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BANCO DO BRASIL
Didatismo e Conhecimento
Índice
Cargo Escriturário
BANCO DO BRASIL
CONHECIMENTOS BÁSICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
ATUALIDADES
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia,
relações internacionais, desenvolvimento sustentável, responsabilidade sócio-ambiental, segurança e ecologia, e suas vinculações
históricas. ...................................................................................................................................................................................................... 01/38
MATEMÁTICA
Didatismo e Conhecimento
Índice
RACIOCÍNIO LÓGICO
Lógica sentencial e de primeira ordem. Enumeração por recurso. Contagem: princípio aditivo e multiplicativo. Arranjo.
Permutação. Combinação simples e com repetição.. ............................................................................................................................... 01/40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INFORMÁTICA
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional: Conselho Monetário Nacional; COPOM – Comitê de Política Monetária; BNDES –
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social; Bancos Múltiplos; Bancos de Câmbio; Companhias Hipotecárias; Agências
de Fomento; CCB – Cédula de Crédito Bancário; Banco Central do Brasil; Comissão de Valores Mobiliários; ................................... 01
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional; bancos comerciais; caixas econômicas; cooperativas de crédito; bancos
comerciais cooperativos; bancos de investimento; bancos de desenvolvimento; sociedades de crédito, financiamento e investimento;
sociedades de arrendamento mercantil; sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários; sociedades distribuidoras de títulos
e valores mobiliários; bolsas de valores; bolsas de mercadorias e de futuros; Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC);
Central de Liquidação Financeira e de Custódia de Títulos (CETIP); sociedades de crédito imobiliário; associações de poupança e
empréstimo. ....................................................................................................................................................................................................... 03
Sistema de Seguros Privados e Previdência Complementar: Conselho Nacional de Seguros Privados; Superintendência de Seguros
Privados; Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC; Superintendência Nacional de Previdência Complementar –
PREVIC; Resseguradores; sociedades seguradoras; sociedades de capitalização; entidades abertas e entidades fechadas de previdência
privada; corretoras de seguros; sociedades administradoras de seguro-saúde. ......................................................................................... 08
Sociedades de fomento mercantil (factoring); sociedades administradoras de cartões de crédito. .................................................. 12
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Produtos e serviços financeiros: depósitos à vista; depósitos a prazo (CDB e RDB); letras de câmbio; cobrança e pagamento de
títulos e carnês; transferências automáticas de fundos; commercial papers; arrecadação de tributos e tarifas públicas; home/office
banking, remote banking, banco virtual, dinheiro de plástico; conceitos de corporate finance; Fundos de Investimento; hot money;
contas garantidas; crédito rotativo; descontos de títulos; financiamento de capital de giro; vendor finance/compror finance; leasing
(tipos, funcionamento, bens); financiamento de capital fixo; crédito direto ao consumidor; crédito rural; cadernetas de poupança;
financiamento à importação e à exportação – repasses de recursos do BNDES; cartões de crédito; títulos de capitalização; planos de
aposentadoria e pensão privados; planos de seguros.................................................................................................................................... 13
Mercado de capitais: ações – características e direitos; debêntures; diferenças entre companhias abertas e companhias fechadas;
operações de underwriting; funcionamento do mercado à vista de ações; mercado de balcão; operações com ouro. Mercado de câmbio:
instituições autorizadas a operar; operações básicas; contratos de câmbio – características; taxas de câmbio; remessas;
SISCOMEX. ...................................................................................................................................................................................................... 30
Operações com derivativos: características básicas do funcionamento do mercado a termo, do mercado de opções, do mercado
futuro e das operações de swap............................................................................................................................................................................
Garantias do Sistema Financeiro Nacional: aval; fiança; penhor mercantil; alienação fiduciária; hipoteca; fianças bancárias;
Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Crime de lavagem de dinheiro: conceito e etapas. ....................................................................... 38
Prevenção e combate ao crime de lavagem de dinheiro: Lei nº 9.613/98 e suas alterações, Circular Bacen 3.461/2009 e suas
alterações e Carta-Circular Bacen 2.826/98. Autorregulação Bancária ...................................................................................................... 66
HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Legislação: Lei n.º 8.078/90; Código de Defesa do Consumidor; Resolução CMN n.º 3.694; Código de Defesa do Consumidor
Bancário; Lei nº 10.048/00; Lei nº 10.098/00; Decreto nº 5.296/04.............................................................................................................. 01
Marketing em empresas de serviços. Satisfação, valor e retenção de clientes. Como lidar com a concorrência. Propaganda e
promoção. Venda. Telemarketing. Etiqueta empresarial: comportamento, aparência, cuidados no atendimento pessoal e telefônico.28
Decreto Lei nº 6523 - Regulamenta a Lei nº 8078, de 11 de setembro de 1990, para fixar normas gerais sobre o Serviço de
Atendimento ao Consumidor - SAC. .............................................................................................................................................................. 37
Resolução CMN nº 3849 de 25/03/10 - Dispõe sobre a instituição de componente organizacional de ouvidoria pelas instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil .......................................................................... 38
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
(...) As coisas não são coisas enquanto não são nomeadas. A linguagem é uma atividade simbólica, o que significa que as
O que não se expressa não se conhece. Vive na inocência do palavras criam conceitos, e eles ordenam a realidade, categorizam
limbo, no sono profundo da inexistência. Uma vez identificado, o mundo. Por exemplo, criamos o conceito de pôr-do-sol. Sabemos
batizado e devidamente etiquetado, o “risco país” passou a existir. que, do ponto de vista científico, o Sol não “se põe”, uma vez que
E lá é possível viver num país em risco? Lá é possível dormir em é a Terra que gira em torno dele. Contudo esse conceito, criado
paz num país submetido à medição do perigo que oferece com pela linguagem, determina uma realidade que nos encanta a
a mesma assiduidade com que a um paciente se tira a pressão? todos. Outro exemplo: apagar uma coisa escrita no computador
É como viajar num navio onde se apregoasse, num escandaloso é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis, a
placar luminoso, sujeito a tantas oscilações como as das ondas do
caneta ou mesmo a máquina. Por isso, surgiu uma nova palavra
mar, o “risco naufrágio”.
para denominar essa nova realidade, deletar. No entanto, se essa
A linguagem é uma forma de interpretar a realidade palavra não existisse, não perceberíamos a atividade de apagar no
O segundo projeto era representado por um plano de abolir computador como uma ação diferente de apagar o que foi escrito
completamente todas as palavras, fossem elas quais fossem a lápis. Uma nova realidade, uma nova invenção, uma nova idéia
(...). Em vista disso, propôs-se que, sendo as palavras apenas exigem novas palavras, e estas é que lhes conferem existência para
nomes para as coisas, seria mais conveniente que todos os toda a comunidade de falantes.
homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar As palavras formam um sistema independente das coisas
ao discorrer sobre determinado assunto (...). ...muitos eruditos nomeadas por elas, tanto é que cada língua pode ordenar o mundo
e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de de maneira diversa, exprimir diferentes modos de ver a realidade.
coisas, cujo único inconveniente residia em que, se um homem
O inglês, por exemplo, para expressar o que denominamos
tivesse que falar sobre longos assuntos e de vária espécie, ver-se-ia
obrigado, em proporção, a carregar nas costas um grande fardo de carneiro, tem duas palavras: sheep, que designa o animal, e
coisas, a menos de poder pagar um ou dois criados robustos para mutton, que significa a carne do carneiro preparada e servida à
acompanhá-lo (...). mesa. Em português, dizemos as duas coisas numa palavra só: Este
Outra grande vantagem oferecida pela invenção consiste em carneiro tem muita lã e Este carneiro está apimentado – ou seja,
que ela serviria de língua universal, compreendida em todas as não aplicamos a distinção que os falantes da língua inglesa têm
nações civilizadas, cujos utensílios e objetos são geralmente da incorporada à sua visão de mundo. Isso mostra que a linguagem
mesma espécie, ou tão parecidos que o seu emprego pode ser é uma maneira de interpretar o universo natural e segmentá-lo em
facilmente percebido. categorias, segundo as particularidades de cada cultura. Por essa
Jonathan Swift. Viagens de Gulliver. razão, a linguagem modela nossa maneira de perceber e de ordenar
Rio de Janeiro/São Paulo, Ediouro/Publifolha, p. 194-195. a realidade.
A linguagem expressa também as diferentes maneiras de
Esse trecho do livro Viagens de Gulliver narra um projeto dos
sábios de Balnibarbi: substituir as palavras – que, no seu entender, interpretar uma ocorrência. Querendo desculpar-se, o filho diz
têm o inconveniente de variar de língua para língua – pelas coisas. para a mãe: O jarro de porcelana caiu e quebrou. A mãe replica:
Quando alguém quisesse falar de uma cadeira, mostraria uma Você derrubou o jarro e, por isso, ele quebrou. Observe-se que, na
cadeira, quem desejasse discorrer sobre uma bolsa, mostraria primeira formulação, não existe um responsável pela queda e pela
uma bolsa, etc. Trata-se de uma ironia de Swift às concepções quebra do objeto. É como se isso se devesse ao acaso. Na segunda
vulgares de que a compreensão da realidade independe da língua formulação, atribui-se a responsabilidade pelo acontecimento a
que a nomeia, como se as palavras fossem etiquetas aplicadas a um agente.
coisas classificadas independentemente da linguagem, quando,
na verdade, a língua é uma forma de categorizar o mundo, de A linguagem é uma forma de ação
interpretá-lo.
Existem certas fórmulas lingüísticas que servem para agir
O que inviabiliza o sistema imaginado pelos sábios de
Balnibarbi não é apenas o excesso de peso das coisas que cada no mundo. Quando um padre diz aos noivos Eu vos declaro
falante precisaria carregar: é o fato de que as coisas não podem marido e mulher, quando alguém diz Prometo estar aqui amanhã,
substituir as palavras, porque a língua é bem mais que um sistema quando um leiloeiro proclama Arrematado por mil reais, quando
de mostração de objetos ou mera cópia do mundo natural. As o presidente de alguma câmara municipal afirma Declaro aberta
coisas não designam tudo que uma língua pode expressar. a sessão, eles não estão constatando alguma coisa do mundo, mas
Mostrar um objeto, por exemplo, não indica sua inclusão realizando uma ação. O ato de abrir uma sessão realiza-se quando
numa dada classe. No léxico de uma língua, agrupamos os nomes seu presidente a declara aberta; o ato da promessa realiza-se
em classes. Maçã, pêra, banana e laranja pertencem à classe das quando se diz Prometo. Em casos como esses, o dizer se confunde
frutas. Ao mostrar uma fruta qualquer, não consigo exprimir a idéia com a própria ação e serve para demonstrar que a linguagem não é
da classe fruta; não posso, então, expressar idéias mais gerais. algo sem conseqüência, porque ela também é ação.
Não produzimos palavras somente para designar as coisas, mas
para estabelecer relações entre elas e para comentá-las. Mostrar
um objeto não exprime as categorias de quantidade, de gênero As funções da linguagem
(masculino e feminino), de número (singular e plural); não permite Quando se pergunta a alguém para que serve a linguagem,
indicar sua localização no espaço (aqui/aí/lá), etc. A língua não é a resposta mais comum é que ela serve para comunicar. Isso
um sistema de mostração de objetos, pois permite falar do que está está correto. No entanto, comunicar não é apenas transmitir
presente e do que está ausente, do que existe e do que não existe; informações. É também exprimir emoções, dar ordens, falar
permite até criar novas realidades, mundos não existentes. apenas para não haver silêncio. Para que serve a linguagem?
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A linguagem serve para informar (função referencial) Com essa função, a linguagem modela tanto bons cidadãos,
que colocam o respeito ao outro acima de tudo, quanto espertalhões,
ESTADOS UNIDOS INVADEM O IRAQUE que só pensam em levar vantagem, e indivíduos atemorizados, que
Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos sobre um se deixam conduzir sem questionar.
acontecimento do mundo. Emprega-se a expressão função conativa da linguagem
Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na memória, quando esta é usada para interferir no comportamento das pessoas
transmitimos esses conhecimentos na memória, transmitimos por meio de uma ordem, um pedido ou uma sugestão. A palavra
esses conhecimentos a outras pessoas, ficamos sabendo de conativo é proveniente de um verbo latino (conari) que significa
experiências bem-sucedidas, somos prevenidos contra as tentativas “esforçar-se” (para obter algo).
malsucedidas de fazer alguma coisa. Graças à linguagem, um ser
humano recebe de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite- A linguagem serve para expressar a subjetividade (função
os. emotiva)
Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender Eu fico possesso com isso!
ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como aprendemos com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetivamos e
desde as mais banais informações do dia-a-dia até as teorias expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. Exprimimos
científicas, as expressões artísticas e os sistemas filosóficos mais a revolta e a alegria, sussurramos palavras de amor e explodimos
avançados. de raiva, manifestamos desespero, desdém, desprezo, admiração,
A função informativa da linguagem tem importância central dor, tristeza. Muitas vezes, falamos para exprimir poder ou para
na vida das pessoas, consideradas individualmente ou como afirmarmo-nos socialmente. Durante o governo do presidente
grupo social. Para cada indivíduo, ela permite conhecer o mundo; Fernando Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem A
para o grupo social, possibilita o acúmulo de conhecimentos e a intenção do Fernando é levar o país à prosperidade ou O Fernando
transferência de experiências. Por meio dessa função, a linguagem tem mudado o país. Essa maneira informal de se referirem ao
modela o intelecto.
presidente era, na verdade, uma maneira de insinuarem intimidade
É a função informativa que permite a realização do trabalho
com ele e, portanto, de exprimirem a importância que lhes
coletivo. Operar bem essa função da linguagem possibilita que
seria atribuída pela proximidade com o poder. Inúmeras vezes,
cada indivíduo continue sempre a aprender.
contamos coisas que fizemos para afirmarmo-nos perante o grupo,
A função informativa costuma ser chamada também de
para mostrar nossa valentia ou nossa erudição, nossa capacidade
função referencial, pois seu principal propósito é fazer com que
intelectual ou nossa competência na conquista amorosa.
as palavras revelem da maneira mais clara possível as coisas ou os
Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom de voz
eventos a que fazem referência.
que empregamos, etc., transmitimos uma imagem nossa, não raro
inconscientemente.
A linguagem serve para influenciar e ser influenciado
(função conativa) Emprega-se a expressão função emotiva para designar a
Vem pra Caixa você também. utilização da linguagem para a manifestação do enunciador, isto
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a é, daquele que fala.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Federal.
Para persuadir o público alvo da propaganda a adotar esse A linguagem serve para criar e manter laços sociais
comportamento, formulou-se um convite com uma linguagem (função fática)
bastante coloquial, usando, por exemplo, a forma vem, de segunda __Que calorão, hein?
pessoa do imperativo, em lugar de venha, forma de terceira pessoa __Também, tem chovido tão pouco.
prescrita pela norma culta quando se usa você. __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos outros.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer determinadas __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
coisas, a crer em determinadas idéias, a sentir determinadas
emoções, a ter determinados estados de alma (amor, desprezo, Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram num
desdém, raiva, etc.). Por isso, pode-se dizer que ela modela elevador e devem manter uma conversa nos poucos instantes em
atitudes, convicções, sentimentos, emoções, paixões. Quem que estão juntas. Falam para nada dizer, apenas porque o silêncio
ouve desavisada e reiteradamente a palavra negro pronunciada poderia ser constrangedor ou parecer hostil.
em tom desdenhoso aprende a ter sentimentos racistas; se a todo Quando estamos num grupo, numa festa, não podemos
momento nos dizem, num tom pejorativo, Isso é coisa de mulher, manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros. Nessas
aprendemos os preconceitos contra a mulher. ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso, quando não se
Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se histórias que todos
a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos influenciam conhecem, contam-se anedotas velhas. A linguagem, nesse caso,
de maneira bastante sutil, com tentações e seduções, como não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais.
os anúncios publicitários que nos dizem como seremos bem Quando encontramos alguém e lhe perguntamos Tudo bem?, em
sucedidos, atraentes e charmosos se usarmos determinadas marcas, geral não queremos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem,
se consumirmos certos produtos. Por outro lado, a provocação e a se está doente, se está com problemas. A fórmula é uma maneira
ameaça expressas pela linguagem também servem para fazer fazer. de estabelecer um vínculo social.
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Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja entre ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
alunos de uma escola, entre torcedores de um time de futebol continência para os militares, bateu palmas para o Collor e quer
ou entre os habitantes de um país. Não importa que as pessoas bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de
não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional, pois consciência e bata em retirada. (Folha de S. Paulo)
ele não tem função informativa: o importante é que, ao cantá-lo, Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente
sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros. ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada para informar,
Na nomenclatura da lingüística, usa-se a expressão função para influenciar, para manter os laços sociais, etc. No segundo,
fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. Em
manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor. função estética, o mais importante é como se diz, pois o sentido
também é criado pelo ritmo, pelo arranjo dos sons, pela disposição
A linguagem serve para falar sobre a própria linguagem das palavras, etc.
(função metalingüística) Na estrofe abaixo, retirada do poema “A cavalgada”, de
Quando dizemos frases como A palavra “cão” é um Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/, /k/, /b/,
substantivo; É errado dizer “a gente viemos”; Estou usando o /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
termo “direção” em dois sentidos; Não é muito elegante usar
palavrões, não estamos falando de acontecimentos do mundo, E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. É
Perde-se após no centro da montanha...
o que chama função metalingüística. A atividade metalingüística
é inseparável da fala. Falamos sobre o mundo exterior e o mundo
Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª Ed.
interior e ao mesmo tempo, fazemos comentários sobre a nossa Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássicos.
fala e a dos outros. Quando afirmamos Como diz o outro, estamos
comentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que não Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos ocorre
temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a que estamos no segundo verso, quando se afirma que o barulho dos cavalos
enunciando; inversamente, podemos usar a metalinguagem como aumenta.
recurso para valorizar nosso modo de dizer. É o que se dá quando Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar
dizemos, por exemplo, Parodiando o padre Vieira ou Para usar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se que estamos
uma expressão clássica, vou dizer que “peixes se pescam, homens usando a linguagem em sua função poética.
é que se não podem pescar”.
Potencialidades da linguagem
A linguagem serve para criar outros universos Depois de analisar as funções da linguagem, conclui-se que
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala também ela é onipresente na vida de todos nós. Cerca-nos desde o despertar
do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos mundos, outras da consciência, ainda no berço, segue-nos durante toda a vida e
realidades. Essa é a grande função da arte: mostrar que outros acompanha-nos até a hora da morte. Sem a linguagem, não se
modos de ser são possíveis, que outros universos podem existir. pode estruturar o mundo do trabalho, pois é ela que permite a troca
O filme de Woody Allen A rosa púrpura do Cairo (1985) mostra de informações e de experiências e a cooperação entre os homens.
isso de maneira bem expressiva. Nele, conta-se a história de uma Sem ela, o homem não pode conhecer-se nem conhecer o mundo.
mulher que, para consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus- Sem ela, não se exerce a cidadania, porque os eleitores não podem
tratos infligidos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo influenciar o governo. Sem ela não se pode aprender, expressar os
inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, sentimentos, imaginar outras realidades, construir as utopias e os
e o galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e ambos sonhos. No entanto, a linguagem parece-nos uma coisa natural.
vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra realidade, os Não prestamos muita atenção a ela. Nem sempre dedicamos muito
homens são gentis, a vida não é monótona, o amor nunca diminui tempo ao seu estudo. Conhecer bem a língua materna e línguas
e assim por diante. estrangeiras é uma necessidade.
Que é saber bem uma língua? Evidentemente, não é saber
A linguagem serve como fonte de prazer (função poética) descrevê-la. A descrição gramatical de uma língua é um meio de
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido e os sons adquirir sobre ela um domínio crescente. Saber bem uma língua
são formas de tornar a linguagem um lugar de prazer. Divertimo- é saber usá-la bem. No entanto, o emprego de palavras raras e a
nos com eles. Manipulamos as palavras para delas extrair correção gramatical não são sinônimos do uso adequado da língua.
satisfação. Falar bem é atingir os propósitos de comunicação. Para isso, é
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”, diz preciso usar um nível de língua adequado, é necessário construir
textos sem ambigüidades, coerentes, sem repetições que não
Tupi or not tupi; trata-se de um jogo com a frase shakespeariana To
acrescentam nada ao sentido.
be or not to be. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes, quando
O texto que segue foi dito por um locutor esportivo:
soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um
Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de
ônibus e este quebrara, fez o seguinte trocadilho: É a primeira pensar a contusão do filho do Divino Mestre, mola propulsora do
vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos. A palavra eleven periquito. (Álvaro da Costa e Silva. In: Bundas, p.33.)
banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido para sentar- O que o locutor quis dizer foi: Entra em campo o médico do
se” e “casa bancária”. Também está empregado em dois sentidos o Palmeiras a fim de cuidar da contusão de Ademir da Guia (filho
termo fundos: “nádegas” e “capital”, “dinheiro”. de Domingos da Guia), jogador de meio de campo do time do
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diversas, com Parque Antártica. Certamente, aquele texto não seria entendido
significados diferentes, nesta frase do deputado Virgílio Guimarães pela maioria dos ouvintes. Portanto não é um bom texto, porque
(PT-MG): não usa um nível de língua adequado à situação de comunicação.
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Pode-se ainda acrescentar, em apoio a essa tese, que esses Delimitações e Sujeito do Texto
versos são calcados nos dois primeiros do poema homônimo de O texto é delimitado por dois brancos. Se ele é um todo
Gonçalves Dias, que é uma glorificação da terra pátria: organizado de sentido, ele pode ser verbal, visual (um quadro),
verbal e visual (um filme), sonoro (uma música), etc. Mas em todos
Minha terra tem palmeiras, esses casos ele será delimitado por dois espaços de não-sentido,
Onde canta o Sabiá; dois brancos, um antes de começar o texto e outro depois. É o
branco do papel; é o tempo de espera para que um filme comece
Apud: Manuel Bandeira. e o que está depois da palavra FIM; é o silêncio que precede os
Gonçalves Dias: Poesia. 7ª Ed. Rio de Janeiro primeiros acordes de uma melodia e que sucede às notas finais, etc.
Agir, 1976, p. 18. Coleção Nossos Clássicos. O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num
determinado espaço. Esse sujeito, por pertencer a um grupo social
Essa hipótese de leitura, se não é absurda quando isolamos os que vive num dado tempo e num certo espaço, expõe em seus
versos em questão, não encontra amparo quando os confrontamos textos as idéias, os anseios, os temores, as expectativas desse
com o restante do texto. Murilo Mendes mostra, na verdade, que as grupo. Todo texto, assim, relaciona-se com o contexto histórico e
características da brasilidade não têm valor positivo, não concorrem geográfico em que foi produzido, refletindo a realidade apreendida
para a exaltação da pátria: o poeta denuncia que a cultura brasileira por seu autor, que sobre ela se pronuncia.
é postiça, é uma miscelânea de elementos advindos de vários O poema de Murilo Mendes que comentamos anteriormente
países. Ele mostra que os poetas são pretos que vivem em torres de mostra o anseio de uma geração, no Brasil, em certa época, de
ametista, alienados num mundo idealizado, evitando as mazelas do conhecer bem o país e revelar suas mazelas para transformá-lo.
mundo real, sem se preocupar com os negros, que vivem, em geral, Não há texto que não reflita o seu tempo e o seu lugar. Cabe
em condições muito precárias (trata-se de uma referência irônica ao lembrar, no entanto, que uma sociedade não produz uma única
Simbolismo e, principalmente, a Cruz e Sousa); que os sargentos forma de ver a realidade, um modo único de analisar os problemas
do exército são monistas, cubistas, ou seja, em vez da preocupação estabelecidos num dado contexto. Como a sociedade é dividida
com seu ofício de garantir a segurança do território nacional, têm em grupos sociais, que têm interesses muitas vezes antagônicos,
pretensões de incursionar por teorias filosóficas e estéticas; que ela produz idéias divergentes entre si. A mesma sociedade que
os filósofos são polacos vendendo a prestações, são prostituídos gera a idéia de que é preciso pôr abaixo a floresta amazônica para
(polaca é termo designativo de prostituta) pela venalidade barata; explorar suas riquezas, produz a idéia de que preservá-la é mais
que os oradores se identificam com os pernilongos em sua oratória rentável. É bem verdade, no entanto, que algumas idéias, em certas
repetitiva; que o romantismo gonçalvino estava certo ao afirmar épocas, exercem domínio sobre outras.
que a natureza brasileira é pródiga, só que essa prodigalidade não É necessário entender as concepções correntes na época e na
é acessível à maioria da população. A exclamação do final é, ao sociedade em que o texto foi produzido, para não correr o risco de
mesmo tempo, a manifestação do desejo de ter contato com coisas entendê-lo de maneira distorcida. Como não há idéias puras, todas
genuinamente brasileiras e um lamento, pois o poeta sabe que não as idéias estão materializadas em textos, analisar a relação de um
se tornará realidade. texto com sua época é estudar a sua relação com outros textos.
O texto de Murilo faz referência ao de Gonçalves Dias, mas,
diferentemente do poema gonçalvino, não celebra ufanisticamente É preciso que fiquem bem claras estas conclusões:
a pátria. Ao contrário, ironiza-a, lamenta a invasão estrangeira. O I- No texto, o sentido não é solitário, mas solidário.
exílio é a própria terra, desnaturada a ponto de parecer estrangeira. II- O texto está delimitado por dois espaços de não-sentido.
Desse modo, os dois primeiros versos não podem ser III- O texto revela ideais, concepções, anseios, expectativas
interpretados como um elogio ao caráter cosmopolita da cultura e temores de um grupo social numa determinada época, em
brasileira. Ao contrário, devem ser lidos como uma crítica determinado lugar.
ao caráter postiço da nossa cultura. Isso porque só a segunda
interpretação se encaixa coerentemente dentro do contexto. Apreensão e Compreensão do Sentido
Por exemplo, comprova-se que o significado das frases não é Quando Lula disse a Collor no primeiro debate do segundo
autônomo. Num texto, o significado das partes depende do todo. turno das eleições presidenciais de 1989: Eu sabia que você era
Por isso, cada frase tem um significado distinto, dependendo do collorido por fora, mas caiado por dentro.
contexto em que está inserida. Os brasileiros colocaram essa frase no âmbito dos “discursos
Que é que faz perceber que um conjunto de frases compõe um da campanha presidencial” e entenderam não “Você tem cores
texto? O primeiro fator é a coerência, ou seja, a compatibilidade fora, mas é revestido de cal por dentro”, mas “Você apresenta um
de sentido entre elas, de modo que não haja nada ilógico, nada discurso moderno e de centro-esquerda, mas é um reacionário”.
contraditório, nada desconexo. Outro fator é a ligação das Observe que há duas operações diferentes no entendimento
frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou do texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações
garantem a concatenação entre as partes. Assim, em Não chove que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No
há vários meses. Os pastos não poderiam, pois, estar verdes, a entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma
palavra pois estabelece uma relação de decorrência lógica entre pessoa que conhecesse todas as palavras da frase acima, mas não
uma e outra frase. O segundo fator, entretanto, é menos importante conhecesse o universo dos discursos da campanha presidencial,
que o primeiro, pois mesmo sem esses elementos de conexão, não entenderia o significado da frase. Por isso, é preciso colocar o
um conjunto de frases pode ser coerente e, portanto, um todo texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior
organizado de sentido. do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam conhecimento
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Contido pelos bombeirosjá no fim de semana, na Tijuca, e MPU ‑ auxiliar‑ Esaf: Para responder às questões de 5 a 9,
abafado por uma providencial chuva no ltaXiaia, na leia o texto a seguir.
quarta-feira o fogo pipocou em outro extremo do país. Naquele (Tempo máximo: 16 minutos)
dia, o incêndio começou no Parque da Serra da Capivara, no sertão
do Piauí, calcinado há seis anos pela seca, e avançou pela Procura‑se uma explicação
caatinga, que esconde as pinturas rupestres inscritas na rocha, há Um mundo de mistérios se esconde por trás dos pequenos
pelo menos 31.500 anos, pelo homem brasileiro pré-histórico. anúncios. Nunca pude avaliar, pelas suas fórmulas, quais as suas
(Isto é, 221811984) verdadeiras intenções. Fico a imaginar se o desespero de quem
vende está na mesma proporção emocional de quem quer comprar.
1. O autorjustifica o fato de os ecologistas referirem-se aos Objetos perdidos, quase sempre de estimação, documentos
parques nacionais como “arcas de Noé para o futuro” da seguinte importantes, cachorrinhos desaparecidos, tudo na base do
maneira: “gratifica-se bem”. Mas o que é gratificar bem, por exemplo, a uma
a) Porque são áreas preservadas da caça e pesca i ndiscri pessoa que acha uma carteira com pouco dinheiro?
minadas. Acho que há um pouco de ironia e de deboche da parte de
b) Porque ocupam espaços administralívamente delimitados toda pessoa que põe um anúncio - e muito boa vontade da parte
pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. de quem acha que ali está a sua oportunidade. Há vários anos que
c) Porque espécies animais e vegetais que estão se
encontro promessas de Iugar de futuro” e acho incompreensível
extinguindo em outras regiões têm preservada sua sobrevivência
que esse futuro não chegue nunca, e que as vagas continuem
nesses parques.
sempre disponíveis. Ou as pessoas acabam por descobrir que o seu
d) Porque nesses parques colecionam-se casais de espécies
animais e vegetais em extinção noutras áreas. futuro está fora dali ou são outras firmas que estão se iniciando para
e) Porque há agentes florestais incumbidos de zelar pelos oferecer novos futuros a futuros candidatos. Há uma certa ilusão
animais e vegetais dos parques. de lado a lado: quem anuncia o futuro dos outros está pensando
no seu presente e quem procura o seu futuro no presente de quem
2. A respeito dos incêndios referidos pelo autor, depreende-se anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros.
do texto que: Até que ponto é sincero um anúncio que procura moças de
a) Embora tivessem ameaçado espécies animais e vegetais “boa aparência”, de 18 a 25 anos, com prática de datilografia e
raras, apresentaram um lado positivo: aumentaram a produção de um mínimo de 150 batidas certas por minuto? É tão necessário que
carvão. sejam todas as batidas certas?
b) Foram provocados pela rigorosa estiagem do inverno, no E esses que vivem vendendo objetos, um de cada vez,
Centro-Sul, e pela seca prolongada no sertão nordestino. «por motivo de viagem”? Será que o dinheirinho de um aparelho
c) Não foram combatidos com presteza e eficiência pelos de televisão ou de uma máquina de costura ou de um gravador
bombeiros. último tipo lhes pagará a passagem? Talvez a viagem seja
d) Só foram debelados por providenciais chuvas que conseqüência: depois de vender os objetos, o melhor será mesmo
eventualmente vieram a cair sobre os parques. abandonar a cidade.
e) Destruíram parte da flora e fauna das reservas, E os técnicos? É impressionante como tem gente especializada
desfigurando sua paisagem. anunciando sua especialidade. Mecânicos e eletricistas
montam e desmontam qualquer aparelho em menos de cinco
3. Depreende-se que o autor do texto, em relação ao fato minutos, e no fim sempre nos entregam três ou quatro parafusos
descrito, manifesta: que não têm a menor utilidade. Penso na economia monstruosa
que as fábricas fariam se, ao montarem seus aparelhos, houvessem
a) Descaso
contratado os técnicos do “atende-se a domicílio”.
b) Hesitação
(Eliachar, Leon. O Homem ao Cubo. Rio deJaneiro: Francisco
c) Desesperança
Alves S.A., 6ª ed., adoptado)
d) Pesar
e) Indiferença
5. Ao falar de “pequenos anúncios”, o autor refere-se
4. Aponte a única conclusão que é estrita e licitamente a) Essencialmente aos que tratam de empregos.
deduzível do texto: b) Especificamente aos que oferecem serviços.
c) Exclusivamente aos que falam de objetos perdidos.
a) As chamas serviram para mostrar a precária situação dos d) Genericamente a vários tipos de anúncios.
parques brasileiros. e) Somente aos anúncios de compra e venda.
b) Devem ser tomadas providências para dotar os parques
de meios para se protegerem dos incêndios. 6. A expressão que não aparece nos anúncios que o autor
c) Devem ser desencadeadas campanhas para conscientizar menciona é:
a população de como evitar incêndio nos parques. a) “lugar de fututo”
d) Parte da culpa dos incêndios cabe às autoridades b) “gratifica-se bem”
responsáveis pelas reservas e parques. c) “procura-se uma explicação”
e) 0 incêndio no Parque da Serra da Capivara ameaçou d) “atende-se a domicílio”
valioso patrimônio histórico e antropológico. e) “por motivo de viagem”
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7. Conforme o texto, os técnicos que anunciaram sua 10. O tema central do fragmento acima é:
especialidade: a) A publicidade desequilibra a relação de forças existente
a) Trabalham com rapidez, mas não conseguem encaixar entre a demanda e a oferta de bens de consumo.
todas as peças de um aparelho. b) Dramatizar o mito da queda é o objetivo perseguido pela
b) Trabalham melhor que os das fábricas, resultando disto retórica publicitária.
maior economia para as montadoras. c) Há uma similaridade estrutural entre a elaboração
c) Entendem mais da montagem dos aparelhos que os publicitária e a elaboração onírica.
técnicos das fábricas de eletrodomésticos. d) Os comerciais veiculados pelos meios de comunicação
d) Duvidam da competência dos mecânicos e eletricistas cumprem o papel de informar o consumidor em potencial sobre as
das grandes fábricas. reais qualidades dos produtos.
e) Pretendem conseguir uma contratação como mecânicos e) Ao adquirir bens de consumo, o consumidor sublima
ou eletricistas em firmas conceituadas. suas carências afetivas num estado de deleite sublime.
8. As “fórmulas” dos anúncios a que se refere o autor dizem
respeito:
11. À leitura literal da retórica publicitária associam-se vários
a) À especificação
termos no texto, exceto:
b) À quantidade
c) Ao argumento a) Deleite sublime
d) Ao conteúdo b) Estado nirvânico
e) À correção c) Gozo celestial
d) Consciência da finitude
9. Assinale a opção que expressa o significado da seguinte e) Estímulos fantasiosos
frase do texto: “... quem procura o seu futuro no presente de quem
anuncia acaba é fazendo o futuro dos outros”. 12. Uma leitura errada do texto levaria a afirmar que:
a) Quem oferece melhoria de vida aos outros através de a) Interpretar literalmente o discurso publicitário é uma
anúncios pretende melhorar a própria vida. atitude ingénua.
b) Aquele que pretende encontrar boas oportunidades nos b) A publicidade elabora um cenário onírico para os objetos
anúncios proporciona lucros ao anunciante. da sociedade industrial.
c) O anunciante projeta seus atuais objetivos nas pretensões c) O discurso publicitário é formulado com mensagens que
dos leitores. se sustentam no princípio do prazer.
d) Quem busca o seu futuro no futuro dos outros prejudica d) A felicidade prometida nas propagandas dá ao homem a
irremediavelmente seu presente. consciência de sua finitude.
e) O anunciante procura melhorar a vida do leitor e) Está incorporado à publicidade o componente mítico de
independentemente de suas intenções. retorno ao paraíso.
MPU – nível técnico – MF: Leia o trecho abaixo para 13. “Drama do retorno” e “mito da queda”, no texto,
responder às questões de 10 a 14
referem-se a:
(Tempo máximo: 15 minutos)
a) Elaboração da primeira versão da publicidade e sua
A rigor, se cometêssemos para com a publicidade o ingênuo recusa pelo cliente que a encomendou.
extremismo de acreditar plenamente no seu discurso, teríamos b) Retorno dos comerciais aos meios de comunicação
à nossa frente a mais desvairada das utopias. A sua eficiência, devido à queda do faturamento das empresas.
elevada ao absurdo, consistiria em fazer com que o consumidor, c) Promessas fantasiosas contidas nos anúncios e decepção
ao consumir um produto, incorporasse à sua percepção sensorial do consumidor por não vê-ias realizadas ao adquirir o produto.
um deleite Sublime, um estado nirvânico, um gozo celetial. d) Estado nirvânico do publicitário no momento de criação
A se ressalvar e a se ressaltar, porém, a defasagem entre a da propaganda e posterior decepção ao vê-lo rejeitado pelo diretor
promessa publicitária e o real preenchimento proporcionado pelos de marketing.
bens de consumo, conclui-se tristemente que o saldo é bastante e) Mitos de povos primitivos a respeito das concepções de
negativo: a felicidade prometida é muito fugaz e o retorno ao Paraíso e Inferno.
abismo da lacuna primordial – da consciência da finitude – é
ainda maior, uma vez que a busca do sublime esteve exacerbada 14. Assinale a letra que contém o enunciado falso.
por estímulos fantasiosos. Cada vez que o paraíso é prometido, a) Colocadas em sequência, as expressões “a se ressalvar” e
represema-se (ritualiza-se) o drama do retorno. Cada vez que esse “a se resaltar” são equivalentes quanto ao conteúdo.
retorno é frustrado, dramatiza-se, outra vez, o mito da queda. b) O segmento - da consciência da finitude – explica a
A promessa de preenchimento dá lugar ao vazio. Existência e expressão lacuna primordial.
angústia retornam à sua condição de paralelismo. Compreende-se c) O termo “(ritualiza-se)” especifica o sentido de
então o quanto a retórica publicitária era irreal, sublimadora. E “representa-se”.
uma leitura literalizante desse discurso delirante coloca-se de d) As expressões “deleite sublime”, “estado nirvânico”,
imediato lidando com uma elaboração profundamente onírica.
“gozo celestial”, colocadas em sequência, reiteram a mesma idéia.
Literalmente, a publicidade é uma fábrica de sonhos. (Extraído
e) Em “sua eficiência”, o possessivo refere-se à eficiência
de A promessa do paraíso já, Luís Martins, Humanidades, Ano IV,
da publicidade.
1987/88, nº15, p. 110/111)
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0 mestre era mais severo com ele do que conosco. Entrava na Como se disse acima, do ponto de vista da progressão
escola depois do pai e retirava-se antes... temporal, a ordem dos enunciados na descrição é indiferente, uma
vez que eles indicam propriedades ou características que ocorrem
Evidentemente, quando se diz que a ordem dos enunciados simultaneamente. No entanto, ela não é indiferente do ponto de
pode ser invertida, está-se pensando apenas na ordem cronológica, vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou
pois, como veremos adiante, a ordem em que os elementos são viceversa, do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria
descritos produz determinados efeitos de sentido. efeitos de sentido distintos.
Quando alteramos a ordem dos enunciados, precisamos fazer Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”, de
certas modificações no texto, pois este contém anafóricos (palavras Bocage:
que retomam o que foi dito antes, como ele, os, aquele, etc. ou Magro, de olhos azuis, carão moreno,
catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito, como este, bem servido de pés, meão de altura,
etc.), que podem perder sua função e assim não ser compreendidos. triste de facha, o mesmo de figura,
Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam todo o nariz alto no meio, e não pequeno.
seu esplendor. O Sol fazia-as brilhar, ao invertermos a ordem das
frases, precisamos fazer algumas alterações, para que o texto possa Incapaz de assistir num só terreno,
ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar. Elas manifestavam mais propenso ao furor do que à ternura;
todo o seu esplendor. Como, na versão original, o pronome bebendo em níveas mãos por taça escura
oblíquo as é um anafórico que retoma flores, se alterarmos a ordem de zelos infernais letal veneno.
das frases ele perderá o sentido. Por isso, precisamos mudar a
palavra flores para a primeira frase e retomá-la com o anafórico Obras de Bocage. Porto, Lello & Irmão,
elas na segunda. 1968, pág. 497 / Vunesp1993.
Por todas essas características, dizse que o fragmento do conto
de Machado é descritivo. Descrição é o tipo de texto em que O poeta descrevese das características físicas para as
se expõem características de seres concretos (pessoas, objetos, características morais. Se fizesse o inverso, o sentido não seria o
situações, etc.) consideradas fora da relação de anterioridade e de mesmo, pois as características físicas perderiam qualquer relevo.
posterioridade.
O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar
Características da Descrição uma cena. É como traçar com palavras o retrato de um objeto, lugar,
pessoa etc., apontando suas características exteriores, facilmente
As características do texto descritivo são: identificáveis (descrição objetiva), ou suas características
• como o texto narrativo, é figurativo; psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva).
• ao contrário do texto narrativo, não relata mudanças de Uma descrição deve privilegiar o uso freqüente de adjetivos,
situação, mas propriedades e aspectos simultâneos dos elementos também denominado adjetivação. Para facilitar o aprendizado
descritos, considerados, pois, numa única situação; desta técnica, sugerese que o concursando, após escrever seu texto,
• como o que nele se reproduz é simultâneo, não existe sublinhe todos os substantivos, acrescentando antes ou depois
relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados. deste um adjetivo ou uma locução adjetiva.
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Descrição de Ambientes É importante a seleção desses traços, para que o trabalho não
1 - Introdução: comentário de caráter geral. dê a impressão de uma fotografia, mas seja a imagem do objeto
2 - Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global (como o autor ve e sente esse objeto).
do ambiente: paredes, janelas, portas, chão, teto, luminosidade e Na descrição literária, predomina o aspecto subjetivo. O autor
aroma (se houver). transfigura o ser de acordo com suas vivências psicossensoriais.
3 - Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos Aqui predomina a conotação.
lá existentes: móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou Com relação à descrição de tipos, podese descrevêlos física
quaisquer outros objetos.
ou psicologicamente. A primeira será uma descrição em que
4 - Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no
ambiente. predomina a objetividade, na segunda, porém, predominará a
subjetividade.
Descrição de Paisagens Às vezes, o autor, através da caricatura intencional dos traços
1 - Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer físicos personagem, deixa entrever o retrato psicológico da mesma,
outra referência de caráter geral. caracterizam suas idiossincrasias. Basta lembrar Quincas Borba,
2 - Desenvolvimento: observação do plano de fundo em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.
(explicação do que se vê ao longe). Quanto à descrição nãoliterária, aqui sim, há grande
3 - Desenvolvimento: observação dos elementos mais preocupação com a exatidão dos detalhes e precisão vocabular.
próximos do observador explicação detalhada dos elementos que É uma descrição objetiva, o autor descreve o ser tal qual ele se
compõem a paisagem, de acordo com determinada ordem. apresenta na realidade. Há predomínio de denotação.
4 - Conclusão: comentários de caráter geral, concluindo Qualquer manual de instruções de aparelhos ou mecanismos é
acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla. uma descrição técnica. Poderíamos também citar outros exemplos,
como: descrição de um mineral, descrição anatômica de um corpo,
Descrição de Pessoas variação 1
1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer etc.
aspecto de caráter geral. Caracterização Formal
2 - Desenvolvimento: características físicas (altura, peso, cor Com relação ao aspecto formal da descrição, devemse evitar
da pele, idade, cabelos, olhos, nariz, boca, voz, roupas). os verbos e, se isso não for possível, que se usem então as formas
3 - Desenvolvimento: características psicológicas nominais, o presente e o pretério imperfeito do indicativo, dando-se
(personalidade, temperamento, caráter, preferências, inclinações, sempre preferência aos verbos que indiquem estado ou fenômeno.
postura, objetivos). Todavia deve predominar o emprego das comparações, dos
4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter adjetivos e dos advérbios, que conferem colorido ao texto.
geral
Esquema da Descrição
Descrição de Pessoas variação 2 O que se descreve (real ou imaginário).
1 - Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer Como se descreve (objetivamente ou subjetivamente).
aspecto de caráter geral.
2 - Desenvolvimento: análise das características físicas,
Texto Literário com Descrição Real Subjetiva
associadas às características psicológicas (1ª parte).
3 - Desenvolvimento: análise das características físicas,
associadas às características psicológicas (2ª parte). A CASA MATERNA
4 - Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter Vinicius de Morais
geral.
Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na casa materna.
A descrição, ao contrário da narrativa, não supõe ação. É uma As grades do portão têm uma velha ferrugem e o trinco se oculta
estrutura pictórica, em que os aspectos sensoriais predominam. num lugar que só a mão filial conhece. O jardim pequeno parece
Porque toda técnica descritiva implica contemplação e mais verde e úmido que os demais, com suas palmas, tinhorões e
apreensão de algo objetivo ou subjetivo, o redator, ao descrever, samambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, desfolha
precisa possuir certo grau de sensibilidade. ao longo da haste.
Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em É sempre quieta a casa materna, mesmo aos domingos, quando
suas telas, o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens,
as mãos filiais se pousam sobre a mesa farta do almoço, repetindo
conforme o permita sua sensibilidade.
uma antiga imagem. Há um tradicional silêncio em suas salas e
Tipos um dorído repouso em suas poltronas. O assoalho encerado, sobre
A descrição, conforme o objetivo que se propõe, pode ser o qual ainda escorrega o fantasma da cachorrinha preta, guarda
literária ou não-literária. as mesmas manchas e o mesmo taco solto de outras primaveras.
Na primeira, não deve haver preocupação quanto à exatidão As coisas vivem como em prece, nos mesmos lugares onde as
da imagem descrita, porque a finalidade é transmitir a impressão situaram as mãos maternas quando eram moças e lisas. Rostos
sensorial. irmãos se olham dos portaretratos, a se amarem e compreenderem
Isso não implica preocupação com detalhes. O que importa mudamente. O piano fechado, com uma longa tira de flanela
é que o conjunto, ao deixar sobressair os traços principais, seja sobre as teclas, repete ainda passadas valsas, de quando as mãos
enfatizado. maternas careciam sonhar.
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A descrição nãoliterária real e objetiva predomina no texto As características do texto dissertativo são:
técnico, e no exemplo acima, comprovase o compromisso com a • ao contrário do texto narrativo e do descritivo, ele é
precisão e a economia lingüística. temático;
Já na descrição literária, seja real ou imaginária, os • como o texto narrativo, ele mostra mudanças de situação;
pormenores, as figuras de linguagem vão tornála mais pitoresca • ao contrário do texto narrativo, nele as relações de
estilisticamente, fazendo cor que ela seja mais ou menos objetiva anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior
ou subjetiva. importância o que importa são suas relações lógicas: analogia,
A partir dos recursos literários utilizados num texto descritivo, pertinência, causalidade, coexistência, correspondência, implica-
não se pode esquecer que os mesmos variam de acordo com as ção, etc.
épocas em que foram redigidos. A estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação.
Desse modo, numa descrição romântica, há uma recorrência Já a estrutura, o conteúdo e a estilística possuem características
ao cromatismo, aos aspectos sonoros e visuais, aos pormenores, à próprias a cada tipo de texto. Diante disso, a seguir, apresentase a
idealização, poder, do escritor exercitar toda a sua capacidade para aplicabilidade de cada um desses critérios à dissertação.
criar mundos imaginários.
Já na descrição realista, percebe-se certo equilíbrio da Estrutura
observação e na análise. Introdução: Os principais autores de redação em língua
Por outro lado, a descrição modernista apresentanos a portuguesa no Brasil sugerem os conhecidos esquemas de acordo
libertação da linguagem através de temas, motivos e formas com cada tipo de texto. Seguir as instruções de introdução dá ao
inovadores. candidato o ponto pertinente.
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Desenvolvimento: Siga as orientações do esquema adequado Idéias do desenvolvimento: (1) A aposentadoria do trabalho
à tipologia textual. não significa aposentadoria de mãos, pés e cabeça; (2) Há muitas
ofertas de atividades para pessoas que já passaram dos 60 anos:
Conclusão: Siga as orientações do esquema adequado à grupos de estudo, viagens, cerâmica, contadores de histórias;
tipologia textual. (3) Atividade física é importante, mas não deve ser vista como
tortura. Escolha a que mais lhe dá prazer: caminhada, musculação,
Gênero textual: Este quesito contempla a adequação ao hidroginástica, natação.
gênero em foco. Por exemplo, caso o candidato se exprima, em
uma dissertação, com subjetividade própria de textos literários Assunto:Falar em público.
como a narração e a descrição , perderá pontos. Leitor: Alunos do curso de expressão oral.
Esquema: Cada tipo de texto requer esquema próprio. A Delimitação do assunto: Falar bem é dom ou habilidade
utilização correta de um esquema vale ponto na prova. Leia com aprendida?
atenção e siga todos os passos a seguir. Objetivo: Demonstrar que, com treino, qualquer pessoa pode
Quanto à introdução, Hildebrando A. de André (1998, p. falar em público com desenvoltura e sem medo.
67) sugere frasesíntese acrescida de tópicos frasais do segundo e Idéias do desenvolvimento: ( 1) Falar, como escrever, é
terceiro parágrafos. habilidade melhorar depende de treino; (2) Exemplo de pessoas
Por sua vez, Branca Granatic (1996, p. 80) aborda a redação que, graças ao treino, venceram as dificuldades. O principal deles:
dividida em esquemas, independentemente da tipologia textual. Demóstenes, pai da Oratória. Ele venceu até a gagueira; (3) Como
melhorar a expressão oral.
Dissertação: esquema 1
1 - Introdução: expressão inicial (facultativa) + tema com Dissertação: esquema 2
objetivo + citação dos argumentos 1, 2 e 3 1 - Introdução: expressão inicial + tema com objetivo +
2 - Desenvolvimento do argumento 1 citação dos argumentos 1 e 2.
3 - Desenvolvimento do argumento 2 2 - Desenvolvimento do argumento 1
4 - Desenvolvimento do argumento 3 3 - Desenvolvimento do argumento 2
5 - Conclusão: expressão conclusiva (facultativa) +tema com 4 - Conclusão: expressão conclusiva + tema com objetívo +
objetívo + observação final (impessoal, positiva, otimista, que observação final (impessoal, positiva, otimista, que solucione o
solucione o problema e apresente viés humanístíco) problema e apresente viés humanístíco)
Em primeiro lugar, leia o(s) texto(s) apresentado(s) na prova
várias vezes, até sua perfeita compreensão. Lembrese de que Quanto ao esquema 2, que apresenta somente dois argumentos,
não há necessariamente relação direta dos textos com o tema. A o candidato deve seguir as orientações do esquema 1, com atenção
seguir, identifique o tema, caso este não tenha sido explicitado. ainda maior aos dois argumentos para fundamentar o texto.
Depois, crie seu objetivo, ou seja, sem fugir do tema, posicionese.
Alguns autores chamarão o tema com o objetivo de tese. Por fim, Exemplo de Dissertação
de acordo com seu posicionamento e sem fugir do tema, busque
dois ou três argumentos para desenvolver a redação. Para ilustrar, MEGALÓPOLE: UM BEM OU UM MAL?
seguem alguns exemplos.
Apresentação do assunto proposto:
Tema: Sexo antes do casamento. Quando uma cidade cresce vertiginosa e desenfreadamente,
Objetivo: Apresentar visões favoráveis ao sexo antes do assume as características de uma megalópole. Assim, Nova
casamento. Iorque, Tóquio, São Paulo e outros centros urbanos espalhados
Argumentos: (1) Maior conhecimento íntimo do parceiro; (2) pelo mundo têm conseguido diariamente aumentar a sua densidade
Novo conceito de liberdade; (3) Ruptura da ideologia vigente. demográfica, apresentando os pontos positivos e negativos para os
seus habitantes.
Tema: Problema hídrico no Distrito Federal.
Objetivo: Mostrar a real e trágica situação e apresentar Frase‑ponte (ligação)
soluções. Vejamos primeiramente os aspectos positivos numa grande
Argumentos: (1) A construção de poços artesianos sem cidade.
nenhuma fiscalização e planejamento em condomínios irregulares;
(2) A conivência do GDF; (3) A construção de uma nova barragem Elemento relacionador + pró + justificativa
(Corumbá 4) para abastecimento de água do DF e entorno. Com relação ao setor econômico, há maiores possibilidades de
emprego, melhores salários, mais chance de ascensão profissional,
Tema: MST conferindo tudo isso ao trabalhador da megalópole a oportunidade,
Objetivo: Apresentar a existência de várias correntes dentro por tantos desejada, de atingir um “status” social.
do MST e suas posições. Elemento relacionador + pró + justificativa
Argumentos: (1) Propostas de reforma agrária pelas quais Se focarmos o assunto através do prisma cultural, observaremos
eles lutam; (2) Posição das correntes mais radicais; (3) Soluções que a megalópole, possuindo vários teatros, museus, universidades
do governo ao MST. e casas de cultura, poderá oferecer grandes oportunidades para a
A seguir, duas sugestões extraídas da coluna Língua Solta, de aquisição de conhecimentos na área artístico-cultural.
Dad Squarisi, do jornal Correio Braziliense.
Elemento relacionador + pró + justificativa
Assunto: Velhice Quanto ao lazer, podemos afirmar que a megalópole
Leitor: Grupo de pessoas com idade entre 60 e 65 anos. proporciona uma vida social intensa, possuindo boas casas de
Delimitação do assunto: O perigo da ociosidade na velhice. diversão, muitos clubes, restaurantes com comidas das mais
Objetivo: Apresentar sugestões de atividades capazes de variadas origens, lugares aprazíveis para passear e toda a sorte de
prevenir a ociosidade na velhice. atrativos.
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Elemento relacionador + pró + justificativa Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba
Finalmente, se levarmos em consideração as facilidades que a trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o
megalópole oferece aos seus moradores, podemos aventar toda a hábito de consultar constantemente um dicionário.
gama de conforte conquistada pela moderna tecnologia científica, Desde o dia 01/01/2009 já estão em vigor as novas regras
como o metrô, o aperfeiçoamento da aparelhagem doméstica nos ortográficas da língua portuguesa, por isso temos até 2012 para
prédios residenciais, hipermercados, alimentos prontos, etc. nos “habituarmos” com as novas regras, pois somente em 2013
Frase‑ponte (separação) que a antiga será abolida. Certifique se no edital do concurso que
Se focarmos porém, o lado negativo da megalópole, veremos irá participar está explícito que irão cobrar as novas regras, pois
que a mesma apresenta diversos pontos cruciais. caso contrário ainda estão valendo as velhas.
Não se usa H:
a) No início ou no fim de certos vocábulos, no passado
A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto escritos com essa letra, embora sem fundamento etimológico:
“correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras ontem, úmido, iate, ombro, etc.
da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios b) No início de alguns vocábulos em que o h, embora
etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos etimológico, foi eliminado por se tratar de palavras que entraram
(ligados aos fonemas representados). na língua por via popular, como é o caso de erva, inverno, e
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a) Na sílaba final de formas dos verbos terminados em – costear = navegar ou soar = emitir som, ecoar,
passar junto à costa repercutir
air/–oer /–uir: cai, corrói, diminuir, influi, possui, retribui, sai, etc.
custear = pagar as custas, suar = expelir suor pelos
b) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra): financiar poros, transpirar
antiaéreo, Anticristo, antitetânico, antiestético, etc.
c) Nos seguintes vocábulos:
deferir = conceder, atender sortir = abastecer
diferir = ser diferente, surtir = produzir (efeito ou
aborígine crânio erisipela incinerar privilégio divergir resultado)
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Escrevem-se com G: b) S:
a) Os substantivos terminados em –agem, -igem, -ugem:
garagem, massagem, viagem, origem, vertigem, ferrugem, ânsia cansar diversão hortênsia remorso
lanugem. Exceção: pajem
b) As palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio, ansiar cansado excursão pretensão sebo
-úgio: contágio, estágio, egrégio, prodígio, relógio, refúgio. ansioso descansar farsa pretensioso tenso
c) Palavras derivadas de outras que se grafam com g:
ansiedade descanso ganso propensão utensílio
massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem), ferruginoso
(de ferrugem), engessar (de gesso), faringite (de faringe),
selvageria (de selvagem), etc. c) SS:
d) Os seguintes vocábulos: acesso cassino fracasso opressão sossegar
acessório concessão impressão pêssego sossego
algema estrangeiro gilete hegemonia rabugento acessível discussão massa procissão submissão
angico gengiva ginete herege sugestão assar escassez massagista profissão sucessivo
a) Palavras derivadas de outras teminadas em –já: laranja acréscimo adolescente ascensão consciência consciente
(laranjeira), loja (lojista, lojeca), granja (granjeiro, granjense), crescer desça fascinar oscilar suscetível
gorja (gorjeta, gorjeio), lisonja (lisonjear, lisonjeiro), sarja
cresço disciplina florescer piscina suscetibilidade
(sarjeta), cereja (cerejeira).
b) Todas as formas da conjugação dos verbos terminados descer discípulo imprescindível ressuscitar suscitar
em –jar ou –jear: arranjar (arranje), despejar (despejei), gorjear desço discernir néscio seiscentos víscera
(gorjeia), viajar (viajei, viajem) – (viagem é substantivo).
e) X: aproximar, auxiliar, auxílio, máximo, próximo,
c) Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j:
proximidade, trouxe, trouxer, trouxeram, etc.
laje (lajedo), nojo (nojento), jeito (jeitoso, enjeitar, projeção,
f) XC: exceção, excedente, exceder, excelência, excelente,
rejeitar, sujeito, trajeto, trejeito).
excelso, excêntrico, excepcional, excesso, excessivo, exceto,
d) Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-
excitar, etc.
guarani) ou africana: canjerê, canjica, jenipapo, jequitibá, jerimum,
jibóia, jiló, jirau, pajé, etc.
Homônimos
acento = inflexão da voz,
e) As seguintes palavras: sinal gráfico empoçar = formar poça
assento = lugar para
alfanje intrujice Jerônimo manjedoura sabujice
sentar-se empossar = dar posse a
alforje jeca jérsei manjericão sujeira
berinjela jegue jiu-jítsu ojeriza traje
acético = referente ao
cafajeste Jeremias majestade pegajento ultraje ácido acético (vinagre) incipiente = principiante
cerejeira jerico majestoso rijeza varejista
ascético = referente ao
ascetismo, místico insipiente = ignorante
5‑ Representação do fonema /S/
O fonema /s/, conforme o caso, representa-se por:
cesta = utensílio de vime intercessão = ato de
ou outro material interceder
a) C, Ç:
sexta = ordinal referente a interseção = ponto em que
seis duas linhas se cruzam
acetinado cimento endereço maciço pança
açafrão dança Iguaçu miçanga pinça
círio = grande vela de cera ruço = pardacento
almaço dançar maçarico muçulmano Suíça
sírio = natural da Síria russo = natural da Rússia
anoitecer contorção maçaroca muçurana suíço
censura exceção maço paçoca vicissitude
cismo = pensão .
sismo = terremoto .
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b) Não soa nos grupos internos –xce- e –xci-: exceção, • Quando a um elemento de composição terminado em
exceder, excelente, excelso, excêntrico, excessivo, excitar, vogal seguir, sem interposição do hífen, palavra começada com
inexcedível, etc. /r/ ou /s/: arroxeado, correlação, pressupor, bissemanal, girassol,
c) Grafam-se com x e não com s: expectativa, experiente, minissaia, etc.
expiar, expirar, expoente, êxtase, extasiado, extrair, fênix, texto,
etc. 9‑ CÊ - cedilha
d) Escreve-se x e não ch: É a letra C que se pôs cedilha. Indica que o Ç passa a ter som
de /S/: almaço, ameaça, cobiça, doença, eleição, exceção, força,
• Em geral, depois de ditongo: caixa, baixo, faixa, feixe, frustração, geringonça, justiça, lição, miçanga, preguiça, raça.
frouxo, ameixa, rouxinol, seixo, etc. Excetuam-se caucho e os Nos substantivos derivados dos verbos: TER e TORCER e
derivados cauchal, recauchutar e recauchutagem. seus derivados: ater, atenção; abster, abstenção; reter, retenção;
• Geralmente, depois da sílaba inicial en-: enxada, enxame, torcer, torção; contorcer, contorção; distorcer, distorção.
enxamear, enxagar, enxaqueca, enxergar, enxerto, enxoval, O Ç só é usado antes de A,O,U.
enxugar, enxurrada, enxuto, etc. Excepcionalmente, grafam-se 10‑ Emprego das iniciais maiúsculas
com ch: encharcar (de charco), encher e seus derivados (enchente,
preencher), enchova, enchumaçar (de chumaço), enfim, toda vez a) A primeira palavra de período ou citação. Diz um provérbio
que se trata do prefixo en- + palavra iniciada por ch. árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. No início dos versos
• Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula.
xavante, caxambu, caxinguelê, orixá, maxixe, etc. b) Substantivos próprios (antropônimos, alcunhas,
• Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, topônimos, nomes sagrados, mitológicos, astronômicos): José,
graxa, lagartixa, lixa, lixo, mexer, mexerico, puxar, rixa, oxalá, Tiradentes, Brasil, Amazônia, Campinas, Deus, Maria Santíssima,
praxe, vexame, xarope, xaxim, xícara, xale, xingar, xampu. Tupã, Minerva, Via-Láctea, Marte, Cruzeiro do Sul, etc. O deus
7‑ Emprego do dígrafo CH pagão, os deuses pagãos, a deusa Juno.
c) Nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes,
Escreve-se com ch, entre outros os seguintes vocábulos: festas religiosas: Idade Média, Renascença, Centenário da
bucha, charque, charrua, chavena, chimarrão, chuchu, cochilo, Independência do Brasil, a Páscoa, o Natal, o Dia das Mães, etc.
cochilar, fachada, ficha, flecha, mecha, mochila, pechincha, tocha. d) Nomes de altos cargos e dignidades: Papa, Presidente da
República, etc.
Homônimos e) Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja,
Nação, Estado, Pátria, União, República, etc.
f) Nomes de ruas, praças, edifícios, estabelecimentos,
Bucho = estômago
agremiações, órgãos públicos, etc.:
Buxo = espécie de arbusto
Rua do 0uvidor, Praça da Paz, Academia Brasileira de
Letras, Banco do Brasil, Teatro Municipal, Colégio Santista, etc.
Cocha = recipiente de madeira
g) Nomes de artes, ciências, títulos de produções artísticas,
Coxa = capenga, manco
literárias e científicas, títulos de jornais e revistas: Medicina,
Arquitetura, Os Lusíadas, 0 Guarani, Dicionário Geográfico
Tacha = mancha, defeito; pequeno prego; prego de cabeça
Brasileiro, Correio da Manhã, Manchete, etc.
larga e chata, caldeira. h) Expressões de tratamento: Vossa Excelência, Sr. Presidente,
Taxa = imposto, preço de serviço público, conta, tarifa Excelentíssimo Senhor Ministro, Senhor Diretor, etc.
i) Nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os
Chá = planta da família das teáceas; infusão de folhas do chá povos do Oriente, o falar do Norte.
ou de outras plantas Mas: Corri o país de norte a sul. O Sol nasce a leste.
Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) j) Nomes comuns, quando personificados ou individuados: o
Amor, o Ódio, a Morte, o Jabuti (nas fábulas), etc.
Cheque = ordem de pagamento
Xeque = no jogo de xadrez, lance em que o rei é atacado por 11‑ Emprego das iniciais minúsculas
uma peça adversária
a) Nomes de meses, de festas pagãs ou populares, nomes
8‑ Consoantes dobradas gentílicos, nomes próprios tornados comuns: maia, bacanais,
carnaval, ingleses, ave-maria, um havana, etc.
a) Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes b) Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima, quando
C, R, S. empregados em sentido geral:
b) Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes São Pedro foi o primeiro papa. Todos amam sua pátria.
soam distintamente: convicção, occipital, cocção, fricção, c) Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o
friccionar, facção, sucção, etc. rio Amazonas, a baía de Guanabara, o pico da Neblina, etc.
c) Duplicam-se o R e o S em dois casos: d) Palavras, depois de dois pontos, não se tratando de citação
direta:
• Quando, intervocálicos, representam os fonemas /r/ forte “Qual deles: o hortelão ou o advogado?” (Machado de
e /s/ sibilante, respectivamente: carro, ferro, pêssego, missão, etc. Assis)
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“Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços
incenso, mirra.” (Manuel Bandeira) funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos
e) Atenção: no interior dos títulos, as palavras átonas, como: o, supermercados. Vamos comemorar, pessoal!
a, com, de, em, sem, grafam-se com inicial minúscula. Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos
15‑ Algumas palavras ou expressões costumam apresentar (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar gasolina.
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente incorporar tais Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor
palavras certas em situações apropriadas. de vinho.
Bebedouro: é o aparelho que fornece água. Este bebedouro
A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à está funcionando bem.
Europa.
Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. Bem‑Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem
vindo aqui, jovem.
“Procure o seu caminho Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe.
Eu aprendi a andar sozinho
Isto foi há muito tempo atrás Berruga/Verruga: as duas formas estão corretas: Olhe só a sua
Mas ainda sei como se faz berruga/verruga, menina!
Minhas mãos estão cansadas
Não tenho mais onde me agarrar.” (gravação: Nenhum de Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente):
Nós) Vivia na boêmia/boemia.
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. botijão/bujão de gás.
Acerca de: equivale a a respeito de: Falávamos acerda de uma
Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem
solução melhor.
os vereadores, deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara
Há cerca de: equivale a faz tempo. Há cerca de dias resolvemos
Municipal.
este caso.
Câmera: aparelho que fotografa, tira fotos: Comprei uma
câmera japonesa.
Ao encontro de: equivale estar a favor de: Sua atitude vai ao
encontro da verdade.
Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/
De encontro a: equivale a oposição, choque: Minhas opiniões
champanhe está bem gelado.
vão de encontro às suas.
A fim de: locução prepositiva que indica finalidade: Vou a fim Cessão: equivale ao ator de doar, doação: Foi confirmada a
de visitá-la. cessão do terreno.
Afim: é um adjetivo e equivale a igual, semelhante: Somos Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A
almas afins. sessão do filme durou duas horas.
Seção/Secção: repartição pública, departamento: Visitei hoje a
Ao invés de: equivale ao contrário de: Ao invés de falar seção de esportes.
começou a chorar (oposição).
Em vez de: equivale a no lugar de: Em vez de acompanhar- Demais: é advérbio de intensidade, equivale a muito, aparece
me, ficou só. intensificando verbos, adjetivos ou o próprio advérbio. Vocês falam
demais, caras!
A par: equivale a bem informado, ciente: Estamos a par das Demais: pode ser usado como substantivo, seguido de artigo,
boas notícias. equivale a os outros. Chamaram mais dez candidatos, os demais
Ao par: indica relação de igualdade ou equivalência entre devem aguardar.
valores financeiros (câmbio): O dólar e o euro estão ao par. De mais: é locução prepositiva, opõe-se a de menos, refere-se
sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais
Aprender = tomar conhecimento de. Ex. O menino aprendeu em sua decisão.
a lição.
Apreender = prender. Ex. O fiscal apreendeu a carteirinha Dia‑a‑dia: é um substantivo, equivale a cotidiano, diário, que
do menino. faz ou acontece todo dia. Meu dia‑a‑dia é cheio de surpresas.
Dia a dia: é uma expressão adverbial, equivale a diariamente.
À toa: é uma locução adverbial de modo, equivale a inutilmente, O álcool aumenta dia a dia. Pode isso?
sem razão: Andava à toa pela rua.
À‑ toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo), equivale a Descriminar: equivale a inocentar, absolver de crime. O réu
inútil, desprezível. Foi uma atitude à‑ toa e precipitada. foi descriminado; pra sorte dele.
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Discriminar: equivale a diferençar, distinguir, separar. Era Nem um: equivale a nem um sequer, nem um único; a palavra
impossível discriminar os caracteres do documento. Cumpre um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para
discriminar os verdadeiros dos falsos valores. /Os negros ainda são ajudá-la.
discriminados. Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número;
vem antes de um substantivo, é oposto de algum: Nenhum jornal
Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi divulgou o resultado do concurso.
perfeita.
Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto, reservado: Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu
Você foi muito discreto. mesma, eu própria.
Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado, eu
Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em mesmo, eu próprio.
domicílio.
Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as Onde: indica o lugar em que se está; refere-se a verbos
compras a domicílio. que exprimem estado, permanência: Onde fica a farmácia mais
próxima?
Espectador: é aquele que vê, assiste: Os espectadores se Aonde: indica idéia de movimento; equivale para onde (somente
fartaram da apresentação. com verbo de movimento desde que indique deslocamento, ou seja,
Expectador: é aquele que está na expectativa, que espera a+onde). Aonde vão com tanta pressa?
alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada.
“Pode seguir a tua estrada
Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A o teu brinquedo de star
estada dela aqui foi gratificante. fantasiando um segredo
Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios o ponto aonde quer chegar...” (gravação: Barão Vermelho)
ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas
semanas. Por ora: equivale a por este momento, por enquanto: Por ora
chega de trabalhar.
Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo; que brilha no Por hora: locução equivale a cada sessenta minutos: Você
escuro: Este material é fosforescente. deve cobrar por hora.
Fluorescente: adjetivo derivado de flúor, elemento químico,
refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do Por que: escreve se separado; quando ocorre: preposição
carro era fluorescente. por+que - advérbio interrogativo (Por que você mentiu?);
preposição por+que – pronome relativo pelo/a qual, pelos/as quais
Haja - do verbo haver - É preciso que não haja descuido. (A cidade por que passamos é simpática e acolhedora.) (=pela
Aja - do verbo agir - Aja com cuidado, Carlinhos. qual); preposição por+que – conjunção subordinativa integrante;
inicia oração subordinada substantiva (Não sei por que tomaram
Houve: pretérito perfeito do verbo haver, 3ª pessoa do esta decisão. (=por que motivo, razão)
singular Por quê: final de frase, antes de um ponto final, de interrogação,
Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir, 3ª p. do de exclamação, reticências; o monossílabo que passa a ser tônico
singular (forte), devendo, pois, ser acentuado: __O show foi cancelado mas
ninguém sabe por quê. (final de frase); __Por quê? (isolado)
Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês, meu estimado cunhado, Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela
levantou sozinho a tampa do poço. causa, razão de que, pelo fato, motivo de que: Não fui ao encontro
Levantar‑se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram‑se cedo e, porque estava acamado; conjunção subordinativa explicativa:
dirigiram-se ao eroporto. equivale a: pois, já que, uma vez que, visto que: “Mas a minha
tristeza é sossego porque é natural e justa.” (Fernando Pessoa) ;
Mal: advérbio de modo, equivale a erradamente, é oposto de conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo, equivale a para
bem: Dormi mal. (bem) que): “Mas não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.”
Mal: equivale a nocivo, prejudicial, enfermidade; oposto de (Rui Barbosa)
bem; pode vir antecedido de artigo, adjetivo ou pronome: A comida Porquê: funciona como substantivo; vem sempre acompanhado
fez mal para mim. Seu mal é crer em tudo. de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê
Mal: conjunção subordinativa temporal, equivale a assim que, daquele corre-corre.
logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente.
Mau: adjetivo, equivale a ruim, oposto de bom; plural=maus; Senão: equivale a caso contrário, a não ser: Não fazia coisa
feminino=má. Você é um mau exemplo (bom). nenhuma senão criticar.
Mau: substantivo: Os maus nunca vencem. Se não: equivale a se por acaso não, em orações adverbiais
condicionais: Se não houver homens honestos, o país não sairá
Mas: conjunção adversativa (idéia contrária), equivale a desta situação crítica.
porém, contudo, entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu.
Mais: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos: Tampouco: advérbio, equivale a também não: Não compareceu,
Há mais flores perfumadas no campo. tampouco apresentou qualquer justificativa.
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Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão - Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras
pouco esta semana. iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen: circum-
navegador, pan-americano, circum-hospitalar, pan-helenismo.
Trás ou Atrás = indicam lugar, são advérbios
Traz - do verbo trazer - Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise:
entregá-lo, amar-te-ei, considerando-o.
Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui.
Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está - Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por
vultuosa e deformada. “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen: jacaré-açu, cajá-mirim,
amoré-guaçu.
16‑ Hífen
O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão - Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em
associadas a uma infinidade de ocorrências lingüísticas, tais como: vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente: auto-
- ligar palavras compostas; avaliação/autoavaliação; auto-escola/autoescola; auto-estima/
- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas autoestima; co-autor/coautor; infra-estrutura/infraestrutura; semi-
árido/semiárido.
verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;
Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes
- separar as sílabas de um dado vocábulo;
do Acordo: aeroespacial, antiamericano, socioeconômico.
- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.
- Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que
Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve perderam a noção de composição: manda-chuva/mandachuva;
mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada pára-quedas/paraquedas; pára-quedista/paraquedista.
a complexidade que se atribui ao sinal em questão, temos por
finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas
o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais de elemento de ligação, como também naquelas que designam
pressupostos, constatemos, pois: espécies botânicas e zoológicas: azul-escuro, bem-te-vi, couve-
flor, guarda-chuva, erva-doce, pimenta-de-cheiro.
Circunstâncias lingüísticas a que se deve o emprego do hífen: - Não se usa mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas: fim
- O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal de semana, café com leite, cão de guarda. Exceções: o hífen ainda
e a segunda palavra começa com a mesma vogal: antiinflamatório/ permanece em alguns casos, expressos por: água-de-colônia, água-
anti-inflamatório; antiinflacionário/anti-inflacionário; microondas/ de-coco, cor-de-rosa.
micro-ondas; microorganismo/micro-organismo.
Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do - Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois
de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes
Acordo: auto-observação; auto-ônibus; contra-atacar.
são duplicadas: ante-sala/antessala, anti-rugas/antirrugas, anti-
Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”,
social/antissocial, auto-retrato/autorretrato, extra-sensorial/
mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que
extrassensorial, contra-reforma/contrarreforma, supra-renal/
termina o prefixo: coobrigar, coadquirido, coordenar, reeditar, suprarrenal, ultra-secreto/ultrassecreto, ultra-som/ultrassom.
proótico, proinsulina.
O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r”
- Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras e o segundo elemento começar pela mesma letra: hiper-requintado,
iniciadas com “h”: anti-higiênico, anti-histórico, co-herdeiro, inter-regional, super-romântico, super-racista.
extra-humano, pró-hidrotópico, super-homem. A nova regra padroniza algumas exceções já existentes
antes do acordo, como é o caso de: minissaia, minissubmarino,
- Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante minissérie.
e a segunda palavra começar com a mesma consoante: inter-
regional, sub-bibliotecário, super-resistente. - Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em vogal e
o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”:
- Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, anteprojeto, autopeça, contracheque, extraforte, ultramoderno.
usa-se o hífen: sub-regional, sub-raça, sub-reino.
- Não se usa mais o hífen quando o prefixo termina em
- Diante dos prefixos “-além”, “-aquém”, “-bem”, “-ex”, consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra
consoante diferente: hipermercado, hiperacidez, intermunicipal,
“-pós”, “-recém”, “-sem”, “-vice”, usa-se o hífen: além-mar,
subemprego, superinteressante, superpopulação.
aquém-mar, recém-nascido, sem-terra, vice-diretor.
- Não se usa mais o hífen diante do advérbio “mal”, quando a
- Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra segunda palavra começa por consoante: malfalado, malgovernado,
começar por vogal ou “h”, o hífen está presente: mal-humorado, malpassado, maltratado, malvestido.
mal-intencionado, mal-educado.
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a) O menino ..............muitas recomendações de seu pai. 14. Preencha as lacunas com: Trás, atrás e Traz.
b) ..............muita confusão na cabeça do pequeno.
c) A criança não....................a professora porque não a a)..................... de casa havia um pinheiro.
compreende. b) A poluição.................consigo graves conseqüências.
c) Amarre-o por................ da árvore.
d) Na escola.................festa do Dia do Índio.
d) Não vou............. de comentários bobos..
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15. Preencha as lacunas com: 20. Haja ou aja. Use haja ou aja para completar as orações:
HÁ - indica tempo passado a) ............. com atenção para que não............ muitos erros.
A - tempo futuro e espaço b) Talvez................ greve; é preciso que................... cuidado
e atenção.
a) A loja fica....... pouco quilômetros daqui. c) Desejamos que .................... fraternidade nessa escola.
b)................instantes li sobre o Natal. d) .............. com docilidade, meu filho!
c) Eles não vão à loja porque........... mais de dois dias a
mercadoria acabou. 21. Muito obrigada, eu mesma, eu própria
d)...............três dias que todos se preparam para a festa do • As mulheres devem dizer: muito obrigada, eu mesma, eu
Natal. própria.
e) Esse fato aconteceu ....... muito tempo. • Os homens devem dizer: muito obrigado, eu mesmo, eu
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui próprio.
......oito dias. Complete corretamente:
g) Ele estava......... três passos da casa de André. a) Muito................................, meu filho, disse vovó. (obrigado
h) ........ dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. - obrigada)
b) Mamãe, muito.......................... pela paciência que você
16. Atenção para as palavras: por cima; devagar; depressa; de
teve com minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada)
repente; por isso.
c) Eu............................ não sei como resolver o problema.
Agora, empregue-as nas frases: (mesmo-mesma)
a)....................... uma bola atingiu o cenário e o derrubou. d) O garoto disse: - Eu ......................farei os sanduíches.
b) Bem...........................o povo começou a se retirar. (mesmo ou mesma)
c) O rei descobriu a verdade,............................ficou irritado. e) Eu............................não sei quando poderei entregar os
d) Faça sua tarefa........................, para podermos ir ao dentista. sanduíches. (próprio, própria)
e) ......................... de sua vestimenta real, o rei usava um
manto. 22. A palavra MENOS não deve ser modificada para o
feminino.
17. Use mal ou mau: Veja:
a) Caiu de..................jeito. Naquele instante não tive menos coragem do que antes.
b) Antes só do que ...............acompanhado Complete as frases com a palavra MENOS:
c) Calção..........................feito. a) Conheço todos os Estados brasileiros, ................a Bahia.
d) Não leves a .............o que o fiscal disse. b) Todos eram calmos, ....................mamãe.
e) Que fiscal................-educado. c) Quero levar ..............sanduíches do que na semana passada.
f) Não lhes dês....................conselho! d) Mamãe fazia doces e salgados..................tortas grandes.
g) Um ....................colega procede................e é ..............
amigo. 23. A GENTE e AGENTE
h) O caso está .................... contado. a) A gente = nós; o povo, as pessoas.
i) Ele .................sabe o que o espera. Veja:
j) Pratique o bem e evite o ......................... . Nós vamos à praia este fim de semana.
A gente vai à praia este final de semana.
18. -ISAR ou -IZAR? b) Agente = indivíduo encarregado, responsável por
Veja: determinada ação; aquele que age.
aviso - avisar Observação : a expressão agente tem ainda outros
moderno - modernizar
significados.
análise - analisar
civil - civilizar
Complete as frases com a gente ou agente :
• Usamos ISAR nos verbos cuja palavra primitiva possui S.
Ex. aviso - avisar a) Gosto de ver filmes de ..........................secreto.
b) ......................... daquela cidade não é hospitaleira.
Cuidado: síntese - sintetizar/ catequese - catequizar/ batismo c) A dor que.........................sente, quando perde alguém muito
- batizar querido, vai passando com o tempo.
• Usamos IZAR no outros casos. d) ......................... paranaense é dada, amiga e hospitaleira.
Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise; e) Quando................................. gosta, faz com prazer.
pesquisa; anarquia; canal; civilização; colônia; humano; suave; f) Meu pai é.......................... de viagens da VARIG.
revisão; real; nacional; final; oficial; monopólio; sintonia; central; g) Quero estudar para ser..........................policial, para
paralisia; aviso. defender o povo.
19. Uso do H. Use o h, quando necessário. ábil, arém, esitar, 24. Use por que , por quê , porque e porquê :
orário, umano; iate; abitar, iato, orrível, erva, ontem, arpa, álito, a) ............................ninguém ri agora?
aver, oje, óspede, espanhol, úmido, angar, élice, ora, umildade, b) Eis....................... ninguém ri.
ombro, umedecer. c) Eis os princípios ...........................luto.
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13. 20.
a) A mãe e o filho discutiram, mas não chegaram a um acordo. a) Aja com atenção para que não haja muitos erros.
b) Você quer mais razões para acreditar em seu pai? b) Talvez haja greve; é preciso que aja com cuidado e atenção.
c) Pessoas más deveriam fazer reflexões para acreditar mais c) Desejamos que haja fraternidade nessa escola.
na bondade do que no ódio. d) Aja com docilidade, meu filho!
d) Eu limpo, mas depois vou brincar.
e) O frio não prejudica mais o Tico. 21.
f) Infelizmente Tico morreu, mas comprarei outro cãozinho. a) Muito obrigada, meu filho, disse vovó. (obrigado - obrigada)
g) Todas as atitudes más devem ser perdoadas, mas jamais ser b) Mamãe, muito obrigada pela paciência que você teve com
minhas amigas, disse Marina. (obrigado - obrigada)
repetidas, pois, quanto mais se vive, mais se aprende.
c) Eu mesma não sei como resolver o problema. (mesmo-
mesma)
14. d) O garoto disse: - Eu mesmo farei os sanduíches. (mesmo
a) Atrás de casa havia um pinheiro. ou mesma)
b) A poluição traz consigo graves conseqüências. e) Eu própria não sei quando poderei entregar os sanduíches.
c) Amarre-o por trás da árvore. (próprio, própria) - Obs.: de acordo com o gênero da pessoa que
d) Não vou atrás de comentários bobos.. estiver fazendo o exercício.
15. 22.
a) A loja fica a poucos quilômetros daqui. a) Conheço todos os Estados brasileiros, menos a Bahia.
b) Há instantes li sobre o Natal. b) Todos eram calmos, menos mamãe.
c) Eles não vão à loja porque há mais de dois dias a mercadoria c) Quero levar menos sanduíches do que na semana passada.
acabou. d) Mamãe fazia doces e salgados menos tortas grandes.
d) Há três dias que todos se preparam para a festa do Natal.
e) Esse fato aconteceu há muito tempo. 23.
a) Gosto de ver filmes de agente secreto.
f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui
b) A gente daquela cidade não é hospitaleira.
a oito dias. c) A dor que a gente sente, quando perde alguém muito
g) Ele estava a três passos da casa de André. querido, vai passando com o tempo.
h) A dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal. d) A gente paranaense é dada, amiga e hospitaleira.
e) Quando a gente gosta, faz com prazer.
16. f) Meu pai é agente de viagens da VARIG.
a) De repente uma bola atingiu o cenário e o derrubou. g) Quero estudar para ser agente policial, para defender o
b) Bem devagar o povo começou a se retirar. povo.
c) O rei descobriu a verdade, por isso ficou irritado.
d) Faça sua tarefa depressa, para podermos ir ao dentista. 24. Use por que , por quê , porque e porquê :
e) Por cima de sua vestimenta real, o rei usava um manto. a) Por que ninguém ri agora?
b) Eis por que ninguém ri.
17. c) Eis os princípios por que luto.
a) Caiu de mau jeito. d) Ela não aprendeu, por quê?
b) Antes só do que mal acompanhado e) Aproximei-me porque todos queriam me ouvir.
f) Você está assustado, por quê?
c) Calção mal feito.
g) Eis o motivo por que errei.
d) Não leves a mal o que o fiscal disse. h) Creio que vou melhorar porque estudei muito.
e) Que fiscal mal-educado. i) O porquê é difícil de ser estudado.
f) Não lhes dês maus conselhos! j) Por que os índios estão revoltados?
g) Um mau colega procede mal e é mau amigo. l) O caminho por que viemos era tortuoso.
h) O caso está mal contado.
i) Ele mal sabe o que o espera. 25. Pousando: Pousando; Presença: Presença; Artesanato:
j) Pratique o bem e evite o mal. Artesanato; Escravizar: Escravizar; Natureza: Natureza; Vaso:
Vaso; Presidente: Presidente; Fazer: Fazer; Brasil: Brasil;
18. Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise: Civilização: Civilização; Presente: Presente; Atrasados: Atrasados;
analisar; pesquisa:pesquisar; anarquia: anarquizar; canal: Produzirem: Produzirem; Asa: Asa; Horizonte: Horizonte;
canalizar; civilização: civilizar; colônia: colonizar; humano: Torrãozinho: Torrãozinho; Frase: Frase; Intruso: Intruso;
humanizar; suave: suavizar; revisão: revisar; real: realizar; Desejamos: Desejamos; Positiva: Positiva; Poderoso: Poderoso;
nacional: nacionalizar; final: finalizar; oficial: oficializar; Desenvolvido: Desenvolvido; Surpresa: Surpresa; Vazio: Vazio;
Caso: Caso; Colonização: Colonização.
monopólio: monopolizar; sintonia: sintonizar; central: centralizar;
paralisia: paralisar; aviso: avisar.
26. Estrangeiro: estrangeiro; Extensão: extensão; Estranho:
estranho; Estender: estender; Extenso: extenso; Espontâneo:
19. Use o h, quando necessário: Hábil, Hálito, Harém, Haver,
Espontâneo; Misto: Misto; Teste: Teste; Esgotar: Esgotar;
Hesitar, Hoje, Horário, Hóspede, Humano, Espanhol, Iate, Úmido,
Exterior: Exterior; Exceção: Exceção; Esplêndido: Esplêndido;
Habitar, Hangar, Hiato, Hélice, Horrível, Hora, Erva, Humildade,
Texto: Texto; Expulsar: Expulsar; Exclusivo: Exclusivo.
Ontem, Ombro, Harpa, Umedecer.
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Acentuação dos Ditongos Quando átono, o referido “u” receberá trema: agüentar, argüir,
argüia, freqüente, delinqüência, tranqüilo, cinqüenta, enxagüei,
Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando pingüim, seqüestro, etc.
tônicos: papéis, idéia, estréio, estréiam, chapéu, céus, herói, Segundo o decreto de modificação e regulamentação do
Niterói, jibóia, sóis, anzóis, tireóide, destrói, eu apóio, eles apóiam, Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, não existe mais o
etc. trema em língua portuguesa, apenas em casos de nomes próprios
Estes ditongos não se acentuam quando fechados: areia, e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano, etc. Ficarão:
ateu, joio, tamoio, o apoio, etc; e quando subtônicos: ideiazinha, aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência,
chapeuzinho, heroizinho, tireodite, heroicamente, etc. frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim,
Não se acentua a vogal tônica dos ditongos iu e ui, quando tranquilo, linguiça.
precedida de vogal: saiu, atraiu, contraiu, contribuiu, distribuiu,
pauis, etc. Acento Diferencial
Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói”
não serão mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, Emprega-se o acento diferencial (que pode ser circunflexo
platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, ou agudo) como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos
apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, seguintes casos:
colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico,
paranoico, etc.
• pôde (pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-la
Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em
de pode (presente do indicativo);
éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói,
anéis, papéis, troféu, céu, chapéu. • côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas
(com + a, com + as);
Acentuação dos Hiatos • pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do
verbo parar) - para diferenciar de para (preposição);
A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. • péla, pélas (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para
Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. diferenciar de pela, pelas (combinação da antiga preposição per
Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal com os artigos ou pronomes a, as);
ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa- • pêlo, pêlos (substantivo) e pélo (v. pelar) - para
í-da), saúde (sa-ú-de), feiúra (fei-ú-ra), faísca, caíra, saíra, egoísta, diferenciar de pelo, pelos (combinação da antiga preposição per
heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, com os artigos o, os);
baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, • péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera
Bocaiúva, influí, destruí-lo, instruí-la, etc. (forma arcaica de para - preposição);
Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, • pêra (substantivo) para diferenciar de pera (forma
moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não arcaica de para - preposição);
seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, • pólo, pólos (substantivo) - para diferenciar de polo,
cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. polos (combinação popular regional de por com os artigos o, os);
Coloca-se acento circunflexo na primeira vogal dos hiatos ôo • pôlo, pôlos (substantivo - gavião ou falcão com menos
e êe, quando tônica: vôo, vôos, enjôo, abençôo, abotôo, crêem, de um ano) - para diferenciar de polo, polos (combinação popular
dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, prevêem, provêem, etc. regional de por com os artigos o, os);
Escreveremos sem acento: Saara, caolho, aorta, semeemos, • pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição).
semeeis, mandriice, vadiice, lagoa, boa, abotoa, Mooca, moeda,
poeta, meeiro, voe, perdoe, abençoe, etc. Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009
Segundo as novas regras da Língua Portuguesa de 01/01/2009 não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas
não se acentuarão mais o “i” e “u” tônicos formando hiato quando (grafia igual, som e sentido diferentes) como: pára/para, péla/pela,
vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva,
pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo, etc. Ficarão: para, pela, pelo, pera,
etc. Ficarão: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc.
polo, etc.
Se a palavra for oxítona e o “i” ou “u” estiverem em posição
O acento diferencial ainda permanece no verbo poder (pôde,
final o acento permanece: tuiuiú, Piauí. Nos demais “i” e “u”
tônicos, formando hiato, o acento continua. Exemplo: saúde, quando usado no passado) e no verbo pôr (para diferenciar da
saída, gaúcho. preposição por). É facultativo o uso do acento circunflexo para
Os hiatos “ôo” e “êe” não serão mais acentuados: enjôo, diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do
vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma
Ficarão: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, do bolo?
veem, releem.
Emprego do Til
Acentuação dos Grupos gue, gui, que, qui
O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal.
Coloca-se acento agudo sobre o “u” desses grupos, quando Pode figurar em sílaba: tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe,
é proferido e tônico: averigúe, averigúeis, averigúem, apazigúe, etc; pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente, etc;
apazigúem, obliqúe, obliqúes, argúis, argúi, argúem, etc. e átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc.
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Trema (O trema não é acento gráfico.) 07) (Med/Itajubá) Os dois vocábulos de cada item devem ser
Como ficaram: Desapareceu o trema sobre o U em todas acentuado graficamente, exceto:
as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, a) herbivoro-ridiculo
tranquilo, linguístico. Exceto as de língua estrangeira: Günter, b) logaritmo-urubu
Gisele Bündchen, müleriano. c) miudo-sacrificio
d) carnauba-germem
EXERCÍCIOS e) Biblia-hieroglifo
01 - (UFES) O acento gráfico de “três” justifica-se por ser o 08) (PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo
vocábulo: corretamente acentuado:
a) hífen
a) Monossílabo átono terminado em ES.
b) ítem
b) Oxítono terminado em ES
c) rúbrica
c) Monossílabo tônico terminado em S
d) rítmo
d) Oxítono terminado em S e) nidia
e) Monossílabo tônico terminado em ES
09 - (RJ) “Andavam devagar, olhando para trás... (J.A. de
02 - (UFES) Coloca-se trema sobre o “U” átono (pronunciando), Almeida-Américo A. Bagaceira)
como no vocábulo UNGÜENTO, sempre que estiver. Assinale o item em que nem todas as palavras são acentuadas
a) no grupo “gu” seguido de “E” nasal. pelo mesmo motivo da palavra grifada no texto.
b) No grupo “gu” ou “qu” seguido de E, I, A a) Más – vês
c) O grupo “gu” seguido de “E” ou “I”. b) Mês – pás
d) Precedido de “g “ou “q “seguido de “E” ou “I” c) Vós – Brás
e) Nos grupos de “gu” e “qu” d) Pés – atrás
e) Dês – pés
03 - (UFES) Se o vocábulo CONCLUIU não tem acento
gráfico, tal não acontece com uma das seguinte formas do verbo 10) (RJ) Assinale o item em que há dois vocábulos acentuados
CONCLUIR: inadequadamente.
a) concluia a) fôste – íris
b) concluirmos b) estrêla – lângüido
c) concluem c) íris – lângüido
d) concluindo d) fôste – estrêla
e) concluas e) hifens – mágoa
11) (RJ) “Como ele não vem ao seu encontro, ela pára”
04 - (Med./Itajubá) Nenhum vocábulo deve receber acento
(Autran Dourado)
gráfico, exceto:
O vocábulo grifado leva acento agudo porque:
a) sururu a) Há necessidade de diferençá-lo de outro vocábulo, pela
b) peteca tonicidade.
c) bainha b) É um vocábulo paroxítono terminado em-a;
d) mosaico c) É um vocábulo oxítono terminado em-a;
e) beriberi d) Há necessidade de diferençá-lo;
e) É um vocábulo erudito.
05 - (Med./ Itajubá) Todos os vocábulos devem ser acentuados
graficamente, exceto: 12 - (Mackenzie) Indique a única alternativa em que nenhuma
a) xadrez palavra é acentuada graficamente:
b) faisca a) lapis, canoa, abacaxi, jovens,
c) reporter b) ruim, sozinho, aquele, traiu
d) oasis c) saudade, onix, grau, orquidea
e) proteina d) flores, açucar, album, virus,
e) voo, legua, assim, tenis
06) (UFES) Assinale a opção em que o par de vocábulos não
obedece à mesma regra de acentuação gráfica. 13 - Marque o item em que o “i” e o “u” em hiato devem ser
a) sofismático/ insondáveis acentuados em todas as palavras.
b) automóvel/fácil a) Jesuita, juizo, juiz, faisca, juizes,
c) tá/já b) Sairam, caires, cairam, caistes, sairdes
c) Balaustre, reuno, reunem, saude, bau
d) água/raciocínio
d) “a “e “b” todas as palavras são acentuadas
e) alguém/comvém
e) “b” e “c” todas as palavras são acentuadas
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14 - Nas alternativas, a acentuação gráfica está correta em – com toda a/todo o, a expressão que vale como totalidade,
todas as palavras, exceto: inteira. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de
a) jesuíta, caráter aniversario.
b) viúvo, sótão
c) baínha, raíz Atenção: sem o artigo, o pronome todo/toda vale como
d) Ângela, espádua qualquer. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de
e) gráfico, flúor aniversário. (qualquer cidade)
15 - (F. C. chagas – RJ) Até ........ momento, ........ se – com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas
lembrava de que o antiquário tinha o ......... que procurávamos. flores da floricultura.
a) Aquêle-ninguém-baú – com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo tem
dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e simpático.
b) Aquêle-ninguém-bau
– antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
c) Aquêle-ninguem-baú
primavera vem o verão.
d) Aquele-ninguém-baú – com expressões de peso e medida: O álcool custa um real o
e) Aquéle-ninguém-bau litro. (=cada litro)
RESPOSTAS 2- Não se usa o artigo definido:
– antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos:
(1-E) (2-D) (3-A) (4-E) (5-A) (6-A) (7-B) (8-A) (9-D) (10-D) Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa
(11-A) (12-B) (13-C) (14-C) (15-D) Alteza.
Vossa Alteza estará presente ao debate?
“Nosso Senhor tinha o olhar em pranto / Chorava Nossa
EMPREGO DAS CLASSES DE Senhora.”
– antes de nomes de meses:
PALAVRAS O campeonato aconteceu em maio de 2002. MAS:
O campeonato aconteceu no inesquecível maio de 2002.
(modificado)
ARTIGO – alguns nomes de países, como Espanha, França, Inglaterra,
Itália podem ser construídos sem o artigo, principalmente quando
“O orvalho vem caindo regidos de preposição.
Vai molhar o meu chapéu “Viveu muito tempo em Espanha.” / “Pelas estradas líricas de
E também vão sumindo França.”
As estrelas lá no céu Mas: Sônia Salim, minha amiga, visitou a bela Veneza.
Tenho passado tão mal (modificado)
A minha cama é uma folha de papel” (Noel Rosa e Kid – antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos quatro,
Pepe) amigos de João Luís e Laurinha. MAS: Todos os três irmãos eu vi
nascer. (o substantivo está claro)
Artigo é a palavra que acompanha o substantivo, indicando- – antes de palavras que designam matéria de estudo,
lhe o gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar:
artigos podem ser: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.
- definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de
um ser juá conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma do 3- O uso do artigo é facultativo:
ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do médio.” – antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é
(Veja – maio de 2005) irritante.
- indefinidos: um, uma, uns, umas; estes; trata-se de um ser – antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando um / a Luciana?
caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) – “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (para a frente:
exige a preposição)
Emprego do Artigo
4- Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o =
1- Usa-se o artigo definido: ao / de + o,a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.
– com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
foram punidos. 5- Usa-se o artigo indefinido:
– com nomes próprios geográficos de estado, pais, oceano, – para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o oito anos / Não o vejo há uns meses.
oceano Pacífico, a Suíça, o Pará, a Bahia. / Conheço o Canadá mas – antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares:
não conheço Brasília. Usava umas calças largas e umas botas longas.
– com nome de cidade se vier qualificada: Fomos à histórica – em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
Ouro Preto. uma meiguice só. /
– depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os – para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
vinte atletas participarão do campeonato. August é um Rui Barbosa.
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6- O artigo indefinido não é usado: Abstrato - são os que não têm existência própria; depende
– em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente, sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar
quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro. triste para a tristeza manifestar-se; é necessário alguém beijar
– com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente: Não há ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço; designam
suficiente espaço para todos. qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença,
– com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia, coragem, justiça.
morde. Os substantivos abstratos podem ser concretizados
dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana.
7- Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e (caça = ato de caçar, substantivo abstrato; a caso, neste caso,
em + um, uma = num, numa, dum, duma. refere-se ao animal, portanto, concreto).
Atenção: o artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra Simples - como o nome diz, são aqueles formados por apenas
um radical: chuva, tempo, sol, guarda, pão, raio, água, ló, terra,
transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler
flor, mar, raio, cabeça.
e do escrever.
Compostos - são os que são formados por mais de dois
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia, pão-de-ló,
SUBSTANTIVO pára-raio, sem-terra, mula-sem-cabeça.
Primitivos - são os que não derivam de outras palavras;
Lições Opostas vieram primeiro,deram origem a outras palavras: ferro, Pedro,
mês, queijo, chave, chuva, pão, trovão, casa.
A professora ensinava: Derivados – são formados de outra palavra já existente;
substantivo abstrato é o que existe vieram depois: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão, chaveiro,
mas nós não vemos. chuveiro, padeiro, trovoada, casarão, casebre.
Exemplificava: Coletivos – os substantivos comuns que, mesmo no singular,
penúria, angústia, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando,
dor, fome, tristeza, miséria, povo, frota, batalhão, biblioteca, constelação.
Tudo é substantivo abstrato.
Hoje, com a minha experiência, Eis alguns substantivos coletivos: álbum – de fotografias;
eu lhe responderia: alcatéia – de lobos; antologia – de textos escolhidos; arquipélago –
¾ Então, professora, ilhas; assembléia – pessoas, professores; atlas – cartas geográficas;
na favela não existe banda – de músicos; bando – de aves, de crianças; baixela –
substantivo abstrato. (Marilita Pozzoli) utensílios de mesa; banca – de examinadores; biblioteca – de livros;
biênio – dois anos; bimestre – dois meses; boiada – de bois; cacho
Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os – de uva; cáfila – camelos; caravana – viajantes; cambada – de
vadios, malvados; cancioneiro – de canções; cardume – de peixes;
nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual
casario – de casas; código – de leis; colméia – de abelhas; concílio
ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, passarinho,
– de bispos em assembléia; conclave – de cardeais; confraria – de
abraço, quadro, universidade, saudade, amor, respeito, criança. religiosos; constelação – de estrelas; cordilheira – de montanhas;
Os substantivos exercem, na frase, as funções de: sujeito, cortejo – acompanhantes em comitiva; discoteca – de discos;
predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento elenco – de atores; enxoval – de roupas; fato – de cabras; fornada
nominal, adjunto adverbial, agente da passiva, aposto e vocativo. – de pães; galeria – de quadros; hemeroteca – de jornais, revistas;
Os substantivos classificam-se em: horda – de invasores; iconoteca – de imagens; irmandade – de
Comuns - nomeiam os seres da mesma espécie: menina, religiosos; mapoteca – de mapas; milênio – de mil anos; miríade –
piano, estrela, rio, animal, árvore. de muitas estrelas, insetos; nuvem – de gafanhotos; panapaná – de
Próprios - referem-se a um ser em particular: Brasil, América borboletas em bando; penca – de frutas; pinacoteca – de quadros;
do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. piquete – de grevistas; plêiade – de pessoas notáveis, sábios; prole
Concretos - são aqueles que têm existência própria; são – de filhos; quarentena – quarenta dias; qüinqüênio – cinco anos;
independentes; reais ou imaginários: mãe, mar, água, anjo, mulher, renque – de árvores, pessoas, coisas; repertório – de peças teatrais,
alma, Deus, vento DVD, fada, criança, saci. música; resma – de quinhentas folhas de papel; século – de cem
anos; sextilha – de seis versos; súcia – de malandros, patifes;
De gramática e de linguagem terceto – de três pessoas, três versos; tríduo – período de três
(Mário Quintana) dias; trinênio – período de três anos; tropilhas – de trabalhadores,
alunos; vara – de porcos; videoteca – de videocassetes; xiloteca –
E havia uma gramática que dizia assim: de amostras de tipos de madeiras.
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta.” Reflexão do Substantivo
“Na feira livre do arrabaldezinho
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!...
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte.
¾ O melhor divertimento para crianças!
[Multiplicam-se em excesso.
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres,
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com
Fitando com olhos muito redondos os grandes
ninguém.”
Balõezinhos muito redondos.” (Manoel Bandeira)
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Observe que o poema apresenta vários substantivos e 2 – Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero.
apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), São masculinos:
de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). O eclipse / o dó / o dengue (manha) / o champanha / o soprano
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. / o clã / o alvará / o sanduíche / o clarinete / o hosana / o espécime
Latim, Grego e Inglês, possuem um terceiro gênero: o neutro. / o guaraná / o diabete ou diabetes / o tapa / o lança-perfume / o
A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o praça (soldado raso) / o pernoite / o formicida / o herpes / o sósia /
acréscimo da vogal a, no final de final da palavra: mestre, mestra. o telefonema / o saca-rolha / o plasma / o estigma.
FORMAÇÃO DO FEMININO 3 – São geralmente masculinos os substantivos de origem
grega terminados em – ma: o dilema / o teorema / o emblema / o
O feminino se realiza de três modos: trema / o eczema / o edema / o enfisema / o fonema / o anátema / o
1. Flexionando-se o substantivo masculino: filho, tracoma / o hematoma / o glaucoma / o aneurisma / o telefonema
filha / mestre, mestra / leão, leoa; / o estratagema /
2. acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou
um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa 4 – São femininos: a dinamite / a derme / a hélice / a aluvião
/ cantor, cantora / reitor, reitora. / a análise / a cal / a omoplata / a gênese / a entorse / a faringe /
3. utilizando-se uma palavra feminina com radical a cólera (doença) / a cataplasma / a pane / a mascote / a libido
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha (desejo sexual) / a rês / a sentinela / a sucuri / a usucapião / a
/ cavalo, égua. omelete / a hortelã / a fama / a xerox / a aguardante /
Observe como são formados os femininos: parente, parenta
Plural dos Substantivos
/ hóspede, hospeda / monge, monja / presidente, presidenta /
Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos:
gigante, giganta / oficial, oficiala / peru, perua / cidadão, cidadã
Acrescentam-se:
/ aldeão, aldeã / ancião, anciã / guardião, guardiã / charlatão,
‑ S – aos substantivos terminados em VOGAL ou DITONGO:
charlatã / escrivão, escrivã / papa, papisa / faisão, faisoa / hortelão,
povo, povos / feira, feiras.
horteloa / ilhéu, ilhoa / mélro, mélroa / folião, foliona / imperador,
imperatriz / profeta, profetiza / píton, pitonisa / abade, abadessa / ‑ S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens
czar, czarina / perdigão, perdiz / cão, cadela / pigmeu, pigméia / / abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes,
ateu, atéia / hebreu, hebréia / réu, ré / cerzidor, cerzideira / frade, abdômenes, hífenes.
freira / frei, sóror / rajá, rani / dom, dona / cavaleiro, dama / ‑ ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes
zangão, abelha / / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam
sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres /
Substantivos Uniformes sênior, seniores.
Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ‑ IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal,
ambos os gêneros: dentista, vítima. Os substantivos uniformes jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal,
dividem-se em: males / cônsul, cônsules / real, réis (antiga moeda portuguesa).
Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer ‑ ÃO – aos substantivos terminados em S: cidadão, cidadãos /
se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra irmão, irmãos / mão, mãos.
macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea.
Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam Trocam-se:
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A ‑ ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões /
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: mamão, mamões.
o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a personagem / o, ‑ ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães
a cliente / o, a fã / o, a motorista / o, a estudante / o, a artista / o, / cão, cães.
a repórter / o, a menequim / o, a gerente / o, a imigrante / o, a ‑ il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis
pianista / o, a rival / o a jornalista. / pernil, pernis, e por EIS (Paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil,
Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para répteis / projétil, projéteis.
homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha ‑ m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
(homem, mulher) / a pessoa (homem, mulher) / o cônjuge (marido, atum, atuns.
mulher) / o guia (homem, mulher) / o ídolo (homem, mulher). ‑ zito, zinho ‑ 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
balões; 2º elimina-se o S + zinhos.
1 – Substantivos que mudam de sentido, quando se troca o Balão – balões – balões + zinhos: balõzinhos;
gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos;
(dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
- a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia ‑ alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor
(documentação); o moral (ânimo) - a moral (ética); o grama (peso) fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix
- a grama (relva); o caixa (atendente) - a caixa (objeto); o rádio / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
(aparelho) - a rádio (emissora); o crisma (óleo salgado) - a crisma ‑ Outros (fora de uso) têm o mesmo plural que suas variantes
(sacramento); o coma (perda dos sentidos) - a coma (cabeleira); o em ice (ainda em vigor): apêndix ou apêndice, apêndices / cálix
cura (vigário) - a cura; (ato de curar); o lente (prof. Universitário) o ucálice, cálices (x, som de s) / látex, látice ou láteces / códex
- a lente (vidro de aumento); o língua (intérprete) - a língua (órgão, ou códice, códices / córtex ou córtice, córtices / índex ou índice,
idioma); o voga (o remador) - a voga (moda). índices (x, som de cs).
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‑ substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma Plural dos Substantivos Compostos
no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, Não é muito fácil a formação do plural dos substantivos
anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, compostos. Vamos lá, prestem atenção!
corrimões; hortelão, hortelões, hortelãos; ancião, anciões, anciães,
anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. 1 – Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
- palavra unida sem hífen:
A tendência é utilizar a forma em ÕES. pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça =
- Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica, no autopeças.
plural. Chama-se metafonia. Apresentam o “o” tônica fechado no 1.1 – verbo + substantivo:
singular e aberto no plural: caroço (ô), coroços (ó) / imposto (ô), saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu = arranha-céus / bate-
impostos (ó) / forno (ô), fornos (ó) / miolo (ô), miolos (ó) / poço bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol =
(ô), poços (ó) / olho (ô), olhos (ó) / povo (ô), povos (ó) / corvo (ô), guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições.
corvos (ó). Também são abertos no plural (ó): fogos, ovos, ossos, 1.2 – elemento invariável + palavra variável:
portos, porcos, postos, reforços. Tijolos, destroços. sempre-viva = sempre-vivas /
- Há substantivos que mudam de sentido quando usados abaixo-assinado = abaixo-assinados /
no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. recém-nascido = recém-nascidos /
(patrimônio); Conferiu a féria do dia. (salário); As férias foram ex-marido = ex-maridos /
auto-escola = auto-escolas.
maravilhosas. (descanso); Sua honra foi exaltada. (dignidade);
1.3 – palavras repetidas:
Recebeu honras na solenidade. (homenagens); Outros: bem
o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico = os tico-ticos /
= virtude, benefício / bens = valores / costa = litoral / costas =
o corre-corre = os corre-corres
dorso / féria = renda diária / férias = descanso / vencimento = fim /
1.4 Substantivo composto de três ou mais elementos
vencimento = salário / letra = símbolo gráfico / letras = literatura.
não ligados por preposição:
- Muitos substantivos conservam no plural o “o” fechado: o bem-me-quer = os bem-me-queres
acordos / adornos / almoços / bodas / bojos / bolos / cocos / o bem-te-vi = os bem-te-vis
confortos / dorsos / encontros / esposos / estojos / forros / globos / o sem-terra = os sem-terra
gostos / moços / molhos / pilotos / piolhos / rolos / rostos / sopros o fora-da-lei = os fora-da-lei
/ sogros / subornos. o João-ninguém = os joões-ninguém
- Substantivos empregados somente no plural: Arredores / o ponto-e-vírgula = os ponto-e-vírgula
belas-artes/ bodas (ô) / condolências / cócegas / costas / exéquias o bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi
/ férias / olheiras / fezes / núpcias / óculos / parabéns / pêsames / 1.5 Quando o primeiro elemento for: grão, grã
viveres / idos, afazeres, algemas. (grande), bel:
- A forma singular das palavras ciúme e saudade são também grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer
usadas no plural, embora a forma singular seja preferencial, já que = bel-prazeres.
a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. Aceita-se
os ciúmes, nunca o ciúmes. 2 – Somente o primeiro elemento vai para o plural:
2.1 – substantivo + preposição + substantivo:
“Quando você me deixou, água de colônia = águas-de-colônia
meu bem, mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça
me disse pra eu ser feliz pão-de-ló = pães-de-ló
e passar bem sinal-da-cruz = sinais-da-cruz
Quis morrer de ciúme, 2.2 – quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá idéia
quase enloqueci de tipo, finalidade:
mas depois, como era samba-enredo = sambas-enredos
de costume, obedeci” (gravado por Maria Bethânia) pombo-correio = pombos-correio
salário-família = salários-família
“Às vezes passo dias inteiros banana-maçã = bananas-maçã
imaginando e pensando em você vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de,
e eu fico com tanta saudade substantivo+especificador)
que até parece que eu posso morrer.
Pode creditar em mim. Atenção: A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar
Você me olha, eu digo sim...” (Fernanda Abreu) os dois elementos: bananas-maçãs / couves-flores / peixes-bois /
saias-balões. (ver Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa)
Atenção:
3 – Os dois elementos ficam invariáveis quando houver:
1 – avô – avôs (o avô materno e o avô paterno; avôs, fechado)
3.1 – verbo + advérbio:
avô avós (o avô e a avó).
o ganha-pouco = os ganha-pouco
2 – Termos no singular com valor de plural: Muito negro
o cola-tudo = os cola-tudo
ainda sofre com o preconceito social. / Tem morrido muito pobre
o bota-fora = os bota-fora
de fome.
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9. agente da passiva: Os campos estavam cobertos de Atenção: Algumas locuções adjetivas não possuem adjetivos
flores silvestres. correspondentes: lata de lixo / sacola de papel / parede de tijolo /
10. aposto: Gilberto Gil, ministro e músico, continua folha de papel, e outros.
brilhando no mundo artística.
11. vocativo: Mãe, já tô saindo. Cidade, Estado, País e Adjetivo Pátrio: Amapá: amapense;
12. adjunto adnominal: Escreveu o artigo do mês Amazonas: amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra
(=mensal) preposição = substantivo = locução adjetiva. dos Reis: angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia:
baiano; Bélgica: belga; Belo Horizonte: belo-horizontino; Brasil:
Substantivo caracterizador de adjetivo brasileiro; Brasília: brasiliense; Buenos Aires: buenairense
ou portenho; Cairo: cairota; Cabo Frio: cabo-friense; Campo
Os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por Grande: campo-grandese; Ceará: cearense; Curitiba: curitibano;
um substantivo: verde piscina, azul petróleo, amarelo ouro, roxo Distrito Federal: candango ou brasiliense; Espírito Santo: espírito-
batata, verde garrafa. santense ou capixaba; Estados Unidos: estadunidense ou norte
americano; Florianópolis: florianopolitano; Florença: florentino;
ADJETIVO Fortaleza: fortalezense; Goiânia: goianiense; Goiás: goiano;
Japão: japonês ou nipônico; João Pessoa: pessoense; Londres:
londrino; Maceió: maceioense; Manaus: manauense ou manauara;
Não digas: “o mundo é belo.”
Maranhão: maranhense; Mato Grosso: mato-grossense; Mato
Quando foi que viste o mundo? Grosso do Sul: mato-grossense-do-sul; Minas Gerais: mineiro;
Não digas: “o amor é triste.” Natal: natalense ou papa-jerimum; Nova Iorque: nova-iorquino;
Que é que tu conheces do amor? Niterói: niteroiense; Novo Hamburgo: hamburguense; Palmas:
Não digas: “a vida é rápida.” palmense; Pará: paraense; Paraíba: paraibano; Paraná: paranaense;
Com foi que mediste a vida? (Cecília Meireles) Pernambuco: pernambucano; Petrópolis: petropolitano; Piauí:
piauiense; Porto Alegre: porto-alegrense; Porto Velho: porto-
velhense; Recife: recifense; Rio Branco: rio-branquense; Rio de
Os adjetivos belo, triste e rápida expressa uma qualidade dos Janeiro: carioca/ fluminense (estado); Rio Grande do Norte: rio-
sujeitos: o mundo, o amor, a vida. grandense-do-norte ou potiguar; Rio Grande do Sul: rio-grandense
Adjetivo é a palavra variável em gênero, número e grau que ou gaúcho; Rondônia: rondoniano; Roraima: roraimense; Salvador:
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade, estado, ou soteropolitano; Santa Catarina: catarinense ou barriga-verde; São
modo de ser: laranjeira florida / céu azul / mau tempo / cavalo Paulo: paulista/paulistano (cidade); São Luís: são-luisense ou
baio / comida saudável / político honesto / professor competente / ludovicense; Sergipe: sergipano; Teresina: teresinense; Tocantins:
funcionário consciente / pais responsáveis. tocantinense; Três Corações: tricordiano; Três Rios: trirriense;
Os adjetivos classificam-se em: Vitória: vitoriano.
1. simples – apresentam um único radical, uma única - pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como:
palavra em sua estrutura: alegre / medroso / simpático / covarde / afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino-japonês
jovem / exuberante / teimoso; (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; nipo-argentina
2. compostos – apresentam mais de radicais, mais (Japão e Argentina); teuto-argentinos (alemão).
de duas palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras / sapatos - “O professor fez uma simples observação.” O adjetivo,
marrom-escuros / garoto surdo-mudo; simples, colocado antes do substantivo observação, equivale à
3. primitivos – são os que vieram primeiro; dão banal.
origem a outras palavras: atual / livre / triste / amarelo / brando / - “O professor fez uma observação simples.” O adjetivo
amável / confortável; simples colocado depois do substantivo observação, equivale à
4. derivados – são aqueles formados por derivação, fácil.
vieram depois dos primitivos: amarelado / ilegal / infeliz /
Flexões do Adjetivo
desconfortável / entristecido / atualizado;
O adjetivo, como palavra variável, sofre flexões de: gênero,
5. pátrios – indicam procedência ou nacionalidade,
número e grau.
referem-se a cidades, estados, países
Gênero do Adjetivo
Locução Adjetiva Quanto ao gênero os adjetivos classificam-se em:
A locução adjetiva é a expressão que tem o mesmo valor de - uniformes: têm forma única para o masculino e o feminino.
um adjetivo. A locução adjetiva é formada por preposição + um Funcionário incompetente = funcionária incompetente
substantivo. Vejamos algumas locuções adjetivas: angelical = de Homens desonestos = mulheres desonestas
anjo; abdominal = de abdômen; apícola = de abelha; aquilino = de - biformes: troca-se a vogal o pela vogal a ou com o acréscimo
águia; argente = de prata; áureo = de ouro; auricular = da orelha; da vogal a no final da palavra: ator famoso = atriz famosa / jogador
bucal = da boca; bélico = de guerra; cervical = do pescoço; brasileiro = jogador brasileira.
cutâneo = de pele; discente = de aluno; docente = de professor;
estelar = de estrela; etário = de idade; fabril = de fábrica; Atenção: Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina
filatélico = de selos; urbano = da cidade; gástrica = do apenas no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa
estômago; hepático = do fígado; matutino = da manhã; vespertino cívico-religiosa / saia verde-escura. Vejamos alguns adjetivos
= da tarde; inodoro = sem cheiro; insípido = sem gosto; pluvial = biformes que apresentam uma flexão especial: ateu – atéia /
da chuva; humano = do homem; umbilical = do umbigo; têxtil = europeu – européia / glutão – glutona / hebreu – hebréia / Judeu –
de tecido. judia / mau – má / plebeu – plebéia / são – sã / vão – vã.
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Atenção: usa-se também, no superlativo: Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série,
- prefixos: maxinflação / hipermercado / ultrassonografia / multiplicação e divisão. Daí a sua classificação, respectivamente,
supersimpática. em: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem - Cardinal: indica número, quantidade: um, dois, três, oito,
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. vinte, cem, mil;
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) / linda, - Ordinal: indica ordem ou posição: primeiro, segundo,
linda (=lindíssima). terceiro, sétimo, centésimo;
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / - Fracionário: indica uma fração ou divisão: meio, terço,
grandalhão / gostosão / bonitão. quarto, quinto, um doze avos;
- linguagem informa, sufixo érrimo, em fez de íssimo: - Multiplicativo: indica a multiplicação de um número: duplo,
chiquérrimo, chiquentérrimo, elegantérrimo. dobro, triplo, quíntuplo.
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- O pronome pessoal oblíquo NÃO funciona como reflexivo Emprego dos Pronomes Possessivos
se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela - “Tuas palavras antigas
sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa) deixei-as todas, deixei-as,
- Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você junto com as minhas cantigas,
é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por outro lado, desenhadas nas areias.” (Cecília Meireles)
você, como os demais pronomes de tratamento - senhor, senhora,
senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e não na 2ª. - O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar,
- Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas às vezes, a ambigüidade da frase. João Luís disse que Laurinha
de objeto indireto, 0I) juntam-se a o, a, os, as (formas de objeto estava trabalhando em seu consultório.
direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: - O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir
- se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No
- Recebi a carta e agradeci aojovem, que ma trouxe. nos caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambigüidade.
+o: no-lo / + a: no-la / + os: no-los / +as: no-las: -Venderíamos
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações
a casa, se no‑la exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas:
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta
-Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os:
lhos/+ as:lhas: -Ofereci -lhe flores. Ofereci-lhas. vos+ o: vo-lo/+ anos.
a: vo-la/+ os: vo-los/+ as: vo-las: - Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo. - Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma
Atençao: No Brasil, quase não se usam essas combinações alteração fonética da palavra senhor
(mo, to, lho, nolo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais - Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê
sofisticados. lembranças a todos os seus.
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
Pronomes de Tratamento concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a - Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te,
quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os passos.
familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; (os seus passos)
Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a- - Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais
altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V. e possessivos. - “Sendo hoje o dia do TEU aniversário, apresso-me
Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade-V.M.-reis, em apresentar-TE os meus sinceros parabéns. Peço a Deus pela
imperadores; Vossa Santidade-V.S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa- TUA felicidade. - Abraça-TE o TEU amigo que TE preza.”
tratamento cerimonioso. - Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando
se trata de parte do corpo. Veja: - “Um cavaleiro todo vestido de
Atençao:
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a
senhorita, dona, você. sua, mão. “ (usa-se: no ombro; na mão)
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois Pronomes Demonstrativos
fechos: Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas
- Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Apresentam-se
para o presidente da República. em formas variáveis e invariáveis.
- Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia oude
hierarquia inferior. Emprego dos Pronomes Demonstrativos
- A forma VOSSA (Senhoria, Excelência) é empregada quando 1- Em relação ao espaço:
se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à - Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está
reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) PRÓXIMO da pessoa que fala.
- A forma SUA (Senhoria, Excelência ) é empregada quando - Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está
se fala sobre a pessoa: - Sua Eminência, o cardeal, viajouparaum PRÓXIMO da pessoa,com quem se fala, que ouve (2ª pessoa)
Congresso. (falando a respeito do cardeal) - Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa)
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª pessoa
2 - Em relação ao tempo:
(com quem se fala), EXIGEM que outros pronomes e o verbo
- Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo PRESENTE em
sejam usados na 3ª pessoa.Vossa Excelência sabe que seus
ministros o apoiarão. relação ao momento em que se fala. Este mês terrnina o prazo das
inscrições para o vestibular da FAL
Pronomes Possessivos - Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo PASSADO há
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas pouco ou o FUTURO em relação ao momento em se fala.Onde
da fala. você esteve essa semanatoda?
Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª
pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas; 3- Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante
Plural: 1ª pessoa:nosso/os nossa/as, 2ª pessoa:vosso/os vossa/ em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aquele em
as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas. que brincávamos descalços na rua...
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Além dos três modos citados, os verbos apresentam ainda - Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos.
as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e - Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol.
particípio. - Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
- Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de crianças.
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo.
Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) - É indispensável Com os verbos causativos “deixar”, “mandar” e “fazer” e seus
combater a corrupção. (= combate à) sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma
segue; Por exemplo:Deixei-os sair cedo hoje.
simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: - É
preciso ler este livro. - Era preciso ter lido este livro. Com os verbos sensitivos “ver”, “ouvir”, “sentir” e sinônimos,
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: - Vi-
significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não os entrar atrasados. - Ouvi-as dizer que não iriam à festa.
relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, Observações:
considera-se apenas o processo verbal. Por exemplo: - Amar é a) É inadequado o emprego da preposição “para” antes
sofrer. - O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de dos objetos diretos de verbos como “pedir”, “dizer”, “falar” e
número e pessoa. sinônimos;
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª - Pediu para Carlos entrar (errado),
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo - Pediu para que Carlos entrasse (errado).
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas - Pediu que Carlos entrasse (correto).
do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).
Por exemplo: - Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) - b) Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo,
Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) como na oração “Este trabalho é para eu fazer”, pede-se o emprego
Note: As regras que orientam o emprego da forma variável do pronome pessoal “eu”, que se revela, neste caso, como sujeito.
ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas.
Outros exemplos:
Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo
pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último - Aquele exercício era para eu corrigir.
sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. - Esta salada é para eu comer?
O infinitivo impessoal é usado: - Ela me deu um relógio para eu consertar.
- Quando apresenta uma idéia vaga, genérica, sem se referir a Atenção: Em orações como “Esta carta é para mim!”, a
um sujeito determinado; Por exemplo: - Querer é poder. ‑ Fumar preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar
prejudica a saúde. - É proibido colar cartazes neste muro. oblíquo tônico.
- Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados,
marchar! (= Marchai!) Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do
- Quando é regido de preposição e funciona como discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se
anterior; Por exemplo: - Eles não têm o direito de gritar assim. da seguinte maneira:
- As meninas foram impedidas de participar do jogo. - Eu os
convenci a aceitar. 2ª pessoa do singular: Radical + es
No entanto, na voz passiva dos verbos “contentar”, “tomar”
Ex.: teres (tu)
e “ouvir”, por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser
flexionado. Por exemplo: - Eram pessoas difíceis de serem 1ª pessoa do plural: Radical + mos
contentadas. - Aqueles remédios são ruins de serem tomados. - Os Ex.: termos (nós)
CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. 2ª pessoa do plural: Radical + des
Ex.: terdes (vós)
Nas locuções verbais; Por exemplo: 3ª pessoa do plural: Radical + em
- Queremos acordar bem cedo amanhã. Ex.: terem (eles)
- Eles não podiam reclamar do colégio.
- Vamos pensar no seu caso. Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
colocação.
Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração
anterior; Por exemplo: Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
- Eles foram condenados a pagar pesadas multas. significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-
- Devemos sorrir ao invés de chorar. se.
- Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
Observação: Quando o infinitivo preposicionado, ou não,
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo 1- Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso;
regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e Por exemplo: - Se tu não perceberes isto... - Convém vocês irem
também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por primeiro. - O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito
exemplo: desinencial, sujeito implícito = nós).
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Pretérito Imperfeito: se eu houvesse, se tu houvesses, se Pretérito Imperfeito: se eu desse, se tu desses, se ele desse,
ele houvesse, se nós houvéssemos, se vós houvésseis, se eles se nós déssemos, se vós désseis, se eles dessem.
houvessem. Futuro: quando eu der, quando tu deres, quando ele der,
Pretérito Mais‑que‑Perfeito composto: Tivesse havido. quando nós dermos, quando vós derdes, quando eles derem.
Futuro simples: quando eu houver, quando tu houveres, Imperativo Afirmativo: dá tu, dê ele, demos nós, dai vós,
quando ele houver, quando nós houvermos, quando vós houverdes, dêem eles.
quando eles houverem. Imperativo Negativo: não dês tu, não dê ele, não demos nós,
Futuro composto: Tiver havido. não deis vós, não dêem eles.
Infinitivo Pessoal: por dar eu, por dares tu, por dar ele, por
Imperativo: darmos nós, por dardes vós, por darem eles.
Imperativo Afirmativo: haja ele, hajamos nós, havei vós,
hajam eles. Formas Nominais:
Imperativo Negativo: não hajas tu, não haja ele, não hajamos Infinitivo: dar.
nós, não hajais vós, não hajam eles. Gerúndio: dando.
Infinitivo Pessoal: por haver eu, por haveres tu, por haver ele, Particípio: dado.
por havermos nós, por haverdes vós, por haverem eles.
AGUAR
Formas Nominais:
• infinitivo: haver Indicativo:
• gerúndio: havendo Presente: eu águo, tu águas, ele água, nós aguamos, vós
• particípio: havido aguais, eles águam.
Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós
Verbos Regulares aguamos, vós aguastes, eles aguaram.
Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós
Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação aguamo, vós aguastes, eles aguaram.
(em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo Pretérito Perfeito: eu agüei, tu aguaste, ele aguou, nós
paradigma (verbo modelo) aguamos, vós aguastes, eles aguaram.
Amar: (Eu amo) - Am-o, Am-ei, Am-ava, Am-ara, Am-arei,
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu aguara, tu aguaras, ele
Am-aria, Am-e, Am-asse, Am-ar.
aguara, nós aguáramos, vós aguáreis, eles aguaram.
Comer: (radical: com) - Com-o, Com-i, Com-ia, Com-era,
Futuro do Presente: eu aguarei, tu aguarás, ele aguará, nós
Com-erei, Com-eria, Com-a, Com-esse, Com-er.
aguaremos, vós aguareis, eles aguarão.
Partir: (radical: part) - Part-o, Part-I, Part-ia, Part-ira, Part-
Futuro do Pretérito: eu aguaria, tu aguarias, ele aguaria, nós
irei, Part-iria, Part-a, Part-isse, Part-ir.
aguaríamos, vós aguaríeis, eles aguariam.
Verbos Irregulares
Subjuntivo
São os verbos que sofrem modificações no radical ou em suas Presente: que eu ágüe, que tu ágües, que ele ágüe, que nós
desinências. agüemos, que vós agüeis, que eles ágüem.
Pretérito Imperfeito: se eu aguasse, se tu aguasses, se ele
1ª Conjugação: aguasse, se nós aguássemos, se vós aguásseis, se eles aguassem.
Futuro: quando eu aguar, quando tu aguares, quando ele
DAR aguar, quando nós aguarmos, quando vós aguardes, quando eles
aguarem.
Indicativo: Imperativo Afirmativo: agua tu, ague ele, aguemos nós,
Presente: eu dou, tu dás, ele dá, nós damos, vós dais, eles dão. aguai vós, aguem eles.
Pretérito Imperfeito: eu dava, tu davas, ele dava, nós dávamos, Imperativo Negativo: não agues tu, não ague ele, não
vós dáveis, eles davam. aguemos nós, não agueis vós, não aguem eles.
Pretérito Perfeito: eu dei, tu deste, ele deu, nós demos, vós Infinitivo Pessoal: por aguar eu, por aguares tu, por aguar ele,
destes, eles deram. por aguarmos nós, por aguardes vós, por aguarem eles.
Pretérito Mais-que-perfeito: eu dera, tu deras, ele dera, nós
déramos, vós déreis, eles deram. Formas Nominais:
Futuro do Presente: eu darei, tu darás, ele dará, nós daremos, Infinitivo: aguar.
vós dareis, eles darão. Gerúndio: aguando.
Futuro do Pretérito: eu daria, tu darias, ele daria, nós daríamos, Particípio: aguado.
vós daríeis, eles dariam.
ABENÇOAR
Subjuntivo:
Presente: que eu dê, que tu dês, que ele dê, que nós demos, Os verbos magoar, voar e perdoar seguem a conjugação de
que vós deis, que eles dêem. abençoar.
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Indicativo: Subjuntivo:
Presente: eu abençôo, tu abençoas, ele abençoa, nós Presente: que eu passeie, que tu passeies, que ele passeie, que
abençoamos, vós abençoais, eles abençoam. nós passeemos, que vós passeeis, que eles passeiem.
Pretérito Imperfeito: eu abençoava, tu abençoavas, ele Pretérito Imperfeito: se eu passeasse, se tu passeasses, se
abençoava, nós abençoávamos, vós abençoáveis, eles abençoavam. ele passeasse, se nós passeássemos, se vós passeásseis, se eles
Pretérito Perfeito: eu abençoei, tu abençoaste, ele abençoou, passeassem.
nós abençoamos, vós abençoastes, eles abençoaram. Futuro: quando eu passear, quando tu passeares, quando ele
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu abençoara, tu abençoaras, ele passear, quando nós passearmos, quando vós passeardes, quando
abençoara, nós abençoáramos, vós abençoáreis, eles abençoaram. eles passearem.
Futuro do Presente: eu abençoarei, tu abençoarás, ele Imperativo Afirmativo: passeia tu, passeie ele, passeemos
abençoará, nós abençoaremos, vós abençoareis, eles abençoarão. nós, passeai vós, passeiem eles.
Futuro do Pretérito: eu abençoaria, tu abençoarias, Imperativo Negativo: não passeies tu, não passeie ele, não
ele abençoaria, nós abençoaríamos, vós abençoaríeis, eles passeemos nós, não passeeis vós, não passeiem eles.
abençoariam. Infinitivo Pessoal: por passear eu, por passeares tu, por
Subjuntivo: passear ele, por passearmos nós, por passeardes vós, por passearem
Presente: que eu abençoe, que tu abençoes, que ele abençoe, eles.
que nós abençoemos, que vós abençoeis, que eles abençoem.
Pretérito Imperfeito: se eu abençoasse, se tu abençoasses, Formas Nominais:
se ele abençoasse, se nós abençoássemos, se vós abençoásseis, se Infinitivo: passear.
eles abençoassem. Gerúndio: passeando.
Futuro: quando eu abençoar, quando tu abençoares, quando Particípio: passeado.
ele abençoar, quando nós abençoarmos, quando vós abençoardes,
quando eles abençoarem. NEGOCIAR
Imperativo Afirmativo: abençoa tu, abençoe ele, abençoemos
nós, abençoai vós, abençoem eles.
Indicativo:
Imperativo Negativo: não abençoes tu, não abençoe ele, não
Presente: eu negocio, tu negocias, ele negocia, nós
abençoemos nós, não abençoeis vós, não abençoem eles.
negociamos, vós negociais, eles negociam.
Infinitivo Pessoal: por abençoar eu, por abençoares tu, por
Pretérito Imperfeito: eu negociava, tu negociavas, ele
abençoar ele, por abençoarmos nós, por abençoardes vós, por
negociava, nós negociávamos, vós negociáveis, eles negociavam.
abençoarem eles.
Pretérito Perfeito: eu negociei, tu negociaste, ele negociou,
nós negociamos, vós negociastes, eles negociaram.
Formas Nominais:
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu negociara, tu negociaras, ele
Infinitivo: abençoar
negociara, nós negociáramos, vós negociáreis, eles negociaram.
Gerúndio: abençoando
Futuro do Presente: eu negociarei, tu negociarás, ele
Particípio: abençoado
negociará, nós negociaremos, vós negociareis, eles negociarão.
PASSEAR Futuro do Pretérito: eu negociaria, tu negociarias, ele
negociaria, nós negociaríamos, vós negociaríeis, eles negociariam.
Todos os verbos terminados em –ear seguem o paradigma do
verbo passear. E os verbos em Mario (mediar, ansiar, remediar, Subjuntivo:
incendiar e odiar). Presente: que eu negocie, que tu negocies, que ele negocie,
que nós negociemos, que vós negocieis, que eles negociem.
Indicativo: Pretérito Imperfeito: se eu negociasse, se tu negociasses, se
Presente: eu passeio, tu passeias, ele passeia, nós passeamos, ele negociasse, se nós negociássemos, se vós negociásseis, se eles
vós passeais, eles passeiam. negociassem.
Pretérito Imperfeito: eu passeava, tu passeavas, ele passeava, Futuro: quando eu negociar, quando tu negociares, quando
nós passeávamos, vós passeáveis, eles passeavam. ele negociar, quando nós negociarmos, quando vós negociardes,
Pretérito Perfeito: eu passeei, tu passeaste, ele passeou, nós quando eles negociarem.
passeamos, vós passeastes, eles passearam. Imperativo Afirmativo: negocia tu, negocie ele, negociemos
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu passeara, tu passearas, ele nós, negociai vós, negociem eles.
passeara, nós passeáramos, vós passeáreis, eles passearam. Imperativo Negativo: não negocies tu, não negocie ele, não
Futuro do Pretérito: eu passearia, tu passearias, ele passearia, negociemos nós, não negocieis vós, não negociem eles.
nós passearíamos, vós passearíeis, eles passeariam. Infinitivo Pessoal: por negociar eu, por negociares tu, por
Futuro do Presente: eu passearei, tu passearás, ele passeará, negociar ele, por negociarmos nós, por negociardes vós, por
nós passearemos, vós passeareis, eles passearão. negociarem eles.
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Pretérito Perfeito: eu fiz, tu fizeste, ele fez, nós fizemos, vós PÔR
fizestes, eles fizeram.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fizera, tu fizeras, ele fizera, Indicativo:
nós fizéramos, vós fizéreis, eles fizeram. Presente: eu posso, tu podes, ele pode, nós podemos, vós
Futuro do Presente: eu farei, tu farás, ele fará, nós faremos, podeis, eles podem.
vós fareis, eles farão. Pretérito Imperfeito: eu podia, tu podias, ele podia, nós
Futuro do Pretérito: eu faria, tu farias, ele faria, nós faríamos, podíamos, vós podíeis, eles podiam.
vós faríeis, eles fariam. Pretérito Perfeito: eu pude, tu pudeste, ele pôde, nós
pudemos, vós pudestes,eles puderam.
Subjuntivo: Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu pudera, tu puderas, ele
Presente: que eu faça, que tu faças, que ele faça, que nós pudera, nós pudéramos, vós pudéreis, eles puderam.
façamos, que vós façais, que eles façam. Futuro do Presente: eu poderei, tu poderás, ele poderá, nós
Pretérito Imperfeito: se eu fizesse, se tu fizesses, se ele poderemos, vós podereis, eles poderão.
fizesse, se nós fizéssemos, se vós fizésseis, se eles fizessem. Futuro do Pretérito: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós
poderíamos, vós poderíeis, eles poderiam.
Futuro: quando eu fizer, quando tu fizeres, quando ele fizer,
quando nós fizermos, quando vós fizerdes, quando eles fizerem.
Subjuntivo
Imperativo Afirmativo: faze tu, faça ele, façamos nós, azei Presente: que eu possa, que tu possas, que ele possa, que nós
vós, façam eles. possamos, que vós possais, que eles possam.
Imperativo Negativo: não faças tu, não faça ele, não façamos Pretérito Imperfeito: se eu pudesse, se tu pudesses, se ele
nós, não façais vós, não façam eles. pudesse, se nós pudéssemos, se vós pudésseis, se eles pudessem.
Infinitivo Pessoal: por fazer eu, por fazeres tu, por fazer ele, Futuro: quando eu puder, quando tu puderes, quando ele
por fazermos nós, por fazerdes vós, por fazerem eles. puder, quando nós pudermos, quando vós puderdes, quando eles
puderem.
Formas Nominais: Imperativo Afirmativo: (X).
Infinitivo: fazer. Imperativo Negativo: (X).
Gerúndio: fazendo. Infinitivo Pessoal: poder eu, poderes tu, poder ele, podermos
Particípio: feito. nós, poderdes vós, poderem eles.
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Futuro: quando eu cair, quando tu caíres, quando ele cair, Futuro do Pretérito: eu feriria, tu feririas, ele feriria, nós
quando nós cairmos, quando vós cairdes, quando eles caírem. feriríamos, vós feriríeis, eles feririam.
Imperativo Afirmativo: cai tu, caia ele, caiamos nós, caí vós, Futuro do Presente: eu ferirei, tu ferirás, ele ferirá, nós
caiam eles. feriremos, vós ferireis, eles ferirão.
Imperativo Negativo: não caias tu, não caia ele, não caiamos
nós, não caiais vós, não caiam eles. Subjuntivo:
Infinitivo Pessoal: cair eu, caíres tu, cair ele, cairmos nós, Presente: que eu fira, que tu firas, que ele fira, que nós firamos,
cairdes vós, caírem eles. que vós firais, que eles firam.
Pretérito Imperfeito: se eu ferisse, se tu ferisses, se ele
Formas Nominais: ferisse, se nós feríssemos, se vós ferísseis, se eles ferissem.
Infinitivo: cair Futuro: quando eu ferir, quando tu ferires, quando ele ferir,
Gerúndio: caindo
quando nós ferirmos, quando vós ferirdes, quando eles ferirem.
Particípio: caído
Imperativo Afirmativo: fere tu, fira ele, firamos nós, feri vós,
firam eles.
COBRIR
Imperativo Negativo: não firas tu, não fira ele, não firamos
Indicativo: nós, não firais vós, não firam eles.
Presente: eu cubro, tu cobres, ele cobre, nós cobrimos, vós Infinitivo Pessoal: ferir eu, ferires tu, ferir ele, ferirmos nós,
cobris, eles cobrem. ferirdes vós, ferirem eles.
Pretérito Imperfeito: eu cobria, tu cobrias, ele cobria, nós
cobríamos, vós cobríeis, eles cobriam. Formas Nominais:
Pretérito Perfeito: eu cobri, tu cobriste, ele cobriu, nós Infinitivo: ferir.
cobrimos, vós cobristes, eles cobriram. Gerúndio: ferindo.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu cobrira, tu cobriras, ele Particípio: ferido.
cobrira, nós cobríramos, vós cobríreis, eles cobriram.
Futuro do Presente: eu cobrirei, tu cobrirás, ele cobrirá, nós FUGIR
cobriremos, vós cobrireis, eles cobrirão.
Futuro do Pretérito: eu cobriria, tu cobririas, ele cobriria, Indicativo:
nós cobriríamos, vós cobriríeis, eles cobririam. Presente: eu fujo, tu foges, ele foge, nós fugimos, vós fugis,
eles fogem.
Subjuntivo: Pretérito Imperfeito: eu fugia, tu fugias, ele fugia, nós
Presente: que eu cubra, que tu cubras, que ele cubra, que nós fugíamos, vós fugíeis, eles fugiam.
cubramos, que vós cubrais, que eles cubram. Pretérito Perfeito: eu fugi, tu fugiste, ele fugiu, nós fugimos,
Pretérito Imperfeito: se eu cobrisse, se tu cobrisses, se ele vós fugistes, eles fugiram.
cobrisse, se nós cobríssemos, se vós cobrísseis, se eles cobrissem. Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu fugira, tu fugiras, ele fugira,
Futuro: quando eu cobrir, quando tu cobrires, quando ele nós fugíramos, vós fugíreis, eles fugiram.
cobrir, quando nós cobrirmos, quando vós cobrirdes, quando eles Futuro do Pretérito: eu fugiria, tu fugirias, ele fugiria, nós
cobrirem. fugiríamos, vós fugiríeis, eles fugiriam.
Imperativo Afirmativo: cobre tu, cubra ele, cubramos nós, Futuro do Presente: eu fugirei, tu fugirás, ele fugirá, nós
cobri vós, cubram eles.
fugiremos, vós fugireis, eles fugirão.
Imperativo Negativo: não cubras tu, não cubra ele, não
cubramos nós, não cubrais vós, não cubram eles.
Subjuntivo:
Infinitivo Pessoal: cobrir eu, cobrires tu, cobrir ele, cobrirmos
Presente: que eu fuja, que tu fujas, que ele fuja, que nós
nós, cobrirdes vós, cobrirem eles.
fujamos, que vós fujais, que eles fujam.
Formas Nominais: Pretérito Imperfeito: se eu fugisse, se tu fugisses, se ele
infinitivo: cobrir fugisse, se nós fugíssemos, se vós fugísseis, se eles fugissem.
gerúndio: cobrindo Futuro: quando eu fugir, quando tu fugires, quando ele fugir,
particípio: cobrido quando nós fugirmos, quando vós fugirdes, quando eles fugirem.
FERIR Imperativo Afirmativo: foge tu, fuja ele, fujamos nós, fugi
vós, fujam eles.
Indicativo: Imperativo Negativo: não fujas tu, não fuja ele, não fujamos
Presente: eu firo, tu feres, ele fere, nós ferimos, vós feris, nós, não fujais vós, não fujam eles.
eles ferem. Infinitivo Pessoal: fugir eu, fugires tu, fugir ele, fugirmos
Pretérito Imperfeito: eu feria, tu férias, ele feria, nós nós, fugirdes vós, fugirem eles.
feríamos, vós feríeis, eles feriam.
Pretérito Perfeito: eu feri, tu feriste, ele feriu, nós ferimos, Formas Nominais
vós feristes, eles feriram. Infinitivo: fugir.
Pretérito Mais‑que‑perfeito: eu ferira, tu feriras, ele ferira, Gerúndio: fugindo.
nós feríramos, vós feríreis, eles feriram. Particípio: fugido.
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Locuções Prepositivas Após- depois de: Após alguns momentos desabou num choro
É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma arrependido.
preposição. A última palavra é sempre uma preposição. Veja quais Até - aproximação: - Correu até mim. tempo: - Certamente
são: abaixo de, acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de teremos o resultado do exame até a semana que vem. Atenção:
acordo com, dentro de, embaixo de, em cima de, em frente a, em Se a preposição até equivaler a inclusive, será palavra de inclusão
redor de, graças a, junto a, junto de, perto de, por causa de, por e não preposição. Os sonhadores amam até quem os despreza.
cima de, por trás de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir
(inclusive)
de, apesar de, através de, defronte de, em favor de, em lugar de,
Com - companhia: - Rir de alguém é falta de caridade; deve-se
em vez de, (= no lugar de), ao invés de (= ao contrário de), para
com, até a. rir com alguém. causa: - A cidade foi destruída com o temporal.
instrumento: - Feriu-se com as próprias armas. modo: - Marfinha,
Atenção: minha comadre, veste-se sempre com elegância.
- Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. Contra - oposição, hostilidade: - Revoltou-se contra a decisão
Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim no do tribunal. direção a um limite: - Bateu contra o muro e caiu.
começo. De - origem: - Descendi de pais trabalhadores e honestos.
- Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”. (locução adverbial) - lugar: - Os corruptos vieram da capital.
O acidente ocorreu perto de meu atelier. (locução prepositiva) causa: - O bebé chorava de fome.
- Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com outra posse: - Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
preposição: - Abola passou por entre as pernas do goleiro. MAS assunto: - Falávamos do casamento da Mariele.
é inadequado dizer: - Proibido para menores de até 18 anos. - matéria: - Era uma casa de sapé.
Financiamento em até 24 meses. Atenção: A preposição de não deve contrair-se com o artigo,
que precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos estudarem.
Combinações e Contrações (e não: dos alunos estudarem)
Desde - afastamento de um ponto no espaço: Essa neblina
Pensão familiar vem desde São Paulo.
tempo: - Desde o ano passado quero mudar de casa.
“Jardim da pensãozinha burguesa.
Em- lugar: - Moramos em Lucélia há alguns anos.
Gatos espapaçados ao sol.
A tiririca sitia os canteiros chatos matéria: - As queridas amigas Nilcéia e Nadélgia moram em
O sol acaba de crestar as boninas que murcharam. Curitiba.
Os girassóis amarelos resistem. especialidade: - Minha amiga Cidinha formou-se em Letras.
E as dálias, reconchuvas, plebéias, dominicais. tempo: - Tudo aconteceu em doze horas.
Entre – posição entre dois limites: - Convém colocar o vidro
(Manuel Bandeina) entre dois suportes.
Para-
Combinação - ocorre combinação quando não há perda de direção: -Não lhe interessava mais ir para a Europa.
fonemas, a preposição perde fonema: - a+o,os= ao, aos / a+onde tempo: - Pretendo vê-lo lá para o final da semana.
= aonde. finalidade: - Lute sempre para viver com dignidade.
Contração - ocorre contração quando a preposição perde Apreposição para indica de permanência definitiva. Vou para
fonemas: - de+a, o, as, os, esta, este, isto =da, do, das, dos, desta, o litoral. (idéia de morar)
deste, disto. Perante- posição anterior: Permaneceu calado perante todos.
- em+ um, uma, uns, umas,isto, isso, aquilo, aquele, aquela, Por –
aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso, percurso, espaço,lugar: - Caminhava por ruas desconhecidas.
naquilo, naquele, naquela, naqueles. causa: - Por ser muito caro, não compramos um DVD novo.
- de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
espaço: - Por cima dela havia um raio de luz.
daquela, daquilo.
Sem- ausência: - Eu vou sem lenço sem documento.
- para+ a = pra.
A contração da preposição a com os artigos ou pronomes Sob – debaixo de / situação: - Prefiro cavalgar sob o luar.
demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de Viveu, sob pressão dos pais.
crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: - à, Sobre –
às, àquele, àquela, àquilo. em cima de, com contato: - Colocou ás taças de cristal sobre
a toalha rendada.
Valores das Preposições assunto: - Conversávamos sobre política financeira.
A - movimento = direção: - Foram a Lucélia comemorar os Trás – situação posterior; é preposição fora de uso. É
Anos Dourados. modo: -Partiu às pressas. tempo: - Iremos nos ver substituída por atrás de, depois de: - Por trás desta carinha vê-se
ao entardecer. Apreposição a indica deslocamento rápido: - Vanios muita falsidade.
à praia. (idéia de passear)
Ante - diante de: - Parou ante mim sem dizer nada, tanta era Curiosidade: O símbolo @ (arroba) significa AT em Inglês,
a emoção. tempo (substituídaporantes de): - Preciso chegarao que em Português significa em. Portanto, o nome está at, em algum
encontro antes das quatro horas. provedor.
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EXERCÍCIOS a) o - à - a
b) ao - há - à
01 – A crase não é admissível em: c) ao - a - a
a) Comprou a crédito. d) o - há - a
b) Vou a casa de Maria. e) o - a - a
c) Fui a Bahia.
d) Cheguei as doze horas. 09 - “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas
e) A sentença foi favorável a ré. já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
a) à - àqueles - a - há
02 - (PRF/N.M./ANP) Assinale a opção em que falta o acento b) a - àqueles - a - há
de crase: c) a - aqueles - à - a
a) O ônibus vai chegar as cinco horas. d) à - àqueles - a - a
b) Os policiais chegarão a qualquer momento. e) a - aqueles - à - há
c) Não sei como responder a essa pergunta.
d) Não cheguei a nenhuma conclusão.
10 - Assinale a frase gramaticalmente correta:
a) O Papa caminhava à passo firme.
03 - (ALCL-DF/N.S./IDR) Assinale a alternativa correta:
a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
burocrática. c) Chegou à noite, precisamente as dez horas.
b) O presidente ia a pé, mas a guarda oficial ia à cavalo. d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas.
c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente. e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.
d) Solicito à V. Exa. Que reconheça os obstáculos que estamos
enfrentando. 11 - O Ministro informou que iria resistir _____ pressões
contrárias _____ modificações relativas _____ aquisição da casa
04 - (ATCL-DF/N.S./IDR) Marque a alternativa correta própria.
quanto ao acento indicativo da crase: a) às - àquelas _ à
a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta, a b) as - aquelas - a
algumas horas de Manaus. c) às àquelas - a
b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos d) às - aquelas - à
quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias. e) as - àquelas - à
c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há
muito tempo à disposição de todos. 12 - A alusão _____ lembranças da casa materna trazia _____
d) À qualquer distância percebia-se que, à falta de cuidados, a tona uma vivência _____ qual já havia renunciado.
lavoura amarelecia e murchava. a) às - a - a
b) as - à - há
05 - Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de c) as - a - à
crase é facultativo? d) às - à - à
a) Minhas idéias são semelhantes às suas. e) às - a - há
b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz
c) Dei um presente à Mariana. 13 - Use a chave ao sair ou entrar __________ 20 horas.
d) Fizemos alusão à mesma teoria. a) após às
e) Cortou o cabelo à Gal Costa.
b) após as
c) após das
06 - “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que
acontece ao seu redor”. d) após a
a) à - a - aquilo e) após à
b) a - a - àquilo
c) a - à - àquilo 14 - _____ dias não se consegue chegar _____ nenhuma das
d) à - à - aquilo localidades _____ que os socorros se destinam.
e) à - à - àquilo a) Há - à - a
b) A - a - a
07 - “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua, __- duas c) À - à - a
quadras da Avenida Central”. d) Há - a - a
a) à - há e) À - a - a
b) a - à
c) a - há 15 - Fique _____ vontade; estou _____ seu inteiro dispor para
d) à - a ouvir o que tem _____ dizer.
e) à - à a) a - à - a
b) à - a - a
08 - “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, c) à - à - a
radicado ___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ d) à - à - à
hora do almoço”. e) a - a - a
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a) adverti, componhais, revês, provistes 10 (FUVEST) Assinale a frase que não está na voz passiva:
b) adverti, compordes, revestes, provistes a) O atleta foi estrondosamente aclamado.
c) adverte, compondes, reveis, proviste b) Que exercício tão fácil de resolver!
d) adverti, compuserdes, revistes, proveste c) Fizeram-se apenas os reparos mais urgentes.
e) n.d.a d) Escolheu-se, infelizmente, o homem errado.
e) Entreolharam-se agressivamente os dois competidores.
5 (FUVEST) “Eu não sou o homem que tu procuras, mas
desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.” Se o 11 (TRT) Assinale a alternativa incorreta quanto à forma
pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar verbal:
das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos, a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal.
respectivamente, as seguintes formas: b) Se advierem dificuldades, confia em Deus.
a) procurais, ver-vos, vosso c) Se você o vir, diga-lhe que o advogado reteve os documentos.
b) procura, vê-la, seu d) Eu não intervi na contenda porque não pude.
c) procura, vê-lo, vosso e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas, as partes
d) procurais, vê-la, vosso desavieram-se e requereram rescisão do contrato.
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Imprecativas – Encerram uma imprecação (praga, maldição): e) Tão preta como o túnel!
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo f) Quem bom!
Branco) g) As ovelhas são mansas e pacientes.
“Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias) h) Que espírito irônico e livre!
“Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!” (Domingos
Carvalho da Silva) 5. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: declarativa,
interrogativa, imperativa e exclamativa:
Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de frase a) Que flores tão aromáticas!
podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No primeiro b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O que caracteriza c) Devemos manter a nossa escola limpa.
e distingue esses diferentes tipos de frase é a entoação, ora d) Respeitem os limites de velocidade.
ascendente ora descendente. e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem ser
f) Atravessem a rua com cuidado.
integralmente captados se atentarmos para o contexto em que
g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
são empregadas. É o caso, por exemplo, das situações em que se
h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a cor
explora a ironia. Pense, por exemplo, na frase “Que educação!”,
da bandeira.
usada quando se vê alguém invadindo, com seu carro, a faixa de
i) Não te quero ver mais aqui!
pedestres. Nesse caso, ela expressa exatamente o contrário do que
aparentemente diz. j) Hoje saímos mais cedo.
A entoação é um elemento muito importante da frase falada,
pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. Dependendo RESPOSTAS
de como é dita, uma frase simples como “É ela.” pode indicar
constatação, dúvida, surpresa, indignação, decepção, etc. 1-“a” e “d”
A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, conforme o 2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) optativa;
tom com que a proferimos. Observe: e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) declarativa
Olavo esteve aqui. 3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisinho,
Olavo esteve aqui? procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à sua volta!
Olavo esteve aqui?! 4- a/b/d/g
Olavo esteve aqui! 5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d)
EXERCÍCIOS imperativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h)
declarativa; i) imperativa; j) declarativa
1. Marque apenas as frases nominais:
a) Que voz estranha! ORAÇÃO
b) A lanterna produzia boa claridade.
c) As risadas não eram normais. É todo enunciado linguístico dotado de sentido, porém há,
d) Luisinho, não! necessariamente, a presença do verbo. A oração encerra uma frase
(ou segmento de frase), várias frases ou um período, completando
2. Classifique as frases em declarativa, interrogativa, um pensamento e concluindo o enunciado através de ponto
exclamativa, optativa ou imperativa. final, interrogação, exclamação e, em alguns casos, através de
a) Você está bem? reticências.
b) Não olhe; não olhe, Luisinho! Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes
c) Que alívio! elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são orações,
d) Tomara que Luisinho não fique impressionado! não podem ser analisadas sintaticamente frases como:
e) Você se machucou? Socorro!
f) A luz jorrou na caverna. Com licença!
g) Agora suma, seu monstro! Que rapaz impertinente!
h) O túnel ficava cada vez mais escuro. Muito riso, pouco siso.
“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós)
3. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga o
modelo: Na oração as palavras estão relacionadas entre si, como
Luisinho ficou pra trás. (declarativa) partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou as
Lusinho, fique para trás. (imperativa) unidades sintáticas da oração. Cada termo da oração desempenha
a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos. uma função sintática. Geralmente apresentam dois grupos de
b) Luisinho procurou os fósforos no bolso. palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma coisa ( o
c) Os meninos olharam à sua volta. sujeito), e um grupo que apresenta uma declaração (o predicado),
e, excepcionalmente, só o predicado. Exemplo:
4. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm verbos.
Assinale, pois, as frases verbais: A menina banhou-se na cachoeira.
a) Deus te guarde! A menina – sujeito
b) As risadas não eram normais. banhou-se na cachoeira – predicado
c) Que ideia absurda!
d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos. Choveu durante a noite. (a oração toda predicado)
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O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em • constituir-se de um substantivo, ou pronome substantivo
número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se declara algo”, ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
“o tema do que se vai comunicar”.
O predicado é a parte da oração que contém “a informação Exemplos:
nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere ao sujeito, A padaria está fechada hoje.
constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. está fechada hoje: predicado nominal
Observe: fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
O amor é eterno. a padaria: sujeito
padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
O tema, o ser de quem se declara algo, o sujeito, é “O amor”.
A declaração referente a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é Nós mentimos sobre nossa idade para você.
eterno”. mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal
Já na frase: mentimos: verbo = núcleo do predicado
Os rapazes jogam futebol. nós: sujeito
O sujeito é “Os rapazes”, que identificamos por ser o termo
No interior de uma sentença, o sujeito é o termo determinante,
que concorda em número e pessoa com o verbo “jogam”. O
ao passo que o predicado é o termo determinado. Essa posição de
predicado é “jogam futebol”.
determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido
com o fato de ser possível, na língua portuguesa, uma sentença
Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um
substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essência de sua sem sujeito, mas nunca uma sentença sem predicado.
significação. Nos exemplos seguintes, as palavras amigo e revestiu
são o núcleo do sujeito e do predicado, respectivamente: Exemplos:
As formigas invadiram minha casa.
“O amigo retardatário do presidente prepara-se para as formigas: sujeito = termo determinante
desembarcar.” (Aníbal Machado) invadiram minha casa: predicado = termo determinado
A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas.
Há formigas na minha casa.
Os termos da oração da língua portuguesa são classificados há formigas na minha casa: predicado = termo determinado
em três grandes níveis: sujeito: inexistente
• Termos Essencias da Oração: Sujeito e Predicado.
• Termos Integrantes da Oração: Complemento O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal
Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto indireto , isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando esse nome se refere
e Agente da Passiva). a objetos das primeira e segunda pessoas, o sujeito é representado
• Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal, por um pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito
Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo. se refere a um objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser
feita através de um substantivo, de um pronome substantivo ou de
Termos Essenciais da Oração qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na sentença,
São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração: como um substantivo.
sujeito e predicado. Exemplos:
Exemplos:
Sujeito Predicado Eu acompanho você até o guichê.
Pobreza não é vileza. eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa
Vocês disseram alguma coisa?
Os sertanistas capturavam os índios.
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa
Um vento áspero sacudia as árvores. Marcos tem um fã-clube no seu bairro.
Marcos: sujeito = substantivo próprio
Sujeito - É equivocado dizer que o sujeito é aquele que Ninguém entra na sala agora.
pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma ninguém: sujeito = pronome substantivo
coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto O andar deve ser uma atividade diária.
semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração
estilístico (o tópico da sentença). Já que o sujeito é depreendido de
uma análise sintática, vamos restringir a definição apenas ao seu
Além dessas formas, o sujeito também pode se constituir de
papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância
uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o nome de oração
com o núcleo do predicado. Quando se trata de predicado verbal,
substantiva subjetiva:
o núcleo é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o
núcleo é sempre um nome. Então têm por características básicas:
É difícil optar por esse ou aquele doce...
• estabelecer concordância com o núcleo do predicado;
É difícil: oração principal
• apresentar-se como elemento determinante em relação
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva
ao predicado;
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• Fazer, passar, ser e estar, com referência ao tempo. – ligado ao sujeito por um verbo de ligação) e no segundo um
predicado verbal (seu núcleo é um verbo, seguido, ou não, de
- Faz dois anos que me formei. complemento(s) ou termos acessórios). Quando, num mesmo
- “Fazia dias que o Balão não aparecia na porteira do curral.” segmento o nome e o verbo são de igual importância, ambos
(José J. Veiga). constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado
- Hoje fez muito calor. verbo‑nominal(tem dois núcleos significativos: um verbo e um
- Fazia um frio intenso. nome). Exemplos:
- Era no mês de maio.
- Era à hora do jantar. Minha empregada é desastrada.
- Eram trinta de maio de 1980. predicado: é desastrada
- Abria a janela, se estava calor. núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
- Olhei o relógio: passava das cinco horas da tarde. tipo de predicado: nominal
• Chover, ventar, nevar, gear, relampejar, amanhecer, Obs: O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou
característica. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
- Chovia torrencialmente. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
- Ventou muito durante a noite.
- Anoiteceu rapidamente. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
- Havia três noites que não dormia. predicado: demoliu nosso antigo prédio
- Nevou no Sul do país. núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o
sujeito
Predicado - Assim como o sujeito, o predicado é um tipo de predicado: verbal
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases,
sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse sentido, o
Os manifestantes desciam a rua desesperados.
predicado é sintaticamente o segmento lingüístico que estabelece
predicado: desciam a rua desesperados
concordância com outro termo essencial da oração – o sujeito -,
núcleos do predicado: 1. desciam = nova informação sobre o
sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o
sujeito;
termo determinado (ou principal). Não se trata, portanto, de definir
o predicado como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem 2. desesperados = atributo do sujeito
certas gramáticas da língua portuguesa, mas sim estabelecer a tipo de predicado: verbo‑nominal
importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos
essenciais da oração. Então têm por características básicas: Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é responsável
• apresentar-se como elemento determinado em relação ao também por definir os tipos de elementos que aparecerão no
sujeito; segmento. Em alguns casos o verbo sozinho basta para compor
• apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao o predicado (verbo intransitivo). Em outros casos é necessário
sujeito. um complemento que, juntamente com o verbo, constituem
a nova informação sobre o sujeito. De qualquer forma, esses
Exemplos: complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado.
Carolina conhece os índios da Amazônia. Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo,
sujeito: Carolina = termo determinante quando este puder ser facilmente subentendido, em geral por estar
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo expresso ou implícito na oração anterior. Exemplos:
determinado
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos algozes
Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é
sujeito: todos nós = termo determinante depois de algozes)
predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Moreira da
determinado Silva) (Subetntende-se o verbo está depois de peixe)
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.”
Nesses exemplos podemos observar que a concordância (Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos “Vamos jogar, só nós dois? Você chuta para mim e eu para
essenciais. Na frase (1), entre “Carolina” e “conhece”; na frase você.” (Antônio Olinto) (está elíptico o verbo chuto depois do
(2), entre “nós” e “fazemos”. Isso se dá porque a concordância é pronome eu)
centrada nas palavras que são núcleos, isto é, que são responsáveis A mesa era farta e as iguarias finas. (está oculto o verbo eram
pela principal informação naquele segmento. No predicado o depois do sujeito iguarias)
núcleo pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atributo “__Quando poderei voltar? Perguntou Simão.
que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou locução __ Em poucos dias, salvo se as cousas se complicarem.”
verbal). No primeiro caso, temos um predicado nominal (seu (Machado de Assis)
núcleo significativo é um nome – substantivo, adjetivo, pronome (isto é: Poderá voltar em poucos dias...)
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Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo forma • As orações formadas com verbos intransitivos não
o predicado. podem “transitar” (= passar) para a voz passiva.
Há verbos que, por natureza, tem sentido completo, podendo, • Verbos intransitivos passam, ocasionalmente, a
por si mesmos, constituir o predicado: são os verbos de predicação transitivos quando construídos com o objeto direto ou indireto.
completa denominados intransitivos. - “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento)
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís Jardim)
Exemplo: - “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
As flores murcharam. - “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no mundo que
Os animais correm. já morreu...” (Ciro dos Anjos)
As folhas caem. - “Os olhos pestanejavam e choravam lágrimas quentes...”
“Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ramos) (Graciliano Ramos)
“A mão ardia e o dedo inchava.” (Luís Jardim) - “Sorriu para Holanda um sorriso ainda marcado de pavor.”
“E espocavam gargalhadas no grupo...” (Aluísio Azevedo) (Viana Moog)
- “Tinha testa enrugada, como quem vivera vida de contínuo
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem o pensar.” (Alexandre Herculano)
predicado necessitam de outros termos: são os verbos de predicação - “Pouco dinheiro basta ao homem sóbrio e econômico.”
incompleta, denominados transitivos. Exemplos: (Aulete)
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• Alguns verbos transitivos diretos: abençoar, achar, colher, • Há verbos transitivos indiretos, como atirar, investir,
avisar, abraçar, comprar, castigar, contrariar, convidar, desculpar, contentar-se, etc., que admitem mais de uma preposição, sem
dizer, estimar, elogiar, entristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, mudança de sentido. Outros mudam de sentido com a troca
perseguir, prejudicar, receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc. da preposição, como nestes exemplos: Trate de sua vida.
(tratar=cuidar). É desagradável tratar com gente grosseira.
Transitivos Indiretos – são os que reclamam um complemento (tratar=lidar).
regido de preposição, chamado objeto indireto. Exemplos: • Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam
“Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma de significação conforme sejam usados como transitivos diretos
adolescente.” (Ciro dos Anjos) ou indiretos.
“Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
neutros.” (Érico Veríssimo) Transitivos Diretos e Indiretos – são os que se usam com dois
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.” (José objetos: um direto, outro indireto, concomitantemente. Exemplos:
Américo) No inverso, Dona Cléia dava roupas aos pobres.
“Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” A empresa fornece comida aos trabalhadores.
(José Geraldo Vieira) Oferecemos flores à noiva.
“Não sucedesse a morte à vida!” (Cabral do Nascimento) Ceda o lugar aos mais velhos.
“Desinteressa-se totalmente de você.” (José Geraldo Vieira) Perdoa-lhe tudo. (=Perdoa tudo a ele)
“Dr. Leandro proverá a tudo.” (Antônio Olavo Pereira) “A sua intuição preveniu-a de uma desgraça.” (Fernando
“Nem nos sonhos cheguei a aspirar a tal emprego.” (Ciro dos Namora)
Anjos) “Causou-me dó a morte do avô.” (Luís Jardim)
“As coisas obedeciam ao seu tempo regular.” (Raquel de “Ensinamos técnicas agrícolas aos camponeses.” (Érico
Queirós) Veríssimo)
“Quem ouvir, pensará que estou atirando aos nhambus, claro.” “Era o que eu faria, se ela me preferisse a você.” (A. Olavo
(Guimarães Rosa) Pereira)
“Ansiava pelo novo dia que vinha nascendo.” (Fernando “Expliquei isso a ele, disse adeus e fui andando.” (José J.
