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as quais, ao contrário das fontes de direito imediatas (directas) que criam normas jurídicas, as
fontes de direito mediatas contribuem para a sua formação. Existem contudo diferenças
substanciais entre as aludidas fontes de direito mediatas.
A analogia só é aplicável quando existe disposição normativa ainda que não sobre o
caso concreto, mas que de acordo com o seu carácter teleológico (fins) essas normas se
considerem aplicáveis tendo em conta o princípio da igualdade.
A equidade (artigo 4.º do CC), tradicionalmente definida como “justiça do caso concreto”,
opõe-se à justiça vista como uma intenção normativa de carácter geral e abstrato.
Os usos, cujo valor jurídico está previsto no artigo 3.º do CC, correspondem por sua vez a
práticas sociais reiteradas não acompanhadas da convicção de obrigatoriedade (algo que
os distingue dos costumes), consubstanciando-se numa ideia de uma reiteração ou repetição
dum comportamento ao longo do tempo.
Os usos, conforme previsto no disposto do artigo 3.º do CC, para que sejam atendíveis
juridicamente devem respeitar os princípios da boa-fé e da confiança.
Os usos de facto que não constituindo verdadeiras normas jurídicas, nem se confundindo
com o costume como fonte de direito consuetidinário, correspondem a práticas sociais
reiteradas, não acompanhadas da convicção da sua obrigatoriedade, podendo inclusivamente
afastar normas legais supletivas, mas sem valor perante normas imperativas.