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Aaron Matherly
Traduzido do texto em inglês
Like a Stone?
By Aaron Matherly
Via: Founders.org
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo
nem o utilize para quaisquer fins comerciais.
1
John Wesley, Thoughts Upon Necessity [Pensamentos Sobre a Necessidade], em John Wesley,
ed. Albert Outler (Nova Iorque, NY: Oxford University Press, 1964), 479.
2
Wesley, Pensamentos Sobre a Necessidade, 479-480.
3
William L. Lumpkin e Bill J. Leonard, Baptist Confessions of Faith [Confissões de Fé Batista], 2ª
ed revista. (Valley Forge, PA: Judson Press, 2011), 238.
Wesley articulou sua objeção à doutrina Reformada da providência, que para ele nega
quaisquer motivos para culpar ou elogiar:
Assim, de acordo com Wesley, a visão Reformada oferece pouco espaço para a livre
agência. Dada à posição Reformada, “o homem não pode mais ajudar a pecar do que uma
pedra pode o ajudar a cair”.6 Antes de Wesley, o Batista Geral Thomas Grantham do século
XVII ofereceu uma crítica semelhante em seu Christianismus Primitivus:
Quando dizemos que nada acontece sem a providência de Deus, não queremos dizer
(como alguns) que Deus tenha determinado eternamente e inalteravelmente todas as
coisas, e que todas as coisas são determinadas por aquele que É; e que todas as
4
Lumpkin, Confissões de Fé Batista, 238.
5
Wesley, Pensamentos sobre a Necessidade, 480-481.
6
Wesley, Pensamentos sobre a Necessidade, 480.
Para Gill, negar o governo de Deus sobre os corações dos homens encerraria desse
modo o controle de Deus “nos mais consideráveis assuntos e eventos desse mundo
inferior”.9 Ao contrário, Gill argumentava que Deus governava tanto as ações boas quanto
as ações pecaminosas dos homens, mas de uma forma que não prejudica a liberdade do
indivíduo. Sobre esse ponto, Gill meramente refletiu o que a Segunda Confissão de Fé
Batista de Londres declarou em seu capítulo Sobre a Divina Providência:
O conselho determinado [de Deus] se estende mesmo até a primeira Queda, e a todas
as outras ações pecaminosas tanto de anjos quanto de homens; e não por meio de
7
Thomas Grantham, Christianismus Primitivus [Cristianismo Primitivo] (Londres: Francis Smith,
1678), 51-52.
8
John Gill, The Cause of God and Truth [A Causa de Deus e a Verdade] (Londres: W. H.
Collingridge, 1185, reimpressão, Grand Rapids, MI: Baker Book House, 1980), 205.
9
Gill, A Causa de Deus e a Verdade, 205.
Assim, em Sua providência, Deus pode usar vários meios para inclinar os homens
para uma ação desejada ou outra, mas no final as escolhas são verdadeiramente deles e
resultam de seguir as mais fortes inclinações de seus corações.
10
Lumpkin, Confissões de Fé Batista, 242.
11
Gill, A Causa de Deus e a Verdade, 205.
12
Gill, A Causa de Deus e a Verdade, 206.
13
James P. Boyce, Abstract of Systematic Theology [Suma de Teologia Sistemática] (Cape Coral,
FL: Founders Press, 2006), 224.
Embora o rei da Assíria atribuísse sua conquista à sua própria força e sabedoria,
Isaías lembra aos seus leitores que Deus orquestrou os acontecimentos e que o rei era um
mero meio para um fim: “Porventura gloriar-se-á o machado contra o que corta com ele, ou
presumirá a serra contra o que puxa por ela, como se o bordão movesse aos que o
levantam, ou a vara levantasse como não sendo pau?”.15 Ainda mais surpreendente que
esta revelação é que Deus quis julgar o próprio instrumento que Ele designou para cumprir
Sua vontade: “Por isso acontecerá que, havendo o Senhor acabado toda a sua obra no
monte Sião e em Jerusalém, então castigarei o fruto da arrogante grandeza do coração do
rei da Assíria e a pompa da altivez dos seus olhos”.16 Portanto, diz o teólogo Bruce Ware:
14
Isaías 10: 5-6. Todas as citações das Escrituras são tiradas da ACF.
15
Isaías 10:15.
16
Isaías 10:12.
17
Bruce Ware, “The Compatibility of Determinism and Human Freedom”, em Whomever He Wills:
A Surprising Display of Sovereign Mercy [“A Compatibilidade do Determinismo e da Liberdade
Humana” in Quem Ele Quiser: Uma Exibição Surpreendente da Misericórdia Soberana], ed.
