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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO – RENATA TAVARES

26/07/2018

Obra: TRIBUNAIS INTERNACIONAIS. Leia Varella e Amaral Junior. DIREITO


INTERNACIONAL PÚBLICO é um conjunto de normas que visam a regular as
relações entre os sujeitos internacionais.

27/07/2018

No DIprivado, as normas geralmente emanam do Direito Interno, enquanto o DIP, não.


O DIP é público porque envolve SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO, ou seja, ESTADOS ou ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS. Tavares
afirma: podemos entender o DIP como o conjunto de normas e instituições que têm
por objetivo disciplinar e regulamentar as relações na sociedade internacional,
sobretudo entre os Estados ou entre Estados e outros atores internacionais. É dotado
de “obrigatoriedade de poderes de sanção”.
Segundo Tavares, os FUNDAMENTOS DO DIP são: CONSENTIMENTO e PACTA
SUNT SERVANDA [note que, interessantemente, a pacta é aquilo que limita e, ao
mesmo tempo, possibilita o consentimento]. No DIP, não há SOBERANIA ACIMA DOS
ESTADOS, de modo que o próprio sujeito de DIP produz a norma que será aplicado
a ele, ou seja, ele é AUTOR-DESTINATÁRIO da norma. Segundo Tavares, inexiste
uma NORMA FUNDAMENTAL INTERNACIONAL [creio que no sentido de
Constituição].
As BASES SOCIOLÓGICAS [melhor seria bases ontológicas] do DIP são:
PLURALIDADE DE ESTADOS SOBERANOS (afinal, é disso que se forma o DIP),
COMÉRCIO INTERNACIONAL E INTERDEPENDÊNCIA (e, então, eles exigem
de comunicação e comércio para sobreviver); e PRINCÍPIOS JURÍDICOS
COINCIDENTES: segurança, liberdade e propriedade (afinal, se não possuíssem os
mesmos princípios, não poderiam ser regidos pelas mesmas regras). As três palavras
chaves do DIP são: DESCENTRALIZADO, HORIZONTAL e REDE DE NORMAS.
O princípio das relações entre os Estados é a COORDENAÇÃO ou COOPERAÇÃO,
não no sentido altruísta, e sim utilitarista-racionalista.
Das semelhanças entre DIP e Direito interno, destaca Tavares: imperatividade das
normas, normas dotadas de sanção, e noção de ilícitos. Das distinções, Tavares aponta
a SUBORDINAÇÃO x COORDENAÇÃO, logo, a ausência de hierarquia entre
normas. No entanto, o art. 103 da ONU afirma que, em caso de conflito entre as
obrigações de outras normas e a Carta da ONU, prevalecerá as obrigações da ONU.
Do mesmo modo, NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS INSTÂNCIA DE
SOLUÇÃO DE CONFLITOS. No entanto, as normas imperativas de DIP (jus cogens)
não admitem DERROGAÇÃO [admitem, na verdade, em caso do próprio jus cogens].
Como exemplo, Tavares cita a igualdade entre os Estados, princípio da não intervenção,
proibição do uso da força nas relações internacionais, obrigação de solução pacífica dos
conflitos, autodeterminação dos povos, direitos humanos fundamentais, direito
humanitário e liberdade dos mares [todos no arquivo].
Dos PRINCÍPIOS DE DIP, ela cita: IGUALDADE SOBERANA (art. 1º, I, e art. 4º,
I da CF), AUTONOMIA, NÃO INGERÊNCIA NOS ASSUNTOS INTERNOS DOS
OUTROS ESTADOS (art. 4º, IV), INTERDIÇÃO DO RECURSO À FORÇA E
SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS (art. 4º, VII), RESPEITO AOS
DIREITOS HUMANOS (art. 4º, II), e COOPERAÇÃO INTERNACIONAL (art. 4º,
IX).
Depois, fala-se sobre o DUALISMO, que afirma a distinção entre ordem internacional
e direito interno. Tavares afirma que é uma ilusão pensar desta forma. Já o MONISMO
mescla ambas, existindo a NACIONALISTA (segundo Tavares, este é o que o STF
acredita), o INTERNACIONALISTA (Kelsen), e o INTERNACIONALISTA
DIALÓGICA, em que existem cláusulas de diálogo no que diz respeito aos direitos
humanos, em que ordem interna e internacional disputarão pela regra mais benéfica, que
é a que deve ser classificada. Ela também falou superficialmente das FUNÇÕES DO
DIP AO LONGO DA HISTÓRIA, e pediu que lêssemos.
Das TENDÊNCIAS, Tavares destaca a UNIVERSALIZAÇÃO, ou seja, a adoção
maior do DIP, a REGIONALIZAÇÃO, que é a junção de regiões em algo maior, além
de INSTITUCIONALIZAÇÃO, ou seja, da criação de institutos internacionais que
tendem a marcar maior presença no cenário mundial; a HUMANIZAÇÃO, ou seja,
maior escopo dos direitos humanos; OBJETIVAÇÃO (deixa de ser voluntarista para ser
coletivista, logo, passa de subjetivo para objetivo), e a CODIFICAÇÃO, que ainda é
expectativa.

