do ativo não r) IRPJ & contribuição previdenciária
circulante está sujeito à incidência de IR na forma
estabelecida pelo art. 21 da Lei nº 8.981/1995. • Solução de Consulta nº 524, de 04 de
Observações: Solução parcialmente vinculada à novembro de 2017
Solução de Consulta COSIT nº 380/2014. Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 437, de 18 de Data de publicação: 13/12/2017
setembro de 2017 Teor: Participação societária de instituição imune
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação em sociedade empresária afasta a imunidade ao
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação IRPJ prevista no art. 12 da Lei nº 9.532/1997, por
Data de publicação: 21/09/2017 representar recursos desviados da manutenção e
Teor: Diante da apuração de prejuízo fiscal, inexiste desenvolvimento de seu objeto social. Participação
a possibilidade de utilização do benefício fiscal societária de instituição isenta em sociedade
instituído pela Lei nº 6.542/1978. empresária afasta a isenção das contribuições
previdenciárias devidas pela pessoa jurídica prevista
• Solução de Consulta nº 460, de 20 de no art. 29 da Lei nº 12.101/2009, por representar
setembro de 2017 recursos desviados da manutenção e
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação desenvolvimento de seu objeto social.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 25/09/2017 s) IRPJ & CSLL
Teor: São operacionais as despesas não
computadas nos custos, necessárias à atividade da • Solução de Consulta nº 359, de 26 de julho
empresa e à manutenção da respectiva fonte de 2017
produtora. A carência do requisito da necessidade Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
impõe a indedutibilidade da amortização do direito e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
creditório de floresta. Data de publicação: 15/08/2017
Teor: A alteração do regime para reconhecimento
• Solução de Consulta nº 497, de 17 de das variações monetárias dos direitos de crédito e
setembro de 2017 das obrigações do contribuinte, em função da taxa
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação de câmbio, poderá ser efetivada no mês-calendário
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação seguinte àquele em que ocorreu a elevada oscilação
Data de publicação: 02/10/2017 cambial. Assim, a alteração do regime, em função de
Teor: A constituição de reserva de lucros elevada oscilação na taxa de câmbio ocorrida no mês
relativamente às doações e subvenções econômicas de março de 2016, poderá ser efetivada no mês de
auferidas é imposição fiscal que somente se aplica abril do mesmo ano (fatos geradores de abril de
aos casos em que a subvenção atenda aos requisitos 2016), observando-se que as DCTF e demais
legais para seu enquadramento como subvenção obrigações cujas informações forem afetadas pela
para investimento e consequente exclusão na mudança de regime, relativas aos meses anteriores
determinação do lucro real. do próprio ano-calendário, deverão ser retificadas.
A informação da alteração do regime de tributação
• Solução de Consulta nº 628, de 26 de das variações cambiais deve ser comunicada à RFB
dezembro de 2017 por intermédio da DCTF relativa ao mês seguinte ao
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação que se verificar a elevada oscilação na taxa de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação câmbio. Para fatos geradores ocorridos em abril
Data de publicação: 29/12/2017 (mês de efetivação da alteração) a comunicação à
Teor: Definido pela legislação tributária que a RFB deve ser feita na DCTF do mês de junho
variação superior a dez pontos percentuais para (segundo mês subsequente ao da ocorrência dos
mais ou para menos corresponde ao que deve ser fatos geradores). Aplicam-se à CSLL as disposições
entendido como elevada oscilação da taxa de da legislação do Imposto sobre a Renda da Pessoa
câmbio, a alteração da opção do regime de apuração Jurídica relativas ao regime de tributação das
destas variações prescinde de autorização expressa variações cambiais.
mediante Portaria Ministerial.
• Solução de Consulta nº 405, de 05 de
• Solução de Consulta nº 4.021, de 08 de setembro de 2017
agosto de 2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Órgão responsável: Divisão de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 10/08/2017 Data de publicação: 12/09/2017
Teor: É de natureza objetiva a imunidade de que Teor: Admite-se a exclusão, na determinação do
gozam os livros, jornais, periódicos e o papel lucro real, dos valores recebidos por força da cessão
destinado à sua impressão, alcançando, em nível de direitos de créditos relacionados a contratos de
federal, exclusivamente os impostos sobre o arrendamento mercantil eventualmente
comércio exterior e o IPI. Desse modo, os impostos reconhecidos como resultado do exercício em que
que não incidem diretamente sobre o produto, como ocorrer a operação, conforme determina a
é o caso do IRPJ, não são atingidos pela referida Resolução CMN nº 3.533/2008, subordinada,
imunidade. entretanto, a posterior adição de tais valores na
Observações: Solução vinculada à Solução de determinação do lucro real relativo aos exercícios a
Consulta COSIT nº 51/2014. que competirem os créditos objeto da cessão.

Voltar ao sumário. 205


• Solução de Consulta nº 415, de 08 de brasileiro, contratados pela controladora indireta
setembro de 2017 não será computada na determinação do lucro real e
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação na base de cálculo da CSLL da pessoa jurídica
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação domiciliada no Brasil, controladora da empresa que
Data de publicação: 19/09/2017 auferiu o lucro. A isenção somente se aplica nos
Teor: A pessoa jurídica pode efetivar a casos em que o contrato de afretamento se dá com
transferência de bens aos sócios por meio da controladora que seja detentora de concessão ou
devolução de participação no capital social (redução autorização nos termos da Lei nº 9.478/1997, ou sob
de capital) pelo valor contábil, não gerando, assim, regime de partilha de produção de que trata a Lei nº
ganho de capital. No entanto, o valor contábil inclui 12.351/2010, ou sob o regime de cessão onerosa
o ganho decorrente de avaliação a valor justo previsto na Lei nº 12.276/2010.
controlado por meio de subconta vinculada ao ativo,
e, quando da realização deste, qual seja, • Solução de Consulta nº 547, de 19 de
transferência dos bens aos sócios, o aumento do dezembro de 2017
valor do ativo, anteriormente excluído da Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
determinação do lucro real e do resultado ajustado, e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
deverá ser adicionado à apuração das bases de Data de publicação: 27/12/2017
cálculo do IRPJ e da CSLL. Teor: Os contratos de associação entre escritórios
de advocacia, celebrados na forma do disposto no art.
• Solução de Consulta nº 435, de 14 de 8º, IV, e § 3º, do Provimento nº 112/2006 OAB, para
setembro de 2017 fins de compartilhamento de custos e despesas, não
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação permitem a dedução proporcional de despesas
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação compartilhadas para apuração do IRPJ e da CSLL,
Data de publicação: 21/09/2017 dada a natureza distinta e a forma específica dessa
Teor: A pessoa jurídica poderá deduzir, como custo associação comparada às formas utilizadas em
ou despesa operacional, em cada período de âmbito empresarial.
apuração, importância destinada a constituir
provisão para pagamento de remuneração t) IRPJ, CSLL, PIS/PASEP & COFINS
correspondente a férias e décimo-terceiro salário,
acrescida dos respectivos encargos sociais cujo ônus • Solução de Consulta nº 347, de 27 de junho
caiba à pessoa jurídica, de diretores e de 2017
administradores, desde que estes sejam Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
caracterizados como empregados, ou seja, estejam e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
vinculados à pessoa jurídica por intermédio de um Data de publicação: 06/07/2017
contrato de trabalho regido pela CLT, para fins de Teor: A receita obtida na alienação de participação
apuração do lucro real e do resultado ajustado. societária de caráter não permanente por pessoa
jurídica que tenha como um de seus objetos sociais
• Solução de Consulta nº 488, de 26 de a compra e venda de participações societárias deve
setembro de 2017 ser computada como receita bruta, integrando a
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da COFINS e do
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação PIS/PASEP, apurados com base no lucro presumido
Data de publicação: 02/10/2017 e no regime cumulativo. O percentual de presunção
Teor: O ICMS devido pelas operações e prestações a ser aplicado para o IRPJ e para a CSLL é de 32%.
próprias da pessoa jurídica integra a sua receita A alienação de participação societária de caráter
bruta, constituindo o respectivo destaque, nos permanente está sujeita à apuração do ganho de
documentos fiscais de vendas e serviços, mera capital, que deve ser diretamente computado na
indicação para possibilitar o crédito do adquirente, base de cálculo do IRPJ e da CSLL. No entanto, a
pelo que, portanto, não deve ser excluído para fins receita decorrente da alienação de participação
de determinação do IRPJ e da CSLL no regime de societária de caráter permanente não integra a base
tributação com base no lucro presumido. Por outro de cálculo da COFINS e do PIS/PASEP.
lado, o ICMS cobrado por substituição tributária, do
qual o vendedor dos bens ou prestador dos serviços • Solução de Consulta nº 410, de 05 de
é mero depositário, não deve ser incluído na receita setembro de 2017
bruta destes, por representar uma mera antecipação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
do imposto devido pelo contribuinte substituído, e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
pelo que seu valor é desconsiderado, para efeito de Data de publicação: 25/09/2017
apuração do IRPJ e da CSLL com base no referido Teor: Sobre os pagamentos efetuados por pessoas
regime. jurídicas a outras pessoas jurídicas de direito
privado pela locação de equipamentos, ainda que
• Solução de Consulta nº 502, de 17 de com fornecimento incidental de operador, para
outubro de 2017 utilização em obras de construção civil, não é devida
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação a retenção da contribuição para o PIS/PASEP, da
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação COFINS, da CSLL de que trata o art. 1° da IN SRF n°
Data de publicação: 24/10/2017 459/2004, com esteio no art. 30 da Lei n°
Teor: A parcela do lucro auferido no exterior por 10.833/2003, uma vez que tais dispositivos
controlada direta ou indireta decorrente das submetem à retenção apenas aqueles pagamentos
atividades de afretamento de navios aliviadores pelos serviços nele listados. Em relação ao IRPJ, não
diretamente relacionadas às fases de exploração e de é devida a sua retenção de que trata o art. 647 do
produção de petróleo e gás natural, no território Decreto nº 3.000/1999, ainda que o contrato

Voltar ao sumário. 206


preveja que a operação do equipamento seja feita CSLL, ressalvado no caso de transporte fracionado e
por um funcionário da locadora, uma vez que desde que obedecida a legislação de regência. Para
submete à retenção apenas aqueles pagamentos ou efeitos de exclusão da base de cálculo do IRPJ e da
créditos pelos serviços nele listados. CSLL, as empresas transportadoras devem destacar
o valor do vale-pedágio obrigatório, recebido
• Solução de Consulta nº 438, de 18 de antecipadamente, em campo específico no
setembro de 2017 documento comprobatório do transporte; além de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação manter em boa guarda, à disposição desta
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Secretaria, os comprovantes dos pedágios. O valor
Data de publicação: 21/09/2017 do vale-pedágio obrigatório recebido pelo
Teor: Os créditos presumidos de ICMS, na transportador da mercadoria não constitui base de
modalidade subvenção, são classificados como incidência do PIS/PASEP e da COFINS, desde que
receitas diversas da receita bruta, devendo ser observada estritamente a legislação de regência. O
acrescidos em sua totalidade na apuração do lucro e ressarcimento pelo embarcador do vale-pedágio
do resultado presumido. A contribuição para o obrigatório pago antecipadamente pelo
PIS/PASEP e a COFINS devidas pelas pessoas transportador da mercadoria se sujeita à incidência
jurídicas em regime cumulativo é calculada com do PIS/PASEP e da COFINS, ressalvado no caso de
base no seu faturamento, assim entendido como a transporte fracionado e desde que obedecida a
receita bruta definida nos termos do art. 12 do DL nº legislação de regência. Para efeitos de não incidência
1.598/1977. Em relação ao PIS/PASEP e a COFINS, do PIS/PASEP e da COFINS, as empresas
os créditos presumidos de ICMS, na modalidade transportadoras devem destacar o valor do vale-
subvenção, incluem-se nos "outros resultados pedágio obrigatório, recebido antecipadamente, em
operacionais" da pessoa jurídica, sobre os quais não campo específico no documento comprobatório do
incidem as contribuições. transporte; além de manter em boa guarda, à
disposição desta Secretaria, os comprovantes dos
• Solução de Consulta nº 455, de 20 de pedágios.
setembro de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação u) IRPJ, CSLL, IRRF, PIS/PASEP & COFINS
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 26/09/2017 • Solução de Consulta nº 528, de 18 de
Teor: Não se sujeita à incidência do IR, da CSLL, da dezembro de 2017
COFINS e do PIS/PASEP a indenização destinada a Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
reparar danos até o montante da efetiva perda e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
patrimonial. O valor recebido excedente ao dano Data de publicação: 26/12/2017
objeto da indenização é acréscimo patrimonial e Teor: No caso de empresas integrantes de um
deve ser computado na base de cálculo do IR, da consórcio típico - constituído nos termos do
CSLL, da COFINS não cumulativa e do PIS/PASEP disposto nos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404/1976 -,
não cumulativo. Não se caracteriza como a legislação tributária permite a apuração dos
indenização por dano patrimonial o valor deduzido tributos devidos, em relação às operações praticadas
como despesa e recuperado em qualquer época, pelo consórcio, na proporção de sua participação no
devendo esse valor recuperado ser computado na empreendimento, o que não alcança o arranjo
apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, do bilateral, entre empresas do mesmo grupo
resultado ajustado, presumido ou arbitrado, da econômico, que prevê a realização de atividades
COFINS não cumulativa e do PIS/PASEP não ordinárias praticadas intragrupo, por prazo quase
cumulativo. O valor relativo à correção monetária e indeterminado, com a finalidade de incrementar a
juros legais contados a partir da citação do processo receita de vendas de mercadorias a terceiros. Os
judicial, vinculado à indenização por dano valores pagos, creditados, entregues, empregados
patrimonial, é receita financeira e deve ser ou remetidos ao exterior em decorrência de
computado na apuração do lucro real, presumido ou contratos firmados entre empresas do mesmo grupo
arbitrado, do resultado ajustado, presumido ou econômico que, independentemente da
arbitrado, e na base de cálculo da COFINS não denominação, prevejam a realização pela empresa
cumulativa e do PIS/PASEP não cumulativo. sediada no exterior, de forma individualizada em
benefício da empresa domiciliada no Brasil, das
• Solução de Consulta nº 583, de 21 de atividades de: suporte a decisões estratégicas;
dezembro de 2017 gestão da informação; política de gestão de risco;
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação gerenciamento de risco; gerenciamento da cadeia de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação suprimentos e aquisições constituem remuneração
Data de publicação: 29/12/2017 pela prestação de serviços e, tendo como
Teor: O valor do vale-pedágio obrigatório recebido beneficiária pessoa vinculada, além da análise de
pelo transportador da mercadoria não é considerado sua necessidade/usualidade, a dedutibilidade das
receita operacional ou rendimento tributável do despesas a que se referirem estará sujeita à aplicação
transportador para fins de determinação da base de do Método dos Preços Independentes Comparados
cálculo do IRPJ e da CSLL, desde que observada (PIC) ou Método do Custo de Produção Mais Lucro
estritamente a legislação de regência. O (CPL). Sobre os valores pagos, creditados, entregues,
ressarcimento pelo embarcador do vale-pedágio empregados ou remetidos a beneficiário residente
obrigatório pago antecipadamente pelo ou domiciliado no exterior a título de
transportador da mercadoria é considerado receita contraprestação pelos serviços de assistência
operacional ou rendimento tributável do administrativa e semelhantes incide o IRRF à
transportador e se sujeita à incidência do IRPJ e da alíquota de 15%. Incide PIS/PASEP e a COFINS

Voltar ao sumário. 207


sobre a totalidade das receitas auferidas, podendo provenientes das duas fontes poderão ser somados
ser apropriados os respectivos créditos. para efeito de cálculo do imposto, caso haja
concordância da pessoa física beneficiária. As
v) IRPJ, CSLL, IRRF, PIS/PASEP- disposições da Lei nº 10.101/2000 não se aplicam a
Importação & COFINS-Importação pessoas jurídicas de direito público.