Sabino) Veiga)
“O luxo contribuiu para a sua ruína.” (Aulete) “O século XX familiarizou o homem com a máquina.”
“O ator não teria dinheiro para lhe pagar.” (Fernando Namora) (Aurélio)
“Sucedi-lhe no cargo de diretor do Arquivo Histórico...” (Ciro
dos Anjos) Principais verbos transitivos diretos e indiretos (bitransitivos):
“Aqui tem já Vossa Excelência três pessoas que lhe querem atirar, atribuir, dar, doar, ceder, apresentar, ofertar, oferecer, pedir,
muito.” (Camilo Castelo Branco) prometer, explicar, ensinar, proporcionar, perdoar, pagar, preferir,
“Não acreditava que Deus lhe houvesse perdoado enquanto devolver, chamar, entregar, perguntar, informar, aconselhar,
lhe não restituísse o filho.” (Camilo Castelo Branco) propor, prevenir, relatar, narrar.
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• Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos Predicativo do Objeto – é o termo que se refere ao objeto de
em frases como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não um verbo transitivo. Exemplos:
estava em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; O juiz declarou o réu inocente.
Parece que vai chover. O povo elegeu-o deputado.
As paixões tornam os homens cegos.
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classificação Nós julgamos o fato milagroso.
fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que apresentam Os presos tinham os pés inchados.
na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora a outro. Exemplo: Ela adotou-o por filho.
O homem anda. (intransitivo) Muitos consideram-no (como) um sábio.
O homem anda triste. (de ligação) Alguns chamam-no (de) impostor.
Os inimigos chamam-lhe (de) traidor.
O cego não vê. (intransitivo) As batalhas sagraram-no herói.
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) A doença deixou-me sem apetite.
Deram 12 horas. (intransitivo) A mãe viu-o desanimado.
A terra dá bons frutos. (transitivo direto) Silvinho acha-se um gênio.
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O objeto direto pode ser constituído: • Com nomes próprios ou comuns, referentes a pessoas,
• Por um substantivo ou expressão substantivada: O principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da
lavrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a Deus sobre todas
• Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, as coisas. “Provavelmente, enganavam é a Pedro.”; “O estrangeiro
vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se foi quem ofendeu a Tupã.”; “É certo que ele teme a Deus e crê na
ao espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo-lo a doutrina.”; “E dali em diante, o drama intensificava-se, fazendo
tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu vos amo.; sorrir, de plena satisfação, a Caetano.”; “Esse último rasgo do
“Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar quieta.”; Costa persuadiu a crédulos e incrédulos.”; “Diabolicamente, o
“Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de vista.” dinheiro atrai a pequenos e grandes.”
• Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na • Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o
loja.; A árvore que plantei floresceu. (que:objeto direto de plantei); objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!; A
Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do livro, médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A este confrade
ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem percebido nos meus conheço desde os seus mais tenros anos.”; “Ao Medeiros não o
escritos?” amordaçavam as convenções.”
• Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro
Freqüentemente transitivam-se verbos intransitivos, dando- caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os matava a ambos...”
se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma esfera • Com certos pronomes indefinidos, sobretudo referentes
semântica: a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a uns e odeias
“Viveu José Joaquim Alves vida tranqüila e patriarcal.” a outros?; Aumente a sua felicidade, tornando felizes também
(Vivaldo Coaraci) aos outros.; A quantos a vida ilude!; “A estupefação imobilizou
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal a todos.”; “A tudo e a todos eu culpo.”; “Como fosse acanhado,
Machado) não interrogou a ninguém.”
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Machado • Em certas construções enfáticas, como puxar (ou
de Assis) arrancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever, atirar
“Como andei contando um sonho, me lembrei de outro que já com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espadas de aço
sonhei mais de uma vez.” (Oto Lara Resende) fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha,
Em tais construções é de rigor que o objeto venha acompanhado pegou da linha, enfiou a linha na agulha e entrou a coser.”;
de um adjunto. “Imagina-se a consternação de Itaguaí, quando soube do caso.”
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O objeto indireto completa a significação dos verbos: • A preposição está implícita nos pronomes objetivos
indiretos (àtonos) me, te, se, lhe, nos, vos, lhes. Exemplos:
Transitivos Indiretos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te pertence. (=Isto pretence
Assisti ao jogo. a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo a você...); Peço-vos isto. (=Peço
Assistimos à missa e à festa. isto a vós.)
Aludiu ao fato. • Nos demais casos a preposição é expressa, como
característica do objeto indireto: Recorro a Deus.; Dê isto a (ou
Aspiro a uma vida calma.
para) ele.; Contenta-se com pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei
Absteve-se de vinho. por ti.; Falou contra nós.; Conto com você.; Não preciso disto.;
Deparei com um estranho. O filme a que assisti agradou ao público.; Assisti ao desenrolar
O pai batia-lhe. (no filho) da luta.; A coisa de que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem
Anseio pela tua volta. me refiro você a conhece.; Os obstáculos contra os quais luto são
Atentou contra a vida do rei. muitos.; As pessoas com quem conto são poucas.
Gosto de frutas e de doces. Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é
Obedeço ao regulamento. representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) ou
Deus lhe perdoe. (ao pecador) pelos pronomes.
Paguei ao médico ontem. As preposições que o ligam ao verbo são: a, com, contra, de,
Preciso de ti amanhã. em, para e por.
Ele zombou de nós.
Objeto Indireto Pleonástico – À semelhança do objeto
Responderei à carta de Lúcia. direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, por ênfase.
Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): Exemplos:
Dou graças a Deus. “A mim o que me deu foi pena.” (Ribeiro Couto)
Ceda o lugar aos mais velhos. “Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...?
Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres. (Machado de Assis)
Disse-lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) “E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes
Peço-lhe desculpas. (Peço desculpas ao professor.) xingarem-se à distância.” (Dalton Trevisan)
Revoltavam o povo contra o regime. “Mas que te importam a ti os assuntos que me são agradáveis?”
Não revelarei isto a ninguém. (Graciliano Ramos)
Acostumou o corpo ao frio e às intempéries.
Complemento Nominal – É o termo complementar
Beijou as mãos ao sacerdote.
reclamado pela significação transitiva, incompleta, de certos
O juiz confiou-lhe a guarda do menino. substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de
Perdôo-lhe a ofensa. preposição. Exemplos:
Devolve-lhe o dinheiro. (=Devolva o dinheiro a ele.) A defesa da pátria.
Não lhe foi devolvido o livro. (=Não lhe devolveram o livro.) Assistência às aulas.
Devolveu-se-lhe o livro. (=O livro foi-lhe devolvido.) “O ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal,
Aos vencidos tomavam-se os bens à força. entusiasmo divino.” (Rui Barbosa)
A árvore foi sacrificada à tirania do progresso. “Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” (Cabral do
Nascimento)
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras “A sensibilidade existe e está a serviço da harmonia, da
categorias, os quais, no caso, são considerados acidentalmente beleza e do equilíbrio.” (Luís Carlos Lisboa)
“Pois bem, nada me abala relativamente ao Rubião.”
transitivos indiretos: (Machado de Assis)
A bom entendedor meia palavra basta. A grande rodovia corre paralelamente às fronteiras
Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a ele) setentrionais do Brasil.
Isto não lhe convém.
A proposta pareceu-lhe aceitável. Observações:
• O complemento nominal representa o recebedor, o
Observações: paciente, o alvo da declaração expressa por um nome: amor a
• Há verbos que podem construir-se com dois objetos Deus, a condenação da violência, o medo de assaltos, a remessa
indiretos, regidos de preposições diferentes: Rogue a Deus por de cartas, útil ao homem, compositor de músicas, etc. É regido
nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; Pedirei para ti a meu pelas mesmas preposições usadas no objeto indireto. Difere deste
apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa
senhor um rico presente.
nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em –mente.
• Não confundir o objeto direto com o complemento • A nomes que requerem complemento nominal
nominal nem com o adjunto adverbial. correspondem, geralmente, verbos de mesmo radical: amor
• Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”, “Para ao próximo, amar o próximo; perdão das injúrias, perdoar as
ele nada é impossível”, os pronomes em destaque podem ser injúrias; obediente aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria,
considerados adjuntos adverbiais. regressar à pátria; remessa de cartas, remeter cartas; criação
de impostos, criar impostos; queima de fogos, queimar fogos;
O objeto indireto é sempre regido de preposição, expressa ou recordação do passado, recordar o passado; resistência ao mal,
implícita. resistir ao mal, etc.
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Agente da Passiva – É o complemento de um verbo na voz - casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade
passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo - homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade
passivo. Vem regido comumente pela preposição por, e menos - histórias de arrepiar os cabelos (=arrepiadoras): qualidade
freqüentemente pela preposição de: - criança com febre (=febril): característica
Alfredo é estimado pelos colegas. - aviso do diretor: agente
A cidade estava cercada pelo exército romano.
“Era conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas.” Observações:
(Olavo Bilac) • Não confundir o adjunto adnominal formado por locução
adjetiva com complemento nominal. Este representa o alvo da ação
O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou expressa por um nome transitivo: a eleição do presidente, aviso
pelos pronomes: de perigo, declaração de guerra, empréstimo de dinheiro, plantio
As flores são umedecidas pelo orvalho. de árvores, colheita de trigo, destruidor de matas, descoberta de
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim. petróleo, amor ao próximo, etc.
Muitos já estavam dominados por ele. O adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa
Aquele é o cachorro pelo qual fui mordido. o agente da ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém
Conheço o funcionário por quem fui atendido. ou de alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo,
Por quem teria ele sido denunciado? declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das matas,
O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz cheiro de petróleo, amor de mãe.
ativa:
A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva) Adjunto adverbial – É o termo que exprime uma circunstância
A multidão aclamava a rainha. (voz ativa) (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que modifica
Ele será acompanhado por ti. (voz passiva) o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio. Exemplo: “Meninas
Tu o acompanharás. (voz ativa) numa tarde brincavam de roda na praça.” (Geraldo França de
Lima)
Observações: O adjunto adverbial é expresso:
• Frase de forma passiva analítica sem complemento • Pelos advérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; Maria é
agente expresso, ao passar para a ativa, terá sujeito indeterminado mais alta.; Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Ele fala bem,
e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade. fala corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez esteja enganado.
(Expulsaram‑no da cidade.); As florestas são devastadas. • Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes
(Devastam as florestas.) viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu pai.;
• Na passiva pronominal não se declara o agente: Nas ruas Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escureceu de
assobiavam‑se as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas repente.
ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
Assobiavam‑se as canções dele nas ruas. (certo) Observações:
• Pode ocorrer a elipse da preposição antes de adjuntos
Termos Acessórios da Oração adverbiais de tempo e modo: Aquela noite, não dormi. (=Naquela
Termos acessórios são os que desempenham na oração uma noite...); Domingo que vem não sairei. (=No domingo...); Ouvidos
função secundária, qual seja a de caracterizar um ser, determinar atentos, aproximei-me da porta. (=De ouvidos atentos...).
os substantivos, exprimir alguma circunstância. • Os adjuntos adverbiais classificam-se de acordo com as
São três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal, circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial de lugar, modo,
adjunto adverbial e aposto. tempo, intensidade, causa, companhia, meio, assunto, negação,
etc.
Adjunto adnominal – É o termo que caracteriza ou determina • É importante saber distinguir adjunto adverbial de
os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas. (Meu adjunto adnominal, de objeto indireto e de complemento nominal:
determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.adn.); gosta do mar (obj.
caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto adnominal). indir.); ter medo do mar (compl.nom.).
O adjunto adnominal pode ser expresso:
• Pelos adjetivos: água fresca, terras férteis, animal feroz; Aposto – É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece,
• Pelos artigos: o mundo, as ruas, um rapaz; desenvolve ou resume outro termo da oração. Exemplos:
• Pelos pronomes adjetivos: nosso tio, este lugar, pouco D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
sal, muitas rãs, país cuja história conheço, que rua?; “Nicanor, acensorista, expôs-me seu caso de consciência.”
• Pelos numerais: dois pés, quinto ano, capítulo sexto; (Carlos Drummond de Andrade)
• Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem “No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontramos a
qualidade, posse, origem, fim ou outra especificação: felicidade.” (Camilo Castelo Branco)
- presente de rei (=régio): qualidade “No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de
- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença nossa gente.” (Mário de Andrade)
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem Casas e pastos, árvores e plantações, tudo foi destruído pela
- fio de aço, casa de madeira: matéria enchente.
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“O pastor, o guarda, o médico, todos olham e não dizem Vocativo – (do latim vocare = chamar) é o termo (nome,
nada.” (Ricardo Ramos) título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o animal
Prezamos acima de tudo duas coisas: a vida e a liberdade. ou a coisa personificada a que nos dirigimos:
“Cada casa arrumava, no terreiro em frente, a sua fogueira: “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Maria
uma pirâmide de toros de madeira decepados pela manhã.” de Lourdes Teixeira)
(Povina Cavalcânti) “A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Machado de
“Ele, Caúla, não ficaria ancorado como uma canoa.” (Adonias Assis)
Filho) “Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela)
“E isso exigiria estratagemas, coisas a que era avesso.” (José “Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal)
Geraldo Vieira) “Vocês por aqui, meninos?!” (Afonso Arinos)
“Meu nobre perdigueiro, vem comigo!” (Castro Alves)
O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome “Serenai, verdes mares!” (josé de Alencar)
substantivo: “Voltem para sua floresta, seus antropófagos!” (Rubem
Foram os dois, ele e ela. Braga)
Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar em casa. Observação:
• Profere-se o vocativo com entoação exclamativa.
O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas frases Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo inicial, os
seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo do sujeito: pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e
Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas. prolongado.
As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num balé de O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso, que pode
cores. ser uma pessoa, um animal, uma coisa real ou entidade abstrata
personificada. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó,
Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indicadas, olá, eh!):
na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não havendo “Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano)
pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos: “Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!”
Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o romance Tóia; (Graciliano Ramos)
o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio Tiradentes, etc. “Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo
“Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
Castelo Branco)
(Graciliano Ramos)
Eh! rapazes, são horas!
O aposto pode preceder o termo a que se refere, o qual, às
“Olá compadre, mais alto, mais alto!” (Augusto Meyer)
vezes, está elíptico. Exemplos:
Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura da
Mensageira da idéia, a palavra é a mais bela expressão da
oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado.
alma humana.
“Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os rochedos
ásperos.” (Cabral do Nascimento)(refere-se ao sujeito oculto eu). PERÍODO
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exemplos: Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal de que se encerra com ponto de exclamação, ponto de interrogação
tempestade iminente. ou com teticências.
O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito. O período é simples quando só traz uma oração, chamada
Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir sua absoluta; o período é composto quando traz mais de uma oração.
companhia. Exemplo:
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.)
Um aposto pode referir-se a outro aposto: Quero que você aprenda. (Período composto.)
“Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha do
velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo Ivo) Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num
período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num período
O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções
é, a saber, ou da preposição acidental como: verbais nele existentes. Exemplos:
Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Paraguai, Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
não são banhados pelo mar. Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Este escritor, como romancista, nnca foi superado. Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração)
O aposto que se refere a objeto indireto, complemento nominal Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locuções
ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: verbais, duas orações)
O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
“Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade das Há três tipos de período composto: por coordenação, por
coisas.” (Raquel Jardim) subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo
De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo. (também chamada de misto).
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Período Composto por Coordenação. Orações Os livros não somente instruem mas também divertem.
Coordenadas Ela não somente se orgulhava de seu marido como também
Considere, por exemplo, este período composto: o amava muito.
2. Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tempos porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
de infância.
Estudei bastante / mas não passei no teste.
1ª oração: Passeamos pela praia OCA OCS Adversativa
2ª oração: brincamos
3ª oração: recordamos os tempos de infância Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
que expressa idéia de oposição à oração anterior, ou seja, por uma
As três orações que compõem esse período têm sentido conjunção coordenativa adversativa.
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas
são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação de sentido, A espada vence, mas não convence.
mas, como já dissemos, uma não depende da outra sintaticamente. “É dura a vida, mas aceitam‑na.” (Cecília Meireles)
As orações independentes de um período são chamadas de Tens razão, contudo não te exaltes.
orações coordenadas (OC), e o período formado só de orações
Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava.
coordenadas é chamado de período composto por coordenação.
O mar é generoso, porém às vezes torna‑se cruel.
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e
O instinto social não é privilégio do homem, antes, se nos
sindéticas.
depara nos próprios animais. (antes = pelo contrário)
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando “Já não era um tímido passageiro que embarcara em São
não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: Paulo e sim um estóico aviador.” (José Fonseca Fernandes) (e
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. sim = mas)
OCA OCA OCA
3. Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto,
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de por isso, pois, logo.
Assis)
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
(Antônio Olavo Pereira) OCA OCS Conclusiva
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” (Coelho
Neto) Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção
“Avancei lentamente até o bueiro, sentei-me.” (Graciliano que expressa idéia de conclusão de um fato enunciado na oração
Ramos) anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa conclusiva.
“Jonas dá o sinal de partida, as lanchas se movimentam
lentamente, os saveiros acompanham.” (Jorge Amado) Vives mentindo; logo, não mereces fé.
Ele é teu pai: respeita‑lhe, pois, a vontade.
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar.
introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
O homem saiu do carro / e entrou na casa. 4. Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou,ou...
OCA OCS ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as
OCA OCS Alternativa
introduzem. Pode ser:
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
1. Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não
só... mas também, não só... mas ainda. conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha
com referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
Saí da escola / e fui à lanchonete. coordenativa alternativa.
OCA OCS Aditiva
Venha agora ou perderá a vez.
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção “Jacinta não vinha à sala, ou retirava‑se logo.” (Machado de
que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à oração Assis)
anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa aditiva. “Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará preço
muito caro.” (Renato Inácio da Silva)
A doença vem a cavalo e volta a pé. “A louca ora o acariciava, ora o rasgava freneticamente.”
As pessoas não se mexiam nem falavam. (Luís Jardim)
“Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até “Ou Amaro estuda ou largo‑o de mão!” (Graciliano Ramos)
nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” O misterioso disco já escurecia, já brilhava intensamente.
(Machado de Assis)
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Por mais que gritasse, não me ouviram. Todas as vezes que agredimos a natureza, ela se volta
Os louvores, pequenos que sejam, são ouvidos com agrado. contra nós.
“Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer.” (Oto Lara Mal chegamos ao local, vimos toda a extensão da catástrofe.
Resende) Ela me reconheceu apenas (ou mal ou logo que ou assim
“Os cavalos vinham quase em cima dela, por mais que o que) lhe dirigi a palavra.
cocheiro os sofreasse.” (Machado de Assis) Minha mãe ficava acordada até que eu voltasse.
”Por muito mau que fosse o seringal, devia ser melhor que “Deolindo veio à terra tão depressa alcançou a licença.”
aquilo.” (Ferreira de Castro) (Machado de Assis)
“Em cada escola (filosófica), por exagerada que seja, há “Nem bem sentou‑se no banco, o moço ergueu-se rápido.”
sempre uma apreciável parcela de verdade integral.” (Jônatas (José Fonseca Fernandes)
Serrano) Agora que estás de férias, que pretendes fazer?
“Se o via derrubado, rosto no pó, nem por isso o respeitava “Ela acalentou o bebê, manteve-o apertado contra o peito, ao
menos.” (Ondina Ferreira) (Se o via = embora o visse.) mesmo tempo que lhe afagava os cabelos.” (Helena Jobim)
Ajudava-os em tudo, sem que isso fosse de minha obrigação. Por que ela ainda não apareceu desde que estamos aqui?
Júlio César resolveu passar o Rubicão, fossem quais fossem “Desde que não confia nele manda-o embora e chama outro.”
as conseqüências. (Ramalho Ortigão)
O responsável deve ser punido, quem quer que seja.
Por incrível que pareça, eles não sabiam o nome de sua Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
cidade. enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de
“Chovesse ou fizesse sol, o Major não faltava.” (Povina que, porque (=para que), que.
Cavalcânti) Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
“Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente
OP OSA Final
confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos)
Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” (Marquês
outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
OP OSA Conformativa “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que = para
O homem age conforme pensa. que)
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. “Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as recepções
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de informação. deixasse)
Vim hoje, conforme lhe prometi. “Quando sentiu que ia chegando, cruzou os braços no peito,
“Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar anos não fosse o coração saltar-lhe.” (José Geraldo Vieira)
depois.” (Machado de Assis)
Segundo ouvi dizer, Fleming descobriu a penicilina por Consecutivas: Expressam a conseqüência do que foi
acaso. enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como (=
Consoante opinam alguns, a História se repete. porque), pois que, visto que.
“Como deveis saber, há em todas as coisas um sentido
filosófico.” (Machado de Assis) A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
“Um eclipse da Lua pode ser total o parcial, conforme a Lua OP OSA Consecutiva
fique ou não completamente mergulhada no cone de sombra
da Terra.” (Ronaldo de Freitas Mourão) Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” (José
foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, assim que, J. Veiga)
logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal (=assim que). De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. prolongar minha viagem.
OP OSA Temporal Ontem estive doente, de sorte que (ou de modo que ou de
forma que ou de maneira que) não saí de casa.
Formiga, quando quer se perder, cria asas. “Corria para a rua, para o trabalho, para o tumulto, a estontear-
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se se, de modo que lhe fosse difícil encontrar-se a sós consigo.”
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) (Fernando Namora)
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês “Ainda assim, não andei tão depressa que amarrotasse as
de Maricá) calças.” (Machado de Assis)
Enquanto foi rico, todos o procuravam. “Não esperava, tanto que me pediu um prazinho para a
Um dos garimpeiros falou, enquanto os outros escutavam resposta.” (Amadeu de Queirós)
silenciosos. “Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?” (Castro
Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias. Alves)
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Tinha um filho, podia erguê-lo ao sol, sem que a guerra o O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
arrebatasse.” José Geraldo Vieira) O grupo quer / que você ajude.
Não vão a uma festa que não voltem bêbedos. (que não = OP OSS Objetiva Direta
sem que)
“Não podia fitá-lo sem que (ou que não) risse.” (Celso Luft) O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O mestre
“Não se sentava que não enterasse a cara nas mãos.” (José exigia a presença de todos.)
Américo) Mariana esperou que o marido voltasse.
“Bebia que era uma lástima!” (Ribeiro Couto) Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
Falou com uma calma e frieza que todos ficaram atônitos. O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
“Tenho medo disso que me pélo!” (Coelho Neto) Perguntaram quem era o dono da fábrica.
“Essa gente fazia um barulho, que assustava os transeuntes...” Indaguei de quem eram aqueles quadros.
(Graciliano Ramos) Veja que horas são.
Comparativas: Expressam idéia de comparação com Não posso dizer qual delas é a mais feia.
referência à oração principal. Conjunções: como, assim como, tal Ignoro quantos são os desabrigados.
como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado com O freguês perguntou quanto custava aquele relógio.
menos ou mais). Ignoramos como se salvaram.
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É
Ela é bonita / como a mãe. aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração
OP OSA Comparativa principal. Observe:
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro.” Necessito de sua ajuda. (objeto indireto)
(Marquês de Maricá)
Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro. Necessito / de que você me ajude.
Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. OP OSS Objetiva Inireta
Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à luz
daquele olhar.
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua
“Nos Estados Unidos há universidades para todas as
viagem.)
inteligências como há hotéis para todas as bolsas.” (Eduardo
Aconselha-o a que trabalhe mais.
Prado)
Daremos o prêmio a quem o merecer.
O lugar é tal qual (ou tal como) você o descreveu.
Lembre-se de que a vida é breve.
Certos cantores gesticulam mais do que cantam.
O santo exortava o povo a que se mantivesse fiel a Deus.
Rui voltou para casa como quem vai para a prisão.
O soldado insistia em que a prisão fosse feita.
“O coronel Ferreira avisava-o de que se acautelasse.”
Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está (Camilo Castelo Branco)
subentendido o verbo ser (como a mãe é). “Alguém me convencera de que eu devia jejuar.” (Graciliano
Proporcionais: Expressam uma idéia que se relaciona Ramos)
proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. Conjunções: “Abriu-se o templo a quem quer que cresse em Deus.”
à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto (Jônatas Serrano)
menos. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que
exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Observe:
Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
OSA Proporcional OP É importante sua colaboração. (sujeito)
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É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela
necessária.) que exerce a função de aposto de um termo da oração principal.
Parece que a situação melhorou. Observe:
Aconteceu que não o encontrei em casa.
Importa que saibas isso bem. Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício do país.
Às vezes sucedia que um de nós se machucava. (aposto)
Não consta que ele fosse anti‑religioso.
Convém que sigas uma profissão. Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do
É bom que você venha. país.
Não é segredo que os dois não se entendem. OP OSS Apositiva
Ficou provado que os documentos eram falsos.
Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo coisa: a sua felicidade)
da oração principal. Observe: Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de
que virias a morrer...” (Osmã Lins)
Estou convencido de sua inocência. (complemento nominal)
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum motivo
oculto?” (Machado de Assis)
Estou convencido / de que ele é inocente.
“A notícia veio de supetão: iam meter‑me na escola.”
OP OSS Completiva Nominal (Graciliano Ramos)
“E confesso uma verdade: eu era um homem puro.” (Carlos
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão Povina Cavalcânti)
dele.)
Estava ansioso por que voltasses. As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-
Sê grato a quem te ensina. pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à oração
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo.” principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho recuperasse a saúde,
(Graciliano Ramos) tornou-se realidade.
“Deixei-me estar em casa, desde a tarde, na esperança de que
me chamasse.” (Antônio Olavo Pereira) Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
“Estava convencido de que um dia lhe dariam razão.” orações substantivas podem ser introduzidas por outros conectivos,
(Herberto Sales) tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
“Mariana teve a sensação de que alguém a observava.” (Ana Não sei quando ele chegou.
Miranda) Diga-me como resolver esse problema.
“O romano estava intimamente convencido de que era
superior a todos os outros povos.” (Jônatas Serrano) Orações Subordinadas Adjetivas
“É inútil uma coleção de armas para quem já não caça As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
mais.” (Maria de Lourdes Teixeira) função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal.
“Há necessidade de quem é luz do mundo e sal da terra.” Observe como podemos transformar um adjunto adnominal em
(Dom Eugênio Sales) oração subordinada adjetiva:
Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal, Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada adjetiva)
vindo sempre depois do verbo ser. Observe:
As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas
por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem, etc.) e podem
O importante é sua felicidade. (predicativo)
ser classificadas em:
Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando
O importante é / que você seja feliz.
restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.
OP OSS Predicativa
Exemplo:
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) OP OSA Restritiva
Minha esperança era que ele desistisse.
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
Não sou quem você pensa. o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
Arnaldo foi quem trabalhou menos. aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar.
Para alguns a pátria é onde se está bem.
“O certo é que a pacata fisionomia da cidadezinha ganhou Pedra que rola não cria limo.
animação.” (Carlos Povina Cavalcânti) Os animais que se alimentam de carne chamam-se
A expectativa é de que a safra agrícola aumente. carnívoros.
“A impressão é de que uma e outra seriam a mesma coisa.” Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
(Carlos Castelo Branco) escreveram.
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“Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário Precisando de ajuda, telefone-me.
Mariano) Se precisar de ajuda, / telefone-me.
“Escolheu a rua que o levaria ao bairro dos clubes.” OSA Condicional
(Fernando Namora) Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial
“As pessoas a que a gente se dirige sorriem.” (Graciliano condicional, reduzida de gerúndio.
Ramos)
“A vida me ensinou a conhecer os homens com os quais eu Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
lido.” (Josué Guimarães) Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o
“Existem coisas cujo alcance nos escapa; nem por isso vestiário.
deixam de existir.” (Inácio de Loyola Brandão) OSA Temporal
Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal,
quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se reduzida de particípio.
referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
Observações:
restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas fixas,
O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
isto é, orações reduzidas que não são passíveis de desenvolvimento.
novo livro. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa cidade.
OP OSA Explicativa - O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações
OP reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. Exemplos:
Preciso terminar este exercício.
Deus, que é nosso pai, nos salvará. Ele está jantando na sala.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria. Essa casa foi construída por meu pai.
Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho. - Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado. reduzida. Exemplo:
“Olhou a caatinga amarela, que o poente avermelhava.” O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.
(Graciliano Ramos) O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração
“Mariana sentou-se no catre, ao lado qual estava o baú de coordenada sindética aditiva)
roupas.” (Ana Miranda) Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de
gerúndio.
Orações Reduzidas
Observe que as orações subordinadas eram sempre introduzidas Dúvidas: Qual é a diferença entre as orações coordenadas
por uma conjunção ou pronome relativo e apresentavam o verbo explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
numa forma do indicativo ou do subjuntivo. Além desse tipo de podem ser iniciadas por que e porque?
orações subordinadas há outras que se apresentam com o verbo Às vezes não é fácil estabelecer a diferença entre explicativas
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). e causais, mas como o próprio nome indica, as causais sempre
Exemplos: trazem a causa de algo que se revela na oração principal, que traz
o efeito.
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de inglês. Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre
(infinitivo) a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Essa noção de causa e efeito não existe no período composto
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário.
por coordenação. Exemplo:
(particípio)
Rosa chorou porque levou uma surra.
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das
formas nominais são chamadas de reduzidas. Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal, visto
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, que a surra foi sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos a
conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e passamos Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos.
o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo, conforme
o caso. A oração reduzida terá a mesma classificação da oração O período agora é composto por coordenação, pois a oração
desenvolvida. iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou
na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e efeito: o
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela ter
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de inglês. chorado.
OSA Temporal
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal, Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
reduzida de infinitivo. OP OSA Comparativa OSA Condicional
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Temos orações subordinadas, respectivamente: 1) preposição 2) conj. subord. causal 3) conj. subord.
a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva conformativa
b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta 4) conj. coord. aditiva 5) adv. interrogativo de modo
c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal
d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta ( ) Perguntamos como chegaste aqui.
e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta ( ) Percorrera as salas como eu mandara.
( ) Tinha-o como amigo.
6. (SANTA CASA) A palavra “se” é conjunção integrante ( ) Como estivesse frio, fiquei em casa.
(por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em ( ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.
qual das orações seguintes?
a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão. a) 2 - 4 - 5 - 3 - 1
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. b) 4 - 5 - 3 - 1 - 2
c) O aluno fez-se passar por doutor. c) 5 - 3 - 1 - 2 - 4
d) Precisa-se de operários. d) 3 - 1 - 2 - 4 - 5
e) Não sei se o vinho está bom. e) 1 - 2 - 4 - 5 - 3
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12. (FCS ANHEMBI) Em - “Há enganos que nos deleitam”, 18. (FGV) Leia com atenção: “Nesta empresa, todos os
a oração grifada é: cargos que aspiro estão ocupados.” Na frase acima, há um erro de
a) substantiva subjetiva regência verbal, pois o verbo aspirar, neste caso pede:
b) substantiva objetiva direta a) objeto direto
c) substantiva completiva nominal b) predicativo do sujeito
d) substantiva apositiva c) objeto indireto
e) adjetiva restritiva d) oração subordinada substantiva subjetiva
e) adjunto adverbial de finalidade
13. (FATEC) Considerando como conjunção integrante aquela
que inicia uma oração subordinada substantiva, indique em qual (FGV) Texto para as questões 19 a 22:
das opções nenhum se tem esta função:
“Tomo a liberdade de perguntar a V. Exa. se as locuções
a) Se subiu, ninguém sabe, ninguém viu.
repolhudas do ilustre colega são parlamentares; e, se o são, peço
b) Comenta-se que ele se feria de propósito.
ainda a mercê de se me dizer onde se estudam aquelas farfalhices.”
c) Se vai ou fica é o que eu gostaria de saber.
(Camilo Castelo Branco)
d) Saberia me dizer se ele já foi?
e) n.d.a 19. “de perguntar a V. Exa.” é oração subordinada:
a) substantiva objetiva indireta, reduzida de infinitivo
14. (CESCEA) Aponte a alternativa em que ocorre o adjunto b) substantiva completiva nominal, reduzida de infinitivo
adverbial de causa: c) adverbial causal, reduzida de infinitivo
a) Comprou livros com dinheiro d) adjetiva explicativa, reduzida de infinitivo
b) O poço secou com o calor e) Pedro é efetivamente bom. e) substantiva apositiva
c) Estou sem amigos.
d) Vou ao Rio. 20. A oração “se as locuções repolhudas do ilustre colega são
e) Pedro é efetivamente bom. parlamentares”, é:
a) subordinada substantiva objetiva direta
15. (FMU) “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas / De b) subordinada substantiva predicativa
um povo heróico o brado retumbante...” O sujeito desta afirmação c) subordinada adverbial causal
com que se inicia o Hino Nacional é: d) subordinada adverbial condicional
a) indeterminado e) subordinada adverbial consecutiva
b) um povo heróico e) o brado retumbante
c) as margens plácidas do Ipiranga 21. A oração “se o são” é:
d) do Ipiranga a) subordinada substantiva objetiva direta
e) o brado retumbante b) subordinada substantiva predicativa
c) subordinada adverbial consecutiva
(FGV) Texto para as questões 16 a 18: d) subordinada adverbial causal
“Minha alva Dinamene, a Primavera, / Que os campos e) subordinada adverbial condicional
deleitosos pinta e veste, / E, rindo-se, uma cor aos olhos gera /
Com que na terra vem o Arco celeste / O cheiro, rosas, flores, a
22. A oração “de se me dizer” é:
verde hera, / Com toda formosura amena agreste, / Não é para
a) subordinada substantiva objetiva direta
meus olhos, tão formosa / Como a tua, que abate o lírio e a rosa”
b) subordinada substantiva objetiva indireta
(Camões)
c) subordinada adverbial condicional
16. No último verso da segunda estrofe “como a tua” d) subordinada substantiva apositiva
sintaticamente é: e) subordinada substantiva completiva nominal
a) adjunto adnominal de modo
b) adjunto adverbial de modo 23. (FUVEST) Classifique as orações em destaque do período
c) oração subordinada substantiva indireta seguinte: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os
d) oração subordinada adverbial consecutiva empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis,
e) oração subordinada adverbial comparativa uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu.”
a) principal, subordinada adverbial final
17. “Para meus olhos”, no terceiro verso da segunda estrofe b) principal, subordinada substantiva objetiva direta
é: c) subordinada adverbial temporal, subordinada adjetiva
a) complemento nominal restritiva
b) objeto indireto d) subordinada adverbial temporal, subordinada objetiva
c) oração subordinada substantiva predicativa direta
d) oração subordinada substantiva objetiva indireta e) subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva
e) predicativo subjetiva
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24. (FUVEST) No período: “Era tal a serenidade da tarde, que 30. (UFE-PA) No trecho “Cecília ... viu do lado oposto do
se percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a finados.”, rochedo Peri, que a olhava com uma admiração ardente”, a oração
a segunda oração é: grifada expressa uma:
a) subordinada adverbial causal a) causa
b) subordinada adverbial consecutiva b) oposição
c) subordinada adverbial concessiva c) condição
d) subordinada adverbial comparativa d) lugar
e) subordinada adverbial subjetiva e) explicação
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36. (FUVEST) No período: “Ainda que fosse bom jogador, 43. (UF-PA) Há no período uma oração subordinada adjetiva:
não ganharia a partida”, a oração destacada encerra idéia de: a) Ele falou que compraria a casa.
a) causa b) Não fale alto, que ela pode ouvir.
b) concessão c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo.
c) fim d) Em time que ganha não se mexe.
d) condição e) Parece que a prova não está difícil.
e) proporção
37. (PUC) No período: “Apesar disso a palestra de Seu 44. (PUC) Nos trechos: “... não é impossível que a notícia
Ribeiro e D. Glória é bastante clara”, a palavra grifada veicula da morte me deixasse alguma tranqüilidade, alívio e um ou dois
uma idéia de: minutos de prazer” e “Digo-vos que as lágrimas eram verdadeiras”.
a) concessão A palavra “que” está introduzindo, respectivamente, orações:
b) comparação a. subordinada substantiva subjetiva, subordinada
c) conseqüência substantiva objetiva direta
d) condição b. subordinada substantiva objetiva direta, subordinada
e) modo substantiva objetiva direta
c. subordinada substantiva subjetiva, subordinada
38. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Penso, logo existo”,
oração em destaque é: substantiva predicativa
a) coordenada sindética conclusiva d. subordinada substantiva completiva nominal,
b) coordenada sindética aditiva subordinada adjetiva explicativa
c) coordenada sindética alternativa e. subordinada adjetiva explicativa, subordinada
d) coordenada sindética adversativa substantiva predicativa
e) n.d.a
45. (PUC) Assinale a alternativa que apresenta um período
39. (FCE-SP) “Os homens sempre se esquecem de que somos composto onde uma das orações é subordinada adjetiva:
todos mortais.” A oração destacada é: a. “... a nenhuma pedi ainda que me desse fé: pelo contrário,
a) substantiva completiva nominal
digo a todas como sou”.
b) substantiva objetiva indireta
c) substantiva predicativa b. “Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que
d) substantiva objetiva direta ainda há pouco mostrei.”
e) substantiva subjetiva c. “... em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante
e incapaz de amar três dias um mesmo objeto”.
40. (FEI-SP) “Estou seguro de que a sabedoria dos d. “Mas entre nós há sempre uma grande diferença; vós
legisladores saberá encontrar meios para realizar semelhante enganais e eu desengano.”
medida.” A oração em destaque é substantiva: e. “ - Está romântico!... está romântico... - exclamaram os
a) objetiva indireta três...”
b) completiva nominal
c) objetiva direta
d) subjetiva 46. (F. TIBIRIÇA-SP) No período “Todos tinham certeza de
e) apositiva que seriam aprovados”, a oração destacada é:
a) substantiva objetiva indireta
41. (UC-MG) Há oração subordinada substantiva apositiva b) substantiva completiva nominal
em: c) substantiva apositiva
a. Na rua perguntou-lhe em tom misterioso: onde d) substantiva subjetiva
poderemos falar à vontade? e) n.d.a
b. Ninguém reparou em Olívia: todos andavam como
pasmados. 47. (UFSCAR) Marque a opção que contém oração
c. As estrelas que vemos parecem grandes olhos curiosos.
subordinada substantiva completiva nominal:
d. Em verdade, eu tinha fama e era valsista emérito: não
admira que ela me preferisse. a. “Tanto eu como Pascoal tínhamos medo de que o patrão
e. Sempre desejava a mesma coisa: que a sua presença topasse Pedro Barqueiro nas ruas da cidade.”
fosse notada. b. “Era preciso que ninguém desconfiasse do nosso conluio
para prendermos o Pedro Barqueiro.”
42. (UF-PA) Qual o período em que há oração subordinada c. “Para encurtar a história, patrãozinho, achamos Pedro
substantiva predicativa? Barqueiro no rancho, que só tinha três divisões: a sala, o quarto
a) Meu desejo é que você passe nos exames vestibulares. dele e a cozinha.”
b) Sou favorável a que o aprovem. d. “Quando chegamos, Pedro estava no terreiro debulhando
c) Desejo-te isto: que sejas feliz.
milho, que havia colhido em sua rocinha, ali perto.”
d) O aluno que estuda consegue superar as dificuldades
e. “Pascoal me fez um sinalzinho, eu dei a volta e entrei
do vestibular.
pela porta do fundo para agarrar o Barqueiro pelas costas.”
e) Lembre-se de que tudo passa nesse mundo.
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48. (CESGRANRIO) Assinale o período em que ocorre Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
a mesma relação significativa indicada pelos termos destacados Ó jovens! Lutemos!
em: “A atividade científica é tão natural quanto qualquer outra
atividade econômica.” VÍRGULA
a) Ele era tão aplicado, que em pouco tempo foi promovido. A vírgula deve ser empregada toda vez que houver uma
b) Quanto mais estuda, menos aprende. pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
c) Tenho tudo quanto quero. • Nas datas e nos endereços:
d) Sabia a lição tão bem como eu. São Paulo, 17 de setembro de 1989.
e) Todos estavam exaustos, tanto que se recolheram logo. Largo do Paissandu, 128.
• No vocativo e no aposto:
49. (UMC-SP) Assinale o período em que há oração Meninos, prestem atenção!
subordinada adverbial consecutiva:
Termópilas, o meu amigo, é escritor.
a) Diz-se que você não estuda.
• Nos termos independentes entre si:
b) Falam que você não estuda.
c) Fala-se tanto que você não estuda. O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas diversões.
d) Comeu que ficou doente. • Com certas expressões explicativas como: isto é, por
e) Quando saíres, irei contigo. exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da vírgula:
Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, a festa
50. (F. LUIZ MENEGUEL-PR) No período “Embora lhe da padroeira.
desaprovassem a forma, justificavam-lhe a essência”, podemos • Após alguns adjuntos adverbiais:
afirmar que ocorre uma oração: No dia seguinte, viajamos para o litoral.
a) coordenada explicativa • Com certas conjunções. Neste caso também é usado o
b) coordenada adversativa duplo emprego da vírgula:
c) subordinada adverbial conformativa Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o diretor.
d) subordinada adverbial concessiva • Após a primeira parte de um provérbio.
e) subordinada integrante O que os olhos não vêem, o coração não sente.
• Em alguns casos de termos oclusos:
RESPOSTAS Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate.
(1-A) (2-B) (3-E) (4-A) (5-D) (6-E) (7-B) (8-C) (9-E) (10-C) RETICÊNCIAS
(11-C) (12-E) (13-B) (14-B) (15-C) (16-E) (17-A) (18-C) (19-B) • São usadas para indicar suspensão ou interrupção do
(20-A) (21-E) (22-E) (23-D) (24-B) (25-D) (26-E) (27-C) (28-E) pensamento.
(29-A) (30-E) (31-D) (32-A) (33-E) (34-B) (35-A) (36-B) (37-A) Não me disseste que era teu pai que ...
(38-A) (39-B) (40-B) (41-E) (42-A) (43-D) (44-A) (45-B) (46-B)
• Para realçar uma palavra ou expressão.
(47-A) (48-D) (49-D) (50-D) Hoje em dia, mulher casa com “pão” e passa fome...
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro sentimento.
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu também...
PONTUAÇÃO
PONTO E VÍRGULA
• Separar orações coordenadas de certa extensão ou que
Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na escrita mantém alguma simetria entre si.
as pausas da linguagem oral. “Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu a haste ao
desconhecido, guardando consigo a ponta farpada. “
PONTO • Para separar orações coordenadas já marcadas por
O ponto é empregado em geral para indicar o final de uma vírgula ou no seu interior.
frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é conhecido Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o motorista,
como final. Nos casos comuns ele é chamado de simples. porém, mais calmo, resolveu o problema sozinho.
Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor), d.C. (depois
de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico Veríssimo). DOIS PONTOS
• Enunciar a fala dos personagens:
PONTO DE INTERROGAÇÃO Ele retrucou: Não vês por onde pisas?
É usado para indicar pergunta direta. • Para indicar uma citação alheia:
Onde está seu irmão? Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de informações
de passageiros do vôo das nove: “queiram dirigir-se ao portão de
Às vezes, pode combinar-se com o ponto de exclamação. embarque”.
A mim ?! Que idéia! • Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra ou
expressão anterior:
PONTO DE EXCLAMAÇÃO Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente.
É usado depois das interjeições, locuções ou frases • Enumeração após os apostos:
exclamativas. Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido.
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TRAVESSÃO BARRA
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou serve para A barra é muito empregada nas abreviações das datas e em
isolar palavras ou frases algumas abreviaturas.
– “Quais são os símbolos da pátria?
– Que pátria? EXERCÍCIOS
– Da nossa pátria, ora bolas!” (P. M Campos).
– “Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava, chovia, 1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontuação:
parava outra vez. Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras,
– a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter avistado crescerão sempre...
mais alguma coisa”. (M. Palmério). a) No Brasil, a diferença social é motivo de constante
• Usa-se para separar orações do tipo: preocupação.
– Avante!- Gritou o general. b) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no
– A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta. IBGE.
Usa-se também para ligar palavras ou grupo de palavras que c) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora
formam uma cadeia de frase:
a mudar.
• A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
d) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências
• A ponte Rio – Niterói.
• A linha aérea São Paulo – Porto Alegre. serão tomadas.
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6. (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontuação correta: 11. (PUC-RS) A alternativa com pontuação correta é:
a. Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma a. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir. Nossa
comadre, minha avó. capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente,
b. Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: deturpamos o que ouvimos.
provocava risos, muxoxos, palavrões. b. Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir:
c. A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam nossa capacidade de retenção é variável e, muitas vezes,
deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
roupas e o seu calçado. c. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir! Nossa
d. Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente,
muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, deturpamos o que ouvimos.
triturados soltos no ar. d. Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir;
e. Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde
nossa capacidade de retenção, é variável e - muitas vezes
notei, que me achava lá, numa sala pequena.
inconscientemente, deturpamos o que ouvimos.
7. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está e. Tenha cuidado, ao parafrasear o que ouvir.
pontuada corretamente: Nossa capacidade de retenção é variável - e muitas vezes
a. Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado inconscientemente - deturpamos, o que ouvimos.
do concurso.
b. Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado (CESCEM) Nas questões 12 a 15, os períodos foram
do concurso. pontuados de cinco formas diferentes. Leia-os todos e assinale a
c. Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado letra que corresponde ao período de pontuação correta:
do concurso.
d. Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do 12.
concurso, em fila. a. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque, conhece
e. Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado pouco os deveres da hospitalidade.
do concurso. b. Entra a propósito disse Alves, o seu moleque conhece
pouco os deveres da hospitalidade.
(CARLOS CHAGAS-BA) Instruções para as questões c. Entra a propósito, disse Alves o seu moleque conhece
de números 8 e 9: Os períodos abaixo apresentam diferenças pouco os deveres da hospitalidade.
de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período de d. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece
pontuação correta: pouco os deveres da hospitalidade.
e. Entra a propósito, disse Alves, o seu moleque conhece
8. pouco, os deveres da hospitalidade.
a. Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a
reunião ficou mais animada. 13.
b. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião a. Prima faça calar titio suplicou o moço, com um leve
ficou mais animada. sorriso que imediatamente se lhe apagou.
c. Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a b. Prima, faça calar titio, suplicou o moço com um leve
reunião ficou mais animada. sorriso que imediatamente se lhe apagou.
d. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, c. Prima faça calar titio, suplicou o moço com um leve
ficou mais animada. sorriso que imediatamente se lhe apagou.
e. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião
d. Prima, faça calar titio suplicou o moço com um leve
ficou, mais animada.
sorriso que imediatamente se lhe apagou.
9.
e. Prima faça calar titio, suplicou o moço com um leve
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que
eu venho. sorriso que, imediatamente se lhe apagou.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone
que eu venho. 14.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, a. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio
que eu venho. gordo, fisionomia insinuante, destas que mesmo sérias, trazem
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, impresso constante sorriso.
que eu venho. b. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que gordo, fisionomia insinuante, destas que mesmo sérias trazem,
eu venho. impresso constante sorriso.
c. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio
10. (SANTA CASA) Os períodos abaixo apresentam gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias, trazem
diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao impresso, constante sorriso.
período de pontuação correta: d. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio
a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias trazem
b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio. impresso constante sorriso.
c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. e. Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio
d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio. gordo, fisionomia insinuante, destas que, mesmo sérias, trazem
f) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. impresso constante sorriso.
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“Tanto tinha minha tia de emperiquitada quanto minha avó “É necessário muita fé.” (Mário Barreto)
de desmanzelada consigo mesma.” (Pedro Nava) “ Não seria preciso muita finura para perceber isso.” (Ciro
“...esses números nada têm de precisos.” (Josué de Castro) dos Anjos)
Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado
Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical da
concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se palavra, mas com o fato que se tem em mente:
consoante as seguintes normas: Tomar hormônios às refeições não é mau.
É necessário ter muita fé.
• O predicativo concorda em gênero e número com o
sujeito simples: Havendo determinação do sujeito, ou sendo preciso realçar o
A ciência sem consciência é desastrosa. predicativo, efetua-se a concordância normalmente:
Os campos estavam floridos, as colheitas seriam fartas. É necessária a tua presença aqui. (= indispensável)
É proibida a caça nesta reserva. “Se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente.”
(Eça de Queirós)
• Quando o sujeito é composto e constituído por “Seriam precisos outros três homens.” (Aníbal Machado)
substantivos do mesmo gênero, o predicativo deve concordar no “São precisos também os nomes dos admiradores.” (Carlos
plural e no gênero deles: de Laet)
O mar e o céu estavam serenos. “Foram precisos milênios de luta contra a animalidade.”
A ciência e a virtude são necessárias. (Rubem Braga)
“Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens “Só para consolidar as bases do palácio real, foram precisas
sem disciplina,” (Alexandre Herculano) treze mil estacas.” (Ramalho Ortigão)
• Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos Concordância do predicativo com o objeto: A concordância
de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino plural: do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto subordina-
O vale e a montanha são frescos. se às seguintes regras gerais:
“O céu e as árvores ficariam assombrados.” (Machado de
Assis) • O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto
Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro. quando este é simples:
“O César e a irmã são louros.” (Antônio Olinto) Vi ancorados na baía os navios petrolíferos.
O garoto e as meninas avançaram cautelosos. “Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.”
Menos comum é a concordância com o substantivo mais (Carlos de Laet)
próximo, o que só é possível quando o predicativo se antecipa ao O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito.
sujeito: A noite torna visíveis os astros no céu límpido.
“Era deserta a vila, a casa, o templo.” (Gonçalves Dias)
Onde andará metido Antônio e suas irmãs? • Quando o objeto é composto e constituído por elementos
Estavam molhadas as cortinas e os tapetes. do mesmo gênero, o adjetivo se flexiona no plural e no gênero dos
elementos:
• Se o sujeito for representado por um pronome de A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares.
tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem Deixe bem fechadas a porta e as janelas.
nos referimos:
Vossa Senhoria ficará satisfeito, eu lhe garanto. • Sendo o objeto composto e formado de elementos de
“Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz.” (Ariano gênero diversos, o adjetivo predicativo concordará no masculino
Suassuna) plural:
Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores de Tomei emprestados a régua e o compasso.
nossa confiança. Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha.
Vossa Alteza foi bondoso. (com referência a um príncipe) “Vi setas e carcás espedaçados”. (Gonçalves Dias)
Vossa Alteza foi muito severa. (com referência a uma Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas.
princesa) Encontrei pai e filha empenhados numa discussão.
“Vossa Majestade pode partir tranqüilo para a sua expedição.” Se anteposto ao objeto, poderá o predicativo, neste caso,
(Vivaldo Coaraci) concordar com o núcleo mais próximo:
É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins.
O predicativo aparece às vezes na forma do masculino singular Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos
nas estereotipadas locuções é bom, é necessário, é preciso, etc., substantivos variáveis em gênero e número:
embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural: Temiam que as tomassem por malfeitoras.
Bebida alcoólica não é bom para o fígado. Considero autores do crime o comerciante e sua empregada.
“Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis)
“É preciso cautela com semelhantes doutrinas.” (Camilo Concordância do particípio passivo: Na voz passiva, o
Castelo Branco) particípio concorda em gênero e número com o sujeito, como os
“Hormônios, às refeições, não é mau.” (Aníbal Machado) adjetivos:
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Foi escolhida a rainha da festa. O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem
Foi feita a entrega dos convites. outro fica no singular. Exemplos:
Os jogadores tinham sido convocados. Um e outro livro me agradaram.
O governo avisa que não serão permitidas invasões de Nem um nem outro livro me agradaram.
propriedades.
Passadas duas semanas, procurei o devedor. Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui
Minhas três coleções de selos são postas à venda. alguns casos especiais de concordância nominal:
O que não é admitido é a greve abusiva.
Foram vistas centenas de rapazes pedalando nas ruas. • Anexo, incluso, leso. Como adjetivos, concordam com o
substantivo em gênero e número:
Quando o núcleo do sujeito é, como no último exemplo, um Anexa à presente, vai a relação das mercadorias.
coletivo numérico, pode-se, em geral, efetuar a concordância com Vão anexos os pareceres das comissões técnicas.
o substantivo que o acompanha: Remeto-lhe, anexas, duas cópias do contrato.
Centenas de rapazes foram vistos pedalando nas ruas. Remeto-lhe, inclusa, uma fotocópia do recibo.
Dezenas de soldados foram feridos em combate. Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte.
Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria.
Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero diferentes,
o particípio concordará no masculino plural:
Observaçã: Evite a locução espúria em anexo.
Atingidos por mísseis, a corveta e o navio foram a pique.
“Mas achei natural que o clube e suas ilusões fossem
leiloados.” (Carlos Drummond de Andrade) • A olhos vistos. Locução adverbial invariável. Significa
visivelmente.
Concordância do pronome com o nome: “Lúcia emagrecia a olhos vistos”. (Coelho Neto)
• O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e “Zito envelhecia a olhos vistos.” (Autren Dourado)
número com o substantivo a que se refere:
“Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e • Só. Como adjetivo, só [sozinho, único] concorda em
deitou-o no jazido de sua esposa”. (José de Alencar) número com o substantivo. Como palavra denotativa de limitação,
“O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (José de equivalente de apenas, somente, é invariável.
Alencar) Eles estavam sós, na sala iluminada.
Esses dois livros, por si sós, bastariam para torná-los célebre.
• O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de Elas só passeiam de carro.
gêneros diferentes, flexiona-se no masculino plural: Só eles estavam na sala.
“Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de Observação: Forma a locução a sós [=sem mais companhia,
Oliveira) sozinho]: Estávamos a sós. Jesus despediu a multidão e subiu ao
“A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-os tu em monte para orar a sós.
toda a sua sublimidade.” (Alexandre Herculano)
Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças, com os • Possível. Usado em expressões superlativas, este adjetivo
quais fiz boas amizades. ora aparece invariável, ora flexionado:
“Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio “A volta, esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais
familiarmente, como se os tivesse visto.” (Graciliano Ramos) requintados possível.” (Maria Helena Cardoso)
Trazem presentes e flores e depositam-nos em torno dela. “Estas frutas são as mais saborosas possível.” (Carlos Góis)
Observação: Os substantivos sendo sinônimos, o pronome “A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais
concorda com o mais próximo: grotescos possíveis.” (ledo Ivo)
“Ó mortais, que cegueira e desatino é o nosso!” (Manuel “... e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos
Bernardes)
os mais espontâneos possíveis.” (Ronaldo Miranda)
“De modo geral, as características do solo são as mais variadas
• Os pronomes um... outro, quando se referem a
possíveis.” (Murilo Melo Filho)
substantivos de gênero diferentes, concordam no masculino:
Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se As informações obtidas são as melhores (ou as piores)
um ao outro. possíveis.
“Repousavam bem perto um do outro a matéria e o Ele escolhia as tarefas menos penosas possíveis.
espírito.” (Alexandre Herculano)
Nito e Sônia casaram cedo: um por amor, o outro, por Como se vê dos exemplos citados, há nítida tendência, no
interesse. português de hoje, para se usar, neste caso, o adjetivo possível no
plural.
A locução um e outro, referida a indivíduos de sexos diferentes, O singular é de rigor quando a expressão superlativa inicia
permanece também no masculino: com a partícula o (o mais, o menos, o maior, o menor, etc.)
“A mulher do colchoeiro escovou-lhe o chapéu; e, quando Os prédios devem ficar o mais afastados possível.
ele [Rubião] saiu, um e outro agradeceram-lhe muito o benefício Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível.
da salvação do filho.” (Machado de Assis) O médico atendeu o maior número de pacientes possível.
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• Adjetivos adverbiados. Certos adjetivos, como sério, • Bastante. Varia quando adjetivo, sinônimo de suficiente:
claro, caro, barato, alto, raro, etc., quando usados com a função de Não havia provas bastantes para condenar o réu.
advérbios terminados em – mente, ficam invariáveis: Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz.
Vamos falar sério. [sério = seriamente]
Penso que falei bem claro, disse a secretária. Fica invariável quando advérbio, caso em que modifica um
Esses produtos passam a custar mais caro. [ou mais barato] adjetivo:
Estas aves voam alto. [ou baixo] As cordas eram bastante fortes para sustentar o peso.
Gilberto e Regina raro vão ao cinema. Os emissários voltaram bastante otimistas.
“Há pessoas que parecem nascer errado.” (Machado de Assis) “Levi está inquieto com a economia do Brasil. Vê que se
aproximam dias bastante escuros.” (Austregésilo de Ataíde)
Junto e direto ora funcionam como adjetivos, ora como
advérbios: • Menos. É palavra invariável:
Gaste menos água.
“Jorge e Dante saltaram juntos do carro.” (José Louzeiro) À noite, há menos pessoas na praça.
“Era como se tivessem estado juntos na véspera.” (Autram
Dourado). CONCORDÂNCIA VERBAL
“Elas moram junto há algum tempo.” (José Gualda Dantas)
“Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe.” (Josué O verbo concorda com o sujeito, em harmonia com as
Guimarães) seguintes regras gerais:
“As gaivotas iam diretas como um dardo.” (Josué Guimarães)
“Vamos carregar, juntas, nossa cruz.” (Maria José de Queirós) O sujeito é simples
Junto, estou lhe enviando algumas fotos. • O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em
As fotos foram enviadas junto com a carta. número e pessoa. Exemplos:
• Todo. No sentido de inteiramente, completamente, a) Verbo depois do sujeito:
costuma-se flexionar, embora seja advérbio:
“As saúvas eram uma praga.” (Carlos Povina Cavalcânti)
Esses índios andam todos nus.
“Tu não és inimiga dele, não? (Camilo Castelo Branco)
Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca.
“Vós fostes chamados à liberdade, irmãos.” (São Paulo)
As meninas iam todas de branco.
A casinha ficava sob duas mangueiras, que a cobriam toda.
b) Verbo antes do sujeito:
Acontecem tantas desgraças neste planeta!
Mas admite-se também a forma invariável:
Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar.
A quem pertencem essas terras?
Fiquei com os cabelos todo sujos de terá.
Suas mãos estavam todo ensangüentadas. “Que me importavam as grades negras e pegajosas?”
(Graciliano Ramos)
• Alerta. Pela sua origem, alerta [=atentamente, de “Eram duas princesas muito lindas.” (Adriano da Gama
prontidão, em estado de vigilância] é advérbio e, portanto, Kury)
invariável:
Estamos alerta. O sujeito é composto e da 3ª pessoa
Os soldados ficaram alerta. • O sujeito, sendo composto e anteposto ao verbo, leva
“Todos os sentidos alerta funcionam.” (Carlos Drummond de geralmente este para o plural. Exemplos:
Andrade) “A esposa e o amigo seguem sua marcha.” (José de Alencar)
“Os brasileiros não podem deixar de estar sempre alerta.” “Poti e seus guerreiros o acompanharam.” (José de Alencar)
(Martins de Aguiar) “Vida, graça, novidade, escorriam-lhe da alma como de uma
fonte perene.” (Machado de Assis)
Contudo, esta palavra é, atualmente, sentida antes como
adjetivo, sendo, por isso, flexionada no plural: É licito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular:
Nossos chefes estão alertas. [=vigilantes] a) Quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos:
Papa diz aos cristãos que se mantenham alertas. “A decência e honestidade ainda reinava.” (Mário Barreto)
“Uma sentinela de guarda, olhos abertos e sentidos alertas, “A coragem e afoiteza com que lhe respondi, perturbou-o...”
esperando pelo esconhecido...” (Assis Brasil, Os Crocodilos, p. (Camilo Castelo Branco)
25) “Que barulho, que revolução será capaz de perturbar esta
serenidade?” (Graciliano Ramos)
• Meio. Usada como advérbio, no sentido de um pouco,
esta palavra é invariável. Exemplos: b) Quando os núcleos do sujeito formam seqüência
A porta estava meio aberta. gradativa:
As meninas ficaram meio nervosas. Uma ânsia, uma aflição, uma angústia repentina começou a
Os sapatos eram meio velhos, mas serviam. me apertar à alma.
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• Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo, este Núcleos do sujeito unidos por ou
poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo: • Há duas situações a considerar:
“Não fossem o rádio de pilha e as revistas, que seria de Elisa?”
(Jorge Amado) a) Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação, o
“Enquanto ele não vinha, apareceram um jornal e uma vela.” verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo:
(Ricardo Ramos) Paulo ou Antônio será o presidente.
“Ali estavam o rio e as suas lavadeiras.” (Carlos Povina O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.
Cavalcânti) Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime.
... casa abençoada onde paravam Deus e o primeiro dos seus “O chefe ou um dos delegados, não me lembra, era amigo do
ministros.” (Carlos de Laet) Andrade.” (Machado de Assis)
“Moço escritor, ao qual não faltam o talento e a graça.”
(Raquel de Queirós) b) O verbo irá para o plural se a idéia por ele expressa se
“Aí vinham a cobiça que devora, a cólera que inflama, a referir ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito:
“Era tão pequena a cidade, que um grito ou gargalhada forte
inveja que baba...” (Machado de Assis)
a atravessavam de ponta a ponta.” (Aníbal Machado) (Tanto um
“Proibiu-se o ofício e lojas de ourives.” (Viriato Correia)
grito como uma gargalhada atravessavam a cidade.)
“Aqui é que reina a paz e a alegria nas boas consciências.”
“Naquela crise, só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir-
(Camilo Castelo Branco)
lhe.” (Camilo Castelo Branco)
“E de tudo, só restaria a árvore, a relva e o cestinho de
morangos.” (Lígia Fagundes Teles) Há, no entanto, em bons autores, ocorrência de verbo no
“Assusta-as, talvez, o ar tranqüilo com que as recebo, e a singular:
modéstia da cas.” (Rubem Braga) “A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos
“Passou-me pela mente a face e a voz duma professora de individuais.” (Vivaldo Coaraci)
escola primária.” (Érico Veríssimo) “Há dessas reminiscências que não descansam antes que a
pena ou a língua as publique.” (Machado de Assis)
Observação: Aconselhamos, nesse caso, usar o verbo no “Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso
plural. dote.” (Viriato Correia)
“Nas classes burguesas é raro o rapaz ou a rapariga que não
O sujeito é composto e de pessoas diferentes saiba o latim e o francês.” (Ramalho Ortigão)
• Se o sujeito composto for de pessoas diversas, o verbo se “Não faltava argúcia ou malícia a quem era irmã de Júlia.”
flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. (A 1ª pessoa (Luís Jardim)
prevalece sobre a 2ª e a 3ª; a 2ª prevale sobre a 3ª):
“Foi o que fizemos Capitu e eu.” (Machado de Assis) (ela e Núcleos do sujeito unidos pela preposição com
eu = nós) • Usa-se mais freqüentemente o verbo no plural quando se
“Tu e ele partireis juntos.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós) atribui a mesma importância, no processo verbal, aos elementos do
Você e meu irmão não me compreendem. (você e ele = vocês) sujeito unidos pela preposição com. Exemplos:
Manuel com seu compadre construíram o barracão.
Muitas vezes os escritores quebram a rigides dessa regra: “Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo...” (Camilo
Castelo Branco)
a) Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais “Ele com mais dois acercaram-se da porta.” (Camilo Castelo
próximo, quando este se pospõe ao verbo: Branco)
“O que resta da felicidade passada és tu e eles.” (Camilo
Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar
Castelo Branco)
relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o
“Faze uma arca de madeira; entra nela tu, tua mulher e teus
verbo vier antes deste. Exemplos:
filhos.” (Machado de Assis)
O bispo, com dois sacerdotes, iniciou solenemente a missa.
O presidente, com sua comitiva, chegou a Paris às 5h da tarde.
b) Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + “Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com
ele = vocês em vez de tu + ele = vós): toda a corte.” (Luís de Camarões)
“...Deus e tu são testemunhas...” (Almeida Garrett) “À mesma porta por onde saíra a mulher com a filha,
“O que eu continuamente peço a Deus é que ele e tu sejam chegaram outros pretendentes.” (Aníbal Machado)
meus amigos.” (Camilo Castelo Branco)
“Juro que tu e tua mulher me pagam.” (Coelho Neto) Núcleos do sujeito unidos por nem
“Nem tu nem Belkiss a vêem.” (Eugênio de Castro) • Quando o sujeito é formado por núcleos no singular
As normas que a seguir traçamos têm, muitas vezes, valor unidos pela conjunção nem, usa-se, comumente, o verbo no plural.
relativo, porquanto a escolha desta ou daquela concordância Exemplos:
depende, freqüentemente, do contexto, da situação e do clima Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.
emocional que envolvem o falante ou o escrevente. Nem eu nem ele o convidamos.
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“Nem o mundo, nem Deus teriam força para me constranger “Embora sabendo que tudo vai continuar como está, fica
a tanto.” (Alexandre Herculano) o registro, o protesto, em nome dos telespectadores.” (Valério
“Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem praguejar Andrade)
alto.” (Eça de Queirós) Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta.
“Nem a mãe nem o pai tinham percebido sua ausência.”
(Garcia de Paiva) Núcleos do sujeito são infinitivos
“Nem a mocidade, nem a fortuna tinham já forças para • O verbo concordará no plural se os infinitivos forem
reanimar a sua vítima.” (Antônio Feliciano de Castilho) determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas; caso
“Nem Hazerot nem Magog foram eleitos.” (Machado de contrário, tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural.
Assis) Exemplos:
O comer e o beber são necessários.
É preferível a concordância no singular: Rir e chorar fazem parte da vida
a) Quando o verbo precede o sujeito: Montar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o menino.
“Não lhe valeu a imensidade azul, nem a alegria das flores, “Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava trabalho.”
nem a pompa das folhas verdes...” (Machado de Assis)
(Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam)
Não o convidei eu nem minha esposa.
“Cantar, dançar e representar faz (ou fazem) a alegria do
“Na fazenda, atualmente, não se recusa trabalho, nem
artista.
dinheiro, nem nada a ninguém.” (Guimarães Rosa)
“Nenhum rugir ou gemer seu anulariam o mal que se
b) Quando há exclusão, isto é, quando o fato só pode ser consumara no Mirante.” (Eça de Queirós)
atribuído a um dos elementos do sujeito:
Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada. (Só Sujeito oracional
uma cidade pode sediar a Olimpíada.) • Concorda no singualr o verbo cujo sujeito é uma oração:
Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. (Só um Ainda falta / comprar os cartões.
candidato pode ser eleito governador.) Predicado Sujeito Oracional
Estas são realidades que não adianta esconder.
Núcleos do sujeito correlacionados Sujeito de adianta: esconder que (as realidades)
• O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito
composto estão ligados por uma das expressões correlativas Sujeito Coletivo
não só... mas também, não só como também, tanto...como, etc. • O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no
Exemplos: singular. Exemplos:
Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.” A multidão vociferava ameaças.
(Alexandre Herculano) O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália.
“Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto inocentes.” Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro.
(Alexandre Herculano) Um bloco de foliões animava o centro da cidade.
“Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações de “Uma porção de índios surgiu do meio das árvores e nos
amizade com um grupo muito reduzido de pessoas.” (José Condé) rodeou.” (Edi Lima)
“Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o “Surpreendemos uma vara de porcos que atravessava o rio a
demovem do seu objetivo.” (Cassiano Ricardo) nado.” (Gastão Cruls)
“Tanto Lincoln quanto o Aleijadinho parecem deter o segredo “...o bando dos guerreiros tabajaras que fugia em nuvem
de tudo que lhes falta.” (Viana Moog) negra de pó.” (José de Alencar)
“Um grupo de rapazes sentara-se ali ao lado.” (Fernando
Sujeitos resumidos por tudo, nada, ninguém Namora)
• Quando o sujeito composto vem resumido por um dos
pronomes, tudo, nada, ninguém, etc. o verbo concorda, no
Observação: Se o coletivo vier seguido de substantivo plural
singular, com o pronome resumidor. Exemplos:
que o especifique e anteceder ao verbo, este poderá ir para o
Jogos, espetáculos, viagens, diversões, nada pôde satisfazê-
plural, quando se quer salientar não a ação do conjunto, mas a dos
lo.
“O entusiasmo, alguns goles de vinho, o gênio imperioso, indivíduos, efetuando-se uma concordância não gramatical, mas
estouvado, tudo isso me levou a fazer uma coisa única.” (Machado ideológica:
de Assis) “Uma grande multidão de crianças, de velhos, de mulheres
Jogadores, árbitro, assistentes, ninguém saiu do campo. penetraram na caverna...” (Alexandre Herculano)
“Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão
Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa no mar...” (Camilo Castelo Branco)
• O verbo concorda no singular quando os núcleos do “Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no
sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. Exemplos: ar.” (Machado de Assis)
“Aleluia! O brasileiro comum, o homem do povo, o João- “Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse
ninguém, agora é cédula de Cr$ 500,00!” (Carlos Drummond divertimento com uma pertinácia admirável.” (Carlos Povina
Andrade) Cavalcânti)
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A maior parte de, grande número de, etc. Um e outro, nem um nem outro
• Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior • O sujeito sendo uma dessas expressões, o verbo concorda,
parte de, parte de, a maioria de, grande número de, etc., seguida de preferência, no plural. Exemplos:
de substantivo ou pronome no plural, o vebo, quando posposto ao “Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento...”
sujeito, pode ir para o singular ou para o plural, conforme se queira (Hernâni Cidade)
efetuar uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo “Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte.”
singular) ou uma concordância enfática, expressiva, com a idéia de (Machado de Assis)
pluralidade sugerida pelo sujeito. Exemplos: Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio.
A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.” (Gilberto
“Depois nem um nem outro acharam novo motivo para
Freire)
diálogo.” (Fernando Namora)
“A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito
juízo.” (Machado de Assis) “Não me ficaria bem nem uma nem outra coisa.” (José Gualda
“A maior parte das pessoas pedem uma sopa, um prato de Dantas)
carne e um prato de legumes.” (Ramalho Ortigão) Nem uma nem outra foto prestavam (ou prestava).
“A maior parte dos nomes podem ser empregados em sentido Um e outro livro me agradaram (ou agradou) muito.
definido ou em sentido indefinido.” (Mário Barreto) “Um e outro país deixarão de ver no outro o Império do Mal.”
“Grande parte dos atuais advérbios nasceram de substantivos.” (Emir Sader)
(Idem)
“A maioria das pessoas são sinuosas, coleantes...” (Ondina Um ou outro
Ferreira) • O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro:
A maioria dos acidentes nas estradas de acesso ao Rio “Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem.”
ocorrem em dias claros. (Machado de Assis)
“Vocês já imaginaram a maravilha que seria o mundo se “Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos.” (Machado
ao menos uma quinta parte desses gênios se realizassem na
de Assis)
maioridade?” (Lígia Fagundes Teles)
“A maioria dos presentes, formando grupos, contavam “Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém.” (Raquel
histórias, baixinho, falavam de coisas da vida.” (Aurélio Buarque de Queirós)
de Holanda)
“A maioria dos mouros era escrava e pobre.” (Alexandre Um dos que, uma das que
Herculano) • Quando, em orações adjetivas restritivas, o pronome
“Amaioria dos trabalhadores recebeu essa notícia com que vem antecedido de um dos ou expressão análoga, o verbo da
alegria.” (Armando Fontes) oração adjetiva flexiona-se, em regra, no plural:
“A maioria das palavras continua visível.” (Carlos Drummond “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo.”
de Andrade) (Alexandre Herculano)
“A maioria dos doentes não podia compreender que...” “A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de
(Fernando Namora) nós.” (Machado de Assis)
“Metade dos alunos fez (ou fizeram) o trabalho.” (J. Gualda “Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que
Dantas)
viviam em Roma.” (Moacyr Scliar)
“Meia dúzia de garimpeiros doentes esperava a consulta
matutina.” (Herman Lima) Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana.
Visitei os presos. Boa parte deles dormia (ou dormiam) no Não sou dos que acreditam piamente em soluções mágicas.
chão.
Grande número de eleitores votou (ou votaram) em branco. Essa é a concordância lógica, geralmente preferida pelos
Morreu de gripe a maioria dos índios que tiveram contato escritores modernos. Todavia, não é prática condenável fugir
com os brancos. ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva
Nos quilombos refugiava‑se parte dos escravos fugitivos. no singular (fazendo-o concordar com a palavra um), quando se
deseja destacar o indivíduo do grupo, dando-se a entender que ele
Observações: sobressaiu ou sobressai aos demais:
- quando o verbo precede o sujeito, como nos dois últimos Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros.
exemplos, a concordância se efetua no singular. “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a
- como se vê dos exemplos supracitados, as duas concordâncias originalidade e importância da literatura brasileira.” (João Ribeiro)
são igualmente legítimas, porque têm tradição na língua. Cabe
a quem fala ou escreve escolher a que julgar mais adequada à
Observação: Há gramáticas que condenam tal concordância.
situação. Pode-se, portanto, no caso em foco, usar o verbo no
plural, efetuando a concordância não com a forma gramatical Por coerência, deveriam condenar também a comumente aceita em
das palavras, mas com a idéia de pluralidade que elas encerram construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de culpa?
e sugerem à nossa mente. Essa concordância ideológica é bem Quantos de nós somos completamente felizes?
mais expressiva que a gramatical, como se pode perceber relendo O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se aplica
as frases citadas de Machado de Assis, Ramalho Ortigão, Ondina apenas ao indivíduo de que se fala, como no exemplo:
Ferreira e Aurélio Buarque de Holanda, e cotejando-as com as dos Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. (Jairo é o
autores que usaram o verbo no singular. único empregado que não sabe ler.)
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Ressalte-se porém, que nesse caso é preferível construir a Pronomes quem, que, como sujeitos
frase de outro modo: • O verbo concordará, em regra, na 3ª pessoa, com os
Jairo é um empregado meu que não sabe ler. pronomes quem e que, em frases como estas:
Dos meus empregados, só Jairo não sabe ler. Sou eu quem responde pelos meus atos.
Somos nós quem leva o prejuízo.
Na linguagem culta formal, ao empregar as expressões em Eram elas quem fazia a limpeza da casa.
foco, o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva: “Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.” (Osmã Lins)
O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia. “Fui eu quem o ensinou a desenhar.” (Mário Barreto)
Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz. “Eu fui o último que se retirou.” (Mário Barreto)
O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as Eu sou o que presenciou o fato.
secas. “Sou um homem que ainda não renegou nem da cruz, nem da
Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar Espanha.” (Alexandre Herculano)
“Éramos dois sócios que entravam no comércio da vida com
a crise.
diferentes capital.” (Machado de Assis)
Embora o caso seja diferente, é oportuno lembrar que,
Todavia, a linguagem enfática justifica a concordância com o
nas orações adjetivas explicativas, nas quais o pronome que é
sujeito da oração principal:
separado de seu antecedente por pausa e vírgula, a concordância é “Sou eu quem prendo aos céus a terra.” (Gonçalves Dias)
determinada pelo sentido da frase: “Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida.” (Ricardo
Um dos meninos, que estava sentado à porta da casa, foi Ramos)
chamar o pai. (Só um menino estava sentado.) “És tu quem dás frescor à mansa brisa.” (Gonçalves Dias)
Um dos cinco homens, que assistiam àquela cena estupefatos, “Nós somos os galegos que levamos a barrica.” (Camilo
soltou um grito de protesto. (Todos os cinco homens assistiam à Castelo Branco)
cena.) “Vós sois o algoz que recebeis o cutelo da mão providencial.”
(Camilo Castelo Branco)
Mais de um “Somos nós quem a fazemos.” (Ricardo Ramos)
• O verbo concorda, em regra, no singular. O plural será Eu sou a que mais estou torcendo para jogarmos juntas.
de rigor se o verbo exprimir reciprocidade, ou se o numeral for
superior a um. Exemplos: A concordância do verbo precedido do pronome relativo que
Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha. far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da oração
Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto. principal, em frases do tipo:
Devem ter fugido mais de vinte presos. Sou eu que pago.
És tu que vens conosco?
Quais de vós? Alguns de nós Somos nós que cozinhamos.
• Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais? Eram eles que mais reclamavam.
quantos? Ou um dos indefinidos alguns, muitos, poucos, etc., Fomos nós que o encontramos.
seguidos dos pronomes nós ou vós, o verbo concordará, por Fostes vós que o elegestes.
atração, com estes últimos, ou, o que é mais lógico, na 3ª pessoa Foram os bombeiros que a salvaram.
do plural: “Fui eu que me pus a rir.” (Machado de Assis)
“Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César “Fui eu que imitei o ronco do bicho.” (Edi Lima)
“Não seremos nós que iremos, à maneira dos primitivistas,
Cerqueira)
ficar de tanga e entrar a falar capiau.” (Sílvio Elia)
“Quais de vós sois, como eu, desterrados...?” (Alexandre
Herculano)
Observação: Em construções desse tipo, é lícito considerar
“...quantos dentre vós estudam conscienciosamente o
o verbo ser e a palavra que como elementos expletivos ou
passado?” (José de Alencar) enfatizantes, portanto não necessários ao enunciado. Assim:
Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe. Sou eu que pago. (=Eu pago)
Poucos dentre nós conhecem (ou conhecemos) as leis. Somos nós que cozinhamos. (=Nós cozinhamos)
“Quantos de nós teríamos experimentado essa tentação?” Foram os bombeiros que a salvaram. (= Os bombeiros a
(Olga Savary) salvaram.)
“Já pensou, meu caro, quantos de nós nos arriscamos aqui?” Seja qual for a interpretação, o importante é saber que, neste
(Guilherme de Figueiredo) caso, tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o
pronome ou substantivo que precede a palavra que.
Observação: Estando o pronome no singular, no singular (3ª
pessoa) ficará o verbo: Concordância com os pronomes de tratamento
Qual de vós testemunhou o fato? • Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa,
Nenhuma de nós a conhece. embora se refira à 2ª pessoa do discurso:
Nenhum de vós a viu? Vossa Excelência agiu com moderação.
Qual de nós falará primeiro? Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.
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“Espero que V.Sª. não me faça mal.” (Camilo Castelo Branco) Na literatura moderna há exemplos em contrário, mas que não
“Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem devem ser seguidos:
o tempo e os vassalos.” (Rebelo da Silva) “Vendia‑se seiscentos convites e aquilo ficava cheio.”
(Ricardo Ramos)
Concordância com certos substantivos próprios no plural “Em Paris há coisas que não se entende bem.” (Rubem Braga)
• Certos substantivos próprios de forma plural, como Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares poder
Estados Unidos, Andes, Campinas, Lusíadas, etc., levam o verbo e dever, na voz passiva sintética, o verbo auxiliar concordará com
para o plural quando se usam com o artigo; caso contrário, o verbo
o sujeito. Exemplos:
concorda no singular.
Não se podem cortar essas árvores. (sujeito: árvores; locução
“Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.” (Eduardo
Prado) verbal: podem cortar)
Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo. Devem‑se ler bons livros. (=Devem ser lidos bons livros)
“Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões. (sujeito: livros; locução verbal: devem-se ler)
Campinas orgulha‑se de ter sido o berço de Carlos Gomes. “Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas
Minas Gerais possui grandes jazidas de ferro. memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.” (Sérgio Buarque
“Montes Claros era um feudo daquel família.” (Raquel de Holanda)
Jardim) “Em Santarém há poucas casas particulares que se possam
“Terras do Sem-Fim” foi quadrinizado para leitores jovens. dizer verdadeiramente antigas.” (Almeida Garrett)
Tratando-se de títulos de obras, é comum deixar o verbo no Entretanto, pode-se considerar sujeito do verbo principal a
singular, sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no oração iniciada pelo infinitivo e, nesse caso, não há locução verbal
singular: e o verbo auxiliar concordará no singular. Assim:
“As Férias de El‑Rei é o título da novela.” (Rebelo da Silva)
Não se pode cortar essas árvores. (sujeito: cortar essas árvores;
“As Valkírias mostra claramente o homem que existe por
detrás do mago.” (Paulo Coelho) predicado: não se pode)
“Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico...” (Celso Deve‑se ler bons livros. (sujeito: ler bons livros; predicado:
Luft) deve-se)
A concordância, neste caso, não é gramatical, mas ideológica, Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher,
porque se efetua não com a palavra (Valkírias, Sertões, Férias de tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural.
El-Rei), mas com a idéia por ela sugerida (obra ou livro). Ressalte- Portanto:
se, porém, que é também correto usar o verbo no plural: Não se podem (ou pode) cortar essas árvores.
As Valkírias mostram claramente o homem... Devem‑se (ou deve‑se) ler bons livros.
“Os Sertões são um livro de ciência e de paixão, de análise e “Quando se joga, deve‑se aceitar as regras.” (Ledo Ivo)
de protesto.” (Alfredo Bosi) “Concluo que não se devem abolir as loterias.” (Machado de
Assis)
Concordância do verbo passivo
“Pode‑se comprar livros de segunda mão baratíssimos.” (José
• Quando apassivado pelo pronome apassivador se, o
verbo concordará normalmente com o sujeito: Paulo Paes)
Vende‑se a casa e compram‑se dois apartamentos. “De preferência, deve‑se ler os dois, o historiador e o
Gataram‑se milhões, sem que se vissem resultados concretos. novelista.” (Jorge Amado)
“Correram‑se as cortinas da tribuna real.” (Rebelo da Silva) “Deviam‑se reduzir ao mínimo as relações com o poder
“Aperfeiçoavam‑se as aspas, cravavam-se pregos necessários público.” (Ciro dos Anjos)
à segurança dos postes...” (Camilo Castelo Branco) “Era loura, mas podia‑se ver massas castanhas por baixo da
“Agora já não se fazem deste aparelhos.” (Carlos de Laet) tintura dourada do cabelo.” (Vinícius de Morais)
“Ouviam‑se vozes fortes de comando.” (Ferreira de Castro)
Ali só se viam ruínas. Verbos impessoais
“A tentativa de se aferirem pesos e medidas.” (Ciro dos • Os verbos haver, fazer (na indicação do tempo), passar de
Anjos) (na indicação de horas), chover e outros que exprimem fenômenos
“Quantas horas faltariam para se abrirem os cafés e as meteorológicos, quando usados como impessoais, ficam na 3ª
bodegas?” (Graciliano Ramos)
pessoa do singular:
“A salvação de Toledo foi não se terem fechado suas portas.”
“Não havia ali vizinhos naquele deserto.” (Monteiro Lobato)
(Alexandre Herculano)
“Sua sala era absolutamente igual às que se vêem nos livros “Havia já dois anos que nos não víamos.” (Machado de Assis)
ilustrados para o ensino do inglês.” (Cecília Meireles) “Aqui faz verões terríveis.” (Camilo Castelo Branco)
“Mais tarde se confirma isto, ao se mandarem chusmas “Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal
de criminosos povoar os cafundós desta ou daquela capitania.” malvado...” (Camilo Castelo Branco)
(Cassiano Ricardo) “Conhecera-o assim, fazia quase vinte anos.” (Josué Montelo)
“Daí o princípio colonial de só se concederem terras em Quando saí de casa, passava das oito horas.
sesmarias às pessoas que possuam meios para realizar a exploração “Chovera e nevara depois, durante muitos dias.” (Camilo
delas e fundar engenhos.” (Oliveira Viana) Castelo Branco)
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e) Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a Os astros é que os guiavam. (= Eram os astros que os
palavra coisa: guiavam.)
Divertimentos é o que não lhe falta. Divertimentos é que não lhe faltavam.
“Os bastidores é só o que me toca.” (Correia Garção)
“Mentiras, era o que me pediam, sempre mentiras.” ( Da mesma forma se diz, com ênfase:
Fernando Namora) “Vocês são muito é atrevidos.” (Raquel de Queirós)
“Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães.” “Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira
(Camilo Castelo Branco) junto do palco.” (Graciliano Ramos)
Histórias sobre diamantes é o que não falta.” (Maria José de “Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano
Queirós) Ramos)
f) Nas locuções é muito, é pouco, é suficiente, é demais, é Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em
mais que (ou do que), é menos que (ou do que), etc., cujo sujeito construções enfáticas como:
exprime quantidade, preço, medida, etc.: Era aqui onde se açoitavam os escravos. (= Aqui se açoitavam
“Seis anos era muito.” (Camilo Castelo Branco) os escravos.)
Dois mil dólares é pouco.
Foi então que os dois se desentenderam. (= Então os dois se
Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem.
desentenderam.)
Doze metros de fio é demais.
Seis quilos de carne é mais do que precisamos.
Era uma vez
Para ele, mil dólares era menos que um real.
• Por tradição, mantém-se invariável a expressão inicial de
• Na indicação das horas, datas e distância , o verbo ser histórias era uma vez, ainda quando seguida de substantivo plural:
é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão Era uma vez dois cavaleiros andantes.
designativa de hora, data ou distância: A não ser
Era uma hora da tarde.
“Era hora e meia, foi pôr o chapéu.” (Eça de Queirós) • É geralmente considerada locução invariável, equivalente
“Seriam seis e meia da tarde.” ( Raquel de Queirós) a exceto, salvo, senão. Exemplos:
“Eram duas horas da tarde.” (Machado de Assis) Nada restou do edifício, a não ser escombros.
“São horas de fechar esta carta.” (Camilo Castelo Branco) A não ser alguns pescadores, ninguém conhecia aquela praia.
“Eram sete de maio da era de 1439...” (Alexandre Herculano) “Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis, a não
“Hoje são vinte e um do mês, não são?” (Camilo Castelo ser bonecos sem pescoço...” (Carlos Drummond de Andrade)
Branco)
“Da estação à fazenda são três léguas a cavalo.” (Said Ali) Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural, fazendo-o
Observações: concordar com o substantivo seguinte, convertido em sujeito da
oração infinitiva. Exemplos:
- Pode-se, entretanto na linguagem espontânea, deixar o verbo “As dissipações não produzem nada, a não serem dívidas e
no singular, concordando com a idéia implícita de “dia”: desgostos.” (Machado de Assis)
“Hoje é seis de março.” (J. Matoso Câmara Jr.) (Hoje é dia “A não serem os antigos companheiros de mocidade, ninguém
seis de março.) o tratava pelo nome próprio.” (Álvaro Lins)
“Hoje é dez de janeiro.” (Celso Luft) “A não serem os críticos e eruditos, pouca gente manuseia
hoje... aquela obra.” (Latino Coelho)
- Estando a expressão que designa horas precedida da locução
perto de, hesitam os escritores entre o plural e o singular: Haja vista
“Eram perto de oito horas.” (Machado de Assis)
• A expressão correta é haja vista, e não haja visto. Pode
“Era perto de duas horas quando saiu da janela.” (Machado
ser construída de três modos:
de Assis)
- Hajam vista os livros desse autor. (= tenham vista, vejam-
“...era perto das cinco quando saí.” (Eça de Queirós)
se)
- O verbo passar, referente a horas, fica na 3ª pessoa do - Haja vista os livros desse autor. (= por exemplo, veja)
singular, em frases como: - Haja vista aos livros desse autor. (= olhe-se para, atente-se
Quando o trem chegou, passava das sete horas. para os livros)
Locução de realce é que A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste
• O verbo ser permanece invariável na expressão expletiva modo.
ou de realce é que: Sujeito: os livros; verbo hajam (=tenham); objeto direto: vista.
Eu é que mantenho a ordem aqui. (= Sou eu que mantenho a A situação é preocupante; hajam vista os incidentes de sábado.
ordem aqui.)
Nós é que trabalhávamos. (= Éramos nós que trabalhávamos) Seguida de substantivo (ou pronome) singular, a expressão,
As mães é que devem educá-los. (= São as mães que devem evidentemente, permanece invariável:
educá-los.) A situação é preocupante; haja vista o incidente de sábado.
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Concordância dos verbos bater, dar e soar Observação: Essa dualidade de sintaxe verifica-se também
• Referindo-se às horas, os três verbos acima concordam com o verbo ver na voz passiva: “Viam‑se entrar mulheres e
regularmente com o sujeito, que pode ser hora, horas (claro ou crianças.” Ou “Via‑se entrarem mulheres e crianças.”
oculto), badaladas ou relógio:
“Nisto, deu três horas o relógio da botica.” (Camilo Castelo Concordância com o sujeito oracional
Branco) • O verbo cujo sujeito é uma oração concorda
“Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo...” obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular:
(Mário Barreto) Parecia / que os dois homens estavam bêbedos.
“Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz Verbo sujeito (oração subjetiva)
Faltava / dar os últimos retoques.
Nunes.” (Machado de Assis)
Verbo sujeito (oração subjetiva)
“Deu uma e meia.” (Said Ali)
“Davam nove horas na Igreja do Loreto.” (Rebelo da Silva)
Outros exemplos, com o sujeito oracional em destaque:
“Não tardou muito que no sino do coro batessem as badaladas
Não me interessa ouvir essas parlendas.
que anunciavam a hora de prima.” (Alexandre Herculano) Anotei os livros que faltava adquirir. (faltava adquirir os
“Soaram dez horas nos relógios das igrejas e das fábricas.” livros)
(Armando Fontes) Esses fatos, importa (ou convém) não esquecê‑los.
São viáveis as reformas que se intenta implantar?
Observação: Pasar, com referência a horas, no sentido de ser São problemas esses que compete ao governo solucionar.
mais de, é verbo impessoal, por isso fica na 3ª pessoa do singular: Não se conseguiu conter os curiosos.
Quando chegamos ao aeroporto, passava das 16 horas. Tentou-se aumentar as exportações.
Vamos, já passa das oito horas – disse ela ao filho. No momento, procura-se diminuir as importações.
Não se pretende alcançar resultados imediatos.
Concordância do verbo parecer São problemas esses que não cabe a nós resolver.
• Em construções com o verbo parecer seguido de “A casa é grande: mas tem-se visto acabarem casas maiores.”
infinitivo, pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o (Camilo Castelo Branco)
acompanha: “O americano pede contas aos seus mandatários pela
As paredes pareciam estremecer. (construção corrente) administração e destino dos bens que lhes incumbe zelar.” (Viana
As paredes parecia estremecerem. (construção literária) Moog)
“Sobre isto dissemos cousas que não importa escrever aqui.”
Análise da construção dois: parecia: oração principal; as (Machado de Assis)
paredes estremeceram: oração subordinada substantiva subjetiva.
Outros exemplos: Concordância com sujeito indeterminado
“Nervos... que pareciam estourar no minuto seguinte.” • O pronome se, pode funcionar como índice de
(Fernando Namora) indeterminação do sujeito. Nesse caso, o verbo concorda
“Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. Exemplos;
procedimento do soberano.” (Latino Coelho) Em casa, fica-se mais à vontade.
“As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem prosseguir.” Detesta‑se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos.
(Alexandre Herculano) Acabe‑se de vez com esses abusos!
“...quando as estrelas, em ritmo moroso, parecia caminharem Para ir de São Paulo a Curitiba, levava‑se doze horas.
no céu.” (Graça Aranha) Trata‑se de fenômenos que os cientistas não sabem explicar.
“Os moravos parece haverem tomado a sério, para regra da “Não se trata de advogados, minha senhora. Trata‑se de
vida, a palavra irônica do mártir.” (Ramalho Ortigão) provas.” (Geraldo França de Lima)
“Volvidos um para o outro, parecia não terem dado por ele.”
(Ferreira de Castro) Concordância com os numerais milhão, bilhão e trilhão
“Até parece escolherem o modelo.” (Raquel de Queirós) • Estes substantivos numéricos, quando seguidos de
substantivo no plural, levam, de preferência, o verbo ao plural.
“O amanhecer e o anoitecer parece deixarem-me intacta.”
Exemplos:
(Cecília Meireles)
Um milhão de fiéis agruparam‑se em procissão.
“As corporações que deviam voltar-se para a manutenção da
São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a
ordem parece quase insurgirem-se contra ela.” (Walter Fontoura)
manutenção de cada Ciep.
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Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do Irã. Concordância com o pronome nós subentendido
Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os • O verbo concorda com o pronome subentendido nós em
mártires da resistência. frases do tipo:
Pelas contas da Petrobrás, podem faltar um bilhão e meio de Todos estávamos preocupados. (= Todos nós estávamos
litros de álcool. preocupados.)
Todos os anos, no Brasil, ocorre um milhão de acidentes de Os dois vivíamos felizes. (=Nós dois vivíamos felizes.)
trânsito. “Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.” (Carlos
“Quase um milhão de homens se move naquelas ruas estreitas, Drummond de Andrade)
apertadas e confusas.” (Eça de Queirós)
Não restam senão ruínas
Observações: • Em frases negativas em que senão equivale a mais que, a
- Milhão, bilhão e milhar são substantivos masculinos. não ser, e vem seguido de substantivo no plural, costuma-se usar o
Por isso, devem concordar no masculino os artigos, numerais e verbo no plural, fazendo-o concordar com o sujeito oculto outras
pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas; os três coisas. Exemplos:
milhares de plantas; alguns milhares de telhas; esses bilhões de Do antigo templo grego não restam senão ruínas. (Isto é: não
criaturas, etc. restam outras coisas senão ruínas.)
Da velha casa não sobraram senão escombros.
- Se o sujeito da oração for milhões, o particípio ou o adjetivo “Para os lados do sul e poente, não se viam senão edifícios
podem concordar, no masculino, com milhões, ou, por atração, queimados.” (Alexandre Herculano)
no feminino, com o substantivo feminino plural: Dois milhões “Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores.”
de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas) no (Rebelo da Silva)
próximo ano. Foram colhidos três milhões de sacas de trigo. Os “Para mim não restaram senão vagos reflexos...” (Ciro dos
dois milhões de árvores plantadas estão altas e bonitas. Anjos)
Concordância com numerais fracionários Segundo alguns autores, pode-se, em tais frases, efetuar a
• De regra, a concordância do verbo efetua-se com o concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido
numerador. Exemplos: nada:
“Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado Do antigo templo grego não resta senão ruínas. (Ou seja: não
perto...” (Autran Dourado) resta nada, senão ruínas.)
“Um quinto dos bens cabe ao menino.” (José Gualda Dantas) Ali não se via senão (ou mais que) escombros.
Dois terços da população vivem da agricultura. As duas interpretações são boas, mas só a primeira tem
tradição na língua.
Não nos parece, entretanto, incorreto usar o verbo no plural,
quando o número fracionário, seguido de substantivo no plural, Concordância com formas gramaticais
tem o numerador 1, como nos exemplos: • Palavras no plural com sentido gramatical e função de
Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul sujeito exigem o verbo no singular:
do Pará. “Elas” é um pronome pessoal. (= A palavra elas é um pronome
Um quinto dos homens eram de cor escura. pessoal.)
Na placa estava “veiculos”, sem acento.
Concordância com percentuais “Contudo, mercadores não tem a força de vendilhões.”
• O verbo deve concordar com o número expresso na (Machado de Assis)
porcentagem:
Só 1% dos eleitores se absteve de votar. Mais de, menos de
Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar. • O verbo concorda com o substantivo que se segue a essas
Foram destruídos 20% da mata. expressões:
“Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros.” Mais de cem pessoas perderam suas casas, na enchente.
(Antônio Hauaiss) Sobrou mais de uma cesta de pães.
A sondagem revelou ainda que 73% da população acreditam Gastaram‑se menos de dois galões de tinta.
que a situação do país piorou. Menos de dez homens fariam a colheita das uvas.
“Na União 90% dos homens andavam armados.” (Carlos
Povina Cavalcânti) EXERCÍCIOS
A pesquisa revelou que 82% (oitenta e dois por cento ou
oitenta e duas por cento) das mulheres trabalham fora. 1. (IBGE) Indique a opção correta, no que se refere à
concordância verbal, de acordo com a norma culta:
Observação: Em casos como o da última frase, a concordância a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
efetua-se, pela lógica, no feminino (oitenta e duas entre cem b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
mulheres), ou, seguindo o uso geral, no masculino, por se c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
considerar a porcentagem um conjunto numérico invariável em d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
gênero. e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
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2. (IBGE) Assinale a frase em que há erro de concordância 9. (BB) Verbo certo no singular:
verbal: a) Procurou-se as mesmas pessoas
a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. b) Registrou-se os processos
b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da c) Respondeu-se aos questionários
imigração. d) Ouviu-se os últimos comentários
c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada. e) Somou-se as parcelas
d) Deve existir problemas nos seus documentos.
e) Choveram papéis picados nos comícios. 10. (BB) Opção correta:
a) Há de ser corrigidos os erros
3. (IBGE) Assinale a opção em que há concordância b) Hão de ser corrigidos os erros
inadequada:
c) Hão de serem corrigidos os erros
a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o
d) Há de ser corrigidos os erros
problema.
e) Há de serem corrigidos os erros
b) A maioria dos conflitos foram resolvidos.
c) Deve haver bons motivos para a sua recusa.
d) De casa à escola é três quilômetros. 11. (TTN) Assinale a alternativa correta quanto à concordância
e) Nem uma nem outra questão é difícil. verbal:
a. Soava seis horas no relógio da matriz quando eles
4. (CESGRANRIO) Há erro de concordância em: chegaram.
a) atos e coisas más b. Apesar da greve, diretores, professores, funcionários,
b) dificuldades e obstáculo intransponível ninguém foram demitidos.
c) cercas e trilhos abandonados c. José chegou ileso a seu destino, embora houvessem
d) fazendas e engenho prósperas muitas ciladas em seu caminho.
e) serraria e estábulo conservados d. Fomos nós quem resolvemos aquela questão.
e. O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara
5. (MACK) Indique a alternativa em que há erro: sua petição.
a) Os fatos falam por si sós.
b) A casa estava meio desleixada. 12. (FFCL SANTO ANDRÉ) A concordância verbal está
c) Os livros estão custando cada vez mais caro. correta na alternativa:
d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. a) Ela o esperava já faziam duas semanas.
e) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.
b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
c) Eles parece estarem doentes.
6. (UF-PR) Enumere a segunda coluna pela primeira (adjetivo
posposto): d) Devem haver aqui pessoas cultas.
(1) velhos ( ) camisa e calça ............ e) Todos parecem terem ficado tristes.
(2) velhas ( ) chapéu e calça ............
( ) calça e chapéu ............ 13. (MACK) Assinale a incorreta:
( ) chapéu e paletó ........... a) Dois cruzeiros é pouco para esse fim.
( ) chapéu e camisa .......... b) Nem tudo são sempre tristezas.
c) Quem fez isso foram vocês.
a) 1 - 2 - 1 - 1 - 2 d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos.
b) 2 - 2 - 1 - 1 - 2 e) Quais de vós ainda tendes paciência?
c) 2 - 1 - 1 - 1 - 1
d) 1 - 2 - 2 - 2 – 2 14. (PUC-RS) É provável que ....... vagas na academia, mas
e) 2 - 1 - 1 - 1 – 2 não ....... pessoas interessadas: são muitas as formalidades a .......
cumpridas.
7. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase que encerra um erro a) hajam - existem - ser
de concordância nominal: b) hajam - existe - ser
a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila. c) haja - existem – serem
b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas.
d) haja - existe - ser
c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
e) hajam - existem – serem
d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos.
e) Ela comprou dois vestidos cinza.
15. (CARLOS CHAGAS) ....... de exigências! Ou será que
8. (BB) Verbo deve ir para o plural: não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa?
a) Organizou-se em grupos de quatro. a) Chega - bastam - foram feitos
b) Atendeu-se a todos os clientes. b) Chega - bastam - foi feito
c) Faltava um banco e uma cadeira. c) Chegam - basta - foi feito
d) Pintou-se as paredes de verde. d) Chegam - basta - foram feitos
e) Já faz mais de dez anos que o vi. e) Chegam - bastam - foi feito
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16. (UF-RS) Soube que mais de dez alunos se ....... a participar Como sempre, discute-se se é a força da Biologia, ou
dos jogos que tu e ele ...... meramente a Educação, que ....... sobre o comportamento humano.
a) negou - organizou 9. predomina 10. predominam
b) negou – organizasteis
c) negaram – organizaste a) 2, 4, 5, 8, 9
d) negou - organizaram b) 1, 4, 6, 8, 9
e) negaram - organizastes c) 2, 4, 6, 7, 10
d) 2, 3, 5, 8, 10
17. (EPCAR) Não está correta a frase: e) 2, 4, 6, 7, 9
a) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou.
b) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu convite. 22. (FUVEST) Num dos períodos seguintes não se observa a
c) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores. concordância prescrita pela gramática. Indique-o:
d) Na mocidade tudo são flores. a) Não se apanham moscas com vinagre.
e) Deve haver muitos jovens nesta casa. b) Casamento e mortalha no céu se talha.
c) Quem ama o feio, bonito lhe parece.
18. (FTM-ARACAJU) A frase em que a concordância nominal d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias.
contraria a norma culta é: e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe
a) Há gritos e vozes trancados dentro do peito. vêm.
b) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos.
23. (FUVEST) ........ dez horas que se ........ iniciado os
c) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos.
trabalhos de apuração dos votos sem que se ....... quais seriam os
d) Trancada dentro do peito permanece uma voz e um grito.
candidatos vitoriosos.
e) Conservam-se trancadas dentro do peito uma voz e um
a) Fazia, haviam, previsse
grito.
b) Faziam, haviam, prevesse
c) Fazia, havia, previsse
19. (SANTA CASA) Suponho que ....... meios para que se d) Faziam, havia, previssem
....... os cálculos de modo mais simples. e) Fazia, haviam, prevessem
a) devem haver - realize
b) devem haver – realizem 24. (FUVEST) Aponte a alternativa correta:
c) deve haverem – realize a) Considerou perigosos o argumento e a decisão.
d) deve haver - realizem b) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
e) deve haver - realize c) Já faziam meses que ela não a via.
d) Os atentados que houveram deixaram perplexa a população.
20. (FUVEST) Indique a alternativa correta: e) A quem pertence essas canetas?
a) Tratavam-se de questões fundamentais.
b) Comprou-se terrenos no subúrbio. 25. (FUVEST) Indique a alternativa correta:
c) Precisam-se de datilógrafas. a. Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da
d) Reformam-se ternos. apatia.
e) Obedeceram aos severos regulamentos. b. A pátria não é ninguém: são todos.
c. Se não vier, as chuvas, como faremos?
21. (PUC-RJ) Indique a série que corresponde às formas d. É precaríssima as condições do prédio.
apropriadas para os enunciados abaixo: e. Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a
As diferenças existentes entre homens e mulheres ....... ser um vossa imagem.
fato indiscutível.
1. parece 2. parecem 26. (FMU) Vão ............ à carta várias fotografias. Paisagens
as mais belas ............. . Ela estava ............. narcotizada.
Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a) anexas - possíveis - meio
a estrutura do cérebro, os efeitos dos hormônios e a psicologia b) anexas - possível – meio
infantil, ....... que as diferenças entre homens e mulheres não se c) anexo - possíveis – meia
devem apenas à educação. d) anexo - possível – meio
3. propõe 4. propõem e) anexo - possível - meia
....... diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas 27. (FMU) Vai ............ à carta minha fotografia. Essas
como tipicamente masculinas ou femininas. pessoas cometeram crime de ............-patriotismo. Elas .............
5. Haveria 6. Haveriam não quiseram colaborar.
a) incluso - leso - mesmo
b) inclusa - leso – mesmas
....... ainda pesquisadores que consideram os machos mais
c) inclusa - lesa – mesmas
agressivos, em virtude de sua constituição hormonal.
d) incluso - leso - mesmas
7. Existe 8. Existem
e) inclusas - lesa - mesmo
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41. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à 48. (FURG-RS) Nós ............ providenciamos os papéis, que
concordância nominal: enviamos ............ às procurações, como instrumentos ............ para
a) Os torcedores traziam em cada mão bandeira e flâmula fins desejados. A alternativa que preenche corretamente as lacunas
amarela. é:
b) Um e outro aplicador indecisos. a) mesmas, anexas, bastante
c) Tinha as mãos e o rosto coloridos de púrpura. b) mesmos, anexo, bastante
d) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco. c) mesmas, anexo, bastantes
e) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas. d) mesmos, anexos, bastantes
e) mesmos, anexos, bastante
42. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta quanto à 49. (UNISINOS) O item em que ocorre concordância nominal
concordância nominal: inaceitável é:
a) Vieira enriqueceu a literatura com sermões e cartas a) Era uma árvore cujas folhas e frutos bem diziam de sua
magníficas. utilidade.
b) Mulheres nenhumas são santas. b) Vinha com bolsos e mãos cheios de dinheiro.
c) Analisamos as literaturas portuguesa e brasileira. c) Ela sempre anda meia assustada.
d) Um e outro aluno estudioso compareceu. d) Envio-lhe anexa as declarações de bens.
e) Belas poesias e discursos marcaram as comemorações. e) Elas próprias assim o queriam.
50. (OSEC) Assinale a frase que possua a mesma sintaxe de
43. (OBJETIVO) “Envio-lhe ............ os planos ainda em concordância de “É proibido entrada.”:
estudo e ........... explicações dadas pelo candidato e secretária a) É proibido a entrada.
b) Não se permite entrada de cães.
............ .”
c) No calor, cerveja é bom.
a) anexo - bastantes - atenciosos d) Proibi-se a entrada de cães.
b) anexos - bastante - atenciosos e) É um homem de verdade.
c) anexos - bastantes - atenciosas
d) anexos - bastantes - atenciosos RESPOSTAS
e) anexo - bastante – atenciosa
(1-C) (2-D) (3-D) (4-D) (5-D) (6-C) (7-A) (8-D) (9-C) (10-B)
44. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta: (11-D) (12-C) (13-D) (14-C) (15-A) (16-E) (17-B) (18-E) (19-D)
a. “Repousavam bem perto um do outro a matéria e o (20-D) (21-A) (22-B) (23-A) (24-A) (25-B) (26-A) (27-B) (28-B)
espírito.” (A. Herculano) (29-E) (30-E) (31-A) (32-C) (33-C) (34-A) (35-C) (36-A) (37-D)
b. Mulher não foi talhada para homens indefesos. (38-A) (39-D) (40-E) (41-E) (42-D) (43-D) (44-B) (45-D) (46-B)
c. É necessário cautela com a vida. (47-A) (48-D) (49-C) (50-C)
d. Para quem esta entrada é proibida?
e. Ela sempre namorava com a Júlia a tira-colo.
REGÊNCIA
45. (OBJETIVO) Assinale a alternativa incorreta: NOMINAL E VERBAL
a) Olhos verde-mar são os que eu mais admiro.
b) Fernanda, a linda garota de olhos azuis é a alegria da casa.
c) Vossa Alteza foi generoso.
REGÊNCIA NOMINAL
d) Paulo conhece bem as línguas gregas e latinas.
e) Comprei um carro verde-abacate.
Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece
entre o nome e o termo por ele regido. Certos substantivos e
46. (MED-ITAJUBÁ) Em todas as frases a concordância
adjetivos admítem mais de uma regência.
nominal se fez corretamente, exceto em:
Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela
a) Os soldados, agora, estão todos alerta.
preposição.
b) Ela possuía bastante recursos para viajar.
Apresentamos uma relação de alguns nomes e suas rogências
c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis.
mais comuns.
d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”.
e) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia.
1- acessível a: Este cargo não é acessível a todos.
2- acesso a, para: O acesso para a região ficou
47. (UE-MARINGÁ) Assinale a alternativa em que a
impossível.
concordância nominal está correta:
3- acostumado a, com: Todos estavam acostumados
a. Seguem anexas as certidões solicitadas.
b. As portas estavam meias abertas. a ouví-lo.
c. Os tratados lusos-brasileiros foram assinados. 4- adaptado a: Foi dificil adaptar-me a esse clima.
d. Todos estavam presentes, menas as pessoas que deveriam 5- afável com, para com: Tinha um jeito afável para
estar. com os turistas.
e. Vossa Excelência deve estar preocupado, Senhor 6- agradável a, de: Sua saída não foi agradável à
Ministro, pois não conseguiu a aprovação dos tratados financeiros- equipe.
comerciais. 7- alusão a: O professor fez alusão à prova final.
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8- amor a, por: Ele demonstrava grande amor à ABRAÇAR - emprega-se sem / sem preposição no sentido de
namorada. apertar nos braços. - A mãe abraçou-a com ternura. (VTD)
9- antipatia a, por: Sentia antipatia por ela. - Abraçou-se a mim, chorando. (VTI)
10- apto a, para: Estava apto para ocupar o cargo.
11- atenção a, com, para com: Nunca deu atenção a AGRADAR - emprega-se com preposição no sentido de
ninguém. contentar, satisfazer.(VTI)
12- aversão a, por: Sempre tive aversão à política. - A banda Legião Urbana agrada aos jovens. (VTI)
13- benéfico a, para: A reforma foi benéfica a todos. AGRADAR - emprega-se sem preposição no sentido de
14- certeza de, em: A certeza de encontrá-lo novamente acariciar, mimar.
animou-a. - Márcio agradou a esposa com um lindo presente. (VTD)
15- dúvida em sobre: Anotou todas as dúvidas sobre
a questão dada. AJUDAR - emprega-se sem preposição; objeto direto de
16- favorável a: Sou favorável à sua candidatura. pessoa.
17- gosto de, em: Tenho muito gosto em participar - Eu ajudava-a no serviço de casa. (VTD)
desta brincadeira.
18- grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar. ALUDIR - (=fazer alusão, referir-se a alguém), emprega-se
19- horror a, de: Tinha horror a quiabo refogado. com preposição.
20- impróprio para: O filme era impróprio para - Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. (VTI)
menores.
21- junto a, com, de: Junto com o material, encontrei ANSIAR - emprega-se sem preposição no sentido de causar
este documento mal‑estar, angustiar.
22- necessárío a, para: A medida foi necessária para - A emoção ansiava-me. (VTD)
acabar com tanta dúvida. ANSIAR - emprega-se com preposição no sentido de desejar
23- passível de: As regras são passíveis de mudanças. ardentemente por.
24- preferível a: Tudo era preferível à sua queixa. - Ansiava por vê-lo novamente. (VTI)
25- respeito a, entre, para com: É necessário o respeito
às leis. ASPIRAR - emprega-se sem preposição no sentido de
26- sito em: O apartamento sito em Brasília foi respirar, cheirar.
vendido. - Aspiramos um ar excelente, no campo. (VTD)
27- situado em: Minha casa estásituada na Avenida ASPIRAR - emprega-se com preposição no sentido de querer
Internacional. muito, ter por objetivo.
- Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. (VTI)
Outras Regências
ASSISTIR - emprega-se com preposição a no sentido de ver,
- aflito: com, por - lento: em presenciar.
- alheio: a, de - próximo: a, de - Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. (VTI)
- aliado: a, com - rente: a Nesse caso, o verbo não aceita o pronorne lhe, mas apenas os
- análogo: a - residente: em pronomes pessoais retos +preposição:
- coerente: com - respeito: a, com, de, para - O filme é ótimo. Todos querem assistir a ele. (VTI)
com, por ASSISTIR - emprega-se sem / com preposição no sentido de
- compatível: com - satisfeito: com, de, em, por socorrer, ajudar.
- contíguo: a - semelhante: a - A professora sempre assiste os alunos com carinho. (VTD)
- desprezo: a, de, por - sensível: a - A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI)
- empenho: de, em, por - suspeito: de ASSISTIR - emprega-se com preposição no sentido de caber,
- equivalente: a - útil: a, para ter direito ou razão.
- fértil: de, em - vazio: de - O direito de se defender assiste a todos. (VT1 )
ASSISTIR - no sentido de morar, residir é intransitivo e exige
- hostil: a, para com - versado: em
a preposição em.
- inerente: a - vizinho: a, de
-Assiste em Manaus por muito tempo. (VI)
ATENDER - empregado sem preposição no sentido de
REGÊNCIA VERBAL
receber alguém com atenção.
- O médico atendeu o cliente pacientemente. (VTD)
Regência verbal é a relação de dependência que se estabelece
ATENDER - no sentido de ouvir, conceder.
entre o verbo de uma sentença e seus complementos. Vejamos a
- Deus atendeu minhas preces.(VTD)
regência de alguns verbos de emprego mais comum:
- Atenderemos quaisquer pedido via internet.
ATENDER - emprega-se com preposição no sentido de dar
ABDICAR - renunciar ao poder, a um cargo, título desistir.
atenção a alguém.
Pode ser intransitivo (VI - não exige complemento) / transitivo - Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (VTI)
direto (M) ou transitivo indireto (TI +preposição) ATENDER - emprega-se com preposição no sentido de ouvir com
- D. Pedro abdicou em 1831. (VI) atenção o que alguém diz.
- A vencedora abdicou o seu direto de rainha. (VTD) - Atenda ao telefone, por favor.
- Nunca abdicarei de meus direitos. (VTI) - Atenda o telefone. (preferência brasileira)
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A VISAR - avisar alguém de alguma coisa. ENSINAR - é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar.
- O chefe avisou os funcionários de que os documentos - Minha mãe ensina na FAI.
estavam prontos. (VTD) ENSINAR - é transitivo direto no sentido de educar.
- Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD ) - Nem todos ensinam as crianças.
Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa ENSINAR - é transitivo direto e indireto no sentido de dar
e OD de coisa. ínstrução sobre.
- Avisamos aos clientes que vamos atendê-los em novo - Ensino os exercícios mais dificeis aos meus alunos.
endereço.
ENTRETER - empregado como divertir‑se exige as
BATER - emprega-se com preposição no sentido de dar preposições: a, com, em.
pancadas em alguém. - Entretínhamo-nos em recordar o passado.
- Os irmãos batiam nele (ou batiam-lhe) à toa.
- Nervoso, entrou em casa e bateu a porta.(fechou com força) ESQUECER / LEMBRAR - estes verbos admitem as
- Foi logo batendo à porta. (baterjunto à porta, para alguém construções:
abrir) - Esqueci o endereço dele. / 1 - Lembrei um caso interessante.
- Esqueci-me do endereço dele./ 2 - Lembrei-me de um caso
Para que ele pudesse ouvir, era preciso bater naporta de seu
interessante.
quarto. (dar pancadas)
- Esqueceu- me seu endereço. / 3 - Lembra-me um caso
interessante.
CASAR -Marina casou cedo e pobre. (VI não exige
complemento) Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer
- Você é realmente digno de casar com minha filha. (VTI com como lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os
preposição) pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD).
- Ela casou antes dos vinte anos. (VTD sem preposição Nos exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar,
exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos e
Atenção: O verbo casar pode vir acompanhado de pronome pronominais.
reflexivo. No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido
- Ela casou com o seu grande amor. ou - Ela casou-se com seu de apagar da memória. e o verbo lembrar está empregado no
grande amor. sentido de vir à memória.
Na língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados
CHAMAR - emprega-se sem preposição no sentido de com a preposição de, exigem os pronomes.
convocar. IMPLICAR - emprega-se com preposição no sentido de ter
- O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD) implicância com alguém, é TI.
Emprega-se com ou sem preposição no sentido de denominar, - Nunca implico com meus alunos. (VTI)
apelidar, construido com objeto + predicativo. IMPLICAR - emprega-se sem preposição no sentido de
- Chamou-o covarde. (VTD) / Chamou-o de covarde. (VID) acarretar, envolver, é TD.
- Chamou-lhe covarde. (VTI) / Chamou-lhe de covarde. (VTI) - A queda do dólar implica corrida ao over. (VTE)
- Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI) - O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao
CHEGAR - como intransitivo, o verbo chegar exige a passado. (VTD)
preposição a quando indica lugar. IMPLICAR - emprega-se sem preposição no sentido de
- Chegou ao aeroporto meio apressada. embaraçar, comprometer, é TD.
Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido - O vizinho implicou-o naquele caso de estupro. (VTD)
É inadequada a regência do verbo implicar em:
de aproximar.
- Implicou em confusão.
- Cheguei-me a ele.
INFORMAR - o verbo informar possui duas construções,
CONTENTAR-SE - emprega-se com as preposições com, VTD e VTI,
de, em: - Informei-o que sua aposentaria saiu. (VTD)
- Contentam-se com migalhas. (VTI) - Informei-lhe que sua aposentaria. (VT1
- Contento-me em aplaudir daqui. - Informou-se das mudanças logo cedo. (inteirar-se, verbo
pronominal)
CUSTAR - é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser
caro. INVESTIR- emprega-se com preposição (com ou contra) no
- Este computador custa muito caro. (VTD) sentido de atacar, é TI.
CUSTAR - no sentido de ser difícil é TI. É conjugado como - O touro Bandido investiu contra Tião.
verbo reflexivo, na 3ª pessoa do singular, e seu sujeito é uma INVESTIR - empregado como verbo transitivo direto e
oração reduzida de infinitivo índireto, no sentido de dar posse.
- Custou-me pegar um táxi.(foi dificil ) - O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI)
- O carro custou-me todas as economias. INVESTIR - emprega-se sem preposição no sentido também
CUSTAR - é transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de de empregar dinheiro, é TD.
acarretar - Nós investimos parte dos lucros em pesquisas científicas.
- A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. (VTDI) (VTD)
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MORAR - antes de substantivo rua, avenida, usa-se morar PISAR -é verbo transitivo direto VTD.
com a preposição em. - Tinha pisado o continente brasileiro. (não exige a preposição
- D. Marina Falcão mora na rua Dorival de Barros. no)
NAMORAR - a regência correta deste verbo é namorar PRECISAR - emprega-se com preposição no sentido de ter
alguém e NÃO namorar com alguém. necessidade, é VTI.
- Meu filho, Paulo César, namora Cristiane. Marcelo namora - As crianças carentes precisam de melhor atendimento
Raquel. médico. (VTI)
PRECISAR - quando o verbo precisar vier acompanhado de
NECESSITAR- emprega-se com verbo transitivo direto ou infinítivo, pode-se usar a preposição de; a língua moderna tende
indireto, no sentido de precisar. a dispensá-la.
- Necessitávamos o seu apoio. - Você é rico, não precisa trabalhar muito.
- Necessitávamos de seu apoio,(VTDI) PRECISAR - usa-se, às vezes na voz passiva, com sujeito
indeterminado.
OBEDECER / DESOBEDECER - emprega-se com verbo - Precisa-se de funcionários competentes. (sujeito
transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens. indeterminado)
- Obedecia às irmãs e irmãos. PRECISAR - emprega-se sem preposição no sentido de
- Não desobedecia às leis de trânsito. indicar com exatidão.
- Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não sabe precisar
PAGAR - emprega-se sem preposição no sentido de saldar aquantia.(VTD)
coisa, é VTI).
- Cida pagou o pão. PREFERIR - emprega-se sem preposição no sentido de ter
- Paguei a costura. (VTD) preferência. (sem escolha)
PAGAR – emprega-se com preposição no sentido de - Prefiro dias mais quentes. (VTD)
remunerar pessoa, é VTI. PREFERIR - VTDI, no sentido de ter preferência, exige a
- Cida pagou ao padeiro. preposição a.
- Paguei à costureira., à secretária. (VTI)
- Prefiro dançar a nadar.
PAGAR - emprega-se como verbo transitivo direto e indireto,
- Prefiro chocolate a doce de leite.
pagar alguma coisa a alguém.
Na linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo
- Cida pagou a carne ao açougueiro. (VTDI)
reforçado pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais,
PAGAR - por alguma coisa: - Quanto pagou pelo carro?
mil vezes mais, do que.
PAGAR - sem complemento: - Assistiu aos jogos sem pagar
PEDIR - somente se usa pedir para, quando, entre pedir e PRESIDIR - emprega-se com objeto direto ou objeto indireto,
o para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, díz-se com a preposição a.
pedir que. - O reitor presidiu à sessão.
- A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença) - O reitor presidiu a sessão.
- A direção pediu que todos os funcionários, comparecessem
à reunião. PREVENIR -admite as construções:
- A paciência previne dissabores.
PERDOAR - emprega-se sem preposição no sentido de - Preveni minha turma.
perdoar coisa, é TD. - Quero preveni-los.
- Devemos perdoar as ofensas. (VTD ) - Prevenimo-nos para o exame final.
PERDOAR - emprega-se com preposição no sentido de
conceder o perdão à pessoa, é TI. PROCEDER - emprega-se como verbo intransitivo no
- Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI) sentido de ter fundamento.
PERDOAR - emprega-se como verbo transitivo direto e - Sua tese não procede. (VI)
indireto, no sentido de ter necessidade. PROCEDER - emprega-se com a preposição de no sentido de
- A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI) originar‑se, vir de.
PERDOAR - admite voz passiva: - Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito
- Todos serão perdoados pelos pais. ao próximo.
PROCEDER - emprega-se como transitivo indireto com a
PERMITIR - empregado com preposição, exige objeto preposição a, no sentido de dar início.
indireto de pessoa. - Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI)
- O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI)
PERMITIR - constrói-se com o pronome lhe e NÃO o: QUERER - emprega-se sem preposição no sentido de
- O assistente permitiu-lhe que entrasse. desejar.
PERMITIR - não se usa apreposição de antes de oração - Quero vê-lo ainda hoje.(VTD)
infinitiva: QUERER - emprega-se com preposição no sentido de gostar,
- Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não ter afeto, amar.
de ir sozinha) - Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça.
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Atenção: Estes verbos NÂO são pronominais, isto é, não 2 – O filme foi assistido pelos estudantes./ O cargo era visado
exigem os pronomes me, se, nos, etc. por todos. - Os estudantes assistiram ao filme./ Todos visavam
- Simpatizei-me com você. (inadequado) ao cargo.
- Simpatizei com você. ( adequado)
3- Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de
SUBIR - Subiu ao céu. / Subir à cabeça. / Subir ao trono. / regências diferentes, como: - Entrou e saiu de casa. / Assisti e
Subir ao poder. gostei da peça. Corrija-se para: - Entrou na casa e saiu dela. /
- Essas expressões exigem a preposição a. Assisti à peça e gostei dela.
SUCEDER - emprega-se com a preposição a no sentido de 4 - As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como
substituir, vir depois. complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as formas
- O descanso sucede ao trabalho. lhe, lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a
preposição a. - Convidei as amigas. Convidei-as. / Obedeço ao
TOCAR - emprega-se no sentido de pôr a mão, tocar mestre. Obedeço- lhe.
alguém, tocar em alguém.
- Não deixava tocar o / no gato doente.
EXERCÍCIOS
TOCAR -emprega-se no sentido de comover, sensibilizar,
usa-se com OD.
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal
- O nascimento do filho tocou-o profundamente.
TOCAR - emprega-se no sentido de caber por sorte, herança, incorreta, de acordo com a norma culta da língua:
é 0I. a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.
- Tocou-lhe, por herança, uma linda fazenda. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte
TOCAR - emprega-se no sentido de ser da competência de, de cana.
caber. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
-Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro
VISAR - emprega-se sem preposição como VT13 no sentido pretendido.
de apontar ou pôr visto.
- O garoto visou o inocente passarinho. 2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos,
- O gerente visou a correspondência. regidos ou não de preposição, que completam corretamente as
VISAR - emprega-se com preposição como VTI no sentido de frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes,
desejar, pretender. foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro
- Todos visam ao reconhecimento de seus esforços. negociava.
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a) nos quais / que 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz
b) cujos / com quem alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no
c) que / cujo silêncio.
d) de cujos / com quem A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase
e) cujos / de quem acima é:
a) as quais / de cujo
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se
b) a que / no qual
completam corretamente com o pronome lhe:
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. c) de que / o qual
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. d) às quais / cujo
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. e) que / em cujo
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-.....
felicidades. 11. (SANTA CASA) É tal a simplicidade ....... se reveste a
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo. redação desse documento, que ele não comporta as formalidades
....... demais.
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem a) que - os
ser seguidos pela mesma preposição:
b) de que - aos
a) ávido / bom / inconseqüente
b) indigno / odioso / perito c) com que - para os
c) leal / limpo / oneroso d) em que – nos
d) orgulhoso / rico / sedento e) a que - dos
e) oposto / pálido / sábio
12. (PUC-RS) Diferentes são os tratamentos ....... se pode
5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado submeter o texto literário. Sempre se deve aspirar, no entanto, .......
indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. objetividade científica, fugindo ....... subjetivismo.
a) Não lhe agrada semelhante providência? a) à que, a, do
b) A resposta do professor não o satisfez.
b) que, a, ao
c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema c) à que, à, ao
dedicação. d) a que, a, do
e) Vou visitar-lhe na próxima semana. e) a que, à, ao
6. (BB) Regência imprópria: 13. (PUC-RS) Alguns demonstram verdadeira aversão .....
a) Não o via desde o ano passado. exames, porque nunca se empenharam o suficiente ..... utilização
b) Fomos à cidade pela manhã. do tempo ..... dispunham para o estudo.
c) Informou ao cliente que o aviso chegara. a) com - pela - de que
d) Respondeu à carta no mesmo dia. b) por - com - que
e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
c) a - na – que
7. (BB) Alternativa correta: d) com - na - que
a) Precisei de que fosses comigo. e) a - na - de que
b) Avisei-lhe da mudança de horário.
c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. 14. (BB) “Ele não ..... viu”. não cabe na frase:
d) Recusei-me em fazer os exames. a) nos
e) Convenceu-se nos erros cometidos. b) lhe
c) me
8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria d) te
regido de preposição na opção:
e) o
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
b) Eis a razão ....... não compareci.
c) Rui é o orador ....... mais admiro. 15. (BB) Emprego indevido de o:
d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. a) O irmão o abraçou.
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. b) O irmão o encontrou.
c) O irmão o atendeu.
9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... d) O irmão o obedeceu.
o diretor se referia. e) O irmão o ouviu.
a) de que - que
b) a cujos - cujos
RESPOSTAS
c) por que – que
d) cujos – cujo (1-D) (2-B) (3-C) (4-D) (5-E) (6-E) (7-A) (8-E) (9-E) (10-D)
e) a que - a que (11-B) (12-E) (13-E) (14-B) (15-D)
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Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. A Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação.
homonímia pode ser causa de ambigüidade, por isso é considerada A esse fato lingüístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos:
uma deficiência dos idiomas. • Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de
(som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em: gado.
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• Pena: pluma, peça de metal para escrever; punição; dó. - Em face (ou ante a) da confusão reinante, a direção do
• Velar: cobrir com véu, ocultar, vigiar, cuidar, relativo ao presídio proibiu as visitas. (não: em face a)
véu do palato. - Fez que (fingir) não ouviu a advertência. (não: fez com que)
Podemos citar ainda, como exemplos de palavras polissêmicas, - Somos quatro, lá em casa. (não: somos em)
o verbo dar e os substantivos linha e ponto, que têm dezenas de - Ficamos em pé / de pé o tempo todo. (ambas formas corretas)
acepções. - Esta roupa não tem nada a ver com você. (não: haver) nada
há ver = nada a receber
Sentido próprio e sentido figurado: As palavras podem ser - A princípio tudo parecia real. (= no começo) (não: em
empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. Exemplos: princípio)
• Construí um muro de pedra. (sentido próprio). - Em princípio, sua proposta nos interessa. (em tese) (não: a
• Ênio tem um coração de pedra. (sentido figurado). princípio)
• As águas pingavam da torneira, (sentido próprio). - A persistirem os sintomas, procure um médico. (se
• As horas iam pingando lentamente, (sentido figurado). persistirem, equivale a uma condição)
Denotação e conotação: Observe as palavras em destaque - Ao persistirem os sintomas, procure um médico. (quando
nos seguintes exemplos: persistirem, equivale a tempo)
• Comprei uma correntinha de ouro. - Depois de vencidos os obstáculos, ele voltava vitorioso.
• Fulano nadava em ouro. (inadequado)
- Depois de superados os obstáculos, ele voltava vitorioso.
No primeiro exemplo, a palavra ouro denota ou designa (obstáculos não se vencem; superam-se)
simplesmente o conhecido metal precioso, tem sentido próprio,
real, denotativo.
No segundo exemplo, ouro sugere ou evoca riquezas, poder, EXERCÍCIOS
glória, luxo, ostentação; tem o sentido conotativo, possui várias
conotações (idéias associadas, sentimentos, evocações que 1. (FUVEST) Estava ....... a ....... da guerra, pois os homens
irradiam da palavra). ....... nos erros do passado.
a) eminente, deflagração, incidiram
Atenção: Quanto mais uma pessoa se distanciar da escrita
b) iminente, deflagração, reincidiram
padrão, mais dificuldade terá de se lembrar da pronúncia correta
c) eminente, conflagração, reincidiram
das palavras. A boa notícia é que muitos estão conscientes disso e
d) preste, conflaglação, incidiram
querem melhorar.
e) prestes, flagração, recindiram
- A meu ver tudo parece caminhar satisfatoriamente. (não: ao
meu ver)
2. (PUC‑MG) “Durante a .......... solene era .......... o
- O avião aterrissou no horário previsto. (não: aterrizou)
- Devo ir ao cabeleireiro ainda esta semana. (não: cabelereiro) desinteresse do mestre diante da .......... demonstrada pelo político.”
- O condor vive em regiões montanhosas. (não: côndor) a) seção - fragrante - incipiência
- Já é hora de o candidato dizer a verdade. (não: do candidato; b) sessão - flagrante - insipiência
o sujeito jamais é preposicionado) c) sessão - fragrante - incipiência
- O trem, na Rússia, descarrilou mais uma vez. (não: d) cessão - flagrante - incipiência
descarrilhou) e) seção - flagrante - insipiência
- Fiquei com muito dó daquele jogador. (não: muita dó)
- Nunca encontrava empecilhos no caminho. (não: impecilho) 3. (CESCEM) Na ...... plenária estudou-se a ...... de direitos
- O cigarro provoca o enfisema pulmonar. (não: efisema) territoriais a ..... .
- Por favor, não deixe a garagem aberta. (não garage) a) sessão - cessão - estrangeiros
- Vamos galera! O “show” é gratuito. (não: gratuíto) b) seção - cessão - estrangeiros
- Naquele ínterim, ela refletiu sabiamente. (não: interim) c) secção - sessão - extrangeiros
- É um sujeito muito irrequieto. (não: irriquieto) d) sessão - seção - estrangeiros
- O látex desta confecção é de primeira qualidade. (não: latex) e) seção - sessão - estrangeiros
- A maisena parece que está vencida. (não: Maizena; marca
comercial) 4. (BAURU) Há uma alternativa errada. Assinale-a:
- Meu irmão é menor de idade. (não: de menor) a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política.
- Ela prefere mortadela a queijo. (não: mortandela) b) A catástrofe torna-se iminente.
- Elas aceitaram prazerosamente minha contribuição. (não: c) Sua ascensão foi rápida.
prazeirosamente) d) Ascenderam o fogo rapidamente.
- Mereceu ganhar o prêmio Nobel de Literatura. (não: Nóbel) e) Reacendeu o fogo do entusiasmo.
- Foi um privilégio conhecê-la. (não: previlégio)
- Todos reivindicam melhores oportunidades. (não: 5. (FEB) Há uma alternativa errada. Assinale-a:
reinvindicar) a) cozer = cozinhar; coser = costurar
- O Brasil bateu recorde outra vez. (não: récorde) b) imigrar = sair do país; emigrar = entrar no país
- Repetiu o ano porque não estudou o suficiente. (não: de ano) c) comprimento = medida; cumprimento = saudação
- Não se esqueça de colocar sua rubrica. (não: rúbrica) d) consertar = arrumar; concertar = harmonizar
- Meu tempero está ruim. (não: rúim) e) chácara = sítio; xácara = verso
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6. (FCMPA‑MG) Assinale o item em que a palavra destacada 12. (TRE‑MG) A palavra nos parênteses não preenche
está incorretamente aplicada: adequadamente a lacuna do enunciado em:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. a) O crime foi bárbaro. Somente após a .............. do assunto é
b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. que foi possível prendê-lo. (descrição)
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. b) Só seria possível .............. o acusado, se conseguíssemos
d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. mais provas que o inocentassem. (descriminar)
e) A cessão de terras compete ao Estado. c) As negociações só vão ............... os resultados esperados,
caso todos compareçam. (sortir)
d) O corpo estava .............., apenas a cabeça estava fora da
7. (TRT) O ..................... do prefeito foi .........................
água, que subia cada vez mais. (imerso)
ontem.
e) Como a mercadoria estava muito pesada, o recurso foi
a) mandado - caçado
.............. o cofre ali mesmo, na escada (arriar)
b) mandato - cassado
c) mandato - caçado RESPOSTAS
d) mandado - casçado
e) mandado - cassado (1.B)(2.B)(3.A)(4.D)(5.B)(6.C)(7.B)(8.E)(9.A)(10.B)(11.A)
(12.C)
8. (ESAF) Marque a alternativa cujas palavras preenchem
corretamente as respectivas lacunas, na frase seguinte:
“Necessitando ..................... o número do cartão do PIS, ...............
a data de meu nascimento.” REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS
a) ratificar, proscrevi OFICIAIS
b) prescrever, discriminei
c) descriminar, retifiquei
d) proscrever, prescrevi Obs: Os exemplos estão no final da matéria.
e) retificar, ratifiquei
1. Conceito e âmbito
9. (FUVEST) “A ............... científica do povo levou-o a Entende-se por redação oficial o conjunto de normas e práticas
............... de feiticeiros os ............... em astronomia.” que devem reger a emissão dos atos normativos e comunicações
a) insipiência tachar expertos do poder público, entre seus diversos organismos ou nas relações
dos órgãos públicos com as entidades e os cidadãos.
b) insipiência taxar expertos
A redação oficial inscreve-se na confluência de dois universos
c) incipiência taxar espertos
distintos: a forma rege-se pelas ciências da linguagem (morfologia,
d) incipiência tachar espertos
sintaxe, semântica, estilística etc.); o conteúdo submete‑se aos
e) insipiência taxar espertos princípios jurídico-administrativos impostos à União, aos Estados
e aos Municípios, nas esferas dos poderes Executivo, Legislativo
10. (MACK) Na oração: Em sua vida, nunca teve muito e Judiciário.
.........., apresentava-se sempre .......... no .......... de tarefas .......... . Pertencente ao campo da linguagem escrita, a redação oficial
As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: deve ter as qualidades e características exigidas do texto escrito
a) censo - lasso - cumprimento - eminentes destinado à comunicaçao impessoal, objetiva, clara, correta e
b) senso - lasso - cumprimento - iminentes eficaz.
c) senso - laço - comprimento - iminentes Por ser “oficial” - expressão verbal dos atos do poder público
d) senso - laço - cumprimento - eminentes -, essa modalidade de redação ou de texto subordina-se aos
e) censo - lasso - comprimento - iminentes princípios constitucionais e administrativos aplicáveis a todos os
atos da administração pública, conforme estabelece o artigo 37 da
11. (TFC) Indique a letra na qual as palavras complementam, Constituição Federal: “A administração pública direta e indireta
corretamente, os espaços das frases abaixo: de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
1.Quem possui deficiência auditiva não consegue .......... os Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
sons com nitidez. impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”.
2.Hoje são muitos os governos que passaram a combater o A forma e o conteúdo da redação oficial devem convergir na
produção dos textos dessa natureza, razão pela qual, muitas vezes,
.......... de entorpecentes com rigor.
não há como separar uma do outro. Indicam-se, a seguir, alguns
3.O Diretor do presídio .......... pesado castigo aos prisioneiros
pressupostos de como devem ser redigidos os textos oficiais:
revoltosos.
a) discriminar - tráfico - infligiu 1.1 ‑ Observância do padrão culto do idioma
b) discriminar - tráfico - infringiu A redação oficial deve observar o padrão culto do idioma
c) descriminar - tráfego - infringiu quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estrutura
d) descriminar - tráfego - infligiu gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, acentuação
e) descriminar - tráfico - infringiu gráfica etc.).
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do agente público que emite a comunicação. São inadmissíveis, Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
portanto, as marcas individualizadoras, as ousadias estilísticas, “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos oficiais,
a linguagem metafórica ou a elíptica e alusiva. A redação como o exemplo risível e caricato que segue:
oficial prima pela denotação, pela sintaxe clara e pela economia
vocabular, ainda que essa regularidade imponha certa “monotonia “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se faz
burocrática” ao discurso. que nos valhamos do ensejo para congratula rmo-nos com Vossa
Reafirma-se que a intermediação entre o emissor e o receptor Excelência pela oportunidade da medida proposta à apreciação de
nas redações oficiais é o código lingüístico, dentro do padrão seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde servidor público,
culto do idioma; uma linguagem “neutra”, referendada pelas para abordar questões de tamanha complexidade, a respeito das
gramáticas, dicionários e pelo uso em situações formais, acima quais divergem os hermeneutas e exegetas.
das diferenças individuais, regionais, de classes sociais e de níveis Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das causas
de escolaridade. primeiras, que fundamentaram a proposição tempestivamente
encaminhada por Vossa Excelência, indispensável se faz uma
1.3 ‑ Formalídade e padronização abordagem preliminar dos antecedentes imediatos, posto que estes
As comunicações oficiais impõem um tratamento polido antecedentes necessariamente antecedem os conseqüentes”.
e respeitoso. Na tradição ibero-americana, afeita a títulos e a
tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua posição Observe que absolutamente nada foi dito ou informado.
hierárquica por meio de formas e de pronomes de tratamento
sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”, “Meritíssimo”, AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
“Reverendíssimo” são vocativos que, em algumas instâncias do
poder, tornaram-se inevitáveis. Entendase que essa solenidade tem A redação das comunicações oficiais obedece a preceitos
por consideração o cargo, a função pública, e não a pessoa de seu de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade, formalidade,
exercente. padronização e correção gramatical, como visto no capítulo
Vale lembrar que os pronomes de tratamento são anterior.
obrigatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros muito Além dessas, há outras características comuns à comunicação
comuns construções como “Vossa Excelência sois bondoso(a)”; oficial, como o emprego de pronomes de tratamento, o tipo de
o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)” (mais detalhes nas fecho (encerramento) de uma correspondência e a forma de
páginas seguintes). identificação do signatário, conforme define o Manual de Redação
A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com que da Presidência do República’, tomado como base da segunda parte
os textos oficiais procuravam revestir-se de um tom solene e deste volume por ser bibliografia soberana, na qual se baseia a
cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrônica e pedante, elaboração de questões para os mais variados concursos públicos.
salvo em algumas peças oratórias envolvendo tribunais ou juizes, Outros órgãos e instituições do poder público também possuem
herdeiras, no Brasil, da tradição retórica de Rui Barbosa e seus manual de redação próprio, como a Câmara dos Deputados (do
seguidores. qual este volume reproduz alguns modelos de expediente), o
Outro aspecto das formalidades requeridas na redação oficial Senado Federal, o Ministério das Relações Exteriores, diversos
é a necessidade prática de padronização dos expedientes. Assim, governos estaduais, órgãos do Judiciário etc.
as prescrições quanto à diagramação, espaçamento, caracteres
tipográficos etc., os modelos inevitáveis de ofício, requerimento, 1. Pronomes de tratamento
memorando, aviso e outros, como os exemplos que constarão a
partir da página 43, além de facilitar a legibilidade, servem para A regra diz que toda comunicação oficial deve ser formal
agilizar o andamento burocrático, os despachos e o arquivamento. e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gramaticais,
É também por essa razão que quase todos os órgãos públicos como também às normas de educação e cortesia. Para isso, é
editam manuais com os modelos dos expedientes que integram fundamental o emprego de pronomes de tratamento, que devem
sua rotina burocrática. A Presidência da República, a Câmara dos ser utilizados de forma correta - de acordo com o destinatário e as
Deputados, o Senado, os tribunais superiores, enfim, os poderes regras gramaticais.
Executivo, Legislativo e Judiciário têm os próprios ritos na
elaboração dos textos e documentos que lhes são pertinentes. 1.1 ‑ Concordância com os pronomes de tratamento
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c) Assunto g) assinatura
Resumo do teor do documento. (Do autor da comunicação.)
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002. h) identificação do signatário
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. (Ver Identificação do signatário, página 42.)
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e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de Entre as mensagens menos comuns estão as de:
concessão de emissoras de rádio e TV • convocação extraordinária do Congresso Nacional
A obrigação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso (Constituição, art. 57, § 6º);
Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. • pedido de autorização para exonerar o
Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação da Procurador-Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
• pedido de autorização para declarar guerra e
concessão após deliberação do Congresso Nacional (Constituição,
decretar mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a urgência prevista
• pedido de autorização ou referendo para celebrara
no art. 64 da Constituição, porquanto o § lº do art. 223 já define o
paz (Constituição, art. 84, XX);
prazo da tramitação.
• justificativa para decretação do estado de defesa
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem
ou de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
o correspondente processo administrativo. • pedido de autorização para decretar o estado de
sítio (Constituição, art. 137);
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício • relato das medidas praticadas na vigência do
anterior estado de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
0 Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a único);
abertura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional • proposta de modificação de projetas de leis
as contas referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, financeiras (Constituição, art. 166, § 5º);
XXIV), para exame e parecer da Comissão Mista permanente • pedido de autorização para utilizar recursos
(Constituição, art. 166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados que ficarem sem despesas correspondentes, em decorrência de
realizar a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual
procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno. (Constituição, art. 166, § 8º);
• pedido de autorização para alienar ou conceder
g) mensagem de abertura da sessão legislativa terras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação 188, § 1º); etc.
do País e solicitação de providências que julgar necessárias
(Constituição, art. 84, XI). 3.2 ‑ Forma e estrutura
0 portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da As mensagens contêm:
Presidência da República. Esta mensagem difere das demais a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
porque vai encadernada e é distribuída a todos os congressistas em horizontalmente, no início da margem esquerda:
forma de livro. Mensagem nº
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos) do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda:
Esta mensagem é dirigida aos membros do Congresso Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
Nacional, encaminhada por Aviso ao PrimeiroSecretário da Casa c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
onde se originaram os autógrafos. Nela se informa o número que d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e
tomou a lei e se restituem dois exemplares dos três autógrafos horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
recebidos, nos quais o Presidente da República terá aposto o A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
despacho de sanção. República, não traz identificação de seu signatário.
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Observações: Observações:
1. A ata será assinada e/ou rubricada portodos os presentes 1. A declaração documenta uma informação prestada por
à reunião ou apenas pelo presidente e relator, dependendo das autoridade ou particular. No caso de autoridade, a comprovação
exigências regimentais do órgão. do fato ou o conhecimento da situação declarada deve serem razão
2. A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, deve-se, do cargo que ocupa ou da função que exerce.
em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da informação 2. Declarações que possuam características específicas podem
correta a ser registrada. No caso de omissão de informações ou de receber uma qualificação, a exemplo da “declaração funcional”.
erros constatados após a redação, usa-se a expressão “Em tempo”
ao final da ata, com o registro das informações corretas. 11. Despacho
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Exemplo de ofício
5 cm (Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)
Ofício nº 524/1991/SG-PR
2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154,
de 24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas
em sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão
amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas
instituído pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na
definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao
disposto no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os
aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste
último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da
sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao
índio serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos
públicos e das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.
Atenciosamente,
(Nome)
(cargo)
210 mm
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Exemplo de aviso
5 cm
Aviso nº 45/SCT-PR
2,5 cm
Senhor Ministro,
297 mm
1,5 cm
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do
Primeiro Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a
ser realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional
de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa
Nacional das Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos,
instituído pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
(cargo do signatário)
210 mm
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Exemplo de memorando
5 cm
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 1991
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
210 mm
132
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LÍNGUA PORTUGUESA
5 cm
EM nº 00146/1991-MRE
5 cm
2,5 cm 1,5 cm
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na
Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de
proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de
3 cm
dois por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os
países em condições de produzir armas químicas, os Estados Unidos
reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participantes do
processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o
tratado a ser concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
1 cm
Atenciosamente,
2,5 cm
(Nome)
(cargo)
2,5 cm
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Exemplo de mensagem
5 cm
Mensagem nº 118
3 cm
4 cm 1,5 cm
2 cm
Brasília, 28 de março de 1991
297 mm
2 cm
210 mm
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LÍNGUA PORTUGUESA
[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
Destinatário: ___________________________________________________________
Nº do fax de destino: ___________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: ____________________________________________________________
Tel. p/ contato: ______________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ________Nº do documento: _____________________________
Observações: __________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Exemplo de apostila
APOSTILA
Brasília, em 26/5/2004
Maria da Silva
Diretora
Exemplo de ata
ATA
As 10h15, do dia 24 de maio de 2004, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva,
Diretora da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que foi
aprovada, sem alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão do item
“Projetos Concluídos”, sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da
Silva, Chefe da Seção de Marketing, que apresentou um breve relato das atividades desenvolvidas no
trimestre, incluindo o lançamento dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos Santos, Chefe da
Tipografia, ressaltou que nos últimos meses os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo
com as normas estabelecidas, parabenizando a todos pelos resultados alcançados. Com relação aos
projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos mantiveram-se dentro do cronograma de trabalho
preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na próxima semana. Às 11h45 a Diretora encerrou os
trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de junho, quartafeira, às 10 horas, no mesmo local. Nada
mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu, Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada
por mim e pela Diretora.
Diretora
Secretária
Exemplo de carta
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Prezado Senhor,
Em atenção à carta de V. Sa., informo que o processo de transferência de estudantes para as escolas
técnicas federais é feito de forma pública, com normas estabelecidas em editais e divulgadas pelas instituições. Cabe
ao candidato pleitear a vaga de acordo com os critérios estabelecidos.
Contando com a compreensão de V. Sa., coloco-me à disposição para sanar eventuais dúvidas quanto a
esse assunto.
Cordialmente,
Maria da Silva
Deputada Federal
Exemplo de declaração
DECLARAÇÃO
Declaro, para fins de provajunto ao SupremoTribunal Federal, queJOSÉ DASILVA, ex-servidor da
Câmara dos Deputados, teve declarada a vacância do cargo de Analista Legislativo - atribuição Assistente Técnico,
a partirde 2/1/2004 (DCD de 3/1/2004). O referido ex-servidor não usufruiu das férias relativas ao exercício de
2003 e, em seus assentos funcionais, consta a concessão de 30 (trinta) dias de licença para capacitação, referente
ao qüinqüênio 13/1/1995 a 26/1/2000 (Processo n. 5.777/2003, publicado no Boletim Administrativo n. 15, de
7/1/2004).
Exemplo de despacho
Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70 do
Regimento do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos das
informações e manifestações dos órgãos técnicos da Casa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
José da Silva
Diretor
Exemplo de portaría
PORTARIA N. 1, de 13/1/2004
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Modelo de relatório
RELATÓRIO
Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.
Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
....................................................................................................................................
Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
......... ..........................................................................................................................................
Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
....................................................................................................................................
3. Considerações finais
....................................................................................................................................
Nome
Função ou Cargo
Modelo de requerimento
(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Nome
Cargo ou Função
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ATUALIDADES
1
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ATUALIDADES
2009 A crise financeira envolveu o mundo todo. Mesmo Especialistas afirmam que o pior já passou. A maioria dos
instituições financeiras cujos negócios não estavam diretamente países deve voltar a crescer neste ano. Segundo projeções do FMI,
ligados ao mercado imobiliário suspenderam as operações o Produto Interno Bruto (PIB) mundial, que caiu 0,8% entre 2008
de empréstimo. Sem crédito, a indústria parou de investir, e os e 2009, deve ter uma elevação de 3,9% neste ano em relação ao
consumidores deixaram de comprar. E, como todos os mercados ano anterior, e mais 4,3% de 2010 para 2011.
mantêm estreita relação de negócios, a economia mundial Mas a recuperação é ainda muito frágil e não se dá com igual
emperrou. intensidade em todos os países. Enquanto a China, uma economia
A crise não afetou todos os países do mesmo jeito. Alguns emergente, cresce a cerca de 10%, em países desenvolvidos, como
entraram em recessão (estagnação econômica) no fim de 2008 Estados Unidos e Alemanha, o crescimento do PIB fica em torno
ou início de 2009, caso dos Estados Unidos, Suécia, Coréia do de 2%. A fragilidade vem do alto endividamento dos governos,
Sul e das nações da União Européia. Outros, principalmente principalmente em alguns países ricos. Diante da debandada dos
os emergentes, como Brasil, Índia e China, tiveram um recuo investidores privados, coube aos governos manter a atividade
mais suave na atividade econômica. Mas, com maior ou menor econômica, investindo eles próprios em empresas privadas. Os
intensidade, todos apresentaram reflexos da crise sobre a produção desembolsos feitos para salvar instituições financeiras e a redução
e o nível de emprego. de impostos para estimular o consumo interno endividaram mais
2010 Segundo especialistas, o pior da crise já passou, mas a os países: para minimizar os efeitos da crise, os Estados foram
recuperação é frágil e desigual entre os países. O sistema financeiro forçados a gastar mais e a arrecadar menos. Economias menos
internacional apóia-se sobre liquidez e confiança. Liquidez é o sólidas enfrentam, por isso, sérias dificuldades.
dinheiro de que as instituições dispõem para devolver aos seus É o que ocorre com os Piigs. No caso mais sério, na Grécia,
investidores cada centavo aplicado a qualquer momento. Os a dívida pública prevista para este ano é da ordem de 120% do
bancos não têm liquidez de 100%. Negociam com clientes e entre PIB, contra o máximo de 60% estipulado para os integrantes
si títulos de dívidas e outros papéis cujos valores são atrelados ao da União Européia. Além disso, o orçamento (o que o governo
pagamento de empréstimos que, espera-se, sejam feitos no futuro. arrecada e gasta) apresenta um déficit de quase 13% ao ano. A
Trilhões de dólares circulam anualmente por essa economia saída comumente apontada pelos credores é o típico caso em que
virtual, que se move sobre promessas e se afasta cada vez mais o remédio pode matar o doente: renegociar as dívidas e apertar
da economia real, aquela baseada na produção palpável de bens o cinto. É que, geralmente, isso implica baixar salários e cortar
e serviços. investimentos, ou seja, reduzir a produção e os empregos. Soa o
Quanto o mercado financeiro acredita que essas dívidas serão alerta de uma provável crise social.
devidamente quitadas a tempo de pagar, paulatinamente, cada Brasil – As projeções do FMI são relativamente boas para o
investidor define o grau de segurança que os investidores têm Brasil: 4,7% de crescimento em 2010 e de 3,7% em 2011. A taxa
no sistema financeiro. Foi isso o que ruiu em 2008, provocando de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
uma crise de confiança que afetou, primeiro, a economia norte- Estatística (IBGE) caiu de 9% em março de 2009 para 6,8% em
americana e, depois, a mundial. Tanto é que, em 2008, o valor dezembro.
dos ativos financeiros (o total de títulos em poder dos bancos) O Brasil estava em setembro de 2008 com forte crescimento,
encolheu de 170 trilhões para 120 trilhões de dólares. Em relação a com o PIB subindo cerca de 5% ao ano. A estabilidade econômica
2006, a economia virtual perdera, num piscar de olhos, 50 trilhões e as facilidades de acesso ao crédito alavancavam a demanda do
de dólares. Para comparação: o PIB mundial (tudo o que o planeta mercado externo. Com a abertura da crise, a falta de dinheiro no
produziu) em 2008 totalizou 60,6 trilhões de dólares. mercado internacional levou à queda nas exportações, freando a
Crises de modo geral, provocam uma reação em cadeia. O economia.
primeiro setor a ser atingido pela falta de crédito é produtivo, Para enfrentar a crise, o governo federal e o Banco Central
que fica sem recursos para gastos correntes, como compra adotaram medidas como a redução na taxa básica de juros (Selic), o
de matéria-prima e pagamentos, além de aquisição de novos que facilitou o financiamento da indústria, e a redução de tributos,
equipamentos. Sem crescer, a indústria tende a diminuir seu como o corte no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para
quadro de funcionários. O aumento do desemprego reduz o nível automóveis, motos, material de construção e eletrodomésticos.
do consumo. O problema volta para a indústria, que não encontra Com isso, o Brasil segurou o nível de produção e o consumo
mercado para seus produtos e acaba demitindo. interno. Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas
Instituições multilaterais, como o Fundo Monetário (Ipea), o corte nos impostos fez com que o governo deixasse de
Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial arrecadar 1,8 bilhão de reais, perdas compensadas, em parte,
de Comércio (OMC), bem como o G-20, articularam-se para com a arrecadação de outros impostos sobre a venda dos mesmos
agir contra a crise assim que ela estourou. Procuraram ampliar produtos.
os recursos para empréstimos de emergência aos países mais
necessitados. Ao mesmo tempo, os governos injetaram dinheiro Europa
público para salvar as instituições financeiras ameaçadas de Para evitar que a Grécia entrasse em colapso e levasse junto
quebra. Estabeleceram, também, incentivos para a produção, alguns países da Europa, o que alastraria a crise pelo mundo,
para o consumo interno e para as exportações. Algumas nações ministros das Finanças da União Europeia (UE) aprovaram, em 9
reduziram drasticamente as taxas de juros, de maneira coordenada, de maio de 2010, um fundo emergencial inédito de 750 bilhões de
como forma de atrair de volta os assustados investidores. Tudo euros (R$ 1,7 trilhão). Um terço do total dos recursos é proveniente
com o objetivo de manter a roda da economia girando. do Fundo Monetário Internacional (FMI).
2
Didatismo e Conhecimento
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ATUALIDADES
Mas como um país pequeno (pouco menor que o Estado O caso da Grécia, no entanto, revelou fragilidades do bloco.
do Amapá), de 10,6 milhões de habitantes, considerado o berço Faltam mecanismos mais eficientes de controle de especulação
da civilização ocidental, se tornou de repente uma ameaça aos bancária e fiscalização das contas de países membros. O grupo
mercados financeiros internacionais? também levou dois meses para decidir ajudar os gregos. Em
O endividamento da Grécia é resultado de duas parte, isso se deve ao preço político cobrado dos governantes
irresponsabilidades: a fiscal, do governo, e a especulativa, dos nas urnas: os europeus estão cansados de financiar, com dinheiro
bancos. público, a má gestão de alguns governos e a irresponsabilidade de
Um modo fácil de entender isso é comparar com o orçamento investidores.
doméstico. Qualquer dona de casa sabe que precisa equilibrar Para a Grécia e outros países equilibrarem as contas
as contas entre os gastos com a família (alimentação, vestuário, públicas, não haverá outra saída senão “cortar na própria carne”,
contas a pagar, etc.) e os rendimentos. A regra é não gastar mais aumentando impostos e eliminando gastos (com redução de
do que se ganha. Quando isso não acontece, contraímos dívidas. salários e aposentadorias, por exemplo).
Foi o que aconteceu com a Grécia. O país gastou muito Para piorar, isso ocorre no momento em que as economias
além do que seu orçamento permitia nos últimos dez anos - em estão se recuperando. Países também endividados têm que assumir
programas sociais, na folha de pagamento dos servidores públicos mais dívidas para cobrir o rombo em Atenas. É como se um doente,
(um em cada três gregos é funcionário público) e em pensões ou tentando se curar de uma pneumonia, pegasse uma gripe.
outros benefícios. Para pagar as contas da casa, o Estado adquiriu
empréstimos com instituições bancárias. Brasil
Para piorar a situação, a crise do mercado imobiliário dos A atividade econômica brasileira ficou quase estável na
Estados Unidos, em 2008, que afetou o mundo todo, também passagem de maio para junho, indicaram dados divulgados pelo
atingiu o bolso dos gregos, resultando em desemprego e na
Banco Central. No mês de junho, o Índice de Atividade Econômica
conseqüente queda na arrecadação de impostos.
(IBC-Br) ficou em 139,26 pontos – uma alta de apenas 0,02%
Para reduzir os custos, o governo do primeiro ministro
sobre o patamar do mês anterior, em dados com ajustes sazonais.
George Papandreou anunciou um pacote que congela os salários,
Os números do BC mostram, porém, que a atividade cresceu
reduz as pensões e aumenta os impostos. Foram essas medidas
que provocaram a greve geral, manifestações de sindicalistas e fortemente de janeiro a junho deste ano, com avanço de 9,96%,
estudantes nas cidades gregas, e enfrentamentos com a polícia. após ajustes sazonais.
No pior dia, 5 de maio, três pessoas morreram em um banco O IBC-Br é um indicador criado para tentar antecipar o
incendiado em Atenas por manifestantes. resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade
O déficit no orçamento, isto é, a diferença de quanto o país monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). O Banco
gasta e quanto arrecada, correspondia a 13,6% do Produto Interno Central explicou que o IBC-Br “constitui uma medida antecedente
Bruto (PIB) grego em 2009. O índice é mais de quatro vezes a da evolução da atividade econômica”. Antes divulgado por
porcentagem tolerada na Zona do Euro, de 3%. (A expressão estados, e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou
“Zona do Euro” se refere a um grupo de 16 países europeus que a ser calculado com abrangência nacional.
adotaram o euro como moeda, há dez anos.) O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da
A dívida da Grécia, em maio de 2010, é de 300 bilhões de indústria e do setor de serviços, além dos impostos. “A estimativa
euros (o equivalente a R$ 700 bilhões). Até o final de 2010, a do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da
Comissão Europeia estima que a Grécia terá 124,9% do PIB em economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados
dívidas públicas. Isso significa que as contas a pagar superam toda a partir da evolução da oferta total (produção+importações)”.
a riqueza produzida pelo país. O limite da UE é de 70% de dívida O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco
pública. Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira.
Porém, o que tornou inevitável a ajuda para resgatar a Atualmente, os juros básicos estão em 10,75% ao ano, após três
economia grega foi o risco de um efeito dominó. A crise poderia elevações seguidas (abril, junho e julho).
atingir outros países da Zona do Euro, que também estão em
condições fiscais debilitadas, como Irlanda (déficit de 14,3% do Estados Unidos
PIB), Espanha (11,2%) e Portugal (9,4%). O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informou
Os déficits orçamentários desses países europeus, que tiveram que o déficit no orçamento do país atingiu US$ 165 bilhões em
de socorrer a economia injetando recursos públicos durante a crise julho.
e sofreram queda de receitas, são os piores desde o período da Foi o segundo pior resultado para o mês, superado apenas
Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Antes mesmo da crise por julho de 2009, quando o déficit alcançou US$ 180,7 bilhões.
a Europa já vinha num crescente processo de endividamento, Mesmo assim, o número veio melhor que a estimativa média do
devido aos gastos com bem-estar social e ao envelhecimento da mercado, que apontava para US$ 170 bilhões.
população, que gera despesas com saúde e previdência. As receitas do governo somaram US$ 155,5 bilhões em julho,
A crise financeira somente agravou a crise fiscal em curso, levemente acima dos US$ 151,5 bilhões do mesmo mês de 2009.
além de desvalorizar o euro frente ao dólar. Já as despesas totalizaram US$ 320,6 bilhões no mês passado,
O plano de ajuda para recuperar o euro foi anunciado no contra US$ 332,2 bilhões um ano antes.
mesmo dia em que a União Europeia completou 60 anos de
O saldo negativo acumulado em 10 meses do ano fiscal
criação. Em 9 de maio de 1950, França e Alemanha assinaram um
americano foi US$ 1,17 trilhão, resultado 7,7% menor que o déficit
acordo para evitar novas guerras mundiais, conhecido como Plano
de igual período do ano anterior. A melhora reflete gastos menores
Schuman. Hoje, a UE possui 27 países em parcerias econômicas
neste ano com programas emergenciais de combate à recessão e
e políticas.
estabilização do sistema financeiro.
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No entanto, o governo de Barack Obama já sinalizou que o idade (569 assassinatos, 3,2%). No Brasil, o homicídio é a maior
déficit no ano fiscal - que se encerra em setembro - deverá superar causa de morte de jovens de 10 a 24 anos por motivos externos
o recorde de US$ 1,42 trilhão do ano passado. A última projeção do violentos (que inclui acidentes de trânsito e outras), superando os
governo, previu um saldo negativo de US$ 1,47 trilhão em 2010. 50%.
Observa-se, também, no país que a violência diminui em
algumas cidades grandes, mas cresce no interior dos estados,
principalmente em polos de desenvolvimento regionais ou locais:
SOCIEDADE trata-se da interiorização da violência. Uma mudança observada
a partir de 1999, cujas razões são o maior investimento em
segurança nas regiões metropolitanas e o surgimento de pólos de
atração econômica no interior dos estados. De acordo com a última
Violência atualização do banco de dados do Ministério da Saúde (DataSus),
Parece um paradoxo: quanto mais surgem programas e festas as três maiores taxas de homicídio para cada 100 mil habitantes,
para fazer com a turma, mais os pais apertam o cerco de perguntas em 2007, estão fora do eixo histórico de desenvolvimento do país:
e restrições, exigindo hora para chegar em casa, dizendo o que a cidade da Tailândia (PA), de apenas 73 mil habitantes e com forte
permitem ou não fazer e pedindo satisfação e prestação de contas. presença de desmatamento e conflitos envolvendo madeireiras
Afinal, as cidades oferecem cada vez mais possibilidades de lazer ilegais, encabeça o ranking. Lá, foram 112 assassinatos por grupo
e estamos no século XXI. Ocorre, porém, que esse comportamento de 100 mil habitantes, as outras duas ficam no Espírito Santo,
dos pais em parte tem uma razão bem forte: o mundo “lá fora” ambas na região metropolitana de Vitória: a cidade de Serra teve 95
está cada vez mais perigoso. Os pais percebem isso porque, na assassinatos e Cariacica, 94,8 por grupo de 100 mil habitantes. No
juventude deles, a realidade não era essa, e os números oficiais dão caso de Vitória, o que ocorre é uma urbanização acelerada em que
razão às suas preocupações. se dá a marginalização de segmentos expressivos da população,
A violência está vitimando grande número de jovens no com aumento da criminalidade. Observa-se um crescimento de
Brasil, de diferentes formas, mas é preocupante a quantidade de violência semelhante em outras regiões metropolitanas do país.
homicídios. O homicídio já representa mais da metade das mortes O crescimento da violência no Brasil está diretamente ligado às
de todos os jovens brasileiros dos 10 aos 24 anos, por motivos desigualdades sociais provocadas pela má distribuição da riqueza,
externos, à frente dos acidentes de transporte e outras causas, que que se agravou com o aumento da população e a urbanização
não sejam doenças. Os índices de violência em nosso continente acelerada. No Brasil, 1% da população tem renda igual ao total dos
são mais elevados do que em outros, quatro vezes maiores do rendimentos dos 50% mais pobres. E, entre os 10% mais pobres,
que a média mundial. Mas no Brasil os números impressionam, 74% são negros. Exemplifica a relação direta entre desigualdade
principalmente pela violência que atinge os jovens. Segundo o social e violência o fato de que o número de negros assassinados
Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo no Brasil é duas vezes maior que o de brancos.
