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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Por
elaborado por
Magnos Fortes de Oliveira
COMISSÃO EXAMINADORA:
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao meu filho Leonardo, que apesar da pouca idade já me ensinou mu ito, e a
cada dia me motiva á crescer e me tornar alguém a quem ele possa se orgulhar e se espelhar.
Á minha esposa Shelen, que sempre esteve ao meu lado me incentivando desde o
inicio do curso até a conclusão deste trabalho .
Aos meus amigos e colegas, que durante a min ha vida acadêmica me acompanharam e
me auxiliaram, nesta etapa.
Ao professor Ms. Hugo Maciel que com paciência, me orientou não só no período de
estágio final, mas em todo o curso de engenharia.
Ao engenheiro civil Dari José Freitas Tarouco que se mostrou mais que um orientador
e sim um novo amigo.
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Exemplo de calculo para estimativa de consumo de lenha na secagem .................. 9
Tabela 2 - Poder Calorífico de alguns combustíveis ............................................................... 9
Tabela 3 - Área de grelha, volume da câmara de combustão e consumo de lenha em função da
capacidade de secagem de secadores cascata. ................................................................20
ix
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/ CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................ 3
2.1. Unidade de Armazenagem de Grãos (UAG) ........................................................ 3
2.1.1. Implantação .................................................................................................... 5
2.1.2. Planejamento do Empreendimento .................................................................. 6
2.1.2.1. Escolha do local...................................................................................... 6
2.1.2.2. Layout .................................................................................................... 7
2.1.2.3. Disponibilidade de Energia Elétrica ........................................................ 8
2.1.2.4. Disponibilidade de Lenha ou Casca ........................................................ 8
2.1.2.5. Viabilidade econômica............................................................................ 9
2.1.3. Escavações ....................................................................................................10
2.2. Elementos de Uma Unidade Armazenadora de Grãos ........................................11
2.2.1. Moegas..........................................................................................................11
2.2.2. Elevadores e Transportadores ........................................................................13
2.2.2.1. Elevadores de caçamba ..........................................................................13
2.2.2.2. Correias Transportadoras .......................................................................14
2.2.2.3. Transportador Helicoidal .......................................................................14
2.2.2.4. Transportadores de Corrente ..................................................................15
2.2.3. Máquinas de Pré-limpeza ..............................................................................16
2.2.4. Secadores ......................................................................................................17
2.2.5. Fornalha ........................................................................................................19
2.2.6. Silos Pulmão .................................................................................................21
2.2.7. Silos Secadores e Silos Armazenadores .........................................................21
2.2.8. Local de Expedição .......................................................................................23
2.2.9. Balança .........................................................................................................23
2.2.9.1. Estrutura Metálica..................................................................................24
2.2.9.2. Conjunto Eletrônico ...............................................................................24
2.2.9.3. Plataforma .............................................................................................25
2.2.10. Galpões e Coberturas .....................................................................................25
2.2.11. Escritórios e Alojamentos ..............................................................................26
2.3. Patologias nas Bases dos Silos Se cadores e Silos Armazenadores ......................26
2.3.1. Fissuras .........................................................................................................27
2.3.2. Deformações do Sistema Estrutural ...............................................................27
2.3.3. Infiltrações ....................................................................................................27
3. CONSTRUÇÃO DE UMA UNIDADE DE ARMAZENAMENTO DE GRÃOS .....28
3.1. Escolha do Local e Marcação da Obra ................................................................28
3.2. Escavações ............................................................................................................28
3.3. Fundações .............................................................................................................30
3.3.1. Silos Secadores (18,56 m de diâmetro) ..........................................................30
3.3.2. Silos Pulmão .................................................................................................31
3.3.3. Poços de Elevadores ......................................................................................31
3.3.4. Túneis ...........................................................................................................31
3.3.5. Moegas..........................................................................................................32
3.3.6. Secador .........................................................................................................32
3.3.7. Pré-Limpeza ..................................................................................................32
3.3.8. Fornalha ........................................................................................................32
3.3.9. Galpões .........................................................................................................32
3.3.10. Escritório.......................................................................................................33
3.3.11. Balança .........................................................................................................33
x
expedição de produtos. Uma boa distribuição além de mel horar o funcionamento a UAG
mais econômica e eficaz, em algumas vezes podendo até reduzir os custos de instalação.