• Solução de Consulta nº 378, de 23 de agosto • Solução de Consulta nº 377, de 22 de agosto


de 2017 de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 31/08/2017 Data de publicação: 24/08/2017
Teor: Quando da remuneração por pessoa jurídica Teor: O imposto será retido por ocasião de cada
domiciliada no Brasil a sócio-administrador ou pagamento e se, no mês, houver mais de um
profissional expatriado residente no País, com pagamento, a qualquer título, pela mesma fonte
pagamento no exterior realizado por sua matriz ou pagadora, aplicar-se-á a alíquota correspondente à
por empresa do mesmo grupo empresarial soma dos rendimentos pagos à pessoa física.
domiciliada no exterior, as remessas ao exterior a Observações: A Solução de Consulta trata de IRRF,
título de reembolso não deverão sofrer retenção em relação aos honorários advocatícios de
IRRF, até o limite do valor percebido no exterior sucumbência.
pelo sócio-administrador ou pelo profissional
expatriado da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, • Solução de Consulta nº 442, de 18 de
por não se caracterizarem rendimentos da empresa setembro de 2017
domiciliada no exterior. Para efeito de apuração do Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
IRPJ e da CSLL, o valor reembolsado pela pessoa e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
jurídica no Brasil a sua matriz ou a empresa do Data de publicação: 21/09/2017
mesmo grupo empresarial domiciliada no exterior Teor: O reembolso por empresa domiciliada no
no valor da remuneração de sócio-administrado ou Brasil a sua controladora, com sede na Itália, objeto
profissional expatriado residente no Brasil da de contrato de compartilhamento de custo, por
pessoa jurídica domiciliada no Brasil pago no licença de uso de software adquirido de terceiro,
exterior, mediante in voice apresentada por sua submete-se ao tratamento tributário das
matriz ou por empresa do mesmo grupo empresarial, importâncias pagas, creditadas, entregues,
é dedutível quando da apuração do IRPJ e da CSLL, empregadas ou remetidas a título de royalties.
se tais despesas forem necessárias às atividades da Portanto, está sujeito à incidência do IRRF à
pessoa jurídica no Brasil e à manutenção da fonte alíquota de 15%.
produtora e desde que sejam também despesas
usuais em seu ramo de negócio. Quando a • Solução de Consulta nº 443, de 18 de
remuneração por pessoa jurídica domiciliada no setembro de 2017
Brasil a sócio-administrador ou profissional Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
expatriado residente no País, com pagamento no e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
exterior realizado por sua matriz ou por empresa do Data de publicação: 21/09/2017
mesmo grupo empresarial domiciliado no exterior, Teor: Estão isentos do IR no Brasil os juros pagos a
as remessas ao exterior a título de reembolso não qualquer agência de propriedade exclusiva do
sofrem incidência do PIS/PASEP-Importação e da Governo do Canadá. Quanto aos rendimentos dos
COFINS-Importação, por não se caracterizarem demais investimentos no Brasil, ainda que exista a
contraprestação por serviços prestados pela isenção de IR no Brasil decorrente de tratamento
empresa domiciliada no exterior. recíproco do Governos do Canadá, prevista no art.
688 do RIR/1999, ela não se estende às Agências de
w) IRRF propriedade do Governo do Canadá, por
interpretação literal.
• Solução de Consulta nº 358, de 26 de julho
de 2017 • Solução de Consulta nº 450, de 20 de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação setembro de 2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Data de publicação: 23/08/2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Teor: Na situação em que o Estado transfere Data de publicação: 26/09/2017
recursos ao Município para que este os repasse a Teor: Estão sujeitas à retenção do IRRF as
servidor municipal, a título de bônus por importâncias pagas ou creditadas a título de
participação nos resultados, em decorrência de sua comissão em intermediação de negócios por pessoas
atuação como agente de crédito de fundo estadual de jurídicas a outras pessoas jurídicas que exerçam a
microcrédito, constitui o Estado a fonte pagadora atividade de agenciamento de cargas.
dos rendimentos e o responsável pela retenção do IR,
de acordo com a tabela progressiva mensal. • Solução de Consulta nº 453, de 20 de
Mediante previsão expressa em convênio, o Estado setembro de 2017
pode transferir ao Município a obrigação solidária Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
de reter e recolher o imposto; nessa hipótese, o e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Município calculará separadamente o imposto sobre Data de publicação: 26/09/2017
os rendimentos devidos pelo Estado e o imposto Teor: Os pagamentos efetuados por pessoa jurídica
sobre os rendimentos por ele devidos ao a outra pessoa jurídica de direito privado pela
beneficiário; não obstante, os rendimentos remuneração de serviços profissionais de

Voltar ao sumário. 208


engenharia, quando relativos a contratos de décimo terceiro salário não gera imposto a pagar na
empreitada que abrangem a execução de obras de Declaração de Ajuste Anual, razão pela qual não está
construção civil com fornecimento de materiais, sujeito ao recolhimento complementar.
estão excepcionados da previsão legal de retenção
do IRRF. • Solução de Consulta nº 555, de 20 de
dezembro de 2017
• Solução de Consulta nº 503, de 17 de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
outubro de 2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Data de publicação: 26/12/2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Teor: O IR incidente sobre os rendimentos pagos
Data de publicação: 26/12/2017 em cumprimento de decisão judicial, inclusive no
Teor: Não estão sujeitas ao IRRF as doações a caso de honorários advocatícios, será retido na fonte
pessoas físicas residentes ou domiciliadas no pela pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento,
exterior. Contudo, para ser considerada uma doação, no momento em que, por qualquer forma, o
ela deve ser caracterizada pela liberalidade. Por esse rendimento se torne disponível para o beneficiário.
motivo, não se considera doação, mas provento
passível de retenção, a remessa de valores com • Solução de Consulta nº 575, de 20 de
natureza contraprestacional, salarial e dezembro de 2017
remuneratória. Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 514, de 25 de Data de publicação: 28/12/2017
outubro de 2017 Teor: As importâncias, a título de juros, pagas,
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação creditadas, entregues, empregadas ou remetidas à
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação pessoa jurídica, residente ou domiciliada no exterior,
Data de publicação: 16/11/2017 beneficiária de regime fiscal privilegiado, sujeitam-
Teor: Não se sujeita à retenção de IRRF o valor se à incidência do IRRF, à alíquota de 15%.
remetido ao exterior para pagamento de serviços de
natureza educacional. x) IRRF & CIDE-Remessas

• Solução de Consulta nº 519, de 14 de • Solução de Consulta nº 441, de 18 de


novembro de 2017 setembro de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 21/11/2017 Data de publicação: 20/09/2017
Teor: A disponibilização de conteúdo eletrônico na Teor: Havendo contrato de distribuição de
internet, mediante assinatura, caracteriza-se como programa de computador (software) firmado com
prestação de serviços e implica a incidência do IRRF residente ou domiciliado no exterior, as
por ocasião das remessas ao exterior para importâncias pagas, creditadas, entregues,
pagamento desses serviços. As remessas ao exterior empregadas ou remetidas a ele a qualquer título ou
efetuadas por instituição pública federal, vinculada sob qualquer forma configurarão royalties devidos
à área de formação de profissionais de magistério em razão da licença de comercialização e se
para a educação básica e superior e para o sujeitarão à incidência de IRRF, via de regra, à
desenvolvimento científico e tecnológico do País, alíquota de 15% (quinze por cento). Na hipótese de
para pagamento de serviços de disponibilização de beneficiário residente ou domiciliado em país com
acesso on-line a periódicos e bases de dados tributação favorecida a que se refere o art. 24 da Lei
relacionados aos seus objetivos, enquadram-se nº 9.430/1996, a alíquota do imposto sobre os
entre "as remessas destinadas ao exterior para fins royalties devidos pela licença de comercialização
educacionais, científicos ou culturais" a que se refere será de 25% (vinte e cinco por cento). É isenta da
o art. 2º, I, da Lei nº 13.315/2016, e, portanto, não CIDE de que trata o art. 2º da Lei nº 10.168/2000,
estão sujeitas ao IRRF, conforme estatuído nesse a remessa a residente ou domiciliado no exterior
dispositivo. A imunidade constitucional conferida relativa à remuneração pela licença de
aos livros, jornais e periódicos não se aplica ao IR comercialização de programas de computador
devido pela pessoa física ou jurídica em decorrência (software), salvo quando envolver a transferência
da exploração de atividade econômica relacionada a da correspondente tecnologia.
esses bens.
y) IRRF & contribuição previdenciária
• Solução de Consulta nº 522, de 29 de
novembro de 2017 • Solução de Consulta nº 440, de 18 de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação setembro de 2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Data de publicação: 13/12/2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Teor: A retenção do imposto complementar, nos Data de publicação: 21/09/2017
termos prescritos pelo § 2º do art. 67 da IN RFB nº Teor: Quando da remuneração por pessoa jurídica
1.500/2014, constitui faculdade para a fonte domiciliada no Brasil a sócio-administrador ou
pagadora. Nessa hipótese, o valor a ser recolhido profissional expatriado residente no País, com
corresponde à diferença entre o imposto apurado pagamento no exterior realizado por sua matriz ou
pelo somatório dos rendimentos auferidos no mês e por empresa do mesmo grupo empresarial
o valor retido pelas demais fontes pagadoras. Como domiciliada no exterior, as remessas ao exterior a
rendimento sujeito à tributação exclusiva de fonte, o título de reembolso não deverão sofrer retenção de

Voltar ao sumário. 209


IRRF, até o limite do valor percebido no exterior alíquota de 3%, e do PIS/PASEP, à alíquota de
pelo sócio-administrador ou pelo profissional 0,65%, as importâncias pagas ou creditadas por
expatriado da pessoa jurídica domiciliada no Brasil, pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas,
por não se caracterizarem como rendimentos da inclusive empresas de factoring, pela prestação de
empresa domiciliada no exterior. Na falta de acordo serviços de assessoria creditícia, mercadológica,
internacional que afaste a tributação previdenciária gestão de crédito, seleção de riscos e administração
brasileira, deve contribuir como segurado de contas a pagar e a receber, ainda que tal prestação
empregado o trabalhador contratado no exterior de serviços seja conjugada com a compra de direitos
para trabalhar no Brasil em empresa constituída e creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
funcionando em território nacional segundo as leis ou de prestação de serviços, não cabendo nessa
brasileiras, incidindo as contribuições devidas pela hipótese, todavia, a referida retenção sobre a receita
empresa contratante e pelo empregado sobre todo decorrente da diferença entre o valor de face dos
seu salário-de-contribuição, inclusive os valores títulos e o valor pago por estes na data da operação
remetidos à matriz ou a empresa do mesmo grupo (fator de compra).
empresarial no exterior para fins de reembolso dos
gastos da com a manutenção do vínculo do aa) IRRF & PIS/PASEP
trabalhador com a previdência social de seu país de
origem. • Solução de Consulta nº 469, de 21 de
setembro de 2017
z) IRRF, CSLL, PIS/PASEP & COFINS Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 356, de 14 de julho Data de publicação: 27/09/2017
de 2017 Teor: Quando da remuneração por pessoa jurídica
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação domiciliada no Brasil a sócio-administrador ou
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação profissional expatriado residente no País, com
Data de publicação: 16/08/2017 pagamento no exterior realizado por sua matriz ou
Teor: As empresas públicas são obrigadas a efetuar por empresa do mesmo grupo empresarial
retenção na fonte da COFINS, do PIS/PASEP, da domiciliada no exterior, as remessas ao exterior a
CSLL e do IRRF quando do pagamento a pessoas título de reembolso não deverão sofrer retenção de
jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de IRRF, até o limite do valor percebido no exterior
serviços. O pagamento de subvenção econômica de pelo sócio-administrador ou pelo profissional
custeio não está sujeito a tal retenção, por não expatriado da pessoa jurídica domiciliada no Brasil,
caracterizar pagamento pelo fornecimento de bens por não caracterizarem rendimentos da empresa
ou prestação de serviço. domiciliada no exterior. Em razão da revogação do §
1º do art. 3º da Lei nº 9.718/1998, a base de cálculo
• Solução de Consulta nº 407, de 05 de da contribuição para o PIS/PASEP apurada no
setembro de 2017 regime cumulativo, a partir de 28/05/2009, é o
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação faturamento mensal, considerado como a receita
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação bruta da venda de bens e serviços, que se constitui
Data de publicação: 21/09/2017 da soma das receitas advindas da execução dos
Teor: Sujeitam-se à retenção da COFINS, do objetivos sociais da pessoa jurídica. Desde que não
PIS/PASEP, da CSLL e do IRRF as operações decorram de atividade habitual da empresa, os
relativas ao desenvolvimento de software rendimentos e ganhos líquidos auferidos em
desenvolvido e licenciado sob encomenda aplicações financeiras de renda fixa e renda variável
(exclusivo). Não se submetem a essa retenção, as não integram a receita bruta da pessoa jurídica que
operações relativas a software desenvolvido e tenha por objeto social a incorporação imobiliária,
licenciado de forma geral, não exclusiva (software locação e compra e venda de imóveis próprios, e, por
de prateleira), utilizável em diversos tipos de conseguinte, não compõem a base de cálculo da
segmento de mercado, bem como aquele da espécie contribuição para o PIS/PASEP quando a pessoa
customizável. Os serviços de manutenção e suporte jurídica for tributada pelo IR com base no lucro
técnico estão sujeitos à retenção da COFINS, do presumido, hipótese em que se sujeita ao regime
PIS/PASEP, da CSLL e do IRRF caso estejam cumulativo de cobrança dessa contribuição.
englobados na atividade de desenvolvimento de Observações: Solução vinculada à Solução de
softwares sob encomenda para uso exclusivo, ou de Consulta COSIT nº 378/2017.
melhorias ou novas funcionalidades para essas
espécies. Também se submetem a essa retenção, os bb) IRRF, PIS/PASEP-Importação & COFINS-
serviços de manutenção e suporte técnico Importação
vinculados a softwares de uso geral. Porém, em
relação ao IRRF, não se submetem a essa retenção • Solução de Consulta nº 381, de 25 de agosto
os serviços de manutenção e suporte técnico de 2017
vinculados a softwares de uso geral. Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
• Solução de Consulta nº 421, de 12 de Data de publicação: 12/09/2017
setembro de 2017 Teor: As importâncias pagas, creditadas, entregues,
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação empregadas ou remetidas a residente ou
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação domiciliado no exterior em contraprestação pelo
Data de publicação: 15/09/2017 direito de comercialização ou distribuição de
Teor: Sujeitam-se à retenção do IRRF, à alíquota de software, para revenda a consumidor final, o qual
1,5%, da CSLL, à alíquota de 1%, da COFINS, à receberá uma licença de uso do software,