(NEV/USP), a violência contra adolescentes no Brasil cresce há Segundo o mesmo estudo do IBGE, quase metade das
quase 30 anos. crianças e dos adolescentes brasileiros com até 17 anos vive em
A possibilidade de um jovem brasileiro ser vítima de homicídio situação de pobreza (menos de meio salário mínimo per capita),
é 30 vezes maior que a de um jovem europeu e 70 vezes que a de e 18,5% em situação considerada de extrema pobreza (até 25%
um morador da Inglaterra ou do Japão. Entre os países da América do salário mínimo per capita). Apesar de 84,1% dos jovens entre
Latina, o Brasil tem a quinta maior taxa de homicídio juvenil, 15 e 17 anos freqüentarem a escola, entre a população mais pobre
antecedido por El Salvador, Colômbia, Venezuela e Guatemala, a taxa é de apenas 30,5%. Desse total, apenas a metade (50,6%)
em um total de 83 países do mundo listados no documento “Mapa estava matriculada no nível escolar adequado a sua idade, o ensino
da Violência: os jovens da América Latina”, divulgado em 2008 médio. Com poucas oportunidades de estudo, há menos chance
pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana (Ritla). O de trabalhar, de aumentar rendimentos e ascender socialmente.
impacto sobre a expectativa de vida é grande: hoje a idade média Nesse cenário, as atividades do crime organizado, como tráfico de
da população, ao morrer, é de 67,8 anos por causas naturais e de armas e drogas, aparecem para os jovens como uma possibilidade
38,6 anos por mortes violentas. Em países como Japão, Islândia de ganhar dinheiro.
e França, a expectativa média de vida já supera os 81 anos. Mas, Esse quadro está mudando no país, mas em um ritmo lento
independentemente da idade da vítima, a violência no Brasil é demais. Assim, a violência passou a fazer parte do cotidiano e
preocupante, e seu deslocamento geográfico vem configurando a ocupar espaço fixo no noticiário e na vida brasileira. Nós nos
um novo cenário. acostumamos a ver e ler notícias de criminalidade ocupando
O total de mortes violentas no Brasil vem caindo lentamente nos espaços tão generosos ou maiores do que os dedicados a outros
anos recentes, principalmente após a campanha do desarmamento, temas. Assim, em 2009, duas semanas após o anúncio de que o
iniciada em 2004. Os dados ainda preliminares de 2007 indicam Rio de Janeiro fora escolhido para sediar as Olimpíadas de 2016,
que a taxa de homicídios total diminuiu 3% em relação à de 2006, a cidade virou destaque internacional em razão da violência. Em
mas a violência permanece em patamares elevados, principalmente 17 de outubro, um confronto entre criminosos pelo controle do
contra os jovens. Dos 47.658 homicídios ocorridos em 2007 no tráfico de drogas no morro dos Macacos, na Zona Norte do Rio de
Brasil, 18.053 mortos (37,8%) eram crianças e jovens entre 10 a Janeiro, deu início a uma onda de conflitos. Traficantes derrubaram
24 anos. Os jovens entre 20 e 24 anos formam o maior grupo de a tiros um helicóptero da Polícia Militar, causando a morte de dois
vítimas (10.187 mortes, 56,4% desse total), antecedido pela faixa soldados. Ao todo, foram 21 mortes, incluindo três moradores do
dos 15 aos 19 anos (7.288, 40,4%) e crianças de 10 a 14 anos de morro. O jornal norte-americano The New York Times destacou
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que a derrubada do helicóptero ocorrera a apenas 1,5 quilômetro Combater o crime organizado no Brasil quer dizer trabalhar
do Estádio do Maracanã, que será palco das cerimônias de abertura principalmente sobre o tráfico de drogas e de armas. Estima-se
e encerramento das Olimpíadas e da final da Copa do Mundo de que entrem ilegalmente no país mais de 30 mil armas por ano, por
2014. O caso é emblemático porque, nos bairros de periferia e nas 17 pontos nas fronteiras com Peru, Bolívia, Paraguai, Argentina e
favelas, a população se vê entre a violência de criminosos e a dos Uruguai. Nos últimos anos, esses locais coincidem com as rotas do
policiais. tráfico de drogas. Apesar da campanha de desarmamento, iniciada
No Brasil, a violência policial também cresceu. O relatório em 2004, acredita-se que ainda circulem no país 15 milhões de
“Força Letal”, produzido pela Human Rights Watch, ONG armas ilegais. Do total de homicídios de jovens entre 10 e 24 anos
internacional de direitos humanos, é um estudo sobre os dados e ocorridos no país em 2008, 40,48% foram causados por armas de
a atuação policial nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo fogo.
e constatou que, desde 2003, as polícias do Rio e de São Paulo, Já há consenso de que, além do enfrentamento da violência
juntas, mataram mais de 11 mil pessoas. No Rio, foram 1.137 atual nas esferas de justiça e segurança, é necessário buscar
vítimas em 2008. No mesmo ano, no estado de São Paulo, o soluções para diferentes questões da desigualdade social, em áreas
número de casos foi de 397, muito perto do de mortes cometidas como a assistência social e a educação. Na esfera da Justiça, o
pela polícia no mesmo ano em toda a África do Sul (468), um Brasil precisa criar um modelo que, além de punir com rigor o
país também em desenvolvimento e com marcantes desigualdades crime, promova a reabilitação e a reinserção do preso à sociedade
sociais. Esses dados são superiores ainda ao total dos assassinatos com oportunidades fora do crime, senão o ciclo se repetirá. As
cometidos por policiais nos Estados Unidos (371), país com níveis penitenciárias superlotadas e sem programas adequados de
também reconhecidamente altos de violência. atividades e recuperação são um barril de pólvora.
O estudo afirma que uma parte significativa das mortes No Rio de Janeiro, uma das iniciativas do governo estadual
relatadas no Brasil parece ser execução sumária feita pelos parar minorar o quadro da violência até a realização da Copa do
policiais, pois os homicídios ocorreram após o término dos Mundo foi começar um programa de policiamento comunitário
tiroteios ou sem que tenha ocorrido troca de tiros. A maioria dos permanente nas favelas, de forma a aproximar a polícia das
casos suspeitos de execução extrajudicial (feita por policiais) é comunidades.
arquivada antes mesmo de ser levada a julgamento, ou nem sequer A procura de soluções para as principais questões da
é objeto de denúncia, segundo a Human Rights Watch. O abuso de juventude tem sido uma preocupação cada vez mais presente nos
autoridade e a impunidade se relacionam a outros problemas, como governos civis após a ditadura, principalmente após a aprovação
a formação inadequada dos policiais, a falta de equipamentos e os do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8069), em 1990.
baixos salários. Em 2009, por exemplo, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
A Human Rights Watch ressalva ainda que a redução dos sistematizou um novo indicador para o enfrentamento da violência
homicídios no país pode ser menor, pois, no banco de dados do
e da desigualdade. O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência
Sistema Único de Saúde (DataSus), em 2007, observa-se que os
(IVJ-Violência) cruza os números de homicídios, acidentes de
homicídios podem estar apenas mudando de classificação, já que
trânsito, emprego, renda, freqüência escolar, habitação precária,
houve aumento significativo no número de mortes sob a rubrica
em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes, para
“eventos cuja intenção é indeterminada” (homicídio, suicídio ou
identificar aquelas em que é preciso atuar mais fortemente.
acidente). No estado do Rio, as mortes nesse grupo aumentaram de
As instituições para menores infratores são outro ponto
891 para 1.938 no ano, 117% a mais que em 2006. Em São Paulo,
de preocupação. Em 2008 havia no Brasil 16.868 jovens em
o aumento foi de 20%, no mesmo ano. Em números nacionais,
passou de 9.147 para 11.367, um salto de 24%. Desse total, 8 mil instituições desse tipo, dos quais 11.734 em regime de internação
mortos foram jovens entre 10 a 24 anos. Determinar a causa da permanente e somente os demais em internação provisória ou de
morte é tarefa dos institutos médico-legais (IML), com o exame semiliberdade. Em São Paulo, o governo extinguiu a estrutura
dos corpos e com base nas informações da polícia. Mas, na prática, jurídica e reformulou a Fundação Estadual para o Bem-Estar do
podem estar valendo os dados que estão nos boletins de ocorrência Menor (Febem), instituindo a Fundação Casa, buscando criar nova
preenchidos pelos policiais. estrutura de trabalho compatível com o objetivo de recuperar o
Um dos aspectos perversos do crescimento da violência na jovem infrator.
sociedade é o aumento de problemas nas demais instituições Para tentar frear o ciclo vicioso de exclusão, têm sido
dessa esfera, como as delegacias, as penitenciárias e as casas para adotadas ferramentas de transferência direta de renda, para manter
abrigar menores infratores. Em 2008 havia 470 mil presos no país. crianças e jovens indo à escola em lugar de trabalhar. Existem
As penitenciárias tinham quase 410 mil presos e faltavam 170 ainda programas assistenciais de acompanhamento de jovens
mil vagas, um déficit de 34%. Outros 60 mil presos estavam em considerados em situação de risco social.
delegacias e distritos policiais, onde as vagas somavam 29 mil, Além de ações governamentais federal e estaduais,
um déficit de 48%. A superlotação dos presídios e a degradação multiplicam-se programas de organizações não governamentais,
da infraestrutura levam a uma violação sistemática dos direitos com projetos educacionais com viés profissionalizante e cultural.
humanos, provocam problemas de gestão e descontrole dos Uma das iniciativas que podem ser citadas é o Programa de
agentes sobre os internos e favorecem a entrada do crime Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens (PRVL).
organizado nos presídios. Assim, em lugar de fazer justiça e punir Ele objetiva criar propostas práticas e fazer articulações políticas
o crime com a premissa de recuperação humana do criminoso, o para enfrentar a violência contra o jovem e foi criado pelo
sistema penitenciário brasileiro internalizou os fatores que causam Observatório de Favelas, uma organização sem fins lucrativos com
a violência fora dele, dos quais o mais significativo talvez seja sede no Rio de Janeiro, em parceria com o governo federal e o
tornar-se cenário de atuação do crime organizado. Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
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IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) humana. Para o cálculo do IDH, um país com 25 anos ou menos
No alto da tabela está um país nórdico europeu, cuja economia, de expectativa de vida é considerado o pior possível e obtém um
que se baseia na extração do petróleo, garante à sua população uma índice zero, já um com 85 anos de esperança de vida é considerado
eficiente rede de proteção social. Lá embaixo, um país miserável o lugar ideal a 1. No último relatório, o Afeganistão apresentou a
da África, localizado ao sul do deserto do Saara, assolado pela seca mais baixa expectativa de vida, 43,6 anos, e o Japão foi o país com
e pela fome e que possui apenas 28,7% da população alfabetizada. a maior expectativa de vida ao nascer, 82,7 anos.
Essa grande diferença na qualidade de vida entre a Noruega e o Os 182 países e territórios avaliados pela ONU em 2009, depois
Níger marca os extremos do Índice de Desenvolvimento Humano de receberem seus índices, foram classificados em categorias de
(IDH). desenvolvimento humano. Neste ano, pela primeira vez, o Pnud
Criado em 1990 e divulgado anualmente no Relatório de apresentou uma nova categoria, a do desenvolvimento humano
Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações Unidas muito alto. Dessa forma, o ranking do IDH fica dividido em quatro
(ONU), o IDH mede o bem-estar da população do planeta, categorias: desenvolvimento humano muito alto, engloba países
traduzindo em números a qualidade de vida da população dos com IDH acima de 0,900; alto desenvolvimento humano, países
países do mundo. O índice funciona como uma régua, em que o
com IDH entre 0,800 e 0,899; médio desenvolvimento humano,
valor mínimo é 0 e o máximo, 1. No último relatório, publicado
países com IDH entre 0,500 e 0,799; baixo desenvolvimento
em outubro de 2009, com dados de 2007, a Noruega apresentou o
humano, países com IDH até 0,499. As nações que fazem parte
maior IDH, 0,971, e o Níger, o pior, 0,340.
da nova categoria passaram a ser denominadas, segundo o
Para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(Pnud), órgão da ONU responsável pela coleta e publicação dos relatório da ONU, países desenvolvidos e os demais, países em
dados do IDH, o desenvolvimento humano tem de refletir tanto desenvolvimento.
o nível econômico da população quanto os aspectos culturais Apesar de as nações avaliadas pelo Pnud terem demonstrado
e sociais. Por isso, foi criado o IDH. Antes, para avaliar o avanços no desenvolvimento humano nos últimos anos, ainda é
desenvolvimento de um país, era usado apenas o cálculo do muito grande a diferença entre os países desenvolvidos e os em
Produto Interno Bruto, ou seja, a soma de tudo o que um país desenvolvimento. A expectativa de vida no Níger, por exemplo,
produz em um ano, mas economistas concluíram que essa era uma é de 50,8 anos, cerca de 30 anos menos que a da Noruega, 80,5
análise incompleta, pois ignorava a necessária dimensão humana anos. Em termos de renda, o PIB per capita da Noruega, 53,4 mil
da atividade econômica. Em outras palavras, há países em que a dólares, é 85 vezes superior ao do Níger, 627 dólares.
atividade econômica poderia até estar indo bem, mas, por vários Essa diferença gritante não ocorre à toa, pois é fruto de todo
motivos, a grande maioria da população talvez estivesse vivendo o desenvolvimento histórico, e, no mundo atual, no cenário da
muito mal. Assim, a partir de 1990, o desenvolvimento humano globalização, não tem havido redução das desigualdades. Apesar
de uma nação passou a ser obtido pela média de três indicadores, de haver intenso crescimento da produção e do comércio mundial,
o Pnud dá o mesmo peso a todos os indicadores, de renda, de esse desenvolvimento econômico continua concentrado nas mãos
educação e de saúde. de um pequeno grupo de nações ricas.
RENDA – O índice de renda de um país é calculado a partir do A grande maioria dos países que concentram uma renda maior
PIB per capita: a renda total dividida pelo número de habitantes. pertence à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
O índice é calculado por meio do dólar PPC (paridade do poder Econômico (OCDE), fórum internacional que reúne as 30 nações
de compra), uma taxa em que se converte a moeda de cada nação mais ricas do planeta. Com boa base econômica, esses países
para que se possa compará-la, tomando como base o dólar norte- conseguem garantir uma rede de serviços de qualidade para a
americano, mas levando em conta o efetivo poder de compra do população, sobretudo nas áreas de saúde e educação, o que acaba
dinheiro, ou seja, o que se consegue comprar com certa quantidade se traduzindo no bem-estar geral da sociedade. Nesses locais,
da moeda em cada país. A forma de cálculo da renda adotado pelo aproximadamente 90% dos jovens estão dentro da escola e a taxa
Pnud (com o uso de logaritmo) faz com que tenha um grande de analfabetismo entre os adultos é quase nula, como na Austrália,
peso o aumento médio dos rendimentos da população em nações
que tem 100% dos adultos alfabetizados e praticamente todos
mais pobres, mesmo aumentos pequenos, bem mais peso do que
os jovens na escola. A expectativa de vida nos países da OCDE
melhorias de renda em países ricos.
também é bastante alta, de 79 anos.
EDUCAÇÂO – Esse índice é calculado a partir de dois
Entre os mais pobres e com os piores índices de
indicadores: a taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos
(capazes de ler e escrever um bilhete) e a taxa de matrícula bruta desenvolvimento humano estão os países da África Subsaariana,
em todos os níveis de ensino (considerando a faixa etária esperada a parte do continente africano ao sul do deserto do Saara que,
para cada um desses níveis). Nessa conta, o país ideal tem 100% além da pobreza exacerbada, possui países flagelados por guerras
da população alfabetizada e dentro da escola, como é o caso de e pela AIDS. Das 24 nações com o pior IDH do mundo, 22 são
Austrália, Finlândia, Dinamarca, Nova Zelândia e Grécia, segundo dessa região, com exceção do Timor Leste e Afeganistão, ambos
o último relatório do IDH. asiáticos. Nesse conjunto de países, a média da renda per capita é
SAÚDE – O índice de saúde da população leva em conta a de 2.031 dólares, muito inferior à dos países da OCDE, cuja média
expectativa de vida das pessoas ao nascer, o número médio de de renda per capita chega a 32.647 dólares. A pobreza se reflete
anos que se espera que uma pessoa viva a partir do momento diretamente nas áreas de saúde e educação: a população desses
de seu nascimento. Esse indicador é importante porque, com países tem uma expectativa de vida que mal passa dos 50 anos,
boas condições sanitárias, cai a mortalidade infantil, e, com a atingindo 51,5 anos, apenas 53,5% dos jovens vão à escola e cerca
extensão do atendimento em saúde, amplia-se a duração da vida de 40% dos adultos são analfabetos.
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Em 2007, o Brasil passou a fazer parte dos países com alto Índios
desenvolvimento humano. No último relatório do Pnud, divulgado Há cem anos foi criado no Brasil o Serviço de Proteção ao
em 2009, o país obteve um IDH de 0,813, apresentando uma Índio (SPI), órgão que inaugurou a política indigenista no país.
pequena melhora em relação a 2008, após a revisão dos números, Apesar dos erros cometidos pelo Estado na tentativa de integrar
o índice do Brasil, em 2008, ficou em 0,808, e consolidando comunidades indígenas à sociedade, o serviço foi pioneiro na
um aumento de 0,90 ponto desde 1990. Apesar de aumentar seu demarcação de terras, o que garantiu a sobrevivência das tribos.
desenvolvimento humano, o país caiu de posição no ranking em O SPI foi substituído, em 1967, pela Fundação Nacional do Índio
relação ao ano anterior, passando do 70º lugar para o 75º, ficando (Funai).
atrás, entre outros países, de Chile, Argentina e Uruguai. A queda Vestígios arqueológicos indicam a presença de índios num
do Brasil, segundo o Pnud, é resultado da inclusão de novos países período entre 11 e 12 mil anos atrás no Brasil. Estima-se que,
na lista, como Liechtenstein e Andorra, que aparecem em 19º e 28º quando os portugueses chegaram, há mais de 500 anos, existiam
lugares, e da revisão do IDH feita em relação a 2008, que acabou até 10 milhões de nativos, que falavam cerca de 1.300 línguas.
mudando alguns países de posição no ranking, pondo Rússia, Com a colonização do território nacional, aldeias foram dizimadas
Dominica e Granada à frente do Brasil. por bugreiros - sertanejos contratados por colonos para caçar
O país apresentou melhora nos três índices que compõem bugres (indígenas) - ou por doenças contagiosas adquiridas pelo
o IDH – renda, educação e saúde, mas o que mais impulsionou contato com o homem branco, contras as quais os nativos não
o crescimento do desenvolvimento humano no país no último tinham imunidade.
período foi o aumento da renda. O PIB per capita do brasileiro Hoje, de acordo com dados da Funai, existem cerca de 460 mil
cresceu de 8.949 dólares para 9.567 entre 2006 e 2007 (anos dos índios no país, vivendo em 225 comunidades. Além destes, estima-
dados avaliados para os relatórios de 2008 e 2009), um aumento de se que há entre 100 e 190 mil índios vivendo fora de suas tribos.
6,9%. Esse crescimento deixou o Brasil na 79º posição no ranking A despeito desse total de índios corresponder a 0,25% da
que avalia somente a renda, uma boa colocação, considerando que população brasileira, as 488 terras indígenas delimitadas perfazem
em 2008 o país ocupava o 91º lugar. 12,41% do território nacional. Restaram 180 línguas diferentes
O índice educacional também apresentou melhoras. De faladas pelas etnias, excluindo-se aquelas em uso por comunidades
acordo com dados do Pnud, em 2007, 90% dos brasileiros isoladas, que ainda não foram estudadas.
adultos estavam alfabetizados e mais de 87% dos jovens entre 7 O SPI foi fundado em 20 de junho de 1910 por meio do decreto
e 14 anos freqüentavam a escola. Esses números deram ao Brasil, nº 8.072, assinado pelo presidente Nilo Peçanha. A direção ficou
em 2009, um IDH de educação de 0,891, maior que o índice da a cargo de Cândido Mariano da Silva Rondon, militar e sertanista
América Latina, 0,886, e perto do índice médio dos países com descendente de índios, mais conhecido como marechal Rondon.
IDH elevado, 0,902. Apesar de apresentar números melhores No final do século 19, Rondon foi responsável pela instalação
no que diz respeito à educação, o grande desafio para o Brasil, de milhares de quilômetros de linhas telegráficas no interior do
principalmente em relação ao analfabetismo, é acabar com a país. Nesse trabalho, entrou em contato com dezenas de tribos,
desigualdade interna. A Bahia, por exemplo, estado que possui sempre de maneira pacífica. Seu lema era «Morrer, se preciso for.
o melhor índice de alfabetização da Região Nordeste, tem quase Matar, nunca».
o dobro de analfabetismo do que a taxa média nacional, 18,06% À frente do SPI, Rondon mudou a forma de tratamento
contra 10%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e dos índios, que antes eram considerados um entrave para o
Estatística (IBGE). desenvolvimento da nação. Para proteger os índios, foram feitas as
A saúde do brasileiro foi o que menos melhorou no último ano. primeiras demarcações de terra. Ele também defendeu a instauração
A expectativa de vida no Brasil passou de 72 para 72,2 anos. Apesar de reservas como o Parque do Xingu, primeiro território indígena
de pequeno, o aumento segue a tendência apontada pelo IBGE de criado pelo governo, em 1961.
que o brasileiro está ficando mais velho. Pelos dados do instituto, No entanto, o pensamento positivista que norteou os
nos últimos dez anos, a expectativa de vida no Brasil aumentou 3,3 trabalhos de Rondon é hoje considerado um equívoco. Segundo
anos, passando de 69,5 para 72,8 anos entre 1998 e 2008, resultado o positivismo, doutrina filosófica fundada por Augusto Comte
direto dos avanços nas áreas de saúde e saneamento básico. Note no século XIX e muito influente entre intelectuais brasileiros no
que os números do IBGE são diferentes dos da ONU, pois há uma período que vai do fim da monarquia às primeiras décadas da
adequação dos dados para fins de comparação internacional, e a república, a humanidade passaria por fases evolutivas, da origem
diferença provocou uma polêmica noticiada pela imprensa. primitiva à civilização moderna.
Apesar de apresentar uma melhora no IDH, o 75º lugar do Brasil Para os positivistas, os índios eram selvagens que viviam
no ranking de desenvolvimento humano é uma posição discreta, já em estado primitivo e que precisavam ser civilizados. Como
que o país foi considerado, em 2008, a oitava maior economia do fazer isso? Incorporando-os à vida do Brasil rural e ensinando-
globo, conforme dados do Banco Mundial. Um importante motivo lhes valores ocidentais. Na ata de criação do SPI consta o nome
para essa discrepância é a grande concentração de renda existente do órgão como Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos
no país, uma das maiores do planeta. Enquanto a população 10% Trabalhadores Nacionais. O objetivo era, portanto, aproveitar
mais rica vive com mais de 40% da renda nacional, os 40% mais a mão de obra indígena na agricultura e adaptar os nativos ao
pobres sobrevivem com apenas 10% da renda, segundo estudo do convívio em sociedade.
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em Para isso foram criadas escolas e oficinas de trabalho - e
dados levantados pelo IBGE. Nos últimos sete anos, no entanto, também se construíram casas. As aldeias foram fragmentadas,
a desigualdade entre os mais ricos e os mais pobres diminuiu. separando famílias e misturando etnias. Com isso, o SPI impediu o
Enquanto em 2001 a renda dos 20% mais ricos era 27 vezes maior extermínio da população nativa, protegendo fisicamente os índios
que a dos 20% mais pobres, em 2008 passou a ser de 19 vezes, em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração foi prejudicial
uma queda de 30%. para a cultura indígena.
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A partir dos anos 1950, antropólogos como Darcy Ribeiro Fariñas interrompeu o jejum de alimentos sólidos e líquidos,
e o sertanista Orlando Villas Bôas ajudaram a mudar essa visão mantido por 134 dias, depois que o presidente Raúl Castro se
etnocêntrica. Atualmente, os antropólogos entendem que os comprometeu a soltar os 52 presos. Mesmo assim, de acordo
índios possuem cultura própria, que é considerada patrimônio com os médicos que o acompanham, ele corre risco de morrer em
da humanidade. O conhecimento que eles têm da floresta, por decorrência de complicações associadas ao período de abstinência.
exemplo, vem ajudando cientistas no estudo de plantas para uso «O primeiro gole de água que deu depois de tanto tempo provocou
medicinal e na proteção do meio ambiente. em seu ressecado esôfago a sensação de uma língua de fogo que o
Para o governo, a melhor forma de preservar os costumes queimava por dentro».
das comunidades é por meio de terras demarcadas. O processo de
demarcação ganhou fôlego nos anos 1970, quando surgiram os O governo dos Estados Unidos, histórico opositor do regime
primeiros movimentos de defesa dos índios. castrista, aprovou a operação que beneficia cubanos reconhecidos
A nova política indigenista foi finalmente incorporada como presos de consciência pela Anistia Internacional. Segundo
à Constituição Federal de 1988, cujo Artigo 231 diz: «São Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado americano,
reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, foi um «acontecimento positivo» e «um avanço para um respeito
crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que maior aos direitos humanos e às liberdades fundamentais em
Cuba».
tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las,
A imprensa internacional, porém, foi cética quando a uma
proteger e fazer respeitar todos os seus bens».
eventual abertura do regime comunista, em vigor desde que Fidel
A Funai mantém, desde 1987, uma unidade especializada em
Castro, Che Guevara e o Exército Rebelde tomaram a capital em 1º
localização e proteção de tribos isoladas. Mas sua política, agora, é de janeiro de 1959, depondo o ditador Fulgencio Batista.
a de retardar ao máximo o contato com o homem branco. Em abril de 1961, os Estados Unidos fizeram uma tentativa
frustrada de invasão na Baía dos Porcos, em Cuba, aumentando
Direitos Humanos a tensão com a antiga União Soviética. O episódio foi um dos
Pressionada por autoridades internacionais, a ditadura cubana mais emblemáticos da Guerra Fria (1945-1989). Nas décadas
decidiu libertar 52 presos políticos no período entre julho e outubro seguintes, Washington impôs um embargo comercial à ilha, cujo
de 2010. O primeiro grupo, composto por 11 dissidentes e seus regime comunista resistiu até mesmo ao esfacelamento da União
familiares, chegou à Espanha entre os dias 12 e 15 de julho, onde Soviética e à abertura econômica na China.
os exilados foram recebidos como imigrantes comuns. Fidel deixou a presidência em 2006, passando o cargo a seu
De acordo com dados da Comissão Cubana de Direitos irmão, Raúl Castro. Os diálogos visando a suspensão do bloqueio
Humanos, órgão independente que não é reconhecido pelo foram retomados com a chegada de Barack Obama à Casa Branca.
governo comandado pelo ditador Raúl Castro, a ilha possui 167 Os americanos exigem, como contrapartida ao fim do embargo,
presos políticos, o menor número desde a Revolução Cubana, em avanços na área de direitos humanos.
1959. Portanto, se todos os 52 forem soltos, restarão ainda 115 Os 11 presos que chegaram à Espanha fazem parte de uma
pessoas encarceradas por crimes de consciência. primeira leva de 20 dissidentes que foram autorizados a deixar
Desde 1998, quando 101 presos foram postos em liberdade, o país. Outros seis cubanos consultados pela Igreja Católica
por ocasião da visita do papa João Paulo II, não se libertava em decidiram permanecer em Cuba após serem soltos. O governo
Cuba um grupo tão numeroso. cubano, contudo, não ofereceu garantias de que eles não sofrerão
O anúncio da libertação foi feito em 7 de julho, pelo represálias.
Arcebispado de Havana. As negociações com o governo foram Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Espanha,
intermediadas pelo cardeal Jaime Ortega e pelo ministro espanhol os exilados não receberam status de asilados políticos para que
de Assuntos Exteriores, Miguel Ángel Moratinos. possam trabalhar no país. Outros ativistas, que continuam em
Todos os presos beneficiados com a medida fazem parte do Cuba, acreditam que essas medidas sejam os primeiros passos para
«Grupo dos 75», constituído por 75 dissidentes presos em março reformas políticas.
de 2003 durante a «Primavera Negra», como ficou conhecido um
Campanha de Reconhecimento de Paternidade
dos muitos períodos de severa repressão. Eles foram processados
Um número impressionante de brasileiros não tem o nome do
por atividades subversivas e condenados a penas que variam de
pai declarado na certidão de nascimento: cinco milhões.
14 a 27 anos de prisão. Alguns deles já haviam sido libertados por O Conselho Nacional de Justiça quer que os pais assumam
apresentarem graves problemas de saúde. essa responsabilidade. Por isso está lançando uma campanha para
A pressão internacional começou após a morte de Orlando identificar esses pais. Mães que não conseguiram registrar o nome
Zapata Tamayo, ocorrida no dia 23 de fevereiro de 2010, após 85 do pai da criança na certidão de nascimento poderão procurar a
dias em greve de fome. Zapata tinha 42 anos e era um dos mais Justiça para garantir esse direito.
importantes dissidentes políticos do «Grupo dos 75». Ele jejuava Pelo último censo escolar, o Conselho Nacional de Justiça
em protesto contra as condições desumanas dos cárceres de descobriu que existem no Brasil quase cinco milhões de alunos
Havana. que não têm o nome do pai declarado na certidão de nascimento.
No dia seguinte à morte de Zapata, outro detento, Guillermo Para mudar essa realidade, o conselho lançou o Projeto Pai
Fariñas, iniciou greve de fome em homenagem ao companheiro e Presente. O objetivo é identificar e garantir que eles assumam a
para pedir a libertação de outros 26 presos políticos que estavam responsabilidade de contribuir com a vida dos filhos. Os tribunais
doentes. À época, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em visita de Justiça locais devem receber os dados das famílias identificadas
oficial a Cuba, foi criticado por não se solidarizar com os ativistas e os juízes vão chamar as mães para que elas, se quiserem, digam
e por compará-los a presos comuns. quem é o pai da criança.
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ATUALIDADES
“O juiz determina o chamamento do pai que vai concordar A despeito disso, a Parada do Orgulho Gay de São Paulo
espontaneamente em assumir a paternidade ou pode se recusar, é reconhecida como o segundo maior evento homossexual do
o juiz encaminhará ao órgão competente para investigação da mundo, atrás apenas da passeata realizada em Nova York.
paternidade”. Até meados do século XX, a homossexualidade era
Os filhos maiores de idade também podem indicar o pai para considerada crime grave em países da Europa, como Reino Unido
paternidade mesmo que a mãe não autorize. Nestes casos o pedido e Portugal. Um dos julgamentos mais célebres da história foi o
de paternidade pode ser feito pelo próprio filho. do escritor irlandês Oscar Wilde, autor de O retrato de Dorian
Gray. Ele foi julgado em 1895 por sodomia e comportamento
Casamento Gay indecente, e condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados.
A Argentina aprovou, em 16 de julho de 2010, o casamento Os homossexuais também sofreram perseguições na Alemanha
gay, tornando-se o primeiro país na América Latina (o segundo no nazista e na Rússia stalinista.
continente, depois do Canadá) e o décimo no mundo a legalizar a Além de constar dos códigos penais de alguns países, a
união entre pessoas do mesmo sexo. A lei, que deve ser sancionada homossexualidade era vista como uma doença, reconhecida até
pela presidente Cristina Kirchner, é um avanço na defesa dos recentemente pela Organização Mundial da Saúde. Em 1954, o
direitos dos homossexuais. matemático inglês Alan Turing, precursor dos computadores,
Depois de passar na Câmara dos Deputados no dia 5 de maio, matou-se depois de ser obrigado pela Justiça a fazer um tratamento
a lei foi sancionada no Senado por 33 votos a favor, 3 abstenções médico que envolvia a castração química.
e 23 votos contrários. O debate entre os parlamentares durou 14 A partir dos anos 1980, os gays foram estigmatizados como
horas. Fora do Legislativo, grupos que se opunham à proposta disseminadores da Aids, chamada na época de “peste gay”. Com
(formados por católicos) e de apoio aos homossexuais fizeram o aumento de casos entre heterossexuais, foi constatado que a
protestos. doença não estava relacionada à natureza ou à orientação sexual
Diferentemente de países como Uruguai e Colômbia, que dos pacientes, mas, sim, a condutas de risco.
somente autorizam as uniões civis de casais gays, a nova legislação Boa parte da mudança de valores e dos avanços sociais
argentina reconhece também direitos e benefícios jurídicos e para a minoria gay se deve aos movimentos de direitos civis. O
sociais. Para isso, ela substituiu, no Código Civil, os termos marco dessa luta foram os conflitos de Stonewall, nos Estados
“marido e mulher” por “contratantes”, igualando os direitos de Unidos, iniciados em 28 de junho de 1969. Foi a primeira vez
casais gays e heterossexuais. que a comunidade gay se uniu contra a perseguição do Estado. Os
Entre as mudanças, está o recebimento total da herança, no distúrbios entre manifestantes e policiais começou em frente ao
caso de morte de um dos cônjuges, permissão para adoção de bar Stonewall Inn, localizado no bairro Greenwich Village.
crianças (antes, somente um dos membros da relação podia adotar), Hoje, sabe-se que a homossexualidade, como qualquer outro
uso de sobrenome comum para crianças adotadas ou para filhos comportamento humano, resulta de uma combinação de fatores
naturais de um dos parceiros, e direito, para o casal, de receber genéticos, sociais e culturais. Com base nisso, a maioria dos países
pensão, pagar impostos e pedir crédito. industrializados criou estatutos legais que garantem a união civil
A capital Buenos Aires e outras quatro cidades argentinas já de casais do mesmo sexo e leis que penalizam os crimes contra
permitiam o matrimônio civil entre pessoas do mesmo sexo. homossexuais. Apesar disso, países como Irã, Argélia e Paquistão
Outros nove países possuem leis específicas sobre casamento ainda consideram a homossexualidade crime.
gay, válidas para todo o território nacional: Holanda, Espanha,
Bélgica, África do Sul, Canadá, Noruega, Suécia, Portugal e
Islândia. Em Portugal, a lei que autoriza o casamento entre pessoas
do mesmo sexo foi promulgada no dia 17 de maio de 2010. Na TRANSPORTE
Islândia, a norma entrou em vigor no dia 27 de junho.
Nos Estados Unidos, seis estados permitem o casamento
gay: Massachusetts, Connecticut, Iowa,Vermont, New Hampshire
e Washington, D.C. A Cidade do México também aprovou O Brasil é um país de dimensão continental, e, por isso, é
recentemente uma lei semelhante. um grande desafio montar um sistema de transporte de pessoas e
No Brasil, casais homossexuais precisam recorrer à mercadorias que seja eficiente e barato. Para a economia, a rede de
Justiça para conseguir os mesmos direitos válidos para uniões transportes é um dos problemas-chave de infraestrutura do país,
heterossexuais. Com isso, ficam à mercê de decisões pontuais de que afeta diretamente a vida das pessoas e das empresas.
juízes de comarcas, ou seja, não há uma padronização quanto às Peguemos como exemplo as opções de um fazendeiro
sentenças. imaginário do estado de Mato Grosso, de onde sai a maior parte
Uma das decisões judiciais mais conhecidas foi a da tutela da safra de soja do Brasil, com 18 milhões de toneladas do grão
do filho da cantora Cássia Eller, após a morte da artista, em 29 de em 2008/2009, segundo a Companhia Nacional do Abastecimento
dezembro de 2001. A Justiça do Rio de Janeiro concedeu a guarda
(Conab). O grosso da produção de soja tem como destino o mercado
provisória da criança para a parceira da artista, Maria Eugênia
externo. Veja as principais opções de transporte que o produtor de
Vieira Martins, que viveu com Cássia durante 14 anos.
soja teria no fim da safra: transportar a carga em caminhões, por
Existem projetos de leis sobre união estável e direitos civis
um longo trajeto de rodovias para o sul, atravessando dois estados
de homossexuais que tramitam no Congresso brasileiro desde
(MS e SP, por exemplo), até embarcá-la nos portos de Santos (SP)
1995. O que impede que sejam votados é o lobby de políticos
ou de Paranaguá (PR) , em navios cargueiros; transportar a carga
conservadores ou ligados a setores religiosos, além da rejeição de
em caminhões na direção sudeste, até o Alto Araguaia (MT), e
parcela do eleitorado.
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ATUALIDADES
remanejá-la para trens. De lá, ela seguiria por trilos para os mesmos Um país grande em território como o Brasil, que movimenta
portos de Santos ou Paranaguá; finalmente, uma terceira opção produtos internamente e exporta um volume significativo de grãos
seria levar a carga por caminhões para noroeste, até Porto Velho, e minérios produzidos em áreas distantes do litoral, deveria utilizar
a capital de Rondônia. Ali, remanejá-la para chatas e transportá-la de forma equilibrada as várias modalidades de transporte. Não é
pela hidrovia do rio Madeira, até o Porto de Itacoatiara (AM), no o que ocorre. Cerca de 58% de todo o transporte do país é feito
rio Amazonas, local em que atracam cargueiros transatlânticos que em rodovias, um quarto da carga é levado por ferrovias e apenas
levam a carga para o exterior. 13% seguem por hidrovias. O restante ficou com o meio dutoviário
Para decidir qual a melhor maneira para transportar sua safra, (3,6%) e com o transporte aéreo (0,4%), em 2005, segundo dados
o produtor precisa avaliar ao menos três variáveis essenciais: o do Ministério dos Transportes.
peso da mercadoria, o custo do transporte e o prazo de entrega. Há O principal resultado do desequilíbrio dessa matriz é o alto
outras, como a segurança da carga e das pessoas, e cada produtor custo nacional do transporte de carga. Por exemplo, no caso da
faz suas contas e escolhas. Oferecer meios de transporte adequados soja, pelo modo hidroviário paga-se um terço do que é gasto via
a diversos tipos de carga e a um custo baixo é um dos pontos-chave ferrovia e um quinto do necessário para levá-la por estradas. No
para o desenvolvimento do país. Para isso, é necessária uma matriz entanto, o produtor da soja terá de usar uma combinação desses
de transporte equilibrada entre diversos modais, o que não ocorre meios, pois, apesar de mais barata, a hidrovia não leva a todos os
no Brasil de hoje. lugares.
Um estudo do Ministério dos Transportes adverte que os
Como vimos, no caso de Mato Grosso o produtor não tem
dois principais concorrentes do Brasil nas exportações agrícolas,
muitas escolhas. Mais da metade da produção segue para fora
Argentina e Estados Unidos, registram custos menores nos
do estado dentro de caminhões, por rodovias precárias, como a
transportes. Os argentinos, porque possuem cobertura ferroviária
BR-163, que liga Cuiabá (MS) a Santarém (PA), recordista em maior e têm um território menor. Os norte-americanos, porque
acidentes. Além do perigo das estradas, o frete desse tipo de usam intensivamente ferrovias e hidrovias em um país com
transporte é caro. dimensões semelhantes às nossas.
Para escoar com maior eficiência a produção do estado, O impacto do custo elevado do transporte não recai só sobre
a concessionária América Latina Logística está investindo 1 o que exportamos. Ele onera também o custo operacional das
bilhão de reais para estender a ferrovia Ferronorte em direção às empresas e o preço final das mercadorias vendidas dentro do
áreas de cultivo. Nos últimos quatro anos, a melhoria no ramal país. Assim, melhorar o sistema de transporte é um fator para o
reduziu o tempo de transporte até Santos de 240 horas para 96. Os crescimento geral da economia.
produtores, porém, reclamam do preço do frete ferroviário, ainda Histórico - Do período final do século XIX até a década
muito próximo ao do rodoviário. de 1920, a maior parcela dos transportes no Brasil foi feita por
A matriz de transporte de um país é o conjunto dos meios de ferrovias e navegação. A implantação e expansão das ferrovias
circulação usados para transportar mercadorias e pessoas. Como o nesse período foi vinculada ao complexo agroexportador do café.
transporte de carga é um dos problemas básicos para a economia, No período seguinte, houve ainda um crescimento das vias
é dele que tratamos quando se fala da matriz. férreas, mas teve início a construção de uma rede de estradas.
Uma matriz de transporte ideal consegue equacionar as A chegada ao poder de Juscelino Kubitschek, em 1956, marcou
distâncias a ser cobertas com as exigências econômicas e sociais. um forte impulso para a implantação da indústria automobilística
Para isso, contam-se os seguintes meios: transporte terrestre, no país e para a expansão das estradas asfaltadas. Nas décadas
composto de rodovias e ferrovias; transporte hidroviário, o que seguintes, o transporte por rodovias acabou recebendo um
inclui navegação fluvial (por rios), a navegação de cabotagem tratamento prioritário pelos sucessivos governos.
(costeira) e a transatlântica; transporte por dutos ou tubulações Rodovias - As rodovias são o principal meio de transporte
(basicamente de gás e petróleo); transporte aéreo. de passageiros e cargas no Brasil, mas segundo levantamento
Uma matriz de transporte eficiente é aquela que permite essa de 2009 da Confederação Nacional do Transporte, 73,9% de
locomoção no menor tempo e com o menor preço. Em um país toda a malha rodoviária pavimentada brasileira encontra-se em
continental como o nosso, o assunto é muito complicado, pois a estado regular, ruim ou péssimo. Isso quer dizer que há cerca
de 60 mil quilômetros de estradas a ser melhorados. A solução
infraestrutura de transportes exige bastante investimento. Para
encaminhada por governos estaduais e federal tem sido privatizar
equilibrar uma matriz, é preciso levar em conta alguns fatores:
a administração das rodovias que construíram. A obra mais cara e
transporte rodoviário é o meio mais indicado para interligar pontos
recente do sistema rodoviário no país é a construção de um anel
próximos. Isso porque construir e manter estradas custa caro; viário ao redor da região metropolitana de São Paulo, interligando
transporte ferroviário exige grande investimento inicial, mas pode as estradas de forma a diminuir o trânsito de caminhões de carga
transportar uma quantidade maior de carga. É, adequado, portanto, no interior da capital. Isso reduzirá o tempo de transporte, custos
a trajetos médios ou longos em que haja necessidade de locomover e poluição.
grande volume com eficiência; transporte hidroviário é mais lento Ferrovias – O Brasil possui uma rede de linhas ferroviárias
do que caminhões ou trens, mas gasta-se menos para transportar menor do que necessita e, em muitos casos, linhas precárias e
milhares de toneladas de produtos; transporte dutoviário é utilizado sucateadas, o que ocorreu principalmente em razão da concentração
quando há a garantia ou a previsão de um fluxo contínuo de gás dos investimentos em rodovias. São 29.817 quilômetros de
ou petróleo, porque exige grande planejamento e investimento que ferrovias, número que permanece inalterado há praticamente 40
só se pagam a longo prazo, como energia é um fator essencial, é anos. Os Estados Unidos, com uma área pouco maior do que a
construído para cobrir qualquer distância; transporte aéreo é o que nossa, possuem dez vezes mais. Atualmente, apenas 25% da
tem os fretes mais caros, por isso é usado para cargas delicadas, produção brasileira roda sobre trilhos, índice que na Rússia, por
como eletroeletrônicos, ou perecíveis, como frutas e flores. exemplo, chega a 80%.
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ATUALIDADES
Além da manutenção e modernização das vias antigas e transporte. Sua principal meta é ampliar a participação dos setores
locomotivas, a expansão da malha ferroviária precisa ancorar-se ferroviário e hidroviário na matriz de 38% para 61% até 2025.
num processo integrado com outros meios de transporte, o que se Se isso ocorrer, teremos um barateamento do transporte no Brasil,
chama intermodalidade ou transporte intermodal. com benefícios para as exportações e para a circulação interna de
Atualmente, o transporte ferroviário é uma das áreas de mercadorias.
investimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
e registrou, nos últimos anos, um aumento de 20% da carga
transportada. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Hidrovias – No Brasil, o transporte hidroviário poderá assumir E ECOLOGIA
grande importância. O país possui uma rede com cerca de 44 mil
quilômetros de rios, dos quais 29 mil são naturalmente navegáveis,
mas são utilizados para transporte apenas 13 mil quilômetros,
segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviários
Desastre Ambiental
(Antaq). Em resumo, há boa possibilidade de crescer, e também há
O vazamento de petróleo cru e de gás no Golfo do México
motivos, pois uma única barcaça fluvial carrega uma quantidade
de carga equivalente a 15 vagões de trem ou a 60 caminhões. A causou, além de danos ao meio ambiente, perdas econômicas
expansão da rede depende também da compatibilidade entre o e políticas para o governo de Barack Obama. E como todas as
rumo geográfico dos rios e a direção dos fluxos de carga. Nos tentativas de conter o vazamento falharam, a mancha deve se
últimos dez anos, o transporte fluvial cresceu 15%. alastrar por mais um mês, agravando a situação.
Assim, é crescente o volume de gado transportado de Mato O acidente também obrigou o governo norte-americano
Grosso e Goiás por barcaças na hidrovia Tietê-Paraná com destino a revisar as políticas de energia e a regulamentação do setor
a frigoríficos de Araçatuba (SP). Essas mesmas barcaças voltam petrolífero que explora o óleo mineral em águas profundas. É uma
carregadas de insumos para os produtos de gado. discussão que também interessa ao Brasil, que deve definir em
Portos – Um ponto de gargalo da matriz de transporte são os breve as regras de exploração do petróleo na camada pré-sal.
portos, terminais das vias internas de comunicação (rodoviárias, Na noite de 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma
ferroviárias e fluviais) e pontos de partida para mais de 90% das Deepwater Horizon, arrendada pela empresa British Petroleum
exportações. (BP), matou 11 funcionários. Dois dias depois, a plataforma
O porto de Santos, o maior do país, é responsável por 25% afundou a aproximadamente 80 quilômetros da costa da Louisiana,
do comércio exterior brasileiro e liderou o ranking dos portos sul dos Estados Unidos. O petróleo começou a vazar da tubulação
públicos que mais movimentam contêineres. Em 2008, por rompida a 1,5 quilômetro da superfície do mar, formando uma
exemplo, transportou 1,7 milhão de unidades, segundo dados enorme mancha que se aproxima do litoral americano. Desde
da Antaq. Para conseguir dar conta da movimentação, o porto
então, o óleo vem prejudicando a fauna marinha, o turismo e a
de Santos vem sendo ampliado. Os estudos indicam que, caso a
economia brasileira confirme o crescimento previsto, a estrutura pesca na região.
dos portos precisará dobrar em dez anos, para dobrar também a Pela sua extensão, este foi considerado o pior vazamento de
capacidade de transporte de carga anual, que é atualmente de 700 petróleo da história dos Estados Unidos. Estimativas iniciais do
milhões de toneladas. Isso exigirá obras com custo estimado em governo e da empresa BP apontavam o derramamento de 5 mil
30 bilhões de dólares, para construir ou modernizar armazéns, barris de petróleo cru por dia, o equivalente a 800 mil litros. No dia
depósitos, terminais de contêineres, de produtos agrícolas e de 27 de maio, porém, devido ao alerta de cientistas, foi verificado um
minérios, berços de atracação e canais de acesso. volume muito maior: de 12 a 25 mil barris diários.
Gasodutos e Aviões – Os dutos são um excelente meio para A quantidade acumulada é quase três vezes maior que o
transporte de gás natural e petróleo. O gasoduto Bolívia-Brasil vazamento do navio petroleiro Exxon Valdez, ocorrido no Alasca
opera desde 1999 e visa a diversificar a matriz de energia brasileira em 24 de março de 1989, até então considerado o mais grave em
e a diminuir o consumo de petróleo, carvão e eletricidade. águas norte-americanas. Na ocasião, foram espalhados 250 mil
Quanto ao transporte aéreo, o governo federal vem barris (40,9 milhões de litros) de petróleo cru no mar, provocando
favorecendo a reforma e a modernização de diversos aeroportos a morte de milhares de animais. Tudo indica que, desta vez, a
pelo país, e uma de suas diretrizes para incentivar o transporte de catástrofe será maior para o ecossistema.
bens de consumo são os aeroportos industriais. Dois terminais de O Departamento de Pesca dos Estados Unidos emitiu um
passageiros considerados ociosos, o de Viracopos, em Campinas
boletim alertando para os danos causados a animais marinhos do
(SP), e o de Tancredo Neves, em Confins (MG), estão recebendo
Golfo, tanto pelo petróleo quanto por produtos tóxicos usados na
investimentos para que venham a ser centros de processamento de
exportações. Entretanto, graves acidentes aéreos, como a queda limpeza. Segundo o documento, os componentes químicos causam
dos aviões das companhias aéreas Gol, em 2006, e TAM, em 2007, irritações, queimaduras e infecções na pele. A ingestão pode trazer
evidenciaram que a infraestrutura de controle dos vôos precisa ser problemas ao aparelho gastrointestinal, danificar órgãos e, a longo
modernizada. prazo, levar à morte.
Matriz futura – Em 2007, o governo federal iniciou um Entre os animais em risco está a ave-símbolo do Estado de
programa de investimento em infraestrutura por meio do Programa Louisiana, o pelicano marrom. O santuário da espécie - a ave só
de Aceleração do Crescimento (PAC). Nos anos anteriores, o recentemente saiu da lista de animais ameaçados de extinção - foi
investimento privado tinha sido a principal opção para expandir atingido pelo petróleo. Toda vez que o pelicano marrom mergulha
o setor. A proposta do Plano Nacional de Logística de Transportes atrás de peixes, ele fica com as penas cobertas de óleo; desse
norteia os investimentos públicos e privados pelos próximos 15 modo, não consegue regular a temperatura corporal e morre de
anos, com o objetivo de melhorar e equilibrar a matriz nacional de hipotermia.
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ATUALIDADES
Quatro espécies de tartarugas marinhas, além de golfinhos, do consumo doméstico. Para o gigante econômico, a solução se
cachalotes, camarões e outros crustáceos e peixes (o Golfo do delineia, cada vez mais, num futuro em que o desenvolvimento do
México é um dos únicos viveiros, no mundo, do atum rabilho) estão país seja menos movido pelo “ouro negro”.
entre as espécies ameaçadas. O plâncton, inclusive, organismo
que está na base da cadeia alimentar marinha, não sobrevive em Tragédias Naturais
contato com o petróleo. Chuva em São Paulo - A Defesa Civil de São Paulo informou
A mancha de petróleo colocou em alerta toda área costeira que em fevereiro de 2010 subiu para 38 o número de cidades em
de Louisiana e das regiões vizinhas da Flórida, do Mississipi e situação de emergência no Estado em decorrência das chuvas
de Alabama. O acidente também afetou a indústria pesqueira, que atingiu a região desde o mês de dezembro do ano passado.
os serviços, o comércio e até o turismo, uma vez que as praias Já as mortes chegaram a 70. De acordo com o balanço do órgão,
ficaram sujas de óleo. A pesca comercial e recreativa foi proibida. os temporais também fizeram com que cerca de 27,4 mil pessoas
O motivo, segundo o governo, é proteger a população do consumo deixassem suas casas, sendo 22 mil desalojadas, foram para
de moluscos contaminados com componentes cancerígenos do casas de parentes e amigos, e outras 5.400 desabrigadas, ou seja,
petróleo. dependeram de abrigos públicos.No Estado houve, além das 38
Criadores de camarão tiveram a atividade suspensa e abriram cidades em emergência, outros dois municípios em estado de
processos judiciais contra a BP. A Louisiana é o maior Estado calamidade pública, são eles: Cunha e São Luiz do Paraitinga. Ao
produtor de camarões nos Estados Unidos. todo, 154 cidades de São Paulo foram afetadas pelas chuvas. Foi
Somados, os prejuízos para a economia podem chegar a mais publicado o decreto de calamidade pública do distrito de Jardim
de US$ 1,6 bilhão (R$ 2,9 bi), de acordo com especialistas. O Helena, na região de São Miguel, zona leste de São Paulo. A área
Estado de Louisiana ainda gastou cerca de US$ 350 milhões (R$ sofreu com alagamentos desde o temporal de 8 de dezembro.
638,9 milhões) em barreiras de contenção. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a cidade
Há 31 anos, o ecossistema do Golfo do México foi afetado de São Paulo terminou o mês de janeiro com um acumulado de
por um acidente semelhante. Em 3 de junho de 1979, a plataforma chuvas 0,9 milímetros menores do que o recorde histórico de 481,4
Ixtoc I explodiu na baía de Campeche, a 100 quilômetros da costa mm, registrado em janeiro 1947. Foram registrados 480,5 mm de
mexicana. Foram derramados entre 10 e 30 mil barris de petróleo chuvas durante todo o mês.
por dia, até que a tubulação foi tampada em 23 de março 1980. Chuva no Rio de Janeiro - Rio de Janeiro sofreu muitas
Traços de petróleo ainda eram visíveis três anos depois da tragédia.
tragédias com as fortes chuvas, mas no início de abril a chuva
Todas as tentativas da BP para conter o vazamento falharam:
fez com que o Rio de Janeiro parasse, a cidade ficou quase que
a empresa tentou injetar uma mistura de lama e cimento na
totalmente alagada, pessoas não conseguiram voltar para casa após
tubulação, colocar uma capa de proteção, sugar o petróleo com
o trabalho, morros desabaram, matando centenas de pessoas, mais
mangueiras e cavar poços ao lado da plataforma submersa. Na mais
de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas, pedindo ajuda aos abrigos
recente tentativa, iniciada no dia 1º de junho, a idéia era usar robôs
submarinos para instalar um equipamento que pode redirecionar o sociais, que a própria comunidade foi “criando” de acordo com a
fluxo para a superfície, onde o petróleo será recolhido em navio. necessidade emergencial.
Enquanto isso, por conta do acidente, o presidente Barack O morro do Bumba, em Niterói, foi o mais atingido, as
Obama amarga, além da queda de popularidade, uma crise política. casas foram construídas em cima de um aterro sanitário, “lixão”,
Ele foi acusado pela oposição republicana de demorar muito para isso foi fator potencial aos deslizamentos, além disso, geólogos
resolver o caso e de mau gerenciamento nos esforços de contenção analisaram que a estrada no alto do morro foi mal drenada, o que
da mancha. A situação do presidente foi comparada à de seu causou “fissuras” que ao encharcarem com as águas da chuva, a
antecessor, George W. Bush, criticado pela lentidão no socorro às junção desses dois fatores foi o que causou a destruição.
vítimas do furacão Katrina, que devastou New Orleans (na mesma Chuva em Pernambuco - Até dia 29/06/10, em Pernambuco
região) em 2005. e em Alagoas, foram confirmadas 57 mortes em decorrência das
Em maio de 2010, pressionada pelos republicanos e chuvas nas últimas semanas. Nos dois estados, 95 municípios
contrariando ativistas ambientais, a Casa Branca deu passe livre relataram estragos por causa de enchentes e mais de 157 mil
para que as multinacionais petrolíferas ampliassem a exploração pessoas tiveram de deixar suas casas.
em águas profundas. Agora, Obama foi obrigado a admitir o As famílias prejudicadas e o estado não contabilizaram o
excesso de confiança na autorregulamentação das empresas e prejuízo. Em Pernambuco, 116 escolas sofreram danos por causa
adotar medidas de cancelamento da prospecção de petróleo no das cheias. As piscinas ficaram cobertas de lama, carteiras e livros
Golfo do México, além de prorrogar a moratória (suspensão de foram destruídos e os prédios ficaram devastados. As que não
verbas) para a exploração na costa do Atlântico. foram atingidas pela água e pela lama foram usadas como abrigo
Como resultado do desastre em Louisiana, os Estados Unidos para as famílias que perderam suas casas.
devem apertar o cerco às agências reguladoras do setor e obrigar a Algumas regiões permaneceram isoladas. Em duas
indústria a investir em mais segurança. Assim, o custo de extração comunidades de Maraial e São Beto do Una, os donativos para as
e produção de petróleo deverá sofrer aumentos, podendo afetar vítimas da chuva só chegavam de helicóptero.
também os investimentos na camada pré-sal, no Brasil, e reorientar No estado, foram arrecadadas 990 toneladas de donativos. A
as metas de segurança da Petrobrás. maioria foi de alimentos. Em Alagoas, pelo menos 43 postos de
Por fim, o acidente na costa dos Estados Unidos dá novo saúde do estado foram danificados, segundo a Secretaria de Saúde.
fôlego ao debate sobre energias alternativas. O petróleo, que hoje Os funcionários foram realocados para atuarem em outros pontos
é a principal fonte de energia do mundo, é escasso, cada vez mais e continuarem atendendo as pessoas que apresentavam problemas.
caro, cria políticas de guerra (como no Oriente Médio) e danos O governo distribuiu remédios e vacinas e foram monitorando os
ao meio ambiente. Os Estados Unidos respondem por apenas 2% atendimentos nas cidades que decretaram situação de emergência
das reservas do planeta e a produção interna atende a um quinto ou calamidade pública.
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ATUALIDADES
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ATUALIDADES
Com o terremoto, a ONU solicitou o aumento de tropas O Chile tem um longo histórico de terremotos. Em 22 de maio
para reforçar a segurança e ajudar na distribuição de remédios de 1960, um tremor de magnitude 9,5 destruiu a cidade de Valdívia
e alimentos à população. Foi marcada para o dia 25 de janeiro e matou 1.655 pessoas. Foi o maior terremoto já registrado na
em Montreal, no Canadá, a primeira reunião preparatória para a história desde a invenção de modernos instrumentos de sismologia,
conferência internacional para reconstrução do Haiti. Arruinados no começo do século XX.
pelo terremoto, os haitianos dependem hoje totalmente da O tremor também provocou um tsunami que atingiu a Ilha
assistência internacional para sobreviverem. de Páscoa, a 3.700 km da costa chilena. As ondas chegaram até
o Japão, Havaí e Filipinas. Desde 1973, ocorreram outros 13
Chile - O terremoto de 8,8 graus de magnitude na escala
terremotos de magnitude 7.0 ou maior.
Richter que atingiu o Chile às 3h36 da madrugada de 27 de
fevereiro de 2010 foi considerado a pior catástrofe natural do Isso acontece porque o Chile está situado entre duas placas
país nos últimos 50 anos e um dos cinco terremotos mais potentes tectônicas: a Nazca, no Oceano Pacífico, e a Sul-Americana.
desde o começo do século XX, de acordo com dados do Serviço A crosta da Terra é formada por placas tectônicas separadas
Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). que deslizam lentamente sobre o manto terrestre. Esse movimento
Os tremores de terra atingiram sete das 15 regiões do Chile, causa os terremotos. Os abalos sísmicos acontecem nas franjas
matando 800 pessoas, danificando mais de 500 mil imóveis, entre duas placas, chamadas falhas. As placas deslizam em
pontes e viadutos, e afetando cerca de 2 milhões de pessoas, o direções opostas, abrindo fendas, ou em movimentos verticais ou
que corresponde a um oitavo da população de 16,6 milhões de horizontais.
habitantes. Terremotos de magnitude 8.0 são raros e acontecem em média
O litoral chileno também foi devastado por tsunamis - ondas uma vez ao ano. Eles são chamados de “megadeslizamentos” e
gigantes que se formam após um abalo sísmico. acontecem quando uma placa tectônica se afunda sobre a outra.
O epicentro do terremoto foi localizado no mar, a 35 km de O terremoto chileno não foi mais forte que o de Sumatra, na
profundidade, na região de Male, que possui quase 1 milhão de Indonésia, em 2004, que chegou à marca de 9.1 na escala Richter
habitantes. A maior parte das vítimas fatais morava nessa região, e foi mais destrutivo porque o tremor provocou um tsunami que
incluindo a capital, Talca.
matou 230 mil pessoas em 14 países. No Chile, o alerta de ondas
Santiago, capital do Chile, localizada a 325 km de distância
do epicentro, também foi atingida e o aeroporto internacional teve gigantes, dado com antecedência, permitiu que a população
de ser fechado. O tremor foi sentido até no Brasil. litorânea nas ilhas do Pacífico fosse avisada, o que não ocorreu no
A cidade mais afetada foi Concepción, importante centro caso de Sumatra, no Oceano Índico.
comercial e industrial do país, capital da segunda maior província O terremoto no Chile foi também 100 vezes mais potente que
chilena, Biobío, composta de 12 comunas (cidades), com quase o ocorrido no Haiti, em 12 de janeiro de 2010, que registrou 7.0
900 mil habitantes. graus na escala Richter e matou aproximadamente 230 mil pessoas.
Em Concepción foram registradas mais de 100 mortes, além Mas por que, mesmo menor, o evento provocou mais
de danos na infraestrutura. Sem água, luz ou comida, os moradores destruição no Haiti? Primeiro, pelo fato de o terremoto no Chile
saquearam e depredaram supermercados e entraram em conflito ter ocorrido no mar, a 35 km de profundidade, enquanto que o
com a polícia. A desordem nas ruas levou o governo a decretar haitiano teve o epicentro a 10 km da superfície, bem debaixo de
toque de recolher (ato que proíbe os habitantes de ficarem nas ruas centros urbanos, e a 25 km da capital, Porto Príncipe.
após determinado horário). O procedimento não entrava em vigor Em segundo lugar, o Chile é um país preparado para lidar
desde o fim da ditadura militar chilena, em 1990. com terremotos. Localizado em um dos lugares do mundo mais
Após o primeiro tremor, dezenas de outros abalos em escala propensos a atividade sísmica, com grandes tremores a intervalos
menor - chamados réplicas - foram sentidos no Chile, a maior parte
regulares de dez anos, o Chile possui prédios construídos com
nas regiões de Maule e Biobío.
Outro efeito foi uma onda de 2,34 metros de altura que devastou tecnologia anti-sísmica.
a cidade litorânea de Talcahuano, na província de Concepción. O Além disso, a população é orientada sobre o que fazer em
alerta de tsunami foi dado em outras ilhas do Pacífico. caso de emergência e existem equipes preparadas para agir após
Estima-se que a tragédia tenha dado prejuízos da ordem de o colapso. Já o Haiti não sofria uma catástrofe desse tipo há dois
US$ 30 bilhões, ou quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do séculos.
Chile, uma das maiores economias da América Latina. Finalmente, há fatores socioeconômicos. O Haiti é um dos
O terremoto comprometeu estruturas agrícolas e indústrias países mais pobres do mundo, enquanto o Chile é uma das nações
do país, entre elas a indústria mineradora. Aos poucos, as fábricas mais desenvolvidas da América Latina.
retornaram às atividades. O Chile é o maior exportador mundial
de cobre. Butantã – São Paulo
A presidente Michelle Bachelet decretou “estado de catástrofe” Na manhã do dia 15 de maio de 2010, em pouco mais de duas
nas regiões de Maule e Biobío, além de pedir ajuda à Organização horas, um incêndio destruiu milhares de espécimes da Coleção
das Nações Unidas (ONU). De acordo com a Constituição chilena, Científica de Serpentes, Aranhas e Escorpiões (Herpetológica e
as regiões sob estado de catástrofe passam a ser dirigidas pelo chefe
Aracnológica) do Instituto Butantan, localizado na zona oeste de
da Defesa Nacional, cargo indicado pelo presidente da República.
São Paulo.
A medida também permite ao governo restringir a circulação
de pessoas, mercadorias e informações, bem como adotar sanções O galpão destruído pelo fogo continha mais de cem anos
em caráter extraordinário. O Poder Executivo é obrigado a de pesquisa em diversas áreas. A coleção era considerada uma
informar ao Congresso, que poderá suspender a medida no prazo verdadeira memória da biodiversidade brasileira. A tragédia,
de 80 dias, desde que as razões que deram origem ao estado de porém, serviu de alerta para a preservação de outros museus de
catástrofe não existam mais. zoologia existentes no país.
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A causa do incêndio teria sido um curto-circuito provocado por Os pesquisadores desconhecem ainda a proporção exata do
uma sobrecarga elétrica. Na noite anterior, a chave geral do prédio que foi destruído no incêndio. Os livros de tombo, que possuem
fora desligada para manutenção e religada de manhã. Os animais todos os registros da coleção desde 1901, foram salvos porque
estavam mortos e armazenados em potes de vidro, preservados estavam em outro prédio.
com formol ou álcool. O material inflamável contribuiu para que o Dois dias depois do acidente, estagiários descobriram
fogo se alastrasse rapidamente e destruísse completamente o local. espécimes da coleção de holótipos intactos em um armário fechado
O acervo de aproximadamente 85 mil exemplares de cobras dentro do galpão, assim como parte do acervo de aranhas.
foi parcialmente destruído. Era a maior coleção de serpentes do
mundo. Cerca de 450 mil espécimes de aranhas e escorpiões
também foram atingidos pelo fogo. Boa parte do patrimônio,
coletado desde o início do século passado, não havia sido descrito
pelos biólogos. Ou seja, eram animais que sequer tinham sido
SEGURANÇA
classificados. Estavam lá também espécies raras, extintas ou
ameaçadas.
Alguns organismos eram os primeiros classificados de
sua espécie - os chamados holótipos - e serviam, portanto, de África do Sul - Copa do Mundo 2010
referência para pesquisadores de todo país. Sem a coleção, Dia 08/01/2010 a delegação de Togo foi alvo de um ataque
cientistas perderam anos de pesquisa acadêmica. terrorista. Os atletas saíram de ônibus da República do Congo em
O acervo era ainda um registro da colonização do Estado de direção a Cabinda, província de Angola. Quando atravessavam
São Paulo e da geografia do país. As cobras, enviadas por cientistas a selva, o veículo foi metralhado por guerrilheiros das Forças de
e pela população rural, estavam catalogadas conforme a região em Libertação do Estado de Cabinda (Flec). Três pessoas morreram
que tinham sido capturadas. Muitos animais eram provenientes de - o motorista, o assessor de imprensa e um assistente técnico -
áreas hoje desmatadas. e outras seis ficaram feridas. Temendo novos ataques, a equipe
O Instituto Butantan é um dos maiores centros de pesquisa desistiu de participar da competição e foi desclassificada.
do país e importante produtor de soros e vacinas. Foi criado pelo
A região é tumultuada por guerras separatistas desde os anos
médico sanitarista Vital Brasil (1865-1950) e instalado na Fazenda
Butantan, localizada às margens do rio Pinheiros. A terra foi 1960, mas o Comitê Organizador quis mostrar que ela estava
comprada pelo governo do Estado em 24 de dezembro de 1899. pacificada e, assim, atrair investimentos com o campeonato.
O Brasil queria fundar um laboratório de pesquisa e produção Eventos esportivos dessa importância, entretanto, atraem não
de vacinas semelhante ao instituto de Louis Pasteur (1822-1895), somente a atenção de pessoas bem intencionadas, mas também,
na França. Na época, o aumento da população urbana e a migração dependendo do contexto político, terroristas.
eram acompanhados de surtos de doenças em São Paulo e no Rio Cabinda é uma das 18 províncias da República de Angola,
de Janeiro. A ciência também havia descoberto a causa de doenças mas totalmente cercado por territórios estrangeiros; no caso, ao
infecciosas e surgiram as vacinas. A peste bubônica, por exemplo, norte pela República do Congo, e a leste e ao sul pela República
chegou ao país pelo porto de Santos, no litoral paulista, em 1899. Democrática do Congo (a oeste, pelo Oceano Atlântico). São 7.283
Foi esse surto de peste que motivou a abertura da instituição. quilômetros quadrados onde vivem 265 mil habitantes. Os limites
Em 1901 foram produzidos os primeiros lotes de soro territoriais foram definidos na Conferência de Berlim (1885),
antiofídico, descoberto por Vital Brasil. O soro é o único que dividiu a África em colônias européias. Na ocasião, o Reino
medicamento eficaz contra picadas de cobras venenosas e salvou do Congo foi fragmentado em: Congo Belga, atual República
milhares de vidas na zona rural. Após deixar a direção do Butantan, Democrática do Congo; Congo Francês, atual República do
em 1919, o sanitarista fundou o Instituto Vital Brasil, em Niterói, Congo; e Congo Português, hoje Cabinda.
no Rio de Janeiro. A região, originalmente, fazia parte de Angola, mas a Bélgica
Hoje, o Instituto Butantan é responsável pela produção de negociou com Portugal uma saída para o Oceano Atlântico,
vacinas contra a gripe H1N1 no Brasil e desenvolve pesquisas isolando assim o protetorado lusitano de Cabinda. Em 1956, o
para descobrir a cura para doenças como a Leishmaniose e o mal ditador português Antônio Salazar (1932-1968) anexou novamente
de Chagas. a terra a Angola, para conter despesas nas colônias.
O prédio onde a coleção do Butantan estava armazenada
Por este motivo, quando ocorreu a independência angolana,
havia sido construído nos anos de 1960 e não dispunha de sistema
automático de combate a incêndio, apenas extintores comuns. em 1975, Cabinda tornou-se província do governo de Luanda,
A falta de cuidados com a preservação de acervos científicos capital da Angola. Desde então, grupos separatistas reivindicam a
ameaça outros museus de zoologia. Segundo especialistas, o independência do povo cabindense, alegando diferenças culturais,
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP), históricas e geográficas.
que possui um acervo estimado em 10 milhões de exemplares de Para Angola, contudo, a independência está fora de questão. O
animais, e o Museu Nacional do Rio de Janeiro (MNRJ) estão em país é um dos maiores produtores de petróleo da África e Cabinda
situações semelhantes. responde por até 80% dessa produção. Os guerrilheiros, por outro
Os curadores do Instituto Butantan chegaram a enviar à lado, contam com apoio da população local, que não se beneficia
Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), dos recursos gerados pela indústria petrolífera de Luanda.
em dezembro de 2009, um projeto de melhorias avaliado em R$ Em agosto de 2006, o governo assinou um acordo de paz
1 milhão. O projeto incluía um sistema de detecção de fumaça, com as facções separatistas que lutavam pela independência. Elas
alarme e contenção de incêndio. Não houve tempo para que o concordaram em manter o território como província angolana, em
processo fosse finalizado pela Fapesp. troca de privilégios políticos e econômicos.
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ATUALIDADES
Mesmo assim, parte dos guerrilheiros da Flec continuou em Desde 1990, o Concertação - partido de coalizão de centro-
atividade. O ataque à delegação do Togo é considerado a ação mais esquerda - governa o Chile. Diferente do socialismo estatizante
violenta do grupo nos últimos anos. de Cuba, por exemplo, o partido adotou medidas que atraíram
O caso, porém, está longe de ser isolado na África, cujo investimentos, flexibilizaram a economia (dependente da
fim do período de colonização legou disputas sangrentas pelo exportação de cobre) e reduziram a pobreza. Isso tornou a nação,
poder. A África do Sul, país sede da Copa do Mundo este ano, entre as sul-americanas, a mais forte candidata a entrar no restrito
ficou quase 50 anos sob o regime de discriminação e violência do rol de países ricos.
apartheid. Como atualmente é um Estado em desenvolvimento e A atual presidente do Chile, Michelle Bachelet, é a quarta
politicamente estável, os organizadores garantem que não há risco governante consecutiva do Concertação e a primeira mulher a
de investidas terroristas. ocupar o cargo. Ela foi eleita em 2006 para um mandato de quatro
Outros países africanos são praticamente dizimados por anos, sem direito à reeleição.
guerras civis que duram décadas, deixam milhares de mortos e A despeito de ter começado o governo enfrentando protestos,
milhões de famílias desabrigadas vivendo em campos de refugiados Bachelet terminou o mandato como a presidente com maior
- e que dependem da ajuda humanitária da ONU (Organização das
popularidade da América Latina. Ela possui um índice de
Nações Unidas) para sobreviver.
aprovação de 81%. Para efeito comparativo, o presidente Luiz
A Somália, por exemplo, é uma nação dividida entre duas
facções islâmicas armadas que combatem o governo para impor Inácio Lula da Silva, considerado o mais popular da história
um estado teocrático. Segundo dados da ONU, 40% da população recente do Brasil, possui pouco mais de 70%. A popularidade da
passa fome e uma em cada cinco crianças é desnutrida. Os presidente se explica principalmente pela forma como administrou
somalianos ficaram famosos pelos ataques de piratas a navios o país durante a crise econômica mundial, no ano de 2008.
comerciais. Mesmo assim, Bachelet não conseguiu transferir votos para o
Na região de Dafur, a oeste do Sudão, os conflitos já deixaram candidato governista, o ex-presidente Eduardo Frei, que ficou em
300 mil mortos e 2,7 milhões de refugiados, de acordo com dados segundo lugar, com 48,39% dos votos no segundo turno, realizado
da ONU. Os confrontos entre rebeldes e o governo do ditador Omar no dia 18 de janeiro de 2010.
al-Bashir começaram em 2003, dando origem a um massacre de Sebastián Piñera obteve uma vantagem de apenas 3,2 pontos
cidadãos da etnia «árabe». percentuais, vencendo as eleições com 51,6% dos votos. Ele se
República Centro Africana, República Democrática do Congo, candidatou pela Coalizão pela Mudança, que reúne os partidos de
Nigéria, Guiné, Chade e Mauritânia são outros países africanos direita União Democrática Independente e Renovação Nacional.
onde atualmente são travadas violentas batalhas pelo poder. De acordo com especialistas, o resultado é fruto do desgaste
natural da esquerda no poder. Outro fator se deve à própria
biografia do candidato governista. Frei foi presidente entre 1994
POLÍTICA e 2000 e terminou o mandato mal avaliado, devido aos efeitos da
crise asiática no país. Além disso, quando era presidente, permitiu
que Pinochet, que estava detido em Londres, retornasse ao país. O
ex-ditador morreu sem ser acusado por nenhum crime de violação
Chile dos direitos humanos. Isso custou a Frei tanto a perda de aliados
O Chile é uma das economias mais prósperas da América do quanto de votos da esquerda chilena.
Sul, com estabilidade política raramente encontrada na região. Por outro lado, a direita conseguiu se desvincular da imagem
Situação bem diferente do período em que o general Augusto de Pinochet e assimilar em seu discurso o compromisso com
Pinochet conduziu uma das ditaduras mais sangrentas do século programas sociais. O presidente eleito, Piñera, é um dos principais
XX. Estima-se que até 10% da população chilena tenha sido empresários do país, com patrimônio de US$ 1,2 bilhão. Ele é
afetada diretamente pela repressão, que teve um saldo de 3.197 dono da companhia aérea LAN, da TV Chilevisión e do time de
mortos ou desaparecidos e 28 mil torturados em 17 anos. futebol Colo Colo, entre outras empresas.
Com a eleição do empresário Sebastián Piñera para presidente, Quando Allende foi derrubado, em 1973, Piñera iniciava um
o Chile apostou na alternância de poder e equilibrou um pouco curso de mestrado em Boston, nos Estados Unidos. Em 1988, votou
mais o cenário político da América Latina. Numa disputa apertada, contra Pinochet no plebiscito que permitiu a redemocratização do
a direita chilena conseguiu a primeira vitória em mais de meio país, mesmo sendo do partido de direita e ter apoio, até hoje, de
século e rompeu 20 anos de predomínio da coalizão de centro- simpatizantes e pessoas ligadas ao ditador. Em 1989, foi eleito
esquerda que governa o país desde o fim do regime militar (1973- senador, cargo que ocupou por oito anos. Em 2005, candidatou-se
1990). à presidência pela primeira vez e foi derrotado por Bachelet no
Pinochet subiu ao poder graças a um golpe militar que depôs o segundo turno.
presidente Salvador Allende, primeiro socialista eleito presidente Na campanha presidencial de 2010, Piñera prometeu criar
na América Latina, em 1970. Na época, Allende implementou um programas sociais, nas áreas de Saúde e Educação, voltados às
programa de estatização que piorou a crise econômica no país. As camadas mais pobres. Ele também garantiu dar continuidade aos
medidas também confrontaram interesses econômicos dos Estados programas de Bachelet. O empresário é o primeiro presidente de
Unidos, que apoiaram a ditadura de Pinochet. direita eleito no Chile desde Jorge Alessandri (1958 a 1964). Ele
Em outubro de 1988, Pinochet realizou um plebiscito, assumiu o cargo em 11 de março de 2010.
sob pressão da comunidade internacional para que o país se Partidos de direita adotam uma política conservadora e
democratizasse. Na consulta popular, os chilenos recusaram a
economia de mercado. São tradicionalmente associados aos
continuidade do mandato do presidente por mais oito anos. No ano
regimes militares que governaram países latino-americanos entre
seguinte, foram convocadas eleições.
os anos 1960 e 1980, no período da Guerra Fria (1945-1989).
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Já os partidos de esquerda defendem um papel maior do Estado Chávez anunciou, em caráter emergencial, a criação de um
sobre a economia e a sociedade, além de priorizarem programas de fundo de US$ 1 bilhão para aumentar a produção das termelétricas
assistência social. e um novo programa de racionamento, que aliviaria as classes
Nos últimos anos, governos populistas de esquerda chegaram mais pobres. Ele conta ainda com o apoio do governo brasileiro,
ao poder em países como Venezuela, Bolívia, Chile, Equador e que enviou especialistas em «apagão» para ajudar na recuperação
Nicarágua. Tal fato coincidiu com a diminuição da influência dos do setor elétrico.
Estados Unidos na região. Outra ação polêmica foi a adoção de um novo sistema cambial.
É nessa conjuntura geopolítica que o Chile atuará, agora, como Desde o dia 8 de janeiro de 2010, a Venezuela possui duas taxas
contrapeso. O presidente eleito chileno deve se aliar ao presidente cambiais: 2,6 bolívares (moeda local) o dólar, para importações de
da Colômbia, Álvaro Uribe, ser um antagonista do venezuelano produtos de primeira necessidade (como alimentos e remédios), e
Hugo Chávez e fornecer um modelo para partidos de direita na 4,3 bolívares o dólar para as demais transações comerciais.
região. A intenção é estimular a produção nacional e recuperar o país
da crise financeira, que reduziu o PIB (Produto Interno Bruto)
Venezuela em 2,9% no ano passado, depois de cinco anos de crescimento
Chávez vê sua popularidade cair depois de três medidas consecutivos. Contudo, a maior circulação de dinheiro e o aumento
polêmicas: a desvalorização da moeda local, os planos de da demanda fizeram com que os comerciantes aumentassem os
racionamento de energia e o cancelamento da transmissão de preços dos produtos. A Venezuela tem hoje uma das maiores taxas
canais de TV a cabo.
de inflação do mundo, de 25% ao ano.
Isso em um ano decisivo de eleições parlamentares,
Para combater a alta dos preços, Chávez recorreu ao Exército.
marcadas para 26 de setembro. Chávez, que tem maioria na
Fechou 1,9 mil estabelecimentos acusados de remarcar preços
Assembléia venezuelana, correu o risco de perder apoio. Fato que
já vem acontecendo na região, em decorrência da eleição de um irregularmente e expropriou a cadeia de supermercados francesa
antagonista no Chile, o empresário Sebastián Piñera, e da perda de Êxito.
um aliado em Honduras, o presidente Manoel Zelaya, deposto por Desde que assumiu a presidência, em 1998, Chávez vem
um golpe de Estado há sete meses. recorrendo a sucessivas consultas populares para se manter
Os violentos protestos que dividiram o país entre chavistas e no cargo. Esse tipo de socialismo, financiado pelos dólares
opositores são um reflexo da crise venezuelana. Dois estudantes conseguidos por meio da exportação de petróleo, conquistou
foram mortos a tiros durante os tumultos. aliados nos governos da Bolívia, do Equador e da Nicarágua, além
O estopim foi o cancelamento, no dia 23 de janeiro de 2010, da condescendência do Brasil.
da transmissão de seis canais de TV a cabo. Entre as emissoras Em 2007, Chávez sofreu sua primeira derrota nas urnas,
fechadas está a Radio Caracas Televisión Internacional (RCTVI), no referendo que previa reeleição ilimitada. No ano passado,
sucessora da RCTV, que em 2002 apoiou uma tentativa de golpe submetido à mesma consulta popular, conquistou o direito de se
contra o presidente. candidatar sucessivas vezes à Presidência. Dessa forma, garantiu a
Segundo o governo, os canais foram retirados do ar devido candidatura, em 2012, a mais seis anos de mandato.
ao descumprimento do decreto de dezembro de 2009, que obriga Contudo, a queda da popularidade, que se encontra abaixo
as emissoras, entre outras regras, a transmitirem na íntegra os dos 50% de aprovação, pode atrapalhar os planos do presidente
discursos do presidente. Três TVs conseguiram regularizar a venezuelano.
situação, enquanto as demais (incluindo a RCTV) continuam com
as atividades suspensas. Distrito Federal
Em meio à pressão dos manifestantes, o presidente Pela primeira vez desde o fim da ditadura militar (1964-1985),
venezuelano sofreu duas baixas importantes no governo, com um governador foi preso no exercício do cargo, depois de ser
as renúncias do vice-presidente e ministro da Defesa, Ramón flagrado recebendo dinheiro de supostas propinas. O governador
Carrizález, e do presidente do Banco Central, Eugénio Vázquez afastado do DF, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM),
Orellana. Eles deixaram o cargo, respectivamente, nos dias 25 e foi preso no dia 11 de fevereiro de 2010 por determinação do
26 de janeiro. Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em seu lugar, assumiu o vice-
Mas o descontentamento dos venezuelanos se deve, governador, o empresário Paulo Octávio (DEM), que também
principalmente, às crises financeira e energética. Ambas têm é alvo de denúncias e de pedidos de impeachment. Por isso, a
origem no fato de o país depender do petróleo (a Venezuela é um Procuradoria-Geral da República formalizou, junto ao STJ, um
dos maiores produtores e exportadores do mundo) e, segundo pedido de intervenção no Distrito Federal.
especialistas, na má aplicação dos recursos do setor e na criticável A intervenção duraria até que um novo governador fosse
condução da política econômica. eleito e empossado em janeiro de 2011, ou, então, que os
A crise no abastecimento de energia elétrica se deve à falta motivos do decreto se extinguissem e as autoridades afastadas
de chuvas, que reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas. pudessem retornar aos cargos. Seria uma medida inédita desde a
A mais afetada foi a usina de Guri, que responde por 70% do
redemocratização do país.
abastecimento. O Estado de Roraima, que importa energia elétrica
O Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do
da Venezuela, também foi prejudicado.
Brasil, onde está situada Brasília, a capital. Porém, diferente das
Sem investimentos em infraestrutura para enfrentar períodos
demais, não é Estado, e tampouco município. O Poder Executivo
de seca, o governo teve de recorrer ao programa de racionamento.
é chefiado pelo governador, mas como o território não possui
Cidades ficaram sem luz durante quatro horas a cada dois dias, em
municípios, é um “Estado” sem prefeitos ou vereadores. O Poder
regime de rodízio. Em Caracas, a capital, o governo suspendeu o
Legislativo é exercido pela Câmara Legislativa, constituída por 24
racionamento, mas só devido à pressão popular.
deputados distritais.
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A morte em Dubai repercutiu na imprensa internacional e Tramas de assassinatos, no entanto, não são exclusividade do
acarretou conseqüências políticas que poderão afetar o processo serviço secreto de Israel. Durante o período da Guerra Fria (1945-
de paz no Oriente Médio. Mahmoud al-Mabhouh era um dos 1989), países europeus, como o Reino Unido, e os Estados Unidos
fundadores da facção armada do Hamas. Ele foi acusado de conspiraram para executar inimigos políticos no mundo. Em 1998,
participar de vários ataques terroristas, incluindo o seqüestro e após os ataques a embaixadas americanas no Quênia e Tanzânia,
a morte de dois soldados israelenses, e havia escapado de duas o então presidente Bill Clinton autorizou a captura e morte do
terrorista Osama Bin Laden.
tentativas de assassinato - uma com carro-bomba e outra por
Com os ataques terroristas do 11 de Setembro, tais métodos se
envenenamento. tornaram mais freqüentes na guerra contra o terror. As táticas de
O Hamas é hoje o mais influente grupo islâmico palestino, espionagem são consideradas mais vantajosas do que a invasão de
considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos países, como aconteceu no Iraque, pois esta última acaba causando
e União Europeia. O grupo não reconhece o Estado de Israel nem a morte de civis. Porém, o assassinato planejado de inimigos em
os acordos de paz firmados com a ANP (Autoridade Nacional países estrangeiros nem sempre é simples, principalmente em
Palestina). Ele foi criado em 1987, em Gaza, durante a Primeira um delicado contexto político, ou moralmente fácil de se decidir,
Intifada - o levante palestino contra a ocupação de Israel. como mostrou a ação em Dubai.
Financiado por países árabes, o Hamas cometeu mais de
Iraque
350 atentados terroristas desde 1993, de acordo com dados do
A eleição parlamentar no Iraque, ocorrida no dia 7 de março,
Council of Foreign Relations. Os ataques levaram Israel a isolar foi a segunda e a mais importante realizada desde a queda da
os territórios ocupados na Cisjordânia e adotar a estratégia de ditadura de Sadda Hussein em 2003. O que está em jogo é a
assassinato dos líderes do grupo. estabilidade política do país após a saída das tropas americanas,
Em 2006, a organização venceu as eleições legislativas ano que vem, em uma das regiões mais conflituosas do planeta.
em Gaza contra o rival Fatah, principalmente por conta de uma Não será uma tarefa fácil. Primeiro, porque a sociedade
política de assistencialismo à população pobre. Desde que passou iraquiana é formada por três grupos étnicos e religiosos que brigam
a controlar a faixa de Gaza, Israel e os Estados Unidos impuseram entre si pelo poder há séculos. Os árabes perfazem entre 75% e
embargos econômicos, ao passo que os militantes aumentaram as 80% da população, de 29 milhões de habitantes. Os curdos estão
entre 15 e 20% desse total. A principal religião é a mulçumana,
hostilidades contra israelenses na fronteira. dividida entre xiitas (60 a 65%) e a minoria sunita (32% a 37%).
Em 27 de dezembro de 2008, Israel iniciou uma ofensiva Os sunitas governaram o país desde sua criação, em 1920, mas
contra a faixa de Gaza que deixou 1.300 palestinos mortos e o hoje têm pouca expressão política.
território destruído, segundo relatório da Comissão Internacional Por isso, independente de quem seja vencedor da eleição,
da Cruz Vermelha. Foi a maior operação militar na região em 40 a composição que governará o Iraque precisa oferecer
anos. representatividade a esses diversos grupos religiosos e étnicos. Se
O assassinato do líder palestino em Dubai emperra, agora, não for assim, há o risco de insurreições e guerras, como ocorreram
as negociações entre israelenses e palestinos. Líderes do Hamas no passado.
Em segundo lugar, o país não possui nenhuma tradição
culparam Israel pelo crime e prometeram vingança. O caso
democrática, assim como praticamente todo o Oriente Médio.
também repercutiu mal nos Emirados Árabes, que são aliados dos Árabes votando é algo raro em uma região pontuada por regimes
Estados Unidos. O motivo é que Dubai, assim como os demais ditatoriais e teocracias.
emirados, sempre se mantiveram neutros nas guerras no Oriente O Iraque é uma das civilizações mais antigas do mundo, que
Médio, diferente de países árabes que são inimigos declarados de viveu séculos de ocupação estrangeira e guerras. Apesar de ser rico
Israel, como Irã, Síria, Líbano e Arábia Saudita. de minérios, ele é hoje um dos países mais violentos do mundo,
O Mossad, cujo nome em hebraico é Instituto de Inteligência com problemas de corrupção e infraestrutura e serviços precários.
e Operações Especiais, é apontado como autor de dezenas de Após quatro séculos de domínio do Império Otomano
assassinatos de líderes de organizações palestinas desde os anos (1533-1918) e como colônia européia (1921-1958), o país sofreu
sucessivos golpes de Estado até que o partido do sunita Saddam
1970. Hussein chegou ao poder, em 1968.
O serviço de inteligência foi fundado em 1949, um ano após a Eleito presidente em 1979, Saddam ficou 24 anos à
criação do Estado de Israel. Ele ficou conhecido internacionalmente frente de uma das ditaduras mais sangrentas da região (ele foi
após a captura, em 1960, do nazista Karl Adolf Eichmann, na responsabilizado pelo massacre de 148 xiitas, ocorrido em 1982,
Argentina. Eichmann foi levado a Israel, julgado por crimes de após sofrer uma tentativa de assassinato).
guerra e condenado à morte. Nesse período, o Iraque se envolveu em três guerras no Golfo
Em 1973, israelenses mataram por engano um garçom Pérsico: a primeira contra o Irã (1980-1988), quando Saddam tinha
marroquino na Noruega. Ele foi confundido com um líder do apoio de Washington; a segunda quando invadiu o Kwait (1990), a
qual seguiram-se severos boicotes e sanções; e a terceira, quando
Setembro Negro, grupo responsável pelo massacre de atletas da
foi invadido pelos Estados Unidos (2003).
delegação de Israel nos Jogos Olímpicos de Munique. Em 1997, Os Estados Unidos entraram no Iraque em 20 de março de
dois agentes disfarçados de canadenses falharam na tentativa de 2003, com apoio do Reino Unido. Na ocasião, o governo de George
envenenamento de Khaled Meshal, líder do Hamas na Jordânia. W. Bush (2001-2009) acusou Saddam Hussein de ligação com os
Os espiões foram presos por autoridades locais e, para que não atentados de 11 de Setembro e de possuir armas de destruição em
fossem executados, Israel enviou o antídoto do veneno. Mais massa, fatos que nunca foram comprovados. O verdadeiro motivo
recentemente, em 2008, o Mossad matou o líder do Hezbollah, da guerra seria garantir o controle das reservas de petróleo do
Imad Mughnyiah, em Damasco. Iraque.
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ATUALIDADES
O ditador iraquiano foi deposto, capturado ao final daquele Esse quadro eleitoral pode ser explicado pela relação do poder
ano e condenado à morte em dezembro de 2006. Para os Estados político com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia
Unidos, no entanto, era apenas o começo de uma das guerras (Farc), organização terrorista de linha comunista que surgiu em
mais longas, caras e mortíferas, só perdendo para o conflito do 1964, inspirada na Revolução Cubana. A partir dos anos 1980, o
grupo passou a controlar a produção e o comércio de cocaína na
Vietnã (1959-1975). Somente a guerra do Iraque já custou US$
Colômbia. Estima-se que, de 1980 até o começo deste século, três
711 bilhões aos cofres americanos e deixou um saldo de 4.700
milhões de colombianos tenham sido deslocados de suas regiões
soldados mortos, sendo 4.386 americanos.
por conta da guerra contra o tráfico.
Enquanto as tropas eram alvos de atentados terroristas no
Outra fonte de financiamento dos guerrilheiros é o seqüestro.
Iraque, escândalos como a justificativa fraudulenta para a invasão
O caso mais famoso é o da candidata presidencial e senadora Ingrid
e os abusos cometidos contra presos iraquianos na prisão de Abu
Betancourt, resgatada em 2 de julho de 2008, depois de seis anos
Ghraib mancharam a imagem da Casa Branca perante o mundo.
em cativeiro na selva colombiana, junto com outras 14 pessoas.
Isso começou a mudar com a posse de Barack Obama, em
Quando Uribe assumiu a presidência, em 2002, adotou uma
2009. Obama assumiu o compromisso de retirar a maior parte
política “linha dura” contra os militantes das Farc, do Exército de
dos combatentes até 31 de agosto de 2010. No entanto, hoje Libertação Nacional (ELN) - o segundo maior grupo guerrilheiro
há aproximadamente 96 mil soldados americanos no Iraque e do país - e de grupos paramilitares.
metade desse contingente lá deve permanecer, sendo removido A medida foi empregada depois que seu antecessor no cargo,
gradualmente até 31 de dezembro de 2011. Somente depois disso, o presidente Andrés Pastrana Arango, falhou ao tentar fazer um
o Iraque conquistará de novo sua independência. acordo de paz com a guerrilha. Em novembro de 1998, Pastrana
No dia 7 de março, os iraquianos compareceram às urnas concedeu uma área do tamanho da Suíça para as Farc, como
em meio a atentados terroristas. Ao menos 38 pessoas morreram um gesto de confiança. Porém, os guerrilheiros continuaram os
e dezenas ficaram feridas em 20 explosões que destruíram dois ataques e aumentaram a produção de cocaína, além de estabelecer
prédios na capital Bagdá. A fronteira com o Irã foi fechada e o um poder paralelo na região.
exército foi mobilizado para garantir a segurança dos eleitores. Mudanças na área de segurança pública foram decisivas para
Foi o segundo pleito desde a queda de Saddam. Em 30 de a eleição e, depois, reeleição de Uribe. Ele venceu a oposição com
janeiro de 2005, os sunitas boicotaram as eleições, que terminaram a promessa de desmantelar o poderio militar dos narcoterroristas.
com a vitória de uma coalizão partidária xiita e a eleição, em 6 A repressão contou com apoio financeiro e militar dos Estados
de abril, do líder curdo Jalal Talabani para a Presidência. Dessa Unidos, aliança que rendeu a Uribe uma posição de antagonismo
vez, foi registrado maior comparecimento entre as províncias de político em relação aos governos da Venezuela e do Equador,
maioria sunita. vizinhos alinhados à esquerda.
O país tem 18,9 milhões de eleitores e 60% votaram nesta Durante a crise das bases militares, o governo venezuelano
última eleição, índice inferior a 2005 (75%). “congelou” as relações comerciais com a Colômbia, agravando a
Três grupos principais: o atual premiê xiita Nouri al-Maliki, crise econômica que afetava os colombianos. A razão disso foi a
líder do Estado de Lei, é o favorito na corrida. O principal rival intenção de Uribe de ampliar a presença de tropas americanas em
é o ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, candidato da coligação bases nas fronteiras, com o motivo alegado de combater o tráfico.
Iraqiya, de xiitas e sunitas. Ambas as coligações partidárias são Acusações do envolvimento do presidente Hugo Chávez com
de tradição secular, diferente da Aliança Nacional Iraquiana, de as Farc (baseadas na apreensão de armamento venezuelano com
Moqtada al-Sadr, composta por xiitas religiosos. O maior risco os guerrilheiros) também afetaram as relações diplomáticas entre
seria esse último grupo vencer, o que marginalizaria ainda mais os ambas as nações.
iraquianos sunitas. Um ataque ao acampamento das Farc no Equador, em março
Os resultados não devem diferir do governo atual, de xiitas de 2008, foi outro episódio que acarretou uma crise política entre
governando com apoio dos curdos. Espera-se, porém, que haja Colômbia, Equador e Venezuela. A ação, no entanto, resultou na
mais participação da minoria sunita. morte de Raúl Reyes, o segundo no comando das Farc. Outras
Os desafios do novo governo serão atender população carente, operações também contribuíram para o prestígio do presidente
garantir a segurança e a governabilidade após a saída das tropas colombiano e de seu candidato, entre elas a libertação de Ingrid
americanas. Se conseguir isso, o Iraque poderá ser uma das poucas Betancourt. Soma-se a isso o saldo positivo da estratégia de
nações árabes verdadeiramente democráticas da história. repressão. Os índices de homicídios caíram de 66 para cada grupo
de 100 mil habitantes, em 2002, para 32 em 2009. Os seqüestros
Colômbia passaram de 2.882, no ano em que Uribe foi eleito, para 86 em
No dia 20 de junho de 2010, os colombianos foram às urnas 2009, segundo dados oficiais.
para escolher o substituto do presidente Álvaro Uribe Vélez. A Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto (PIB) passou de
despeito de quem irá ocupar o cargo, as políticas mais duras contra US$ 232 para US$ 500 bilhões (o terceiro maior da América do
o narcotráfico saem vencedoras no país. Sul) em quase oito anos.
O candidato governista Juan Manuel Santos, ex-ministro Como a casa em ordem, Uribe terminou o mandato com 70%
da Defesa, lidera a disputa contra o candidato do Partido Verde, de aprovação e tentou se candidatar para um terceiro mandato.
Antanas Mockus, que apareceu em segundo lugar nas pesquisas A Justiça colombiana, no entanto, impediu sua candidatura com
de intenção de voto. No primeiro turno, realizado em 30 de maio, base na Constituição de 1991, que limita o mandato a oito anos
Santos obteve 46,6% dos votos e Mockus, 21,5%. consecutivos.
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ATUALIDADES
A primeira eleição sem a sombra das Farc, depois de 40 anos A medida vai atingir políticos condenados por crimes
de conflitos, teve um peso na campanha: todos os candidatos graves, cuja pena de prisão é superior a dois anos, e aqueles que
prometeram dar continuidade à política de segurança - e o herdeiro renunciarem o mandato visando escapar do processo de cassação.
político de Uribe é o primeiro colocado nas pesquisas. Também se discute se políticos já condenados pela Justiça
Mas o mesmo trunfo do presidente alimentou a oposição, perderão o direito de se candidatar ou se a lei só irá valer para
tornando um candidato antes sem expressão uma força nas os que receberem sentenças a partir da vigência das novas regras.
urnas. Isso ocorreu por dois motivos. Primeiro, um escândalo A proposta chegou ao Congresso por meio do Projeto de Lei
conhecido como “falsos positivos”. Em 2008, militares atraíam de Iniciativa Popular (PLP), que é quando o projeto tem origem na
desempregados para a selva e os executavam, para depois sociedade civil.
identificar os corpos como de terroristas mortos. Assim, eles Existem cinco tipos de propostas de leis que são apreciadas
insuflavam artificialmente as estatísticas favoráveis ao governo pelo Poder Legislativo: emenda constitucional, projeto de lei
e recebiam recompensa por supostos guerrilheiros mortos. Um complementar, lei delegada, decreto legislativo e resolução. Cada
grupo de 62 promotores investiga cerca de 2 mil mortes suspeitas. iniciativa possui ritos próprios dentro das Casas legislativas e
O escândalo levou à destituição de 40 militares, incluindo três depende de um número mínimo de votos para ser aprovada.
generais. E, como o conservador Juan Manuel Santos foi ministro No caso do Projeto Ficha Limpa, trata-se de uma lei
da Defesa, ele agora é questionado pelos assassinatos cometidos complementar. Esse tipo de projeto é feito para complementar
pelo Exército colombiano. ou regular uma regra já estabelecida pela Constituição Federal de
Durante o segundo mandato de Uribe, um escândalo atingiu 1988. Para ser aprovado, precisa de votos da maioria absoluta da
o alto escalão do Exército e parcela (um terço) do Congresso Câmara dos Deputados e do Senado.
colombiano, incluindo aliados do presidente. Os políticos e Os projetos de lei complementar e ordinária podem ser
militares foram acusados de envolvimento com narcotraficantes apresentados por um deputado ou um senador, por comissões
e paramilitares. Políticos foram presos entre 2006 e 2007 e até da Câmara ou do Senado, pelo presidente da República ou pelo
mesmo um senador, primo do presidente, foi investigado. Supremo Tribunal Federal (STF), por Tribunais Superiores e pelo
O segundo motivo desfavorável ao candidato da situação é procurador-geral da República.
que o combate ao narcoterrorismo, principal sucesso do governo, Um caminho mais difícil é ser apresentado pelo cidadão, por
deixou de ser prioritário para a maioria dos colombianos. Os meio do Projeto de Lei de Iniciativa Popular. Para isso, é preciso
eleitores estão mais preocupados com questões sociais, como, por a assinatura de 1% dos eleitores brasileiros distribuído por, no
exemplo, o desemprego, que atinge 12% da população, uma das mínimo, cinco unidades da Federação. Em cada Estado e no
maiores taxas da América Latina (no Brasil, o índice é de 7%), Distrito Federal é necessário o apoio mínimo de 3% do eleitorado.
segundo dados do Departamento Administrativo Nacional de A proposta do Ficha Limpa foi encaminhada à Câmara dos
Estatística (DANE). Outra preocupação é o precário sistema de Deputados pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral
saúde na Colômbia. (MCCE) em setembro de 2009. Foram coletadas mais de 1,6
Esses fatores deram força para a campanha de Mockus, milhão de assinaturas. A campanha começou em abril de 2008.
que em março tinha apenas 9% das intenções de voto e, depois, O Projeto Ficha Limpa altera a Lei Complementar nº 64
chegou a um empate técnico com o rival. Com um discurso contra de 1990. Esta lei, atualmente em vigor, estabelece critérios de
a corrupção e focado na educação, ele acabou surgindo como o impedimento para a candidatura de políticos, de acordo com a
candidato que representa um avanço em direção ao futuro sem as Constituição. O objetivo, segundo o texto, é proteger a “probidade
Farc. Principalmente para jovens eleitores, que o apóiam em redes administrativa” e a “moralidade no exercício do mandato”.
sociais como Twitter e Facebook. O Ficha Limpa proíbe que políticos condenados por órgãos
Mockus foi um prefeito popular da capital Bogotá e ficou colegiados, isto é, por grupos de juízes, se candidatem às eleições.
conhecido por ações extravagantes, como trocar guardas de Pela lei atual, o político ficaria impedido de se candidatar somente
trânsito por mímicos que advertiam os motoristas com cartões quando todos os recursos estivessem esgotados, o que é chamado
vermelhos e amarelos. O problema é que seu partido tem apenas de decisão transitada em julgado. O problema é que o trâmite pode
5% das cadeiras do Senado e 1% da Câmara dos Deputados. demorar anos, o que acaba beneficiando os réus.
Um processo cível ou criminal começa a ser julgado no Fórum
Projeto De Lei da cidade, onde acontece a decisão de primeira instância, que é
A aprovação do Projeto de Lei Ficha Limpa no Senado, a sentença proferida por um juiz. Se houver recurso, o pedido é
ocorrida no dia 19 de maio de 2010, foi considerada um avanço na analisado por juízes do Tribunal de Justiça dos Estados. Há ainda a
política brasileira, no sentido de criar mecanismos para combater a possibilidade de apelar a uma terceira instância, que pode ser tanto
corrupção no país. O projeto de lei, que foi elaborado por cidadãos o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto, em se tratando de
comuns, só entrou na pauta de votações no 1º semestre e recebeu artigos da Constituição, o Supremo Tribunal Federal (STF).
aval do Congresso devido à pressão popular, o que demonstra a De acordo com a Lei Complementar nº 64, somente quando
rejeição do brasileiro aos políticos desonestos. esgotados todos esses recursos o político que responde a processo
O Projeto Ficha Limpa torna mais rigorosos os critérios que poderia ser impedido de se candidatar.
impedem políticos condenados pela Justiça de se candidatarem Já o Projeto Ficha Limpa torna inelegível o réu que for
às eleições. Apesar de ter recebido emendas na Câmara dos condenado por um grupo de juízes que mantiver a condenação de
Deputados e no Senado que amenizam seu impacto, ele contribui primeira instância, além daqueles que tiverem sido condenados
para mudar o comportamento da classe política. por decisão transitada em julgado.
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ATUALIDADES
Quando ao prazo de inegibilidade, ele varia hoje de acordo Nas quatro décadas e meia seguintes, a Guerra Fria e a corrida
com a infração cometida e o cargo ocupado pelo político. Com as armamentista trouxeram o risco de um ataque nuclear em larga
alterações do Ficha Limpa, o prazo é de oito anos após o fim do escala envolvendo dois blocos políticos e econômicos antagônicos,
mandato, incluindo as eleições que ocorrerem durante o restante os Estados Unidos e a antiga União Soviética. Para a geração pós-
do mandato do político condenado, e independe do tipo de crime 11 de Setembro, o terrorismo, os acidentes em usinas nucleares
cometido. e o enfrentamento entre países do Oriente Médio conferiram
Outra mudança diz respeito aos crimes que tornam o político atualidade à política de desarmamento nuclear.
inelegível, caso condenado. O Ficha Limpa mantém todos os Em abril de 2010, Estados Unidos e Rússia, antes os principais
delitos previstos na lei em vigor (como crimes eleitorais, contra a protagonistas da Guerra Fria, assinaram um novo Tratado de
administração pública e tráfico), e inclui outros, tais como: crimes Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês) que
contra o patrimônio privado, contra o meio ambiente e saúde,
irá reduzir em um terço os arsenais nucleares de ambos os países.
lavagem e ocultação de bens, crimes hediondos e praticados por
organização criminosa Juntas, as duas nações detêm 90% de todas as bombas atômicas
O artigo 16 da Constituição diz que uma lei só pode mudar o existentes no mundo. Foi o mais importante acordo desse tipo nos
processo eleitoral se ela for promulgada um ano antes das eleições. últimos vinte anos.
Isso quer dizer que, se o Ficha Limpa altera esse processo, ele só No dia 3 de maio de 2010, começou em Nova York (EUA) a 8ª
será considerado para o pleito de 2012. Porém, se a sanção ocorrer Conferência das Partes de Revisão do Tratado de Não Proliferação
antes das convenções partidárias e os magistrados entenderem de Armas Nucleares (TNP), com duração até o dia 28 de maio. O
que, assim, a legislação não fere a Carta Magna, será aplicado objetivo da reunião foi revisar o tratado, criado em 1967 e efetivado
neste ano. em 1970, que visa diminuir, de maneira gradual, o armamento
Segundo especialistas, emendas na proposta, feitas pelo atômico, bem como promover o uso pacífico da energia nuclear.
Congresso, amenizaram o impacto da redação inicial do Ficha As reuniões de revisão do tratado acontecem a cada cinco
Limpa. anos. O pacto original previa um limite de duração de 25 anos
Talvez a alteração mais importante seja aquela referente para suas propostas, mas os países signatários decidiram, em 1995,
ao dispositivo de “efeito suspensivo” de recursos. De acordo ampliar e estender indefinidamente o acordo.
com essa emenda, um político condenado em segunda instância Participaram da cúpula líderes e representantes dos 189 países
por um órgão colegiado pode apelar junto ao STF e conseguir a signatários do TNP mais Taiwan (país reconhecido como território
suspensão do recurso. Entretanto, essa medida dará mais agilidade chinês pela ONU), incluindo cinco potências nucleares: Estados
ao processo, que terá prioridade na tramitação.
Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França.
O texto original do Ficha Limpa também foi abrandado
Coréia do Norte, Israel, Índia e Paquistão não assinaram
na Câmara dos Deputados, no artigo relativo à condenação do
político. De acordo com o projeto apresentado, o político ficaria o documento e, por isso, não participaram do encontro. Índia e
impedido de concorrer às eleições se fosse condenado na primeira Paquistão são, confirmadamente, potências nucleares. Israel não
instância. Com a emenda parlamentar, a inegibilidade é aplicada admite nem nega, porém, a comunidade internacional aponta
somente em decisão colegiada ou de última instância. que o país tem, pelo menos, 200 artefatos nucleares. A Coréia do
No Senado, foi apresentada uma emenda que determina que a Norte realiza, desde 2009, testes que teriam propósitos militares,
proibição de candidaturas só vale para sentenças proferidas após intimidando a vizinha (e rival) Coréia do Sul. Os norte-coreanos
a lei ser editada. A mudança na redação substituiu o tempo verbal: chegaram a assinar o TNP, mas se retiraram em janeiro de 2003.
de “sido condenados” para “forem condenados”. Ou seja, somente Os países não signatários argumentam que o tratado, que
políticos que forem condenados depois da Lei Ficha Limpa entrar impede que os Estados desenvolvam tecnologia nuclear com fins
em vigor serão impedidos de disputar as eleições, de acordo com a militares, dividiu o mundo entre países que podem possuir armas
interpretação de alguns especialistas. nucleares - pois já as tinham antes da assinatura, em 1967 - e
Políticos como o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que não outros, que não podem ter.
poderia se candidatar às eleições deste ano segundo o Ficha Limpa, De fato, o TNP faz distinção entre países “nuclearmente
poderão fazer isso graças à emenda feita ao projeto. armados”, definidos como aqueles que já haviam fabricado ou
Na prática, o Projeto Ficha Limpa afeta um quarto dos testado armas nucleares antes do tratado, e países “não nuclearmente
deputados e senadores que respondem a inquéritos ou ação penal armados”. O artigo 1º impõe aos signatários do primeiro grupo a
no STF. Porém, a lei sozinha não basta. As urnas ainda são a
proibição de repassar tecnologia, enquanto os artigos 2º e 3º exigem
melhor forma de barrar os maus políticos.
que as nações do segundo grupo se comprometam a não fabricar
nem possuir armas atômicas e, ainda, se submeterem ao controle e
fiscalização da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
TECNOLOGIA Todos, porém, devem se comprometer com negociações que levem
ao desarmamento nuclear total (artigo 4º).
Mais polêmico é o Protocolo Adicional de 1997, que prevê
medidas de fiscalização consideradas invasivas em países “não
Bomba Atômica
nuclearmente armados”. O protocolo permite que a AIEA faça
Quando a Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada,
uma blitz com aviso prévio de duas a 24 horas em locais que não
em 1945, duas bombas atômicas - lançadas nas cidades japonesas
estavam previstos antes pelo tratado, como centros de pesquisas
de Hiroshima e Nagasaki, ao final da Segunda Guerra Mundial
e usinas. Os especialistas da agência também podem recolher
(1939-1945) - colocaram o mundo pela primeira vez diante da
amostras de água, terra e ar para identificar um possível programa
ameaça da aniquilação total.
nuclear militar clandestino.
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A adesão voluntária ao protocolo foi um dos temas da TST entra na era digital e receberá apenas Recursos Ele-
conferência de 2010. Países reconhecidos como potências atômicas trônicos
(Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), que são Para tentar se livrar de um problema de décadas - a demora
desobrigados de terem suas instalações inspecionadas, pressionam dos processos, velha conhecida dos brasileiros -, a Justiça quer
as demais nações para que acatem os termos do Protocolo acabar com um volume astronômico de papéis. A partir da semana
Adicional, que já foi ratificado por 93 dos 189 integrantes da TNP. que vem, o Tribunal Superior do Trabalho vai receber apenas
O Brasil é signatário do TNP desde 18 de setembro de 1998, recursos eletrônicos.
mas não do Protocolo Adicional. Conforme disse o ministro das
Relações Exteriores, Celso Amorim, o motivo é que o governo Vai entrar, finalmente, e tomara que definitivamente na era
brasileiro considera prioritário o desarmamento das potências digital. Até dezembro o tribunal pretende acabar de vez com os
atômicas, não os compromissos que países desarmados devem processos em papel. Ainda bem, porque hoje um processo leva até
assumir para evitar a proliferação. seis meses para chegar às mãos de um ministro. Prazo que, com a
A Constituição brasileira possui uma cláusula pétrea (artigo mudança, deve cair para dois dias. Com menos papelada, Justiça
que não pode ser alterado) que determina o uso de energia nuclear mais rápida. É o que todos esperamos.
apenas para fins pacíficos. Além disso, assinou em 1991 um acordo A lentidão da Justiça tem vários motivos. Um deles é que os
junto com a Argentina que permite a fiscalização da ONU. processos são de papel. Só no Tribunal Superior do Trabalho, 173
O Brasil domina a tecnologia de extração e enriquecimento mil processos aguardam julgamento. Mil novos processos por dia.
de urânio para produção de energia nuclear. Nos anos 1970 e
1980, durante a vigência de regimes militares, Brasil e Argentina Quando chegam, têm que ser conferidos, copiados, encadernados...
cogitaram produzir bombas atômicas, o que poderia desencadear Essa papelada vai acabar. A partir de 02 de agosto, o tribunal
uma corrida armamentista na América Latina. Esse é um risco só vai receber recursos eletrônicos, pelo computador. Hoje,
atual no Oriente Médio. quando um processo sai de um tribunal regional para ser julgado
O maior embate diplomático da Conferência das Partes de em Brasília, passa pelas mãos de muita gente. Vai pelos Correios,
Revisão do TNP se dá entre Estados Unidos e países do Oriente de caminhão. Só no transporte pode demorar seis meses. Com o
Médio, uma das regiões mais conflituosas do planeta. De um processo eletrônico, o tempo deve cair para dois dias.
lado, os Estados Unidos e a ONU pressionam o presidente do Os processos antigos estão sendo digitalizados. Os arquivos
Irã, Mahmoud Ahmadinejad, para que permita a vistoria nas
eletrônicos vão ficar em uma sala-cofre, protegidos contra
instalações do programa nuclear iraniano, que, suspeita-se, tenha
objetivos militares. Uma das propostas da cúpula se refere à incêndios e inundações. Não vai ser preciso gastar com transportes,
adoção de novas sanções a Teerã. máquinas copiadoras e funcionários terceirizados para carregar os
Para o governo americano, o Irã pode provocar uma corrida papéis.
armamentista na região. Existem hoje no mundo 430 usinas “A economia vai ser fantástica”, calcula o presidente do TST
nucleares em funcionamento, nenhuma delas na região do Golfo Milton de Moura França.
Pérsico. A razão é que os países do Oriente Médio são ricos em
petróleo, o que tornava supérfluo o investimento em outra fonte Pulseira Eletrônica
de recursos energéticos. Além disso, havia o perigo de países
islâmicos possuírem armamentos atômicos que poderiam cair A Câmara Municipal de São Paulo aprovou no dia 11/08/2010
nas mãos de radicais. O governo de Israel já destruiu reatores no o projeto de lei 202/2010, do vereador Carlos Apolinário, que
Iraque, em 1981, e na Síria, em 2007. obriga hospitais e maternidades públicas e privadas a colocar
Mas esse panorama deve mudar nos próximos anos. Motivados pulseiras eletrônicas em recém-nascidos. Combinadas com
pela demanda econômica por energias alternativas e pela ameaça sensores e alarmes nas entradas e saídas das maternidades, as
do Irã, todos os países do Oriente Médio, com exceção do pulseiras podem evitar o furto ou seqüestro de crianças.
Líbano, anunciaram programas nucleares. Irã e Síria, nações que Para virar lei, a proposta tem de ser sancionada pelo prefeito de
não mantém relações amistosas com a Casa Branca, iniciaram a São Paulo, Gilberto Kassab, que pode vetá-la total ou parcialmente.
construção de usinas. Turquia, Egito, Jordânia, Arábia Saudita,
Barhain e Emirados Árabes, entre outros, anunciaram projetos de Segundo o vereador, a pulseira deve ser instalada no recém-
construções de complexos nucleares para os próximos anos. nascido assim que terminado o parto e removida quando a mãe e a
No outro lado do tabuleiro, o Egito lidera um grupo que criança tiverem alta.
pressiona Israel, aliado dos Estados Unidos, para que se torne
signatário do tratado e atenda à proposta de criação de uma zona
livre de armas nucleares no Oriente Médio. Israel impõe como
condição para isso um amplo acordo de paz na região.
Segundo estimativas do Boletim de Cientistas Atômicos, o EDUCAÇÃO
mundo possui, em 2010, 23.574 artefatos nucleares, contra 32.512
em 2000. A Rússia vem em primeiro lugar, com 12.987, seguida
dos Estados Unidos (9.552), França (300), Reino Unido (192)
e China (176), incluindo estimativas em relação a Israel (200), Lei libera R$ 1,6 bilhão para Ensino Médio
Paquistão (90), Índia (75) e Coréia do Norte (2).
Foi publicada a liberação de um total de R$ 1,6 bilhão para
Acordos bilaterais como os firmados entre Estados Unidos
programa de fortalecimento do ensino médio e ajuda a estados e ao
e Rússia e o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares
Distrito Federal para pagamento de despesas emergenciais.
ajudaram a reduzir os arsenais. A falta de instrumentos mais
Os recursos para a área de educação (R$ 800 milhões) são
precisos de identificação de programas clandestinos e sanções
para atender os estados do Norte e do Nordeste. A prioridade de
mais enérgicas contribuem para criar outro pólo de tensão nuclear
liberação da verba para os estados seguirá os critérios do Fundo
no Oriente Médio.
Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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ATUALIDADES
De acordo com o texto da lei, os objetivos do Programa Especial O prestígio internacional como escritor viria aos 60 anos com
de Fortalecimento do Ensino Médio são incentivar os indicadores o romance Memorial do Convento. Em 1986 publicou O Ano da
de qualidade da educação, suprir os recursos financeiros de forma Morte de Ricardo Reis, considerado por muitos críticos (e, ao que
a equalizar as oportunidades educacionais e atender à ampliação parece, pelo próprio autor) como seu melhor livro. Mas foi pelo
das matrículas no ensino médio da rede pública. polêmico O Evangelho Segundo Jesus Cristo que ficaria mais
O restante dos recursos (R$ 800 milhões) liberados é para conhecido.
atender situações de emergência em todos os estados e o Distrito O romance, que humaniza a figura de Jesus, foi condenado
Federal. O valor destinado para cada Estado e para o Distrito pela Igreja Católica. No Brasil e em Portugal, países católicos,
Federal será entregue de acordo com a participação deles no Fundo também houve reações contrárias. No ano seguinte à publicação,
de Participação dos Estados. António Sousa Lara, secretário de Estado e Cultura no governo
Entretanto, os estados que tiverem dívidas vencidas com a de Cavaco Silva, impediu a candidatura da obra para o Prêmio
União não receberão toda a verba liberada. Eles terão o valor das Literário Europeu. “O livro não representa Portugal nem os
dívidas não pagas deduzidos da verba extra. portugueses”, disse na ocasião. Por conta do clima “inquisitorial”,
Saramago deixou o país em 1993, para viver nas Canárias com
Morte de José Saramago sua mulher.
José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa, em Lanzaro- À parte as desavenças políticas e religiosas, o trabalho como
te, nas Ilhas Canárias, no dia 18 de junho de 2010. Foi nessa ilha romancista lhe rendeu vários prêmios. Em 1995, recebeu o Luís de
espanhola que o escritor, único Prêmio Nobel em língua portugue- Camões, considerado o mais importante em literatura portuguesa,
sa, escolheu para se autoexilar de Portugal e viver com a terceira pelo livro Ensaio Sobre a Cegueira, adaptado para o cinema
mulher, a escritora espanhola Pilar del Rio. pelo diretor brasileiro Fernando Meirelles, em 2008. O Nobel
Saramago escreveu dezenas de livros, entre romances, poesias, de Literatura foi anunciado em 1998, quando Saramago tinha 76
ensaios, peças de teatro, diários, crônicas e memórias. Sua obra foi anos, o primeiro e único conquistado por um escritor da lusofonia,
traduzida para cerca de 42 línguas. Um dos seus mais famosos ou seja, dos países nos quais o português é falado: Angola, Brasil,
romances, O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), provocou Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
embates com a Igreja Católica e levou o governo português a Príncipe, Guiné Equatorial, Timor-Leste e Macau (uma Região
boicotar a indicação da obra para um prêmio europeu, fato que Administrativa Especial da República Popular da China).
contribuiu para que o escritor deixasse o país. As desavenças com a Igreja Católica (e com as religiões
Além de escritor, Saramago também foi uma das vozes mais cristãs em geral) ganhariam novo ímpeto com a publicação do
críticas do sistema capitalista e apoiou regimes comunistas, como último romance de Saramago, Caim, em 2009. No livro, o escritor
o cubano. Ateu e comunista até o fim da vida, não se furtou, porém, analisa a história de Caim e Abel no Antigo Testamento. Durante o
de expressar uma visão quase mística em alguns de seus livros e lançamento mundial da obra, se referiu à Bíblia como “um manual
de apontar as mazelas do próprio Partido Comunista Português, do de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza
qual era membro desde o final dos anos 1960. humana”, o que lhe rendeu acusações de superficialidade na leitura
Segundo a Fundação José Saramago, a causa da morte e intenções publicitárias com a provocação.
foi falência múltipla de órgãos, decorrente de um câncer que o Como intelectual, foi um vigoroso opositor da sociedade
acometia desde 2007. O corpo do escritor foi velado em Lisboa, capitalista desde os anos 1960. A militância no Partido Comunista
onde recebeu homenagens e foi cremado em 20 de junho. Português, ao qual também não poupou críticas, visando sua
Jogadores da seleção portuguesa prestaram homenagens ao modernização, o levou a defender - e, em raríssimas ocasiões,
romancista durante a partida contra a Coréia do Norte, na Copa do atacar - governos como o de Fidel Castro.
Mundo da África do Sul. A pátria, enfim, acolheu seu mais célebre Portugal, do mesmo modo que outros países europeus -
escritor desde Fernando Pessoa. Alemanha, Itália e Espanha -, foi governado por um partido
O reconhecimento, entretanto, chegou somente após os fascista durante parte da primeira metade do século XX. A ditadura
50 anos de idade. José de Sousa Saramago era neto e filho de salazarista foi instaurada em 1926, depois de um golpe militar, e
camponeses. Nasceu em 16 de novembro de 1922, na aldeia de durou quase meio século.
Azinhaga, na província de Ribatejo, a 100 km de Lisboa. Tinha Oliveira Salazar governou por meio de um partido único,
dois anos de idade quando a família se mudou para a capital. Sem o União Nacional, de 1933 até 1968, quando se afastou por
recursos, não pôde cursar uma universidade. motivos de saúde. Seu sucessor, Marcelo Caetano, foi deposto
Antes de se dedicar somente aos livros, exerceu atividades pela Revolução dos Cravos, em abril de 1974. A revolução foi um
de serralheiro, funcionário público, jornalista e tradutor - traduziu, movimento pacífico simbolizado pelo cravo vermelho, flor que
entre outros, o poeta francês Charles Baudelaire e o escritor russo era colocada no cano dos fuzis dos soldados que participavam
Léon Tostói. da revolta (cravos vermelhos também foram depositados sobre o
Publicou seu primeiro romance, Terra do Pecado, em corpo de Saramago, no velório em Lisboa).
1947. Neste mesmo ano, nasceu sua filha, Violante, do primeiro Numa época de divisões ideológicas, Saramago se opôs
casamento, com a pintora Ilda Reis. Em 1970, se divorciou e ao salazarismo e filiou-se ao Partido Comunista em 1969. Em
iniciou um relacionamento com a escritora portuguesa Isabel da seguida, iniciou a carreira de jornalista. Quando foi nomeado
Nóbrega. Em 1986 conheceu a jornalista e tradutora espanhola diretor-adjunto do jornal português Diário de Notícias, em
Pilar Del Rio, com quem se casou dois anos depois - ela aos 36 e 1975, perseguiu e demitiu colegas que não seguiam sua linha de
ele com quase 66 anos de idade. esquerda. No mesmo ano, saiu do jornal para dedicar-se aos livros.
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A atuação política de Saramago, contudo, continuou rendendo Outro dado importante é a queda no índice de repetência
polêmicas. Em 2003, depois de décadas de aprovação, ele escolar, que tem diminuído nos últimos anos. A repetência
condenou Fidel Castro pela execução de três cubanos que haviam acaba tirando muitos jovens da escola, pois estes desistem. Este
seqüestrado um barco para tentar fugir para os Estados Unidos. quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que
Em artigo publicado no jornal espanhol El País, escreveu: “Até está valorizando cada vez mais o aluno e dando oportunidades
aqui cheguei. De agora em diante, Cuba seguirá o seu caminho, de recuperação. As classes de aceleração também estão dando
eu fico”. resultados positivos neste sentido.
No ano anterior, uma declaração provocara mal-estar entre A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em
os judeus. Durante visita à cidade palestina Ramallah, o escritor 1996, trouxe um grande avanço no sistema de educação de nosso
comparou a ocupação de territórios palestinos na Cisjordânia com país. Esta lei visa tornar a escola um espaço de participação social,
o campo de concentração nazista de Auschwitz: “É preciso dizer
valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a
que o que acontece na Palestina é um crime que nós podemos
parar. Podemos compará-lo ao que aconteceu em Auschwitz”. formação do cidadão.
No Brasil, onde sempre foi acolhido por escritores e políticos,
entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, identificou-se ENERGIA
com causas sociais. Chegou a participar como jurado, em Brasília, A preocupação com o desenvolvimento industrial, surgida
de um tribunal internacional simbólico para julgar o massacre de no final da década de 30, logo após a crise que atingiu o setor
trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA), ocorrido agrário exportador (crise da cafeicultura), gerou a necessidade de
três anos antes. Pelo mesmo motivo, recusou um doutorado honoris se desenvolver o setor energético.
causa (dentre dezenas que recebeu) concedido pela Universidade Assim, desde a década de 30, a valorização do potencial
do Belém do Pará. energético brasileiro (combustíveis fósseis, hidroeletricidade, etc.)
Saramago deixou um livro inacabado, Alabardas, Alabardas, passou a ser objeto de políticas governamentais. Reflexo disso
Espingardas, Espingardas!, que fala sobre o tráfico de armas. O foi a criação, no final dos anos 30, dos primeiros órgãos oficiais
título é uma referência a um verso do dramaturgo português Gil específicos do setor energético: o Conselho Nacional do Petróleo
Vicente. Ainda não há previsão para a publicação do romance. (CNP), em 1938, e o Conselho Nacional de Águas e Energia
Elétrica (CNAEE), em 1939.
A crescente industrialização e urbanização do país, ocorrida a
Desenvolvimento de uma Nação
Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais partir da década de 40, pressionou a demanda por fontes de energia
importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da modernas e de maior rendimento (petróleo, eletricidade, etc.).
produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua A solução do problema energético foi equacionada com a
renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha criação da Petrobrás (1954) e das empresas estaduais e federais
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser de eletricidade. Em 1962, as empresas de eletricidade foram
feito. A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade estruturadas em torno da Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras
tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e S. A.), que passou a planejar e coordenar o setor da energia elétrica.
muitas famílias tem investido muito neste setor. A Eletrobrás é uma empresa holdirzg que detém o controle
Pesquisas na área educacional no Brasil apontam que um acionário das concessionárias federais (Chesf, Furnas, Eletrosul,
terço dos brasileiros freqüentam diariamente a escola (professores Eletronorte e outras) e participa minoritariamente das empresas
e alunos). São mais de 2,5 milhões de professores e 57 milhões estaduais de eletricidade (Cesp, Cemig, Copel, CEEE, Celg, Celf,
de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes etc.).
números apontam um crescimento no nível de escolaridade do A intensificação do processo de industrialização e urbanização
povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do do país nas décadas de 50 e 60 fez com que as modernas fontes de
nível de desenvolvimento de nosso país.
energia ocupassem espaços cada vez maiores na economia e na
Uma outra notícia importante na área educacional diz respeito
ao índice de analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD - IBGE sociedade brasileiras.
mostra uma queda no índice de analfabetismo em nosso país nos A gasolina e o óleo diesel alimentaram a expansão do
últimos dez anos. Em 1992, o número de analfabetos correspondia transporte rodoviário. Já o transporte ferroviário e o marítimo, que
a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em 2002. Ou antes utilizavam o carvão mineral, passaram a utilizar o óleo diesel
seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para (ferrovias) e óleo combustível (navios). As caldeiras industriais
a erradicação do analfabetismo no Brasil. Outro dado importante trocaram o carvão mineral pelo óleo combustível, e as residências
mostra que, em 2006, 97% das crianças de sete a quatorze anos urbanas trocaram o fogão a lenha pelo fogão a gás. Nas cidades, o
freqüentavam a escola. querosene iluminante cedeu lugar à eletricidade.
Esta queda no índice de analfabetismo deve-se, principalmente, A redução no consumo da lenha e do carvão (vegetal e
aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos mineral) era compensada pelo crescente aumento no consumo do
anos. Governos municipais, estaduais e federais tem dedicado uma petróleo e da eletricidade. Enquanto a produção de eletricidade de
atenção especial a esta área. Programas de bolsa educação tem origem hidráulica crescia a contento, a pequena produção nacional
tirado milhares de crianças do trabalho infantil para ingressarem de petróleo tornava o país altamente dependente do petróleo
nos bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos importado.
(EJAs) também tem favorecido este avanço educacional. Tudo isto,
A crise do petróleo, ocorrida em 1973, que elevou drasticamente
aliado as políticas de valorização dos professores, principalmente
os preços do petróleo importado, acarretou profundas modificações
em regiões carentes, tem resultado nos dados positivos.
na estrutura do sistema energético brasileiro.
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ATUALIDADES
A partir de então o Brasil adotou uma firme politípica de “O que podem adiantar é que irão tomar todas as providências
substituição do petróleo importado por alternativas energéticas para que o marco seja duradouro. Não para o dia de amanhã, mas
Nacionais. A política energética pós 1973 consistiu, basicamente, para o mês seguinte, para o ano seguinte, décadas seguinte”, e que
no estímulo ao aumento da produção nacional do petróleo, do gás o trabalho de pesquisas e estudo sobre o tema já está concluído.
natural, do carvão mineral e da hidroeletricidade, e na criação do O governo não tem pressa de realizar uma nova rodada de
Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1974, e implantação leilões de blocos exploratórios do pré-sal, já que as áreas leiloadas
do Programa Nuclear, em 1975, com a assinatura do Acordo anteriormente ainda não foram exploradas pelas empresas. “É
Nuclear Brasil Alemanha. preciso começar a explorar os blocos que já foram distribuídos
A evolução do balanço energético brasileiro, desde o choque para que depois se faça uma nova rodada”.
do petróleo até o início da década de 90, mostra a queda acentuada
no consumo do petróleo e da lenha e o aumento no consumo das Etanol - Problemas sociais e ambientais impedem
demais fontes de energia. internacionalização do etanol.
Biodisel - O biodiesel é um tipo de energia alternativa que A transformação do etanol em uma commodity de mercado
pode reduzir a emissão de dióxido de carbono liberado pelos internacional, assim como o petróleo, depende de uma mudança
carros. Uma lei federal, há quatro anos, regulamentou o uso desse significativa no seu modo de produção. Problemas sociais
combustível e animou muitos produtores a investir no negócio. e ambientais causados pela produção do álcool diminuem o
O governo estuda aumentar o percentual de biodiesel incentivo à expansão das lavouras de cana-de-açúcar pelo mundo
adicionado ao diesel dos atuais 3% (B3) para 4% (B4) ainda este e, conseqüentemente, atrasam a criação de um mercado global do
ano. etanol.
A produção brasileira tem condições de sustentar esse A expansão do etanol depende da disseminação de um método
aumento, que agora depende apenas de uma decisão política. “Há produção que não é desejável. A energia da controvérsia, apesar
disponibilidade de biodiesel no Brasil que nos permite trabalhar dos benefícios ambientais trazidos pelo uso do etanol como
com a idéia de antecipar o B4 para esse ano. O Ministério de combustível, grande parte do álcool brasileiro é produzido em
Minas e Energia está discutindo a decisão agora é política. latifúndios, utilizando-se de mão-de-obra precária e de queimadas
O primeiro leilão de biodiesel do ano foi realizado após o durante a época de colheitas.
carnaval, mas o segundo leilão, ainda sem data marcada, já poderá Além disso, conforme destaca o último relatório da Comissão
incluir a nova demanda do B4. Pastoral da Terra (CPT), entre os trabalhadores envolvidos em
A introdução do B3 no mercado brasileiro representa um denúncias de escravidão 36% estavam nas lavouras de cana-de-
consumo de 1,2 bilhões de litros de biodiesel. Com o B4, o açúcar.
consumo subiria para 1,6 bilhões de litros. A meta de uso do B5 Enquanto não for comprovado que é possível produzir
continua prevista apenas para 2013. etanol de forma mais sustentável, o mercado do produto não vai
Há a necessidade do programa de biodiesel ser revisto pelo deslanchar. O mundo não vai abandonar o petróleo para adotar um
governo do ponto de vista social, já que o projeto de se utilizar produto que só é exportado pelo Brasil e pelos Estados Unidos. E
mamona para sua fabricação não teve sucesso. “O programa de o fato é que o etanol não será produzido em vários países enquanto
biodiesel do governo não teve sucesso pleno, porque no início foi mantiver esse modo produção.
concebido para estimular os pequenos produtores do Nordeste... A única alternativa de internacionalização do etanol é conjugar
seria através de mamona, mas acabou sendo feito por soja e a sua produção com a geração de renda da população pobre que
metanol”. vive em áreas rurais, o que não acontece atualmente no Brasil.
“O programa está com muito peso na soja... precisa-se Acredita-se que só quando pequenos agricultores enxergarem no
reexaminar o projeto à luz de oleaginosas novas, como o pinhão etanol uma forma de ganhar dinheiro é que o produto vai se tornar
manso”. global.
No entanto, promover esta mudança não é impossível. Em
De acordo com o superintendente da ANP, Edson Silva,
alguns países, a cana já é cultivada de forma mais sustentável. A
presente ao evento, a capacidade instalada no país já permite a
produção de 3 bilhões de litros de biodiesel. O uso do combustível, Índia é a maior produtora de cana-de-açúcar do mundo e lá a cana
segundo ele, proporcionou uma economia de 1 bilhão de dólares é produto de agricultura familiar.
para a balança comercial brasileira.
Mesmo assim, ele informou que a dependência do Brasil da
importação de diesel cresceu de 2007 para 2008, de 9,8% para
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
12,7% de todo o diesel consumido no país.
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O campo de estudo das RI é caracteristicamente Com um nível de desemprego próximo daquele da CEE, o
multidisciplinar, dialogando, entre outras disciplinas, com a Nafta, por outro lado, enfrenta um significativo desequilíbrio em
Ciência Política, a Economia, a Filosofia, o Direito, a Geografia, sua balança comercial, ou seja, um déficit em torno de 24% das
a Sociologia e a Antropologia. Não é pacificado na Academia a suas exportações, condições suficientes para recomendar medidas
existência das RI como disciplina independente - especialmente de restrição às importações e que privilegiem a produção interna,
em países anglófonos, onde é usualmente considerado um ramo típicas dos acordos regionais. Apesar disso, verifica-se que a falta
de uma política de investimentos consistente, como a que é adotada
da Ciência Política.
no bloco asiático, além de dificultar a reversão desse quadro, toma
o Nafta um acordo tão frágil quanto a estabilidade econômica
ALCA - A área de Livre Comércio das Américas (ALCA) dos seus membros menos desenvolvidos, mais especificamente o
é uma proposta de integração comercial de todos os países das México.
Américas, com exceção de Cuba. A criação da ALCA foi proposta, Na recente crise mexicana foi possível observar como o
em 1990, pelo ex-presidente dos Estados Unidos George Bush, investimento externo fugiu do país ao menor sinal de instabilidade,
pai do também ex- presidente dos EUA. Incluirá 34 países das agravando uma situação em que o governo, tendo reduzido suas
Américas: Antiga e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, possibilidades de intervenção devido à adoção de um modelo
Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, político liberal de economia desestatizada, obteve em troca de sua
Republica Dominicana, Equador, El Salvador, Estados Unidos, autonomia uma estabilidade econômica e um fluxo positivo de
Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, capital que, na realidade, não são tão estáveis nem tão positivos.
Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Saint
MERCOSUL - Propõe-se a ser um mercado comum entre
Kitts e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname, Trinidad e Tobago, o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai. Significa que as
Uruguai e Venezuela. O que propõe? tarifas de comércio entre os países ficam cercadas e pessoas, bens
Os países-membros da ALCA têm, entre si, preferências e serviços cruzarão as fronteiras sem qualquer impedimento.
tarifárias. O objetivo é que as tarifas para o comércio sejam Atualmente, o bloco é uma união aduaneira incompleta. Uma das
reduzidas até que fiquem zeradas, facilitando o fluxo de bens e partes das tarifas já foi reduzida e se busca um acordo para definir
serviços na região, principalmente entre os países integrantes da uma Tarifa Externa Comum (TEC) para todos os setores. Bolívia e
NAFTA (EUA, México e Canadá) e do MERCOSUL (Brasil, Chile são membros associados.
Argentina, Uruguai e Paraguai). O Brasil prioriza o fortalecimento do MERCOSUL. A partir
dele, em tese, estaria em melhores condições de negociar outros
NAFTA - É uma área de livre comércio entre os Estados acordos. O governo teme a criação apressada da ALCA: insiste
Unidos, o Canadá e o México. O objetivo se restringe a reduzir em que a data não é o mais importante, mas a substância do
acordo. Substância, no caso, são basicamente três temas: subsídios
tarifas entre esses países. Não há proposta de integração política (especialmente na agricultura), lei antidoping e regras de origem
e econômica. A Nafta teve as suas bases estabelecidas em 1985, das mercadorias. Há também o temor de que muitos setores da
a partir do Acordo de Livre Comércio Canadá/EUA (FTA), economia brasileira não estão preparados para concorrer com
um acordo bilateral de comércio envolvendo dois países que, tarifas de importação zeradas. Além disso, o Brasil busca outras
historicamente e devido a condições geopolíticas favoráveis, formas de integração, como uma eventual área de livre comércio
apresentam-se como parceiros Comerciais naturais, apesar da entre MERCOSUL e União Européia, que possam existir
grande diferença entre o tamanho das economias de cada país simultaneamente para que não fique vulnerável à economia dos
e a importância nas respectivas balanças comerciais. Para o EUA. Há mais de três anos que o MERCOSUL vem atravessando
Canadá, essa relação representa cerca de 70% do seu volume de uma profunda crise. Enquanto a Área de Livre Comércio das
exportações e importações, além de serem oriundos dos EUA Américas (ALCA) é uma proposta clara de zona de livre comércio
aproximadamente 80% dos investimentos estrangeiros, ao passo impulsionada pelos EUA, o MERCOSUL perdeu o rumo como
projeto de integração política, econômica e cultural para toda a
que, no outro sentido, o mercado canadense responde por cerca de América do Sul, tal como formulado pelo Brasil e pela Argentina.
20% das exportações e importações americanas. Um projeto integrador tem como objetivo a criação de um novo
Numa fase seguinte, a partir de 1991. Iniciaram-se as espaço geopolítico, que não é uma mera soma das partes para a
negociações para o Acordo de Livre Comércio da América do conformação de um mercado ampliado.
Norte (Nafta), desta vez um acordo trilateral, incluindo o México Se esse fosse o projeto (ao que poderíamos chamar
no grupo que anteriormente firmara o FTA. Tal como o Canadá, MERCOSUL mínimo), a ALCA seria uma proposta mais
o México mantém com os EUA uma relação comercial que abrangente e a decisão adotada (negociar com o MERCOSUL
representa cerca de 70% das suas exportações e importações e nossa participação na ALCA) não passaria de um feito simbólico
de 64% dos investimentos estrangeiros. No entanto, as relações que a força dos acontecimentos arrasaria como a um castelo de
de comércio e investimentos entre Canadá e México são tênues, areia. Distinto será se, efetivamente, encararmos o MERCOSUL
estando abaixo de 1,5% do total comercializado por cada país, como um problema de identidade e construirmos os eixos de nossa
integração e as instituições que a representem.
situação que reflete a dificuldade, no nível microeconômico, Esse MERCOSUL: a união de nações que brindam sua
de se desenvolver uma estratégia norte americana, bem como a identidade histórica a um novo projeto de nação ampliada onde
manutenção de uma política de investimentos bilaterais na região, brancos, negros, mestiços, índios, patagônicos e amazônicos,
sendo estes efetuados por empresas americanas e negociados portenhos e paulistas, nordestinos e andinos, atlânticos e pacíficos
independentemente com cada um dos outros dois países, conforme pactuem construir a quarta região do planeta depois da União
o caso. No que se refere à regionalização, o ponto fundamental Européia, NAFTA e Japão para proporcionar bem-estar a nossos
para o futuro do Nafta é a política de investimentos entre os cidadãos e nos permitir sentar à “mesa pequena” da negociação
seus integrantes, mais importante, aliás, do que suas relações universal. É possível realizá-lo? Sim. Para isso propõe-se quatro
comerciais. eixos temáticos elementares:
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Questão nuclear - Em 1985, os ex-presidentes Alfonsín da intervenção militar extra zona nem de mendicantes cooperações
e Sarney estabeleceram as bases para a integração ao abrir os que usualmente são desviadas para o sistema de clientelismo
programas nucleares que a Argentina e o Brasil haviam constituído político.
desde o início da década de 50. Ambos os programas expressavam a Essa batalha - a mãe de todas -, enfrentá-la e vencê-la,
rivalidade entre nossos países e a “procura da bomba” como mostra representará não só a preservação de nossas futuras gerações, mas
de superioridade estratégica para um eventual enfrentamento também a maioridade política para nos sentarmos como acionistas
bélico. A continuidade desse enfoque seria equivalente à atual principais dos grandes temas universais. Um MERCOSUL
situação entre Índia e Paquistão, com seu enorme custo humano e consolidado institucionalmente, com vocação para construir
econômico e seu permanente risco de desestabilização e desenlace uma grande nação sul-americana, que tenha derrotado a fome
bélico. e o narcotráfico, controlado o risco nuclear e que administre o
Faz oito anos que funciona nossa única instituição meio ambiente que Deus pôs à sua disposição para o bem de sua
supranacional, a Agência Brasileiro-Argentina de Contabilidade gente e de toda a humanidade, será um ator central desse mundo
multipolar, mais justo e responsável que todos queremos contribuir
e Controle de Materiais Nucleares (ABACC), com sede no Rio
a edificar neste milênio que está começando. O MERCOSUL
de Janeiro, que garante a utilização de energia nuclear com fins
pequeno, perfurado pelos conflitos entre lobbies setoriais, sem
exclusivamente pacíficos. (Ao serem Argentina e Brasil os únicos instituições permanentes nem uma épica moral ou objetivos
países com programas nucleares na região, a garantia se estende macroeconômicos e políticos, se dissolverá sem choro nem vela,
a toda a América do Sul.). Programa alimentício MERCOSUL - engrossando a longa lista de nossos fracassos históricos. Voto pelo
Os países integrantes do MERCOSUL representam em conjunto MERCOSUL máximo, ambicioso, criativo, com ritmo de samba,
e de forma ponderada os segundos produtores e exportadores cumbia e tango, disposto a apostar pesado e resolver os enormes
das dez “commodities alimentícias” do mundo. A criação de problemas pendentes tal como nos reclama a cidadania em cada
uma agência comum deveria ter dois, propósitos: para dentro do um de nossos países.
MERCOSUL, um programa de erradicação da fome que deveria
alcançar esse objetivo num prazo não superior a cinco anos; e Comunidade Econômica Europeria (CEE) - Formada a
para fora, uma forte participação no debate sobre o protecionismo partir da assinatura do Tratado de Roma, em 1957, visando criar
agrícola, preços, auxílio aos países mais pobres, etc. Nossa triste uma associação entre nações através da integração do comércio
participação atual - atrás da Austrália, no Grupo de Cairns é a e da agricultura, a CEE previa a livre movimentação de bens,
expressão de uma atitude retórica que pouco tem a ver com nossas serviços, capital e pessoas. Em 1986, devido à preocupação com
verdadeiras possibilidades de exercer pressão quando o fazemos a competitividade nipônica e americana, realiza-se uma emenda
de forma conjunta e eficiente. importante ao Tratado de Roma, o Tratado de Unificação da
A Problemática do meio ambiente - A Amazônia, a Patagônia, Europa, que lança a “Europa 1992” e trata da eliminação de todas
a projeção Pacífica, Atlântica e Antártica de nossos países as barreiras à mobilidade no continente. Mais tarde, em 1991, na
representam quase 40% da biodiversidade planetária. Essa reunião de Maastricht, e de acordo com o objetivo de formação
dimensão tem também uma faceta interna e outra externa. Na de uma economia social de mercado, são definidos os elementos
interna, o desenvolvimento de uma proposta ambiental, científico- da Europa social e implementos os seguintes pontos: formação da
produtiva e turística que poderíamos sintetizar no eixo Amazônia Comunidade Ambiental Européia, consolidação de um roteiro e
- Patagônia. Uma agência comum que desenvolvesse um código agenda para a União Monetária Européia, e fortalecimento do papel
ambiental único, a planificação turística, a pesquisa científica e da Comissão da CEE para estabelecer, via votação majoritária, as
diretrizes e os regulamentos necessários à remoção de barreiras,
a preservação das espécies deveria ser um fenomenal gerador de
bem como os meios para harmonizar os regulamentos internos,
investimentos, empregos, etc. Na externa, deveríamos nos colocar
dos países-membros.
na vanguarda num assunto que está no topo da Agenda Planetária Entre os principais grupos regionais, a CEE ocupa posição de
em face da brutal agressão cotidiana que nos apresenta a extinção destaque, sendo responsável por quase 40% do total das exportações
da vida na Terra, não em termos de ficção científica, senão como mundiais, além de apresentar o maior volume interno de comércio
uma grave questão a curto prazo. - cerca de 60% do total exportado são comércios, entre os próprios
A luta política e militar contra o narcotráfico - A América países membros - e a mais equilibrada relação entre exportação e
do Sul é a maior produtora e repartidora de cocaína e maconha importação, representada por um déficit comercial relativamente
do mundo. O atual MERCOSUL (sem os países andinos) é baixo, equivalente a menos de S% do total exportado.
considerado uma “zona de trânsito” por contraposição aos São 12 países que representam esse grupo: Alemanha, Bélgica,
mercados de destino como os EUA e a Europa. Essa caracterização Dinamarca, Espanha, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália,
é equivocada e perigosa. No Brasil e na Argentina, o consumo de Luxemburgo, Portugal, Reino Unido. E estima se que Áustria,
cocaína e maconha se multiplicou por cinco na última década. Só Finlândia, Suécia também juntem se ao grupo.
em duas cidades - Buenos Aires e São Paulo - moram 30 milhões
de habitantes. A metodologia que nos considera “zona de transito” Blocos Asiático – ASEAN - Estruturadas em torno do Japão,
é quase a mesma que dizer “quanto mais consumam os latinos, as relações de comércio e investimentos na Ásia oriental pratica-
melhor, porque assim chega menos aos EUA e à Europa”. mente dobraram na segunda metade da década de 80, igualando-
Enquanto tal inocente estupidez passeia de elefante debaixo de se ao volume de comércio com a América do Norte, marca
nossos narizes, o fator corruptor dos enormes capitais envolvidos que foi ultrapassada já no início dos anos 90. A valorização da
em tal tráfico está fazendo seu trabalho por dentro de nossas forças moeda japonesa a partir de 1985 acarretou a elevação do custo
de segurança e partidos políticos, com conseqüências devastadoras de exportação no Japão e desencadeou uma reorientação dos
num futuro próximo. Do meu ponto de vista, é imprescindível investimentos japoneses em direção aos países da Ásia oriental,
deixar de olhar o outro lado frente a esse flagelo e encarar com que cresceram cerca de seis vezes durante a segunda metade da
decisão o debate com nossos países irmãos do sistema andino para década de 80. Tal crescimento, embora um pouco menos acelerado,
enfrentar uma batalha frontal - política e militar - que não dependa se mantém no decorrer dos anos 90.
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Analisando as transformações que estão ocorrendo no bloco A avaliação do comando militar é de que existe consenso
asiático, observa-se que sua integração está mais calcada em uma político em favor da permanência das tropas – além do apoio da
política de investimentos do que no estabelecimento de uma zona população, manifestado abertamente nas ruas do Rio de Janeiro.
de livre comércio. Mais importante que a redução dos custos de As Forças Armadas demonstraram preocupação com a alteração
produção, o desenvolvimento de um sistema de produção integrado de sua missão nas favelas do Rio de Janeiro- de um trabalho de
e flexível, voltado para os diferentes mercados que se apresentam, vigilância ao redor dos morros para o de policiamento dentro do
tem sido o principal fator responsável pelo crescimento comercial Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.
da região e pela coesão de um bloco tão pouco institucionalizado. Descontadas as fugas de criminosos, o que a polícia do Rio
Com relação à formalização de um acordo regional, a exemplo e as Forças Armadas operam na zona norte da cidade é um golpe
de outros grupos regionais, existem dois aspectos que, se não sem precedentes na mais antiga facção do tráfico de drogas. O
dificultam, ao menos não contribuem para tal formalização. Comando Vermelho, que inaugurou no Brasil a modalidade de
Primeiramente, a grande diversidade de culturas, idiomas, cartel para a venda de entorpecentes sai da ocupação das favelas
religiões e formas de governo não é tão grande se comparada dos complexos da Penha e do Alemão com um enorme prejuízo,
com a de países de outros continentes, prevalecendo fatores avalia o relações públicas da PM, coronel Lima Castro.
geopolíticos que permitiram que a grande convergência de Os traficantes que eventualmente tenham fugido vão chegar
interesses, desenvolvida a partir da estratégia de investimentos desarmados aos seus novos locais. Eles não terão mais o domínio
do Japão, tomasse desnecessário um acordo para garantir o que o do terreno e passam a ser presas mais fáceis para a polícia.
fluxo de investimentos intraregional já tinha consolidado, ou seja, O importante, neste momento, é assegurar a manutenção
a política de investimentos e comércio surgiu antes dos acordos. do território reconquistado e ter a noção da perda econômica da
Em segundo lugar, a importância dos EUA como mercado quadrilha. Sabemos que muitos bandidos podem ter fugido. Mas
importador desaconselha um posicionamento formal de bloco eles não têm mais as mesmas condições financeiras de continuar
regional, como no caso europeu. Afinal, a situação de balança operando. A facção rival também terá a sua vez. E estão todos
comercial favorável aos asiáticos nos últimos anos deve-se nesse momento com muito medo, referindo-se, principalmente,
também à política globalizante e de livre comércio difundida pelos aos Amigos dos Amigos, bando que controla, por exemplo, a
próprios EUA e que, no entanto, está sendo mais bem utilizada Rocinha e o Vidigal, únicas grandes favelas da zona sul que ainda
pelos países da Ásia oriental, os quais se mostram globalizantes no
não estão pacificadas.
discurso e regionalistas na ação.
Lima Castro falou sobre as perdas financeiras para o tráfico
Com relação ao seu desempenho comercial, o bloco asiático,
diante de dois veículos da PM repletos de material apreendido
ao contrário da CEE e da Nafta, apresenta um impressionante
no Complexo do Alemão. Nos porta-malas dos dois carros
superávit comercial de mais de 10% das suas exportações, situação
havia, como resultado de uma só apreensão, meia tonelada de
que tende a manter-se devido à importância que o desenvolvimento
maconha – em tabletes de 700 gramas, e muitas armas. Entre
tecnológico tem na política de investimentos da região.
elas carregadores duplos para fuzil calibre 7.62, um tipo de
Seus integrantes são 10 países, Japão, Coréia, Formosa,
equipamento característico de guerras.
Hong Kong, Cingapura, Malaísia, Tailândia, Indonésia, Filipinas
e China. A única polícia que usa esse tipo de carregador em áreas
urbanas é a do Rio. E recorremos a isso só porque os traficantes
Narcotráfico e o Terror no Rio de Janeiro passaram a ter acesso aos carregadores duplos, que representam
um enorme poder de fogo em tiroteios de longa duração.
Por uma semana, atentados em série promovidos pelo tráfico O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte,
espalharam o medo e mudaram a rotina do carioca. O estado decidiu afirmou, que ainda não tem noção exata do volume de armas e
revidar. Com apoio das Forças Armadas, uma megaoperação drogas apreendidos.
policial acuou centenas de traficantes na zona norte e tomou duas Desde a tomada do Complexo do Alemão, as forças de
de suas trincheiras, a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão. É segurança do Rio de Janeiro já revistaram mais de 30.000 casas no
um passo decisivo para vencer a bandidagem que ganhou poder conjunto de favelas e apreenderam 42 toneladas de maconha, cerca
sob a complacência de governos populistas. de 300 quilos de cocaína, além de centenas de veículos. Segundo
As tropas das Forças Armadas vão permanecer no Complexo cálculos da Polícia Civil, as apreensões representam um prejuízo
do Alemão e na Vila Cruzeiro até outubro de 2011. Inicialmente, a de 50 milhões de reais para os traficantes. Além do prejuízo, os
previsão do governador Sérgio Cabral era de que as tropas federais bandidos amargam a morte de um dos chefes do tráfico – o que
ficariam até julho nas favelas. provocou um novo ataque.
O pedido foi feito pela manhã pelo secretário José Mariano Segundo balanço pela Polícia Militar, desde o início das
Beltrame e encaminhado ao governo federal pelo governador. A operações, já são 123 presos, 130 detidos para averiguação e 37
resposta do Ministério da Defesa foi positiva. mortos. Entre os feridos estão quatro PMS e cinco acautelados.
Sérgio Cabral Filho também pretende oficializar, ao Ministério Ao todo, já foram apreendidas 205 armas de diferentes calibres,
da Defesa, o pedido de participação de mais 2.000 homens das 125 granadas e bombas caseiras. Também foram recolhidos 12
Forças Armadas na missão de combate ao banditismo no Rio de coquetéis molotov, oito artefatos explosivos, 12 garrafas com
Janeiro. Os militares participarão da ocupação do Complexo do material inflamável, 14 litros de gasolina, cinco litros de álcool,
Alemão e da Vila Cruzeiro. O comando das Forças Armadas resistia sete galões de gasolina, seis dinamites e seis espoletas.
à longa permanência no Rio, mas aceitará a missão, costurada com Estão atingindo o centro nervoso do traficante: sua economia.
apoio do governo federal. E isso é muito melhor, mais eficiente.
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Bandidos voltaram a agir. Traficantes da favela da Com o território ocupado, essas passam a ser prioridades.
Mangueirinha atearam fogo a um carro em Duque de Caxias, na Agora, são os próximos passos. Irão dormir nos louros da
Baixada Fluminense. A ação foi um protesto contra a morte do conquista. Acordamos hoje com o desafio dos próximos dias,
traficante Luiz Carlos Nesse José, conhecido como Di Vidro. Ele semanas e meses, que é a reconquista definitiva dos territórios
chefiava o tráfico na Mangueirinha e era procurado pela polícia ainda ocupados pelo poder paralelo.
havia nove anos. Di Vidro foi baleado durante a retomada do
De acordo com o governador. Os próximos passos passam
Complexo do Alemão pela polícia. Levado ao Hospital Getúlio
necessariamente pela integração com o Ministério da Defesa e
Vargas, o bandido não resistiu aos ferimentos.
Não é a primeira vez que a tecnologia proporciona a sensação a Polícia Federal, tanto em ações pontuais de inteligência como
de que o melhor reality show que passa na televisão é a guerra do em atividades ostensivas – ou seja, está mantida a cooperação
momento. Este combate no Rio de Janeiro, no entanto, foi além da do governo federal e das Forças Armadas no esquema de
transmissão ao vivo. Não só são vistas imagens de ataques, tiroteio patrulhamento e manutenção do território das favelas ocupadas.
e fuga em todos os ângulos como é através das câmeras que se Até o momento, o governo do estado instalou 12 UPPs. A
mandam recados ao inimigo. A trincheira, agora, é a televisão. inauguração da 13ª será no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na
“Quem quiser se entregar, faça-o agora”, disse encarando a zona norte. Foi nesta favela que traficantes, em outubro de 2009,
lente o comandante geral da Polícia Militar, Mario Sergio Duarte. traficantes abateram um helicóptero da Policial Civil, matando
Um pouco depois foi a vez do relações públicas da Polícia Militar três agentes.
do Rio de Janeiro, coronel Lima Castro, fazer outro pedido através
A próxima unidade desse tipo no plano da Secretaria de
das emissoras de televisão: “Mães, peçam a seus filhos que se
Segurança, segundo o governador, ficará no Maciço do Lins, um
entreguem, pois nós vamos entrar.”
A mensagem é recebida pelo telespectador. Além das próprias conjunto de pequenas favelas na zona norte, entre elas os morros
mães a quem ele se dirigia e aos traficantes do complexo do do Quieto e São João.
Alemão, o mundo ouviu o pedido. Com esses detalhes e links Apesar da antecipação das UPPs do Morro do Alemão e da
ao vivo de todos os pontos do front, forma-se um confronto que Vila Cruzeiro, o cronograma das outras unidades está mantido,
vai além daquele que acontece nos morros cariocas. A guerra se respeitando o processo de formação de 7 mil policiais militares
estende, é também virtual, construída por uma consciência coletiva previsto para 2011.
de estado de pânico. Os homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope)
A primeira vez em que as imagens em tempo real começaram retomaram as buscas pelo complexo. De acordo com o tenente-
a ser o destaque de uma guerra foi em 1991, na Guerra do Golfo.
coronel Paulo Henrique Moraes, comandante do Bope, 90 policiais
As câmeras não participavam, como hoje. Apenas captavam. Mas
passaram em seis favelas do complexo e outros 90 chegaram para
foi o suficiente para que o filósofo francês Baudrillard a definisse
juntar-se ao efetivo. No conjunto de favelas o clima é de aparente
como ‘a guerra que não existiu’, já que o menos importante do
acontecimento foi o massacre em si, o que configura uma guerra. tranquilidade. O comércio reabre suas portas após dois dias sem
Através da moldura dos aparelhos de televisão, as cenas poder trabalhar por causa da batalha entre policiais e traficantes.
históricas da operação conhecida como ‘Tempestade no deserto’, Os resultados são apresentados com certa comemoração, mas
com o céu de Bagdá pintado de fogo, foram o mais importante do basta a euforia momentânea arrefecer para que se tenha noção
conflito. O mundo, boquiaberto, assistia pela primeira vez o que precisa do poder de fogo dos traficantes que ocuparam, sabe-se lá
só era contado depois, pelos vencedores. A sedução pelo conflito por quanto tempo exatamente, os complexos de favelas do Alemão
impedia a análise do contexto de uma guerra, do que aquele fato e da Penha. Para mostrar à imprensa o volume das apreensões, a
significava para a história como ato violento, não como acervo de Secretaria de Segurança exibiu tudo o que foi recolhido do início
imagens. das operações.
Vieram em seguida as imagens da guerra do Afeganistão e
O arsenal recolhido é atualmente, de 135 armas longas. Entre
Iraque, ao vivo, para que o mundo assistisse, 24 horas por dia. As
semelhanças com as cenas aéreas de perseguição mostradas fazem elas estão fuzis, metralhadoras, rifles e todo tipo de máquina usada
o carioca Estefan Souza comparar: “Aqui não tem homem-bomba, na defesa de território, ataques à polícia e outros crimes. Foram
mas tem criminoso segurando uma granada no meio da cidade. A recolhidas, em um mesmo ponto das favelas, cinco fuzis e duas
televisão mostrou, você viu?”, pergunta, antes de voltar a grudar armas antiaéreas de calibre 30 e 50 – aquelas que, nos filmes,
os olhos no pequeno aparelho da barraca de coco, acompanhando aparecem normalmente sobre tripés, com uma esteira de munição.
mais um replay de uma cena de tiroteio no Alemão. O total de maconha recolhido é, atualmente, de 33 toneladas.
A previsão do governador Sérgio Cabral é de que até o fim Outros 235 quilos de cocaína – com 208 quilos de substâncias
do primeiro semestre as favelas do Complexo do Alemão e a para serem adicionadas e aumentar o volume do pó –, 27 quilos
Vila Cruzeiro recebam Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). de crack e 1.406 frascos de lança-perfume completam o material.
O governador tinha um compromisso no seminário ‘Rio Cidade
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame,
Sede’, que deveria ter como tema os Jogos Olímpicos de 2016. A
comemorou ao lado do chefe da Polícia Civil, Allan Turnowski, o
operação nas favelas, no entanto, acabou dominando a pauta.
A onda de terror iniciada por traficantes obrigou o estado saldo parcial das apreensões. O ‘pente fino’ continua. Soldados do
a rever todo o planejamento de expansão das UPPs. Não havia Exército e das polícias Militar, Civil e Federal estão vistoriando
previsão – nem estrutura preparada – para uma ocupação deste as casas de todas as favelas do conjunto, em busca de mais armas,
porte nas favelas do Alemão e da Penha. drogas e criminosos.
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Programa de Governo gestão Lula, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e
Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de ProUni (Universidade para Todos), totalizando treze diretrizes
S. Paulo, o programa de governo de Dilma Rousseff registrado de governo. O gabinete de transição ganhou um orçamento de
no TSE em 06 de julho de 2010, uma formalidade exigida pela 2,8 milhões de reais e funcionou no Centro Cultural Banco do
legislação, contemplou duas versões em questão de algumas horas. Brasil. A coordenação coube ao ministro interino da Casa Civil,
Inicialmente o partido registrou um papelório com 19 páginas, Carlos Eduardo Esteves Lima, em conjunto com coordenadores
todas rubricadas pela candidata, com temas controversos como designados pela presidente eleita.
controle da mídia, aborto e invasão de terras. Horas depois, uma Um decreto do presidente Lula garantiu que o gabinete tivesse
segunda versão, sem os temas mais controversos – classificados acesso irrestrito a dados do atual governo relativos a contas públicas
como radicais por diversos meios de comunicação, como a Folha do governo federal, à estrutura organizacional da administração
de S. Paulo, o jornal O Globo e a revista Veja, foi enviada para pública, à implementação, ao acompanhamento e ao resultado dos
substituir o primeiro, esse assinado por advogados procuradores programas e ações de órgãos públicos e ministérios e a assuntos
do PT. Ainda segundo o jornal, a assessoria da candidata teria
que requeressem adoção de providências da administração no
afirmado que tanto ela quanto José Eduardo Dutra (presidente do
primeiro quadrimestre do novo governo.
partido) assinaram a versão sem ler o que estava escrito. Indagada,
Em nota divulgada no dia 2 de novembro, a presidente eleita
Dilma respondeu que “Nós não concordamos com a posição
disse que a coordenação política da equipe de transição ficaria a
expressa (sobre controle da mídia, aborto e invasão de terras)”.
“Tem coisas do PT com as quais concordamos, coisas com as quais cargo do vice-presidente eleito Michel Temer, do presidente do
não concordamos, e assim nos outros partidos também”. PT, José Eduardo Dutra, e dos deputados federais Antonio Palocci
Dilma foi a primeira candidata a presidência a receber multa e José Eduardo Cardozo. Seria uma equipe de cinquenta pessoas
eleitoral por propaganda irregular na eleição de 2010. A primeira eminentemente técnica e todos os partidos da base aliada foram
multa, de cinco mil reais, foi em 13 de maio de 2010, após o TSE ouvidos.
analisar o programa partidário veiculado pelo PT em dezembro de Quanto ao anúncio dos ministros, Dilma disse em entrevista
2009 e considerar que houve propaganda antecipada em favor de ao Jornal Nacional que isso seria feito em blocos e segundo
Dilma. A segunda infração ocorreu dia 10 de abril de 2010, na sede critérios exclusivamente técnicos. Disse também que sua maior
do Sindicato dos Metalúrgicos. A terceira multa, também no valor preocupação era manter a estabilidade econômica. No dia 3 de
de cinco mil reais, foi aplicada no dia 8 de julho de 2010. novembro, ela concedeu sua primeira entrevista no Palácio do
No dia 13 de julho, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Planalto e ressaltou que os critérios políticos não eram os mais
Nancy Andrighi multou mais uma vez a candidata em seis mil reais. importantes para escolha de ministros. Nesse pronunciamento, ela
No dia 20 de julho uma representação impetrada pelo Ministério abordou vários assuntos, declarando que pretendia um aumento
Público Eleitoral foi acatada pelo ministro Henrique Neves, e outra do salário-mínimo para 600 reais em 2011, que ainda necessitaria
multa de cinco mil reais foi aplicada à presidenciável. No mesmo da CPMF, que não pactuaria com as invasões do MST, que iria
dia, outra multa de 5 mil reais foi aplicada à candidata. A sétima dialogar com o Irã sem abrir mão da defesa dos direitos humanos,
punição foi dada no dia 22 de julho e teve o valor de 4 mil reais. que daria combate à guerra cambial internacional e que previa
Por propaganda antecipada, Dilma já contabiliza sete multas, crescimento de 8 por cento da economia no ano de 2011.
totalizando trinta e três mil reais de débito com a justiça. Na segunda semana de novembro, após uma breve folga,
Dilma retornou ao trabalho com o compromisso de acompanhar
Vitória o presidente Lula na reunião do G20, com os seguintes temas
No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita agendados: desenvolvimento, energia, proteção do ambiente
presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na marinho, mudança do clima e combate à corrupção. Embora ainda
história do país por uma mulher. Obteve 55.752.529 votos, que
não fosse presidente, ela recebeu convite formal do governo da
contabilizaram 56,05% do total de votos válidos.
Coreia do Sul, país-sede do evento em 2010.
No discurso, tratou de diversos temas, tais quais a valorização
Em 18 de novembro, o presidente do PT José Eduardo Dutra
da democracia, a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e
anunciou que o único ministério a ser criado no governo Dilma
sobretudo as mulheres. Disse ainda que seu governo iria manter
a inflação sob controle, melhorar os gastos públicos, simplificar a seria o da micro e pequena empresa. A presidente eleita se reuniu
tributação e melhorar os serviços públicos para a população. com a equipe de transição, membros do governo e representantes
Dilma Rousseff escolheu a Rede Record para conceder sua da sociedade civil no Centro Cultural Banco do Brasil e anunciou
primeira entrevista após a vitória das urnas. Ela respondeu às que iria aumentar o número de beneficiados e o valor do bolsa-
perguntas das jornalistas Ana Paula Padrão e Adriana Araújo em família, cobrindo 750 mil famílias com a inclusão de quem não
Brasília, edição que elogiou por ter sido entrevistada justamente possui filhos e ganha entre 70 e 140 reais. Marcelo Neri, da
por mulheres. A presidente também foi a primeira eleita Fundação Getúlio Vargas, disse que, para erradicar a pobreza, meta
democraticamente, desde o fim do regime militar no Brasil, a do governo Dilma, seriam necessários 21 bilhões de reais por ano,
dar uma entrevista que não fosse para a Rede Globo. E, durante que deveriam ser aplicados não só em programas assistenciais,
a conversa, Dilma ainda anunciou que a Record seria a primeira a como também em saúde e educação.
noticiar o novo ministério escolhido pela presidente. Em 24 de novembro, foi anunciado que a presidente eleita
No começo de novembro de 2010, Dilma iniciou sua escolheu Guido Mantega para o Ministério da Fazenda, Miriam
preparação para assumir o cargo de presidente da República, Belchior para o Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini
reafirmando a necessidade de ampliação de programas-chave da para a direção do Banco Central.
