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Medidas e Unidades
1
grandeza unidade símbolo
comprimento metro m
massa kilograma kg
temperatura kelvin K
tempo segundo s
2
fator de multiplicação Prefixo símbolo
10−9 nano n
10−6 micro µ
10−3 mili m
10−2 centi c
103 quilo k
106 mega M
Exemplos
1. Exemplo resolvido. A velocidade de um automóvel é 60 km/h. Expresse
esse valor em m/s. Utilize as seguintes relações: 1 km= 103 m, 1 h=
60min, 1 min= 60s.
1km 103 m
Podemos reescrever as igualdades acima como: 103 m
= 1 ou 1km
= 1,
1h
60min
= 1 ou 60min
1h
= 1, 1min
60s
60s
= 1 ou 1min =1
Como a multiplicação por 1 não altera uma grandeza, podemos proce-
der da seguinte forma:
60km 60km
= ×1 (1.7)
h h
60km 60km 103 m 60 × 103 m
= × = (1.8)
h h 1km h
3
60 × 103 m 60 × 103 m
= ×1 (1.9)
h h
60 × 103 m 60 × 103 m 1h 103 m
= × = (1.10)
h h 60min min
103 m 103 m
= ×1 (1.11)
min min
103 m 103 m 1min 16, 67m
= × ' (1.12)
min min 60s s
Ou seja,
60km 16, 67m
= (1.13)
h s
Perceba que, nas passagens das equações (1.7) para (1.8), (1.9) para
(1.10) e (1.11) para (1.12), substituímos o número 1 por fatores que
nos permitiram simplificar as unidades que queríamos eliminar.
1.4 Arredondamento
Em geral, os resultados de um cálculo são expressos com o menor número
de algarismos significativos que apareceu entre os dados iniciais. Para reduzir
o número de algarismos, costumamos arredondar as quantidades.
4
Exemplos
1. Exemplo resolvido. No exemplo 1, a velocidade a ser convertida era
60km/h, que tem dois algarismos significativos. O resultado obtido foi
16, 67m/s que, expresso com dois algarismos, fica 17m/s.
O critério para arredondamento utilizado foi:
1.5 Exercícios
1. Pesquise e escreva um resumo sobre os padrões de medida qua atual-
mente definem o metro, o quilograma e o segundo.
5
Capítulo 2
Movimentos Unidimensionais
6
• A posição de um ponto sobre o eixo coincide com a distância entre a
origem e o ponto, medida em linha reta, acrescida de um sinal + ou −.
∆x = x2 − x1 (2.1)
O deslocamento pode ter sinal + ou −. Esse sinal informa o sentido
em que o corpo observado se movimentou, quando foi da posição x1 para a
posição x2 .
A unidade de deslocamento, no SI, também é metro.
2.1.3 Velocidade
Velocidade média (vm )
É definida como
∆x
vm = (2.2)
∆t
sendo que ∆t é um intervalo de tempo.
Observe que vm pode ter sinal + ou −. Assim como no deslocamento, o
sinal informa o sentido em que o corpo observado se movimentou, no intervalo
∆t. No exemplo 2, na seção 2.1.5, veremos que, quando calculamos vm , o
sentido do deslocamento pode variar durante o intervalo ∆t.
7
onde “d” é a distância total percorrida, durante o intervalo ∆t.
A velocidade sm é sempre positiva, uma vez que não leva em consideração
o sentido do movimento.
2.1.4 Aceleração
Aceleração média (am )
É definida como
∆v
am = (2.6)
∆t
onde ∆v = v2 − v1 e ∆t = t2 − t1 .
Observe que v2 e v1 são valores da velocidade instantânea.
8
x-1.png
2.1.5 Exemplos
1. Exemplo resolvido. No eixo da figura (2.1), um objeto é visto, primeiro,
em x = −3m e, depois, em x = −1m. Quais são o valor e o sentido do
deslocamento do objeto?
Aplicamos a equação 2.1
∆x = x2 − x1 = −1 − (−3) = 2m (2.8)
9
2.2 Cálculos a partir de gráficos
O gráfico x(t) nos mostra, através de uma curva, a sequência de instantes
e posições de um movimento. Veremos que esse gráfico também tem as infor-
mações necessárias para a determinação das velocidades média e instantânea.
Vamos verificar isso através de um exemplo.
Considere um móvel cuja posição varia em função do tempo segundo a
expressão
x(t) = (t − 6)(t − 1)(t/2) (2.9)
A função x(t), como vemos, fornece a posição ocupada pelo móvel, para
qualquer instante t. Experimente substituir valores de t na função 2.9 e
calcular x. Podemos construir o gráfico x(t), marcando os valores de t no
eixo das abcissas e os valores de x no eixo das ordenadas. Os pontos que
formam a curva são os correspondentes aos pares ordenados (t,x).