02/08/2018

Para falar de Fontes, Tavares retoma a ideia da COORDENAÇÃO entre os Estados,


diferindo isso da lógica do contrato social (submissão). Tavares reitera que os
FUNDAMENTOS do DIP são: CONSENTIMENTO E BOA-FÉ. O art. 38 do ECIJ
aponta as principais FONTES DO DIREITO. Segundo Tavares, como a origem do DIP
foi eurocêntrica, e grande parte dos atores de sua origem seguiam o Common Law [o que
não parece verídico, já que o Civil Law era predominante na Europa Continental], em
diversos aspectos, haverá resquícios institutos do Common Law.
A CIJ tem competência CONTENCIOSA e CONSULTIVA. Sendo esta um órgão da
ONU. A CORTE PERMANENTE DE JUSTIÇA INTERNACIONALN é sua
sucessora, tendo ela surgido na LIGA DAS NAÇÕES UNIDAS. O ECPJI é muito
semelhante ao ECIJ. Das Fontes do art. 38 do ECIJ, temos: CONVENÇÕES
INTERNACIONAIS, COSTUME INTERNACIONAL e PRINCÍPIOS
INTERNACIONAIS DO DIREITO. Dos MEIOS AUXILIARES (fontes
secundárias), temos as DECISÕES JUDICIAIS e a DOUTRINA. E também,
atualmente, a decisão EX AEQUO ET BONO [EQUIDADE], que tem sido considerada
um meio auxiliar também.
As convenções internacionais são realizadas não pela União, mas pela RFB. O costume
internacional é uma prática reiterada e aceitada pelos membros da sociedade
internacional. Note, portanto, o ELEMENTO OBJETIVO + SUBJETIVO.
Antigamente, ESTA ERA A FONTE PREDOMINANTE. Em geral, os tratados são
criados já quando existe um costume internacional, como é o caso do asilo para
refugiados. Diz-se COSTUME INSTANTÂNEO a tendência que surge rapidamente e
institucionaliza-se no cenário internacional (como é o caso da CORRIDA ESPACIAL
entre EUA x URSS).
Tavares critica o termo “nações civilizadas” do art. 38. Os princípios gerais do direito
são aqueles que estão em diversos membros da sociedade internacional, como o princípio
da coisa julgada. Não se fala aqui em princípios gerais do direito internacional, e sim
DO DIREITO como um todo. O princípio do NON LIQUET [aquele do juiz que não
recusar decidir] não é obrigatório no DIP. Caso o Direito não possa resolver a lide, SE
AS PARTES CONCORDAREM, pode-se decidir por equidade, conforme o art. 38, 2º,
que descreve a equidade.
Vale lembrar que esse é um roll EXEMPLIFICATIVO DE FONTES. São OUTRAS
FONTES: ATOS UNILATERAIS e DECISÕES DAS ORGANIZAÇÕES
INTERNACIONAIS [no documento, ela colocou também a equidade]. Vale lembrar
que não são todas decisões das organizações que possuem força normativa em cenário
internacional. Somente as RESOLUÇÕES DE CARÁTER DECISÓRIO terão tal
potencial. Exemplo são as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Tais
decisões não se aplicam necessariamente a todos.
Os atos unilaterais são aqueles que não dependem de consentimento, mas da
simples vontade de um dos Estados. O exemplo clássico é a abertura dos portos às
nações amigas. Segundo Tavares, isso muda tudo no mundo jurídico internacional. Um
exemplo disso é o ato de declaração unilateral da Noruega para com a Dinamarca. O ato
paradigmático foi entre França e Austrália sobre os testes nucleares. Vale lembrar, no
entanto, que nem todo ato unilateral é norma. Tavares ressalta, por fim, que não há
HIERARQUIA ENTRE FONTES. Ela não falou, no entanto, da analogia e do soft law,
nem do resto abaixo da hierarquia. Tratado pode revogar costume internacional, bem
como costume pode revogar tratado.

