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Material e Exclusiva:
c) Município: Art. 30, incisos VIII e IX.
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano.
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
Competência Material Comum: União, Estado, DF e Município. Art. 23,
incisos III, IV,VI e VII.
Proteger os documentos, as obras, e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos.
Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural.
Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
Preservar as florestas, a fauna e a flora.
Fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar. ()
– Segurança Alimentar.
Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. ()
Obs: As normas que regem a cooperação entre a União, Estado, DF e Município
serão estabelecidas por lei complementar, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (PLC 12/2003 – Dep.Sarney
Fº ainda em tramitação)
Legislação correlata:
Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6938/81
Proteção ao Meio Ambiente – Lei 9605/1998
Sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
– Decreto 3179/99
Código Florestal – Lei 4771/65
Código de Caça – Lei 5197/67
Código de Pesca – Decreto-Lei 221/67
Distinção doutrinária entre competência concorrente e comum:
Concorrente: a tarefa é legislar sobre...
Comum: a tarefa é executar os encargos e objetivos comuns, sem limites
específicos, preferencialmente de forma cooperativa.
Obs: qualquer dos três entes públicos tem competência (administrativa) para
aplicar a legislação ambiental, anda que essa não tenha sido da autoria do
ente que a aplica. De outra forma, pode aplicar-se o princípio da
subsidiariedade, que determina que nada deverá ser exercido por um poder
de nível superior, se puder ser exercido pelo inferior. Entende-se por princípio
da subsidiariedade aquele pelo qual as decisões serão tomadas ao nível
político mais baixo possível, isto é, por aqueles que estão, o mais próximo
possível, das decisões que são definidas, efetuadas e executadas. Está,
assim, o princípio relacionado ao processo de descentralização política e
administrativa, em outras palavras, associado ao fortalecimento do poder
local.
Competência Formal ou Legislativa:
Exclusiva:
União: Art.22 incisos IV,XII e XXIV
Àguas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
Atividades nucleares de qualquer natureza.
Obs: Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões
específicas relacionadas aos itens supra.
Estados: Art. 25 §§ 1 e 3
Os Estados podem legislar sobre qualquer tema desde que não infrinjam os
princípios que limitam sua autonomia, expressamente estipulados nos artigos 21,
22, 24 e 30.
Haverá o poder de legislar sobre os bens que lhe pertence, de acordo com o art.26.
Poderá legislar sobre a instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para
integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
Município: Art. 30, incisos I e II, VIII e XIX
Legislar sobre assuntos de interesse local
Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.
Promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento
e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. (licenciamento
ambiental, plano diretor, lei de uso e ocupação do solo, código de obras, código de
posturas municipais, legislação tributária municipal, lei de orçamento do município)
Promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local.
Competência formal ou legislativa concorrente:
Art.24 incisos VI, VII, VIII, XIII, §§ 3 e 4.
Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos
recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle de poluição.
Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.
Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Obs: Inexistindo lei federal, sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades. A
superveniência de lei federal sobre normas.
No que diz respeito à competência legislativa concorrente, havendo conflitos
entre legislações deve predominar aquela mais restritiva (desde que cada
uma se atenha ao campo próprio de seus interesses predominantes), já que,
no caso, visa-se à satisfação do interesse público.
Os eventuais conflitos, nos quais a noção de norma geral e especial não seja
suficiente, devem ser resolvidos pela prevalência da norma que melhor
defenda o direito fundamental tutelado, por tratar-se de preceito constitucional
(lei nacional) que se impõe à ordem jurídica central ou regional (in dubio pro
natura).