Os principais objetivos do presente trabalho consiste m em conhecer e estudar com
detalhes as UAGs e seus componentes, além de participar de projetos, detalhamento de
materiais e métodos utilizados na const rução de uma UAG.
Dentre os objetivos específicos deste trabalho de c onclusão de curso, podem -se citar
os seguintes:
a) Estudar a viabilidade técnica e econômica da implantação de uma UAG.
b) Estudar a disposição do layout de uma UAG, de forma a torná -la eficaz, funcional,
técnica e econômica.
c) Estudar o dimensionamento dos equipamentos de maneira a formar um conjunto
sem equipamentos ociosos ou sub -dimensionados.
3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA/CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1.1. Implantação
2.1.2.1.Escolha do local
A escolha do local de instalação de uma UAG depende de alguns fatores, tais como:
cadeia produtiva do local, uso da infra-estrutura logística e possibilidade de impactos
ambientais (SILVA, 2006).
Quanto à cadeia produtiva deve ser anali sada, a funcionalidade da UAG em relação à
produção da região, de forma a localizá-la e dimensioná-la, pois devemos levar em conta a
origem dos produtos e a quantidade dos mesmos, bem como seus possíveis destinos (SILVA,
2006). Além dessas questões, devem ser observadas as tendências de mercado e possíveis
concorrentes próximos na região.
Quanto à logística tratam-se métodos de controle contábil, financeiro e operacional
dos fluxos de produtos desde a lavoura até os clientes finais. Para este fluxo devem-se levar
em conta vários fatores c omo: máquinas colhedeiras, estradas , estruturas de armazenagem e
sistemas de transportes. Assim deverão ser analisadas as seguintes expectativas de cenários
como: fluxo de veículos carregados com produtos verdes proveniente das lavouras, preços de
7
2.1.2.2.Layout
capacidade de recebimento para evitar congestionamento em caso da UAG estar com sua
capacidade de armazenagem saturada . Quanto à posição pode ser em local aberto, em local
fechado (na moega, por exemplos) ou na balança , com certa vantagem em casos de cargas
com pesos certos (SILVA, 2006) e (KEPLER, 2008).
E por fim deve-se levar em conta a capacidade de movimentação interna dos produtos
que, em uma UAG funcional tem de ser possível a movimentação em ambos os sentidos. Por
exemplo: quando é preciso retornar um produto que já está no silo armazenador até a pré -
limpeza. Se a UAG possui um sistema de fluxo reverso, através de fita reversiva ou qualquer
outro sistema, o produto retornará sem o menor problema, já se não há nenhum sistema
semelhante tem de carregar um caminhão pela expedição e posteriormente conduzi -lo ao
recebimento desperdiçando tempo e dinheiro (SILVA, 2006), (SELISTRE,1978) e
(WENDT,1990).
Com o estudo desses fatores é possível elaborar um bom projeto de uma UAG.
Para a secagem dos produtos usa -se energia calorífica com uso de lenha ou casca de
arroz. O uso da lenha pode se torna inviável devido à escassez ou às exigências ambientais, já
a casca de arroz depende da disponibilidade da região e do alto custo de instalação da câmara
de combustão (FORNALHAS, 2008) e (TOMAS 2008). Para a previsão de consumo de
lenha em secadores podem ser utilizados os fator es de consumo conforme a Tabela 1 ou o
poder calorífico de cada combustível conforme tabela 2 . Para o cálculo, o fator de consumo
deve ser multiplicado pela quantidade de produto a secar. O resultado será o consumo de
lenha em metros cúbicos (FORNALHAS, 2008).
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2.1.2.5.Viabilidade econômica
A implantação de uma UAG é sem dúvida um alto investimento. E este , está sujeito à
interferência de vários fatores que podem possuir comportamento aleatório, como por
exemplo, o preço da soja ao longo do ano (PROJETO DE UNIDADES, 2008) e (SILVA,
2006). Por isso, é essencial que seja realizada a análise financeira para certificar a viabilidade
econômica. Para isso é necessário simular o fluxo de caixa do empreendimento desde a data
da implantação até o final da vida útil, isto com depreciações, ajuste financeiro, manutenções,
entre outros.