03/08/2018

Os tratados são celebrados por sujeitos de DIP, como Estados e Organizações


Internacionais, porém é importante destacar que as organizações não governamentais não
podem criar tratados. Segundo a CVDT, TRATADO significa um acordo internacional
concluído entre os Estados em forma ESCRITA [vide Rezek] e regulado pelo Direito
Internacional, consubstanciado em um único instrumento ou em dois ou mais
instrumentos conexos, qualquer que seja a sua designação específica [tratado,
convenção, protocolo, etc.].
Ele produz efeito INTER PARTES somente a quem ratifica. Também NÃO
RETROAGE. Gera OBRIGAÇÕES INDIRETAS aos poderes estatais, ou seja,
abrange o executivo, legislativo e judiciário como um todo, e não apenas um ou outro,
incluindo municípios, Estados federados, etc. Também, aplica-se a TODO TERITÓRIO
dos contratantes, a MENOS QUE HAJA RESSALVA. O descumprimento do tratado
acarreta RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL. O tratado NÃO BENEFICIA
NEM PREJUDICA TERCEIROS, imponde-se tais efeitos SOMENTE se aceitarem a
obrigação [note o cunho voluntarista dos tratados e observe como Pontes de Miranda e o
elemento nuclear dos tratados nos demonstra a natureza do suporte fático de tais
instrumentos].
Não há um FORMALISMO para redigir um tratado, EMBORA ELE SEJA ESCRITO.
De resto, não há requisitos rígidos. Em termos de FORMA, quanto ao NÚMERO DE
PARTES, os tratados podem ser BILATERAIS ou MULTILATERAIS. Quanto à
NATUREZA dos sujeitos, podem ser ESTADO e ESTADO ou ESTADO e OI ou OI e
OI. Quanto à EXTENSÃO do procedimento, pode ter ou não ter a EXIGIBILIDADE
DE RATIFICAÇÃO. Segundo Tavares, 99% dos tratados do BR EXIGEM a ratificação.
Quanto à MATÉRIA, podemos ter o CONTRATO [sentido comercial] ou a NORMA.
Também, em função da matéria, DIREITOS HUMANOS ou TRATADOS EM
GERAL. Tratados de direitos humanos anteriores à EC 2004 possuem status
SUPRALEGAL. A EXECUÇÃO NO ESPAÇO (que também é matéria) é o local onde
ocorre, e a EXECUÇÃO NO TEMPO apresenta duas modalidades: VIGÊNCIA
ESTÁTICA e VIGÊNCIA DINÂMICA. É estático o tratado que não caduca, enquanto
o dinâmico não é perpétuo: ele caduca. O estático é perpétuo, e funciona até que outro
venha em seu lugar, como tratados de paz de limites.
O TRATADO é o gênero, e suas espécies a gente vê por aí. A DECLARAÇÃO cria
PRINCÍPIOS GERAIS [e não regras gerais, em Tavares], o ATO cria regras de direito e
produz efeitos morais, a CARTA ou PACTO é um TRATADO SOLENE que cria OI,
em geral. O ESTATUTO estabelece normas gerais, critérios de funcionamento das OI.
Rezek, no entanto, não realiza tal classificação. Ele nega a classificação. O tratado stricto
sensu (tratado-tratado) é geralmente tratado solene, como os tratados de paz.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, apesar de declaração, não pode ser
considerada um tratado. O ACORDO são tratados de cunho econômico, financeiro,
comercial ou cultural. A CONCORDATA é um tratado de cunho religioso em que uma
das partes é a SANTA SÉ. A Santa Sé é dita SUJEITO ANÔMALO de DIREITO
INTERNACIONAL. A CONVENÇÃO cria normas gerais, possuindo caráter amplo. É
o TRATADO GUARDA-CHUVA, já que é o paradigma, a fonte. São também chamadas
de CONVENÇÃO-QUADRO (pois delimitam o tema). O PROTOCOLO são normas
jurídicas específicas, que se usam para regular um acordo pré-existente. A TROCA DE
NOTAS é de NATUREZA ADMINISTRATIVA. O GENTLEMEN’S
AGREEMENT não é tratado, sendo uma forma muito usada antes da SGM. Ele não cria
compromisso, sendo apenas uma espécie de promessa. Tavares não falou sobre o
MODUS VIVENDI.
09/08/2018