O gráfico x(t) do movimento dado pela função 2.9 é mostrado na figura
2.3(a).
Vamos calcular a velocidade média do móvel entre os instantes 3 s e 9 s.
Esses instantes correspondem aos pontos mostrados na figura 2.3(b). Então,
a velocidade média que vamos calcular é a que o móvel desenvolveu enquanto
foi da posição −9 m à posição 108 m.
Utilizando os valores que vemos no gráfico, podemos calcular
∆x xf − xi 108 m − (−9 )m m
vm = = = = 19.5 (2.10)
∆t tf − ti 9s − 3s s
10
180
160
(a)
140
120
100
x(m)
80
60
40
20
-20
0 2 4 6 8 10
t(s)
180
160 (b)
140
120 (9,108)
100
x(m)
80
60
40
20
0 (3,-9)
-20
0 2 4 t(s) 6 8 10
11
200
(a)
150
(9,108)
100
x(m)
50
0 (3,-9)
-50
-100
0 2 4 6 8 10
t(s)
200
(b)
150
(9,108)
100
x(m)
50
(6,0)
(3,-9)
0
-50
-100
0 2 4 6 8 10
t(s)
12
25
H
20
G
15
F
10
5 E
x(m)
0
D
-5
C
-10
B
-15
A
-20
0 1 2 3 t(s) 4 5 6 7
2.2.1 Exemplos
1. Na figura 2.4(b), o primeiro ponto do gráfico tem coordenadas (0,-90).
(a) Interprete esta informação. (b) Calcule a velocidade instantânea
do móvel, no instante t = 6 s, utilizando as informações do gráfico.
13
deste raciocínio para chegar a uma função que descreva o comportamento
da posição (x) em função do tempo (t), para movimentos retilíneos com
velocidade constante.
∆x
v = vm = (2.11)
∆t
xf − xi
v= (2.12)
tf − ti
xf = v × tf − v × ti + xi (2.13)
x = x0 + v t (2.14)
Observe que esta função tem a forma da equação da reta, y = a + b x,
onde a e b são os coeficientes linear e angular, respectivamente.
A partir da função 2.14, obtemos a expressão para o deslocamento do
móvel no intervalo entre 0 s e o instante t.
x − x0 = v t (2.15)
∆x = v t (2.16)
2.3.1 Exemplos
1. Em 2015, foi anunciado o recorde de velocidade para tartarugas. A
tartaruga britânica Bertie atingiu a velocidade máxima de 1 km/h.
Imagine que Bertie esteja se movendo com velocidade constante de 0,8
km/h, no sentido negativo de uma trajetória retilínea. Você liga o
cronômetro quando ela está passando na posição 5 m. (a) Escreva a
14
6
4
v(m/s)
0
0 1 2 3 4 5
t(s)
20
15
10
x(m)
-5
-10
0 1 2 3 4 5 6 7 8
t(s)
15
função x(t) do movimento de Bertie, em unidades do SI. (b) Calcule a
posição em que ela estará, no instante 30 min.
∆v
a = am = (2.17)
∆t
vf − vi
a= (2.18)
tf − ti
vf = a × tf − a × ti + vi (2.19)
16
15
A
(a)
10
B
D
v(m/s)
-5
-10
F
-15
0 1 2 3 4 5 6
t(s)
15
A
(b)
10
B
vi
C
vf
5
D
v(m/s)
0 ti tf
-5
-10
F
-15
0 1 2 3 4 5 6
t(s)
17
Na equação 2.19, faremos ti = 0, vi = v0 , vf = v e tf = t, obtendo então
a forma mais conhecida da função v(t)
v = v0 + a t (2.20)
Como vimos na seção 2.3, podemos calcular o deslocamento, em um mo-
vimento, através do cálculo de área, no gráfico v(t) desse movimento. Vamos
usar isto para obter a função x(t) do movimento retilíneo com aceleração
constante.
Primeiro, vamos escolher um trecho do movimento, por exemplo, entre os
instantes 1 s e 1, 5 s. No gráfico da figura 2.8(b), a área entre a curva e o eixo
x, correspondente a esse intervalo, está destacada. Vemos que sua forma é a
de um trapézio. A seguir, calculamos esta área.
(B + b) × h
A= (2.21)
2
(vi + vf ) × ∆t
A= (2.22)
2
onde B, b e h são, respectivamente, a base maior, a base menor e a altura
do trapézio, e ∆t é tf − ti .