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Em 3 de dezembro, mais três ministros foram anunciados: A presidente eleita e seu vice-presidente, Michel Temer, foram
Antonio Palocci para a Casa Civil, José Eduardo Cardozo para diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em solenidade
o Ministério da Justiça e Gilberto Carvalho para a Secretaria- realizada no dia 17 de dezembro de 2010, na sede do TSE, em
Geral da Presidência. O novo ministro da Justiça disse que a Brasília, com a presença de 250 convidados, entre parentes e
meta do governo seria a segurança pública e também melhorar políticos. Dilma disse que irá “honrar as mulheres, cuidar dos mais
a vigilância de fronteiras, os serviços de inteligência e a Polícia frágeis e governar para todos”. Os diplomas foram confeccionados
Federal. Segundo ele, é preciso unir governadores e prefeitos no na Casa da Moeda do Brasil.
enfrentamento do crime organizado.
Família, Infância e Primeiros Anos
Em 6 de dezembro, Dilma confirmou a permanência de Nélson
Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro
Jobim no Ministério da Defesa. Ele daria continuidade à Política naturalizado brasileiro Pedro Rousseff e da dona-de-casa
Nacional de Defesa e ao reaparelhamento das Forças Armadas, Dilma Jane Coimbra Silva. Seu pai, parente distante do escritor
bem como pressionaria o Congresso para aprovar a Estratégia Ran Bosilek, manteve estreita amizade com a poetisa búlgara
Nacional de Defesa. Os militares foram favoráveis a Jobim porque Elisaveta Bagriana, foi filiado ao Partido Comunista da Bulgária
ele se posicionou contra a revisão da Lei de Anistia. e frequentava os círculos literários nos anos 1920. Chegou ao
Em 8 de dezembro, o senador Garibaldi Alves Filho foi Brasil no fim da década de 1930. Deixara sua esposa, dona de casa
confirmado para o Ministério da Previdência Social. Ele disse Evdokia Yankova, esperando um filho em sua terra natal, Luben,
que era favorável ao fim do fator previdenciário, mas que não morto em 2007, mas mudou-se para Buenos Aires e, anos após,
advogava uma reforma na previdência social e que o mais voltou ao Brasil, fixou-se em São Paulo, e prosperou. Em uma
importante era um choque de gestão capaz de reduzir os gastos viagem a Uberaba conheceu Dilma Jane Coimbra Silva, moça
do INSS e eliminar seu déficit. No mesmo dia, a presidente Dilma fluminense de Nova Friburgo, professora de vinte anos, criada
no interior de Minas Gerais, onde seus pais eram pecuaristas.
escolheu outros dez ministros: o senador Edison Lobão para o
Casaram-se e fixaram residência em Belo Horizonte, onde tiveram
Ministério de Minas e Energia; Wagner Rossi para o Ministério três filhos: Igor, Dilma Vana e Zana Lúcia (morta em 1976).
da Agricultura; o deputado Pedro Novais para o Ministério do Pedro Roussef trabalhou para a siderúrgica Mannesmann, além
Turismo; o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco para de trabalhar com construções e com venda de imóveis. Vencida
a Secretaria de Assuntos Estratégicos; a senadora Ideli Salvatti a resistência inicial da sociedade local contra os estrangeiros,
para o Ministério da Pesca; a deputada Maria do Rosário para a passaram a frequentar os clubes e as escolas mais tradicionais.
Secretaria de Direitos Humanos; Paulo Bernardo para o Ministério Incentivada pelo pai, Dilma adquiriu cedo o gosto pela leitura.
das Comunicações; Alfredo Nascimento para o Ministério dos Falecido em 1962, Pedro Roussef deixou de herança por volta de
Transportes; e a jornalista Helena Chagas para a Secretaria de 15 imóveis de valor.
Comunicação Social. De 1952 a 1954, cursou a pré-escola no colégio Isabela
Em 15 de dezembro, mais quatro ministros foram anunciados: Hendrix e a partir de 1955 iniciou o ensino fundamental no
Antonio Patriota para o Ministério das Relações Exteriores; Colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte. Em 1964, ela
prestou concurso e ingressou no Colégio Estadual Central (atual
Nélson Jobim, já confirmado anteriormente, para o Ministério da
Escola Estadual Governador Milton Campos), ingressando na
Defesa; Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, primeira série do clássico (ensino médio). Nessa escola pública
Indústria e Comércio Exterior; e Aloizio Mercadante para o o movimento estudantil era ativo, especialmente por conta do
Ministério da Ciência e Tecnologia. No dia seguinte, outros três recente golpe militar. De acordo com ela, foi nesta escola que
ministros foram apresentados: Fernando Haddad para o Ministério ficou “bem subversiva” e que percebeu que o mundo não era
da Educação, Carlos Lupi para o Ministério do Trabalho e Izabella para “debutante”, iniciando sua educação política. Ainda em
Teixeira para o Ministério do Meio Ambiente. 1964, ingressou na Política Operária (POLOP), uma organização
No dia 20 de dezembro, Dilma oficializou mais sete nomes: fundada em 1961, oriunda do Partido Socialista Brasileiro, onde
Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde; Ana de Hollanda militou ao lado de José Aníbal. Seus militantes logo viram-se
para o Ministério da Cultura; Tereza Campello para o Ministério do divididos em relação ao método a ser utilizado para a implantação
Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Mário Negromonte do socialismo: enquanto alguns defendiam a luta pela convocação
para o Ministério das Cidades; Luiza Helena de Bairros para a de uma assembleia constituinte, outros preferiam a luta armada.
Dilma ficou com o segundo grupo, que deu origem ao Comando
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial;
de Libertação Nacional (COLINA). Para Apolo Heringer, que foi
Orlando Silva de Jesus Júnior para o Ministério do Esporte; e Luís dirigente do COLINA em 1968 e havia sido professor de Dilma
Inácio Adams para a Advocacia Geral da União. na escola secundária, a jovem fez opção pela luta armada depois
No dia 21 de dezembro, mais cinco ministros foram que leu Revolução na Revolução, de Régis Debray, um francês
apresentados: Fernando Bezerra Coelho para o Ministério da que havia se mudado para Cuba e ficara amigo de Fidel Castro.
Integração Nacional; General José Elito Carvalho para o Gabinete Segundo Heringer, “O livro incendiou todo mundo, inclusive a
de Seguranç Institucional; Luiz Sérgio para a Secretaria de Relações Dilma”.
Institucionais; Leônidas Cristino para a Secretaria Especial de Foi nessa época que conheceu Cláudio Galeno de Magalhães
Portos; e Jorge Hage para a Controladoria-Geral da União. Os dois Linhares, cinco anos mais velho, que também defendia a luta
últimos membros da equipe ministerial foram conhecidos em 22 de armada. Galeno ingressara na POLOP em 1962, havia servido no
dezembro: Afonso Florence para o Ministério do Desenvolvimento Exército, participara da sublevação dos marinheiros por ocasião
Agrário e Iriny Lopes para a Secretaria Especial de Políticas para do golpe militar e fora preso na Ilha das Cobras. Casaram-se em
as Mulheres. 1967, apenas no civil, depois de um ano de namoro.
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O sítio oficial da Casa Civil informava erroneamente que Comunicações, sustentada pela influência de Carlos Araújo e seu
Dilma era mestre em teoria econômica pela Unicamp e, também, grupo político[45]. Permaneceu no cargo até final de 1994, época
doutoranda em economia monetária e financeira pela mesma em que seu relacionamento com Araújo chegou ao fim, abalado
universidade. Na Plataforma Lattes, Dilma estava identificada pela descoberta da gravidez da mãe de Rodrigo, nascido em 1995.
como mestra, com título obtido em 1979, e doutoranda em Depois reconciliaram-se e permaneceram juntos até 2000, quando
ciências sociais aplicadas desde 1998. Conforme as informações Dilma foi morar só em um apartamento alugado.
da Unicamp, Dilma cumpriu os créditos (cursara as disciplinas Em 1995, terminado o mandato de Alceu Collares, Dilma
e demais requisitos) referentes aos cursos, mas não defendeu as afastou-se dos cargos políticos e retornou à FEE, passando a ser
teses, não obtendo assim os títulos. A assessoria de imprensa da editora da revista Indicadores Econômicos. Foi nesse intervalo que
Casa Civil reconheceu que havia informado errado a titulação ela se matriculou oficialmente no curso de doutorado da Unicamp,
da ministra, corrigindo-a, primeiro, para “cursou mestrado e em 1998. Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para
doutorado pela Unicamp” e, após, para “foi aluna de mestrado e o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma
doutorado em ciências econômicas pela Unicamp, onde concluiu retornou à Secretaria de Minas e Energia.
os respectivos créditos”. O PDT ganhara alguns cargos no primeiro escalão, mas
A assessoria de imprensa informa que Dilma foi, realmente, Leonel Brizola entendia que seu partido tinha pouco espaço no
aluna do curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado) em governo, administrando parcela ínfima do orçamento. Por não
ciências econômicas naquela instituição entre março de 1978 conseguirem mais espaço, os pedetistas foram pressionados a
e julho de 1983, havendo cumprido os créditos exigidos, mas entregar seus cargos. A composição da chapa para a prefeitura de
não tendo defendido a dissertação, pois assumira a Secretaria Porto Alegre nas eleições de 2000 acentuou a briga entre os dois
Municipal da Fazenda de Porto Alegre. O doutorado também partidos, pois o PDT indicava Alceu Collares e o PT, Tarso Genro.
não teria sido concluído por ter ela assumido outro cargo político Dilma defendeu a manutenção da aliança que elegera Olívio Dutra
(ocupou a Secretaria de Minas, Energia e Comunicações do Rio e apoiou a candidatura de Tarso Genro, por não aceitar “alianças
Grande do Sul de 1999 a 2002 e em seguida foi nomeada Ministra neoliberais e de direita”, mesmo já tendo defendido a aliança com
de Minas e Energia). Marchezan, da ditadura militar, na eleição de 1986. Genro venceu
Collares no segundo turno e Dilma filiou-se ao PT.
Carreira Política Na sua gestão na Secretaria de Minas e Energia do governo
Com o fim do bipartidarismo, participou junto com Carlos Dutra, a capacidade de atendimento do setor elétrico subiu 46%,
Araújo dos esforços de Leonel Brizola para a recriação do Partido
com um programa emergencial de obras que reuniu estatais e
Trabalhista Brasileiro (PTB). Após a perda da sigla para o grupo
empresas privadas. Em janeiro de 1999, Dilma viaja a Brasília e
de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático
alerta as autoridades do setor elétrico de que, sem investimentos
Trabalhista (PDT). Araújo foi eleito deputado estadual em 1982,
em geração e transmissão de energia, os cortes que o Rio Grande
1986 e 1990. Foi, também, por duas vezes, candidato a prefeito
do Sul enfrentara no início de sua gestão ocorreriam no resto do
de Porto Alegre, perdendo para os petistas Olívio Dutra, em 1988,
país. Na crise do apagão elétrico no final do governo Fernando
e Tarso Genro, em 1992. Dilma conseguiu seu segundo emprego
Henrique Cardoso, os três estados da Região Sul não foram
na primeira metade dos anos 1980 como assessora da bancada do
atingidos, não sendo imposto qualquer racionamento, pois
PDT na assembleia legislativa do Rio Grande do Sul.
Araújo e Dilma dedicaram-se com afinco na campanha de não houve estiagem na região. Ainda assim, houve economia
Alceu Collares à prefeitura de Porto Alegre, em 1985, sendo que voluntária de energia e Dilma tentou obter compensação, como se
em sua casa foi preparada grande parte da campanha e do programa concedia nas demais regiões. O governo federal não cedeu e Dilma
de governo. Eleito prefeito, Collares a nomeou titular da Secretaria conseguiu contemporizar junto à iniciativa privada gaúcha.
Municipal da Fazenda, seu primeiro cargo executivo. Collares Os assuntos relacionados à área de minas e energia na
reconhece a influência de Araújo na indicação, mas ressalta que, plataforma do candidato Lula eram discutidos em reuniões
para isso, certamente também contribuiu a competência de Dilma. coordenadas pelo físico e engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa.
Na campanha do pedetista Aldo Pinto para o governo do Este, como Ildo Sauer, outro destaque do grupo, era totalmente
estado em 1986, Dilma foi uma grande assessora. O candidato contrário às privatizações no setor, que, em sua visão, eram as
a vice na chapa era Nelson Marchezan, um dos mais destacados responsáveis pelos problemas energéticos que o país passava.
civis apoiadores da ditadura militar. Convidada por Pinguelli a participar do grupo em junho de
Dilma permaneceu à frente da Secretaria da Fazenda até 2001, Dilma chegou tímida para integrar uma equipe com vários
1988, quando se afastou para se dedicar à campanha de Araújo à professores, mas logo se sobressaiu com sua objetividade e bom
prefeitura de Porto Alegre. Foi substituída por Políbio Braga. conhecimento do setor. Para todos no grupo, contudo, era evidente
A derrota de Araújo na candidatura a prefeito alijou o PDT que Pinguelli seria o ministro de Minas e Energia, caso Lula
dos cargos executivos. Em 1989, contudo, Dilma foi nomeada vencesse a eleição em 2002.
diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, mas acabou Foi grande a surpresa quando Lula, eleito, escolheu Dilma
sendo demitida do cargo pelo presidente da casa, vereador Valdir para titular da pasta. Teria pesado muito a simpatia que Antonio
Fraga, porque chegava tarde ao trabalho. Palocci nutria por Dilma, reconhecendo que teria trânsito muito
Em 1990, Alceu Collares foi eleito governador, indicando mais fácil junto ao setor privado do que Pinguelli, além de ter
Dilma para presidente da Fundação de Economia e Estatística apoiado a Carta aos Brasileiros, concordando com as mudanças no
(FEE), na qual ela estagiara na década de 1970. Permaneceu ali até partido. Olívio Dutra diz que também foi consultado e elogiou os
fim de 1993, quando foi nomeada Secretária de Energia, Minas e méritos técnicos de sua secretária de Minas e Energia.
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Didatismo e Conhecimento
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ATUALIDADES
Sua gestão no ministério foi marcada pelo respeito aos contratos não sendo possível supor que seja um programa que dê retorno
da gestão anterior, como pelos esforços em evitar novo apagão e financeiro. No governo anterior, havia sido lançado o programa
pela implantação de um modelo elétrico menos concentrado nas “Luz no Campo”, com o objetivo de incentivar o agronegócio
mãos do Estado, diferentemente do que queriam Luiz Pinguelli e prevendo o custeio pelo beneficiário, sendo que o programa
Rosa e Ildo Sauer. Quanto ao mercado livre de energia, Dilma não governamental propunha-se a financiar o custo. A meta daquele
só o manteve como o ampliou. José Luiz Alquéres, presidente da programa anterior era atender um milhão de famílias, mas, até
Light, elogia o modelo implantado por Dilma, que está ajudando o o início de 2003, pouco mais da metade haviam sido atendidas.
segmento, criticando apenas a demora, que na sua visão é culpa da Conforme Dilma, o programa anterior só obteve resultados
máquina governamental. Convicta de que investimentos urgentes nos estados onde os governos locais subsidiaram a população.
em geração de energia elétrica deveriam ser feitos para que o país Defendeu, então, um programa altamente subsidiado pelo
não sofresse um apagão já em 2009, Dilma travou um sério embate governo, que não deveria apenas financiar, mas custear e suportar
com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendia o efetivamente tal universalização. O subsidio em questão deveria
embargo a várias obras, preocupada com o desequilíbrio ecológico ser expressa e unicamente para o consumidor final, destinatário do
que poderiam causar. José Dirceu, então ministro-chefe da Casa programa, e não para as empresas.
O programa foi lançado em novembro de 2003, com o nome
Civil, teve que criar uma equipe de mediadores entre as ministras
“Luz Para Todos”, concentrado em beneficiar regiões de baixo
para tentar resolver as disputas.
índice de desenvolvimento humano e famílias com renda até
Amigo de Lula, Pinguelli foi nomeado presidente da
três salários mínimos. A meta do programa era atender, até 2008,
Eletrobras e protagonizou grandes divergências com a ministra, dois milhões de famílias. Em abril de 2008, o governo ampliou o
chegando a colocar o cargo à disposição. Ironizava as oscilações de programa para até 2010, de modo a beneficiar mais 1,17 milhão de
humor de Dilma: “Essa moça formata o disquete a cada semana.” famílias. Em outubro de 2008, Dilma reconheceu que o governo
Pinguelli por fim deixou o governo. Mauricio Tolmasquim, que não conseguiria cumprir a meta em tempo, e ainda restariam 100
na equipe de transição tinha uma visão do setor mais próxima a mil famílias para serem atendidas em 2009. A Região Nordeste
de Dilma, foi convidado por ela para ser o secretário-executivo concentrou 49% das ligações do programa, que representou, de
do ministério. Declarou que à medida que foram se conhecendo janeiro de 2005 a maio de 2008, 37,8% de todas as novas ligações
melhor, Dilma passou a gritar de vez em quando com ele: “É o elétricas na região, fazendo com que o Nordeste pela primeira vez
jeito dela. Não é pessoal. E em cinco minutos fica tudo bem.» ultrapassasse a Região Sul no consumo de energia elétrica.
Ildo Sauer também desentendeu-se com a ministra, que rechaçara Como ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff tinha o
suas ideias sobre um modelo estatizante. Com efeito, ao assumir apoio de dois dos principais ministros do governo Lula: Antonio
a direção de gás e energia da Petrobras, divergiu, assim como o Palocci e José Dirceu. Quando Dirceu saiu do ministério devido
presidente da empresa, Sergio Gabrielli, várias vezes da ministra, ao escândalo do mensalão, ao invés de ela ficar enfraquecida,
sendo necessário até mesmo a intervenção de Lula. Sauer deixou a novamente Lula surpreendeu escolhendo-a para a chefia da Casa
empresa em 2007. Ainda sobre questões de energia, também teve Civil. Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente, diz
desentendimentos com a ministra o ex-deputado federal Luciano que Dilma chamou a atenção de Lula pela coragem de encarar
Zica. Para ele, «a Dilma é a pessoa mais democrática do mundo, situações difíceis e pela capacidade técnica. Franklin Martins,
desde que se concorde 100% com ela”. ex-guerrilheiro a se tornar ministro, afirmou que Lula teria ficado
Ao assumir o ministério, Dilma defendeu uma nova política muito impressionado com a gestão de Dilma nas Minas e Energia,
industrial para o governo, fazendo com que as compras de evitando um outro apagão: “Lula percebeu que ela fazia as coisas
plataformas pela Petrobras tivessem um conteúdo nacional mínimo, andarem.” E evitaria a disputa entre Palocci e Dirceu para sucedê-
com o que poderiam gerar cerca de 30 mil novos empregos no lo, já que Dilma não tinha essa ambição, era nova no partido e, por
país. Argumentou que não era possível que uma obra de 1 bilhão não pertencer a nenhuma ala, transitava por todas. Dilma revelou
de reais não fosse feita no Brasil. As licitações para as plataformas a Gilberto Carvalho que a indicação para a Casa Civil foi surpresa
P-51 e P-52 foram, assim, as primeiras no país a exigir um conteúdo muito maior do que quando fora indicada para a pasta de Minas e
nacional mínimo. Houve críticas à exigência, sob o fundamento de Energia. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), disse que, desde
que Dilma assumiu o ministério, “a seriedade está se impondo”
que isso aumentaria os custos da Petrobrás, mas Dilma defendeu
na Casa Civil.
a capacidade do país de produzir navios e plataformas, afirmando
O Consulado dos EUA em São Paulo encaminhou ao
que a nacionalização, que variava entre 15 e 18%, subira a mais de
Departamento de Estado, logo após a posse de Dilma na
60%. Lula reconheceu que, visto apenas sob a óptica da empresa, Casa Civil, dossiê detalhado, traçando seu perfil, o passado
o custo foi maior, entretanto não se deveria mirar apenas o custo de guerrilheira, gostos e hábitos pessoais e características
imediato, mas também o fortalecimento da ciência e tecnologia profissionais, descrevendo-a como técnica prestigiada e detalhista,
nacionais. Assim, em 2008, a indústria naval passou a empregar com fama de workaholic e com grande capacidade de ouvir, mas
40 mil pessoas, marca extraordinariamente superior comparada com falta de tato político, dirigindo-se às vezes, conforme relato
às 500 pessoas empregadas em meados da década de 1990, fato de assessor graduado, diretamente aos técnicos, em lugar de aos
que seria decorrente da exigência de nacionalização, e que levou seus superiores.
a indústria naval à condição de sexta maior do mundo em 2009. Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, surgido em
Dilma propôs acelerar as metas de universalização do acesso janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão
à energia elétrica, que tinha como prazo final 2015, de modo que da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde
mais 1,4 milhão de domicílios rurais viessem a ser iluminados até Ribeiro, a oposição entrou com pedido para a instalação de uma
2006. Argumentou que a universalização era uma meta de inclusão Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais
social, devendo fazer parte de programas como o Fome Zero, aprofundadas.
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Didatismo e Conhecimento
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ATUALIDADES
Em 22 de março de 2008, uma reportagem da Revista Veja Dilma se considera pró-vida, e apoia o aborto apenas em
afirmou que o Palácio do Planalto montara dossiê detalhando gestações que põem em risco a vida da mãe ou são o resultado
gastos da família Fernando Henrique Cardoso. A matéria diz que de estupro, casos em que a legislação brasileira atual permite às
os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição mulheres interromper a gravidez. Seus atuais pontos de vista têm
na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência sido criticados por setores da Igreja Católica brasileira e de outros
de um tal dossiê, apresentando, no intervalo de quinze dias, três grupos religiosos, devido ao seu passado para apoiar a legalização
versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela do aborto. Foi também um dos principais alvos de críticas por
imprensa. Em 28 de março, o jornal Folha de São Paulo publicou parte de campanha de José Serra, bem como pela revista Veja, que
uma reportagem afirmando que a secretária-executiva da Casa destacou numa de suas reportagens a mudança das posições de
Civil, Erenice Alves Guerra, dera a ordem para a organização do Dilma em relação ao aborto.
dossiê. Em entrevista coletiva de 4 de abril, Dilma reconheceu Quando perguntada sobre o processo penal do goleiro do
a feitura do banco de dados, mas descartou qualquer conotação Flamengo Bruno Fernandes de Souza, acusado de assassinar sua
política pertinente. Disse que o vazamento de informações e ex-namorada Eliza Samudio, Rousseff declarou que era contra
papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna a pena de morte. De acordo com ela, se a pena de morte fosse
iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu realmente útil, não haveriam mais crimes hediondos nos Estados
investigar o caso. Unidos, onde alguns estados apoiam a pena.
Em 7 de maio, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Dilma opõe-se ao casamento gay, mas o apoia a união civil
Senado Federal, respondeu questões relativas ao “dossiê”. entre pessoas do mesmo sexo. Segundo ela, “o casamento é uma
As investigações da PF concluíram que o responsável pelo questão religiosa. Eu, como indivídua, nunca diria o que uma
vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, religião deve fazer ou não. Temos que respeitá-los.” Sobre a união
então subordinado de Erenice Guerra, então secretária-executiva civil entre pessoas do mesmo sexo, Dilma Rousseff disse que a
de Dilma Rousseff e posteriormente sua sucessora na Casa Civil. base dos direitos civis deve ser reconhecida de uma maneira civil.
Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Ela também se opõe à legalização das drogas ilegais, afirmando
Dias, André Fernandes, confirmando que o dossiê existiu. que “o Brasil hoje é incapaz de propor a descriminalização de
qualquer droga.”
Caso Varig Como membra do Partido dos Trabalhadores, um partido que
Em junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional se diz social-democrata e que se opõe à política da Terceira via,
de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal Rousseff é contra as privatizações e o neoliberalismo. Contudo,
O Estado de S. Paulo, que a Casa Civil favoreceu a venda da declarou que é favorável à concessão da iniciativa privada e à
VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e construção de novas usinas e estradas quando é mais barato fazê-
aos três sócios brasileiros. las mediante subsídios do que por obras públicas. Ela também se
Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações comprometeu a aprofundar os programas sociais popularizados ou
feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma inaugurados com o governo Lula, dizendo que, sob seu governo,
Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a “o Brasil continuará a crescer, com inclusão social e mobilidade”.
pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e
da Varig. Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos
que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco
Antônio Audi, Luís Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar ANOTAÇÕES
a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20%
do capital das companhias aéreas.
Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou
nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.
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Programa de Aceleração do Crescimento ——————————————————————————
Dilma Rousseff é considerada pelo governo a gerente do
Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Lula também ——————————————————————————
a chamou de “mãe” do PAC, designando-a responsável pelo ——————————————————————————
programa em todo o país e informando que a população deve
cobrar dela o andamento das obras. Quanto ao ritmo das obras, ——————————————————————————
Dilma alegou que o país não tem o elevado grau de eficiência da ——————————————————————————
Suíça, mas tem conseguido acelerar os maiores projetos.
Entre 1995 e 1996, quando estava afastada de suas atividades ——————————————————————————
em cargos públicos, Dilma teve uma curta experiência como ——————————————————————————
micro-empresária.
——————————————————————————
Outras Posições
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Entre 1995 e 1996, quando estava afastada de suas atividades
em cargos públicos, Dilma teve uma curta experiência como ——————————————————————————
micro-empresária.
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Didatismo e Conhecimento
Matemática
Z_* = {..., -5, -4, -3, -2, -1} Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em
Z, tal que
z + (–z) = 0
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro 9 + (–9) = 0
a distância ou afastamento desse número até o zero, na
reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |.
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de
zero, é sempre positivo.
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos
Didatismo e Conhecimento
Matemática
EXERCÍCIOS RESPOSTAS
1. Calcule a soma:
a) (+11) + 0 = g) (–22) + (+34) = 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
b) 0 + (–13) = h) (+49) + (–60) = a)+11 a)+4 a)-22 31 R$ Perdeu 44 0 sim -30
c) (+28) + (+2) = i) (–130) + (–125) = b)-13 b)-4 b)-90 7.600,00 R$ a.C. graus
c)+30 c)+7 c)+34 16,00
d) (–34) + (–3) = j) (+49) + (+121) = d)-37 d)+6 d)-39
e) (–8) + (–51) = k) (+820) + (–510) = e)-59 e)-15
f) (+21) + (+21) = l) (–162) + (–275) = f)+42 f)+2
g)+12
h)-11
2. Determine o número inteiro que se deve colocar no i)-255
lugar de x para que sejam verdadeiras as igualdades: j)+170
k)+310
a) x + (+9) = +13 d) x + (–3) = +3 l)-437
b) x + (–6) = –10 e) x + (+7) = –8
c) x + (–7) = 0 f) (–20) + x = –18
SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS
3- Sabe-se que a = –73, b = +51 e c = –17. Nessas
condições, calcule o valor de:
A subtração é empregada quando:
a) a + b c) b + c
b) a + c d) a + b + c
· Precisamos tirar uma quantidade de outra
4. Numa olimpíada de matemática, uma turma quantidade;
ganhou 13 pontos na primeira fase e 18 na segunda. · Temos duas quantidades e queremos saber quanto
Usando a adição de números inteiros, calcule quantos uma delas tem a mais que a outra;
pontos essa turma ganhou. · Temos duas quantidades e queremos saber quanto
falta a uma delas para atingir a outra.
5. Caio tem R$ 3.600,00 na sua conta bancária. Se
ele fizer um depósito de R$ 4.000,00, como ficará o seu A subtração é a operação inversa da adição.
saldo? Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
diferença
6. Em um programa de perguntas e respostas, a
cada resposta correta Carlos, recebia R$ 20,00 do subtraendo
apresentador do programa. Porém, a cada resposta minuendo
errada, pagava R$ 22,00. De 100 perguntas, Carlos Considere as seguintes situações:
acertou 52. Ele ganhou ou perdeu dinheiro? Quantos
reais? 1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião
7. Sabe-se que Júlio César, famoso conquistador passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação
e cônsul romano, nasceu no ano 100 a.C. e morreu, da temperatura?
assassinado, com a idade de 56 anos. Em que ano Júlio Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6)
César morreu? – (+3) = +3
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião,
8. Os números a e b são inteiros. Se a e b são opostos, durante o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura
quanto dá a adição a + b? baixou de 3 graus. Qual a temperatura registrada na
noite de terça-feira?
9. Os números a e b são inteiros positivos. É correto Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
afirmar que a + b é um número positivo? (–3) = +3
10. Na atmosfera, a temperatura diminui cerca de 1 Se compararmos as duas igualdades, verificamos
grau a cada 200m de afastamento da superfície terrestre. que (+6) – (+3) é o mesmo que (+5) + (–3).
Se a temperatura na superfície é de +20 graus, qual será
a temperatura na atmosfera a uma altura de 10 km?
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Temos: c) x – (–2) = 6
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 d) x + (–9) = –12
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3 e) –32 + x = –50
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 f) 0 – x = 8
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros 9. A tabela a seguir refere-se ao movimento bancário
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do da conta corrente de minha amiga Cláudia, no período
segundo. de 10 a 15 de fevereiro:
Dia Histórico Débito Crédito Devolução
EXERCÍCIOS 10/02 Saldo Anterior -120,00
11/02 Cheque 45,00 a)
1. Numa adição, uma das parcelas é 148 e a soma é
12/02 Depósito 200,00 b)
301. Qual é a outra parcela?
13/02 IOF* 1,00 c)
2. Numa subtração, o subtraendo é 75 e a diferença 14/02 Cheque 123,00 d)
é 208. Qual é o minuendo? 15/02 Depósito 150,00 e)
* IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
3. Dê o valor do número natural representado pela
letra x.
Cabe a você encontrar o saldo bancário de Cláudia
a) x – 155 = 45 b) x – 420 = 0
dia a dia.
4. Dona Noêmia, a bibliotecária da escola, organizou
um quadro com o movimento de retirada e devolução 10. Qual a diferença prevista entre as temperaturas
dos 40 livros indicados para leitura da 5ª série. no Piauí e no Rio Grande do Sul, num determinado dia,
Movimento na biblioteca segundo as informações?
Dia Retirada Devolução
2ª feria 25 ---
3ª feria 12 ---
4ª feria --- 10
5ª feria 7 8
Dos livros indicados para a 5ª série, quantos estavam
na biblioteca no início da 6ª feira?
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Didatismo e Conhecimento
Matemática
5. Quais os dois números inteiros negativos cuja Sabemos que na divisão exata dos números
soma é –5 e cujo produto é +6? naturais:
7. A letra a representa um número inteiro e (+65) . Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a
(-12) . a = 0. Qual é o valor de a? divisão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
8. Qual é o produto de três números inteiros (–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)
consecutivos em que o maior deles é –10?
Logo: (–20) : (+5) = +4
9. Três números inteiros são consecutivos e o menor Considerando os exemplos dados, concluímos que,
deles é +99. Determine o produto desses três números. para efetuar a divisão exata de um número inteiro por
outro número inteiro, diferente de zero, dividimos o
10. Paulo pensou em dois números pares módulo do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
consecutivos. Multiplicou-os e obteve +168. Sabendo
que um deles é igual a –14, faça uma estimativa e, por • quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal,
tentativas, determine o outro. o quociente é um número inteiro positivo.
• quando o dividendo e o divisor têm sinais
diferentes, o quociente é um número inteiro negativo.
RESPOSTAS • a divisão nem sempre pode ser realizada no
conjunto Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5)
1 2 3 4 5 são divisões que não podem ser realizadas em Z, pois o
a) – 29 a) – 1 15 a) +1 –2 e –3
resultado não é um número inteiro.
b) – 18 b) 33 b) +9 • No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não
c) 24 c) – 189 c) 0 é associativa e não tem a propriedade da existência do
d) 14 d) 19 d) +11 elemento neutro.
e) – 18 e) 17
f) 38 f) 42 1- Não existe divisão por zero.Exemplo: (–15) : 0
g) – 1 não tem significado, pois não existe um número inteiro
h) 4 cujo produto por zero seja igual a –15.
6 7 8 9 10 2- Zero dividido por qualquer número inteiro,
+5 e –2 0 – 1320 999 900 –12 diferente de zero, é zero, pois o produto de qualquer
número inteiro por zero é igual a zero.
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0
c) 0 : (–1) = 0
EXERCÍCIOS
DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS
1. Calcule os quocientes:
a) 0 : (–91)
b) (+182) : (–14)
Dividendo divisor
c) (–216) : (–24)
0 quociente
d) (+486) : (–18)
e) (–490) : (–14)
dividendo : divisor = quociente f) (+900) : (–15)
quociente . divisor = dividendo g) (–828) : (+23)
h) (+1 120) : (–28)
i) (–1 488) : (+124)
Didatismo e Conhecimento
Matemática
RESPOSTAS
2. Identifique as sentenças verdadeiras:
a) O sinal do quociente de dois números inteiros é 1 2 3 4 5
positivo se o dividendo for positivo e o divisor zero. a) 0 d, e a) + 7 -4 –3
b) O sinal do quociente de dois números inteiros é b) – 13 b) – 36
negativo se o dividendo e o divisor tiverem o mesmo c) 9 c) – 7
sinal. d) – 27 d) + 156
c) O quociente de dois números inteiros é sempre e) 35 e) – 4 185
um número inteiro. f) – 60 f) + 432
g) – 36
d) O quociente de dois números inteiros é zero se o
h) – 40
dividendo for zero e o divisor for inteiro positivo. i) – 12
e) O sinal do quociente de dois números inteiros é
positivo se o dividendo e o divisor tiverem o mesmo 6 7 8 9 10
sinal. 0 a) 2 – 96 –6 + 738
b) – 2
3. Copie as igualdades substituindo o x por números c) – 4
inteiros de modo que elas se mantenham:
a) (–140) : x = –20
b) 144 : x = –4
c) (–147) : x = +21
d) x : (+13) = +12
e) x : (–93) = +45
f) x : (–12) = –36 Racionais
4. Sabendo que A = (–46 – 18) : (59 – 43), determine
o valor de A.
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
5. Sendo x = (–82 + 34 – 6) e y = (–9) . (51 – 53),
Frações com denominadores iguais:
qual é o valor de x : y?
Exemplo: Jorge comeu 38 de um tablete de chocolate e
6. Qual é o valor de B, se B = (–6 + 2 + 4 – 8 + 8) 2
Miguel 8 desse mesmo tablete. Qual a fração
: (+138)? do tablete de chocolate que Jorge e Miguel
7. Sabendo que a = (–25 + 18 – 72 + 49) : (–15) e b comeram juntos?
= (+24): (81 – 93 + 17 – 42 + 25), responda: A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela
a) Qual o valor de a? também estão representadas as frações do
b) Qual o valor de b tablete que Jorge e Miguel comeram:
c) Qual o valor do produto a . b?
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MULTIPLICAÇÃO Exemplo:
4 2 é a fração inversa de 3
Exemplo: De uma caixa de frutas, são bananas.
5 3 2
2 5
Do total de bananas,
3
estão estragadas. Qual é a 5 ou é a fração inversa de 1
1 5
fração de frutas da caixa que estão estragadas?
Considere a seguinte situação:
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2
9. Num dia, um pintor pinta de um muro. No Sendo que Q ∩ I = , pois se um número é
5
racional ele não é irracional e vice-versa.
dia seguinte, pinta mais 51 metros do muro. Desse
7 Sabemos que N Z Q
modo, pintou do muro todo. Quantos metros tem
o muro? 9
3
10. Um aluno escreve do total de páginas de
8
seu caderno com tinta azul e 58 páginas com tinta
7
vermelha. Escreveu, dessa maneira, do total
9
de páginas do caderno. Quantas páginas possui o
caderno?
RESPOSTAS
Alem desses subconjuntos, o conjunto dos reais
1 2 3 4 5 tem mais alguns importantes subconjuntos:
Baltazar José 45 anos 135 350 cards 200
30 anos Maria 25 feirantes páginas R* ----- conjunto dos números reais não nulos.
Artur 12 anos 3º menino R+ ----- conjunto dos números reais positivos e o zero.
anos 100 cards
R*+ -- conjunto dos números reais positivos.
6 7 8 9 10 R - ---- conjunto dos números reais negativos e o zero.
120 de Total 70 km Gabriela 135 144 R*- --- conjunto dos números reais negativos menos o
ouro 28 anos metros páginas zero.
4ª etapa
50 de 10 km Lúcia
bronze 21 anos
NUMERAÇÃO DECIMAL
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Reais
Vamos calcular o valor da seguinte soma:
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11
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12
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ÁREAS DAS PRINCIPAIS FIGURAS PLANAS 4. Para medir áreas de sítios e fazendas, usam-se
• Área de um retângulo: medida da base x medida o hectare e o alqueire, que não pertence ao sistema
da altura ou A = b.h métrico. Há vários tipos de alqueire. O alqueire paulista,
• Área de um quadrado: medida do lado x medida por exemplo, tem 24 200 m².
a) Um alqueire paulista equivale a quantos hectares?
do lado ou A = 1.1 b) Quantos alqueires paulistas, aproximadamente,
• Área de um triângulo: medida da base x medida da cabem em 1 km²?
b.h
altura, dividido por 2 A = 5. Imagine um ônibus que viaja com velocidade
2 constante e percorre 400 km em 5 h.
• Área de um losango: medida da diagonal maior x a) Em quantas horas ele percorre 100 km?
a medida da diagonal menor, dividido por 2 b) Em quantas horas e minutos ele percorre 100 km?
c) Qual é a velocidade do ônibus em quilômetros
d M .d m horários?
A=
2 d) Quantos quilômetros ele percorre por minuto?
• Área de um trapézio: medida da base maior + 6. Lurdes é pianista. Veja seus horários de estudo na
medida da base menor x a medida da altura, dividido última semana
Dia 2ª f 3ª f 4ª f 5ª f 6ª f sáb. dom.
(bM + bm ).h
Início 13h 12h45min 13h20min 12h50min 14h10min 11h 15h
Término 18h 18h15min 19h40min 17h15min 20h 16h 18h30min
por 2. A=
2 a) Quantas horas ela estudou durante a semana?
b) Quantas horas ela estudou, em média, por dia?
7. Sabendo que x = 23º12” e y = 12. x, calcule y.
EXERCÍCIOS 8. Que relação existe entre as unidades do sistema
1. Tratando-se da medida de uma grandeza, nota-se métrico decimal e:
que poucas unidades de medida “grandes” equivalem a) a polegada? b) o alqueire paulista?
a muitas unidades “pequenas”. Por exemplo, poucos c) a arroba?
litros valem muitos mililitros. Assim, para passar de 9. As bases de um trapézio medem 7,3 cm e 12,2
litros para mililitros, multiplicamos por 1 000 o número cm. Qual deve ser a medida da altura para que sua área
que expressa a medida: 2,5 l = 2 500 ml. Substitua o seja 62,4 cm²?
desenho (◙) pela equivalência.
a) 2,7 km = ◙ m d) 58,5 cm = ◙ m 10. Veja a medida do lado do quadrado.
b) 2 mg = ◙g e) 35 kg = ◙ t a) Qual é a área desse quadrado em quilômetros
c) 72 cm2 = ◙ mm2 f) 748 ml = ◙l quadrados?
b) Qual é essa área em metros quadrados?
2. Quando tratamos de velocidade, aparecem juntos c) Complete: 1 km² = ? m².
o sistema métrico e o sistema hora-minuto-segundo.
a) Um automóvel viaja a uma velocidade de 60
km/h. Quantos metros ele percorre por minuto? E por
segundo?
b) Um avião atingiu a velocidade de cruzeiro de 15 1 km = 1 000m
km/min. Em quanto tempo ele percorre 400 km?
REPOSTAS
1 2 3 4 5
3. A área do território brasileiro é, aproximadamente, a) 2 700 m a) 1 000 m; 16,6 m a) 8,5. 1012 m² a) 2,42 ha a) 1,25 h
8 500 000km². b) 0,002 g
2
b) 5 ha b) 41,3 b) 1h15min
c) 7 200 mm² c) 80 km/h
a) Qual é essa área em metros quadrados? Responda d) 0,585 m
b) 26
26
3
min = 26 min 40s
d) 1,33 km
usando notação científica. e) 0,035 t
f) 0,748 l
b) O Brasil tem, aproximadamente, 1,7 x 108 6 7 8 9 10
13
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Exemplo: Achar o mdc entre 300 e 504. mmc (18, 120) = 23 . 32 . 5 = 8 . 9 . 5 = 360
14
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15
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Exemplo: Uma sala tem 18 m2. Um tapete que A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo
ocupar o centro dessa sala mede 384 dm2. Vamos médio.
calcular a razão entre a área do tapete e a área da sala. A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas acompanhar a razão.
em uma mesma unidade: Exemplo 4: Uma sala tem 8 m de comprimento.
Esse comprimento é representado num desenho por 20
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2
cm. Qual é a escala do desenho?
Área do tapete: 384 dm2 Escala =
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos comprimento no desenho 20cm 20cm 1
= = = ou 1:40
escrever a razão: comprimento real 8 m 800cm 40
384dm2 384 16 A razão entre um comprimento no desenho e o
2 = =
1800dm 1800 75 correspondente comprimento real, chama-se Escala.
16
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6. (U.F. Santa Maria -RS) A velocidade média é Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao
definida como o quociente do espaço percorrido, em produto 5 x 6 = 30, o que caracteriza a propriedade
quilômetros, pelo tempo gasto para percorrê-lo, em fundamental das proporções:
horas. Um automóvel percorreu a distância entre duas
cidades, com velocidade média de 60 km/h e fez a “Em toda proporção, o produto dos meios é igual
viagem de regresso com velocidade média de 40 km/h. ao produto dos extremos”.
Então, pode-se afirmar que a velocidade média do
percurso total, ida e volta, foi de:
a) 48 km/h b) 50 km/h Exemplo 1:
c) 52 km/h d) 60 km/h e) 100 km/h 2 6
Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
3 9
7. (UFRS) Se a escala de um mapa é 5 por 2 500
000 e dois pontos no mapa à distância de 25 cm, ao e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16.
longo de uma rodovia, a distância real em km é: 4 2:16
Exemplo
a) 100 d) 200 Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a
b) 125 e) 250 c) 150 seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da
8. (ESPM-SP) Em um mapa verifica-se que a escala criança.
é 1 : 22 000 000. Duas cidades estão distantes de São Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é
Paulo, respectivamente, 4 e 6 cm. Se fosse feita uma dada por:
estrada ligando as três cidades, qual seria o mínimo de
extensão que ela teria? 5 gotas x
= x = 30 gotas
9. (UFRJ) Um automóvel de 4,5 m de comprimento 2 kg 12kg
é representado, em escala, por um modelo de 3 cm de
comprimento. Determine a altura do modelo que representa, Por outro lado, se soubermos que foram corretamente
na mesma escala, uma casa de 3,75 m de altura. ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir
10. (UFCE) Em um mapa cartográfico, 4 cm que seu “peso” é 8 kg, pois:
representam 12 km. Nesse mesmo mapa, 10 cm
representarão quantos quilômetros? 5 gotas
= 20 gotas/p p = 8kg
2 kg
RESPOSTAS
1 2 3 4 5 (nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é
comumente chamado de regra de três simples.)
x a c e a
6 7 8 9 10
b b 1320 2,5 cm 30 km Propriedades da Proporção:
km
• O produto dos extremos é igual ao produto dos
meios: essa propriedade possibilita reconhecer
quando duas razões formam ou não uma
proporção.
PROPORÇÃO
4 12
A igualdade entre duas razões recebe o nome de e formam uma proporção, pois
proporção.
3 9
36 36
17
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Þ{
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14 2. As áreas de dois terrenos estão uma para a outra
2
=
4 5
=
10
Þ =
5 10
assim como 2 está para 3. Determine a área de cada um,
sabendo-se que elas somam 360 m2.
ou 3. A diferença entre a idade de Ângela e a idadepara
de
Þ {5 +2 2 = 10 +4 4 Þ
Vera é 12 anos. Sabendo-se que suas idades estão uma
5 10 7 14
= = a outra assim como
5
, determine a idade de cada um
2 4 2 4
2
• A diferença entre os dois primeiros termos está
para o primeiro (ou para o segundo termo) assim 4. Divida R$ 72,00 entre duas pessoas de modo que
como a diferença entre os dois últimos está para a primeira e a segunda recebam quantias proporcionais
o terceiro (ou para o quarto termo). a 3 e a 5.
5. Um segmento de 78 cm de comprimento é
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2 4
= ⇒ = ⇒ = dividido em duas partes na razão de . Determine o
3 6 4 8 4 8 comprimento de cada uma das partes. 9
ou 6. (UFGO) Sabe-se que as casas do braço de um violão
diminuem de largura seguindo uma mesma proporção. Se
a primeira casa do braço de um violão tem 4 cm de largura
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ = e a segunda casa, 3 cm, calcule a largura da quarta casa.
3 6 3 6 3 6
7. (Ulbra–RS) Água e tinta estão misturadas na
razão de 9 para 5. Sabendo-se que há 81 litros de água
na mistura, o volume total em litros é de:
• A soma dos antecedentes está para a soma a) 45 b) 81 c) 85 d) 181 e) 126
dos conseqüentes assim como cada antecedente 8. Os números x e y são tais que x + y = – 105 e
está para o seu conseqüente x 5
= .
Þ {12+3
12 3 12 15 12 y 2
= = Þ = Os valores de x e y são:
8 2 8+2 8 10 8
ou a) –35 e –70 b) –175 e 70
c) 35 e –140 d) –30 e –75
12
8
=
3
2
Þ {12+3
8+2 2
3
= Þ
15 3
=
10 2 x y
9. Calcule x e y na proporção = , sabendo que
• A diferença dos antecedentes está para a x + y = 84. 5 2
diferença dos conseqüentes assim como cada 10. A diferença entre dois números é 65. Sabe-se
antecedente está para o seu conseqüente. que o primeiro está para 9 assim como o segundo está
para 4. Calcule esses números.
3
15
=
1
5
Þ {15-5
3-1 3
= Þ
15
2
=
3
10 15 RESPOSTAS
ou 1 2 3 4 5
x = 120 144 m 2
Ângela 20 R$27,00 24 cm
Þ {15-5
3 1 3-1 1 2 1 y = 30 216 m2 Vera 8 R$45,00 54 cm
= = Þ =
15 5 5 10 5
6 7 8 9 10
27/16 cm e d x = 60 117 e 52
y = 24
18
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19
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3500 p1 p
V= = 2500 V2 = V . (1 + ) . (1 – 2 )
1,4 100 100
p
V2 = V1 . (1 + 2 )
VA =
( 1. 15 .1000
100
VA = 1 000 . (1,15)n
)
100
VA = 1 000 . 1,15n
VA = 1 150,00n
p1 p
V2 = V . (1 + ) . (1 + 2 )
100 100 EXERCÍCIOS
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele 1. (Fuvest-SP) (10%)2 =
irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%. a) 100% b) 20% c) 5% d) 1% e) 0,01%
Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos: 2. Quatro é quantos por cento de cinco?
20
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mesmo sentido
RESPOSTAS Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
1 2 3 4 5 6 6x = 7 . 15 6x = 105
180 15
d 80% a) 33,33% d e =
b) 25%
2107 x 105
x= x = 17,5
6 7 8 9 10 6
c b c c a
Resposta: O carro gastaria 17,5 l de álcool.
21
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22
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8. Um trem percorre certa distância em 6 h 30 min, (máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha
à velocidade média de 42 km/h. Que velocidade deverá da coluna “dias”:
ser desenvolvida para o trem fazer o mesmo percurso em Máquinas Peças Dias
5 h 15 min? 8 160 4
9. Com 1,6 kg de frango compram-se 10 kg de 6 300 x
milho. Quantos quilos de frango são necessários para Sentidos contrários
se comprar 1 tonelada de milho? Agora vamos montar a proporção, igualando a
10. Uma torneira que despeja 15 l/min enche um 4 , com o produto das
tanque em 80 min. Uma outra torneira, despejando 25 l/ razão que contém o x, que é
min, em quanto tempo encheria esse tanque? x
outras razões, obtidas segundo a orientação das flechas
RESPOSTAS 6 160
. :
1 2 3 4 5 8 300
20 42,5 m/s 40 dias 90 km/h 2h15 min 1
caminhões 4 6 2 160 8
= .
6 7 8 9 10 x 81 30015
15 5
23
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24
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Exemplo1: Vamos determinar x e y, de modo que 4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em
as sucessões sejam diretamente proporcionais: 30 min.
2 8 y 6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em
3 x 21 20 min.
Observe agora as duas sucessões de números:
Como as sucessões são diretamente proporcionais, Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
as razões são iguais, isto é: Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20
2 8 y Nessas sucessões as razões entre cada termo da
= =
3 x 21
21 primeira sucessão e o inverso do termo correspondente
2 8 2 y
da segunda são iguais:
3 = x 3 = 21
1 2 4 6
2x = 3 . 8 3y = 2 . 21 = = = = 120
1 1 1 1
2x = 24 3y = 42
x= 2
24
y= 3
42 120 60
60 30
30 20
20
x = 12 y = 14
Dizemos, então, que:
Logo, x = 12 e y = 14 • os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente
proporcionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20;
Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, • o número 120, que é a razão entre cada termo da
Júlio, César e Toni formaram uma sociedade. Júlio primeira sucessão e o inverso do seu correspondente na
entrou com R$ 24.000,00, César com R$ 27.000,00 e segunda, é chamado fator de proporcionalidade.
Toni com R$ 30.000,00. Depois de 6 meses houve um Observando que
lucro de R$ 32.400,00 que foi repartido entre eles em 1
é o mesmo que 1 . 120 = 120
partes diretamente proporcionais à quantia investida. 1
Calcular a parte que coube a cada um. 120
20
Solução:
Representando a parte de Júlio por x, a de César por 4
y, e a de Toni por z, podemos escrever: é o mesmo que 4 . 30 = 120
x + y + z = 32400
1
3030
x y z
24000 = 27000 = 30000
2
32400
é o mesmo que 2 . 60 = 120
x y z x+ y+z 1
= = =
+
24000 27000 30000 24000 27000
+ 30000
60
60
81000
Resolvendo as proporções: 6
x 32400 4 y 4 z 4 é o mesmo que 6 . 20 = 120
= = = 1
24000 810001010 27000 110
0 3000 1010 20
20
10x = 96 000 10y = 108 000 10z = 120 000
podemos dizer que:
x = 9 600 y = 10 800 z = 12 000
Duas sucessões de números não-nulos são
Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$ inversamente proporcionais quando os produtos de cada
10.800,00 e Toni, R$ 12.000,00. termo da primeira sucessão pelo termo correspondente
Considere os seguintes dados, referentes à produção da segunda sucessão são iguais.
de sorvete por uma máquina da marca x-5:
1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que
min. as sucessões sejam inversamente proporcionais:
2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 4 x 8
60 min. 20 16 y
25
Didatismo e Conhecimento
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Para que as sucessões sejam inversamente Observe também que, duas a duas, as razões entre
proporcionais, os produtos dos termos correspondentes o número de dias e o número de sacos de açúcar são
deverão ser iguais. Então devemos ter: iguais:
4 . 20 = 16 . x = 8 . y 1 5000 1 5000 2 10000 2 10000 3 15000
= = = = =
16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20 2 10000 4 20000 3 15000 5 25000 5 25000
16x = 80 8y = 80
x = 80/16 y = 80/8 1 5000 1 5000 2 10000 3 15000 4 20000
= = = = =
3 15000 5 25000 4 20000 4 20000 5 25000
x=5 y = 10
Logo, x = 5 e y = 10.
Isso nos leva a estabelecer que:
Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4. Duas grandezas são diretamente proporcionais
Representamos os números procurados por x, y e quando a razão entre os valores da primeira é igual à
z. E como as sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser razão entre os valores da segunda.
inversamente proporcionais, escrevemos:
104
Tomemos agora outro exemplo.
x y z x y z x+ y+z Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina
= = = = = produz 70l de álcool.
1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + De acordo com esses dados podemos supor que:
2 3 4 2 3 4 2 3 4
104 104 104 1313 12
12 9696 • com o dobro do número de toneladas de cana, a
Como = =
1 1 1 6 + 4 + 3 1313
= 104 : = 104 8. 1 =
1212 1313 1 , vem: usina produza o dobro do número de litros de álcool,
+ +
2 3 4 12
12 1212 isto é, 140l;
x 9696 y 9696 z 9696 • com o triplo do número de toneladas de cana, a
= = = usina produza o triplo do número de litros de álcool,
1 1 1 1 1 1
isto é, 210l.
2 3 4
Então concluímos que as grandezas quantidade
1 1 1
x = 96
96 448
8
. y = 96
96 332
2
. z = 96
96 224
4
. de cana-de-açúcar e número de litros de álcool são
21 31 41 diretamente proporcionais.
x = 48 y = 32 z = 24 GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
Logo, os números procurados são 48, 32 e 24. Considere uma moto cuja velocidade média e
o tempo gasto para percorrer determinada distância
GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS encontram-se na tabela:
Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos
cinco primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte: Velocidade Tempo
Dias sacos De açúcar 30 km/h 12h
1 5 000 60 km/h 6h
2 10 000 90 km/h 4h
3 15 000 120 km/h 3h
4 20 000
Com base na tabela apresentada observamos que:
5 25 000 • duplicando a velocidade da moto, o número de
horas fica reduzido à metade;
Com base na tabela apresentada observamos que: • triplicando a velocidade, o número de horas fica
• duplicando o número de dias, duplicou a produção reduzido à terça parte, e assim por diante.
de açúcar; Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e
• triplicando o número de dias, triplicou a produção tempo são inversamente proporcionais.
de açúcar, e assim por diante.
Observe que, duas a duas, as razões entre os números
Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e que indicam a velocidade são iguais ao inverso das
produção são diretamente proporcionais. razões que indicam o tempo:
26
Didatismo e Conhecimento
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30 6 12
inverso da razão 6
60 4 6
inverso da razão 4 com R$ 30.000,00, José Antônio com R$ 36.000,00.
60 = 12 90 = 6 Depois de 4 meses tiveram um lucro de R$ 60.000,00,
30 4 12 60 3 6 que foi repartido entre eles. Quanto recebeu cada um?
90 = 12
inverso da razão 4 120 = 6
inverso da razão 3
(Nota: A divisão do lucro é diretamente proporcional à
30 3 12 90 3 4 quantia que cada um empregou.)
120 = 12
inverso da razão 3 120 = 4
inverso da razão 3 8. Leopoldo e Wilson jogam juntos na Sena e
acertam os seis números, recebendo um prêmio de R$
Podemos, então, estabelecer que: 750.000,00. Como Leopoldo participou com R$ 80,00
Duas grandezas são inversamente proporcionais e Wilson com R$ 70,00, o prêmio foi dividido entre eles
quando a razão entre os valores da primeira é igual ao em partes diretamente proporcionais à participação de
inverso da razão entre os valores da segunda. cada um. Qual a parte que coube a Wilson?
9. O proprietário de uma chácara distribuiu
Acompanhe o exemplo a seguir: 300 laranjas a três famílias em partes diretamente
Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 proporcionais ao número de filhos. Sabendo-se que as
dias. De acordo com esses dados, podemos supor que: famílias A, B e C têm respectivamente 2, 3 e 5 filhos,
• o dobro do número de máquinas realiza o mesmo quantas laranjas recebeu cada família?
trabalho na metade do tempo, isto é, 18 dias;
• o triplo do número de máquinas realiza o mesmo RESPOSTAS
trabalho na terça parte do tempo, isto é, 12 dias. 1 2 3 4 5
Então concluímos que as grandezas quantidade de a) x=3 a) x=5 80, 21, 45,
máquinas e tempo são inversamente proporcionais. y = 35 y = 10 32, 28, 150,
20 43 20
b) x =4 b) x =4
EXERCÍCIOS y = 30 y = 12
1. Calcule x e y nas sucessões diretamente c) x =6 c) x = 45
proporcionais: y = 15 y =6
1 x 7 x y 21
a) 5 15 y c) 14 35 49 D) x = 14 D) x =1
y = 21 y =3
5 10 y 8 12 20 6 7 8 9 10
b) x 8 24
d) x y 35
90 evanDro r$350.000,00 60, João
r$16.000,00 90, r$750.000,00
2. Calcule x e y nas sucessões inversamente 150
proporcionais: sanDro Paulo
4 x y 2 10 y r$20.000,00 r$500.000,00
a) 25 20 10 c) x 9 15
José antônio roberto
30 15 10 x y 2 r$24.000,00 r$400.000,00
b) x 8 y d) 12 4 6
3. Divida 132 em partes inversamente proporcionais
a 2, 5 e 8.
4. Reparta 91 em partes inversamente proporcionais
a 1, 1 e 1 .
3 4 6
5. Divida 215 em partes diretamente proporcionais
a 3, 5 e 1 .
4 2 3
6. Marcelo repartiu entre seus filhos Rafael (15
anos) e Matheus (12 anos) 162 cabeças de gado em
partes diretamente proporcionais à idade de cada um.
Qual a parte que coube a Rafael?
27
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Resolução
Se x for a média aritmética dos elementos do
conjunto (3, 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5
elementos, dividida por 5. Assim:
A média aritmética é 7.
MÉDIA ARITMÉTICA
SIMPLES E PONDERADA MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA
Definição
NOÇÃO GERAL DE MÉDIA A média dos elementos do conjunto numérico
A relativa à adição e na qual cada elemento tem um
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; “determinado peso” é chamada média aritmética
xn} e efetue uma certa operação com todos os elementos ponderada.
de A.
Se for possível substituir cada um dos elementos do Cálculo da média aritmética ponderada
conjunto A por um número x de modo que o resultado Se x for a média aritmética ponderada dos elementos
da operação citada seja o mesmo diz-se, por definição, do conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos”
que x será a média dos elementos de A relativa a essa P1; P2; P3; ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
operação.
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
MÉDIA ARITMÉTICA = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
(P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
Definição = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
A média dos elementos do conjunto numérico A e, portanto,
relativa à adição é chamada média aritmética.
n parcelas Conclusão
A média aritmética ponderada dos n elementos do
n . x = x1+ x2+ x3+ ... + xn e, portanto
conjunto numérico A é a soma dos produtos de cada
elemento multiplicado pelo respectivo peso, dividida
pela soma dos pesos.
Exemplo: Calcular a média aritmética ponderada
Conclusão dos números 35, 20 e 10 com pesos 2, 3, e 5,
A média aritmética dos n elementos do conjunto respectivamente.
numérico A é a soma de todos os seus elementos,
dividida por n. Resolução
Se x for a média aritmética ponderada, então:
28
Didatismo e Conhecimento
Matemática
c) 95%
29
Didatismo e Conhecimento
Matemática
30
Didatismo e Conhecimento
Matemática
2 8 153 8 10 R$ 26.770,00
100 frutas. O número de maça é do número de
3 enfermeiras R$ 53.540,00
17 médicos R$ 68.340,00
laranjas. Quantas maças e quantas laranjas há no
caixote?
EQUAÇÃO DE 2º GRAU
3 Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x
2
3. Num sítio, das aves correspondem a 39 toda equação da forma ax + bx + c = 0, em que a, b, c
4 são números reais e a ≠ 0.
galinhas. Qual o número de aves desse sítio? Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os
números reais expressos por a, b, c são chamados
4. Numa excursão ao Jardim Zoológico foram 84 coeficientes da equação:
2
alunos. Se o número de rapazes correspondia à sexta • a é sempre o coeficiente do termo em x .
parte do número de moças, quantos rapazes foram a • b é sempre o coeficiente do termo em x.
essa excursão? • c é sempre o coeficiente ou termo independente.
5. Se Luísa fosse 15 anos mais nova, a metade dessa Equação completa e incompleta:
idade seria 16 anos. Qual é a idade de Luísa? • Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
completa.
6. Qual é o número cujo triplo excede ele próprio Exemplos:
2
em 16 unidades? 5x – 8x + 3 = 0 é uma equação completa
(a = 5, b = – 8, c = 3).
2
7. A diferença entre o número de enfermeiras e o y + 12y + 20 = 0 é uma equação completa
número de médicos de um hospital é 136. O quociente (a = 1, b = 12, c = 20).
exato entre dois números é 9. Quantas são as enfermeiras
e quantos são os médicos? • Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do
2º grau se diz incompleta.
8. A soma do número de cadernos com o número de Exemplos:
2
livros de uma estante é 35 e a diferença entre eles é 19. x – 81 = 0 é uma equação incompleta
Se há mais cadernos, quantos são os livros? (a = 1, b = 0 e c = – 81).
2
10t +2t = 0 é uma equação incompleta
9. Um pai tem 40 anos e seu filho 15. Daqui a (a = 10, b = 2 e c = 0).
2
quantos anos a idade do pai será o dobro da idade do 5y = 0 é uma equação incompleta
filho? (a = 5, b = 0 e c = 0).
2
Todas essas equações estão escritas na forma ax
10. A compra de uma casa de R$ 148.650,00 foi + bx + c = 0, que é denominada forma normal ou
paga em três prestações. A segunda prestação foi o forma reduzida de uma equação do 2º grau com uma
dobro da primeira, e a terceira foi de R$ 14.800,00 a incógnita.
mais que a segunda. De quanto foi cada prestação? Há, porém, algumas equações do 2º grau que não
2
estão escritas na forma ax + bx + c = 0; por meio de
transformações convenientes, em que aplicamos o
princípio aditivo e o multiplicativo, podemos reduzí-las
RESPOSTAS a essa forma.
Exemplo: Pelo princípio aditivo.
1 2 3 4 5
39 60 e 40 52 12 47 2 1 x
− =
6 7 8 9 10 x 2 x−4
4.(x − 4 )− x(x − 4 ) 2x 2
=
2 x(x − 4 ) 2 x(x − 4 )
31
Didatismo e Conhecimento
Matemática
2
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x
4x – 16 – x2 + 4x = 2x
2 Neste caso, ∆ é igual a zero e ocorre:
2 2
– x + 8x – 16 = 2x
2 2
– x – 2x + 8x – 16 = 0 −b± ∆ −b± 0 −b±0 −b
2 x= = x= = =
– 3x + 8x – 16 = 0 2.a
Observamos, então, a 2 .a
existência de2.um
a único2avalor
Resolução das equações incompletas do 2º grau
real para a incógnita x, embora seja costume dizer que a
com uma incógnita.
2 equação tem duas raízes reais e iguais, ou seja:
• A equação é da forma ax + bx = 0.
2
x + 9 = 0 colocamos x em evidência
−b
x . (x – 9) = 0 x’ = x” =
x=0 ou x–9=0 2a
x=9 3º caso: é um número real negativo ( < 0).
Neste caso, ∆ não é um número real pois não há
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes
no conjunto dos números reais a raiz quadrada de um
da equação.
2 número negativo.
• A equação é da forma ax + c = 0.
Dizemos então, que não há valores reais para a
2 incógnita x, ou seja, a equação não tem raízes reais.
x – 16 = 0 Fatoramos o primeiro membro, que
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas
é uma diferença de dois quadrados.
serem duas ou uma única dependem, exclusivamente,
(x + 4) . (x – 4) = 0 2
do discriminante = b – 4.a.c; daí o nome que se dá
x+4=0 x–4=0
a essa expressão.
x=–4 x=4 2
Na equação ax + bx + c = 0
Logo, S = {–4, 4}.
• = b2 – 4.a.c
FÓRMULA DE BHASKARA • Quando ≥ 0, a equação tem raízes reais.
Usando o processo de Bhaskara e partindo da • Quando < 0, a equação não tem raízes reais.
equação escrita na sua forma normal, foi possível • > 0 (duas raízes diferentes).
chegar a uma fórmula que vai nos permitir determinar
• = 0 (uma única raiz).
o conjunto solução de qualquer equação do 2º grau de
maneira mais simples.
Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no
fórmula de Bhaskara. conjunto R.
temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
2
= b – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36
−b± ∆ >0
x=
2.a Como > 0, a equação tem duas raízes reais
diferentes, dadas por:
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real
vai depender do discriminante ; temos então, três −b± ∆ − (2 )± 336
6 −2±6
x= = =
casos a estudar. 2.a 2.(1) 2
1º caso: é um número real positivo (> 0).
Neste caso, ∆ é um número real e existem dois −2+6 4 − 2−6 −8
valores reais diferentes para a incógnita x, sendo x’ = = =2 x” = = = −4
2 2 2 2
costume representar esses valores por x’ e x”, que
constituem as raízes da equação.
EXERCÍCIOS
2
−b± ∆ −b+ ∆ −b− ∆ 1- (F. Porto-Alegrense-RS) Se x = – 4x, então:
x= x' = x '' = a) x = 2 ou x = 1 b) x = 3 ou x = – 1
2.a 2.a 2.a c) x = 0 ou x = 2 d) x = 0 ou x = – 4
2º caso: é zero ( = 0). e) x = 4 ou x = – 1
32
Didatismo e Conhecimento
Matemática
2
2- (Osec-SP) As raízes reais da equação 1,5x + SISTEMAS LINEARES
0,1x = 0,6 são:
INTRODUÇÃO
2 3 2 O estudo dos sistemas de equações lineares é de fundamental
a) e1 b) e importância em Matemática e nas ciências em geral. Você
5 5 3 prova¬velmente já resolveu sistemas do primeiro grau, mais
3 2 precisamente aqueles com duas equações e duas incógnitas.
c) − e − 2 2 3 2
5 5 d) − e e) e− Vamos ampliar esse conhecimento desenvolvendo métodos
5 3 5 3 que permitam resolver, quando possível, sistemas de equações
3
3- (PUC-RJ) As raízes da equação x – 2x – 3x =
2 do primeiro grau com qualquer número de equações e incógnitas.
Esses métodos nos permitirão não só resolver sistemas, mas
0 são: também classificá-los quanto ao número de soluções.
a) –2, 0 e 1 b) –1, 2 e 3
c) – 3, 0 e 1 d) – 1, 0 e 3 e) – 3, 0 e 2 1 - Equações Lineares
A - Definição e Elementos
Equação linear é toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...
2
4- Verifique se o número 5 é raiz da equação x anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2, x3,..,
+ 6x = 0. xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3,.., an são chamados de coeficientes
e b é o termo independente.
2
5-Determine o valor de m na equação x + (m + 1)
x – 12 = 0 para que as raízes sejam simétricas. Exemplos
1º) São equações lineares:
x1 - 5x2 + 3x3 = 3
2 2x – y2z = 1
6- Determine o valor de p na equação x – (2p + 5)
x – 1 = 0 para que as raízes sejam simétricas. 0x + 0y + 0z = 2
0x + 0y + 0z = 0
33
Didatismo e Conhecimento
Matemática
2º) A quadra (5,2,7,4) é solução da equação: Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
0x1 - 0x2 + 0x3 + 0x4 = 0 pois: a1 x + b1 y = c1
0.(5) + 0.(2) + 0.(7)+0.(4) = 0
a2 + b2 y = c2
C - Conjunto Solução
Um par (α1, α2) é solução do sistema li¬near 2 x 2 se, e
Chamamos de conjunto solução de uma equação linear o
somente se, for solução das duas equações do sistema.
conjunto formado por todas as suas soluções.
Observação Exemplo
Em uma equação linear com 2 incógnitas, o conjunto (3, 4) é solução do sistema
solução pode ser representado graficamente pelos pontos de
x − y = −1
uma reta do plano cartesiano.
Assim, por exemplo, na equação 2 x + y = 10
10
2x + y = 2
pois é solução de suas 2 equações:
algumas soluções são (1, 0), (2, -2), (3, -4), (4, -6), (0, 2),
(3)-(4) = -l e 2.(3) + (4) = 10
(-1,4), etc.
Representando todos os pares ordenados que são soluções
B - Resolução de um Sistema 2 x 2
da equação dada, temos:
Resolver um sistema linear 2 x 2 significa obter o conjunto
solução do sistema.
Os dois métodos mais utilizados para a resolução de um
sistema linear 2x2 são o método da substituição e o método da
adição.
Para exemplificar, vamos resolver o sistema 2x2 abaixo
usando os dois métodos citados.
2x + 3y = 8
x - y = - 1
1º) Método da Substituição:
2x + 3y = 8 (I)
Equação Linear Homogênea
x - y = - 1 (II)
Uma equação linear é chamada homogênea quando o seu
termo independente for nulo.
Exemplo Da equação (II), obtemos x = y -1, que substituímos na
2x1 + 3x2 - 4x3 + 5x4 - x5 = 0 equação (I)
2(y-1) +3y = 8 5y = 10 y=2
Observação Fazendo y = 2 na equação (I), por exemplo, obtemos:
Toda equação homogênea admite como solução o conjunto Assim: S = {(1,2)}
ordenado de “zeros” que chamamos solução nula ou solução 2º) Método da Adição:
trivial. 2x + 3y = 8 (I)
Exemplo
(0, 0, 0) é solução de 3x + y - z – 0 x - y = - 1 (II)
E - Equações Lineares Especiais Multiplicamos a equação II por 3 e a adicionamos, membro
Dada a equação: a membro, com a equação I.
a1x1 + a2x2 +a3x3+...anxn = b, temos:
2x + 3y = 8
• Se a1 = a2 = a3 =...= an = b = 0, ficamos com: 3 x − 3 y = −3
0x1 + 0x2 +0x3 +...+0xn, e, neste caso, qualquer seqüências
(α1,α2,α3,...,αn) será solução da equação dada. 5x = 5 ⇒ x = 5 = 1
5
• Se a1 = a2 = a3 =... = an = 0 e b ≠ 0, ficamos com:
0x1 +0x2 + 0x3 +...+0xn= b ≠0, e, neste caso, não existe
seqüências de reais (α1, α2, α3,...,αn) que seja solução da equação Note que multiplicando-se a equação (I) por (-2) obtemos
dada. a equação (II).
Resolvendo o sistema pelo método da substituição temos:
2 - Sistema Linear 2 x 2
A - Definição e Elementos 8 − 2x
Chamamos de sistema linear 2 x 2 o con¬junto de equações Da equação (I), obtemos y = , que substituímos na
lineares a duas incógnitas, consideradas simultaneamente. equação (II). 3
34
Didatismo e Conhecimento
Matemática
5− x
2x- 4 . =7 2x+2(5-x)=7
8 − 2x 2/
-4x- 6 . =-16 -4x-2(8-2x)=-16
3/
-4x-16+4x=-16 -16=-16 2x+10-2x=7 10=7
5− x (sistema 3 x 4)
Da equação (I), obtemos y= , que substituímos
na equação (II) 2
35
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Exemplo
x + 2 y = 1 No sistema:
3º ) x − y = 4
2 x − 3 y = 0 x − y + 2z = 1
(sistema 3 x 2) x + z=0
B – Solução de um Sistema Linear − x + y = 5
O conjunto ordenado de valores, (α1, α2, α3, …,αn) tal que
fazendo:
x1=α1,x2=α2, x3 = α3, …xn = αn as m, equações fiquem A matriz incompleta é:
satisfeitas, é chamado solução do sistema linear dado.
Chamamos de conjunto solução de um sistema linear o 1 −1 2
conjunto formado por todas as soluções do sistema.
Resolver um sistema linear é encontrar o seu conjunto A= 1 0 1
solução.
C – Sistema Linear Homogêneo − 1 1 0
Chamamos de sistema linear homogêneo aquele constituído
apenas por equações homogêneas, isto é, equações com termo
independente nulo. F – Forma Matricial
Exemplo Consideremos o sistema linear M x n:
2 x + y − z = 0 a11 x1 + a12 x2 + a13 x3 + + a1n xn = b1
x − y = 0
3 x − y + 2 z = 0 a21 x1 + a2 x2 + a23 x3 + + a2 n xn = b2
a31 x1 + a32 x2 + a3 x3 + + a3n xn = b3
Observação ........................................................
Num sistema homogêneo com n incógnitas, a n-upla (0,0,0,
…,0) sempre é uma solução, chamada solução nula ou solução am1 x1 + am 2 x2 + am 3 x3 + + amn xn = bm
trivial do sistema.
Sendo A a Matriz incompleta do sistema chamamos,
B – Classificação de um Sistema Linear respectivamente, as matrizes:
Do mesmo modo que classificamos os sistemas lineares 2 x
2, podemos classificar os sistemas lineares m x n. Assim: x1
b1
• Sistema Impossível: não possui solução alguma. b2
• Sistema Possível: apresenta pelo menos uma solução. x2
• Sistema Possível Indeterminado: apresenta infinitas X = x3 e B = b3
soluções.
• Sistema Possível Determinado: apresenta uma única
solução.
xn bm
E – Matriz Incompleta
de matriz incógnita e matriz termos independentes.
Chamamos de matriz incompleta do sistema linear a matriz
formada pelos coeficientes das incógnitas.
E dizemos que a forma matricial do sistema é A.X=B, ou
a a12 a13 a1n seja:
11
a11 a12 a13 a1n
a21 a2 a23 a2 n x1 b1
a a2 a23 a2 n x b
21
A = a31 a32 a3 a3n
2 2
a
31 a 32 a 3 a 3n x b
3 3
.....................................
...................................
am1 am 2 am 3 amn
am1 am 2 am 3 amn x b
n m
36
Didatismo e Conhecimento
Matemática
REGRA DE CRAMER
Regras de Cramer a1111 b1
A regra de Cramer foi desenvolvida pelo matemático suíço Dy = = a111 .b2 − b1 .a221
1
Gabriel Cramer (1704-1752). Ela consiste num método para a21
21 b2
resolução de sistemas lineares n x n (número de equações igual
ao número de incógnitas) com o auxílio de determinantes.
A – Regra para um Sistema 2 x 2 Assim, podemos escrever:
Consideremos o sistema S nas incógnitas x e y: Dy Dy
a x + a12 y = b1 x= e y=
( S ) 11 D D
a21 x + a2 y = b2 É fácil percebermos que os valores das incógnitas x e y só
Vamos resolver este sistema pelo método da substituição. serão determinados de D≠0.
1º) Isolando a incógnita x na 1ª equação, temos: Desta forma, podemos escrever a regra de Cramer para um
sistema 2 x 2.
b1 − a12 y
a11 x + a12 y = b1 ⇒ x = a1111 x + a1212 y = b1
a1 Um sistema S: (S)
21 x + a 222 y = b2
a21
2º) Substituindo a incógnita x na 2ª equação obtemos: é possível e determinado, e os valores das incógnitas são
b −a y dados por:
a21 . 1 12 + a2 y = b2 b1 a1212 a111 b1
a1
b2 a22 a21 b2
2 Dx 21 Dx
x= = e y= =
b1.a21-a12.a21.y+a11.a22.y=a11.b2 a111 a112 D a111 a1212 D
2
a11.a22.y-a12.a21.y=a11b2-b1a21
a21
21 a22
2 a21
21 a222
a 1 .b2 − b1 .a21
Assim: y = 111 21 Se, e somente se, o determinante D, da matriz incompleta
a111 .a222 − a112
2 .a 21
21 do sistema, for diferente de zero.
Exemplos
3º) Substituindo a incógnita y n 1ª equação, encontramos:
1º) Resolver e classificar o sistema:
b1 .a222 − a21 21 .b2
x= 2 x + 3 y = 8
a111 .a222 − a1212 .a221
3 x − 2 y = −1
1
37
Didatismo e Conhecimento
Matemática
2º) Determinar m real, para que o sistema seja possível e Resolução
determinado: Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz:
2 x + 3 y = 5 3 −1 1
x + m
ymy = 2 D=1 3 0 = −1818 + 0 + 1 − 6 − 0 − 2 = −2525
2 1− 2
Resolução
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D≠0, em que: 5 −1 1
2 3 Dx = 7 3 0 = −30
30 + 0 + 7 + 1
212 − 0 − 1414 = −2525
D= = 2m − 3
1 m 2 1− 2
3 5 1
3
Assim: 2m-3≠0 m≠ Dy = 1 7 0 = −4242 + 0 − 4 − 1414 − 0 + 1010 = −5050
2
2−4−2
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível
e determinado, são dados pelos elementos do conjunto: 3 −1 5
3
m ∈ R / m ≠ Dz = 1 3 7 = −3636 − 1414 + 5 − 3030 − 21
21 − 4 = −100
2
2 1− 4
B – A Regra para um Sistema n x n
Podemos generalizar a regra de Cramer para um sistema n Como D=-25≠0, o sistema é possível e determinado e:
x n, do seguinte modo: Dx − 25
25 D − 550
0 D 100
x= = = 1; y = y = = 2; z = z = =4
Um sistema S: D − 25
25 D − 2525 D − 225
5
a1111 x1 + a1212 x2 + + a1n xn = b1
a x + a x + + a x = b Assim: S={(1,2,4)} e o sistema é possível e determinado.
21
21 1 222 2 2n n 2 2º) Determinar m real para que o sistema seja possível e
(S) determinado.
...........................................
an1 x1 + an 2 x2 + + annn xn = bn x + 2 y + z = 5
é possível e determinado, e os valores das incógnitas xi 2 x − y + 2 z = 5
(i=1,2, ..., n) são dados por: 3 x + y + m
zmz + 0
a1111 b1 a1n
a221 Resolução
1 b2 a 2 n
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D≠0.
.................... Assim:
a bn annn Dxxii 1 2 1
xi = n1 =
a111 b1 a1n D
D = 2 −1 2 = − m + 1212 + 2 + 3 − 2 − 4m
a221
1 b2 a 2 n (i = 1,2,..., n)
.................... 3 1 m
D=-5m+15
an1 bn annn Assim: -5m+15≠0 m≠3
Se, e somente se, o determinante D, da matriz incompleta Então, os valores reais de m, para que o sistema seja
conjunto:
do sistema, for diferente de zero possível e determinado, são dados pelos elementos do
{m ∈ R / m ≠ 3}
Exemplos
1º) Resolver e classificar o sistema:
ESCALONAMENTO (I)
3 x − y + z = 5 1 – Resolução de um Sistema por Substituição
Resolvemos um sistema linear m x n por substituição, do
x + 3 y = 7
mesmo modo que fazemos num sistema linear 2 x 2. Assim,
2 x + y − 2 z = −4
observemos os exemplos a seguir.
38
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Exemplos Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e
1º) Resolver o sistema pelo método da substituição. (V):
x + 2 y − z = −1 ( I ) − 5 y + 3 z = 7 ( IV
IV )
2 x − y + z = 5 ( III ) y − z = −3 (V )
x + 3 y − 2 z = −4( III )
Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
equação (IV), temos:
y-z=-3 y=z-3
Resolução
-5(z-3)+3z=7 z=4
Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
Substituindo z=4 na equação (V)
equações (II) e (III), temos:
y-4=-3 y=1
x+2y-z-1 x=-2y+z-1
Substituindo y=1 e z=4 na equação (I)
Na equação (II) x+2(1)-(4)=-1 x=1
2(-2y+z-1)-y+z=5 -5y+3z=7(IV) Assim: S={(1,1,4)}
Na equação (III) 2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
(-2y+z-1)+3y-2z=-4 y-z=-3(V)
Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e
x + 3 y − z = 1 (I )
(V):
− 5 y + 3 z = 7 ( IV
IV ) y + 2 z = 1010 ( III )
y − z = −3 (V ) 3 z = 1212 ( III )
Substituindo y=1 e z=4 na equação (I) Substituindo z=4 e y=2 na equação (I), obtemos:
x+2(1)-(4)=-1 x=1 x+3.2-4=1 x=-1
Assim: S={(1,1,4)} Assim:S{(-1,2,4)}
39
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Exemplos Exemplo
2 x + y − z = 3 Resolver o sistema:
1º) 2 y + 3z = 2 2 x + y − z + t = 5( I )
y + z + 3t = 9( II I )
x + 2 y − 3z = 4 2 z − t = 0( III )
2º) y + 2z = 3 3t = 6( IV
IV )
z =1
Resolução
Na equação (IV), temos:
x + y + z + t = 5 3t=6 t=2
3º)
y −t = 2 Substituindo t=2 na equação (III), temos:
2z-2=0 z=1
2 x1 + 3 x2 − x3 + x4 = 1 Substituindo t=2 e z=1 na equação (II), temos:
Y+1+3.2=9 y=2
4º) x 2 + x3 − x 4 = 0 Substituindo t=2, z=1 e y=2, na equação (I), temos:
2x+2-1+2=5 x=1
3 x4 = 5 Assim: S {(1,2,1,2)}
2º tipo: número de equações menor que o número de
Existem dois tipos de sistemas escalonados: incógnitas.
1º tipo: número de equações igual ao número de Para resolvermos os sistemas lineares deste tipo, devemos
incógnitas. transformá-los em sistemas do 1º tipo, do seguinte modo:
a111 • As incógnitas que não aparecem no inicio de nenhuma
1 x1 + a1212 x 2 + a1313 x 3 + + a1n x n = b1
das equações do sistema, chamadas variáveis livres, devem ser
a222 x2 + a223 “passadas” para os segundos membros das equações. Obtemos,
3 x3 + + a 2 n x n = b2
assim, um sistema em que consideramos incógnitas apenas as
equações que “sobraram” nos primeiros membros.
a333 x333 + + a3n xn = b3 • Atribuímos às variáveis livres valores literais, na verdade
“valores variáveis”, e resolvemos o sistema por substituição.
...................................................
Exemplo
an xn = bn
Resolver o sistema:
x + y + 2 z = 1
Notamos que os sistemas deste tipo podem ser analisados 2y − z = 2
pelo método de Cramer, pois são sistemas n x n. Assim, sendo D
o determinante da matriz dos coeficientes (incompleta), temos:
Resolução
a111
1 a1212 a1313 a1n
A variável z é uma “variável livre” no sistema.
Então:
0 a22
2 a 33
23 a 2 n
x + y = 1 − 2 z
D = 0 0 a333 a3n = D = a1 .a2 .a3 ..an ≠ 0 2y = 2 + z
................. Fazendo z=α, temos:
0 0 0 ann
n
x + y = 1 − 2α
2y = 2 +α
Como D≠0, os sistemas deste tipo são possíveis e
determinados e, para obtermos a solução única, partimos da
n-ésima equação que nos dá o valor de xn; por substituição nas 2 +α
2y=2+α y=
equações anteriores, obtemos sucessivamente os valores de xn- 2
,x ,…,x3,x2 e x1.
1 n-2
40
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Para transformarmos um sistema linear (S) em um outro,
2 +α
Substituindo y= na 1ª equação, temos: equivalente e escalonado (S1), seguimos os seguintes passos.
2 1º) Usando os recursos das três primeiras transformações
2 +α 5α elementares, devemos obter um sistema em que a 1ª equação
x+ = 1 − 2α ⇒ x = tem a 1ª incógnita com o coeficiente igual a 1.
2 2
Assim: 2º) Usando a quarta transformação elementar, devemos
“zerar” todos os coeficientes da 1ª incógnita em todas as
5α 2 + α
S = , ,α ,α ∈ R equações restantes.
2 2
3º) “Abandonamos”a 1ª equação e repetimos os dois
Observações primeiros passos com as equações restantes, e assim por diante,
• Para cada valor real atribuído a α, encontramos uma até a penúltima equação do sistema.
solução do sistema, o que permite concluir que o sistema é
possível e indeterminado. Exemplos
• A quantidade de variáveis livres que um sistema apresenta 1º) Escalonar e classificar o sistema:
é chamada de grau de liberdade ou grau de indeterminação do 2 x + y + z = 5
sistema.
3 x − y 2 z = −2
ESCALONAMENTO (II) x + 2 y − z = 1
1 – escalonamento de um Sistema
Todo sistema linear possível pode ser transformado num Resolução
sistema linear escalonado equivalente, através das transformações x + 2y − z =1
x + 2 y − z = 1
elementares a seguir.
x + 2 y − z = 1
1ª) Trocar a ordem em que as equações aparecem no 3 x − y − 2 z = −2 ~ 3 x − y − 2 z = −2 ← −3 ~ − 7 y + z = −5
sistema. 2 x + y + z = 5 2x + y + z = 5 ← −2 − 3 y + 3 z = 3 : −3
Exemplo
x + 3 y = 2 2 x − y = 5
x + 2 y − z = 1
(S ) = ~ ( S1 ) x + 2 y − z = −1 x + 2 y − z = 1
2 x − y = 5 x + 3 y = 2 ~ − 7 y + z = 5 ~ y − z = −1 ~ y − z = −1
y − z = −1
2ª) Inverter a ordem em que as incógnitas aparecem nas − 7 y + z = −5 ← 7 − 6 z = −1212
equações.
Exemplo O sistema obtido está escalonado e é do 1º tipo (nº de
equações igual ao nº de incógnitas), portanto, é um sistema
x + 2 y + z = 5 2 y + z + x = 5 possível e determinado.
(S ) = x + 2 z = 1 ~ ( S1 ) 2z + x = 1 2º) Escalonar e classificar o sistema:
3x = 5 3x = 5 3 x + y − z = 3
3ª) Multiplicar (ou dividir) uma equação por um número 2 x − y + 3 z = 5
real não-nulo. 8 x + y + z = 1
Exemplo
Resolução
x + 2 y = 3 x + 2 y = 3 y + 3x − z = 3
( S ) ~ ( S1 ) 3 x + y − z = 3 y + 3x − z = 3
y + 3 x − z = 3
3 x − y = 1
6 x − 2 y = 3 2 x − y + 3 z = 5 ~ − y + 2 x + 3 z = 5 ← 1 ~ 5x + 2 z = 8 ~ 5x + 2 z = 8
8 x + y + z = 1
y + 8x + z = 1 ← −1 5 x + 2 z = 8(*)
Multiplicamos a 2ª equação de S por 2, para obtermos S1.
4ª) Adicionar a uma equação uma outra equação do sistema, O sistema obtido está escalonado e é do 2º tipo (nº de
previamente multiplicada por um número real não-nulo. equações menor que o nº de incógnitas), portanto, é um sistema
Exemplo possível e indeterminado.
x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
(S ) = ~ ( S1 ) (*) A terceira equação foi eliminada do sistema, visto que
2 x + y = 3 − 5 y = −7 ela é equivalente à segunda equação. Se nós não tivéssemos
percebido essa equivalência, no passo seguinte obteríamos na
Multiplicamos a 1ª equação do S por -2 e a adicionamos à 2ª terceira equação: 0x+0z=0, que é uma equação satisfeita para
equação para obtermos s1. todos os valores reais de x e z.
41
Didatismo e Conhecimento
Matemática
3º) Escalonar e classificar o sistema: Para identificarmos se o sistema é possível, indeterminado
ou impossível, devemos conseguir um sistema escalonado
2 x + 5 y + z = 5 equivalente pelo método de eliminação de Gauss.
Exemplos
x + 2y − z = 3 01 – Discutir, em função de a, o sistema:
4 x + 9 y − z = 8 x + 3 y = 5
2 x + ay
ay = 1
Resolução
x + 2y − z = 3 Resolução
1 3
2 x + 5 y + z = 5
~ D= = a−6
x + 2y − z = 3 2 x + 5 y + z = 5 ← −2 2 a
4 x + 9 y − z = 8 4 x + 9 y − z = 8 ← −4 D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
Assim, para a≠6, o sistema é possível e determinado.
Para a≠6, temos:
x + 2 y − z = 3 x + 2 y − z = 3 que é um sistema impossível.
Assim, temos:
~ ~
y + 3 z = −1 y + 3 z = −1 a≠6 SPD (Sistema possível e determinado)
a=6 SI (Sistema impossível)
y + 3 z = −4 ← −1 0 y + 0 z = −3 ← −1
02 – Discutir, em função de a, o sistema:
O sistema obtido é impossível, pois a terceira equação x + y − z = 1
nunca será verificada para valores reais de y e z. 2 x + 3 y + az
az = 3
Observação x + ay
Dado um sistema linear, sempre podemos “tentar” o seu ay + 3 z = 2
escalonamento. Caso ele seja impossível, isto ficará evidente
pela presença de uma equação que não é satisfeita por valores Resolução
reais (exemplo: 0x+0y=3). No entanto, se o sistema é possível, 1 1−1
nós sempre conseguimos um sistema escalonado equivalente,
que terá nº de equações igual ao nº de incógnitas (possível e D2 3 1 = 9 + a − 2a + 3 − 6 − a 2
determinado), ou então o nº de equações será menor que o nº de
incógnitas (possível e indeterminado).
1 a 3
Este tratamento dado a um sistema linear para a sua
resolução é chamado de método de eliminação de Gauss.
D=0 -a2-a+6=0 a=-3 ou a=2
42
Didatismo e Conhecimento
Matemática
03 – Discutir, em função de m e k, o sistema: Exemplos
xx + y = k
m
m 01 – Discutir, em função de m, o sistema:
x + y = 3
x + my
y = k2
m
2 x + 3 y = 8
Resolução x − my
y =3
m
m 1 Resolução
D= = m2 −1 x+ y =3 x+ y =3
1 m
2 z + 3 y = 8 → −2 ~~ y=2
D=0 m²-1=0 m=+1 ou m=-1
x − my
y = 3 → −1
m (−1 − m) y = 0 →1+ m
Assim, para m≠+1 e m≠-1, o sistema é possível e
determinado. x + y = 3
Para m=1, temos:
~ y = 2
x + y = K x + y = K 0 y = 2 + 2m
~
x + y = K 2 ← −1 0 x + 0 y = − K + K
2
2+2m=0 m=-1
Assim, temos:
Se –k + k²=0, ou seja, k=0 ou k=1, o sistema é possível e m≠-1 SI
indeterminado. m=-1 SPD
02 – Discutir, em função de k, o sistema:
Se –k+k²≠0, ou seja, k≠0 ou k≠1, o sistema é impossível. x + 2y − z = 5
Para m=-1, temos: 2 x + 5 y + 3z = 112
2
− x + y = K x − y = K 2 x − y = k 2
x − y = k2 ~
~
3x + 7 y − 2 z = 1717
− x + y = K ← 1 Ox
x + Oy
O y = k2 + k
O
5 x + 12 kz = 29
12 y + kz 29
Resolução:
Se k²+k=0, ou seja, k=0 k=-1, o sistema é possível e x + 2y − z = 5 x + 2 y − z = 5
x + 2 y − z = 5
indeterminado. 2 x + 5 y + 3 z = 12
y+z =2
12 ← −2 y+z =2
~ ~
y + 5 z = 2 ← −1
Se k²+k≠0, ou seja, k≠0 k≠-1, o sistema é indeterminado. 3 x + 7 y − 2 z = 17
17 ← −3 4z = 0 ÷4
5 x + 12
12 y + kz
kz = 29 29 ← −5 2 y + (5 + K ) z = 4 ← −2 (3 + K ) z = 0
Assim, temos:
x + 2 y − z = 5 x + 2 y − z = 5
m ≠ +1 e m ≠ −1, ∀ k ∈ R ⇒ SPD
y+z =2 y+z =2 x + 2 y − z = 5
~ ~ ~ y+z =2
m = +1 e k = 0 ou
ou k = 1 z = 0 −3− K z=0
z=0
(3 + K ) z = 0 0z = 0
ou
ou ⇒ SPI
m = −1 e k = 0 ouou k = −1 Assim, para ∀k ∈ R , o sistema é possível e determinado.
m = +1 e k ≠ 0 ouou k ≠ 1 DISCUSSÃO (II)
Sistema Linear Homogêneo
Já sabemos que sistema linear homogêneo é todo sistema
ou
ou ⇒ SI
SI
cujas equações têm todos os termos independentes iguais a zero.
m = −1 e k ≠ 0 ouou k ≠ −1 São homogêneos os sistemas:
x + 2 y + 2z = 0
3 x + 4 y = 0 02
2 – Sistemas com Número de Equações Diferente do 01 x − 2 y = 0 3 x − y + z = 0
Número de Incógnitas
5 x + 3 y − 7 z = 0
Quando o sistema linear apresenta número de equações
diferente do número de incógnitas, para discuti-lo, devemos Observe que a dupla (0,0) é solução do sistema 01 e a terna
obter um sistema escalonado equivalente pelo método de (0,0,0) é solução do sistema 02.
eliminar de Gauss. Todo sistema linear homogêneo admite como solução uma
seqüência de zero, chamada solução nula ou solução trivial.
43
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Observamos também que todo sistema homogênea é sempre Note que variando t obteremos várias soluções, inclusive a
possível podendo, eventualmente, apresentar outras soluções trivial para t=0
além da solução trivial, que são chamadas soluções próprias.
03 – Determine K de modo que o sistema abaixo tenha
Discussão e Resolução solução diferente da trivial.
Lembre-se que: todo sistema linear homogêneo tem ao x + y + z = 0
menos a solução trivial, portanto será sempre possível.
Vejamos alguns exemplos: x − ky
ky + z = 0
01 – Classifique e resolva o sistema: kx
kx − y − z = 0
3 x + y + z = 0
Resolução
x + 5 y − z = 0 O sistema é homogêneo e, para apresentar soluções
x + 2 y − z = 0 diferentes da trivial, devemos ter D=0
1 1 1
Resolução
D = 1− k 1 = k 2 + 2k + 1 = (k + 1) 2 = 0 ⇒ k = −1
3 1 1
k −1−1
D = 1 5 − 1 = −112
2 Resposta: k=-1
1 2 −1
Como D≠0, o sistema é possível e determinado admitindo
só a solução trivial, logo:
S = {(0,0,0 )} 5 Funções; gráficos. 7 Funções
02 – Classifique e resolva o sistema: exponenciais e logarítmicas.
a + b + 2c = 0
Apresentação e Definição
a − 3b − 2c = 0
2 a − b + c = 0 1 – Relação Binária
A – Par Ordenado
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a)
Resolução
estamos, na verdade, representando o mesmo conjunto.
1 1 2
Porém, em alguns casos, é conveniente distinguir a
D = 1− 3 − 2 = 0 ordem dos elementos. Para isso, usamos a idéia de par
ordenado. A princípio, trataremos o par ordenado como
2 −1 1 um conceito primitivo e vamos utilizar um exemplo
Como D=0, o sistema homogêneo é indeterminado. para melhor entendê-lo. Consideremos um campeonato
Fazendo o escalonamento temos: de futebol e que desejamos apresentar, de cada equipe,
a + b + 2c = 0 a + b + 2c = 0 o total de pontos ganhos e o saldo de gols. Assim, para
a + b + 2c = 0
~ 0 + b + 4c = 0 uma equipe com 12 pontos ganhos e saldo de gols
a − 3b + −2c = 0 ~ 0 − 4b − 4c = 0
0 + 0 + 0 = 0 igual a 18, podemos fazer a indicação (12, 18), já tendo
2a − b + c = 0 0 − 3b − 3c = 0
combinado, previamente, que o primeiro número se
Teremos, então: refere ao número de pontos ganhos, e o segundo número,
a + b + 2c = 0 ao saldo de gols. Portanto, quando tivermos para uma
outra equipe a informação de que a sua situação é (2,
b+c =0 -8) entenderemos, que esta equipe apresenta 2 pontos
ganhos e saldo de gols -8. Note que é importante a
Fazendo c=t, teremos:
ordem em que se apresenta este par de números, pois a
b=-c b=-t
a-t+2t=0 a=-t situação (3, 5) é totalmente diferente da situação (5,3).
Portanto: Fica, assim, estabelecida a idéia de par ordenado: um par
S = {(− t ,−t , t ), t ∈ R} de valores cuja ordem de apresentação é importante.
44
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Didatismo e Conhecimento
Matemática
- Diagrama de flechas:
c1) Domínio
Chamamos de domínio de uma relação o conjunto
dos elementos do primeiro conjunto que apresentam
pelo menos um correspondente no segundo conjunto.
Nos exemplos de relação binária apresentados, temos:
D(R1)={-1,0,1,2}
D(R2)={2,4,8}
- Gráfico cartesiano:
D(R3)={3,4,8}
c2) Contradomínio
Chamamos de contradomínio o conjunto formado
pelos elementos que ficam à disposição para serem
ou não correspondentes de um ou mais elementos do
primeiro conjunto. O contradomínio é sempre o segundo
conjunto da relação. Em todos os exemplos que vimos,
o contradomínio é o conjunto B. Assim:
CD(R1)= CD(R2)= CD(R3)=B
46
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Matemática
O conjunto imagem está sempre contido no Notemos que, para uma relação binária dos
contradomínio, ou seja, o conjunto imagem é conjuntos A e B, nesta ordem, representar uma função
subconjunto do contradomínio. é preciso que:
1º) todo elemento do conjunto A tenha algum
2 – Função correspondente (imagem) no conjunto B;
A – Apresentação Informal 2º) para cada elemento do conjunto A exista um
Antes de formalizar matematicamente o estudo das único correspondente (imagem) no conjunto B.
funções, vamos apresentar noções sobre função que
fazem parte do nosso dia-a-dia. Assim como em relações, usamos para as funções,
O custo da energia elétrica é calculado por meio que são relações especiais, a seguinte linguagem:
de uma função que depende do consumo de energia. Domínio: conjunto dos elementos que possuem
Devemos notar que, para cada consumo, existe uma imagem. Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D=A.
única tarifa a ser cobrada. Não é possível o mesmo Contradomínio: conjunto dos elementos que se
consumo com duas tarifas diferentes. colocam à disposição para serem ou não imagens dos
A tarifa de uma viagem de táxi é cobrada em função elementos de A. Portanto, todo o conjunto B, ou seja,
da quilometragem dessa viagem. Devemos notar que, CD=B.
para cada quilometragem percorrida, existe uma única Conjunto imagem: subconjunto do conjunto B
tarifa a ser cobrada. Não existe a possibilidade de uma formado por todos os elementos que são imagens dos
mesma “Corrida” apresentar dois valores diferentes de elementos do conjunto A, ou seja, no exemplo anterior:
cobrança. Im=(a,b,c).
O imposto de renda descontado na fonte, para as
pessoas assalariadas, tem um valor calculado em função C – Reconhecimento de uma Função por meio
do salário do trabalhador. Notemos que o mesmo salário do Diagrama de Flechas
e as mesmas condições do trabalhador não podem As condições que uma relação representada por
representar valores diferentes de imposto de renda a ser meio do seu diagrama de flechas deve satisfazer para
retido na fonte. Para cada valor de salário existe um ser uma função são:
único valor de imposto de renda a ser retido. 1º) todo elemento de A deve servir como ponto de
partida de uma flecha.
B – Apresentação Matemática 2º) essa flecha deve ser única.
Notemos que, nos exemplos apresentados
anteriormente, podemos agrupar os elementos e seus Exemplos
correspondentes em conjuntos em que os elementos a)
de um estão relacionados com os elementos do outro.
Isso nos leva a pensar em função como sendo um
relacionamento especial entre dois conjuntos, de tal
maneira que cada elemento de um conjunto tenha um
único correspondente no outro conjunto.
Definição
Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função Não é função, pois não parte nenhuma flecha do
ou aplicação é uma relação binária de A em B de tal elemento d Î A.
maneira que todo elementos x, pertencente ao conjunto
A, tem para si um único correspondente y, pertencente b)
ao conjunto B, que é chamado de imagem de x.
47
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c)
48
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b) B x A={(-1,1),(-1,2),(0,1),(0,2),(1,1),(1,2)}
49
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a) II, III e IV
b) IV e V
c) I, II e V
d) I e IV
e) I, IV e V.
Resolução
I é função; II não é função, pois d tem 2
correspondente em Y; III não é função, pois a não tem
correspondente em Y; IV é função; V não é função,
pois a e c têm 2 correspondentes em Y e d não tem
correspondente em Y.
Resposta: D
Exemplo 1
Consideremos os conjuntos A={0,1,2,3,5} e
B={0,1,2,3,4,5,6,7,8}. Vamos definir a função f de A
em B com f(x)=x+1. Tomamos um elemento o conjunto
A, representado por x, substituímos este elemento na
sentença f(x), efetuamos as operações indicadas e o
resultado será a imagem do elemento x, representada
Resolução por y.
f: A B
Y=f((x)=x+1
50
Didatismo e Conhecimento
Matemática
51
Didatismo e Conhecimento
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Podemos, por meio do gráfico de uma função, 1º) função crescente: a função f(x), num
reconhecer o seu domínio a seguir. determinado intervalo, é crescente se, para quaisquer x1
Consideremos a função f(x) definida por A=[a,b] e x2 pertencentes a este intervalo, com x1<x2, tivermos
em R. f(x1)<f(x2).
D=[a;b]
Im=[c;d]
Observação
O contradomínio (R) é representado por todo o eixo y. Resumo
Domínio
Outra importante informação que podemos retirar
f.A B
sobre o comportamento de uma função, pela observação
Contradomínio
do gráfico, é a sua monotonicidade. Uma função pode
ter o seguinte comportamento: Domínio e imagem a partir do gráfico.
52
Didatismo e Conhecimento
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Então:
a) f(3)=8 b) f(3)=9 c)
c) f(3)=12 d) f(3)=16 e) f(3)=32
Resolução
Para n=0 f(0+1)=2f(0) f(1)=21=2
Para n=1 f(1+1)=2f(1) f(1)=2²=4
Para n=2 f(2+1)=2f(2) f(1)=2³=16
Resposta: D Resolução
a) Im={yÎ R/1<y<4} b) D={xÎ R0< x< 3}
03. (Cesgranrio-RJ) Se f.R R é uma função c) Correta d) Não é função
definida pela expressão e) Não é função
F(x-1)=x³, então o valor de f(3) é igual a: Resposta: C
a) 0 b) 1 c) 6 d) 15 e) 64
Resolução 06. (Mackenzie-SP) O gráfico abaixo representa
Para calcular f(3) devemos ter x-1=3 ou x=4. uma função definida em R por y-f(x).
Assim, f(3)=4³=64
Resposta: E
53
Didatismo e Conhecimento
Matemática
1 N
2º) y= ⇒ f(x)≠0 1º) f(x)= , em que E(x) é uma expressão qualquer
f ( x( em x. E (x)
Vejamos alguns exemplos de determinação de D={xÎ R/E(x)≠0}
domínio de uma função real.
2º) f(x)= 2n E ( x) em E(x) é uma expressão qualquer
Exemplos em x e n N*.
Determine o domínio das seguintes funções reais. D={xÎ R/E(x)≥0}
1º) f(x)=3x²+7x-8
D=R Exercícios Resolvidos
01. Determine o domínio das funções reais
apresentadas abaixo.
2º) f(x)= x + 7
x-7≥0 x≥7 3
a) f(x)=3x²+7x-8 b) f(x)=
D={xÎ R/x≥7} 3x − 6
c) f(x)= x + 2 d) f(x)= 2 x + 1
3
3º) f(x)= x + 1
3
4x
D=R e) f(x)=
7x + 5
54
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Resolução Resolução
a) D=R -(x³-1)²≤0
b) 3x-6≠0 x≠2 D=R-{2} Multiplicando os dois membros por -1
c) x+2≥0 x≥-2 D={x R/x≥-2} (x³-1)²≤0
d) D=R (devemos observar que o radicando deve Lembrando que qualquer número real elevado ao
ser maior ou igual a zero para raízes de índice par) quadrado é positivo ou nulo, só temos uma opção:
e) Temos uma raiz com índice par no denominador, x³-1=0
assim: x³=1
5 x=1
7x+5>0 x>- D={1}
7
5
D={xÎ R/x>- }
7
6 Seqüências numéricas.
2x − x 8 Noções de probabilidade e
3 2
02. (Cefet-PR) Se f(x)= é uma função de
x5 − x3 estatística
D em R, então D é o conjunto:
a) {xÎ R/x≠0} Os cálculos hebreus sobre a posição dos astros, realizados
b) {xÎ R/x≠0 e x≠±1} Ben Ezra no século XII com a finalidade de fazer previsões
astrológicas podem ser considerados como os primeiros passos
c) {xÎ R/0<x<1 ou x>-1} rumo à teoria das probabilidades.
d) {xÎ R/x>1ou x<-1} O Livros dos jogos de azar, de Girolamo Cardano (1501-
e) {xÎ R/-1<x<0 ou x>1} 1576) publicado em torno de 1550 é o primeiro manual organizado
que traz algumas noções de probabilidade. Nesse livro, Cardano,
Resolução que era um jogador, além de matemático, astrólogo e médico
x5-x³≠0 x³.(x²-1)≠0 desenvolve cálculos de expectativas acerca de jogos dados e
x³≠0 e x²-1≠0 também dá conselhos sobre como trapacear no jogo.
x≠0 e x≠±1 No entanto o estudo sistemático das probabilidades, começou
realmente em 1654 quando um jogador francês, o Chevalier de
Méré escreveu a Blaise Pascal (1623-1662) fa-zendo várias
03. O domínio da função dada por y= x + x + 4 é: perguntas sobre o jogo de dados ou de azar. Uma das perguntas
a) D={xÎ R/x≥0} b) D={xÎ R/x≠-4} eram: Dois joga-dores igualmente hábeis querem interromper
c) D=R d) D={xÎ R/x>0} sua partida. Sabendo-se que o montante das a-postas e situação
do jogo (quantas partidas cada um ganhou), como deverá ser
Resolução repartido o dinheiro?
Pascal extremamente religioso não era jogador escreveu
x ⇒x≥0 (I) a outro matemático francês Pierre Fermat (1601-1665) sobre
as perguntas feitas por Chevalier de Méré. A partir dessa
x + 4 ⇒ x + 4 ≥ 0 ⇒ x ≥ −4 (II) correspondência, Pascal e Fermat aprofundaram estudos
(I)Ç (II) conjuntos sobre probabilidade e ape-sar de não terem publicado
seus estudos chegaram a definir conceitos como expectativa,
chance e média, além de estabelecer técnicas de contagem e
estatísticas de incidência de ca-sos num dado fenômeno.
Também no século XVII, mas precisamente em 1657, o
holandês Christian Hiygens (1629 – 1695) publicou seu livro
O raciocínio nos jogos de dados, onde apresentou importan-tes
D={xÎ R/x>0} contribuições ao estudo das probabilidades.
Resposta: A O suíço Jacques Bernouilli (1654 – 1705) na mesma época
deu uma grande contribui-ção ao estudos das probabilidades ao
propor um teorema onde afirmava que a probabilidade de um
04. (PUC-SP) Qual o domínio da função: evento ocorrer tente a um valor constante quando o número de
ensaios desse evento tende ao infinito.
f:x − ( x 3 − 1) 2 ? Depois de Bernouilli, Abraham De Moivre (1667 – 1751)
publicou o livro A doutrina do azar onde também faz análise dos
jogos que contribuíram para o estudo das probabilidades.
55
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Foi em 1812 que Pierre Laplace (1749 – 1827) deu forma a A. Evento Elementar
uma estrutura de raciocínio e a um conjunto de definições no seu Qualquer subconjunto unitário de U.
livro Teoria analítica da probabilidade. Exemplo
A teoria moderna das probabilidades hoje constitui a base de Ocorrência de um número múltiplo de 5.
um dos ramos de maior aplica-ção nas ciências, a Estatística. A = {5}
56
Didatismo e Conhecimento
Matemática
4. PROBABILIDADE ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE 2 – Em um lançamento de dois dados, um preto e outro
TEÓRICA branco, qual é a probabilidade de que os dois números obtidos
Imaginamos a seguinte situação: em uma turma do segundo sejam iguais?
colegial,existem 25 garotas e 10 garotos e um brinde foi sorteado
para um dos membros da turma. Temos que adivinhar o sexo do
contemplado.
Intuitivamente, “sabemos” que é “mais fácil” ter sido
sorteada uma garota que um garoto, no entanto não podemos
afirmar com certeza o sexo do contemplado. A “chance” de uma Resolução
garota ter sido sorteada pode ser traduzida por um numero que U = {(1,1), (1,2), (1,3), ..., (6,4), (6,5), (6,6)}
chamamos probabilidade. n(U) = 6 . 6 = 36
Uma observação que pode ser feita é que a teoria das
probabilidades é uma maneira matemá-tica de lidar com a U = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5), (6,6)}
incerteza. n(E) = 6
O cálculo da probabilidade de um evento acontecer, muitas
vezes, é feito experimentalmente, e essa probabilidade é chamada n(E) 6 1
Assim, P(E)= = =
de experimental ou estatística. n(U) 36 6
Exemplo
A probabilidade de uma pessoa morrer aos 25 anos é obtida 3 – Dentre as seis permutações dos números 1, 2, e 3, uma
através do levantamento e do tratamento adequado de um grande é escolhida ao acaso. Considerando o número de três algarismos
número de casos. assim escolhido, determine a probabilidade de ele:
No entanto, para calcularmos a probabilidade de ao jogarmos a) Ser par;
dois dados obtermos, nas faces voltadas para cima, dois números b) Ser múltiplo de três;
iguais, não precisamos realizar o experimento, ela pode ser c) Ser múltiplo de cinco.
conseguida a partir de uma analise teórica do espaço amostral e Resolução
do evento, e neste caso cha-mamos de probabilidade teórica. O espaço amostral é:
No 2º grau, não desenvolvemos estudos da probabilidade U = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
estatística, que será estudada na maioria dos cursos de 3º grau.
5. PROBABILIDADE TEÓRICA DE UM EVENTO a) Evento A: ocorrer número par.
Se num fenômeno aleatório, o número de elementos do A = {132, 312}
espaço amostral é n(U) e o número de elementos do evento A é n(A) 2 1
n(A), então a probabilidade de ocorrer o evento A é o número P(A)= = =
n(U) 6 36
P(A) tal que:
n(A) b) Evento B: ocorrer número múltiplo de três.
P(A)=
n(U) B = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
Uma outra forma de definir a probabilidade de ocorrer o n(B) 6
evento A é: P(E)= = =1 (evento certo)
n(U) 6
Número de casos favoráveis a A
P(A)=
Número de casos possíveis
c) Evento C: ocorrer número múltiplo de cinco.
n(C) 0 (evento impossível)
Exemplos C = { } P(C)= n(U) = 6 = 0
1 – Retirando-se uma carta de um baralho normal de 52
Observação
cartas, qual é a probabilidade de que a carta retirada seja um rei?
Através da teoria determinamos que, em um lançamento de
um dado “não viciado”, a proba-bilidade de que se obtenha o
número 3 é 1/6, isto não significa que, sempre que forem feitos
seis lançamentos de um dado, certamente ocorrerá em um deles,
e apenas um, resultado 2. Na prática, o que se verifica é que,
considerado um grande número de lançamentos, a razão entre
Resolução o número de vezes que ocorre o resultado 2 e o número de
lançamentos efetuados se aproxima de 1/6.
P(E)= Número de casos favoráveis
Número de casos possíveis 6.PROPRIEDADES DAS PROBABILIDADES
P1) A probabilidade do evento impossível é 0. (P(Ø)= 0)
5 1 n(Ø) 0
P(E)= = P(Ø)= = =0
52 13 n(U) n(U)
57
Didatismo e Conhecimento
Matemática
P2) A probabilidade do evento certo é 1. (P(UØ)=1)
n(U)
P(U)= =1
n(U)
58
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Evento A Ç B: “a carta é um valete de paus” Probabilidade II
1 1.PROBABILIDADE CONDICIONAL
P(AÇB)= Consideremos num experimento aleatório de espaço
52
amostral U os eventos A e B, com A Ç B ≠ Ø, conforme o
diagrama abaixo:
Evento A È B: “a carta é um valete ou é de paus”
P(AÈB) = P(A) +P(B) – P(AÇB)
4 13 1 16 4
P(AÈB)= + - = =
52 52 52 52 13
Resolução b) Sendo:
a) p(a) + p(b) + p(c) = 1 Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
1 1 Evento B: “a pessoa sorteada é homem”.
+ + p(c) = 1
3 2
1 1 6-2-3 1 P(A/C) =
n(AÇC) = 10 = 2
p(c) = 1 - - = = n(C) 15 3
3 2 6 6
b)P(A) = p(a) + p(c)
2.PROBABILIDADE DO EVENTO INTERSECÇÃO
1 1 2-1 3 Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, dizemos
P(A) = - = =
3 6 6 6 que ocorrer o evento A Ç B (evento intersecção) é ocorrer
1 simultaneamente os eventos A e B.
Assim, P(A) =
2 Para calcular a probabilidade de ocorrer AÇB, vamos utilizar
a fórmula da probabilidade condicional.
59
Didatismo e Conhecimento
Matemática
60
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Chamam-se arranjos simples k a k, dos n elementos de A,
aos agrupamentos de k elementos distintos cada, que diferem
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos.
Se, por outro lado, os elementos do conjunto A forem e notando que n(n-1)(n-2). … . (n-k+1).(n-k)!=n! podemos
algarismos, A = {0, 1, 2, 3, ..., 9}, e com estes algarismos também escrever
desejarmos obter números, então os agrupamentos 12 e 21 são
distintos, pois representam números diferentes. n!
Do que foi exposto, podemos concluir que: An,k=
a) Existem problemas de contagem em que os agrupamentos, (n − k )!
a serem contados, são considerados distintos, apenas quando
diferem pela natureza de pelo menos um de seus elementos. É o Exercícios Resolvidos
caso em que ac = ca. 1 - Calcular o número de arranjos simples de 10 elementos
Neste caso, os agrupamentos são chamados combinações. tomados 4 a 4.
Caso Típico Resolução:
O conjunto A é formado por pontos e o problema é saber 10 10!
A10,4 (10-4)! = =10.9.8.7=5040
quantas retas esses pontos determinam. 6!
b)Existem problemas de contagem em que os agrupamentos,
a serem contados são considerados distintos, quando diferem 2 - Quantos números de três algarismos distintos, podemos
tanto pela natureza como também pela ordem de seus elementos. formar com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}?
É o caso em que ac ≠ ca. Resolução:
Neste caso, os agrupamentos são chamados arranjos. Como 123 ≠ 132, por exemplo, devemos calcular os arranjos
de 6 elementos 3 a 3 .
Caso Típico A6,3 = 6 . 5. 4 = 120
O conjunto A é formado por algarismos e o problema é 3 - Quantos números de algarismos distintos e compreendidos
contar os números por eles determinados entre 100 e 1000, podem ser obtidos utilizando 1, 2, 3, 5, 6?
Resolução:
3. Arranjos Simples Os números em questão são formados por três algarismos
Definição distintos entre os 5 algarismos dados. O número procurado é A5,3
Seja A um conjunto com n elementos e k um natural menor = 5. 4 .3 e, portanto 60.
ou igual a n.
61
Didatismo e Conhecimento
Matemática
4 – Permutações Assim sendo:
Definição
Seja A um conjunto com n elementos. Os arranjos simples
An , k
Cn,k .Pk=Na,k ou ainda Cn,k=
n a n, dos n elementos de A, são chamados permutações simples Pk
de n elementos e fazendo k=n na fórmula An,k=n(n-1)(n-2). …
.(n-k+1), temos: n!
Pn=An,n=n(n-1).(n-2). … .(n-n+1)= Lembrando-se que An,k= ,Pk=k! e
(n-k)!
=n.(n-1).(n-2). … . 1=n!
Logo: n
= n! , podemos também escrever:
Pn=n k k!(n-k)!
!
An , k n! n
5 – Combinações simples Cn,k= = =
Definição Pk k!(n − k )! k
Seja A um conjunto com n elementos e k um natural menor ou
igual a n. Chamam-se combinações simples k a k, dos n elementos
de A, aos agrupamentos, de k elementos distintos cada um, que Exercícios Resolvidos
diferem entre si apenas pela natureza de seus elementos. 26 – Quantos anagramas tem a palavra PAI?
Exemplo Resolução
Seja A={a,b,c,d} um conjunto com 4 elementos distintos. P3=3!=3.2.1=6
Com os elementos de A podemos formar 4 combinações de três
elementos cada uma: 27 – Quais os anagramas da palavra Pai?
Resolução
abc abd acd bcd Os 6 Anagramas da palavra PAI são:
PAI, PIA, AIP, API, IAP, IPA
Permutando-se os 3 elementos de uma delas, por exemplo
abc, obtemos P3=6 arranjos distintos: 28 – Quantos anagramas tem a palavra PALMITO?
Resolução
abc abd acd bcd
acb P
P6=6!=6.5.4.3.2.1=720
bac
bca 30 – Calcule C7,3
cab Resolução
cba 7! 7! 7.6.5
C7,3= = = = 35
3!(7-3)! 3! 4! 3.2.1
Permutando-se os 3 elementos das 4 combinações, obtemos
todos os arranjos 3 a 3: 31 – Cinco pessoas querem se acomodar em um automóvel
de cinco lugares; de quantas maneiras isso poderá ser feito?
abc abd acd bcd
Resolução
acb adb adc bdc As cinco pessoas só podem trocar de lugar; como são cinco
bac bad cad cbd lugares, temos:
bca bda cda cdb P5=5!=5.4.3.2.1=120
cab dab dac dbc
32 – Quantas comissões de 3 elementos podemos formar
cba dba dca dcb com um grupo de 8 pessoas?
Assim sendo, (4 combinações) x(6 permutações)= 24 Resolução
arranjos e, portanto, C4,3.P3=A4,3. Temos 8 pessoas e devemos escolher 3 pessoas, em que
importa apenas a natureza, pois se mudamos a ordem das pessoas
Calculo do número de combinações simples dentro de uma comissão, esta comissão continua a mesma. Assim
Representando com o símbolo Cn,k o número total de a quantidade de comissões é dada por:
combinações simples dos n elementos de A, tomados k a k, de 8.7.6
C8,3= = 56
modo análogo ao exemplo apresentado, temos: 3!
62
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Resolução: 79 – Quantos são os anagramas da palavra MACACA?
O fabricante deve escolher 4 doces diferentes, em que só
Resolução:
importa a natureza, pois se mudarmos a ordem dos doces dentro
Das 6 letras da palavra MACACA, 3 são iguais a A, 2 são
da embalagem o resultado não se altera. Assim, temos que, o
iguais a C. Logo:
número procurado é dado por:
10.9.8.7 P63, 2 = 6! =60
C10,4= = 210 3! 2!
4!
6 – Arranjos completos 80 – De quantas maneiras, uma oficina pode pintar 5
Arranjos completos de n elementos, tomados k a k, são os automóveis iguais, recebendo cada um, tinta de uma única cor,
arranjos de k elementos não necessariamente distintos. se a oficina dispõe apenas de 3 cores e não quer misturá-las?
Ao calcular os arranjos completos, portanto, devemos Resolução
considerar tanto os arranjos com elementos distintos (que são os Como os cinco automóveis são iguais, a ordem em que eles
arranjos simples) como também aqueles com elementos repetidos. forem pintados não irá alterar o resultado; necessariamente irá
O número total de arranjos completos de n elementos, ocorrer repetição de cor, pois são 5 carros e apenas 3 cores.
An*,k , é dado por: Trata-se, portanto, da combinação de 3 elementos, classe 5,
tomados k a k, e representado pelo símbolo com repetição. O resultado é dado por:
7.6
An*,k =nk C3*,5 =C3+5-1,5=C7,5=C7,2= =21
2!
7 – Permutações com elementos repetidos 81 – Numa cesta existem peras, maçãs, laranjas e bananas.
Seja α elementos iguais a a, β elementos iguais a b, γ Existem pelo menos três de cada tipo e as frutas de mesmo tipo
elementos iguais a c, …, λ elementos iguais a l, num total de são todas iguais. De quantas maneiras diferentes e possível
α+β+γ+ … + λ=n elementos. escolher:
Representando com o símbolo Pnα, β, γ, …, λ o número de a) Três frutas de tipos diferentes? b) Três frutas?
permutações distintas que podemos formar com os n elementos, Resolução
temos: 4.3.2
a) C4,3= =4
3.2.1
Observe quais são as 4 maneiras possíveis:
n! PML PMB PLB MLB
Pnα, β, γ, …, λ = α! . β! . γ!. … . λ!
8 – Combinações completas 6.5.4
b) C4*,3 =C4+3-1,3=C6,3= =20
Combinações completas de n elementos, tomados k a k são 3.2.1
combinações de k elementos não necessariamente distintos. Observe quais são as 20 maneiras possíveis:
Ao calcular as combinações completas, portanto, devemos
considerar tanto as combinações com elementos distintos PPP PLL MMM MLB
(que são as combinações simples) como também aquelas com PPM PBB MML LLL
elementos repetidos.
O número total de combinações completas de n elementos,
PPL PLB MMB LLB
Cn*,k , é dado por: PPB PLM MLL LBB
tomados k a k, e representado pelo símbolo PMM PMB MBB BBB
n + k − 1
Cn*,k =Cn+k+1,k=
k
Exercícios Resolvidos
78 – Quantas placas de automóvel podem ser formadas,
tendo cada uma três letras de um alfabeto de 26 letras, seguidas
de 4 algarismos do sistema decimal de numeração?
Resolução
L L L A A A A
* *
A 226
6 ,3 . A 1010, 4 =263.104=175760000
63
Didatismo e Conhecimento
Matemática
64
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Passado um mês da data da entrega, o fornecedor, 3) Sendo 48% a taxa anual de desconto utilizada
precisando de dinheiro, procurou o Banco da Nação para por uma instituição, qual seria o valor atual de um
tentar descontar a duplicata (documento comprobatório título de R$ 20.000,00, descontado 4 meses antes do
da dívida contraída pela rede Geladeiras Brasil). O vencimento?
banco ofereceu em troca do título a quantia de R$ 4) O valor nominal de uma duplicata a ser descontada
76.000,00. Tendo sido aceita a proposta, o fornecedor à taxa de 2,5% a.m, é R$ 700,00. Calcule o valor atual
recebeu do banco a importância de R$ 76.000,00, e o da duplicata, se for descontada:
banco passou a ser o credor da dívida, que será saldada a) 12 dias antes do vencimento;
pela Geladeiras Brasil; ou seja, na data inicialmente b) 53 dias antes do vencimento;
estabelecida, a Geladeiras Brasil fará o pagamento de 5) Operando com uma taxa mensal de desconto
R$ 80.000,00 diretamente ao Banco da Nação, e não de 2,2%, um banco propôs um desconto de R$ 55,00
mais ao fornecedor. sobre um título de R$ 500,00. Quanto tempo antes do
Esse tipo de operação recebe o nome de desconto vencimento foi feita a proposta?
de título.
O valor do título na data do vencimento – R$ 6) Uma pessoa dispõe de uma duplicata de valor
80.000,00 – é chamado valor nominal. nominal R$ 1.000,00, com a qual pretende quitar uma
O valor pago pelo Banco da Nação – R$ 76.000,00 dívida de R$ 800,00. Quanto tempo antes do vencimento
– é chamado valor atual ou valor descontado. da duplicata a pessoa deve descontá-la num banco que
A diferença entre o valor nominal e o atual: R$ 80.000,00 opera à taxa de desconto de 8% a.m.?
- R$ 76.000,00 = R$ 4.000,00 é chamada desconto. 7) O desconto de R$ 480,00 foi calculado mediante
Normalmente, nesse tipo de operação, o valor a utilização da taxa de 2% a.m. sobre o valor nominal de
proposto pelo banco decorre da aplicação de uma taxa um título a ser descontado 96 dias antes do vencimento.
de desconto simples, que incide sobre o valor nominal Qual o valor descontado?
do título, em regime semelhante ao de juros simples. 8) Para um título de R$ 1.200,00 com vencimento
No exemplo, a taxa de desconto simples usada teria para 16 de outubro, Sílvio obteve de um banco, em 1º
sido de 2,5% a.m., e por 2 meses, que corresponde ao de setembro do mesmo ano, o resgate de R$ 1.110,00.
número de meses de antecipação: Qual a taxa mensal de desconto utilizada pelo banco?
d = (2,5% de 80.000,00) x 2 9) Setenta e cinco dias antes do vencimento de uma
d = 0,025 x 80.000,00 x 2 = R$ 4.000,00 duplicata, um banco, utilizando uma taxa de desconto
Exemplo: Um título de valor nominal R$ 900,00, de 3,75% a.m., oferece um valor de R$ 1.268,75. Qual
com vencimento para 150 dias, será descontado em um é o valor nominal da duplicata?
banco que opera com a taxa de desconto de 6% a.m. 10)José dispõe de uma duplicata de R$ 14.000,00,
Se o prazo de antecipação for de 3 meses, o emitida por um cliente para ser paga ao fim de 120 dias.
desconto será dado por d = 0,06 x 900 x 3 = R$ 162,00 Lendo os classificados de um grande jornal à procura
e o valor atual será VA = 900 – 162 = R$ 738,00. de um veículo novo, depara com o seguinte anúncio:
Se o resgate for feito 48 dias antes do vencimento, Moleza!
o prazo de antecipação será 48/30 = 1,6 mês, e o desconto ACTRO ZERO Km
será: d = 0,06 x 900 x 1,6 = R$ 86,40 produzindo o Completo prata R$ 12.600,00 à vista ou 4
valor atual de : VA = 900 – 86,40 = R$ 813,60. quadrimestrais de R$ 3.800,00 (pague a 1ª daqui a 4
meses).
Vai imediatamente ao banco para tentar descontar
EXERCÍCIOS sua duplicata: o gerente oferece exatamente a taxa de
1) Qual o desconto experimentado por um titulo desconto simples suficiente pra que José possa adquirir
de R$ 1.500,00, à taxa de desconto de 10% a.m.,se o o veículo à vista. Oferece também, como José é cliente
resgate é feito: antigo, a garantia de que durante os próximos dois
a) um mês antes do vencimento; anos poderá remunerar qualquer investimento de José
b) 60 dias antes do vencimento; naquela instituição com taxa de 1,5% ao mês, com
capitalização mensal.
2) Um título de R$ 420,00 é descontado 45 dias a) Qual a taxa de desconto simples oferecida pelo
antes do vencimento, à taxa de 3% a.m. Qual é o valor gerente?
do resgate?
65
Didatismo e Conhecimento
Matemática
66
Didatismo e Conhecimento
Matemática
67
Didatismo e Conhecimento
Matemática
Exemplo: Real
Juros de 24 % a.a. capitalizados semestralmente Num contexto inflacionário, devemos considerar
Juros de 15 % a.a. capitalizados trimestralmente os efeitos da inflação sobre as operações financeiras,
No caso dos juros simples a forma da capitalização desta forma a taxa nominal será composta de uma parte
não interfere na incorporação do juro ao principal, porém de juros reais e outra devida a inflação.
nos juros compostos a capitalização irá interferir. Considerando que a taxa efetiva seja igual a taxa
Efetiva nominal teremos que:
No caso de operação financeira com taxa juro no- ( 1 + i ) = ( 1 + r ) ( 1 + j ), onde
minal de 24 % a.a. capitalizados semestralmente, juros i é a taxa nominal, j é a taxa de inflação e r é a
efetivos da operação serão outros, pois a cada 6 meses o taxa real.
juro produzido será incorporado ao principal. Ex: Por um capital de $ 6.000,00 aplicado por
Portanto a taxa efetiva é a taxa realmente praticada dois anos, o investidor recebeu $ 5.179,35 de juros. Qual
na operação financeira em questão, ou seja, a taxa de é a taxa de juros real que se ganha, se a inflação for de
juros que coincide com o período da capitalização. 30% a.a.?
Assim, sendo: Dados:
i = a taxa nominal Co = 6.000,00 (capital inicial)
if = a taxa efetiva J = 5.179,35
k = número de capitalizações para um período da n = 2 anos
taxa nominal i=?
i k = a taxa por período de capitalização A taxa de juros aparente (i) será:
i = i J = Co [ (1 + i)n - 1] 5.179,35 = 6.000 [ (1 + i)2
k k -1] [ (1 + i)2 -1] = 5.179,35 / 6.000,00
como if é equivalente a ik , temos: (1 + i)2 =0,86 + 1 => i = ( 1,86)1/2 - 1 i =
k 0.365 a.a. ou 36,5% a.a.
1 + i A taxa de juros real r, numa inflação de 30% será
i + if =
k de: (1 +r) = 1,365 / 1,30 r = 1,05 -1 r = 0,05
ou 5% a.a.
Exemplo:
1) Uma taxa nominal de 15 % a. a. é capitalizada Aparente
semestralmente. Calcule a taxa efetiva A taxa aparente é a taxa que se obtém numa opera-
Temos que: ção financeira sem se considerar os efeitos da inflação.
i = 15 % a.a. = 0,15 a.a. Se a inflação for zero, a taxa aparente e a taxa real
são iguais.
1 ano = 2 semestres
0,15 Renda uniforme e variável
ik = = 0,075 Quando desejamos constituir um capital numa
2 data futura, para fazermos uma compra programada ,
Então : ou quando compramos um bem de forma parcelada,
estamos criando uma seqüência de recebimentos ou de
(1 + ik)k = ( 1 + 0,075 ) 2 (1 + ik)k = ( 1,075 ) 2 pagamentos.
(1 + ik)k = 1,155625 ik = 1,155625 - 1 A constituição de um capital, é um processo de
ik = 0,155625 ou 15,56% a.a. de taxa efetiva. capitalização e o de se pagar uma dívida é um processo
Equivalente de amortização.
São aquelas que, produzem o mesmo montante no Vamos considerar para efeito de estudo, que os
final de determinado tempo, pela aplicação de um capital intervalos de tempo para o pagamento ou para o recebi-
inicial de mesmo valor. mento sejam iguais ( rendas uniformes ).
Considerando o ano comercial, teremos as seguintes Caso os recebimentos ou pagamentos tenham
relações para as taxas equivalentes. vencimentos no final de cada período, teremos termos
postecipados , se for no início de cada período, teremos
( 1 + ia ) = ( 1 + is ) 2 = ( 1 + it ) 4 = ( 1 + im ) 12 = ( 1 termos antecipados e quando houver um prazo de carên-
+ id ) 360 , onde cia dos pagamentos teremos termos diferidos .
ia = taxa de juros anual
Renda variável
is = taxa de juros semestral São fluxos de caixa crescentes ou decrescentes,
it = taxa de juros trimestral podemos ter essas rendas em progressão aritmética (for-
im = taxa de juros mensal mando uma série gradiente uniforme) ou em progressão
id = taxa de juros diária geométrica.
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Matemática
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Matemática
70
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RACÍOCINIO LÓGICO
O Modificador Negação
RACIOCÍNIO LÓGICO Dada a proposição p , indicaremos a sua negação por ~p .
(Lê-se “ não p “ ).
Operações lógicas
Entendimento da estrutura lógica de relações arbitrárias As proposições lógicas podem ser combinadas através dos
entre pessoas, lugares, coisas ou eventos fictícios ∨ → E↔
Dedução de novas informações das relações fornecidas e operadores lógicos ∧ , dando origem ao que
avaliação das condições usadas para estabelecer a estrutura conhecemos como proposições compostas . Assim , sendo p e q
das relações. duas proposições simples, poderemos então formar as seguintes
proposições compostas: p ∧ q , p q , p→ q , p↔ q (Os
∧
RACIOCÍNIO LÓGICO
A prova de Raciocínio Lógico, conforme o programa do significados dos símbolos estão indicados na tabela anterior).
concurso, objetiva testar as habilidades de raciocínio envolvendo: Estas proposições compostas recebem designações
a) elaboração de argumentos; particulares:
b) avaliação de argumentações;
c) formulação ou avaliação de planos de ação. Conjunção: p ∧ q (lê-se “p e q “ ).
A seguir, portanto, veremos alguns conceitos sobre Lógica e, Disjunção: p v q (lê-se “p ou q “) .
posteriormente, alguns testes para avaliação do aprendizado. No Condicional: p→ q (lê-se “se p então q “ ).
mais, já servindo como dica, raciocínio lógico deve ser estudado,
principalmente, através da prática, ou seja, resolução de testes. Bi-condicional: p↔ q ( “p se e somente se q”).
Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições
LÓGICA simples p e q , como determinaremos os valores lógicos das
A lógica matemática (ou lógica simbólica), trata do estudo das
proposições compostas acima? Isto é conseguido através do uso
sentenças declarativas também conhecidas como proposições, as
quais devem satisfazer aos dois princípios fundamentais seguintes: da tabela a seguir, também conhecida pelo sugestivo nome de
Princípio do terceiro excluído: uma proposição só pode ser TABELA VERDADE.
verdadeira ou falsa , não havendo outra alternativa. Sejam p e q duas proposições simples, cujos valores lógicos
Princípio da não contradição: uma proposição não pode ser ao
mesmo tempo verdadeira e falsa. representaremos por 0 quando falsa (F) e 1 quando verdadeira (V).
Diz-se então que uma proposição verdadeira possui valor Podemos construir a seguinte tabela simplificada:
lógico V (verdade) e uma proposição falsa possui valor lógico F p q p→ q p↔q
p q
∧
(falso). Os valores lógicos também costumam ser representados p ∧ q
por 0 (zero) para proposições falsas ( 0 ou F) e 1 (um) para 1 1 1 1 1 1
proposições verdadeiras ( 1 ou V ).
1 0 0 1 0 0
As proposições são indicadas pelas letras latinas minúsculas:
p, q, r, s, t, u, ... 0 1 0 1 1 0
Símbolos utilizados na Lógica Matemática 0 0 0 0 1 1
Tautologias e Contradições
Considere a proposição composta s: (p ∧ q) → (p
∧
q) onde p e q são proposições simples lógicas quaisquer. Vamos
construir a tabela verdade da proposição s :
Considerando-se o que já foi visto até aqui, teremos:
p q p q
∧
p∧ q (p ∧ q )→(p q)
∧
V V V V V
V F F V V
F V F V V
F F F F V
1
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RACÍOCINIO LÓGICO
senão vejamos:
p ~p p ∧ ~p b) Leis comutativas
p ∧ q=q ∧ p
V F F
p q=q p
∧ ∧
F V F
c) Leis de identidade
NOTA: Se uma proposição composta é formada por n p ∧ v=p
proposições simples, a sua tabela verdade possuirá 2n linhas. p ∧ f=f
Ex.: Construa a tabela verdade da proposição composta t: (p
∧ p
∧
v=v
∧ q) r p f=p
∧
Teremos:
p q r (p ∧ q) (p ∧ q)
∧
r d) Leis complementares
V V V V V ~(~p) = p (duas negações eqüivalem a uma afirmação)
V V F V V p ∧ ~p = f
p ~p = v
∧
V F V F V
~v = f
V F F F F
~f = v
F V V F V
F V F F F e)Leis associativas
F F V F V (p ∧ q) ∧ r = p ∧ (q ∧ r)
(p q) r=p (q r)
∧ ∧ ∧ ∧
F F F F F
f) Leis distributivas
p ∧ (q r) = (p ∧ q) (p ∧ r)
∧
Observe que a proposição acima não é Tautologia nem
∧
∧
Contradição. p (q ∧ r) = (p q) ∧ (p r)
∧ ∧
2
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RACÍOCINIO LÓGICO
Tabela1:
p q p→ q ~(p→ q)
V V V F
V F F V
F V V F
Como para cada percurso escolhido de A a B temos ainda 5
F F V F possibilidades para ir de B a C, o número de trajetos pedido é dado
por: 4 . 5 = 20.
Esquema:
Tabela 2:
Percurso Percurso
p q ~q p ∧ ~q AB BC
V V F F 4 . 5 = 20
V F V V
F V F F 3) Quantos números de três algarismos podemos escrever
com os algarismos ímpares?
F F V F
Solução:
Os números devem ser formados com os algarismos: 1, 3,
Observando as últimas colunas das tabelas verdades 1 e 2 , 5, 7, 9. Existem 5 possibilidades para a escolha do algarismo
percebemos que elas são iguais, ou seja, ambas apresentam a das centenas, 5 possibilidades para o das dezenas e 5 para o das
seqüência F V F F , o que significa que ~(p→ q) = p ∧ ~q . unidades.
Fonte: http://br.geocities.com/paulomarques_math/arq1-4. Assim, temos, para a escolha do número, 5 . 5 . 5 = 125.
htm algarismos algarismos algarismos
da centena da dezena da unidade
5 . 5 . 5 = 125
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
COMBINAÇÕES, ARRANJOS E PER- 4) Quantas placas poderão ser confeccionadas se forem
MUTAÇÕES utilizados três letras e três algarismos para a identificação de um
veículo? (Considerar 26 letras, supondo que não há nenhuma
restrição.)
Princípio fundamental da contagem (PFC) Solução:
Se um primeiro evento pode ocorrer de m maneiras diferentes Como dispomos de 26 letras, temos 26 possibilidades para
e um segundo evento, de k maneiras diferentes, então, para cada posição a ser preenchida por letras. Por outro lado, como
ocorrerem os dois sucessivamente, existem m . k maneiras dispomos de dez algarismos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9), temos 10
diferentes. possibilidades para cada posição a ser preenchida por algarismos.
Portanto, pelo PFC o número total de placas é dado por:
Aplicações
1) Uma moça dispõe de 4 blusas e 3 saias. De quantos modos
distintos ela pode se vestir?
Solução:
A escolha de uma blusa pode ser feita de 4 maneiras diferentes
e a de uma saia, de 3 maneiras diferentes.
5) Quantos números de 2 algarismos distintos podemos
Pelo PFC, temos: 4 . 3 = 12 possibilidades para a escolha da formar com os algarismos 1, 2, 3 e 4?
blusa e saia. Podemos resumir a resolução no seguinte esquema;
Solução:
Observe que temos 4 possibilidades para o primeiro algarismo
Blusa saia
e, para cada uma delas, 3 possibilidades para o segundo, visto que
não é permitida a repetição. Assim, o número total de possibilidades
4 . 3 = 12 modos diferentes é: 4 . 3 =12
Esquema:
2) Existem 4 caminhos ligando os pontos A e B, e 5 caminhos
ligando os pontos B e C. Para ir de A a C, passando pelo ponto B,
qual o número de trajetos diferentes que podem ser realizados?
Solução:
Escolher um trajeto de A a C significa escolher um caminho de
A a B e depois outro, de B a C.
3
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Esquema:
ARRANJOS SIMPLES
Definição:
Seja l um conjunto com n elementos. Chama-se arranjo
simples dos n elementos de /, tomados p a p, a toda sequência de p
7) Quantos são os números de 3 algarismos distintos?
elementos distintos, escolhidos entre os elementos de l ( P ≤ n).
Solução:
Existem 10 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. Temos 9 O número de arranjos simples dos n elementos, tomados p a
possibilidades para a escolha do primeiro algarismo, pois ele não p, é indicado por An,p
pode ser igual a zero. Para o segundo algarismo, temos também 9
possibilidades, pois um deles foi usado anteriormente.
Fórmula:
n!
Para o terceiro algarismo existem, então, 8 possibilidades, A N,P = , p≤n e { p,n} ⊂ lN
pois dois deles já foram usados. O numero total de possibilidades ( n − p) !
é: 9 . 9 . 8 = 648
Esquema:
Aplicações
1) Calcular:
a) A7,1 b) A7,2 c) A7,3 d) A7,4
Solução:
a) A7,1 = 7 c) A7,3 = 7 . 6 . 5 = 210
8) Quantos números entre 2000 e 5000 podemos formar com b) A7,2 = 7 . 6 = 42 d) A7,4 = 7 . 6 . 5 . 4 = 840
os algarismos pares, sem os repetir?
2) Resolver a equação Ax,3 = 3 . Ax,2.
Solução:
Os candidatos a formar os números são : 0, 2, 4, 6 e 8. Como
os números devem estar compreendidos entre 2000 e 5000, o Solução:
primeiro algarismo só pode ser 2 ou 4. Assim, temos apenas duas x . ( x - 1) . ( x – 2 ) = 3 . x . ( x - 1) ⇒
possibilidades para o primeiro algarismo e 4 para o segundo, três
para o terceiro e duas paia o quarto. ⇒ x ( x – 1) (x –2) - 3x ( x – 1) =0
O número total de possibilidades é: 2 . 4 . 3 . 2 = 48 ∴ x( x – 1)[ x – 2 – 3 ] = 0
4
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x = 0 (não convém) n!
d) 11! + 10 ! e)
ou 10 ! (n - 2)!
x = 1 ( não convém)
ou Solução:
a)
x = 5 (convém) S = {5}
a) 5 ! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120
2) Efetue: n! n ( n - 1) ( n - 2) !
= 30 ⇒ = 30 ∴
(n - 2)! (n - 2)!
a) A7,1 + 7A5,2 – 2A4,3 – A 10,2
n2 – n – 30 = 0 ou n=6
A 8,2 + A 7,4
b) n = –5 ( não convém)
A 5,2 − A10 ,1
n! ( n + 2 ) ( n +1) ⋅ n !- ( n + 1) ⋅ n !
A N,P = , p≤n e { p,n} ⊂ lN = 4∴
( n − p) ! n!
n ! ( n + 1 ) ⋅ [n + 2 - 1]
Aplicações
1) Calcular: ⇒ =4
n!
5! 8! n + 1 = 2 ∴ n =1
a) 5! b) c)
4! 6! ∴ (n + 1 )2 = 4
n + 1 = –2 ∴ n = –3 (não convém )
5
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PERMUTAÇÕES SIMPLES
Introdução:
Consideremos os números de três algarismos distintos
formados com os algarismos 1, 2 e 3. Esses números são : d) considerando a sílaba TRE como um único elemento,
123 132 213 231 312 321 devemos permutar entre si 6 elementos,
Pn = n !
Para cada agrupamento formado, as letras T, R, E podem ser
dispostas de P3 maneiras. Assim, para P6 agrupamentos, temos
C) quantos anagramas começam pela sílaba TRE? P6 . P3 anagramas. Então:
D) quantos anagramas possuem a sílaba TR E? P6 . P3 = 6! . 3! = 720 . 6 = 4 320 anagramas
E) quantos anagramas possuem as letras T, R e E juntas?
F) quantos anagramas começam por vogal e terminam em f) A palavra ATREVIDO possui 4 vogais e 4 consoantes.
consoante? Assim:
Solução:
a) Devemos distribuir as 8 letras em 8 posições disponíveis.
Assim:
. . . . . . . . . . . . . . . . .
c) Como as 3 primeiras posições ficam ocupadas pela sílaba
TRE, devemos distribuir as 5 letras restantes em 5 posições. Então: ar → ar , ar , . . . , ar
ar são iguais a
ar
6
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RACÍOCINIO LÓGICO
4! 4 ⋅ 3 ⋅ 2! n
P4(2,2 ) = = = 6 números p a p é indicado por Cn,p ou .
2! 2! 2! ⋅ 2 ⋅ 1 p
2) Quantos anagramas podemos formar com as letras da OBSERVAÇÃO: Cn,p . p! = An,p.
palavra AMADA?
solução:
Temos: n!
Fórmula: C n ,p = , p≤n e{p
, n } ⊂ lN
Assim: A, A, A M D p ! ( n - p )!
3 1 1 Aplicações
1) calcular:
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
p5(3,1,1) = = =2
0 anagramas a) C7,1 b) C7,2 c) C7,3 d) C7,4
3 ! 1! 1! 3!
3) Quantos anagramas da palavra GARRAFA começam pela Solução:
sílaba RA?
Solução: 7! 7 ⋅ 6!
a) C7,1 = = =7
Usando R e A nas duas primeiras posições, restam 5 letras 1! 6 ! 6!
para serem permutadas, sendo que: 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 !
b) C7,2 = = =2
1
2! 5! 2 ⋅ 1 ⋅ 5 !
n!
pn (a1, a 2 , . . . ar ) = 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
a1 ! a ! . . . ar ! c) C7,3 = = = 35
Assim, temos: 3! 4 ! 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 4 !
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2! 7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4!
p5(2,1,1) = = 60 anagramas d) C7,4= = = 35
2! 4!3! 4! ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
2) Quantos subconjuntos de 3 elementos tem um conjunto
COMBINAÇÕES SIMPLES de 5 elementos?
5! 5 ⋅ 4 ⋅ 3!
C5,3 = = = 10 subconjunt os
3! 2! 3! ⋅ 2 ⋅ 1
Introdução:
Consideremos as retas determinadas pelos quatro pontos, Cn,3 4
conforme a figura. 3) obter n, tal que =
Solução: Cn,2 3
n!
3! ( n - 3 )! 4 n! 2! ( n - 2 )! 4
= ⇒ ⋅ = ∴
n! 3 3!( n - 3 ) n! 3
2! ( n - 2 )!
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RACÍOCINIO LÓGICO
8! 8 ⋅ 7 ⋅ 6 . 5! DIAGRAMA LÓGICOS
C 8,3 = = = 56 RACIOCÍNIO SEQUENCIAL
3!5 ! 3 ⋅ 2 . 5!
6) Em uma reunião estão presentes 6 rapazes e 5 moças.
Quantas comissões de 5 pessoas, 3 rapazes e 2 moças, podem ser
Probabilidade I
formadas?
INTRODUÇÃO
Os cálculos hebreus sobre a posição dos astros, realizados Ben
Solução: Ezra no século XII com a finalidade de fazer previsões astrológicas
Na escolha de elementos para formar uma comissão, não podem ser considerados como os primeiros passos rumo à teoria
importa a ordem. Sendo assim : das probabilidades.
O Livros dos jogos de azar, de Girolamo Cardano (1501-
6! 1576) publicado em torno de 1550 é o primeiro manual organizado
• escolher 3 rapazes: C6,3 = = 20 modos que traz algumas noções de probabilidade. Nesse livro, Cardano,
3!3!
que era um jogador, além de matemático, astrólogo e médico
5! desenvolve cálculos de expectativas acerca de jogos dados e
• escolher 2 moças: C5,2= 10 modos
2! 3! = também dá conselhos sobre como trapacear no jogo.
No entanto o estudo sistemático das probabilidades, começou
Como para cada uma das 20 triplas de rapazes temos 10 pares realmente em 1654 quando um jogador francês, o Chevalier de
de moças para compor cada comissão, então, o total de comis- Méré escreveu a Blaise Pascal (1623-1662) fa-zendo várias
sões é C6,3 . C5,2 = 200. perguntas sobre o jogo de dados ou de azar. Uma das perguntas
eram: Dois joga-dores igualmente hábeis querem interromper sua
7) Sobre uma reta são marcados 6 pontos, e sobre uma outra partida. Sabendo-se que o montante das a-postas e situação do jogo
reta, paralela á primeira, 4 pontos. (quantas partidas cada um ganhou), como deverá ser repartido o
a) Quantas retas esses pontos determinam? dinheiro?
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G. Evento Complementar
É o evento Ē = U – E.
Exemplo
Evento A: ocorrência de um número primo
A = {2, 3, 5} Resolução
Evento Ā: ocorrência de um numero não primo
Ā = U – A = {1, 4,6} P(E)= Número de casos favoráveis
Observação Número de casos possíveis
No caso do exemplo, podemos dizer que o evento Ā é a não-
ocorrência de um número pri-mo. P(E)=
5
=
1
52 13
4. PROBABILIDADE ESTATÍSTICA E
PROBABILIDADE TEÓRICA 2 – Em um lançamento de dois dados, um preto e outro
Imaginamos a seguinte situação: em uma turma do segundo branco, qual é a probabilidade de que os dois números obtidos
colegial,existem 25 garotas e 10 garotos e um brinde foi sorteado sejam iguais?
para um dos membros da turma. Temos que adivinhar o sexo do
contemplado.
Intuitivamente, “sabemos” que é “mais fácil” ter sido sorteada
uma garota que um garoto, no entanto não podemos afirmar com
certeza o sexo do contemplado. A “chance” de uma garota ter
sido sorteada pode ser traduzida por um numero que chamamos
probabilidade. Resolução
Uma observação que pode ser feita é que a teoria das U = {(1,1), (1,2), (1,3), ..., (6,4), (6,5), (6,6)}
probabilidades é uma maneira matemá-tica de lidar com a n(U) = 6 . 6 = 36
incerteza.
O cálculo da probabilidade de um evento acontecer, muitas U = {(1,1), (2,2), (3,3), (4,4), (5,5), (6,6)}
vezes, é feito experimentalmente, e essa probabilidade é chamada n(E) = 6
de experimental ou estatística.
Assim, P(E)=
n(E) = 6 = 1
Exemplo n(U) 36 6
A probabilidade de uma pessoa morrer aos 25 anos é obtida 3 – Dentre as seis permutações dos números 1, 2, e 3, uma
através do levantamento e do tratamento adequado de um grande é escolhida ao acaso. Considerando o número de três algarismos
número de casos. assim escolhido, determine a probabilidade de ele:
No entanto, para calcularmos a probabilidade de ao jogarmos a) Ser par;
dois dados obtermos, nas faces voltadas para cima, dois números b) Ser múltiplo de três;
iguais, não precisamos realizar o experimento, ela pode ser c) Ser múltiplo de cinco.
conseguida a partir de uma analise teórica do espaço amostral e do
evento, e neste caso cha-mamos de probabilidade teórica. Resolução
No 2º grau, não desenvolvemos estudos da probabilidade O espaço amostral é:
estatística, que será estudada na maioria dos cursos de 3º grau. U = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
a) Evento A: ocorrer número par.
5. PROBABILIDADE TEÓRICA DE UM EVENTO
A = {132, 312}
Se num fenômeno aleatório, o número de elementos do espaço
amostral é n(U) e o número de elementos do evento A é n(A),
então a probabilidade de ocorrer o evento A é o número P(A) tal P(A)= n(A) =
2 = 1
que: n(U) 6 36
P(A)= n(A)
n(U)
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RACÍOCINIO LÓGICO
P(Ø)= n(Ø) =
0
=0
n(U) n(U) Números com Números com
pelo menos dois algarismos distintos
algarismos repetidos
P2) A probabilidade do evento certo é 1. (P(UØ)=1)
P(U)= n(U) = 1
n(U)
P3) Sendo A um evento de um espaço amostral U, a
probabilidade de A é um número racional entre 0 e 1, inclusive.
(0≤ P(A) ≤ 1).
0≤ n(A) 0≤ n(U)
0
≤
n(A) ≤ n(U)
n(U) n(U) n(U)
n(U)
n(A) + n(Ā)
n(U) =
n(U) n(U) n(AÈB) = n(A) + n(B) – n(AÈB)
Assim:
Assim, P(A) + P(Ā) = 1 n(AÈB) =
n(A) + n(U) - n(AÇB)
n(U) n(U) n(U) n(U)
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P(A/C) = n(AÇC) =
10 =
2 Então se P (AÇB) ≠ P(A) . P(B), dizemos que os eventos são
n(C) 15 3 dependentes.
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30 – Calcule C7,3
n!
Resolução Pnα, β, γ, …, λ =
α! . β! . γ!. … . λ!
7! 7! 7.6.5
C7,3= = = = 35
3!(7-3)! 3! 4! 3.2.1 8 – Combinações completas
Combinações completas de n elementos, tomados k a k são
31 – Cinco pessoas querem se acomodar em um automóvel de combinações de k elementos não necessariamente distintos.
cinco lugares; de quantas maneiras isso poderá ser feito? Ao calcular as combinações completas, portanto, devemos
Resolução considerar tanto as combinações com elementos distintos (que são
As cinco pessoas só podem trocar de lugar; como são cinco as combinações simples) como também aquelas com elementos
lugares, temos: repetidos.
P5=5!=5.4.3.2.1=120 O número total de combinações completas de n elementos,
32 – Quantas comissões de 3 elementos podemos formar com
um grupo de 8 pessoas?
2 10000
, é dado por:
tomados k a k, e representado pelo símbolo
=
3 15000
Resolução
Temos 8 pessoas e devemos escolher 3 pessoas, em que
importa apenas a natureza, pois se mudamos a ordem das pessoas
dentro de uma comissão, esta comissão continua a mesma. Assim n + k − 1
a quantidade de comissões é dada por: 2 10000
= =Cn+k+1,k=
3 15000
k
8.7.6
C8,3= = 56
3! Exercícios Resolvidos
33 – Um fabricante de doces dispõe de embalagens com 1 – Quantas placas de automóvel podem ser formadas, tendo
capacidade de 5 doces cada uma. Sabendo-se que ele fabrica 10 cada uma três letras de um alfabeto de 26 letras, seguidas de 4
tipos diferentes de doces, pergunta-se: quantos tipos de embalagens algarismos do sistema decimal de numeração?
com 4 doces diferentes ele poderá oferecer?
Resolução: Resolução
O fabricante deve escolher 4 doces diferentes, em que só L L L A A A A
importa a natureza, pois se mudarmos a ordem dos doces dentro da * *
embalagem o resultado não se altera. Assim, temos que, o número A 226
6 ,3 . A 210
6 ,3 =263.104=175760000
procurado é dado por:
2 – Quantos são os anagramas da palavra MACACA?
10.9.8.7
C10,4= = 210
4! Resolução:
6 – Arranjos completos Das 6 letras da palavra MACACA, 3 são iguais a A, 2 são
Arranjos completos de n elementos, tomados k a k, são os iguais a C. Logo:
arranjos de k elementos não necessariamente distintos. 6!
Ao calcular os arranjos completos, portanto, devemos A2*6 ,3 = =60
considerar tanto os arranjos com elementos distintos (que são os
3! 2!
arranjos simples) como também aqueles com elementos repetidos. 3 – De quantas maneiras, uma oficina pode pintar 5 automóveis
O número total de arranjos completos de n elementos, tomados iguais, recebendo cada um, tinta de uma única cor, se a oficina
dispõe apenas de 3 cores e não quer misturá-las?
k a k, e representado pelo símbolo 2 10000
=
3 15000 , é dado por:
Resolução
A *
=n k Como os cinco automóveis são iguais, a ordem em que eles
n ,k
forem pintados não irá alterar o resultado; necessariamente irá
ocorrer repetição de cor, pois são 5 carros e apenas 3 cores.
7 – Permutações com elementos repetidos
Seja α elementos iguais a a, β elementos iguais a b, γ Trata-se, portanto, da combinação de 3 elementos, classe 5,
elementos iguais a c, …, λ elementos iguais a l, num total de com repetição. O resultado é dado por:
α+β+γ+ … + λ=n elementos.
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dos outros dois) em que é possível ouvir simultaneamente João 11. Marco e Mauro costumam treinar natação na mesma piscina
Guilherme e Fernando. Bruno encontra-se, em linha reta, a 650 e no mesmo horário. Eles iniciam os treinos simultaneamente,
metros do ponto onde se encontra Fernando. Fernando, por sua vez, a partir de lados opostos da piscina, nadando um em direção ao
está a 350 metros, também em linha reta, do ponto onde está João outro. Marco vai de um lado a outro da piscina em 45 segundos,
enquanto Mauro vai de um lado ao outro em 30 segundos. Durante
Guilherme. Fernando grita o suficiente para que seja possível ouvi-
12 minutos, eles nadam de um lado para outro, sem perder
lo em qualquer ponto até uma distância de 250 metros de onde ele qualquer tempo nas viradas. Durante esses 12 minutos, eles podem
se encontra. Portanto, a distância em linha reta, em metros, entre encontrar-se quer quando estão nadando no mesmo sentido, quer
os pontos em que se encontram Bruno e João Guilherme é: quando estão nadando em sentidos opostos, assim como podem
a) 650 encontrar-se quando ambos estão fazendo a virada no mesmo
b) 600 extremo da piscina. Dessa forma, o número de vezes que Marco e
c) 500 Mauro se encontram durante esses 12 minutos é:
a) 10
d) 700 b) 12
e) 720 c) 15
d) 18
08. Augusto, Vinicius e Romeu estão no mesmo vértice de e) 20
um polígono regular. Num dado momento, os três começam a
caminhar na borda do polígono. Todos os três caminham em 12. Durante uma viagem para visitar familiares com
velocidades constantes, sendo que a velocidade de Augusto é o Rascunhodiferentes hábitos alimentares, Alice apresentou
sucessivas mudanças em seu peso. Primeiro, ao visitar uma tia
dobro da de Vinicius e o quádruplo da de Romeu. Augusto desloca- vegetariana, Alice perdeu 20% de seu peso. A seguir, passou alguns
se em sentido oposto ao de Vinicius e ao de Romeu. Após um certo dias na casa de um tio, dono de uma pizzaria, o que fez Alice
tempo, Augusto e Vinicius encontram-se num determinado vértice. ganhar 20% de peso. Após, ela visitou uma sobrinha que estava
Logo a seguir, exatamente dois vértices depois, encontram-se fazendo um rígido regime de emagrecimento. Acompanhando a
Augusto e Romeu. O número de arestas do polígono é: sobrinha em seu regime, Alice também emagreceu, perdendo 25%
a) 10 de peso. Finalmente, visitou um sobrinho, dono de uma renomada
confeitaria, visita que acarretou, para Alice, um ganho de peso
b) 15
de 25%. O peso final de Alice, após essas visitas a esses quatro
c) 12 familiares, com relação ao peso imediatamente anterior ao início
d) 14 dessa seqüência de visitas, ficou:
e) 11 a) exatamente igual
b) 5% maior
09. Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. SeJorge c) 5% menor
é irmão de Maria, então Breno não é neto de Beto. Se Carlos é d) 10% menor
e) 10% maior
filho de Pedro, então Breno é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão de 13. Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto,
Maria. Logo: ou Júlio é justo, ou Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é
a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto. justo. Beto não é bondoso, ou Homero é honesto. Logo,
b) Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia. a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c) Ana não é prima de Bia e Carlos é filho dePedro. b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
d) Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto. c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho dePedro. d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é
justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
10. Três homens são levados à presença de um jovem lógico.
Sabe-se que um deles é um honesto marceneiro, que sempre diz a 14. Foi feita uma pesquisa de opinião para determinar o
verdade. Sabe-se, também, que um outro é um pedreiro, igualmente Rascunhonível de aprovação popular a três diferentes propostas
honesto e trabalhador, mas que tem o estranho costume de sempre de políticas governamentais para redução da criminalidade. As
mentir, de jamais dizer a verdade. Sabe-se, ainda, que o restante propostas (referidas como “A”, “B” e “C”) não eram mutuamente
excludentes, de modo que o entrevistado poderia se declarar
é um vulgar ladrão que ora mente, ora diz a verdade. O problema
ou contra todas elas, ou a favor de apenas uma, ou a favor de
é que não se sabe quem, entre eles, é quem. À frente do jovem apenas duas, ou a favor de todas as três. Dos entrevistados, 78%
lógico, esses três homens fazem, ordenadamente, as seguintes declararam-se favoráveis a pelo menos uma delas. Ainda do total
declarações:O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.”O segundo diz: “É dos entrevistados, 50% declararam-se favoráveis à proposta A,
verdade; ele, o que acabou de falar, é o ladrão.”O terceiro diz: “Eu 30% à proposta B e 20% à proposta C. Sabe-se, ainda, que 5%
sou o ladrão.”Com base nestas informações, o jovem lógico pode, do total dos entrevistados se declararam favoráveis a todas as
então, concluir corretamente que: três propostas. Assim, a percentagem dos entrevistados que se
a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o terceiro. declararam favoráveis a mais de uma das três propostas foi igual a:
a) 17%
b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o segundo.
b) 5%
c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segundo.
c) 10%
d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.
d) 12%
e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o segundo. e) 22%
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A
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, a i
B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, y, e o
..., embora não exista essa obrigatoriedade. u
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por
letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos) por b) Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
B
letras minúsculas. 0
Um outro conceito fundamental é o de relação de pertinência 2 1
que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto. 3
Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos
x∈ A 3 - Conjunto Vazio
Definição
Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.
x∉A Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A. Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou,
simplesmente { }.
Simbolicamente:
2 - Como representar um conjunto
Pela designação de seus elementos ∀ x,x∉ 0/
Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por
vírgula ou ponto e vírgula. Exemplos
Exemplos
a) 0/ ={x:x é um número inteiro e 3x=1}
a) {3,6,7,8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, 6, b) 0/ ={x|x é um número natural e 3-x=4}
7 e 8. c) 0/ ={x|x≠x}
b) {a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a,
b e m. 4 - Subconjunto
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é também
c) {1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1,
elemento de B, dizemos que A é um subconjunto de B ou A é a
{2; 3} e {3}.
parte de B ou, ainda, A está contido em B e indicamos por A Ì B.
Pela propriedade de seus elementos Simbolicamente:
Conhecida uma propriedade P que caracteriza os elementos de
um conjunto A, este fica bem determinado. A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ A
∀ ⇒ x ∈ B)
O termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um
conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer temos: Portanto, A Ë B significa que A não é um subconjunto de B ou
x Î A se, e somente se, x satisfaz P. A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em B. Por outro
x Ï A se, e somente se, x não satisfaz P. lado, A Ë B se, e somente se, existe, pelo menos, um elemento de
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a A que não é elemento de B. Simbolicamente:
propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}
A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x∉ B)
Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou Exemplos
ainda: , podemos indicar o mesmo conjunto por: a) {2.4}Ì {2,3,4}, pois 2 Î {2,3,4} e 4 Î {2,3,4}
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou b) {2,3,4}Ë {2,4}, pois 3 Ï {2,4}
{x | x tem a propriedade P} ou, ainda, c) {5,6} Ì {5,6}, pois 5 Î{5,6} e 6 Î {5,6}
{x :x tem a propriedade P }
Inclusão e pertinência
Exemplos A definição de subconjunto estabelece um relacionamento
a) { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u} entre dois conjuntos e recebe o nome de relação de inclusão ( Ì ).
b) {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que A relação de pertinência ( Î ) estabelece um relacionamento
{0, 1, 2, 3} entre um elemento e um conjunto e, portanto, é diferente da
c) {x : x é um número inteiro e x² = x } é o mesmo que {0, 1} relação de inclusão.
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5 - Igualdade 7 - Propriedades
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e Seja A um conjunto qualquer e 0
/ o conjunto vazio.
indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B é Valem as seguintes propriedades
também subconjunto de A.Simbolicamente:
21
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A ∩ B={X|X ∈ A ou X ∈ B}
B
A B
Exemplos
AÇB Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
Exemplos a) A = {2, 3, 4} → A= {0, 1, 5, 6}
a) {2,3,4}Ç{3,5}={3} b) B = {3, 4, 5, 6 } → B= {0, 1, 2}
b) {1,2,3}Ç{2,3,4}={2,3}
C =0
/ → C= S
c) {2,3}Ç{1,2,3,5}={2,3}
d) {2,4}Ç{3,5,7}= 0
/
11 - Número de elementos de um conjunto
Sendo X um conjunto com um número finito de elementos,
Observação
representa-se por n(X) o número de elementos de X. Sendo, ainda,
Se AÇB=0
/ , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos. A e B dois conjuntos quaisquer, com número finito de elementos
temos:
A B
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B)
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AÈBÈC={1,3,4,5,6,7,8}
A ∩ B= φ0/ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B)
A B
·1 ·3 ·7
·4
·6 ·5
n(A-B)=n(A)-n(AÇB) f) ·8
AÇBÇC={4}
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B)
A B
·1 ·3 ·7
Exercícios Resolvidos ·6
·4
·5
12 - Dados os conjuntos A = {1; 3; 4; 6}, B = {3; 4 ; 5; 7} e C g)
·8
= {4; 5; 6; 8 } pede-se: C
a) AÈB b) AÇB (AÈB)ÇC={4;5;6}
c) AÈC d) AÇC
e)A BÈC f) AÇBÇC A B
g) (AÈB)ÇC h) A-B ·1 ·3 ·7
i) (AÈB)-C j)CCA ·6
·4
·5
h) ·8
Resolução C
Representando os conjuntos A, B e C através do diagrama de
A-B={1;6}
Venn-Euler, temos:
A B
A B
·1 ·3 ·7
·1 ·3 ·7
·4
·4
·6 ·5
a)
·6 ·5
i)
·8 ·8
C
C
AÈB={1,3,4,5,6,7} (AÈB)-C={1,3,7}
A B
A B
·1 ·3 ·7
·1 ·3 ·7
·4
·4 ·6 ·5
·6 ·5 j)
b) ·8
·8
C
C
CCA=C-A={5,8}
AÇB={3,4}
A B 13 – Considere os conjuntos: S={1,2,3,4,5} e A={2,4}.