Voltar ao sumário. 210


enquadram-se no conceito de royalties e estão ee) Obrigações acessórias
sujeitas à incidência de IRRF à alíquota de 15%. Na
hipótese de beneficiário residente ou domiciliado • Solução de Consulta nº 425, de 13 de
em país com tributação favorecida, a que se refere o setembro de 2017
art. 24 da Lei nº 9.430/1996, aplica-se a alíquota de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
25% por cento. O pagamento, o crédito, a entrega, o e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
emprego ou a remessa de valores a residentes ou Data de publicação: 21/09/2017
domiciliados no exterior, a título de royalties, por Teor: O que deve ser levado em consideração para
simples licença ou uso de marca, ou seja, sem que se aferir a obrigatoriedade ou não de apresentação
haja prestação de serviços vinculada a essa cessão de da ECD em relação aos fatos contábeis ocorridos a
direitos, não caracterizam contraprestação por partir de 1º/01/2014, no caso de pessoas jurídicas
serviço prestado e, portanto, não sofrem a tributadas com base no lucro presumido, é o ano de
incidência da Contribuição para o PIS/PASEP- formação do lucro a ser distribuído (se posterior a
Importação e da COFINS-Importação. Entretanto, 1º/01/2014) e não o ano em que houve a efetiva
se o documento que embasa a operação não for distribuição. Não está obrigada a apresentar a ECD
suficientemente claro para individualizar, em a pessoa jurídica tributada com base no lucro
valores, o que corresponde a serviço e o que presumido que distribuiu, no ano-calendário de
corresponde a royalties, o valor total da operação 2014, apenas lucros apurados no ano-calendário de
será considerado como correspondente a serviços e 2011.
sofrerá a incidência da contribuição.
Observações: Solução vinculada à Solução de • Solução de Consulta nº 449, de 19 de
Divergência COSIT nº 18/2017 e à Solução de setembro de 2017
Consulta COSIT nº 71/2015. Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
cc) ITR Data de publicação: 20/09/2017
Teor: As importâncias remetidas por pessoa
• Solução de Consulta nº 630, de 26 de jurídica domiciliada no País a residente ou
dezembro de 2017 domiciliado no exterior, sob qualquer forma, como
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação remuneração pelo direito de distribuir ou
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação comercializar programa de computador (software),
Data de publicação: 29/12/2017 enquadram-se no conceito de royalties. Tais
Teor: O ITR não incide sobre imóvel localizado na operações, por envolverem o licenciamento
zona urbana, ainda quando seja utilizado em (autorização para usar ou explorar comercialmente
exploração extrativa vegetal, agrícola, pecuária ou direito patrimonial) dos direitos de propriedade
agroindustrial, porquanto tal hipótese não se intelectual se enquadram no conceito de intangíveis,
encontra prevista na lei ordinária instituidora desse devendo ser registradas no SISCOSERV
imposto, qual seja, a Lei nº 9.393/1996. Observados
os parâmetros estabelecidos no art. 32, §§ 1º e 2º, do • Solução de Consulta nº 494, de 26 de
CTN, compete exclusivamente ao município setembro de 2017
delimitar, mediante lei, para os efeitos IPTU, a zona Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
urbana, dentro da qual os imóveis ficarão sujeitos a e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
esse tributo, com exclusão, portanto, do ITR, lei Data de publicação: 02/10/2017
municipal esta que deve ser respeitada e observada Teor: As informações prestadas em Declaração de
pela administração tributária federal, sob pena de Serviços Médicos (DMED) declarada por hospital
ofensa ao princípio federativo e à autonomia são aquelas de pagamentos por serviços prestados e
municipal, ressalvada a possibilidade de seu não as de adiantamentos recebidos por serviços
questionamento em Juízo, em caso de violação às contratados, mas ainda não prestados. Nos casos em
normas do CTN. que o hospital subcontrate profissionais para
prestar o serviço contratado por seus pacientes, o
dd) Marinha mercante valor a ser informado em DMED, depois de prestado
o serviço, é o total pago ao hospital em razão do
• Solução de Consulta nº 458, de 20 de contrato, independentemente de quais sejam os
setembro de 2017 valores posteriormente repassados por ele aos
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação profissionais.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 26/09/2017 • Solução de Consulta nº 556, de 20 de
Teor: Para fins de reconhecimento da isenção do dezembro de 2017
AFRMM nas importações realizadas de país Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
membro da ALADI é necessária a existência de e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
acordo internacional que contenha cláusula Data de publicação: 26/12/2017
prevendo a não aplicação do tributo. Tendo em vista Teor: Qualificam-se como sujeito passivo da
a peculiaridade dos tratados internacionais, deve-se obrigação acessória de entrega da e-Financeira as
buscar o objetivo que se quis alcançar, por pessoas jurídicas que, concomitantemente: a)
observância do princípio de Direito Internacional exerçam uma das atividades constantes do art. 4º, I
pacta sunt servanda, não sendo restrição ao e II, da IN RFB 1.571/2015; b) estejam sob
reconhecimento desse direito o fato de não constar supervisão do BACEN, CVM, SUSEP ou PREVIC; e
o termo isenção, mas sim termo equivalente, no c) sejam detentoras de alguma das informações
texto dos referidos atos internacionais. enumeradas no art. 5º e se encontrem no rol de

Voltar ao sumário. 211


responsáveis discriminados no art. 4º, § 3º, ambos • Solução de Consulta nº 447, de 18 de
do mesmo ato normativo citado. setembro de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
• Solução de Consulta nº 606, de 22 de e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
dezembro de 2017 Data de publicação: 22/09/2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Teor: Estão sujeitas à alíquota zero as receitas de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação vendas no mercado interno de livros, conforme
Data de publicação: 29/12/2017 definidos no art. 2º da Lei nº 10.753/2003,
Teor: A elaboração, obrigatória ou voluntária, da efetuadas tanto por gráficas quanto por
Escrituração Contábil Digital - ECD supre a comerciantes atacadistas ou varejistas. Contudo,
necessidade de escrituração física dos livros não estão sujeitas à alíquota zero as receitas
contábeis abrangidos pela referida escrituração decorrentes da prestação de serviços gráficos.
digital. As hipóteses de obrigatoriedade e de
dispensa de autenticação de livros contábeis • Solução de Consulta nº 530, de 18 de
previstas na IN RFB nº 1.420/2013 aplicam-se dezembro de 2017
apenas a pessoas jurídicas que, obrigatória ou Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
voluntariamente, tenham adotado a ECD. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 27/12/2017
• Solução de Consulta nº 612, de 22 de Teor: Na hipótese de uma pessoa jurídica
dezembro de 2017 contribuinte do PIS/PASEP incidente sobre
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Receitas Governamentais devolver aos titulares
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação valores recebidos em excesso e que foram incluídos
Data de publicação: 29/12/2017 na base de cálculo da mencionada contribuição
Teor: As instituições de pagamento não estão havida no período de apuração em que houve o
obrigadas a informar no módulo de operações da e- recebimento dos referidos valores: (i) se a devolução
Financeira os dados de que trata o art. 5º, I, da IN de valores ocorrer antes de haver o recolhimento da
RFB nº 1.571/2015, ainda que os serviços de contribuição relativa ao período de apuração em que
pagamento envolvam aporte e saque de recursos, houve o recebimento desses valores, a pessoa
emissão de instrumento de pagamento, gestão de jurídica poderá adotar os procedimentos cabíveis
uma conta que sirva para realizar pagamento, para retificar a apuração da contribuição no
dentre outras atividades listadas no art. 6º, III da Lei mencionado período e evitar o recolhimento
nº 12.865/2013, e ainda que sejam supervisionadas indevido (retificação das declarações tributárias,
pelo BACEN. O que define se uma pessoa jurídica adequações contábeis exigidas, etc); (ii) se a
está ou não obrigada a apresentar a e-Financeira é o devolução de valores ocorrer após haver o
fato dela ser detentora de alguma das informações recolhimento da contribuição relativa ao período de
discriminadas no art. 5º do referido ato normativo apuração em que houve o recebimento desses
e, concomitantemente, constar no rol de valores, configurar-se-á indébito tributário (cujo
responsáveis do art. 4º, § 3º. procedimento para restituição de valores está
disciplinado na IN RFB nº 1.717/2017), sendo
ff) Operações societárias vedado à pessoa jurídica excluir os valores
devolvidos da base de cálculo da contribuição em
• Solução de Consulta nº 321, de 09 de agosto voga apurada no mês em que ocorrer a devolução de
de 2017 valores.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação hh) PIS/PASEP & COFINS
Data de publicação: 23/08/2017
Teor: A operação societária de cisão parcial sem fim • Solução de Consulta nº 289, de 12 de junho
econômico deve ser considerada quando tenha por de 2017
objetivo o reconhecimento de crédito fiscal de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
qualquer espécie para fins de desconto, restituição, e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
ressarcimento ou compensação, motivo pelo qual Data de publicação: 31/07/2017
será considerado como de terceiro se utilizado pela Teor: Os serviços prestados a embaixadas e
cindenda ou por quem incorporá-la posteriormente. representações consulares sofrem a incidência da
A cisão parcial, desde que possua fim econômico, é contribuição ao PIS/PASEP e da COFINS, não se
uma hipótese legal de sucessão dos direitos lhes aplicando, para o PIS/PASEP, a previsão do art.
previstos nos atos de formalização societária, entre 14, III, c/c § 1º, da MP nº 2.158-35/2001, nem a
os quais os créditos decorrentes de indébitos previsão do art. 14, III, da MP nº 2.158-35/2001,
tributários, inclusive os judiciais com trânsito em para a COFINS, uma vez que essas entidades não são
julgado, que passam a ter natureza de créditos domiciliadas no exterior.
próprios da sucessora, se assim determinarem os
atos de cisão sendo, desse modo, válidos para a • Solução de Consulta nº 306, de 14 de junho
solicitação de restituição e compensação com de 2017
débitos desta para com a Fazenda Nacional. Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
Observações: Solução parcialmente vinculada à do Brasil
Solução de Consulta COSIT nº 119/2014. Data de publicação: 27/07/2017
Teor: A receita decorrente de operação "back to
gg) PIS/PASEP back", isto é, a compra e a venda de produtos
estrangeiros, realizada no exterior por empresa
estabelecida no Brasil, sem que a mercadoria

Voltar ao sumário. 212


transite fisicamente pelo território brasileiro, não • Solução de Consulta nº 341, de 26 de junho
caracteriza operação de exportação e, por de 2017
conseguinte, não está abrangida pela não incidência Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
da contribuição para o PIS/PASEP de que trata o art. do Brasil
5º da Lei nº 10.637/2002, e da COFINS de que trata Data de publicação: 27/07/2017
o art. 6º da Lei nº 10.833/2003. A base de cálculo Teor: A suspensão da incidência da COFINS e da
da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS na contribuição para o PIS/PASEP sobre as receitas de
operação "back to back" corresponde ao valor da frete contratados por pessoa jurídica
fatura comercial emitida para o adquirente de fato preponderantemente exportadora, prevista no § 6º-
(pessoa jurídica domiciliada no exterior). A do art. 40 da Lei nº 10.865/2004, não alcança as
receitas de frete obtidas por transportador
• Solução de Consulta nº 333, de 23 de junho subcontratado para a execução dos serviços de
de 2017 transporte.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação • Solução de Consulta nº 344, de 26 de junho
Data de publicação: 28/07/2017 de 2017
Teor: A receita de venda a varejo de máquinas Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
automáticas de processamento de dados do Brasil
apresentadas sob a forma de sistemas foi Data de publicação: 27/07/2017
beneficiada até 31/12/2015 com a alíquota zero da Teor: Por falta de previsão legal, saldos credores de
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS COFINS e do PIS/PASEP, apurados de
prevista no Programa de Inclusão Digital, nos conformidade com o art. 58-J, § 15, da Lei nº
termos do inciso III do art. 28 da Lei nº 11.196/2005, 10.833/2003, em vigor até 30/04/2015, e
somente se todos os seus componentes, quais sejam acumulados em face da apuração de receitas para as
unidade de processamento digital, monitor, teclado quais essa contribuição é quantificada a uma
e mouse, fossem produzidos conforme processo alíquota zero, não são passíveis de aproveitamento
produtivo básico estabelecido pelo Poder Executivo. para compensar débitos próprios, vencidos ou
Caso qualquer componente do sistema não fosse vincendos, relativos a tributos administrados pela
produzido conforme processo produtivo básico, RFB. A Lei nº 13.097/2015, estabeleceu novo regime
todos os demais componentes deixavam de merecer de tributação da COFINS e da contribuição para o
a aplicação de alíquota zero, mesmo aqueles que PIS/PASEP para os produtos do segmento de
fossem produzidos conforme processo produtivo bebidas frias, revogando o regime anterior a partir
básico. A receita de venda a varejo de teclado e de 1º/05/2015. Essa Lei possibilitou à pessoa
mouse acompanhados de unidade de jurídica sujeita ao regime de apuração não
processamento digital na forma do inciso IV do art. cumulativa da COFINS e da contribuição para o
28 da Lei nº 11.196/2005, foi beneficiada até PIS/PASEP o desconto de créditos em relação à
31/12/2015 com a alíquota zero da contribuição para aquisição no mercado interno ou à importação dos
o PIS/PASEP e da COFINS mesmo que esses artigos produtos relacionados em seu art. 14 e possibilitou
não fossem produzidos conforme processo também à pessoa jurídica sujeita ao regime de
produtivo básico. apuração cumulativa, exceto a pessoa jurídica
optante pelo SIMPLES, o desconto de créditos
• Solução de Consulta nº 334, de 23 de junho presumidos dessa contribuição em relação à
de 2017 aquisição no mercado interno dos referidos
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação produtos. É vedado o desconto de créditos em
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação relação aos produtos de que trata o art. 14 da Lei nº
Data de publicação: 28/07/2017 13.097/2015, adquiridos para revenda por pessoa
Teor: O aproveitamento acelerado do crédito da jurídica varejista (definida na forma do art. 17 da
COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, na citada Lei) que aplicar a redução de alíquota
forma regulada pelo inciso II do art. 1º do Decreto estabelecida no art. 28 dessa mesma Lei. Os saldos
nº 5.988/2006, pode ocorrer dentro do prazo credores da COFINS e da contribuição para o
prescricional de 5 anos, contado do primeiro dia do PIS/PASEP relativos à aquisição no mercado
mês subsequente ao de sua aquisição. interno ou à importação dos produtos relacionados
no art. 14 da Lei nº 13.097/2015, somente podem ser
• Solução de Consulta nº 339, de 26 de junho utilizados para desconto do valor da COFINS e da
de 2017 contribuição ao PIS/PASEP devida pela pessoa
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação jurídica; não são passíveis de serem utilizados na
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação compensação de débitos próprios, vencidos ou
Data de publicação: 03/07/2017 vincendos.
Teor: A apuração cumulativa da contribuição para
o PIS/PASEP e da COFINS tem como base de • Solução de Consulta nº 346, de 26 de junho
cálculo toda e qualquer receita auferida pela pessoa de 2017
jurídica, salvo as expressamente excluídas por lei. Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Sendo assim, os montantes recebidos por e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
representantes comerciais a título de reembolso, Data de publicação: 03/07/2017
pelo valor de custo, de peças utilizadas por eles na Teor: A existência de terceira pessoa, desde que
reparação de bens sob garantia de seus agindo como mera mandatária, ou seja, cuja atuação
representados integram as referidas bases de cálculo. não seja em nome próprio, mas em nome e por conta
do mandante estrangeiro, entre a pessoa física ou
jurídica residente, domiciliada ou com sede no