10
2.1.3. Escavações
Em primeiro lugar, para executar qualquer tipo de escavação tem -se que obter
licenciamento mediante órgãos responsáveis. Para esse licenciamento são necessários alguns
projetos e documentos como:
Levantamento planialtimétrico
Planta de situação e localização
Investigação do subsolo com sondagens
Projetos de drenagem
Localização de rios ou córregos mais próximos
Necessidade de explosões em casos de roch as
Requerimentos padronizados
Taxas de recolhimento
Contrato social
Certidão de informação Técnica para o Uso e Ocupação do solo
Planta de localização indicando os confrontantes de acordo com o documento de
propriedade do imóvel e orientação magnética
Levantamento da fauna silvestre com projeto de resgate e/ou plano de manejo
No caso de áreas não degradadas, ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)
de autoria e execução, para cada planta apresentada, autorização do IPAAM para a
supressão de vegetação.
OBS: O levantamento e o plano serão exigidos para o desmatamento de áreas urbanas
e de expansão urbana superior a 1 hectare ( 10.000 m² ), ou inferior quando julgar necessário
a autoridade ambiental. O plano deverá ser realizado por profissional habilitado e aprovado
pelo IBAMA. Todas as plantas, projetos e estudos ambientais apresentados deverão estar
acompanhados das ARTs, devidamente registrados nos respectivos conselhos de classe, e
conter o nome legível, o número do conselho no registro no conselho de classe e a assinatura
dos profissionais responsáveis pela elaboração desses documento s(RECOMENDAÇÕES
TÉCNICAS, 2008).
Para a implantação de uma UAG, após a definição do local, deve -se investigar o
subsolo em pontos estratégicos da UAG proposta. Em função do tipo de subsolo existente
defini-se o tipo de fundações a ser usada (RAVENET, 1971) e (RECOMENDAÇÕES
TÉCNICAS, 2008).
11
2.2.1. Moegas
2.2.2.1.Elevadores de caçamba
2.2.2.2.Correias Transportadoras
2.2.2.3.Transportador Helicoidal
1
“chupin” –Nome popular para transportador helicoidal inclinado – caracol ao longo de um tubo metálico
centrado por mancais e com uma polia motriz na extremidade superior .
15
2.2.2.4.Transportadores de Corrente
Unidade responsável pela separação das impurezas do pro duto. São equipamentos de
fundamental importância em UAG, pois além de aumentar a qualidade dos grãos
armazenados, diminui o consumo de energia dos secadores. Geralmente são montadas em
estrutura metálica, com estrutura para suportar a capacidade nominal d e trabalho (PAGÉ,
2008). Estas operam com eficiência máxima se os produtos a ser processados apresentarem
umidades de até 20 % e com no máximo de 5 % de impurezas.
O sistema de limpeza atua por peneiramento, no qual são retiradas as impurezas
maiores e menores, independendo do peso e por aspiração onde são retiradas as impu rezas
leves através do exaustor co mo mostra o esquema na Figura 9. já a Figura 10 mostra uma
máquina de pré-limpeza de dois estágios podendo operar com pré -limpeza e limpeza na
mesma linha.
Figura 10 - Pré-limpeza
Fonte: PAGÉ EQUIPAMENTOS PARA ARMAZENAGEM (2007)
2.2.4. Secadores
São equipamentos usados na secagem dos grãos , com extrema importância, visto que
normalmente a colheita é efetuada com o produto um pouco mais úmido do que o aceitável
para uma armazenagem. A secagem é a operação que tem por finalidade reduzir o teor de
umidade dos produtos agrícolas a níveis adequados a sua estocagem por algum tempo,
mantendo ao máximo a sua qualidade dos mesmos (COMIL, 2008) , (PAGÉ, 2008) e
(SILVA, 2005). A operação correta dos secadores permite economizar tempo, mão -de-obra,
combustível, e reduzir riscos de incêndio.
A umidade dos produtos para a estocagem deve ser de acordo com as recomendações
para armazenagem. Para a secagem dos grãos é necessária à remoção das impurezas pela pré -
limpeza, embora existam operadores que efetuam a secagem com o pro duto ainda com as
impurezas. A secagem do produto ainda com as impurezas pode ocorrer por alguns motivos
como:
Falha temporária na pré-limpeza.
Recebimento de produtos com baixo teor de umidade, reduzindo o tempo de
secagem.
Aproveitamento do resíduo que s erá extraído do produto após a secagem.