As CONDIÇÕES DE VALIDADE DE UM TRATADO são: CAPACIDADE DAS


PARTES CONTRATANTES, OBJETO LÍCITO E POSSÍVEL, e CONSENSO
MÚTUO [observe a estrutura agente capaz, objeto lícito e possível, e forma, que no caso,
é o consenso sobre a forma]. A Santa Sé também possui capacidade de celebrar uma
concordata. O objeto tem a ver com INTERESSE PÚBLICO, e nunca privado, como a
Apple celebrando um contrato com a Coca Cola.
Igualmente, o sujeito precisa de caráter público. Por isso, ONG e Empresa Transnacional
não celebram tratados, mas, no máximo, orientam a negociação. Há ainda SUJEITOS
LIMITADOS, como a OLP da Palestina [a professora escreveu MLN], que possuía
capacidade para celebrar um tratado de paz, ou limites. Também os
BELIGERNTES. Isso se dá pelo dito PRINCÍPIO DA AUTODETERMINAÇÃO
DOS POVOS. Lembrando que são só alguns TIPOS DE TRATADO, e não todos. Para
que haja a capacidade das partes contratantes, é necessária a HABILITAÇÃO DOS
AGENTES SIGNATÁRIOS, que, no caso, se faz pela CARTA DE PLENOS
PODERES.
A carta de plenos poderes surge do próprio costume internacional. Isso porque o rei não
poderia estar em todos lugares, então, enviava pessoas capazes para tanto. Os que
possuem a habilitação para atuar em nome do Estado são os
PLENIPOTENCIÁRIOS. Para que seja válido o OBJETO, não se pode violar o jus
cogens. O consentimento precisa ser MÚTUO por razões óbvias da natureza jurídica do
tratado. Ocorre que pode ocorrer defeitos. São exemplos: ERRO, DOLO, COAÇÃO e
CORRUPÇÃO [corrupção como sendo um benefício que o plenipotenciário recebe para
ele, e não para o Estado].
O erro não pode ser FORMAL, isto é, de tradução, já que o país em questão irá conferir
isso com o Legislativo, logo, é pouco improvável. Já o erro MATERIAL é possível, que
é a falsa representação. O dolo segue a mesma ideia do direito interno, porém dificilmente
é admitido em DIP, já que raramente ocorre, ainda que previsto. A coação pode ser contra
o ESTADO ou AGENTE. Contra o Estado, um exemplo é a ameaça dos nazistas de
bombardeio, enquanto com o agente é mais óbvio. Ambos invalidam. O art. 7º da CVDT
elenca alguns casos em que as cartas de plenos poderes são dispensáveis.
São eles: chefe de Estado e de governo, ministro das relações exteriores; chefes de
missão diplomática junto ao Estado onde estão acreditados; e representantes
acreditados junto a OI ou conferência internacional; e secretários-gerais de OI ou
seus adjuntos. Os chefes de missão diplomática acreditados são aqueles reconhecidos
para realizarem determinados tratados. Isso não é necessário porque o “crédito” é dado
justamente pelo Estado em questão. O chefe, assim, é acreditado na Argentina, e lá ele
pode realizar tratados sem carta de plenos poderes.
A mesma ideia é dada aos representantes acreditados. Da ESTRUTURA DOS
TRATADOS, Tavares organiza de uma forma peculiar. O TÍTULO costuma indicar o
local onde foi assinado, e muitos vezes, indica já no título a matéria. O PREÂMBULO
costuma conter a indicação das partes, intenções, princípios gerais, etc. Mas não criam
COMPROMISSO para as partes, porém é serve para a interpretação do texto
convencional, já que os princípios norteiam as regras do resto do tratado. O
DISPOSITIVO ou ARTICULADO são os compromissos negociados que se fixam em
direitos e deveres das partes contratantes. O FECHO é o trecho onde se especifica o local
e a data de celebração. A ASSINATURA é aquela das autoridades que celebram o
tratado, como representantes ou o Chefe de Estado. A posição de cada assinatura costuma
variar de acordo com a ordem alfabética. Aquele que assina é o SIGNATÁRIO.
O SELO DE LACRE é aquele clássico “carimbo” para selar e identificar o tratado. O
ANEXO costuma ser de linguagem técnica, como fórmulas, gráficos, etc., sendo que ele
possui força normativa também. Quanto à NEGOCIAÇÃO, se BILATERAL, o LOCAL
pode ser o território de qualquer uma das partes, ou território neutro. O IDIOMA costuma
incluir ambos idiomas dos países negociantes, isto é, versões AUTÊNTICAS. No entanto,
podem adotar um terceiro idioma se desejarem. Até porque uma das partes pode dominar
mais o idioma que a outra. A REGRA DECISÓRIA é justamente o CONSENSO DAS
PARTES. Ou seja, se uma das partes não concordarem, não se tem o tratado, e precisarão
continuar a negociar.
Há também a NEGOCIAÇÃO MULTILATERAL. Quanto ao LOCAL, costuma ser a
sede de uma conferência ou da OI, ou território de algum membro. Os IDIOMAS podem
ser os idiomas de TRABALHO NEGOCIAL [ou seja, o idioma usado para negociar], ou
versões autênticas [ou seja, o idioma de cada um dos membros] do texto acabado, ou
versão oficial, que é aquela trazida ao Direito Interno, e que é traduzida para o idioma
oficial do país. A REGRA DECISÓRIA é dada pelo tratado, mas, se não for expressa,
segue-se o art. 9º, 2º da CVDT, e a maioria é de DOIS TERÇOS. Esse “1/3” que negou
não é obrigado a assinar o tratado.

