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TRIBUNAL MARÍTIMO

AR/FAL PROCESSO Nº 30.380/16


EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
ACÓRDÃO

L/M “VÊNUS”. Embargante: Pedro Moraes Messias, 1º Representado,


proprietário da L/M “VÊNUS”. Embargada: Procuradoria Especial da
Marinha. Conhecer, para negar provimento ao recurso de Embargos de
Declaração, por ser intempestivo e por não haver “ambiguidade, obscuridade,
contradição ou omissão” na decisão atacada, pois não se poder deferir ou
indeferir prova já constante dos autos, fls. 85 a 94 (letra “f”, do art. 35, da Lei
nº 2.180/54) e pelo não cumprimento da Decisão de fl. 218, que indeferiu a
preliminar e deferiu a produção de prova testemunhal e documental, não
juntado aos autos o rol de testemunhas e de perguntas iniciais (art. 110 do
RIPTM), não apresentou o devido preparo e juntou documento sem
assinatura do seu responsável técnico, nem mesmo apresentou o
substabelecimento para o autor desta petição. Arquivamento.

Vistos, discutidos e relatados os presentes autos.


Pedro Moraes Messias, 1º Representado, proprietário da L/M “VÊNUS”,
Advogado, Arrais Amador – ARA, apresentou o Recurso de Embargos de Declaração
contra a decisão de fl. 250.
No presente Recurso, fls. 253 a 256, reiterando a manifestação de fls. 221 a
228, recorreu contra a decisão de fl. 250 que assim consta: “Aos Representados para
Alegações Finais. Prazo de 10 (dez) dias, contados em dobro. PUBLIQUE-SE. Em
22/05/2018”, alegando ser com fundamento na Lei 2.180/54, no RIPTM, art. 89, 112 e
133, fls. 221 a 228, que, em Provas, se manifestou, novamente e preliminarmente,
alegando “ausência de interesse desse E. Tribunal em dar prosseguimento ao presente
feito, requerendo-se o devido arquivamento, pelas razões já registradas as fls. 216, já que
a devida vênia, inexistem razões para o prosseguimento do feito, não apenas e tão
somente pela composição das partes. O que demonstra a boa-fé objetiva dos envolvidos
no lamentável incidente, quanto em igual monta, pela inexistência de provas inequívocas,
até então, juntadas aos presentes autos, nos termos de vasta jurisprudência desse
Tribunal, como o foram, dentre tantos outros, os casos...” e cita seu direito de ver
produzida prova “em especial ao previsto na letra “f” do art. 35 da Lei nº 2.180/54”.
Foi aberta vista para a PEM se manifestar acerca da petição do 1º
Representado (publicado no e-DTM nº 87, de 11/07/18).

