Sunteți pe pagina 1din 4

NACIONALISMO ÁRABE – APRESENTAÇÃO

O que é: Nacionalismo Árabe - ‫ القومية العربية‬- é definido como uma ideologia nacionalista que
tem como premissa de que os povos do mundo árabe constituem uma só nação, unida por
patrimônio linguístico, cultural, religioso e histórico comum.

Origem: As origens remontam ao fim do século XIX, e seu auge durante os anos de 1950 e
1960, teve seu declínio ocorrendo na década de 1970, com a morte de um dos seus
principais nomes e com subsequentes conflitos no Oriente Médio.

Nasce como movimento político durante a I Guerra Mundial quando França e Grã-Bretanha
buscam aliados contra o eixo turco-germânico e recorrem a Hussein Bin Ali, xerife hashemita
de Meca, bem relacionado por ter a guarda das cidades santas de Meca e Medina e também
ser descendente de Maomé. Oferecem a ele garantia condicional de independência de
territórios árabes após a guerra.

Faysal Bin Ali, filho do xerife foi designado governante da parte leste que se estendia do
Hijaz até Damasco e Alepo, reivindicando que a parte controlada por ele representava a
nação árabe. Ele buscou legitimidade exaltando virtudes de identidade árabe mais ampla,
com lealdade árabe devendo vir acima da religião e investindo na educação para começar a
arabização da população. Teve Abu Khaldun Sati’ al-Husri como ministro da educação, um
dos principais expoentes do pensamento do panarabismo.

O Governo de Faysal durou 2 anos, terminando com uma intervenção armada organizada
por franceses em 1920 após o 2º Congresso Geral Sírio em Damasco proclamar o país
independente da França e rejeitado a Declaração de Balfour e Acordo Sykes-Picot.

Problemas enfrentados pelo nacionalismo árabe: lidar com uma profunda fragmentação
entre os árabes (identidades, lealdades, classes sociais, oposição campo cidade e outros).

Fatores que congregavam adeptos: reação a colonização de Reino unido e França e,


posteriormente com a hostilidade contra a imigração judaica no território da Palestina.

Revoltas e Faysal no Iraque: A revolta com o sentimento de que a colonização otomana foi
apenas substituída pelo domínio ocidental fez com que ocorressem levantes no Iraque e,
para tentar uma pacificação no território, Faysal foi coroado como rei de um regime
monárquico sob mandado britânico. E mesmo com alianças que o ligavam aos colonizadores,
Faysal permaneceu encorajando nacionalistas, provendo bases para a formação de uma
sociedade secreta a Sociedade da Libertação Árabe, em 1929, e, então, a Liga da Ação
Nacional, em 1933.
Com o ministério da Educação sob comando de Sati’ al-Husri, as escolas estatais começaram
a difundir a ideia do nacionalismo árabe, prezando por uniformidade cultural e linguística,
formando cidadãos que passaram a assumir cargos importantes na vida pública e
continuando a ideia nacionalista, mesmo em casos extremos quando ocorreram movimentos
de inclinação nazi-fascista.

Na década de 1930: Teorização e aproximação com Egito e preocupação com Palestina o


nacionalismo árabe passou a buscar uma teorização para orientar os adeptos para que
pudessem lutar por uma unificação árabe e também pelo uso da propaganda. Também foi a
época em que começou a aproximação com o Egito e países do norte da África. A
preocupação com a imigração judaica dentro de território palestino era um ponto de
convergência nas preocupações árabes, em especial com a revolta de 1936 na palestina.

Fundação da Liga Árabe em 1945: Crescimento de uma ideologia pan-arabe, fortalecido por
sentimento comum de solidariedade entre esses países e culminou em tentativas de
formação de política árabe em caráter unificado.

Retrocessos após a 2 guerra favoreceram nacionalismo local: Posteriormente a liga foi


perdendo a força: no fim da II Guerra Mundial, a opinião pública estava favorecendo a
imigração da comunidade judia, além da derrota na primeira guerra árabe-israelense, sendo
um cenário de retrocesso.

Socialismo não aliado ao marxismo: Após a derrota na primeira guerra árabe israelense, o
cenário passou a ter ideologia anti-imperialista, com influencia socialista, mas não alinhado
com marxismo. Esse socialismo começou a se desenvolver entre as décadas de 1930 e 1940,
tendo destaque nos anos 50 e 60 através do partido Baath e do nasserismo. Seria uma
subordinação do socialismo ao objetivo maior da unidade árabe em contraste com o
marxismo internacional.

O movimento pós 1948: valorização da ação: A politica vigente nos países que
recentemente tinham ganhado independência, ainda eram voltadas a manter o velho tecido
social, com diferenças muito agudas e não absorviam novos partidos fundados por gerações
posteriores. Isso resultou em organização de partidos de forças paramilitares, fazendo com
que militares passassem a se envolver com política e sendo peças centrais.

Golpes militares durante a década de 1950 e início de 1960: diversos golpes de estado
deflagrado por militares alinhados com a esquerda árabe, começando na Síria, se
estendendo para Egito, Iraque, Sudão e Iémen e tentativas ocorrendo na Jordânia, Arábia
Saudita e Líbano. Reflexo de que a sociedade dividida também se refletiu nas forças
armadas, sob argumento de que a velha guarda era fraca e estava corrompida.