10/08/2018

Chama-se a negociação do tratado de TREATY MAKING POWER. A simples


ASSINATURA,ou seja, o ato emanado pelo representante do Estado concordando com
o conteúdo não é algo que vincula o BRASIL para com o tratado, pois o Brasil possui
uma reserva neste ponto, sendo imprescindível a ratificação do tratado para que ocorra a
confirmação a nível interno e internacional. No art. 49, I, é competência do CN apreciar
os ATOS INTERNACIONAIS [o que inclui tratados e outros]. Existem três formas de
ratificação: COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO EXECUTIVO (comum em países
ditatoriais), PRIMAZIA DO LEGISLATIVO (em países onde o Legislativo é
predominante) e DIVISÃO DE COMPETÊNCIAS ENTRE PE e PE (modelo adotado
pelo Brasil).
Quando um Estado não participa da negociação, mas o texto já está praticamente está
pronto, já negociado, mas este Estado deseja assinar (mesmo sem ter participado do
processo), temos um fenômeno chamado de ADESÃO. Do PROCESSO, o
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES traduz o texto para o português, no
caso, isso ocorre no ITAMARATY. Então, realiza-se uma MINUTA DA MENSAGEM
PRESIDENCIAL, ou seja, uma justificação de terem assinado o tratado, além de realizar
uma análise jurídica do texto e encaminhar ao PR tudo isso junto.
Então, o texto vai para a CASA CIVIL, onde ocorre uma análise do mérito e da
legalidade do tratado, tecendo suas considerações [e lembrando que isso se pauta pelo art.
84, VII da CF, que permite determinadas pessoas a atuarem antes da chegada à Casa
Civil], e, se o PR estiver de acordo [se não estiver, ele não enviará para o CN, e será
arquivado, podendo o PR decidir discricionariamente se quer ou não ratificar, ou seja,
proceder com o tratado], ele envia para o CN, conforme manda o art. 49, I. NÃO HÁ
COMISSÃO MISTA PARA APRECIAR O TRATADO.
A mensagem presidencial entra pela CÂMARA, junto com a exposição de motivos do
ministro das relações exteriores [e outros ministros que tiverem participado]. O Presidente
da Câmara recebe e define QUAL A COMISSÃO que irá receber. Quem costuma receber
é a COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL
(CREDN). Os tratados vindos do MERCOSUL são apreciados, no entanto, por uma
representação específica. Essa mensagem, se aprovada pela comissão, torna-se um
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO. Antes de enviada para a CCJC, outras
comissões podem avaliar, caso pertinentes (como a Comissão do Meio Ambiente).
Então, passa para a COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, que
analisa a constitucionalidade, juridicidade, técnica, etc. Confere-se também se a matéria