Quanto ao funcionamento os secadores são classificados em contínuos e
intermitentes. Nos secadores de fluxo contínuo o produto necessita passar uma só vez pelo
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secador para atingir o teor de umidade desejado. Enquanto que, para os intermitentes o
produto necessita circular por várias vezes (SILVA, 2005). Esta classificação não determina
uma característica fixa do equipamento. Pois, um mesmo secador, dependendo do teor de
umidade da carga, poderá funcionar de forma int ermitente ou continua, ou seja, se o produto
estiver com uma umidade baixa suficiente para que o secador retire o excesso de umidade em
um ciclo, pode-se dizer que o secador está operando de forma contínua, caso contrário ele
será intermitente (KEPLER, 200 8) e (SILVA, 2005). A Figura 11 mostra a linha que toma o
fluxo de ar durante a secagem dos produtos. A Figura 12 mostra um secador com capacidade
nominal de 1000 sacas de arroz em casca.
2.2.5. Fornalha
A secagem à temperatura ambiente pode levar de alguns dias até varias semanas,
dependendo da espécie e das condições climáticas. O tempo de secagem pode ser reduzido a
algumas horas em secadores com fluxo de ar quente (WENDT, 1990).
Para a realização do processo de secagem artificial quase sempre é necessário
aumentar o potencial de secagem do ar. Isto é feito com o aumento da temperatura do ar.
Portanto, geralmente são empregadas as fornalhas (COMIL, 2008) e (WENDT, 1990).
As fornalhas devem ser dimensionadas para garantir a combustão completa dos
combustíveis que são classificados em: sólidos, líquidos e gasosos. Em casos de
combustíveis sólidos, lenha por exemplo, tem-se a tabela 3, que indica o volume de câmaras
de combustão conforme a capacidade de secagem de secadores cascata.
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Devido ao baixo custo, a lenha é o combustível mais usado na maioria das UAGs,
embora tenha sido no passado, o combustível com o maior índice de incêndios em secadores
devido a fagulhas em chamas sugadas pelos exaustores. Hoje, as fornalhas à lenha, estão
muito seguras. Foi desenvolvido um eficiente sistema de quebra -chamas com desvios de
fluxos e direcionadores na forma de caracol como mostra a Figura 13.
Silos pulmão são pequenos silos suspensos em metal ou madeira com a finalid ade de
armazenar o produto temporariamente até que seja secado no caso de ser verde ou até que
seja armazenado em caso de ser seco. Tem capacidade média de entre 30 e 100 toneladas,
geralmente com capacidade de 200 % da capacidade do secador, sendo usado u m ou mais
para cada linha de serviço (SELISTRE, 1978) e (SILVA,2006). Estes também podem ser
enterrados, em casos especiais, dependendo da disponibilidade da UAG.
Os silos de um modo geral são os equipamentos primord iais em uma UAG, pois é
neles que ficará a maior fatia do produto e por um tempo indeterminado. São geralmente
construídos em chapas de aço acentadas em uma base de concreto armado responsável pela
sua sustentação e estabilidade (SELISTRE,1978) e (SILVA,2006).
Os silos armazenadores são aqueles que sua finalidade é somente manter equilíbrio
térmico durante a armazenagem e estocagem do produto. Neste os produtos são depositados
em condições de estocagem com umidade ideal para tal. Os silos armazenadores dife renciam-
se dos silos secadores pela capacidade de aeração (SILVA,2006). Visualmente pode-se
distingui-los pela sua altura, (fig. 14 e fig. 15) que pode chegar até três vezes o seu diâmetro,
enquanto que um silo secador pode chegar no máximo a ¾ do seu diâmetro.
No caso dos silos secadores o produto é armazenado com uma tolerância em relação à
umidade, a qual o silo secador, devido a sua maior capacidade de movimentação de ar,
deverá diminuí-la a fim de manter o produto em condições ideal de armazenagem sem
comprometê-lo. Durante a armazenagem de grãos em silos estes ficam sujeitos a alterações
da temperatura ambiente que, junto com o teor de água da massa dos grãos, são responsáveis
pela evolução da população de insetos e microorganismos que influem signific ativamente na
qualidade do produto. Para isso utiliza -se o processo de aeração, que consiste no resfriamento
do grão através da passagem fo rçada de ar ambiente pela massa do grão. Atualmente existem
modelos matemáticos que descrevem satisfatoriamente a pas sagem de ar em silos isotérmicos
(KCHATCHATOIURION & SAVICKI, 2004) , apud (SILVA, 2008). Ao mesmo tempo a
simulação do estado térmico de um silo para condições não -isotérmicas apresenta algumas
22
2.2.9. Balança
2.2.9.1.Estrutura Metálica:
2.2.9.2.Conjunto Eletrônico:
2.2.9.3.Plataforma:
São obras necessárias em uma UAG, pois no escritório vai concentrar-se toda
administração, além de comandos das balanças, monitoramento de câmeras de segurança,
laboratórios, entre outros (PROJETO DE UNIDADES ,2008) .