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(Continuação do Acórdão referente ao recurso de Embargo de Declaração no Processo nº
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A D. Procuradoria, fls. 259 a 261 apresentou suas contra razões aos
Embargos de Declaração, alegando, em síntese, a intempestividade do “Recurso que não
teria se manifestado quanto ao pedido de prova pericial feita pelo recorrente em petição
às fls. 221/225”, pois o citado Despacho foi publicado no e-DTM nº 66 de 29/05/18, e a
interposição do recurso deu entrada em 11/06/2018, ou seja, muito mais do que as 48
horas previstas na Lei nº 2.180/54, sendo alcançado pela preclusão temporal.
Discorre sobre a sequência cronológica dos fatos e atos processuais:
Abertura do prazo para a produção de provas, fl. 213, quando o Recorrente
solicitou liminarmente, fls. 216/217, que o Processo fosse extinto, por ter as partes
realizado uma composição civil, não havendo interesse do Tribunal Marítimo em dar
prosseguimento ao feito, bem como a produção de prova pericial e testemunhal.
Em despacho a fl. 218, o Juiz Relator indeferiu o requerido pelo Embargante,
posto que o Tribunal Marítimo não julga reparação civil, mas sim fatos e acidentes da
navegação com base na Lei nº 2.180/54. Ademais deferiu o pedido de provas,
determinando que o Embargante apresentasse a relação de testemunhas com as perguntas
iniciais, o respectivo preparo e para que juntasse as provas documentais que declarou
pretendia produzir, publicado no e-DTM nº 27, de 21 de março de 2018.
Em petição de fls. 221/225, de 02 de abril de 2018, o Embargante requereu
novamente a extinção do Processo e solicitou a realização da prova pericial nos moldes
do disposto no art. 35, alínea “f” da Lei nº 2.180/54. O Embargante não apresentou a
relação das testemunhas, nem preparo, e quanto às provas documentais, juntou às fls.
226/227 apenas um Laudo Pericial apócrifo, onde não consta a assinatura do Perito, além
de algumas jurisprudências desta E. Corte Marítima.
Salientou que a prova pericial que o Embargante menciona em seu recurso e
que o Juiz Relator teria deixado de se pronunciar (fato que gerou a omissão), diz respeito
à previsão disposta no art. 35, alínea “f”, da Lei nº 2.180/54. A mencionada norma se
refere aos elementos essenciais aos Inquéritos, tratando-se de exame pericial feito depois
do acidente ou fato da navegação e tal prova já foi produzida e se encontra nos autos às
fls. 85/94.
No ínterim, o Eminente Juiz Relator deu por encerrada a Instrução (publicada
no e-DTM nº 50, de 03/05/2018) e abriu prazo para essa Procuradoria e para os
Representados se manifestarem em Alegações Finais (e-DTM nº 66, de 29/05/18).
Verifica-se assim que o Embargante pretende, na verdade, uma nova
apreciação de fundamentos de defesa já abordados e debatidos anteriormente.
Ademais, não há que se falar em omissão, no tocante a um documento que já

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consta dos autos, pelo exposto, o d. juízo não agiu com omissão no enfrentamento das
questões suscitadas e que a argumentação trazida em nada difere da apresentada em sua
Defesa.
Por derradeiro, requer a juntada por linha do documento apresentado pelo
Embargante às fls. 226/227.
Finalizou requerendo o não conhecimento do presente recurso, ante a
preclusão temporal e, caso seja conhecido, não lhe seja dado provimento, pelos motivos
acima expostos.
É o Relatório.
Decide-se:
Pedro Moraes Messias, 1º Representado, proprietário da L/M “VÊNUS”,
Advogado, Arrais Amador – ARA, advogando em causa própria, em sua Defesa de fls.
185 a 191 requereu liminarmente a extinção do presente Processo, pela “Transação
Extrajudicial entre as partes. Inexistência de causa culposa e/ou dolosa praticada por
quaisquer dos Transigentes” (documento assinado pelas partes e juntado em anexo às fls.
195 e 196, em que Pedro Moraes Messias, por mera liberalidade, efetuará o pagamento
de R$ 12.248,17 a Israel Schuster Filho) e não informou que provas pretendia produzir.
A Instrução foi aberta, fl. 211, abrindo para a PEM a fase de Provas, em
07/11/2017 (publicado no e-DTM nº 166, de 10/11/2017).
Na fl. 213 consta o despacho “Aos Representados, para PROVAS. Prazo de 5
(cinco) dias, contados em dobro. PUBLIQUE-SE”, em 07/12/2017 (publicado no e-DTM
nº 188, de 19/12/2018), abrindo para os Representados a fase de provas.
O Recorrente, fls. 216 e 217, apresentou petição insistindo na preliminar,
requerendo a extinção do Processo, diante da composição a que chegaram as partes, ou,
alternativamente, a produção de prova pericial e testemunhal, requerendo seja concedido
prazo para a juntada de substabelecimento, assinado pelo I. Advogado Marcus Mó
Passos, mas ainda não foi juntada aos autos a cópia do referido substabelecimento.
Na fl. 218 consta o Despacho não recorrido, que indeferiu o requerido pelo 1º
Representado, de extinção do Processo, e que determinou a apresentação da relação das
testemunhas e das perguntas, cumprindo o art. 110 do RIPTM, apresentando também o
respectivo preparo e juntando as provas documentais que declarou pretendia produzir.
(publicado no e-DTM nº 27, de 21 de março de 2018).
Nas fls. 221 a 225 verso, deu entrada no Tribunal Marítimo em 02/04/2018,
uma Petição insistindo no arquivamento sumário dos autos, preliminar já rejeitada e não
recorrida, e, novamente, requerendo depoimento de testemunhas e, em especial, a prova