Voltar ao sumário. 213


exterior e a prestadora de serviços nacional, não (inciso II do caput do art. 3º das Leis nos
afeta a relação jurídica negocial exigida para 10.833/2003 e 10.637/2002), em relação aos
enquadramento nos arts. 5°, II, da Lei n° dispêndios com partes e peças de reposição, e com
10.637/2002, 6º, II, da Lei nº 10.833/2003 e 14, III, os serviços de manutenção, empregados em
§ 1º, da MP nº 2.158-35/2001, para o fim de máquinas, equipamentos e veículos que, no interior
reconhecimento da não-incidência/isenção da de um mesmo estabelecimento da pessoa jurídica,
contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS. suprem, com insumos ou produtos em elaboração,
Somente quando atendidas as normas estabelecidas as máquinas que promovem a produção de bens ou
pela Circular nº 3.691/2013, em vigor desde a prestação de serviços (transporte interno), desde
04/02/2014, para o pagamento das despesas que o emprego desses bens e/ou serviços não
incorridas no País pela pessoa tomadora residente importe, para o bem objeto de manutenção, em
ou domiciliada no exterior fica caracterizado o acréscimo de vida útil superior a um ano. Caso haja
efetivo ingresso de divisas no País, autorizando a acréscimo de vida útil superior a um ano, o crédito
aplicação das normas exonerativas dos arts. 5°, II, eventualmente cabível deve ser apurado com base
da Lei n° 10.637/2002, 6º, II, da Lei nº na modalidade de crédito prevista no inciso VI do art.
10.833/2003 e 14, III, § 1º, da MP nº 2.158-35/2001. 3º das Leis nos 10.833/2003 e 10.637/2002. Não há
Nos termos da legislação cambial ora vigente, as direito a crédito da não cumulatividade da COFINS
receitas decorrentes de pagamentos relativos à e do PIS/PASEP sobre gastos com manutenção de
prestação dos serviços para residente, domiciliado elevador na modalidade aquisição de insumos. Não
ou com sede no exterior, representado por pessoa há direito a crédito da não cumulatividade da
jurídica domiciliada no País, agindo em nome e por COFINS e do PIS/PASEP sobre gastos com
conta do mandante, são albergadas pelas referidas materiais de limpeza e de desinfecção do ambiente
normas exonerativas, desde que tais pagamentos produtivo. Não há direito a crédito da não
sejam efetuados por meio: (i) de regular ingresso de cumulatividade da COFINS e do PIS/PASEP sobre
moeda estrangeira; (ii) de débito em conta em gastos com lavagem de uniformes. Não há direito a
moeda nacional titulada pela pessoa tomadora crédito da não cumulatividade da COFINS e do
residente, domiciliada ou com sede no exterior, PIS/PASEP sobre os valores pagos a pessoa jurídica
mantida e movimentada na forma da a título de aluguel de empilhadeiras, pois o aluguel
regulamentação em vigor; (iii) ou ainda, no caso de de veículos não é abrangido pela hipótese de
tomador transportador residente, domiciliado ou creditamento do inciso IV do art. 3º das Leis nos
com sede no exterior, com a utilização dos recursos 10.833/2003 e 10.637/2002. Os direitos creditórios
objeto de registros escriturais de que trata o referidos no art. 3º das Leis nos 10.833/2003 e
Capítulo IX do Titulo VII da Circular BACEN nº 10.637/2002, estão sujeitos ao prazo prescricional
3.691/2013. Ainda que seja utilizada forma de previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910/1932, cujo
pagamento válida para o fim de enquadramento nas termo inicial é o primeiro dia do mês subsequente
hipóteses de não-incidência/isenção em foco, ao de sua apuração, ou, no caso de apropriação
persistirá, sempre, a necessidade da comprovação extemporânea, o primeiro dia do mês subsequente
do nexo causal entre o pagamento recebido por uma àquele em que poderia ter havido a apuração ((§ 1º
pessoa jurídica domiciliada no País e a efetiva do art. 3º das Leis nos 10.833/2003 e 10.637/2002).
prestação dos serviços à pessoa, física ou jurídica, Não é permitida a atualização monetária do valor
residente, domiciliada ou com sede no exterior. Não dos créditos da não cumulatividade da COFINS e do
se considera beneficiada pela exoneração das PIS/PASEP apurados temporânea ou
contribuições, a prestação de serviços a pessoa física extemporaneamente.
ou jurídica residente ou domiciliada no exterior,
cujo pagamento se der mediante qualquer outra • Solução de Consulta nº 366, de 11 de agosto
forma de pagamento que não se enquadre entre as de 2017
hipóteses listadas em normas estabelecidas pelo Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
BACEN. Os serviços alcançados pela norma de não e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
incidência/isenção da contribuição para o Data de publicação: 29/08/2017
PIS/PASEP e da COFINS, deverão ser contratados Teor: Os valores pagos pelas montadoras às
por pessoa física ou jurídica residente ou concessionárias de veículos a título de bônus
domiciliada no exterior, ainda que por meio de seu decorrentes de aquisições de veículos e autopeças
mandatário no País, não abrangendo, porém, os realizadas por estas junto àquelas caracterizam
serviços que este, em nome próprio, venha a subvenção corrente para custeio das atividades
contratar com prestador no País, ainda que para desenvolvidas pelas concessionárias de veículos,
atendimento de demanda do representando receitas próprias das concessionárias
transportador/armador domiciliado no exterior. de veículos. As receitas das concessionárias de
veículos decorrentes do recebimento do
• Solução de Consulta nº 355, de 13 de julho mencionado bônus, para fins de apuração da
de 2017 COFINS e do PIS/PASEP: (i) não constituem
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação receitas financeiras; (ii) não estão submetidas ao
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação regime concentrado de cobrança da contribuição,
Data de publicação: 18/07/2017 previsto no art. 1º da Lei nº 10.485/2002, tendo em
Teor: Tratando-se de pessoa jurídica industrial, vista não decorrerem da operação de venda de
conclui-se o seguinte acerca da apuração de créditos veículos pela concessionária, nem integrarem a
da não cumulatividade da COFINS e do PIS/PASEP. operação antecedente de compra de veículos
Na sistemática de apuração não cumulativa da realizada por esta; e (iii) estão sujeitas ao regime de
COFINS e do PIS/PASEP, há possibilidade de apuração (cumulativa ou não cumulativa) a que está
creditamento, na modalidade aquisição de insumos sujeita a pessoa jurídica beneficiária.

Voltar ao sumário. 214


cooperativas com a exclusão da base de cálculo de
• Solução de Consulta nº 368, de 14 de agosto que tratam o art. 15 da MP nº 2.158-35/2001, o art.
de 2017 1º da Lei nº 10.676/2003, e o art. 17 da Lei nº
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação 10.684/2003, não podem em regra ser
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação compensados com outros tributos nem ressarcidos.
Data de publicação: 18/08/2017 Contudo, podem ser compensados e ressarcidos os
Teor: É vedada à pessoa jurídica comodante a mesmos créditos vinculados a vendas feitas por
apuração do crédito da COFINS estabelecido pelo cooperativas com alíquota zero, isenção, suspensão
art. 3º, caput, VI, da Lei nº 10.833/2003 (ativo ou não incidência.
imobilizado), e apuração do crédito do PIS/PASEP
estabelecido pelo art. 3º, caput, VI, da Lei nº • Solução de Consulta nº 384, de 30 de agosto
10.637/2002 (ativo imobilizado), em relação a bem de 2017
cedido a terceiro em comodato e por este explorado Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
economicamente. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 13/09/2017
• Solução de Consulta nº 380, de 23 de agosto Teor: Os impressos com textos de conteúdo técnico
de 2017 para área médica, para fins de divulgação de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação pesquisas ou de produtos, que consistem de textos
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação escritos em fichas ou folhas, que não correspondem
Data de publicação: 12/09/2017 a publicação de periódicos, e em que folhas
Teor: As bonificações concedidas em mercadorias encontram-se unidas umas às outras com a presença
configuram descontos incondicionais, podendo ser de capa, correspondem ao conceito de livro do art.
excluídas da receita bruta, para efeito de apuração 2º da Lei nº 10.753/2003. Os impressos dessa
da base de cálculo da contribuição para o mesma espécie de textos com as folhas não unidas
PIS/PASEP e da COFINS, apenas quando umas às outras ou sem capa são equiparadas a livro,
constarem da própria nota fiscal de venda dos bens nos termos do parágrafo único do art. 2º da Lei nº
e não dependerem de evento posterior à emissão 10.753/2003, quando corresponderem a
desse documento. Bonificações em mercadorias publicações que representem parte de livro, com ou
entregues gratuitamente, a título de mera sem contrato de edição com o autor do livro.
liberalidade, sem vinculação a operação de venda, Também são equiparados a livro os impressos
são consideradas receita de doação para a pessoa contendo textos derivados de livro (não originais),
jurídica recebedora dos produtos (donatária), desde que haja contrato de edição celebrado com o
incidindo a contribuição para o PIS/PASEP e a autor de livro autorizando a reprodução. Não são
COFINS sobre o valor de mercado desses bens. A equiparados a livro os impressos contendo cópias de
receita de vendas oriunda de bens recebidos a título artigos técnicos ou científicos publicados em
de doação deve sofrer a incidência da contribuição periódicos ou contendo textos preparados
para o PIS/PASEP e da COFINS, na forma da especialmente para a divulgação, caso não
legislação geral das referidas contribuições. O consistirem de textos escritos em fichas ou folhas,
recebimento a posteriori de verba proveniente de não corresponderem a periódicos, e suas folhas não
rebaixa de preço e recomposição de margem, através estiverem unidas e com capa. Faz jus à redução a
de crédito em conta corrente ou abatimento em zero da alíquota do PIS/PASEP e da COFINS a
duplicata do fornecedor, constitui auferimento de receita de venda de livros e de artigos equiparados a
receita por parte do adquirente das mercadorias, livros, conforme definidos no caput e parágrafo
tributável pela contribuição para o PIS/PASEP e único do art. 2º da Lei nº 10.753/2003.
pela COFINS devida por este, visto que, na espécie,
há ingresso de valor com caráter de definitividade, • Solução de Consulta nº 387, de 31 de agosto
em razão da sua atividade empresarial, a par de de 2017
tratar-se de desconto a posteriori, decorrente de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
condições que representam um custo inerente à e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
atuação empresarial do comprador, que o Data de publicação: 06/09/2017
fornecedor assume por liberalidade, mediante Teor: As receitas financeiras não estão listadas
acordo. Por outro lado, as bonificações concedidas entre as receitas excluídas do regime de apuração
em mercadorias configuram descontos não cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS e,
incondicionais, podendo ser excluídas da receita portanto, submetem-se ao regime de apuração a que
bruta, para efeito de apuração da base de cálculo da a pessoa jurídica beneficiária estiver submetida.
COFINS devida pelo bonificador, apenas quando Assim, sujeitam-se ao regime de apuração não
constarem da própria nota fiscal de venda dos bens cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS as receitas
e não dependerem de evento posterior à emissão financeiras auferidas por pessoa jurídica que não foi
desse documento. expressamente excluída desse regime, ainda que
Observações: Solução vinculada à Solução de suas demais receitas submetam-se, parcial ou
Consulta COSIT nº 291/2017. mesmo integralmente, ao regime de apuração
cumulativa.
• Solução de Consulta nº 383, de 30 de agosto
de 2017 • Solução de Consulta nº 390, de 31 de agosto
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação de 2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Data de publicação: 12/09/2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Teor: Os créditos de que trata o art. 3º da Lei nº Data de publicação: 06/09/2017
10.637/2002, vinculados a vendas feitas por

Voltar ao sumário. 215


Teor: Não há previsão legal específica para a trabalhadores, sujeitam-se como regra ao regime de
apuração de créditos da não cumulatividade do apuração cumulativa da COFINS, nos termos do art.
PIS/PASEP e da COFINS em relação aos dispêndios 10, IV, da Lei nº 10.833/2003.
com serviço de transporte (frete) ocorridos na
aquisição de bens. No entanto, considerando que o • Solução de Consulta nº 422, de 13 de
frete do bem adquirido para revenda, em regra, setembro de 2017
integra o custo de aquisição do bem: (i) quando Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
permitido o creditamento em relação ao bem e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
adquirido, o custo de seu transporte, incluído no seu Data de publicação: 05/10/2017
valor de aquisição, servirá, indiretamente, de base Teor: A suspensão da incidência da COFINS e do
de apuração do valor do crédito; (ii) quando vedado PIS/PASEP de que trata o art. 40, § 6º-A, da Lei nº
o creditamento em relação ao bem adquirido, 10.865/2004, não alcança a receita relativa a serviço
também não haverá, sequer indiretamente, tal de frete prestado por pessoa jurídica subcontratada
direito em relação aos dispêndios com seu por empresa transportadora. Uma vez satisfeitas as
transporte. regras dispostas na IN SRF nº 595/2005, e no art.
40 da Lei nº 10.865/2004, a receita relativa à
• Solução de Consulta nº 393, de 05 de contratação de serviços de frete por filial de pessoa
setembro de 2017 jurídica preponderantemente exportadora, para
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação fazer o transporte das mercadorias a serem
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação exportadas até o ponto de saída do território
Data de publicação: 27/09/2017 nacional nos termos do art. 40, § 6º-A, da Lei nº
Teor: Não se aplica a alíquota zero do PIS/PASEP e 10.865/2004, pode ser beneficiada pela suspensão
da COFINS à importação e venda, no mercado da incidência da COFINS e do PIS/PASEP.
interno, de livros em meio digital, exceto quando Observações: Solução vinculada parcialmente à
destinados para uso exclusivo de pessoas com Solução de Consulta COSIT nº 341/2017.
deficiência visual. Por seu turno, as mídias digitais
que acompanham os livros impressos, contendo • Solução de Consulta nº 423, de 13 de
textos derivados de livro ou originais, produzidos setembro de 2017
por editores, mediante contrato de edição celebrado Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
com o autor, estão sujeitas, na importação e venda e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
no mercado interno, à alíquota zero do PIS/PASEP Data de publicação: 21/09/2017
e da COFINS, ainda que não sejam destinadas Teor: A apuração de créditos da COFINS e do
exclusivamente ao uso de pessoas com deficiência PIS/PASEP em relação à aquisição/construção de
visual. edificações incorporadas ao ativo imobilizado, no
prazo de 24 meses, de que trata o art. 6º da Lei nº
• Solução de Consulta nº 396, de 05 de 11.488/2007, alcança apenas aquelas destinadas à
setembro de 2017 produção de bens ou à prestação de serviços.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação • Solução de Consulta nº 426, de 13 de
Data de publicação: 13/09/2017 setembro de 2017
Teor: A redução a zero da alíquota da contribuição Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
para o PIS/PASEP e da COFINS previstas no art. 28 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
da Lei nº 11.196/2005, alcança os fatos geradores Data de publicação: 26/09/2017
ocorridos até 30/11/2015, tendo em vista o disposto Teor: Para efeitos da redução a zero da alíquota da
na MP nº 690/2015, e na Lei nº 13.241/2015. A COFINS e do PIS/PASEP previstas no art. 28 da Lei
redução a zero da alíquota da contribuição para o nº 13.097/2015, não se consideram vendas a
PIS/PASEP e da COFINS previstas no art. 28 da Lei consumidor final as vendas de bebidas frias a
nº 11.196/2005, não alcança a venda de produtos entidades ou associações sem fins lucrativos, para
usados. posterior fornecimento a terceiros por esses
adquirentes, ainda que de forma gratuita.
• Solução de Consulta nº 403, de 05 de
setembro de 2017 • Solução de Consulta nº 431, de 13 de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação setembro de 2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Data de publicação: 15/09/2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Teor: As entidades relacionadas no art. 13 da MP nº Data de publicação: 20/10/2017
2.158-35/2001, não estão sujeitas à contribuição Teor: Os royalties recebidos do exterior, em
para o PIS/PASEP incidente sobre o faturamento, e pagamento pelo licenciamento de tecnologia, não
se sujeitam à incidência dessa contribuição com configuram receita de venda de mercadorias ou de
base na folha de salários à alíquota de 1%. As prestação de serviços, razão pela qual não se
entidades relacionadas no art. 13 da MP nº 2.158- enquadram nas hipóteses de não incidência do
35/2001, são isentas da COFINS em relação às PIS/PASEP previstas no art. 5º da Lei nº
receitas derivadas de suas atividades próprias. As 10.637/2002, e da COFINS previstas no art. 6º da
receitas decorrentes das atividades não próprias das Lei nº 10.833/2003.
entidades do art. 13 da MP nº 2.158-35/2001, estão
sujeitas à incidência não cumulativa ou cumulativa • Solução de Consulta nº 432, de 13 de
da COFINS, dependendo de estarem ou não dentre setembro de 2017
as pessoas jurídicas e receitas de que trata o art. 10 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
da Lei nº 10.833/2003. No caso de sindicatos de e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação

Voltar ao sumário. 216


Data de publicação: 22/09/2017 ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras
Teor: Interpretam-se estritamente as hipóteses de de renda fixa e renda variável, não integram a receita
redução a zero das alíquotas da contribuição para o bruta da pessoa jurídica que tenha por objeto social
PIS/PASEP e da COFINS incluídas pelo art. 1º da a incorporação imobiliária, locação e compra e
Lei nº 12.839/2013, no art. 1º da Lei nº venda de imóveis próprios e, por conseguinte, não
10.925/2004, as quais, levando em conta o fim para compõem a base de cálculo da COFINS e do
o qual foram instituídas, aplicam-se apenas a PIS/PASEP quando a pessoa jurídica for tributada
produtos da cesta básica. O óleo de cozinha usado, pelo IR com base no lucro presumido, hipótese em
que destina-se ao emprego como insumo na que se sujeita ao regime cumulativo de cobrança
produção de resina para tintas, aditivo de ração para dessas contribuições.
animais, sabão, detergente, glicerina e biodiesel, não
faz parte dos produtos integrantes da cesta básica. • Solução de Consulta nº 471, de 21 de
Portanto, a receita auferida com a sua setembro de 2017
comercialização no mercado interno, não está Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
abrangida pela hipótese de redução a zero da e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
alíquota da contribuição para o PIS/PASEP e da Data de publicação: 26/09/2017
COFINS, incluída pelo art. 1º da 12.839/2013, no Teor: A alíquota zero do PIS/PASEP e da COFINS,
art. 1º, XXIII, da Lei nº 10.925/2004. prevista no art. 1º, § 3º, II, do Decreto nº
8.426/2015, alcança as receitas financeiras
• Solução de Consulta nº 433, de 13 de decorrentes de variações monetárias em função da
setembro de 2017 taxa de câmbio de obrigações contraídas pela pessoa
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação jurídica em operações de importação.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 19/09/2017 • Solução de Consulta nº 474, de 22 de
Teor: A sistemática de tributação de bebidas frias setembro de 2017
previstas nos arts. 58-A a 58-V da Lei nº Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
10.833/2003 (atualmente revogados) alcançava e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
tanto a apuração não cumulativa quanto a apuração Data de publicação: 03/10/2017
cumulativa da COFINS e do PIS/PASEP. Débitos Teor: Nos casos em que aplicáveis, as regras
relativos às contribuições sociais previstas no art. 11, especiais de apuração de créditos do PIS/PASEP e
parágrafo único, “a”, “b” e “c”, da Lei nº 8.212/1991 da COFINS pelas concessionárias de serviço público
não podem ser compensados com créditos relativos estabelecidas no art. 3º, § 21, da Lei nº 10.637/2002
aos demais tributos administrados pela RFB, por e no art. 3º, § 29, da Lei nº 10.833/2003, são
expressa vedação legal. Os pedidos de compensação excludentes de outras formas de creditamento,
referentes a eventuais pagamentos indevidos ou inclusive da modalidade pagamento de aluguéis de
maiores que o devido estão sujeitos ao prazo de prédios utilizados nas atividades da empresa,
decadência previsto no art. 3º da LC nº 118/2005, prevista no art. 3º, IV, das mesmas Leis nos
que é de cinco anos contados a partir da data do 10.637/2002 e 10.833/2003. Tratando-se de pessoa
pagamento antecipado e, nos demais casos, de cinco jurídica que explora o transporte aéreo de pessoas e
anos do pagamento indevido nos termos do art. 165, cargas na modalidade táxi aéreo, desde que não
I, c/c o art. 168, I, do CTN. sejam aplicáveis as regras especiais de creditamento
mencionadas anteriormente, na sistemática de
• Solução de Consulta nº 468, de 20 de apuração não cumulativa do PIS/PASEP e da
setembro de 2017 COFINS, pode ser descontado crédito em relação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação aos valores pagos pela concessão de uso de área
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação aeroportuária, com ou sem edificação.
Data de publicação: 26/09/2017
Teor: A redução a 0% da alíquota do PIS/PASEP e • Solução de Consulta nº 477, de 22 de
da COFINS, prevista no art. 1º, § 4º, da Lei nº setembro de 2017
10.925/2004, aplica-se à receita bruta auferida pela Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
pessoa jurídica com a operação de industrialização, e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
por conta e ordem de terceiros, dos bens e produtos Data de publicação: 28/09/2017
classificados nas posições 01.03, 01.05, 02.03, Teor: No regime de apuração não cumulativa, é
02.06.30.00, 0206.4, 02.07 e 0210.1 da TIPI. vedado o desconto de créditos em relação a fretes
cujo ônus é do adquirente relativos à aquisição de
• Solução de Consulta nº 470, de 21 de veículos classificados nos códigos 87.01 a 87.05 da
setembro de 2017 TIPI, destinados à revenda. É vedado o desconto de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação créditos em relação a fretes cujo ônus é do
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação adquirente relativos à aquisição de autopeças
Data de publicação: 22/09/2017 relacionadas nos Anexos I e II da Lei nº
Teor: Em razão da revogação do art. 3º, § 1º, da Lei 10.485/2002, de pneus novos de borracha do código
nº 9.718/1998, a base de cálculo da COFINS e do 40.11 da TIPI, e de câmaras-de-ar de borracha do
PIS/PASEP apurada no regime cumulativo, a partir código 40.13 da TIPI, destinadas à revenda, ainda
de 28/05/2009, é o faturamento mensal, que essas mercadorias estejam associadas à
considerado como a receita bruta da venda de bens prestação de serviços de manutenção e de reparo de
e serviços, que se constitui da soma das receitas veículos automotores. Podem ser descontados
advindas da execução dos objetivos sociais da créditos em relação a fretes cujo ônus seja do
pessoa jurídica. Desde que não decorram de adquirente e que integrem o custo de aquisição de
atividade habitual da empresa, os rendimentos e autopeças não relacionadas nos Anexos I e II da Lei

Voltar ao sumário. 217


nº 10.485/2002 (não sujeitas à tributação impontualidade no pagamento do aluguel não
concentrada dessas contribuições), destinadas à devem ser incluídos no cálculo desse crédito.
revenda.
• Solução de Consulta nº 486, de 25 de
• Solução de Consulta nº 479, de 25 de setembro de 2017
setembro de 2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Data de publicação: 18/10/2017
Data de publicação: 02/10/2017 Teor: O serviço de transporte rodoviário de cargas
Teor: Na sistemática não cumulativa de apuração é atividade prestada a terceiros que contratam o
da COFINS e do PIS/PASEP, os reembolsos prestador para realização do serviço. Não se
recebidos pelo emprestador (doador) de ações considera prestação de serviços de transporte
durante o decurso do contrato de empréstimo rodoviário de cargas a utilização de frota própria
relativos aos valores distribuídos pela companhia para a entrega de produtos revendidos por empresa
que as emitiu são considerados receitas financeiras comercial. A apuração de créditos da não
para fins de incidência das referidas contribuições. cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS,
calculados sobre encargos de depreciação de
• Solução de Consulta nº 481, de 20 de caminhões e tanques refrigerados é permitida em
setembro de 2017 relação às atividades empresariais de locação de tais
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação bens para terceiros, de produção de bens destinados
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação à venda e de prestação de serviços, quando aludidos
Data de publicação: 29/09/2017 caminhões e tanques sejam utilizados diretamente
Teor: Desde que satisfeitos os requisitos da em tais atividades. Na hipótese da pessoa jurídica
legislação de regência, o encomendante da aferir receitas de transporte rodoviário de cargas
industrialização de produtos sujeitos ao regime de com o uso de caminhões e tanques refrigerados que
tributação concentrada previsto na Lei nº sejam também empregados em outras atividades
10.147/2000, faz jus a créditos da COFINS, que não permitam a apuração de créditos pelos
calculados com a alíquota de 7,6%, e a créditos do encargos de depreciação, há que se proceder a rateio
PIS/PASEP, calculados com a alíquota de 1,65%, proporcional entre a receita bruta total obtida e a
vinculados aos insumos que adquirir e remeter para receita oriunda da atividade de serviços de
o executor da encomenda, a fim de que este os transporte, caso a pessoa jurídica não mantenha
empregue na fabricação dos referidos produtos. O controle que permita a apropriação direta, por meio
encomendante da industrialização de produtos de sistema de contabilidade de custos integrada e
sujeitos ao regime de tributação concentrada coordenada com a escrituração. Na atividade de
previsto na Lei nº 10.147/2000, não faz jus a prestação de serviços de transporte rodoviários de
créditos da COFINS e do PIS/PASEP vinculados a cargas, caso haja subcontratação de pessoa física
insumos adquiridos de terceiros pelo executor da transportadora autônoma ou de empresas de
encomenda e por este utilizados na industrialização transporte optantes pelo Simples Nacional, poderá a
dos referidos produtos. pessoa jurídica subcontratante descontar crédito
presumido na forma prevista pelo art. 3º, §§ 19 e 20,
• Solução de Consulta nº 484, de 25 de da Lei nº 10.833/2003. Na eventualidade de não
setembro de 2017 haverem sido apurados nas épocas próprias, os
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação créditos da não cumulatividade do PIS/PASEP e da
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação COFINS poderão ser apurados
Data de publicação: 27/09/2017 extemporaneamente, cabendo efetivar os
Teor: Desde que atendidos os demais requisitos da necessários registros e retificações de declarações e
legislação tributária, independente de quem tenha demonstrativos, como DCTF e DACON, além da
feito o pagamento do frete no transporte EFD-Contribuições, conforme aplicável. O prazo
internacional (se a pessoa jurídica nacional, através extintivo para a apuração de créditos é de cinco anos
de agentes de carga, ou se a pessoa jurídica a contar da data em que poderiam ter sido apurados,
estrangeira), o valor dos créditos do PIS/PASEP e da tanto para apuração quanto para utilização
COFINS, estabelecidos pelo art. 15 da Lei nº mediante dedução de valores devidos ao mesmo
10.865/2004, abrange o custo do transporte da título ou, se for o caso, e nas hipóteses
mercadoria importada até o porto ou o aeroporto expressamente previstas, compensação ou
alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira ressarcimento.
alfandegado.
• Solução de Consulta nº 490, de 26 de
• Solução de Consulta nº 485, de 25 de setembro de 2017
setembro de 2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Data de publicação: 28/09/2017
Data de publicação: 02/10/2017 Teor: Não há permissão legal para apuração de
Teor: No regime de apuração não cumulativa do créditos da não cumulatividade da COFINS e do
PIS/PASEP e da COFINS, o crédito em relação a PIS/PASEP em relação a dispêndios com
aluguéis de prédios pagos a pessoa jurídica e combustíveis, lubrificantes e peças de reposição
utilizados nas atividades da empresa deve ser para manutenção de frota própria de veículos
apropriado pelo regime de competência (mês de utilizada no transporte de mercadorias revendidas
referência do aluguel). Os valores pagos a título de com ônus suportado pelo vendedor.
multas e juros de mora devidos em razão de