é compatível com o Regimento Interno da Câmara. Em seguida, é votado pelo
PLENÁRIO DA CÂMARA. Lembrando que NÃO EXISTE COMISSÃO CONJUNTA,
E CADA CASA ANALISA INDIVIDUALMENTE. Após a votação do plenário da
câmara, passa para a COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA
NACIONAL (CRE), que é do Senado, semelhante à da Câmara. Ela apenas analisa a
matéria. Se aprovada, passa para a VOTAÇÃO DO PLENÁRIO DO SENADO, que
PROMULGARÁ O DECRETO LEGISLATIVO. Quem promulgará será o
PRESIDENTE DO SENADO, em nome da PRESIDÊNCIA DO CN. Então, o decreto
chega ao Itamaraty para a RATIFICAÇÃO DO TRATADO EM PLANO
INTERNACIONAL. Se o tratado for BILATERAL, ocorre a TROCA DE
INSTRUMENTOS. Se for multilateral, ocorre o DEPÓSITO. O depositário geralmente
é alguém nas nações unidas ou Estado específico, que recebe as ratificações através do
depósito. Depois disso, o PR PUBLICA e PROMULGA o decreto, que passa a ter
vigência no direito interno. Lembrando que o decreto legislativo não se confunde com a
promulgação do decreto do PR.
As RESERVAS são admitidas, em geral, nos multilaterais, mas não nos bilaterais (já
que se exige o consenso). A convenção de Viena possui reservas nos arts. 25 e 66. Reserva
é basicamente uma ressalva, uma “não aplicação” de determinados dispositivos. O art. 25
da CVDT da aplicação provisória, segundo nós, fere a soberania nacional. Então, não se
adota tal dispositivo. A reserva existe justamente para permitir que as negociações
ocorram de maneira mais rápida e justa. O art. 66 também segue a ideia. Lembrando
que os parlamentares não podem emendar o texto dos tratados, salvo correções
formais, mas nunca de conteúdo.
Se um tratado sofrer alteração no PLANO INTERNACIONAL, em geral, NO BRASIL,
necessariamente se deverá passar novamente pelo CN. Surge UM NOVO DECRETO. Da
DIVISÃO do tratado, temos PREÂMBULO, ARTICULAÇÃO ou DISPOSIÇÃO,
ANEXOS. O DEPÓSITO gera obrigação das partes. O REGRISTRO dá publicidade
aos atos internacionais. O registro é útil para levar à justiça internacional, e os tratados
não registrados não são “conhecidos” pelo DIP. Geralmente, o tratado registro possui um
só conteúdo, pois isso serve caso seja necessário dirimir conflitos.
Em caso de conflito de palavras, buscam-se os ORDINARY MEANING, que é o
“significado ordinário”. É neste sentido que se FAZ a INTERPRETAÇÃO. Deve-se
interpretar o tratado em SEU CONJUNTO, isto é, preâmbulo, articulação, etc. Isto está
no art. 31 da CVDT. Os tratados CONEXOS são aqueles semelhantes, e ambos devem
ser interpretados juntos. A RESERVA está no art. 19 da CVDT, de modo que pode não
ser aceita.