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pericial “nos termos da letra “f” do art. 35 da Lei nº 2.180/54”, juntando anexos.
Nos anexos temos: fls. 226 e 227 um documento sem assinatura e sem data,
intitulado “LAUDO PERICIAL. EVENTO: 30.380/2016 – TM – ACIDENTE
ENVOLVENDO LANCHA “VENUS”. DATA: 15/11/2014 – 17:45. DATA DA
RECONSTRUÇÃO: 23/03/2018 – 16:45 HORAS”; na fl. 228 consta 1 (um) CD-R com
cinco filmes de uma lancha navegando; e nas fls. 229 a 247 constam cópias dos Acórdãos
dos Processos 28.553/14, 30354/15, 28.427/13, 28.986/14, mas não apresentou relação de
testemunhas, nem perguntas iniciais, nem o preparo e o teor dos Acórdãos citados não lhe
socorre, ao contrário.
Na fl. 248 a fase de Instrução foi encerrada para as Partes, sendo aberto para
PEM se manifestar em Alegações Finais, em 17/04/2017-8 (publicado no e-DTM nº 50,
de 03/05/18).
Na fl. 250 foi aberta a fase para os Representados se manifestarem em
Alegações Finais, com prazos de 10 (dez) dias, contados em dobro, em 22/05/2018
(publicado no e-DTM nº 66 de 29/05/18).
No dia 11/06/2018 deu entrada no Tribunal Marítimo o presente recurso de
Embargos de Declaração contra a Decisão de fl. 250 “Aos Representados para Alegações
Finais. Prazo de 10 (dez) dias, contados em dobro. PUBLIQUE-SE. Em 22/05/2018”,
O presente Recurso de Embargos de Declaração, fls. 253 a 256, que alegou
estar fundamentado na Lei nº 2.180/54 e no RIPTM, arts. 89, 112 e 133, se insurgiu
contra a decisão de fl. 250, que alegou teria sido omisso, alegando “ausência de interesse
desse E. Tribunal em dar prosseguimento ao presente feito” e seu direito de ver
produzidas as provas “em especial ao previsto no art. 35 da Lei nº 2.180/54”.
Ouvida a D. Procuradoria que se manifestou às fls. 259 a 261, conforme
conta do Relatório acima.
Não há que se falar em prova conforme previsto na letra “f”, do art. 35, da
Lei nº 2.180/54, pois ela já se encontra nos autos às fls. 85 a 94, não havendo cabimento
deferir ou indeferir prova já constituída e disponível para as Partes.
Quanto às demais provas, o Requerente não atendeu ao Despacho de fl. 218,
publicado no e-DTM nº 27, de 21 de março de 2018, que indeferiu a preliminar suscitada
pelo 1º Representado e que deferiu a produção de prova testemunhal e documental, pois
não apresentou o rol de testemunhas, nem relação de perguntas iniciais (art. 110 do
RIPTM), nem o pagamento do respectivo preparo e juntou “Parecer Técnico” intitulado
de Laudo Pericial sem assinatura do seu responsável técnico.
Quanto à intempestividade, ficou clara a preclusão temporal para o