Voltar ao sumário. 218


• Solução de Consulta nº 495, de 26 de Teor: A modalidade de creditamento relativa à
setembro de 2017 aquisição de insumos (art. 3, II, da Lei nº
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003) aplica-se
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação apenas às atividades de "prestação de serviços e
Data de publicação: 02/10/2017 produção ou fabricação de bens ou produtos
Teor: Enquanto vigente, o crédito presumido do destinados à venda", não alcançando a atividade de
PIS/PASEP e da COFINS estabelecido pelo art. 58- locação de bens. A modalidade de creditamento
T da Lei nº 10.833/2003, poderia ser apurado por relativa à aquisição ou fabricação de bens
pessoa jurídica sujeita tanto ao regime de apuração incorporados ao ativo imobilizado (art. 3, VI, da Lei
não cumulativa quanto ao regime de apuração nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003) alcança
cumulativa da contribuição. Enquanto vigente, o também a atividade de locação de bens.
crédito presumido do PIS/PASEP e da COFINS
estabelecido pelo art. 58-R, §§ 8º e 9º, da Lei nº • Solução de Consulta nº 516, de 30 de
10.833/2003, somente poderia ser apurado por outubro de 2017
pessoa jurídica sujeita ao regime de apuração não Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
cumulativa das contribuições. O crédito presumido e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
do PIS/PASEP e da COFINS estabelecido pelo art. Data de publicação: 29/11/2017
13, § 3º, da Lei nº 12.995/2014, pode ser apurado Teor: A partir da publicação da Lei nº 11.941/2009,
por pessoa jurídica sujeita tanto ao regime de a base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS no
apuração não cumulativa quanto ao regime de regime de apuração cumulativa ficou restrita ao
apuração cumulativa da contribuição. faturamento auferido pela pessoa jurídica, que
corresponde à receita bruta de que trata o art. 12 do
• Solução de Consulta nº 496, de 27 de DL nº 1.598/1977, nos termos dos arts. 2º e 3º,
setembro de 2017 caput, da Lei nº 9.718/1998. No regime de apuração
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação cumulativa, a receita bruta sujeita ao PIS/PASEP e à
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação COFINS compreende as receitas oriundas do
Data de publicação: 18/10/2017 exercício de todas as atividades empresariais da
Teor: Observados os requisitos legais pertinentes, a pessoa jurídica, e não apenas aquelas decorrentes da
vedação de desconto de créditos da não venda de mercadorias e da prestação de serviços. No
cumulatividade da COFINS e do PIS/PASEP em caso de pessoa jurídica que se dedica à locação e
relação a bens "não sujeitos ao pagamento" da administração de bens próprios e à participação em
contribuição estabelecida pelos art. 3º, § 2º, II, da outras sociedades, não integram a base de cálculo do
Lei nº 10.833/2003 e da Lei 10.637/2002 não se PIS/PASEP e da COFINS, no regime de apuração
aplica aos bens que, cumulativamente: i) sejam cumulativa, as receitas auferidas em decorrência de
adquiridos pela pessoa jurídica para utilização como rendimentos sobre aplicações financeiras.
insumo; e ii) tenham sido objeto de cobrança Observações: Solução parcialmente vinculada à
concentrada ou monofásica da contribuição em Solução de Consulta COSIT nº 84/2016.
etapa anterior da cadeia econômica, dado que tais
bens estiveram "sujeitos ao pagamento" da • Solução de Consulta nº 531, de 18 de
contribuição esperada em toda a cadeia econômica dezembro de 2017
deles de forma concentrada ou monofásica na etapa Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
anterior escolhida pelo legislador para oneração. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Não geram direito ao desconto de crédito da não Data de publicação: 22/12/2017
cumulatividade do PIS e da COFINS os valores Teor: Os descontos incondicionais são aqueles que
despendidos com seguros de qualquer espécie, constam da nota fiscal de venda dos bens ou da
monitoramento via satélite ou on-line, serviços de fatura de serviços e não dependem de evento
agenciamento de carga, despachantes e posterior à emissão desses documentos. Somente os
despachantes aduaneiros, serviços de inspeção descontos considerados incondicionais podem ser
veicular, entre outros, por não serem serviços excluídos da base de cálculo do PIS/PASEP e da
diretamente utilizados na prestação de serviço de COFINS apurados no regime não cumulativo. Os
transporte. Gera direito ao desconto de crédito da descontos condicionais obtidos pela pessoa jurídica
não cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS, configuram receita sujeita à incidência do
calculado com a utilização da alíquota PIS/PASEP e da COFINS apurados no regime não
correspondente a 75% daquela constante nos art. 2º cumulativo, que não pode ser excluída da base de
da Lei nº 10.833/2003 e da Lei nº 10.637/2002, a cálculo das referidas contribuições. Inaplicável a
subcontratação de serviço de transporte de carga alíquota zero prevista no art. 2º da Lei nº
prestado por pessoa física transportador autônomo 10.147/2000, tendo em vista que as receitas
ou por pessoa jurídica transportador optante pelo relativas aos descontos condicionais obtidos não
Simples Nacional. Caso a Pessoa Jurídica decorrem da venda de produtos sujeitos à tributação
subcontratada não seja optante pelo Simples concentrada, mas sim da implementação de
Nacional, a alíquota para apuração dos créditos será determinada condição que permite à pessoa jurídica
a constante do dispositivo legal antes mencionado. reduzir o montante devido a seus fornecedores.
Desde 1º/07/2015, aplicam-se as alíquotas de que
• Solução de Consulta nº 510, de 19 de trata o Decreto nº 8.426/2015, às receitas
outubro de 2017 financeiras auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação ao regime de apuração não cumulativa do
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação PIS/PASEP e da COFINS. Para fins de determinação
Data de publicação: 31/10/2017 da alíquota do PIS/PASEP e da COFINS incidente
sobre o desconto condicional, deve-se determinar a

Voltar ao sumário. 219


natureza da receita decorrente desse desconto, a Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
qual depende da caracterização do negócio jurídico e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
firmado entre as partes, nos termos das condições Data de publicação: 22/12/2017
contratuais pactuadas. Teor: Na hipótese de equiparação de venda de
veículo usado a operação de consignação, facultada
• Solução de Consulta nº 532, de 18 de pelo art. 5º da Lei nº 9.716/1998, a pessoa jurídica
dezembro de 2017 simultaneamente sujeita aos regimes cumulativo e
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação não cumulativo do PIS/PASEP e da COFINS
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação (duplicidade de regimes) deve considerar como
Data de publicação: 22/12/2017 receita da referida operação, integrante de sua
Teor: É inaplicável a suspensão do PIS/PASEP e da receita bruta total, a diferença entre o valor da
COFINS incidente sobre a receita decorrente da receita de venda do veículo e o valor do seu custo de
prestação de serviços de fretamento, contratados aquisição. Consequentemente, essa diferença é o
por pessoa jurídica coabilitada ao Regime Especial montante a ser utilizado no cálculo dos créditos
de Incentivos para o Desenvolvimento da vinculados aos custos, despesas e encargos comuns
Infraestrutura (REIDI), para transportar os aos regimes de apuração cumulativa e não
operários ao canteiro de obras. cumulativa.

• Solução de Consulta nº 534, de 19 de • Solução de Consulta nº 560, de 20 de


dezembro de 2017 dezembro de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 28/12/2017 Data de publicação: 22/12/2017
Teor: É permitido o creditamento no regime de Teor: A receita gerada pela cessão de crédito de
apuração não cumulativa do PIS/PASEP e da prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL,
COFINS em relação às despesas com aquisição, por integra, como regra, a base de cálculo do PIS/PASEP
meio de cartões de vale-combustível, de não cumulativa e da COFINS não cumulativa da
combustíveis e lubrificantes consumidos em cedente e, sempre que operada com deságio,
máquinas, equipamentos ou veículos diretamente também a da cessionária. Para os fins do disposto no
utilizados na produção de bens ou na prestação de art. 33, § 1º, da Lei nº 13.043/2014, foi reduzida a
serviços, desde que tais despesas sejam zero, a partir de 20/01/2015, a alíquota do
comprovadas por meio da discriminação em nota PIS/PASEP e da COFINS incidente sobre a receita
fiscal emitida pelas administradoras desses cartões, auferida pelo cedente com a cessão de créditos de
acompanhada do contrato celebrado entre a prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL
administradora e a contratante adquirente dos para pessoas jurídicas controladas, controladoras ou
combustíveis e lubrificantes. coligadas, bem como sobre a receita auferida pela
cessionária na hipótese dos créditos cedidos com
• Solução de Consulta nº 535, de 19 de deságio. Em relação às mesmas receitas, auferidas
dezembro de 2017 anteriormente a 20/01/2015, por pessoas jurídicas
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação sujeitas à não cumulatividade do PIS/PASEP e da
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação COFINS, incidia a alíquota de 7,6% para COFINS e
Data de publicação: 26/12/2017 1,65% para o PIS/PASEP. No regime cumulativo,
Teor: O art. 103 da Lei nº 12.973/2014, que alterou entretanto, as receitas aqui referidas não integram a
o art. 1º da Lei nº 10.485/2002, o qual estabelece base de cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, sejam
tributação concentrada do PIS/PASEP e da COFINS auferidas pela pessoa jurídica cedente ou pela
nas hipóteses que menciona, entrou em vigor em cessionária dos créditos.
14/05/2014, por expressa disposição do art. 119,
caput, daquele primeiro ato legal. Desta forma, • Solução de Consulta nº 561, de 20 de
logicamente, segue-se que o art. 103 da Lei nº dezembro de 2017
12.973/2014, produz efeitos, no plano da eficácia, Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
desde a referida data. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 28/12/2017
• Solução de Consulta nº 542, de 19 de Teor: Os gastos referentes aos veículos da frota
dezembro de 2017 própria, utilizados na distribuição de produtos
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação revendidos entre os estabelecimentos do
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação revendedor e do comprador, não são considerados
Data de publicação: 22/12/2017 insumos para fins de creditamento do PIS/PASEP e
Teor: Os valores em dinheiro e abatimentos da COFINS.
recebidos de fornecedores pelos adquirentes de
mercadorias, que não reduzem o valor da nota fiscal • Solução de Consulta nº 576, de 20 de
de venda e que se efetivam em momento posterior à dezembro de 2017
sua emissão, não constituem descontos Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
incondicionais, mas sim receita do adquirente, e e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
como tal estão sujeitos à tributação pela COFINS e Data de publicação: 28/12/2017
pelo PIS/PASEP. Teor: A receita gerada pela cessão de crédito de
prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL,
• Solução de Consulta nº 543, de 19 de integra, como regra, a base de cálculo do PIS/PASEP
dezembro de 2017 e da COFINS não cumulativa da cedente e, sempre
que operada com deságio, também a da cessionária.

Voltar ao sumário. 220


Para os fins do disposto no art. 33, § 1º, da Lei nº Observações: Solução vinculada à Solução de
13.043/2014, foi reduzida a zero, a partir de Divergência COSIT nº 07/2016.
20/01/2015, a alíquota do PIS/PASEP e da COFINS
incidente sobre a receita auferida pelo cedente com • Solução de Consulta nº 99.099, de 17 de
a cessão de créditos de prejuízo fiscal e de base de agosto de 2017
cálculo negativa CSLL para pessoas jurídicas Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
controladas, controladoras ou coligadas, bem como e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
sobre a receita auferida pela cessionária na hipótese Data de publicação: 29/08/2017
dos créditos cedidos com deságio. Em relação às Teor: É vedada a apropriação de créditos do
mesmas receitas, auferidas anteriormente a PIS/PASEP e da COFINS nos termos do inciso II do
20/01/2015, por pessoas jurídicas sujeitas à não art. 3º das Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003, em
cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS, incidia relação aos dispêndios com a aquisição de materiais
a alíquota de 7,6% de COFINS e de 1,65% de (pregos, madeiras, etc) utilizados na confecção de
PIS/PASEP. No regime cumulativo, entretanto, as embalagem de transporte do bem produzido pela
receitas aqui referidas não integram a base de pessoa jurídica e destinado à venda.
cálculo do PIS/PASEP e da COFINS, sejam Observações: Solução vinculada à Solução de
auferidas pela pessoa jurídica cedente ou pela Divergência COSIT nº 7/2016.
cessionária dos créditos.
• Solução de Consulta nº 99.103, de 24 de
• Solução de Consulta nº 579, de 20 de agosto de 2017
dezembro de 2017 Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Data de publicação: 29/08/2017
Data de publicação: 28/12/2017 Teor: Na sistemática de apuração não cumulativa
Teor: O IPI não recuperável integra o valor de da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não
aquisição de bens para efeito de cálculo do crédito há possibilidade de creditamento, na modalidade
do PIS/PASEP e da COFINS na sistemática não aquisição de insumos (inciso II do caput do art. 3º
cumulativa. das Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003), por
pessoa jurídica que explora atividade industrial em
• Solução de Consulta nº 99.092, de 10 de relação aos dispêndios efetuados com a contratação
agosto de 2017 de serviço de representação comercial.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Observações: Solução vinculada à Solução de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Divergência COSIT nº 7/2016.
Data de publicação: 17/08/2017
Teor: Na hipótese de pessoas jurídicas que se • Solução de Consulta nº 99.112, de 14 de
dedicam à organização de feiras e eventos: (i) o setembro de 2017
conceito de receita bruta é determinado de acordo Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
com a regra geral definida pelo art. 12 do DL nº e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
1.598/1977, não tendo sido modificado pelas Data de publicação: 18/09/2017
disposições do § 2º do art. 30 da Lei nº 11.771/2008; Teor: Não é possível a apuração de crédito dos
(ii) os valores cobrados de seus clientes e destinados valores referentes a frete nacional de mercadoria
a cobrir custos ou despesas em que hajam incorrido importada destinada à revenda, dada a inexistência
(tendo em vista a subcontratação de fornecedores de previsão legal.
para a prestação de serviços e a aquisição de Observações: Solução vinculada à Solução de
materiais diversos empregados na realização dos Consulta COSIT nº 241/2017.
eventos) configuram efetiva receita bruta e devem
ser incluídos na base de cálculo da COFINS e do ii) PIS/PASEP, COFINS & contribuição
PIS/PASEP no regime de apuração a que estiver previdenciária devida pelo produtor rural
sujeita a pessoa jurídica como um todo; (iii) já as
receitas que remuneram especificamente a • Solução de Consulta nº 507, de 17 de
prestação do serviço de organização de eventos estão outubro de 2017
obrigatoriamente submetidas ao regime de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
incidência cumulativa da COFINS e da contribuição e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
ao PIS/PASEP. Data de publicação: 03/11/2017
Observações: Solução vinculada à Solução de Teor: Considera-se como venda para entrega futura
Consulta COSIT nº 121/2016. aquela resultante de contrato de compra e venda em
que, no momento de concretização do negócio, o
• Solução de Consulta nº 99.095, de 14 de vendedor já possui em estoque as mercadorias ou
agosto de 2017 produtos vendidos, os quais, por vontade dos
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação contratantes, permanecerão com o vendedor, na
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação condição de mero depositário, para entrega ao
Data de publicação: 17/08/2017 comprador em ocasião posterior. Na apuração do
Teor: No caso de pessoa jurídica que se dedica à PIS/PASEP e da COFINS, pelo regime não
atividade comercial, não dá direito à apuração de cumulativo, e da contribuição previdenciária
créditos com base no inciso II do caput do art. 3º das prevista no art. 22-A da Lei nº 8.212/1991, as
Leis nos 10.637/2002 e 10.833/2003, a contratação agroindústrias que vendem para entrega futura
de serviços de agências de publicidade e propaganda, mercadorias resultantes da industrialização de sua
haja vista não configurarem insumos consumidos ou própria produção devem reconhecer as receitas
aplicados na prestação de serviços. decorrentes dessas vendas no momento da