Em 1952, três anos após a derrota na Palestina, jovens oficiais egípcios conduziram um golpe
de estado contra o regime monárquico do Rei Faruq no Egito alegando corrupção no
sistema. Um desses oficiais era o coronel Gamal Abd al-Nasir, que seria um dos grandes
nomes do nacionalismo árabe posteriormente.

Nesse contexto surgiu o Partido Baath: fundado na Síria em 1947, pregava a unidade
política, cultural e econômica dos árabes. Começou a ter espaço quando o nacionalismo
avançava entre a classe média e também a outros países como Jordânia, Iraque, Líbano,
Palestina, Tunísia e Península Arábica. Sua ideia principal A união com o Partido Socialista
Árabe fez com que ganhasse mais peso.

Nasserismo: movimento criado por Gamal Abd al-Nasir, que contava com vários grupos e
partidos que acreditavam que o nacionalismo árabe só seria bem-sucedido sob o comando
de al-Nasir”, que foi o responsável por estender o pan-arabismo para as massas.

Tanto nasseristas quanto baathistas estavam unidos na causa do nacionalismo árabe mas se
desentendiam frequentemente por questões de liderança, que acabou sendo de Abd al-
Nasir.

Acontecimentos marcantes: Pacto de Bagdá (pacto entre Iraque e ocidente, que o Egito
rejeitou, fez campanha contra e uniu opinião pública contra o acordo), Crise do Canal de
Suez (na qual o presidente anunciou nacionalização do canal que estava sob comando anglo-
francês), e estabelecimento da República Árabe Unida (RAU), entre Síria e Egito. Esses
acontecimentos serviram para consolidar Al-Nasir como líder pan-arabe, mesmo que a longo
prazo o deixasse isolado quando alguns dos líderes passaram a reavaliar a proximidade,
temendo o viés revolucionário.

Síria permaneceu aliada do Egito, especialmente em 1957, quando a um acordo para ajuda
militar e econômica com URSS fez com que tropas aliadas do ocidente fossem enviadas para
fronteira da Síria e Al-Nasir enviasse contingentes militares e campanhas de propaganda,
provocando uma campanha também para que os países se unissem.

Repúblicas Árabes Unidas: RAU – organizada pelo partido Baath e sob comando de Al-Nasir
- envolvia que Síria adotasse instituições sociais e políticas do Egito, com partidos
suprimidos, reforma agrária e economia controlada pelo Estado. Governantes de outros
países árabes, alarmados pelo apoio público passaram a tentar organizar união de oposição
anti-nasserista.

Protagonismo de Al-Nasir e Separação da Síria: A longo prazo a RAU enfraqueceu pela


relutância de Abd Al-Nasri em ceder o poder. Outros países, como Iraque pós-queda de
regime monárquico tinham manifestado interesse em ser parte da RAU, porém dentro de
um contexto que preservasse a soberania de cada Estado árabe, enquanto Al-Nasri defendia
um pan-arabismo sob seu comando. O mesmo protagonismo de Al-Nasir fez com que o
partido Baath abandonasse o governo e fizesse campanha de oposição, resultando em
endurecimento da política e autoritarismo por parte do Egito. Isso fez com que ocorresse
uma revolta militar bem sucedida que separou a Síria da RAU em 1961.
A saída não afetou o prestigio do presidente egípcio. Em 1962 diversos governos
considerados hostis a RAU caíram e em alguns deles, com lideranças ligadas ao Baath,
passaram a se aproximar novamente de Al-Nasir, mesmo com conflitos internos.

Interferências militares na defesa aliados: O presidente egípcio também permaneceu


interferindo militarmente a favor de aliados, com conflitos que acabaram por onerar as
contas públicas. Foi o que ocorreu com a guerra contra Israel denominada Guerra dos Seis
Dias (1967), que embora tenha sido uma derrota desastrosa para o Egito acabou visto como
uma tentativa de restabelecer o orgulho árabe após décadas de dominação ocidental.

Declínio do ícone do Pan-arabismo: Os três últimos anos de vida de Al-Nasir (morto em


1970) foram marcados pelo enfraquecimento de seu nome como ícone do pan-arabismo. A
economia estava devastada por intervenções militares nos países aliados e pelo fechamento
do canal de Suez para navegação internacional. Nacionalismo de Estado ultrapassou o
nacionalismo árabe na política externa de países árabes.

Declínio do Pan-Arabismo com morte de Al-Nasir: representou um golpe ao pan-arabismo,


em especial quando seu vice fez uma política externa diferente, focando na soberania dos
estados e aproximando-se de Israel em diplomacia independente. (Tratado de Camp David).

Fatores que aceleraram declínio do pan arabismo: A expansão israelense nos territórios da
Cisjordânia, Faixa de Gaza, península do Sinai, montes Golã e em Jerusalém Oriental . Líderes
árabes não terem conseguido cumprir as promessas de bem estar e dignidade mesmo várias
décadas após a independência.

Irã e Pan-Islamismo: Quando o Egito – considerado a mais importante nação do mundo


árabe em 1979 – reconheceu oficialmente a existência de Israel, o Irã (nas mãos do aiatolá
Khomeini) desejasse fazer com que sua nova república islâmica assumisse o papel de
liderança que o Egito muçulmano tinha abandonado. Começou a financiar os movimentos
militantes islâmicos em toda a região, restando poucos líderes dispostos a apelar para a
antiga união diante do cenário político da época.

Com isso o pan-arabismo foi substituído pelo pan-islamismo, que por sua vez revitalizou o
fundamentalismo, vigente no cenário político dos países árabes em diversos contextos.

S-ar putea să vă placă și