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enue de Prcolosia M(2), Jeet Avi12009, 77-18, A idéia de referéncia: 0 acompanhamento terapéutico como paradigma de trabalho em um servico de satide mental Alessandra Monachesi Ribeiro Espago Brasileivo de Ernudoe Peicanaliicos Resumo ‘Ene taba visa explora a tia de que © Acompanhanenio Teapéitico seve como paadigma de ‘manejo ma clita dar pisovesem nti desde mental. Com are em expenneia como pcsloga ‘ricenalstas acompanbe plea emt dss series, CATS lope, four floss tn tra clinnad> acagetnmri ameesia collins stein, ommend os x spans As tatament. A partir da dia de refried a gual abe aim profsrionl qualquer do srigo ‘scorpenture puns de daemon pcan al sarvindoda nerd nm lc ws avid, tens (pam ene el 0 finda ist, bus pckmatinn ox poies emg aclnca do An pen Gee cline doth das es Raluras dave disc dspskoses hutmayio desde meal cps: caapedmaro tenpatia: amy chico Abstract The Therapeutic Accompantient at « mental health cave tition’ work paradigm. This text sine to ‘explore the idea thatthe Therapeutic Accompaniment canbe used 2s paradigm tothe heding concept at the clinic of p:yehoris within mental health nvtitstions. Baved on muy personal experience ax peyehologir, _peyehosnalyctand therapeutic accompanier atone of there ivtitutions, named CAPS-Ilapera (Peychorsocial ‘AtfentionCenter—ltspeva, I thinkonhow this accompaniment clinic i necessary tothe institutional outine, ‘rozring all the treatment spaces, Fiom the ilea of ference, which sands that upto each professional working within the institation to accompany the route of each single patient, standing asa intermediate Dbetreen him and hic activites, a well az between him and what i out of thse, I ay to seeks vere the ‘Therapeutic Accompaniment’ clinic approaches tothe psychosis institutional clinic ‘Keywords: cin of te ptosis matalhedh tnt caps ~poehosec abet etapa ecospesin a lel sens a C= este texto resgatando o que ¢ 0 contexto institucional sobre 0 qual procuro refletir através da proposta de que 0 trabalho de acompznhamento terapéutico (AT) seria seu paredigma, © CAPS-Itepeva - Centro de Atens8o Pricossocial Professor Lu'z da Rocha Cerqueira — suge em 1987, no Brasil, em Séo Paulo, capital, fruto da infiuincia das experiéncias de Reforma Priquistice na Inglater, Itlia, Fraga ¢ E.U A. eda tenttiva de construc de um caminho proprio que poderia, até mesmo, servir como modelo altemativo de atengéo em saide mental pare outtos servigos piblicos (Amarante, 1998, Bezzema Jr & Amarante, 1992; Desviat, 1999; Goldberg, 1998; Ribeiro, 2004; 2007) De seus antecessores, taza bagagem as novées de que BIE) “ium sujeito a ser tatado, que néo se reduz @ doenga, ¢ que a “EN pert elebica) Y6TS 4669 Heare diponivel en: www scica ips apesar ® g & q i 4 HE Hi 78 amnbeve consonncia com 0 movimento contra a diadura militar que se fortficou no final da década de 70 e no inicio da década de 80, momento em que smgem os primeiros movimentos dos tnabelhadores de sade mental no Brasil, com propostas de refommulagéo do modelo assistencial, com uma viséo critica sobre o saber piguiatrico e do qual nosso jé mencionado CAPS foi um dos fratos Como se sabe, 0 campo da saiide mental teve uma participagdo ative nos movimentos conte a ditadura militar desde a década de 70, sendo que « proposirio mesma de modelos altemativos de atencéo&saide, que questionassem o paradigmsa riquistico ea tadicéo hospitalocéntice, constituzam-se um roto de colocar em questio a ideologia tutelar ¢ autoritéria existente durante aque prtiodo. Alm da posi questionadora yresente no proprio modelo proposto ple Reforma Priquistice desde entéo, o inegavel engajemento politico daqueles que fundaram esses primeiros CAPS colocaram tal modelo indissociavel de ume certa aco politica, de que o movimento ctiado por funciondnos, familiares ¢ usuirios dos serigos de satide mental da festemunho, desde