Voltar ao sumário. 221


celebração do contrato, quando o negócio se exterior a título de transferência de tecnologia na
aperfeiçoa e o comprador torna-se proprietário dos parte referente a royalties por uso ou exploração de
referidos bens, e não no momento da transmissão da invenções, processos e fórmulas de fabricação e de
posse das mercadorias vendidas. marcas de indústria e comércio, desde que no
documento que fundamentar a operação, estes
jj) PIS/PASEP, COFINS, PIS/PASEP- valores estejam discriminados e apartados das
Importação & COFINS-Importação importâncias devidas pelos demais serviços que
também são objeto de referido documento. Incide o
• Solução de Consulta nº 448, de 18 de PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação
setembro de 2017 sobre os valores pagos, creditados, entregues ou
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação remetidos para pessoas físicas ou jurídicas
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação domiciliadas no exterior a título de transferência de
Data de publicação: 16/10/2017 tecnologia na parte referente a fornecimento de
Teor: As receitas decorrentes da comercialização, tecnologia e à prestação de assistência técnica.
licenciamento, incluído sublicenciamento, ou cessão Incide o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-
de direitos de uso de softwares importados Importação sobre os valores pagos, creditados,
auferidas por pessoas jurídicas tributadas pelo IR entregues ou remetidos para pessoas físicas ou
com base no lucro real estão sujeitas ao regime de jurídicas domiciliadas no exterior a título de
apuração não cumulativa. Não incide a COFINS- despesas com treinamento técnico. Caso o
Importação e o PIS/PASEP-Importação sobre documento que lastreia a operação não seja
qualquer pagamento, crédito, entrega, emprego ou suficientemente claro para individualizar o valor
remessa de valores a residentes ou domiciliados no correspondente a fornecimento de tecnologia e
exterior a título de royalties como contrapartida assistência técnica e o valor correspondente a
pelo licenciamento de softwares. Porém, se no royalties, o valor total deverá ser considerado
contrato de licenciamento houver a previsão de referente a serviços e sofrer a incidência das
prestação de serviços de manutenção e suporte mencionadas contribuições.
técnico, além do simples licenciamento do software, Observações: Solução parcialmente vinculada à
sobre os pagamentos referentes a esses serviços Solução de Consulta COSIT nº 71/2015.
incidirão as contribuições. Nos casos em que o
contrato não for suficientemente claro para • Solução de Consulta nº 382, de 25 de agosto
individualizar esses componentes, o valor total de 2017
deverá ser considerado referente a serviços e, com Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
isso, sofrer a incidência das contribuições. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Observações: Solução de Consulta parcialmente Data de publicação: 29/08/2017
vinculada às Soluções de Consulta COSIT nº Teor: Não subsiste medida de subordinação das
374/2017. regras materiais do incentivo previsto no art. 8º, §§
10 e 12, da Lei nº 10.865/2004, em relação às regras
kk) PIS/PASEP-Importação & COFINS- instrumentais que regem a imunidade do papel (art.
Importação 150, VI, “d”, da CF/1988), por ausência de previsão
constitucional e legal para tanto. A redução da
• Solução de Consulta nº 303, de 14 de junho alíquota da COFINS-Importação e do PIS/PASEP-
de 2017 Importação é obra exclusiva do legislador ordinário.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação A permanência e o surgimento de obrigações
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação acessórias, mero dever instrumental, na seara da
Data de publicação: 25/07/2017 imunidade do papel, não têm o condão de revogar
Teor: Não incide a contribuição para o PIS/PASEP- tacitamente legislação de cunho material constantes
Importação e a COFINS-Importação na importação dos decretos regulamentadores do incentivo, nem
de software de prateleira, mediante adesão a tampouco revogar tacitamente os próprios atos
contrato de licenciamento ou sublicenciamento de normativos. O representante constante das redações
uso, na hipótese de este ser disponibilizado por do art. 1º, § 1º, II, do Decreto nº 5.171/2004, e do art.
download ao licenciado ou sublicenciado usuário 1º, § 1º, III, do Decreto nº 6.842/2009, não se
final. Os valores pagos, creditados, entregues, confunde com o representante comercial a que alude
empregados ou remetidos a residentes ou o art. 1º da Lei nº 4.886/1965, tampouco com o
domiciliados no exterior, como contraprestação à agente de distribuição ou com o distribuidor típico a
prestação de serviços decorrentes de contratos de que se refere o art. 710 do CC/2002, uma vez que
licenciamento ou sublicenciamento de uso de estes atuam exclusivamente como simples
software, estão sujeitos à incidência do PIS/PASEP- intermediários. Diferentemente, o representante
Importação e da COFINS-Importação, nos termos impresso nos atos normativos, ao realizar
do art. 7º, II, da Lei nº 10.865/2004. importações e revendas, configura a pessoa do
distribuidor presente nos contratos de distribuição
• Solução de Consulta nº 340, de 23 de junho atípico, intitulado dessa forma por não estar
de 2017 regulado especificamente em lei. Segundo a
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação doutrina, o contrato de distribuição atípico
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação apresenta-se as seguintes características: presença
Data de publicação: 28/07/2017 de dois agentes: o distribuído/fornecedor e o
Teor: Não incide a contribuição para o PIS/PASEP- distribuidor/adquirente; pacto de longa duração;
Importação e a COFINS-Importação sobre os habitualidade e sucessividade nas operações de
valores pagos, creditados, entregues ou remetidos compra e venda; o distribuidor adquire a
para pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no propriedade do bem para revenda por sua conta e

Voltar ao sumário. 222


risco; seu lucro advém da diferença entre o preço de • Solução de Consulta nº 99.002, de 15 de
aquisição e o de revenda. O contrato de distribuição fevereiro de 2016
atípico deve estar consubstanciado sob duas Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
vertentes: a material e a jurídica. A primeira revela- e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
se pelas exterioridades possíveis de serem Data de publicação: 25/07/2017
demonstradas e confirmadas no plano fático, a Teor: Relativamente à transferência de tecnologia,
exemplo do uso da marca do distribuído pelo o PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação
distribuidor. A segunda evidencia-se pela incidem tão somente quando essa transferência
necessidade de os intervenientes no negócio implicar a importação de mercadorias ou de serviços.
resguardarem seus direitos. Pela gama de No caso de fornecimento exclusivamente de
circunstâncias envoltas em um pacto com esse viés, conhecimentos e técnicas (know-how), não há que
faz-se necessário e obrigatório que o contrato esteja se falar em incidência das referidas contribuições,
reduzido a termo, escrito e devidamente registrado uma vez que essa operação não se caracteriza como
em instituição oficial. Nessa perspectiva, o importação de bens nem de serviços prestados. O
representante de empresa estrangeira de papel para contrato que envolva, simultaneamente, o
fazer jus à redução de alíquotas da COFINS- fornecimento de tecnologia (know-how) e a
Importação e do PIS/PASEP-Importação de que prestação de serviços, discriminando,
tratam o art. 8º, §§ 10 e 12, da Lei nº 10.865/2004, separadamente, os valores correspondentes aos
deve comprovar que mantém contrato de respectivos pagamentos, sujeita-se ao PIS/PASEP-
distribuição atípico e que atende aos pressupostos Importação e à COFINS-Importação somente sobre
de materialidade e de juridicidades acima aludidos. a parcela relativa à prestação do serviço de
Por fim, o comerciante atacadista e varejista, por assistência técnica ou científica. Em outras palavras,
mais que realize operações com habitualidade e para que não ocorra a incidência do PIS/PASEP-
sucessividade com um mesmo importador, se essa Importação e da COFINS-Importação sobre o valor
relação não estiver amparada em um contrato de total do contrato, é necessário que esteja
distribuição atípico, comprovável materialmente e expressamente determinado o valor da
juridicamente, não tem direito ao benefício da remuneração correspondente à prestação dos
redução de alíquotas, portando as transações em serviços. Entretanto, se o contrato não for
questão o caráter exclusivo de simples contratos de suficientemente claro para individualizar estes
compra e venda, mediante importação. componentes, o valor total deverá ser considerado
referente a serviços e sofrer a incidência das
• Solução de Consulta nº 385, de 30 de agosto mencionadas contribuições.
de 2017 Observações: Solução vinculada à Solução de
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Consulta COSIT nº 71/2015.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 12/09/2017 ll) PIS/PASEP-Importação, COFINS-
Teor: A regra legal de que a COFINS-Importação e Importação & CIDE-Remessas
o PIS/PASEP-Importação não incidem
isoladamente sobre o custo do frete computado no • Solução de Consulta nº 4.020, de 04 de
valor aduaneiro que lhe serviu de base de cálculo é agosto de 2017
aplicável, inclusive, quando a mercadoria Órgão responsável: Divisão de Tributação
estrangeira é desembaraçada sob regime suspensivo Data de publicação: 09/08/2017
de impostos e contribuições incidentes na Teor: Está sujeito à CIDE-Rremessas, à COFINS-
importação. Importação e ao PIS/PASEP, o pagamento de
inscrições relativas à participação de profissionais
• Solução de Consulta nº 480, de 25 de em cursos, congressos e outros eventos semelhantes
setembro de 2017 realizados no exterior. Atendidos os requisitos da
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Lei nº 12.101/2009, os serviços sociais autônomos
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação são imunes a contribuições da seguridade social, nos
Data de publicação: 02/10/2017 termos do art. 195, § 7º, da CF/1988.
Teor: Configuram hipótese de incidência do Observações: Solução vinculada à Solução de
PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação: Consulta Interna COSIT nº 4/2014 e à Solução de
(i) a entrada de bens estrangeiros no território Consulta COSIT nº 340/2017.
nacional; e (ii) o pagamento, o crédito, a entrega, o
emprego ou a remessa de valores a residentes ou aa) Regime aduaneiro especial
domiciliados no exterior como contraprestação por
serviço prestado. Nos contratos de franquia, os • Solução de Consulta nº 459, de 20 de
royalties por cessão do direito de uso de marca e a setembro de 2017
contraprestação pela transferência de know how, Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
pagos por franqueada domiciliada no País em favor e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
de franqueadora domiciliada no exterior não Data de publicação: 25/09/2017
constituem fato gerador das contribuições. Essas Teor: Aplica-se o regime aduaneiro especial de
atividades, por se caracterizarem como típicas admissão temporária para utilização econômica às
obrigações de dar, não se confundem com prestação aeronaves importadas destinadas à prestação, a
de serviço (obrigação de fazer), em relação à qual terceiros, de serviço de transporte de carga ou
sempre haverá a incidência das contribuições passageiros no País.
qualquer que seja a natureza do serviço prestado.
bb) Regimes tributários

Voltar ao sumário. 223


• Solução de Consulta nº 411, de 05 de âmbito do REINTEGRA somente poderá ser
setembro de 2017 transmitido depois do encerramento do trimestre-
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação calendário em que houve a exportação e a averbação
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação do embarque da mercadoria, devendo ser
Data de publicação: 14/09/2017 considerada, para fins de composição do valor total
Teor: A incorporadora que optar pelo regime do crédito apurado em determinado trimestre-
especial de tributação de que trata a Lei nº calendário, a data de saída constante das notas
10.931/2004, deve incluir nesse regime a receita fiscais de venda.
auferida relativa a bem imóvel recebido em dação
em pagamento na venda de unidades imobiliárias • Solução de Consulta nº 492, de 26 de
componentes da incorporação. O mesmo não se setembro de 2017
aplica à receita obtida com a posterior venda do bem Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
imóvel recebido, que deve ser tributada de acordo e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
com o regime de apuração do imposto sobre a renda Data de publicação: 02/10/2017
a que a incorporadora estiver submetida. Teor: O fato de uma empresa transferir os produtos
que fabrica de seu estabelecimento industrial para
• Solução de Consulta nº 429, de 13 de seu estabelecimento distribuidor (centro de
setembro de 2017 distribuição para o mercado interno e externo) não
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação constitui fator impeditivo para fruição do
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação REINTEGRA, desde que atendidos os demais
Data de publicação: 22/09/2017 requisitos estabelecidos na legislação em vigor.
Teor: O exercício de uma única atividade
econômica, no mesmo local e utilizando os mesmos dd) REPETRO
recursos, impede que o profissional adote dois
regimes tributários diversos, submetendo parte dos • Solução de Consulta nº 404, de 05 de
rendimentos decorrentes dessa atividade à setembro de 2017
tributação como pessoa física e parte como pessoa Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
jurídica (EIRELI). e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 12/09/2017
• Solução de Consulta nº 482, de 25 de Teor: O extravio de bem ao qual foi aplicado o
setembro de 2017 regime aduaneiro especial do REPETRO não enseja
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação ao beneficiário a prerrogativa de apresentar laudo
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação pericial à autoridade fiscal competente com vistas à
Data de publicação: 02/10/2017 extinção da aplicação do regime, à redução da base
Teor: Para determinar o valor da COFINS, do de cálculo dos tributos devidos e a baixa do termo de
PIS/PASEP e do IPI devidos em cada período de responsabilidade e liberação da garantia, por falta
apuração, a pessoa jurídica optante pelo regime de previsão legal. Em função da impossibilidade de
especial de que trata o art. 58-J da Lei nº apresentação do bem extraviado pelo beneficiário
10.833/2003, deverá multiplicar a quantidade do regime à autoridade fiscal e ante o comando
comercializada (incluindo as mercadorias normativo que determina a extinção da aplicação do
fornecidas a qualquer título em programas de REPETRO por uma das formas previstas na
bonificação), em litros, pelo respectivo valor legislação de regência, durante a sua vigência, os
referido no art. 27, caput, do Decreto nº 6.707/2008. tributos incidentes na operação e constituídos em
A partir de 01/05/2015 a COFINS, o PIS/PASEP e o termo de responsabilidade passam a ser devidos a
IPI, para os produtos em comento, passaram a ser partir do momento da ocorrência do extravio.
apuradas conforme as disposições dos arts. 14 a 39
da Lei nº 13.097/2015. ee) REPORTO

cc) REINTEGRA • Solução de Consulta nº 376, de 21 de agosto


de 2017
• Solução de Consulta nº 386, de 31 de agosto Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
de 2017 e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Data de publicação: 12/09/2017
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Teor: É permitida a transferência de bens
Data de publicação: 12/09/2017 adquiridos no mercado interno ou importados ao
Teor: No caso de exportação direta, considera-se amparo do REPORTO por um estabelecimento
receita de exportação, para fins de cálculo de crédito habilitado a esse regime a outro estabelecimento da
no âmbito do REINTEGRA, o valor resultante da mesma pessoa jurídica, desde que o bem seja
conversão da moeda estrangeira em reais à taxa de utilizado na mesma finalidade que motivou a
câmbio fixada no boletim de abertura pelo BACEN, suspensão de que trata o art. 14, caput, da Lei nº
para compra, em vigor na data de embarque dos 11.033/2004.
bens para o exterior, assim entendida aquela que
tenha sido averbada no SISCOMEX, nos termos da • Solução de Consulta nº 476, de 22 de
legislação. No caso de venda realizada a ECE, com o setembro de 2017
fim específico de exportação, considera-se receita de Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
exportação o valor constante da nota fiscal de venda e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
para a ECE. Tanto na exportação direta, quanto na Data de publicação: 02/10/2017
venda efetuada a ECE, com o fim específico de Teor: A pessoa jurídica coabilitada no REPORTO
exportação, o pedido de ressarcimento de crédito no poderá adquirir no mercado interno com suspensão