16/08/2018 [AULA DE REPOSIÇÃO]

Renata fala sobre a supralegalidade dos tratados e sobre a prisão do depositário infiel
que foi proibida com o RE 466.343. O Dualismo Mitigado entende que tratado não vira
lei, mas apenas quando decretado. Já o Dualismo extremado afirma que sim, mas só com
a promulgação. O anexo, quando muito complexo, torna-se instrumento conexo, como
um protocolo, que é conexo.
[AULA NORMAL] O tempo de vigência pode ser ESTÁTICA ou DINÂMICA. A
VIOLAÇÃO pode extinguir o tratado ou dar a uma das partes o direito de suspender, ou
responsabilizar. Tavares não aprofundou. Em caso de incompatibilidade entre tratados, o
mais novo prevalece sobre o anterior. Só se aplica o anterior se não for incompatível
ao novo (ou seja, lex posteriori derogat priori). Isso do ponto de vista INDIVIDUAL [ou
não]. Se tiverem diferentes partes diferentes, entre uma parte contratante em ambos
os tratados e outra parte SOMENTE NO MAIS RECENTE, aplica-se o mais
recente. No entanto, se for entre uma parte contratante em ambos os tratados e outra
somente no anterior, APLICA-SE O ANTERIOR. Tudo isso reflete o voluntarismo.
O tratado pode ser suspenso temporariamente se ele admitir a suspensão, ou se for
prevista, ou ainda, se o tratado for violado, ou se o Estado se vê em situação de força
maior e peça para suspender os efeitos. Assim, pode ocorrer também a EXTINÇÃO: que
pode ocorrer a AB ROGAÇÃO em casos de vontade comum, ou ainda, DENÚNCIA
(embora alguns tratados, como os de limite, não possuem esse instrumento). Mello aponta
as seguintes CAUSAS DE EXTINÇÃO: EXECUÇÃO INTEGRAL DO TRATADO,
CONSENTIMENTO MÚTUO (em extinguir, que é a ab-rogação), TERMO (que é o
fim do tempo de vigência), CONDIÇÃO RESOLUTÓRIA (evento futuro e incerto,
como redução do número de membros), RENÚNCIA DO BENEFICIADO (o Estado
que está sendo beneficiado não o deseja mais, então, ao renunciar o benefício, ele renuncia
a razão de ser do tratado), CADUCIDADE (o tratado não é executado e acaba por
caducar), GUERRA (afinal, a guerra modifica tudo, porém aqueles de limites ou cessão
territorial continuam a existir; igualmente, aqueles cuja finalidade é aplicação durante a
guerra [como nas Convenções de Haia]; e tratados multilatereais pactuados entre
beligerante e neutros têm seus efeitos suspensos entre os beligerantes e mantidos em
relação aos Estados neutros [afinal, não teria sentido suspender aos neutros], mas voltam
a produzir efeitos plenamente após a guerra).
FATO DE TERCEIRO, que é elencado, porém só possuem o exemplo de Locanc, algo
assim. A IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO, como um tratado-contrato de venda
de petróleo em que o petróleo deixa de existir de maneira superveniente. A RUPTURA
DAS RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS E CONSULARES, embora isso não atinja todos
os tratados, como os de vigência estática. Como vimos, a INEXECUÇÃO DO
TRATADO POR UMA DAS PARTES CONTRATANTES e a DENÚNCIA
UNILATERAL, que a Tavares “já falou”.
Os tratados de vigência estática são também chamados de tratados de situações
objetivas. O tratado conexo surge junto com o principal. É algo “aditivo”. No entanto, o
protocolo surge como MAIS UM tratado.