entéo ‘Aida de saice como dever do Estado ¢ direito do ciao, 4 idéia de bem-estar social e de qualidade de vide surgem na década de 80, assim como a prorizagéo de um melhor funcionamento dos servigos piblicos de side como um sistema ‘ico, inegrado e que garantsse ao cidadéo acesso universal, descentalizado ¢ democratico. No énibito de asssténcie essa nova concepréo desaguou na criacéo de noves modalidades de atengéo, que passaram a apresentar wna altemativa reel 20 hospital psiquatrico tradicional. Howe a criagéo de servigos altemativos ¢ a infemaco como etapa no tatamento tomow- se possivel nas enfermarias priquisticas em hosptas-gerais, No entento, os hospates priquishicos néo deixaram de existir como lugares de intemnagéo ~ quer femporétia, como etapa de fratamento, quer no sentido da exclusio ¢ do confinamento, Junto com as reformas na assisténci, fez-se necesséria uma tuticulagio dos movimentos de trebalhadores, ¢ as familias passaram também a organizar-se no intuit de questionar € yromover discusses em tomo des politcas pblices de said, de forma que o quadvo pulesse seralterado em vor da riorizaco do modelo eltemativo CO atendimento toma-se regionalizado, teitoria e hé uma tentative de que a pessoa posse ser atendida em sua comuidade ¢ no perce as referéncias de seu contexto social, néo se destemitorialize. Hi a preocupagéo em garentir seu diet de cidadania, a desosptalizarfo e a promocéo da saide mental, tento no nivel individual quanto mais emplamente Voltanclo @ proposta feita pelo CAPS desde 1987, aii de que ha um sujeito a ser tatado ¢ no uma doence Goloca como protegonista (0 sujeito) de seu tratamento, que ¢ pessoal, particular intransferivel Cada qual fem, no context institucional, seu proprio projeto terapéutico, sua maneiza singular de cixculagdo ¢ pticipacéo nas atividades proposts, enfim, sua inseryéo propna ne melha institucional, equal ajuda «cri (Alequipe)- multiprofssional — tealiza’o etidado ds iusudrias do servo (no mais pacientes) garante a GFEHTE) aio nimero de dispositivos de tatamento possivel, uma vez que no se sabe ao que cada um vai se vinculare existe a ime infengio de que wm uruibo possa se vincuara alguma atividade oua alguém e que dai se desenvole seu tatamento, O jojeto CAPS, que foi se ampliando 20 longo dos anos ¢ abarcendo éreas cada vez mais ebrangentes da vida de seus _uuazios, tnfomou seus projetos de ttamento em pojetos de Vida, em que a clinica tensfore-se em assisténcia © «21 intervengio no que diz respeito 4 sociabilidede. Para/e8 confornaso contrbuineintudneie da priquiatia demoertice italiana « seus descendentes, que enfetizavam o lider com. pessoas que sofiem transtomos emocionais graves a pti da petspective da teebilitago psicossocial, A priordade receiia sobre o favorecimento do poder de toca do sujeto, tanto no fibito afetvo quanto material, Hebiitar seria construir essa possibilidade de troce e negociacfo, sem a qual as rlagées ficeriam engessadas ¢ rstritas& repstcGo constante do tnico Inger a partir do qual o louco pode estbelecer troces —o lugar de doente Na perspective da reabilitgfo pricossocil, pare haver tum aumento do poder contatual do paciente tenam que ser contemplados os seguinteseixos de sua vide: moradi, familia ¢ tabelho. A énfase seria dada no faverécimento da autonomi’ a partir da diversificagéo dos lugares e possibildades de estabelecerrelapées O que se apresenta nas dias de hoje ¢ o dispositive CAPS como modelo ¢ peradigma de atengéo @ sade mental Ribeio, 2005). Utiizaei, como referéncia basica pare epresenté-o, © material esento pelo Ministéxio da Satde no ano de 2004, inttulado Saide mental no SUS: os centros de atengéo ‘pacossocial. Temos, enffo, difusio da eenice necesséia aque ‘una instituigéo se constitu enquanto um CAPS como aquilo a aque ¢ dada wna énfase considerével no elatrio do Minustxio da Seite (2004), no momento em que jé foi percomide