Voltar ao sumário. 224


do PIS/PASEP, da COFINS, do IPI ou importar com • Solução de Consulta nº 414, de 08 de
suspensão do PIS/PASEP-Importação, da COFINS- setembro de 2017
Importação, do IPI vinculado à importação e do II Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
somente as matérias-primas, produtos e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
intermediários e materiais de embalagem utilizados Data de publicação: 12/09/2017
na produção dos bens classificados nas posições Teor: Nas operações de empréstimos e
86.01, 86.02 e 86.06 da NCM e dos trilhos e demais financiamentos (serviços de concessão de crédito)
elementos de vias férreas, classificados na posição realizadas entre residentes ou domiciliados no
73.02 da NCM, não sendo alcançadas pela Brasil e residentes ou domiciliados no exterior, o
suspensão as aquisições ou importações dos bens de valor da operação a constar no SISCOSERV
capital que venham a ser empregados na produção constitui-se de todos os custos necessários para a
de referidos bens. efetiva prestação do serviço, não se registrando o
valor do principal e dos juros. Nessas operações,
ff) RET considera-se como data de início da prestação do
serviço a primeira data em que, por qualquer meio,
• Solução de Consulta nº 517, de 30 de ficar caracterizada a concessão do empréstimo ou
outubro de 2017 financiamento. A pessoa jurídica deve registrar no
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação SISCOSERV as despesas de viagens ao exterior de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação gestores e técnicos quando se referirem a serviços
Data de publicação: 01/11/2017 por ela tomados, e em seu nome faturados, de
Teor: Não há previsão legal de opção pelo Regime residentes ou domiciliados no exterior,
Especial de Tributação (RET) instituído pelo art. 1º excepcionando-se os gastos pessoais diretamente
da Lei nº 10.931/2004, após o encerramento da contratados por seus representantes, como refeições,
incorporação. São requisitos indispensáveis para a hospedagem e locomoção no exterior, os quais são
efetivação da opção da incorporação no RET, dentre considerados operações da pessoa física. A pessoa
outros, a afetação do terreno e das acessões objeto jurídica domiciliada no Brasil que contratar agente
da incorporação imobiliária e que cada de carga residente no Brasil para operacionalizar
"incorporação afetada" seja inscrita no CNPJ, transporte internacional de mercadoria a ser
vinculada ao evento "109". importada, realizado por transportador domiciliado
Observações: Reforma a Solução de Consulta no exterior, será responsável pelo registro do serviço
DISIT nº 7.043/2014. de transporte no SISCOSERV na hipótese de o
agente de carga apenas representá-la perante o
gg) SIMPLES prestador de serviço domiciliado no exterior.
Quando o agente de cargas contratar o serviço de
• Solução de Consulta nº 401, de 05 de transporte em seu próprio nome, caberá a ele o
setembro de 2017 registro do serviço no SISCOSERV.
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Observações: Solução vinculada às Soluções de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação Consulta COSIT nos 129/2015, 257/2014 e 222/2015.
Data de publicação: 14/09/2017
Teor: As variações monetárias ativas dos direitos de • Solução de Consulta nº 499, de 10 de
crédito do contribuinte, em função da taxa de outubro de 2017
câmbio não compõem a base de cálculo do SIMPLES, Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
por não se enquadrarem na definição de receita e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
bruta. Para o optante pelo SIMPLES não existe Data de publicação: 17/10/2017
previsão de incidência, em separado da sistemática Teor: As importâncias remetidas por pessoa
do SIMPLES, do IRPJ, da CSLL, do PIS/PASEP e da jurídica domiciliada no País a residente ou
COFINS sobre as variações monetárias ativas dos domiciliado no exterior, sob qualquer forma, como
direitos de crédito do contribuinte, em função da remuneração pelo direito de distribuir ou
taxa de câmbio. comercializar programa de computador (software),
enquadram-se no conceito de royalties. Tais
• Solução de Consulta nº 412, de 05 de operações, por envolverem o licenciamento
setembro de 2017 (autorização para usar ou explorar comercialmente
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação direito patrimonial) dos direitos de propriedade
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação intelectual se enquadram no conceito de intangíveis,
Data de publicação: 12/09/2017 devendo ser registradas no SISCOSERV. As
Teor: Os valores originários dos indébitos aquisições do exterior de autorizações de acesso e de
tributários restituídos e os juros auferidos sobre o uso de programas ou aplicativos disponibilizados
valor desses indébitos não compõem a base em computação em nuvem (cloud computing),
tributável dos optantes pelo SIMPLES por não se também conhecidos como Software as a Service
enquadrarem na definição de receita bruta. Para o (SaaS), também devem ser objeto de registro no
optante pelo SIMPLES não há previsão de SISCOSERV. Nas operações de empréstimos e
incidência do IRPJ, da CSLL, do PIS/PASEP e da financiamentos (serviços de concessão de crédito)
COFINS sobre o valor originário dos indébitos realizadas entre residentes ou domiciliados no
restituídos e sobre o valor dos juros auferidos sobre Brasil e residentes ou domiciliados no exterior, o
o valor desses indébitos. valor da operação a constar no SISCOSERV
constitui-se de todos os custos necessários para a
hh) SISCOSERV efetiva prestação do serviço, não se registrando o
valor do principal e dos juros.

Voltar ao sumário. 225


Observações: Solução de Consulta vinculada às se dar por meio de filial brasileira da domiciliada no
Soluções de Consulta COSIT nos 449/2017 e exterior. A comprovação da prestação do serviço à
414/2017. empresa domiciliada no exterior se dará pela fatura
emitida pela pessoa jurídica no País em relação à
• Solução de Consulta nº 504, de 17 de tomadora localizada no exterior. A responsabilidade
outubro de 2017 pelo registro no SISCOSERV não decorre das
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação responsabilidades mutuamente assumidas no bojo
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação do contrato de compra e venda, e que dizem respeito
Data de publicação: 23/10/2017 apenas a importador e exportador, mas do fato de o
Teor: Quem age em nome do tomador ou do jurisdicionado domiciliado no Brasil figurar em um
prestador de serviço de transporte não é, ele mesmo, dos polos da relação jurídica de prestação de serviço
prestador ou tomador de tal serviço. Mas é prestador desde que, no outro polo, figure um domiciliado no
ou tomador de serviços auxiliares conexos (que estrangeiro, ainda que referida relação jurídica
facilitam a cada interveniente cumprir suas tenha se estabelecido por intermédio de terceiros.
obrigações relativas ao contrato de transporte) Na hipótese de a seguradora domiciliada no exterior
quando o faz em seu próprio nome. A pessoa jurídica ser contratada e paga pelo adquirente residente no
que adquirir, de empresa domiciliada no exterior, Brasil, será ele o contratante e, por consequência, o
serviço de remessa expressa deve registrar a responsável pelo registro no SISCOSERV, ainda que
operação no SISCOSERV, ainda que a contratação haja intermediação de uma corretora de seguros
seja intermediada por empresa domiciliada no domiciliada no Brasil. Na hipótese de a seguradora
Brasil. A responsabilidade pelo registro do serviço domiciliada no exterior ser contratada e paga por
de movimentação de cargas no terminal é da um estipulante em favor do importador, ambos
tomadora dos serviços e não do operador logístico, domiciliados no Brasil, o estipulante será o
quando este apenas intermediar as transações de contratante e, por consequência, o responsável pelo
comércio exterior. Ainda que a consulente não tenha registro no SISCOSERV. O reembolso pela pessoa
ciência do momento do início e do término da efetiva jurídica do exterior de despesas pagas por pessoa
prestação do serviço antes do término do prazo para jurídica domiciliada no Brasil, relativas a
registro no SISCOSERV, remanescerá o dever de expatriados que compõem a folha de pagamento da
registro desta informação com base na pessoa jurídica no exterior não caracteriza um
responsabilidade assumida pelo prestador do contrato de prestação de serviço. Esta situação não
serviço. Caso o início e/ou o término da prestação do se amolda à previsão legal descrita no art. 1º da IN
serviço ocorram em momentos distintos do RFB nº 1.277/2012, razão pela qual não dá ensejo ao
declarado inicialmente, incumbirá à consulente dever de prestar as informações a que o dispositivo
promover a retificação desta informação. Quanto ao se refere no SISCOSERV.
serviço de movimentação de carga no terminal, Observações: Solução vinculada parcialmente à
referente à movimentação de contêineres, tanto no Solução de Consulta COSIT nº 222/2015.
embarque quanto no desembarque da mercadoria
no exterior, o encerramento do serviço se dará 6. SOLUÇÕES DE DIVERGÊNCIA
quando encerrado o embarque ou desembarque. O
reembolso de THC (Terminal Handling Charge) ao a) PIS/PASEP
transportador deve ser considerado como valor
comercial da aquisição do serviço de transporte • Solução de Divergência nº 22, de 11 de
internacional de carga, devendo-converter o valor agosto de 2017
expresso em real para a moeda da operação Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
principal pela taxa de câmbio do dia do pagamento. e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Pode-se considerar o número do documento Data de publicação: 18/08/2017
referente ao pagamento feito ao operador logístico. Teor: As receitas que compõem a base de cálculo do
PIS/PASEP devida pelas pessoas jurídicas de direito
• Solução de Consulta nº 536, de 19 de público são apuradas mediante do regime de caixa,
dezembro de 2017 ou seja, as receitas correntes efetivamente
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação arrecadadas e as transferências correntes e de
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação capital efetivamente recebidas.
Data de publicação: 26/12/2017
Teor: Operações de compra e venda efetuadas b) PIS/PASEP & COFINS
exclusivamente com mercadorias não devem ser
objeto de registro no SISCOSERV, ainda que • Solução de Divergência nº 21, de 08 de
ocorram por meio de triangulação. agosto de 2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação
• Solução de Consulta nº 578, de 20 de e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
dezembro de 2017 Data de publicação: 13/09/2017
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação Teor: A pessoa jurídica sujeita à apuração não
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação cumulativa da COFINS e do PIS/PASEP pode
Data de publicação: 28/12/2017 descontar crédito, para fins de determinação dessas
Teor: Quando a prestação de serviços se dá entre contribuições, com base no disposto no art. 15 da Lei
domiciliados no País, não haverá qualquer dever de nº 10.865/2004, em relação ao recolhimento da
registro no SISCOSERV. Porém, quando a pessoa COFINS-Importação e do PIS/PASEP-Importação,
jurídica no Brasil prestar serviços a pessoa jurídica posteriormente apurada e constituída por
domiciliada no exterior, haverá dever de registro no lançamento lavrado em auto de infração. O efetivo
SISCOSERV, independentemente de o pagamento pagamento da COFINS-Importação e do

Voltar ao sumário. 226


PIS/PASEP-Importação, ainda que ocorra em O. RECEITA FEDERAL DO BRASIL
momento posterior ao do registro da respectiva E PROCURADORIA-GERAL DA
declaração de importação, enseja o direito ao FAZENDA NACIONAL
desconto de crédito previsto no art. 15 da Lei nº
10.865/2004, desde que atendidas todas as demais 1. PORTARIAS CONJUNTAS
condições legais de creditamento. O direito ao
desconto do crédito abrange tão somente os a) PROSUS
montantes efetivamente pagos, ocorrendo o
recolhimento a título de COFINS-Importação e do • Portaria Conjunta nº 1, de 04 de setembro
PIS/PASEP-Importação, independentemente do de 2017
momento em que ocorra o pagamento, seja em Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
posterior lançamento de ofício ou, posteriormente, do Brasil e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
de forma parcelada. O valor do crédito em questão Data de publicação: 05/09/2017
será obtido de acordo com o disposto no art. 15, § 3º, Teor: Altera a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº
da Lei nº 10.865/2004, aplicando-se a alíquota 03/2014, que regulamenta a moratória e a remissão
prevista no caput do art. 2º das Leis nos de débitos para com a Fazenda Nacional no âmbito
10.833/2003 e 10.637/2002, sobre o valor que do Programa de fortalecimento das entidades
serviu de base de cálculo das contribuições, privadas filantrópicas e das entidades sem fins
acrescido do valor do IPI vinculado à importação, lucrativos que atuam na área da saúde e que
quando integrante do custo de aquisição. Sendo participam de forma complementar do Sistema
assim, no caso de lançamento de ofício, deve ser Único de Saúde.
excluído do cálculo do crédito a ser descontado do Observações: Estabelece que a entidade, cujo
valor apurado da COFINS e do PIS/PASEP a parcela pedido de adesão ao PROSUS tenha sido deferido
do crédito tributário constituído referente a sob condição resolutiva, nos termos do art. 30, § 2º,
eventuais multas aplicadas e aos juros de mora, já da Lei nº 12.873/2013, que vier a ter cancelada essa
que esses não serviram de base de cálculo das adesão pela implementação da condição resolutiva,
contribuições. e em razão disso a moratória que lhe foi concedida
for revogada, poderá apresentar recurso, em
• Solução de Divergência nº 29, de 26 de instância única, à autoridade definida em ato do
outubro de 2017 Ministro de Estado da Saúde, contra a decisão que a
Órgão responsável: Subsecretaria de Tributação excluiu do PROSUS.
e Contencioso Coordenação-Geral de Tributação
Data de publicação: 16/11/2017 b) Quitação de débitos
Teor: Observados os demais requisitos legais,
permitem a apuração de crédito da não • Portaria Conjunta nº 2.538, de 08 de agosto
cumulatividade da Contribuição para o PIS/PASEP de 2017
e da COFINS, na modalidade aquisição de insumos Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
(art. 3º, II, da Lei nº 10.637/2002 e art. 3º, II, da Lei do Brasil e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
nº 10.833/2003, respectivamente), os dispêndios Data de publicação: 10/08/2017
da pessoa jurídica com a contratação de empresa de Teor: Altera a Portaria Conjunta RFB/PGFN nº
trabalho temporário para disponibilização de mão 1.037/2015, que dispõe sobre a quitação de débitos
de obra temporária aplicada diretamente na junto à RFB ou à PGFN, em discussão
produção de bens destinados à venda ou na administrativa ou judicial, de que tratam os arts. 1º
prestação de serviços a terceiros. a 6º da MP nº 685/2015.
Observações: Estabelece que não confirmada a
N. RECEITA FEDERAL DO BRASIL existência dos créditos de prejuízos fiscais e de base
E INSTITUTO NACIONAL DE de cálculo negativa da CSLL no montante informado
COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA para quitação, as providências para cobrança serão
retomadas no prazo de até 5 anos, contado do
1. INSTRUÇÕES NORMATIVAS decurso de prazo de que trata o art. 5º, § 1º da
CONJUNTAS Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 1.037/2015.

a) CAFIR c) Regularidade fiscal

• Instrução Normativa Conjunta nº 1.724, de • Portaria Conjunta nº 3.193, de 27 de


31 de julho de 2017 novembro de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
do Brasil e Instituto Nacional de Colonização e do Brasil e Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Reforma Agrária Data de publicação: 29/11/2017
Data de publicação: 01/08/2017 Teor: Altera a Portaria Conjunta RFB/PGFN nº
Teor: Altera a IN Conjunta RFB/INCRA nº 1.751/2014, que dispõe sobre a prova de
1.581/2015, que estabelece prazos e procedimentos regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional.
para atualização do Sistema Nacional de Cadastro
Rural (SNCR) e do Cadastro de Imóveis Rurais d) Sistemas informatizados
(CAFIR).
• Portaria Conjunta nº 61, de 26 de julho de
2017

Voltar ao sumário. 227


Órgão responsável: Coordenação-Geral de
Administração Aduaneira e Coordenação-Geral de
Tecnologia da Informação
Data de publicação: 03/08/2017
Teor: Dispõe sobre o controle do acesso aos
sistemas informatizados da RFB por responsáveis
legais de pessoas jurídicas, representantes legais de
pessoas físicas e jurídicas, ajudantes de
despachantes aduaneiros e pela própria pessoa
física interessada para efetuar operações no
comércio exterior.

P. RECEITA FEDERAL DO BRASIL


E SECRETARIA DE COMÉRCIO E
SERVIÇOS

1. PORTARIAS CONJUNTAS

a) SISCOSERV

• Portaria Conjunta nº 2.362, de 06 de julho


de 2017
Órgão responsável: Secretaria da Receita Federal
e Secretaria de Comércio e Serviços
Data de publicação: 10/07/2017
Teor: Altera a Portaria Conjunta RFB/SCS nº
1.908/2012, que institui o SISCOSERV e dá outras
providências.
Observações: Exclui os juros decorrentes das
operações de empréstimos e financiamentos
realizadas entre residentes ou domiciliados no
Brasil e residentes ou domiciliados no exterior das
obrigações do SISCOSERV, não devendo ser
aplicadas, ainda que em relação aos anos-calendário
anteriores, as multas previstas no art. 8º da Portaria
Conjunta RFB/SCS nº 1.908/2012.

Q. SENADO FEDERAL

1. RESOLUÇÕES

a) FUNRURAL

• Resolução nº 15, de 12 de setembro de 2017


Órgão responsável: Senado Federal
Data de publicação: 13/09/2017
Teor: Suspende, nos termos do art. 52, X, da
CF/1998, a execução do art. 12, VII da Lei nº
8.212/1991, e a execução do art. 1º da Lei nº
8.540/1992, que deu nova redação ao art. 12, V, ao
art. 25, I e II, e ao art. 30, IV, da Lei nº 8.212/1991,
todos com a redação atualizada até a Lei nº
9.528/1997.
Observações: Suspensão promulgada em razão da
decisão definitiva proferida pelo STF no julgamento
do RE 363.852/MG.

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