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4. Penso que tanto Noé como Ló não apontavam acusadoramente para sua
geração nem sentiam satisfação ou desejo de vingança, mas comunicaram de
forma convicta e amorosa a mensagem de Deus às pessoas ao seu redor,
falando do juízo que se aproximava:
Aqui, os filhos do Altíssimo, não são homens, mas anjos (veja Jó 1.6; Sl 29.1; Sl
89.7). Os homens (v.1) tiveram filhas – portanto, filhas humanas –, e a elas
vieram os “filhos de Deus” (v.2). A diferença entre “filhos do Altíssimo” e “filhas
dos homens” é ressaltada claramente. Se a expressão “filhos do Altíssimo” se
referisse a homens, teria de estar escrito “filhos dos homens”, assim como o
texto fala das “filhas dos homens”. Pessoas são chamadas de filhos dos homens
(Sl 62.9). Por exemplo, Ezequiel e Daniel são chamados de “filho do homem” (Ez
2.1; Dn 8.17). O Messias foi ambos: Filho do Altíssimo, título que acentua Sua
divindade, e Filho do Homem, que atesta sua vinda como homem através de
Maria (Mt 8.20,29).
Judas também deixa evidente que a designação “filhos do Altíssimo” não diz
respeito a pessoas, mas a anjos caídos: “e a anjos, os que não guardaram o seu
estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob
trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Jd 6; comp. 2 Pe 2.4-
5; Jó 1.6; 1 Rs 22.19-23).
“Então, disse o Altíssimo: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois
este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gn 6.3). A era anterior
ao Dilúvio foi caracterizada por uma marcante ação do Espírito Santo e menos
por ordenanças da Lei. Foi uma era de extraordinária graça, da qual as pessoas
abusaram impiedosamente. Elas resistiam ao Espírito Santo do mestre, que já
pregava àquele mundo através da pessoa e das palavras de Noé (1 Pe 3.18-20).
E agora, em Gênesis 6.3, o Eterno está dizendo que, depois de 120 anos, a
graça iria ser suspensa, retirando-se e dando lugar ao juízo.
A geração de Noé chegou a um ponto em que o mal e tudo o que era injusto e
pecaminoso dominava o dia-a-dia como estilo de vida normal. Os valores haviam
sido invertidos. O mal foi elevado à posição de bem, de útil, enquanto o bem,
que o Espírito Santo queria produzir, passou a ser declarado como mal e era
rejeitado. “Viu o Altíssmo a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser
vivente havia corrompido o seu caminho na terra” (Gn 6.12; comp. v.5).
Na Igreja Luterana dos EUA decidiu-se no ano passado que o ministério pastoral
poderá ser exercido por pessoas que vivem em relações homossexuais. Essa
regulamentação deverá entrar em vigor em 2010. Uma pastora declarou a
respeito: “Creio que fomos além do que Deus permite”. A ironia foi que uma
tempestade derrubou a cruz da torre da igreja luterana central onde estava sendo
tomada essa decisão.[4]
A maior parte do que acabamos de listar não é pecado. Mas quando o Altíssimo
é excluído e quando a salvação em Jesus é rejeitada, quando o homem é movido
apenas pelo que é temporal, então tudo isso passa a ser um sinal dos tempos
finais.
3. Nas épocas de Noé e Ló vemos que não era a multidão que estava com a
razão. A maioria de então estava errada, e a minoria (Noé e Ló) é que estava
certa. No final, Deus terá razão, Sua Palavra será decisiva – não a opinião da
maioria, que diz: “Mas todo mundo faz isso! Isso deve ser correto, já que todos
o fazem! É o que a mídia diz...”.
Você sabe qual foi a última afirmação do mestre antes de começar a falar do
tempo de Noé? “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não
passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos
céus; nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, também
será a vinda do Filho do Homem” (Mt 24.35-37).
Nosso tempo está diante de um novo dilúvio, não de água mas o dilúvio do
Apocalipse, dos juízos dos selos, das trombetas e dos flagelos. Então os céus e
a terra serão novamente abalados (comp. Ap 16.20-21). E após esses juízos
catastróficos, haverá um novo céu e uma nova terra, nos quais habita justiça (2
Pe 3.13; Ap 21).