Os alojamentos são obras opcionais em uma UAG, vai depender da necessidade de
cada uma. São usados alojamentos em UAGs de médio a grande porte que necessite de
acomodações para funcionários e motoristas em caso de espera por mais de 24 h (PROJETO
DE UNIDADES ,2008) e (SILVA,2006).
2.3. Patologias nas Bases dos Silos Secadores e Silos Arm azenadores
É importante ressaltar que os projetos das bases são fornecidos pelo fabricante do silo,
mas isso não impede que se tenham problemas estruturais com essas bases. Normalmente
trata-se um silo como um bloco que exerce uma carga normal na base que terá seu valor
máximo quando o silo estiver chei o (WENDT,1990). Esquecendo de levar em conta o
comportamento do produto no interior do compartimento durante o fluxo.
Com o deslocamento de uma massa granular ao longo da parede vertical aparecerá
uma força contrária ao movimento proveniente do atrito entre os grãos e as paredes. Assim
reduzindo a pressão no fundo do silo, mas aumentando as ações verticais nas paredes, que
são repassadas para o anel de fundação do silo (WENDT,1990).
Para um projeto estrutural é necessário analisar as ações que atuam sobre a estrutura,
peso próprio, equipamentos e acessórios, pressões devido ao material armazenado, ações do
vento, ações térmicas e previsão dos possíveis recalques das fundações (WENDT,1990).
Com estes dados o procedimento seguinte será:
Projeto das fundações de acordo com as condições do solo fornecidas pela
sondagem.
Análise da estabilidade do conjunto sob a ação do vento, e descarga excêntrica
do produto.
Verificação transversal da rigid ez das paredes no caso de saídas excêntricas.
As lajes de fundação do silo contem uma série de caneletas de aeração e transporte de
carga, com isso tem-se um tipo de estrutura, muitas vezes, fragilizadas pela inserção destes
elementos, em decorrência da deficiência nas condições d e apoio. Em função destes
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problemas estruturais ocorrem algumas patologias, que podem ser visíveis e constatadas nas
fundações dos silos.
2.3.1. Fissuras
2.3.3. Infiltrações
3.2. Escavações
Após as devidas liberações dos órgãos competentes, proc ede-se o inicio das
escavações começando pela moega e dando seqüência ao longo da obra.
Optou-se pela drenagem, dos poços dos elevadores das moegas, por gravidade, pois a
topografia do terreno facilitava esse processo.
Executou-se uma vala com inclinação de 1 % para a implant ação do tubo de
drenagem. Como o poço do elevador da moega teria 10,4 m de profundidade, o dreno deste
deve iniciar com cota no mínimo igual ao fundo do poço. Uma vala com esta profundidade
não pode ter talude vertical devido ao desmoronamento, embora não utilizando funcionários
para a implantação do tubo do dreno.
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Nas escavações dos poços dos elevadores , executou-se com taludes verticais como
mostra a Figura 21. Optou-se por taludes verticais para que não houvesse o desmonte do
terreno natural com o corte do talude inclinado. Com o corte de um talude inclinado
promoveria um posterior aterro prejudican do as fundações futuras da obra e ainda
possibilitando eventuais recalques diferenciais em algumas estruturas devido à acomod ação
do aterro.
3.3. Fundações
Para fins de fundações foram executadas estacas broca com trado mecânico na
maioria das fundações com exc eção das localizadas sob aterros.
Nas bases dos silos secadores executaram -se fundações com estaca broca com trado
mecânicos de diâmetro de 30 cm e profundidade de 4 m com armadura de 1,5 m de
profundidade. As estacas broca com trado mecânico s foram dispostas ao longo do anel de
base distando 1,43 m entre si como mostra a Figura 22. No interior do anel foi compactado o
terreno existente com uma placa vibratória e coberto com um concreto armado com 20 cm de
altura.
Figura 22 - Fundações do silo secador com estaca broca com trado mecânico
Fonte: OBRA KESSLER São Sepé (2007 -2008)
31
Os silos pulmão são suspensos por uma estrutura de aço apoiada em seis pontos de
apoio. Cada ponto de apoio do silo é executado um bloco de concreto armado suportado por
duas estacas broca com trado mecânico igual as dos silos secadores.