·1 ·3 ·7 Determine o conjunto X de tal forma que:
XÇA=0
/
·4
·6 ·5 e XÈA=S
c)
·8
C Resolução
AÈC={1,3,4,5,6,8} Como XÇA=0 / e XÈA=S, então X=A =S-A=CsA
→ X={1;3;5}
A B
·1 ·3 ·7 A S
·4 ·1
·6 ·5 ·2
d) ·3
·8 ·4
·5
X
C
Resposta: x={1;3;5}
AÇC={4,6}
A B 14 – Seja A e X conjuntos. Sabendo-se que AÌX e A X={2,3,4},
·1 ·3 ·7 determine o conjunto X.
·4
·6 ·5
e) Resolução
·8
Como AÌX, então A X=X={2;3;4}
C
Resposta: X={2;3;4}
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15 – Dados três conjuntos finitos A,B e C, determinar o Trata-se, portanto, da combinação de 3 elementos, classe 5,
número de elementos de AÇ(BÈC), sabendo-se: com repetição. O resultado é dado por:
a) AÇB tem 26 elementos 7.6
b) AÇC tem 10 elementos A2*6 ,3 =C3+5-1,5=C7,5=C7,2= =21
c) AÇB tem 7 elementos 2!
Resolução 04 – Numa cesta existem peras, maçãs, laranjas e bananas.
De acordo com o enunciado, temos: Existem pelo menos três de cada tipo e as frutas de mesmo tipo são
todas iguais. De quantas maneiras diferentes e possível escolher:
A B
a a) Três frutas de tipos diferentes?
b
7 b) Três frutas?
Resolução
C
4.3.2
a) C4,3= =4
n(AÇBÇC)=7 3.2.1
n(AÇB)=a+7=26 → a=19
Observe quais são as 4 maneiras possíveis:
n(AÇC)=b+7=10 → b=3
Assim sendo: PML PMB PLB MLB
A B A B 4.3.2
=
a
7 b) A2*6 ,3 =C4+3-1,3=C6,3= =20
3.2.1
Ç b
C C
Observe quais são as 20 maneiras possíveis:
e portanto n[AÇ(BÈC)]=a+7+b=19+7+3
Logo: n[AÇ(BÈC)]=29
PPP PLL MMM MLB
16 – Numa escola mista existem 42 meninas, 24 crianças PPM PBB MML LLL
ruivas, 13 meninos não ruivos e 9 meninas ruivas. Pergunta-se PPL PLB MMB LLB
a) quantas crianças existem na escola?
b) quantas crianças são meninas ou são ruivas? PPB PLM MLL LBB
Resolução PMM PMB MBB BBB
Meninos Meninas
A B
Ruivos Ruivos
13 y
Sejam:
A o conjunto dos meninos ruivos e n(A)=x Conhecemos o conjunto N dos números naturais: N = {0, 1,
B o conjunto das meninas ruivas e n(B)=9 2, 3, 4, 5, .....,}
C o conjunto dos meninos não-ruivos e n(C)=13 Assim, os números precedidos do sinal + chamam-se
D o conjunto das meninas não-ruivas e n(D)=y positivos, e os precedidos de - são negativos.
De acordo com o enunciado temos:
Exemplos:
n( B ∪ D) = n( B ) + n( D) = 9 + y = 42
42 ⇔ y = 333 Números inteiros positivos: {+1, +2, +3, +4, ....}
Números inteiros negativos: {-1, -2, -3, -4, ....}
n( A ∪ D) = n( A) + n( B ) = x + 9 = 24
24 ⇔ x = 1515
O conjunto dos números inteiros relativos é formado
Assim sendo pelos números inteiros positivos, pelo zero e pelos números
a) O número total de crianças da escola é: inteiros negativos. Também o chamamos de CONJUNTO DOS
n( A ∪ B ∪ C ∪ D) = n( A) + n( B) + n(C ) + n( D) = 15
15 + 9 +13
13 + 33
3 = 70
70
NÚMEROS INTEIROS e o representamos pela letra Z, isto é: Z =
b)O número de crianças que são meninas ou são ruivas é: {..., -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, ... }
n[( A ∪ B) ∪ ( B ∪ D)] = n( A) + n( B) + n( D) = 15
15 + 9 + 33
3 = 57
57
A B O zero não é um número positivo nem negativo. Todo número
positivo é escrito sem o seu sinal positivo.
C D
Exemplo: + 3 = 3 ; +10 = 10
Então, podemos escrever: Z = {..., -3, -2, -1, 0 , 1,
2, 3, ...}
N é um subconjunto de Z.
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Lembremos que: 3 . 2 = 2 + 2 + 2 = 6
Exemplo:(+3) +[(-4) + (+2)] = [(+3) + (-4)] + (+2) Exemplo:
(+3) + (-2) = (-1) + (+2) (+3) . (+2) = 3 . (+2) = (+2) + (+2) + (+2) = +6
+1 = +1 Logo: (+3) . (+2) = +6
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A divisão de números inteiros só pode ser realizada quando Observamos que: (+2)4 = +16 e (-2)4 = +16
o quociente é um número inteiro, ou seja, quando o dividendo é
múltiplo do divisor. Então, de modo geral, temos a regra:
Portanto, o quociente deve ser um número inteiro. Quando o expoente é par, a potência é sempre um número
Exemplos: positivo.
( -8 ) : (+2 ) = -4
( -4 ) : (+3 ) = não é um número inteiro Outros exemplos: (-1)6 = +1 (+3)2 = +9
Lembramos que a regra dos sinais para a divisão é a mesma O EXPOENTE É ÍMPAR
que vimos para a multiplicação: Calcular as potências:
(+):(+)=+ (+):( -)=- 1) (+2 )3 = (+2 ) . (+2 ) . (+2 ) = +8
(- ):( -)=+ ( -):(+)=- isto é, (+2)3 = + 8
2) ( -2 )3 = ( -2 ) . ( -2 ) . ( -2 ) = -8
Exemplos: ou seja, (-2)3 = -8
( +8 ) : ( -2 ) = -4 (-10) : ( -5 ) = +2 Observamos que: (+2 )3 = +8 e ( -2 )3 = -8
(+1 ) : ( -1 ) = -1 (-12) : (+3 ) = -4
Daí, a regra:
PROPRIEDADE
Quando o expoente é ímpar, a potência tem o mesmo sinal da
Como vimos: (+4 ) : (+3 ) ∉ Z base.
Portanto, não vale em Z a propriedade do fechamento para Outros exemplos: (- 3) 3 = - 27 (+2)4 = +16
a divisão. Alem disso, também não são válidas as proposições
associativa, comutativa e do elemento neutro. PROPRIEDADES
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x1
12 2 2
Portanto: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 6 2 4
3 3 3, 6, 12
Na prática, costuma-se traçar uma barra vertical à direita do 1
número e, à direita dessa barra, escrever os divisores primos; abaixo
do número escrevem-se os quocientes obtidos. A decomposição em Os números obtidos à direita dos fatores primos são os divisores
fatores primos estará terminada quando o último quociente for igual do número considerado. Portanto:
a 1. D(12) = { 1, 2, 4, 3, 6, 12}
Exemplo: Exemplos:
60 2
1)
30 2
15 3 1
5 5 18 2 2
1 9 3 3, 6 D(18) = {1, 2 , 3, 6, 9, 18}
3 3 9, 18
Logo: 60 = 2 . 2 . 3 . 5 1
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Conclusão: os números inteiros positivos têm, como raiz 1ª) Potenciação e radiciação na ordem em que aparecem.
quadrada, um número positivo, os números inteiros negativos não têm 2ª) Multiplicação e divisão na ordem em que aparecem.
raiz quadrada no conjunto Z dos números inteiros. 3ª) Adição e subtração na ordem em que aparecem.
RADICIAÇÃO
A raiz n-ésima de um número b é um número a tal que an = b. Exemplos:
n
b = a ⇒ an = b
5
32 = 2 1) 2 + 7 . (-3 + 4) =
2 + 7 . (+1) = 2+7 =9
5 índice
2) (-1 )3 + (-2 )2 : (+2 ) =
32 radicando pois 25 = 32
-1+ (+4) : (+2 ) =
raiz -1 + (+2 ) =
-1 + 2 = +1
2 radical
3) -(-4 +1) – [-(3 +1)] =
-(-3) - [-4 ] =
Outros exemplos : 3
8 = 2 pois 2 3 = 8
+3 + 4 = 7
3
− 8 = - 2 pois ( -2 )3 = -8
4) –2( -3 –1)2 +3 . ( -1 – 3)3 + 4
PROPRIEDADES (para a ≥ 0, b ≥ 0) -2 . ( -4 )2 + 3 . ( - 4 )3 + 4 =
-2 . (+16) + 3 . (- 64) + 4 =
m: p
1ª)
m
an = a n: p 15
310 = 3 3 2 -32 – 192 + 4 =
-212 + 4 = - 208
2ª) n
a ⋅b = n a ⋅ n b 6 = 2⋅ 3 5) (-288) : (-12)2 - (-125) : ( -5 )2 =
(-288) : (+144) - (-125) : (+25) =
5 4
5 (-2 ) - (- 5 ) = -2 + 5 = +3
4 =4
3ª) n
a:b = n a :n b 16 16
6) (-10 - 8) : (+6 ) - (-25) : (-2 + 7 ) =
(-18) : (+6 ) - (-25) : (+5 ) =
4ª) ( a)m
n
= m an ( x)
3
5
= 3 x5
-3 - (- 5) =
- 3 + 5 = +2
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RACÍOCINIO LÓGICO
Conclusão
A média aritmética dos n elementos do conjunto numérico A é
a soma de todos os seus elementos, dividida por n.
A média aritmética é 7.
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RACÍOCINIO LÓGICO
6º Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um ponto é o ponto que é a interseção entre o plano e o segmento.
em comum. Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.
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RACÍOCINIO LÓGICO
Vamos considerar primeiramente um caso particular com Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.
quatro segmentos de reta:
m(AB)
A______B P__________Q m(PQ) =4cm
=2cm
m(CD)
C__________D R_______________S m(RS) =6cm
=3cm
m(AB) m(CD)
=
m(BC) m(DE)
Um conjunto de três ou mais retas paralelas num plano é Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não pertence à
chamado feixe de retas paralelas. A reta que intercepta as retas circunferência e os lados são tangentes à ela.
do feixe é chamada de reta transversal. As retas A, B, C e D que
aparecem no desenho anexado, formam um feixe de retas paralelas
enquanto que as retas S e T são retas transversais.
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RACÍOCINIO LÓGICO
a)
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RACÍOCINIO LÓGICO
b)
c)
d)
a)
b)
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RACÍOCINIO LÓGICO
——————————————————————————
11- A soma de dois ângulos adjacentes é 120 graus. Calcule
a medida de cada ângulo, sabendo que a medida de um deles é o ——————————————————————————
triplo da medida do outro menos 40 graus.
——————————————————————————
12- Dois ângulos são suplementares, a medida de um deles
é 24 graus menor do que o dobro da medida do outro.Calcule a ——————————————————————————
medida de cada ângulo.
——————————————————————————
13- Um entre dois ângulos complementares tem medida 18º
menor do que o dobro da medida do outro. Calcule as medidas de ——————————————————————————
cada ângulo. ——————————————————————————
14- Dois ângulos complementares têm medidas ——————————————————————————
respectivamente iguais a 3x-10 e 2x+10. Determinar a medida de
cada ângulo. ——————————————————————————
——————————————————————————
17- Se (3x-15) graus é a medida de um ângulo agudo, que
restrições devemos ter para o número x? ——————————————————————————
18- A soma das medidas de dois ângulos complementares é ——————————————————————————
86º maior do que a diferença de suas medidas. Calcule a medida
de cada ângulo. ——————————————————————————
RESPOSTAS ——————————————————————————
——————————————————————————
1 2 3 4 5 6
a)55º a)115º 30º 120º
——————————————————————————
b)74º 130º b)45º 60º 360º e
c)33º c)10º 90º 150º ——————————————————————————
d)42º
——————————————————————————
7 (2/3)º = 2/3 x 60’ = 40’
8 48’=(48/60)º=(4/5)º=(4/5) de 1º ——————————————————————————
9 (3/4)’=(3/4)x60” = 45” ——————————————————————————
a) BÔA e CÔD
b) BÔC e DÔA ——————————————————————————
10 c) DÔC e CÔB, CÔB e BÔA, BÔA e DÔA, BÔA e CÔD
d) DÔC e AÔB, AÔD e BÔC ——————————————————————————
e) BÔA e DÔC
11 x=40º e y= 80º 15 90º —————————————————————————
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RACÍOCINIO LÓGICO
ANOTAÇÕES
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Didatismo e Conhecimento
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INFORMÁTICA
A Matéria de Informática contém muitas figuras com Além destes elementos internos, temos também o Clock,
resolução de baixa qualidade, a mesma máteria encontra-se que é um dispositivo que gera sinais periódicos necessários para
no CD-ROOM para melhor visualização dos candidatos. a sincronização dos dados. Indica, indiretamente, a velocidade
de processamento e é medido, atualmente, em Ghz (bilhões de
operações por segundo).
CONCEITOS DE INFORMÁTICA,
Barramentos
HARDWARE E SOFTWARE. Os barramentos são os conjuntos de micro conectores que
ligam o microprocessador à placa-mãe, através dos quais os dados
e as instruções, os endereços e os elementos de controle trafegam.
HARDWARE Os barramentos são bidirecionais, ou seja, permitem tanto a
O Hardware é a parte física de um sistema computacional, entrada de dados no microprocessador quanto a saída de dados
formado por partes mecânicas, elétricas, eletrônicas e
deste. São três os barramentos de um microprocessador, cada um
eletromecânicas. São exemplos de hardware o gabinete, as placas
e os periféricos. O Hardware é dividido em três partes principais, deles ligado a uma de suas unidades primárias:
sendo: CPU ou UCP, a Memória e os Periféricos.
São também três as etapas do Processamento de Dados: Entrada Barramento de Dados: este barramento serve à Unidade
de Dados, Processamento de Dados e Saída de Informações. Lógica e Aritmética, utilizado para o tráfego dos dados e das
O Hardware responsável pelo Processamento de Dados é o instruções. A largura dos barramentos atuais é de 32 ou 64 bits,
chamado CPU (Central Processing Unit) ou UCP (Unidade Central o que significa que cada operação executada processa um bloco
de Processamento). A Unidade Central de Processamento, também de 32 ou 64 dígitos binários. Ao tamanho do barramento de dados
chamada de processador, é a parte do computador que realiza as também se dá o nome de “PALAVRA”. Portanto, ao se dizer que
operações aritméticas e lógicas e gerencia o armazenamento os um processador possui barramento de 32 bits, o termo se refere
dados e instruções em memória. Os dados que nela entram estão SEMPRE ao tamanho do barramento de dados, e isto equivale a
na forma de sistema binário (0 e 1). A CPU é colocada em um dizer que o processador trabalha com uma PALAVRA de 32 bits.
local chamado de Placa Mãe. A CPU é o centro do sistema de Barramento de Controle: Serve à Unidade de Controle,
processamento de dados. Essa unidade é constituída por três transportando os dados das coordenadas providas por esta unidade.
elementos básicos: a Unidade de Controle (UC), a Unidade Lógica Barramento de Endereços: É o barramento pelo qual trafegam
Aritmética (ULA) e Registradores. os elementos que compõe os endereços de memória que devem
Os microcomputadores constituem um caso “particular” de ser acessados, e que está, portanto, ligado aos Registradores. Sua
computadores, em que a sua unidade central é um microprocessador largura é equivalente à do barramento de dados ou à sua metade.
(na verdade um processador miniaturizado). Ainda assim, mesmo Os processadores atuais usam barramento de endereços de 32 bits,
ao nos referirmos a um microprocessador, usualmente diremos o que equivale à tecnologia de 32 bits para dados, ou à metade da
“processador”.
tecnologia de 64 bits. Existem ainda processadores que possuem
UNIDADE LÓGICA E ARITMÉTICA, UNIDADE DE tecnologia de 64 bits tanto para dados quanto para endereços.
CONTROLE E REGISTRADORES
A Unidade Lógica e Aritmética (ULA) tem como função
realizar as operações aritméticas como a adição, subtração,
divisão e multiplicação, e também as operações lógicas relacionais
como deslocamento, transferência, comparação, classificação,
etc. Quando um programa solicita uma operação matemática
ao computador, a Unidade de Controle entrega para a Unidade
de Lógica e Aritmética os dados envolvidos e a operação a ser
utilizada. A Unidade de Aritmética e Lógica executa o cálculo e
imediatamente devolve os dados para a Unidade de Controle, a
partir da qual os dados são então manipulados até chegar a um
objetivo.
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INFORMÁTICA
- melhor aproveitamento da unidade de disco ou partição; obtida. Isso porque, se os dados fossem gravados em um único
- controle de acesso a usuários; disco, esse processo seria feito de forma seqüencial. Com o RAID,
- recursos de compactação; os dados cabíveis a cada disco são gravados ao mesmo tempo. O
- recursos de criptografia RAID 0, por ter estas características, é muito usado em aplicações
de CAD e tratamento de imagens e vídeos.
CLUSTERS
O número de endereços da FAT é menor que o número de RAID nível 1 - também conhecido como “Mirroring” ou
setores possivelmente criados em um disco. Por isso, o Sistema “Espelhamento”, funciona adicionando HDs paralelos aos HDs
Operacional precisa agrupar os setores em pequenos grupos, em principais existentes no computador. Assim, se um computador
número equivalente ao de endereços possíveis na FAT. A cada um possui 2 discos, pode-se aplicar mais um HD para cada um,
destes pequenos grupos de setores é dado o nome de CLUSTER. totalizando 4. Os discos que foram adicionados, trabalham
Uma vez que só uma informação pode ser armazenada em um como uma cópia do primeiro. Assim, se o disco principal recebe
Cluster, concluímos que, quanto menor o tamanho do Cluster, dados, o disco adicionado também os recebe. Daí o nome de
melhor é a alocação de espaço em uma unidade de disco. No “espelhamento”, pois um HD passa a ser uma cópia praticamente
sistema FAT32, os Clusters em geral variam entre 4, 8 ou 16Kb). idêntica do outro. Dessa forma, se um dos HDs apresentar falha,
Já no sistema NTFS os Clusters variam entre 512b (0,5Kb) e 4Kb.
o outro imediatamente pode assumir a operação e continuar a
PARTICIONAMENTO disponibilizar as informações. A conseqüência neste caso, é que
O particionamento é um recurso que possibilita a “divisão” de a gravação de dados é mais lenta, pois é realizada duas vezes. No
uma unidade de disco em partes. Cada uma das partes resultantes entanto, a leitura dessas informações é mais rápida. Por esta razão,
deste processo será vista pelo Sistema Operacional como uma uma aplicação muito comum do RAID 1 é seu uso em servidores
unidade de disco diferente, o que melhora a alocação dos dados de arquivos.
assim como permite ao usuário a utilização das partições para
fins diferentes. Uma outra vantagem do processo é a instalação RAID 0 + 1 - O RAID 0 + 1 é uma combinação dos níveis
de sistemas operacionais diferentes, já que um disco possibilita 0 (Striping) e 1 (Mirroring), onde os dados são divididos entre os
apenas a instalação de um Sistema Operacional por partição. discos para melhorar o rendimento, mas também utilizam outros
discos para duplicar as informações. Assim, é possível utilizar
TECNOLOGIA RAID o bom rendimento do nível 0 com a redundância do nível 1. No
Introdução entanto, é necessário pelo menos 4 discos para montar um RAID
Para um usuário normal, a perda de dados até que pode não desse tipo. Tais características fazem do RAID 0 + 1 o mais rápido
fazer muita falta. Mas para empresas ou profissionais, a perda e seguro, porém o mais caro de ser implantado.
de informações pode significar prejuízos enormes. A tecnologia
RAID, já consolidada e usada há alguns anos, é uma forma bastante Tipos de RAID
eficiente de proteger informações e no caso de empresas, garantir Existem 2 tipos de RAID, sendo um baseado em hardware
a permanência de seus negócios. Conheça, nas próximas linhas, os e o outro baseado em software. Cada uma possui vantagens e
conceitos desta tecnologia. desvantagens. O primeiro tipo é o mais utilizado, pois não depende
de sistema operacional (pois estes enxergam o RAID como um
O que é RAID único disco grande) e são bastante rápidos, o que possibilita
RAID é a sigla para Redundant Array of Inexpensive Disks. explorar integralmente seus recursos. Sua principal desvantagem é
Sua definição em português seria “Matriz Redundante de Discos”. ser um tipo caro inicialmente. A foto ao lado mostra um poderoso
Trata-se de uma tecnologia que combina vários discos rígidos sistema RAID baseado em hardware. Repare que na base da direita
para formar uma única unidade lógica, onde os mesmos dados
estão armazenados vários discos:
são armazenados em todos. Em outras palavras, é um conjunto
de HDs que funcionam como se fossem um só. Isso permite alta O RAID baseado em hardware, utiliza dispositivos
tolerância contra falhas, pois se um disco tiver problemas, os denominados “controladores RAID”, que podem ser, inclusive,
demais continuam funcionando, disponibilizando os dados. O conectados em slot PCI da placa-mãe do computador. Já o
sistema operacional, neste caso, enxergará os discos como uma RAID baseado em software não é muito utilizado, pois apesar
unidade lógica única. Quando há gravação de dados, os mesmos de ser menos custoso, é mais lento, possui mais dificuldades
se repartem entre os discos do RAID (dependendo do nível). de configuração e depende do sistema operacional para ter um
Com isso, além de garantir a disponibilidade dos dados em caso desempenho satisfatório. Este tipo ainda fica dependente do poder
de falha de um disco, é possível também equilibrar o acesso às de processamento do computador em que é utilizado.
informações, de forma que não haja gargalos. A tecnologia RAID
funciona de várias maneiras. Tais maneiras são conhecidas como Monitores de Vídeo
“níveis de RAID”. No total, existem 6 níveis básicos, os quais são O vídeo do computador é o principal meio de apresentação
mostrados a seguir: dos resultados processados. O monitor de vídeo pode exibir tanto
dados alfanuméricos (letras e números) quanto gráficos (imagens).
RAID nível 0 - Este nível também é conhecido como “Striping” Pode-se também utilizar um aparelho de televisão comum ligado
ou “Fracionamento”. Nele, os dados são divididos em pequenos ao computador através de um conversor de freqüência. Embora um
segmentos e distribuídos entre os discos. Este nível não oferece aparelho de TV tenha a maioria das capacidades de um monitor
tolerância a falhas, pois não existe redundância. Isso significa de vídeo, ele apresenta uma imagem de qualidade inferior, o
que uma falha em qualquer um dos HDs pode ocasionar perda de que o torna impróprio para o uso prolongado que o computador
informações. Por essa razão, o RAID 0 é usado para melhorar a provavelmente terá em um ambiente de trabalho. A função do vídeo
performance do computador, uma vez que a distribuição dos dados é interpretar os impulsos binários do computador e convertê-los
entre os discos proporciona grande velocidade na gravação e leitura em sinais gráficos, a fim de que possamos visualizar as mensagens
de informações. Quanto mais discos houver, mais velocidade é oriundas do computador. O monitor de vídeo possui subdivisões:
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INFORMÁTICA
1) RESOLUÇÃO sobre o papel por uma cabeça de impressão com 64 a 128 injetores.
O vídeo é composto por vários pontos (pixels) na vertical e O resultado final é uma impressão rápida e com alta qualidade.
horizontal. A multiplicação dos pixels da horizontal pela vertical Existem modelos que possuem qualidade de foto na impressão.
dará a resolução final do vídeo. A maior resolução alcançada atualmente é de 5760x2880 pontos
a) Baixa Resolução - monitores que apresentam até 200.000 por polegada (dpi). A velocidade alcança cerca de 25 páginas por
pixels. minuto em preto e branco, e 16 em colorido.
b) Média Resolução - entre 200.000 e 400.000 pixels, como os
monitores VGA (Vídeo Graphics Adapter).
c) Alta Resolução - entre 400.000 e 800.000 pixels, como nos c) Impressora Térmica - esse modelo utiliza o processo que
monitores padrão Super VGA (SVGA). lhe dá o nome, sensibilizando o papel termicamente para gerar o
d) Altíssima Resolução - acima de 800.000 pixels, como em caractere. Essas impressoras são utilizadas em máquinas de fax e
monitores padrão UGA (Ultra Graphics Array). possuem duas principais desvantagens: impressão monocromática
e perda de informações com o tempo.
Vídeo Touch Screen – Tela Sensível ao Toque
Esses vídeos possuem uma tela sensível ao toque que d) Impressora Cera - é normalmente utilizada na impressão
executam tarefas como se fosse através de um teclado. Essas telas de capas de revistas ou propagandas que exigem alta resolução
podem ser de três tipos básicos:
gráfica. A forma de impressão varia de acordo com o modelo
Pressão: é formada por duas camadas e separadas por um
espaço que contém fios. Ao se pressionar a tela, os fios se encostam (sublimação ou derretimento térmico), porém todas com o mesmo
e fecha o circuito no local da pressão; objetivo que é fixar cera colorida em folha de papel. Seu custo
Infravermelho (Óptica): a tela é cercada por pares de célula é alto, porém sua manutenção é muito mais cara. A qualidade
fotoelétrica e diodo que emite luz infravermelha, criando uma rede é equivalente a 15000 dpi, mas a velocidade é baixa, o que
ou conjunto de retículas invisíveis; geralmente não é importante para esse tipo de impressora.
Capacitivas (Sombreamento): mesma lógica da tela de pressão MODEM
porém com sensores de mudança da capacitância que detectam Pense na comunicação entre dois computadores sendo feita
alteração de luminosidade. via telefone. A comunicação via telefone é feita através de sinais
analógicos e os computadores trabalham com sinais digitais.
IMPRESSORAS DE IMPACTO Para resolver isso, utilizamos um aparelho chamado MODEM,
a) Impressora Matricial - esse tipo de impressora utiliza MOdulador e DEModulador. Esse aparelho converte sinais
um sistema de cabeça de impressão composta por uma matriz de digitais em sinais analógicos na transmissão e sinais analógicos
agulhas (normalmente de 9 a 24 agulhas) que se movimentam em digitais na recepção.
independentemente uma das outras. Conforme o caractere a ser
impresso, as agulhas correspondentes à formação do mesmo são
ativadas, e ao pressionar a fita que possui a tinta, o caractere é SCANNER
impresso no papel. Este tipo de sistema de impressão permite O Scanner (Digitalizadores de Imagens ou Dispositivos
uma baixa velocidade de impressão. A velocidade oscila de 25 de Varredura ótica) é um capturador de imagens gráficas ou
a 350CPS, sendo que cada linha pode ter 80 ou 132 colunas. textuais. Este tipo de equipamento permite a entrada de dados
Possuem uma resolução de média para baixa. para o computador através de um sensor luminoso que interpreta
os caracteres ou marcações feitas em um documento qualquer.
IMPRESSORAS DE NÃO IMPACTO O processo de leitura é ótico, através de uma célula fotoelétrica
a) Impressora Laser - esse modelo de impressora é bastante (componente eletrônico sensível á presença de luz) ou através de
veloz e a qualidade de impressão é excelente. Os caracteres são leitura por raio laser.
impressos no papel através de um sistema de raios laser de baixa Em relação à forma de trabalho pode ser dividido em:
intensidade, que permite sensibilizar opticamente um cilindro pelo • Scanner de Mão - para se capturar a imagem passa-se o
qual passa o papel. Após ser sensibilizado pelo laser, o cilindro mesmo em cima do desenho e este é transportado para a memória
recebe uma chuva de tinta, e esta só permanece depositada nas do computador;
partes sensibilizadas pelo laser, desta forma qualquer tipo de
• Scanner de Mesa - para se capturar a imagem, coloca-se
caractere ou desenho pode ser produzido pela impressora. Trabalha
com Toner (pó químico que normalmente é acondicionado em a mesma no scanner e o desenho é copiado para a memória do
um cartucho com um cilindro difusor), e é bastante silenciosa. A computador;
qualidade gráfica alcança até cerca de 10000 pontos por polegada, • Scanner de Página - coloca-se a imagem em uma bandeja
e a velocidade pode ultrapassar 20 páginas por minuto, quase vertical e o scanner puxa a página que contém o desenho
não sendo mais utilizada para impressões em cores, pois o custo transportando-o para a memória do computador.
chegaria próximo à de uma impressora de cera, com qualidade
inferior. A resolução (nitidez da imagem) é medida em DPI (Dots Per
Inchs), que é a quantidade de pontos por polegada. Quanto maior
b) Impressora Jato de Tinta - possui uma qualidade for a quantidade de pontos, maior será a resolução. Um problema
aproximada à de uma impressora a laser, mas com um preço encontrado nos scanners é que eles reconhecem o texto como
inferior e uma relação custo/benefício normalmente mais uma imagem. No entanto, existe um programa chamado OCR
satisfatória para usuários domésticos. Estas impressoras trabalham (Optical Character Rccognition) que captura o texto da imagem,
com um sistema de jato de tinta onde a impressão é feita com um convertendo os caracteres para o código ASCII equivalente,
auxílio de um compartimento onde é armazenada a tinta, aplicada permitindo que o texto seja manipulado por outro programa.
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INFORMÁTICA
Lembre-se sempre: Os programas que um computador é capaz Nas empresas, as planilhas são uma das fontes de
de entender e executar são denominados de Software ou Programa informações utilizadas pelos vários departamentos e fatalmente
de Computador. Ainda, segundo a Lei de Software (Lei nº 9.609, é uma ferramenta básica na tomada de decisões. Elas podem
de 19 de fevereiro de 1998): fazer previsões financeiras, planejamentos, gráficos atualizados
Art. 1º Programa de computador é a expressão de um conjunto automaticamente. Tudo com base em cálculos.
organizado de instruções em linguagem natural ou codificada,
contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego Uma planilha de cálculo é auto-explicativa, não sendo
necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, necessário o usuário possuir conhecimentos de técnicas de
dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados programação e nem a digitação dos comandos, pois são acessadas
em técnica digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e por menus. Entre outras, podemos citar o Excel da MicroSoft e o
para fins determinados. Quatro Pro da Corel.
Podemos dizer que por si só, o computador (Hardware) não Os Editores Gráficos e Editoração Eletrônica
é capaz de realizar nenhum trabalho. É somente um elemento
capaz de executar uma tarefa cuja execução lhe é ordenada. Por São programas específicos, capazes de trabalhar com alta
conseguinte, para que ele realize esse trabalho, é necessário que o resolução gráfica e produzir criações profissionais, como jornais,
homem lhe dê instruções, agrupadas e ordenadas em programas, panfletos publicitários, etc., utilizando fotos, imagens e layout
ou seja: o software. próprio.
Existem vários tipos de softwares, porém podemos dividi-los Encontramos no mercado nacional, diversos concorrentes
em dois principais tipos: do software aplicativo para editoração gráfica. Destacam-se nos
Software básico – que é o conjunto de programas que Editores de Desenhos, entre outros, o Corel Draw, Adobe Photo,
criam “softwares aplicativos”, a exemplo das linguagens “C” e
MS Imager, Imager Composer, etc. E entre os programas de
“Assembler” entre tantas outras.
Software aplicativo – são os programas desenvolvidos para Editoração Eletrônica o Page Maker, Publisher.
atender funções específicas, como exemplo se pode citar: edição de
texto, gerenciamento de banco de dados, planilhas eletrônicas de Banco de Dados
cálculos, e outros, tendo por finalidade atender a uma determinada
aplicação (controle de estoque, folha de pagamento, contabilidade Podemos entender por Banco de Dados qualquer sistema,
e custos, controle financeiro, etc). composto por computador e software, cuja finalidade seja manter
Software é o conjunto de informações e ordens (Programas), organizadas as informações relacionadas a determinado assunto e
que são transmitidos para um computador realizar as mais variadas em determinada ordem. Ex.: Cadastro de Clientes.
tarefas. Portanto, é feito para dar vida ao computador, dando-lhe Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é um
atividade e significado. conjunto de programas de computador (software aplicativo), que
serve para administrar o Banco de Dados e que faz a interface entre
O sistema operacional
Sistema Operacional é o programa mais importante do os dados do Banco de Dados e o usuário do sistema.
computador. Sem ele seu equipamento não funciona. Num antigo arquivo convencional, saber quais são os
O sistema operacional promove os recursos básicos de funcionários de uma empresa que têm mais de 40 anos e no mínimo
integração entre o hardware, o software e o usuário, fazendo com 2 filhos pode ocupar dias no trabalho de separação de fichas de
que haja uma perfeita concordância entre o Hardware e o Software. papel. Além de exigir muita atenção para não errar ao pular a ficha
É escrito na linguagem natural do computador, determinado de algum funcionário que atenda a condição de seleção. Ainda,
como software básico e faz o papel de uma interface de comunicação pode demorar tanto que a informação se torne desnecessária e o
entre o usuário e os equipamentos. Existem diversos tipos de trabalho desperdiçado. Com um computador e um sistema geren-
Sistemas Operacionais, os mais conhecidos são o Windows, Unix, ciador de banco de dados, podemos executar tal tarefa de forma
Linux e o velho e bom MS-DOS.
O editor de texto precisa num tempo irrisório.
O editor de texto, também conhecido como processador de Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacionais
texto, é um software aplicativo destinado à edição de palavras (SGBDR) administra um Banco de Dados Relacionais, o qual é
(textos, documentos, formulários), tendo como objetivo produzir caracterizado por ser organizado em tabelas de dados, isto é, os
correspondências, relatórios brochuras ou livros. O computador dados são armazenados em tabelas. Essas tabelas são relacionadas
somado ao processador de textos veio substituir a velha máquina de umas às outras através de um ou mais campos. Veja o exemplo:
escrever, possibilitando criar textos e armazená-los em dispositivos
como disquetes ou winchester, podendo posteriormente recuperar, Tabela 1
alterar, copiar partes do mesmo para outro texto, ou seja, manipular Nome Endereço Fone Celular
em inúmeras formas possíveis. carmem Rua x 425 999
pedro Rua y 524 998
Encontramos, no mercado nacional, diversos concorrentes
do software aplicativo para processadores de textos, dos quais
podemos destacar: Word; WordPerfect; Carta-Certa; que são Tabela 2
característicos pela facilidade de uso e recursos de edição de texto Nome
que oferecem ao usuário. Matéria Nota
carmem Matemática 7
A planilha eletrônica de cálculo
carmem Informática 8
Também conhecida como planilha de cálculo, é um software
aplicativo que têm por função efetuar a manipulação de cálculos pedro Matemática 6
matemáticos e financeiros, de forma a substituir o modo tradicional pedro Informática 10
de um modelo financeiro: lápis, papel e calculadora.
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INFORMÁTICA
Com o SGBDR é possível, numa só consulta, listar quem 5. Interface baseada na Internet - Todos programas do
obteve a nota máxima em determinada matéria com o respectivo Windows (a partir da versão 98) apresentam forma de exibição
endereço para, por exemplo, enviar uma correspondência de elogio. idêntica ao ambiente da Internet.
Na Tabela 2, a área preenchida representa um campo (Matéria),
que é a menor unidade de informação existente em um arquivo de 6. Assistente para trabalhar com Internet - O Windows
Banco de Dados. Na Tabela 1, a área preenchida representa um traz. o ICW (Internet Connection Wizard) que fornece aos,
registro (Nome, Endereço, Fone e Celular), que é um conjunto de usuários do Windows todas as funções necessárias para conexão
campos do Banco de Dados (uma informação global). No exemplo, com a Internet.
o campo “Nome” determinou o relacionamento entre as tabelas e o
resultado da consulta ficou assim: João, Rua y. 7. Assistente de Ajuste do Windows - Ferramenta que permite
Alguns exemplos de softwares SGBD(R): agendar execuções automáticas de programas e ferramentas de
sistema, com hora marcada para um dia ou semanalmente. O uso
Oracle, Access / SQL Server, ZIM, DBase / Clipper (já em
freqüente de tais ferramentas melhora a velocidade e a integridade
desuso), Progress.
do sistema.
8. Suporte para o IrDA - Permite a fácil conexão de
dispositivos que utilizam raios do tipo infravermelho, para
SISTEMAS OPERACIONAIS WINDOWS E comunicação de dados, em vez de fios ou cabos.
LINUX. CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E
DE GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÕES, 9. ActiveMovie - Arquitetura que permite reprodução de
vídeos de alta qualidade, e apresenta um conjunto de propriedades
ARQUIVOS, PASTAS E PROGRAMAS. sobre as quais você pode elaborar aplicativos e ferramentas de
multimídia.
SISTEMA OPERACIONAL E AMBIENTE WINDOWS 10. Verificador de Arquivos do Sistema - Utilitário que
garante a integridade dos arquivos de sistema do Windows.
O Windows é um Sistema Operacional Gráfico que tem por 13. Microsoft NetShow - Software que permite assistir e
função principal o elo entre a máquina e o usuário na operação de ouvir transmissões ao vivo ou gravadas, sem ter que esperar pela
transferência de arquivos.
arquivos.
É o software mais importante do hardware. Sem ele não
14. Microsoft FrontPage - Software que é um editor em
podemos executar outros softwares, como um processador de HTML para criação de páginas da Internet.
texto ou uma planilha de cálculos, um software de apresentação ou
qualquer outro aplicativo. Área de Trabalho (Desktop)
Possui diversas versões, tais como: Windows 3.1, 3.11, 95,
NT, 98, ME, 2000, XP, 2007 e Seven. Também possui inúmeros
recursos dos quais podemos destacar:
1. Modelo de Drivers de Win 32 (WDM) - É um modelo que
permite que os novos dispositivos tenham um único driver para os
sistemas operacionais Windows.
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6. Dentro da área da pasta programas procure por Mapa de Mas, se desejar, você pode usar algumas opções de organização
Caracteres e dê um clique sobre esta opção. disponíveis no Windows.
7. Dê um clique em Remover. 1. Clique com o botão Direito do mouse sobre qualquer lugar
8. Aparecerá a caixa Propriedades da Barra de Tarefas onde da área de trabalho onde não esteja nenhum ícone.
você deve dar um clique no botão OK. 2. No menu pop-up que aparece escolha a opção Organizar
ícones e aparecerá um menu onde você poderá escolher o tipo de
classificação que desejar: por Nome, por Tipo, por Tamanho, por
Agora quando você abrir seu menu Iniciar e a opção Programas
Data.
o Mapa de Caracteres não mais aparecerá.
Arrumando a data e a hora da Barra de Tarefas
Usando atalhos na área de trabalho Muitas vezes necessitamos acerta a hora em nosso computador,
Como parte da configuração padrão na Área de Trabalho, você por exemplo, quando entramos e quando saímos do horário de
sempre vê o ícone Lixeira em sua Área de Trabalho. Embora esta verão no Brasil. Para acerta o relógio do computador clique duas
configuração seja limpa e prática, você pode achar útil adicionar vezes sobre o relógio que aparece na Barra de Tarefas.
ícones que representam programas, pastas ou documentos que você
usa com freqüência. Quando você dá um duplo clique sobre o ícone, Aparecerá a caixa Propriedades de Data/Hora, onde você
você está atiçando o item para o qual o ícone está direcionado. poderá acerta o horário e a data corretas. Na pasta Data&Hora, no
quadro Data você altera o mês e o ano e a data do mês. No quadro
Criando ícones Hora digite nos locais da hora ou minuto ou segundo os valores
O processo para criar ícones é bastante simples. Faça com que corretos para corrigir o relógio. Na pasta Fuso Horário você deve
o nome do programa possa ser visto, para isso use o programa especificar o fuso horário do local onde você está no mundo.
Localizar, ou o Windows Explorer.
Apesar de o Windows ser normalmente utilizado na sua forma
Neste exemplo, usaremos o Windows Explorer. original, existem muitas alterações que você pode fazer para
melhorá-lo a seu gosto - ajustes das cores da tela, velocidade do
mouse, velocidade de repetição das teclas, por exemplo.
1. No menu Iniciar selecione a opção Programas.
A maioria destas modificações não chegam a ser necessidade,
2. No menu clique em Windows Explorer. embora possam tornar mais fácil e agradável a utilização do
Windows. Estas alterações serão realizadas por intermédio da
3. Utilize a ferramenta de forma a observar o nome do opção PAINEL DE CONTROLE, que se encontra dentro da
programa ou arquivo para o qual você deseja criar o ícone. pasta CONFIGURAÇÕES, no botão INICIAR.
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9. Ao iniciar a desfragmentação uma barra indicando a b) Barra de Status - mostra ou não a Barra de Status.
evolução da desfragmentação aparecerá em uma caixa de diálogo. c) Barra do Explorer - faz com que sejam ou não mostradas
Clicando no botão Exibir detalhes você poderá ver o processo de as barras Pesquisar, Favoritos, Históricos, Canais e todas de uma
desfragmentação por toda a tela. só vez.
10. Clicando o botão Legenda você poderá saber qual d) Ícones Grandes - mostra os ícones de pastas, arquivos e
a finalidade de cada quadradinho durante o processo de atalhos em um tamanho maior.
desfragmentação. e) Ícones Pequenos - mostra os ícones de pastas, arquivos e
atalhos em um tamanho reduzido.
Usando o Windows Explorer f) Lista - mostra apenas os ícones das pastas e arquivos.
g) Detalhes - mostra outros detalhes sobre as pastas e os
arquivos.
h) Organizar ícones - classifica os itens por nome, tamanho,
data e tipo, dependendo da visualização escolhida.
i) Opções - permite escolher o tipo de arquivo que será
mostrado.
Menu Ir
O Windows Explorer é uma excelente maneira de trabalharmos a) Voltar - mesma função que foi vista no Botão Voltar da
com arquivos dentro do Windows. Em sua janela poderemos Barra de Ferramentas.
visualizar as pastas da unidade de disco escolhida, como também b) Avançar - mesma função que foi vista no Botão Avançar da
os arquivos que estão em cada pasta. Barra de Ferramentas.
No Windows Explorer poderemos visualizar outras partes do c) Um Nível Acima - mesma função que foi vista no Botão
disco rígido que não aparecem no ícone Meu computador, como Acima da Barra de Ferramentas.
por exemplo os arquivos ocultos. d) Página Inicial - permite visualizar a página de abertura
quando nos conectamos à Internet.
Para entrar no Windows Explorer faça o seguinte: e) Pesquisar na Web - localiza informações na Web usando
1. No menu INICIAR coloque o cursor do mouse sobre a a barra do Explorer.
opção Programas. f) Correio - abre o programa Outlook Express.
2. No menu Programas que apareceu dê um clique em g) Notícias - visualiza notícias.
Windows Explorer, o programa será aberto. h) Meu Computador - abre o ícone meu computador, que
apresenta o conteúdo do computador em termos de unidades
Menu Arquivo flexíveis ou rígidas, painel de controle, impressoras, acesso à rede
a) Novo - cria uma nova pasta ou atalho para a pasta. dial-up e tarefas agendadas.
b) Criar Atalho - cria atalhos para itens. i) Catálogo de Endereços - abre o catálogo de endereços que
c) Excluir - exclui pastas, arquivos ou atalhos. permite criar e buscar endereços, além de criar grupos e outros
d) Renomear - muda o nome de pastas, arquivos ou atalhos. recursos.
Essa opção não muda o nome de uma unidade. j) Chamada na Internet - abre o seu software de conferência
e) Propriedades - mostra características do arquivo ou pasta Microsoft NetMeeting).
(tamanho, data e hora da criação, etc.). Essa opção também permite Menu Favoritos - permite inserir endereços de sites da web
mudar atributos (somente para leitura, oculto, etc.) dos arquivos ou na lista de favoritos, mudar a ordem de visualização ou o nome
pastas. . dos mesmos e excluir itens.
f) Trabalhar Off-Line - quando não estamos conectados à Menu Ferramentas - corresponde ao menu Localizar do
Internet, trabalhamos desse modo. botão Iniciar.
g) Fechar - fecha o Windows. Menu Ajuda - corresponde ao menu Ajuda do botão Iniciar.
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3. Serão abertas as opções e você escolhe a opção Pasta. Movendo arquivos e/ou pastas
4. Um ícone será criado no lado direito da tela com o nome de a) Movendo arquivos com a ajuda do menu
Nova Pasta. Como ele ainda está selecionado você.
pode escrever o nome da nova pasta agora. 1. Selecione o arquivo ou os arquivos que serão movidos.
5. Pressione a tecla ENTER e a nova pasta será criada com o 2. No menu Editar selecione a opção Recortar. Atalho:
nome que você escolheu. CTRL+X.
3. Clique na pasta que receberá o arquivo.
Criando Subpastas 4. No menu Editar selecione a opção Colar. Atalho:
1. Selecione a pasta onde você deseja que seja criada uma CTRL+V.
subpasta. 5. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo
2. No menu Arquivo selecione a opção Novo. movido para a pasta escolhida, se desejar parar a operação clique
3. Serão abertas as opções e você escolhe a opção Pasta. sobre o botão Cancelar.
4. Um ícone será criado no lado direito da tela com o nome de 6. O arquivo aparecerá na pasta.
Nova Pasta. Digite o nome da nova pasta agora.
5. Pressione a tecla ENTER e a nova pasta foi criada com o b) Movendo arquivos com o uso do mouse
nome que você escolheu. 1. Selecione a pasta onde se encontra o arquivo, ou os
arquivos, desejados.
Selecionando Arquivos 2. Selecione o arquivo, ou os arquivos, que serão movidos (use
Antes de trabalhar com arquivos em uma pasta, você deve as formas de seleção mostradas na seção anterior).
selecionar os arquivos desejados. Pode-se selecionar apenas um 3. Dê um clique e mantenha pressionado o mouse sobre a área
arquivo ou vários arquivos de uma só vez, das seguintes maneiras: dos arquivos selecionados.
a) Selecionando um arquivo - Clique uma vez sobre o 4. Arraste o mouse para a pasta desejada, até ela ficar
arquivo desejado e o arquivo estará selecionado. selecionada. Note que neste processo o seu mouse estará com
b) Selecionando um grupo de arquivos consecutivos
uma setinha carregando o arquivo. Este é o sinal de que você está
movendo o arquivo para outro lugar.
1. Dê um clique sobre nome do primeiro arquivo da série.
2. Pressione a tecla SHIFT e mantenha a tecla pressionada. 5. Solte o mouse sobre o nome da pasta que você escolheu, ela
3. Vá até o final do grupo que você deseja selecionar e dê um necessita estar selecionada.
clique no último arquivo deste grupo. 6. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo
4. Solte a tecla SHIFT. movido para a pasta escolhida, se desejar parar a opção clique
sobre o botão Cancelar.
c) Selecionando arquivos que não estão consecutivos Seu arquivo foi retirado da pasta onde estava e foi movido
para a pasta especificada.
1. Clique sobre um arquivo daqueles que você deseja
selecionar. Copiando arquivos e/ou pastas
2. Pressione a tecla CTRL e mantenha a tecla pressionada. Quando você copia um arquivo de uma pasta para outra, ou de
3. Dê um clique sobre cada um dos arquivos que você deseja uma unidade de disco para outra, o arquivo continua a existir na
selecionar. pasta ou na unidade em que estava e existirá também na pasta ou
4. Solte a tecla CTRL. na unidade para onde foi copiado.
d) Selecionando grupos de arquivos que não estão a) Copiando arquivos com a ajuda do menu
consecutivos 1. Selecione o arquivo ou os arquivos que serão copiados.
2. No menu Editar selecione a opção Copiar . Atalho:
1. Pressione a tecla CTRL e a tecla SFHIT e mantenha ambas CTRL+C.
as teclas pressionadas. 3. Clique na pasta que receberá o arquivo.
2. Selecione o primeiro grupo de arquivos clicando no
primeiro arquivo e no último arquivo do grupo.
3. Solte a tecla SHIFT, mas mantenha a tecla CTRL . No menu Editar selecione a opção Colar. Atalho: CTRL+V.
pressionada. 5. Uma caixa aparecerá mostrando que o arquivo está sendo
4. Selecione o primeiro arquivo do próximo grupo. copiado para a pasta escolhida, se desejar parar a operação clique
5. Pressione a tecla SHIFT mantendo a tecla CTRL sobre o botão Cancelar.
pressionada.
6. Selecione o último arquivo deste segundo grupo. Você 6. O arquivo aparecerá na pasta.
terá agora dois grupos selecionados. Para continuar selecionando b) Copiando arquivos para outra pasta com o uso do
outros grupos siga as instruções de 3 a 6. mouse
e) Selecionando todos os arquivos de uma pasta 1. Selecione a pasta onde se encontra o arquivo, ou os
arquivos, desejados.
1. Selecione no lado esquerdo da tela, na árvore de pastas, a 2. Selecione o arquivo, ou os arquivos, que serão movidos
pasta desejada. (use as formas de seleção mostradas na seção anterior).
2. No menu Editar, selecione a opção Selecionar Tudo. 3. Pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL e pressione
Atalho: CTRL+A. e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse sobre a área
Pronto, todos os arquivos da pasta estarão selecionados. dos arquivos selecionados.
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4. Arraste o mouse para a pasta desejada, até ela ficar SISTEMA OPERACIONAL LINUX
selecionada. Note que neste processo o seu mouse estará com uma
setinha aparecendo abaixo dela um quadradinho com o sinal de
mais (+). Este é o sinal de que você está copiando o arquivo para
outro lugar.
5. Solte o mouse sobre o nome da pasta que você escolheu, ela
necessita estar selecionada.
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Para criar um link chamado “CD” dentro do seu diretório de Pacotes RPM
usuário apontando para o CDROM, o comando seria: $ ln -s /mnt/ Os pacotes .RPM, são pacotes prontos, fáceis de instalar.
cdrom ~/CD Em muitos casos são disponibilizadas várias versões diferentes,
O interpretador de comandos se encarregará de substituir uma para cada distribuição, ou para cada versão do Kernel. Para
automaticamente o “~” pela localização correta da sua pasta de instalar os pacotes RPM, simplesmente clique sobre o arquivo (no
usuário, não importa qual seja. konqueror ou outro gerenciador de arquivos que estiver utilizando)
e siga as instruções.
Acessando a partição do Windows a partir do Linux Depois de instalado basta apenas chamar o programa pelo
Se você instalou o Windows e o Linux em dual boot na
terminal. Quase o comando é o próprio nome do programa em
mesma máquina, e quer acessar os arquivos que estão na partição
Windows apartir do Linux, é só seguir as dicas abaixo: minúsculas. Por exemplo: Opera = “opera”
Primeiro verifique qual é a partição onde o Windows está Não se preocupe, pois no Linux você pode chamar
instalado. programas gráficos através do terminal e vice-versa, sem qualquer
Lembre-se de como o Linux identifica suas partições de disco. impedimento. Para facilitar, você pode criar um atalho na interface
Se o Windows estiver instalado na partição primária do primeiro gráfica.
HD (o mais provável), então a partição é /dev/hda1. No prompt, No KDE por exemplo, basta clicar com o botão direito sobre
digite “cd /mnt” e crie um diretório “windows” (pode ser outro o ícone do menu K e acessar o “Editor de Menus”. O comando do
nome qualquer) com o comando “mkdir windows”. Agora é só dar aplicativo é o mesmo que você usaria para chamá-lo via terminal.
o comando: mount /dev/hda1 /mnt/windows -t vfat Escolha um ícone e não se esqueça de salvar antes de sair.
Pronto, agora é só dar um “cd windows” para acessar todos
os arquivos que estão na partição Windows. Você pode acessar os Encontrando o programa instalado
arquivos apartir da interface gráfica.
Se por acaso depois de instalado você não conseguir encontrar
O terceiro botão o programa, use o comando “whereis” que em português significa
O botão central do mouse, que não tem muita serventia no justamente “aonde está”.
Windows, permite copiar e colar entre aplicativos ou até mesmo Usando por exemplo:
entre aplicativos gráficos e terminais abertos dentro da interface $ whereis netscape
gráfica. Isso substitui o crtl+c, crtl+v com a vantagem de o Você receberá algo como:
comando ser dado com um único clique do mouse. $ netscape: /user/local/netscape
Basta selecionar o trecho de texto, a imagem, ou o que Trabalhando com permissões e usuários
quiser copiar numa janela e clicar com o botão central na janela “O Linux é um sistema multiusuário”. Você já deve ter ouvido
onde quiser colar a seleção. Se você não tiver um mouse de três esta frase muitas vezes. Isto significa que um mesmo PC ou
botões, pressione simultaneamente os dois botões. A maioria dos
servidor pode ser acessado por vários usuários simultaneamente.
aplicativos também permite usar o copiar/colar, como no Windows.
Com isto, surge a necessidade de algum sistema de segurança que
DESLIGANDO O COMPUTADOR limite o que cada usuário pode fazer no sistema, para que não haja
Assim como no Windows, você precisa desligar o sistema o risco de que um usuário possa destruir arquivos ou configurações
corretamente para evitar perda de arquivos. Além da opção do sistema ou de outros usuários.
disponível na Interface gráfica, você pode desligar o sistema Isto é feito através das permissões de arquivos. Clicando sobre
através de um terminal, usando um dos comandos abaixo: as propriedades de qualquer arquivo no konqueror você verá uma
reboot - Reinicia o micro. janela com 9 campos, que permitem dar permissão de leitura,
halt – Desliga o micro. gravação e execução para o usuário dono do arquivo, para outros
shutdown -h now – Também serve para desligar o sistema. usuários que pertencem ao mesmo grupo que ele e finalmente a
Você pode substituir o now (agora) por um tempo em minutos todos os demais usuários.
que o sistema esperará antes de desligar, usando o argumento “+” O “dono” do arquivo é por default o usuário que criou o
como em shutdown -h +60. Você pode ainda especificar o tempo
arquivo. Apenas este usuário pode alterar as permissões de acesso
no formato hh:mm como em shutdown -h +06:00 (para desligar às
6:00 da manhã). ao arquivo e pasta.
É útil se você tem o hábito de deixar o micro ligado durante a
madrugada baixando arquivos. Suítes de Escritório
Ctrl+Alt+Del - Este é uma atalho de teclado, que dependendo Apesar de ainda não existir nenhuma suíte de escritório for
da distribuição desliga ou apenas reinicia o sistema. Linux que tenha todos os recursos do Office, as opções disponíveis
já atingiram um nível de funcionalidade muito bom. Claro que
Instalando novos programas o uso de qualquer uma das alternativas exigirá um pouco de
A instalação de novos programas no Linux não é tão paciência para quem está vindo do Office, já que nem sempre
complicada como pode parecer à primeira vista. Pelo contrário, todas as funções estarão disponíveis, muito menos no mesmo
muitas vezes é até mais simples que no Windows, pois raramente lugar. Entretanto, quem utiliza apenas os recursos básicos do Word
você precisará perder tempo registrando o programa, retirando e Excel ou para quem está aprendendo a trabalhar com editores de
banners de propaganda (como no caso do ICQ), desativando os texto ou planilhas (uso em escola), qualquer uma das alternativas
spywares, e coisas do gênero. já será suficiente.
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O Microsoft Word é o editor de textos mais utilizado para se para colocá-la em negrito, digite três hífens consecutivos para
confeccionar uma grande gama de documentos tais como: cartas, adicionar um sublinhado da largura da página. Para iniciar uma
memorandos, mala direta, etc. Concebido para ambiente Windows, lista numerada digite 1. (1 e ponto), pressione a Barra de Espaços
este aplicativo é amplamente utilizado em ambientes empresariais, ou a Tecla TAB e, depois digite o texto; quando pressionar Enter o
comerciais, acadêmicos e também em ambientes domésticos. Word automaticamente converterá o parágrafo em lista numerada.
Para ativar esses recursos entre no menu Ferramentas, opção
Iniciando o Word Autocorreção, guia “Autoformatação ao digitar”.
Verificador gramatical
Assistentes e modelos
O Word vem com vários modelos e assistentes para ajudá-
lo a criar uma variedade de documentos. Os modelos fornecem
diversas estruturas alternativas, e irão orientá-lo durante a criação
de um documento e o assistente do Office está inteiramente
integrado aos assistentes de modo a facilitar o acesso à Ajuda.
O Word e a Web
Use o Word para criar documentos de modo que você e seus
assistentes possam utilizá-los em uma intranet ou na World Wide
Web. O Word adiciona facilmente hyperlinks a documentos para
Recursos IntelliSense que você possa saltar para qualquer posição em um documento,
Basicamente este recurso permite ao usuário personalizar entre documentos, para documentos em outros aplicativos do
e agilizar a forma que o Word deverá se comportar durante a Office ou para qualquer local na Internet. O Assistente de página
manipulação de texto, ou seja, sugerindo correção automaticamente, da Web do Word facilita a criação de home pages e de outros
ativando ou desativando recursos, inclusive trabalhando com documentos da Web, mesmo que você não conheça HTML.
outros idiomas. Os recursos IntelliSense economizam o seu tempo
de digitação, corrigindo erros de digitação e inserindo frases e Botão de Sair do programa:
palavras completas.
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Barra de Título:
Botão Minimizar/Maximizar:
Barra de Menu:
Nesta barra você poderá acessar todos os menus com suas opções.
Nesta barra será possível trabalhar com as ferramentas que o Word oferece para a utilização mais rápido de vários dos principais
comandos , e você poderá, através do Menu Utilitários, na opção Personalizar, adicionar novas ferramentas.
Esta barra permite formatar o seu texto com negrito, sublinhado, justificando o seu texto, alterando o tamanho da fonte ou alterando o
estilo do parágrafo.
Régua:
Esta barra exibe uma escala com medidas e marcadores que permitem ajustar recuos, margens, paradas de tabulação e colunas de uma
tabela.
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Modos de Exibição Quando o texto chegar ao fim da linha, não pressione ENTER;
o Word executará o retorno automático do texto. Pressione ENTER
Modo normal: É o modo geral para digitação, edição e somente quando quiser iniciar um novo parágrafo.
formatação do texto. Linhas pontilhadas indicam quebras de
página, várias colunas aparecem como uma única coluna e você Dicas: “Exibir/Ocultar”.
não verá as margens superior e inferior.
Modo layout on-line: Novo recurso facilita a leitura on-line,
inclui uma navegação, clicando no tópico desejado você irá direto O Word utiliza estes caracteres não imprimíveis
para a parte do documento. para mostrar os retornos de carro (marcas de parágrafo), os
Modo layout de impressão: Você irá visualizar como espaços e as tabulações inseridas. Se você achar que eles estão
ficará a impressão do documento, utilizado para trabalhar com confundindo, desative-o.
cabeçalhos e rodapés, ajustar margens, trabalhar com colunas, Para acentuar, digitar primeiro o acento e depois a letra. Não
desenhos e molduras. use espaços em branco para alinhar o seu texto. Para isso, estão
Modo de estrutura de tópicos: Facilita a visualização disponíveis na barra de ferramentas formatação os botões de
da estrutura do documento e a reorganização do texto. Esta alinhamento (esquerda, centralizado, direita e justificado).
barra dá a posição exata do seu arquivo em relação às páginas,
as margens. Controlar Alterações (ALT): Irá controlar as
Navegando no texto através do teclado
alterações do documento, colocando o nome da pessoa e data
da alteração. Estender seleção (EST): Irá continuar a seleção, Além das setas, que movem o cursor um caractere na direção
sem tirar a marcação do que já está selecionado. Sobrescrever indicada, ou uma linha (CTRL+Seta = uma palavra para a direita
(SE): Se estiver ativado escreve por cima da palavra, se estiver ou esquerda, ou um parágrafo para cima ou para baixo), podem-se
desativado conseguirá incluir caracteres no meio do texto. ainda utilizar diversas teclas de atalho, abaixo descritas:
Salvando o seu documento SHIFT+TAB - Move uma célula para a esquerda (em uma
tabela)
Você pode salvar o seu documento clicando no botão Salvar TAB - Uma célula para a direita (em uma tabela)
da Barra de Ferramentas ou através do Menu Arquivo, opção
END - Para o fim de uma linha
Salvar. Se estiver salvando pela primeira vez, será aberta uma
caixa de diálogo Salvar Como para que você digite um nome HOME - Para o início de uma linha
para o arquivo. Você deverá escolher também a unidade de disco ALT+CTRL+PAGE UP - Para o início da janela
(pasta de trabalho) onde será gravado, ou ainda escolher um ALT+CTRL+PAGE DOWN - Para o fim da janela
outro formato de arquivo, clicando na opção Salvar como Tipo e PAGE UP - Uma tela para cima
escolher a opção. Depois de salvo uma vez, ele não abrirá mais a
PAGE DOWN - Uma tela para baixo
caixa de diálogo e sim atualizará o arquivo.
CTRL+PAGE DOWN - Para o início da página seguinte
Fechando o Documento CTRL+PAGE UP - Para o início da página anterior
Para fechar apenas a janela do documento ativo, vá para o CTRL+END - Para o fim de um documento
Menu Arquivo, opção Fechar, ou ainda acione o botão Fechar CTRL+HOME - Para o início de um documento
na Barra de Menu.
Se o documento ainda não havia sido salvo até este momento,
você terá a chance de fazê-lo, uma vez que o aplicativo solicitará Selecionando o texto para alteração
um curso de ação para as alterações ainda não salvas. Para fazer qualquer alteração você deve selecionar o texto.
Criando um documento no Word Para selecionar uma linha inteira, posicione a seta do mouse
Com o Word, você poderá começar a criar rapidamente seus para a linha desejada e dê um clique. Se quiser selecionar múltiplas
documentos. O Word fornece alguns documentos que você pode linhas, selecione a primeira e arraste.
criar usando assistentes e modelos: petições, memorandos, cartas,
faxes, relatórios, teses, catálogos, boletins informativos, manuais, Para selecionar um parágrafo, posicione a seta do mouse para
folhetos, calendários, páginas da Web, cronogramas, agendas, o parágrafo desejado e dê duplo clique.
currículos, pedidos de compra e faturas.
Clique em Novo no menu Arquivo, clique na guia do tipo de
documento desejado e, em seguida, clique duas vezes no modelo Para selecionar o documento inteiro, posicione a seta do
ou assistente. Caso você queira criar seu próprio documento, mouse para uma linha qualquer e dê três cliques.
clique no botão Novo. Com a tela em branco comece a digitar o Para cancelar a seleção, basta clicar fora da seleção na janela
seu documento. do documento.
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Excluindo texto
Selecione o texto a ser removido e pressione a tecla DEL ou
BACKSPACE. Se desejar substituir o texto que está excluindo,
selecione o texto e em seguida comece a digitar a nova informação
Alterar a fonte do texto ou de números
sobre o texto selecionado. Se quiser desfazer a ação, utilize o botão
Desfazer.
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AutoTexto
Você pode usar o recurso AutoTexto para inserir um texto
usado com freqüência. Para criar uma entrada de AutoTexto,
primeiro você terá que selecionar o texto, depois vá para o Menu
Inserir, clique na opção AutoTexto. Insira na caixa Nome, o nome
da variável a ser criada e clique no botão Adicionar. Para inserir a
variável no texto basta digitar o nome da variável e teclar F3.
AutoCompletar
Para utilizar o AutoCompletar, digite os primeiros caracteres
de um item (por exemplo, digite agos para o mês atual). Quando
o Word sugerir o item completo, como “Agosto” , pressione a
tecla ENTER ou F3 para aceitá-lo. Se você em seguida digitar
um espaço extra, o Word irá sugerir “Agosto de 1998”. Para
rejeitar o item, basta continuar digitando. Para ativar ou desativar
o AutoCompletar, aponte para AutoTexto no menu Inserir, clique
em AutoTexto; em seguida, selecione ou desmarque a caixa de
seleção “Sugerir dica de AutoCompletar para AutoTexto e
datas”.
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4. Clique na seta ao lado do botão Abrir e, em seguida, clique Duplo - Duas vezes o espaçamento simples entre linhas.
em Abrir Somente leitura.
Pelo menos - O espaçamento entre linhas mínimo que o
Abrir um documento como uma cópia Word pode ajustar para acomodar tamanhos de fonte grandes
1. Clique em Abrir. ou elementos gráficos que, de outro modo, não se ajustariam ao
2. Se desejar abrir um documento que tenha sido salvo em espaçamento especificado.
outra pasta, localize e abra a pasta. Exatamente - Um espaçamento fixo entre linhas que não é
3. Clique no documento do qual você deseja abrir uma cópia. ajustado pelo Word. Essa opção provoca o espaçamento uniforme
Se não conseguir localizar o documento na lista de pastas, você de linhas.
pode pesquisá-lo. Múltiplos - Um espaçamento entre linhas aumentado ou
4. Clique na seta ao lado do botão Abrir e, em seguida, diminuído de acordo com um percentual especificado.
clique em Abrir como cópia. Observação: Quando você abre
um documento como uma cópia, uma nova cópia do documento é
Em - O espaçamento entre linhas que você seleciona.
criada na pasta que contém o documento original.
Essa opção só está disponível se você selecionar Pelo menos,
Trabalhando com vários arquivos abertos Exatamente ou Múltiplos na caixa Entre linhas.
Você pode trabalhar com vários arquivos abertos ao mesmo
tempo, para saber exatamente qual o arquivo que você está no Margens
momento, verifique o nome na Barra de Título. Para visualizar Alteram as medidas das margens Superior, Inferior, Esquerda
quais são os arquivos que estão abertos, entre no menu Janela, e Direita.
o arquivo selecionado é o arquivo que você está trabalhando no Medianiz - Se você pretende encadernar o seu documento,
momento, se quiser mudar de arquivo selecione outro no menu use a medianiz para adicionar espaços extras à margem interna.
Janela. Margem Espelho - Se você quiser imprimir um documento
frente e verso do papel, poderá ativar a caixa de verificação
Formatando Parágrafo Margem espelho, com isso as margens internas e externas terão a
Para expandir ou condensar uniformemente o espaço entre mesma largura, isto é, uma será espelho da outra.
todos os caracteres selecionados, clique em Expandido ou
Condensado na caixa Espaçamento e especifique o espaço Tamanho do Papel
desejado na caixa Por. Para aplicar ou alterar kerning (espaçamento Altera a largura e altura do papel a ser utilizado e a orientação
entre os caracteres de um parágrafo) aos caracteres que estejam da página, isto é, se você quer imprimir na forma Paisagem
acima de um determinado tamanho em pontos, marque a caixa de (horizontal) ou Retrato (vertical).
seleção Kerning para fontes e insira o tamanho em pontos na
caixa Pontos e acima. Origem do Papel
Define opções para impressão de uma página em sua
Definir tabulações
impressora, como por exemplo, se a alimentação da impressora
Selecione o parágrafo no qual deseja definir uma parada de
tabulação. Clique em na extremidade esquerda da régua horizontal será manual ou automática.
até obter o tipo de tabulação desejado: ou Clique na régua
horizontal em que deseja definir uma tabulação. Layout
Define opções de cabeçalhos e rodapés, quebras de seção,
Recuo alinhamento vertical e numeração de linhas. Alterando qualquer
Os recuos deslocados são freqüentemente usados para entradas uma dessas guias, você poderá utilizá-las no documento todo,
bibliográficas, termos de glossários, resumos e listas numeradas e numa determinada seção anteriormente selecionada ou a partir de
com marcadores. um determinado ponto.
As configurações de layout também podem ser aplicadas com
Espaçamento entre linhas recursos diferentes para áreas diversas do documento
O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço
vertical entre as linhas do texto. O Word usa o espaçamento entre
linhas simples por padrão. Inserindo Numeração de Páginas
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Para inserir números de página em seu documento, vá para Visualizando o documento antes de Imprimir
o Menu Inserir, opção Números de Páginas. Será aberta uma Você poderá visualizar o seu documento antes de imprimi-
caixa de diálogo onde poderá se alterar o formato, a posição, o lo, clique no botão Visualizar Impressão da Barra de Ferramentas
alinhamento do número. Você tem que estar no modo de exibição Padrão, ou através do Menu Arquivo, opção Visualizar Impressão.
Layout da Página para poder visualizar os números, ou através do
botão visualizar a impressão da barra de ferramentas. MENUS DO WORD
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j) Imprimir (CTRL + P) - permite imprimir o documento a) Desfazer (CTRL+Z) - desfaz uma operação. Por exemplo,
ativo por completo, algumas páginas ou texto selecionado; além se você seleciona uma palavra e decide apagála, poderá desfazer
disso permite mudar as características da impressora, mudar a essa operação.
impressora padrão, definir algumas características da impressão b) Repetir (ALT+SHIFT+B) - refaz uma operação desfeita.
como: imprimir em ordem inversa (da última página para a c) Recortar (CTRL+X) - remove um texto selecionado e o
primeira), imprimirem segundo plano, propriedades do documento, insere na Área de Transferência.
rascunho, comentários, textos ocultos e códigos de campo. d) Copiar (CTRL+C) - copia um texto selecionado para a
k) Enviar Para - envia documentos para outros programas: Área de Transferência.
e) Colar (CTRL+V) - cola o conteúdo da Área de
Destinatário da mensagem - envia o arquivo atual como um Transferência na posição onde se encontra o cursor.
anexo de uma mensagem de correio.
f) Colar Especial - cola ou incorpora o conteúdo da Área
Destinatário da circulação - envia o arquivo ativo para os
de Transferência em um documento do Word com um formato
revisores alterarem e adicionarem comentários. Para usar a
especificado, ou cria um vínculo às informações que podem ser
circulação, você e os usuários para os quais você está enviando o
atualizadas em outro aplicativo.
documento devem ter instalado o aplicativo no qual o documento
foi criado e o Microsoft Exchange ou um pacote de correio
compatível.
Pasta do Exchange - envia um arquivo ativo para a pasta do
Exchange especificada.
Destinatário do fax - envia o documento ativo como um fax. O
Assistente de Fax irá ajudá-lo a configurar o seu fax.
Microsoft PowerPoint - abre o documento ativo no Microsoft
PowerPoint, onde você poderá criar uma apresentação.
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Menu Exibir
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• Negrito - CTRL+N
• Itálico - CTRL+I
• Sublinhado - CTRL+S
• Alterar a Fonte - CTRL+SHIFT+F
• Alterar o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+P
• Aumentar o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+>
• Diminuir o tamanho da fonte - CTRL+SHIFT+<
• Aumentar em 1 ponto o tamanho da fonte - CTRL+]
• Diminuir em 1 ponto o tamanho da fonte - CTRL+[
• Sublinhar as palavras, mas não sublinhar os espaços - CTRL
+ SHIFT + W
• Aplicar duplo sublinhado ao texto - CTRL+SHIFT + D
• Aplicar formatação de texto oculto - CTRL+SHIFT + H
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g) Capitular - formata uma letra, palavra ou texto a) Ortografia e Gramática (F7) - verifica se o documento
selecionado como uma letra capitulada. Uma letra capitulada, ativo possui erros de ortografia, gramática e estilo de redação e
que é tradicionalmente a primeira letra de um parágrafo, pode exibe sugestões para corrigi-los. Essa opção permite também
ser exibida na margem esquerda ou deslocada da base da linha na escolher que essa verificação seja feita ou não automaticamente.
primeira linha no parágrafo. b) Idioma - designa o idioma do texto selecionado dentro de
h) Direção do Texto - permite exibir verticalmente o texto
um corpo de texto escrito em mais de um idioma. Quando da revisão
contido em textos explicativos, caixas de texto, AutoFormas ou
células de tabela, em vez de exibi-lo horizontalmente. do documento, o Word automaticamente alterna para o dicionário
i) Maiúsculas e Minúsculas - altera os caracteres do idioma indicado para cada palavra. Se o texto estiver marcado
selecionados para a seguinte combinação de letras maiúsculas/ com um idioma para o qual o Word não possui um dicionário, o
minúsculas: primeiro todas as letras maiúsculas, depois todas as dicionário de um idioma relacionado será utilizado. Por exemplo,
letras minúsculas e então uma combinação de letras maiúsculas e se for necessário verificar uma palavra que foi escrita no idioma
minúsculas. Francês Canadense, mas você não possui um dicionário Francês-
• Alterar as letras entre maiúsculas e minúsculas - SHIFT+F3 Canadense, o Word utilizará um dicionário Francês.
• Formatar todas as letras com maiúsculas - CTRL+SHIFT+A
Menu Ferramentas
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f) Controlar Alterações
• Realçar alterações - realça alterações no conteúdo das células
de uma pasta de trabalho compartilhada, incluindo o conteúdo
movido e colado e as linhas e colunas inseridas e excluídas.
• Aceitar ou rejeitar alterações - localiza e seleciona cada
alteração controlada em um documento para que você possa
revisar, aceitar ou rejeitar a alteração.
• Comparar documentos - compara um documento editado
aberto com o documento original e marca qualquer diferença
existente no documento editado.
g) Mesclar Documentos - mescla as alterações controladas
do documento ativo no documento especificado, que o Word abrirá
caso ainda não esteja aberto.
h) Proteger Documento - evita alterações no todo ou em
parte de um documento ou formulário on-line, exceto quando
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e outras opções. Através dessa opção, podemos criar backup e e) Mesclar Células - combina o conteúdo das células
fazer salvamento automático. adjacentes em uma única célula. No Word podemos mesclar
células tanto na horizontal como na vertical.
f) Dividir Células - divide a célula horizontalmente ou
verticalmente em múltiplas células.
g) Selecionar Linha - marca a linha onde o cursor se encontra.
h) Selecionar Coluna - marca a coluna onde o cursor se
encontra.
i) Selecionar Tabela - marca a tabela inteira.
j) AutoFormatação da Tabela - aplica automaticamente
formatos a urna tabela, inclusive hordas e sombreamentos
predefinidos. Redimensiona automaticamente uma tabela para se
ajustar ao conteúdo das células da tabela.
Menu Tabela
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Uma letra para esquerda Seta para esquerda Ctrl+L Alinhamento pela Esquerda
Uma palavra para direita Ctrl + seta para direita Ctrl+R Alinhamento pela Direita
Uma palavra para esquerda Ctrl + seta para esquerda Ctrl+Shift+B Subscrito
Uma tela para cima Page Up Shift+Enter Quebra de linha sem alteração do parágrafo
Uma tela para baixo Page Down Ctrl+Enter Quebra de página manual
SELEÇÃO DE TEXTO
Uso do mouse - Barra de rolagem
Para aplicar qualquer tipo de formatação no documento, é ne-
Para navegar Pressione cessário selecionar a região onde será aplicado o efeito.
Página anterior Ícone com seta dupla para cima Você pode selecionar partes do texto, utilizando o teclado ou
o mouse.
Próxima página Ícone com seta dupla para baixo A seguir, uma lista das formas mais usadas para selecionar.
Qualquer página Arraste o botão da barra de rolagem
Operações com o Teclado
F2 Exibir Barra de Fórmulas Um caracter para a esquerda Shift + seta para esquerda
F4 Abrir/fechar Data Source View Até o início de uma linha Shift + Home
F5 Barra Navegador on/off Uma linha para baixo Shift + seta para baixo
Shift+F5 Ir para próximo frame Uma linha para cima Shift + seta para cima
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INFORMÁTICA
MENU ARQUIVO Fechar: Como o próprio nome sugere, fecha o arquivo atual.
No menu Arquivo encontraremos várias opções, como deta- Salvar: O objetivo da função é salvar as alterações realizadas
lhadas ma figura a seguir: no documento que está sendo editado. Caso o arquivo esteja sen-
do salvo pela primeira vez será aberta a caixa de diálogo Salvar
como, onde notamos a opção salvar com tipo:
INFORMÁTICA
Imprimir: Como o nome sugere, imprime o documento atual. Vejamos alguns principais:
Veja a seguir a caixa de diálogo Imprimir: Repetir: O objetivo e refazer a última alteração desfeita. Ao
lado da palavra Repetir irá aparecer o nome da alteração que será
refeita.
Cortar: Copia um objeto ou texto selecionado para a área de
transferência e o remove do documento.
Copiar: Copia para a área de transferência o objeto ou texto
selecionado, sem remove-lo do documento principal.
Colar: Insere no documento um objeto ou texto selecionado
anteriormente copiado ou recortado da área de transferência.
Colar especial: Insere no documento um objeto ou texto sele-
cionado anteriormente copiado ou recortado da área de transferên-
cia, oferecendo opções adicionais. Veja a caixa de diálogo a seguir:
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INFORMÁTICA
O MENU VER
Na opção Ver localizada na Barra de Menus é possível sele-
cionar as barras que ficarão ativas.
Zoom: Altera a escala de visualização da página. Procedimento Básico: Para ativa-la é só optar na Barra de
Procedimento Básico: Opte na Barra de menu VER pela fun- Menu VER e clicar em Barra de Status
ção ZOOM. Pode-se selecionar uma escala pré-existente ou sele-
cionar a opção Variável e digitar a escala desejada. Veja: Limites do texto: Possibilita a visualização das margens que
delimitam o texto, margem superior, inferior, esquerda e direita.
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Veja a figura ilustrativa a seguir, com Limites do Texto ativo: Campos: Insere no documento alguns campos, como: data,
hora, número da página, título, dentre outros, conforme demonstra
a figura a seguir:
O MENU INSERIR
O Menu Inserir é composto de diversos itens, como podemos
notar na figura a seguir:
Hiperlink: Cria links, que nada mais são do que ligações para
Destacam-se: outros arquivos, páginas da Internet ou e-mails. A seguir uma cai-
Quebra Manual: Realiza três opções de quebra, quebra de
xa de diálogo com um hiperlink
linha, quebra de coluna e quebra de página. Ao inserir uma que-
bra de página é possível alterar o estilo da página e alterar a sua
numeração.
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Nota de Rodapé: O objetivo é proporcionar ao usuário a Selecionamos um arquivo e clicamos em Abrir para inserir a
facilidade de elaborar algum comentário sobre o texto corrente, figura no texto.
colocando essa observação no rodapé da página, através de uma Objeto: Faz a inserção de objetos como Fórmulas e Gráficos
referência numérica. Procedimentos básicos: A caixa de diálogo Arquivo: Faz a inserção de um arquivo anteriormente salvo,
lhe permite alternar entre Automático e Caracteres. que pode estar em uma outra unidade de armazenamento, ao arqui-
Automático irá lhe colocar uma numeração corrente em cada
vo ativo. Procedimentos: Clicamos em Inserir; optamos por Arqui-
nota de rodapé. A segunda opção lhe habilita escolher, clicando no
botão com reticências logo abaixo, entre as diversas fontes exis- vo e será aberta a caixa de diálogo a seguir:
tentes no seu computador qual a que desejará utilizar. Finalmente,
na mesma janela você pode decidir se deseja que a nota seja inse-
rida no rodapé da folha corrente ou ao final do texto. Quando você
clica no botão “OK” , automaticamente será direcionado para o
rodapé, num campo especial aberto para a digitação daquilo que
você deseja observar sobre a palavra ou expressão do texto. À par-
tir de então cada numeração será incrementada, independente de
que sua inserção seja antes ou após alguma já existente.
Veja a caixa de diálogo a seguir:
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Parágrafo: Tem a função de alterar a formatação do parágra- Na ilustração a seguir, observamos os ícones correspondentes:
fo. Veja a caixa de diálogo a seguir:
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INFORMÁTICA
MENU JANELA
O menu Janela tem basicamente 2 funções principais, como
demonstra a figura a seguir:
No caso de ser encontrada alguma palavra supostamente erra- PLANILHAS ELETRÔNICAS (EXCEL E
da, será apresentada a caixa de diálogo, sugerindo a possível troca. BROFFICE.ORG CALC).
Veja a figura ilustrando:
EXCEL
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INFORMÁTICA
O Excel tem a função básica de criar cenários matemáticos, trigonométricos, financeiros, estatísticos e criar gráficos em diversos for-
matos, auxiliando um gestor na tomada de decisão.
Muitas empresas utilizam-se de complexos bancos de dados para provir seus sistemas de informações, porém, com uma ferramenta pe-
riférica, como o Excel, torna-se muito produtivo a extração de dados desses sistemas de informações para a geração de planilhas de cálculos
que fornecem panoramas diversos de situações que se modificam a cada momento.
Para se trabalhar com a planilha eletrônica Excel, é muito fácil, basta que o programa esteja instalado e “rodando” no computador.
Após o programa ter sido instalado, será exibido o seu nome na opção Programas no Menu Iniciar do Windows.
Entretanto, toda instalação do ambiente Windows é diferente uma da outra, pois muitas pessoas criam seus próprios atalhos e colocam
seus programas em janelas personalizadas, ficando assim, difícil definir qual a forma de carregamento do programa para executá-lo e utilizá-
-lo.
Portanto, há várias formas de carregar um determinado programa na tela e começar a utilizá-lo. O pressuposto será que o item Micro-
soft Excel esteja presente dentro da opção Programas no Menu Iniciar, que fica localizado na parte inferior esquerda da janela principal do
Windows.
Execute os passos a seguir: A partir da tela principal do Windows, pressione o botão esquerdo do mouse uma vez sobre o botão Iniciar,
localizado na parte inferior esquerda, conforme a figura abaixo:
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Verificador de Erros
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INFORMÁTICA
Digite uma pergunta em linguagem natural na caixa de diálo- O botão Erro ao Verificar Opções só será exibido ao lado do
go Inserir Função para que o Excel liste as possíveis funções que intervalo se a célula ativa no intervalo contiver um erro, como nú-
atendam às suas necessidades. Por exemplo, digite “como calcular meros armazenados em formato de texto. Além disso, se a célula
os pagamentos mensais em um empréstimo,” para que o Excel ativa contiver um erro, mas não contiver números armazenados
sugira o uso da função PMT (que calcula os pagamentos para um como texto, a opção Converter em Número talvez não seja apre-
empréstimo) ou a função NPER (que retorna o número de períodos sentada quando você clicar no botão Erro ao Verificar Opções.
para um investimento).
Veja a ilustração a seguir, onde foi digitada a palavra porcen- TABELA DINÂMICA
tagem na caixa Procure por uma função. Podemos observar as su- A tabela dinâmica tem por objetivo manipular as informações
gestões na caixa Selecione uma função: de uma tabela. Desta forma poderemos, dinamicamente, alternar a
forma da apresentação dos dados na planilha para melhor análise
dos dados, para a tomada de decisão.
Imagine uma planilha do Excel de números de sua empresa
com centenas ou milhares de linhas de dados. Todos têm pergun-
tas sobre o significado dos dados. Como você obtém as repostas?
Os relatórios de Tabela Dinâmica organizam e resumem os dados
para que não fiquem simplesmente abandonados em uma planilha.
Eles oferecem comparações, revelam padrões e relacionamentos
e analisam tendências. As tabelas dinâmicas comparam, revelam
e analisam mostrando diferentes modos de exibição de dados e
transformando dados em informações que fazem sentido.
Criar um relatório de Tabela Dinâmica significa mover infor-
mações de um lado para outro para ver como elas se combinam.
Não está satisfeito com o primeiro relatório? Em alguns segundos
as linhas e colunas são dinamizadas e organizadas de maneira di-
ferente, como um cubo que gira para exibir diferentes padrões.
Os relatórios de Tabela Dinâmica oferecem tantos recursos de
gerenciamento de dados que você pode até se perder. Mas não se
A Janela de Inspeção é uma janela individual que permite con- preocupe com a organização “errada” do relatório. Mova os dados
sultar o que está nas células sem ter que rolar até elas. Por exem- quantas vezes precisar para obter respostas claras para todas as
plo, digamos que você esteja inserindo dados na linha 162 que suas perguntas.
podem afetar o resultado de uma fórmula na célula A10. Dessa forma, em questão de segundos, você pode mudar de
Em vez de rolar de volta até a célula A10 para ver o resultado um relatório que lista vendas por vendedor para um relatório que
da fórmula, é possível “observar” o valor da alteração da fórmu- lista vendas por país, ou que classifique os vendedores pelo valor
la a partir da janela, não importa onde você esteja na planilha. É dos pedidos. É como transformar confusão em ordem.
possível até mesmo observar valores em outras folhas ou pastas Imagine que o Excel está aberto e que você está vendo valores
de trabalho. de vendas. Neste exemplo existem 799 linhas de vendas listadas
Além disso, é possível clicar na referência de célula na Janela por país, por vendedor e por valor do pedido.
de Inspeção para mover a seleção para a célula que você estiver Você pode fazer com que os dados sejam mais compreensí-
observando. Para observar uma célula, apenas clique com o bo- veis? Para descobrir, comece perguntando-se o que você precisa
tão direito do mouse na célula e, em seguida, clique em Adicionar saber:
Inspeção. Quanto cada vendedor vendeu?
Quais são os valores de vendas por país?
Quando estiver pronto para obter as respostas, clique em qual-
quer local nos dados e inicie o assistente clicando em
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INFORMÁTICA
Trabalhar com uma planilha eletrônica não exige conheci- Mover uma tela para cima PgUp
mentos de programação, mas somente que você conheça a aplica- Mover uma tela para baixo PgDn
ção que irá desenvolver e os comandos próprios da planilha. Mover uma tela para esquerda ALT+PgUp
Mover uma tela para direita ALT+PgDn
A TELA DE TRABALHO
Ao ser carregado, o Excel exibe sua tela de trabalho mostran- Mover até a célula atual CTRL+Backspace
do uma planilha em branco com o nome de Pasta . A tela de traba- Mover para célula A1 CTRL+HOME
lho do EXCEL é composta por diversos elementos, entre os quais F5 Ativa caixa de diálogo
podemos destacar os seguintes:
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INFORMÁTICA
ENTRADA DE TEXTOS
Inserir um texto em uma célula é igualmente fácil, basta sele-
cionar a célula, digitar o texto desejado e pressionar uma das teclas
ou comandos de finalização da digitação. Além da tecla ENTER,
que avança o cursor para a célula de baixo, e da caixa de entrada,
que mantém o retângulo de seleção na mesma célula, você pode
finalizar a digitação de um texto ou número pressionando uma das
teclas de seta para mover o retângulo de seleção para a próxima
célula.
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INFORMÁTICA
Você pode ativar esse comando ou então, se não gostar de Selecionando com o teclado
usar muito os menus, pode pressionar a combinação de teclas Para selecionar uma faixa ou região de células com o teclado,
CTRL+B. A terceira opção é a mais rápida para quem gosta de você deve posicionar o retângulo de seleção sobre a célula inicial
usar mouse. Basta dar um clique no botão salvar, o terceiro da da faixa. Em seguida, deve manter a tecla SHIFT pressionada en-
barra de ferramentas. Qualquer uma dessas opções abrirá a caixa quanto usa uma das teclas de seta ou de movimentação para mover
de diálogo para gravação. No EXCEL, toda vez que uma nova o retângulo de seleção até o final da faixa ou região. Ao atingir essa
planilha é iniciada, ele recebe o nome de Pasta1. posição, a tecla SHIFT deve ser liberada.
FORMATAÇÃO DE CÉLULAS
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Os operadores de comparação comparam dois valores e produzem o valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.
Operador de comparação Exemplo
= (sinal de igual) C3=AB2
> (sinal de maior do que) CA3>A2
< (sinal de menor do que) A2<C3
>= (sinal de maior ou igual a) C3>=A2
<= (sinal de menor ou igual a) C5<=D3
<> (sinal de diferente) D3<>Z1
O operador de texto “&” combina um ou mais valores de texto para produzir um único texto.
Operador de texto Significado Exemplo
Conecta ou concatena dois valores para “ANTONIO” & “MARIA” produz
& (E comercial)
produzir um valor de texto contínuo “ANTONIOMARIA”
Descrição Fórmula
Calcula o saldo parcial em um livro de registro. Neste
Para calcular o saldo atual da primeira transação (célula
exemplo, assume-se que a célula D7 contém o depósito de transação
F7):=SOMA(F6;D7;–E7)Ao inserir novas transações, copie esta
atual, a célula E7 contém qualquer valor de saque e a célula F6 con-
fórmula para a célula que contém o saldo atual da nova transação.
tém o saldo anterior.
Para exibir o nome completo no formato
Agrupa o nome armazenado em uma célula com o so-
“nome sobrenome”:=D5&” “&E5Para exibir o nome
brenome armazenado em outra célula. Neste exemplo, assuma que a
completo no formato
célula D5 contém o nome e a célula E5 contém o sobrenome.
“nome, sobrenome”:=E5&”; “&D5
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Identificar valores de erro e fórmulas Inserir uma fórmula que contém divisão explícita por zero (0),
Se uma fórmula não puder avaliar devidamente um resultado, por exemplo, =5/0. Altere o divisor para um número diferente de
o Microsoft Excel exibirá um valor de erro. Por exemplo, os va- zero.
lores de erro podem ser o resultado do uso de texto quando uma
fórmula espera o uso de um valor numérico, da exclusão de uma O erro #NOME
célula que é referenciada por uma fórmula ou do uso de uma célula O valor de erro #NOME? Ocorre quando o Microsoft Excel
que não é grande o suficiente para exibir o resultado. não reconhece o texto em uma fórmula.
Os valores de erro podem não ser causados pela fórmula em Excluir um nome usado na fórmula, ou usar um nome
si. Por exemplo, se uma fórmula mostrar #N/D ou #VALOR!, uma que não existe. Certifique-se de que o nome exista. No menu Inse-
célula referenciada pela fórmula poderá conter o erro. rir, aponte para Nome e, em seguida, clique em Definir. Se o nome
não estiver listado, adicione-o usando o comando Adicionar.
Os erros possíveis de se encontrar no Excel são : Digitar o nome incorretamente. Corrija o erro ortográ-
O erro ##### O erro #N/D
fico. Para inserir o nome correto na fórmula, selecione o nome
O erro #VA- O erro #REF!
na barra de fórmulas, aponte para Nome no menu Inserir e, em
LOR! O erro
seguida, clique em Colar. Na caixa de diálogo Colar nome, clique
O erro #DIV/0! #NÚM!
O erro O erro
no nome que você deseja usar e em OK.
#NOME #NULO! Digitar o nome de uma função incorretamente. Corrija o erro
ortográfico. Insira o nome da função correto na fórmula usando
O erro ##### a Caixa de criação de fórmulas. Se a função de planilha for parte
O valor numérico inserido em uma célula é muito grande para de um programa suplementar, o programa suplementar deve estar
ser exibido dentro da célula. Você pode redimensionar a coluna, carregado.
arrastando o limite entre os cabeçalhos de coluna. Inserir texto em uma fórmula sem colocar o texto entre aspas.
A fórmula na célula produz um resultado muito longo para se
O Microsoft Excel tenta interpretar a sua entrada como um nome
ajustar à célula. Aumente a largura da coluna, arrastando o limite
entre os cabeçalhos de coluna ou alterando o formato de número embora você tivesse intenção de usá-la como texto.
para a célula. Para alterar o formato de número, clique em Célula Coloque o texto na fórmula entre aspas. Por exemplo, a fór-
no menu Formatar, clique na guia Número e, em seguida, selecio- mula a seguir agrupa o texto “A quantia total é” com o valor na
ne outro formato. célula B50:=”A quantia total é “&B50
Ao subtrair datas e horas, certifique-se de que você tenha cria- Omitir dois-pontos (J em uma referência de intervalo. Certi-
do a fórmula corretamente. As datas e horas do Microsoft Excel fique-se de que todas as referências de intervalo na fórmula usem
devem ser valores positivos. Se a fórmula de data ou hora produzir dois-pontos (J , por exemplo, SOMA(A1:C10).
um resultado negativo, o Microsoft Excel exibirá #### na largura
da célula. Para exibir o valor, clique em Células no menu Forma-
tar, clique na guia Número e, em seguida, selecione um formato O erro #N/D
que não seja um formato de data ou hora. O valor de erro #N/D ocorre quando um valor não se encontra
disponível para uma função ou fórmula. Se determinadas células
O erro #VALOR! da planilha forem conter dados que ainda não estão disponíveis,
O valor de erro #VALOR! Ocorre quando o tipo de argumento insira o valor #N/D nestas células. As fórmulas que fazem refe-
ou operando errado é usado, ou se o recurso AutoCorreção de fór-
rência a estas células retornarão #N/D em vez de tentar calcular
mulas não pode corrigir a fórmula.
Inserir texto quando a fórmula requer um número ou valor um valor.
lógico, como VERDADEIRO ou FALSO. O Microsoft Excel não Fornecer um valor inadequado para o argumento procura_va-
consegue converter o texto no tipo de dado correto. Certifique- lor na função de planilha PROCH, PROC, CORRESP ou PROCV.
-se de que a fórmula ou função esteja correta para o operando ou Certifique-se de que o argumento procura_valor seja o tipo correto
argumento necessário, e que as células que são referenciadas pela de valor, por exemplo, um valor ou uma referência de célula, mas
fórmula contenham valores válidos. Por exemplo, se a célula A5 não uma referência de intervalo.
contiver um número e a célula A6 contiver o texto “Não disponí-
Usar a função de planilha PROCV ou PROCH para localizar
vel”, a fórmula =A5+A6 retornará o erro #VALOR!. Use a função
de planilha SOMA na fórmula da seguinte maneira para adicionar um valor em uma tabela não classificada. Por padrão, as funções
os dois valores (a função SOMA ignora o texto):=SOMA(A5:A6) que procuram informações em tabelas devem ser classificadas em
ordem crescente. No entanto, as funções de planilha PROCV e
O erro #DIV/0! PROCH contêm um argumento intervalo_procura que instrui a
O valor de erro #DIV/0! Ocorre quando uma fórmula divide função na localização de uma correspondência exata mesmo se a
por 0 (zero). tabela não estiver classificada. Para localizar uma correspondência
Usar a referência da célula para uma célula em branco ou para exata, defina o argumento intervalo_procura como FALSO.
uma célula que contém zero como um divisor. (Se um operando
for uma célula em branco, o Microsoft Excel interpretará o valor Omitir um ou mais argumentos para uma função de planilha
em branco como um zero.) Altere a referência da célula, ou insira interna ou personalizada. Insira todos os argumentos na função.
um valor diferente de zero na célula usada como um divisor. Você Usar uma função de planilha personalizada que não está dis-
pode inserir o valor #N/D na célula referenciada como o divisor, ponível. Certifique-se de que a pasta de trabalho que contém a fun-
que alterará o resultado da fórmula de #DIV/0! Para #N/D para ção de planilha esteja aberta e que a função esteja funcionando
denotar que o valor do divisor não está disponível. devidamente.
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INFORMÁTICA
O erro #NULO!
O valor de erro #NULO! ocorre quando você especifica uma
interseção entre duas áreas que não têm interseção.
Usar um operador de intervalo incorreto ou referência da cé-
lula incorreta.Para fazer referência a duas áreas que não têm in-
terseção, use o operador de união, a vírgula (,). Por exemplo, se a
fórmula somar dois intervalos, certifique-se de que haja uma vír-
gula separando os dois intervalos (SOMA(A1:A10,C1:C10)). Se
a vírgula for omitida, o Microsoft Excel tentará somar as células Botões aumentar e diminuir as casas decimais:
comuns aos dois intervalos, mas A1:A10 e C1:C10 não possuem
células em comum porque não se cruzam. Verifique se há erros de Os botões apresentados aumentam ou diminuem as casas de-
digitação na referência aos intervalos. cimais mas não alteram o número.
- O botão que tem uma “bolinha” em cima e duas embaixo
Principais botões do Excel aumenta. - O botão que tem duas “bolinhas” em cima e uma em-
A seguir temos um apanhado geral dos principais botões do baixo diminui.
Exce
Veja um exemplo:
l.
Auto Soma:
Desejando-se somar valores em uma coluna (ou uma linha), Observe que a cada clique as casas diminuiram e, impor-
seleciona-se a célula vazia adjacente à coluna (ou linha) e clica-se tante, o Excel arredondou o número até não ter mais casas para
no botão AutoSoma. Se houver uma célula vazia a seleção se dará diminuir. E, mais importante ainda: o número não mudou. note que
até a última célula (numérica) preenchida. estamos com a célula C5 selecionada cujo valor apresentado é 2
mas na barra de fórmulas o valor continua o original = 1,778.
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Identificação Atalho
Aplicar o formato c/ 2 casas decimais, separador de milhares e p/ valores negativos CTRL+SHIFT+!
Aplicar o formato de data com dia, mês e ano CTRL+SHIFT+#
Aplicar o formato de hora como hora e minuto e indicar A.M. or P.M. CTRL+SHIFT+@
Aplicar o formato de moeda com duas casas decimais (nos. Negativos c/ parênteses) CTRL+SHIFT+$
Aplicar o formato de número exponencial com duas casas decimais CTRL+SHIFT+^
Aplicar o formato de número Geral CTRL+SHIFT+~
Aplicar o formato Porcentagem sem casas decimais CTRL+SHIFT+%
Aplicar ou remover formatação em itálico CTRL+I
Aplicar ou remover formatação em negrito CTRL+N
Aplicar ou remover tópicos relacionados CTRL+U
Calcular a planilha ativa SHIFT+F9
Calcular todas as planilhas em todas as pastas de trabalho abertas F9
Cancelar uma entrada na célula ou barra de fórmulas ESC
Colar a seleção CTRL+V
Colar um nome em uma fórmula F3
CTRL+SHIFT+BARRA DE
Com um objeto selecionado, selecionar todos os objetos em uma planilha
ESPAÇOS
Completar uma entrada de célula e Mover para a direita na seleção TAB
Completar uma entrada de célula e mover para baixo na seleção ENTER
Copiar a seleção CTRL+C
Copiar o valor da célula acima da célula ativa para a célula ou barra de fórmulas CTRL+H
Copiar uma fórmula da célula acima da célula ativa para a célula ou barra de fórmulas CTRL+F
Definir um nome CTRL+F3
Desfazer a última ação CTRL+Z
Editar a célula ativa F2
Editar um comentário de célula SHIFT+F2
Estender a seleção até a célula no canto inferior direito da janela SHIFT+END
Estender a seleção até a célula no canto superior esquerdo da janela SHIFT+HOME
Estender a seleção até a última célula não-vazia na mesma coluna ou linha que a célula END, SHIFT+ teclas de direção
Estender a seleção até a última célula usada na planilha (canto inferior direito) CTRL+SHIFT+END
Estender a seleção até o início da linha SHIFT+HOME
Estender a seleção até o início da planilha CTRL+SHIFT+HOME
Estender a seleção em uma célula SHIFT+ tecla de direção
Estender a seleção para cima uma tela SHIFT+PGUP
Excluir a seleção CTRL+ –
Excluir o caractere à esquerda do ponto de inserção, ou excluir a seleção BACKSPACE
Excluir o texto ao final da linha CTRL+DELETE
Exibir o comando Células (menu Formatar) CTRL+1
Exibir o comando Imprimir (menu Arquivo) CTRL+P
Exibir ou ocultar a barra de ferramentas Padrão CTRL+7
Iniciar uma fórmula = (SINAL DE IGUAL)
Iniciar uma nova linha na mesma célula ALT+ENTER
Inserir a data CTRL+; (PONTO E VÍRGULA)
Inserir a fórmula AutoSoma ALT+= (SINAL DE IGUAL)
CTRL+SHIFT+: (DOIS PON-
Inserir a hora
TOS)
Inserir um hyperlink CTRL+K
Inserir uma fórmula como fórmula de matriz CTRL+SHIFT+ENTER
Mover até a célula no canto inferior direito da janela END
CTRL+SHIFT+F6 ou
Mover até a pasta de trabalho ou janela anterior
CTRL+SHIFT+TAB
Mover até a planilha anterior na pasta de trabalho CTRL+PGUP
Mover até a próxima pasta de trabalho ou janela CTRL+F6 ou CTRL+TAB
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Para tal, basta clicar neste botão e, em seguida, escolher: “Pro- INTRODUÇÃO DE NÚMEROS
gramas – Calc. Todos os dados numéricos, precedidos ou não dos sinais “= +
ÁREA DE TRABALHO -“ (indicações de negativo e positivo). Os números são os princi-
Área de trabalho é o espaço representado pelas células, onde pais tipos de informações em uma planilha, pois é com base neles
iremos construir nossa planilha. A seguir, apresentamos a tela prin- que serão feitos os cálculos e os gráficos.
cipal do Calc, demonstrando a Área de trabalho. Caso um número possua um tamanho maior do que a largura
da célula, o número é mantido, mas a célula será preenchida com o
Detalhes: caráter #, indicando que naquela célula se encontra um valor maior
Barra de título: Local onde é feita a apresentação do progra- do que é possível exibir. Normalmente os números são alinhados
ma. Demonstra o nome do programa, no caso CALC, é o nome do à direita das células.
arquivo que está sendo utilizado. Se o arquivo ainda não possuir
nome, o CALC lhe dará a denominação de Sem nome1 e assim INTRODUÇÃO DE TEXTOS
sucessivamente a cada arquivo novo que for aberto. Qualquer tipo de dados alfanuméricos existentes na planilha.
A figura ilustra um exemplo de Barra de Título Quando um texto possui mais caracteres do que permite a largura
da célula, este conteúdo preenche as células vazias à direita do
texto digitado.
Barra de menus: É o programa em si. Nesta barra, estão dis-
postos todos os seus recursos, subdivididos em classes, conforme INTRODUÇÃO DE FÓRMULAS
a utilidade das funções. As fórmulas são expressões lógicas ou matemáticas responsá-
A figura a seguir, ilustra um exemplo da Barra de Menus do veis por todos os cálculos e pesquisas de dados por toda a planilha.
CALC Toda fórmula no CALC é iniciada pelo sinal de igualdade (=).
Exemplo: =SOMA(a1: b2)
Barra de ferramentas: Nela estão contidas as funções de
maior utilização dentro do CALC, indicadas a partir de ícones,
com o objetivo de facilitar a visualização e utilização dos mesmos.
Para acionar qualquer função, basta clicar o mouse sobre o desenho
desejado. Veja a figura ilustrando a barra de Ferramentas do Calc
INTRODUÇÃO DE DATAS NA PLANILHA
O CALC considera as datas e horas como números. O modo
Barra de fórmulas: Tem duas funções: A primeira é indicar a de exibição de uma data ou hora depende do formato de número
célula que está sendo utilizada no momento ou a célula onde você aplicado à célula.
quer que apareça o resultado de determinada operação. A segunda Quando você digita uma data ou hora reconhecida pelo CALC,
é a digitação de fórmulas que possam ser empregadas nas células. o formato da célula é alterado do formato de número Geral, para
Uma fórmula permite relacionar células específicas para rea- um formato interno de data ou hora.
lizar operações matemáticas. No CALC a fórmula deve ser prece- Como padrão, as datas e horas são alinhadas à direita em uma
dida do sinal “ =”. A seguir são demonstrados 2 instantes da barra célula.
de fórmulas Se o CALC não reconhecer o formato de data ou hora, a data
ou hora será inserida como texto, alinhado à esquerda na célula.
As opções que você selecionar em “Configurações Regionais”
Barra de status: Indica a operação que está sendo executada no “Painel de Controle” determinarão o formato padrão para a data
neste exato momento no programa e mostra se os comandos do e hora atuais e os caracteres reconhecidos como separadores de
teclado, Caps Lock, Scroll Lock, Num Lock e Insert, estão sendo data e hora – por exemplo, os caracteres dois pontos (:) e barra (/)
utilizados ou não. nos sistemas baseados no padrão norte-americano.
Para digitar uma data e hora na mesma célula, separe a data e
Barra de rolagem: Subdivide-se em três funções explicadas a hora com um espaço.
abaixo:
Botões de Rolagem: Com este recurso pode-se passar para a MENUS DO CALC
planilha posterior ou voltar para a anterior. A primeira tecla, ao Mostraremos como executar as principais funções do CALC a
ser apertada, leva de volta à primeira planilha. A última tecla leva partir da Barra de Menu e da Barra de Ferramentas.
diretamente para a última planilha.
Indicador de Planilha: Demonstra qual planilha está sendo uti-
lizada. No exemplo abaixo é a Planilha 1. Arquivo Novo: Cria um arquivo novo. Uma
Barra de Rolagem: Permite fazer o rolamento da área de tra-
balho. Se você estiver na coluna A e deseja ir até a coluna Z, basta nova planilha. Basta clicar no botão “ ”
constante na Barra de Ferramentas ou sele-
segurar o botão sobre a seta da direita e deixar correr a planilha até
cionar na Barra de Menu o grupo Arquivo e
o local desejado.
escolher o item .
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EXEMPLOS:
Veja a ilustração a seguir:
=(A1+A2) =(A7*150)
=(D5*G1) =(A8+A4)*D5
=(A9/H4)
=(C8-B2) =(A5-B3)/A9
COPIANDO FÓRMULAS
FUNÇÕES
Marque com o mouse a célula onde se encontra a fórmula a
Na Barra de Ferramentas existem algumas funções específi-
ser copiada; aperte o botão do mouse sobre o botão na Barra
cas, como:
de Ferramentas.
Você vai notar que as bordas da célula ficaram pontilhadas. Se
Faz o somatório da área marcada através do mouse.
por algum motivo não ficar, repita os passos 01 e 02;
Marcar o local onde você deseja inserir a fórmula; se você
Coloca os dados selecionados em ordem crescente.
deseja copiar a fórmula para uma coluna inteira, basta marcar a co-
luna uma vez; se você quiser copiar para várias células espalhadas
Coloca os dados selecionados em ordem decrescente.
pela planilha, será necessário fazer uma cópia de cada vez!
Outras funções CALC:
Agora que a área está marcada, é só apertar o botão na
Barra de Ferramentas.
Configura o número dentro da célula como moeda.
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FÓRMULA DO SOMASE
Tem por finalidade a soma um intervalo de células mediante a
condição estabelecida. Exemplo: Você gostaria de somar as faturas
que foram pagas. Então você tem uma planilha onde na coluna A
você coloca o nome do cliente, na coluna B o valor da fatura e na
coluna C, a situação se foi paga ou não.
Você gostaria de somar somente as faturas que estivessem pa-
gas, assim você saberia o quanto já recebeu. Veja como ficaria a
fórmula:
FÓRMULA DO PROCV
Sua finalidade é procurar um determinado valor numa Tabela
Matriz.
Suponhamos que você tivesse uma planilha onde controla-se
a entrada e a saída de clientes do seu hotel. Nela você deseja colo-
car: Nome, Entrada, Saída, Classe, e Valor da Classe. Você deseja
que, ao digitar o nome da Classe, automaticamente apareça o valor
da Classe. Você terá que criar 2(duas) planilhas: A 1ª (Primeira)
planilha chamaremos de Matriz Tabela, porque nela você colocará
o nome das Classes e o seu Valor. A 2ª (Segunda) planilha você
controlará a entrada e a saída do cliente.
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MICROSOFT POWERPINT
APRESENTAÇÕES DE SLIDES
Quando você faz uma apresentação de slides, o conteúdo deve
ser o foco central de atenção. Você deseja que as ferramentas que
fico: usa, como animações e transições, enfatizem os tópicos, em vez de
desviar a atenção do público para os efeitos especiais. Se o público
ler da esquerda para a direita, você pode projetar os slides anima-
Preencha o título do gráfico, marque a opção Legenda, caso dos de modo que os tópicos deslizem para a direita. Em seguida,
queira legendas, e dê nome para os eixos do gráfico. para enfatizar um tópico específico, faça com que ele deslize para
Clique em Criar para apresentar o gráfico. a esquerda. Essa alteração vai chamar a atenção do público e des-
tacar o tópico.
O mesmo princípio se aplica ao som. Uma música ou som
ocasional durante uma transição ou animação concentra a atenção
do público na apresentação de slides. No entanto, o uso freqüente
de efeitos sonoros pode desviar a atenção dos tópicos principais.
O ritmo da apresentação também afeta a reação do públi-
co - um ritmo muito rápido cansa o público, enquanto um ritmo
lento deixa as pessoas sonolentas. Você pode usar os recursos do
PowerPoint para testar o ritmo antes de fazer uma apresentação.
Ao testar, você também pode verificar o impacto visual dos slides.
Uma quantidade excessiva de palavras ou figuras pode distrair o
público. Se achar que está usando muito texto, transforme um slide
em dois ou três e aumente o tamanho da fonte.
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Onde:
1. Botão Modo Normal
Com base no Assistente de AutoConteúdo à Cria uma apre- 2. Botão Modo Estrutura de Tópicos
sentação com o auxílio do Assistente, ou seja, O PowerPoint o 3. Botão Modo Slides
auxiliará e conduzirá na criação da apresentação 4. Botão Modo Classificação de Slides
Com base no modelo de design à Apresentará uma série de 5. Botão Modo Apresentação de Slides
modelos de slides prontos para serem escolhidos e utilizados
Apresentação em Branco à Para criar uma apresentação to- Segundo: através do menu exibir
talmente em branco, ficando todas as definições da apresentação a
seu critério.
Abrir uma apresentação existente à Nos possibilita a uti-
lização de uma apresentação que já foi criada e gravada anterior-
mente.
MODOS DE VISUALIZAÇÃO
Chamamos de Modos as formas de visualização oferecidas
pelo PowerPoint durante a criação de uma apresentação. Os Mo- USANDO ANOTAÇÕES
dos de visualização disponíveis são: No modo Normal, há um espaço reservado para visualizar as
• Modo Normal anotações.
• Modo de Estrutura de tópicos Um dos modos de exibição do PowerPoint é o modo Ano-
• Modo de Slides tações. Neste modo o slide é mostrado numa página com espaço
• Modo de classificação de Slides reservado para anotações.
• Modo apresentação de Slides Use este espaço para escrever suas anotações, que poderão ser
Modo Normal à Permite trabalhar com um slide de cada vez impressas e utilizadas durante a apresentação.
ou organizar a estrutura de todos os slides da apresentação. O layout e a formatação das folhas de anotações pode ser con-
Do lado esquerdo da tela, temos a seqüência dos slides, mos- figurado. Para isso, no menu Exibir, escolha Mestre e Anotações
trando o conteúdo de cada um. mestras. Neste modo você poderá editar o layout da folha de ano-
Do lado direito, é exibido o slide que está sendo utilizado, e tações.
abaixo dele, temos o modo de anotações, pronto para ser utilizado.
EXIBIR RÉGUA
Modo de Estrutura de tópicos à Utilizado para organizar a No menu Exibir encontramos um item Régua, que tem a fina-
estrutura dos Slides. É bastante parecido com o Modo normal, al- lidade de exibir ou ocultar a régua horizontal e vertical que você
terando apenas o tamanho de exibição das partes da tela, como a pode posicionar para posicionar objetos, alterar recuos e parágra-
seqüência de slides que possui o maior espaço. fos, margens de página e outras definições de espaçamentos.
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Podemos Mostrar/Ocultar data e hora; Inserir a data sempre Clique com o botão direito do mouse sobre uma palavra su-
atualizada; inserir data e hora específica; exibir/ocultar numeração blinhada em vermelho. Surgirá um menu de contexto para revisão
dos Slides; exibir/ocultar as informações no slide de título; permite ortográfica. Dependendo da palavra, você receberá sugestões para
acrescentar um texto no rodapé. Na figura seguinte temos a janela alterá-la.
apresentada para configuração de Cabeçalho e rodapé. Uma verificação completa pode ser feita a qualquer momento
usando o verificador ortográfico. Faça assim: No menu Ferramen-
tas escolha: “Verificar ortografia...”
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EFEITOS DE TRANSIÇÃO
Durante uma apresentação, os slides são exibidos sucessiva-
mente. Para dar mais vida à apresentação, na passagem de um slide
para outro você pode usar um efeito de transição. Para adicionar
um efeito ao slide faça o seguinte:
• No modo de slides, exiba o slide que receberá o efeito
de transição. CONTROLANDO OS TEMPOS DE EXIBIÇÃO
• No menu Apresentações escolha Transição de slides... Há dois modos de avançar para o slide seguinte: ao clique do
Surgirá a caixa de diálogo correspondente. mouse, ou automaticamente, após um intervalo de tempo.
O avanço ao clique do mouse dá mais liberdade para o apre-
sentador e o avanço automático é ideal para apresentações que ro-
dam em quiosques.
Para configurar o modo de avanço de um slide faça o seguinte:
• No menu Apresentações escolha Transição de slides...
• Na caixa de diálogo tique nas opções desejadas. Há duas
opções de avanço: Ao clicar com o mouse e Automaticamente
após x segundos.
• As opções podem ser ticadas simultaneamente.
.
• Em Efeito escolha o efeito desejado. Ao escolhe-lo você
verá um exemplo de como ele funciona.
• Escolha a opção de velocidade para o slide: Lenta, Média
ou Rápida.
• Escolha uma opção de avanço: ao clique do mouse ou
após um determinado intervalo de tempo.
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Opcionalmente, você pode definir os avanços dos slides atra- BOTÕES DE AÇÃO
vés do comando Testar intervalos do menu Apresentações. Os botões de ação deixam sua apresentação mais interativa.
Escolhendo este comando a apresentação será iniciada com Com eles você cria links que deixam a seqüência da apresentação
um cronômetro no canto da tela para você definir os intervalos menos rígida. Basicamente, um botão de ação é um objeto que
enquanto observa os slides. responde ao clique do mouse com uma ação. Há diversas ações
Este modo de configuração é interessante, pois, permite ao que se pode associar a um botão. Por exemplo: ir para o início da
usuário simular as condições reais de apresentação. apresentação, ir para o final da apresentação, ir para um slide espe-
cífico, executar um clip, executar um programa, etc.
APRESENTAÇÕES PERSONALIZADAS
Em certas ocasiões você pode querer usar uma mesma apre-
sentação com dois públicos diferentes.
Por exemplo: você vai divulgar um produto numa empresa.
Terá que expor o produto, primeiro para o pessoal técnico e de-
pois para a equipe financeira. Os interesses dos dois grupos são
diferentes.
O pessoal técnico não precisa conhecer os detalhes econômi-
cos do produto, e o pessoal da área financeira não precisa conhecer
os detalhes técnicos.
Você pode criar duas apresentações personalizadas dentro da
sua apresentação completa, uma para a equipe técnica e outra para Para colocar um botão de ação no slide faça o seguinte: no
a equipe financeira. menu “Apresentações”, aponte sobre Botões de ação e escolha um
Vejamos como: botão com ação pré-definida ou, então, o botão Personalizar. Cli-
No menu Apresentações escolha Apresentações personaliza- que no slide para posicionar o botão. O botão surgirá e logo em
das... seguida, teremos a caixa de diálogo Configurar ação.
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Você pode personalizar esses diagramas pré-desenhados com Inserir várias figuras: Quando você insere figuras de arqui-
texto, efeitos de animação e uma variedade de estilos de formata- vos na unidade do seu disco rígido, é possível selecionar várias
ção. figuras e inseri-las de uma vez.
Escolha diagramas como, por exemplo, Pirâmide para mos- Compactação de figura: Selecione a resolução desejada para
trar os fundamentos de um relacionamento, Radial para mostrar as figuras em uma apresentação, baseado no local em que elas se-
itens em relação a um elemento principal, entre outros. rão exibidas (por exemplo, na Web ou impressas) e defina outras
opções para obter o melhor equilíbrio entre qualidade da figura e
OUTROS NOVOS RECURSOS DO POWERPOINT tamanho do arquivo.
TAREFAS HABITUAIS Rotação de figura: Agora você pode girar e inverter qual-
Painéis de tarefas para aplicar formatação de slide e apre- quer tipo de arquivo de imagem em uma apresentação do Power-
sentação Os painéis de tarefas Layout do slide e Design do slide Point — inclusive bitmaps.
organizam layouts, modelos de design e esquemas de cor em uma Álbum de fotografias: Este recurso torna fácil e rápida a ob-
galeria visual exibida ao lado de seus slides. Quando você escolhe tenção de fotos da sua unidade de disco rígido, scanner ou câmera
um item do painel de tarefas, seus slides são atualizados imediata- digital para uma apresentação. As opções de layout especiais para
mente com a nova aparência. álbuns de fotografias incluem molduras em elipse, legendas sob
Visualizar impressão: Assim como você está acostumado a cada figura, entre outras.
fazer no Microsoft Word e no Microsoft Excel, agora é possível
visualizar sua apresentação antes de imprimi-la. Configurações DOCUMENTOS DA WEB E SITES DA WEB
especiais na visualização de impressão permitem-lhe visualizar e Executar sons e animações: A execução de sons e a maioria
imprimir slides, anotações e uma variedade de layouts de folhetos. dos novos efeitos de animação são preservados quando você salva
Vários modelos de design por apresentação: O PowerPoint sua apresentação como uma página da Web (formato HTML).
2002 fornece suporte para a existência de mais de um modelo de
design na sua apresentação. Isso é ótimo quando se deseja combi- TRANSMISSÃO DE APRESENTAÇÃO
nar várias apresentações em um só arquivo, mas mantendo cada Mais controle de edição: Agora você pode regravar a trans-
seção com sua aparência distinta. missão da sua apresentação antes de publicá-la.
Grade visível: Para facilitar o alinhamento de espaços reser- Suporte para áudio e vídeo: Os sons e vídeos que você inclui
vados, formas e figuras, você pode exibir a grade de desenho no na transmissão de uma apresentação são ouvidos e vistos por seu
PowerPoint e ajustar o espaçamento de suas linhas de grade. público, tanto em tempo real como quando arquivados.
Miniaturas de slides no modo normal: Quando você desejar Melhor navegação por transmissões arquivadas: Controles
navegar por sua apresentação visualmente, clique na guia Slides de navegação aperfeiçoados tornam mais fácil retroceder e avan-
no modo de exibição normal. Use as representações em miniatu- çar rapidamente em uma transmissão de apresentação arquivada.
ra de cada slide para localizar rapidamente o slide em que deseja
trabalhar, ou arraste uma miniatura para mover um slide para uma SEGURANÇA
nova posição na sua apresentação. Proteção por senha: Um dos recursos mais solicitados é ago-
Modo de exibição do orador para apresentações de slides: ra fornecido. Assim como no Word, você pode definir uma apre-
Se você estiver trabalhando em um computador que dê suporte a sentação para ser aberta com uma senha, especificando o acesso
vários monitores, poderá usar este recurso durante uma apresenta- somente leitura ou de leitura-gravação para o arquivo.
ção de slides para exibir anotações de orador, mantendo-as ocultas
do seu público, saltar para slides específicos fora de seqüência,
controlar a hora, e mais.
Aperfeiçoamentos de AutoAjuste de texto: Agora você
pode ativar ou desativar o AutoAjuste de texto por espaço reserva-
do, o que proporciona um maior grau de controle. O AutoAjuste
de texto também funciona em outros tipos de espaços reservados.
Layout automático para objetos inseridos: Conforme você O StarOffice é um software, que como sugere seu nome, foi
trabalha, o PowerPoint ajusta o layout do slide automaticamente concebido para aplicações office e é composto pelos seguintes
para acomodar figuras, diagramas, gráficos e outros itens que você aplicativos:
adicione. Quando você escolher um novo layout de slide, o Power- • StarCalc que tem o obejetivo de criar planilhas eletônicas
Point poderá reorganizar automaticamente os itens existentes no e sua utilização é identica ao Microsoft Excel.
slide para se ajustarem ao novo layout. • StarDesktop é conhecido como o Desktop do StarOffice,
Salvar plano de fundo ou seleção como figura: Quando com ele podemos abrir documentos, criar novos documentos,
você cria um desenho usando as ferramentas de desenho do Po- escolher em qual aplicativo do StarOffice o arquivo será trabalhado,
werPoint, é possível salvá-lo como uma figura clicando nele com trabalhar com os recursos de Explorer, etc.
o botão direito do mouse. Você também pode salvar uma textura
• Star Draw que edita desenhos tri e bidimensionais.
ou o plano de fundo de uma figura de um slide da mesma maneira,
• StarImage que foi desenvolvido para a criação e edição
facilitando a reutilização desses elementos gráficos.
de imagens diversas, inclusive para a computação gráfica.
Seleção mais fácil de um objeto em um grupo: Este novo
• O StarImpress faz criações de apresentações de
recurso permite-lhe selecionar uma só AutoForma em um grupo,
sem desagrupar. Isso é útil quando você deseja fazer determinados trabalhos, bastante similar ao MS-Power Point.
tipos de alterações de formato; por exemplo, alterar a cor de uma • StarWriter que é um editor de textos com o objetivo de
única forma em um grupo. manipulação, formação , inserção de texto e figuras.
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• Barra de Estado: apresenta o número da página, zoom, determinar o tempo de duração de um slide e a inserção de músicas
tipo de texto, etc. na apresentação. O terceiro botão Atualizar, atualiza os efeitos já
• Botões de controle dos slides: possibilita o controle das inseridos no slide. O quarto botão, Atribuir, confirma o recurso de
páginas (próxima página, página anterior, etc.) configuração realizado. Já o quinto botão,
• Botões de controle da apresentação: possibilita o controle Previsualizar, é possível visualizar as alterações feitas na
do modo da apresentação e o início da apresentação. apresentação.
Barras de ferramentas: Esta opção possibilita a configuração
da área de trabalho, onde o usuário pode selecionar quais as barras
de ferramentas que podem se úteis ao seu trabalho. O símbolo de CONCEITOS DE TECNOLOGIAS
verificação, significa que esta barra está ativada. Para desativá- RELACIONADAS À
la,clique na barra e em seguida esta desaparecerá do Desktop do
StarImpress.
INTERNET E INTRANET, PROTOCOLOS
WEB, WORLD WIDE WEB, NAVEGADOR
Plano de Fundo: O item Plano de Fundo possibilita ao INTERNET (INTERNET EXPLORER E
usuário a visualização dos recursos de plano de fundo (tais como MOZILLA FIREFOX), BUSCA E PESQUISA
desenhos, título, anotação e bilhete).
NA WEB. CONCEITOS DE
INSERIR: Estes recursos possibilitam a inclusão de textos, TECNOLOGIAS E FERRAMENTAS DE
figuras (retângulos, linhas, etc.) no slide. Os recursos de editoração COLABORAÇÃO, CORREIO ELETRÔNICO,
de texto são os mesmos do StarWriter.
GRUPOS DE DISCUSSÃO, FÓRUNS E WIKIS.
Inserção de Texto: Para inserir um texto numa apresentação CONCEITOS DE ACESSO A DISTÂNCIA A
proceda da seguinte maneira Para uma apresentação vazia COMPUTADORES.
há a possibilidade de escolher o tipo de slide a ser inserido na
apresentação. Dando um clique com o botão esquerdo do mouse
sobre uns dos itens, aparecerá, abaixo dos tipos de slides o nome Internet – Conceitos básicos
do tipo da apresentação. Para escolher um item teremos que clicar
duas vezes sobre o item ou clicar no botão OK.
Inserção de figuras (Figuras retangulares): Este recurso
possibilita a inserção de figuras como retângulos e quadrados.
Existem duas opções: Inserir figuras sem ou com cor de fundo.
Para inserir as figuras clique no local onde elas serão inseridas no
slide e em seguida clique no botão . Clicando nas bordas da
figura será possível estabelecer qual o tamanho da figura. No caso
de desejar incluir um texto no interior da figura, deverá ser clicado
no ícone de texto e no interior da figura.
Figuras elípticas: Este recurso possibilita a inserção de figuras
como retângulos e quadrados. Existem duas opções: 1) inserir A Internet, ou Web, é uma base de dados gigantesca que
figuras com a opção de cor de fundo. Pode-se ver as duas opções. funciona através de hipertexto, que permite acesso a arquivos da
2) Para inserir as figuras clique no local onde elas serão inseridas Internet de forma gráfica. A chave do sucesso da World Wide Web
no slide e clique no botão . Assim, da mesma forma que no é o hipertexto.
item anterior, é possível aqui aumentar ou diminuir o tamanho das Os textos e imagens são interligados através de palavras-
figuras e inserir um texto no interior delas. chave, tornando a navegação simples e agradável.
Objetos 3d: Este recurso possibilita a inserção de vários A Web é uma rede virtual, onde os seus serviços disponíveis
objetos em 3d, tais como figuras redondas, retangulares, cônicas, são totalmente transparentes para o usuário através de aplicações
etc. Para inserir clique no ícone de Objetos 3d . cliente-servidor, permitindo o uso da multimídia na informação.
Imagem: Esta opção possibilita a inserção uma imagem na Sendo assim, qualquer usuário pode, somente com o seu mouse,
apresentação. ter acesso a uma enorme quantidade de informações na forma de
Efeito de Transição (Transição): Esta opção possibilita textos, imagens, sons, gráficos, vídeos etc., navegando através de
configurar a forma como os slides irão ser apresentados - se da
palavras-chaves e ícones.
esquerda para a direita, da direita para a esquerda, de cima, de
lado, etc. Esta opção também possibilita a inserção de sons entre
as transições de slides. Para acionar este recurso: clique na barra
de menu em Apresentação Transição.
Efeito: Este recurso possibilita a inclusão de efeitos na
apresentação. Para acionar este recurso: clique na Barra de Menu
em Apresentação Efeitos. Nesta tela pode-se escolher qual o
efeito que será escolhido para a o slide ou para uma parte do slide.
Isto é, nesta tela pode-se escolher um efeito de transição para
textos ou figuras inseridas dentro do slide. Nesta caixa de diálogo,
acima da área Efeito existem cinco botões. A página é transferida do computador remoto para o do
O primeiro botão se refere ao item Efeito de transição onde usuário, onde o browser (navegador) faz o trabalho de interpretar
pode-se escolher qual o efeito que ele deseja para a transição os códigos contidos naquele documento e mostrar a pagina que o
dos slides. Com o segundo botão, Opções adicionais, é possível usuário vê. A Web está estruturada em 2 princípios básicos:
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HTTP (Hyper Text Transfer Protocol) e Na Web, você vai encontrar também outros tipos de
HTML (Hyper Text Markup Language). documentos além dessas páginas interligadas. Vai poder acessar
computadores que mantém programas para serem copiados
gratuitamente, conhecidos como servidores de FTP, grupos de
discussão e páginas comuns de texto.
Endereços na Web
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• Terceira versão: Lançado em agosto de 1996, foi uns Segundo seus desenvolvedores, o objetivo do Firefox é ser
dos primeiros browsers, ou navegadores, a ter suporte ao CSS. um navegador que inclua as opções mais usadas pela maioria dos
Foi introduzido o suporte ao ActiveX, linguagem JavaScript. usuários, de modo que o torne o melhor possível. Outras funções
As novidades são consideráveis, tanto que o Internet Explorer 3 não incluídas originalmente encontram-se disponíveis através de
passou a ser concorrente do Netscape, o browser mais usado na extensões e plugins nos quais qualquer pessoa possa criar um.
época. Teve também a primeira mudança significativa na interface.
• Quarta versão: Lançado em setembro de 1997, Acessibilidade
apresentou como novidades a integração completa com o sistema Segundo os desenvolvedores, existe um esforço no sentido de
operacional e a tecnologia push, tornando-se concorrente não só se buscar a simplicidade na interface do Firefox. As opções menos
do Netscape mas também de softwares como o PointCast, além de usadas pela maioria dos usuários geralmente ficam ocultas, oposto
outras novidades. ao que acontece com a suíte Mozilla.
• Quinta versão: Lançado em março de 1999, foi O Firefox tem suporte à navegação através de abas/
introduzido o suporte à linguagem XML, XSL, o formato MHTML separadores, o que possibilita a abertura de várias páginas em
e mais algumas coisas. O Internet Explorer 5 é encontrado no uma única janela do navegador. Esta função foi herdada da suíte
Windows 98 SE e no Windows 2000. Em julho de 2000, é lançado Mozilla, que por sua vez, emprestou-a de uma extensão conhecida
o Internet Explorer 5.5, juntamente com o Windows ME, contendo como MultiZilla, a qual foi desenvolvida especialmente para a
algumas melhorias. suíte. O Firefox também está entre os primeiros navegadores a
• Sexta versão: Lançado em agosto de 2001, juntamente disponibilizar bloqueamento personalizado de janelas pop-up.
com o Windows XP. Nessa versão há um melhor suporte ao O navegador contém opções que facilitam a busca por
CSS level 1, DOM level 1 e SML 2.0 e algumas novidades. Em informações. Existe uma função de pesquisa conhecida como
Setembro de 2002 é lançado o Service Pack 1 (SP1) e em agosto de “localizar ao digitar”. Caso esta função esteja habilitada, o usuário
2004 é lançado o segundo Service Pack (SP2), oferecendo maior poderá iniciar a digitação de uma palavra enquanto visualiza a
segurança com recursos como “Bloqueador de PopUps”, proteção página, e automaticamente o Firefox destaca o primeiro resultado
contra downloads potencialmente nocivos, entre outros que encontra. Quanto mais se digita, mais a busca é refinada.
Há também um campo de pesquisa embutido, com algumas
opções de busca já incluídas (na versão em inglês do Firefox),
Windows Internet Explorer 8 (abreviado IE8) é a oitava
como os sites Google, Yahoo, Amazon.com, Creative Commons,
e atual versão do navegador Internet Explorer criado e fabricado
Dictionary.com e eBay. Existem muitas opções extras de plugins de
pela Microsoft. Ele é o sucessor do Internet Explorer 7 e será busca que podem ser instaladas, uma delas feita para se pesquisar
o navegador padrão (préinstalado) para os futuros sistemas na Wikipédia, que foi desenvolvida através do projeto Mycroft.
operacionais do Windows 7 e Windows Server 2008 R2. A função de “palavra-chave” usada para que o usuário
O Internet Explorer 8 foi lançado em 19 de março de 2009 acesse o conteúdo de seus favoritos/marcadores, através da barra
disponível para Windows XP, Windows Server 2003, Windows de endereços, foi apresentada anteriormente na suíte Mozilla.
Vista e Windows Server 2008. O programa é disponível em 25 Opcionalmente, pode-se usar um parâmetro de busca na Internet.
idiomas. Para isto, basta que se digite, por exemplo, “google pêssego”
na barra de endereços, e o usuário será redirecionado a uma
Mozilla Firefox página de resultados do Google contendo o item “pêssego”. Se
for digitada somente uma palavra sem um parâmetro de busca, o
Firefox automaticamente aciona o Google, que levará o usuário ao
primeiro site sugerido (semelhante à função “Estou com Sorte”, da
página inicial do Google).
Segurança
A arquitetura de programação do Firefox é baseada em
extensões. Tal característica é apontada por alguns como um dos
aspectos que supostamente tornariam o navegador seguro. Há
Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plataforma quem diga que não se deve incorporar inúmeros recursos (os quais
desenvolvido pela Mozilla Foundation (em português: Fundação poderiam supostamente ser usados mais facilmente por códigos
Mozilla) com ajuda de centenas de colaboradores. A intenção da maliciosos), mas sim deixar o usuário escolher o que adicionar,
fundação é desenvolver um navegador leve, seguro, intuitivo e através da seleção das extensões (como plugins), as quais no
altamente extensível. Baseado no componente de navegação da Firefox são bloqueadas quando instaladas de sites desconhecidos
(opção que pode ser modificada pelo usuário com um simples
Mozilla Suite (continuada pela comunidade como Seamonkey), o clique, o qual autoriza a instalação de fonte não confiável e coloca
Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla Foundation. em risco toda a segurança). Existe a opção de se executar o Firefox
Antes do lançamento da versão primeira 1.0, em 9 de em um Modo de Segurança, no qual todas as extensões instaladas
novembro de 2004, o Firefox já havia sido aclamado por várias são desativadas.
publicações, incluindo a Forbes e o Wall Street Journal. Com Deve-se notar que muitas das extensões, especialmente as mais
mais de 25 milhões de transferências nos primeiros 99 dias populares e recomendadas pela própria Mozilla, também podem
após o lançamento, o Firefox se tornou uma das aplicações em ser alvos de vulnerabilidades, colocando abaixo tais apontamentos
código-livre mais usadas por usuários domésticos. A marca de e em consequência a segurança e privacidade do usuário
50 milhões de transferências foi atingida em 29 de abril de 2005, O próprio navegador Firefox também possui falhas de
aproximadamente 6 meses após o lançamento da versão 1.0. segurança em seu código puro como o é hoje, tal qual qualquer outro
Em 26 de julho de 2005, o Firefox alcançou os 75 milhões de navegador, algumas das quais inclusive sem correção conhecida
transferências, e a 19 de outubro de 2005 alcançou os 100 milhões no momento, para além de ser potencial alvo de explorações
de transferências, antes de completar o primeiro ano da versão 1.0. maliciosas dos múltiplos bugs existentes em sua engine javascript
O Firefox destaca-se como alternativa ao Microsoft Internet e também de falhas em complementos de terceiros como o Java
Explorer e reativou a chamada Guerra dos Navegadores SE da Sun e o Flash Player da Adobe (estas últimas mais raras).
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CORREIO ELETRÔNICO
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(Millenium), Windows 2000, Windows XP e Microsoft Office 98 um ou mais servidores de correio ou de notícias. Serão necessárias
para Macintosh. Vale ressaltar que o Outlook Express foi criado as seguintes informações do seu provedor de serviços de Internet
mais especificamente para usuários de computadores domésticos, (ISP) ou do administrador da rede local (LAN):
que obtêm acesso às suas mensagens de e-mail acessando um ISP ( * Para adicionar uma conta de correio, será necessário ter
Provedor de Serviços de Internet). No caso do Windows Vista, este
um nome de conta e uma senha e os nomes de um servidor de
foi substituído pelo Windows Mail.
Principais características mensagens recebidas e enviadas.
• Suporte aos protocolos SMTP ( Simple Mail Transfer * Para leitura de notícias, será necessário o nome do
Protocol), POP3 ( Post Office Protocol 3) e IMAP ( Internet Mail servidor de notícias ao qual deseja conectar-se e, se necessário, seu
Access Protocol); nome de conta e senha.
• Suporte a grupos de notícias e diretórios através dos Adicionar uma conta de correio ou de notícias: Serão
protocolos LDAP (Lightweight Directory Access Protocol), necessárias as seguintes informações do seu provedor de serviços
MHTML (Multipurpose Internet Mail Extension Hypertext de Internet (ISP) ou de seu administrador da rede local (LAN):
Markup Language), HTML (Hypertext Markup Language), S/
* Para contas de correio, será necessário saber qual o tipo de
MIME (Secure/Multipurpose Internet Mail Extensions) e NNTP
(Network News Transfer Protocol); servidor de mensagens que usa (POP3, IMAP ou HTTP), o nome de
• Ferramentas de migração que importam automaticamente sua conta e senha e o nome do servidor de mensagens recebidas,
suas configurações, entradas do catálogo de endereços e mensagens para POP3 e IMAP, o nome de um servidor de mensagens envia-
existentes de outros softwares, tais como Eudora, Netscape e das.
Microsoft Exchange Server; * Para uma conta de notícias, será necessário saber o
• Permite a personalização de mensagens eletrônicas nome do servidor de notícias ao qual deseja se conectar e, se
através da utilização de planos de fundo e imagens diferentes, necessário, o nome e a senha de sua conta.
tornando-as semelhantes a papéis de carta. * No menu Ferramentas, clique em Contas.
Diferenças entre Microsoft Outlook e Outlook Express * Na caixa de diálogo Contas da Internet, clique no botão
Ao escolher entre o Outlook Express e o Outlook, os usuários Adicionar.
e as empresas devem basear sua decisão de uso nos seguintes
critérios: Selecione Correio ou Notícias para abrir o Assistente para
Escolha o Outlook Express se: acesso à Internet e, em seguida, siga as instruções para
• Você necessitar apenas das funcionalidades de e-mail e estabelecimento de uma conexão com um servidor de correio
de grupo de notícias; ou de notícias.
• Você usa ou planeja usar o Office 98 para Macintosh e
quiser se beneficiar da integração do Outlook Express com esta Recomendações: Cada usuário pode criar várias contas de
versão do conjunto do Office. correio ou de notícias, repetindo o procedimento acima para cada
Escolha o Microsoft Outlook se:
conta. É possível obter uma conta de correio grátis do Hotmail,
• Você necessita de funcionalidades de email e de grupo de que usa servidores HTTP.
discussão com base em padrões avançados de Internet;
• Você necessita de calendários pessoais, agendamento de
Alternar entre correio e leitura de notícias: Na lista Pastas,
grupo e gerenciamento de tarefas e de contatos;.
clique em Caixa de entrada para ir para seu correio eletrônico
• Você necessita de calendário e emails integrados, clientes
ou clique em um nome de servidor de notícias ou especifique um
de diversas plataformas;
grupo de notícias para visitar. Ou clique em Outlook Express na
• Você usar ou planeja usar o Office 97, o Office 2000,
o Office XP ou o Exchange Server e quiser se beneficiar da parte superior da lista Pastas para abrir o painel de inicialização
integração do Outlook com esta versão do conjunto do Office e da do Outlook Express, onde é possível clicar em um link para a
integração com o Exchange Server; tarefa desejada.
• Você necessita de capacidades de colaboração em tempo Configurando várias identidades: Se houver mais de uma
de execução e em tempo de criação robustos e integrados. pessoa em sua casa que usa o mesmo computador para correio
• Sincronização de agenda e e-mails com ferramentas de eletrônico, cada uma pode ter uma caixa de entrada separada
terceiros no Outlook Express. Isto significa que cada pessoa pode ter
mensagens, contatos e configurações pessoais separadas. Isto é
ALGUNS DETALHES IMPORTANTES DO OUTLOOK possível através da criação de “identidades” múltiplas. Depois
de criadas, é possível alternar entre as identidades sem ter que
EXPRESS
desligar o computador ou perder a conexão à Internet.
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Importar um catálogo de endereços de outro programa: É Usar papel de carta com mensagens enviadas: Com o papel
possível importar um catálogo de endereços de outros arquivos de carta do Outlook Express, é possível criar mensagens
de Catálogos de endereços do Windows (WAB), assim como
do Netscape Communicator, do catálogo particular de endereços atraentes para correio eletrônico e para grupos de notícias. O papel
do Microsoft Exchange e de qualquer arquivo de texto (CSV). de carta é um modelo que pode incluir uma imagem de plano de
fundo, cores de fonte de texto únicas e margens personalizadas.
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Para aplicar papel de carta a todas as suas mensagens Enviar, clique em Configurações HTML e, em seguida,
enviadas, clique no menu Ferramentas, clique em Opções e, certifique-se de que a opção Enviar figuras com mensagens está
em seguida, clique na guia Redigir. Na área Papel de carta, selecionada. Em seguida, reenvie sua mensagem. Para inserir
selecione a caixa de seleção Correio e/ou Notícias e, em seguida, uma figura de plano de fundo em sua mensagem, na janela de
clique em Selecionar. mensagens, clique no menu Formatar, aponte para Plano de
fundo e, em seguida, clique em Figura. Clique no botão Procurar
Para aplicar papel de carta a uma mensagem individual, para pesquisar o arquivo que deseja usar.
clique no menu Mensagem, aponte para Nova mensagem usando Incluir som em uma mensagem: Clique em qualquer lugar na
e, em seguida, selecione um papel de carta. janela de mensagem. No menu Formatar, aponte para Plano de
fundo e, em seguida, clique em Som. Digite o nome do arquivo
Para aplicar ou alterar papel de carta depois de iniciar a que deseja incluir e o número de vezes que deseja que o arquivo
mensagem, clique no menu Formatar, aponte para Aplicar seja reproduzido.
papel de carta e, em seguida, selecione um papel de carta.
Verificar a ortografia em mensagens: O Outlook Express usa
Adicionar uma assinatura a mensagens enviadas: No menu o verificador de ortografia fornecido com os seguintes programas
Ferramentas, clique em Opções e, em seguida, clique na guia do Office: Microsoft Word, Microsoft Excel e Microsoft Power
Assinaturas. Point.
Para criar uma assinatura, clique no botão Nova e, em Se não tiver um desses programas instalado, o comando
seguida, digite texto na caixa Editar assinatura ou clique Verificar ortografia não estará disponível.
em Arquivo e, em seguida, localize o arquivo de texto ou
HTML que deseja usar. Selecione a caixa de seleção Adicionar Na janela Nova mensagem, clique no botão Verificar ortografia
assinaturas a todas as mensagens enviadas. na barra de ferramentas, ou clique no menu Ferramentas e, em
Observações: Para usar assinaturas diferentes para contas seguida, clique em Verificar ortografia.
diferentes, na área Assinaturas, selecione a assinatura, clique
no botão Avançado e, em seguida selecione a conta com a Observação: Para personalizar a maneira como seu verificador
qual deseja usar a assinatura. Para usar uma assinatura em de ortografia funciona, no menu Ferramentas, clique em Opções
mensagens individuais somente, certifique-se de limpar a caixa e, em seguida, selecione a guia Verificar ortografia.
de seleção Adicionar assinaturas a todas as mensagens
enviadas. Quando redigir a mensagem, clique no menu Alterar a prioridade de uma mensagem de correio enviada:
Inserir, aponte para Assinaturas e, em seguida, clique na assinatu- Quando enviar uma nova mensagem ou uma resposta a uma
ra desejada. mensagem, é possível atribuir uma prioridade à mensagem, de
maneira que o destinatário saiba se deve lê-la imediatamente
Inserir um arquivo em uma mensagem: (Prioridade alta) ou quando tiver tempo (Prioridade baixa). Uma
* Clique em qualquer lugar na janela da mensagem. mensagem de prioridade alta possui um ponto de exclamação
* No menu Inserir, clique em Anexo de arquivo e, em próximo a ela, enquanto a de prioridade baixa é indicada por uma
seguida, localize o arquivo que deseja anexar. seta para baixo.
* Selecione o arquivo e, em seguida, clique em Anexar.
* O arquivo é listado na caixa Anexar no cabeçalho da Na janela Nova mensagem, clique no botão Prioridade
mensagem. na barra de ferramentas e, em seguida selecione a prioridade
desejada. Ou, clique no menu Mensagem, aponte para Definir
Observação: Também é possível adicionar um arquivo de prioridade e, em seguida, selecione uma opção de prioridade.
texto (*. txt) ao corpo da sua mensagem de correio, clicando no
menu Inserir e, em seguida, em Texto do arquivo. Observação: Esta configuração atribui a prioridade somente
para a mensagem atual.
Inserir uma figura em uma mensagem:
* Na mensagem, clique no local onde deseja que a imagem Ler suas mensagens: Depois que o Outlook Express faz
apareça. download de suas mensagens ou depois de clicar no botão Enviar/
* No menu Inserir, clique em Figura e, em seguida, clique receber na barra de ferramentas, é possível ler suas mensagens em
em Procurar para localizar o arquivo de imagem. uma janela separada ou no painel de visualização.
* Digite as informações de layout e espaçamento do arquivo
de imagem, conforme necessário. Clique no ícone de Caixa de entrada ou na barra do Outlook
ou na lista Pastas. Para exibir a mensagem no painel de
Observações: Se não for possível selecionar o comando visualização, clique na mensagem na lista de mensagens. Para
Figura, certifique-se de que a formatação HTML esteja ativada, exibir a mensagem em uma janela separada, clique duas vezes
clicando no menu Formatar na janela da mensagem e, em na mensagem na lista de mensagens.
seguida, clicando em Rich Text (HTML). Um ponto preto aparece Observações: Para exibir todas as informações da mensagem,
ao lado do comando quando ele é selecionado. Se os destinatários como a data de envio, clique no menu Arquivo e, em seguida,
da mensagem não puderem exibir suas imagens inseridas, clique clique em Propriedades. Para salvar a mensagem em seu sistema
no menu Fer- ramentas e, em seguida, clique em Opções. Clique de arquivos, clique em Salvar como e, em seguida, selecione um
na guia formato (correio, texto ou HTML) e o local.
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Especificar do que deseja fazer download: É possível Ler e enviar mensagens internacionais: O Outlook Express
tornar disponíveis para exibição off-line todas as mensagens, normalmente pode exibir mensagens no idioma em que elas são
somente cabeçalhos ou somente novas mensagens, alterando as enviadas. No entanto, algumas mensagens, especialmente as
configurações de sincronização das pastas IMAP, HTTP ou de grupo de notícias, freqüentemente não possuem informações
do servidor de notícias. Na lista Pastas, selecione um servidor suficientes (ou as informações estão incorretas) no cabeçalho do
IMAP, HTTP ou de notícias. Na janela principal, selecione arquivo para exibir o idioma correto.
uma ou mais pastas ou grupos de notícias. Clique no botão Alterar a codificação do idioma de uma mensagem que está
Configurações e, em seguida, clique para alterar a configuração enviando: Na janela da mensagem, clique no menu Exibir,
para uma das seguintes opções: aponte para Codificação e, em seguida, clique na codificação do
* Todas as mensagens; idioma que deseja usar (já deve ter suporte para este idioma, que
* Somente novas mensagens; pode ser obtido na área
* Somente cabeçalhos. “Internacional” do site do Internet Explorer na Web).
Se não desejar que mensagens de uma determinada pasta ou O Outlook Express exibe mensagens recebidas usando a
grupo de notícias sejam descarregadas, clique em Não sincronizar. codificação padrão para leitura de mensagens, a menos que o
Exibir um anexo de arquivo: No painel de visualização, cabeçalho da mensagem especifique uma codificação de idioma
clique no ícone de clipe de papel no cabeçalho da mensagem e, específica.
em seguida, clique no nome do arquivo. Ou na parte superior da Definir uma codificação padrão para a leitura de mensagens:
janela da mensagem, clique duas vezes no ícone de anexo de No menu Ferramentas, clique em Opções e, na guia Ler, clique
arquivo no cabeçalho da mensagem. em Fontes. Selecione um idioma na parte superior e, em seguida,
Observações: Para salvar um anexo de arquivo, clique clique no botão Definir como padrão.
no menu Arquivo, aponte para Salvar anexos e, em seguida, Enviando mensagens internacionais: Quando respon- der a
clique no nome do arquivo. Para salvar o anexo a partir do painel uma mensagem, ela é enviada na mesma codificação de idioma
de visualização, clique no ícone de clipe de papel e, em seguida, da mensagem original. Se alterar a codificação do idioma na sua
selecione Salvar anexos. Quando uma mensagem tem um resposta, os caracteres originais podem não aparecer de maneira
arquivo anexado, um clipe de papel é exibido próximo a ela na apropriada, a menos que esteja enviando a mensagem em HTML
lista de mensagens. (e o programa de recepção possa ler HTML). É possível também
Encaminhar uma mensagem de correio: Selecione a mensagem enviar a mensagem usando Unicode; no entanto, nem todos os
que deseja encaminhar e, em seguida, no menu Mensagem, clique programas de correio e de leitura de notícias podem exibir
em Encaminhar. Digite o nome do correio eletrônico de cada uma mensagem Unicode.
destinatário. Separe cada nome com uma vírgula ou com um ponto Usar uma codificação diferente para enviar uma única
e vírgula (;). Digite sua mensagem e, em seguida, clique no botão mensagem: Na janela de mensagem, no menu Formatar, aponte
Enviar na barra de ferramentas. Se possuir várias contas de correio, para Codificação e, em seguida, clique na codificação de idioma que
clique na área De e, em seguida, clique na conta de correio que deseja usar. Mensagens novas usam a con- figuração de codificação
deseja usar para enviar a mensagem. Se estiver trabalhando off- padrão para envio de mensagens.
line, a mensagem será salva na Caixa de saída. Ela será enviada Definir a codificação padrão para enviar mensagens: No menu
automaticamente quando voltar para on-line. Ferramentas, clique em Opções, clique em Configurações
Observação: Se o item de menu ou o botão da barra de internacionais na guia Enviar e selecione a codificação padrão
ferramentas Encaminhar estiver desativado, certifique-se de que desejada.
fez download do corpo da mensagem do seu servidor de
notícias ou IMAP. CATÁLOGO DE ENDEREÇOS
Agrupar mensagens e suas respostas: Quando muitas
pessoas participam em conversações de correio eletrônico
ou de notícias, as respostas a uma determinada mensagem
podem se tornar difíceis de controlar. É possível configurar o
Outlook Express de maneira que as respostas à mensagem sejam
agrupadas sob a mensagem original. Em seguida, é possível exibir
somente a mensagem original ou a mensagem e todas as suas
respostas. Quando estiver na Caixa de entrada ou em um grupo
de notícias, clique no menu Exibir, aponte para Modo atual e,
em seguida, em Agrupar mensagens por conversação. Para
exibir conversações expandidas de todas as mensagens, clique
no menu Ferramentas, clique em Opções, clique em Ler e
selecione a caixa de seleção Expandir mensagens agrupadas
automaticamente.
Observações: Para exibir a mensagem original e todas O Catálogo de endereços fornece um local conveniente para
as respostas a ela, clique no sinal de adição (+) à esquerda da armazenar informações sobre contatos para recuperação fácil
mensagem original. Para exibir somente a mensagem original,
clique no sinal de subtração (–) próximo da mensagem. As através de outros programas como o Microsoft Outlook Express.
conversações são agrupadas de acordo com o título da mensagem Ele também possui o recurso de acesso a serviços de diretório de
original. Por exemplo, se a mensagem que inicia uma conversação Internet, que podem ser usados para procurar pessoas e empresas
é intitulada “Dicas para utilização do Outlook Express, “ todas na Internet. Descobrirá que os recursos a seguir o ajudarão a
as respostas a esta mensagem serão intituladas “RE: Dicas para organizar todas as suas informações de contatos na forma mais
utilização do Outlook Express. “ adequada para o seu uso.
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Didatismo e Conhecimento
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Armazene informações sobre pessoas e grupos que são Imprima todo ou parte de seu Catálogo de endereços e leve-o
importantes: O Catálogo de endereços oferece um local consigo: Com três estilos de página para escolher, é possível
para armazenar endereços de correio eletrônico, endereços imprimir todas as informações de contatos, somente informações
residenciais e comerciais, números de telefone e de fax, comerciais ou somente números de telefones para alguns ou para
identificações digitais, informações sobre conferência, endereços todos os contatos.
para mensagens instantâneas e informações pessoais como Para abrir o Catálogo de endereços a partir do Outlook
aniversários, datas especiais e membros da família. Também se Express, clique no botão Endereços na barra de ferramentas ou
pode armazenar endereços de Internet individuais e comerciais e se clique no menu Ferramentas e selecione Catálogo de endereços.
conectar a eles diretamente a partir do seu Catálogo de endereços. Para abrir o Catálogo de endereços a partir de uma janela de
Para informações adicionais, que não se enquadrem nestas mensagem, clique no ícone Para, Cc ou Cco.
Observação: Para usar os serviços de diretório do Catálogo
categorias, há uma ampla seção para observações.
de endereços a partir do menu Iniciar do Windows, clique no
Localize pessoas e empresas usando os serviços de diretório
botão Iniciar, aponte para Localizar e, em seguida, clique em
LDAP: Os serviços de diretório são poderosas ferramentas que
Pessoas.
permitem pesquisar nomes e endereços na Internet. O Catálogo
de endereços oferece suporte a Lightweight Directory Access Organizar nomes no seu catálogo de endereços: Quando tiver
Protocol (LDAP) para usar os serviços de diretório da Internet. um Catálogo de endereços extenso, pode organizá-lo de várias
É possível usar estes serviços quando endereçar mensagens de formas para facilitar a recuperação de contatos e grupos. É possível
correio eletrônico. classificar nomes em ordem alfabética por nome, sobrenome ou
endereço de correio eletrônico e classificar a lista em ordem
Crie grupos de contatos para listas de correspondência: É crescente ou decrescente. Também é possível alterar a ordem
possível criar grupos de contatos para facilitar o envio de correio das colunas, de maneira que as informações que lhe são mais
eletrônico para um grupo de pessoas, como colegas de trabalho, importantes sejam listadas de uma maneira mais adequada. Além
parentes ou colegas de esporte. disso, é possível exibir uma lista de grupos separada- mente da lista
de contatos.
Sempre que desejar enviar mensagens para todas as pessoas no Para classificar contatos por nome, endereço de correio
grupo, basta usar o nome do grupo ao invés de digitar cada contato eletrônico ou número de telefone, clique no título da coluna
individualmente. A criação de grupos também é uma boa maneira apropriada acima da lista de nomes.
de organizar um Catálogo de endereços muito grande. Para alternar as colunas entre a ordem de classificação
crescente ou decrescente, clique no título da coluna.
Compartilhe seu Catálogo de endereços com outros usuários: Para alterar a ordem das colunas, aponte para o título de uma
Criando uma identidade, cada pessoa que usa o Catálogo de coluna (Nome, Endereço de correio eletrônico, Telefone
endereços pode organizar contatos em suas próprias pastas. Se residencial, etc.) e, em seguida, mantendo o botão direito do
desejarem, elas podem colocar conta- tos em uma pasta Contatos mouse pressionado, arraste a coluna para a esquerda ou para a
compartilhados para que outras identidades possam utilizá-lo. direita até que esteja posicionada no local desejado. Libere o botão
do mouse.
Para exibir uma lista de seus grupos de destinatários, clique no
Importe nomes de outros catálogos de endereços: Mudar para menu Exibir e, em seguida, certifique-se de que a opção Pastas e
o Outlook Express não significa abandonar as informações de grupos esteja selecionada.
seu catálogo de endereços antigo. É possível importar seus
catálogos de endereços pessoais de vários programas de correio Organizando contatos e subpastas: É possível manter
eletrônico populares, inclusive o Microsoft Exchange, Eudora contatos em sua pasta principal, assim como organizá-los em
Light e Eudora Pro, Netscape Communicator, Microsoft Internet subpastas. Se tiver contatos que deseja compartilhar com outras
Mail para Windows 3.1 e qualquer outro programa que exporta pessoas com as quais você compartilha o Outlook Express,
arquivos de texto com valores separados por vírgulas (CSV), pode mover contatos para a pasta Contatos compartilhados,
como o Microsoft Outlook. Também é possível usar os arquivos onde outras identidades podem vê-las quando usam o Catálogo de
do Catálogo de endereços com o Microsoft Exchange ou qualquer endereços.
outro programa que importe arquivos no formato CSV. As subpastas estão sempre em ordem alfabética e não é
Envie e receba cartões de visita: Cartões de visita são a nova possível reorganizá-las. Se não for possível ver as pastas à
maneira de enviar informações de contato eletronicamente. esquerda, aponte para o menu Exibir e selecione Pastas e grupos.
Quando criar um cartão de visita no Catálogo de endereços, Criar uma subpasta: No Catálogo de endereços, clique no
suas informações de contato são armazenadas no formato vCard, de botão Novo na barra de ferramentas e, em seguida, clique em
maneira que possa ser trocado entre diferentes programas (como Nova pasta.
correio eletrônico, catálogos de endereços e agendas pessoais) e Observações: Uma pasta de identidade nova é
entre dispositivos digitais diferentes (como computadores de automaticamente criada quando criar uma identidade no Outlook
mesa, laptops ou computadores portáteis, assistentes pessoais Express ou em qualquer outro aplicativo com reconhecimento
digitais e equipamento de telefonia). de identidade. Lembre-se de que as pastas Contatos da identidade
principal e Contatos compartilhados não podem ser excluídas.
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Compartilhar contatos: Há duas pastas de identidades Para adicionar uma pessoa diretamente ao grupo, sem
que existem automaticamente no Catálogo de endereços: a adicionar o nome ao seu Catálogo de endereços, digite o nome
pasta Contatos da identidade principal e a pasta que permite e o endereço de correio eletrônico da pessoa na metade inferior
compartilhar contatos com outras identidades, a pasta Contatos da caixa de diálogo Propriedades e, em seguida, clique em
compartilhados. Nenhuma destas pastas pode ser excluída Adicionar. Para adicionar uma pessoa ao grupo e ao Catálogo de
(embora aparecerão pastas de identidades adicionais, à medida endereços, clique em Novo contato e preencha as informações
que novas identidades são criadas). É possível fazer com que apropriadas. Repita para cada adição até que o grupo esteja
um contato fique disponível para outras identidades, colocando-o definido.
na pasta Contatos compartilhados. É possível criar um
novo contato na pasta compartilhada ou compartilhar um contato Observação: Para exibir uma lista de todos os grupos
existente, movendo um de seus contatos para a pasta Contatos separadamente das listagens do Catálogo de endereços, clique
compartilhados. Se não for possível ver a pasta Contatos no menu Exibir no Catálogo de endereços e, em seguida,
compartilhados à esquerda, aponte para o menu Exibir e certifique-se de que a opção “Pastas e grupos” possui uma marca
selecione Pastas e grupos. de seleção.
Compartilhar um contato: Na lista de contatos, selecione Mover um contato ou um grupo: Na lista de contatos do
o contato que deseja compartilhar. Arraste o contato para a Catálogo de endereços, selecione o nome do contato ou grupo
pasta Contatos compartilhados ou para uma de suas subpastas. que deseja mover. Arraste o contato ou o grupo da lista à direita
Isto permitirá que outras identidades vejam o contato. para o grupo ou pasta desejada à esquerda.
Observações: Se arrastar um contato para a pasta Contatos Observações: Os contatos arrastados para um grupo são
compartilhados, o terá movido e ele não existirá mais na pasta adicionados ao grupo, deixando duplicatas na pasta original, mas
original. É possível fazer uma cópia das informações do contato um grupo ou um contato arrastados para uma pasta são movidos.
na sua pasta, mas as alterações não serão refletidas na pasta Se não vir a pasta Contatos compartilhados à esquerda, aponte
Contatos compartilhados ou vice-versa. para o menu Exibir e selecione Pastas e grupos. Subpastas não
Identidades: É possível criar um “identidade” diferente no podem ser movidas na lista de pastas de uma identidade.
Outlook Express (ou em outros aplicativos que usam identidades) Excluir um contato do seu catálogo de endereços: Na lista de
para cada pessoa que usa o programa. Por exemplo, você e um contatos, clique no contato que deseja excluir e, em seguida, clique
membro da sua família podem compartilhar o Outlook Express. no botão Excluir na barra de ferramentas. O nome do contato
Cada um de vocês pode exibir suas próprias mensagens e seus também é removido de qualquer grupo do qual faça parte.
próprios contatos, criando uma identidade para si mesmo.
Excluir um contato de um grupo: No Catálogo de endereços,
Quando sua identidade estiver estabelecida, é possível criar
clique duas vezes no nome do grupo. Na lista Membros do
subpastas e organizar seus contatos da maneira como desejar.
grupo, clique no nome que deseja excluir, clique em Remover
Observação: Seus contatos não são particulares. A partir
e, em seguida, clique em OK. Apesar de o contato ser removido
do menu Arquivo, é possível clicar em Exibir todo o conteúdo
do grupo, a entrada individual do contato permanece no Catálogo
para ver todos os contatos de todas as identidades. Se não puder
de endereços.
ver a pasta Contatos compartilhados à esquerda do Catálogo de
endereços, aponte para o menu Exibir e selecione Pastas e grupos. Excluir um grupo da lista do catálogo de endereços: No
Criar um grupo: É possível enviar uma mensagem para um seu Catálogo de endereços, clique no nome do grupo na lista
grupo de pessoas, criando um grupo de destinatá- rios (ou “alias”) e, em seguida, clique no botão Excluir na barra de ferramentas.
contendo seus nomes. Em seguida, simplesmente digite o nome Isto exclui o grupo, mas mantém as entradas dos indivíduos que
do grupo na caixa Para quando enviar mensagens. constituíam o grupo.
É possível criar vários grupos e um contato pode pertencer
a mais de um grupo. No Catálogo de endereços,selecione a pasta ATALHOS DO TECLADO DO OUTLOOK EXPRESS
na qual deseja criar um grupo, clique no botão Novo na barra de É possível usar teclas de atalho para selecionar comandos
ferramentas e, em seguida, clique em Novo grupo. A caixa de e navegar pelo painel de visualização e pela lista de mensagens.
diálogo Propriedades é aberta. Na caixa Nome do grupo, digite Exceto onde indicado, os atalhos se aplicam tanto para
o nome do grupo. mensagens como para grupos de notícias.
É possível adicionar pessoas de várias maneiras ao grupo — e Janela principal, janela de exibição de mensagens e janela de
em alguns casos também ao seu Catálogo de endereços. Para envio de mensagens:
adicionar uma pessoa da lista do seu Catálogo de endereços,
Janela de mensagem – somente enviando
clique em Selecionar membros e, em seguida, clique em um nome
da lista do Catálogo de endereços.
Para Pressione
Para usar um serviço de diretório, clique em Selecionar Abrir tópicos da Ajuda F1
membros e, em seguida, clique no botão Localizar. Selecione Selecionar todas as mensagens Ctrl+A
um serviço de diretório na lista suspensa no final da caixa de texto.
Depois de localizar e selecionar um endereço, ele é
automaticamente adicionado ao seu Catálogo de endereços.
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Janela principal e janela de mensagem: 3 - Conferir novos e-mails automaticamente: A não ser que
PARA PresSione você queira ficar checando a sua caixa de entrada a todo momento,
você terá grandes chances de não receber um e-mail importante na
hora correta. Para prevenir isso, basta configurar o Outlook para
Imprimir a mensagem selecionada Ctrl+P checar as mensagens automaticamente num intervalo de tempo
Enviar e receber mensagens Ctrl+M escolhido por você. Vá em Ferramentas / Opções e na orelha
Excluir uma mensagem de correio Del ou Geral, selecione Checar por novas mensagens a cada X minutos,
onde X é o tempo escolhido por você.
Ctrl+D 4 - Importando listas de contato/catálogo de endereços:
Abrir ou postar uma nova mensagem Ctrl+N Você pode importar listas de endereços de outros arquivos
Abrir o Catálogo de endereços Ctrl+Shift+B de contatos do Windows ou do Netscape Communicator, por
Responder ao autor da mensagem Ctrl+R
exemplo. Para isso, vá no menu Arquivo, escolha Importar e
selecione Catálogo de Endereços. Então, navegue até encontrar
Encaminhar uma mensagem Ctrl+F
um arquivo W AB (Windows Adress Book) e clique em Abrir.
Crl+Shift+R ou
Ctrl+G (somente
Para catálogos que não são nativos do Windows, selecione Outro
Responder a todos notícias) Catálogo de Endereços, no comando Importar em Arquivo e
Ir para sua Caixa de entrada Ctrl+I navegue até encontrar a lista. Se não conseguir nenhum arquivo,
Ctrl+> ou
exporte a lista de endereços do programa original nos formatos
CSV de texto ou LDAP Directory Interchange Format.
Ir para a próxima mensagem da lista
Ctrl+Shift+> 5 - Resposta Automática: Você pode criar respostas
Ctrl+< ou
automáticas, criando uma mensagem no seu processador de texto
e salvando-o como TXT. Depois, vá no menu Ferramentas no
Ir para a mensagem anterior da lista Outlook e selecione Regras para Mensagens, apontando as opções
Ctrl+Shift +<
Exibir as propriedades de uma mensagem de Correio. Dentro da janela, selecione as condições para a regra,
selecionada
Alt+Enter clique na caixa Para Todas as Mensagens e escolha Responder
Atualizar novas mensagens e cabeçalhos F5 com Mensagem e configure as ações para a regra. Sob a descrição
da regra você verá o link Mensagem. Clique nele e navegue
Ir para a próxima mensagem não lida Ctrl+U
até achar o arquivo TXT que você tinha salvado. Finalmente,
Ir para a próxima conversação de notícias não lida Ctrl+Shift+U quando o Windows pedir que você dê um nome à regra, chame-a
de “resposta automática” e clique em ok.
Ir para a pasta Ctrl+Y
6 - Mensagens de grupo e respostas conjuntas: Quando
um grande número de pessoas envolvem-se em conversações
Janela principal: por e-mail e grupos de discussão, respostas a uma determinada
Para Pressione mensagem podem tornar-se difíceis de achar. O Outlook permite
organizar respostas para que apareçam debaixo a mensagem
Verificar nomes CTRL+K ou ALT+K original. Para isso, dentro da Caixa de Entrada, vá no menu Exibir
e selecione Modo de Exibição Atual. Em seguida, clique em
Verificar ortografia F7
Agrupar Mensagens por Conversação. Agora, clique no sinal de
Inserir assinatura Ctrl+Shift+S “+” que aparece à esquerda da mensagem original e a lista completa
de respostas será exibida.