um. longo caminho de quase vinte anos da aposte a experimentario, dessa a0 estabelecimento de uma tecnologia e, por fim ~o que se configue como retomo ao momento presente apis esta ‘eve retomaca hstrica-, 20 estebelecimento do CAPS como modelo de atendimento em sade mental Acompanhemasalgus excertos do relatxio ‘umCentode AtengioPsicossocial (CAPS) ou Mile de Aten i Pricossocial um servigo de salde abet econnsitiro do Sistema Unicode Saide (SUS), Ele umn higarderefenéncia e ‘natamento para pessoas que sofiem com tanstomes mentais, ricoses, neuroses aves e demais quadios, ujaseveridade ef fn pensistineia justiquem sua pemanincia mum dispositivo de cuidado intesivo, connuitiio, pasonalizado ¢ promotor de vida. US, 2004,» 13) Ouseja,o dispositive CAPS ¢ apresentado como wn lugar de referéncia, modelo no que tange 0 ttamento és pricoses © neuroses graves, no qual a idéia de um @uidadd exsonalizado implica opaciente em una porigéo ativafiente a seuhatamento Caberd ele, justamente com aequipe que Ihe esta cuidedos com seus familiares, decir o contomo de seu tatamento. tustamento é personalized e singularizado, tanto do onto de vista de um tinico individuo que ali se encontre, como de um inico servigo em wma dada regio. A oferta de um CAPS ¢ regionalizada e comunitéria, preocupada ¢ condizente com 6 testo que Contoma 6 #eIVigo e, conseqientemente, seu usudios fncionétios, Dessa fora, a roposigio de un CAPS como modelo de atendimmento em saide mental sera geal o sufciente para que, dento dessa idea, jam passiveis de incluso os mais divesos servigos, com suas paticulerdades temitriais regions. ‘Assim, © CAPS deve ser un dispositive ti abrengente que se peste contomar qualquer émbito da vide de uma pessoa, de modo que cada individuo singular que ai e tte encontie a possbilidede de trilbar um camsinho jaoprio em meio a una [lofi de ofertas, Além disso, ele devers ter pemmesbildade para manter une ressonéncia como seuentomo, aproveitendo- se do relevo desse lugar, dos contomos, des peculiaridades temitriais, das pessoas e ds rlagSes de sun regio em pol da consecusio de seus cbjetivos. Dito de outa maneir, o modelo CAPS deve ser amplo o sufciente para que nele caibam ite jropostas de trtemento de muites singuaridades distntes, ‘bem come muitas ropostas de servicossingulazes, que fenham ‘cara do teniténo que ocupam. © que gerentiré que fates fespecifcidedes digam respsito eo que pode sex entendido ‘como um CAPS seré a manutengo de uma posture ética bem -definida em relagéo 4 satide mentale ao tratamento do sofimento riguico Por postua ética, entendo ajuile que! sistentaal iia de CAPS desde seu principio, suas conceprées de loucwa € de tratamento, pautadas tanto peles elaboragdes da Reforma Figuidtsice quanto, também, por wna apyoximaso com wna ‘posisfo pricanaltica. Ambas pastem do pressuposto ético de ‘que louco ¢ um individuo com voz, capaz de dizer sobre si ‘mesmo, de produzirobra (Burman, 1992), e de que sua loueura, ‘portant, nfo édoenga ser talada e, conseqientemente, cw, ras une produgfo plea de sentidos que deve genhar,no éniito do swjeito, ugar de existincia sbjetiva etemitril, contomo, ‘managées que viabilizem wna inscrgio desse ser no mundo fem que vive, Tratar de um louco seri, dessa manera, criar ‘ispositivos para que o mesmo posse ter lugar, se temitonlizas, estabelecer redes com o refinamento necessénio para garantir algo que possamos chamar de vida COCAPS tomou-se un componente cenbel pa detemineda politica no campo da sade mental. Em sendo assim, conquistou uum lugar de existéncia previsto em lei. Com a leitura do relatono de 2004 do Ministerio da Sede, consttamas que © CAPS foi apropsiedo pelo poder do Estado enquanto una politica piblica ne area da side mental. Ouseja, sua tice e sua tecnologia tomaram-se modelos nesse campo de atendimento, bbem como ditetizes a serem seguides por outros servicos de saide Ambulatérios ¢ hospites-dia (HDs), por exemplo, transformerem.se em CAPS a partirde medidas legaisetiveram, ‘que se confomuar aos seus parémetos. Assim, todo o constuto CAPS (ica, tecnologia ¢ técnica) toma-se paradigm de uma ‘gio politica em saide mental que busca dar fim e0 modelo ositelocénricoce tatemento da loucur, oferecendo unazede de cuidados (antes altemativa, agora oficial) na qual os CAPS ocupam lugar cent ‘De certo modo, tudo o que acontece em um CAPS pode ser ‘enfendido como terapéuico, quer ejem aividedes especificas ‘ow simples estar I, inserido em um meio acolhedar, em ma Acompandement tereptitico em sale mental 79) ‘ambiente ferapfutico (Souza, 2003) Ou seja, essa instituigdo deve ser uma casa, uma morada, um lugar @ ser habitedo, ‘ocupado, marcado por todos agueles que alivivemfuncionarios « usuarios ~, pleno de histias, de memérias de intensidades Deve ser um lugar, jamais wm local de passagem, esséptico, SpEHSOEIGESGEWIRKD! Pare ciscomer a respzito do CAPS ‘como um Inger ferapéutico, frei uso das dias entropologices de Mare Ange ‘Aid deIngar(Augé, 1994) ¢ uma invengdonecesstia para dar conta dos acontecimentos, para interret-losereconhec-los dentro do campo de um discurso comum e delimitador de uma cerfacoletividede, Um coletivo se reconhece na singularidade de seu temitdrio, que ¢ criada e garantida pela idéia de lugar, 6 ue lhe garante, também, ima configuragéo identititia 0 ‘Suivi perience eFEMAGOIAT er termos de teritorio «de identidac ~ ins sabe dasa uso) sabe que exist 6 Out ¢ outos Ingeres sem que isso, contudo, interfira na construgdo ‘otalizante do lugar do coletivo ao qual pertence ( lugar ¢ identitti, relacional e histrico. Ele delimite ojconjunio de possbilidades, prescricées ¢ proibigGes mm (Gifexio(espacielfenfo(quentojsocial © luger de nascimento, ‘o nome propno, as relades estabelecdas como configuragéo de posigdes, a localizacdo do Inger de um a putir do outo € a localiza no tempo ene histria.. Tudo isso se estabelece com ‘nogfo de Inger Itinerérios, cruzamentos e cenbos/monumentos, tnis so as formas espnciais utilizadas para a configuacéo do ‘espajo social, Marcam 0 tenzitéri, estabelecem o tempo ¢ temibém @ historia em fang dos quai cada inividuo se situa (Occorgo também se apresenfa como espaco marcedo, com seus stinerdrios, seus elementos e suas referéncias aos ancestais, identidede, rlagdo ¢ histéria estéo postas no lugar delimitado ‘temibém pelo corpo, Espago social eespaco individual partilhamt dos mesmos elementos para sua composi¢o Juntamente com a definigéo de Inger, hi constatacio da existéncie dos aoclugates) Trata-se de um €sAG0 que ado é um Inger antropolégico, nfo liga lugares ¢ que tem na rovisoriedade, na perenidade e na idéia de passagem suas ‘SpRsteACHensicas/Os hospi, os espacos de trnsito, os tigos provisorios, os hottis, os cams, as vias de deslocamento, (simeios{del transporte as méquinas autométices, os cartées Ge creito, as reds de comunicagdo soo fbi do Howe solitério, que est sempre de passagem Distinguem-se do Inger ‘antropol6gico,existencial, do sentido escmto esimbolizado que essupe o movimento, pzrewso para qu se efetue,ebarcanco ‘ida de um trinsito de uma outra orcem, posto que dotado de sentdo So espacos descaracterizados, nfo-simbélicos, ocos de signticecéo. Pare Ange (1994), GT Viaje To aTGE BOTA ‘ifosluger ele pessa por paisagens das quais tem Vises mre fPareiis, instantinees, fomando sua posi¢éo de espectador © essencial acerca da Viagem, pouco importando qual seja 0 cenano Nema identidade, nem a relagéo, nem a hisiria fezem realmente sentido ¢ a solidio é vivida como superacéo ou sveziamento da individualidadeE 0 movimento da viegem {que o seduz, movimento que se encerma em si roprio.Portanto, co nfo-luger¢ o espaco constituco em relacéo a certos fins € @ relagdo que os indviduos mantém com esse espaco Eda esi

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