3.3.4. Túneis
Todos os túneis, tanto de ar como de acesso e transporte, foram executados com uma
base em concreto armado e parede em alvenaria como na Figura 23.
3.3.5. Moegas
3.3.6. Secador
Na base do secador também não foi usado estacas devido à base do secador que tinha
11,4 m² de área, atendendo com folga a capacidade de suporte para a carga proposta . Em
relação à estabilidade, alé m do peso da base, com 8,55 m³ de concreto, o secador dispõe,
assim como os elevadores, de tirantes estabiliza dores ancorados em mortos dispostos em
pontos estratégicos na UAG.
3.3.7. Pré-Limpeza
3.3.8. Fornalha
3.3.9. Galpões
totalmente armadas. Optou-se por este tipo de fundação, devido ao posicionamento das
fundações que se encontravam sobre os aterros provenientes das escavações para drenagem.
3.3.10. Escritório
3.3.11. Balança
Figura 25 - Fundações da balança com blocos sobre estaca broca com trado mecânico s
Fonte: OBRA KESSLER São Sepé (2007 -2008)
Este capítulo apresentará a parte estrutural das bases dos equipamentos existentes em
uma UAG, que serão todas em concreto armado, além das estruturas dos pavilhões e
coberturas.
Fundo falso nos silos secadores é usado para possibilitar a distribuição e a circulação
do ar responsável pela secagem do produto armazenado. Esse fundo falso é cr iado com a
suspensão, de um material vazado (metal perfurado na forma de peneira) , por vigotas
distribuídas ao longo da base de concreto armado como mostra na Figura 27. As que
atravessam os vãos dos túneis têm função estrutural, já aquelas que estão total mente apoiadas
na base do silo são responsáveis somente pela elevação da tela de fundo.
Os silos pulmão são suspensos por uma estrutura metálica fornecida pelo fabricante e,
esta estrutura é ancorada nos blocos das fundações. Os silos pulmão são suspensos para
efetuar sua descarga por gravidade.
36
Nos poços dos elevadores foram usadas colunas nos cantos e nas laterais mais longas ,
e uma viga de cintamento a cada 1,5 m de altura. Os vão s entre as estruturas foram cheios de
alvenaria com tijolos maciços.
3.4.5. Galpões
Os galpões foram executados com estruturas pré -moldadas, calculada e executada por
conta da empresa que terceirizou o serviço estrutura l dos mesmos. As alvenarias são em
blocos cerâmicos vazados e com acabamento em salpique com mostra a Figura 28.
3.4.6. Balança
A balança tem sua estrutura metálica com uma base em concreto armado de fck 35
MPa. Os projetos estruturais e complementares são fornecidos pelo fabricante. A mon tagem e
aferição do equipamento são de responsabilidade do fabricante.
37
3.4.7. Escritório
3.6. Coberturas
Figura 31 - Cobertura do pavilhão sobre a moega com estrutura metálica e cobertura em aluzinc
Fonte: OBRA KESSLER São Sepé (2007 -2008)
39
3.7. Projetos
Como se trata de uma obra operacional e comercial não há preocupação com estética
e sim com a funcionalidade técnica.
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WENDT E. V.– Estudo dos Problemas de Funcionamento dos Silos Metálicos com Base de
Concreto Armado – Santa Maria, Universidade Federal de Santa Maria; 1990.
TOMAS. Marcos Rogério. Secadores de Plantas Medicinais. Disponível em:
<http://www.sbrt.ibict.br>. Acesso em: 20 mai. 2008.
44
6. ANEXOS
ANEXO A – Planta baixa da Unidade de Armazenagem do Sr. José Carlos Kessler
ANEXO B – Corte Longitudinal BB da planta baixa anterior.
ANEXO C – Legenda da planta baixa do anexo A.
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7. APÊNDICES
APÊNDICE A – Anteprojeto da Base de um Silo Secador com 18,56 m de diâme tro com a
distribuição das vigotas no interior do mesmo.
APÊNDICE B – Anteprojeto Elétrico do escritório da unidade armazenadora de São Sepé.
APÊNDICE C – Anteprojeto Hidráulico do escritório da unidade armazenadora de São
Sepé.
APÊNDICE D – Anteprojeto da estrutura metálica da cobertura do galpão da moega.