Agora, lembrando que ∆x = A, temos:
(vi + vf ) × ∆t
∆x = (2.23)
2
(vi + vf ) × ∆t
xf − x i = (2.24)
2
Até agora, consideramos um trecho qualquer do movimento. Entretanto,
de forma geral escrevemos a função x(t) para um intervalo de tempo iniciado
em t = 0. Então, vamos considerar: ∆t = t − 0 = t, vi = v0 , xi = x0 . Agora,
as grandezas com índice f são valores de posição e velocidade no instante
t, e são representadas simplesmente como x e v. Além disso, já conhecemos
a forma de calcular v, que é dada pela expressão (2.20). Incluindo tudo na
expressão (2.24), obtemos
18
Figura 2.9: Referencial para o movimento de queda livre. As posições estão
em metros.
(v0 + v) × t
x − x0 = (2.25)
2
[v0 + (v0 + a × t)] × t
x − x0 = (2.26)
2
[v0 + v0 + a × t] × t
x − x0 = (2.27)
2
2 v0 × t a × t2
x − x0 = + (2.28)
2 2
a t2
x = x0 + v 0 t + (2.29)
2
A expressão (2.29) é uma função de segundo grau em t, e então o gráfico
x(t) correspondente tem a forma de parábola.
19
Assim, podemos usar as funções do movimento com aceleração constante
para descrever a queda livre, como é mostrado a seguir.
Como referencial, escolhemos um eixo vertical, que denominaremos “y”,
mostrado na figura 2.9. As posições também serão representadas por y.
No referencial adotado, as funções do movimento são:
v = v0 − (g)t (2.30)
(−g)t2
y = y0 + (v0 )t + (2.31)
2
onde somente o sinal da aceleração da gravidade, g, foi considerado. v0 e y0
podem ter sinal positivo ou negativo.
2.4.2 Exemplos
1. No gráfico da figura (2.8), as coordenadas dos pontos A, B, C, D E e
F são, respectivamente, (0;12), (1;8), (1,5;6), (3;0), (5;-8), (6;-12), em
unidades do SI. Faça o cálculo da aceleração média, usando intervalos de
tempo grandes e pequenos. A partir dos resultados, podemos conscluir
que a aceleração é constante, no movimento considerado?
20
25
20
15
10
x(m)
-5
-10
0 1 2 3 4 5
t(s)
v = v0 + a t (2.37)
Agora, partimos de (2.5), para obter a função x(t) do movimento com
aceleração constante.
21
dx
v= (2.38)
dt
v dt = dx (2.39)
Z Z
dx = (v0 + at) dt (2.40)
a t2
x = v0 t ++ c2 (2.41)
2
Fazendo t = 0, vemos que c2 = x(0) = x0 , e então obtemos a função
(2.29)
a t2
x = x0 + v0 t +
2
Na função (2.29), se a velocidade for constante, a = 0 e v0 é um valor de
velocidade constante, v. Fazendo essas modificaçoes, obtemos a função x(t)
para o movimento com velocidade constante, (2.14)
x = x0 + v t
Observação importante: ao escrever ou interpretar uma função do movi-
mento, lembre-se de que os sinais da posição, velocidade e aceleração devem
ser levados em conta.
2.6 Exercícios
1. Um estudante está à procura de um colega. Em certo momento, o
estudante está a 5m de uma esquina, afastando-se dela. Ele está inici-
almente se deslocando a 3 m/s e aumenta a velocidade com uma acelera-
ção constante de 2 m/s2 . O colega está a 80 m da esquina, aproximando-
se dela com velocidade constante de módulo 2 m/s. (a) Escolha um
referencial (eixo x e origem), para resolver o problema de encontro dos
dois, e desenhe-o sobre a figura 1. Marque e identifique, no referencial,
a posição da esquina, juntamente com as posições iniciais do estudante
e do colega. Identifique também os sentidos positivo e negativo de des-
locamento nesse referencial. (b) No referencial escolhido, escreva as
funções x(t) do estudante e do colega.
2. A posição de uma partícula é dada por x = 16 − (2)t + (2)t2 , em
unidades do SI. (a) Calcule o deslocamento e a velocidade média no
intervalo entre t = 1 s e t = 5 s; (b) verifique se há inversão do sentido de
movimento. Em caso positivo, calcule o instante em que isso acontece.
22
Figura 2.11: Exercício 1 .
3. Um corpo (A) se movimenta em linha reta, com posição x(t) dada pelo
gráfico da figura 3(a). Outro corpo (B), na mesma linha reta, passa pela
posição 5 m, no instante t = 0 s, com velocidade dada pelo gráfico v(t)
da figura 3(b). (a) Escreva as funções x(t) e v(t) para os dois corpos.
(b) Verifique se os dois corpos se encontram. Em caso positivo, calcule
o instante e a posição em que isso acontece. (c) Esboce os gráficos v(t)
do corpo A e x(t) do corpo B.
23
Referências Bibliográficas
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