Janela de mensagem – exibindo ou enviando 7 - Mandar mensagens grandes: Para manter o tráfego
Para Pressione da internet movendo-se rapidamente, muitos servidores de
e-mail mantém um limite para o tamanho das mensagens que você
Fechar uma mensagem Esc pode mandar e receber, geralmente tornando impossível enviar
mensagens maiores de 1 MB. O Outlook pode dividir a mensagem
Localizar texto F3 em porções e reúne-as novamente quando chegarem na caixa
Localizar uma mensagem Ctrl+Shift+F de entrada do destinatário. Para isso, vá no menu Ferramentas /
Contas/ Correio e Propriedades. Mude para Avançado e clique na
Alternar entre as guias Editar, Fonte e Visualizar Ctrl+Tab opção Quebrar Mensagens Maiores que XXX KB, onde XXX é o
tamanho escolhido por você.
8 - Verificar ortografia sempre: Para o Outlook verificar
ALGUMAS DICAS SOBRE OUTLOOK EXPRESS a ortografia das mensagens antes delas serem mandadas, vá no
1 - Bloquear e-mails indesejáveis: Se alguém lhe incomoda menu Ferramentas / Opções. Vá na orelha Verificar Ortografia
mandando e-mails, ou simplesmente você não quer receber e marque Sempre Verificar Ortografia Antes de Enviar, para que
mensagens de um determinado endereço eletrônico, basta seus e-mails sejam revisados antes de serem mandados. Mas vale
selecionar a mensagem. No menu Mensagem, selecione Bloquear lembrar que é preciso ter o MS-Office no seu computador para
Remetente. O e-mail escolhido, aparece na caixa Endereço, onde que o Outlook possa usar os dicionários e assim fazer a correção
você poderá selecionar a opção de bloqueio desejada. ortográfica.
2 - Encaminhar mensagens em massa: Se você tiver uma 9 - Evitar inclusão automática de contato no catálogo
grande quantidade de mensagens salvas que quer mandar para de endereços: Quando você responde a uma mensagem, o
um amigo de uma só vez, vá à pasta contendo todas as mensagens endereço dela é automaticamente incluído no seu catálogo de
e pressionando a tecla Ctrl, clique em cada uma delas. Uma vez
que todas tenham sidos selecionadas, clique em Encaminhar na endereços. Para evitar isso, vá em Ferramentas / Opções / Enviar
barra de ferramentas principal e a janela Nova Mensagem aparecerá e desmarque a caixa Incluir Automaticamente no Catálogo de
com todos os e-mails marcados como anexo. Endereços as Pessoas a Quem Respondo.
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10 - Marcar mensagens como lidas rapidamente: As vezes, 4. Programas de news group: Os browsers incluem também
você recebe muitas mensagens e somente dá uma olhada rápida na sua versão básica leitores de news group. Ainda assim,
sobre elas. Com isso, muitas vezes, a mensagem acaba não sendo vários programas especializados como o Archie continuam a ser
marcada como lida, por causa da velocidade com a qual você comercializados com sucesso.
passou por elas. Para mudar isso, vá em Ferramentas / Opções 5. Programas que permitem reuniões virtuais: O Netmeeting,
/ Ler e marque a caixa Marcar Mensagem Como Lida Após XX IRCs, ICQ e outros permitem desde simples bate-papo, até vídeo
Segundos, onde XX é o tempo determinado por você. conferência e trabalho conjunto online. Muito pouco utilizados
até o presente para fins comerciais, especialmente o IRC e o ICQ.
CONCEITOS BÁSICOS E MODOS DE UTILIZAÇÃO Ultimamente vem-se desenvolvendo o CHAT via WEB.
DE TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS 6. Programas que permitem conversação via telefônica
E PROCEDIMENTOS ASSOCIADOS À INTERNET E utilizando-se os protocolos da Internet: Interessante para empresas
INTRANET. que possuem atuação Nacional ou Internacional.
7. Programas que permitem o contato remoto com a rede: Estes
INTRANET transformam a relação de trabalho, possibilitando que qualquer
funcionário devidamente autorizado, possa entrar na rede interna
a partir de qualquer lugar onde haja um computador e uma linha
telefônica.Transforma assim o trabalho em casa numa realidade.
8. Programas de treinamento: Programas desenvolvidos para
facilitar o aprendizado remoto, tipo instrução programada
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2. Rede
1. IP (Internet Protocol)
função básica do protocolo IP é o transporte dos blocos de
dados por entre as sub-redes até chegar ao destinatário. Durante
o tráfego pelas sub-redes, existem componentes denominados
gateways, que desvia o datagrama IP para outras sub-redes ou
para o destinatário, se este fizer parte da sub-rede a que o gateway
está conectado. Por limitação tecnológica, algumas sub-redes
É o protocolo TCP que faz a comunicação fim-a-fim da rede. tem capacidade apenas para trafegar pacotes menores (volume de
É orientado à conexão e altamente confiável independente da dados menor). Assim, o roteador fragmenta o datagrama original
qualidade de serviços das sub-redes que servem de caminho. Para em datagramas menores, que serão restabelecidos futuramente
a confiabilidade de transmissão, garante a entrega das informações quando possível.
na seqüência em que lhe foi fornecida, sem perda nem duplicação.
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a. Roteamento de acordo com o tipo de serviço; 3. SNMP (Simple Network Management Protocol)
b. Balanceamento de carga entre rotas do mesmo tamanho; É utilizado para trafegar as informações de controle da
c. Definição de rotas específicas para máquinas e redes; rede. De acordo com o sistema de gerenciamento da arquitetura
d. Modularização do SA, através da criação de áreas que TCP/IP, existem o agente e o gerente que coletam e processam,
contém gateways e redes. A topologia de tais áreas são conhecidas respectivamente, dados sobre erros, problemas, violação de
apenas nesta área. protocolos, dentre outros. Na rede existe uma base de dados
e. Definição de uma topologia de rede virtual que abstraia denominada MIB (Management Information Base) onde
detalhes da rede real; são guardadas informações sobre hosts, gateways, interfaces
f. Divulgação de mensagens recebidas de Gateways individuais de rede, tradução de endereços, e softwares relativos
Exteriores. ao IP, ICMP, TCP, UDP, etc. Através do SNMP pode-se acessar os
valores dessas variáveis, receber informações sobre problemas na
6. Aplicações rede, armazenar valores, todos através da base do MIB.
As aplicações, no modelo TCP/IP, não possuem uma
padronização comum. Cada uma possui um RFC próprio. O
4. DNS (Domain Name System)
endereçamento das aplicações é feito através de portas (chamadas
padronizadas a serviços dos protocolos TCP e UDP), por onde
são passados as mensagens. Como já mencionado, é na camada
de Aplicação que se trata a compatibilidade entre os diversos
formatos representados pelos variados tipos de estações da rede.
A comunicação entre as máquinas da rede é possibilitada
através de primitivas de acesso das camadas UDP e TCP. Antes
de iniciar o estabelecimento da conexão, são executadas as
primitivas socket, que cria um ponto terminal de comunicação, e
bind que registra o endereço da aplicação (número da porta). Para
estabelecer a conexão (com o protocolo TCP), a aplicação servidora
executa a primitiva listen enquanto que a cliente executa connect.
A aplicação servidora usa o accept para receber e estabelecer a
O DNS é um mecanismo para gerenciamento de domínios em
conexão. Já o UDP, como não é orientado à conexão, logo após o
forma de árvore. Tudo começa com a padronização da nomenclatura
socket e o bind, utiliza as primitivas sendto e recvfrom.
onde cada nó da arvore é separado no nome por pontos. No nível mais
alto podemos ter: COM para organizações comerciais, EDU para
1. TELNET (Terminal Virtual)
É um protocolo que permite a operação em um sistema instituições educacionais, GOV para instituições governamentais,
remoto através de uma sessão de terminal. Com isso, a aplicação etc.
servidora recebe as teclas acionadas no terminal remoto como se
fosse local. Utiliza a porta 23 do TCP. O TELNET oferece três
serviços: Definição de um terminal virtual de rede, Negociação
de opções (modo de operação, eco, etc.) e Transferência de dados.
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CONCEITOS DE PROTEÇÃO E
SEGURANÇA, REALIZAÇÃO DE CÓPIAS
DE SEGURANÇA (BACKUP), VÍRUS E
ATAQUES A COMPUTADORES.
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A Tecnologia da Informação (TI) pode ser definida como: De modo geral as novas tecnologias estão associadas à
Um conjunto de todas as atividades e soluções providas por interatividade e a quebra com o modelo de comunicação um-
recursos de computação. todos, em que a informação é transmitida de modo unidirecional,
adotando o modelo todos-todos, em que aqueles que integram
Novas Tecnologias de Informação e Comunicação redes de conexão operacionalizadas por meio das NTIC fazem
Chamam-se de Novas Tecnologias de Informação e parte do envio e do recebimento das informações. Neste sentido,
Comunicação (NTICs) as tecnologias e métodos para comunicar muitas tecnologias são questionadas quanto a sua inclusão no
surgidas no contexto da Revolução Informacional, “Revolução conceito de novas tecnologias da informação e comunicação, ou
Telemática” ou Terceira Revolução Industrial, desenvolvidas meramente novos modelos de antigas tecnologias.
gradativamente desde a segunda metade da década de 1970 As novas tecnologias, relacionadas a uma revolução
e, principalmente, nos anos 1990. A imensa maioria delas se informacional, oferecem uma infra-estrutra comunicacional que
caracteriza por agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável permite a interação em rede de seus integrantes. Numa rede, no
(fisicamente manipulável) o conteúdo da comunicação, por meio entanto, geralmente são descartados modelos em que haja uma
da digitalização e da comunicação em redes (mediada ou não por produção unilateral das informações que serão somente repassadas
computadores) para a captação, transmissão e distribuição das
aos outros terminais de acesso. Este modelo é considerado reativo
informações (texto, imagem estática, vídeo e som). Considera-se
e não interativo e aparece mesmo na internet, disponibilizados
que o advento destas novas tecnologias (e a forma como foram
pelos conhecidos portais, e agências midiáticas que disponibilizam
utilizadas por governos, empresas, indivíduos e setores sociais)
suas informações e serviços pela Internet tão somente.
possibilitou o surgimento da “sociedade da informação”. Alguns
estudiosos já falam de sociedade do conhecimento para destacar
o valor do capital humano na sociedade estruturada em redes As novas tecnologias e a Comunicação
telemáticas. É difícil prever o impacto que terá nelas, embora já se possam
Alguns exemplos: antever alguns contornos: maior facilidade e rapidez de acesso
• Os computadores pessoais (PCs, personal computers) à informação, melhor coordenação de colaboradores dispersos
• As câmeras de vídeo e foto para computador ou webcams geograficamente, por exemplo, integração e automatização dos
• A gravação doméstica de CDs e DVDs processos de negócio a montante (fornecedores) e a jusante
• Os diversos suportes para guardar e portar dados como (clientes), incremento da possibilidade de participação dos
os disquetes (com os tamanhos mais variados), discos rígidos ou colaboradores nas atividades de gestão dos seus superiores
hds, cartões de memória, pendrives, zipdrives e assemelhados hierárquicos, etc.
• A telefonia móvel (telemóveis ou telefones celulares) As novas tecnologias parecem favorecer a tendência para as
• a TV por assinatura empresas terem fronteiras cada vez menos demarcadas em relação
• TV a cabo ao seu meio ambiente, a trabalharem cada vez mais “em rede” com
• TV por antena parabólica outras empresas e, dentro delas, os seus colaboradores também
• O correio eletrônico (e-mail) trabalharem cada vez mais “em rede”.
• As listas de discussão (mailing lists) As novas tecnologias de comunicação levam a educação
• A internet a uma nova dimensão. Esta nova dimensão é a capacidade
• A world wide web (principal interface gráfica da internet) de encontrar uma lógica dentro do caos de informações que
• Os websites e home pages muitas vezes possuímos, organizar numa síntese coerente das
• Os quadros de discussão (message boards) informações dentro de uma área de conhecimento. Agilidade na
• O streaming (fluxo contínuo de áudio e vídeo via internet) questão de domínio do raciocínio lógico em grandes empresas
• O podcasting (transmissão sob demanda de áudio e vídeo com informações importantes para o crescimento da mesma.
via internet)
• Esta enciclopédia colaborativa, a wikipedia, possível Utilização das TICs
graças à Internet, à www e à invenção do wiki Por exemplo, a área da educação pode usufruir as TICs dando
• As tecnologias digitais de captação e tratamento de pulos de qualidade e criatividade, tudo em nome de uma nova
imagens e sons
maneira de ver este “mundo” e isto irá fortalecer desde a educação
• A captura eletrônica ou digitalização de imagens
básica às pesquisas científicas, passando pelo ensino à distância
(scanners)
(EAD).
• A fotografia digital
Um bom exemplo disso é que as TICs permitem que se
• o vídeo digital
ofereça grande quantidade de cursos variados a pessoas em áreas
• o cinema digital (da captação à exibição)
• o som digital longínquas, principalmente aquelas desprovidas de bons colégios
• a TV digital e o rádio digital ou faculdades. Ou seja, através do uso de meios eletrônicos
As tecnologias de acesso remoto (sem fio ou wireless) para gravação e transmissão de conteúdos educacionais, vários
• Wi-Fi segmentos podem ser beneficiados. Assim, é esperado um aumento
• Bluetooth da oferta de aprendizado, independente de locais e de horários
• RFID fixos, ou seja, permitindo se estudar em casa, em uma biblioteca
• EPVC ou até mesmo no local de trabalho no horário mais conveniente
ao aluno.
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Temos acompanhado o desenvolvimento e o sucesso desta intencionalidade em criar e manter uma conexão entre duas
nova modalidade educacional em vários países, que está gerando pessoas. Os laços fracos, por outro lado, caracterizam-se por
enormes quantidades de informações na forma digital, com grande relações esparsas, que não traduzem proximidade e intimidade. As
potencial de aproveitamento e reutilização. Isto quer dizer que interações sociais que ocorrem na Internet (em weblogs, fotologs
ela propiciará também, em um futuro não muito distante, que e no Orkut) constituem efetivamente laços fortes. Declarações de
instituições de locais geográficos distantes, mas que tenham amor, amizade e suporte são freqüentes, demonstrando intimidade.
objetivos e interesses em comum, possam usufruir os mesmos Recebem também a definição de “Redes Sociais Virtuais”, que são
recursos educacionais. os agrupamentos, por meio de softwares específicos (aplicativos
Podemos pensar também em planejar grupos de estudos que Web 2.0) que permitem a gravação de perfis, com dados e
trabalhem de forma “colaborativa”, mesmo estando localizados informações de caráter geral e específico, das mais diversas formas
geograficamente distantes um do outro, mas participando de e tipos (textos, arquivos, imagens, fotos, vídeos, etc.), os quais
trabalhos, como se estivessem todos em um ambiente de rede podem ser acessados e visualizados por outras pessoas. Há também
dentro de uma mesma sala de aula. a formação de grupos por afinidade, com ou sem autorização, e
Redes sociais de espaços específicos para discussões, debates e apresentação de
Define-se por rede social uma das formas de representação temas variados (comunidades, com seus fóruns).
dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre O mais recente estudo da Universal McCann revela um
si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é pormenor curioso: no domínio da Internet, os blogs estão perdendo
responsável pelo compartilhamento de idéias entre pessoas que terreno no que respeita à partilha de informação e de conteúdos
possuem interesses e objetivo em comum e também valores a multimédia, que vem crescendo progressivamente nas redes
serem compartilhados. Assim, um grupo de discussão é composto sociais. As redes sociais atualmente permitem aos usuários fazerem
por indivíduos que possuem identidades semelhantes. Essas redes o mesmo que fariam num blog e mais ainda. Estas plataformas
sociais estão hoje instaladas principalmente na Internet devido ao continuam a crescer, enquanto outros elementos dos social media
fato desta possibilitar uma aceleração e ampla maneira das idéias estagnam ou entram em declínio.
serem divulgadas e da absorção de novos elementos em busca de
algo em comum. Orkut
Segundo Fritjof Capra, “redes sociais são redes de O Orkut foi criado por um ex-aluno da Universidade de
comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites Stanford chamado Orkut Büyükkökten e lançado em 2004 pelo
culturais e as relações de poder”. São também consideradas como Google. É um sistema virtual que possibilita a conexão entre
uma medida de política social que reconhece e incentiva a atuação pessoas e a afiliação delas a comunidades. Os indivíduos são
das redes de solidariedade local no combate à pobreza e à exclusão mostrados em forma de perfis, é possível receber conexões
social e na promoção do desenvolvimento local. As redes sociais diretas (amigos) e indiretas (amigos dos perfis), e também como
são capazes de expressar idéias políticas e econômicas inovadoras organizações sob forma de comunidades e também ferramentas de
com o surgimento de novos valores, pensamentos e atitudes. Esse interação variadas, tais como fóruns para comunidades. Envio de
segmento que proporciona a ampla informação a ser compartilhada mensagens para cada perfil, envio de mensagens para comunidades,
por todos, sem canais reservados e fornecendo a formação de uma amigos e amigos de amigos (muitas vezes utilizadas para spam).
cultura de participação, é possível, graças ao desenvolvimento Inicialmente, o Orkut parece demonstrar a existência de redes
das tecnologias de comunicação e da informação, à globalização, sociais amplas. Porém a maioria das distâncias se reduz pela
à evolução da cidadania, à evolução do conhecimento científico presença de alguns indivíduos que são amigos de todo mundo.
sobre a vida etc. as redes unem os indivíduos organizando-os de Estes seriam chamados de hubs, pessoas totalmente conectadas,
forma igualitária e democrática e em relação aos objetivos que eles com imenso número de amigos, que contribuem para a queda
possuem em comum. da distância entre os indivíduos no sistema. Mas nem todos são
realmente amigos nesta rede. A maioria destas conexões pode ser
Redes Sociais na Internet falsa no sentido de que não apresenta nenhum tipo de interação
São as relações entre os indivíduos na comunicação mediada social e, portanto, pode não demonstrar a existência de uma rede
por computador. Esses sistemas funcionam através da interação social. Ao final, torna-se simplesmente uma “coleção” de perfis.
social, buscando conectar pessoas e proporcionar sua comunicação. Para o sistema, essas pessoas representam grandes nós que
As pessoas levam em conta diversos fatores ao escolher conectar- conectam membros de vários grupos isolados. Porém, não há,
se ou não a alguém. As organizações sociais geradas pela nessas redes, a obrigatoriedade da interação.
comunicação mediada por computador podem atuar também de
forma a manter comunidades de suporte que, sem a mediação da Comunidades Virtuais
máquina, não seriam possíveis porque são socialmente não-aceitas. A comunidade virtual é um conceito aplicado numa tentativa
O conceito de laço social passa pela idéia de interação de explicar os agrupamentos humanos surgidos no ciberespaço.
social, sendo denominado laço relacional, em contraposição ao Trata-se de um grupo de pessoas que estabelecem entre si relações
laço associativo, aquele relacionado unicamente ao pertencer (a sociais, que permaneçam um tempo suficiente para que elas possam
algum lugar, por exemplo). Os laços associativos constituem-se constituir um corpo organizado, através da comunicação mediada
em meras conexões formais, que independem de ato de vontade por computador e associada a um virtual settlement. Apesar de
do indivíduo, bem como de custo e investimento. Os laços sociais semelhante, essa idéia difere dos clássicos, fundamentalmente,
também podem ser fortes e fracos. Laços fortes são aqueles por dispensar o contato físico, que não é mais pré-requisito, mas
que se caracterizam pela intimidade, pela proximidade e pela apenas complemento do contato social.
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E também seria possível discutir se a interação social estaria Para obter bons resultados de divulgação em redes sociais
nas comunidades. Apesar do grande número de participantes, existem alguns valores em nossos perfis que devem ser trabalhados:
não há uma interação ideal, onde todas ou a maioria das pessoas Visibilidade: o fator visibilidade está ligado à manutenção
trocassem informações. Ou seja, a quantidade da interação não da própria rede social, ou seja, quanto maior sua permanência
parece proporcional ao tamanho da comunidade. Muitas vezes, e contribuição na rede, maior será sua visibilidade. Maximize
seu propósito é gerar um agrupamento momentâneo. Pessoas sua visibilidade trabalhando suas relações online, participe de
são convidadas a fazer parte da comunidade até que chegue a um comentários em blogs, fóruns e ajude o compartilhamento de boas
determinado número de membros depois a comunidade é deletada idéias.
e depois some totalmente do sistema. O Orkut possui hubs que Reputação: o conceito de reputação está diretamente
se estabelecem a partir da ordem dos mais ricos. As comunidades relacionado às informações sobre quem somos e sobre o que
cada vez ficam mais popular e se constituem redes sem escalas. pensamos que permitem que outros criem suas impressões
sobre nós. Nunca se esqueça de investir seu tempo em divulgar
Weblogs e Fotologs bons conteúdos nas redes sociais. Desta forma, o bom conteúdo
Os weblogs e fotologs também estabelecem-se como redes compartilhado sempre será bem propagado e você contribuirá para
sociais na medida em que também possuem lista de amigos. Nos sua boa reputação.
weblogs o privilégio é para os texto se nos fotologs a imagem é Popularidade e Autoridade: caracterizamos popularidade
trabalhada. Nos fotologs e weblogs as dinâmicas das redes são e autoridade muito mais como a capacidade de influenciar, do
observadas e estão sempre e transformação.Eles também podem que em números relativos, pois o bom conteúdo sempre será bem
ser hubs, na medida em que possui muitas conexões sociais entre aceito e propagado por si só, mas sua influência será maior quando
as pessoas que ali interagem. se trata de perfil com reconhecimento na área que este se refere.
As redes sociais são formas de compartilhamento de Permanência e persistência devem ser trabalhadas para se obter
informações, gostos e idéias entre usuários com os mesmos gostos autoridade e popularidade.
e estilos. Assim, um grupo de discussão é composto por indivíduos Blogs, Twitter e Redes Sociais estarão cada vez mais presentes
que possuem identidades semelhantes formando um novo cenário, uma nova internet. O usuário que antes
Entende-se por Rede Social como uma das formas de era um mero espectador de conteúdo deixá-lo-á de ser e começará
representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos a produzir e divulgar o seu próprio conteúdo e a construir sua
seres humanos entre si ou entre seus agrupamentos de interesses identidade na rede.
mútuos.
Atualmente na web, as redes sociais estão presentes em sites OpenSocial
de relacionamento online, e muitas vezes é possível construir uma Open Social leva o conceito da plataforma Facebook e
rede de contatos dentro de sites de social media. Os exemplos converte-o num padrão aberto que pode ser adotado por qualquer
mais populares de redes sociais são o orkut, facebook, e myspace pessoa na Web. É uma forma para que todos façam o que o
Assim como qualquer meio de divulgação online, no qual se Facebook já fez na sua plataforma de rede social. Se você se
incluem várias técnicas de link building (cadastro em diretórios, interessar pelo tema leia mais ao clicar no logo abaixo.
press releases, submissão em sites de social bookmarking, article As Redes Sociais da internet aceleram e ampliam a
submissions, feeds), as redes sociais possibilitam espalhar links comunicação entre cliente e empresa, o que facilita a exposição
externos pela Web. de novas idéias e negociações. Algumas práticas básicas podem
A grande diferença no uso de redes sociais é, além de espalhar ser seguidas pra manter a comunicação através das Redes Sociais:
links externos, poder fazer com que esses links externos sejam • Promova o seu perfil
acessados por o máximo de pessoas possíveis. Isso se consegue • Mantenha-se atualizado as novidades da sua rede
criando uma forte rede de contatos de possíveis pessoas que • Estabeleça critérios de prioridades ao tratar seu clientes
gostariam de apreciar seu conteúdo. • Mantenha a ética e transparência com sua rede de
Para isso busque sempre compartilhar links com pessoas contatos
que tenham interesse no seu conteúdo, submeta seus links • Mantenha-se ativo a rede social que você participa
em comunidades ou categorias relacionadas ao tema de sua
submissão, e aos poucos torne-se alguém “importante” dentro da 4 1 Conceitos básicos de segurança da informação.
rede social da qual você atua. E mais um ponto importante: não
use de técnicas desonestas como spam para se promover em uma
rede social. As conseqüências podem ser ruins, podendo resultar
em punições, para você e para o site ou blog de onde você está
postando a notícia.
As redes sociais ganharam seu lugar de uma maneira
vertiginosa, além de proporcionar um aumento significativo nas
interações e conectividade de grupos sociais, tornaram-se um meio
promissor de divulgação de conteúdo e propagação de idéias.
Seu diferencial em potencial está em sua capacidade de
construir e facilitar o acesso rápido à informação. Por isso devemos
atentarmos às formas de divulgação, e às formas de gerenciamento
de perfis em redes sociais para que nossas idéias não sejam somente
aceitas e propagadas como também sejam relevantes.
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• A Confidencialidade: dados privados devem ser A interligação (conexão) entre professor e aluno se dá por
apresentados somente aos donos dos dados ou ao grupo por ele tecnologias, principalmente as telemáticas, como a Internet, em
liberado. especial as hipermídias, mas também podem ser utilizados o
correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax,
Políticas de Senhas o celular, o iPod, o notebook, entre outras tecnologias semelhantes.
Dentre as políticas utilizadas pelas grandes corporações a Na expressão ensino a distância a ênfase é dada ao papel
composição da senha ou password é a mais controversa. Por um do professor (como alguém que ensina a distância). O termo
lado profissionais com dificuldade de memorizar varias senhas de educação é preferido por ser mais abrangente, embora nenhuma
acesso, por outro funcionários displicentes que anotam a senha sob das expressões, segundo o professor, seja plenamente completa.
o teclado no fundo das gavetas, em casos mais graves o colaborador
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/
anota a senha no monitor.
Recomenda-se a adoção das seguintes regras para minimizar Educa%C3%A7%C3%A3o_a_dist%C3%A2ncia
o problema, mas a regra fundamental é a conscientização dos
colaboradores quanto ao uso e manutenção das senhas.
• Senha com data para expiração CONCEITOS DE TECNOLOGIAS
Adota-se um padrão definido onde a senha possui prazo de E FERRAMENTAS MULTIMÍDIA, DE
validade com 30 ou 45 dias, obrigando o colaborador ou usuário a
REPRODUÇÃO DE ÁUDIO E
renovar sua senha.
• Inibir a repetição VÍDEO.
Adota-se através de regras predefinidas que uma senha uma
vez utilizada não poderá ter mais que 60% dos caracteres repetidos,
p. ex: senha anterior “123senha” nova senha deve ter 60% dos
caracteres diferentes como “456seuse”, neste caso foram repetidos Multimídia é a combinação, controlada por computador, de
somente os caracteres “s” “e” os demais diferentes. pelo menos um tipo de media estático (texto, fotografia, gráfico),
• Obrigar a composição com número mínimo de caracteres com pelo menos um tipo de media dinâmico (vídeo, áudio,
numéricos e alfabéticos animação) .Quando se afirma que a apresentação ou recuperação
Define-se obrigatoriedade de 4 caracteres alfabéticos e 4 da informação se faz de maneira multissensorial, quer-se dizer
caracteres numéricos, por exemplo: que mais de um sentido humano está envolvido no processo, fato
1s4e3u2s ou posicional os 4 primeiros caracteres devem ser que pode exigir a utilização de meios de comunicação que, até há
numéricos e os 4 subseqüentes alfabéticos por exemplo: 1432seuz. pouco tempo, raramente eram empregados de maneira coordenada,
• Criar um conjunto possíveis senhas que não podem ser a saber:
utilizadas Som (voz humana, música, efeitos especiais)
Monta-se uma base de dados com formatos conhecidos de Fotografia (imagem estática)
senhas e proíbir o seu uso, como por exemplo o usuário chama- Vídeo (imagens em pleno movimento)
se Jose da Silva, logo sua senha não deve conter partes do nome Animação (desenho animado)
como 1221jose ou 1212silv etc, os formatos DDMMAAAA ou Gráficos
19XX, 1883emc ou I2B3M4 etc Textos (incluindo números, tabelas, etc.)
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Didatismo e Conhecimento
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MPEG
Dos criadores do JPEG, o MPEG (Motion Picture Experts
Group) é um formato que traz imagens JPEG aliadas a som MP3 Para apagar apenas a letra w da palavra hardware, deve-se:
(para até dois canais) ou AC3 (para multi-canal). É o formato mais a) pressionar a tecla Back Space;
difundido em computadores, sendo também o formato utilizado b) pressionar a tecla Delete;
em DVDs. Além dos já conhecidos métodos de compressão para c) pressionar a tecla Enter;
imagem e som, ele também faz uso da similaridade entre quadros d) utilizar as teclas Ctrl em conjunto com Back Space;
subseqüentes para atingir um nível maior de compressão sem
e) utilizar as teclas Shift em conjunto com Delete.
perda de qualidade.
A expressão
=soma(Abacate; Abacaxi)
terá como resultado:
a) 17
b) 34
c) 46
d) 73
e) 136
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04. Ao surgir a dúvida de que um programa não desejado III. A célula C1 foi formatada para mostrar números como
está executando em um computador, pode-se lançar mão de um percentagens sem casas decimais.
programa utilitário para ver a lista de todos os processos que estão Em seguida, a seguinte seqüência de passos é aplicada:
sendo executados. Esse programa utilitário padrão que acompanha seleção do intervalo de células A1:C1;
o Windows XP é o: clique no pincel na barra de ferramentas padrão;
a) Windows Explorer (explorer.exe) clicar e arrastar o cursor do mouse sobre o intervalo A2:C2
b) Gerenciador de usuários (user.exe) Após essas operações, os valores visualizados nas células A2,
c) Programas em Memória (pmem.exe) B2 e C2 são, respectivamente:
d) Remote Desktop Connection (mstsc.exe) a) 13/4/2006; 1001,111; 0,5734 b) 4/2006; 1,001.1; 57,34%
c) 2006-04-13; 1.001,11; 0% d) abr-06; 1.001,1; 57%
e) Gerenciador de Tarefas (taskmgr.exe)
e) abr-2006; 1.001,111; 57
05. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) Considere as seguintes 08. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) No MS Word, a opção
afirmativas sobre a barra de inicialização rápida do MS-Windows: Versões... do menu Arquivo permite:
I. Esta barra é utilizada para incluir atalhos para os programas a) abrir documentos gerados em versões anteriores do MS
e/ou aplicativos. Word;
II. O usuário não deve incluir e/ou remover itens manualmente b) baixar automaticamente versões mais atuais do MS Word;
desta barra sobre o risco de criar instabilidade no Windows. c) criar e usar novas versões de dicionários personalizados;
III. Os ícones que estão presentes nela representam programas d) gerenciar as versões existentes do documento corrente;
que estão sendo executados. e) promover revisões no documento, mantendo lado a lado o
IV. Sua posição padrão é ao lado do menu Iniciar. texto original e as alterações feitas.
V. Se oculta, os programas ficam mais lentos. 09. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) Um recurso importante
O número de afirmativas corretas é: do sistema operacional MS Windows é a memória virtual. A
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 correta definição de memória virtual é:
a) memória RAM usada pelas placas de vídeo on board;
06. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) Observe o trecho de b) utilização da memória de vídeo ociosa para executar
uma planilha MS Excel na figura a seguir. programas que precisam de mais memória do que a máquina tem
disponível;
c) memória muita rápida usada para a leitura em avanço de
trechos da memória RAM que, provavelmente, serão logo em
seguida utilizados pelo processador;
d) recurso de hardware usado para virtualmente duplicar a
memória física existente. O truque consiste em, num mesmo ciclo,
efetuar duas leituras simultâneas na memória;
e) armazenamento temporário em memória secundária usado
Suponha que as células E2, F2 e G2 foram preenchidas com as pelo computador para executar programas que precisam de mais
fórmulas apropriadas para calcular a menor nota, a maior nota e a memória RAM do que a máquina tem disponível.
média das notas do estudante chamado Bernardo (não foram usadas
referências absolutas nas fórmulas). Em seguida, estas mesmas 10. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) Você recebe um e-mail
células (E2:G2) foram selecionadas e a alça de preenchimento foi de seu amigo Pedro comunicando que ele finalmente tem um
arrastada até a linha 6. Após essas operações, o valor da célula G6 computador e uma conta de e-mail (pedro@gmail.com). Você
é: resolve felicitá-lo, mas, ao responder ao e-mail, percebe no campo
a) 6,0 b) 6,7 c) 7,0 d) 8,7 e) 9,0 “Para:” o endereço pedro@gmail.com. A diferença entre os dois
endereços de e-mail se deve, provavelmente, a:
07. (Agente - Arq.Nac./2006 - IPAD) Observe o trecho de a) a primeira forma do endereço serve para enviar mensagens
uma planilha MS Excel na figura a seguir. e a segunda para recebê-las;
b) seu amigo digitou o endereço errado ao configurar as
propriedades da conta no programa cliente de correio eletrônico;
c) o servidor de correio eletrônico de seu amigo deve ter
as duas formas registradas e as usa para balancear a carga nos
Suponha que: servidores;
I. A célula A1 foi formatada para mostrar datas no formato d) o corretor ortográfico de seu programa cliente de correio eletrônico
mês-ano. deve estar ligado e efetuou automaticamente a “correção”;
II. A célula B1 foi formatada para mostrar números com uma e) um erro no servidor DNS de seu provedor que traduziu
casa decimal e usar pontos como separadores de milhares. erradamente o endereço IP do servidor de correio eletrônico de
seu amigo.
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RESPOSTAS
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1-A 11 - C
2-B 12 - B ———————————————————————————
3-A 13 - A
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4-E 14 - D
5-B 15 - B ———————————————————————————
6-C 16 - D ———————————————————————————
7-D 17 – D
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8-D 18 – D
9-E 19 – B ———————————————————————————
10 - B 20 – D
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ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
* realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições O Conselho tem ainda como finalidade julgar os recursos de
financeiras; ofício interpostos pelos órgãos de primeira instância, das decisões
* regular a compensação de cheques e outros papéis; que concluírem pela não aplicação das penalidades previstas no
* efetuar política monetária através da compra e venda de item anterior.
títulos federais;
* exercer o controle de crédito;
* fiscalizar as instituições financeiras; Estrutura
* autorizar o funcionamento e operacionalidade das O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é
instituições; constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos
* controlar o fluxo de capitais estrangeiros. especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de
câmbio, de capitais, e de crédito rural e industrial, observada a
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM seguinte composição:
Órgão normativo do sistema financeiro, voltado para o I - um representante do Ministério da Fazenda;
desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de valores
mobiliários, basicamente o mercado de ações e debêntures. II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);
Principais objetivos: III - um representante da Secretaria de Comércio Exterior
* estimular a aplicação de poupança no mercado acionário; (MIDIC);
* assegurar o funcionamento às bolsas de valores e instituições IV - um representante da Comissão de Valores Mobiliários
auxiliares; (CVM);
* proteger os titulares de valores mobiliários contra V - quatro representantes das entidades de classe dos mercados
irregularidades; afins, por estas indicados em lista tríplice.
* fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação
de títulos emitidos; As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes:
Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid
* fortalecimento do Mercado de Ações.
(Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV
(Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira
das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das
CONSELHO DE RECURSOS DO Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior
do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras
entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os
demais, como suplentes.
Histórico
Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional suplentes, são nomeados pelo Ministro da Fazenda, com mandatos
- CRSFN foi criado pelo Decreto n° 91.152, de 15/03/85. de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
Transferiu-se do Conselho Monetário Nacional - CMN para o Fazem ainda parte do Conselho de Recursos dois Procuradores
CRSFN a competência para julgar, em segunda e última instância da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda
administrativa, os recursos interpostos das decisões relativas à Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação
aplicação das penalidades administrativas referidas nos itens aplicável, e um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministério da
I a IV do art. 1 ° do referido Decreto. Permanece com o CMN a Fazenda, responsável pela execução e coordenação dos trabalhos
competência residual para julgar os demais casos ali previstos, por administrativos. Para tanto, o Banco Central do Brasil, a Comissão de
força do disposto no artigo 44, § 5°, da Lei 4.595/64. Valores Mobiliários e a Secretaria de Comércio Exterior proporcionam
Com o advento da Lei n° 9.069, de 29/06/95, mais especificamente o respectivo apoio técnico e administrativo.
em razão do seu artigo 81 e parágrafo único, ampliou-se a competência
O representante do Ministério da Fazenda é o presidente
do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de
do Conselho e o vice presidente é o representante designado
julgar os recursos interpostos contra as decisões do Banco Central do
pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das
Brasil relativas a aplicação de penalidades por infração à legislação
cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial. entidades de classe que integram o Conselho.
O CRSFN tem o seu Regimento Interno aprovado pelo
Decreto n° 1.935, de 20/06/96, com a nova redação dada pelo AGENTES ESPECIAIS BANCO DO BRASIL
Decreto n° 2.277, de 17/07/97, dispondo sobre as competências, Até 1986 o Banco do Brasil atuou como co-responsável
prazos e demais atos processuais vinculados às suas atividades. pela emissão de moeda, através do ajustamento das contas das
autoridades monetárias e do Tesouro Nacional.
Atribuições Atualmente atua como banco comercial sendo agente
São atribuições do Conselho de Recursos: julgar em segunda financeiro do Governo Federal. Principais atribuições:
e última instância administrativa os recursos interpostos das
decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo * principal executor da política de crédito rural e industrial;
Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários * responsável pelo Departamento de Comércio Exterior
e pela Secretaria de Comércio Exterior; nas infrações previstas na (Decex);
legislação. * Câmara de Compensação de cheques e outros papéis;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
* executar os serviços ligados ao orçamento geral da União; Suas atividades assemelham-se às dos Bancos comerciais, no
* executar o serviço da dívida pública consolidada; que diz respeito a captação de depósito a vista e prestação de serviços,
porém as operações de empréstimos destinam-se apenas às pessoas
* adquirir os estoques de produção exportável;
físicas. Operam no crédito direto ao consumidor, financiando bens
* executar a política de preços mínimos de produtos de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial
agropecuários. e caução de títulos, além de possuir monopólio de operações sob
penhor de bens pessoais, e sob consignação.
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO Tem ainda a competência para a venda de bilhetes de loteria,
ECONÔMICO E SOCIAL cujo o produto da administração é uma fonte valiosa de recursos
para sua gestão.
É a instituição responsável pela política de investimentos de
longo prazo do Governo Federal, sendo a principal instituição A captação de poupança, que é privativo das instituições
ligadas ao SFH, é sem dúvida sua grande fonte de recursos.
financeira de fomento do País.
Sua mais nova atuação está voltada para a centralização do
Principais objetivos: recolhimento e a posterior aplicação de todos os recursos oriundos
* impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País; do FGTS.
* fortalecer o setor empresarial nacional; As Caixas Econômicas são instituições de cunho
eminentemente social, sendo suas operações de crédito e
* criar novos pólos de produção regionais;
financiamento voltada para as áreas de assistência social, saúde,
* promover o desenvolvimento agrícola, industrial e de educação etc.
serviços; Atualmente só existem duas Caixas Econômicas, a Federal
* promover o crescimento e a diversificação das exportações; (resultado da unificação de 23 Caixas Econômicas Federais, pelo
DL 759 de 12/08/69) e a Caixa Econômica Estadual do Rio Grande
* gerir o processo de privatização das empresas estatais.
do Sul.
Cooperativas de crédito
BANCOS COMERCIAIS; CAIXAS As cooperativas de crédito são instituições financeiras,
ECONÔMICAS; sociedade de pessoas, homologadas pelo Banco Central do
Brasil, sem fins lucrativos e não sujeitas a falência (Lei 5.764/71
COOPERATIVAS DE CRÉDITO; BANCOS e 4.595/64), cuja regulamentação é disciplinada pela Resolução
COMERCIAIS COOPERATIVOS; BANCOS 2.771 de 30/08/2000.
DE INVESTIMENTO; BANCOS DE DESEN- O funcionamento de cooperativas de crédito depende de
VOLVIMENTO prévia autorização do Banco Central do Brasil, concedida sem
ônus e por prazo indeterminado.
As cooperativas de crédito podem praticar as seguintes
operações: I - captação de recursos:
Bancos Comerciais
a) de associados, oriundos de depósitos a vista e depósitos a
São sociedades cujo objetivo consiste na intromissão entre os prazo sem emissão de certificado; b) de instituições financeiras,
que dispõem de capital e os que precisam obtê-lo, isto é, receber nacionais ou estrangeiras, na forma de empréstimos, repasses,
e concentrar capitais para distribuí-los através de operações de refinanciamentos e outras modalidades de operações de crédito;
crédito, ou seja, seu objetivo principal é o suprimento oportuno e
c) de qualquer entidade, na forma de doações, de empréstimos
adequado de recursos necessários para financiar, a curto e médio ou repasses, em caráter eventual, isentos de remuneração ou a
prazo, pessoas físicas ou jurídicas, com recursos captados no taxas favorecidas;
mercado.
II - concessão de créditos, exclusivamente a seus associados,
Para atingir seus objetivos os Bancos comerciais podem, incluídos os membros de órgãos estatutários, nas modalidades
segundo o Manual de Normas e instruções do Bacen: de: a) desconto de títulos; b) operações de empréstimo e de
* captação a vista e a prazo; financiamento; c) crédito rural;
* cobrança de títulos; d) repasses de recursos oriundos de órgãos oficiais e
* arrecadação de tributos e tarifas públicas; instituições financeiras; III - aplicações de recursos no mercado
* descontar títulos; financeiro, inclusive depósitos a prazo, com ou sem emissão de
* realizar operações de abertura de crédito simples ou em conta certificado, observadas eventuais restrições legais e regulamentares
corrente; específicas de cada aplicação;
* realizar operações especiais (crédito rural, resolução 63, etc) IV - prestação de serviços: a) de cobrança, de custódia, de
correspondente no País, de recebimentos e pagamentos por conta
de terceiros e sob convênio com instituições públicas e privadas,
Caixas Econômicas nos termos da regulamentação aplicável às demais instituições
Integrando simultaneamente o Sistema Brasileiro de Poupança financeiras; b) a outras instituições financeiras, mediante convênio,
e Empréstimo e o Sistema Financeiro de Habitação, junto com os para recebimento e pagamento de recursos coletados com vistas a
Bancos comerciais, foram as primeiras instituições do Sistema aplicação em depósitos, fundos e outras operações disponibilizadas
Financeiro Nacional. pela instituição conveniente;
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Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
V - formalização de convênios com outras instituições Os Bancos estaduais de desenvolvimento são instituições
financeiras com vistas a: a) obter acesso indireto à conta Reservas financeiras controladas pelos estados com a finalidade de fornecer
Bancárias, na forma da regulamentação em vigor; b) participar do financiamentos de médio e longo prazo às empresas dos respectivos
Serviço de Compensação de Cheques e Outros Papéis (SCCOP); estados, geralmente com repasses de órgão financeiros do Governo
c) realizar outros serviços complementares às atividades fins da Federal
cooperativa; VI - outros tipos previstos na regulamentação em
vigor ou autorizados pelo Banco Central do Brasil.
Bancos Comerciais Cooperativos
Os Bancos Cooperativos são bancos comerciais que SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINAN-
diferenciam-se dos demais por terem como acionistas, CIAMENTO E INVESTIMENTO; SOCIE-
exclusivamente, as Cooperativas de Crédito. Sua atuação é DADES DE ARRENDAMENTO MERCAN-
restrita às unidades da federação onde estão situadas as sedes das
TIL; SOCIEDADES CORRETORAS DE
Cooperativas Controladoras.
As cooperativas, os bancos e outras instituições financeiras TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS;
têm algumas coisas em comum, tais como: todas dependem da SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS DE TÍ-
autorização do banco central para funcionar, tanto a cooperativa TULOS E VALORES MOBILIÁRIOS
como as demais instituições financeiras emprestam dinheiro. Mas,
a principal diferença da cooperativa está justamente na maneira
de fazer empréstimo, pois como ela não tem fins lucrativos, pode
cobrar juros abaixo dos de mercado, e não tem as burocracias do
Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento
mesmo ( Saldo médio e outros mais).
Vantagens de uma cooperativa: Sua finalidade é o financiamento de bens de consumo duráveis
Benefícios sociais e educativos; através do crédito direto ao consumidor. Assim como os Bancos de
Liberdade de escolha (compras a vista); investimento não podem manter contas correntes, e sua fonte de
Crédito rápido; -Seguros (diversos); -Contas correntes; recursos são as letras de câmbio e títulos de crédito emitidos pelos
-Aplicações financeiras com taxas superiores; financiados e aceitos pelas financeiras.
Cobertura de emergência; -Tranquilidade de saber que é um Por tratar-se de operação de alto risco, suas operações
órgão administrado pelos próprios associados. passivas não podem ultrapassar 12 vezes o montante do seu
Banco de Investimento capital realizado, mais as reservas, sendo também limitada à sua
Criados com a finalidade de prover o mercado de recursos responsabilidade direta por clientes.
de médio e longo prazo, para suprimento de capital de giro e
investimento. Seu objetivo é aumentar o prazo das operações e
Sociedade de Arrendamento Mercantil
financiamentos, dando fôlego financeiro às empresas para que elas
possam reestruturar-se econômica e financeiramente. Operam com operações de “leasing”. Tratam-se de locação de
Não podem manter contas correntes. As aplicações tem origem bens de forma que, no final do contrato, o locatário pode renovar
em CDB e RDB captados, através de repasses de recursos internos o contrato, adquirir o bem por um valor residencial ou devolver o
e externos a pela venda de cotas de fundos de investimentos por bem locado à sociedade. Atualmente, tem sido comum operações
eles administrados. de leasing em que o valor residual é pago de forma diluída ao
longo do período contratual ou de forma antecipada, no início
Grande parte das operações dos Bancos de investimento, do período. As Sociedades de Arrendamento Mercantil captam
estão voltadas para as empresas privadas, havendo limites para recursos através da emissão de debêntures, com características de
apoiar empresas e órgãos públicos. longo prazo.
Os financiamentos ao capital fixo são precedidos de
Às sociedades de arrendamento mercantil é facultada a
cuidadosas avaliações do projeto, não podendo destinar recursos
captação de recursos no exterior para livre aplicação no mercado
a empreendimentos imobiliários.
doméstico, observados os respectivos campos operacionais.
Operações ativas praticadas pelos Bancos de investimento:
Em se tratando de instituições financeiras, a faculdade inclui
* empréstimo a prazo mínimo de um ano para financiamento
a realização de operações de repasse a pessoas físicas ou jurídicas
de capital de giro e/ou capital fixo;
não-financeiras.
* aquisição de ações e outros títulos para investimento ou
revenda no mercado de capitais (operações de underwriting); Às sociedades de arrendamento mercantil é facultada a
* repasses de recursos de origem interna ou externa; realização de repasse interfinanceiro de recursos captados no
* prestação de garantia de empréstimo no pais ou proveniente exterior a outras instituições e sociedades da espécie.
do exterior.
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
Banco de Desenvolvimento São instituições típicas do mercado financeiro e do mercado
O BNDES é o principal agente do Governo para financiamento acionário, operando com compra, venda e distribuição de títulos e
de médio e longo prazo aos setores primário, secundário e terciário. valores mobiliários (inclusive ouro) por conta de terceiros.
O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Banco da Amazônia Sua constituição depende de autorização do Bacen e o exercício
(BASA) são instituições de fomento de âmbito regional. de sua atividade depende de autorização da CVM.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
A Bolsa de Mercadorias e Futuros - BM&F de São Paulo é * abertura de crédito a favor de empresários que promovam
uma das maiores Bolsas de Futuros do mundo. Nela, atuam as projetos de construção de habitações para venda a prazo;
corretoras de mercadorias (ou commodities), que negociam ouro, * abertura de crédito para a compra ou construção de casa
índice Bovespa futuro, dólar comercial futuro, DI futuro (índice própria com liquidação a prazo de crédito utilizado;
de taxa de juros), açúcar, boi gordo, bezerro, café, soja e algodão. -desconto, mediante cessão de direitos de receber a prazo o
preço da construção ou venda de habitações;
SELIC E CETIP - outras modalidades de operações autorizadas pelo Banco
As aplicações bancárias não são iguais. Variam de acordo com Nacional da Habitação.
o tipo de papel que as lastreiam e onde esse título está custodiado, Cada sociedade de crédito imobiliário somente poderá operar
ou seja, fisicamente guardado. Quanto ao lastro, temos papéis com imóveis situados na área geográfica para a qual for autorizada
privados: Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letras de a funcionar.
Câmbio (LC), por exemplo; e públicos: Letras do Tesouro Nacional
(LTN), Letras Financeiras do Tesouro (LFT), entre outros. As sociedades de crédito imobiliário não poderão operar em
compra e venda ou construção de imóveis, salvo para liquidação
Essas modalidades podem ser custodiadas de duas formas: de bens que tenham recebido em pagamento dos seus créditos ou
1 - SELIC; no caso dos imóveis necessários à instalação de seus serviços.
2 - CETIP.
Nas suas operações as sociedades de crédito imobiliário
Se custodiado no SELIC (Sistema Especial de Liquidação observarão as normas expedidas pelo Banco Nacional da
e Custódia), o papel adquirido pelo aplicador é necessariamente Habitação, com relação dos limites do valor unitário, prazo,
um título público e deverá ser registrado em seu nome nos condições de pagamento, juros, garantias, seguro, ágios e deságios
computadores do Banco Central (o chamado SELIC I), ou em na colocação de letras imobiliárias e diversificação de aplicações.
nome da instituição que intermediou a operação (SELIC II).
No primeiro caso, a garantia é total. Mesmo que ocorra algum Associações de Poupança e Empréstimo
problema com a instituição intermediária, os recursos aplicados São sociedades civis onde os associados têm direito à
não poderão ser transferidos para a instituição. Já o SELIC II não participação nos resultados. A captação de recursos ocorre
oferece essa garantia. O CETIP (Central de Custódia e Liquidação através de caderneta de poupança e seu objetivo é principalmente
Financeira de Títulos) é uma sociedade civil sem fins lucrativos, financiamento imobiliário. Dentro das normas gerais que forem
criada em 1986 para preencher a lacuna de um sistema eletrônico
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, poderão ser
de custódia e liquidação financeira no mercado de títulos privados.
autorizadas a funcionar, associações de poupança e empréstimo,
Ao contrário do SELIC, que surgiu há cerca de vinte anos, a que se constituirão obrigatoriamente sob a forma de sociedades
CETIP não é administrada diretamente pela Associação Nacional civis, de âmbito regional restrito, tendo por objetivos fundamentais:
das Instituições de Mercado Aberto (ANDIMA), apesar de estar - propiciar ou facilitar a aquisição de casa própria aos
intimamente ligada a ela. Funciona de forma similar ao SELIC, só associados;
que apenas com títulos privados. Nesta operação, os títulos estão
- captar, incentivar e disseminar a poupança.
custodiados ou guardados em um grupo de instituições financeiras
reconhecidas pelo Banco Central. São características essenciais das associações de poupança e
Se houver algum problema com a instituição na qual o empréstimo:
investidor fez a aplicação, o Banco Central garantirá a entrega do - a formação de vínculo societário, para todos os efeitos
título. O investidor não perde. legais, através de depósitos em dinheiro efetuados por pessoas
Como você viu, o que para o aplicador era apenas uma simples físicas interessadas em delas participar;
operação bancária passou a ser algo diferente e um pouco mais -a distribuição aos associados, como dividendos, da totalidade
complicado. dos resultados líquidos operacionais, uma vez deduzidas as
importâncias destinadas à constituição dos fundos de reserva e de
emergência e a participação da administração nos resultados das
associações.
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBIL-
É assegurado aos Associados:
IÁRIO; ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E
- retirar ou movimentar seus depósitos, observadas as
EMPRÉSTIMO condições regulamentares;
-tomar parte nas assembléias gerais, com plena autonomia
deliberativa, em todos os assuntos da competência delas;
Sociedades de Crédito Imobiliário - votar e ser votado.
Ao contrário das Caixas Econômicas, essas sociedades são Para o exercício de seus direitos societários, cada associado
voltadas ao público de maior renda. A captação ocorre através terá pelo menos um voto, qualquer que seja o volume de seus
de Letras Imobiliárias, depósitos de poupança e repasses da CEF. depósitos na Associação, e terá tantos votos quantas “Unidades-
Esses recursos são destinados, principalmente, ao financiamento Padrão de Capital do Banco Nacional da Habitação” se contenham
imobiliário diretos ou indiretos. no respectivo depósito.
As Associações de poupança e empréstimo são isentas de
As sociedades de crédito imobiliário somente poderão
imposto de renda; são também isentas de imposto de renda as
operar em financiamento para construção, venda ou aquisição de
correções monetárias que vierem a pagar a seus depositantes.
habitações mediante:
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evitar que grande parte das divisas fosse consumida com a remessa, Têm a obrigação de constituir reservas técnicas e provisões.
para o exterior, de importâncias vultosas relativas a prêmios de Têm que aplicar as reservas técnicas segundo normas do
resseguros em companhias estrangeiras. Banco Central do Brasil.
É importante reconhecer o saldo positivo da atuação do IRB, -Devem publicar as demonstrações contábeis semestralmente,
propiciando a criação efetiva e a consolidação de um mercado auditadas por auditores independentes e publicadas no Diário Oficial
segurador nacional, ou seja, preponderantemente ocupado por e jornal de grande circulação;
empresas nacionais, sendo que as empresas com participação
estrangeira deixaram de se comportar como meras agências Para operar uma seguradora é preciso obter autorização junto
de captação de seguros para suas respectivas matrizes, sendo à SUSEP e observar principalmente o Capital Social mínimo para
induzidas a se organizar como empresas brasileiras, constituindo e uma seguradora operar nos seguros de ramos elementares, de vida
aplicando suas reservas no País. de planos de pecúlios e rendas de previdência privada aberta em
O IRB adotou, desde o início de suas operações, duas todas as regiões do País.
providências eficazes visando criar condições de competitividade
para o aparecimento e o desenvolvimento de seguradoras de capital
brasileiro: o estabelecimento de baixos limites de retenção e a SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO
criação do chamado excedente único. Através da adoção de baixos
limites de retenção e do mecanismo do excedente único, empresas
pouco capitalizadas e menos instrumentadas tecnicamente -
como era o caso das empresas de capital nacional -passaram a ter As Sociedades de Capitalização formam um segmento de
condições de concorrer com as seguradoras estrangeiras, uma vez Mercado bastante particular, constituindo os produtos por elas
que tinham assegurada a automaticidade da cobertura de resseguro. comercializados, os títulos de capitalização, num misto de formação
de poupança e de premiação por sorteio.
Conceitualmente, a capitalização consiste numa simbiose
CRIAÇÃO DA SUSEP entre a poupança programada e o sorteio, funcionando este com o
Em 1966, através do Decreto-lei no 73, de 21 de novembro poder de antecipar a meta estabelecida para a poupança.
de 1966, foram reguladas todas as operações de seguros e Ao longo do tempo, novos produtos têm sido concebidos, onde
resseguros e instituído o Sistema Nacional de Seguros Privados, as 2 parcelas: poupança e sorteio, com características distintas,
constituído pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP);
atingem cada uma seus objetivos no contexto de cada plano.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP); Instituto de
Resseguros do Brasil (IRB); sociedades autorizadas a operar em Os planos de capitalização são formatados tecnicamente
seguros privados; e corretores habilitados. a prêmios mensais (PM) ou a prêmio único (PU), embora nada
O Departamento Nacional de Seguros Privados e Capitalização - impeça que possam ser estruturados com periodicidades diversas.
DNSPC - foi substituído pela Superintendência de Seguros Privados É importante não confundir “prêmio”, que é o pagamento
- SUSEP - entidade autárquica, dotada de personalidade jurídica efetivado pelo comprador do título, com “prêmio de sorteio” que
de Direito Público, com autonomia administrativa e financeira, normalmente é denominado, simplesmente, por sorteio.
jurisdicionada ao Ministério da Indústria e do Comércio até 1979, Após o advento da estabilização econômica, tem se verificado
quando passou a estar vinculada ao Ministério da Fazenda. interesse crescente do segmento financeiro pelo Mercado das
Em 28 de fevereiro de 1967, o Decreto n° 22.456/33, que Sociedades de Capitalização.
regulamentava as operações das sociedades de capitalização, Recentemente, por iniciativa da SUSEP - Superintendência
foi revogado pelo Decreto-lei n° 261, passando a atividade de de Seguros Privados, que fiscaliza este Mercado, foi proposta às
capitalização a subordinar-se, também, a numerosos dispositivos Empresas operadoras dos títulos de capitalização a formatação de
do Decreto-lei n° 73/66. Adicionalmente, foi instituído o Sistema “produtos-padrão”, objetivando a simplificação e agilidade nos
Nacional de Capitalização, constituído pelo CNSP, SUSEP e pelas processos de aprovação das Notas Técnicas Atuariais e Condições
sociedades autorizadas a operar em capitalização. Gerais.
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As ENTIDADES ABERTAS, que podem ser constituídas * para o Governo -é a certeza de carrear poupança estável e
nas formas de entidades sem fins lucrativos (muito comum antes de longo prazo, que inevitavelmente dinamizará a economia do
do advento da Lei - os chamados “Montepios”) e entidades com país, sendo uma das poucas alternativas de atividade econômica
finalidade lucrativa, ligadas geralmente ao mercado financeiro, que poderá gerar benefícios para todos, mediante significativo e
tendo Bancos e Seguradoras como acionistas majoritários. Neste rápido incremento da sua participação no Produto Interno Bruto.
caso, os planos são vendidos ao público em geral, sendo que
quando comercializados no âmbito de uma empresa para seus
empregados, podem ou não ter a contribuição do empregador. CORRETORAS DE SEGUROS
A Previdência Privada, embora só regulamentada na década
de 70, vem de longa data, sendo de se ressaltar iniciativas pioneiras
como o Mongeral de 1835 e a PREVI -Fundação Previdenciária
Empresas que oferecem serviços de intermediação na
dos Funcionários do Banco do Brasil, que data do início do século,
contratação de seguros, entre a empresa seguradora e o interessado
apenas para citar exemplos de Entidades ainda hoje existentes
em ter o bem segurado. No Brasil, todo seguro deve ser contratado
e ligadas aos segmentos das Entidades Abertas e das Fechadas,
através de um corretor de seguros.
respectivamente. Decorridos mais de 18 anos do advento da Lei
CORRETORES PESSOAS JURÍDICAS - Direitos, Deveres
da Previdência Privada, é de se destacar o crescimento que teve o
e Penalidades
mercado, sendo relevante hoje os seguintes aspectos
As Corretoras Pessoas Jurídicas, ou melhor, as Empresas cujo
a) patrimônio superior a 60 bilhões de reais, sendo mais de
objetivo é a Corretagem de Seguros podem ser constituídas, como
95% pertencente ao grupamento das Entidades Fechadas;
em outras atividades, nas formas jurídicas de:
b) massa de participantes ativos, assistidos e dependentes
a) Sociedade Civil - S/C
totalizando mais de 5 milhões de pessoas;
b) Sociedade Por Quotas de Responsabilidade Limitada -
c) significativo contingente de empresas privadas que
LTDA
já implantaram ou vêm estudando a implantação de planos
c) Sociedade Por Ações - S/A.
previdenciários, quer por meio de Entidades próprias, participação
Qualquer que seja a forma de constituição de uma Empresa
em fundos multipatrocinados ou mediante compra de planos
Corretora de Seguros ela terá assegurado por Lei, como o
coletivos ou individuais às Entidades Abertas;
Corretor Pessoa Física, o direito de receber as comissões que lhe
d) maior preocupação e interesse da população com o assunto
são devidas pela intermediação de seguros, desde que promova
Previdência, em particular nas camadas de renda superiora 10
e mantenha atualizados todos os seus Atos Societários e/ou
salários-mínimos, que se vêem desprotegidas pelos benefícios
Estatutos registrados e arquivados nos órgãos a seguir indicados,
da Previdência Social e buscam a Previdência Privada como
onde estiver localizada a Sede da empresa:
salvaguarda.
a) Sociedade Civil: Registro Civil de Pessoas Jurídicas - RCPJ
A situação da Previdência Social é caótica, trabalhando e SUSEP
no Regime de Caixa já há muito tempo, sem nenhum respaldo b) Sociedade Por Quotas de Responsabilidade Limitada:
técnico-atuarial, vem sobrevivendo nos últimos anos em função Registro Civil de Pessoas Jurídicas - RCPJ ou Junta Comercial -
do ganho perverso centrado no binômio inflação e achatamento JUCERJA e SUSEP
dos valores dos benefícios. Diante deste quadro, é inevitável c) Sociedade por Ações: Junta Comercial - JUCERJA e
que venha a ser procedida significativa e radical reforma, onde a SUSEP
alternativa é a Previdência Privada, não como única, mas sim como É vedado às Corretoras de Seguros serem constituídas na forma
parceira da Previdência Social, absorvendo para si os benefícios na jurídica de Firma Individual (Empresa de um único proprietário),
forma suplementar para as camadas de renda que ultrapassem, por conforme restrição contida na legislação do Imposto de Renda, por
exemplo, a 3 ou 5 salários-mínimos, viabilizando a operação por ser uma empresa de serviços. Por outro lado, na forma de Micro
um dos diversos mecanismos que o mercado oferece. e Pequenas Empresas, os benefícios fiscais concedidos pelas
Portanto, vislumbramos a Previdência Privada como legislações Federal e Municipal excluem a atividade de seguros, e,
alternativa imprescindível, e por conseguinte, é necessário que por conseqüência, as Corretoras de Seguros.
seja bem conhecida daqueles que diretamente estão envolvidos: Quanto às penalidades aplicáveis às Corretoras de Seguros
os empregados, os empregadores e o Governo. Esta sinergia é o tratamento é igual àquele dispensado aos Corretores Pessoas
importante, e na prática beneficiará a todos, senão vejamos: Físicas, porém, os procedimentos fiscais são mais amplos,
* para os empregados - é a alternativa de poupança considerando seu aspecto formal de Empresas, impondo-lhes, por
programada, geradora de recursos para usufruto de benefícios esta razão, o uso obrigatório de livros e registros, tais como:
quando da inatividade, objetivando a manutenção do status salarial a) Livros Societários
e por conseguinte, a mesma qualidade de vida desfrutada quando b) Registros Trabalhistas
do período laborativo, beneficiada a partir de 1996 com o incentivo c) Registros Previdenciários
fiscal do Imposto de Renda. d) Livros Fiscais
e) Livros Contábeis
* para os empregadores - é importante ferramenta de recursos Além do cumprimento dos deveres já enunciados as Corretoras
humanos, pois lhes dá condição para estabilização dos seus quadros de Seguros estão sujeitas a inspeções periódicas de rotina efetuadas
funcionais, mantendo o bem estar no presente e a segurança para o pela SUSEP, com a finalidade de auditar, diretamente, a angariação
futuro dos empregados, o que lhes dará certamente como retorno de seus negócios, e o cumprimento das Leis, regulamentos e
maiores e melhores níveis de produção, além de importante resoluções em vigor, conforme preceitua o Art. 127 do Decreto-
mecanismo alavancador da economia interna da Empresa. Lei n° 73/66 (Lei de Seguros).
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Captação de recursos a prazo, remuneráveis a taxa de mercado. Cobrança Integrada: Os recebimentos de uma empresa
e resgatáveis em prazos preestabelecidos na aplicação com ou sem alimentam seu fluxo de caixa.
emissão de certificado. São dois os tipos de deposito a prazo: Modalidades da Cobrança Integrada
RDB - Recibo de Deposito Bancário A Cobrança Integrada opera com diversas modalidades de
CDB - Certificado de Depósito Bancário cobrança para atender às necessidades de micro, pequenas, médias
e grandes empresas.
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títulos podem ser adquiridos no mercado ou por meio de fundos O sistema funciona o tempo todo, oferecendo uma enorme
de investimentos. Eles podem ser transferidos de titularidade flexibilidade de horário. O pagamento de contas, por exemplo, pode
mediante endosso em preto e o IE (índice de endividamento) da ser feito após o fechamento das agências - o limite varia conforme
empresa emissora não poderá exceder a 1,2. A empresa emissora o banco, mas em geral fica entre 21 h e 22h. E a segurança desse
deverá possuir registro atualizado junto à CVM. tipo de operação é uma das maiores preocupações dos bancos.
Eles garantem que até os sites da Internet são bem protegidos.
A maioria das fraudes acontece por descuido do correntista, que
acaba revelando sua senha a estranhos.
ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E Para acessar o Internet Banking basta que você tenha um
TARIFAS PÚBLICAS computador ligado à Internet por um provedor de acesso.
O acesso ao Internet Banking segue rígidos controles de
segurança, pois utiliza a mais moderna tecnologia de segurança
Maior controle, comodidade e maximização de recursos eletrônica do mercado. As transações passam por processo de
na arrecadação de tributos e tarifas públicas. A facilidade e criptografia eletrônica de 128 bits, que transforma as mensagens
conveniência para os contribuintes pagarem. Para o administrador em códigos secretos, o que dificulta que as informações sejam
público, a precisão e agilidade tanto no recebimento da informação decifradas por terceiros.
de quem pagou quanto no crédito para facilitar a implantação de
Mantendo sua senha em absoluto sigilo e evitando cadastrar
instrumentos de controle e previsão da receita de arrecadação.
senhas consideradas óbvias, tais como: datas, números de telefone,
Através de meios eletrônicos e da captura do código de barras placas de veículos, números repetidos ou seqüenciais (1111,
nas guias, o banco disponibiliza toda a sua tecnologia para facilitar 1234,...) etc. Você pode realizar, ou agendar para data futura, o
a vida do administrador e de seus contribuintes.
pagamento de títulos bancários, serviços públicos, DARF, GPS,
Vantagens para o órgão Público e para os contribuintes: cartões de crédito, transferências entre contas, entre outras opções.
-Informa de maneira precisa, rápida e em horários flexíveis Tarifas: O uso do Internet Banking normalmente é gratuito.
quem efetuou pagamento através de transmissão de arquivos;
Cookies: são pequenas quantidades de dados enviadas do
- Facilita a gestão da receita tributária realizada;
-Diminui os custos de arrecadação pelo pagamento dos servidor web para o seu computador. Eles possibilitam o uso total
tributos na rede bancária, através do auto atendimento ou por dos serviços na Internet. Para acessar alguns dos serviços do site,
débito automático; como as Simulações e o Internet Banking, você precisa habilitar o
Ajuda na previsão de arrecadação; recebimento de cookies o que depende da versão do seu navegador.
Reduz os custos administrativos devido à racionalização de Serviços disponíveis:
processos; Conta Corrente: saldo, extrato diário, extrato semanal, extrato
Aumenta a satisfação da sociedade pela conveniência, mensal e transferências entre contas (imediatas ou agendadas).
praticidade e agilidade; Todos estes serviços são online, ou seja, atualizados com a posição
no momento da consulta.
Poupança: saldo, extratos e transferências entre contas, desde
que a Conta Poupança origem esteja vinculada à Conta Corrente
HOME/OFFICE BANKING, REMOTE utilizada para acessar o Internet Banking.
BANKING, BANCO VIRTUAL, DINHEIRO Pagamento de Serviços Públicos: pagamento de água, luz,
DE PLÁSTICO telefone, gás de empresas conveniadas.
Pagamento de Títulos: pagamento de títulos bancários do
banco e de outros bancos.
Pagamento de DARF (Documento de Arrecadação da Receita
Um dos serviços de home banking oferecidos por quase todos Federal).
os bancos são as operações por telefone. Discando para uma central Pagamento de GPS (Guia da Previdência Social).
- cujo telefone muitas vezes é um DDG (Discagem Direta Gratuita) DOC Eletrônico: transferência de valores para outros bancos
-, o correntista tem acesso a diversos serviços bancários. Basta digitar (tipo E - titularidade diferente e tipo D mesma titularidade).
os números da agência, da conta e da senha para receber informações Possibilidade de consulta e impressão dos avisos de
básicas, como saldo e últimos lançamentos em conta corrente, lançamentos dos pagamentos e transferências realizados,
desbloquear talões de cheques e até fazer aplicações. com possibilidade de alteração e exclusão dos pagamentos e
Em operações mais simples você nem fala com um operador, transferências agendados para o futuro.
apenas segue instruções do tipo “disque 1 para saldos, disque 2 para Investimentos: comando de aplicações e de resgates em
desbloquear cheques”. Para outras operações mais complexas, um Fundos de Investimento, investimento programado, posição,
funcionário do banco entra na linha. extratos e posição consolidada de todos os fundos nos quais você
O acesso via computador acontece de duas formas: ou pela possui investimentos, bem como consulta à rentabilidade dos
Internet ou por meio de modem, utilizando-se nesse caso um principais Fundos de Investimento.
software próprio fornecido pelo banco. A única diferença é a forma Empréstimos: solicitação de empréstimos, com possibilidade
de conexão, mas o conteúdo é basicamente o mesmo. de simulações das operações.
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Por isso, os rankings que consideram apenas a rentabilidade ativos ou operações que possam proporcionar rendimento próximo
são insuficientes, embora ainda sejam de uso bastante comum. A ao do referencial. O investidor ainda pode perder, mas com menor
meta de qualquer investidor é escolher fundos e ativos que tenham probabilidade. Desta carteira, 80% deve ser de títulos públicos
maior retorno por unidade de risco. Ou, em outras palavras, que federais e privados de baixo risco.
garantam um nível de retorno com menor risco. O gestor deve ter No caso dos fundos não referenciados, a carteira não precisa
a preocupação de garantir retorno compatível com o nível de risco de um referencial de rendimento, como o próprio nome diz. A
aceito pelo investidor. carteira também deve concentrar 80% em títulos federais ou
privados de baixo risco, mas a carteira pode ter um pouco mais de
CLASSIFICAÇÃO risco à medida que não há um referencial fixo. Estes fundos podem
Existem várias classificações formais e informais para os até aplicar em derivativos (mercados futuros), com a finalidade
fundos de investimento. O importante é o investidor entender os de proteger a carteira (operações de hedge). Mas estas operações
conceitos necessários para avaliar suas aplicações. Vale lembrar devem estar limitadas ao património do fundo. A rentabilidade
que a legislação que classifica os fundos de investimento sofre destas carteiras pode ser maior que os referenciados, mas também
constantes atualizações. Mais um motivo para tentar entender o risco é maior.
melhor os conceitos. Os fundos genéricos, por sua vez, têm uma administração livre.
De forma mais genérica, os fundos de investimento podem Por isso mesmo, os riscos são maiores. O investidor pode perder
ser divididos em dois grandes grupos: renda fixa e renda variável. tudo o que colocou e ainda ser obrigado a colocar mais dinheiro, se
Desta classificação, de imediato surge uma terceira possibilidade: o fundo tiver prejuízos com as operações. O problema é que nesta
os fundos mistos, que misturam numa única carteira ativos de classificação também podem estar fundos com administração mais
renda fixa e renda variável (também chamados de multiportfólio conservadora. O problema vai ser o enquadramento de compra
ou multicarteira). mínima de títulos, e o fato de ter ou não um referencial fixo. Então
A legislação atual dá uma liberdade grande aos gestores na é preciso conhecer a política de investimento do fundo para saber
composição da carteira, de forma que um fundo de renda fixa pode se um genérico tem ou não maior risco. Neste grupo devem se
ter até 49% em ações. E uma carteira de ações pode ter até 49% em enquadrar os chamados fundos multiportfólio e de derivativos,
renda fixa. Por isso, o quotista deve estar atento ao regulamento dependendo da composição das carteiras.
do fundo mais do que aos nomes genéricos que as instituições
apresentam ou mesmo a classificação oficial da carteira. FUNDOS DE AÇÕES
Os fundos fiscalizados pela CVM, por sua vez, são chamados
FUNDOS DE RENDA FIXA Fundos de Investimento em Títulos e Valores Mobiliários, sempre
Os fundos de renda fixa concentram suas operações com de renda variável, embora também possam ter grande concentração
títulos que pagam juros, sejam prefixados ou pós-fixados. Também de aplicação em renda fixa ou mesmo derivativos. Neste grupo, o
é possível obter rendimento similar aos juros pós-fixados com nome do fundo deve sempre indicar qual o valor mobiliário que é
operações nos mercados futuros e de derivativos. Os fundos de o principal foco de investimento (principal ativo). Por isso, no caso
renda variável concentram suas operações em ativos que não da carteira concentrar ações, será chamado Fundo de Investimento
sejam títulos de renda fixa, especialmente ações, ou qualquer outro em Ações.
ativo que tenha rendimento variável. Vale lembrar que existem outros valores mobiliários, como as
Novamente, o quotista precisa ter muita atenção. Fundos cotas dos contratos de parceria de engorda de animais e certificados
fiscalizados pelo Banco Central, os FIFs (Fundos de Investimento audio-visuais. Os fundos de renda variável fiscalizados pela CVM
Financeiro), genericamente chamados de renda fixa, podem ter um não são classificados por risco, embora o administrador precise
peso grande de derivativos e papéis de renda variável, ou estarem indicar claramente no prospecto e no regulamento o nível de risco
vinculados à ativos atrelados ao câmbio (fundos cambiais). que o investidor está correndo. Informalmente, os administradores
costumam falar em conservador, moderado e agressivo, a partir
Neste ponto é preciso explicar claramente que uma coisa é
do critério crescente de risco, mas não é uma classificação formal.
o conceito, renda fixa e renda variável, outra coisa é a prática do
mercado. A rigor, fundos derivativos e multiportfólio s são de Também informalmente se fala em fundo “tarja preta”, para
renda variável, mas estão sob a fiscalização do Banco Central aqueles que carregam muito risco, mas não há uma definição
dentro do grupo dos FIFs. formal sobre nível de risco, nem esta é uma classificação legal. O
administrador, no entanto, precisa dar claros indicativos do nível
De forma menos técnica, é comum o mercado dizer que os
de risco no prospecto do fundo.
FIFs são carteiras de renda fixa, mas nem sempre. No grupo de
FIFs temos carteiras com perfil de renda fixa, e carteiras com Nos fundos de ações, o horizonte é o mesmo do investimento
elevada concentração de risco e papéis diversos, de renda variável, em ações, ou seja, de longo prazo. Embora o fundo permita o resgate
incluindo derivativos. diário (com ou sem dias de carência para o saque, dependendo
do regulamento), o mais conveniente é fazer investimentos sem
Tentando esclarecer melhor o investidor sobre nível de
horizonte de saque. Quando se fala em longo prazo não significa
risco, o Banco Central exige que as instituições classifiquem
colocar o dinheiro por um prazo definido, dois ou cinco anos, mas
os FIFs em referenciados, não referenciados e genéricos. Os
colocar o dinheiro sem prazo definido para resgate. Pode acontecer
fundos referenciados são os de menor risco (menor oscilação).
de o fundo ter um rendimento alto e suficiente no prazo de um
Seu desempenho deve seguir um determinado referencial. O
ou seis meses, e o investidor querer mudar sua aplicação por não
administrador deve compor a carteira com no mínimo 95% em
confiar mais no potencial do fundo.
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Como todas as operações pós-fixadas, os juros contratuais são As operações podem ser pré-fixadas de 30 a 90 dias, pós-
calculados com base no principal (ou saldo devedor) corrigido por fixadas corrigidas pela TR de 120 a 360 dias, e acima de 360 dias
um dos vários indexadores atualmente utilizados, entre os quais o corrigidas pelo IPC-R. Podem também ser feitas operações de
IGPM, a TR e a variação cambial, ou por um indexador qualquer vendor com correção cambial de 90 a 180 dias, com a realização
criado por um órgão estatal ou por uma entidade privada, como é de operações de swaps que transformem a correção pré ou pós-
o caso da UR (Unidade de Referência), utilizada para corrigir as fixada em cambial. Os bancos diminuem a burocracia do vendor
prestações do FINAME e POC, cuja variação mensal é calculada ao estabelecerem limite de crédito para os vendedores e fabricantes
com base na TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo). Os planos de dentro dos quais as operações são feitas sem a necessidade de
pagamentos podem ser os mais diversos: em uma única prestação elaboração de um novo contrato a cada operação. As duas partes
(principal corrigido mais juros pagos no final) ou em prestações assinam um contrato-mãe sem mencionar prazo de validade
iguais ou variáveis, mensais, trimestrais ou semestrais. ou valor, e as operações são realizadas até o limite do crédito
preestabelecido.
Compror/Finance
É uma operação de financiamento de compras onde a iniciativa
VENDOR FINANCE/COMPROR FINANCE parte do comprador, que concentra em si o risco de crédito. O
compror visa financiar as compras de clientes do banco junto aos
fornecedores. O risco da operação concentra-se no comprador, não
Vendor Finance existindo regresso contra o fornecedor (vendedor).
Trata-se de uma operação de financiamento de vendas
fundamentada no princípio da cessão de crédito, que permite a uma
empresa vender o seu produto a prazo e receber o pagamento à
vista. A operação de vendor pressupõe que a empresa compradora LEASING (TIPOS, FUNCIONAMENTO,
seja cliente conhecido e habitual da empresa vendedora, pois será BENS)
esta que irá assumir o risco do negócio junto ao banco. A empresa
vendedora transfere seu crédito ao banco e este, em troca de uma
taxa de intermediação, paga ao vendedor à vista e financia o
comprador. A palavra leasing, em inglês, significa aluguel, arrendamento.
A grande vantagem para a empresa vendedora é a de que, como Assim, o leasing é um contrato especial de aluguel ou
a venda não é financiada diretamente por ela, a base de cálculo arrendamento de bens duráveis, móveis ou imóveis, novos ou
para a cobrança de impostos, comissões de venda e royalties, no usados, no fim do qual é assegurado à arrendatária (empresa de
caso de fabricação sob licença, torna-se menor, reduzindo a carga leasing) ou adquiri-lo por um preço previamente estipulado no
de IPI, ICM, PIS e Cofins que incide sobre o valor da Nota Fiscal contrato. Esse preço é conhecido por “valor residual garantido”.
da empresa vendedora. Se ela estivesse financiando a venda, teria As prestações correspondentes ao aluguel, também chamadas
que embutir no preço os custos financeiros, o que agravaria o valor “contraprestações”, podem ser fixas ou reajustáveis de acordo com
dos impostos a pagar. Deste modo, torna-se possível vender por
a variação cambial ou de outro indexador qualquer. No Brasil,
um preço mais competitivo.
há cerca de 20 anos tem prevalecido a forma reajustável, isto é,
Assim, ao receber à vista, a empresa registra um imediato prestações pós-fixadas, sendo mais utilizados como indexadores o
fluxo positivo no seu caixa. Dessa forma, o comprador (cliente IGPM, a TR e a correção cambial.
da empresa vendedora) garante taxas de financiamento que são
menores do que as praticadas para um financiamento isolado a uma Normalmente, a tomadora do leasing é uma pessoa jurídica.
única empresa, pois está obtendo um preço à vista financiado por Entretanto, a legislação brasileira permite contratos com pessoas
um empréstimo ao custo do risco de crédito do vendedor, ou seja, físicas, desde que sejam profissionais liberais ou autônomos.
no vendor o fabricante ou vendedor estabelece um “acordo” com O usuário deve considerar o bem como se lhe pertencesse,
o banco, de modo que os créditos sejam concedidos rapidamente, sendo o responsável pela sua manutenção e funcionamento;
dispensando a verificação do risco de crédito do tomador final todas as garantias dadas ao comprador (arrendadora) lhes são
(comprador do automaticamente transferidas. O prêmio correspondente ao seguro
produto e cliente preferencial da empresa vendedora), que obrigatório do bem é pago pelo usuário. O contrato de leasing é
recebe uma espécie de aval do seu fornecedor. Importa ainda irrevogável durante o prazo de vigência.
realçar que o vendor não interfere na gestão da cobrança de seus A determinação do valor das prestações (ou contraprestações)
títulos, pois, apesar do financiamento ser concedido pelo banco, é feita de forma semelhante àquela utilizada para o cálculo das
a empresa vendedora pode dar descontos ou prazos maiores de prestações referentes a um financiamento de veículos através do
pagamento, caso haja atraso na entrega dos produtos. Crédito Direto ao Consumidor com encargos pós-fixados, como
Resumindo, é uma forma de financiamento de vendas para veremos mais adiante.
empresas onde quem contrata o crédito é o vendedor do bem, Uma operação de leasing segue as seguintes etapas:
mas quem paga o crédito é o comprador. Assim, as empresas
1. o usuário potencial procura o fornecedor do bem, acerta
vendedoras deixam de financiar os clientes, e param de recorrer aos
preço, data, e local de entrega;
empréstimos de capital de giro nos bancos, ou aos seus recursos
próprios para não se descapitalizarem e/ou pressionarem seu caixa. 2. o usuário procura a empresa de leasing e negocia o
O vendor também permite financiamentos por prazos mais longos arrendamento, estabelecendo o prazo do contrato, o valor das
que os habituais 30 dias concedidos pelo fabricante. presações, o valor residual garantido e demais condições;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
3. depois de assinado o contrato, a empresa de leasing leasing. A alíquota desse imposto varia normalmente entre 0,2%
(arrendadora) autoriza o fornecedor a faturar o bem em seu nome e 5%. Na cidade de São Paulo é de 5% e em alguns municípios
e a entregá-lo ao usuário (empresa arrendatária); próximos de apenas 0,5%. E é exatamente por esta razão que
4. após a comprovação do recebimento do bem por parte do as empresas de leasing anteriormente sediadas naquela capital
usuário, o que é feito com base no chamado “termo de recebimento transferiram suas sedes para cidades próximas, como Itapevi e
e aceitação”, tem início o contrato de arrendamento, com a fixação Osasco por exemplo.
das datas em que o aluguel ou as contraprestações serão pagas. Vantagens e desvantagens do leasing
Principais elementos a considerar no leasing Os especialistas apresentam uma série de vantagens de
Prazo: mínimo de 24 meses para bens de vida útil de até 5 ordem financeira, e principalmente fiscal, que essa operação
anos e mínimo de 36 meses para os bens com vida útil superior a teria em relação a diversas outras modalidades de financiamentos
esse limite. existentes, entre as quais a do Crédito Direto ao Consumidor e
Periodicidade das prestações: normalmente, as prestações são a da Finame. Com relação às vantagens financeiras elas são
mensais, podendo a primeira ser devida no ato da assinatura do indiscutíveis, uma vez que o equipamento pode ser obtido sem
contrato ou um mês após (portanto, com pagamentos antecipados nenhum desembolso inicial, sendo que até gastos com transportes,
ou postecipados); as prestações também podem ser bimestrais, impostos, licenciamentos e seguros podem ser incluídos no valor
trimestrais ou semestrais, iguais ou variáveis, fixadas de acordo da prestação. Quanto às vantagens de ordem fiscal - que dizem
com os interesses da arrendatária, desde que o intervalo de tempo respeito a influência das despesas com aluguéis, juros, correção
entre duas prestações não seja superior a um semestre. monetária do ativo e depreciação de equipamentos - podem ser de
Valor das prestações ou aluguel: são fixadas com base numa validade discutível.
taxa de juros que tem variado entre 30% e 60% ao ano; na grande
maioria dos contratos, as prestações são iguais e consecutivas,
corrigidas mensalmente pelo indexador escolhido (ou expressas FINANCIAMENTO DE CAPITAL FIXO
em quantidades de dólares ou do indexador escolhido e convertidas
na moeda corrente por ocasião dos respectivos vencimentos).
Fontes de recursos: os recursos utilizados pelas empresas de
leasing para aquisição dos equipamentos provêem de duas fontes FINAME Pessoa Jurídica e FINAME Agrícola
principais: repasses de recursos do exterior (Resolução n° 63) e São linhas de financiamento com recursos do Banco Nacional
colocação de debêntures de sua própria emissão; obviamente o de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um
indexador que corrige o recurso utilizado é o mesmo que corrige o destino certo: a aquisição de máquinas e equipamentos industriais
valor das contraprestações do arrendamento. . ou agrícolas, veículos médios e pesados de fabricação nacional.
Taxa de compromisso: é cobrada da arrendatária sobre o valor Esse dinheiro é repassado pelos bancos credenciados pelo BNDES.
dos recursos eventualmente desembolsados pela empresa de leasing O prazo de pagamento varia de 12 a 60 meses, com carência
antes da data de vigência do contrato; é o caso principalmente variável para começar a pagar. A taxa de juros do Finame PJ vai
dos bens adquiridos sob encomenda, em que o fabricante exige de 5,5% a 6,5% ao ano, mais variação da taxa de juros de Longo
pagamento antecipado de alguns componentes ou de parte dos Prazo (TJLP), significativamente inferior à TR. A taxa de juros do
custos; o valor dessa taxa pode ser pago pela arrendatária na data FINAME Agrícola fica entre 5% e 6% ao ano, mais TJLP.
do contrato ou incluído no valor da prestação.
Valor residual garantido (opção de compra): é estabelecido BNDES Automático
no contrato e corresponde a um percentual variável do valor do É uma linha do BNDES para financiamento de valores até
bem; esse valor no Brasil oscila normalmente entre 1% e 5%, mas R$ 7 milhões. O dinheiro é repassado pelos bancos credenciados
há casos com percentuais bem mais elevados. Embora esse valor pelo BNDES. Nesse empréstimo pagam-se o custo financeiro (que
seja quase sempre pago no final do contrato, existem vários casos varia de acordo com o custo do dinheiro no mercado), um spread
em que seu pagamento é antecipado, feito na data da assinatura de risco de até 2,5% ao ano e mais o spread do agente financeiro,
do contrato, ou, como em outros, diluído mensalmente e pago em em torno de 2,5%. Incide ainda sobre o valor do empréstimo a
prestações iguais juntamente com as contraprestações. O valor variação da TJLP ou a taxa de câmbio, conforme o contrato.
residual com pagamento previsto no vencimento do contrato Essa linha serve para quase tudo, de projetos editoriais
funciona como uma opção de compra; caso pague, a arrendatária a reformas de loja. É mais fácil dizer o que ela não financia:
passa a ser proprietária do bem; caso contrário, ela tem três opções: reestruturação empresarial, empreendimentos imobiliários,
transferir esse direito a terceiros, devolver o bem à arrendadora atividades financeiras, comércio de armas e serrarias.
ou prorrogar o contrato; se optar por esta última, novo contrato FINEM (Financiamento a Empreendimentos)
será redigido, dentro de novas condições e com prazo mínimo É uma linha do BNDES para financiamentos de valores
de 12 meses; e se optar pela devolução do bem, o mesmo será superiores a R$ 7 milhões, mas restritos a 60% do total. O
vendido pela arrendadora pela melhor oferta. Neste último caso, empréstimo pode ser contratado diretamente com o BNDES ou
se o valor de venda for superior ao valor residual, o lucro ficará com um banco credenciado por ele. O custo é o mesmo do BNDES
com o usuário; caso contrário, a diferença será paga pelo usuário à Automático.
empresa de leasing. Esta última hipótese é muito rara.
As garantias ficam a critério do agente financeiro - pode ser
Imposto Sobre Serviços (ISS): incide sobre o valor dos
exigida uma garantia real de valor superior ao do financiamento
aluguéis, sendo pago pelo usuário por ocasião dos respectivos
(isso é definido caso a caso).
vencimentos e recolhido ao governo municipal pela empresa de
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Outras Linhas de Bancos Públicos Para pedir este empréstimo, o interessado preenche um
Além dos financiamentos do BNDES, há outras linhas de cadastro. É a partir dele que a instituição financeira vai avaliar o
crédito oficiais com condições privilegiadas, como o Proger, nível de risco do cliente, para saber as possibilidades do cliente
da Caixa Econômica Federal (CEF), a linha do Banco do Povo, pagar corretamente ou ficar inadimplente. Se tudo estiver bem com
e o Mipem do Banco do Brasil, nas versões FAT, investimento esta avaliação, o cliente pode receber o crédito.
e Custeio. Elas se destinam tanto a capital de giro como a Muitos bancos, com base no histórico do cliente, já têm linhas
investimentos e têm taxas de juros bem inferiores às do restante de empréstimo pessoal aprovadas previamente. Quando isso
do mercado. acontece, os bancos costumam enviar correspondência avisando
do crédito disponível. Se estiver interessado, o cliente usa a linha.
Se não estiver, não está perdendo nada em ter este crédito junto
ao banco.
CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR
Regra geral o empréstimo pessoal trabalha com juros
prefixados, o que resulta em prestações fixas, embora também
existam operações com juros pós-fixados. O crédito desta linha,
O Crédito Direto ao Consumidor é uma linha de empréstimo teoricamente, depende de uma avaliação de risco cuidadosa. Por
que está diretamente ligada àcompra de bens. É a linha que se isso os juros costumam ser menores do que os praticados no cheque
encontra em lojas, na compra de eletrodomésticos, roupas ou especial, no cartão de crédito e no CDC. O tomador também pode
mesmo automóveis. O crédito pode ser prefixado, quando já se oferecer alguma garantia real ao banco, como imóvel ou carro,
conhece o valor de todas as prestações no ato da compra, ou pós- com o objetivo de reduzir o juro. Quanto menor o risco, menor
fixado, quando o valor das prestações vai sendo calculado no deve ser esta taxa.
vencimento das mesmas.
Os prazos de financiamento são os mais variados. Dependem
das condições da economia, do tipo de bem financiado e do fôlego CRÉDITO RURAL
do comprador. Bens mais caros costumam ter financiamentos por
prazos mais longos. Em períodos de instabilidade econômica,
os prazos ficam mais curtos. E vice-versa, quando há maior
estabilidade. Objetivos do crédito rural
. Estimular os investimentos rurais feitos pelos produtores ou
Regra geral, a loja tem um acordo com banco ou financeira,
pelas cooperativas rurais;
que efetivamente é quem faz a análise do crédito. Para a loja, é
. favorecer o custeio, a produção e a comercialização de
como se a venda fosse à vista. O bem comprado fica como garantia
produtos agropecuários;
do empréstimo. Em caso de não pagamento, a financeira pode
retomar o bem. Isso é comum no caso de bens de maior valor, . fortalecer o setor rural, notadamente no que se refere a
como automóveis, que têm valor no mercado. No caso de bens de pequenos e médios produtores;
pequeno valor, na maioria das vezes não há execução da garantia. . incentivar a introdução de métodos racionais no sistema de
O inadimplente perde, no entanto, porque tem seu nome incluído produção.
nas listas de maus pagadores. Atividades financiadas pelo crédito rural:
Juros . Custeio das despesas normais de cada ciclo produtivo;
No CDC, um dos maiores cuidados que o comprador deve ter . investimento em bens ou serviços cujo aproveitamento se
é com as taxas de juros.Algumas são realmente muito abusivas. estenda por vários ciclos produtivos;
Às vezes o custo do juro nem fica claro para o cliente. O Código . comercialização da produção.
de Defesa do Consumidor exige que a loja informe exatamente Beneficiários
o juro que está sendo cobrado do cliente, mas nem sempre esta . O produtor rural (pessoa física ou jurídica);
disposição é respeitada. Se for financiar, veja se a taxa de juro . cooperativa de produtores rurais; e
cobrada é razoável. Não basta que a prestação caiba no orçamento. -a pessoa física ou jurídica que, mesmo não sendo produtor
Muitas lojas oferecem também a alternativa de financiar rural, se dedique a uma das seguintes atividades: . pesquisa ou
a compra com o cheque pré-datado. Neste caso, é o lojista que produção de mudas ou sementes fiscalizadas ou certificadas;
assume o risco do crédito junto ao cliente. Muitos clientes preferem . pesquisa ou produção de sêmem para inseminação artificial;
o cheque pré-datado para não ter que enfrentar o cadastro junto à . prestação de serviços mecanizados de natureza agropecuária, em
instituição financeira, e porque é mais fácil de negociar condições imóveis rurais, inclusive para a proteção do solo;
fora de padrão. . prestação de serviços de inseminação artificial, em imóveis
Empréstimo pessoal rurais; . exploração de pesca, com fins comerciais.
O empréstimo pessoal é uma linha de crédito oferecida
Renda agropecuária bruta anual
por bancos e financeiras, regra geral cobrando juros menores
-Considera-se como renda agropecuária bruta anual a prevista
que linhas semelhantes, como o cheque especial. Assim como
para o período de um ano de produção normal, englobando todas
o cheque especial, o empréstimo pessoal é dado pelo banco
as atividades agropecuárias exploradas pelo produtor, tendo por
independentemente do destino que for dado ao dinheiro. Portanto,
base o preço mínimo na data de classificação ou, na sua falta, o
é uma linha diferente do CDC (Crédito Direto ao Consumidor),
preço de mercado operado pela agência que está oferecendo o
que está vinculado à compra de bens específicos.
crédito rural;
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. a classificação como miniprodutor e pequeno produtor fica Hipóteses em que se concederá o Crédito Rural a taxas
condicionada a que, no mínimo, 80% de sua renda anual sejam inferiores às praticadas nos financiamentos com recursos
provenientes da atividade agropecuária; obrigatórios será:
. deve ser abatida em 50% a renda bruta proveniente da - Norma expressa do Banco Central do Brasil, em programa
avicultura, olericultura, pecuária leiteira, piscicultura, sericicultura ou linha de crédito específica;
e suinocultura. - operação amparada por recursos fiscais transferidos à
A classificação do beneficiário é de responsabilidade instituição financeira pelo erário público federal ou estadual.
exclusiva da instituição financeira, que deve manter os documentos Cédulas de crédito rural
comprovantes, para efeitos de fiscalização. As cédulas de crédito rural são promessas de pagamento
sem ou com garantia real cedularmente constituída, isto é, no
Classificação da renda apropecuária próprio título, dispensando documento à parte. A garantia pode ser
. miniprodutor: renda agropecuária bruta anual até R$7.500,00; ofertada pelo próprio financiado, ou por um terceiro. Embora seja
. pequeno produtor: renda agropecuária bruta anual entre considerada um título civil, é evidente sua comerciabilidade, por
R$7.500,00 e R$22.000,00; sujeitar-se à disciplina do direito cambiário.
. demais produtores: renda agropecuária bruta anual superior
a R$22.000,00.
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Pré-embarque Especial - Para comercialização no exterior Para o Financiamento, o PROEX pode financiar até 85% do
de máquinas e equipamentos através de refinanciamento ao valor da exportação e oferece o prazo de até 10 (dez) anos nas
exportador, mediante pagamento de letra de câmbio e concessão exportações de bens, e, nas exportações de serviços o prazo é
ed direito de carta de crédito. decidido caso a caso pelo CCEx - Comitê de Crédito às Exportações.
Podem ser realizadas operações que combinem as modalidades A amortização do financiamento é feita pelo importador em
prestações iguais e sucessivas, vencíveis semestralmente.
de pré-embarque e pósembarque.
Para a Equalização, o PROEX pode financiar até 100% e
LIMITE DO FINANCIAMENTO a única exigência e que o pagamento dos juros seja semestral,
Até 100% do valor do bem. vencendo-se a primeira parcela após decorridos 6 meses do
PARTICIPAÇÃO DO BANCO NO EMPRÉSTIMO embarque da mercadoria, não podendo haver carência de juros.
Até 100% dos investimentos financiáveis. BNDES
CUSTO DO FINANCIAMENTO O objetivo do BNDES é oferecer aos exportadores brasileiros
Variação cambial + Líbor + 1 % a.a + taxa de risco (negociada ou aos importadores de produtos brasileiros linhas de crédito de
entre o Agente Financeiro e o cliente). longo prazo, em condições compatíveis com as existentes no
P.S: Outros encargos poderão ser cobrados, em função das mercado
características da operação. internacional. Por meio dos Produtos Exportação financia a
ENQUADRAMENTO DA EMPRESA exportação de bens de capital e serviços, com ênfase em produtos
de maior valor agregado.
Empresa de qualquer porte As operações podem ser realizadas diretamente com o
PRAZOS MÁXIMOS DE PAGAMENTO BNDES ou através de instituições financeiras credenciadas no País
Pré-embarque e Pré-embarque especial: até 30 meses. Pós- e no exterior.
embarque: até 96 meses, podendo chegar a 12 anos. BNDES-exim
GARANTIAS Financiamentos à exportação de bens e serviços através de
As garantias requeridas dependem do tipo de operação. P.S: O instituições financeiras credenciadas, nas modalidades:
FINAMEX não financia: Pré-Embarque: financia a produção de bens a serem exportados
- automóveis de passeio em embarques específicos;
-produtos de menor valor agregado, tais como: açúcar, álcool, Pré-Embarque Curto Prazo: financia a produção de bens a
grãos, suco de laranja, minérios e animais vivos. serem exportados, com prazo de pagamento de até 180 dias;
REFINANCIAMENTO MEDIANTE DESCONTO DOS Pré-Embarque Especial: financia a produção nacional de bens
exportados, sem vinculação com embarques específicos, mas com
TÍTULOS
período pré-determinado para a sua efetivação;
Pós-embarque: Pós-Embarque: financia a comercialização de bens e serviços
-financia a comercialização de bens no exterior, através de no exterior, através de refinanciamento ao exportador, ou através
refinanciamento ao exportador, ou através da modalidade buyers da modalidade buyer’s credit.
credit. Programa de Apoio a Investimentos de Empresas Brasileiras
- Taxa de desconto: Líbor+ 1% a.a de Capital Nacional no Exterior: objetiva estimular a inserção e o
fortalecimento de empresas brasileiras no mercado internacional,
PROEX através do apoio à implantação de investimentos ou projetos a
O Programa de Financiamento às Exportações é um programa serem realizados no exterior.
instituído pelo Governo Federal que objetiva proporcionar às Os instrumentos de garantia utilizados são os mesmos
exportações brasileiras condições de financiamento equivalentes às oferecidos pelas agências de crédito à exportação. Ainda para
facilitar o acesso ao crédito à exportação, encontram-se disponíveis:
do mercado internacional. Ela prevê a concessão de financiamento
Fundo de Garantia para a Promoção da Competitividade -
ao exportador (supplier’s credit), bem como financiamento ao FGPC (Fundo do Aval), destinado a facilitar o acesso ao crédito
importador (buyer’s credit). Na primeira situação, o exportador, para micros, pequenas e médias empresas;
após contratada a venda externa com o importador, embarca Seguro de Crédito à Exportação, que possibilita a cobertura
suas mercadorias ou fatura os serviços, emite os documentos de dos riscos comercial e político dos bens e serviços exportados.
créditos (letra de câmbio, notas promissórias, cartas de fiança, No Brasil este instrumento é operado pela Seguradora
cartas de crédito) correspondentes ao principal e juros e, após a Brasileira de Créditos à Exportação SBCE.
constituição das garantias, os refinancia junto ao Banco do Brasil
(descontos/cessão de direitos creditórios), e, na segunda situação,
o exportador contrata a venda externa com uma entidade pública CARTÕES DE CRÉDITO
de outro país e o financiado, na medida em que recebe o bem ou o
serviço contratado, autoriza o crédito na conta do exportador.
Esse programa opera sob duas modalidades de assistência
creditícia: O uso de moedas e cédulas está sendo substituído cada vez
Financiamento: Modalidade de crédito ao exportador ou ao mais por pequenos cartões de plástico. Instituições financeiras,
importador de bens e serviços brasileiros, realizada exclusivamente bancos e um crescente número de lojas oferecem a seus clientes
pelo Banco do Brasil com recursos do Tesouro Nacional. cartões que podem ser usados na compra de grande número de
Equalização: Modalidade de crédito ao exportador ou bens e serviços, inclusive em lojas virtuais através da Internet. Os
importador de bens e serviços brasileiros, realizada pelas cartões não são dinheiro real: simplesmente registram a intenção
instituições financeiras, na qual o PROEX assume parte dos depagamento do consumidor. Cedo ou tarde a despesa terá de ser
encargos financeiros, tornando-os compatíveis com os praticados paga, em espécie ou em cheque. É, portanto, uma forma imediata
no mercado internacional. de crédito.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O cartão de crédito surgiu nos Estados Unidos na década de O percentual referente à parcela de capitalização deve ser
20. Postos de gasolina, hotéis e firmas começaram a oferecê-los especificado em contrato e varia de banco para banco. O mínimo
para seus clientes mais fiéis. Eles podiam abastecer o carro ou de 50% deve ser destinado à capitalização, segundo determinação
hospedarem-se num hotel sem usar dinheiro ou cheque. da Superintendência de Seguros Privados (Susep).
Em 1950, o Diners Club criou o primeiro cartão de crédito O investimento de fato é apenas esta parcela que vai para a
moderno. Era aceito inicialmente em 27 bons restaurantes daquele capitalização. O restante dodinheiro é perdido em troca do benefício
país e usado por importantes homens de negócios, como uma de concorrer ao prêmio. É muito comum que o rendimento do título
maneira prática de pagar suas despesas de viagens a trabalho e de de capitalização seja negativo, considerando tudo o que realmente
lazer. foi pago e o dinheiro recebido de volta.
Confeccionado em papel cartão, trazia o nome do associado O título de capitalização é um produto oferecido por
de um lado e dos estabelecimentos filiados em outro. Somente em instituições financeiras. Muitas vezes, a instituição usa a venda
1955 o Diners passou a usar o plástico em sua fabricação. deste título como forma de expressão para o cliente que precisa
Em 1958, foi a vez do American Express lançar o seu de algumatendimento especial. É o que alguns gerentes chamam
cartão. Na época, os bancos perceberam que estavam perdendo de reciprocidade. Um cliente que queira aumentar o valor de seu
o controle do mercado para essas instituições, e no mesmo ano o cheque especial, por exemplo, pode ser convidado a comprar um
Bank of America introduziu o seu BankAmericard. Em 1977, o título de capitalização para ter seu limite ampliado. O cliente não
BankAmericard passa a denominar-se Visa. Na década de 90, o deve aceitar este tipo de pressão em nenhuma circunstância. O
Visa torna-se o maior cartão com circulação mundial, sendo aceito produto deve ser comprado por seu mérito e não para que seja
em 12 milhões de estabelecimentos. possível obter algum favor.
Muitos cartões de plástico não têm poder de compra. Simplesmente O título de capitalização é uma mistura de poupança com
ajudam a usar e a obter formas conhecidas de dinheiro. São os cartões possibilidade de ganho por meio de sorteios. Em parte, é um
de banco que garantem cheques, retiram dinheiro e fazem pagamentos título que tem rendimento como juro, mas está longe de ser uma
em caixas automáticos. aplicação recomendada por sua remuneração. O preço pago para
Outros cartões aliam as funções de compra, movimentação de se ter direito ao sorteio é bastante caro.
conta-corrente e garantia de cheques especiais.
A quantia paga mensalmente por um título de capitalização
O comércio vem criando os seus próprios cartões. Destinados a
é dividida em três partes: a parcela de capitalização - dinheiro
atender a uma clientela mais fiel, eles facilitam a compra e eliminam
a burocracia na abertura de crédito. que efetivamente vai ser devolvido com o adicional proporcional
Em diversos países os cartões telefônicos são uma maneira de juros -, a parte do sorteio e a parte dos custos administrativos
prática de realizar ligações de telefones públicos sem o incômodo da instituição financeira. Estas duas últimas partes podem estar
de fichas e moedas. A cada chamada a tarifa é descontada do valor agrupadas num único nome no contrato, como, por exemplo, taxa
facial do cartão. de carregamento, ou indicadas separadamente.
O mais recente avanço tecnológico em termos de cartão foi o A porcentagem referente à parcela de capitalização, também
desenvolvimento do smart card, chamada de reserva matemática, varia de banco para banco
o cartão inteligente. Perfeito para a realização de pequenas e deve estar especificada em contrato. Atualmente a Susep
compras, ele vem com um chip que podeser carregado com uma -Superintendência de Seguros Privados - exige que o mínimo
determinada soma em dinheiro. À medida que o portador vai destinado à capitalização seja de 50%. O investimento de fato é
gastando, seu saldo vai sendo eletronicamente descontado. Quando apenas esta parcela que vai para a capitalização.
o saldo acaba, o cartão pode ser carregado com uma nova quantia. O restante do dinheiro é perdido imediatamente, em troca do
Os cartões se multiplicaram. Hoje eles estão cada vez mais benefício de concorrer ao prêmio. O prêmio pode ser de no máximo
direcionados para os diversos nichos de mercado. São cartões de 25% do valor pago. Ou seja, considerando o limite mínimo para
afinidade, que apoiam campanhas sociais, ecológicas; cartões para capitalização e o máximo do prêmio, a administradora pode cobrar
atender jovens e universitários; ou cartões de negócios destinados a até 25% para cobrir seus custos de gestão da carteira de títulos
altos funcionários de empresas. de capitalização. Um valor muito alto, que prejudica muito a
rentabilidade da aplicação.
Rendimento
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO Somente a parcela destinada à capitalização será remunerada.
Então este é um primeiro ponto para comparar entre os títulos.
Quanto menor a parcela capitalizada (reserva matemática), maior
a perda do investidor.
O título de capitalização é uma mistura de poupança com Sobre o valor capitalizado, o rendimento mínimo obrigatório é
loteria, já que apresenta possibilidades de ganho por meio de de 20% da taxa de juros básica aplicada às cadernetas de poupança,
sorteios. A quantia paga mensalmente pelo consumidor é dividida mais a variação da TR, Taxa Referencial. Hoje a taxa de juros da
em três partes: poupança é de 6% ao ano. Então, o juro anual mínimo é de 1,2% ao
. A parcela de capitalização: o dinheiro que efetivamente ano mais a variação da TR. Se o rendimento da poupança for alterado,
vai ser devolvido com o adicional proporcional de juros; o rendimento mínimo dos títulos deve acompanhar. Na média de
. A parcela do sorteio; mercado, o rendimento costuma ficar entre 5% e 5,5% ao ano acima da
. A parcela dos custos administrativos da instituição TR, sobre a parte capitalizada (reserva matemática), segundo dados da
financeira. Susep (Superintendência de Seguros Privados).
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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Regra geral: nesta fase, o poupador não faz novas acumulações, pague hoje alíquota de 27,5% para conseguir reduzir sua alíquota
embora continue se beneficiando do rendimento sobre o capital para 15%, ou mesmo ficar isento de IR, dependendo de como vai
acumulado. Naturalmente, o valor dos benefícios deve ter uma relação receber os benefícios.
de proporção com o capital acumulado. Quanto maior o capital, maior O segundo ganho é que uma parte do dinheiro que vai formar
o benefício. o capital teria sido gasta com impostos. Ou seja: este dinheiro vai
A forma de fazer este cálculo é bastante complexa, mas, de formar um fundo e vai ser remunerado. Mesmo pagando imposto
uma forma simples, é fácil entender que os saques mensais, aqui posteriormente, este dinheiro ajuda a formar o capital durante o
chamados de benefícios, devem ter uma relação com o capital período de acumulação, aumentando os ganhos do benefício fiscal.
acumulado. Não é possível fazer saques expressivos sobre o capital Ainda sobre a questão de incentivo fiscal, o tipo de declaração
sem correr o risco de o dinheiro poupado acabar muito rápido. de Imposto de Renda simplificada ou completa - influencia na
Poupança autoprogramada decisão de comprar ou não um produto de previdência privada.
Fazer plano ou fundo de previdência privada tem duas Como na declaração simplificada existe um limite dado,
vantagens indiscutíveis: o benefício fiscal e a diluição do risco de esse benefício fiscal é pouco aproveitável. O ganho fiscal efetivo
faltar renda futura, no caso de quem escolhe por benefício vitalício. apenas ocorre na declaração completa.
Quando opta pelos rendimentos vitalícios, o participante Custos da previdência privada
está reduzindo sua renda mensal, mas com a garantia de receber O participante tem custos elevados ao comprar fundo ou
o benefício para sempre. Como ninguém sabe quanto tempo vai plano de previdência privada. Eles estão divididos em taxas de
precisar da renda, este é o mecanismo mais seguro. As empresas carregamento e taxas de gestão financeira (ou administração). Na
conseguem garantir este direito porque trabalham com muitas hora de avaliar qual plano ou fundo escolher, o interessado deve
pessoas, de forma que na média o dinheiro poupado é suficiente considerar o efeito das duas taxas. Algumas empresas colocam
para todos. taxa de carregamento reduzida, mas compensam com a taxa de
Planos e fundos de previdência, por sua vez, têm uma gestão mais alta. Então é preciso avaliar o efeito de ambas sobre a
desvantagem também clara: o custo elevado. Há planos com taxas acumulação de capital.
de carregamento de 5%, e outros cobram até mais do que isso. Taxa de carregamento
Ou seja: ao fazer o depósito, o participante já perde um dinheiro, A taxa de carregamento é cobrada pela entidade para arcar
independentemente do rendimento que tiver ou não no futuro. com os custos operacionais do plano de previdência privada. Incide
Um pouco de organização nas finanças permite que a pessoa sobre a contribuição mensal ou aportes de capital, de modo que,
faça uma poupança própria com menos custos e mais liberdade, quanto maior o seu porcentual, menor a parcela da contribuição
mesmo que seja para comprar um plano de renda vitalícia no destinada para a formação do capital do participante.
momento da aposentadoria. Mas aí com melhores vantagens A taxa de carregamento geralmente varia entre 4% e 12% para
comparativas, porque não estará assumindo o risco da gestão os planos tradicionais e de 1% a 5% para o PGBL. No caso do
financeira da empresa durante 50 anos - todo o período de Fapi, não há cobrança de taxa de carregamento, apenas de taxa de
contribuição mais recebimento de benefícios -, mas apenas o risco administração. Porém, se no saque o participante quiser comprar
do período do benefício. Nesta opção, no entanto, se abre mão dos um fundo ou plano de previdência privada para ter direito aos
ganhos com benefícios fiscais. benefícios mensais, vai ter que pagar a taxa de carregamento para
Com o objetivo de incentivar investimentos de longo prazo, a administradora escolhida.
os produtos de previdência privada têm incentivo fiscal, na fase de A taxa de carregamento pode ser escalonada ao longo do plano,
acumulação. No caso da declaração completa do Imposto de Renda tendo um valor porcentual maior no começo e depois caindo nos
Pessoa Física (IRPF), existe a possibilidade de o participante poder períodos seqüentes. Esta é uma forma de penalizar o participante
deduzir 100% das contribuições pagas à previdência privada, até o que desiste do plano, ou que troca de gestor. Em outras palavras,
limite de 12% da sua renda anual. A dedução é sobre a renda, de o escalonamento funciona como uma forma de ganhar a fidelidade
forma que o imposto pago é menor porque a renda foi reduzida. Não do cliente.
é um desconto sobre o imposto a ser pago. No regulamento do plano de previdência, é estipulada a
Mas, lá na frente, no recebimento dos benefícios - no caso taxa máxima de carregamento. O participante deve negociar a
dos planos de garantia mínima e PGBL -, o recolhimento do IRPF taxa de carregamento sobre contribuições mensais no momento
vai ocorrer normalmente, como em qualquer renda. Ou seja: da contratação do plano de previdência. Por isso a importância
o valor recebido pela previdência privada é somado às demais de estar informado sobre as taxas de carregamento de outras
rendas e paga imposto de acordo com a tabela progressiva normal. instituições. Durante o período de contribuição, é mais difícil
Naturalmente, não é vantajoso para o participante fazer depósitos conseguir mudanças.
acima de 12% de sua renda no fundo ou plano de previdência, Em caso de aporte maior, é possível negociar com a
porque esta parcela adicional estará sendo tributada duas vezes: administradora uma taxa de carregamento menor. Mas o melhor é
no recebimento da renda e no momento de saque ou recebimento já deixar isso previsto em contrato, considerando faixas de aportes
de benefícios. Os planos tradicionais e os PGBLs não têm como possíveis e taxas de carregamento. Caso contrário, a empresa pode
separar o dinheiro que foi ou não tributado na fonte, para evitar a não querer negociar.
bi-tributação. A qualquer momento o participante também pode pedir uma
Apesar de o imposto estar apenas diferido - ou seja, adiado renegociação da taxa de carregamento. Naturalmente, para solicitar
no tempo -, o participante tem dois ganhos, desde que respeite o isso, o participante deve ter alguma opção de trocar o plano para
limite de contribuição dos 12% da renda tributável. Primeiro, pode uma empresa concorrente, que tenha taxa menor. Dificilmente,
fazer com que o fluxo dos benefícios recebidos componha uma no entanto, a administradora vai baixar esta taxa se a comparação
renda que resulte em menor alíquota de imposto. Como o imposto for feita com empresa concorrente que tenha maior risco - como
aumenta por faixa de renda, adiar o pagamento do tributo para uma companhias de grupos econômicos menos sólidos que podem
fase que a renda seja menor é um ganho certo. Um contribuinte que praticar taxas mais agressivas para ganhar mercado.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
As variáveis que pesam na definição da taxa de carregamento Com os novos planos, a Susep também vai diferenciar taxa
são o período em que serão feitas as contribuições e o valor do aporte. de gestão de taxa de administração. A taxa de gestão será cobrada
Porém, o valor do aporte tem importância maior, já que não existe pela entidade de previdência privada e a de administração, pelo
nenhuma garantia de que o participante do plano vá ficar, de fato, banco. Assim, o investidor saberá quanto está pagando e quem está
todo o período estipulado no início do contrato. Quanto maior o valor cobrando. Hoje, regra geral, a entidade de previdência afirma que
do aporte, menor deve ser a taxa de carregamento, e vice-versa. Na não haverá cobrança de taxa. Porém, o banco que administra o
relação com o período, regra geral, quanto menor o prazo, maior a dinheiro cobra, sem informar o cliente.
taxa de carregamento, e vice-versa. O mais comum é ter uma taxa Principais riscos da previdência privada
maior no primeiro ano, caindo sucessivamente nos anos seguintes. O maior risco é o de falência da empresa administradora,
Mas não há regra absoluta. que sempre pode ter conseqüências sobre o capital acumulado,
Taxa de gestão financeira (ou administração) especialmente se houver algum tipo de fraude. Teoricamente, a
Durante a fase de contribuição, as entidades de previdência empresa deve separar seu dinheiro do capital dos participantes dos
privada, sejam empresas, bancos ou seguradoras, cobram uma taxa planos e fundos de previdência, mas nem sempre isso é respeitado.
pela administração dos recursos, sobre o capital total - incluindo A Susep deve fiscalizar as empresas, para ver se o dinheiro do
os rendimentos -, também chamada de taxa de gestão financeira, associado está investido de forma correta. Mas não há garantia do
dependendo do tipo de plano ou fundo. governo para o pagamento do valor acumulado ou dos benefícios,
No caso dos Fapis e PGBLs, o nome é taxa de administração, de forma que qualquer prejuízo é assumido pelo associado.
seu valor deve ser aprovado pela Susep e ser registrado no contrato. No caso dos PGBLs, a empresa de previdência privada
Regra geral, no Fapi varia de 3% a 6% ao ano, podendo ser cobrada fica com o dinheiro em seu nome, masé obrigada a depositar os
mensal ou anualmente. No PGBL, a taxa de administração é menor recursos em fundos exclusivos. É uma garantia de que o dinheiro
- entre 1,5% e 5% ao ano, regra geral, cobrada mensalmente -, da empresa administradora não está misturado com o capital dos
porque estes planos cobram taxa de carregamento. A instituição associados. No caso do Fapi, o dinheiro é administrado como um
pode reduzir a taxa de administração, comunicando o participante fundo de investimento comum. O cliente é o próprio quotista do
e a Susep. Aumentos da taxa dependem da concordância do fundo.
participante. É importante que o poupador saiba que pode mudar de
No caso do PGBL, a taxa de administração também é cobrada empresa administradora se estiver descontente com o rendimento
durante o período de pagamento de benefícios. A empresa de ou desconfiado da segurança da instituição.
previdência paga para o administrador, não havendo descontos Perdas com os investimentos
sobre os benefícios. O valor do benefício é calculado uma única Outro risco é o de perdas em investimentos feitos. É o caso
vez, com base numa tabela de expectativa de vida e um nível de de um banco ou empresa que não honre seu título de renda fixa,
juro esperado para este período. Este nível de juro já é calculado ou quando as ações desvalorizam, não pagam bons dividendos ou
sem o efeito da taxa de administração. Nos planos tradicionais, esta mesmo viram pó, se a empresa emissora falir. Daí a importância
taxa recebe o nome de taxa de gestão financeira. A legislação não de escolher um administrador com muita experiência para que a
exige que esta taxa seja colocada no contrato, e as empresas não escolha dos ativos seja a melhor possível.
costumam divulgar seu valor. Geralmente essa taxa é descontada Para reduzir estes riscos, a legislação estabelece limites
do excedente financeiro rendimento obtido além do mínimo máximos de investimento da carteira, de forma a obrigar uma
garantido -, sem que o participante seja informado. O custo existe, diversificação das aplicações. Nos planos tradicionais, por
mas não fica transparente. exemplo, os limites máximos de investimento são: 50% renda
Regra geral, a taxa de administração é de 3% ao ano. variável (ações); 30% em imóveis urbanos, direitos resultantes
Como não existe regulamentação de sua cobrança, a empresa da venda desses imóveis e quotas de fundos de investimentos
de previdência pode alterar seu valor a qualquer momento, sem imobiliários; e 10% em empréstimos para participantes de planos.
consulta ao participante. O efeito é sentido, no entanto, porque a A lei também proíbe que a administradora compre ativos
carteira fica menos rentável. Mas, como não há transparência, é -como Certificados de Depósitos Bancários - de instituição
impossível comparar o que foi efeito de aumento de taxa ou menor financeira associada ao mesmo grupo econômico para a carteira
rentabilidade dos ativos. dos fundose planos de previdência. É uma forma de evitar que um
Para mudar essa situação, a Susep prepara legislação para banco em situação financeira crítica empurre seus papéis de má
dois novos tipos planos de previdência, com regulamentação mais qualidade para os associados dos fundos e planos de previdência.
transparente. Com o tempo, estes fundos devem substituir os planos Os PGBLs estão divididos em três modalidades: soberano,
tradicionais no mercado, por questão de procura dos consumidores moderado e composto. No composto, os investimentos em renda
e pela concorrência. São eles: Plano com Atualização Garantida variável (ações) podem compor até 49% da carteira, parcela
e Performance (PAGP) e o Plano com Remuneração Garantida e que fica mais exposta a risco. No Fapi, o risco varia de acordo
Performance (PRGP). com o perfil do fundo. Como não há classificação formal para
Ao contrário dos planos tradicionais, os novos terão que os Fapis, cada instituição compõe a carteira de seus produtos
repassar mais informações aos clientes, inclusive como é calculado de forma diferente. Por isso, antes de entrar nessa aplicação, o
o excedente financeiro e de quanto é a taxa de administração. investidor deve conhecer a composição da carteira do fundo. O
Nesses dois planos, a Susep também propõe a padronização do mais importante é saber qual a parcela máxima destinada para a
cálculo do excedente financeiro e de que forma ele será pago. Hoje renda variável, ativos de maior risco. A carteira pode ter até 50%
as empresas de previdência não informam sua metodologia ao em investimentos de renda variável. Fapis e PGBLs não podem
investidor, o que impede a comparação entre planos. investir em imóveis.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O prêmio é maior quanto maior o número de coberturas Educação: Seguro que cobre gastos com a educação dos filhos
escolhidas, e o risco do próprio segurado, que depende de sua e dependentes, em caso de falecimento do responsável.
expectativa de vida e do tipo de risco a que se expõe. Pessoas com Fiança: Garante o pagamento de aluguel, condomínio e outras
saúde debilitada pagam prêmios maiores. Fumantes podem pagar despesas em caso de inadimplência do inquilino.
mais. Pessoas que se expõem a esportes radicais também têm
maior risco. A seguradora pode até não aceitar este tipo de cliente.
Seguro de acidentes pessoais
O seguro de acidentes pessoais oferece cobertura em caso de MERCADO DE CAPITAIS: AÇÕES -
invalidez permanente, parcial ou total, ou morte por acidente. Os CARACTERÍSTICAS E DIREITOS
contratos, regra geral, têm prazo de um ano. Neste caso, acidente é
evento não esperado, externo, involuntário ou violento, que cause
lesão física que leve à morte ou invalidez permanente, incluindo
casos de homicídio. Acidentes com eletricidade ou ataque de DEFINIÇÃO:
animais também estão incluídos, para citar exemplos menos São títulos emitidos pelas Sociedades Anônimas e que
comuns. representam uma fração do Capital Social da empresa emitente.
A única diferença em relação ao seguro de vida é que não CLASSIFICAÇÃO: ORDINÁRIAS:
cobre morte natural. Como tem uma cobertura a menos, é mais São ações que dão direito a voto, além de participar dos
barato que o seguro de vida. O público-alvo são pessoas jovens, resultados da companhia.
que têm boa saúde, e não vêem no horizonte probabilidade alta de PREFERENCIAIS:
morrer de causa natural.
Dão a seu possuidor prioridade no recebimento de dividendos
O valor da indenização depende do segurado, do padrão de
e/ou em caso de dissolução da empresa no reembolso do capital.
vida que tem e poderia manter num caso de invalidez, ou que tipo
de proteção pode deixar para a família em caso de morte. Normalmente não tem direito a voto. Dependendo do estatuto da
Seguro de viagem companhia, podem ter direitos a voto em garantia de dividendos
Cobre riscos de acidentes em viagem (geralmente ao exterior), mínimos.
como extravio de bagagem, despesas médico-hospitalares, QUANTO À FORMA NOMINATIVA:
odontológicas, problemas jurídicos e até de translado do corpo, Identifica o nome de seu proprietário. Sua transferência deve
em caso de morte. Este tipo de apólice não assume os riscos de ser registrada no livro especial da empresa, denominado Livro de
catástrofes naturais, como furacões e terremotos. Os contratos Registro de Ações Nominativas.
duram o tempo da viagem, mas também podem cobrir viagens ESCRITURAL:
que aconteçam durante um ano inteiro, no caso de pessoas que Fica mantida em conta de depósito em nome de seus titulares,
costumam viajar com mais freqüência. sem emissão de cautelas, com simples emissão de extratos;
O contrato especifica as coberturas e os números de telefone comprovando os pagamentos de direitos e resultados e as
que atendem o segurado no exterior. Caso precise de atendimento transferências de propriedade na forma da lei.
de urgência em instituições não credenciadas, o segurado pode AÇÕES COM VALOR NOMINAL:
solicitar reembolso, dentro do limite de cobertura garantido. Apresentam o valor unitário explícito no Estatuto Social da
O seguro viagem pode ser feito na própria agência de viagem, Companhia. Só podem emitir novas ações pelo preço igual ou
em bancos ou corretoras. superior ao valor nominal.
Seguro profissional liberal AÇÕES SEM VALOR NOMINAL:
Cobre o pagamento de diárias em caso de afastamento Não apresentam valor unitário explícito.
motivado por doença ou acidente, para profissionais liberais como QUANTO À CLASSE:
médicos, dentistas e advogados. Pode prever cobertura contra
COM OU SEM DIREITO A DIVIDENDO COM OU SEM
danos pessoais causados a terceiros, como, por exemplo, erro
DIREITOS SOBRE ATIVOS COM OU SEM DIREITO A VOTO
médico. Nos Estados Unidos, este tipo de seguro é muito comum
nos casos de ação na Justiça movida contra médicos. QUANTO AO PAGAMENTO: REEMBOLSO:
Seguro saúde É a operação pela qual a companhia paga ao acionista
Oferecido por empresas seguradoras, o seguro saúde dá dissidente de uma deliberação da Assembléia Geral o valor de suas
cobertura facultativa aos riscos que envolvem assistência médica ações.
e hospitalar. AMORTIZAÇÃO:
Outros seguros Esta operação se caracteriza por:
Imobiliário: No caso de não conclusão da obra, garante ao . ser um ato de vontade da companhia;
comprador do imóvel que este será concluído e entregue por outra . manter a qualidade do acionista;
empresa, que assume a obra. Tem a função de dar maior segurança . poder resultar em redução do capital.
para o investidor que compra imóvel na planta. RESGATE:
Assistência para funeral: Cobertura complementar das Consiste no pagamento do valor das ações e se caracteriza
apólices de seguro de vida, que cobre despesas de funeral, como por:
compra de caixão, flores, certidão de óbito, translado do corpo e . ser um ato unilateral da companhia;
aluguel de jazigo. . resultar ou não em redução do capital;
Assistência para seqüestro: Serviço agregado a um seguro . poder ser total ou parcial;
de vida para ser acionado quando ocorrem lesões ou ferimentos . determinar a perda de qualidade de acionista, caso não
corporais causados por seqüestro, roubo ou assalto. haja a conversão em outra classe de ação.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
LUCRATIVIDADE OFERECIDA ÀS AÇÕES PELAS -valor nominal e a cláusula de correção monetária e, se houver,
EMPRESAS EMITENTES DIVIDENDOS: condições de vencimento, amortização, resgate, juros, participação
Corresponde à parte do lucro que é distribuído em dinheiro aos no lucro ou prêmio de reembolso, e época em que serão devido;
sócios da companhia. Os dividendos correspondem, no mínimo a . condições de conversibilidade em ações, se for o caso;
25% do lucro líquido anual apurado pela sociedade. . nome do debenturista e declaração de transferibilidade da
BONIFICAÇÃO EM DINHEIRO: debênture mediante endosso, se endossável;
É a distribuição em dinheiro de uma parcela do lucro. . nome do agente fiduciário dos debenturistas, se houver;
BONIFICAÇÃO EM AÇÕES:
. data da emissão do certificado e assinatura de 2 (dois)
É a distribuição em ações de lucros obtidos pela sociedade
e que são incorporados ao Capital Social, proporcionando a diretores da companhia;
capitalização da sociedade. . e autenticação do agente fiduciário, se for o caso.
DIREITO DE SUBSCRIÇÃO: Observações:
O acionista possui prioridade no direito de subscrição de -a companhia, consoante o Art. 65 da Lei 6.404/76, poderá
novas ações (compra) no caso da sociedade decidir-se por uma emitir certificados múltiplos (2, 5, 100, 1000, ...) de debêntures
elevação do Capital Social, por meio de uma chamada de dinheiro. e, provisoriamente, cautelas que as representem, satisfeitos os
DETERMINAÇÃO DE PREÇO DE AÇÕES NO MERCADO requisitos anteriores;
SECUNDÁRIO - o agente fiduciário representa, nos termos da Lei 6.404/76 e
No mercado secundário, a variação do preço das ações de da escritura da emissão, a comunhão dos debenturistas perante a
uma companhia é diretamente influenciada, além da variação de companhia emissora. Entre os seus deveres, figura o de proteger os
preços do mercado como um todo (que é afetado pelo ambiente direitos e interesses dos debenturistas, empregando, no exercício
macroeconômico), pelos seguintes fatores: da função, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo
. desempenho esperado para seu setor de atuação;
. perspectivas de resultados futuros; costuma empregar na administração de seus próprios bens.
. probabilidade de obtenção desses resultados;
. quantidade e liquidez das ações efetivamente em poder PRAZOS
do público; Mínimo: 1 (um) ano: debêntures não conversíveis; 3 (três)
. grau de confiança que o mercado deposita na anos: debêntures conversíveis; e
administração; Máximo: não há fixação, exceto quando se destinarem a
- histórico do tratamento dado aos acionistas minoritários, financiamento de capital de giro. Neste caso, o prazo máximo é
entre outros. de 5 (cinco) anos.
FATO GERADOR
A emissão de debêntures para subscrição pública depende
DEBÊNTURES de prévia autorização da CVM. Deliberação da assembléia geral,
que deverá fixar, observado o que a respeito dispuser o estatuto e
ascaracterísticas gerais de cada emissão. É vedado às instituições
Debêntures é título de massa, emitido pelas sociedades por financeiras emitir debêntures - exceto as que não recebem depósitos
ações que asseguram, a seu titular, um direito de crédito contra a - e partes beneficiárias.
companhia, nas condições constantes da escritura de emissões e As instituições financeiras e demais entidades autorizadas
do certificado. O debênture é, mais especificadamente, um título a financiar pelo BACEN somente poderão subscrever, adquirir
de crédito ao portador, formal e privilegiado, emitido em séries ou intermediar debêntures destinadas à subscrição pública, com
uniformes, pelas sociedades anônimas ou em comandita por exceção das debêntures conversíveis em ações decorrente do
ações, garantindo aos compradores remuneração certa em prazos exercício do direito de preferência previsto na Lei 6.404/76.
definidos, sendo representativos de empréstimos amortizáveis,
contraídos a longo prazo mediante garantia de todo o ativo da FORMA
sociedade, especialmente, porém não obrigatório, abonados por . nominativas e escriturais, sendo transmissíveis somente por
endosso em preto;
hipotecas, penhores ou anticreses, obrigações ou obrigações ao
. garantia real: representada por bens do ativo da sociedade
portador.
emitente, devidamente registrados para esse fim;
. garantia flutuante: representada por bens do ativo da
ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS AO TÍTULO
sociedade, porém com prescrição de rotatividade daqueles bens,
. denominação, sede, prazo de duração e objeto da companhia; geralmente perecíveis;
. data da constituição da companhia e do arquivamento e -sem preferência ou quirografária: sem as vantagens dos dois
publicação dos seus atos constitutivos; tipos anteriores, que asseguram privilégio geral sobre todo o ativo
. data da publicação da ata da assembléia geral que deliberou da companhia. Em caso de falência, deverão os debenturistas sem
sobre a emissão; preferência habilitar-se como quirografários;
. data e ofício do registro de imóveis em que foi inscrita a . subordinada: não goza a debênture de garantia e, em caso
emissão; de liquidação da companhia, o debenturista preterirá apenas aos
. denominação: DEBÊNTURE e a indicação da sua espécie, acionistas no ativo remanescente;
pelas palavras, com garantia real, com garantia flutuante, sem . debêntures simples: resgatáveis exclusivamente em dinheiro;
preferência ou subordinada; . debêntures conversíveis em ações: resgatáveis em dinheiro
. designação da emissão e da série; ou, à opção do debenturista, conversíveis em ações da sociedade
. número de ordem; emitente.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
FUNCIONAMENTO DO
DIFERENÇAS ENTRE COMPANHIAS AB- MERCADO À VISTA DE AÇÕES
ERTAS E COMANHIAS FECHADAS
Definição
A Lei no 6.404/76 (“Lei de Sociedades por Ações”) distingui
São operações realizadas no Pregão ou no Telepregão, e que
dois tipos de companhias: (i) as companhias fechadas e (ii) as
são liquidadas 2 (dois) dias úteis após o dia em que a operação é
companhias abertas. As companhias abertas têm seus valores
fechada, ou seja, ao final de dois dias, o comprador recebe as ações
mobiliários negociados em bolsas de valores ou no mercado de
e o vendedor recebe o dinheiro, assim temos:
balcão, sendo-lhes permitido captar recursos junto ao público
investidor.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Prazos de Liquidação: ir pagando ajustes uns aos outros dependendo se o preço do metal
D = DIA DA REALIZAÇÃO DA OPERAÇÃO EM BOLSA, está subindo ou caindo. Nos contratos de opções, o investidor
NO PREGÃO OU NO TELEPREGÃO. paga pelo direito de realizar a compra a um dado preço na data de
D + 1 = LIQUIDAÇÃO FÍSICA (vendedor entrega os títulos exercício. Nos contratos de opção, o investidor não tem obrigação
na Corretora Vendedora). de comprar, ao contrário dos negócios do mercado futuro.
D + 2 = LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA (comprador paga a Hoje existem sete tipos diferentes de contratos de ouro na
operação na Corretora Compradora). BM&F:
Caso a operação não seja liquidada neste prazo, por falta do . Disponível padrão de ouro de 250 gramas;
comprador (pagamento da operação), ou falta do vendedor (não . Disponível fracionário de ouro de 10 gramas;
entrega os títulos, serão adotados os seguintes procedimentos: . Disponível fracionário de ouro de 0,225 grama;
D + 2 e D + 3 = Entrega da ação com Atraso e com Multas . Futuro de ouro 250 gramas;
D + 4 = Emissão da Ordem de Recompra (a Corretora . Opções de compra sobre disponível padrão de ouro;
compradora está autorizada a comprar as ações no mercado e o . Opções de venda sobre disponível padrão de ouro;
valor da operação é debitado à Corretora vendedora faltosa). . Termo de ouro.
D + 4 a D + 6 = Execução da Recompra Os contratos disponíveis são os negociados no mercado à vista.
D + 7 = Cancelamento da Recompra e Reversão Financeira da O fracionário é especializado em pequenas quantias. O mercado a
Operação (caso a Recompra não seja realizada, o comprador recebe termo tem um funcionamento parecido com o mercado futuro, no
o dinheiro de volta, o que caracteriza a Reversão da operação). sentido de estabelecer um preço fixo e uma data de vencimento.
OBS.: A diferenças de preços, sempre serão debitadas à Mas, diferentemente do mercado futuro, não exige o pagamento de
Corretora faltosa. ajustes diários por conta de mudanças nos preços desses contratos.
O contrato mais negociado hoje é o padrão (250 gramas) à
vista (disponível). Em determinados dias, ele representa 100% dos
negócios fechados. O lote padrão negociado é de 249,75 gramas
MERCADO DE BALCÃO de ouro fino, correspondente a uma barra de 250 gramas. O teor
de pureza é de 999 partes de ouro puro para cada 1000 partes de
metal.
As cotações são sempre em reais por grama, com até três
São negociáveis no mercado de balcão os valores mobiliários casas decimais, e não há um limite de oscilação diária, exceto se,
não admitidos à negociação em Bolsa ou em mercados secundários excepcionalmente, a BM&F decidir fixar algum teto. A liquidação
especiais. Podem, ainda, ser negociados valores mobiliários que, financeira (pagamento) pelo comprador será efetuada no dia útil
embora admitidos à negociação nos outros mercados, não são seguinte ao da operação no pregão.
neles exclusivamente e obrigatoriamente transacionados. Os Neste tipo de contrato, são admitidas operações de compra e
intermediários financeiros só podem receber e executar ordens venda para liquidação diária (day trade). Elas devem, porém, ser
de venda de valores mobiliários que se encontrem depositados realizadas no mesmo pregão, pelo mesmo cliente, intermediadas
ou registrados, conforme sejam titulados ou escriturais em contas pela mesma corretora e registradas pelo mesmo membro de
abertas junto deles pelos ordenantes. compensação.
Quando um intermediário financeiro tiver, simultaneamente,
ordens de compra e venda de um mesmo valor mobiliário, ele só
poderá fazer a respectiva compensação após ter realizado, sem
sucesso, diligências razoáveis no sentido de executar ambas as MERCADO DE CÂMBIO: INSTITUIÇÕES
ordens em condições mais favoráveis.
Os intermediários financeiros devem enviar mensalmente à AUTORIZADAS A OPERAR - OPERAÇÕES
CMVM e às Bolsas a relação dos valores transacionados, por seu BÁSICAS, CONTRATOS DE CÂMBIO -
intermédio, no mercado de balcão e, quando se trata de valores CARACTERÍSTICAS TAXAS DE CÂMBIO
admitidos à negociação em Bolsa, devem divulgá-los de imediato - REMESSAS
em sessão.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Estrutura do Mercado de Câmbio A taxa de câmbio pode ser determinada no mercado à vista: as
Cada país tem uma moeda na qual são estabelecidos os duas partes trocam as duas moedas no ato, ao preço determinado.
preços dos bens e serviços: o real no Brasil, o dólar nos Estados Assim, a taxa à vista é uma taxa para entrega imediata da divisa
Unidos, a libra esterlina na Inglaterra e assim sucessivamente. comprada ou vendida. No entanto, não é necessário completar o
negócio no ato, pois podemos também comprar ou vender divisas
O preço da moeda de um país em relação à moeda de outro país
para entrega em 30 ou 60 dias a um preço determinado hoje. Essa
nós denominamos de taxa de câmbio. As taxas de câmbio de real seria uma transação a prazo e o seu preço é chamado de taxa de
relativas às principais moedas são publicadas diariamente pelos câmbio a termo. A taxa de câmbio e o vencimento são determinados
jornais e nos permitem comparar o preço de um bem ou serviço hoje, mas a troca de moedas será efetuada no futuro.
produzido em vários países. As taxas de câmbio à vista são diferentes das taxas a termo.
A taxa de câmbio é definida como o número de unidades de A diferença entre a taxa a termo e a taxa à vista é denominada de
moeda nacional que é necessário para comprar uma unidade da prêmio. O dólar estará a prêmio e o real com um desconto se forem
moeda estrangeira (Ex.: 1,10 de real para comprar um dólar). Assim, necessários mais reais para comprar um dólar a termo do que para
a taxa de câmbio é o preço de uma unidade de moeda estrangeira, tal comprar um dólar à vista.
qual o preço da batata é a quantidade de moeda por 1 kg de batata. As divisas são compradas no mercado a termo para hedge,
Portanto, a taxa de câmbio é o preço, em moeda nacional, de uma arbitragem ou para especulação. O hedge é usado quando o agente
unidade de moeda estrangeira, isto é, US$ 1,00 = R$ 1,10. econômico quer evitar risco de variação na taxa de câmbio. Por
Um aumento na taxa de câmbio - digamos de R$ 1,10 por dólar exemplo, um importador que tenha que efetuar um pagamento
para R$ 1,20 - é chamado de desvalorização da moeda nacional em dólares daqui a trinta dias e não queira correr risco de uma
(mais moeda nacional pela mesma unidade de moeda estrangeira). desvalorização do real, pode comprar hoje - a um preço determinado
Um aumento na taxa de câmbio representa uma redução no poder de hoje os dólares que necessitará. Ele receberá os dólares daqui a 30
compra da moeda nacional, porque agora custa mais caro comprar dias, quando então fará o pagamento ao preço estabelecido hoje.
uma unidade de moeda estrangeira. Igualmente uma queda na No caso da arbitragem, o agente trata de alocar fundos entre
taxa de câmbio - digamos de R$ 1,10 para R$ 0,85 - é chamada dois centros financeiros com o objetivo de obter um retorno maior
de valorização da moeda nacional (com menos moeda nacional se e, ao mesmo tempo, evitar riscos cambiais. Nesse caso, a divisa é
comprada à vista e vendida no mercado a termo, sendo ambas as
compra uma unidade de moeda estrangeira).
operações efetuadas hoje.
Como qualquer preço, a taxa de câmbio é determinada pela Enquanto as transações de hedge e arbitragem são efetuadas
ação dos compradores e dos vendedores (Bancos centrais, Bancos com o objetivo de evitar riscos de variação na taxa de câmbio, a
comerciais, investidores, empresas importadoras e exportadoras e especulação tem o objetivo de obter lucro com a oper.ção cambial
turistas) no mercado de câmbio. O mercado de câmbio não é um por correr risco.
local físico onde compradores e vendedores se encontram, pois Suponhamos que no mercado a termo, para 30 dias, o real
grande parte das transações é feita por telefone ou computador esteja cotado a R$ 1,20 por US$ 1,00 e que um especulador, embora
entre Bancos comerciais. não tendo dólares a receber, espere que o real vá se desvalorizar
As principais moedas nacionais são comercializadas nos maiores nos próximos 30 dias. O especulador espera que daqui a 30 dias
centros financeiros do mundo (Londres, Nova York, Tóquio, Frankfurt a taxa à vista esteja a, digamos, R$ 1,30 por dólar. Ele compra,
etc.), que estão interligados por telefone, fax e computador, tornando- hoje, dólares no mercado a termo (para pagamento daqui a 30 dias)
os um mercado único. Com um número grande de dealers, um sistema a uma taxa de R$ 1,20. Se daqui a 30 dias a taxa de câmbio à
de comunicação quase perfeito e baixos custos de transação, podemos vista estiver em R$ 1,30, como ele esperou, o especulador recebe
dizer que o mercado de câmbio internacional é o mais competitivo os dólares que comprou no mercado a termo, pagando R$ 1,20
que existe. Os mercados, de câmbio operam 24 horas por dia e o lucro por cada dólar e os vende no mercado à vista, no mesmo dia, por
é obtido pela compra e venda com pequenas margens já que os preços R$ 1,30, ganhando R$ 0,10 por dólar. Note que esta operação não
flutuam toda hora. envolve recursos de caixa até o dia do vencimento; o lucro do
Ainda que se possa comprar muitas moedas nacionais nos especulador advém do risco de prejuízo que ele correu caso a taxa
principais mercados internacionais de câmbio, não é possível de câmbio à vista tivesse sido menor que R$ 1,20.
converter real em dracma grega, por exemplo, porque os dealers Sistemas Cambiais
Historicamente, o sistema financeiro internacional adotou
não mantêm estoques de todas as moedas. Para tal, é preciso
dois tipos de taxa de câmbio: taxas fixas e taxas flutuantes. Do
converter reais em dólares e dólares em dracmas. O dólar é a início do século XIX até 1970, o regime cambial dominante foi
“moeda veículo”, que permite que os dealers mantenham seus o de taxas de câmbio fixas. No padrão ouro, que prevaleceu até
estoques de divisas em dólares e, depois da operação, troquem os a crise de 1929-30, o Banco Central mantinha reservas em ouro
reais e as dracmas por dólares com os Bancos centrais do Brasil e equivalentes em valor ao total do papel-moeda em circulação. O
da Grécia. estoque de moeda só mudava quando o Banco Central comprava
Os principais participantes no mercado de câmbio são os ou vendia ouro. Portanto, o valor da oferta de moeda era igual
Bancos comerciais, as empresas que estão envolvidas no comércio ao montante de ouro existente como reserva internacional (ouro
internacional, as empresas de seguro e os Bancos centrais, já que monetário).
as transações dos turistas são marginais no mercado. Os Bancos No padrão ouro o Banco Central fixava o preço do ouro
comerciais são o centro do mercado de câmbio, pois grande parte em moeda nacional e usava o estoque de ouro de reservas para
das transações de divisas caracteriza-se por troca de depósitos estabilizar o preço do ouro, comprando ou vendendo ouro a um
bancários de duas moedas diferentes. Além disso, a maior parte preço fixo. Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 1879 e 1933,
do comércio de divisas é feita entre os Bancos comerciais -é o uma onça de ouro era equivalente a US$ 18,85. O padrão ouro, em
chamado mercado interbancário de câmbio. Por último, como as suas várias versões, foi sempre um regime de taxas fixas de câmbio,
operações internacionais dos Bancos são muito amplas, eles estão onde havia uma relação fixa entre cada moeda nacional e o ouro.
preparados para juntar os compradores e os vendedores de divisas. Cada moeda nacional era conversível em uma certa quantidade de
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ouro e, como essa relação é fixa, cada moeda nacional era trocada A questão que se coloca é, então, a seguinte: em uma economia
por uma certa quantidade, também fixa, de outra moeda. Como globalizada, pode o Banco Central controlar tanto a quantidade de
as principais moedas (dólar, franco francês, libra esterlina) eram moeda como a taxa de câmbio? Vejamos a questão.
conversíveis em ouro a uma taxa fixa, essas moedas podiam ser Quando o Banco Central aumenta a oferta de moeda no
Brasil, nós vamos ter uma redução na taxa de juros no Brasil e,
trocadas entre si também a uma taxa de câmbio fixa.
conseqüentemente, o mercado levará a uma desvalorização do real.
Depois da Segunda Guerra Mundial, o acordo de Bretton Ao contrário, quando o Banco Central reduz a oferta de moeda no
Woods (1944) estabeleceu um regime de taxas de câmbio fixas Brasil, há um aumento na taxa de juros no Brasil e o mercado
entre os países-membros do acordo. E cada país fixou a sua taxa levará a uma valorização do real.
de câmbio em relação ao dólar americano. O dólar, por sua vez, Quando o Banco Central tenta controlar a quantidade de
era conversível em ouro a um preço fixo de US$ 35,00 a onça moeda, um aumento na oferta de moeda faz com que as pessoas
troy. Cada país assumiu a responsabilidade de manter a taxa de alterem a composição do seu portfólio e comprem títulos
câmbio estável. As reservas internacionais eram mantidas em ouro estrangeiros para se desfazer da quantidade adicional de moeda.
ou dólar, que eram usadas para manter estável a taxa de câmbio Os títulos nacionais não podem absorver o excesso de oferta de
moeda porque a compra por algumas pessoas significa a venda
doméstica em relação ao dólar. por outras. Portanto, as pessoas vão tratar de comprar divisas
Os Estados Unidos não tinham responsabilidade de manter a estrangeiras para, em seguida, comprar títulos estrangeiros,
taxa de câmbio do dólar e podiam aumentar a oferta de moeda gerando uma desvalorização do real. A depreciação vai aumentar
sem se preocupar com a taxa de câmbio; por isso os demais o preço em moeda nacional dos títulos estrangeiros e o preço dos
países tinham que ajustar as suas políticas monetárias para bens nacionais. Quando os preços aumentam, eles corrigem o
seguir a política monetária norteamericana. Os Estados Unidos excesso de oferta de moeda ao aumentar a demanda nominal por
deviam somente converter o dólar em ouro na taxa estabelecida moeda. Portanto, o excesso de oferta de moeda é resolvido por um
em Bretton Woods. Devido aos crescentes déficits do balanço de aumento no nível geral de preços.
pagamentos norte-americano, o sistema de Bretton Woods entrou Toda vez que o Banco Central decide aumentar a quantidade
de moeda, há uma queda na taxa de juros e um aumento na
em colapso em 1971, quando o então presidente Nixon suspendeu taxa de câmbio, mesmo que o Banco Central não queira uma
a conversibilidade do dólar em ouro. desvalorização do real. Assim, quando o Banco Central controla
Desde 1973 as principais moedas do mundo vêm operando em a oferta de moeda, ele perde controle sobre a taxa de câmbio, que
um regime de taxas de câmbio flutuantes. No entanto, os Bancos passa a ser determinada pelo mercado.
centrais têm feito intervenções no mercado de câmbio para manter Por outro lado, quando o Banco Central tenta controlar a
a taxa de câmbio dentro de determinados limites. No caso de taxas taxa de câmbio, um aumento na oferta de moeda vai levar a uma
de câmbio flutuantes, todas as flutuações na demanda ou na oferta queda na taxa de juros doméstica. Com a queda da taxa de juros
de moeda estrangeira são acomodadas via variação nas taxas de doméstica, há uma queda no retorno dos depósitos em real e os
câmbio. O Banco Central não determina nenhuma taxa de câmbio, investidores tratarão de reduzir seus depósitos em reais e aumentar
seus depósitos em dólares, que agora são mais rentáveis. Há
que flutua em função da oferta e da demanda no mercado de um excesso de demanda por dólares que o Banco Central deve
câmbio. Quando o Banco Central não intervém de forma alguma satisfazer à taxa de câmbio fixa. O Banco Central é obrigado a
no mercado de câmbio, nós dizemos que temos uma flutuação vender dólares de suas reservas internacionais, gerando, portanto,
limpa; no caso de intervenção do Banco Central comprando ou uma redução na oferta de moeda.
vendendo divisas para manter uma certa taxa de câmbio, nós Assim, quando o Banco Central fixa a taxa de câmbio, ele
chamamos de flutuação suja. Na Europa, desde 1979, as moedas perde o controle sobre a oferta de moeda, já que vai ser obrigado a
dos países da União Européia têm taxas de câmbio fixasentre si. É vender divisas de suas reservas internacionais e a oferta de moeda
o denominado Sistema Monetário Europeu (EMS). vai cair. O aumento inicial da oferta de moeda é anulado. A perda
O Brasil, desde 1968, tem adotado um regime cambial, de reservas internacionais vai ser igual ao aumento inicial na oferta
de moeda.
onde as taxas de câmbio do dólar são fixadas pelo Banco Em resumo, em uma economia globalizada, o Banco Central
Central, mas a moeda nacional tem sido desvalorizada de tempos ou determina a taxa de câmbio ou a quantidade de moeda, mas não
em tempos paralevar em conta o diferencial entre a inflação pode determinar as duas variáveis ao mesmo tempo. Se o Banco
doméstica e a inflação norte-americana. É o chamado sistema de Central controlar a taxa de câmbio, a quantidade de moeda vai
minidesvalorizações. Atualmente, temos um regime de taxa de ser determinada pelo mercado e se o Banco Central controlar a
câmbio fixa, pois o Banco Central fixa uma taxa de paridade e quantidade de moeda, a taxa de câmbio será determinada pelo
está disposto a comprar ou vender qualquer quantidade de moeda mercado. Em resumo, com taxas de câmbio fixas, a oferta de
estrangeira dentro de uma banda cambial. Para eliminar o excesso moeda é endógena e a taxa de câmbio é exógena. Com taxas de
de demanda por divisas quando a taxa está valorizada, o Banco câmbio flexíveis, a taxa de câmbio é endógena e a oferta de moeda
exógena.
Central impõe uma série de controles cambiais e ao mesmo tempo Portanto, a taxa de câmbio para mercados eficientes quando
concede uma série de subsídios. temos expectativas racionais vai ser igual à taxa de câmbio
Controle da Oferta de Moeda e da Taxa de Câmbio esperada mais o erro. A PPC para mercados eficientes ignora a
Como variações nas taxas de juros afetam a taxa de câmbio, conta corrente do balanço de pagamentos. Por exemplo, uma
quando o Banco Central altera a política monetária, a taxa de juros valorização a taxa de câmbio real que gere um déficit em conta
mudará e ele também estará afetando a taxa de câmbio. Assim, corrente leva, segundo a PPC para mercados eficientes, a uma
quando o Banco Central aumenta a oferta de moeda, a taxa de entrada de capital para financiá-lo. Claro que a entrada de capital
câmbio vai se valorizar devido ao aumento na demanda por não pode continuar indefinidamente como suposto porque a dívida
moeda estrangeira. O Banco Central vai ter que vender reservas externa não pode aumentar indefinidamente. A taxa de câmbio
internacionais à taxa de câmbio fixa e reduzir a oferta de moeda deve eventualmente se desvalorizar para que o déficit em conta
inicial. corrente desapareça.
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Entretanto, um aumento na renda leva a uma redução na taxa Registro de Exportação Simplificado (RES)
de câmbio, isto é, a uma valorização da moeda nacional. Um A fim de facilitar a atuação não só das micro e empresas
aumento na renda aumenta a demanda de moeda; como a oferta de pequeno porte mas também daquelas que pretendem realizar
de moeda é dada, o equilíbrio no mercado de moeda só pode ser operações de exportação que não ultrapassem a US$ 10.000,00,
mantido se os preços domésticos caírem (equação anterior). No pode ser utilizado o Registro de Exportação Simplificado - RES,
entanto, os preços domésticos só podem cair se a taxa de câmbio assim considerando o valor na condição de venda e desde que
reduzir (St = Pt - P*t) atendidas as demais condições estabelecidas no Comunicado
Portanto, quando há um aumento na renda, a taxa de câmbio DECEX no 25, de 04.09.98.
se valoriza para restabelecer o equilíbrio entre oferta e demanda
de moeda. Registro de Operação de Crédito (RC)
Finalmente, de acordo com o modelo monetário, um aumento O RC representa o conjunto de informações de caráter
na taxa de juros leva a uma desvalorização da moeda. Um aumento cambial e financeiro, nas exportações, com prazos de pagamento
na taxa de juros reduz a demanda de moeda e, para reequilibrar
superiores a 180 dias.
o mercado, há necessidade de um aumento no nível de preços
Como regra geral, o exportador deve solicitar o RC e obter
domésticos (mt - pt= a1 yt = a2 it). Porém, os preços domésticos
o seu deferimento antes do Registro de Exportação (RE) e, por
só podem aumentar se a taxa de câmbio também aumentar (St = Pt
conseqüência, previamente ao embarque.
- P*t). Portanto, um aumento na taxa de juros leva a um aumento
Somente é admitido o preenchimento do RC posterior ao RE
na taxa de câmbio (desvalorização da moeda nacional).
Em resumo, no modelo monetário, a taxa de câmbio é uma nos casos de exportação de bens em consignação ou destinados a
função da quantidade de moeda, da taxa de juros e uma função feiras e exposições, cuja venda tenha sido fechada com prazo de
inversa da renda. pagamento superior a 180 dias.
Cada RC corresponde a um “pacote” financeiro e pode
abranger a exportação de diversas mercadorias ou serviços, com
SISCOMEX previsão para um ou para múltiplos embarques.
Cabe ao exportador, diretamente ou por seu representante
legal, prestar as informações necessárias ao exame e efetivação
do Registro de Operação de Crédito - RC.
O Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX, O SISCOMEX confere, automaticamente, um número a
instituído pelo Decreto n° 660, de 25.9.92, é a sistemática
cada RC.
administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as
Terminada a etapa de digitação e preparação do RC, deve
atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX, da
o exportador/usuário solicitar sua validação, por intermédio de
Secretaria da Receita Federal - SRF e do Banco Central do Brasil
transação específica, a fim de que um dos órgãos anuentes - (a)
- BACEN, no registro, acompanhamento e controle das diferentes
Banco do Brasil S/A., nas operações cursadas ao amparo do
etapas das operações de exportação.
A partir de 1993, com a criação do SISCOMEX, todo PROEX ou (b) DECEX, quando se tratar de operação financiada
o processamento administrativo relativo às exportações foi com recursos próprios do exportador ou de terceiros - possa
informatizado. As operações passaram a ser registradas via examinar e aprovar o RC, se for o caso.
Sistema e analisadas “on line” pelos órgãos que atuam em O RC tem um prazo de validade para embarque, dentro
comércio exterior, tanto os chamados órgãos “gestores” (SECEX, do qual devem ser efetuados os correspondentes Registros de
SRF e BACEN) como os órgãos “anuentes”, que atuam apenas em Exportação (RE) a ele vinculados e respectivas solicitações para
algumas operações específicas (Ministério da Saúde, Departamento desembaraço aduaneiro. Registro de Venda (RV)
da Polícia Federal, Ministério do Exército, etc.). É o conjunto de informações de natureza comercial,
O Brasil é o único país do mundo a dispor de um sistema cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de
de registro de exportações totalmente informatizado. Isso permitiu produtos negociados em bolsas internacionais de mercadorias
um enorme ganho em agilização, confiabilidade, rápido acesso a ou de “commodities”, através de enquadramento específico. Os
informações estatísticas, redução de custos, etc. produtos sujeitos a RV estão indicados no Anexo “C”, da Portaria
Na concepção e no desenvolvimento do Sistema, foram SECEX 02/92. O preenchimento do RV é prévio ao Registro de
harmonizados conceitos, códigos e nomenclaturas, tornando Exportação (RE) e, por conseqüência, ao embarque.
possível a adoção de um fluxo único de informações, tratado Despacho Aduaneiro de Exportação
pela via informatizada, que permite a eliminação de diversos É o procedimento fiscal - artigos 438 e 443 do Regulamento
documentos utilizados no processamento das operações. Aduaneiro aprovado pelo Decreto n° 91.030, de 5.3.85 -
mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria ao
Registro de Exportação (RE) exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. Ele se inicia
É o conjunto de informações de natureza comercial, cambial no momento em que o exportador, já com seu RE deferido, faz -
e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma via SISCOMEX - a Declaração para Despacho Aduaneiro - DDE,
mercadoria através de enquadramento específico. junto à Secretaria da Receita Federal.
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O benefício de ordem deve ser invocado pelo fiador como A obrigação do fiador cessa com sua morte, transmitindo-se
exceção no prazo de constestação da lide, nomeando então os aos herdeiros, até a força da herança, todos os efeitos decorrentes
bens do afiançado que se situem no mesmo município e que se de sua responsabilidade até a ocasião.
encontrem livres e desembaraçados para que sejam primeiro Desobriga-se o fiador em qualquer condição e circunstância
excutidos. em que, por tolerância, omissão ou conivência do credor, sem
Este fiador pode ter atrás de si um abonador, espécie de consentimento seu:
subfiador, sendo a obrigação deste subsidiária à obrigação acessória, a) for concedido moratória ao devedor;
com todas as mesmas características da fiança, aplicando-se-lhe as b) tenha aceito dação em pagamento, mesmo que esta se torne
disposições desta para todos os efeitos e respondendo o abonador nula ou ineficaz;
pela dívida apenas caso exigido o pagamento primeiro do devedor c) torne-se impossível a sub-rogação do fiador no crédito;
principal, depois do fiador, não tenha havido a satisfação do d) requerido o benefício de ordem e feita a nomeação dos
crédito. bens do devedor, observados os requisitos legais, provada sua
A lei exige sua constituição por forma escrita (ad probationem suficiência ao tempo, o retardo na execução tenha feito possível o
tantum), não sendo em conseqüência passível de presunção nem
desvio dos bens referidos.
admissível prova testemunhal. Faltando a prova escrita, ainda
Também desobrigado está o fiador, cujo afiançado seja menor
que perfeita seja sua caracterização como fiança, reputar-se-á
simples mediação ou recomendação ou qualquer outra figura não e que se tenha obrigado em contrato de mútuo sem a devida
jurídica que explique o interesse do terceiro na relação. A própria autorização de que lhe tenha guarda.
interpretação do contrato de fiança será feita restritivamente, tendo Além das exceções pessoais, pode o fiador argüir as mesmas
presentes os claros limites em que se contém: a dependência com que competem ao devedor principal relativas à extinção das
relação a outro contrato em todos os aspectos e condições e a obrigações, tais como pagamento, novação, compensação,
possibilidade apenas de que o conteúdo obrigacional seja menor, confusão, perda da coisa, prescrição, resolução, nulidade, etc., com
caso não tenha a mesma extensão, vedada sua ampliação relativa. exclusão daquelas referentes à incapacidade pessoal do afiançado,
A despeito de sua aderência a outro contrato, o vínculo do salvo se se tratar de mútuo.
fiador é com o credor, independendo, pois, para sua constituição, A fiança pode ser prestada no mesmo instrumento obrigacional
da concordância ou não do afiançado. do negócio principal, constituindo cláusulas no contrato. O
Pode ser prestada mesmo por dívidas ainda incertas quanto fenômeno que ocorre então é o da coligação de contratos.
à sua existência e valor, vale acrescentar que, conquanto contrato É um contrato unilateral porque dele decorre obrigação
acessório, ele pode ser formalizado antes do principal. Todavia, apenas a uma das partes: ao fiador. Normalmente é gratuito,
não poderá ser instaurada nenhuma demanda antes que se torne embora conhecidos hoje os fiadores de aluguel, presentes mais nos
obrigação, isto é, antes de tornar-se exigível, dispondo também, da contratos locatícios.
certeza e liquidez, mesmo porque, antes de vir ao fiador o credor, O aval é um instituto do direito cambiário. Apesar do Magister
deve ter cobrado o devedor, sem sucesso. Pontes de Miranda não ver o aval como garantia, dizendo ser
Não tendo o fiador tornado menor o contéudo de sua mero resquício essa noção - no que tem razão em certo sentido,
obrigação relativamente ao contrato principal, responde também v. g., ao gerar dívida abstrata e independente, capaz de sobrevier
pelos acessórios da dívida e despesas judiciais desde sua citação. à declaração unilateral de vontade a que se refere, não pode ser
Por aderir a outra obrigação, a validade da fiança fica na estrita definida como garantia por faltar-lhe objeto - é totalmente inútil
dependência da validade do contrato principal. Só assim não será e sem serventia essa posição, pois constitui o próprio ser do aval,
se a nulidade do contrato principal decorrer da falta da capacidade justificativa e finalidade, servir como garantia. Não se presta aval
civil do afiançado, quando então sobrevive a obrigação do fiador, por qualquer outra razão. O exemplo não serve porque sobreviver
desde que não se trate de mútuo não autorizado pelo que tem a
o aval à declaração unilateral de vontade é exceção, e não regra.
guarda do menor.
Não se pode tomar, como propugnava o Mestre, o aval como
Tornando-se o fiador incapaz ou insolvente, tem o credor o
direito de exigir sua substituição. um gesto de solidariedade para com o avalizado, “a promessa
Há um outro benefício na fiança conhecido como benefício de de comunhão de sorte” como ele referia, porque estaríamos
divisão, possível sempre que houver mais de um fiador pela mesma olhando para um só lado da questão, esquecendo que o aval existe
obrigação (co-fiança) e preferirem dividir a responsabilidade, que unicamente por exigência do credor que nele vê uma garantia:
tanto pode ser proporcional como fixada de forma diversa, não a vinculação de um terceiro de bom conceito e patrimônio, na
respondendo um só e qualquer deles pela dívida total. Mas necessita mesma obrigação, aumentando suas chances de ser satisfeito
ser convencionada porque, caso contrário, a responsabilidade será em seu crédito. Não teria sentido, não houvesse tal exigência
tida como solidária. pelo credor, que o devedor, sponte sua, tomasse o interesse de
Havendo solidariedade entre os fiadores, aquele que realizar constituir avalista. Mais. Sendo uma obrigação unilateral que
o pagamento sub-roga-se no direito do credor, podendo cobrar a nenhum proveito traz ao avalista, o que realmente conta é o ônus e
dívida toda do devedor, bem como a cota pela qual respondem não o prazer da solidariedade, diga-se de passagem, quase sempre
os demais fiadores e se algum desses houver insolvente entre os forçada.
outros fiadores distribuir-se-á o ônus do pagamento. Distingue-se da fiança por ser esta negócio jurídico bilateral
O ajuizamento conjunto da cobrança regressiva contra o devedor e aquele declaração unilateral de vontade; por esta exigir outorga
e fiadores solidários importará na obrigação do demandante de, tão uxória às pessoas casadas e aquele prescindir disso, porém,
logo satisfeito por uma das partes (devedor ou fiadores), desistir da obrigando os bens apenas do cônjuge que se vinculou; por
ação contra os demais ou proceder a sub-rogação no processo. O depender esta do contrato principal para existir, condicionando-
devedor pode ser demandado pelo seu fiador pelas perdas e danos que se por ele, e aquele por ter vida totalmente independente, que se
eventualmente e de forma cabal tiver suportado pelo fato de ter-lhe prolonga, em alguns casos, para além da existência da obrigação
sido exigido o pagamento e sido obrigado a realizá-lo. cambiária a qual garante.
