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UNIP - 2018.

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Disciplina: Teoria das Penas Prof. André Cardoso Berçot

2.1.5. Regime Especial.

Regime específico para mulheres.

Constituição Federal
Art. 5º
Inciso XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
Inciso L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

Código Penal
Regime especial
Art. 37 - As mulheres cumprem pena em estabelecimento próprio, observando-
se os deveres e direitos inerentes à sua condição pessoal, bem como, no que
couber, o disposto neste Capítulo.

LEP

Art. 83
§ 2º - Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de
berçário, onde as condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive
amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis) meses de idade.

§ 3º - Os estabelecimentos penais destinados a mulheres deverão possuir,


exclusivamente, agentes do sexo feminino na segurança de suas
dependências internas.

Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88 [condições de salubridade e


tamanho mínimo de 6 metros quadrados], a penitenciária de mulheres será
dotada de seção para gestante e parturiente e de creche para abrigar
crianças maiores de 6 (seis) meses e menores de 7 (sete) anos, com a
finalidade de assistir a criança desamparada cuja responsável estiver presa.

Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche referidas neste


artigo:
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as diretrizes adotadas
pela legislação educacional e em unidades autônomas; e
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua
responsável.

2.1.6. Direitos do Preso.

A Constituição estabelece, em seu art. 5º, inciso XLIX, que “é assegurado aos presos o respeito
à integridade física e moral”.

OBS.: Por expressa disposição constitucional, preso não tem direito de


votar, nem de ser votado. Trata-se de suspensão de direitos políticos.

CF/88
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de:
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;

Em relação aos direitos dos presos, estabelece o Código Penal:


Código Penal
Direitos do preso
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da
liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade
física e moral.

Em complemento, o artigo 41 da LEP arrola diversos direitos dos presos, dentre os quais:
 Alimentação suficiente e vestuário,
 Atribuição de trabalho e sua remuneração,
 Assistência material, jurídica, educacional, social, religiosa e à saúde,
 Entrevista direta com o advogado,
 Chamamento nominal,
 Reunir-se com o diretor do presídio,
 Contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros
meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes,
 Atestado de pena a cumprir, emitido anualmente,
 Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados.

OBS.: A visita do cônjuge ou companheiro é medida destinada a preparar o retorno do


condenado ao convívio social, bem como a manter seus laços de matrimônio, parentesco e
amizade. Não foi previsto, todavia, o direito à visita íntima, isto é, encontro reservado no
interior do estabelecimento penal com o cônjuge, companheira ou namorada para a realização
de atos sexuais. Embora não exista previsão legal para o direito de visita íntima, em 2011 foi
editada a Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP),
que recomenda que seja garantido esse direito à pessoa presa, seja para visitas heteroafetivas,
seja para as homoafetivas. Assim, desde 2011, a visita íntima é habitual nos presídios e tem sido
autorizada pela direção dos estabelecimentos, destinada a controlar as sevícias (maus-tratos)
sexuais entre os internos, bem como a preservar os laços de relacionamento afetivo entre casais
separados pelo cumprimento da pena.

OBS.2: Proibição do uso de algemas: Em regra, o condenado não pode ficar algemado dentro
do sistema prisional

Súmula Vinculante nº11 do STF


Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do
preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade
e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

OBS.3: Limpeza da cela ou alojamento é dever do preso, e não direito dele.

2.1.7. Trabalho do Preso.

Trabalho do preso
Art. 39 - O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os
benefícios da Previdência Social.

O tema é regulamentado nos artigos 28 a 30 da LEP

Observações:
 Além de ser um dever, o trabalho do condenado tem finalidade educativa e produtiva,
servindo para lhe garantir dignidade humana.
 O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
 A remuneração do preso não pode ser inferior a 3/4 (três quartos) do salário mínimo,
devendo o salário dele ser usado para garantir:
a) indenização dos danos causados pelo crime, desde que determinados judicialmente
e não reparados por outros meios;
b) assistência à família do condenado;
c) pequenas despesas pessoais;
d) ressarcimento ao Estado das despesas realizadas com a manutenção do condenado.
 Feitos os descontos acima, o que sobrar será depositado em uma Poupança para
constituição de uma reserva financeira que será entregue ao condenado quando posto
em liberdade.
 As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.

