Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Uma das mais claras evidências dessa repartição do bolo é que Stalin
invadiu ao mesmo tempo a Polônia e ocupou a metade oriental do país –
pobre Polônia! Vítima eterna de uma fatalidade geopolítica somente por
estar entre a Rússia e a Alemanha!
Até 1940, fim da primeira fase da Segunda Guerra, havia uma grande
colaboração entre a Alemanha e a URSS. Afinal de contas, ambos eram
socialistas e o socialismo, ainda que democrático, é um comunismo
introduzido com vaselina, ou seja: uma suave preparação para o socialismo
totalitário.
Quem chegou a esta conclusão não fomos nós, foi o Prêmio Nobel de
Economia, Friedrich Hayek, em O Caminho da Servidão[The Road to Serfdom,
1944]. Mas concordamos inteiramente com ele e com Karl Popper em A
Sociedade Aberta e Seus Inimigos[The Open Society and its Enemies, 1945], a
quem devemos a ideia fartamente embasada de que a ideologia nazista e a
ideologia comunista são irmãs siamesas e filhas do filósofo alemão Georg
Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).
Quanto à colaboração de Hitler com Stalin até 1940, basta dizer que
enquanto a fome grassava na URSS – milhões de ucranianos tiveram seus
produtos agrícolas expropriados por Stalin e morreram de inanição!!! – a
URSS forneceu toneladas de comida e matérias primas para Hitler e em troca
recebeu armas e orientação bélica.
Não deve ter sido pelo fato de a URSS e o chamado Mundo Livre terem
se aliado contra a Alemanha nazista. A ideia de que a URSS era contra a
“democracia burguesa” e o “vil capitalismo” era compartilhada por Hitler em
Mein Kampf / Minha Luta, a “Bíblia do nazismo”.
Ora, é uma antiga estratégia militar dois blocos – no caso Mundo Livre
e URSS – aliarem-se contra um terceiro – no caso, o mundo dominado pelo
nazismo em que França é um exemplo peculiar:
Não é exagerado dizer que a guerra fria, que dividiu o mundo em duas
metades – Bloco Capitalista liderado pelos Estados Unidos e Bloco
Comunista liderado pela URSS – não começou com a Cortina de Ferro em
1945 (Iron Curtain, segundo Churchill), mas sim com o pacto Molotov-
Ribbentrop em 1939.
O dia chegou, mas o imbecil não foi nenhum comunista, uma vez que
a ampla divulgação dos horrores do nazismo era algo bastante conveniente
para sua estratégia soviética de marketing político pós-Segunda Guerra, mas
sim um líder muçulmano iraniano: Mahmoud Ahmadinejad, para quem o
Holocausto foi uma invenção da propaganda capitalista americana e Israel
devia “ser empurrado para o mar”! (em suas próprias palavras).