Matthew Barret e Tom Nettles (Cape Coral, FL: Founders Press, 2012), 217.
18
Apocalipse 17:17.
19
John Gill, Exposition of the Old and New Testaments [Exposição do Antigo e do Novo
Testamentos], 9 vols. (Paris, AR: The Baptist Standard Bearer, 1989), 9: 828.
Além disso, Gill determinou que o corolário necessário para a Queda de Adão era o
plano predeterminado de redenção de Deus. Falando aos seus irmãos israelitas em Atos
2:23, Pedro observa que “este que vos foi entregue pelo determinado conselho e
presciência de Deus, prendestes, crucificastes e matastes pelas mãos de injustos”. Mais
tarde, os crentes em Jerusalém elaboram mais sobre o plano soberano de Deus:
Porque verdadeiramente contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram,
não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para
fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que
se havia de fazer.23
Deus não permitiu apenas a crucificação, mas, como Lucas deixa claro, Deus
predestinou os meios pelos quais isso ocorreria. Comentando esta passagem, Gill
reafirmou que os ímpios escolheram livremente trair e crucificar Cristo:
Não era sua intenção e desejo cumprir os propósitos e decretos de Deus, mas cumprir
suas próprias concupiscências, e saciar sua raiva e malícia contra ele... o que eles
maliciosamente fizeram, Deus projetou para o bem, e por meio disso efetuou a
redenção e a salvação do seu povo.24
20
John Gill, A Complete Body of Doctrinal and Practical Divinity [Um Compêndio Completo de
Teologia Dotrinária e Prática, 2 vols. (London: Printed for W. Winterbotham, 1796), 1:465.
21
Gill, Compêndio de Teologia, 464.
22
Ibid.
23
Atos 4:27-28.
24
John Gill, Exposição do Antigo e do Novo Testamentos, 8:176.
É importante notar que, como observa Ware, a providência de Deus não trabalha
menos para fins bons, e as obras graciosas de Deus na vida de Seus eleitos demonstram
especialmente isso:
O chamado eficaz de Deus e a obra de regeneração do Espírito não agem por meio
de compulsão, mas dirigem as afeições dos homens em direção ao Salvador. Além disso,
a providência de Deus também se estende aos meios que preservam o crente. Em um
sermão sobre Filipenses 2:12-13, Basil Manly Sr. discutiu a relação entre a ação de Deus
e a responsabilidade do homem. Paulo informa aos crentes que “operem a vossa salvação
com temor e tremor; porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade”. Manly observou que enquanto “é o poder de Deus que vivifica,
que implanta a vida” os homens também devem operar a sua salvação “cultivando o
princípio da graça e conduzindo-o através de todos os diferentes estágios de crescimento
e experiência Cristã”.26 Naturalmente, um dos meios mais importantes pelos quais Deus
realiza Seus fins é através da proclamação do Evangelho.
O perigo mais óbvio de todos é extrair a conclusão errada do fato de que, como a
graça é soberanamente dada, então podemos deixar tudo com Deus e relaxar. A
verdade é que a graça é dada por meios humanos. É muito significativo que a verdade
25
Ware, “A Compatibilidade do Determinismo e da Liberdade Humana”, 229.
26
Basil Manly Sr., em Southern Baptist Sermons on Sovereignty and Responsibility [Sermões de
Batistas do Sul sobre Soberania e Responsabilidade], ed. Tom Nettles (Harrisonburg, VA: Gano
Books, 1984), 9.
Conclusão
O propósito de Deus é infinitamente sábio.... Deus deve ter um propósito por que é
sábio; e, portanto, Sua sabedoria deve estar relacionada ao Seu propósito. Não é um
esquema arbitrário ou caprichoso; mas um esquema concebido pela sabedoria infinita,
tendo o melhor fim possível para realizar, e adotando os melhores meios possíveis
para a sua realização.29
27
Errol Hulse, The Believer’s Experience: Maintaining the Scriptural Balance Between Experience
and Truth [A Experiência do Crente: Mantendo o Equilíbrio Bíblico entre a Experiência e a
Verdade] (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1980), 54.
28
Gill, Compêndio de Teologia, 256; C.f. Romanos 11:33.
29
Dagg, Manual of Theology [Manual de Teologia], 103.
30
Romanos 8:28.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
31
Romanos 8:29.
32
João Calvino, Institutas da Religião Cristã, 2 vols., Ed. John T. McNeil e trans. Ford Lewis
Battles (Philadelphia, PA: Westminster Press, 1967), 1:224.
— Sola Scritura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
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não veem são eternas.