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Recorrente, pois a Instrução foi encerrada em Despacho de fl. 248 “ENCERRADA A
INSTRUÇÃO”, sendo aberto para PEM se manifestar em Alegações Finais, em 17/04/18
(publicado no e-DTM nº 50, de 03/05/18).
O presente Recurso deu entrada no Tribunal Marítimo em 11/06/2018 contra
a Decisão de fl. 250, em 22/05/2018 (publicado no e-DTM nº 66 de 29/05/18), o que
claramente já seria intempestivo, como argumentou a D. Procuradoria, entretanto, sua
intempestividade é ainda maior, ou seja, se o Recorrente entendesse que alguma prova
estivesse faltando, deveria ter recorrido contra a decisão que encerrou a Instrução, da fl.
248, em 17/04/18 (publicado no e-DTM nº 50, de 03/05/18), mais de um mês antes de
sua petição.
Quanto ao pedido da PEM para juntar por linha o “LAUDO PERICIAL”
trazido pelo 1º Representado, por estar sem assinatura do suposto autor deste documento,
em respeito à ampla defesa e ao contraditório, para não haver prejuízo aos Representados,
com fulcro no art. 66 da Lei nº 2.180/54, esta e outras irregularidades serão sanadas, ou
seja, mandar desentranhar dos autos ao final do prazo de Alegações Finais, quando o Juiz
Relator, antes de pedir pauta, deverá sanar qualquer omissão legal ou processual, tendo
em vista que até o presente momento também não veio aos autos o substabelecimento
para o signatário das demais petições, mesmo já esgotado o prazo requerido de 15 dias
para a sua apresentação.
Por todo o exposto, excepcionalmente, tendo em vista que não há que se
deferir ou indeferir prova que já se encontra nos autos do Processo, fls. 85 a 94 (Laudo de
Exame Pericial – letra “f”, do art. 35, da Lei nº 2.180/54) e o não atendimento ao
Despacho que determinou a apresentação do rol de testemunhas e perguntas iniciais
(previsto no art. 110, do RIPTM), nem a prova do pagamento do respectivo preparo,
conheço do presente Recurso para lhe negar provimento por sua preclusão temporal e por
não haver “ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão”.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do acidente/fato da navegação: x x x; b) quanto à causa determinante:
x x x; c) decisão: conhecer do presente recurso de Embargos de Declaração, interposto
pelo 1º Representado, Pedro Moraes Messias, proprietário da L/M “VÊNUS”, Advogado,
Arrais Amador – ARA, advogando em causa própria, para lhe negar provimento, tendo
em vista a sua intempestividade e por não se poder deferir ou indeferir prova já constante
dos autos, fls. 85 a 94 (letra “f”, do art. 35, da Lei nº 2.180/54) e pelo não cumprimento
da Decisão de fl. 218, que indeferiu a preliminar e deferiu a produção de prova

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(Continuação do Acórdão referente ao recurso de Embargo de Declaração no Processo nº
30.380/2016..........................................................................................................................)
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testemunhal e documental, não juntado aos autos o rol de testemunhas e de perguntas
iniciais (art. 110 do RIPTM), não apresentou o devido preparo e juntou documento sem
assinatura do seu responsável técnico, nem mesmo apresentou o substabelecimento para
o autor desta petição, documentos que serão desentranhados dos autos, caso não saneados
oportunamente.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 20 de setembro de 2018.

FERNANDO ALVES LADEIRAS


Juiz Relator

Cumpra-se o Acórdão, após o trânsito em julgado:


Rio de Janeiro, RJ, em 23 de outubro de 2018.

WILSON PEREIRA DE LIMA FILHO


Vice-Almirante (RM1)
Juiz-Presidente
PEDRO COSTA MENEZES JUNIOR
Primeiro-Tenente (T)
Diretor da Divisão Judiciária
AUTENTICADO DIGITALMENTE

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Dados: 2018.11.26 14:51:58 -02'00'

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