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Entretanto, são invocáveis disposições a respeito da fiança, O aval é declaração abstrata. Cambiariamente essa declaração
na execução cambiária, sob forma de exceções, como, a exceção não tem causa. Possível causa ou motivação pertence ao domínio
de excussão, bem como pode exigir que o avalizado faça seu da relação extracambiária, não passível de investigação nem de
adimplemento estando vencida a dívida, assim, também pode interesse cambiário.
promover o andamento da execução contra o avalizado se,
sem justa causa, o credor mostrar-se negligente, por questão de GARANTIAS REAIS
eqüidade e simetria. Comunga dessa opinião mestre Pontes, apesar Enquanto as garantias pessoais, como vimos, consistem em
de não ter exposto o fundamento. promessa de pagamento feita pelo garantidor em favor do credor,
Como a fiança, o aval também admite que outro aval a ele as garantias reais submetem ao poder direto do credor coisas
se sobreponha, como uma espécie de subaval, a este aplicando- portadoras de valor econômico pertencentes ao prestador de
garantia, para maior segurança do retorno dos créditos deferidos.
se as regras cambiárias atinentes ao aval. E não só um aval, mas São conhecidas e usadas basicamente as seguintes garantias
diversos são suscetíveis de acontecer, empilhando-se um sobre reais nas operações bancárias: penhor, caução, hipoteca e
o outro, tendo apenas como limite o campo físico do título e as alienação fiduciária em garantia. Essa última, a rigor, não pertence
necessidades de ordem prática. ao gênero, porém, tendo em vista, a função de garantia que lhe
Dissente da fiança no aspecto da pluralidade de avais ao inere, não poderia deixar de assim ser considerada em seu duplo
mesmo vinculado. Os avalistas do mesmo avalizado não mantêm aspecto: como garantia e como real.
cambiariamente nenhuma solidariedade entre eles com relação à
dívida que asseguram. Entrementes, não é defeso fazer pacto de PENHOR
solidariedade extracambiário. O penhor comum é o único que pode ser definido e
O aval admite responder por parte apenas da dívida do caracterizado satisfatoriamente, dentro davariedade de que o
avalizado e pode ser prestado por terceiro ou mesmo por alguém penhor se compõe. É o direito real que se constitui pela tradição
que já se tenha vinculado anteriormente na mesma cambial por efetiva, em garantia, de coisa móvel passível de apropriação. Essa
qualquer tipo de vínculo, como sacador ou sacado ou endossante definição não se ajusta a outras espécies como, v. g., os penhores
ou interveniente ou avalista. agrícola, pecuário, industrial e às vezes também, mercantil
O aval, não sendo limitado quantitativamente, terá o mesmo O penhor divide-se em convencional e legal.
conteúdo obrigacional do vínculo do avalizado. Deve constar da
PENHOR LEGAL
própria letra ou de folha anexa, desde que não contenha declaração
Penhor legal é o que o legislador institui a favor dos
ou características incompatíveis com o rigorismo cambiário, a qual, hospedeiros, estalajadeiros, fornecedores de pousada ou alimentos,
juntada à cambial, formará um alongamento. Este entendimento é donos de prédios, sejam rústicos ou urbanos, sobre os bens móveis
o que melhor combina com o uso francês do aval em separado, de fregueses, consumidores e inquilinos, por dívida constituída na
para fins de aplicação uniforme a documento estrangeiro de relação jurídica que os vincula. Faz-se com a retenção dos bens e
país signatário da Lei Uniforme de Genebra, evitando dar-se-lhe requerimentos de homologação do penhor ao Juiz.
tratamento diferenciado dos efeitos que produz em seu local de
origem. PENHOR CONVENCIONAL
É recomendável que o avalista indique o nome da pessoa O penhor convencional é o que deriva da vontade dos
avalizada. Não o indicando, ter-se-á como avalizada a pessoa cuja contratantes que o constituem. É negócio jurídico acessório que
assinatura, com declaração de aval, localiza-se logo acima ou, fica na estrita dependência de um negócio principal, preso ao qual
encontrando-se a assinatura completamente isolada, a presunção viverá todos os seus dias. Se este acaba, o penhor se extingue. Se
ex lege operará no sentido de ser o aval dado em favor do criador o negócio principal não se forma ou não ganha eficácia, tão pouco
da cambial (sacador / subscritor). formar-se-á ou ganhará eficácia o penhor. Se o negócio principal
Mesmo que a obrigação do avalizado seja nula, desde que for nulo, não haverá penhor.
não o seja por vício de forma, persistirá válida a obrigação de seu Também é caracterizado pela indivisibilidade da garantia.
avalista. E se este pagar a cambial, conquanto a expressão jurídica Não obstante ser sensível, por ser acessório à sorte do negócio
ao qual garante, eventual diminuição da dívida, a cujo pagamento
usada na má tradução da LUG fale em sub-rogação, não ficará sub-
responde a coisa penhorada, não produz correspectiva redução da
rogado no crédito, mas sim, adquirirá um novo direito emergente garantia. Significa que o pagamento parcial da dívida principal não
do mesmo título, autônomo com relação ao endossante anterior, é liberatório de parte da garantia.
como se tivesse se operado novo negócio de circulação cambiária, O penhor comum é o civil. Os demais penhores convencionais
podendo acionar de regresso seu avalizado, bem como, atendidos são tidos como especiais e suas modalidades conhecidas são: rural
os requisitos cambiários, agir contra os demais co-obrigados (subdividido em agrícola e pecuário), industrial, mercantil e de
regressivos. direitos. O penhor comum e, algumas vezes, o mercantil, exige para
Se o aval, com declaração precisa, é posto antes de acontecer sua instituição a efetiva tradição da coisa para o credor. Este, ao
a vinculação cambiária do avalizado e esta não chega a acontecer, tomar posse assume a condição de depositário. Tem a obrigação de
o aval não vem a se tornar eficaz. Se o aval é prestado quando já zelar e guardar o objeto recebido, agindo com a diligência habitual
precluso o prazo para protesto, sem ele, só valerá se o avalizado exigível para a manutenção e defesa da integridade do bem que
for obrigado direto. Da mesma forma se prestado após o protesto lhe foi confiado. Não pode fazer uso da coisa, salvo movimentá-la
tirado fora do prazo. Mas, se protestado tempestivamente, poderá caso necessário para sua conservação. Fará jus ao ressarcimento
ser formalizado válida e eficazmente em favor de qualquer das despesas que houver suportado nessa administração. Vedado
vinculado cambiário antes do ajuizamento da cobrança. lhe é estipular pacto comissório. Extinta a dívida principal, o
Doe qualquer sorte, não produzirá efeitos cambiários, aval depositário tem o dever de devolver o objeto do penhor nas
não sendo, quando dado após o ajuizamento da ação cambiária, mesmas condições em que o recebeu, acompanhado do acréscimo
quando terá cessado a vida útil da cambial. que acaso tenha produzido.
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A hipoteca é indivisível tanto relativamente a seu objeto quanto É lícito às partes e especialmente ao vendedor estabelecer
com referência à obrigação que garante. Desta sorte, caso o bem da adredemente o valor de avaliação dos bens hipotecados, liberando-
garantia possa ser dividido em partes e o seja, as partes em que se os de futura avaliação judicial.
decompôs a coisa conservam o gravame sobre a sua totalidade, como O objeto da hipoteca tanto pode ser bem corpóreo quanto
se não estivesse dividido. Da mesma maneira, eventual pagamento incorpóreo. Sobre esta última espécie, houve tempo que se
parcial ou qualquer outra ocorrência que produza redução da dívida questionava a possibilidade, sob o argumento de que o direito real
garantida, não determinará qualquer diminuição, seja do valor da só se consolida na materialidade das coisas levantando resistência
hipoteca, seja dos bens da garantia. A mesma permanecerá íntegra em aceitá-los sobre direitos, ainda que direitos reais. Hoje não
até a extinção da obrigação principal. pende mais dúvida a respeito. Os direitos reais sobre direitos
Ela é contrato acessório que depende de um principal com pretensãoreal pertencem ao cotidiano jurídico. É o caso da
para existir e sobreviver. Como é inalterável por força de sua hipoteca constituída sobre o domínio desmembrado (direto/útil) e
indivisibilidade, só segue o principal na sorte final, eis que muitos sobre fração de imóvel indiviso entre outros.
dos efeitos jurídicos da execução do contrato principal não Em se tratando de hipoteca cedular, as declarações falsas ou
ocasionarão nenhuma conseqüência nela. inexatas do hipotecante acerca da área dos imóveis hipotecados, de
A coisa hipotecada responde pelo pagamento da obrigação suas características, instalações e acessórios, sobre a pacificidade
principal. Credor por hipoteca em grau subseqüente, mesmo de sua posse, ou omita outras declarações sobre a existência de
que vencida, depende do vencimento da primeira hipoteca, para gravames anteriores podem configurar prática de estelionato,
poder excutir o imóvel, salvo se o devedor tiver declarada sua sujeitando o autor às cominações penais próprias.
insolvência. Veda a lei se considere insolvente
Os bens hipotecados cedularmente não poderão ser penhorados
o devedor que não tenha pago a dívida decorrente de gravames
nem seqüestrados por outras dívidas do prestante da garantia,
posteriores à primeira hipoteca.
seja ele o devedor principal ou terceiro, o qual deve denunciar a
O credor da segunda hipoteca pode remir a hipoteca anterior
em seu vencimento, caso o devedor não se manifeste nesse situação do bem ao oficial incumbido da diligência judicial.
sentido. Mas é preciso que consigne em juízo a quantia exigível O prazo máximo admitido em lei para a vigência do ônus
da dívida principal e demais despesas judiciais, se ajuizada estiver real hipotecário é de 30 anos, passível de renovação. Ocorrendo
a execução, intimando o exeqüente sobre o depósito e o devedor esta após o vencimento, ocasiona a extinção da garantia antiga e
para, querendo, remi-la. Remindo-a o consignante, ficará por isso a constituição de nova. Já a simples prorrogação, requerida por
subrogado nos direitos de crédito. ambas as partes interessadas, não mexe com o tempo de validade,
Também o adquirente do imóvel hipotecado tem esse mesmo que se mantém sem hiatos desde sua constituição primitiva.
direito, mas terá que notificar judicialmente do contrato de seus Dar-se-á a extinção da hipoteca: a) com a extinção da
credores, pessoalmente, se o domicílio coincidir com o do registro, obrigação principal; b) com o perecimento da coisa; c) com a
ou por editais, prazo de 30 dias a contar da aquisição, oferecendo perda do domínio por parte do devedor hipotecante; d) com a
no mínimo o mesmo preço pago. O credor notificado pode, no renúncia do credor; e) com sentença transitada em julgado; f) com
prazo da oposição, requerer a licitação do imóvel; não o fazendo, a prescrição.
a presunção operará no sentido da aceitação da oferta, bastando O levantamento da hipoteca ocorre pelo seu cancelamento ou
então o pagamento ou mesmo o depósito em juízo do valor, para baixa no registro.
requerer o cancelamento da hipoteca. Se, porém, o adquirente não
notificar o credor, fica perante este obrigado às perdas e danos
a que eventualmente der causa, às custas e despesas judiciais,
pagando ainda a diferença, se houver, entre o valor da adjudicação ALIENAÇÃO FIDUNCIÁRIA
e o da avaliação.
Por esse risco responde o imóvel, outorgando-se o direito
regressivo ao adquirente contra o vendedor para reaver a quantia
que sobejar ao preço da aquisição. A alienação fiduciária é uma garantia real. Existe resistência
Na licitação, só serão admitidos a lançar os credores de setores da doutrina e da jurisprudência acerca desse
hipotecários, os adquirentes e os fiadores. As remissões só poderão enquadramento. A discussão é mais acadêmica. Sustenta-se no
ocorrer não antes da primeira praça nem depois da assinatura do fato de as garantias reais conhecidas não transferirem o domínio. É
auto de arrematação. No caso de falência do devedor hipotecante, preciso, entretanto, não esquecer o dinamismo dos usos e costumes
toca à massa o direito de remição, facultada sua realização pelo do comércio e a rápida necessidade de transformação do direito
preço da avaliação. Se o valor da dívida garantida exceder o valor empresarial, dando respaldo às novas práticas negociais. Em face
pago, disso, as instituições jurídicas que acompanham essas mudanças
o saldo, com o cancelamento da hipoteca, torna-se-á devem manter-se flexíveis e ágeis, não podendo jamais tornar-se
quirográfico. No caso de insolvência civil, o direito de remir é estruturas rígidas e definitivas.
atribuído a qualquer dos credores hipotecários habilitados. A alienação fiduciária transfere, sim, o domínio, mas
Na hipótese de falência ou insolvência, se o credor hipotecário essa transmissão não se constitui no fim visado pelo negócio,
preferir a adjudicação do bem que tenha preço de avaliação representando mera forma, imprópria é bem verdade, de
inferior à dívida, poderá fazê-lo, mas terá que quitar integralmente constituição de garantia. O domínio é transferido provisoriamente.
a obrigação principal. Os imóveis sobre os quais recaiam o ônus Se o prestador da garantia, o fiduciante, não adimplir a obrigação,
real hipotecário só poderão ser vendidos judicialmente precedido o objeto vai à venda, vedado sendo ao fiduciário ficar com o bem.
da intimação dos credores hipotecários, se eles não forem partes Transferência de coisa em garantia é garantia real.
no processo.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
O negócio de transmissão da propriedade ou do domínio Na condição de acessório segue o principal em sua sorte.
é que é resolúvel, e não a propriedade ou o domínio, como Assim, vence antecipadamente quando isso ocorrer com o contrato
costumam dizer muitos juristas. Para a propriedade resolver- ao qual adere. Se a aquisição da propriedade fiduciária for a non
se tem de extinguir-se seu objeto. Para o domínio resolver-se é domino, posterior aquisição do domínio pelo fiduciante convalida
preciso que se rompa o vínculo de poder que o titular do direito de o negócio.
propriedade em diretamente sobre a coisa, mas esse rompimento O credor fiduciário tem a seu favor ação de busca e apreensão
por si não opera o refazimento do vínculo anterior. A resolução para o caso de se configurar a mora do devedor, em cujos autos o
do negócio em que se transmitiu o domínio é que determinará demandado poderá purgá-la. Não se consumando esta, a sentença
como conseqüência o desfazimento da transferência, voltando a consolidará a propriedade e a posse plena e exclusiva em mãos
titularidade a quem quis a transmissão mas não pôde consumá-la. do credor, que, todavia, poderá preferir a venda judicial ou
O que determina a resolução do negócio de transmissão é o extrajudicial. Se o bem não for encontrado, a busca e apreensão
adimplemento do devedor fiduciante. A quitação da dívida produz pode se converter em ação de depósito. Tem além dessas ações
a reversão ao statu quo ante, pelo simples fato de ser a alienação a execução de títulos extrajudiciais do saldo não coberto com a
fiduciária negócio acessório que não sobrevive sem o principal.
venda do bem ou de toda a dívida, uma vez frustrada a busca e
Mas a propriedade pode resolver-se sem a resolução do negócio
apreensão, se preferir executá-la ao invés de convertê-la em ação
de transferência do domínio, quando a própria coisa perecer. O
de depósito.
inadimplemento do devedor fiduciante também acarreta o fim
da titularidade do domínio do credor fiduciário, porque, como
não pode ficar com o bem da garantia, terá de vendê-lo para
com o produto da venda se cobrar, devolvendo a quantia que
eventualmente sobre. Não bastando para o integral pagamento da FIANÇAS BANCÁRIAS
dívida, o devedor continuará pessoalmente obrigado pelo saldo.
É contrato bilateral porque enseja obrigação para ambas as
partes. É, além disso, consensual, oneroso, típico, nominado, de
duração.
Com o domínio, há transmissão da posse indireta ao credor. As garantias prestadas pelos Bancos em favor de seus clientes
Pelo constituto possessório, a posse direta é atribuída ao devedor, são, normalmente, garantias de natureza pessoal que se apresentam
que, desta forma, torna-se fiel depositário do bem da garantia,
sob as características seguintes: acessórias ou nãoacessórias;
com as responsabilidades civis e penais dessa condição, mas sem
nacionais ou internacionais.
o direito de ressarcimento das despesas havidas com a manutenção
da coisa e sem o conseqüente direito de retenção. As garantias pessoais são aquelas em que o banqueiro se
Servem como objeto da alienação fiduciária os bens móveis vincula pessoalmente. Constituemse geralmente por instrumentos
em geral, desde que infungíveis, seja por natureza ou convenção. conhecidos pela expressão de “cartas”, tais como cartas de crédito,
A rigor. embora pouco comum, também podem servir como objeto cartas de fiança, cartas de garantia, etc. Podem ocorrer através do
direitos, especialmente os instrumentados por títulos de crédito. crédito de aceitação, pela aposição de aceite em títulos de crédito.
O grande problema não chega a ser a possibilidade jurídica, que Sendo garantias prestadas em âmbito nacional, seguem
já não se discute mais, mas sua perfeita identificação, levando em disciplina comum, mantendo o caráter acessório do negócio de
consideração, sobretudo, caber ao proprietário fiduciário o ônus garantia. A carta de fiança é fiança, sendo regulada pelas normas
da prova, contra terceiros, de que são tais e não outros os bens de que lhe são próprias. A carta de crédito constitui-se em um
seu domínio que se encontram na posse do devedor. Sem isso, o acreditivo já estudado anteriormente. Da mesma forma, o crédito
risco assumido pelo credor é muito grande. Em princípio, o que é de aceitação foi abordado como empréstimo de firma.
penhorável pode ser objeto de alienação fiduciária. Já os negócios internacionais apresentam conteúdo próprio
O negócio jurídico só pode ser comprovado por escritura diferenciado, pois não se deixando jungir por um sistema jurídico
pública ou particular e sua validade depende de registro, sendo uniforme, mostram-se vacilantes em muitas questões. Formam-se
competente para o ato, com arquivamento obrigatório de cópia, então pela prática diuturna do comércio exterior, apoiada nos usos
nos contratos, o Registro de Títulos e Documentos do domicílio e costumes profissionais, nas regulações através de fórmulas, de
do credor, e, nas cédulas, o Cartório de Registro de Imóveis da contratos-tipo, na jurisprudência arbitral e em diretrizes traçadas
circunscrição onde se encontram os referidos bens. Na alienação
por organismos especializados, como é o caso da Câmara de
fiduciária constituída sobre veículos automotores, como sobre
Comércio Internacional ou organizações como a ONU, a CEE,
aeronaves e navios, a repartição competente para
etc..
o registro é aquela incumbida da emissão e controle de suas
respectivas licenças, que deverá anotar em seus Certificados de Por força dessa condição, diversas fórmulas, destinadas a
Registro. suprir deficiências em matéria de segurança jurídica, ganharam
O devedor que alienar ou der em garantia coisa já alienada notoriedade, caindo no agrado dos intemacionalistas e adquirindo
fiduciariamente responde por estelionato, sujeitando-se às aos poucos exegese comum, formando praticamente um corpo de
cominações civis e penais previstas para a espécie. normas uniformes, chamado lex mercadoria. A livre escolha das
É aplicável à alienação fiduciária em garantia o princípio partes no contrato invocando Regras e Usos Uniformes organizados
da indivisibilidade da garantia relativamente à divisibilidade do pela CIC vinculam o julgamento das contendas à disciplina eleita.
valor da obrigação pecuniária. Pagamentos parciais não liberam Essa prática tem afastado as garantias bancárias internacionais
parcelas do domínio. Em caso de desapropriação, o valor pago da disciplina tradicional da fiança, retirando-lhes o caráter de
sub-roga o bem. acessoriedade. São conhecidas pelo nomen juris “garantias”.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Costumam ser divididas em duas principais espécies, tendo Garantidor de Créditos - FGC, cuja instituição foi autorizada
vista o fim a que se destinam: garantias de pagamento e garantias pela Resolução n° 2.197, de 31.8.95, seguindo-se a aprovação de
de execução. seus estatuto e regulamento por meio da Resolução n° 2.211, de
As garantias de pagamento compõem-se de cartas de crédito, 16.11.95, ambas do Conselho Monetário Nacional.
constituindo negócio acreditivo. São garantias autônomas, O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos, com prazo
sem qualquer acessoriedade ou contaminação com o negócio indeterminado de duração e constituído sob a forma de sociedade
subjacente. de direito privado, tendo por objetivo dar cobertura, de até R$20
Importa em vinculação triangular, com o concurso eventual mil por titular, a depósitos e aplicações nas hipóteses de decretação
de um quarto figurante, sempre Banco correspondente. São de intervenção, liquidação extrajudicial ou falência de instituição
conhecidas pela denominação on open acount (conta aberta), que participe do referido fundo, ou, ainda, de reconhecimento,
emitidas em três modalidades: pelo Banco Central, de estado de insolvência da instituição que,
a) o vendedor recebe antes de embarcar o produto; nos termos da legislação vigente, não esteja sujeita aos regimes
acima mencionados.
b) o comprador paga antes de receber, mas depois de olhar o
São objeto da garantia proporcionada pelo FGC os seguintes
produto; e
créditos: depósitos à vista, depósitos de poupança, letras de câmbio,
c) o comprador paga contra-recebimento da mercadoria. letras imobiliárias e letras hipotecárias, de emissão ou aceite de
Referidas garantias ou são incondicionais, exigíveis à primeira instituição financeira ou associação de poupança e empréstimo em
solicitação, ou condicionais, dependentes de comprovação funcionamento no país.
documentária do inadimplemento. São participantes do FGC todas as instituições financeiras e as
As garantias de execução apresentam-se sob variadas associações de poupança e empréstimo responsáveis pelos créditos
subespécies: garantidos, exceto as cooperativas de crédito e as seções de crédito
a) Big Bond garante a oferta na licitação, respondendo pela das cooperativas. As instituições participantes contribuem com
obrigação de contratar; 0,025% do montante mensalmente escriturado relativo aos saldos
b) Performance Bond garante a boa execução a qual pode se das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia.
desdobrar em garantias menores: garantia de manutenção; garantia Com a Medida Provisória n9 1.182, de 17.11.95, foram
de reembolso; garantia de submissão, etc.. introduzidas importantes alterações na legislação até então vigente,
O estudo mais aprofundado dessas garantias deve ser tentado especialmente no que diz respeito aos poderes atribuídos ao Banco
no Direito Internacional Privado. Central para, na qualidade de guardião da estabilidade monetária e
regulador do Sistema Financeiro Nacional, atuar no fortalecimento
e no saneamento do mercado, prevenindo e solucionando crises de
liquidez e/ou solvência de instituições financeiras.
FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO As modificações adotadas situam-se, principalmente, no
(FGC) campo da responsabilidade civil dos acionistas controladores;
na instituição de medidas saneadoras de natureza preventiva
e passíveis de adoção por integrantes do próprio mercado; na
flexibilização e agilização das regras para privatização
Até recentemente, o Banco Central ressentia-se da falta de instituições cujas ações tenham sido objeto de
desapropriação após decretado o regime de administração especial
de mecanismos legais para a ação preventiva junto ao sistema
temporária; e na apuração da responsabilidade dos prestadores
financeiro, visando a recuperação das instituições, ante a
de serviços de auditoria independente que tenham verificado os
verificação de ocorrências que acarretassem perdas patrimoniais balanços e demonstrações contábeis de instituições financeiras que
e expusessem a risco os seus credores. Os instrumentos utilizados venham a ser submetidas aos regimes de intervenção, liquidação
com o propósito de saneá-las, sob a roupagem de planos de extrajudicial ou administração especial temporária pelo Banco
recuperação ou de termos de compromisso, eram documentos cuja Central.
eficácia dependia da posição unilateral das sociedades interessadas. Até então, constatada a crise de alguma instituição financeira,
O Banco Central não dispunha de mecanismos hábeis sob cujo submetendo a risco anormal os seus depositantes e investidores,
fundamento pudesse determinar medidas de capitalização, de o Banco Central tinha como alternativas apenas a aplicação dos
reorganização, de alienação de controle ou de afastamento de regimes especiais disciplinados na Lei no 6.024, de 13.3.74, e no
administradores. Decreto-lei no 2.321, de 25.2.87, respectivamente intervenção ou
Em passado recente, o Banco Central possuía o instrumento liquidação extrajudicial e administração especial temporária. A
financeiro constituído pelas reservas monetárias. Esses recursos decretação de regime especial trazia como conseqüência imediata
podiam ser utilizados no pagamento do passivo de instituições a indisponibilidade dos bens pessoais dos ex-administradores da
financeiras sob intervenção ou liquidação extrajudicial, saneando instituição que atuaram nos últimos 12 meses, medida esta que tem
seus ativos e passivos mediante expressa e prévia autorização do caráter cautelar e destina-se a prevenir eventual responsabilidade
Conselho Monetário Nacional. dos ex-administradores quanto aos prejuízos que vierem a ser
Esgotada essa fonte, com a qual eram atendidos os credores apurados pela comissão de inquérito que investiga as causas
quirografários (correntistas) de instituições submetidas a regime da “quebra”. Por conseguinte, somente os ex-administradores
especial, o Banco Central deixou de dispor de instrumentos mais poderiam ser responsabilizados civilmente pelos prejuízos
efetivos de proteção à poupança popular. causados à instituição, ainda que tais ex-administradores tivessem
Assim, criou-se mecanismo destinado a proteger os titulares agido sob orientação dos controladores da empresa, os quais, por
de créditos perante instituições financeiras, sob a forma de Fundo não integrarem os órgãos de direção da sociedade, ficavam imunes
de responsabilização pelos prejuízos causados a terceiros.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
Os artigos 1° e 2° da medida provisória alteram radicalmente assumam quaisquer cargos de direção ou administração de
a disciplina legal da matéria, estendendo aos controladores a instituições financeiras ou atuem como prepostos ou mandatários
responsabilidade solidária pelos prejuízos que vierem a ser apurados de administradores e, ainda, impor restrições e limites às atividades
na sociedade. A partir deste novo normativo, também os bens desses da instituição financeira autuada.
controladores passam a ser alcançados pela indisponibilidade, As medidas cautelares corrigem antiga distorção pela qual,
objetivando assegurar que, apurada a responsabilidade de cada um enquanto não concluído o processo administrativo em algumas
deles, sejam satisfeitos os créditos dos depositantes, investidores e situações, os envolvidos permaneciam atuando livremente no
demais credores. O rigor da lei atingirá, assim, não só aqueles que mercado e praticando os mesmos atos pelos quais foram indiciados.
praticaram atos de gestão na instituição, mas também aqueles que, Por último, a medida provisória estabelece que as ações
no mais das vezes, ordenaram, orientaram ou, até pela omissão, desapropriadas na vigência do regime de administração especial
estimularam tais ações. temporária, na forma do Decreto-lei n° 2.321, de 25.2.87, serão
Quando ocorrida uma das situações que autorizem a decretação objeto de privatização, visando evitar que a instituição permaneça
de regime de liquidação extrajudicial, o art. 4° prevê que o Banco indefinidamente sob controle do estado. No caso, o decreto
Central, objetivando sempre a normalidade do mercado financeiro expropriatório deverá fixar prazo para alienação do controle
e a proteção dos interesses de depositantes e investidores, pode acionário da instituição sob regime de administração especial
decretar não o regime extremo (liquidação) mas, sim, o regime temporária.
de administração especial temporária. Essa sistemática coaduna-
A TERMO. Operação de compra e venda (de mercadorias,
se não apenas com as alternativas possibilitadas pela Medida
ações), sob a condição de entrega, do que é negociado, em prazo
Provisória n° 1.470, como, também, com o disposto no parágrafo
futuro e sob determinado preço, convencionados entre as partes.
primeiro do art. 15 da Lei n° 6.024.
Já o artigo 5° faculta ao Banco Central que, ainda antes AÇÃO. Documento que indica a propriedade de uma fração
da decretação do regime especial, determine aos próprios do capital social de determinada empresa(sociedade por ações). É
controladores a adoção de medidas de capitalização da sociedade, negociada no mercado primário e no mercado secundário (bolsas
transferência do controle acionário e reorganização societária de valores). Classifica-se em espécies e classes, cada uma delas
mediante incorporação, fusão ou cisão. O dispositivo é inovador definidora da participação de seus possuidores nos lucros, bem
porque impõe aos responsáveis pela crise da instituição o dever como da extensão de sua propriedade. Também pode ser vendida
de solucionála em tempo e, mais ainda, faz com que o próprio no mercado de balcão.
mercado atue como parceiro na conjuração da crise de liquidez ACC. Antecipação parcial ou total do preço da moeda
ou de solvência. estrangeira comprada por um banco, ao exportador, para entrega
Pelo regime legal anterior, a superação da crise ou a futura. Tem por finalidade proporcionar recursos aos exportadores
liquidação da instituição se fazia apenas e exclusivamente pela para o contínuo exercício de seu comércio; constitui, portanto,
ação administrativa do Poder Público, ao decretar o regime incentivo à exportação, ao mesmo tempo que enseja ao banco
especial de intervenção, liquidação extrajudicial ou administração oportunidade para aquisição de divisas.
especial temporária. O interventor, o liquidante ou os membros do ACEITE. Ato pelo qual uma pessoa se vincula à obrigação
conselho diretor, nomeados pelo Banco Central, é que passavam a cambial, colocando sua assinatura no título contra ela sacado: letra
responsabilizarse pela condução do processo e, assim, expunham-se de câmbio ou duplicata.
aos ônus e desgastes invariavelmente envolvidos em missões desse ACIONISTA. Pessoa que possui ações de sociedades
tipo, enquanto os verdadeiros responsáveis pela situação ficavam anônimas ou sociedades em comandita por ações.
confortavelmente à espera, muitas vezes torcendo pelo insucesso da ACORDO DA BASILÉIA. Acordo firmado em 1988 no
atuação saneadora do Poder. Público. âmbito do BIS (Bank for International Settlements
Com o advento dessa medida provisória, ainda que os - Banco Internacional de Compensações ou Banco Para
controladores da instituição em crise não adotem medidas Pagamentos Internacionais) que contém resoluções para o
saneadoras a tempo, o liquidante, o interventor ou o conselho requerimento de capital próprio das instituições financeiras
diretor que forem nomeados pelo Banco Central poderão fazê- (associadas) em função do risco apresentado em suas operações
lo. Este o sentido do art. 6° da MP, que autoriza, na vigência da financeiras.
intervenção, liquidação extrajudicial ou administração especial ADR/GDR. O ADR (American Depositary Receipt) ou GDR
temporária, medidas saneadoras, dentre elas: transferência da (Global Depositary Receipt) são papéis emitidos e negociados
atividade bancária, bens, direitos e obrigações; alienação ou no mercado exterior (ADR só nos EUA), com lastro em ações
cessão de bens e direitos a terceiros em contrapartida à assunção
de outros países. Todos os direitos adquiridos pelos acionistas
de obrigações perante credores; constituição ou reorganização
do país de origem, como dividendos, direitos de subscrição e
de sociedades para as quais sejam transferidos bens, direitos
desdobramentos também são oferecidos pelo ADR/GDR.
e obrigações, objetivando a continuação geral ou parcial do
negócio ou atividade, tudo sem interrupção ou suspensão do AGE. Assembléia Geral Extraordinária cuja realização, em
andamento do inquérito destinado a apurar as responsabilidades determinadas épocas, não é prevista nos estatutos do órgão em que
dos controladores e administradores. se realiza; assembléia voltada para o exame de acontecimentos
No âmbito do processo administrativo, destinado à aplicação imprevistos ou atendendo a outras circunstâncias de ocorrência
de sanções e punições a instituições financeiras e administradores, eventual.
por infração a normas reguladoras da atividade, o artigo 9° da AGÊNCIA. É a dependência de instituições financeiras e
medida provisória autoriza o Banco Central a determinar, em demais instituições, autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
caráter cautelar, o afastamento dos indiciados enquanto perdurar Brasil, destinada à prática das atividades para as quais a instituição
a apuração de suas responsabilidades, impedir que os indiciados esteja regularmente habilitada.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
AGÊNCIA DE FOMENTO. Não é instituição financeira. É ÂNCORA CAMBIAL. Referência de valor oficial estabelecida
vedada a sua transformação em qualquer tipo integrante do Sistema entre a moeda de um país com elevada taxa inflacionária e uma
Financeiro Nacional, estando, entretanto, subordinada à supervisão moeda forte (dólar, marco, iene) com pequenas flutuações no
e fiscalização do Banco Central do Brasil. Tem como objeto social mercado internacional. Constitui-se, por certo período, num
a concessão de financiamento de capital fixo e de giro, associado suporte de sustentação do poder de compra e de outras funções da
a projetos no País. Deve ser constituída sob a forma de sociedade moeda fraca, porquanto se trata de uma medida tópica, entre outras
anônima de capital fechado e estar sob o controle de Unidades da adotadas por um governo para debelar inflação aguda.
Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir 1 (uma) ÂNCORA MONETÁRIA. Instrumento de política monetária
agência. De sua denominação social deve constar a expressão utilizado para estabilizar o valor de uma moeda numa conjuntura
“Agência de Fomento”. de grande elevação de preços e que consiste fundamentalmente
AGENCIA PIONEIRA. É aquela instalada em praça no compromisso (legal ou não) de que as autoridades monetárias
desassistida de qualquer outra agência ou posto avançado de não emitirão moeda para cobrir eventuais déficits governamentais,
atendimento de banco múltiplo com carteira comercial, banco tornando o Banco Central independente do Tesouro Nacional.
comercial ou caixa econômica. Novas emissões só teriam lugar se houvesse correspondente
ÁGIO. Prêmio estabelecido na troca de um valor (moeda, aumento das reservas internacionais.
títulos, ações, etc.), com base no princípio de que o transcurso do APLICAÇÃO. Utilização de poupança na compra de títulos,
tempo é gerador de juros. Em operações de câmbio é a diferença com a finalidade de auferir rendimentos.
entre o valor real praticado no mercado e o valor nominal da ARESTO. Decisão judicial, sentença, acórdão.
cotação oficial. Denomina ainda a diferença de preço de um ARRESTO. Apreensão judicial de bem do devedor, ordenada
produto, quando é comercializada no mercado. pela justiça, como meio acautelador de segurança ou para garantir
AGO. Assembléia Geral Ordinária. Convocada pela diretoria o credor quanto à cobrança de seu crédito, evitando que seja
ou pelo conselho de administração para verificação dos resultados, injustamente prejudicado pelo desvio desses bens.
leitura, discussão e votação dos Relatórios da Diretoria e outros ASSOCIAÇOES COMERCIAIS. Entidades particulares, com
assuntos de interesse social. personalidade jurídica, que congregam comerciantes e empresários
ALAVANCAGEM. Termo usado no mercado financeiro de outras atividades econômicas. Suas atividades abrangem desde
para designar a obtenção de recursos para realizar determinadas o estudo dos problemas inerentes ao setor comercial, internamente
operações. Num sentido mais preciso, significa a relação e no mercado internacional, até a realização de pesquisas
entre endividamento de longo prazo e o capital empregado por econômicas para a prestação de assessoria aos governos federal,
uma empresa. Assim, o quociente Endividamento de Longo estaduais e municipais.
Prazo/Capital Total Empregado reflete o grau de alavancagem ATA. Registro por escrito de tudo o que ocorre em certas
empregado. Quanto maior for o quociente, maior será o grau de reuniões ou solenidades, promovidas pelas associações, pelas
alavancagem. sociedades comerciais ou por outra entidade qualquer.
ALAVANCAGEM FINANCEIRA. É a relação que mede a ATACADO. Comércio em grande escala, realizado entre
capacidade de uma empresa em utilizar suas reservas financeiras produtores, grandes empresas de comércio e varejistas, para que o
extraídas do lucro. O grau dessa relação é determinado pelo produto possa chegar ao consumidor final.
quociente do lucro antes dos juros e do imposto de renda sobre o ATIVO. É o conjunto de valores que representa as aplicações
lucro disponível para os acionistas portadores de ações ordinárias. do património e de capital de uma empresa. Por analogia, porém
ALAVANCAGEM OPERACIONAL. É o grau de capacidade à margem do conceito da Contabilidade, pode ser estendido aos
que tem uma empresa de aplicar os recursos derivados do seu investimentos de uma pessoa. No balanço, ele é subdividido em
lucro operacional, determinado pela relação entre receitas líquidas ativo circulante, ativo realizável a longo prazo e ativo permanente.
de vendas e o lucro, antes de deduzidas deste último as reservas ATO. No comércio, identifica o momento de uma negociação
para pagamento dos juros e do imposto de renda. (ato da venda ou do pagamento).
ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA. Operação de alienação, em AUDITORIA. Palavra originária do inglês auditing of
garantia, de bem móvel ou imóvel feita ao credor pelo tomador acounts. Consiste na análise e avaliação das contas de uma escrita
de empréstimo. Caracteriza-se pelo fato de que, tão logo seja contábil, também denominada perícia. Denomina-se auditoria
saldada a dívida, a coisa alienada volta, de direito, ao seu antigo externa a que é realizada por um profissional estranho aos quadros
proprietário. O credor tem o domínio do bem, mas a posse direta da organização periciada; auditoria interna é a executada por
é do devedor. funcionário da própria empresa. O termo é extensivo a outros fins:
AMORTIZAÇÃO. Redução gradual de uma dívida através de auditoria fiscal, de pessoal, mercadológica, e auditoria editorial
pagamentos periódicos combinados entre (sobre tiragem e circulação de periódicos impressos).
o credor e o devedor; significa também a redução periódica de AUTOMAÇÃO. Tecnologia do trabalho automático pela
certo percentual do valor de um ativo, no período de alguns anos; qual os sistemas se autocontrolam, efetuam medições, introduzem
na técnica contábil, o termo é usado para designar as parcelas correções durante o processo de produção, praticamente sem a
retiradas anualmente pelo proprietário da empresa a fim de atender intervenção do homem.
à depreciação de certos bens ativos, como móveis, máquinas e AVAL. Garantia dada por terceiro de que o título de crédito
equipamentos. Nas S.A., consiste na distribuição aos acionistas será pago. Não se confunde com a fiança, que é garantia contratual.
de quantias que lhes poderiam tocar no caso de liquidação da AVALISTA. Denominação dada à pessoa que presta aval.
companhia. AVALIZAR. Ato de prestar aval.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
BALANÇO COMERCIAL. Designa parte do balanço empreendimento visar benefícios de interesse comum, o banco
de pagamentos de um país, formada pelo conjunto de todas as pode assistir programas e projetos desenvolvidos fora do respectivo
importações e exportações: quando se exporta mais do que se Estado, devendo a assistência efetivarse através de consórcio
importa, obtém-se uma superávit, caso contrário surge um déficit. com o banco de desenvolvimento local. Deve ser constituído sob
BANCO. Instituição que tem como atividade básica receber a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado
do público sob a forma de depósitos ou sob outras formas, fundos que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatório e
que serão empregados em operações de desconto, de crédito privativamente, em sua denominação social, a expressão “Banco
ou aplicações financeiras. A atividade bancária inclui ainda: a de Desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que tenha
possibilidade para os bancos de criar moeda escritura) (cheque); sede.
a faculdade de ativar diversos meios para a concessão de créditos, BANCO DE INVESTIMENTO. É instituição financeira
seja através de criação de moeda bancária ou da transformação de privada que tem como objetivo principal a prática de operações
depósitos à vista ou de poupança líquida em empréstimos. de investimento, participação ou financiamento, a médio e longo
BANCO CENTRAL. Autoridade Monetária governamental prazos, para suprimento de capital fixo ou de movimento de
que funciona como “o banco dos bancos” e do próprio governo. empresas do setor privado, mediante aplicação de recursos próprios
Destina-se a assegurar a estabilidade da moeda e o controle do e coleta, intermediação e aplicação de recursos de terceiros. Deve
crédito num país. Tem o monopólio da emissão de papel-moeda, ser constituído sob a forma
exerce a fiscalização e o controle dos demais bancos, e controla a de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente em sua
movimentação de capitais estrangeiros e as operações com moedas denominação social, a expressão “Banco de Investimento”.
estrangeiras bem como metais preciosos. Na Inglaterra, as funções BANCO MÚLTIPLO. É instituição financeira privada ou
de banco central são exercidas pelo Bank of England; na França, pública que realiza as operações ativas, passivas e acessórias das
pelo Banque de France; nos EUA, pelo Federal Reserve System; diversas instituições financeiras, por intermédio das seguintes
no Brasil, pelo Banco Central do Brasil. carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento,
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Autoridade Monetária de crédito imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito,
nacional, criada pela Lei n° 4.595, de 31/12/1964, substituindo financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às
a antiga SIVOC (Superintendência da Moeda e do Crédito) e mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às instituições
incorporando algumas funções até então exercidas pelo Banco do singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de
Brasil; entre suas atribuições, estão: executar a política financeira desenvolvimento somente poderá ser operada por banco público.
do governo; emitir papel-moeda; autorizar o funcionamento de O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas
instituições financeiras e fiscalizar suas operações; administrar os carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de
depósitos compulsórios e voluntários de instituições financeiras; investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima.
realizar operações de compra e venda de títulos públicos federais, Na sua denominação social deve constar a expressão “Banco”.
de empresas estatais e de empresas de economia mista; administrar BANCO MUNDIAL. Ver BIRD.
e custodiar as reservas nacionais em ouro e moedas estrangeiras; BARREIRAS COMERCIAIS. Normas alfandegárias
controlar o crédito, os capitais estrangeiros e as operações com decretadas pelos governos para controlar o intercâmbio
moeda estrangeira. internacional de mercadorias. Na prática, são tarifas, cotas,
BANCO COMERCIAL. É instituição financeira privada ou depósitos e licenças de importação destinados a proteger as
pública. Tem como objetivo principal proporcionar o suprimento mercadorias nacionais ou até mesmo os produtos de outro país,
oportuno e adequado dos recursos necessários para financiar, com o qual não existam acordos comerciais não-restritivos.
a curto e médios prazos, o comércio, a indústria, as empresas BASE. É o valor de um determinado momento (ou atribuído
prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. a um determinado momento) que serve de termo de comparação,
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é quando se quer calcular uma sucessão de números-índices.
atividade típica do banco comercial. Deve ser constituído sob a BASE MONETÁRIA AMPLIADA. Inclui, além da Base
forma de sociedade anônima e na sua denominação social constar Monetária Restrita, os depósitos compulsórios em espécie (exceto
a expressão “Banco”. sobre recursos à vista), os títulos federais em poder do público
BANCO COOPERATIVO. É banco comercial com descontadas as LBC-E (títulos do Banco Central trocados por
participação exclusiva de cooperativas de crédito singulares títulos estaduais) e as operações de financiamento dos papéis
(exceto as do tipo “luzzatti”) e centrais, bem como federações e (títulos federais que lastreiam o redesconto de liquidez e operações
confederações de cooperativas de crédito. Deve ser constituído compromissadas).
sob a forma de sociedade anônima fechada, e na sua denominação BASE MONETÁRIA RESTRITA. É o passivo monetário
social deve constar a expressão “Banco Cooperativo”. Tem sua do Banco Central, também conhecido como emissão primária
atuação restrita às Unidades da Federação em que estão situadas as de moeda. Inclui o total de cédulas e moedas em circulação e os
sedes das pessoas jurídicas controladoras. recursos da conta”Reservas Bancárias” decorrentes do controle
BANCO DE DESENVOLVIMENTO. É instituição financeira dos depósitos à vista. É a principal variável de política monetária,
pública não federal que tem como objetivo principal proporcionar refletindo o resultado líquido de todas as operações ativas e
o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao passivas do Banco Central.
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos BBF. Bolsa Brasileira de Futuros. Ver BM&F.
que visem a promover o desenvolvimento econômico e social BEM PÚBLICO. Benefício (ou benefícios) concedido pelo
do respectivo Estado onde tenha sede, cabendo-lhe apoiar Estado para todos os cidadãos, proporcionando-lhes condições
prioritariamente o setor privado. Excepcionalmente, quando o iguais para sua utilização e desfrute e para o atendimento de bem-
estar coletivo.
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Didatismo e Conhecimento
BANCO DO BRASIL 01/2011
CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
BENCH MARK. Expressão em inglês que significa “ponto BM & F. Bolsa de Mercadorias & Futuros. Criada em 9 de
de referência” ou “unidade-padrão”, para que se estabeleçam maio de 1991 pela fusão entre a Bolsa de Mercadorias de São
comparações entre produtos, serviços, processos, títulos, taxas de Paulo, primeira no Brasil a introduzir operações a termo, e a Bolsa
juros etc., de tal modo a saber se os demais produtos, serviços, Mercantil & de Futuros. Em 30 de junho de 1997, ocorre nova
títulos etc. se encontram acima ou abaixo em relação ao que serve fusão, agora com a Bolsa Brasileira de Futuros - BBF, fundada em
como referência. 1983 e sediada no Rio de Janeiro, com o objetivo de fortalecer o
BENS DE CAPITAL. Bens econômicos que servem para mercado nacional de commodities, consolidando a BM&F como
a produção de outros bens (em especial os bens de consumo), principal centro de negociação de derivativos do Mercosul.
material de transporte, instalações de uma indústria, etc. BNDES. Sigla do Banco Nacional de Desenvolvimento
BENS DE CONSUMO. Designação de produtos e serviços Econômico e Social, instituição financeira federal criada em
úteis que satisfazem as necessidades diretas dos consumidores, 1952 para fomentar o desenvolvimento dos setores básicos da
como por exemplo: alimentos, sapatos, roupas, eletrodomésticos, economia brasileira, então sob a sigla de BNDE: por decreto-lei
etc. de 25/5/1982, passou a ter também a responsabilidade de gerir o
BENS DE CONSUMO DURÁVEIS. Bens de consumo Fundo de Investimento Social (Finsocial), acrescentando a palavra
de vida útil em tempo relativamente longo, como por exemplo: ‘social’ ao seu nome e o ‘S’ à sua sigla; a partir de janeiro de
1992, passou também a financiar empresas estrangeiras, através
automóveis, eletrodomésticos, casa.
de repasse de linhas de crédito concedidas pelo Banco Mundial e
BENS DE CONSUMO NÃO-DURÁVEIS. Bens de consumo
Banco Interamericano de Desenvolvimento.
cujo tempo de vida útil é reduzido - como os alimentos com
BOLSA DE FUTUROS. Mercado de commodities em que os
elevadas possibilidades de deterioração - e por isso são utilizados contratos de futuros em instrumentos financeiros ou as mercadorias
uma única vez; diferem dos bens duráveis também pelo fato de físicas como o trigo e a soja são comercializadas nestas bolsas.
que a sua comercialização incorre em menores oscilações, por Ações e opções também são comercializadas nestas bolsas.
exemplo, a modismos ou outras influências. BOLSA DE MERCADORIAS. Mercado centralizado para
BENS IMÓVEIS. Entendem-se os que, por sua natureza de transações com mercadorias, sobretudo os produtos primários de
imobilidade ou fixação ao solo, seja natural ou artificial, mas de maior importância no comércio internacional e no comércio interno,
modo permanente não se possam mover, em seu todo, sem se como café, açúcar, algodão, cereais, etc. (as chamadas commodities).
desfazerem ou se destruírem. Realizando negócios tanto com estoques existentes quanto com
BENS LIVRES. Bens que satisfazem necessidades e suprem estoques futuros, as bolsas de mercadorias exercem papel estabilizador
carências, mas são tão abundantes na Natureza que não podem no mercado, minimizando as variações de preço provocadas pelas
ser monopolizados nem exigem trabalho algum para serem flutuações da procura e reduzindo os riscos dos comerciantes.
produzidos; não têm, portanto, preço, como o ar e a luz do sol. BOLSA EM ALTA. Diz-se que a Bolsa está em alta, quando
BID - BANCO INTERAMERICANO DE o índice médio do dia considerado é superior ao índice médio do
DESENVOLVIMENTO. Instituição internacional, sediada em dia anterior.
Washington, criada em 1959 para prestar ajuda financeira aos países BOLSA EM BAIXA. Diz-se que a Bolsa está em baixa,
da América Latina e do Caribe subscrito inicialmente pelos países quando o índice médio do dia considerado é inferior ao índice
americanos, conta desde 1974 com 12 nações fora do continente: seus médio do dia anterior.
acionistas principais são Estados Unidos, Canadá, Brasil, Argentina BOLSA ESTÁVEL. Diz-se que a Bolsa está estável, quando
e México. o índice médio do dia considerado é igual ao índice médio do dia
BIRD -BANCO INTERNACIONAL DE RECONSTRUÇÃO anterior.
E DESENVOLVIMENTO. Tambémconhecido como Banco BOND. Título, bônus, obrigação, debênture, apólice; fiança,
Mundial. É instituição financeira ligada à ONU, criada em 1944 garantia.
na Conferência BONIFICAÇÃO. Vantagem concedida pelo vendedor ao
de Bretton Woods com a finalidade de conceder recursos a comprador em uma transação comercial (pela diminuição do preço
ou pelo fornecimento de quantidade maior que a estipulada); no
governos e a grandes empresas (mediante garantias oficiais) para
mercado de capitais, designa a distribuição gratuita de ações novas
projetos de desenvolvimento e de assistência técnica.
aos acionistas de uma empresa, proporcionalmente à quantidade já
BIS - BANK FOR INTERNATIONAL SETTLEMENTS.
possuída, em decorrência de aumento do capital, por reavaliação
O BIS foi criado como um banco para os bancos centrais e, em do ativo ou a utilização de reservas e de lucros acumulados.
muitos aspectos, ele opera como um banco comercial. Os bancos BONIFICAÇÃO EM AÇÕES (FILHOTES). Ações emitidas
centrais depositam parte de reservas oficiais em moeda com o por uma empresa em decorrência de aumento de capital, realizado
BIS, que as reinveste no mercado de Euromoeda ou nosmercados pela incorporação de reservas e/ou de outros recursos, e distribuídas
nacionais. É uma empresa de capital aberto cujos 33 acionistas gratuitamente aos acionistas, na proporção da quantidade de ações
incluem quase todos osbancos centrais europeus mais os bancos que já possuem.
centrais da Austrália, Canadá, Japão e África do Sul. BONIFICAÇÃO EM DINHEIRO. Distribuição aos
BLUE-CHIP. Termo de origem inglesa que no âmbito do acionistas, além dos dividendos, de valor em dinheiro referente a
mercado de capital designa ação de empresa de grande porte e alto reservas até então incorporadas.
conceito no mercado, o que lhe confere ótima liquidez e procura BORDERÔ. Forma aportuguesada do termo francês
acentuada: no Brasil, são consideradas bluechips as ações estatais bordereau, utilizado para denominar a relação de títulos de créditos
como Banco do Brasil, Petrobrás, e de algumas tradicionais que um cliente leva ao banco a fim de realizar uma operação de
empresas privadas. desconto ou cobrança.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
BRADIES. Papéis da dívida externa de países emergentes CÂMBIO. Corresponde à troca da moeda de um país pela
que foram renegociados de acordo com as regras do Plano Brady, divisa de outro. As taxas de câmbio regulam as trocas internacionais,
batizado com o nome do ex-diretor do Tesouro dos EUA, Nicholas além de referenciar preços entre as moedas. Até o século passado,
Brady. Por esse plano, foram emitidos títulos para substituir a dívida as reservas de ouro e/ou prata (padrão ouro) definiam o valor das
antiga desses países e foi aplicado um desconto sobre o valor dos moedas. Atualmente, as relações de câmbio são negociadas e
arbitradas entre os países mais fortes economicamente, levando-se
débitos.
em conta a capacidade produtiva, o nível da participação das trocas
BREAK EVEN POINT - BEP. Termo inglês, já incorporado internacionais, ou ainda os interesses regionais. No Brasil, a rede
ao vocabulário de negócios brasileiro, que designa o ponto de bancária é intermediária das operações cambiais, devidamente
equilíbrio: ponto que define o volume exato de produção e/ou de autorizada e fiscalizada pelo Banco Central.
vendas em que a empresa nem ganha nem perde dinheiro, quando CAPITAL. No sentido mais abrangente, é definido pela teoria
receitas e despesas se igualam - vale dizer, quando ‘o negócio se econômica como o estoque de riqueza produzido e acumulado
paga’; acima dele, a empresa começa a gerar lucro; abaixo, sofre pelo homem. Engloba os meios de produção (as fábricas,
prejuízo, e sua análise é utilizada exatamente para estimar os os equipamentos, as matérias-primas), os bens produzidos
lucros ou perdas que ocorrerão nos vários níveis de produção e/ e construídos. Os recursos naturais, como a terra, os rios, as
ou vendas. florestas, as jazidas do subsolo somente se convertem em capital
BROKER. Termo inglês para designar corretor que atua quando o homem aplica neles as técnicas de produção. De forma
muito imprecisa, o capital produtivo é representado pelo volume
como intermediário entre duas ou mais pessoas envolvidas em
de ações e outros títulos do mercado financeiro.
transação comercial ou financeira de qualquer espécie, recebendo CAPITALIZAÇÃO. Aplicação, reinversão ou reaplicação dos
remuneração pela intermediação. resultados ao patrimônio de uma empresa.
BULL. Especulador que espera uma alta do mercado. CAPTAÇÃO. Designação dada geralmente ao ato de venda
CADASTRO. Conjunto de informações econômicas, de títulos por parte de bancos privados, estaduais e federais ou do
financeiras, comercias e sociais, referentes a pessoas ou empresas, Banco Central do Brasil para obtenção de recursos no mercado.
que permite decidir quanto aos riscos de uma operação comercial A captação pelo Banco Central pode ser feita com títulos de sua
ou financeira. própria emissão ou por conta do Tesouro Nacional com objetivo
CADERNETA DE POUPANÇA. Denominação das contas de política monetária restritiva. O Banco Central também capta
administradas pela rede bancária privada, pelo Banco do Brasil recursos por intermédio de leilões de oferta pública (mercado
primário) por conta do Tesouro para atender à necessidade de
e pela Caixa Econômica Federal (CEF), auferindo juros de 0,5%
fluxos de caixa do Governo.
a.m. e correção monetária com base na TR - Taxa Referencial de CARRY-BACK. Expressão em inglês que, literalmente, quer
Juros. Estes rendimentos são creditados mensalmente e contados dizer “carregar para trás”, utilizada pelas empresas para evitar a
sobre o menor saldo do período, sempre na data coincidente incidência do Imposto de Renda em determinado ano, quando as
à da abertura da conta. Os recursos da caderneta se destinam a perdas
financiar construções de moradias, através do Sistema Financeiro observadas num período podem ser lançadas retroativamente
de Habitação gerido pela CEF. ou no exercício seguinte (carry forward), para reduzir a média dos
CAIXA. Denominação dada à reserva de numerário que uma lucros tributáveis.
empresa mantém em sua dependência para cobertura das despesas CARRY-OVER. Expressão inglesa (que significa transporte)
imediatas. Em contabilidade, é a conta que registra o movimento de utilizada no mercado de títulos negociáveis: por ela o detentor de um
dinheiro; os recebimentos, os débitos, os pagamentos, os créditos. título pode adiar a data do resgate, recebendo juros pelo prazo maior,
em contrapartida ao fato, de o emitente poder dispor do dinheiro para
Os locais onde se paga e recebe também são chamados de caixa,
outras atividades.
assim como as pessoas que exercem função de pagar e receber. CARTA DE CRÉDITO. Constitui a garantia ao exportador
CÂMARA DE COMÉRCIO. Associação destinada a ou importador, assegurando-lhes o recebimento de divisas e
congregar comerciantes e industriais que compartilham os mesmos de mercadoria ou serviço, de acordo com especificações pré-
interesses em determinado ramo de atividade econômica. Pode determinadas.
ter caráter regional, servindo como órgão representativo de seus CARTA DE INTENÇÃO. Documento enviado pelo governo
membros junto aos poderes constituídos. Há também câmaras de ao Fundo Monetário Internacional contendo medidas de política
comércio em âmbito internacional, com o objetivo de incentivar econômica aos desequilibrios provocados em seu setor externo.
o intercâmbio comercial entre dois países, cada um dos quais CARTA DE RECOMPRA. Documento utilizado no mercado
mantém, no outro, escritório de informações e mostruário dos financeiro, através do qual um vendedor (geralmente um banco ou
instituição financeira), devidamente habilitado pelo Banco Central,
produtos que pode oferecer ao mercado local.
se compromete a recomprar, de um comprador (seus clientes), os
CÂMARAS SETORIAIS. Órgãos integrados pelos representantes títulos negociados sob determinadas condições de preço, prazos e
do governo, dos produtores e dos trabalhadores, destinados ao estudo e taxas de desconto.
debate de políticas de custos, tributação, salários e preços nos diversos CARTEL. Grupo de empresas que, embora se mantenham
setores industriais. formalmente independentes, fazem acordos para atuar em sintonia
CAMBIAL. Título de crédito formal, autônomo e completo, com os interesses comuns de domínio dos mercados. Seus objetivos
contendo a obrigação de pagar, ou a de fazer pagar, determinada são o controle da produção e das vendas, controle dos preços,e das
soma de dinheiro, no tempo e no lugar especificado. Abrange a nota matérias-primas e a divisão do mercado em faixas proporcionais
promissória (obrigação, promessa de pagar) e a letra de câmbio a cada participante. Os cartéis constituem fundos destinados a
(ordem de pagamento). impedir que outras empresas penetrem em suas áreas de produção
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Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
e distribuição e também para punir o membro do grupo que CÉDULA HIPOTECÁRIA. É um tipo de crédito lastreado
desrespeite o acordo. Embora seja coibida internamente, há países por hipoteca. É o instrumento hábil para a representação dos
que estimulam a atuação dos cartéis no mercado internacional. respectivos créditos hipotecários.
CASAMENTO DE OPÇÕES. Compra ou venda, por um CÉDULA PIGNORATÍCIA DE DEBÊNTURES. As
mesmo aplicador, de igual número de opções de compra e de venda instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil
sobre a mesma ação-objeto, com idênticos preços de exercício e a efetuar esse tipo de operação poderão emitir cédulas garantidas
datas de vencimento. pelo penhor de debêntures que conferirão aos seus titulares direito
CASH-FLOW. Expressão inglesa que significa ‘fluxo de e crédito contra o emitente, pelo valor nominal e os juros nelas
caixa’. Define a movimentação de entradas e saídas do numerário no estipulados.
caixa de uma empresa. Também intitula um quadro demonstrativo e CERTIFICADO. Documento que comprova compra de
cronológico de previsão dos ingressos e saídas dos recursos de caixa títulos (certificado de compra de ações, por exemplo) ou valores
num período futuro (dias, meses, anos) que constitui instrumento (certificado de investimento), podendo alguns deles (certificado de
de fundamental importância para programação financeira de uma depósito bancário, por exemplo) serem negociáveis.
empresa em operação ou para a implantação de um projeto. Neste CERTIFICADO DE DEPÓSITO A PRAZO FIXO. São
último caso, a análise do fluxo de caixa permite a definição do ponto promessas de pagamento futuro das importâncias depositadas
de equilíbrio do empreendimento. e constituem exigibilidades das instituições que os emitem. São
CAUÇÃO. Contrato pelo qual uma pessoa se obriga a satisfazer autorizados a receber esse tipo de depósito os bancos comerciais
e cumprir as obrigações contraídas por um terceiro, se este não as e os bancos de investimento. Podem ser transferidos mediante
cumprir. “Prestar caução” significa fazer depósito em valores, títulos
endosso pelo depositante.
da dívida pública, papéis de crédito ou hipoteca de bens de raíz.
CESTA DE MOEDAS. Forma de determinar o valor
Também é caução o depósito em títulos da dívida pública, como
ponderado e moedas de diversos países, interrelacionadas
garantia da seriedade de uma licitação ou do cumprimento de um
comercial e financeiramente, cujo acerto de cotação é feito no
contrato.
balanço de pagamento de forma escritural; na prática, conjunto de
CAUTELA. Certificado comprovante das ações de uma
sociedade anônima, emitido por esta, que é entregue ao acionista moedas que forma uma espécie de ‘moeda contábil internacional’,
logo em seguida à realização da operação de compra, para depois correspondente ao DES.
ser substituído pelas ações . CETERIS PARIBUS. Expressão latina que significa
C - BONDS. Títulos da dívida externa brasileira (Bradies) ‘permanecendo constantes todas as demais variáveis’; em
mais negociados no exterior. economia, utilizada quando se deseja medir e avaliar as
CC-5. Título de razão criado pelo Banco Central do Brasil para conseqüências de mudanças de uma variável sobre outra, supondo-
estabelecer critérios para movimentação e conta corrente no Brasil se as demais alteradas.
titulada por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas CETIP. Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados.
no exterior, as quais por não serem contribuintes não detêm uma das Normatizada pelo Banco Central e administrada pela Andima
condições básicas para o cadastramento e abertura de conta no País. (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto). Local
Pessoas físicas e jurídicas residentes ou com sede no País podem de custódia, registro e liquidação de títulos privados basicamente
fazer remessas através dessas contas em benefício próprio ou para DBs, CDI, Letra de Câmbio, bem como de alguns títulos estaduais
eneficiários no exterior, devendo registrar a origem dos recursos, a e municipais. Começou a operar em março de 1986.
identidade do depositante e a do favorecido. CHEQUE. Ordem de pagamento em dinheiro à vista, a
CDB -CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO. É o favor de terceiros ou do próprio emitente, emitida sobre fundos
mais antigo e utilizado título de captação de recursos pelos bancos disponíveis em poder do sacado (banco).
comerciais, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento CHEQUE À ORDEM. Tipo de cheque que tem esta indicação
e bancos múltiplos que tenham uma destas carteiras, sendo explícita, sendo transmissível por endosso.
facialmente conhecido como depósito a prazo. Os recursos captados CHEQUE AO PORTADOR. Cheque que não contém o nome da
através desse instrumento são repassados aos clientes na forma de pessoa favorecida, podendo, por isso, ser pago ao portador. A partir da
empréstimo. O prazo mínimo é de 30 dias para os títulos prefixados, Lei 8.021, de 12/04/1990, passou a ser obrigatória a cissão de cheques
que embutem uma expectativa inflacionária na fixa nominal, já nominativos para valores acima de 100 TNs, hoje equivalentes a R$
que o ganho real (nominal - inflação) só será conhecido no dia do 100,00 (cem reais).
resgate. Para os títulos pós-fixados sempre em TR o prazo mínimo é CHEQUE DE VIAGEM. Tipo de cheque pagável em qualquer
de 4 meses data a data. agência do banco que o emite, em qualquer parte do país, mediante
CDI -CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO contra-assinatura e identificação.
OU CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO. CHEQUE NOMINAL. Cheque que tem expresso o nome do
Título semelhante ao CDB, porém de uso restrito às instituições beneficiário e será transmissível por endosso se contiver a cláusula
financeiras. Estas trocam recursos entre si via CDls, equilibrando suas ‘à ordem’.
necessidades de recursos . O prazo do CDI é variável a partir de 1 CHEQUE PRÉ-DATADO. É aquele emitido com data futura para
(um) dia (chamado de Certificado de Depósito Interfinanceiro). As desconto ou depósito. Nada, porém, garante o pacto entre emitente e o
operações de 1 dia são importantes porque definem um patamar o favorecido. A qualquer tempo que o cheque for apresentado ao banco
qual serve de parâmetro para o custo das trocas de reserva bancária.
será aceito, caso haja fundos. O Banco Central não lhe reconhecia
Representa a estimativa da taxa over-selic do dia seguinte, mas é
legitimidade, mas seu uso é tolerado. CHEQUE SEM FUNDOS.
influenciada pela taxa over-selic do dia.
Denominação ao cheque sem a correspondente provisão de fundos.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CIRCUIT BREAKER. Medidas adotadas pelas principais de bens; o confisco ocorre no momento da conversão da quantia
bolsas de valores e commodities para interromper temporariamente recebida em moeda nacional e é feito com o objetivo de controlar
operações e índices futuros de ações, quando o mercado chegar até o preço de produtos no mercado internacional, sobretudo quando
um determinado ponto em um período especificado. O objetivo atingem elevadas cotações no exterior, e/ou fornecer divisas ao
é evitar a queda livre do mercado e permitir uma avaliação das governo para financiamento de outras atividades.
ordens de compra e venda. CONSIGNAÇÃO. Ato de entrega de uma mercadoria, por
CLC - CAMARA DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA. Serviço parte de seu proprietário, a um comerciante ou agente encarregado
de custódia prestado pela Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. de sua comercialização, o qual se responsabiliza e se obriga a
LEARING. Termo inglês que designa sistemática de prestar contas apenas da parcela que efetivamente for vendida em
compensação de cheques ou de contas entre bancos; Clearing um prazo estipulado a priori.
House nomina Câmara de Compensação. CONTA. Em contabilidade, designa o instrumento de registro
CLUBE DE INVESTIMENTOS. Grupo de pessoas físicas que tem por finalidade reunir fatos contábeis da mesma natureza.
constituído com o fim de comprar e vender valores mobiliários CONTAS NACIONAIS. Quadro sintético que agrupa o
em comum.
conjunto dos débitos e créditos de forma simplificada dos agentes
CLUBE DE PARIS. Formação que reúne os dez principais
e das operações. Destacando os empregos no lado esquerdo
países industrializados para o estudo e a reforma do Sistema
e os recursos no lado direito, justapõe em colunas as contas,
Monetário Internacional e para a coordenação de política
distinguindo, se for o caso, as contas de resultados, de destinação,
monetárial. Seus integrantes são todos membros do Fundo
Monetário Internacional: França, Reino Unido, Itália, Bélgica, da apropriação de capital e registros financeiros de forma bastante
Alemanha, Holanda, Suécia, Estados Unidos, Canadá e Japão. agregada. Em países de longa experiência inflacionária, cada
COMMERCIAL PAPER. Trata-se de título nominal, de conta é apresentada a preços correntes e em termos reais, isto é,
curto prazo, de emissão de pessoa jurídica e de sua exclusiva a preços deflacionados. Somente descontada a inflação, podem-se
responsabilidade, colocado no mercado com desconto a favor do confrontar e contrapor os resultados através dos anos, a fim de
investidor, pela rede de distribuição do mercado de capitais ou visualizar o processo (e rumos) do desenvoIvimento.
diretamente pela S.A. emitente. CONTENCIOSO. Serviço jurídico ou consultoria jurídica de
COMMODITIES. Termo em inglês que significa mercadorias, um banco encarregado dos litígios em justiça.
designa produtos primários ou básicos, como café, algodão, açúcar, CONTINGÉNCIA. O mesmo que contingente: reserva de
minérios, petróleo, etc. produtos exportáveis e importáveis, utilizada como medida de
COMPANHIA. Denominação jurídica da sociedade anônima política protecionista - também denominada contingenciamento,
comercial, industrial ou de economia mista, embora na linguagem que consiste na imposição de limites à produção, comercialização
coloquial signifique também empresa. e importação ou exportação de um produto.
COMPANHIA ABERTA. Designação, para todos os efeitos CONTRATO. Acordo de vontades entre duas ou mais pessoas
legais, regulamentares e operacionais, de sociedade anônima que, reciprocamente, se atribuem direitos e obrigações. Os
registrada na Comissão de Valores Mobiliários cujos títulos são contratos costumam ser escritos e, em alguns casos, a lei prevê
negociados em bolsa de valores. uma forma solene para sua celebração, mas podem ser também
COMPANHIA HIPOTECÁRIA. É instituição que tem consensuais ou verbais. Em princípio, ninguém é obrigado a
por objetos, entre outros, conceder financiamentos destinados vincular-se contratualmente. Para que o contrato tenha validade
à produção, forma ou comercialização de imóveis residenciais jurídica, exige-se que as partes tenham capacidade de contratar
ou comerciais e lotes urbanos; repassar recursos destinados ao e que o objetivo do contrato seja lícito. A parte que causar o
financiamento produção ou da aquisição de imóveis residenciais. rompimento do contrato sujeita-se a ser constrangida, pela Justiça,
Deve ser instituída sob a forma de sociedade anônima e na sua a ressarcir os danos causados à outra parte.
denominação deve constar a expressão “Companhia Hipotecária”. CONTRATO DE MÚTUO. No âmbito da economia, designa
COMPENSAÇÃO. Ajuste de contas entre duas pessoas
um tipo de contrato, também denominado empréstimo de consumo,
ou empresas, reciprocamente credoras e devedoras, através
em que o mutuante (a parte que cede o objeto de empréstimo)
da apuração e acerto das diferenças de valores: as contas de
recebe do mutuário (que deve responsabilizar-se pela devolução
compensação são registros de direitos e obrigações condicionais,
ao final do prazo contratado) um pagamento
aparecem no ativo e no passivo dos balanços em partida dobrada.
COMPENSAÇÃO, CÂMARA DE. Organização que reúne mensal ou anual pela cessão de determinado bem, no caso
vários bancos de uma cidade ou região, com o objetivo de liquidar considerado fungível, isto é, substituível por outro bem da mesma
débitos entre eles, compensando todos os cheques emitidos entra espécie e qualidade, e na mesma quantidade.
cada um de seus membros, mas apresentados para cobrança em CONTROLADORES. Para efeito do exame de processos no
qualquer um dos outros. Banco Central do Brasil, são considerados como controladores
CONCORDATA. Sentença judicial pela qual um comerciante tanto os diretos quanto os indiretos (pessoas jurídicas
acerta com seus credores o modo de pagar-lhes o que lhes deve, intermediárias e pessoas físicas controladoras finais). Quando não
quando não há condições para efetuar os pagamentos como estiver perfeitamente definido o controle societário da instituição,
anteriormente havia sido convencionado. serão considerados como controladores todos os acionistas/
CONFISCO CAMBIAL. Ato praticado pelo governo quotistas detentores de ações/quotas com direito a voto, os quais
brasileiro a exportadores, que consiste na retenção de parte do valor possam se compor com outros acionistas/quotistas para formar o
recebido, em moeda estrangeira, como pagamento pela exportação grupo controlador.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
CRÉDITO DOMÉSTICO LIQUIDO. Definido como a CUSTOS DE OPORTUNIDADE. Conceito de custos utilizado
diferença entre papel-moeda em poder do público e reservas por Marshall segundo o qual os custos não devem ser considerados
internacionais líquidas, convertidas em reais a taxa média de como absolutos, mas iguais a uma segunda melhor oportunidade
câmbio para compra. de benefícios não aproveitada. Ou seja, quando a decisão para a
CRÉDITO HIPOTECÁRIO. Possibilidade de levantar utilização de um fator A exclui a escolha de um fator B, que pode
dinheiro mediante a garantia de hipoteca de imóvel de legítima ser melhor, os benefícios não aproveitados decorrentes de B são
propriedade. considerados como opportunity costs, custos de oportunidade.
CRÉDITO IMOBILIÁRIO. Financiamento de casas e CUSTOS DE PRODUÇAO. Soma de todos os custos
apartamentos. originais na utilização dos bens materiais (matérias-primas, mão-
CRÉDITO INTERNO LÍQUIDO. Mesmo conceito de Crédito de-obra, depreciação, patentes, gastos diversos) para a elaboração
Doméstico Líquido. de produtos e/ou prestação de serviços.
CRÉDITO MERCANTIL. Possibilidade de que dispõe o CUSTOS DE TRANSAÇÃO. Conceito relacionado com os
comerciante de realizar compras a prazo. custos necessários para a realização de contratos de compra e
CRÉDITO PESSOAL. Possibilidade de alguém obter venda de fatores num mercado composto por agentes formalmente
financiamentos baseado unicamente em seu bom nome, conceito ou independentes. Esses custos são comparados com aqueles
patrimônio e na tradição de correto cumprimento das obrigações. necessários à internalização dessas atividades no âmbito da própria
CREDIT RATING. Expressão inglesa que significa índice empresa e constituem um critério importante na tomada de decisão
de crédito. Avaliação da capacidade de pessoas ou empresas nas empresas modernas.
cumprirem obrigações financeiras assumidas. CUSTOS VARIÁVEIS. Parcela do custo total que varia
CURRENCY BOARD. Situação em que o volume de dinheiro segundo a escala de ocupação da capacidade produtiva da empresa
que circula internamente fica na dependência do nível das reservas e da aplicação dos fatores de produção, em função do tempo,
internacionais. quantidade, etc. como, por exemplo, custos com matérias-primas
CURTO PRAZO. Operações ativas e passivas que em (cujos valores variam em função das quantidades), salários por
determinadas condições da conjuntura podem ser consideradas
produção, etc.,
como de até 90 dias.
CUSTÓDIA. Guarda de títulos assumida por instituição
CUSTO BRASIL. Denominação genérica dada a uma série de
financeira; departamento de banco ou corretora responsável pela
custos de produção, ou despesas incidentes sobre a produção, que
custódia de títulos e valores.
tornam difícil ou desvantajoso para o exportador brasileiro colocar
CVM -COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS.
seus produtos no mercado internacional, ou então tornam inviável
Autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, cujo
ao produtor nacional competir com os produtos importados. Tais
custos estariam relacionados com aspectos legais (legislação objetivo é fiscalizar e disciplinar todas as operações realizadas em
trabalhista, por exemplo, e os encargos sociais), instituições bolsas de valores e no mercado de capitais.
(excesso de burocracia para a instalação de empresas ou para a D
exportação de produtos), tributários (excesso de tributos sobre D+1. No jargão bancário, define as condições pactuadas
produtos que direta ou indiretamente participam das exportações entre o banco e o cliente para a cobrança de duplicatas, notas
ou sofrem concorrência de produtos estrangeiros), de infra- promissórias, etc. Consiste no recebimento pelo banco do valor do
estrutura (transporte inadequado, comunicações deficientes e título no dia (D) do vencimento, fazendo a retenção dos recursos
caras) e corporativas (domínio de sindicatos de trabalhadores correspondentes por um dia (+1). Há casos em que o numerário só
sobre certos tipos de atividade, dificultando a incorporação do está disponível em conta corrente dois dias após a liquidação do
progresso técnica e o aumento da produtividade). título (D+2).
CUSTOS. Avaliação em unidades de dinheiro de todos os DAÇÃO. Acordo entre credor e devedor pelo qual um bem
bens materiais e imateriais, trabalho e serviço consumidos pela (objeto, imóvel, veículo, etc.) é dado em pagamento por outro que
empresa na produção de bens industriais, bem como aqueles era devido.
consumidos também na manutenção de suas instalações. Expresso DAÇÃO EM PAGAMENTO. Consiste a dação em pagamento
monetariamente, o custo resulta da multiplicação da quantidade no contrato pelo qual o credor recebe,em substituição da prestação
dos fatores de produção utilizados pelos seus respectivos preços. que lhe é devida, coisa que não seja dinheiro. É a definição que lhe dá
CUSTOS DIRETOS. Custos que podem ser identificados o Código Civil, art. 995.
diretamente com uma unidade do produto. É DAY TRADE. Expressão em inglês que significa a realização
o caso dos custos decorrentes do consumo de matéria-prima, de uma operação financeira e sua liquidação no mesmo dia, isto
embalagem e mão-de-obra - a parte do salário paga ao operário é, a compra e a venda de um título por um mesmo operador num
que trabalha diretamente no produto, segundo o período de tempo mesmo dia, realizando-se, dessa forma, um ganho ou uma perda
gasto com a unidade que está sendo produzida. imediatos. 0 mecanismo também é conhecido como “in-and-out
CUSTOS FIXOS. Custos que permanecem inalterados trade”. Por exemplo, um operador realiza o seguinte negócio:
independentemente da ocupação da capacidade da empresa, adquire às 9 horas (noinício do Pregão) 100 onças de ouro por
originados pela própria existência da empresa, sem levar em conta 37.500 dólares. Às 14 horas (no final do Pregão), vende 100 onças
se está produzindo ou não (aluguéis, instalações, juros, etc.). de ouro por 37.650 dólares. Já que uma operação compensa a outra,
CUSTOS INDIRETOS. Custos relacionados com a fabricação essa liquidação tem preferência sobre as demais, e o operador
e que não podem ser economicamente identificados com as obtém um ganho bruto (sem contar a comissão) de 150 dólares.
unidades que estão sendo produzidas. Por exemplo: aluguel das DEALER. Termo de origem inglesa que designa um
instalações da fábrica, depreciação, mão-de-obra indireta, imposto, intermediário de negócios, condição exercida no Brasil por uma
seguro etc. instituição financeira selecionada pelo Banco Central.
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DEBÊNTURE. São títulos de crédito causais que representam DESVALORIZAÇÃO. Perda de valor de um elemento
frações do valor de contrato de mútuo, com privilégio geral sobre patrimonial, por razões diversas; redução oficial do valor real
os bens sociais, garantia real sobre os determinados bens ou sem da moeda de um país em relação a moedas estrangeiras, com o
garantia,emitidas pelas sociedades anônimas no mercado de objetivo de eliminar ou minimizar o déficit acumulado no balanço
capitais. DEBÊNTURE CONVERSÍVEL EM comercial, tornando mais caras as importações, inibindo-as, e
AÇÕES. Debênture que pode ser convertida em ações em estimular as exportações (via de regra, a desvalorização da moeda
tende a produzir pressões inflacionárias).
épocas e condições predeterminadas, mediante aumento do capital DISCLOSURE. Termo em inglês que, no mercado financeiro
social, por opção do seu portador. e nas bolsas de valores, significa a obrigação que têm todas as
DÉBITO. Dívida, obrigação; parte de uma conta na qual se ampresas que lançam títulos no mercado de revelar (to disclose) as
lançam os valores que lhe diminuem o montante. informações relevantes de sua situação econômico-financeira aos
DEFASAGEM CAMBIAL. Situação na qual a moeda de um investidores potenciais.
país encontra-se valorizada em relação às moedas fortes, o que DÍVIDA. Total dos débitos contraídos por uma pessoa física
constitui um desestímulo às exportações. Dependendo do grau ou urídica junto a outras pessoas físicas ou jurídicas. A sociedade
dessa defasagem, os exportadores deverão ser compensados com capitalista moderna estimula o consumo, essencial para que se
isenções tributárias e/ou vantagens financeiras como, por exemplo, mantenha a produção e se gerem riquezas. A dívida passou a ser
acontece com as Antecipações de Contratos de Câmbio (ACC). uma forma de acelerar o consumo, baseando-se na expectativa de
DEFAULT. Declaração de insolvência do devedor, decretada uma renda futura. Além disso, aumenta a velocidade da circulação
pelos credores quando as dívidas não são pagas nos prazos de dinheiro, pois de outra forma ele ficaria estagnado em poupanças
estabelecidos. A cláusula de default faz parte dos contratos mantidas para a compra dos produtos.
assinados pelo Brasil em seus empréstimos com as instituições DIVIDENDO. O dividendo é a parcela de lucro que corresponde
a cada ação: verificado o lucro da companhia, pelo balanço contábil,
financeias internacionais.
durante o exercício social fixado no estatuto, a administração da
DEFAULTED BONDS. Títulos não pagos no vencimento. sociedade deve propor à assembléia geral o destino que lhe deve dar. Se
DEFLAÇÃO. Fenômeno oposto à inflação; rarefação da for esse lucro distribuído aos acionistas, tendo em vista as ações, surge
moeda ou do crédito; cálculo com que se obtém a evolução real de o dividendo. Até então o acionista teve apenas expecativa de crédito
preços ou valores num determinado período, levando-se em conta dividendual. Resolvida a sua distribuição, surge o diividendo integrado
a desvalorização da moeda. pelo pagamento, no património do acionista.
DEPÓSITO. Valor deixado sob a guarda e responsabilidade de DRAWBACK. Termo inglês que significa literalmente
instituição financeira, geralmente Banco. “devolução” ou “reembolso” e que, utilizado no comércio
DEPÓSITO A PRAZO FIXO. Depósito de quantia em banco internacional, designa a devolução de imposto alfandegário pago
comercial ou de investimento, inegociável e resgatável em data por mercadorias importadas que são reexportadas para um terceiro
prefixada. Este tipo de depósito rende juros e correção monetária. país. No Brasil, no início dos anos 80 (Instrução Normativa SRF
DEPÓSITO À VISTA (OU EM CONTA CORRENTE). n.° 52 de 3-6-1983), criou-se o drawback verde-amarelo, que é um
Quantia rntregue por um correntista a um banco e da qual pode sistema praticamente idêntico ao sistema tradicional do drawback,
dispor a qualquer momento, no todo ou em parte. com a única diferença de que a matéria-prima utilizada no produto
DEPRECIAÇÃO. Reavaliação do valor dos equipamentos, exportado é comprada no mercado interno, ao contrário do sistema
tradicional, onde ela é importada.
con?siderando-se o desgaste e o obsoletismo gerados pelo tempo
DOC - DOCUMENTO DE ORDEM DE CRÉDITO. No
e pelo uso. sistema bancário, define autorização de crédito a ordem, de um
DERIVATIVOS. Operações financeiras cujo valor de negociação banco a outro, para transferência de moeda escritural em conta
deriva de outros ativos (daí o nome “derivativos”), denominados corrente, sem emissão de cheque. O DOC permite abertura imediata
ativos-objeto, com a finalidade de assumir, limitar ou transferir, do crédito, o que consiste numa vantagem sobre o cheque, por evitar
abrangem um amplo leque de operações: a termo, futuros, opções e o prazo da compensação.
swaps, tanto de commodities quanto de ativos financeiros, como taxas DÓLAR. Unidade monetária dos Estados Unidos, de ampla
de juros, cotações futuras de índices etc. A utilização ampliada dos aceitação e uso internacional irrestrito, verdadeiro padrão
derivativos no mundo todo tem gerado uma preocupação crescente referencial da economia e das finanças do mundo inteiro; sua
por parte dos bancos centrais, autoridades mo?netárias e de supervisão denominação teve origem no thaler, velha moeda alemã.
bancária e técnicos, dada a dificuldade de avaliação de sua dimensão DUPLICATA. Também chamada de conta assinada, por
e suas conseqüências em termos de riscos, na medida em que as duplicata entende-se o título que se extrai em conseqüência de
atividades financeiras tomam-se cada vez mais globalizadas. uma venda mercantil ou prestação de serviços, quando feita para
DESÁGIO. Depreciação e redução do valor nominal de um pagamento a prazo, entre comprador e vendedor domiciliados no
país.
título ou moeda, ou do preço de tabela de uma mercadoria, em
E
comparação com seu valor real no mercado. ECONOMIAS DE ESCALA. Redução de custos unitários
DESCONTO. Contrato por via do qual o banco, deduzindo decorrente de um aumento no volume (escala) de produção, seja
antecipadamente juros e despesas da operação, empresta à outra de uma empresa, setor, região ou país.
parte certa soma de dinheiro, correspondente, de regra, a crédito EMPRESA. Organização destinada à produção e/ou
deste, para com terceiro, ainda não exigível. comercialização de bens e serviços, tendo como objetivo o lucro.
DESPESA. Gasto monetário num bem útil a uma pessoa Em função do tipo de produção, distingem-se quatro categorias
ou entidade e que é consumido no ato de sua utilização. Em de empresas: agrícolas, industrial, comercial e financeira - cada
contabilidade é denominada pelo termo custo, e quando a despesa uma com um modo de funcionamento próprio. Independente da
se destina a muitosatos, caracteriza uma imobilização técnica. É o natureza do produto, a empresa se define por seu estatuto jurídico,
caso das ferramentas que se desgastam com certa lentidão. podendo ser pública, privada ou de economia mista.
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FATURA. Documento de comprovação de venda ou FLUXO DE CAIXA (Cash flow). O pagamento ou recebimento
prestação de serviço, onde são registrados os serviços ou efetivo de dinheiro por uma empresa ou instituição governamental.
produtos comercializados, com especificação e preços, bem como Na medida em que tais fluxos não coincidem, necessariamente,
calculadas as taxas deincidência dos impostos. A emissão da fatura com os momentos nos quais os bens ou serviços são adquiridos, se
é feita em conjunto com a duplicata correspondente. É documento não houver um planejamento financeiro adequado, uma empresa
indispensável para o transporte da mercadoria. pode ver-se em dificuldades para saldar seus compromissos,
FIANÇA. Garantia contratual, acessória, ato pelo qual uma mesmo que esteja numa posição economicamente sólida.
pessoa se obriga a pagar a obrigação contraída por outra pessoa, FMI - FUNDO MONETARIO INTERNACIONAL.
caso esta não pague. Exige a assinatura de ambos os cônjuges, Organização financeira internacional criada, em 1944,na Conferência
quando o fiador for casado. Internacional de Bretton Woods (New Hampshire, EUA). É uma
FINANCEIRA. Instituição especializada no fornecimento agência especializada da ONU -Organização das Nações Unidas,
de crédito ao consumidor e no financiamento de bens duráveis e com sede em Washington, e que faz parte do sistema financeiro
de investimentos, operando principalmente por meio do aceite de internacional, ao lado do BIRD - Banco Internacional de Reconstrução
letras de câmbio. Boa parte do capital das financeiras provém de e Desenvolvimento. O FMI foi criado com a finalidade de promover
investimentos realizados pelo público (tanto pessoa física como a cooperação monetária no mundo capitalista, coordenar as paridades
empresas), que é atraído por rendimentos elevados. Na verdade, monetárias (evitar desvalorizações concorrenciais) e levantar fundos
a maior parte do dinheiro envolvido nas operações das financeiras entre os diversos países membros, para auxiliar os que encontrem
provém de bancos comerciais, dos quais as financeiras são, dificuldades nos pagamentos internacionais. Quase todos os países
freqüentemente, subsidiárias. Em, outros casos, as financeiras são relativamente industrializados, fazem parte da organização.
subsidiárias de grandes empresas (como fábricas de automóveis), FOB - FREE ON BOARD. Expressão de origem inglesa de
que assim procuram facilitar o crédito aos consumidores de seus uso corrente no comércio internacional que define o preço de uma
produtos. mercadoria posta a bordo com todas as despesas incorridas (taxas
FINANCIAMENTO. Conjunto dos métodos e meios de alfandegárias, carreto, etc.), exceto o seguro.
regulamentação aplicados na realização de um projeto econômico. FORFAITING. Operação de financiamento de títulos a receber
Em economia, o financiamento é descrito pela movimentação dos semelhante ao factoring. Na Alemanhae na Áustria, é denominada
recursos tal como aparecem na conta de operações financeiras, de forfaitierung. Enquanto uma operação de factoring, geralmente,
que traduzem as variações dos haveres dos agentes em moeda e implica títulos a receber de curto prazo, no forfaiting um banco
créditos. No âmbito de uma empresa, de modo geral, as origens compra títulos a receber de longo prazo com um máximo de
dos financiamentos podem ser reagrupadas em duas grandes vencimento de oito anos. Ao banco de forfaiting não cabe recorrer
categorias: autofinanciamento e financiamento externo. ao vendedor das mercadorias objeto da operação financeira (se o
FINANCIAMENTO DO DÉFICIT. Operação que pode ser comprador não pagar), mas em compensação, adquire os títulos
realizada através de emissão de papelmoeda ou preferencialmente com um desconto substancial. Os principais centros do forfaiting
por meio de emissão de títulos da dívida pública, o que facilita são Zurique e Viena, de onde os grandes bancos o processam por
o controle do desempenho da economia, mediante a combinação meio de suas filiais ou subsidiárias especializadas.
de papéis com vencimentos de curto, médio e longo prazos. A FRANCHISE. Significa franquia, concessão, isenção. Parcela
emissão de moeda pode causar pressões inflacionarias imediatas. não coberta pelo seguro. Concessão especial obtida do fabricante
FLAT. Termo de origem inglesa que em finanças significa para exploração de um serviço ou marca.
‘sem juro’. Também designa cheque em trânsito entre instituições FREE CURENCY. Moeda conversível, moeda de livre curso.
bancárias e ainda não pago. FUNDING. Termo de origem inglesa que em finanças designa
FLOAT. Prazo de compensação e número de ações em
‘consolidar’. Refere-se à conversão de um débito de curto prazo
circulação. Atividades bancárias: Prazo entre o depósito de um
em um outro de longo prazo com a emissão de novos títulos. Estes,
cheque em um banco e seu pagamento. Os prazos de compensação
por sua vez, quando negociados, possibilitam o pagamento de
longos são vantajosos para o emissor, cujo dinheiro rende juros até a
débitos remanescentes da primeira dívida. Em finanças societárias,
compensação do cheque. São desvantajosos para o depositante, que
a palavra funding (obtenção de recursos) é preferível a financing
deve esperar a compensação do cheque para ter acesso aos fundos.
(financiamento) quando se refere a obrigações em contraste com
Como regra, quanto mais distante o banco pagador está do banco
ações. Diz-se que uma companhia está obtendo recursos (to be
de depósito, mais tempo será necessário para compensar o cheque.
funding) para suas operações quando ela emite títulos de dívida.
Investimentos: número de ações de uma companhia que estão em
FUNDS. Significa fundos, capital. Dinheiro disponível ou seu
circulação e disponíveis para negociação pelo público. Um pequeno
equivalente, como por exemplo, cheques, letras.
número de ações em circulação significa que a ação será mais
FUNDO MÚTUO. O total dos recursos aplicados por um
volátil, uma vez que uma grande ordem de compra ou venda de
conjunto de investidores, sob administração de uma corretora de
ações pode alterar substancialmente seu preço. Um maior número
valores. Geralmente o capital do fundo é aplicado numa carteira
de ações em circulação significa que a ação será menos volátil. No
de títulos e os rendimentos são distribuídos proporcionalmente aos
Sistema Financeiro, o “float” é definido como a permanência de
recursos transitórios dos clientes no banco. participantes,
FLOATING. Palavra de origem inglesa que significa FUNDO MUTUO DE RENDA FIXA. Conjunto de recursos
‘flutuante’, ‘variável’. Floating Debit são obrigações de curto prazo administrados por uma sociedade corretora, distribuidora de
periodicamente renovadas. Floating-Rate Note, instrumentos de valores ou banco de investimento, que os aplica numa carteira
débito com taxa de juros variável, ajustada semestralmente e, nos diversificada de títulos de renda fixa, distribuindo resultados aos
Estados Unidos, vinculado às letras do Tesouro. cotistas, proporcionalmente ao número de cotas possuídas.
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FUNDO DE PENSÃO. Espécie de pecúlio ou poupança HOT MONEY. Expressão em inglês que significa,
formada por um conjunto de pequenos investidores e poupadores, literalmente, “dinheiro quente”, isto é, aplicações em títulos ou
com o intuito de garantir para si uma pensão mensal, depois de um no câmbio, atraídas por taxas de juros elevados ou diferenças
prazo determinado. Em geral, os fundos de pensão (assim como cambiais significativas, de curtíssimo prazo, podendo deslocar-
pecúlios e outros sistemas da previdência privada) são organizados se de um mercado para outro com grande agilidade, Esse tipo de
por empresas financeiras que fazem aplicações com a soma dos operação pode provocar grandes turbulências, especialmente no
dinheiros dos pequenos poupadores. Depois de um prazo (em equilíbrio cambial de um país. No Brasil, refere-se também às
geral, sempre superior a dez anos), o indivíduo passa a receber seu operações de empréstimos de curtíssimo prazo, normalmente por
dinheiro de volta, acrescido de juros e correção, com uma espécie um dia, ou um pouco mais, no máximo em 10 dias.
de complementação de aposentadoria. A Constituição de 1988 I
veda qualquer subvenção ou auxílio do poder público às entidades IGP-DI. Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna.
de previdência privada com fins lucrativos. Tem a mesma composição que o IGP-M (ver abaixo), embora seja
FUNGÍVEL. Aplicado ao mercado financeiro, o termo calculado tomando-se os preços entre os dias 1o e 30 de cada mês,
significa um instrumento financeiro de valor equivalente a outro e e não entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês em curso,
facilmente trocável ou substituível. IGP-M. Índice Geral de Preços - Mercado. Índice calculado
FUSÃO. É a operação pela qual se unem duas ou mais pela Fundação Getúlio Vargas em decorrência de convénio
sociedades para formar sociedade nova, que lhes sucederá em todos firmado em maio de 1989 entre a FGV e a CNF - Confederação
os direitos e obrigações. Este tipo de associação permite reduções Nacional dasInstituições Financeiras. É resultante da combinação
de custos, mas pode levar a práticas restritivas ou monopolistas. dos seguintes índices: Índice de Preços porAtacado (IPA-M),
G Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) e Índice Nacional de
GAP. Palavra inglesa que significa fenda, brecha, lacuna, Custo da Construção (INCC-M) nas ponderações de 60, 30 e 10
diferença, hiato. Em economia, pode também significar déficit respectivamente.
(gap comercial), escassez (dollar gap), atraso (gap tecnológico).
ILIOUIDEZ. Falta de liquidez, isto é, falta de dinheiro para
GARANTIA. Compromisso adicional que se estabelece numa
realizar pagamentos. Por problemas gerenciais, por exemplo, uma
transação, como forma de assegurar sua realização e/ou lisura.
empresa pode chegar a um excesso de estoque e ter sua liquidez
GOOD WILL. Expressão em inglês que significa,
comprometida, já que boa parte do capital está em forma de
literalmente, “boa vontade”, mas, aplicada à atividade empresarial,
denota a reputação que esta e/ou seus produtos gozam junto aos mercadorias. Nesses casos, costuma-se fazer uma liquidação, isto
consumidores. Uma empresa obtém essa condição por meio da é vender rapidamente o estoque, transformando-o em dinheiro.
qualidade de seus produtos e de sua propaganda e publicidade, IMPORTAÇÃO. Compra de produtos originários do exterior.
mas também por meio de atitudes e procedimentos como o IMPOSTO DE RENDA. Imposto federal que incide sobre os
financiamento de campanhas humanitárias, a defesa do meio- lucros aufeiridos pelas empresas e a partir de determinada faixa de
ambiente, o apoio a esportistas e artistas etc., o que, de uma forma renda das pessoas físicas.
direta ou indireta, ajuda a criar uma imagem positiva junto aos IMPOSTO INFLACIONÁRIO. É aquele decorrente das
consumidores (efetivos ou potenciais) de seus produtos. O good receitas obtidas pelo governo pela emissão de moeda.
will é considerado fim ativo da empresa, e, no caso de venda da INADIMPLÊNCIA. Não cumprimento, no todo ou em parte,
mesma, ele é avaliado e entra como parte de seu valor. de uma obrigação, objeto de cláusula contratual, em determinado
G7 - GRUPO DOS SETE. O Grupo dos Sete foi organizado prazo, ficando o inadimplente, além de permanecer em débito,
de uma maneira mais formal no encontrode Tóquio em 1986. É sujeito ao pagamento de juros de mora, multa contratual e outros
formado pelos Estados Unidos, Canadá, Japão, Grã-Bretanha, encargos.
França, Itália e Alemanha. O G7 assume a liderança nas discussões INCENTIVO FISCAL. Redução da carga tributária concedida a
relacionadas ao SMI, taxas de câmbio, processos de ajustamento e certas empresas com o objetivo de incentivá-las.
problemas relacionados a dívidas. INCORPORAÇÃO. A incorporação é a operação pela
H qual uma ou mais sociedades, de tipos iguais ou diferentes, são
HIATO INFLACIONÁRIO. Deve ser entendido como excesso absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e
que existir da demanda global sobre a oferta a pleno emprego, se obrigações. Como se vê, na incorporação não surge nova sociedade,
os preços se mantivessem estáveis (Mário Henrique Simonsen). pois uma, a incorporadora, absorve outra ou outras sociedades, que
HIPERINFLAÇÃO. Caso especial de inflação em que os se extinguem.
preços aumentam tanto que as pessoas não procuram reter dinheiro, INDEXAÇÃO. Mecanismo de política econômica pelo
mesmo por poucos dias, em razão da rapidez com que diminui seu qual as obrigações monetárias têm seus valores em dinheiro
poder de compra. corrigidos com base em índices oficiais do governo. No Brasil,
HIPOTECA. Garantia de pagamento de dívida dada a um por exemplo, os salários, pensões e aluguéis residenciais eram
credor, representada por um bem imóvel que permanece, todavia, corrigidos em função da variação do INPC - índice Nacional de
na posse do devedor. Por exceção, a aeronave e o navio, bens Preços ao Consumidor. Depois de 1986, com o Plano Cruzado,
essencialmente móveis, por lei podem ser dados em hipoteca. o Plano Bresser (1987) e o Plano Verão (1989), as regras de
HOLDING. Termo de origem inglesa que carateriza empresa indexação sofreram várias alterações, sendo até suspensas durante
que mantém o controle sobre outra, pelo fato de deter a propriedade algum tempo. Desde a aplicação do Plano Collor 2, a indexação
da maioria das ações: geralmente não produz nada, constituindo como medida de correção monetária foi oficialmente abolida. No
um dos estágios mais avançados de um processo de concentração entanto, com a aceleração da inflação entre 1991 e 1994, ela voltou
de capital, ainda que determinado por aspectos de racionalização e a ser admitida e em seguida novamente eliminada (pelo menos
busca de eficiência operacional e pujança financeira. parcialmente) com o advento do Plano Real.
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INVESTIMENTO AUTÔNOMO. Investimento que não está JUST-IN-TIME. Expressão inglesa que poderia ser traduzida
relacionado com alterações nos níveis de renda. Os investimentos não literalmente por ‘a peça necessária, na quantidade necessária,
públicos, os que acontecem em função de avanços tecnológicos no momento necessário’, designando um método que se aplica à
ou aqueles que se realizam sem expectativa de obtenção de uma administração da produção, destinado basicamente à redução de
estoques (e dos recursos financeiros e espaços físicos para mantê-
taxa média de lucro, ou mesmo são realizados a fundo perdido, são
los), à redução do tempo de fabricação e à eliminação das perdas,
considerados investimentos autônomos. com vistas ao aumento da produtividade.
INVESTIMENTO ESTRANGEIRO. Aquisição de empresas, K
equipamentos, instalações, estoques ou interesses financeiros de KNOW-HOW. Expressão inglesa utilizada internacionalmente
um país por empresas, governos ou indivíduos de outros países. para designar ‘experiência, prática, perícia, conhecimento’; quase
O investimento de capital estrangeiro pode ser direto, quando sempre inerente à tecnologia, aplica-se também a qualquer caso:
aplicado na criação de novas empresas ou na participação acionária um profissional ou trabalhador especializado que possua know-
em empresas já existentes; e indireto, quando assume a forma de how para a execução de determinada tarefa.
LEASING. Termo inglês equivalente a ‘arrendamento
empréstimos e financiamentos a longo prazo.
mercantil’: operação financeira entre uma empresa proprietária de
IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇOES FINANCEIRAS. certos bens (máquinas, equipamentos, veículos, unidades fabris) e
Tributo Federal que incide sobre as operações ativas dos bancos e outra empresa que deles usufrui contra o pagamento de prestações,
seguradoras (empréstimos, descontos de letras de câmbio, prémios sob contratos específicos, por tempo determinado, ao fim do
de seguros, etc.) e sobre os saldos devedores em conta corrente. qual a arrendatária tem opção preferencial para a compra dos
IPCA - índice de Preços ao Consumidor Ampliado. Baseia-se bens; oferece a grande vantagem da não imobilização de capital,
na evolução da cesta de consumo de famílias com renda entre 1 sobretudo nos casos de bens de alto preço e de utilização limitada;
e 40 salários mínimos, pesquisados entre os dias 1° e 30 de cada regulamentado no Brasil em 1975.
LEILÃO. Processo de venda de bens ou de títulos - com
mês, abrangendo as regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, anúncio prévio de local, dia, hora e objetivos, e aberto ao público
Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém,São Paulo, Fortaleza, - no qual os interessados na compra fazem lances uns contra os
Salvador e Curitiba, além de Brasília e do Município de Goiânia. outros (a licitação), saindo vencedor, para efeito de aquisição dos
É calculado pelo IBGE. bens leiloados, quem oferecer maior preço (a arrematação): no
IPC -Fipe. índice de preços ao consumidor calculado pela processo de privatização levado a efeito atualmente pelo governo
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de brasileiro, faz-se a venda das ações das empresas estatais em leilões
São Paulo (USP), mede a inflação das famílias paulistanas que especiais, realizados em bolsa de valores, nos quais também são
ganham de 1 a 20 salários mínimos. Pesquisa os preços de 260 oferecidos lances para a compra de lotes de ações.
LETRA DE CÂMBIO. Título de crédito pelo qual o criador
produtos, comparando a média com a média dos 30 dias anteriores. ou sacador dá a outra pessoa, o sacado, a ordem de pagar uma
ISO 9000. Certificado que unifica normas de metodologia soma determinada, em dinheiro, em tempo e lugar especificados,
e critérios para a garantia da qualidade de produtos e serviços. a um terceiro, o tomador ou beneficiário ou à ordem do próprio
Inicialmente criada para o Mercado Comum Europeu, passou a sacador. LIBOR - LONDON INTERBANK OFFERED RATE.
ser encarada como questão estratégica nas relações de troca com Taxa básica de juros de referência no mercado internacional.
terceiros países, e hoje é considerada como um forte instrumento LIQUIDAÇÃO FINANCEIRA. Apuração de uma operação
de competitividade. financeira. Bolsa de Valores - denominação das operações a
J termo feitas numa data previamente convencionada. Comércio -
operação pela qual se realiza a apuração da situação financeira de
JOINT-VENTURE. Associação de uma empresa que dispõe uma sociedade dissolvida. Contabilidade Pública operação que
de capital e quer assumir investimento de risco com outra empresa consiste em determinar o valor de uma dívida.
que. pretenda realizar projetos de investimento, mas não dispõe de LIQUIDAÇÃO JUDICIAL. Procedimento judiciário que visa
capital para realizá-los. a satisfazer os direitos dos credores com relação ao patrimônio de
JURO BANCÁRIO. A taxa de juros cobrada pelos bancos uma pessoa ou de uma empresa em estado de insolvência.
nas operações efetuadas junto aos clientes varia com o tipo de LIQUIDEZ. Disponibilidade em moeda corrente ou em
operação realizada: cheque especial, empréstimo pessoal, desconto títulos rapidamente conversíveis em dinheiro sendo que para uma
empresa, em termos contábeis, representa o conjunto do ativo
de duplicata, capital de giro etc. Os valores são, em geral fixados
disponível e realizável a curto prazo - que garante, a uma pessoa
pelos movimentos do mercado, isto é, giram em torno de taxas física ou jurídica, a certeza do cumprimento de uma obrigação na
comuns a todos os bancos, com pequenas variações conforme a data determinada; liquidez absoluta, no entanto, só é próprio do
política do estabelecimento. papel-moeda.
JURO EXATO. São aqueles incidentes tomando-se por base LONGO PRAZO. Termo aplicado aos vencimentos (de
um ano de 365 dias. créditos ou débitos) que ocorrerão após um período de tempo
JURO DE MORA. Valor acrescentado ao montante de uma longo. Esse período varia conforme o caso: no que se refere a uma
dívida financeira, decorrente da mora, isto é, atraso no pagamento: letra de câmbio, por exemplo, o longo prazo indica a aplicações
superiores a 360 dias; já a compra de uma casa ou um empréstimo
cobrado ao devedor que não cumpriu as obrigações contratuais,
intemacional, indica prazos de vários anos. Em outra acepção,
voluntária ou culposamente. Alfred Marshall, definiu longo prazo como aquele em que existe
JURO NOMINAL. É o juro correspondente a um empréstimo tempo suficiente para que se dê o abastecimento de insumos
ou financiamento, incluindo a correção monetária do montante para a produção de commodities para se adaptar às mudanças na
emprestado. Quando a inflação é zero, inexistindo correção demanda. No âmbito financeiro, longo prazo significa um período
monetária, o juro nominal é equivalente ao juro real. superior a 5 anos.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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MERCADO DE OPÇÕES. Instrumento de investimento no econômicos nas transações de troca, além de ter a função de
mercado de capitais. A opção de compra de ações é um contrato que acumular valor e permitir sua reserva e entesouramento; sua
confere ao comprador o direito de adquirir, durante a sua vigência, credibilidade depende sobretudo da estabilidade das economias
um lote de ações de determinada empresa a um preço prefixado. nacionais e da confiança - como unidade de troca e medida de
Isto significa, por exemplo, que alguém paga uma determinada valor - que possua junto às pessoas e que seus emissores desfrutem
quantia ao proprietário de um lote de ações para que ele garanta um
junto a organismos internacionais.
preço de venda determinado (fixo) durante algum tempo. Durante
a vigência deste contrato, o comprador poderá, a qualquer tempo, MOEDA ESCRITURAL. Ordem de pagamento que se
concretizar o negócio, pagando o preço combinado, ainda que as originou da generalização do uso do papelmoeda. A abertura de
ações estejam sendo negociadas a preço superior. Deste modo, a uma conta corrente por meio de determinado depósito em dinheiro
diferença entre o preço combinado e o preço de mercado das ações (papelmoeda) permite a qualquer pessoa movimentar esse fundo
é que vai representar o lucro do comprador. depositado no banco mediante cheque, a moeda escritura) mais
MERCADO FINANCEIRO. Conjunto formado pelo mercado utilizada atualmente, ou de uma ordem de pagamento.
monetário e pelo mercado de capitais. Abrange todas as transações MOEDA FORTE. A que apresenta facilidade de circulação
com moedas e títulos e as instituições que as promovem: banco e conversibilidade nas transações internacionais, por oferecer
central, caixas econômicas, bancos estaduais, bancos comerciais ampla garantia como meio de pagamento e reserva de valor (dólar
e de investimentos, corretoras de valores, distribuidoras de títulos, norteamericano, libra-esterlina e marco alemão, p. ex.).
fundos de investimentos etc. além das bolsas de valores. MOEDA PAPEL. Também denominado nota bancária;
MERCADO FUTURO. Designação para as transações
refere-se a títulos emitidos por um banco, que se obriga a pagar
realizadas em bolsas de valores e bolsas de mercadorias - válidas,
portanto, para ações e títulos e commodities - que implicam um ao portador, no ato e mediante simples apresentação, o valor
compromisso de compra e venda, para uma data futura determinada inscrito no documento: originada dos recibos ou certificados de
pelas bolsas, de lotes com as respectivas quantidades e preços depósito de ouro, prata e moedas, de conversibilidade imediata e
prefixados, referindo-se também a negociações das posições, isto é, por isso utilizada a partir da Renascença (do século XIV ao século
a situação do vendedor e do comprador no futuro, em determinada XVII) como a forma mais prática e segura de realizar transações
transação; tem como objeto exatamente proteger compradores comerciais, está hoje praticamente extinta, uma vez que os
e vendedores contra imprevistos - como, por exemplo, grandes governos passaram a deter o monopólio da emissão de dinheiro.
oscilações de preços, especulação desenfreada ou causas fortuitas. MONETARISMO. Escola econômica que sustenta a
MERCADO INTERBANCÁRIO. Mercado onde os bancos possibilidade de manter a estabilidade de uma economia capitalista
e as instituições financeiras compram e vendem instrumentos recorrendo apenas a medidas monetárias, baseadas nas forças
financeiros como certificados de depósito, duplicatas, aceites espontâneas do mercado e destinadas a controlar o volume de
bancários etc., geralmente com prazos inferiores a um ano. moedas e de outros meios de pagamento no mercado financeiro.
MERCADO MONETÁRIO. Designa o setor do mercado MONE MARKET. Expressão em inglês utilizada para designar
finan?ceiro que opera a curto prazo. Compõese da rede de os mercados financeiros nos quais os recursos são emprestados a
entidade ou órgãos financeiros que negociam títulos e valores,
curto prazo, isto é, em períodos inferiores a um ano. Ao contrário
concedendo empréstimos a empresas ou particulares, a curto ou
do mercado de capitais, onde tais recursos são emprestados a
curtíssimo prazo, contra o pagamento de juros. Além dos bancos
comerciais e das empresas financeiras de crédito, o mercado médio e longo prazos, ou seja, por períodos superiores a um e
monetário compreende também o mercado paralelo e o de divisas. cinco anos, respectivamente.
O movimento financeiro a longo prazo caracteriza outro segmento, MORA. Conceito jurídico definidor do retardamento da
o de mercado de capitais. solução de uma dívida, tanto pelo devedor, quanto pelo credor.
MERCADO PRINCIPAL. Mercado onde são realizadas as O primeiro, por não efetuar o pagamento no prazo estabelecido;
operações de curso normal, com lotes múltiplos de mil ações e o segundo, por se recusar a recebê-la no tempo, lugar e forma
constituído pelos títulos de maior procura - ou seja, o pregão diário. contratados. Purgar a mora pelo devedor é o efetivo pagamento
MERCADO SPOT. Mercado de commodities em que os parcial ou total do débito, mais os juros decorrentes até o dia da
negócios se realizam com pagamento à vista e entrega imediata quitação; pelo credor é a aceitação do pagamento, descontados os
das mercadorias. Distingue-se do mercado a futuro ou do mercado efeitos da mora (taxa de multa) até a respectiva data.
a termo, em que os contratos são feitos para pagamento e entrega MORATÓRIA. Prorrogação do prazo concedido pelo
posteriores. Há dois tipos básicos de mercado spot: O mercado credor ao devedor para o pagamento da dívida, mediante acordo
primário ou local, situado junto às zonas produtoras, e o mercado entre ambas as partes (o que a distingue da concordata, por seu
central, localizado nos pontos de distribuição. Um exemplo deste
caráter não judicial); no final da década de 80, o termo adquiriu
último é o grande mercado de petróleo do porto de Rotterdam.
ampla notoriedade no Brasil, ao ser incorporado ao processo de
MICO. Ação que em determinado período perde
completamente a liquidez no mercado. negociação da dívida externa (ainda que, como ocorreu em 1987,
MOEDA. Signo de valor que no âmbito da economia designa tenha sido ‘declarada’ unilateralmente pelo Brasil, sem prévio
o único bem econômico de troca com aceitação geral; no âmbito acordo com os credores externos).
de cada país ou internacionalmente, somente para as chamadas MÚTUO. CONTRATO DE. Contrato em que o mutuante
‘moedas fortes’, como o dólar americano, o marco alemão, a libra cede determinado bem ao mutuário, em troca de um pagamento
inglesa, o franco suíço; a mais antiga representação do dinheiro, mensal, anual ou de outra forma. O contrato de mútuo acontece
muitas vezes empregada como seu sinônimo, constitui a liquidez com bens fungíveis, isto é, substituíveis por outros bens da mesma
por excelência, um padrão legal e uma medida teoricamente qualidade e na mesma quantidade.
invariável, fixada pelo governo para expressar o valor de bens MUTUÁRIO. Tomador de um empréstimo.
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PRÉ-FIXADA (JUROS). É um atributo de uma aplicação PROVISÃO. Economia - soma destinada pela empresa
financeira quando a taxa de juros a ser recebida é conhecia de à cobertura de um encargo ou de uma perda virtual, futura ou
antemão. Nesta modalidade, o aplicador já sabe quanto receberá eventual. No Brasil, freqüentemente, usa-se o termo reserva como
na data do vencimento. No caso de remuneração pós-fixada, o sinônimo de provisão. Tecnicamente, contudo, há uma diferença:
montante exato será conhecido apenas na data do vencimento ou as reservas são retiradas do lucro sem destino específico.
no resgate do título. Q
PREGÃO. Anúncio em voz alta feito nas bolsas de valores, QUARTEIRIZAÇÃO. Em administração, define a transferência
pelos corretores, dos preços e condições de compra ou venda de da gestão dos serviços já terceirizados de uma grande empresa para
ações. O termo se aplica, por extensão, ao local da bolsa onde se uma outra organização especializada. O processo permite a completa
realiza essa atividade e se concretizam os negócios. desvinculação, tanto administrativa quanto operacional dos serviços
PREVIDÊNCIA PRIVADA. Sistema de pensão gerido por objetivo de terceirização, promove a condensação do organograma da
instituições financeiras, independente da previdência pública empresa transferidora e possibilita a seus executivos superiores maior
oficial e com vistas a complementar a aposentadoria. Baseia-se no concentração nas atividades mais complexas.
pagamento de prestações ao longo de um período (sempre superior QUIROGRAFÁRIO. Credor sem nenhuma preferência,
a dez anos) ao fim do qual o indivíduo passa a receber uma pensão, garantia ou privilégio no pagamento de seu crédito..
proporcional às prestações pagas e reajustável segundo a correção QUITAÇÃO. Em linguagem de economia, refere-se ao ato ou
monetária. efeito de quitar uma obrigação, ou seja: pagar uma dívida, saldar
PRIME RATE. Taxa de juros que mais se aproxima da que se um compromisso.
paga por um investimento sem risco, isto é, aquela proporcionada R
pelos títulos de primeira linha ou de alta qualidade, sendo portanto RATING. Termo de origem inglesa que significa
a que corresponde aos títulos cujo prêmio por risco é praticamente ‘classificação’. Em finanças, define avaliação e classificação de
zero. No mercado financeiro internacional os títulos do governo empresas que atuam no mercado de capitais, possibilitando ao
norte-americano são considerados os mais próximos do risco zero. investidor a definição do grau de risco que assume ao adquirir
PRIVATIZAÇÃO. Aquisição, fusão ou incorporação de uma um título. No ramo securitário, designa uso de dados estatísticos
companhia ou empresa pública por uma empresa privada., e análise matemática para a determinação dos prêmios de seguro.
PROJECT FINANCE (Financiamento de Projetos). E uma RDB - RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO. Documento
operação financeira estruturada que permite dividir o risco entre o emitido pelos bancos, representativos dedepósitos a prazo. É
empreendedor e o financiador. nominativo, não sendo transferível por endosso em virtude de não
PROPENSÃO A INVESTIR. Indica a preferência de uma ser título de crédito.
pessoa que possui um capital em destiná-lo a um investimento RECEITA. Soma de todos os valores recebidos em
produtivo, desde que proporcione uma taxa de lucro superior à determinado período (um dia, um mês, um ano), por uma pessoa,
taxa de juros, ou à compra de títulos no mercado financeiro, no entidade, empresa, a qual corresponde aos recebimentos pelas
caso contrário. vendas à vista, pelas partes referentes às vendas a crédito e por
PROPENSÃO A POUPAR. É a proporção de renda individual, eventuais rendimentos de aplicações financeiras.
familiar ou empresarial destinada à poupança. Tendência evidente RECESSÃO. Conjuntura de redução acentuada da atividade
em relação direta ao crescimento da renda. Isso ocorre porque econômica de um país, caracterizada por queda na produção,
os indivíduos ou famílias de baixa renda tendem a gastar toda aumento do desemprego, diminuição do volume de negócios e da
a sua receita em bens de primeira necessidade, não dispondo taxa de lucro, crescimento dos índices de falências e concordatas
praticamente de nenhuma sobra para poupar. (nem sempre acompanhada por queda também nos preços) -, que
PRO-RATA. Expressão latina que significa ‘parte, proporção’. pode restringir-se a um breve período ou estender-se por muito
Em finanças, juros pro-rata temporis são aqueles definidos por tempo, configurando, neste caso, uma depressão ou crise econômica.
uma taxa nominal (12% ao ano), mas contados proporcionalmente RECIPROCIDADE. Sistema de concessões em troca de um
ao tempo de vigência do empréstimo (dias ou meses). Dividendos interesse maior: em linguagem bancária, condição caracterizada
pagos pro-rata são os correspondentes ao número de dias decorridos pela concessão de crédito e liberação de empréstimo a clientes
desde a data da emissão das ações (caso não completem o exercício) que proporcionem, ao banco, preferência nos demais serviços
até a data do encerramento do balanço, possibilitando rendimentos (depósitos, cobranças, ordens de pagamento, câmbio); em
proporcionais às ações de uma mesma classe. termos de relações internacionais, refere-se a um tipo de postura
PRO-RATA TEMPORATE. Expressão em latim que significa econômica na qual dois países adotam, um em relação ao outro, as
“proporcionalmente ao tempo” e é utilizada quando se faz o mesmas concessões ou restrições comerciais.
cálculo dos juros e/ou da correção monetária de uma dívida paga REDESCONTO. Ou Assistência Financeira de Liquidez, é
depois do vencimento. uma função clássica do Banco Central como banco dos bancos
PROTECIONISMO. Doutrina, teoria ou política econômica que consistem em atender a desequilíbrios eventuais de caixa dos
que preconiza - ou põe em prática - um conjunto de medidas que bancos.
favorecem as atividades domésticas e penalizam a concorrência REENGENHARIA. Novo conceito de administração
estrangeira. empresarialque visa à melhoria contínua das atividades numa
PROTESTO. Queixa pessoal ou reclamação coletiva. organização com dois objetivos centrais: o melhor atendimento
Juridicamente, o ato lavrado em cartório pelo qual é reclamado ao cliente e a multiplicação dos resultados. Essa redefinição dos
o pagamento de um título de crédito não honrado, na data do processos empresariais propõe uma radical superação dos conceitos
vencimento, pelo sacado, sacador, emitentes ou avalistas e de gestão herdados desde o século XIX, como os controles
endossadores, ou pela recusa do devedor em firmar o aceite ou em esquemáticos e minuciosos, hierarquias gerenciais enrijecidas e
devolver o título. Também podem ser protestados os contratos de divisão do trabalho. A reengenharia de processos busca objetivos
câmbio e os documentos de crédito. semelhantes com o emprego das tecnologias da informação.
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REFUNDING. Substituir uma dívida antiga por uma nova, RISCO SISTÊMICO. Risco de investimento em títulos que
geralmente para reduzir os custos dos juros da emitente. não pode ser eliminado pela diversificação dos investimentos.
RENDA. Em teoria econômica, define a remuneração de cada RISCO SOBERANO. É a desconfiança que um país sofre de
fator de produção - o salário para o trabalho, o juro e o lucro para não poder honrar seus compromissos externos.
o capital e o arrendamento (ou simplesmente renda) pelo uso da ROYALTY. Remuneração paga em contrapartida por certos
terra. Comumente considera-se renda o valor recebido pelo aluguel direitos, como a exploração mineral, direitos autorais e patentes.
de um bem de consumo durável (carro, casa, terreno, etc.). S.A. DE CAPITAL ABERTO. No âmbito da economia, denomina
RENDA PER CAPITA. Literalmente “renda por cabeça”. Em a empresa, passível de exercer qualquer tipo de atividade industrial,
economia, indicador utilizado para medir o grau de desenvolvimento comercial e de serviços, cujas ações podem ser adquiridas livremente
de um país, obtido a partir da divisão da renda total pela população. pelo público, negociadas diariamente em bolsas de valores -para isso
Este índice, embora útil, oferece algumas desvantagens, pois, ela deve estar registrada, para todos os efeitos legais e regulamentares,
tratando-se de uma média, esconde as disparidades na distribuição na Comissão de Valores Mobiliários ou no mercado de balcão.
da renda. Assim, um país pode ter uma renda per capita elevada, SACADO. Aquele sobre quem é sacada a letra de câmbio ou
mas uma distribuição muito desigual desta renda. Ou, ao contrário,
a duplicata, e deve pagá-las.
pode ter uma renda per capita baixa mas uma renda bem distribuída,
SACADOR. Pessoa física ou jurídica que emite um cheque,
não registrando grandes disparidades entre ricos e pobres.
duplicata ou letra de câmbio contra um sacado e a favor de um
RENDA VARIÁVEL. No mercado de capitais, rendimento
beneficiário, que pode ser o próprio sacador.
que não é prefixado, não faz parte das condições do título e varia
em função das condições de mercado. Os exemplos mais comuns SALDO MÉDIO. Média aritmética dos saldos bancários de
são as ações, os fundos mútuos e os fundos fiscais. um cliente em determinado período (em geral, um mês ou um
RENEGOCIAÇÃO. Em linguagem econômica, significa trimestre). É um dado importante para a liberação de empréstimos,
negociar outra vez, nas mesmas ou diferentes condições, o mesmo financiamentos e descontos de títulos, funcionando como elemento
contrato, envolvendo relações entre pessoas, ou entre empresas ou de reciprocidade e de manutenção, para a casa bancária, de capital
países, em torno de uma dívida ou obrigação: no caso específico passível de emprego em aplicações financeiras.
da dívida externa, refere-se à situação em que o devedor, estando SAZONALIDADE. Flutuação de uma grandeza estatística
incapacitado de pagar o serviço (juros, etc.), procura negociá-la em durante um determinado período que se reproduz identicamente
novos termos, geralmente solicitando prazos mais longos e taxas durante uma mesma “estação”.
de juros mais baixas. SAZONAMENTO. Termo que significa ‘amadurecimento’. No
RENTABILIDADE. Grau de rendimento proporcionado por jargão da economia, diz-se período de sazonamento ou maturação
determinado investimento. Pode se exprimir pela percentagem aquele necessário a que um projeto ou investimento comece a produzir
de lucro em relação ao investimento total. Na maior parte dos resultados positivos.
casos, a rentabilidade é inversamente proporcional à segurança do SECURITIZAÇÃO. Termo oriundo da palavra inglesa
investimento e à liquidez. security, que significa o processo de transformação de uma dívida
RESERVAS. Conjunto de fundos ou valores conservados por com determinado credor em dívida com compradores de títulos ou
um agente econômico, como previsão de eventuais necessidades contratos originados no montante dessa dívida.
ou por razões legais ou contratuais. SECURITY. Termo de origem inglesa que significa
RESERVAS CAMBIAIS. Acúmulo de divisas que as ‘seguridade’. Juridicamente define uma garantia, caução de
autoridades monetárias de um país dispõem para saldar eventuais depósito. No plural, refere-se a títulos, obrigações e valores.
déficits de seus balanços de pagamento. SEGURADORAS. A lei da reforma bancária (Lei N° 4.595,
RESGATE. Ato de pagamento de um título (duplicata, nota de 31 de dezembro de 1964), que reformulou o Sistema Financeiro
promissória e outros). Em vendas a crédito, Nacional, enquadrou as seguradoras como instituições financeiras,
o resgate só é feito quando o devedor efetua o último
subordinando-as a novas disposições legais, sem, contudo,
pagamento.
introduzir modificações de profundidade na legislação específica
RESSEGURO. Operação através da qual um segurador faz
aplicável à atividade. As seguradoras são orientadas pelo Banco
seguro para si próprio, contra os riscos que aceita cobrir. O resseguro
Central quanto aos limites de aplicação de suas reservas técnicas
tem por objetivo concretizar a dispersão dos riscos assumidos
pelos seguradores diretos. Esses continuam responsáveis perante nos mercados de renda fixa e renda variável.
o segurado, porém “cedem” aos resseguradores que os “aceitam” SEGURO. É o contrato no qual uma das partes, a seguradora,
uma parte de seus riscos, mediante o pagamento de um prêmio de mediante a assunção do risco que corre outra pessoa ou seu
resseguro. interesse, o segurado, recebe uma quantia, o prêmio, e pagará a
RESULTADO. Em contabilidade, é o crédito, lucro ou indenização na ocorrência do sinistro.
perda decorrente da gestão do patrimônio, durante um período SELIC - SISTEMA ESPECIAL DE LIQUIDAÇÃO E
considerado. Resultado futuro é aquele apurado entre pendências CUSTÓDIA. Serviço prestado pelo Banco Central e ANDIMA -
contábeis para efeito de demonstração. Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto, utilizado
RISCO. Possibilidade de perda numa operação financeira ou por bancos e corretoras para o registro de operações envolvendo
comercial. títulos públicos. As instituições afiliadas são conectadas ao
RISCO CAMBIAL. Risco incorrido por uma empresa ou computador central do SELIC através de uma rede de terminais.
por um banco, sobre o valor a prazo de seu caixa, em virtude da São registradas no sistema todas aos operações envolvendo títulos
incerteza em relação à evolução futura das divisas e das taxas de públicos federais, estaduais e municipais. Criada em novembro de
câmbio. 1979.
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SETOR PRIVADO. Conjunto das empresas urbanas e rurais SUPPLIER’S CREDITS. São créditos e financiamentos
pertencentes a pessoas físicas ou jurídicas cujo controle não é de de curto e médio prazos para exportadores e importadores de
responsabilidade do Estado. mercadorias e serviços, cedidos por bancos privados e entidades
SETOR PÚBLICO. Conjunto de órgãos e empresas industriais privadas internacionais.
ou de serviços pertencentes ao Estado. Amplamente dominante SWAP. Termo de origem inglesa (literalmente, ‘permuta’)
nos países socialistas e em alguns países capitalistas europeus, que se refere à concessão de empréstimo recíprocos entre bancos,
esse setor tem se desenvolvido também no mundo capitalista, em moedas diferentes e com taxas de câmbio idênticas, utilizada
sobretudo o subdesenvolvido. comumente para antecipar recebimentos em divisas estrangeiras.
SIDE LETTER. Expressão em inglês que significa um T
documento não oficial, assinado entre as partes interessadas, num TAKE-OVER. Expressão de origem inglesa (equivalente
contrato de intenções sobre seu desenrolar. Embora não tenha a ‘assumir posse ou controle’) que, em linguagem econômica,
caráter oficial, pode ser usado como elemento na análise das refere-se à compra de uma empresa por outra.
intenções dos contratantes em caso de processos judiciais. TAXA DE CAMBIO. Eqüivale a uma proporção entre a moeda
SISBACEN - SISTEMA DE INFORMAÇÕES DO BANCO nacional e a estrangeira. Exemplo: quanto da moeda nacional
CENTRAL. É um complexo de mecanismos de informação é necessário para adquirir uma unidade da moeda estrangeira.
administrado pelo Banco Central do Brasil que se caracteriza por Existem vários métodos para se correlacionar a moeda nacional com
permitir aceso interativo “on line”, tanto para a entrada quanto para a estrangeira. Temos:
a recuperação de informações, além de disponibilizar consultas em TAXA DE RETORNO. Conhecida também como taxa interna
tempo real. de juros, é aquela que anula o valor atual de fluxo de caixa de uma
SISCOMEX -SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO aplicação. Para análise de um investimento, ela corresponde à taxa
EXTERIOR. É uma nova sistemática administrativa do comércio mínima de atratividade disponível ao aplicados.
exterior brasileiro, que integra as atividades afins do Departamento de T-BONDS. Títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA, com
Comércio Exterior (DECEX), da Secretaria da Receita Federal (SRF) e vencimento em 30 anos. única aplicação do mundo considerada
do Banco Central (BC) no registro, no acompanhamento e no controle de risco zero.
das diferentes etapas das operações de exportação e importação. TERCEIRIZAÇÃO. Forma de organização estrutural que
SMART CARD. Nome genérico dos cartões dotados permite a uma empresa transferir a outra suas atividades meio, o
de processador e módulo de memória. Diferem dos cartões que lhe possibilita maior disponibilidade de recursos para aplicar
em sua atividade fim. Resultante da dinâmica dos mercados, ela
convencionais, pois, além de reunirem as características de todos
promove a criação de nichos de negócios e, nas empresas que a
os cartões anteriores, possuem o chip embutido, que permite sua
adotam, reduz estruturas operacionais e diminui custos.
utilização em outras funções como realizar internamente as operações
TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA. Título emitido e garantido
e suportar um volume de dados até 200 vezes maior. Podem ser
pelo governo (União, Estado, Município). É um instrumento de
descartáveis e operar de forma on-line e off-fine. Podem incorporar
política econômica e monetária que pode servir para financiar
múltiplas funções como instrumento de operação financeira, inclusive
investimentos, um déficit do orçamento público, antecipar receita ou
concentrando o relacionamento do portador com diversos bancos.
garantir o equilíbrio do mercado do dinheiro. De acordo com suas
SOBRETAXA. Define a taxação elevada sobre as altas rendas, características, pode ter a forma de apólice, bônus, notas e letras.
ditas rendas extraordinárias.
TÍTULO DE CRÉDITO. Documento formal, necessário ao
SPLIT. Elevação do número de ações representantes do capital exercício do direito literal e autônomo nele contido.
de uma empresa através de desdobramento, com a correspondente
TBC - TAXA BÁSICA DO BANCO CENTRAL. Serve de
redução de seu valor nominal. parâmetro para as intervenções diárias das Autoridades Monetárias
SPREAD. Taxa adicional de risco cobrada sobretudo (mas não no mercado, além de corrigir todos os empréstimos de redesconto
exclusivamente) no mercado financeirointernacional. É variável concedidos às instituições financeiras dentro do valor-base e desde
conforme a liquidez e as garantias do tomador do empréstimo e o que com garantias em títulos públicos federais livres, e, desta
prazo de resgate. forma, ajuda a balizar o custo do financiamento diário das carteiras
STAND-BY. Expressão de origem inglesa (literalmente de títulos públicos. Seu valor é mensal e determinado pelo COPOM
‘apoio’) que, no âmbito da economia, designa crédito de curto - Comitê de Política Monetária. Foi extinta em março de 1999 pelo
prazo, oferecido em condições vantajosas (crédito contigente); Comitê de Política Monetária.
especificamente, denomina linha de crédito aberta pelo Fundo TBF -TAXA BÁSICA FINANCEIRA. Sua metodologia
Monetário Internacional (FMI) aos países membros, até o limite de de cálculo está baseada na amostra das 30 maiores instituições
suas respectivas cotas, concedido a prazo curto e liberado mediante financeiras por volume de captação de depósitos a prazo (CDB/RDB
apresentação de carta de intenções por parte do país solicitante. prefixados de 30 a 35 dias), retiradas da taxa média mensal ponderada
STRADDLE. Ver Casamento de Opções as duas maiores e as duas menores taxas. A base de cálculo é o dia
SUBSCREVER AÇÕES. Assumir a obrigação de pagar o preço de referência, sendo calculada no dia útil imediatamente posterior.
de emissão das ações que adquiriu no mercado primário ou mercado TJLP - TAXA DE JUROS DE LONGO PRAZO. O cálculo
secundário, com entrada inicial de no mínimo 10% e assinatura da da TJLP será feito a partir da média de títulos da dívida externa
lista ou boletim de subscrição. federal, com peso de 75% no máximo, e títulos da dívida pública
SUBSCRIÇÃO. Declaração unilateral de vontade pela qual mobiliária interna federal, com peso de 25% no máximo. Os títulos
pessoa física ou jurídica, assume a responsabilidade de pagar o preço da dívida externa deverão ter prazo mínimo de resgate de dois
de emissão das ações adquiridas ou subscritas. anos. Os da dívida interna serão os de prazo superior a seis meses.
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Dessa forma, o legislador efetivou a Lei n. 9.613/98, que Colocação: é a etapa em que o dinheiro obtido na atividade
tipifica criminalmente as atividades de lavagem ou ocultação de criminosa é colocado no sistema econômico o que pode ser feito
bens, direitos e valores de várias maneiras – pelo sistema bancário onde haja facilidades,
O recente fenômeno da globalização aumentou, de modo pela aquisição de bens ou aplicação em empresas de fachada.
significativo, a movimentação de dinheiro pelo mundo. A colocação, ocultação ou conversão: É a introdução do
“Tradicionalmente, a lavagem de dinheiro tem sido encarada dinheiro sujo no sistema financeiro, por intermédio de depósitos
(isoladamente) como a limpeza do dinheiro sujo gerado por bancários, investimentos em valores mobiliários, investimentos
atividades criminosas; na imagem mental coletiva, esses crimes em empresas de fachada etc., onde adquire pela primeira vez uma
estão provavelmente associados ao tráfico de drogas. É claro que distinção em relação as suas origens. Nesta fase, ainda é grande a
a lavagem de dinheiro inclui esse tráfico, mas na verdade abrange ligação destes recursos com seus antecedentes criminais.
muito mais. Para entender e avaliar o poder e a influência da A conversão também chamada de ocultação, em linguagem
lavagem de dinheiro, é necessário recordar a finalidade dos crimes. internacional conhecida como fase do placement, consiste
A imensa maioria dos atos ilegais é perpetrada para conseguir uma na colocação ou na aplicação dos ativos ilícitos em espécie
só coisa: dinheiro. Se for gerado pelo crime, o dinheiro será inútil (dinheiro sujo) no sistema financeiro e econômico, mediante troca
a menos que a fonte sórdida dos recursos possa ser disfarçada ou (conversão) de moeda em casa de câmbio, depósitos bancários,
preferivelmente ‘apagada’. A dinâmica da lavagem de dinheiro investimentos em operações em bolsa, transações imobiliárias,
assenta sobre o âmago corrupto dos muitos problemas sociais e aquisições de jóias e de obras de arte etc., correspondendo essa
econômicos espalhados pelo mundo todo.” ( LILLEY ,2001, p.11) conversão ou ocultação ao objetivo de encobrir a natureza,
“De acordo com ao estudo realizado pode-se afirmar que localização, fonte, propriedade e o controle dos recursos obtidos
a lavagem de dinheiro se encontra estreitamente vinculada à ilicitamente; desta fase podem participar muitas pessoas para diluir
criminalidade organizada, pois, na maioria dos casos, a comissão ou fracionar grandes somas de dinheiro. (BARROS, op.cit., p. 43)
desse delito requer uma estrutura não só para a comissão da Estratificação ou dissimulação:
lavagem como também do delito previsto, o que origina os bens Neste estágio os recursos criminosos são divididos e
que serão lavados. É certo que, na maioria das vezes, o delito que movimentados no sistema econômico financeiro de modo a
gera mais ganhos é o de tráfico de drogas e, portanto, está muito dificultar a identificação de suas origens.
vinculado à lavagem de dinheiro. Porém, no Brasil, não somente “Na segunda etapa do processo de ‘lavagem’ pratica-se
ele gera grandes quantidades aptas à lavagem. Assim, podemos a dissimulação, também conhecida por fase de controle ou
citar outras atividades criminais com a quais se obtêm grandes estratificação, identificada em linguagem internacional como
somas de dinheiro ou bens, como o tráfico de armas, o jogo ilícito, empilage, que corresponde ao acúmulo de investimentos, que
a subtração de veículos e seu contrabando, a extorsão mediante visam maquiar a trilha contábil dos lucros provenientes do crime
seqüestro, as redes de prostituição e a exploração sexual, os antecedente.
crimes contra a administração pública, o roubo de cargas etc. As Nesta fase da ação criminosa, a conduta se reveste de várias
organizações criminais se movem pela facilidade de obtenção de e sucessivas operações e transações econômico-financeiras,
grandes quantias de dinheiro com a comissão de alguns delitos que inclusive nos chamados “paraísos fiscais”, feitas com o
ultrapassam as fronteiras dos países. Essas grandes somas tendem emprego de sofisticados meios eletrônicos e com o propósito de
a ser recicladas mediante sua introdução nos circuitos financeiros, disfarçar e diluir a ilícita origem do dinheiro sujo, sendo então
obtendo assim uma aparência de legalidade.”(CALLEGARI, utilizadas muitas contas bancárias, investimentos diversificados,
2004, p.131)”. aplicações em bolsas, etc., envolvendo a participação de pessoas
A expressão lavagem de dinheiro originou-se, historicamente, físicas e jurídicas empenhadas em camuflar os ativos ilícitos
no costume das máfias norte americanas, na segunda década do (...). É no desenrolar desta “superposição de transações” que
século 20, de usar lavanderias para ocultar a procedência ilegal de o ciclo de ‘lavagem’ basicamente se efetiva, eis que é inerente
seu dinheiro. Deve-se observar que em muitos paises, inclusive à dissimulação o objetivo final de estruturar o lucro ilícito com
Portugal, em vez de ‘lavagem de dinheiro’ é usado o termo nova aparência de ativos lícitos. Portanto, nesta fase, também se
“branqueamento de dinheiro”. Internacionalmente, a expressão apresenta a estruturação, ou seja, a ação do agente lavador que
“money laudering” é utilizada para designar esta atividade. Esta efetua aplicações de grandes volumes de dinheiro gerados pela
terminologia vem recebendo algumas críticas no meio jurídico atividade criminosa (crimes antecedentes), porém, “estruturados”
pela sua falta de rigor técnico devido sua origem popularesca, ou divididos em quantias menores, abaixo do valor para o qual a
e, inclusive, à expressão branqueamento, é atribuída a pecha de lei exige o registro da operação.”(BARROS, op.cit., p. 44).
racista. Alguns doutrinadores preferem utilizar o termo Lavagem Integração:
de Capitais, pelo seu caráter mais abrangente É a fase do processo que os recursos voltam ao sistema
Basicamente três fases compõe o processo de lavagem: econômico sem despertar suspeitas de sua origem, para ser usado
conversão, dissimulação e integração. Não se trata verdadeiramente como bem entender seu proprietário. 13
de etapas distintas, isoladas e obrigatórias, visto que alguns casos “Para concluir o processo, realiza-se a integração (intégration),
caracterizam-se pela manifesta interdependência de operações fase que corresponde ao exaurimento propriamente dito da
paralelas que se comunicam, quando não se sobrepõem, no ‘lavagem’. Consiste em reinserir os lucros e os bens, criminalmente
desenvolvimento do percurso da ‘lavagem’” obtidos, na economia legal sem levantar suspeitas, ou outorgar-
É consensual entre os estudiosos que o processo pelo qual se lhes uma aparência de legitimidade em relação a sua origem”.
efetua a lavagem de dinheiro pode ser dividido em três estágios (CORDERO apud BARROS op.cit. p. 45). Isto geralmente se
básicos, a saber: obtém com a criação ou investimentos em negócios lícitos, ou
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ainda mediante a aquisição de bens em geral (imóveis, obras Para executar este processo de lavagem de dinheiro,
de arte, ouro, jóias, ações, embarcações, veículos automotores, seus mentores utilizam-se de uma variada gama de artifícios,
etc...), sendo o capital, com aparência lícita, reintroduzido nos proporcionados pelos fenômenos da internacionalização dos
setores econômico, financeiro e produtivo da cadeia econômico- mercados, da sofisticação da tecnologia, e do aparecimento de
financeira do país, tal como ocorre com as operações de fundo ambientes políticos e econômicos inseguros.
legítimo.”(BARROS, op. Cit., p. 45). Assim, segundo Lilley, a Internet propicia a lavagem virtual
Também através da internet a lavagem de dinheiro acontece. e o suborno de políticos e profissionais liberais permite que o
Utiliza-se a expressão ciberpagamento como sendo uma de várias dinheiro efetue os trâmites burocráticos necessários, sem grandes
que servem para descrever sistemas que facilitam a transferência empecilhos.
de valores financeiros, isto é, moeda digital. Esses avanços podem Os paraísos fiscais e alguns pequenos países tentam obter
alterar toda a forma de processamento das transações financeiras vantagens oferecendo facilidades de operações financeiras para
e toda a operação do sistema de pagamentos financeiros. Esta qualquer tipo de capital, sem nenhuma preocupação com suas
nova tecnologia irá provocar a alteração de alguns princípios origens.
fundamentais que hoje estão associados a uma sociedade orientada O próprio sistema bancário tradicional fornece preciosas
oportunidades à lavagem de dinheiro, ao permitir, sem maiores
para a moeda. As transações poderão ser feitas via internet ou
exigências, a abertura de contas, em alguns casos dispensando até
através de cartões inteligentes que, diferentemente dos cartões de
a identificação do titular.(LILLEY, 2001)
crédito ou cartões de débito, contêm um microchip que armazena
“A lavagem de capitais é produto da inteligência humana. Ela
valor no cartão. Alguns ciberpagamentos aproveitam ambos os não surgiu do acaso, mas foi e tem sido habitualmente arquitetada
sistemas e, nestes, o elemento comum é que foram criados para dar em toda parte do mundo. A bem da verdade é milenar o costume
às partes envolvidas na transação uma forma imediata, conveniente, utilizado por criminosos no emprego dos mais variados mecanismos
segura e potencialmente anônima de transferir valores financeiros. para dar aparência lícita ao patrimônio constituído de bens e capitais
Uma vez plenamente implementada, essa tecnologia irá impactar a obtidos mediante ação delituosa.” ( BARROS, 2004, p.25 )
vida de usuários em todo o mundo e prestar benefícios facilmente A resposta brasileira ao compromisso assumido na Convenção
visíveis para o comércio legítimo. Mas, irá também ter o potencial de Viena, em 1988, de criminalizar a conduta da lavagem, foi
de facilitar o movimento internacional de recursos ilícitos. consubstanciada na Lei 9.613 de 03 de março de 1998.
Eficientes pela velocidade e seguros pelo anonimato, os Nos dois capítulos iniciais, denominados, respectivamente,
ciberpagamentos guardam estas características positivas do ponto “Dos Crimes de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores”
de vista do público, e também das autoridades incumbidas de e “Disposições Processuais Especiais”, a lei trata, especificamente,
repressão aos crimes de ‘lavagem’, que não querem ver esses da tipificação crime de lavagem de dinheiro e de seus aspectos
sistemas ameaçados. Entretanto, as referidas características tornam processuais.Em seguida, nos capítulos III e IV aborda os efeitos da
esses sistemas igualmente atraentes para aqueles que os usam para condenação e crimes praticados no estrangeiro. Do capítulo V até
fins ilegais. E o maior grau de anonimato, ao mesmo tempo em que o VIII trata de aspectos administrativos e finalmente no capítulo
dá segurança, também dificulta ainda mais as investigações que IX estabelece a criação do Conselho de Controle de Atividades
visam detectar as atividades ilegais. Financeiras (COAF).
Com o advento do banco em domicílio e dos ciberpagamentos, SERGIO NEI VIEIRA ELIAS, em brilhante trabalho citando
sucede um decréscimo das transações realizadas face a face. Há, o prof. BARROS, MARCO ANTÔNIO DE. Lavagem de capitais e
portanto, uma preocupação especial com a incapacidade de as obrigações civis correlatas. com comentário, artigo por artigo, à Lei
instituições financeiras ‘reconhecerem efetivamente seus clientes’ 9613/98, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004 e CALLEGARI,
no mundo potencialmente anônimo do sistema de pagamento sem ANDRE LUÍS. Lavagem de dinheiro. Barueri, SP: Manole, 2004,
papel. E o impacto disto é relevante nos métodos tradicionais de nos ensina sobre esse lei, cujos comentários vamos transcrever:
vigilância e análise de documentos financeiros”. (BARROS, op. A análise do artigo 1º, com seus parágrafos e incisos, mostra
que o crime de lavagem de dinheiro fica caracterizado pela
cit., p. 47).
existência necessária de duas situações:
Em tese, a utilização dos ‘paraísos fiscais’ como instrumento
1. A ocorrência de um crime antecedente dentre aqueles
de investimento externo e de transferência de recursos, não
listados no parágrafo 1º da referida lei.
constitui ilícito penal. Desde que a operação realizada encontre 2. Acontecer a ocultação ou dissimulação da natureza,
amparo legal, prevalece o princípio da liberdade empresarial movimentação, propriedade ou utilização de bens direitos ou
de conduzir os negócios, de modo que, os tributos que se deve valores provenientes deste crime antecedente.
recolher sejam os mais baixos possíveis, pois a ninguém se impõe Assim, conclui-se que a lei destina-se a punir não aos autores
a obrigação de adotar medidas que se tornem mais gravosas as do crime antecedente, que terão suas penas correspondentes ao
prestações tributárias. crime que cometeram, mas sim àqueles que lavam ou tentam lavar
Todavia, a adoção do princípio de liberdade empresarial não o produto deste crime.
é aceita quando o objetivo que move a aplicação financeira é o de Em seu último livro sobre o assunto, Marco Antonio de Barros
atingir especificamente a conversão dos ativos ilícitos (dinheiro faz uma análise sistemática do tipo da lei de lavagem.
“sujo”) em lícitos. No vasto campo da ‘lavagem’, os ‘paraísos Inicia examinando o sentido das palavras que compõe o
fiscais’ são utilizados com freqüência pelos criminosos, sendo que “caput” do art.1º “Ocultar ou dissimular a natureza, origem,
estimativas não comprovadas apontam que, nas ‘lavanderias’ do localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens,
Planeta, circulam aproximadamente ¼ (um quarto) das finanças direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de
mundiais.” (BARROS, op. cit., p. 82). crime”:
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“Ocultar significa encobrir, esconder, sonegar, não revelar, “Extorsão mediante seqüestro(...)
enquanto dissimular é ocultar com astúcia, fingir, disfarçar. A A extorsão mediante seqüestro configura-se quando o
natureza representa a própria especificidade ou as características criminoso seqüestra uma pessoa para o fim de obter, para si ou para
estruturais dos bens, direitos ou valores, enquanto a origem liga- outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.
se a procedência ou forma de obtenção desses bens, direitos ou Trata-se de crime hediondo, assim declarado pela Lei 8.072/90,
valores. Por localização entende-se onde 26 possam esses bens, que impôs severo rigor restritivo à liberdade do agente, a quem
se reserva a pena de reclusão, de oito a quinze anos, consoante
direitos ou valores ser encontrados, e disposição o local em que
estabelece o art. 159, caput, do CP.” (BARROS op.cit., p.136)
estariam, metodicamente colocados, utilizados ou a situação em “Crimes contra a Administração Pública (...)
que se encontram. No tocante à movimentação, servem os atos A redação deste inc. V não é precisa. Melhor teria feito o
de deslocamento, aplicação, circulação ou mudança de posição de legislador, se indicasse quais são os crimes contra a Administração
tais bens, direitos ou valores. Como última observação anota-se Pública que efetivamente guardam conexão com a ‘lavagem’. É
que a propriedade corresponde à titularidade e domínio de bens, que essa espécie de delinqüência astuciosa leva em consideração
direitos ou valores que integrem o patrimônio proveniente de toda a atividade estatal, nos campos subjetivo e objetivo e encontra-
crime antecedente. (...) Bens são definidos juridicamente como se refletida em inúmeras normas do Código Penal e também em
toda coisa, todo direito, toda obrigação, enfim, qualquer elemento outras leis esparsas. Desta forma, a menção genérica da modalidade
criminal precedente pode produzir incertezas e debates jurídicos
material ou imaterial, representando uma utilidade ou uma riqueza,
que somente serão suplantados pelo bom senso do aplicador do
integrado no patrimônio de alguém e passível de apreciação direito a quem cabe, para efeito de responsabilização do crime
monetária. Direitos, de seu turno, podem ser definidos sob vários de ‘lavagem’ de capitais, desempenhar a tarefa de delimitar
aspectos, porém, o sentido que melhor se aplica como instrumento adequadamente a conduta criminosa antecedente.
da ‘lavagem’ é aquele oriundo do jus romano, compreendido na Com efeito, somente na parte especial do Código Penal reserva-
fruição e gozo de tudo o que nos pertence, ou que nos é dado. se o Título XI, composto de cinco capítulos, com nada menos do
Valores, em sentido econômico, exprimem o grau de utilidade que 61 artigos (sem contar os seus parágrafos e incisos), versando
das coisas, ou bens, ou a importância que lhes concedemos para sobre o gênero Crimes contra a Administração Pública (conforme
arts. 312 a 359-H). Neste amplíssimo leque estão incluídas as
a satisfação de nossas necessidades.” (BARROS, op.cit., p.110 e
seguintes modalidades criminosas: a) crimes praticados por
112 ) funcionário público contra a administração em geral; b) crimes
Em seguida descreve e comenta cada um dos crimes praticados por particular contra a administração em geral; c)
antecedentes elencados no artigo 1º : crimes praticados por particular contra a Administração Pública
“Tráfico de substâncias entorpecentes (...) estrangeira; d) crimes contra a administração da justiça; e) crimes
Sem dúvida, a raiz marcante dos crimes de ‘lavagem’ é o contra as finanças públicas.” (BARROS, op.cit., p.138)
narcotráfico e a disseminação do consumo de drogas, sobretudo “Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional(...)
daquelas mais baratas, que gravíssimas conseqüências de ordem Persegue-se aqui a ‘lavagem’ decorrente de lucro auferido pela
físico-psíquica causam ao usuário (...) Há indicativos de que o prática de crime antecedente, cuja conduta criminosa se amolde
a um dos tipos penais ditados pela chamada Lei dos Crimes do
tráfico de drogas, desde a produção até a distribuição, movimenta
‘Colarinho Branco’, de que trata a Lei 7.492/86, parcialmente
no mundo, segundo cálculos da ONU, cerca de US$400 bilhões alterada pela Lei 9.080/95, e também da ‘lavagem’ do produto
anuais, metade dos quais lavados por organizações criminosas. ilícito obtido mediante o cometimento de crime previsto na Lei
Estima-se que no Planeta existam mais de cento e oitenta milhões 6.385/76, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria
de consumidores de drogas, e que essa indústria criminosa a CVM.
movimenta o dobro do que fatura a indústria mundial de produtos Considerando que um dos bens tutelados pela lei dos crimes
químicos, ou o equivalente ao comércio mundial de petróleo e de ‘lavagem’ é a própria segurança do sistema financeiro nacional,
gás, e um pouco mais do que as receitas do turismo.” (BARROS, em tese, qualquer um dos vinte e dois crimes relacionados pela
Lei 7.492/86 pode ser tido com antecedente.”(BARROS, op.cit.,
op.cit., p.113)
p.161)
“Terrorismo e de seu financiamento(...) “Praticado por organização criminosa(...)
Atualmente existem dois segmentos do gênero terrorismo: um Neste item, Barros salienta a dificuldade para definir, em
visa alcançar fim político, pressionar a modificação da estrutura nossa legislação, o que seja “organização criminosa”.
do Estado ou agir em represália à atividade política ou econômica “A omissão é desconcertante. Ninguém há de negar que as
de um Estado em relação a outro; e o segundo é o terrorismo organizações criminosas existem. Suas estruturas e formas de
religioso ou ideológico, que em algumas ações do islamismo tem operacionalização dos ilícitos, tal como já foram descritas, são
utilizado, como poderosa arma de agressão, combatentes suicidas.” do conhecimento das autoridades constituídas. Aliás, tanto isto é
(BARROS, op.cit., p.123) verdadeiro que o próprio Poder Executivo enviou Projeto de Lei
ao Congresso propondo a inserção do art. 288-A, no Código Penal,
“Contrabando ou tráfico de armas, munições ou material
com a seguinte redação: ‘Organização Criminosa – Associarem-se
destinado à sua produção(...) três ou mais pessoas em grupo organizado, por meio de entidade
Tráfico de armas, tráfico de drogas ou contrabando são ou não, de forma estruturada e com divisão de tarefas, valendo-se
atividades criminosas que se entrelaçam. A mídia nos dá o de violência, intimidação, corrupção, fraude ou de outros meios
testemunho vivo e diário de que os traficantes de drogas ostentam assemelhados, para o fim de cometer crime: Pena – reclusão de
poderosíssimo armamento bélico, de eficiência e tecnologia cinco a dez anos e multa. Parágrafo único. Aumenta-se a pena de
incomparáveis ao que é normalmente utilizado pelos agentes 1/3 à metade se o agente promover, instituir, financiar ou chefiar a
policiais.” (BARROS, op.cit., p.132) organização criminosa’.
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Enquanto perdurar a pendência legislativa, não será possível “ Recepção do produto dos crimes antecedentes(...)
eliminar o efeito negativo que a situação provoca no combate aos Desse modo, o legislador não deixa de punir a receptação
crimes de ‘lavagem’.”(BARROS op.cit, p. 176) posterior à consumação do crime antecedente, tendo por objeto
“Praticado por particular contra a administração pública o produto lucrativo originário de um dos ilícitos enumerados nos
estrangeira (...) oito incisos do art. 1º da Lei de ‘Lavagem’. Mas impõe dizer que
Combate-se, por força deste novo dispositivo, a ocultação e esta receptação deve ter por finalidade encobrir ou dissimular
a utilização do lucro ou patrimônio ilícito resultante de um dos
a dissimulação do capital produzido sob a forma ilícita de crimes
crimes antecedentes. Vale dizer: esta figura equiparada ao crime
praticados por particular contra a administração pública estrangeira. de ‘lavagem’ exige, para a sua configuração, a conduta dolosa do
Cuida-se dos delitos de corrupção ativa e tráfico de influência nas agente que transaciona os bens, direitos ou valores, com plena
transações comerciais internacionais. Mas é claro que, do ponto ciência da origem ilícita destes e com a manifesta vontade de
de vista da repressão criminal de caráter internacional, pouca ou ocultá-los ou de dissimular a sua utilização.” (BARROS, op. cit.,
nenhuma relevância tem a corrupção casuística de conseqüência p.191)
monetária limitada, visto que interessa obstar a ‘corrupção “Importação ou exportação de bens com falsos valores(...)
macroeconômica’ ou seja, aquela que se afasta da delinqüência Com a importação ou exportação de coisas sobrefaturadas ou
comum e se aproxima da criminalidade organizada e que coloca subfaturadas, o agente quer encobrir ou dissimular o lucro ilícito
em risco o próprio desenvolvimento socioeconômico do País, na obtido com a prática do crime antecedente e, ao mesmo tempo,
pretende introduzi-lo no mercado econômico e financeiro com
medida em que prejudica a arrecadação de tributos necessários
aparência de lícito. Na ação penal caberá ao Ministério Público
para o cumprimento de metas sociais e de superação da pobreza.” provar que o réu tinha ciência da origem criminosa do capital
(BARROS, op.cit., p. 179) constituído por bens, direitos e valores, os quais são provenientes
A lei continua a estabelecer situações típicas para o crime de do crime antecedente; que a importação ou a exportação de bens
lavagem de dinheiro, em seu artigo 1º, § 1º: “Incorre na mesma tinha por finalidade ocultar ou dissimular a utilização desse capital;
pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos e que os valores da transação realizada não são verdadeiros.”
ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes (BARROS, op. cit., p .192)
referidos neste artigo: I - os converte em ativos lícitos; II - os Em seguida, no parágrafo 2º, a lei descreve nova situação
adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, geradora do crime que ora analisamos: “Incorre, ainda, na mesma
tem em depósito, movimenta ou transfere; III - importa ou exporta pena quem: I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens,
bens com valores não correspondentes aos verdadeiros”. direitos ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos
crimes antecedentes referidos neste artigo; II - participa de grupo,
Em seguida, nos incisos, I, II e III são elencadas três maneiras
associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade
de se ocultar ou dissimular esta utilização. Fica implícito que nesta principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos
segunda versão o responsável deve agir com ciência da origem nesta Lei.
ilícita dos recursos, para que possa configurar-se a lavagem de Neste inciso I, em nosso entendimento, o legislador tenta
dinheiro. reprimir a última fase do processo, isto é a integração. Assim,
Ao analisar estas formas derivadas do crime de lavagem se o dinheiro obtido pelos crimes antecedentes elencados na lei,
descritas no parágrafo 1º, Marco Antonio de Barros analisou cada aparece agora sem nenhum indício, mas, por alguma circunstância
inciso separadamente, como veremos adiante: a pessoa sabe de sua origem, então cometerá crime se utilizar estes
“ Conversão dos produtos ilícitos em ativos lícitos(...) recursos em sua atividade econômica. Assim se manifestaram os
Pela redação deste dispositivo, depreende-se que o legislador autores:
“No inc. I do § 2º o legislador tipificou a conduta do sujeito que
quer cercar a ação de terceira pessoa, a qual, sabedora de que
utiliza, na atividade econômica ou financeira de bens, direitos ou
os bens, direitos e valores são provenientes de qualquer crime valores que sabe ser proveniente dos crimes antecedentes. A nosso
antecedente, os converte em ativos lícitos para ocultar ou dissimular juízo a comissão dessa modalidade só é possível pelo dolo direto,
a sua utilização. O elemento subjetivo desta infração é o dolo, pois para que exista a figura típica é necessária a comprovação de
pois não é razoável punir o chamado ‘laranja’, em geral pessoa que o sujeito sabia a origem dos bens ilícitos e mesmo assim os
ingênua, simples e sem capacidade econômica à altura de cometer introduziu no sistema econômico, utilizando-os em seu benefício
crime desta natureza, se apenas contribuiu de forma culposa, isto ou em benefício de terceiros.”(CALLEGARI, op. cit., p. 155)
é, se agiu tão somente com negligência ou imprudência. “Bastará que o agente exerça a atividade econômica ou
Enquanto as modalidades alternativas do tipo penal descrito no financeira, e que no exercício destas, utilize o lucro ou patrimônio
art. 1º, caput, identificam a ‘lavagem’ na ocultação ou dissimulação que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes anteriores
da natureza, origem, localização, movimentação ou propriedade conexos à ‘lavagem’.
Como o legislador utilizou a expressão ‘que sabe serem
de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente,
provenientes’, firma-se a idéia de que esta figura penal somente
dos crimes básicos já mencionados, a regra prevista no inc. I do se perfaz com o dolo direto. Isto pelo fato de não ter sido usada a
§ 1º refere-se à conversão do capital em ativos lícitos, a qual é terminologia ‘deve saber’, o que conduziria à remota possibilidade
feita para ocultar ou dissimular a utilização dos lucros ilícitos. Em de se responsabilizar criminalmente o agente por dolo eventual.
outras palavras, as modalidades do crime que compõem o caput do Para ser responsabilizado, o agente deve estar consciente da origem
art. 1º correspondem ao que se pode chamar de ‘lavagem’ direta ou ilícita do dinheiro ou do patrimônio. E não se exige provar que ele
primária, enquanto as figuras previstas no seu § 1º são destinadas visa ocultar ou dissimular esta origem, mas basta demonstrar que
a punir condutas secundárias ou paralelas, que colaboram com a sua vontade é utilizá-los na atividade econômica ou financeira que
lavagem ” (BARROS, op. cit, p. 189) exerce.” (BARROS, op.cit, p.193)
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Finalmente, no inciso II, a lei encerra o elenco de situações, “Ao receber a denúncia pode o juiz fundamentar a sua decisão
que caracterizam o crime por ela disposto, penalizando a consignando estar convencido de que constatou a presença de
participação em associação formal ou informal de pessoas que indícios da ocorrência do crime de ‘lavagem’ e de sua autoria,
pratiquem a lavagem. bem como, que existem indícios suficientes da prática do crime
“Por fim, na modalidade prevista no inc. II do § 2º o legislador antecedente. (...)
buscou a punição do sujeito que participa de grupo, associação ou Sem que existam sérios indícios da ocorrência do crime
escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou antecedente, a denúncia não pode ser recebida pelo juiz, e isto
por faltar justa causa para o início do processo. ‘Sérios indícios’,
secundária é dirigida para a prática dos crimes previstos na Lei
segundo a doutrina espanhola, correspondem àqueles ‘plenamente
de Lavagem. Não faz falta essa modalidade, pois a punibilidade acreditados’, conforme assevera Miguel Angel Montañes Pardo,
do sujeito ficaria abarcada pela norma prevista no art. 29, CP, que ao dizer ser necessário que os indícios sejam fatos plenamente
trata do concurso de pessoas”.(CALLEGARI, op. cit., p.155) acreditados e não meras conjecturas ou suspeitas, pois não é
“Estão envolvidas nessa espécie de criminalidade transacional possível construir certezas sobre simples probabilidades. Ademais,
pessoas físicas e jurídicas de múltiplas camadas. Pretende o os indícios devem ser provados, como é óbvio, por provas lícitas
legislador que a lei sirva de instrumento eficaz para punir toda e e legalmente obtidas como se tratasse de qualquer outro fato. A
qualquer forma de ‘lavagem’ que possa existir. Então a reprimenda satisfação deste pressuposto reafirma o entendimento de que
destina-se a atacar grupos, associações ou escritórios que em suas embora prestigiado o princípio da autonomia dos processos, a
atividades, principais ou secundárias, executem operações ou independência destes não é total, pois a lei exige a apresentação
transações ligadas aos crimes de ‘lavagem’ (...). de denúncia lastreada em razoável base de materialidade ou da
A responsabilização penal aqui comentada acaba sendo aplicada existência do delito anterior.”(BARROS, op. cit., p. 220)
por incidência natural da regra prevista no art. 29 do Código Penal, O problema, verdadeiramente irá se apresentar após o
o qual estabelece que quem, de qualquer modo, concorre para acolhimento do processo, por ocasião da sentença, pois aí será
o crime, incinde nas penas, a este cominadas, na medida de sua necessário que o juiz possua certeza do cometimento do crime
culpabilidade.”(BARROS, op. cit., p. 194) anterior, pois assim exige o texto da lei ao tipificar o crime. Poderá
2.2.2.2 Análise dos aspectos processuais do Capítulo II o juiz julgar que houve este cometimento sem a devida sentença
“Na lei brasileira, três pontos chamam a atenção: a) o tipo condenatória?
da ‘lavagem’ ou ocultação de bens, direitos ou valores atrela-se a O capítulo III
crimes antecedentes, cujo rol vem enunciado no próprio art. 1° da Neste capítulo a lei estabelece a perda em favor da União do
patrimônio obtido com o crime de lavagem, ressalvado direito
Lei 9.613/1998 (tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas afins;
do lesado ou de terceiro de boa-fé; e a proibição do exercício de
terrorismo e seu financiamento; contrabando ou tráfico de armas, alguns cargos e funções, pelo tempo em dobro da pena de privação
munições ou material destinado à sua produção; extorsão mediante de liberdade aplicada.
seqüestro; crimes contra a Administração Pública; crimes contra o O capítulo IV
sistema financeiro; crimes praticados por organização criminosa, Neste capítulo, a lei estende o confisco ao patrimônio obtido
etc.); b) assenta-se a independência da apreciação judicial do em crimes efetuados no estrangeiro, estabelecendo os critérios
crime de ‘lavagem’ ou ocultação de bens, direitos ou valores, no para sua realização. Assim, segundo Marco Antonio de Barros, a
tocante ao processo e julgamento do crime antecedente(art.2°,II, lei atende ao compromisso de cooperação internacional assumido
da Lei 9.613/1998); e c) propõe-se a possibilidade, em crime de na reunião do GAFI em 1989.( BARROS, op.cit.)
‘lavagem de dinheiro’ de a denúncia ser instruída, apenas, com O capítulo V e seguintes:
‘indícios suficientes da existência do crime antecedente’ (art. 2º, § A partir do capítulo V até o IX a lei deixa de tratar
1º, da Lei 9.613/1998). especificamente do crime de lavagem e seus aspectos penais e
Os dispositivos, não obstante os dois últimos (art.2°, II, processuais, para tratar, por intermédio de medidas administrativas,
e art. 2º, § 1º, ambos da Lei 9.613/1998) possuírem caráter de da prevenção do crime de lavagem, definindo atribuições,
direito processual, têm indiscutível importância para o exame da elaborando normas e até criando órgãos específicos como é o caso
tipicidade do crime do art. 1º da Lei 9.613/1998).” (PITOMBO, do COAF.
2003, p.18) “Mas, neste e nos capítulos subseqüentes, passa o legislador a
A necessidade da existência de um crime antecedente é ditar normas obrigacionais civis correlatas ao propósito de impedir,
exigida para caracterizar o crime de lavagem, mas este fato não senão dificultar, a utilização de setores regulares da atividade
precisa estar configurado por prova evidente, mas indícios poderão econômica como instrumentos úteis para a prática de operações
que a lei coíbe.” (BARROS, op. cit., p.274)
ser considerados suficientes.
Capítulo V
“Art. 2º § 1º A denúncia será instruída com indícios suficientes Inicialmente, no artigo 9º deste Capítulo, a lei define
da existência do crime antecedente, sendo puníveis os fatos taxativamente as pessoas jurídicas que se subordinarão às
previstos nesta Lei, ainda que desconhecido ou isento de pena o obrigações nela previstas.
autor daquele crime.” São instituições brasileiras ou estrangeiras representadas,
“O legislador brasileiro não exigiu a prova do delito assim como: bancos e instituições financeiras; corretoras de câmbio,
antecedente ao de lavagem para que se possa iniciar o processo e seguro e valores mobiliários; bolsas de valores e mercadorias;
o julgamento deste crime. Assim, bastaria a existência de indícios casas de custódia; administradoras de cartão de crédito; empresas
do crime antecedente para que o Ministério Público desse início de leasing e de factoring; entre outras, abrangendo, ainda, todas
à ação penal. Isso encontra respaldo no art. 2°, § 1°, da Lei n. as entidades cujo funcionamento dependa de autorização de órgão
9.613/98, que dispões expressamente: ‘A denúncia será instruída regulador dos mercados financeiro, de câmbio, de capitais e de
com indícios suficientes da existência do crime antecedente, sendo seguros. Incluem-se também neste rol, as empresas ou pessoas
puníveis os fatos previstos nesta lei, ainda que desconhecido ou que promovam ou comercializem imóveis, bens de luxo ou de alto
isento de pena o autor daquele crime.” (CALLEGARI, op. cit., p valor, assim como as que comercializem pedras e metais preciosos
85) e objetos de arte e antiguidades.
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Neste ponto, descreveremos as responsabilidades dos órgãos relacionadas no art. 9°, qual seja, a de manter o registro de toda
reguladores, aproveitando citação de Marco Antonio de Barros: transação em moeda nacional ou estrangeira, títulos e valores
“E quais são estas ‘autoridades competentes’ repetidas vezes mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer ativo passível
mencionadas nos dispositivos em estudo? de ser convertido em dinheiro, quando a pessoa física ou jurídica,
A primeira autoridade a ser mencionada é a COAF – Conselho seus entes ligados, houver realizado, em um mesmo mês-
de Controle de Atividades Financeiras, órgão criado por esta lei e calendário, operações com uma mesma pessoa, conglomerado
subordinado ao Ministério da Fazenda que não goza de exclusiva ou grupo que, em seu conjunto, ultrapassem o limite fixado pela
atribuição para baixar as instruções de interesse fiscalizatório autoridade competente.” (BARROS, op. cit., p 287)
e investigativo envolvendo operações suspeitas de ‘lavagem’.