30/08/2018

SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO são aqueles sujeitos cujas


condutas são regidas pelo Direito Internacional Público; ou melhor, sujeitos capazes de
direitos e deveres na ordem internacional pública. A CAPCIDADE JURÍDICA
INTERNACIONAL pode ser graduada. A CAPACIDADE ILIMITADA é a dos
Estados, e a limitada pode ser das OIT. Para o DIP, não importa a forma de governo do
Estado. No nosso caso, atua no exterior a REPÚBLICA FERATIVA DO BRASIL. Os
Estados, por si só, não possuem personalidade jurídica internacional.
Para os realistas, OIT não é sujeito de DIP. Estes poderiam ser apenas ATORES
INTERNACIONAIS. Lembrando que, para “sujeito de dip”, é possível a existência de
TITULARES DE DIREITOS e TITULARES DE OBRIGAÇÕES. Os sujeitos de DIP
não são necessariamente idênticos quanto às extensão de direitos e deveres. Sobre a
classificação, Charles Rousseau utiliza da seguinte forma: COLETIVIDADES
ESTATAIS. Esta é a PERSONALIDADE JURÍDICA ORIGINÁRIA, o paradigma,
que é o Estado. O conjunto de Estados compõe a coletividade estatal.
É necessário, no entanto, que seja soberano, não importando a capacidade econômica ou
o tamanho do território ou da população. O marco de tais entes é sua CAPACIDADE
PLENA. Outro grupo são as COLETIVIDADES INTERESTATAIS. Estas são
formadas pela vontade dos Estados e não possuem um território específico, nem uma
comunidade de seres vivos em termos específicos. Trata-se, por isso, de uma
PERSONALIDADE JURÍDICA DERIVADA. Por isso, nascem via TRATADOS
CONSTITUTIVOS.
Possuem um OBJETO e uma FINALIDADE DEFINIDA. Justamente por isso, possui
uma CAPACIDADE JURÍDICA LIMITADA. São eminentemente jurídicas. Existem
as COLETIVIDADES NÃO ESTATAIS, que é o aspecto residual, os sujeitos sui
generis. Um deles é a SANTA SÉ e o ESTADO DA VIDADE DO VATICANO. Existe
o reconhecimento de alguns beligerantes e movimentos de libertação nacional NO
QUE DIZ RESPEITO A CAPACIDADE JURÍDICA LIMITADA.
Beligerante são os que estão diante de um conflito armado interno, como gurra civil,
com propósito bem definido; configurando, de maneira temporária, um sujeito sui generis
de capacidade limitada para questão relacionadas à questão do conflito, como celebrar
acordos de paz, de se responsabilizar internacionalmente por atos da guerra, etc. Um
exemplo disso é o movimento sandinista da Nicarágua. A OLP é um exemplo disso. E
isso ocorre pelo PRINCÍPIO DA AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS.
A SOBERANA ORDEM MILITAR DE MALTA (1050) não é mais sujeito de DIP.
Basicamente, a Santa Sé é a CÚPULA DO GOVERNO DA IGREJA CATÓLICA. O
Vaticano possui uma cadeira na ONU como OBSERVADOR. Outro ser é o COMITÊ
INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA (CICV). Não se classifica ele como
organização internacional, mas uma associação de direito privado que, aparentemente, é
sujeito de DIP. Para outros, a última categoria é a dos INDIVÍDUOS. O atual direito
reconhece quase 99% dos sujeitos como sujeitos de direito internacional.
O problema é que muito se discute se o indivíduo é o objeto ou o sujeito do DIP. Para
Rezek, é objeto. Ele funde personalidade com capacidade. Já Mazzuoli defende que
o indivíduo possui capacidade limitada, mas não a personalidade. Os que defendem
dão exemplos dos tribunais como o TPI. São atores, mas não sujeitos: empresas
transnacionais, mídia internacional e Organizações não governamentais.

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