2.1.8. Legislação Especial.

Legislação especial
Art. 40 - A legislação especial regulará a matéria prevista nos arts. 38 e 39 deste
Código, bem como especificará os deveres e direitos do preso, os critérios para
revogação e transferência dos regimes e estabelecerá as infrações disciplinares
e correspondentes sanções.

A lei especial referida no art. 40 é a Lei 7.210/1984 – Lei de Execução Penal.

2.1.9. Superveniência de Doença Mental.

Superveniência de doença mental


Art. 41 - O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a
hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento
adequado.

LEP - Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado
em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico.

 A situação não se confunde com aquela descrita no art. 26 do CP, que se destina aos
que já são inimputáveis no momento do cometimento da infração penal. Estes são isentos
de pena, sendo-lhes aplicável a medida de segurança (absolvição imprópria).

 Por outro lado, a superveniência de doença mental ao condenado que ao tempo da


conduta era mentalmente são implica em uma dessas duas possibilidades:

a) se a doença mental for transitória (passageira): transfere-se o condenado a hospital


de custódia e, uma vez curado, ele retorna ao estabelecimento prisional (o tempo que
ele fica internado é computado como cumprimento de pena);
b) se a doença mental for permanente: converte-se a pena em medida de segurança.

LEP - Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade,


sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a
requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade
administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de
segurança.

OBS.: No caso da opção “b”, tal conversão pode se dar de ofício pelo juiz ou a
requerimento do MP, da Defensoria, ou da autoridade administrativa, mas diferentemente
da medida de segurança imposta aos inimputáveis, esta, oriunda de conversão, não
poderá ser por tempo indeterminado, devendo ser respeitado, como limite máximo
de tempo, o montante de pena a cumprir.

 A expressão doença mental deve ser interpretada em sentido amplo, englobando os


problemas patológicos e também os de origem toxicológica. Assim, ingressam nesse rol
todas as alterações mentais ou psíquicas que suprimem do ser humano as capacidades
de entendimento e de determinar-se de acordo com a própria razão.
2.1.10. Detração.

Detração
Art. 42 - Computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de
segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão
administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no
artigo anterior.

 Detração penal é o desconto, na pena privativa de liberdade ou na medida de segurança,


do tempo de prisão provisória ou de internação já cumprido pelo condenado. Serve
para evitar o bis in idem na execução da pena.

 Na expressão “prisão provisória” compreende-se toda e qualquer prisão cautelar e


processual (prisão em flagrante, prisão temporária e prisão preventiva), ou seja, não
decorrente de pena e que representa, na verdade, privação da liberdade antes do trânsito
em julgado da condenação.

 A detração penal é matéria de competência do juiz de 1.ª instância (ou do Tribunal), a ser
reconhecida na fase de conhecimento, e não somente na esfera da execução.

CPP - Art. 387, § 2º O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou


de internação, no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de
determinação do regime inicial de pena privativa de liberdade.

Ex.: acusado permanece preso preventivamente por um ano e, ao final


do processo, é condenado à pena de nove anos de reclusão. O
magistrado deverá aplicar a detração na própria sentença, fixando o
regime inicial semiaberto para início de cumprimento da pena privativa de
liberdade, correspondente ao restante da pena (oito anos), e não o
regime fechado, relativo ao total da pena imposta.

OBS: O entendimento do exemplo acima, no entanto, não vem sendo


aplicado na prática. Muitos magistrados estão decidindo (com apoio dos
Tribunais) que, nesse caso, o correto seria o seguinte:

Considerando que condenação do sujeito foi a 9 anos de pena privativa


de liberdade, ele teria de começar a cumprir pena em regime fechado, de
tal modo que ele só teria direito à progressão para o regime semiaberto,
na melhor das hipóteses (circunstâncias favoráveis), se cumprisse 1/6 da
pena, o que representa um ano e meio (1/6 de 9 anos). Assim,
considerando que o tempo de prisão provisória do agente só foi de 1 ano
no exemplo acima, ainda faltaria meio ano para que ele passasse a ter
direito de ir para o semiaberto, razão pela qual ficaria mantido o
cumprimento de pena dele em regime fechado, passando a questão a ser
um problema do juiz da execução criminal, e não do juiz sentenciante.

 Para a doutrina mais garantista, o legislador consagrou, explicitamente, o princípio


segundo o qual “pena cumprida é pena extinta”.

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