A propósito, a lei reza que ‘as instruções referidas no art. 10 Capítulo VII
destinadas às pessoas mencionadas no art. 9, para as quais não No capítulo VII, em seu artigo 11, a lei trata da comunicação
exista órgão próprio fiscalizador ou regulador, serão expedidas de operações financeiras suspeitas, por apresentarem sérios
pela COAF.’ indícios dos crimes de lavagem, no prazo de 24 horas e sem
Tenha-se presente a confirmação da existência de outros entes conhecimento dos titulares da operação. Novamente, deixa a cargo
encarregados da fiscalização que também são competentes para das autoridades competentes a edição de instruções definindo estas
baixar as instruções regulamentadoras e, ao mesmo tempo, são os operações suspeitas nas suas respectivas áreas de atuação
destinatários das comunicações obrigatórias adiante mencionadas, Mesmo com a posterior definição das operações suspeitas
nos seguintes exemplos: a) para as pessoas jurídicas ou físicas pelas respectivas reguladoras, esta medida requer especial atenção
relacionadas no art. 9° e seu parágrafo único, que operam no pela sua difícil operacionalidade.
sistema financeiro, a autoridade que goza de competência privativa Em alguns casos, pelo desejo das autoridades de não deixar
é o Banco Central do Brasil – BACEN; b) para as pessoas jurídicas brechas aos possíveis lavadores, o universo de operações suspeitas
ou físicas que operam com valores mobiliários, como as bolsas, aumenta de tal maneira que torna a sua comunicação e posterior
a autoridade competente é a Comissão de Valores Mobiliários análise uma tarefa praticamente quase impossível de ser realizada
– CVM; c) para aqueles que operam no sistema de seguro e integralmente, inclusive, devido ao exíguo prazo de 24 horas para
capitalização, a autoridade competente é a Superintendência de sua efetivação.
Seguros Privados- SUSEP”. (BARROS, op. cit., p 291) “Na verdade, para que a Lei de ‘Lavagem possa efetivamente
Capítulo VI produzir resultados positivos no combate à criminalidade
Aqui a lei trata da identificação dos clientes, através de organizada é indispensável a conjugação de esforços entre a
cadastros atualizados, e manutenção de registros de operação, nos sociedade e o Estado. Nesta batalha sem fim, a participação de
termos de instruções emanadas das autoridades competentes. setores privados da sociedade, que esta lei indica no art. 9° e seu
Neste ponto, a lei não define explicitamente o que é cadastro parágrafo único, passa a ser de vital importância. Contudo, é preciso
atualizado, ficando a cargo do órgão fiscalizador fazê-lo, através raciocinar tendo em vista a realidade do nosso povo. Desejar que o
de seu entendimento tácito ou por edição de norma complementar. universo constituído pelas pessoas jurídicas e físicas oneradas pela
“A lei determina que se mantenha cadastro atualizado lei seja capaz de identificar as operações que ‘possam constituir-
dos clientes e o registro de todas as operações financeiras ou se em sérios indícios dos crimes de lavagem’ é, a meu ver, um
comerciais, bem como de qualquer ativo passível de ser convertido sonho de concretude inatingível na proporção do que se proclama.
em dinheiro, que ultrapasse o limite fixado pela autoridade É certo que esta tarefa poderá vir a ser desenvolvida com algum
administrativa competente. Essa forma de executar a vigilância êxito em determinados setores, mormente pelas pessoas jurídicas
compartilhada com setores econômicos e financeiros privados do razoavelmente estruturadas. Porém, o grosso das pessoas obrigadas
País, sem despesas adicionais para o erário, tornou-se comum entre a cumprir essas normas administrativas, com certeza, ainda que
os países que já criminalizam a ‘lavagem’ de dinheiro. Seguindo os possam demonstrar boa vontade, pouco ou nada acrescentarão ao
passos dos Estados Unidos da América, as legislações da Bélgica, desiderato do legislador.” (BARROS, op.cit.,p.306)
Espanha e Portugal também a adotaram.
Não há indicativo claro do que seja cadastro atualizado, mas a Capítulo VIII
lei impõe a obrigação de conservar o cadastro e os registros durante No capítulo VIII, em seu artigo 12, a lei define as sanções
o período mínimo de cinco anos, a partir do encerramento da conta administrativas a serem aplicadas pelo descumprimento das
ou da conclusão da transação; este prazo pode ser ampliado pela obrigações administrativas determinadas nos artigos 10 e 11.
autoridade competente.”(BARROS, op.cit., p.285) As sanções vão da advertência, passando pela multa, até a
Sobre os registros, a lei recomenda, no art.10, incisos I e II, inabilitação temporária ou definitiva,dependendo da gravidade ou
que sejam selecionadas com este objetivo, as operações acima da reincidência da infração.
de determinado valor, considerado relevante pela instituição As sanções e seus critérios de aplicação estão claramente
reguladora. Para evitar a dissimulação do valor da operação, descritos na lei de modo a não deixar dúvidas sobre sua utilização.
pelo uso do artifício do fracionamento em operações menores,
recomenda, no § 3º, que o valor limite também seja considerado Capítulo IX
para a soma das operações verificadas em um mesmo mês. Neste capítulo a lei cria o Conselho de Controle de Atividades
“Para impedir que o autor do crime de ‘lavagem’ ludibrie Financeiras - COAF, “com a finalidade de disciplinar, aplicar penas
o sistema de registros e cadastros, a lei acrescenta uma administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências
providência complementar, impondo mais uma obrigação a todos suspeitas de atividades ilícitas previstas nesta Lei, sem prejuízo da
os profissionais e pessoas físicas ou jurídicas genericamente competência de outros órgãos e entidades”.
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2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe destinado à sua produção;
a quem: IV - de extorsão mediante seqüestro;
a) tenha por lei obrigaçãode cuidado, proteção ou vigilância” V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência,
Também observamos que o Conselho Monetário Nacional e para si ou para outrem, direta ou indiretamente, de qualquer
o Banco Central do Brasil baixaram Resoluções, Circulares onde vantagem, como condição ou preço para a prática ou omissão de
o legislador procurou insistentemente coibir as práticas abusivas atos administrativos;
que desafiam a inteligência nacional e estrangeiras nas soluções, VI - contra o sistema financeiro nacional;
uma vez que para que seja tipificado a lavagem é utilizado vários VII - praticado por organização criminosa.
caminhos – no campo do nacional e internacional, o que faz e torna VIII – praticado por particular contra a administração pública
difícil a solução e a punição dos criminosos. estrangeira (arts. 337-B, 337-C e 337-D do Decreto-Lei no 2.848,
No aspecto cível, o tema da recuperação de ativos tem outros atores. de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal). (Inciso incluído pela
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a Advocacia Geral Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
da União (AGU) e os órgãos correspondentes da estrutura dos Estados- Pena: reclusão de três a dez anos e multa.
membros têm legitimidade para atuar em juízo em execuções fiscais e em § 1º Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular
outras ações cíveis, assim como em ações de improbidade administrativa. a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de qualquer
Não se pode deixar de mencionar, como órgão do sistema, dos crimes antecedentes referidos neste artigo:
o Departamento de Cooperação Jurídica Internacional e de I - os converte em ativos lícitos;
Recuperação de Ativos (DRCI). Criado em 2003 por decreto II - os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,
presidencial, o DRCI tem dúplice função. A primeira é a de atuar guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
como autoridade central do sistema de cooperação internacional na III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes
quase totalidade dos tratados bilaterais e multilaterais de categoria aos verdadeiros.
penal firmados pelo Brasil, com exceção do acordo Brasil-Portugal, § 2º Incorre, ainda, na mesma pena quem:
no qual a autoridade central é o Centro de Cooperação Jurídica I - utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos
Internacional (CCJI) da Procuradoria Geral da República. ou valores que sabe serem provenientes de qualquer dos crimes
A segunda atribuição do DRCI é a de colaborar com os órgãos antecedentes referidos neste artigo;
de persecução criminal e com as demais entidades encarregadas da II - participa de grupo, associação ou escritório tendo
recuperação de ativos, para a efetividade das medidas de recuperação conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é
do patrimônio da União e de seus entes, assim como para o confisco dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
de valores obtidos em atividades criminosas, especialmente a lavagem § 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art.
de dinheiro. 14 do Código Penal.
O DRCI também é responsável pela coordenação da Estratégia § 4º A pena será aumentada de um a dois terços, nos casos
Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro previstos nos incisos I a VI do caput deste artigo, se o crime for
(ENCCLA) cometido de forma habitual ou por intermédio de organização
Por fim, a preocupação maior, quando se cuida da lavagem criminosa.
de dinheiro, está em não permitir a utilização no processo penal § 5º A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser
de provas ilicitamente obtidas e em respeitar a ampla defesa e o cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar de aplicá-la ou
contraditório, garantias essas que, se ofendidas, fariam cair por substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-autor ou
terra todos os esforços para a punição dos culpados. Enquanto partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando
os agentes criminosos não têm limites em suas práticas, o Estado esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais e
deve respeitar os direitos fundamentais. de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto
do crime.
LEI Nº 9.613, DE 3 DE MARÇO DE 1998.
CAPÍTULO II
Dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, Disposições Processuais Especiais
direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema financeiro
para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta
Atividades Financeiras - COAF, e dá outras providências. Lei:
I – obedecem às disposições relativas ao procedimento comum
CAPÍTULO I dos crimes punidos com reclusão, da competência do juiz singular;
Dos Crimes de “Lavagem” ou Ocultação de Bens, II - independem do processo e julgamento dos crimes
Direitos e Valores antecedentes referidos no artigo anterior, ainda que praticados em
outro país;
Art. 1º Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, III - são da competência da Justiça Federal:
disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou a) quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem
valores provenientes, direta ou indiretamente, de crime: econômico-financeira, ou em detrimento de bens, serviços ou
I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas interesses da União, ou de suas entidades autárquicas ou empresas
afins; públicas;
II – de terrorismo e seu financiamento; (Redação dada pela b) quando o crime antecedente for de competência da Justiça
Lei nº 10.701, de 9.7.2003) Federal.
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X - as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção § 1º As autoridades competentes, nas instruções referidas no
imobiliária ou compra e venda de imóveis; inciso I deste artigo, elaborarão relação de operações que, por suas
XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, características, no que se refere às partes envolvidas, valores, forma
pedras e metais preciosos, objetos de arte e antigüidades. de realização, instrumentos utilizados, ou pela falta de fundamento
XII – as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens econômico ou legal, possam configurar a hipótese nele prevista.
de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam § 2º As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista neste
grande volume de recursos em espécie. (Incluído pela Lei nº artigo, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa.
10.701, de 9.7.2003) § 3º As pessoas para as quais não exista órgão próprio
fiscalizador ou regulador farão as comunicações mencionadas
CAPÍTULO VI neste artigo ao Conselho de Controle das Atividades Financeiras -
Da Identificação dos Clientes e Manutenção de Registros COAF e na forma por ele estabelecida.
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§ 1º As instruções referidas no art. 10 destinadas às pessoas III - definir os critérios e procedimentos para
mencionadas no art. 9º, para as quais não exista órgão próprio seleção,treinamento e acompanhamento da situação econômico-
fiscalizador ou regulador, serão expedidas pelo COAF, competindo- financeira dos empregados da instituição;
lhe, para esses casos, a definição das pessoas abrangidas e a IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços,sob
aplicação das sanções enumeradas no art. 12. a ótica da prevenção dos mencionados crimes;
§ 2º O COAF deverá, ainda, coordenar e propor mecanismos V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua
de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações ausência, pela diretoria da instituição;
rápidas e eficientes no combate à ocultação ou dissimulação de VI - receber ampla divulgação interna.
bens, direitos e valores. § 2º Os procedimentos de que trata o caput devem incluir
§ 3o O COAF poderá requerer aos órgãos da Administração medidas prévia e expressamente estabelecidas, que permitam:
Pública as informações cadastrais bancárias e financeiras de I - confirmar as informações cadastrais dos clientes identificar
pessoas envolvidas em atividades suspeitas. (Incluído pela Lei nº os beneficiários finais das operações;
10.701, de 9.7.2003) II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como
Art. 15. O COAF comunicará às autoridades competentes pessoas politicamente expostas.
para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir § 3º Para os fins desta circular, considera-se clienteeventual
pela existência de crimes previstos nesta Lei, de fundados indícios ou permanente qualquer pessoa natural ou jurídica com a
de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. qualseja mantida, respectivamente em caráter eventual ou
Art. 16. O COAF será composto por servidores públicos de permanente,relacionamento destinado à prestação de serviço
reputação ilibada e reconhecida competência, designados em ato financeiro ou àrealização de operação financeira.
do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro § 4º Os procedimentos de que trata o caput devem ser
de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da Comissão de reforçados para início de relacionamento com:
Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes
da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da localizados no exterior, especialmente em países,territórios e
Receita Federal, de órgão de inteligência do Poder Executivo, dependências que não adotam procedimentos de registro e controle
do Departamento de Polícia Federal, do Ministério das Relações similares aos definidos nesta circular.
Exteriores e da Controladoria-Geral da União, atendendo, nesses II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico,
quatro últimos casos, à indicação dos respectivos Ministros de mediante correspondentes no País ou por outros meios indiretos.
Estado. (Redação dada pela Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Manutenção de Informações Cadastrais Atualizadas
§ 1º O Presidente do Conselho será nomeado pelo Presidente Art. 2º As instituições mencionadas no art. 1º devemcoletar
da República, por indicação do Ministro de Estado da Fazenda. e manter atualizadas as informações cadastrais de seusclientes
§ 2º Das decisões do COAF relativas às aplicações de penas permanentes, incluindo, no mínimo:
administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado da Fazenda. I - as mesmas informações cadastrais solicitadas dedepositantes
Art. 17. O COAF terá organização e funcionamento definidos previstas no art. 1º da Resolução nº 2.025, de 24 denovembro de
em estatuto aprovado por decreto do Poder Executivo. 1993, com a redação dada pela Resolução nº 2.747, de 28de junho
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. de 2000;
CIRCULAR BACEN 3.461/09 II - os valores de renda mensal e patrimônio, no caso depessoas
Consolida as regras sobre os procedimentos a serem adotados naturais, e de faturamento médio mensal dos doze mesesanteriores,
na prevenção e combate às atividades relacionadas com os crimes no caso de pessoas jurídicas; III - declaração firmada sobre os
previstos na Lei nº 9.613, de três de março de 1998. propósitos e a naturezada relação de negócio com a instituição.
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão § 1º As informações relativas a cliente pessoa natural devem
realizada em 23 de julho de 2009, com base no disposto nos arts. abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-la.
10,inciso IX, e 11, inciso VII, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro § 2º As informações cadastrais relativas à cliente pessoa
de1964, 10 e 11 da Lei nº 9.613, de três de março de 1998, e tendo jurídica devem abranger as pessoas naturais autorizadas a
em vista o disposto na Convenção Internacional para Supressão do representá-la, bem como a cadeia de participação societária, até
Financiamento do Terrorismo, adotada pela Assembleia-Geral das alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final.
Nações Unidas em nove de dezembro de 1999, promulgada por § 3º Excetuam-se do disposto no § 2º as pessoas
meio do Decreto nº5.640, de 26 de dezembro de 2005, jurídicasconstituídas sob a forma de companhia aberta ou entidade
DECIDIU: sem fins lucrativos, para as quais as informações cadastrais devem
Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições abranger as pessoas naturais autorizadas a representá-las, bem
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem como seus controladores, administradores e diretores, se houver.
programar políticas e procedimentos internos de controle § 4º As informações cadastrais relativas a cliente fundode
destinados a prevenir sua utilização na prática dos crimes de que investimento devem incluir a respectiva denominação, número
trata a Lei nº9.613, de três de março de 1998. deinscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), bem
§ 1º As políticas de que trata o caput devem: como asinformações de que trata o inciso I relativas às pessoas
I - especificar, em documento interno, as responsabilidades responsáveispor sua administração.
dos integrantes de cada nível hierárquico da instituição; § 5º As instituições mencionadas no art. 1º devem
II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas realizartestes de verificação, com periodicidade máxima de um
sobre clientes, que permitam a identificação dos riscos de ano, queassegurem a adequação dos dados cadastrais de seus
ocorrência da prática dos mencionados crimes; clientes.
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Art. 3º As instituições mencionadas no art. 1º devem obteras II - recorrer a informações publicamente disponíveis;
seguintes informações cadastrais de seus clientes eventuais, do III - consultar bases de dados comerciais sobre
proprietário e do destinatário dos recursos envolvidos na operação pessoaspoliticamente expostas;
ou serviço financeiro: I - quando pessoa natural, o nome completo, IV - considerar a definição constante do glossário dos ter-
dados do documento de identificação (tipo, número, data de mos utilizados no documento “As Quarenta Recomendações”,
emissão e órgão expedidor) e número de inscrição no Cadastro de do Grupo deAção Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o
Pessoas Físicas(CPF); Financiamento doTerrorismo (Gafi), não aplicável a indivíduos
II - quando pessoa jurídica, a razão social e número de em posições ou categorias intermediárias ou inferiores, segundo
inscrição no CNPJ. a qual uma pessoa politicamente exposta é aquela que exerce ou
Parágrafo único. Admite-se o desenvolvimento exerceu importantesfunções públicas em um país estrangeiro, tais
deprocedimento interno destinado à identificação de operações como, chefes de estado e de governo, políticos de alto nível, altos
ouserviços financeiros eventuais que não apresentem risco de servidores dos poderes públicos, magistrados ou militares de alto
utilizaçãopara lavagem de dinheiro ou de financiamento ao nível, dirigentes deempresas públicas ou dirigentes de partidos
terrorismo, para osquais é dispensada a exigência de obtenção das políticos.
informações cadastraisde clientes, ressalvado o cumprimento do § 4º O prazo de cinco anos referido no § 1º deve sercontado,
disposto no art. 12 destacircular. Pessoas Politicamente Expostas retroativamente, a partir da data de início da relação denegócio
Art. 4º As instituições de que trata o art. 1º devem coletar de ou da data em que o cliente passou a se enquadrar como
seus clientes permanentes informações que permitam caracterizá- pessoapoliticamente exposta.
los ou não como pessoas politicamente expostas e identificar a § 5º Para efeito do § 1º são considerados familiares osparentes,
origem dos fundos envolvidos nas transações dosclientes assim na linha reta, até o primeiro grau, o cônjuge, ocompanheiro, a
caracterizados. companheira, o enteado e a enteada.
§ 1º Consideram-se pessoas politicamente expostas § 6º No caso de relação de negócio com cliente estrangeiroque
osagentes públicos que desempenham ou tenham desempenhado, também seja cliente de instituição estrangeira fiscalizada
nos últimoscinco anos, no Brasil ou em países, territórios e porentidade governamental assemelhada ao Banco Central do
dependênciasestrangeiros, cargos, empregos ou funções públicas
Brasil,admite-se que as providências em relação às pessoas
relevantes, assimcomo seus representantes, familiares e outras
politicamenteexpostas sejam adotadas pela instituição estrangeira,
pessoas de seurelacionamento próximo.
desde queassegurado ao Banco Central do Brasil o acesso
§ 2º No caso de clientes brasileiros, devem serabrangidos:
aos respectivos dados e procedimentos adotados. Início ou
I - os detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e
Prosseguimento de Relação de Negócio
Legislativo da União;
Art. 5º As instituições de que trata o art. 1º somentedevem iniciar
II - os ocupantes de cargo, no Poder Executivo da União:
relação de negócio de caráter permanente ou darprosseguimento a
a) de ministro de estado ou equiparado;
relação dessa natureza já existente com o cliente seobservadas as
b) de natureza especial ou equivalente;
c) de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de providências estabelecidas nos arts. 2º e 4º. Registros de Serviços
autarquias, fundações públicas, empresas públicas ousociedades Financeiros e Operações Financeiras
de economia mista; Art. 6º As instituições de que trata o art. 1º devem manter
d) do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS),nível registros de todos os serviços financeiros prestados e de todas as
6, ou equivalentes; operações financeiras realizadas com os clientes ou em seunome. §
III - os membros do Conselho Nacional de Justiça, doSupremo 1º No caso de movimentação de recursos por clientespermanentes,
Tribunal Federal e dos tribunais superiores; os registros devem conter informações consolidadas quepermitam
IV - os membros do Conselho Nacional do Ministério verificar:
Público,o Procurador-Geral da República, o Vice-Procurador- I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e
Geral da República, o Procurador-Geral do Trabalho, o Procurador- aatividade econômica e capacidade financeira do cliente;
Geral daJustiça Militar, os II - a origem dos recursos movimentados;
Subprocuradores-Gerais da República e os Procuradores- III - os beneficiários finais das movimentações.
Gerais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal; § 2º O sistema de registro deve permitir a identificação:
V - os membros do Tribunal de Contas da União e o Procurador- I - das operações que, realizadas com uma mesma
Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas daUnião; pessoa,conglomerado financeiro ou grupo, em um mesmo mês
VI - os governadores de estado e do Distrito Federal, calendário,superem, por instituição ou entidade, em seu conjunto,
ospresidentes de tribunal de justiça, de Assembleia e o valor de R$10.000,00 (dez mil reais);
CâmaraLegislativa, os presidentes de tribunal e de conselho de II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou
contas deEstado, de Municípios e do Distrito Federal; forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de
VII - os prefeitos e presidentes de Câmara Municipal identificação, controle e registro.
decapitais de Estados. Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Cheques
§ 3º No caso de clientes estrangeiros, para fins dodisposto no Depositado sem Outra Instituição Financeira e da Utilização de
caput, as instituições mencionadas no art. 1º devemadotar pelo Instrumentos deTransferência de Recursos
menos uma das seguintes providências: Art. 7º As instituições de que trata o art. 1º devemmanter
I - solicitar declaração expressa do cliente a respeito dasua registros específicos das operações de transferência derecursos.
classificação; § 1º O sistema de registro deve permitir a identificação:
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I - das operações referentes ao acolhimento em depósitos § 7º A identificação prevista no § 5º, incisos I e IV,alínea “b”,
de Transferência Eletrônica Disponível (TED), de cheque, não se aplica às operações de transferência de recursosenvolvendo
chequeadministrativo, cheque ordem de pagamento e outros pessoa jurídica com domicílio ou sede no exteriordesobrigada
documentoscompensáveis de mesma natureza, e à liquidação de de inscrição no CNPJ, na forma definida pela RFB. Registros de
cheques depositado sem outra instituição financeira; Cartões Pré-Pagos
II - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem Art. 8º As instituições de que trata o art. 1º devemmanter
de pagamento, de ordem de pagamento, de Documento de Crédito registros específicos da emissão ou recarga de valores em umou
(DOC),de TED e de outros instrumentos de transferência de mais cartões pré-pagos.
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificaçãoda:
recursos, quando de valor superior a R$1.000,00 (mil reais).
I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-
§ 2º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados pagos, em montante acumulado igual ou superior a R$100.000,00
por instituição depositária devem conter, no mínimo, os dados (cemmil reais) ou o equivalente em moeda estrangeira, no mês
relativos ao valor e ao número do cheque depositado, o código de calendário;
compensação da instituição sacada, os números da agência e da II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago
conta de depósitos sacadas e o número de inscrição no CPF ou no queapresente indícios de ocultação ou dissimulação da natureza,
CNPJ do respectivo titular. daorigem, da localização, da disposição, da movimentação ou
§ 3º Os registros de que trata o inciso I do § 1º efetuados por dapropriedade de bens, direitos e valores.
instituição sacada devem conter, no mínimo, os dados relativos § 2º Para fins do disposto no caput, define-se cartão pré-
ao valor e ao número do cheque, o código de compensação da pago como o cartão apto a receber carga ou recarga de valores
instituição depositária, os números da agência e da conta de emmoeda nacional ou estrangeira oriundos de pagamento em
depósitos depositárias e o número de inscrição no CPF ou no espécie, deoperação cambial ou de transferência a débito de contas
CNPJ dorespectivo titular, cabendo à instituição depositária de depósito.
fornecer à instituição sacada os dados relativos ao seu código de § 3º Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I e
compensação e aos números da agência e da conta de depósitos II do § 1º devem conter as seguintes informações:
I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição
depositárias.
no CPF ou no CNPJ da pessoa natural ou jurídica responsável
§ 4º No caso de cheque utilizado em operação simultânea pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago, no caso de
desaque e depósito na própria instituição sacada, com vistas emissão ou recarga efetuada por residente ou domiciliado no País;
àtransferência de recursos da conta de depósitos do emitente II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país
paraconta de depósitos de terceiros, os registros de que trata o emissor, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão
inciso Ido § 1º devem conter, no mínimo, os dados relativos ao pré-pago efetuada por pessoa natural não residente no País ou
valor e aonúmero do cheque sacado, bem como aos números das domiciliada no exterior;
agências sacada edepositária e das respectivas contas de depósitos. III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da
§ 5º Os registros de que trata o inciso II do § 1º devemconter, pessoa natural a quem se destina o cartão pré-pago;
no mínimo, as seguintes informações: IV - a identificação das instituições, das agências e das contas
I - o tipo e o número do documento emitido, a data daoperação, de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares
o nome e o número de inscrição do adquirente ou remetenteno das contas e respectivos números de inscrição no CPF, no caso
CPF ou no CNPJ; de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago oriundos
II - quando pagos em cheque, o código de compensação de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança
dainstituição, o número da agência e da conta de depósitos tituladas por pessoas naturais;
V - a identificação das instituições, das agências e das contas
sacadasreferentes ao cheque utilizado para o respectivo pagamento,
de depósito ou de poupança debitadas, os nomes dos titulares das
inclusiveno caso de cheque sacado contra a própria instituição contas e respectivos números de inscrição no CNPJ, bem como
emissora dosinstrumentos referidos neste artigo; os nomes das pessoas naturais autorizadas a movimentá-las e
III - no caso de DOC, o código de identificação dainstituição respectivos números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou
destinatária no sistema de liquidação de transferência defundos recarga de valore sem cartão pré-pago oriundos de transferências a
e os números da agência, da conta de depósitos depositária e débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas
onúmero de inscrição no CPF ou no CNPJ do respectivo titular; jurídicas;
IV - no caso de ordem de pagamento: VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valoresem
a) destinada a crédito em conta: os números da cartão pré-pago;
agênciadestinatária e da conta de depósitos depositária; VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago;
b) destinada a pagamento em espécie: os números da VIII - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF
agênciadestinatária e de inscrição do beneficiário no CPF ou no daspessoas naturais que representem as pessoas jurídicas
CNPJ. responsáveispela emissão ou recarga de valores em cartão pré-
§ 6º Em se tratando de operações de transferência de recursos pago. Registros de Movimentação Superior a R$100.000,00 em
Espécie
envolvendo pessoa física residente no exterior desobrigada de
Art. 9º Os bancos comerciais, a Caixa Econômica Federal,os
inscrição no CPF, na forma definida pela Secretaria da Receita
bancos múltiplos com carteira comercial ou de crédito
Federal do Brasil (RFB), a identificação prevista no § 5º, incisos imobiliário,as sociedades de crédito imobiliário, as sociedades
I e IV, alínea “b”, pode ser efetuada pelo número do respectivo de poupança e empréstimo e as cooperativas de crédito devem
passaporte, complementada com a nacionalidade da referida manter registrosespecíficos das operações de depósito em espécie,
pessoa e,quando for o caso, o organismo internacional de que saque em espécie,saque em espécie por meio de cartão pré-pago
sejarepresentante para o exercício de funções específicas no País. ou pedido de provisionamento para saque.
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Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
§ 1º O sistema de registro deve permitir a identificação de: II - análise com vistas à verificação da necessidade
I - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie dascomunicações de que tratam os arts. 12 e 13;
por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisiona mento para III - avaliação da alta gerência quanto ao interesse noinício ou
saque,de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais); manutenção do relacionamento com o cliente.
II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie § 2º Considera-se alta gerência qualquer detentor de
por meio de cartão pré-pago ou pedido de provisionamento para cargoou função de nível hierárquico superior ao daquele
saque, que apresente indícios de ocultação ou dissimulação ordinariamenteresponsável pela autorização do relacionamento
da natureza, da origem, da localização, da disposição, da com o cliente.
movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores; Manutenção de Informações e Registros
III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer Art. 11. As informações e registros de que trata estacircular
outro instrumento de transferência de fundos contra pagamento em devem ser mantidos e conservados durante os seguintesperíodos
espécie, de valor igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais). mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinteao
§ 2º Os registros de que trata o caput devem conter as
do término do relacionamento com o cliente permanente ou
informações abaixo indicadas: I - o nome e o respectivo número
daconclusão das operações:
de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, do proprietário
ou beneficiário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de quetrata
o saque em espécie ou o pedido de provisionamento para saque; o art. 7º;
II - o tipo e o número do documento, o número da instituição, II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de quetratam
da agência e da conta corrente de depósitos à vista ouda conta de os arts. 6º, 8º e 9º.
poupança a que se destinam os valores ou de onde o valorserá Parágrafo único. As informações de que trata o art. 2º
sacado, conforme o caso; devem ser mantidas e conservadas juntamente com o nome da
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ouno pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente
CNPJ, conforme o caso, dos titulares das contas referidas noinciso responsávelpela conferência e confirmação das informações
II, se na mesma instituição; prestadas e a data deinício do relacionamento com o cliente
IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, permanente.
nocaso de saque em espécie por meio de cartão pré-pago cujo Comunicações ao Coaf
portadorseja residente ou domiciliado no País; Art. 12. As instituições de que trata o art. 1º devem comunicar
V - o nome e o número do passaporte e o respectivo ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf),na
paísemissor, no caso de saque em espécie por meio de cartão pré-
forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
pago cujoportador seja não residente no País ou domiciliado no
I - as ocorrências de que trata o art. 8º, § 1º, inciso I,no prazo
exterior;
VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, dosaque de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do mês calendário;
em espécie por meio de cartão pré-pago ou do provisionamento II - as ocorrências de que trata o art. 9º, § 1º, incisos I e III, na
para saque. data da operação.
Especial Atenção Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao Coaf as
Art. 10. As instituições de que trata o art. 1º devem dispensar propostas de realização das operações de que trata o caput.
especial atenção a: Art. 13. As instituições de que trata o art. 1º devemcomunicar
I - operações ou propostas cujas características, no que se refere ao Coaf, na forma determinada pelo Banco Central do Brasil:
às partes envolvidas, valores, formas de realização e instrumentos - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja
utilizados, ou que, pela falta de fundamento econômico ou legal, igual ou superior a R$10.000,00 (dez mil reais) e que,considerando
indiquem risco de ocorrência dos crimes previstos na Lei nº9.613, as partes envolvidas, os valores, as formas derealização, os
de 1998, ou com eles relacionados; instrumentos utilizados ou a falta de fundamentoeconômico
II - propostas de início de relacionamento e operações com ou legal, possam configurar a existência de indícios doscrimes
pessoas politicamente expostas de nacionalidade brasileira e as previstos na Lei nº 9.613, de 1998;
oriundas de países com os quais o Brasil possua elevado número
II - as operações realizadas ou serviços prestados que,
de transações financeiras e comerciais, fronteiras comuns ou
porsua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que
proximidade étnica, lingüística ou política;
III - indícios de burla aos procedimentos de identificação objetiveburlar os mecanismos de identificação, controle e registro;
registro estabelecidos nesta circular; III - as operações realizadas ou os serviços prestados,qualquer
IV - clientes e operações em que não seja possível identificar que seja o valor, a pessoas que reconhecidamente tenhamperpetrado
o beneficiário final; ou intentado perpetrar atos terroristas ou nelesparticipado ou
V - transações com clientes oriundos de países que aplicam facilitado o seu cometimento, bem como a existência derecursos
insuficientemente as recomendações do Gafi, conforme pertencentes ou por eles controlados direta ouindiretamente;
informações divulgadas pelo Banco Central do Brasil; IV - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo.
VI - situações em que não seja possível manter atualizadas as § 1º O disposto no inciso III aplica-se também às entidades
informações cadastrais de seus clientes. pertencentes ou controladas, direta ou indiretamente, pelas pessoas
§1ºA expressão “especial atenção” inclui os seguintes ali mencionadas, bem como por pessoas e entidades atuando em
procedimentos: seu nome ou sob seu comando.
I - monitoramento reforçado, mediante a adoção § 2º As comunicações das ocorrências de que tratam osincisos
deprocedimentos mais rigorosos para a apuração de situações III e IV devem ser realizadas até o dia útil seguinte àqueleem que
suspeitas; verificadas.
80
Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
II - situações relacionadas com a manutenção de contas x) movimentação de contas correntes que apresentem débitos
correntes: e créditos que, por sua habitualidade, valor e forma, configurem
a) movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, artifício para burla da identificação dos responsáveis pelos depósitos e
a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade dos beneficiários dos saques;
financeira presumida do cliente; III - situações relacionadas com atividades internacionais:
b) resistência em facilitar as informações necessárias para a a) operação ou proposta no sentido de sua realização, com
abertura de conta, oferecimento de informação falsa ou prestação vínculo direto ou indireto, em que a pessoa estrangeira seja
de informação de difícil ou onerosa verificação; residente, domiciliada ou tenha sede em região considerada
c) atuação, de forma contumaz, em nome de terceiros ou sem paraíso fiscal, ou em locais onde é observada a prática contumaz
a revelação da verdadeira identidade do beneficiário; dos crimes previstos no art. 1° da Lei n° 9.613/98;
d) numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos b) solicitação de facilidades estranhas ou indevidas para
em nome de um mesmo cliente, cujos valores, somados, resultem negociação de moeda estrangeira;
em quantia significativa; c) operações de interesse de pessoa não tradicional no banco
e) contas que não demonstram ser resultado de atividades ou dele desconhecida que tenha relacionamento bancário e
ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou financeiro em outra praça;
pagamento de quantias significativas sem indicação clara de d) pagamentos antecipados de importação e exportação
finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio; por empresa sem tradição ou cuja avaliação financeira seja
f) existência de processo regular de consolidação de recursos incompatível com o montante negociado;
provenientes de contas mantidas em varias instituições financeiras e) negociação com ouro por pessoas não tradicionais no ramo;
em uma mesma localidade previamente às solicitações das f) utilização de cartão de crédito em valor não compatível com
correspondentes transferências; a capacidade financeira do usuário;
g) retirada de quantia significativa de conta até então pouco g) transferências unilaterais freqüentes ou de valores elevados,
movimentada ou de conta que acolheu depósito inusitado; especialmente a título de doação;
h) utilização conjunta e simultânea de caixas separados para a IV - situações relacionadas com empregados das instituições
realização de grandes operações em espécie ou de câmbio; e seus representantes:
i) preferência à utilização de caixas-fortes, de pacotes cintados a) alteração inusitada nos padrões de vida e de comportamento
em depósitos ou retiradas ou de utilização sistemática de cofres de do empregado ou representante;
aluguel; b) modificação inusitada do resultado operacional do
j) dispensa da faculdade de utilização de prerrogativas como empregado ou representante;
recebimento de crédito, de altos juros remuneratórios para grandes c) qualquer negócio realizado por empregado ou representante
saldos ou, ainda, de outros serviços bancários especiais que, em - quando desconhecida a identidade do último beneficiário -,
circunstâncias normais, seriam valiosas para qualquer cliente; contrariamente ao procedimento normal para o tipo de operação
l) mudança repentina e aparentemente injustificada na de que se trata.
forma de movimentação de recursos e/ou nos tipos de transação 2. A comunicação, nos termos do art. 4° da Circular n° 2.852/98,
utilizados; das situações relacionadas nesta Carta-Circular, bem como de
m) pagamento inusitado de empréstimo problemático sem que outras que, embora não mencionadas, também possam configurar
haja explicação aparente para a origem dos recursos; a ocorrência dos crimes previstos na Lei n° 9.613/98, deverá
n) solicitações freqüentes de elevação de limites para a ser realizada por meio de transação do Sistema de Informações
realização de operações; Banco Central - SISBACEN a ser oportunamente divulgada,
o) atuação no sentido de induzir funcionário da instituição até o dia útil seguinte aquele em que verificadas. Enquanto não
a não manter, em arquivo, relatórios específicos sobre alguma divulgada mencionada transação, referida comunicação deve
operação realizada; ser encaminhada ao Departamento de Fiscalização (DEFIS), via
p) recebimento de recursos com imediata compra de cheques transação PMSG750 daquele Sistema.
de viagem, ordens de pagamento ou outros instrumentos para a 3. Com vistas ao atendimento do disposto no art. 1°, inciso III,
realização de pagamentos a terceiros; da Circular n° 2.852/98:
q) recebimento de depósitos em cheques e/ou em espécie, de I - os dados relativos às operações ali mencionadas devem ser
varias localidades, com transferência para terceiros; mantidos à disposição do Banco Central do Brasil, compreendendo,
r) transações envolvendo clientes não residentes; no mínimo, o seguinte:
s) solicitação para facilitar a concessão de financiamento - a) tipo;
particularmente de imóveis - quando a fonte de renda do cliente b) valor em reais;
não está claramente identificada; c) data de realização;
t) abertura e/ou movimentação de conta por detentor de d) número do CPF ou do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
procuração ou qualquer outro tipo de mandato; (CNPJ) do titular;
u) abertura de conta em agencia bancária localizada em estação II - deve ser considerado o conjunto de movimentações
de passageiros - aeroporto, rodoviária ou porto - internacional ou financeiras ativas e passivas realizadas no País, como, por exemplo:
pontos de atração turística, salvo se por proprietário, sócio ou a) depósitos de qualquer espécie;
empregado de empresa regularmente instalada nesses locais; b) colocação de títulos de emissão própria ou de quotas de
v) proposta de abertura de conta corrente mediante fundos de investimento;
apresentação de documentos de identificação e número do Cadastro c) venda de metais preciosos;
de Pessoa Física (CPF) emitidos em região de fronteira ou por d) venda de cheques administrativos ou de viagem;
pessoa residente, domiciliada ou que tenha atividade econômica e) ordens de pagamento;
em países fronteiriços; f) pagamento ou amortizações antecipadas de empréstimos;
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
III - relativamente às operações que envolvam transferências 5. Caso o mercado tome conhecimento, no dia corrente
internacionais, bem como àquelas relacionadas a pagamentos e (D), que o Banco Central vai baixar os juros do Selic no dia
recebimentos em decorrência da utilização de cartão de crédito de seguinte (D1) em x%, a tendência da taxa do DI no dia corrente
validade internacional, devem ser observados os procedimentos (D), em nossas atuais condições de mercado, será de:
de registro no SISBACEN e de envio de informações ao Banco (A) queda em um percentual inferior a x.
Central do Brasil, estabelecidos nas normas cambiais em vigor. (B) queda em um percentual superior a x.
4. Esta Carta-Circular entra em vigor na data de sua publicação, (C) queda em um percentual igual a x.
produzindo efeitos, relativamente à adoção dos procedimentos e (D) alta em um percentual igual a x.
das providências de que tratam os itens 2 e 3, a partir de 01.03.99. (E) estabilidade.
EXERCÍCIOS
6. O Convênio de Créditos Recíprocos (CCR) é um
1. De um modo geral, são os seguintes os fatores que podem mecanismo utilizado pelos países da Associação Latino
influenciar a formação das taxas de juros dos empréstimos Americana de Integração (ALADI), que reúne os 1 1 países do
concedidos pelas instituições financeiras: continente com o objetivo de estimular o comércio exterior do
I -custo de funding; bloco. A esse respeito, são feitas as afirmações abaixo.
II -cunha fiscal; I -Os bancos centrais dos países membros se comprometem a
III -estrutura de compulsórios; acertar as contas comerciais, entre seus países, pelo saldo a cada
IV -política cambial; trimestre.
V -spread e custos operacionais; II -Há uma facilidade nas transações, e é reduzida a quantidade
VI -inadimplência; de dinheiro envolvida.
VII -taxa de câmbio; III -Há a necessidade da emissão de uma carta de crédito no
VIII -política fiscal. exterior para garantir o pagamento.
IV- O mecanismo diminui os riscos das operações sem
No momento atual, entre os fatores acima, podemos prejudicar o comércio.
selecionar como válidos: Dessas afirmações, enquadram-se no conceito do CCR:
(A) I, II, VII e VIII, apenas. (B) I, III, V e VI, apenas. (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas.
(C) I, III, V e VII, apenas. (D) II, III, V e VI, apenas. (C) II e III, apenas. (D) II e IV, apenas.
(E) IV, VI, VII e VIII, apenas. (E) III e IV, apenas.
2. A um determinado investidor, com perfil de risco 7. Após a adoção do regime de câmbio flutuante e diante
conservador, que desejasse aplicar em um fundo de investimento, de outras decisões tais como a da Meta de Inflação, é lícito
por um prazo determinado, e que estivesse disposto a arriscar, afirmar que o cupom cambial deixou de governar a política
conservadoramente, no mercado de ações sem, entretanto, sofrer monetária do País. Em decorrência disso:
as oscilações negativas deste mercado, seria recomendado o (A) é importante atrair recursos externos de curto prazo.
Fundo: (B) é preciso aumentar as reservas em dólares do País.
(A) Cambial. (B) de Ações. (C) foi facilitada a arbitragem das taxas de juros internas e
(C) de Derivativos. (D) de Capital Garantido. externas.
(E) de Renda Mista (51% em renda fixa e 49% em ações). (D) minimizam-se as razões objetivas para o aumento da taxa
Selic.
3. Os investidores em bolsas de valores são, normalmente, (E) há dificuldades para financiar o balanço de pagamentos
classificados em grupos tais como: em 99.
I -Fundos de Investimento;
II -Fundos de Pensão;
8. Um casal cadastrado, com seus respectivos CPFs,
III -Instituições Financeiras;
em um determinado banco, possui, em certa data, neste
IV -Pessoas Físicas;
V -Pessoas Jurídicas; estabelecimento, a seguinte posição de saldos:
VI -Investidores Estrangeiros. - Conta corrente conjunta R$ 30.000,00;
Destes investidores, os que NÃO estão isentos da CPMF - Caderneta de poupança R$ 30.000,00.
em suas aplicações são: Caso este banco sofra uma intervenção nesta mesma data,
(A) I, II e III, apenas. (B) I, IV e V, apenas. o casal terá, pelo FGC, a garantia para recuperar de seus
(C) II, III e IV, apenas. (D) III, IV e V, apenas. saldos o valor, em reais, de:
(E) IV, V e VI, apenas. (A) 20.000,00 (B) 30.000,00
(C) 40.000,00 (D) 50.000,00 (E) 60.000,00
4. Um investidor aplica em um fundo cambial ao longo de
um dia de forte desvalorização do real. Para este investidor a
forma de aplicação mais vantajosa seria feita considerando a 9. No mercado internacional, que produto de financiamento
Ptax: seria recomendado para financiar, a médio prazo, o pós-
(A) de fechamento do dia anterior. embarque de uma exportação de bens de capital para um país
(B) de fechamento do dia da aplicação. considerado como um alto risco de crédito?
(C) de abertura do dia da aplicação. (A) ACE. (B) ACC.
(D) do momento da aplicação. (C) Forfaiting. (D) Supplier’s Credit.
(E) média do dia da aplicação. (E) Export Note.
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Didatismo e Conhecimento
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
10. Em um dado momento do dia X, as cotações em Nova 15. O limite, em reais, do PLE de um banco, cujo Apr total
York (NY) e Frankfurt (FK) para o marco alemão (DM) e o é de R$ 6 bilhões e o somatório do RCD monta a R$ 0,6 bilhões,
dólar (US$) são: deverá ser, em conformidade com o Acordo de Basiléia, de:
Nova York, US$ 0,30 = DM 1,00 (A) 0,60 bilhões.
Frankfurt, DM 1,00 = US$ 0,32 (B) 0,68 bilhões.
Para obter um ganho através de uma arbitragem direta, (C) 0,78 bilhões.
um operador internacional deverá comprar _____ em _____ e (D) 0,84 bilhões.
remetê-los para _____________ . (E) 0,99 bilhões.
Investimento Rentabilidade
(%) Volatilidade 16. Uma determinada empresa captou recursos externos
Alfa 2,8 0,3 financiados a uma taxa de juros flutuante. Seu administrador
Beta 3,0 0,4 financeiro teme que o aumento desta taxa para um determinado
Gama 3,2 0,5 nível prejudique o fluxo de caixa da empresa. Tem, entretanto,
Delta 3,2 0,6
uma dificuldade momentânea de caixa que dificulta seus
'mega 3,6 0,7
desembolsos. Que produto você recomendaria a esta empresa?
Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas (A) Collar.
acima. (B) Floor.
(A) US$ / FK / NY (C) Cap.
(B) US$ / NY / FK para comprar DM (D) Swap.
(C) DM / NY / FK (E) Forward.
(D) DM / NY / FK para comprar US$
(E) DM / FK / NY para comprar US$ 17. Um investidor está diante de algumas alternativas de
investimento. Todas apresentam o mesmo risco de crédito,
11. Se quisermos definir a associação entre o custo de mas têm rentabilidade e volatilidade históricas diferentes,
carregamento de um título público e o seu PU, a melhor conforme a tabela abaixo.
conceituação será o PU: Considerando que sua base de decisão é o índice Sharpe, o
(A) de mercado. investimento a ser escolhido será:
(B) da curva. (A) Alfa.
(C) da abertura. (B) Beta.
(D) do lançamento.
(C) Gama.
(E) do fechamento.
(D) Delta.
(E) Mega.
12. De quantos dias será o prazo de carência a que terá de
se sujeitar um investidor que deseje aplicar em um CDB
pós-fixado pela TBF? 18. Uma operação que envolva a compra de uma opção de
(A) 10 (B) 30 compra de valor de exercício maior e a venda de uma opção
(C) 60 (D) 90 (E) 120 de compra de valor de exercício menor, ambas para o mesmo
ativo e para o mesmo vencimento, caracteriza que a estratégia
13. Um banco comercial negocia com uma loja de que se deseja fazer com este ativo é uma:
eletrodomésticos uma linha de financiamento para a aquisição (A) trava de baixa.
de bens de consumo duráveis por seus clientes. O produto (B) trava de alta.
bancário a ser oferecido caracteriza um: (C) operação de renda fixa.
(A) CDC. (D) operação de arbitragem.
(B) CDCI. (E) operação de financiamento.
(C) CABCR.
(D) Crédito pessoal. 19. Um determinado banco, após realizar o cálculo de sua
(E) Contrato de Mútuo. exigibilidade compulsória no depósito à vista, obteve o valor
de R$ 100.000,00 como o seu VSR para o período seguinte de
14. Uma instituição que deseje captar recursos no exterior cumprimento, composto de 5 dias úteis. Supondo que nos 4
e, ao mesmo tempo, pretenda obter como taxa de remuneração primeiros dias tenha mantido uma média de exigibilidade de
para seus papéis um valor previamente definido de acordo R$ 80.000,00, que valor terá de recolher, em reais, no último
com as ofertas de seus investidores, optará por um modelo de dia do período, de forma a não ser penalizado pelo Bacen?
underwriting do tipo: (A) 20.000,00
(A) Garantia Firme. (B) 40.000,00
(B) Book Building. (C) 80.000,00
(C) Best Efforts. (D) 100.000,00
(D) Stand By. (E) 120.000,00
(E) ADR.
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
GABARITO ——————————————————————————
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1 D 11 B
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2 D 12 C ——————————————————————————
3 E 13 B ——————————————————————————
4 A 14 B ——————————————————————————
5 B 15 C ——————————————————————————
——————————————————————————
6 D 16 A
——————————————————————————
7 D 17 A
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8 C 18 A ——————————————————————————
9 C 19 E ——————————————————————————
10 D 20 E ——————————————————————————
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ANOTAÇÕES ——————————————————————————
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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS
ANOTAÇÕES
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Produto não durável (alimentos, higiene) – o consumidor terá 7 – Direito de proteção contra as práticas abusivas
o prazo de 30 dias para reclamar. 8 – Direito de proteção contra as práticas contratuais abusivas
Os prazos são decadenciais, mas admitem interrupção 9 – Direito à modificação e revisão de cláusula contratuais
(corrente majoritária. As causas são INTERRUPTIVAS e não 10 – Direito à reparação civil
meramente suspensivas do prazo o que devolve ao consumidor o 11 – Direito de acesso aos órgãos de defesa
prazo integral caso a reclamação não seja atendida. 12 – Direito de facilitação dos meios de prova e defesa
13 – Direito a serviço público adequado
Contagem do Prazo
Termo Inicial: A informação constitui uma espécie de OFERTA, regida
- se o vício for oculto: da data que o consumidor tomar pelo Princípio da Veracidade e por isso vincula o contrato e a sua
conhecimento. execução.
- Se o vício for aparente: da data da entrega do produto ou da A falta de informação ou a apresentação de informação
conclusão do serviço. insuficiente corresponde a um VÍCIO capaz de responsabilizar o
fornecedor.
SERVIÇOS A informação deve levar em conta o consumidor médio, feita
Art. 3o, parag. 2o, CDC em linguagem precisa.
É qualquer atividade desempenhada em favor de outrem A NATUREZA do produto, ORIGEM, CARACTERÍSTICA,
mediante REMUNERAÇÃO. devem constar da informação e ser de fácil assimilação.
A remuneração pode ser: A informação está associado à associado à proteção.
- direta - da saúde
- indireta: quando estiver embutida no preço de outro serviço - do patrimônio
ou produto. - à liberdade de escolha do consumidor.
A atividade pode ter qualquer natureza inclusive bancária,
financeira de crédito ou securitária. Excluem-se as atividades que A informação pode ser tida também como espécie de
decorram das relações de trabalho. PUBLICIDADE, porque incute no consumidor o desejo de
contratar.
POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE
CONSUMO Princípios protetivos do consumidor
Art. 4o, CDC 1- da Identificação da mensagem publicitária
Objetivo: É assegurar a dignidade do consumidor e atender as
Art. 36, CDC – A publicidade deve ser identificada como tal.
suas necessidades.
O consumidor tem o direito de saber que está exposto a uma
Valores Protegidos:
prática comercial.
- dignidade
A publicidade tem um caráter persuasivo e o consumidor deve
- saúde
estar ciente da necessidade de cautela e proteção.
- segurança
- patrimônio, interesse econômico A identificação da mensagem obriga o anunciante a revelar o
Diretrizes: a transparência nas relações de consumo, eu propósito de oferta do produto e disso decorre a proibição de
harmonização de conflitos. qualquer forma de publicidade dissimulada.
Princípios Do princípio da identificação decorre a proibição de:
a) Vulnerabilidade do Consumidor - publicidade dissimulada ou Redacional – é a realizada
b) Da Intervenção Estadual – pode se manifestar pelo apoio, sob o disfarce de reportagem ou matéria jornalística, revestida de
incentivo, fiscalização, intervenção na ordem econômica, etc. suposta objetividade
Execução da Política Nacional - publicidade clandestina – é aquela inserida num contexto
Incumbe ao Estado garantir a proteção dos consumidores, por de um entretenimento ou em contexto diverso aproximando-se do
exemplo: “merchandising”
- assegurando a assessoria, assistência jurídica gratuita O merchandising não é regulado ou proibido pelo CDC, que
- criação de delegacias especializadas só exige a identificação do anúncio.
- instituindo juizados especiais - publicidade subliminar – É imperceptível ao consumidor.
- instituindo promotorias especializadas Atua no inconsciente. Embora, imperceptível ao ser humano, é
- apoiando as associações. capaz de induzi-lo à contratação do produto ou serviço. É a mais
agressiva das formas de publicidade proibida pelo CDC. Sempre
Direitos Básicos do Consumidor se revela abusiva.
Art. 6o, CDC Nas 3 hipóteses podem se revelar enganosas e abusivas –
1 – Direito à proteção da vida, saúde e segurança vedadas pelo CDC.
2 – Direito à educação
3 – Direito à liberdade de escolha 2 – Da Veracidade
4 – Direito à igualdade A publicidade não pode conter informação falsa ao que não
5 – Direito à informação corresponde à realidade.
6 – Direito de proteção contra a publicidade enganosa e O fornecedor é obrigado a conservar dados técnicos que
abusiva confirme a veracidade do anúncio.
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança
outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as
de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, circunstâncias relevantes, entre as quais:
de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas I - sua apresentação;
competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
direito, analogia, costumes e eqüidade. III - a época em que foi colocado em circulação.
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro
responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
normas de consumo. § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só
não será responsabilizado quando provar:
CAPÍTULO IV I - que não colocou o produto no mercado;
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o
Reparação dos Danos defeito inexiste;
SEÇÃO I III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Da Proteção à Saúde e Segurança Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos
do artigo anterior, quando:
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não
de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos puderem ser identificados;
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fabricante, produtor, construtor ou importador;
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
necessárias e adequadas a seu respeito. Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao
Parágrafo único. Em se tratando de produto industrial, ao prejudicado poderá exercer o direito de regresso contra os demais
responsáveis, segundo sua participação na causação do evento
fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo,
danoso.
através de impressos apropriados que devam acompanhar o
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente
produto. da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
nocivos ou perigosos à saúde ou segurança deverá informar, de como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou fruição e riscos.
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança
em cada caso concreto. que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de as circunstâncias relevantes, entre as quais:
consumo produto ou serviço que sabe ou deveria saber apresentar I - o modo de seu fornecimento;
alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança. II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente III - a época em que foi fornecido.
à sua introdução no mercado de consumo, tiver conhecimento § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de
da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato novas técnicas.
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado
mediante anúncios publicitários. quando provar:
§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
anterior serão veiculados na imprensa, rádio e televisão, às II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
expensas do fornecedor do produto ou serviço. § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será
§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade apurada mediante a verificação de culpa.
de produtos ou serviços à saúde ou segurança dos consumidores, Art. 15. (Vetado).
Art. 16. (Vetado).
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão
Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos
informá-los a respeito.
consumidores todas as vítimas do evento.
Art. 11. (Vetado).
SEÇÃO III
SEÇÃO II Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao
da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza,
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
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§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, III - o abatimento proporcional do preço.
pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
perfeitas condições de uso; § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; que não atendam as normas regulamentares de prestabilidade.
III - o abatimento proporcional do preço. Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação a reparação de qualquer produto considerar-se-á implícita a
do prazo previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição
sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações
a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização
meio de manifestação expressa do consumidor. em contrário do consumidor.
§ 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas,
do § 1° deste artigo sempre que, em razão da extensão do vício, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de
a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados,
ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
produto essencial. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou
§ 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas
do § 1° deste artigo, e não sendo possível a substituição do bem, jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados,
poderá haver substituição por outro de espécie, marca ou modelo na forma prevista neste código.
diversos, mediante complementação ou restituição de eventual Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III qualidade por inadequação dos produtos e serviços não o exime
do § 1° deste artigo. de responsabilidade.
§ 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço
responsável perante o consumidor o fornecedor imediato, exceto independe de termo expresso, vedada a exoneração contratual do
quando identificado claramente seu produtor. fornecedor.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo: Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista
II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, nesta e nas seções anteriores.
avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano,
à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas todos responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; nas seções anteriores.
III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada
inadequados ao fim a que se destinam. ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante,
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios construtor ou importador e o que realizou a incorporação.
de quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às SEÇÃO IV
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem Da Decadência e da Prescrição
ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir,
alternativamente e à sua escolha: Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de
I - o abatimento proporcional do preço; fácil constatação caduca em:
II - complementação do peso ou medida; I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, produtos não duráveis;
marca ou modelo, sem os aludidos vícios; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente produtos duráveis.
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos. § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.
anterior. § 2° Obstam a decadência:
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor
a pesagem ou a medição e o instrumento utilizado não estiver perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa
aferido segundo os padrões oficiais. correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de II - (Vetado).
qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se
as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, no momento em que ficar evidenciado o defeito.
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção
cabível; II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente conhecimento do dano e de sua autoria.
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; Parágrafo único. (Vetado).
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Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de III - se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente considerando-se a natureza e conteúdo do contrato, o interesse das
pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados. § 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será invalida o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos
conferida mediante termo escrito. esforços de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser partes.
padronizado e esclarecer, de maneira adequada em que consiste § 3° (Vetado).
a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que § 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser- represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a competente
lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do ação para ser declarada a nulidade de cláusula contratual que
fornecimento, acompanhado de manual de instrução, de instalação contrarie o disposto neste código ou de qualquer forma não
e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações. assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações das partes.
Art. 52. No fornecimento de produtos ou serviços que envolva
SEÇÃO II outorga de crédito ou concessão de financiamento ao consumidor,
Das Cláusulas Abusivas o fornecedor deverá, entre outros requisitos, informá-lo prévia e
adequadamente sobre:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas I - preço do produto ou serviço em moeda corrente nacional;
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: II - montante dos juros de mora e da taxa efetiva anual de
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do juros;
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e serviços III - acréscimos legalmente previstos;
ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas relações de IV - número e periodicidade das prestações;
consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a V - soma total a pagar, com e sem financiamento.
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis; § 1° As multas de mora decorrentes do inadimplemento de
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por
já paga, nos casos previstos neste código; cento do valor da prestação.(Redação dada pela Lei nº 9.298, de
III - transfiram responsabilidades a terceiros; 1º.8.1996)
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, § 2º É assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do
que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam débito, total ou parcialmente, mediante redução proporcional dos
incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; juros e demais acréscimos.
V - (Vetado); § 3º (Vetado).
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do Art. 53. Nos contratos de compra e venda de móveis ou
consumidor;
imóveis mediante pagamento em prestações, bem como nas
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
alienações fiduciárias em garantia, consideram-se nulas de pleno
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro
direito as cláusulas que estabeleçam a perda total das prestações
negócio jurídico pelo consumidor;
pagas em benefício do credor que, em razão do inadimplemento,
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o
pleitear a resolução do contrato e a retomada do produto alienado.
contrato, embora obrigando o consumidor;
§ 1° (Vetado).
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação
do preço de maneira unilateral; § 2º Nos contratos do sistema de consórcio de produtos
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato duráveis, a compensação ou a restituição das parcelas quitadas,
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao na forma deste artigo, terá descontada, além da vantagem
consumidor; econômica auferida com a fruição, os prejuízos que o desistente
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança ou inadimplente causar ao grupo.
de sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra § 3° Os contratos de que trata o caput deste artigo serão
o fornecedor; expressos em moeda corrente nacional.
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração; SEÇÃO III
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas Dos Contratos de Adesão
ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham
consumidor; sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que
benfeitorias necessárias. o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
§ 1º Presume-se exagerada, entre outros casos, a vontade que: conteúdo.
I - ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a § 1° A inserção de cláusula no formulário não desfigura a
que pertence; natureza de adesão do contrato.
II - restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes § 2° Nos contratos de adesão admite-se cláusula resolutória,
à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou desde que a alternativa, cabendo a escolha ao consumidor,
equilíbrio contratual; ressalvando-se o disposto no § 2° do artigo anterior.
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§ 3o Os contratos de adesão escritos serão redigidos em Parágrafo único. A multa será em montante não inferior
termos claros e com caracteres ostensivos e legíveis, cujo tamanho a duzentas e não superior a três milhões de vezes o valor da
da fonte não será inferior ao corpo doze, de modo a facilitar sua Unidade Fiscal de Referência (Ufir), ou índice equivalente que
compreensão pelo consumidor. (Redação dada pela nº 11.785, de venha a substituí-lo. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 8.703,
21008) de 6.9.1993)
§ 4° As cláusulas que implicarem limitação de direito do Art. 58. As penas de apreensão, de inutilização de produtos, de
consumidor deverão ser redigidas com destaque, permitindo sua proibição de fabricação de produtos, de suspensão do fornecimento
imediata e fácil compreensão. de produto ou serviço, de cassação do registro do produto e
§ 5° (Vetado) revogação da concessão ou permissão de uso serão aplicadas pela
administração, mediante procedimento administrativo, assegurada
CAPÍTULO VII ampla defesa, quando forem constatados vícios de quantidade
Das Sanções Administrativas ou de qualidade por inadequação ou insegurança do produto ou
serviço.
Art. 55. A União, os Estados e o Distrito Federal, em caráter
Art. 59. As penas de cassação de alvará de licença, de
concorrente e nas suas respectivas áreas de atuação administrativa,
baixarão normas relativas à produção, industrialização, distribuição e interdição e de suspensão temporária da atividade, bem como
consumo de produtos e serviços. a de intervenção administrativa, serão aplicadas mediante
§ 1° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios procedimento administrativo, assegurada ampla defesa, quando o
fiscalizarão e controlarão a produção, industrialização, distribuição, fornecedor reincidir na prática das infrações de maior gravidade
a publicidade de produtos e serviços e o mercado de consumo, previstas neste código e na legislação de consumo.
no interesse da preservação da vida, da saúde, da segurança, da § 1° A pena de cassação da concessão será aplicada à
informação e do bem-estar do consumidor, baixando as normas concessionária de serviço público, quando violar obrigação legal
que se fizerem necessárias. ou contratual.
§ 2° (Vetado). § 2° A pena de intervenção administrativa será aplicada sempre
§ 3° Os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e que as circunstâncias de fato desaconselharem a cassação de licença,
municipais com atribuições para fiscalizar e controlar o mercado a interdição ou suspensão da atividade.
de consumo manterão comissões permanentes para elaboração, § 3° Pendendo ação judicial na qual se discuta a imposição de
revisão e atualização das normas referidas no § 1°, sendo penalidade administrativa, não haverá reincidência até o trânsito
obrigatória a participação dos consumidores e fornecedores.
em julgado da sentença.
§ 4° Os órgãos oficiais poderão expedir notificações aos
Art. 60. A imposição de contrapropaganda será cominada
fornecedores para que, sob pena de desobediência, prestem
informações sobre questões de interesse do consumidor, quando o fornecedor incorrer na prática de publicidade enganosa
resguardado o segredo industrial. ou abusiva, nos termos do art. 36 e seus parágrafos, sempre às
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor expensas do infrator.
ficam sujeitas, conforme o caso, às seguintes sanções § 1º A contrapropaganda será divulgada pelo responsável da
administrativas, sem prejuízo das de natureza civil, penal e das mesma forma, freqüência e dimensão e, preferencialmente no
definidas em normas específicas: mesmo veículo, local, espaço e horário, de forma capaz de desfazer
I - multa; o malefício da publicidade enganosa ou abusiva.
II - apreensão do produto; § 2° (Vetado)
III - inutilização do produto; § 3° (Vetado).
IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
V - proibição de fabricação do produto; TÍTULO II
VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; Das Infrações Penais
VII - suspensão temporária de atividade;
VIII - revogação de concessão ou permissão de uso;
Art. 61. Constituem crimes contra as relações de consumo
IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade;
previstas neste código, sem prejuízo do disposto no Código Penal
X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra
ou de atividade; e leis especiais, as condutas tipificadas nos artigos seguintes.
XI - intervenção administrativa; Art. 62. (Vetado).
XII - imposição de contrapropaganda. Art. 63. Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão ou periculosidade de produtos, nas embalagens, nos invólucros,
aplicadas pela autoridade administrativa, no âmbito de sua recipientes ou publicidade:
atribuição, podendo ser aplicadas cumulativamente, inclusive Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
por medida cautelar, antecedente ou incidente de procedimento § 1° Incorrerá nas mesmas penas quem deixar de alertar,
administrativo. mediante recomendações escritas ostensivas, sobre a periculosidade
Art. 57. A pena de multa, graduada de acordo com a gravidade do serviço a ser prestado.
da infração, a vantagem auferida e a condição econômica do § 2° Se o crime é culposo:
fornecedor, será aplicada mediante procedimento administrativo, Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
revertendo para o Fundo de que trata a Lei nº 7.347, de 24 de julho Art. 64. Deixar de comunicar à autoridade competente e aos
de 1985, os valores cabíveis à União, ou para os Fundos estaduais consumidores a nocividade ou periculosidade de produtos cujo
ou municipais de proteção ao consumidor nos demais casos. conhecimento seja posterior à sua colocação no mercado:
(Redação dada pela Lei nº 8.656, de 21.5.1993) Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa.
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Parágrafo único. Incorrerá nas mesmas penas quem deixar I - serem cometidos em época de grave crise econômica ou
de retirar do mercado, imediatamente quando determinado pela por ocasião de calamidade;
autoridade competente, os produtos nocivos ou perigosos, na II - ocasionarem grave dano individual ou coletivo;
forma deste artigo. III - dissimular-se a natureza ilícita do procedimento;
Art. 65. Executar serviço de alto grau de periculosidade, IV - quando cometidos:
contrariando determinação de autoridade competente: a) por servidor público, ou por pessoa cuja condição econômico-
Pena Detenção de seis meses a dois anos e multa. social seja manifestamente superior à da vítima;
Parágrafo único. As penas deste artigo são aplicáveis sem b) em detrimento de operário ou rurícola; de menor de dezoito
prejuízo das correspondentes à lesão corporal e à morte. ou maior de sessenta anos ou de pessoas portadoras de deficiência
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir mental interditadas ou não;
informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, V - serem praticados em operações que envolvam alimentos,
quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou medicamentos ou quaisquer outros produtos ou serviços essenciais
garantia de produtos ou serviços: .
Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção será fixada
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. em dias-multa, correspondente ao mínimo e ao máximo de dias
§ 2º Se o crime é culposo; de duração da pena privativa da liberdade cominada ao crime. Na
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. individualização desta multa, o juiz observará o disposto no art.
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria 60, §1° do Código Penal.
saber ser enganosa ou abusiva: Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e de multa,
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. podem ser impostas, cumulativa ou alternadamente, observado
Parágrafo único. (Vetado). odisposto nos arts. 44 a 47, do Código Penal:
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria I - a interdição temporária de direitos;
saber ser capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma II - a publicação em órgãos de comunicação de grande
prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança: circulação ou audiência, às expensas do condenado, de notícia
Pena - Detenção de seis meses a dois anos e multa: sobre os fatos e a condenação;
Parágrafo único. (Vetado). III - a prestação de serviços à comunidade.
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técnicos e Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que trata este
código, será fixado pelo juiz, ou pela autoridade que presidir o
científicos que dão base à publicidade:
inquérito, entre cem e duzentas mil vezes o valor do Bônus do
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Tesouro Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha a
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça ou
substituí-lo.
componentes de reposição usados, sem autorização do consumidor:
Parágrafo único. Se assim recomendar a situação econômica
Pena Detenção de três meses a um ano e multa.
do indiciado ou réu, a fiança poderá ser:
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação,
a) reduzida até a metade do seu valor mínimo;
constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes.
enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o Art. 80. No processo penal atinente aos crimes previstos neste
consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu código, bem como a outros crimes e contravenções que envolvam
trabalho, descanso ou lazer: relações de consumo, poderão intervir, como assistentes do
Pena Detenção de três meses a um ano e multa. Ministério Público, os legitimados indicados no art. 82, inciso III
Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consumidor às e IV, aos quais também é facultado propor ação penal subsidiária,
informações que sobre ele constem em cadastros, banco de dados, se a denúncia não for oferecida no prazo legal.
fichas e registros:
Pena Detenção de seis meses a um ano ou multa. TÍTULO III
Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente informação sobre Da Defesa do Consumidor em Juízo
consumidor constante de cadastro, banco de dados, fichas ou CAPÍTULO I
registros que sabe ou deveria saber ser inexata: Disposições Gerais
Pena Detenção de um a seis meses ou multa.
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores
adequadamente preenchido e com especificação clara de seu e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a
conteúdo; título coletivo.
Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer para os crimes tratar de:
referidos neste código, incide as penas a esses cominadas na I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos
medida de sua culpabilidade, bem como o diretor, administrador deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que
ou gerente da pessoa jurídica que promover, permitir ou por sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias
qualquer modo aprovar o fornecimento, oferta, exposição à venda de fato;
ou manutenção em depósito de produtos ou a oferta e prestação de II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos
serviços nas condições por ele proibidas. deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja
Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a
neste código: parte contrária por uma relação jurídica base;
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III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único deste código,
entendidos os decorrentes de origem comum. a ação de regresso poderá ser ajuizada em processo autônomo,
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados facultada a possibilidade de prosseguir-se nos mesmos autos,
concorrentemente: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) vedada a denunciação da lide.
I - o Ministério Público, Art. 89. (Vetado)
II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título as normas
III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta do Código de Processo Civil e da Lei n° 7.347, de 24 de julho de
ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente 1985, inclusive no que respeita ao inquérito civil, naquilo que não
contrariar suas disposições.
destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este
código; CAPÍTULO II
IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos Das Ações Coletivas Para a Defesa de Interesses
um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos Individuais Homogêneos
interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a
autorização assemblear. Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 poderão propor,
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser dispensado em nome próprio e no interesse das vítimas ou seus sucessores, ação
pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91 e seguintes, quando civil coletiva de responsabilidade pelos danos individualmente
haja manifesto interesse social evidenciado pela dimensão ou sofridos, de acordo com o disposto nos artigos seguintes. (Redação
característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
protegido. Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, atuará
§ 2° (Vetado). sempre como fiscal da lei.
§ 3° (Vetado). Parágrafo único. (Vetado).
Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por
competente para a causa a justiça local:
este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano,
propiciar sua adequada e efetiva tutela. quando de âmbito local;
Parágrafo único. (Vetado). II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da os danos de âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica Código de Processo Civil aos casos de competência concorrente.
da obrigação ou determinará providências que assegurem o Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial,
resultado prático equivalente ao do adimplemento. a fim de que os interessados possam intervir no processo como
§ 1° A conversão da obrigação em perdas e danos somente litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de
será admissível se por elas optar o autor ou se impossível a tutela comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor.
específica ou a obtenção do resultado prático correspondente. Art. 95. Em caso de procedência do pedido, a condenação será
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará sem prejuízo da genérica, fixando a responsabilidade do réu pelos danos causados.
multa (art. 287, do Código de Processo Civil). Art. 96. (Vetado).
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo Art. 97. A liquidação e a execução de sentença poderão ser
promovidas pela vítima e seus sucessores, assim como pelos
justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz
legitimados de que trata o art. 82.
conceder a tutela liminarmente ou após justificação prévia, citado Parágrafo único. (Vetado).
o réu. Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo promovida
§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° ou na sentença, impor pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vítimas cujas
multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for indenizações já tiveram sido fixadas em sentença de liquidação,
suficiente ou compatível com a obrigação, fixando prazo razoável sem prejuízo do ajuizamento de outras execuções. (Redação dada
para o cumprimento do preceito. pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do resultado § 1° A execução coletiva far-se-á com base em certidão das
prático equivalente, poderá o juiz determinar as medidas sentenças de liquidação, da qual deverá constar a ocorrência ou
necessárias, tais como busca e apreensão, remoção de coisas e não do trânsito em julgado.
pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, § 2° É competente para a execução o juízo:
além de requisição de força policial. I - da liquidação da sentença ou da ação condenatória, no caso
Art. 85. (Vetado). de execução individual;
Art. 86. (Vetado). II - da ação condenatória, quando coletiva a execução.
Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de
Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este código não
condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985 e
haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo
e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação evento danoso, estas terão preferência no pagamento.
autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, Parágrafo único. Para efeito do disposto neste artigo, a
custas e despesas processuais. destinação da importância recolhida ao fundo criado pela Lei
Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a associação n°7.347 de 24 de julho de 1985, ficará sustada enquanto pendentes
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão de decisão de segundo grau as ações de indenização pelos danos
solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao individuais, salvo na hipótese de o patrimônio do devedor ser
décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas manifestamente suficiente para responder pela integralidade das
e danos. dívidas.
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Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitação de § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16,
interessados em número compatível com a gravidade do dano, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
poderão os legitimados do art. 82 promover a liquidação e não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente
execução da indenização devida. sofridos, propostas individualmente ou na forma prevista neste
Parágrafo único. O produto da indenização devida reverterá código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus
para o fundo criado pela Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 1985. sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos
termos dos arts. 96 a 99.
CAPÍTULO III § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior à sentença
Das Ações de Responsabilidade do Fornecedor de penal condenatória.
Produtos e Serviços Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do
parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência para as
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou
produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não
deste título, serão observadas as seguintes normas: beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor; sua suspensão no prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos
II - o réu que houver contratado seguro de responsabilidade do ajuizamento da ação coletiva.
poderá chamar ao processo o segurador, vedada a integração
do contraditório pelo Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta TÍTULO IV
hipótese, a sentença que julgar procedente o pedido condenará o Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor
réu nos termos do art. 80 do Código de Processo Civil. Se o réu
houver sido declarado falido, o síndico será intimado a informar a Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do
existência de seguro de responsabilidade, facultando-se, em caso Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito
afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização diretamente Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do
contra o segurador, vedada a denunciação da lide ao Instituto de
consumidor.
Resseguros do Brasil e dispensado o litisconsórcio obrigatório
Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor,
com este.
da Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste código poderão
federal que venha substituí-lo, é organismo de coordenação da
propor ação visando compelir o Poder Público competente a
política do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-
proibir, em todo o território nacional, a produção, divulgação
distribuição ou venda, ou a determinar a alteração na composição, lhe:
estrutura, fórmula ou acondicionamento de produto, cujo uso ou I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política
consumo regular se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à nacional de proteção ao consumidor;
incolumidade pessoal. II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas,
§ 1° (Vetado). denúncias ou sugestões apresentadas por entidades representativas
§ 2° (Vetado) ou pessoas jurídicas de direito público ou privado;
III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre
CAPÍTULO IV seus direitos e garantias;
Da Coisa Julgada IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através
dos diferentes meios de comunicação;
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito
sentença fará coisa julgada: policial para a apreciação de delito contra os consumidores, nos
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente termos da legislação vigente;
por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado VI - representar ao Ministério Público competente para fins
poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições;
de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as
81; infrações de ordem administrativa que violarem os interesses
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria difusos, coletivos, ou individuais dos consumidores;
ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União,
termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no Estados, do Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a
inciso II do parágrafo único do art. 81; fiscalização de preços, abastecimento, quantidade e segurança de
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, bens e serviços;
para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros
inciso III do parágrafo único do art. 81. programas especiais, a formação de entidades de defesa do
§ 1° Os efeitos da coisa julgada previstos nos incisos I e II consumidor pela população e pelos órgãos públicos estaduais e
não prejudicarão interesses e direitos individuais dos integrantes municipais;
da coletividade, do grupo, categoria ou classe. X - (Vetado).
§ 2° Na hipótese prevista no inciso III, em caso de XI - (Vetado).
improcedência do pedido, os interessados que não tiverem XII - (Vetado)
intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas
de indenização a título individual. finalidades.
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Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei n° 7.347, de 24
Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar de julho de 1985, passando o parágrafo único a constituir o caput,
o concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico- com a seguinte redação:
científica. “Art. 17. “Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação
autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão
TÍTULO V solidariamente condenados em honorários advocatícios e ao
Da Convenção Coletiva de Consumo décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas
e danos”.
Art. 107. As entidades civis de consumidores e as associações Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da Lei n° 7.347,
de fornecedores ou sindicatos de categoria econômica podem de 24 de julho de 1985:
regular, por convenção escrita, relações de consumo que tenham “Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá
por objeto estabelecer condições relativas ao preço, à qualidade, à adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quantidade, à garantia e características de produtos e serviços, bem quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora,
como à reclamação e composição do conflito de consumo. salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e
§ 1° A convenção tornar-se-á obrigatória a partir do registro despesas processuais”.
do instrumento no cartório de títulos e documentos.
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
§ 2° A convenção somente obrigará os filiados às entidades
signatárias. o seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
§ 3° Não se exime de cumprir a convenção o fornecedor que se “Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos,
desligar da entidade em data posterior ao registro do instrumento. coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do
Art. 108. (Vetado). Título III da lei que instituiu o Código de Defesa do Consumidor”.
Art. 118. Este código entrará em vigor dentro de cento e
TÍTULO VI oitenta dias a contar de sua publicação.
Disposições Finais Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.
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Art. 3º É vedado às instituições referidas no art. 1º recusa ou II - o número do telefone da Central de Atendimento ao
dificultar, aos clientes e usuários de seus produtos e serviços, o Público do Banco Central do Brasil, acompanhado da observação
acesso aos canais de atendimento convencionais, inclusive guichês de que o mesmo se destina ao atendimento a denúncias e
de caixa, mesmo na hipótese de oferecer atendimento alternativo reclamações, além do número do telefone relativo a serviço de
ou eletrônico. mesma natureza, se por elas oferecido;
§ 1º O disposto no caput não se aplica às dependências III - as informações estabelecidas pelo art. 2º da
exclusivamente eletrônicas nem à prestação de serviços de Resolução 2.303, de 25 de julho de 1996.” (NR);
cobrança e de recebimento decorrentes de contratos ou convênios III - o art. 7º:
que prevejam canais de atendimento específicos. “Art. 7º As instituições referidas no art. 1º, nas operações
§ 2º A opção pela prestação de serviços por meios alternativos de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor, realizadas
aos convencionais é admitida desde que adotadas as medidas com seus clientes, devem assegurar o direito à liquidação
necessárias para preservar a integridade, a confiabilidade, a antecipada do débito, total ou parcialmente, mediante redução
segurança e o sigilo das transações realizadas, assim como a proporcional dos juros.” (NR);
legitimidade dos serviços prestados, em face dos direitos dos IV - o art. 10:
clientes e dos usuários, devendo as instituições informá-los dos “Art. 10. Os dados constantes dos cartões magnéticos
riscos existentes. emitidos pelas instituições referidas no art. 1º devem ser
Art. 4º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
obrigatoriamente impressos em alto relevo, para portadores de
Art. 5º Ficam revogadas as Resoluções n. 2.878, de 26 de
deficiência visual.” (NR);
julho de 2001, e 2.892, de 27 de setembro de 2001.
V - o art. 12, parágrafo único, inciso I:
RESOLUCAO 2.892 “Art. 12. As instituições referidas no art. 1º não podem impor
Altera a Resolução 2.878, de 2001, que dispõe sobre aos deficientes sensoriais (visuais e auditivos) exigências
procedimentos a serem observadas pelas instituições financeiras e diversas das estabelecidas para as pessoas não portadoras de
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do deficiência, na contratação de operações e de prestação de serviços.
Brasil na contratação de operações e na prestação de serviços Parágrafo único. Com vistas a assegurar o conhecimento
aos clientes e ao público em geral. pleno dos termos dos contratos, as instituições devem:
O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º I - providenciar, na assinatura de contratos com portadores de
da Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o deficiência visual, a não ser quando por eles dispensadas, a
CONSELHO MONETÁRIONACIONAL, em sessão realizada leitura do inteiro teor do referido instrumento, em voz alta,
em 26 de setembro de 2001, com base no art. 4º, inciso VIII, da exigindo, mesmo no caso de dispensa da leitura, declaração do
referida lei, considerando o disposto na Lei 4.728, de 14 de julho contratante de que tomou conhecimento dos direitos e deveres das
de 1965, e na Lei 6.099, de 12 de setembro de1974, partes envolvidas, certificada por duas testemunhas, sem
prejuízo da adoção, a seu critério, de outras medidas com a
R E S O L V E U: mesma finalidade; ..........................................................” (NR);
Art. 1º Alterar os dispositivos abaixo especificados da VI - o art. 14:
Resolução 2.878, de 26 de julho de 2001, que passam a vigorar “Art. 14. É vedada a adoção de medidas administrativas
com a seguinte redação: relativas ao funcionamento das dependências das instituições
I - o art. 1º, inciso IV: referidas no art. 1º que possam implicar restrições ao acesso às
“Art. 1º Estabelecer que as instituições financeiras e áreas destinadas ao atendimento ao público.” (NR);
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central VII - o art. 16:
do Brasil, na contratação de operações e na prestação de “Art. 16. Nos saques em espécie, de valores acima de
serviços aos clientes e ao público em geral, sem prejuízo da R$5.000,00 (cinco mil reais), realizados em conta de depósitos à
observância das demais disposições legais e regulamentares vista, as instituições poderão postergar a operação para o
vigentes e aplicáveis ao Sistema Financeiro Nacional, devem expediente seguinte, vedada a utilização de tal faculdade nos
adotar medidas que objetivem assegurar: ..................................
saques de valores inferiores ao estabelecido.” (NR);
..............................
VIII - o art. 17, parágrafo 2º: “Art.
IV - fornecimento aos clientes de cópia impressa, na
17. É vedada a contratação de quaisquer operações condicionadas
dependência em que celebrada a operação, ou em meio eletrônico,
dos contratos, após formalização e adoção de outras providências ou vinculadas à realização de outras operações ou à aquisição de
que se fizerem necessárias, bem como de recibos, comprovantes outros bens e serviços.
de Pagamentos e outros documentos pertinentes às operações .................................................................
realizadas; ..........................................................” (NR); Parágrafo 2º Na hipótese de operação que implique, por força
II - o art. 2º: de contrato e da legislação em vigor, pacto adicional de outra
“Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem colocar operação, fica assegurado ao contratante o direito de livre
disposição dos clientes, em suas dependências e nas escolha da instituição com a qual deve ser formalizado referido
dependências dos estabelecimentos onde seus produtos forem contrato adicional.
negociados, em local e formato visíveis: ..........................................................” (NR);
I - informações que assegurem total conhecimento acerca das IX - o art. 18,
situações que possam implicar recusa na recepção de documentos parágrafo 4º:
(cheques, bloqueios de cobrança, fichas de compensação e outros) “Art. 18. Fica vedado às instituições referidas no art. 1º:
ou na realização de pagamentos, na forma da legislação em vigor; .................................................................
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Parágrafo 4º Excetuam-se das vedações de que trata este Art. 3o As empresas públicas de transporte e as concessionárias
artigo os casos de estorno necessários à correção de lançamentos de transporte coletivo reservarão assentos, devidamente
indevidos decorrentes de erros operacionais por parte da instituição identificados, aos idosos, gestantes, lactantes, pessoas portadoras
financeira, os quais deverão ser comunicados ao cliente, no prazo de deficiência e pessoas acompanhadas por crianças de colo.
de até dois dias úteis após a referida correção.” (NR). Art. 4o Os logradouros e sanitários públicos, bem como os
Art. 2º Ficam as instituições financeiras e demais edifícios de uso público, terão normas de construção, para efeito de
instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil licenciamento da respectiva edificação, baixadas pela autoridade
obrigadas a exigir de seus clientes e usuários confirmação clara competente, destinadas a facilitar o acesso e uso desses locais
e objetiva quanto a aceitação do produto ou serviço oferecido pelas pessoas portadoras de deficiência.
ou colocado a sua disposição, não podendo considerar o silêncio Art. 5o Os veículos de transporte coletivo a serem produzidos
dos mesmos como sinal de concordância. após doze meses da publicação desta Lei serão planejados de
Art. 3º Ficam as instituições referidas no artigo anterior forma a facilitar o acesso a seu interior das pessoas portadoras de
obrigadas a garantir a seus clientes o cancelamento da autorização deficiência.
de débitos automáticos em conta efetuados por força de § 1o (VETADO)
convênios celebrados com concessionária de serviço público ou § 2o Os proprietários de veículos de transporte coletivo
empresa privada ou por iniciativa da própria instituição, desde em utilização terão o prazo de cento e oitenta dias, a contar da
que, nesta hipótese,não decorram de obrigações referentes regulamentação desta Lei, para proceder às adaptações necessárias
a operações de crédito contratadas com a própria instituição ao acesso facilitado das pessoas portadoras de deficiência.
financeira. Parágrafo Art. 6o A infração ao disposto nesta Lei sujeitará os
único. As instituições referidas no caput têm prazo de até sessenta responsáveis:
dias para adoção das providências necessárias adequação dos I – no caso de servidor ou de chefia responsável pela repartição
convênios celebrados, com vistas ao cumprimento do disposto pública, às penalidades previstas na legislação específica;
neste artigo, mediante o estabelecimento de cláusula contratual II – no caso de empresas concessionárias de serviço público,
específica. a multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 2.500,00 (dois mil
Art. 4º Fica instituído o Manual do Cliente e Usuário de e quinhentos reais), por veículos sem as condições previstas nos
Serviços Financeiros e de Consórcio, que deverá consolidar as arts. 3o e 5o;
disposições constantes da Resolução 2.878, de 2001 e desta III – no caso das instituições financeiras, às penalidades
resolução, além de outras estabelecidas em normativos previstas no art. 44, incisos I, II e III, da Lei no 4.595, de 31 de
editados pelo Banco Central do Brasil, aplicáveis às dezembro de 1964.
instituições de que trata o art. 1º,na contratação de operações Parágrafo único. As penalidades de que trata este artigo serão
e na prestação de serviços aos clientes e ao público em geral. elevadas ao dobro, em caso de reincidência.
Parágrafo único. O Banco Central do Brasil deve manter Art. 7o O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de
permanentemente atualizado o manual de que trata este artigo. sessenta dias, contado de sua publicação.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua Art. 8o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
publicação.
Brasília, 27 de setembro de 2001 Brasília, 8 de novembro de 2000; 179o da Independência e
112o da República.
LEI No 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000.
Mensagem de Veto LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
Regulamento Dá prioridade de atendimento às pessoas que Regulamento Estabelece normas gerais e critérios básicos
especifica, e dá outras providências. para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência física, os idosos
com idade igual ou superior a sessenta e cinco anos, as gestantes, CAPÍTULO I
as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão DISPOSIÇÕES GERAIS
atendimento prioritário, nos termos desta Lei.
Art. 1o As pessoas portadoras de deficiência, os idosos com Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças de colo terão deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de
atendimento prioritário, nos termos desta Lei. (Redação dada pela barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário
Lei nº 10.741, de 2003) urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de
Art. 2o As repartições públicas e empresas concessionárias transporte e de comunicação.
de serviços públicos estão obrigadas a dispensar atendimento Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes
prioritário, por meio de serviços individualizados que assegurem definições:
tratamento diferenciado e atendimento imediato às pessoas a que I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para
se refere o art. 1o. utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários
Parágrafo único. É assegurada, em todas as instituições e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e
financeiras, a prioridade de atendimento às pessoas mencionadas dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de
no art. 1o. deficiência ou com mobilidade reduzida;
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II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou Art. 6o Os banheiros de uso público existentes ou a construir
impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser
segurança das pessoas, classificadas em: acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que
a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias atendam às especificações das normas técnicas da ABNT.
públicas e nos espaços de uso público; Art. 7o Em todas as áreas de estacionamento de veículos,
b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser
interior dos edifícios públicos e privados; reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres,
c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas
meios de transportes; portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.
d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo
que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de deverão ser em número equivalente a dois por cento do total,
mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com
sejam ou não de massa; as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as
normas técnicas vigentes.
III – pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida: a que temporária ou permanentemente tem limitada sua CAPÍTULO III
capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo; DO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO DO
IV – elemento da urbanização: qualquer componente das MOBILIÁRIO URBANO
obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação,
saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia Art. 8o Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação
elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, ou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que devam
paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento ser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestres
urbanístico; deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir a
V – mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas circulação, e de modo que possam ser utilizados com a máxima
vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos comodidade.
da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação Art. 9o Os semáforos para pedestres instalados nas vias
ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal
tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo
telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de
e quaisquer outros de natureza análoga; pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo
VI – ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.
pessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico. Art. 10. Os elementos do mobiliário urbano deverão ser
projetados e instalados em locais que permitam sejam eles
CAPÍTULO II utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com
DOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO mobilidade reduzida.
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III – pelo menos um dos itinerários que comuniquem Art. 18. O Poder Público implementará a formação de
horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais
edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação
acessibilidade de que trata esta Lei; e direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade
IV – os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro de comunicação. Regulamento
acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens
maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o
deficiência ou com mobilidade reduzida. uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação, para garantir o
direito de acesso à informação às pessoas portadoras de deficiência
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.
de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para
pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para CAPÍTULO VIII
pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, DISPOSIÇÕES SOBRE AJUDAS TÉCNICAS
de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de
acesso, circulação e comunicação. Art. 20. O Poder Público promoverá a supressão de barreiras
urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação,
CAPÍTULO V mediante ajudas técnicas.
DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS DE USO Art. 21. O Poder Público, por meio dos organismos de apoio
PRIVADO à pesquisa e das agências de financiamento, fomentará programas
destinados:
Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória I – à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamento
a instalação de elevadores deverão ser construídos atendendo aos e prevenção de deficiências;
seguintes requisitos mínimos de acessibilidade: II – ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de
I – percurso acessível que una as unidades habitacionais com ajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência;
o exterior e com as dependências de uso comum; III – à especialização de recursos humanos em acessibilidade.
II – percurso acessível que una a edificação à via pública, às
edificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios CAPÍTULO IX
vizinhos; DAS MEDIDAS DE FOMENTO À ELIMINAÇÃO DE
III – cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis BARREIRAS
para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida. Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de
Art. 14. Os edifícios a serem construídos com mais de um Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o Programa Nacional
pavimento além do pavimento de acesso, à exceção das habitações de Acessibilidade, com dotação orçamentária específica, cuja
unifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de execução será disciplinada em regulamento.
elevador, deverão dispor de especificações técnicas e de projeto
que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os CAPÍTULO X
demais elementos de uso comum destes edifícios atender aos DISPOSIÇÕES FINAIS
requisitos de acessibilidade.
Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta
da política habitacional regulamentar a reserva de um percentual destinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações,
mínimo do total das habitações, conforme a característica da eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos
população local, para o atendimento da demanda de pessoas edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. sob sua administração ou uso.
Parágrafo único. A implementação das adaptações,
CAPÍTULO VI eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidas no
DA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOS DE caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de
TRANSPORTE COLETIVO vigência desta Lei.
Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas
Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade
os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicas
de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à
específicas.
integração social da pessoa portadora de deficiência ou com
mobilidade reduzida.
CAPÍTULO VII
Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou
DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE
imóveis declarados bens de interesse cultural ou de valor histórico-
COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO
artístico, desde que as modificações necessárias observem as
normas específicas reguladoras destes bens.
Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras
Art. 26. As organizações representativas de pessoas portadoras
na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas
que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às de deficiência terão legitimidade para acompanhar o cumprimento
dos requisitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei.
pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de
Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação,
à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179o da Independência e
ao esporte e ao lazer. 112o da República.
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III - serviços de atendimento para pessoas com deficiência a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias públicas e
auditiva, prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas em nos espaços de uso público;
b) barreiras nas edificações: as existentes no entorno e
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas interior das edificações de uso público e coletivo e no entorno e
que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, nas áreas internas de uso comum nas edificações de uso privado
prestado por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de multifamiliar;
atendimento; c) barreiras nos transportes: as existentes nos serviços de
IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às transportes; e
pessoas com deficiência visual, mental e múltipla, bem como às d) barreiras nas comunicações e informações: qualquer
pessoas idosas; entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o
V - disponibilidade de área especial para embarque recebimento de mensagens por intermédio dos dispositivos, meios
e desembarque de pessoa portadora de deficiência ou com ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa, bem como
mobilidade reduzida; aqueles que dificultem ou impossibilitem o acesso à informação;
VI - sinalização ambiental para orientação das pessoas III - elemento da urbanização: qualquer componente
referidas no art. 5o; das obras de urbanização, tais como os referentes à pavimentação,
VII - divulgação, em lugar visível, do direito de saneamento, distribuição de energia elétrica, iluminação pública,
atendimento prioritário das pessoas portadoras de deficiência ou abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que
com mobilidade reduzida; materializam as indicações do planejamento urbanístico;
IV - mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas
VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia
vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos
ou cão-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação
deficiência ou de treinador nos locais dispostos no caput do art. 5o, ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos,
bem como nas demais edificações de uso público e naquelas de uso tais como semáforos, postes de sinalização e similares, telefones
coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina atualizada e cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises,
do animal; e quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
IX - a existência de local de atendimento específico para V - ajuda técnica: os produtos, instrumentos, equipamentos
as pessoas referidas no art. 5o. ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para
§ 2o Entende-se por imediato o atendimento prestado melhorar a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou
às pessoas referidas no art. 5o, antes de qualquer outra, depois de com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total
concluído o atendimento que estiver em andamento, observado o ou assistida;
disposto no inciso I do parágrafo único do art. 3o da Lei no 10.741, VI - edificações de uso público: aquelas administradas
de 1o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso). por entidades da administração pública, direta e indireta, ou por
§ 3o Nos serviços de emergência dos estabelecimentos empresas prestadoras de serviços públicos e destinadas ao público
públicos e privados de atendimento à saúde, a prioridade conferida em geral;
por este Decreto fica condicionada à avaliação médica em face da VII - edificações de uso coletivo: aquelas destinadas
gravidade dos casos a atender. às atividades de natureza comercial, hoteleira, cultural, esportiva,
financeira, turística, recreativa, social, religiosa, educacional,
§ 4o Os órgãos, empresas e instituições referidos no caput
industrial e de saúde, inclusive as edificações de prestação de
do art. 5o devem possuir, pelo menos, um telefone de atendimento serviços de atividades da mesma natureza;
adaptado para comunicação com e por pessoas portadoras de VIII - edificações de uso privado: aquelas destinadas
deficiência auditiva. à habitação, que podem ser classificadas como unifamiliar ou
Art. 7o O atendimento prioritário no âmbito da multifamiliar; e
administração pública federal direta e indireta, bem como IX - desenho universal: concepção de espaços, artefatos e
das empresas prestadoras de serviços públicos, obedecerá às produtos que visam atender simultaneamente todas as pessoas, com
disposições deste Decreto, além do que estabelece o Decreto no diferentes características antropométricas e sensoriais, de forma
3.507, de 13 de junho de 2000. autônoma, segura e confortável, constituindo-se nos elementos ou
Parágrafo único. Cabe aos Estados, Municípios e ao Distrito soluções que compõem a acessibilidade.
Federal, no âmbito de suas competências, criar instrumentos para Art. 9o A formulação, implementação e manutenção das
a efetiva implantação e o controle do atendimento prioritário ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas:
referido neste Decreto. I - a priorização das necessidades, a programação em
cronograma e a reserva de recursos para a implantação das ações; e
CAPÍTULO III II - o planejamento, de forma continuada e articulada,
DAS CONDIÇÕES GERAIS DA ACESSIBILIDADE entre os setores envolvidos.
CAPÍTULO IV
Art. 8o Para os fins de acessibilidade, considera-se: DA IMPLEMENTAÇÃO DA ACESSIBILIDADE
I - acessibilidade: condição para utilização, com segurança ARQUITETÔNICA E URBANÍSTICA
e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e
equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte Seção I
e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, Das Condições Gerais
por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; Art. 10. A concepção e a implantação dos projetos
II - barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos princípios do
ou impeça o acesso, a liberdade de movimento, a circulação com desenho universal, tendo como referências básicas as normas
segurança e a possibilidade de as pessoas se comunicarem ou técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as
terem acesso à informação, classificadas em: regras contidas neste Decreto.
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Art. 17. Os semáforos para pedestres instalados nas vias § 2o Nas edificações de uso público já existentes,
públicas deverão estar equipados com mecanismo que sirva de guia terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicação
ou orientação para a travessia de pessoa portadora de deficiência deste Decreto para garantir pelo menos um banheiro acessível
visual ou com mobilidade reduzida em todos os locais onde a por pavimento, com entrada independente, distribuindo-se seus
intensidade do fluxo de veículos, de pessoas ou a periculosidade equipamentos e acessórios de modo que possam ser utilizados por
na via assim determinarem, bem como mediante solicitação dos pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
interessados. § 3o Nas edificações de uso coletivo a serem construídas,
Art. 18. A construção de edificações de uso privado ampliadas ou reformadas, onde devem existir banheiros de uso
multifamiliar e a construção, ampliação ou reforma de edificações público, os sanitários destinados ao uso por pessoa portadora
de uso coletivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na de deficiência deverão ter entrada independente dos demais e
interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público, obedecer às normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da § 4o Nas edificações de uso coletivo já existentes, onde
ABNT. haja banheiros destinados ao uso público, os sanitários preparados
Parágrafo único. Também estão sujeitos ao disposto no para o uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
caput os acessos, piscinas, andares de recreação, salão de festas reduzida deverão estar localizados nos pavimentos acessíveis, ter
e reuniões, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, entrada independente dos demais sanitários, se houver, e obedecer
estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreas internas as normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
ou externas de uso comum das edificações de uso privado Art. 23. Os teatros, cinemas, auditórios, estádios,
multifamiliar e das de uso coletivo. ginásios de esporte, casas de espetáculos, salas de conferências
Art. 19. A construção, ampliação ou reforma de edificações e similares reservarão, pelo menos, dois por cento da lotação do
de uso público deve garantir, pelo menos, um dos acessos ao estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos
seu interior, com comunicação com todas as suas dependências pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos aos
e serviços, livre de barreiras e de obstáculos que impeçam ou corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas
dificultem a sua acessibilidade. de público e a obstrução das saídas, em conformidade com as
§ 1o No caso das edificações de uso público já existentes, normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicação § 1o Nas edificações previstas no caput, é obrigatória,
deste Decreto para garantir acessibilidade às pessoas portadoras de ainda, a destinação de dois por cento dos assentos para acomodação
deficiência ou com mobilidade reduzida. de pessoas portadoras de deficiência visual e de pessoas com
§ 2o Sempre que houver viabilidade arquitetônica, o mobilidade reduzida, incluindo obesos, em locais de boa
Poder Público buscará garantir dotação orçamentária para ampliar recepção de mensagens sonoras, devendo todos ser devidamente
o número de acessos nas edificações de uso público a serem sinalizados e estar de acordo com os padrões das normas técnicas
construídas, ampliadas ou reformadas. de acessibilidade da ABNT.
Art. 20. Na ampliação ou reforma das edificações de uso § 2o No caso de não haver comprovada procura pelos
púbico ou de uso coletivo, os desníveis das áreas de circulação assentos reservados, estes poderão excepcionalmente ser ocupados
internas ou externas serão transpostos por meio de rampa ou por pessoas que não sejam portadoras de deficiência ou que não
equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, quando tenham mobilidade reduzida.
não for possível outro acesso mais cômodo para pessoa portadora § 3o Os espaços e assentos a que se refere este artigo
de deficiência ou com mobilidade reduzida, conforme estabelecido deverão situar-se em locais que garantam a acomodação de, no
nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT. mínimo, um acompanhante da pessoa portadora de deficiência ou
Art. 21. Os balcões de atendimento e as bilheterias com mobilidade reduzida.
em edificação de uso público ou de uso coletivo devem dispor de, § 4o Nos locais referidos no caput, haverá, obrigatoriamente,
pelo menos, uma parte da superfície acessível para atendimento rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, conforme padrões
às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, das normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a fim de permitir
conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da a saída segura de pessoas portadoras de deficiência ou com
ABNT. mobilidade reduzida, em caso de emergência.
Parágrafo único. No caso do exercício do direito de § 5o As áreas de acesso aos artistas, tais como coxias e
voto, as urnas das seções eleitorais devem ser adequadas ao uso camarins, também devem ser acessíveis a pessoas portadoras de
com autonomia pelas pessoas portadoras de deficiência ou com deficiência ou com mobilidade reduzida.
mobilidade reduzida e estarem instaladas em local de votação § 6o Para obtenção do financiamento de que trata o inciso
plenamente acessível e com estacionamento próximo. III do art. 2o, as salas de espetáculo deverão dispor de sistema
Art. 22. A construção, ampliação ou reforma de de sonorização assistida para pessoas portadoras de deficiência
edificações de uso público ou de uso coletivo devem dispor de auditiva, de meios eletrônicos que permitam o acompanhamento
sanitários acessíveis destinados ao uso por pessoa portadora de por meio de legendas em tempo real ou de disposições especiais
deficiência ou com mobilidade reduzida. para a presença física de intérprete de LIBRAS e de guias-
§ 1o Nas edificações de uso público a serem construídas, intérpretes, com a projeção em tela da imagem do intérprete de
os sanitários destinados ao uso por pessoa portadora de deficiência LIBRAS sempre que a distância não permitir sua visualização
ou com mobilidade reduzida serão distribuídos na razão de, no direta.
mínimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimento da
§ 7o O sistema de sonorização assistida a que se refere o
edificação, com entrada independente dos sanitários coletivos,
§ 6o será sinalizado por meio do pictograma aprovado pela Lei no
obedecendo às normas técnicas de acessibilidade da ABNT.
8.160, de 8 de janeiro de 1991.
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§ 8o As edificações de uso público e de uso coletivo Art. 27. A instalação de novos elevadores ou sua
referidas no caput, já existentes, têm, respectivamente, prazo de adaptação em edificações de uso público ou de uso coletivo, bem
trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de publicação deste assim a instalação em edificação de uso privado multifamiliar a ser
Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata o caput e os §§ construída, na qual haja obrigatoriedade da presença de elevadores,
1o a 5o. deve atender aos padrões das normas técnicas de acessibilidade da
Art. 24. Os estabelecimentos de ensino de qualquer ABNT.
nível, etapa ou modalidade, públicos ou privados, proporcionarão § 1o No caso da instalação de elevadores novos ou da
condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes troca dos já existentes, qualquer que seja o número de elevadores
ou compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou da edificação de uso público ou de uso coletivo, pelo menos um
com mobilidade reduzida, inclusive salas de aula, bibliotecas, deles terá cabine que permita acesso e movimentação cômoda de
auditórios, ginásios e instalações desportivas, laboratórios, áreas pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida, de
de lazer e sanitários. acordo com o que especifica as normas técnicas de acessibilidade
§ 1o Para a concessão de autorização de funcionamento, da ABNT.
de abertura ou renovação de curso pelo Poder Público, o § 2o Junto às botoeiras externas do elevador, deverá
estabelecimento de ensino deverá comprovar que: estar sinalizado em braile em qual andar da edificação a pessoa se
I - está cumprindo as regras de acessibilidade arquitetônica, encontra.
urbanística e na comunicação e informação previstas nas normas § 3o Os edifícios a serem construídos com mais de
técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica ou um pavimento além do pavimento de acesso, à exceção das
neste Decreto; habitações unifamiliares e daquelas que estejam obrigadas à
II - coloca à disposição de professores, alunos, servidores instalação de elevadores por legislação municipal, deverão dispor
e empregados portadores de deficiência ou com mobilidade de especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação
reduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às atividades de equipamento eletromecânico de deslocamento vertical para uso
escolares e administrativas em igualdade de condições com as das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
demais pessoas; e § 4o As especificações técnicas a que se refere o § 3o
III - seu ordenamento interno contém normas sobre
devem atender:
o tratamento a ser dispensado a professores, alunos, servidores e
I - a indicação em planta aprovada pelo poder municipal do
empregados portadores de deficiência, com o objetivo de coibir e
local reservado para a instalação do equipamento eletromecânico,
reprimir qualquer tipo de discriminação, bem como as respectivas
sanções pelo descumprimento dessas normas. devidamente assinada pelo autor do projeto;
§ 2o As edificações de uso público e de uso coletivo II - a indicação da opção pelo tipo de equipamento
referidas no caput, já existentes, têm, respectivamente, prazo de (elevador, esteira, plataforma ou similar);
trinta e quarenta e oito meses, a contar da data de publicação deste III - a indicação das dimensões internas e demais aspectos
Decreto, para garantir a acessibilidade de que trata este artigo. da cabine do equipamento a ser instalado; e
Art. 25. Nos estacionamentos externos ou internos IV - demais especificações em nota na própria planta, tais
das edificações de uso público ou de uso coletivo, ou naqueles como a existência e as medidas de botoeira, espelho, informação
localizados nas vias públicas, serão reservados, pelo menos, dois de voz, bem como a garantia de responsabilidade técnica de que
por cento do total de vagas para veículos que transportem pessoa a estrutura da edificação suporta a implantação do equipamento
portadora de deficiência física ou visual definidas neste Decreto, escolhido.
sendo assegurada, no mínimo, uma vaga, em locais próximos
à entrada principal ou ao elevador, de fácil acesso à circulação Seção III
de pedestres, com especificações técnicas de desenho e traçado Da Acessibilidade na Habitação de Interesse Social
conforme o estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da
ABNT. Art. 28. Na habitação de interesse social, deverão ser
§ 1o Os veículos estacionados nas vagas reservadas promovidas as seguintes ações para assegurar as condições de
deverão portar identificação a ser colocada em local de ampla acessibilidade dos empreendimentos:
visibilidade, confeccionado e fornecido pelos órgãos de trânsito, I - definição de projetos e adoção de tipologias construtivas
que disciplinarão sobre suas características e condições de uso, livres de barreiras arquitetônicas e urbanísticas;
observando o disposto na Lei no 7.405, de 1985. II - no caso de edificação multifamiliar, execução das
§ 2o Os casos de inobservância do disposto no § 1o estarão unidades habitacionais acessíveis no piso térreo e acessíveis ou
sujeitos às sanções estabelecidas pelos órgãos competentes. adaptáveis quando nos demais pisos;
§ 3o Aplica-se o disposto no caput aos estacionamentos III - execução das partes de uso comum, quando se
localizados em áreas públicas e de uso coletivo. tratar de edificação multifamiliar, conforme as normas técnicas de
§ 4o A utilização das vagas reservadas por veículos que
acessibilidade da ABNT; e
não estejam transportando as pessoas citadas no caput constitui
IV - elaboração de especificações técnicas de projeto
infração ao art. 181, inciso XVII, da Lei no 9.503, de 23 de
que facilite a instalação de elevador adaptado para uso das pessoas
setembro de 1997.
Art. 26. Nas edificações de uso público ou de uso portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
coletivo, é obrigatória a existência de sinalização visual e tátil para Parágrafo único. Os agentes executores dos programas
orientação de pessoas portadoras de deficiência auditiva e visual, e projetos destinados à habitação de interesse social, financiados
em conformidade com as normas técnicas de acessibilidade da com recursos próprios da União ou por ela geridos, devem observar
ABNT. os requisitos estabelecidos neste artigo.
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Art. 29. Ao Ministério das Cidades, no âmbito da Art. 36. As empresas concessionárias e permissionárias
coordenação da política habitacional, compete: e as instâncias públicas responsáveis pela gestão dos serviços de
I - adotar as providências necessárias para o cumprimento transportes coletivos, no âmbito de suas competências, deverão
do disposto no art. 28; e garantir a implantação das providências necessárias na operação,
II - divulgar junto aos agentes interessados e orientar nos terminais, nas estações, nos pontos de parada e nas vias de
a clientela alvo da política habitacional sobre as iniciativas que acesso, de forma a assegurar as condições previstas no art. 34 deste
promover em razão das legislações federal, estaduais, distrital e Decreto.
municipais relativas à acessibilidade. Parágrafo único. As empresas concessionárias e
permissionárias e as instâncias públicas responsáveis pela
Seção IV gestão dos serviços de transportes coletivos, no âmbito de suas
Da Acessibilidade aos Bens Culturais Imóveis competências, deverão autorizar a colocação do “Símbolo
Internacional de Acesso” após certificar a acessibilidade do
Art. 30. As soluções destinadas à eliminação, redução ou sistema de transporte.
superação de barreiras na promoção da acessibilidade a todos os Art. 37. Cabe às empresas concessionárias e permissionárias
bens culturais imóveis devem estar de acordo com o que estabelece e as instâncias públicas responsáveis pela gestão dos serviços de
a Instrução Normativa no 1 do Instituto do Patrimônio Histórico e transportes coletivos assegurar a qualificação dos profissionais
Artístico Nacional - IPHAN, de 25 de novembro de 2003. que trabalham nesses serviços, para que prestem atendimento
prioritário às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
CAPÍTULO V reduzida.
DA ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS DE
TRANSPORTES COLETIVOS Seção II
Seção I Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Rodoviário
Das Condições Gerais
Art. 38. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data
Art. 31. Para os fins de acessibilidade aos serviços de edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos os modelos
de transporte coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, considera-se e marcas de veículos de transporte coletivo rodoviário para
como integrantes desses serviços os veículos, terminais, estações, utilização no País serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis
pontos de parada, vias principais, acessos e operação. para integrar a frota operante, de forma a garantir o seu uso por
Art. 32. Os serviços de transporte coletivo terrestre são: pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
I - transporte rodoviário, classificado em urbano, § 1o As normas técnicas para fabricação dos veículos e dos
metropolitano, intermunicipal e interestadual; equipamentos de transporte coletivo rodoviário, de forma a torná-
II - transporte metroferroviário, classificado em urbano los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições e entidades que
e metropolitano; e compõem o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
III - transporte ferroviário, classificado em intermunicipal Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no prazo de até doze
e interestadual. meses a contar da data da publicação deste Decreto.
Art. 33. As instâncias públicas responsáveis pela § 2o A substituição da frota operante atual por veículos
concessão e permissão dos serviços de transporte coletivo são: acessíveis, a ser feita pelas empresas concessionárias e
I - governo municipal, responsável pelo transporte permissionárias de transporte coletivo rodoviário, dar-se-á de
coletivo municipal; forma gradativa, conforme o prazo previsto nos contratos de
II - governo estadual, responsável pelo transporte coletivo concessão e permissão deste serviço.
metropolitano e intermunicipal; § 3o A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário
III - governo do Distrito Federal, responsável pelo e a infra-estrutura dos serviços deste transporte deverão estar
transporte coletivo do Distrito Federal; e totalmente acessíveis no prazo máximo de cento e vinte meses a
IV - governo federal, responsável pelo transporte coletivo contar da data de publicação deste Decreto.
interestadual e internacional. § 4o Os serviços de transporte coletivo rodoviário urbano
Art. 34. Os sistemas de transporte coletivo são considerados devem priorizar o embarque e desembarque dos usuários em nível
acessíveis quando todos os seus elementos são concebidos, em, pelo menos, um dos acessos do veículo.
organizados, implantados e adaptados segundo o conceito de Art. 39. No prazo de até vinte e quatro meses a contar da data
desenho universal, garantindo o uso pleno com segurança e de implementação dos programas de avaliação de conformidade
autonomia por todas as pessoas. descritos no § 3o, as empresas concessionárias e permissionárias
Parágrafo único. A infra-estrutura de transporte coletivo dos serviços de transporte coletivo rodoviário deverão garantir a
a ser implantada a partir da publicação deste Decreto deverá ser acessibilidade da frota de veículos em circulação, inclusive de seus
acessível e estar disponível para ser operada de forma a garantir o equipamentos.
seu uso por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade § 1o As normas técnicas para adaptação dos veículos e dos
reduzida. equipamentos de transporte coletivo rodoviário em circulação, de
Art. 35. Os responsáveis pelos terminais, estações, forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições
pontos de parada e os veículos, no âmbito de suas competências, e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia,
assegurarão espaços para atendimento, assentos preferenciais e Normalização e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no
meios de acesso devidamente sinalizados para o uso das pessoas prazo de até doze meses a contar da data da publicação deste
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Decreto.
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§ 2o Caberá ao Instituto Nacional de Metrologia, Normalização § 1o A acessibilidade nos serviços de transporte coletivo
e Qualidade Industrial - INMETRO, quando da elaboração das metroferroviário e ferroviário obedecerá ao disposto nas normas
normas técnicas para a adaptação dos veículos, especificar dentre técnicas de acessibilidade da ABNT.
esses veículos que estão em operação quais serão adaptados, em § 2o No prazo de até trinta e seis meses a contar da
função das restrições previstas no art. 98 da Lei no 9.503, de 1997. data da publicação deste Decreto, todos os modelos e marcas de
§ 3o As adaptações dos veículos em operação nos serviços veículos de transporte coletivo metroferroviário e ferroviário serão
de transporte coletivo rodoviário, bem como os procedimentos fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a frota
e equipamentos a serem utilizados nestas adaptações, estarão
operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras de
sujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidos
e implementados pelo Instituto Nacional de Metrologia, deficiência ou com mobilidade reduzida.
Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, a partir de Art. 43. Os serviços de transporte coletivo metroferroviário e
orientações normativas elaboradas no âmbito da ABNT. ferroviário existentes deverão estar totalmente acessíveis no prazo
máximo de cento e vinte meses a contar da data de publicação
Seção III deste Decreto.
Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Aquaviário § 1o As empresas concessionárias e permissionárias
dos serviços de transporte coletivo metroferroviário e ferroviário
Art. 40. No prazo de até trinta e seis meses a contar da deverão apresentar plano de adaptação dos sistemas existentes,
data de edição das normas técnicas referidas no § 1o, todos os prevendo ações saneadoras de, no mínimo, oito por cento ao ano,
modelos e marcas de veículos de transporte coletivo aquaviário
sobre os elementos não acessíveis que compõem o sistema.
serão fabricados acessíveis e estarão disponíveis para integrar a
§ 2o O plano de que trata o § 1o deve ser apresentado em
frota operante, de forma a garantir o seu uso por pessoas portadoras
de deficiência ou com mobilidade reduzida. até seis meses a contar da data de publicação deste Decreto.
§ 1o As normas técnicas para fabricação dos veículos
e dos equipamentos de transporte coletivo aquaviário acessíveis, Seção V
a serem elaboradas pelas instituições e entidades que compõem Da Acessibilidade no Transporte Coletivo Aéreo
o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial, estarão disponíveis no prazo de até vinte e quatro meses Art. 44. No prazo de até trinta e seis meses, a contar da data
a contar da data da publicação deste Decreto. da publicação deste Decreto, os serviços de transporte coletivo
§ 2o As adequações na infra-estrutura dos serviços desta aéreo e os equipamentos de acesso às aeronaves estarão acessíveis
modalidade de transporte deverão atender a critérios necessários e disponíveis para serem operados de forma a garantir o seu uso
para proporcionar as condições de acessibilidade do sistema de
por pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
transporte aquaviário.
Art. 41. No prazo de até cinqüenta e quatro meses Parágrafo único. A acessibilidade nos serviços de
a contar da data de implementação dos programas de avaliação transporte coletivo aéreo obedecerá ao disposto na Norma de
de conformidade descritos no § 2o, as empresas concessionárias Serviço da Instrução da Aviação Civil NOSER/IAC - 2508-0796,
e permissionárias dos serviços de transporte coletivo aquaviário, de 1o de novembro de 1995, expedida pelo Departamento de
deverão garantir a acessibilidade da frota de veículos em Aviação Civil do Comando da Aeronáutica, e nas normas técnicas
circulação, inclusive de seus equipamentos. de acessibilidade da ABNT.
§ 1o As normas técnicas para adaptação dos veículos e
dos equipamentos de transporte coletivo aquaviário em circulação, Seção VI
de forma a torná-los acessíveis, serão elaboradas pelas instituições Das Disposições Finais
e entidades que compõem o Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial, e estarão disponíveis no
Art. 45. Caberá ao Poder Executivo, com base em
prazo de até trinta e seis meses a contar da data da publicação
deste Decreto. estudos e pesquisas, verificar a viabilidade de redução ou isenção
§ 2o As adaptações dos veículos em operação nos serviços de tributo:
de transporte coletivo aquaviário, bem como os procedimentos I - para importação de equipamentos que não sejam
e equipamentos a serem utilizados nestas adaptações, estarão produzidos no País, necessários no processo de adequação do
sujeitas a programas de avaliação de conformidade desenvolvidos sistema de transporte coletivo, desde que não existam similares
e implementados pelo INMETRO, a partir de orientações nacionais; e
normativas elaboradas no âmbito da ABNT. II - para fabricação ou aquisição de veículos ou
equipamentos destinados aos sistemas de transporte coletivo.
Seção IV Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas
Da Acessibilidade no Transporte Coletivo
a que se referem o caput, deve-se observar o disposto no art. 14
Metroferroviário e Ferroviário
da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, sinalizando
Art. 42. A frota de veículos de transporte coletivo impacto orçamentário e financeiro da medida estudada.
metroferroviário e ferroviário, assim como a infra-estrutura dos Art. 46. A fiscalização e a aplicação de multas aos sistemas
serviços deste transporte deverão estar totalmente acessíveis de transportes coletivos, segundo disposto no art. 6o, inciso II, da
no prazo máximo de cento e vinte meses a contar da data de Lei no 10.048, de 2000, cabe à União, aos Estados, Municípios e
publicação deste Decreto. ao Distrito Federal, de acordo com suas competências.
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
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Art. 56. O projeto de desenvolvimento e implementação § 2o Para os fins deste Decreto, os cães-guia e os cães-
da televisão digital no País deverá contemplar obrigatoriamente os guia de acompanhamento são considerados ajudas técnicas.
três tipos de sistema de acesso à informação de que trata o art. 52. Art. 62. Os programas e as linhas de pesquisa a serem
Art. 57. A Secretaria de Comunicação de Governo e desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio
Gestão Estratégica da Presidência da República editará, no prazo à pesquisa e de agências de financiamento deverão contemplar
de doze meses a contar da data da publicação deste Decreto, temas voltados para ajudas técnicas, cura, tratamento e prevenção
normas complementares disciplinando a utilização dos sistemas de deficiências ou que contribuam para impedir ou minimizar o
de acesso à informação referidos no § 2o do art. 53, na publicidade seu agravamento.
governamental e nos pronunciamentos oficiais transmitidos por Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de
meio dos serviços de radiodifusão de sons e imagens. crédito para a indústria que produza componentes e equipamentos
Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput e de ajudas técnicas.
observadas as condições técnicas, os pronunciamentos oficiais do Art. 63. O desenvolvimento científico e tecnológico
Presidente da República serão acompanhados, obrigatoriamente, voltado para a produção de ajudas técnicas dar-se-á a partir da
no prazo de seis meses a partir da publicação deste Decreto, de instituição de parcerias com universidades e centros de pesquisa
sistema de acessibilidade mediante janela com intérprete de para a produção nacional de componentes e equipamentos.
LIBRAS. Parágrafo único. Os bancos oficiais, com base em estudos
Art. 58. O Poder Público adotará mecanismos de incentivo e pesquisas elaborados pelo Poder Público, serão estimulados a
para tornar disponíveis em meio magnético, em formato de texto, conceder financiamento às pessoas portadoras de deficiência para
as obras publicadas no País. aquisição de ajudas técnicas.
§ 1o A partir de seis meses da edição deste Decreto, Art. 64. Caberá ao Poder Executivo, com base em estudos
a indústria de medicamentos deve disponibilizar, mediante e pesquisas, verificar a viabilidade de:
solicitação, exemplares das bulas dos medicamentos em meio I - redução ou isenção de tributos para a importação
magnético, braile ou em fonte ampliada. de equipamentos de ajudas técnicas que não sejam produzidos no
§ 2o A partir de seis meses da edição deste Decreto, os País ou que não possuam similares nacionais;
fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos e mecânicos de uso II - redução ou isenção do imposto sobre produtos
doméstico devem disponibilizar, mediante solicitação, exemplares industrializados incidente sobre as ajudas técnicas; e
dos manuais de instrução em meio magnético, braile ou em fonte III - inclusão de todos os equipamentos de ajudas técnicas
ampliada. para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida
Art. 59. O Poder Público apoiará preferencialmente na categoria de equipamentos sujeitos a dedução de imposto de
os congressos, seminários, oficinas e demais eventos científico- renda.
culturais que ofereçam, mediante solicitação, apoios humanos às Parágrafo único. Na elaboração dos estudos e pesquisas
pessoas com deficiência auditiva e visual, tais como tradutores e a que se referem o caput, deve-se observar o disposto no art.
intérpretes de LIBRAS, ledores, guias-intérpretes, ou tecnologias 14 da Lei Complementar no 101, de 2000, sinalizando impacto
orçamentário e financeiro da medida estudada.
de informação e comunicação, tais como a transcrição eletrônica
Art. 65. Caberá ao Poder Público viabilizar as seguintes
simultânea.
diretrizes:
Art. 60. Os programas e as linhas de pesquisa a serem
I - reconhecimento da área de ajudas técnicas como área
desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio
de conhecimento;
à pesquisa e de agências de financiamento deverão contemplar
II - promoção da inclusão de conteúdos temáticos
temas voltados para tecnologia da informação acessível para
referentes a ajudas técnicas na educação profissional, no ensino
pessoas portadoras de deficiência.
médio, na graduação e na pós-graduação;
Parágrafo único. Será estimulada a criação de linhas de III - apoio e divulgação de trabalhos técnicos e científicos
crédito para a indústria que produza componentes e equipamentos referentes a ajudas técnicas;
relacionados à tecnologia da informação acessível para pessoas IV - estabelecimento de parcerias com escolas e centros
portadoras de deficiência. de educação profissional, centros de ensino universitários e de
pesquisa, no sentido de incrementar a formação de profissionais na
CAPÍTULO VII área de ajudas técnicas; e
DAS AJUDAS TÉCNICAS V - incentivo à formação e treinamento de ortesistas e
protesistas.
Art. 61. Para os fins deste Decreto, consideram-se Art. 66. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos
ajudas técnicas os produtos, instrumentos, equipamentos ou instituirá Comitê de Ajudas Técnicas, constituído por profissionais
tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar que atuam nesta área, e que será responsável por:
a funcionalidade da pessoa portadora de deficiência ou com I - estruturação das diretrizes da área de conhecimento;
mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, total ou II - estabelecimento das competências desta área;
assistida. III - realização de estudos no intuito de subsidiar a
elaboração de normas a respeito de ajudas técnicas;
§ 1o Os elementos ou equipamentos definidos como IV - levantamento dos recursos humanos que atualmente
ajudas técnicas serão certificados pelos órgãos competentes, trabalham com o tema; e
ouvidas as entidades representativas das pessoas portadoras de V - detecção dos centros regionais de referência em ajudas
deficiência. técnicas, objetivando a formação de rede nacional integrada.
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
§ 1o O Comitê de Ajudas Técnicas será supervisionado pela III - deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é
CORDE e participará do Programa Nacional de Acessibilidade, igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
com vistas a garantir o disposto no art. 62. óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05
§ 2o Os serviços a serem prestados pelos membros no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais
do Comitê de Ajudas Técnicas são considerados relevantes e não a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
serão remunerados. igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer
das condições anteriores;
CAPÍTULO VIII IV - .......................................................................
DO PROGRAMA NACIONAL DE ACESSIBILIDADE d) utilização dos recursos da comunidade;
.......................................................................”(NR)
Art. 67. O Programa Nacional de Acessibilidade, sob Art. 71. Ficam revogados os arts. 50 a 54 do Decreto no
a coordenação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 3.298, de 20 de dezembro de 1999.
por intermédio da CORDE, integrará os planos plurianuais, as Art. 72. Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.
diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
Art. 68. A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Brasília, 2 de dezembro de 2004; 183o da Independência e
na condição de coordenadora do Programa Nacional de 116o da República.
Acessibilidade, desenvolverá, dentre outras, as seguintes ações:
I - apoio e promoção de capacitação e especialização de
recursos humanos em acessibilidade e ajudas técnicas; MARKETING EM EMPRESAS DE
II - acompanhamento e aperfeiçoamento da legislação sobre SERVIÇOS. SATISFAÇÃO, VALOR E
acessibilidade; RETENÇÃO DE CLIENTES. COMO LIDAR
III - edição, publicação e distribuição de títulos referentes à
temática da acessibilidade;
COM A CONCORRÊNCIA.
IV - cooperação com Estados, Distrito Federal e Municípios PROPAGANDA E PROMOÇÃO. VENDA.
para a elaboração de estudos e diagnósticos sobre a situação TELEMARKETING. ETIQUETA
da acessibilidade arquitetônica, urbanística, de transporte, EMPRESARIAL: COMPORTAMENTO,
comunicação e informação; APARÊNCIA, CUIDADOS NO
V - apoio e realização de campanhas informativas e educativas ATENDIMENTO PESSOAL E
sobre acessibilidade;
TELEFÔNICO
VI - promoção de concursos nacionais sobre a temática da
acessibilidade; e
VII - estudos e proposição da criação e normatização do Selo
Nacional de Acessibilidade. Um Panorama do Serviço
Vivemosemuma economia de serviços. As estatísticas
CAPÍTULO IX variamumpouco, mas de modo geral é possível atribuir 70% de toda
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS a riqueza mundial ao setor de serviços. No Brasil, segundo o IBGE,
58% do PIB nacional é serviço e esse número tende a aumentar,
acompanhando as maiores economias e a própria revolução do
Art. 69. Os programas nacionais de desenvolvimento
conhecimento, que multiplica os serviços que agregam valor à
urbano, os projetos de revitalização, recuperação ou reabilitação
experiência humana. Do ponto de vista do emprego, o panorama
urbana incluirão ações destinadas à eliminação de barreiras
dos serviços é bastante favorável: setor empregador, de mão-de-
arquitetônicas e urbanísticas, nos transportes e na comunicação e
obra intensiva, há trabalho em serviços para praticamente todas
informação devidamente adequadas às exigências deste Decreto.
as faixas de escolaridade e renda. Custa significativamente menos
Art. 70. O art. 4o do Decreto no 3.298, de 20 de dezembro a criação de um emprego em serviços do que a criação de um
de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações: emprego na indústria. Enquanto a indústria tende à automação, à
“Art. 4o .................................................................. especialização do trabalho, reduzindo a participação humana, o
setor de serviços não consegue facilmente prescindir do elemento
I - deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou humano. Na verdade, para grande parte das empresas de serviço
mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento o único ativo disponível são as pessoas que compõem a empresa,
da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, seus quadros, sua inteligência e conhecimento. Uma agência de
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, propaganda, uma escola, uma consultoria, uma clínica médica e
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação outros serviços são fortemente dependentes das pessoas que ali
ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros trabalham.
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades Assim é que súbitas mudanças no quadro de pessoal podem
estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho afetar profundamente uma empresa do serviço. É comum, por
de funções; exemplo, um gerente de banco .levar. clientes de um banco para
II - deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de outro. O vínculo estabelecido é com a pessoa, com o gerente, e não
quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas com a empresa. Ou ainda, para o cliente, o prestador de serviço
freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; representa a empresa e é o depositário de sua confiança.
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Outra questão que aponta para o crescimento da economia de Um serviço também precisa ser entendido por suas
serviços é a própria comoditização dos produtos. Por comoditização características: inseparabilidade, variabilidade, intangibilidade e
entende-se a dificuldade cada vez maior que um produto tem perecibilidade.
para se diferenciar de outro, tanto do ponto de vista técnico Fonte: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/mkt/2.pdf
quanto do ponto de vista de utilidade. Os produtos estão cada vez
mais parecidos, similares, e a profusão de marcas e fabricantes Satisfação, valor e retenção do cliente
acaba comprimindo as margens de lucro. De fato, há pouca ou Kotler, Philip. Administração de Marketing.
nenhuma diferença entre, por exemplo, uma dezena de marcas São Paulo: Prentice Hall, 2000. Cap. 02.
de massa de tomate, creme dental e mesmo carros de um mesmo “A resposta está em realizar um melhor trabalho de
segmento.Ocomprador de um carro popular compara as várias atendimento e satisfação das necessidades do cliente” (p.56) –
opções disponíveis no mercado e encontra pouca diferença entre conquistando-o e superando a concorrência.
elas, inclusive no preço. Tecnicamente falando, como diferenciar
realmente uma série de aparelhos de tevê? Muitas vezes só mesmo Valor para o cliente:
a marca é que consegue gerar uma percepção de diferenciação, É a diferença entre o valor total para o cliente e o custo
que, de todo modo, não é fácil (nem barato) para sustentar. Mesmo total para o cliente. O valor total para o cliente é o conjunto de
uma empresa líder, de marca reputadíssima, como a Coca Cola, benefícios que os clientes esperam de um determinado produto ou
tem dificuldade de competir com os refrigerantes populares, as serviço. O custo total para o cliente é o conjunto de custos em
chamadas tubaínas. que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar
Ora, tudo isso fez com que os fabricantes percebessem que e descartar um produto ou serviço.
a única ou melhor forma de realmente diferenciar seu produto é
mediante um conjunto de serviços que agregam valor a ele: entrega, Satisfação dos clientes:
assistência técnica, garantias, seguros, crédito, distribuição, Consiste na sensação de prazer ou desapontamento resultante
informação, pós-venda, etc. Mesmo empresas tipicamente de da comparação do desempenho (ou resultado) percebido de um
produtos, ou conhecidas como líderes de produtos, já pensam, produto em relação às expectativas do comprador.
hoje, em serviços como estratégia de lucro. - Cliente insatisfeito: desempenho do produto não alcança
Serviços permitem diferenciação, personalização e expectativas.
customização. - Cliente satisfeito: desempenho do produto alcança
Assim, permitem margem, lucro. Serviços vão de expectativas.
telecomunicações a bancos; são escolas, hospitais, profissionais - Cliente altamente satisfeito (encantado): supera expectativas.
liberais, até serviços domésticos e pessoais. Passam pela internet “Um alto nível de satisfação ou encantamento cria um vínculo
e pelo varejo (o serviço da venda e atendimento ao público), pelas emocional com a marca, não apenas uma preferência racional. O
consultorias especializadas, serviços técnicos, logística e serviços resultado é um alto grau de fidelidade do cliente” (p.58) – gerando
de distribuição. um processo de relacionamento.
Este é o mundo dos serviços, que cresce a cada dia e que exige
uma nova abordagem, que passaremos a discutir brevemente aqui. Ferramentas para acompanhar e medir a satisfação de
clientes
O que é um serviço? Como defini-lo? Como diferenciar - Sistemas de reclamações e sugestões
serviço e produto? - Pesquisas de satisfação de clientes
Uma boa definição pode ser a seguinte: Serviço é um - Compras simuladas
desempenho, essencialmente intangível, que não resulta na - Análise de clientes perdidos
propriedade de algo. O serviço pode ou não estar ligado a um
produto físico. Processo: entrega de valor e satisfação para o cliente
Assim, serviços são desempenhos no tempo e espaço que Cadeia de valor (gráfico)
geram valor para o cliente por meio de uma transformação, uma Ferramenta par identificar as maneiras pelas quais se pode criar
experiência de serviço. mais valor para o cliente. Toda empresa representa um conjunto
Quando alguém vai ao cabeleireiro, não fica proprietário do de atividades que são desempenhadas para projetar, produzir,
corte de cabelo; na verdade, .sofre. o corte de cabelo. Durante uma comercializar, entregar e sustentar o seu produto. A cadeia de valor
aula, um aluno não se torna dono da aula, mas .sofre., .recebe. a identifica nove atividades estrategicamente relevantes que criam
experiência da aula, que deve gerar uma transformação, gerando valor e custo em um determinado negócio.
valor. O mesmo ocorre num consultório médico, num restaurante, Os departamentos de uma empresa devem estar integrados
numa oficina mecânica: o cliente não se torna dono do serviço. A excelência no desempenho das atividades de uma
Oserviço é umdesempenho transformador, intangível em essência, empresa depende não só da excelência de trabalho dos diversos
mesmo quando ligado a um produto físico. Mesmo em serviços departamentos que a compõem, mas também do grau de
que possuem um forte componente de bens, produtos e máquinas, excelência nas atividades de gestão e coordenação de cada um
como o transporte aéreo, o cliente não pode levar a viagem para destes departamentos e suas respectivas atividades.
casa e mostrar aos amigos. Ele pode, sim, viver a experiência Solução: a solução para a questão dos processos departamentais
transformadora da viagem e, no máximo, mostrar a passagem, é dar mais ênfase ao gerenciamento dos processos centrais de
as fotos, alguns elementos tangíveis do serviço. Esse elementos negócios. Muitas empresas estão realizando a reengenharia de
inclusive são fundamentais para .tangibilizar. o serviço, mas essa já seus negócios, criando equipes multidisciplinares para gerenciar
é uma outra história, da qual falaremos mais tarde. seus processos centrais, os quais incluem:
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
- Desenvolvimento de novos produtos: gestão das atividades 8. Clientes defensores – recomendam com entusiasmo
de pesquisa desenvolvimento e lançamento. 9. Clientes parceiros – trabalham em conjunto Inativos ou ex-
- Gerenciamento de estoques: gestão dos processos de clientes
estocagem dos suprimentos adequados a cada fase do processo de Abandono por vários motivos – informações podem
produção. proporcionar reconquista – “reativar é melhor do que conquistar”.
- Atração e retenção de clientes: gestão das atividades de
relacionamento. Custos x ganhos
- Pedido até recebimento: gestão das atividades de vendas, Determinam tamanho do mercado, níveis de parcerias e
entrega e recebimento do produto. possibilidades de negócios.
- Atendimento ao cliente: gestão das atividades de facilitação Níveis de investimento no cliente
de contato entre clientes e as pessoas certas dentro da empresa,
Quanto deve-se investir para que os custos não superem ganhos
visando solução de problemas de maneira rápida e satisfatória.
– gráfico: possibilidades na adoção de níveis de relacionamento
A. Mkt básico: simplesmente vende-se o produto
Atração e Retenção de Clientes
“O desafio não é deixar os clientes satisfeitos; vários B. Mkt reativo: vende-se e encoraja-se o cliente a ligar
concorrentes podem fazer isso. O desafio é conquistar clientes (dúvidas, sugestões, reclamações)
fiéis” (p.68). C. Mkt responsável: contato no pós-venda / verificar
Calculo do custo de clientes perdidos: atendimento das expectativas
1. Definir e calcular o índice de retenção da empresa D. Mkt pró-ativo: contato de tempos em tempos para mostrar
2. Identificar as causas dos problemas com os clientes e melhorias, qualidade... Os esforços em promoção são substituídos
evidenciar as que podem ser melhor gerenciadas por pesquisas e dicas de como se vender mais.
3. Estimar o quanto de lucro a empresa deixa de ter ao perder E. Mkt parceria: trabalho contínuo com o cliente para verificar
clientes meios e descobrir melhorias no desempenho
4. Calcular quanto custaria reduzir o índice de abandono Novas tecnologias colaboram para o mkt de relacionamento
Exemplo: “Agregue ao telefone – há muito um meio para o
_ A empresa tem 64 mil clientes; desenvolvimento de relacionamentos com clientes – a tecnologia
_ Perdeu 5% desses clientes por mau atendimento (3200); da web e terá um meio extremamente poderoso para atrair e reter
_ A média dos clientes perdidos representa uma perda de clientes” (p.73).
receita de 40 mil dólares (128 milhões = 3200 x 40.000); _ Banco de dados
_ A margem de lucro da empresa é de 10% (portanto perdeu _ Telemarketing
12.8 milhões no ano); _ Internet
_ Como os clientes foram perdidos prematuramente, a perda _ Newsletters
real da empresa é muito maior no longo prazo. _ E-mail marketing
_ O custo para recuperação destes clientes deve ser menor que
_ Sites
o lucro que se deixou de ganhar.
A necessidade da retenção de clientes
Ferramentas de mkt para gerar vínculos
Cliente só permanece fiel se estiver altamente satisfeito – para
isso há que se considerar suas expectativas no processo de compra _ Acréscimo de benefícios financeiros – mkt de freqüência,
e excedê-las. Enfatizar a pós-venda. E o boca-a-boca positivo, pois mkt clube, programas de milhagem (AAA desde déc.80), Marriot
o cliente satisfeito: (honored guest), locadoras, cartões fidelidade.
_ Permanece fiel por mais tempo; “O marketing de freqüência é o reconhecimento do fato de
_ Compra mais à medida que a empresa lança novos produtos; que 20% dos clientes de uma empresa podem representar 80% de
_ Fala favoravelmente da empresa e de seus produtos; seus negócios” (p.73).
_ Dá menos atenção a marcas e propaganda concorrentes; _ Acréscimo de benefícios sociais – aproximação com clientes
_ É menos sensível a preço; através de atendimento específico, “comunidade de marca”, Apple
_ Oferece idéias sobre produtos e serviços à empresa; (criatividade digital).
_ Custa menos para ser atendido do que novos clientes (rotina). “Os clientes podem ser anônimos para a instituição; os clientes
preferenciais não podem ser anônimos. Os clientes são atendidos
Marketing de relacionamento como parte de um todo ou como parte de segmentos maiores; os
Atrair e reter clientes lucrativos clientes preferenciais são atendidos de maneira individual. (...)
1. Clientes possíveis – presume-se que possam comprar Os clientes são atendidos por qualquer um que esteja disponível;
2. Clientes potenciais – interesse e $ os clientes preferenciais são atendidos pelo profissional a eles
3. Clientes potenciais desqualificados – não lucrativos designado” (p.75).
4. Clientes eventuais – podem continuar comprando da _ Acréscimo de vínculos estruturais – Coca Cola
concorrência (merchandising, freezers, expositores), Farmais (padronização
5. Clientes regulares – idem de farmácias independentes), treinamento, softwares, pedidos,
*estratégias de retenção dos clientes - relacionamento
pesquisas...
6. Clientes preferenciais – tratar bem e com conhecimento
Fonte: http://www.unaerp.br/comunicacao/professor/renato/
7. Clientes associados – programa de benefícios
arquivos/satisfacao_valor_tgm.pdf
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Didatismo e Conhecimento
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
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Didatismo e Conhecimento
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
Prova disso é a grande procura pelos cursos de etiqueta e se comportar. “Valorizam também o ato de receber pessoas em
empresarial, que atraem não só empresários, mas executivos, casa, decoração de ambientes profissionais e domésticos e boas
políticos, profissionais liberais e da área de vendas, gerentes, maneiras à mesa”, destaca Cláudio, cuja empresa conta também
secretárias, administradores, aspirantes à carreira diplomática com dinâmicas de grupo, atividades de psicomotricidade laboral e
e pessoas em busca de recolocação no mercado. Parceira da oficina de memória.
Fundação Getúlio Vargas (FGV), a empresa Etiqueta Empresarial
Executive Manners Consulting, com atuação no eixo Rio/São Dicas de Etiqueta Empresarial
Paulo, programa para este mês (maio) um curso e uma palestra Ser bem-educado exige algumas atitudes fundamentais.
para ensinar bons modos a profissionais mineiros. O primeiro Esmerar-se nas boas maneiras quando tiver que:
trabalho da empresa no Estado aconteceu no Hotel Ouro Minas, • Expressar-se verbalmente: jamais fale palavrões.
em maio de 2002, onde 300 pessoas assistiram ao curso de Etiqueta • Escrever cartas, cartões, memorandos ou bilhetes: dê
Empresarial, definida como o conjunto de normas que regem o sempre um cunho elegante e positivo nos textos.
comportamento no mundo dos negócios. • Manter amizades: lembre-se de sempre de ser gentil com
Há 20 anos treinando profissionais, a professora Maria os amigos e familiares nas datas importantes.
Aparecida Araújo diz que pontualidade, aparência bem cuidada • Respeitar os ausentes: pessoas elegantes não perdem seu
e saber portar-se bem à mesa, além de ser elegante ao telefone, tempo com fofocas e comentários sobre a vida alheia.
são atitudes imprescindíveis. Nas aulas, ela ensina desde • Tratar com pessoas socialmente carentes: não
formas corretas de cumprimento, apresentação, vestuário e desconsiderar os menos favorecidos, tratar a todos com respeito
comportamento, sem contar orientações sobre como usufruir de independentemente da hierarquia.
recursos eletrônicos, como telefone, videoconferência e e-mail. • Conduzir os negócios conservando a ética e a honestidade
“O treinamento também faz com que as pessoas aprimorem a em suas relações com clientes, empregados fornecedores.
comunicação, aprendendo a ouvir e falar na hora certa e com a • Dirigir e estacionar o carro: quem é grosseiro no trânsito,
entonação adequada”, cita o economista Cláudio Pelizari, diretor certamente será grosseiro em outras situações.
da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting. • Ceder espontaneamente o seu lugar para idosos, gestantes
Quem faz o curso aprende ainda a criticar com resultados ou deficientes físicos.
positivos, transformar reclamações em vendas e lidar com colegas • Cumprimentar e agradecer os profissionais que o
e clientes de temperamento difícil, apresentar idéias e projetos com transportaram.
eficiência, conduzir reuniões e, até mesmo, contornar situações • Entrar ou sair do táxi: cumprimentando o motorista ao
mais graves como o assédio sexual. E em tempos de globalização, embarcar, agradecendo ao sair e não fazendo questão de trocos
os empresários recebem conhecimentos para transitar com irrisórios.
desenvoltura em qualquer parte do mundo, respeitando as • No elevador: sabendo que em seu interior não se
diferenças culturais. fuma, não se conversa nem se fala ao celular. Fundamental é
Mas por que as regras de boa conduta, antes ensinadas na cumprimentar o ascensorista ao entrar e agradecer ao sair.
infância pelos pais ou nos colégios freqüentados por filhos de Ser bem-educado é:
famílias tradicionais, chegam hoje a um curso voltado para • Adotar práticas corretas de conduta e caráter.
adultos, muitos já até pós-graduados? Para Cláudio Pelizari, as • Cuidar da linguagem corporal, dos gestos, da expressão
causas estão na migração das mulheres do papel de educadoras facial, da postura quando em pé ou sentado.
integrais dos filhos para o trabalho fora de casa. • Saber sentar, levantar-se, comer, apresentar corretamente
“Desde que as mulheres foram obrigadas a deixar seus lares as pessoas, usar cartões de visita, cumprimentar, presentear e
para buscar posições no mercado de trabalho, a educação chamada ser presenteado, pedir licença, agradecer, dizer não, criticar sem
de berço passou a ser delegada a outras pessoas, trazendo como ofender, ser pontual, conversar de forma agradável, ser um bom
conseqüência a falta quase total de conhecimento das regras ouvinte e, principalmente, ter autocrítica e perceber quando deve
mais básicas de boas maneiras e polidez. As escolas também desculpar-se.
substituíram as aulas dessa disciplina, muito valorizadas no Brasil Fonte: http://www.etiquetaempresarial.com.br/imp8.asp
até a década de 60, por conteúdos que julgavam mais importantes”,
acredita o economista.
Cláudio e Maria Aparecida contam que muitos profissionais, ULTIMAS CONSIDERAÇÕES
após deixarem as universidades, chegam ao mundo corporativo
e percebem que essas competências fazem falta. “Os erros se O diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy,
tornam visíveis na aparência pessoal, nos gestos, na entonação e esclareceu em 22.08 o principal objetivo do Código de Defesa do
no palavreado, passando depois para os modos, apertos de mão, Consumidor Bancário:
troca de cartões de visita, conduta em elevadores e restaurantes e Transparência. Hoje, cada banco tem a sua maneira de
uso do telefone e do celular”, diz o consultor, lembrando que as interpretar o Código de Defesa do Consumidor. O que é aceito
pessoas nem se dão conta das gafes que cometem, prejudicando por uns, não é aceito por outros. O cliente fica perdido. O espírito
sua carreira e arranhando a imagem das empresas onde trabalham. do Código é o de estabelecer relações transparentes entre as duas
Cláudio Pelizari relata que há grande procura de profissionais partes. Ele é bom para o cliente, mas muito útil para os bancos, para
mineiros pelo curso. Na visão dos dois especialistas, os mineiros as áreas de contratos, de controles internos, acompanhamentos e,
em geral tratam com mais cuidado o quesito aparência. Muitos claro, para a diretoria saber como está sendo atendido o seu cliente,
os procuram com dúvidas quanto à maneira correta de se vestir que é a principal razão da existência da instituição.
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
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02 – São condições contratuais que devem ser evidenciadas pelas 05 - O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou
instituições elencadas na Resolução 2.878 as responsabilidades pela representação da autoridade policial, ouvido o Ministério Público
emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos; as situações em quarenta e quatro horas, havendo indícios suficientes, poderá
em que o correntista será inscrito no Cadastro de Emitentes de decretar, no curso do inquérito ou da ação penal, a apreensão ou o
Cheques sem Fundos (CCF); as penalidades a que o correntista esta seqüestro de bens, direitos ou valores do acusado, ou existentes em
sujeito, dentre outras. seu nome, objeto dos crimes previstos nesta Lei.
Resp: Certo Resp: Errado
03 - Os contratos de cheque, alem dos dispositivos referentes 06 - As medidas assecuratórias serão levantadas se a ação
aos direitos e as obrigações pactuados, devem prever as condições penal não for iniciada no prazo de cento e vinte dias, contados da
para a renovação, inclusive do limite de credito, e para a rescisão, data em que ficar concluída a diligência.
com indicação de prazos, das tarifas incidentes e das providencias a Resp: Certo
serem adotadas pelas partes contratantes.
Resp: Errado 07 - A ordem de prisão de pessoas ou da apreensão ou
seqüestro de bens, direitos ou valores, poderá ser interrompida
04 - E vedada às instituições a utilização de publicidade
pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução
enganosa ou abusiva. Considera-se abusiva qualquer modalidade
de informação ou comunicação capaz de induzir a erro o cliente imediata possa comprometer as investigações.
ou o usuário, a respeito da natureza, características, riscos, taxas, Resp: Errado
comissões, tarifas ou qualquer outra forma de remuneração, prazos,
tributação e quaisquer outros dados referentes a contratos, operações 08 - São efeitos da condenação, além dos previstos no Código
ou serviços oferecidos ou prestados. e enganosa, dentre outras, a Penal: I - a perda, em favor da União, dos bens, direitos e valores
publicidade que contenha discriminação de qualquer natureza, que objeto de crime previsto nesta Lei, ressalvado o direito do lesado
prejudique a concorrência ou que caracterize imposição ou coerção. ou de terceiro de boa-fé; II - a interdição do exercício de cargo ou
Resp: Errado função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de
05 - É permitida a adoção de medidas administrativas relativas conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas
ao funcionamento das dependências das instituições referidas na referidas no art. 9º, pelo dobro do tempo da pena privativa de
Resolução 2878 que possam implicar restrições ao acesso as áreas liberdade aplicada.
daquelas destinadas ao atendimento ao publico. Resp: Certo
Resp: Errado
09 - O juiz determinará, independentemente de tratado ou
QUESTÕES DA LEI 9.613/98 convenção internacional, quando o governo do país da autoridade
solicitante prometer reciprocidade ao Brasil, a apreensão ou o
01 – No crime de “lavagem” de dinheiro ou ocultação de seqüestro de bens, oriundos de crimes previstos na Lei 9.613,
bens, Direitos e Valores a pena será reduzida de um a dois terços e praticados no estrangeiro.
começará a ser cumprida em regime aberto podendo o juiz deixar de Resp: Certo
aplicá-la ou substituí-la por pena restritiva de direitos, se o autor, co-
autor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades,
10 - as pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção
prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações
penais e de sua autoria ou à localização dos bens, direitos ou valores imobiliária ou compra e venda de imóveis são uns dos legitimados
objeto do crime. que se sujeitam às obrigações referidas na Lei.
Resp: Certo Resp: Certo
02 - São da competência da Justiça Federal os crimes previstos 11 – Os cadastros e registros referidos nos incisos I e II do
na Lei de lavagem de dinheiro quando o crime consequente for de artigo 10 da Lei, deverão ser conservados durante o período
competência da Justiça Federal mínimo de cinco anos a partir do encerramento da conta ou da
Resp: Errado conclusão da transação, prazo este que poderá ser ampliado pela
autoridade competente.
03 - No processo por crime previsto nesta Lei, se aplica o Resp: Certo
disposto no art. 366 do Código de Processo Penal, que estabelece
se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir 12 - O Banco Central manterá registro descentralizado
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo formando o cadastro geral de correntistas e clientes de instituições
prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada financeiras, bem como de seus procuradores.
de provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão Resp: Errado
preventiva. Quanto às penas a serem aplicadas responda as alternativa a
Resp: Errado seguir.
04 - Os crimes disciplinados nesta Lei são insuscetíveis de 13 – Não será aplicada a pena de repreensão aos
fiança e liberdade provisória e, em caso de sentença condenatória,
administradores das pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as
o juiz decidirá fundamentadamente se o réu poderá apelar em
obrigações previstas nos arts. 10 e 11 da Lei 9.613.
liberdade.
Resp: Certo
Resp: Certo
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14 - A pena de advertência será aplicada por irregularidade no 02 - Os órgãos da administração pública direta, indireta e
cumprimento das instruções: identificarão seus clientes e manterão fundacional, as empresas prestadoras de serviços públicos e as
cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades instituições financeiras deverão dispensar atendimento prioritário
competentes e manterão registro de toda transação em moeda nacional às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida,
ou estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou aplicando-se, ainda, às pessoas com idade igual ou superior a
qualquer ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar sessenta anos, gestantes, lactantes e pessoas com criança de colo
limite fixado pela autoridade competente e nos termos de instruções por Resp: Certo
esta expedidas
Resp: Certo 03 - O tratamento diferenciado inclui, dentre outros serviços
de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado
15 - A multa será aplicada sempre que as pessoas referidas no por intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de
art. 9º, por imprudência deixarem de sanar as irregularidades objeto Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que não se comuniquem
de advertência, no prazo assinalado pela autoridade competente. em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por guias-
Resp: Errado intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento, bem
como sinalização ambiental para orientação das pessoas referidas
16 - A inabilitação definitiva será aplicada quando forem neste decreto.
verificadas infrações graves quanto ao cumprimento das obrigações
Resp: Certo
constantes desta Lei ou quando ocorrer reincidência específica,
devidamente caracterizada em transgressões anteriormente
04 - A formulação, implementação e manutenção das ações
punidas com multa.
de acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas: a
Resp: Errado
priorização das necessidades, a programação em cronograma e a
17 - O procedimento para a aplicação das sanções previstas reserva de recursos para a implantação das ações; e o planejamento,
nesta Lei será regulado por Resolução, assegurados o contraditório de forma fragmentada e articulada, entre os setores envolvidos.
e a ampla defesa. Resp: Errada
Resp: Errado
Quanto ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras Quanto à implementação da acessibilidade arquitetônica e
responda as questões abaixo urbanística respondas as alternativas abaixo
05 - Caberá à Administração Pública promover a inclusão de
18 – É criado, no âmbito do Ministério Público, o Conselho conteúdos temáticos referentes ao desenho universal nas diretrizes
de Controle de Atividades Financeiras - COAF, com a finalidade curriculares da educação profissional e tecnológica e do ensino
de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e superior dos cursos de Engenharia, Arquitetura e correlatos.
identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas Resp: Errado
nesta Lei, sem prejuízo da competência de outros órgãos e
entidades. 06 - No planejamento e na urbanização das vias, praças, dos
Resp: Errado logradouros, parques e demais espaços de uso público, deverão
ser cumpridas as exigências dispostas nas normas técnicas de
19 - O COAF será composto por servidores públicos de acessibilidade da ABNT. Incluem-se na condição estabelecida a
reputação ilibada e reconhecida competência, designados em ato instalação de piso tátil direcional e de alerta.
do Ministro de Estado da Fazenda, dentre os integrantes do quadro Resp: Certo
de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da Comissão de
Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, 07 - No caso das edificações de uso público já existentes,
da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicação
Receita Federal, de órgão de inteligência do Poder Executivo, deste Decreto para garantir acessibilidade às pessoas portadoras de
do Departamento de Polícia Federal, do Ministério das Relações deficiência ou com mobilidade reduzida.
Exteriores e da Controladoria-Geral da União, atendendo, nesses
Resp: Certo
quatro últimos casos, à indicação dos respectivos Ministros de
Estado.
08 - Os teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios
Resp: Certo
de esporte, casas de espetáculos, salas de conferências e
20 - Das decisões do COAF relativas às aplicações de penas similares reservarão, pelo menos, três por cento da lotação do
administrativas caberá recurso ao Ministro de Estado da Fazenda. estabelecimento para pessoas em cadeira de rodas, distribuídos
Resp: Certo pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade, próximos
aos corredores, devidamente sinalizados, evitando-se áreas
Questões do Decreto 5.296 segregadas de público e a obstrução das saídas, em conformidade
01 - Ficam sujeitos ao cumprimento das disposições deste com as normas técnicas de acessibilidade da ABNT. Os espaços
Decreto, sempre que houver interação com a matéria nele e assentos a que se refere este artigo deverão situar-se em locais
regulamentada a delegação de concessão, permissão, autorização que garantam a acomodação de, no mínimo, um acompanhante da
ou habilitação de qualquer natureza pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Resp: Errado Resp: Errado
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09 - Na habitação de interesse social, deverá ser promovida 17 - A partir de cem meses da edição deste Decreto, a indústria
exclusivamente a ação para assegurar as condições de acessibilidade de medicamentos deve disponibilizar, mediante solicitação,
dos empreendimentos de elaboração de especificações técnicas de exemplares das bulas dos medicamentos em meio magnético,
projeto que facilite a instalação de elevador adaptado para uso das braile ou em fonte ampliada.
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Resp: Errado
Resp: Errado
Quanto à ajuda Técnica responda as assertivas
Quanto à acessibilidade aos serviços de transporte 18 - Os cães-guia e os cães-guia de acompanhamento não são
coletivos responda as alternativas abaixo considerados ajudas técnicas.
10 - Para os fins de acessibilidade aos serviços de transporte Resp: Errado
coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, considera-se como integrantes
desses serviços os veículos, terminais, estações, pontos de parada,
vias principais, acessos e operação. 19 - Caberá ao Poder Público viabilizar as seguintes diretrizes:
Resp: Certo promoção da inclusão de conteúdos temáticos referentes a ajudas
técnicas somente na educação profissional e no ensino médio.
11 - Os serviços de transporte coletivo terrestre são: transporte Resp: Errado
rodoviário, classificado em urbano, metropolitano, intermunicipal
e interestadual; transporte metroferroviário, classificado em 20 - A Secretaria Especial dos Direitos Humanos, na condição
urbano e metropolitano; e transporte ferroviário, classificado em de coordenadora do Programa Nacional de Acessibilidade,
intermunicipal e interestadual desenvolverá edição, publicação e distribuição de títulos referentes
Resp: Certo à temática da acessibilidade.
Resp: Certo
12 – A frota de veículos de transporte coletivo rodoviário
e a infra-estrutura dos serviços deste transporte deverão estar QUESTÕES DAS CARTAS
totalmente acessíveis no prazo máximo de cento meses a contar da
data de publicação deste Decreto. Acerca das instituições financeiras e demais entidades
Resp: Errado autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, sendo a
Circular BACEN 2852, estão obrigadas a
13 - No prazo de até cinqüenta e quatro meses a contar da 1) I - manter atualizadas as informações cadastrais dos
data de implementação dos programas de avaliação, as empresas respectivos clientes, observadas, quando for o caso, as exigências
concessionárias e permissionárias dos serviços de transporte coletivo e responsabilidades definidas na Resolução n. 2.025, de
aquaviário, deverão garantir a acessibilidade da frota de veículos em 24.11.1993, e modificações posteriores;
circulação, inclusive de seus equipamentos. 1-C
Resp: Certo
2) - manter controles e registros internos consolidados que
Quanto ao acesso à informação e a Comunicação responda permitam verificar, alem da adequada identificação do cliente,
14 - No prazo de até doze meses a contar da data de publicação a compatibilidade entre as correspondentes movimentação de
deste Decreto, será obrigatória a acessibilidade nos portais e recursos, atividade econômica e capacidade financeira;
sítios eletrônicos da administração pública na rede mundial de R-C
computadores (internet), para o uso das pessoas portadoras de
deficiência mental reduzida, garantindo-lhes o pleno acesso às 3) - manter registro, na forma a ser estabelecida pelo Banco
informações disponíveis. Central do Brasil, de operações envolvendo moeda nacional ou
Resp: Errado estrangeira, títulos e valores imobiliários, metais ou qualquer outro
ativo passível de ser convertido em dinheiro.
15 - As empresas prestadoras de serviços de telecomunicações
R. E
deverão garantir o pleno acesso às pessoas portadoras de
deficiência auditiva, no Serviço Móvel Celular ou Serviço Móvel
Pessoal: garantir a interoperabilidade nos serviços de telefonia Além das instituições e entidades sujeitam-se as disposições
móvel, para possibilitar o envio de mensagens de texto entre desta Circular 2858:
celulares de diferentes empresas; e garantir a existência de centrais 4 - as administradoras de consórcios;
de intermediação de comunicação telefônica a serem utilizadas RC
por pessoas portadoras de deficiência auditiva, que funcionem em
tempo integral e atendam a todo o território nacional, inclusive 5 - as pessoas credenciadas ou autorizadas, pelo Banco Central
com integração com o mesmo serviço oferecido pelas prestadoras do Brasil, a operar no Mercado de Cambio de Taxas Flutuantes ,
de Serviço Telefônico Fixo Comutado ai excluídas as entidades ou sociedades emissoras de cartão de
Resp: Certo credito de validade internacional, mas incluídas as agencias de
turismo e os meios de hospedagem de turismo;
16 - Caberá aos órgãos e entidades da administração pública, R-E
diretamente ou em parceria com organizações sociais civis de
interesse público, sob a orientação do Ministério da Educação e da 6 - As agências, filiais ou sucursais e os representantes
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, por meio da CORDE, de instituições financeiras sediadas no exterior com ou sem
promover a capacitação de profissionais em LIBRAS. instalações no Pais.
Resp: Certo R–E
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§ 3º A divulgação de que trata o § 2º, inciso I, deve ser Art. 2º Constituem atribuições da ouvidoria:
providenciada inclusive por meio dos canais de comunicação
utilizados para difundir os produtos e serviços da instituição. I - receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento
formal e adequado às reclamações dos clientes e usuários de
§ 4º O componente organizacional deve ser segregado da produtos e serviços das instituições referidas no caput do art. 1º
unidade executora da atividade de auditoria interna, de que trata o que não forem solucionadas pelo atendimento habitual realizado
art. 2º da Resolução nº 2.554, de 24 de setembro de 1998, com a por suas agências e quaisquer outros pontos de atendimento;
redação dada pela Resolução nº 3.056, de 19 de dezembro de 2002.
II - prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência
§ 5º Os bancos comerciais, os bancos múltiplos, as caixas aos reclamantes acerca do andamento de suas demandas e
econômicas, as sociedades de crédito, financiamento e das providências adotadas;
investimento, as associações de poupança e empréstimo
e as sociedades de arrendamento mercantil que realizem III - informar aos reclamantes o prazo previsto para
operações de arrendamento mercantil financeiro devem instituir resposta final, o qual não pode ultrapassar quinze dias, contados
o componente organizacional de ouvidoria na própria instituição. da data da protocolização da ocorrência;
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IV - encaminhar resposta conclusiva para a demanda dos Art. 4º As instituições referidas no caput do art. 1º
reclamantes até o prazo informado no inciso III; devem designar perante o Banco Central do Brasil os nomes do
ouvidor e do diretor responsável pela ouvidoria.
V - propor ao conselho de administração ou, na sua
ausência, à diretoria da instituição medidas corretivas ou de § 1º Para efeito da designação de que trata o caput, são
aprimoramento de procedimentos e rotinas, em decorrência da estabelecidas as seguintes disposições:
análise das reclamações recebidas; e
I - não há vedação a que o diretor responsável pela
VI - elaborar e encaminhar à auditoria interna, ao comitê ouvidoria desempenhe outras funções na instituição, exceto a
de auditoria, quando existente, e ao conselho de administração de diretor de administração de recursos de terceiros;
ou, na sua ausência, à diretoria da instituição, ao final de cada
semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca da atuação da
II - nos casos dos bancos comerciais, bancos múltiplos,
ouvidoria, contendo as proposições de que trata o inciso V.
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e
investimento e associações de poupança e empréstimo, o ouvidor
§ 1º O serviço prestado pela ouvidoria aos clientes e
não poderá desempenhar outra atividade na instituição, exceto
usuários dos produtos e serviços das instituições referidas no caput
do art. 1º deve ser identificado por meio de número de protocolo de a de diretor responsável pela ouvidoria; e
atendimento.
III - na hipótese de recair a designação do diretor
§ 2º Os relatórios de que trata o inciso VI devem responsável pela ouvidoria e do ouvidor sobre a mesma pessoa,
permanecer à disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo esta não poderá desempenhar outra atividade na instituição.
mínimo de cinco anos na sede da instituição.
§ 2º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 6º e 9º, o
Art. 3º O estatuto ou o contrato social das instituições ouvidor e o diretor responsável pela ouvidoria responderão por todas
referidas no caput do art. 1º deve conter, de forma expressa, entre as instituições que utilizarem o componente organizacional único de
outros, os seguintes dados: ouvidoria e devem integrar os quadros da instituição que constituir o
componente de ouvidoria.
I - as atribuições da ouvidoria;
§ 3º Nas hipóteses previstas no art. 1º, §§ 7º, 8º e 10,
II - os critérios de designação e de destituição do ouvidor as instituições devem:
e o tempo de duração de seu mandato; e
I - designar perante o Banco Central do Brasil apenas o
III - o compromisso expresso da instituição no sentido de: nome do diretor responsável pela ouvidoria; e
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
II - apreciado pela auditoria interna ou pelo comitê de Parágrafo único. As informações e a documentação referidas
auditoria, quando existente; no caput devem permanecer à disposição do Banco Central do Brasil na
sede da instituição, pelo prazo mínimo de cinco anos, contados da
III - encaminhado ao Banco Central do Brasil, na forma e data da protocolização da ocorrência.
periodicidade estabelecida por aquela Autarquia:
Art. 8º O Banco Central do Brasil poderá adotar medidas
a) pelas instituições que possuem comitê de auditoria, bem complementares necessárias à execução do disposto nesta
como pelas cooperativas centrais de crédito, confederações e bancos resolução.
cooperativos que tenham instituído componente organizacional único
para atuar em nome das respectivas cooperativas de crédito singulares Art. 9º Esta resolução entra em vigor na data de sua
conveniadas nos termos do art. 1º, § 6º; e
publicação.
b) pelas instituições referidas no caput do art. 1º, no
caso de ocorrência de fato relevante; Art. 10. Ficam revogadas as Resoluções nº 3.477, de 26 de
julho de 2007, e nº 3.489, de 29 de agosto de 2007.
IV - arquivado na sede da respectiva instituição, à
disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco Brasília, 25 de março de 2010.
anos, acompanhado da revisão e da apreciação de que tratam os incisos Henrique de Campos Meirelles
I e II. Presidente
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HABILIDADES NO ATENDIMENTO
3) O fornecedor de serviços responde pelos vícios de 9) Os contratos que regulam as relações de consumo não
qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam obrigarão os consumidores, se não Ihes for dada a oportunidade de
o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com tomar conhecimento prévio de seu conteúdo, ou se os respectivos
as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, instrumentos forem redigidos de modo a dificultar a compreensão
podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: de seu sentido e alcance.
I - a reexecução dos serviços, com custo adicional e quando
cabível; 10) Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham
II - a restituição imediata da quantia paga, sem estar sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas
monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que
danos; o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu
III - o abatimento proporcional do preço. conteúdo.
IV - A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 11) Omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade
a) apenas a I está correta ou periculosidade de produtos nas embalagens, nos invólucros,
b) estão corretas apenas a I e II recipientes ou publicidade incorre na pena de detenção de 6 (seis)
c) estão corretas apenas a III e IV meses a 2 (dois) anos e multa.
d) todas estão corretas
12) quem deixar de alertar, mediante recomendações escritas
4) Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: ostensivas, sobre a periculosidade do serviço a ser prestado incorre
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos na pena de detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa..
provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos; 13) Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado ser enganosa ou abusiva incorre na pena - Detenção de 3 (três)
dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a meses a 1 (um) ano e multa
igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes 14) São circunstâncias agravantes dos crimes tipificados co
produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, CDC serem cometidos em época de grave crise econômica ou
características, composição, qualidade e preço, bem como sobre por ocasião de calamidade; ocasionarem grave dano individual ou
os riscos que apresentem; coletivo; dissimular-se a natureza ilícita do procedimento.
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, 15) Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da
práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado
produtos e serviços; prático equivalente ao do adimplemento
a) apenas a I está correta
b) estão corretas apenas a I e II GABARITO
c) estão corretas apenas a III e IV
d) todas estão corretas 1 B
Assinale certo ou errado
2 D
5) É enganosa dentre outras, a publicidade discriminatória
de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo 3 C
ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja 4 D
capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial
ou perigosa à sua saúde ou segurança 5 E
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