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EDIÇÃO 147 | DEZEMBRO_2018

questões da república
A REVOLTA CONSERVADORA: Bolsonaro será o líder de um governo
antiestablishment, por Marcos Nobre
Tendo ou não votado em Bolsonaro, fazendo ou não parte de seu futuro
governo, a única tese de que ninguém parece discordar é que o eleito não cabe
nas instituições. Quem acha que o capitão-presidente vai acabar se adaptando à
institucionalidade democrática se divide em dois grupos.

O primeiro grupo é o dos amansadores. Salvo engano, quem lançou a


metáfora foi Paulo Guedes. Na edição de setembro da piauí, Malu Gaspar
registrou a fala do futuro superministro da economia: “‘Aí chega um sujeito
completamente tosco, bruto e consegue voto como o Lula conseguiu. A elite
brasileira, em vez de entender e falar assim, pô, nós temos a oportunidade de
mudar a política brasileira para melhor…’ Guedes fez uma pausa e prosseguiu,
parafraseando as críticas ao seu candidato: ‘Ah, mas ele xinga isso, xinga
aquilo… Amansa o cara!’ Pergunto se é possível amansar Bolsonaro. ‘Acho que
sim, já é outro animal.’”

O segundo grupo não acredita na tese de que o adestramento será


suficiente. Quem acha que pessoas serão incapazes de executar essa tarefa,
aposta que as instituições e a realidade farão o serviço. O Congresso, o Supremo
Tribunal Federal, as exigências da economia e da gestão de governo, a ordem
internacional. Foi o Sensacionalista quem primeiro levantou a hipótese de uma
faixa presidencial em versão camisa de força. Mas o fato é que essa metáfora
está na cabeça de muita gente. Na cerimônia de comemoração dos 30 anos da
Constituição Federal, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou: “A
fotografia do país é um pouco sombria e isso não tem a ver com eleições, mas
com instituições. Governos passam, entram, saem, se reelegem ou não. O papel
do Supremo é zelar pelas instituições.”

É no mínimo curioso que um integrante do STF ache que há um


problema com as instituições em geral, mas não com a sua em particular.
Quando um indivíduo fala como se ele próprio fosse a instituição, não se tem
mais uma instituição. Da mesma forma, também não parece lá muito
convincente a ideia de que uma fera será adestrada por alguém que lhe é
subordinado, como é o caso da relação do ministro Paulo Guedes com o
presidente a que servirá. Guedes parece mais alguém que quer levar o crédito
por um adestramento que vai muito além das suas capacidades de domador.

As estranhezas dessas duas visões talvez tenham fortalecido a convicção


de que a fera não será domada, de que não tem camisa de força institucional que
segure esse presidente. Isso e mais o medo que o capitão-candidato conseguiu
produzir e disseminar pelo que disse e fez nos últimos trinta anos, a campanha
eleitoral incluída. Tem muita gente achando que a sociedade e o Estado serão
vítimas de uma barbarização conservadora, de uma selvageria política
legitimada pelo voto.

Quem acredita na tese do adestramento ou da camisa de força


institucional acha que a hipótese da selvageria de Estado ignora os fatos: é
preciso lidar com a fera e a fera terá de lidar com a realidade. Adotar outra
premissa seria precipitado e irresponsável, e só serviria para estimular o pânico
e a ansiedade. O mínimo que se deve fazer é aguardar ações concretas do novo
governo para calibrar as interpretações e as ações correspondentes.

Cabe a cada pessoa decidir por si mesma o que pensar e o que fazer,
evidentemente. Mas o que se tem até agora são apenas essas interpretações
difusas, essas versões mais ou menos irrealistas do que pode acontecer. Faltam
aqueles sinais luminosos que indicam a saída mais próxima em caso de
emergência. O que restou do sistema político não anda capaz de produzir
interpretação, muito menos orientação para a ação. Quem tem feito isso com
exclusividade é o presidente eleito.

Jair Bolsonaro entende a si mesmo como líder de uma revolução


conservadora. Não quer mesmo caber nas instituições. Pretende associar às
posições de extrema direita que defende tudo o que há de ético e de decente,
identificando todo o resto, todo o “sistema político”, com “a esquerda” – vale
dizer, com tudo o que há de corrupto e corruptor da vida em comum.

No auge do processo do impeachment de Dilma Rousseff, em julho de


2016, uma pesquisa Datafolha registrou 7% de intenção de voto para Bolsonaro
(ainda com Lula como candidato). Àquela altura, o desempenho do capitão-
candidato entre quem tinha ensino superior atingia 13%; ele liderava no estrato
de renda de 5 a 10 salários (19%) e na faixa acima de 10 salários (16%). A base
inicial de apoio a Bolsonaro veio daí.

Parcela relevante dos estratos superiores de renda e de escolaridade


começou o desmonte da cúpula do sistema político a partir de lideranças que
lhes eram mais próximas. Foi uma revolta de quem frequenta a igreja contra
seus pastores, de militares de patentes mais baixas contra as altas patentes, do
baixo clero contra o alto clero do Congresso Nacional, de pequenos
comerciantes, produtores rurais e industriais contra suas entidades
representativas e contra os “campeões nacionais”, da base de primeira instância
do Judiciário contra suas instâncias superiores, do baixo clero do mercado
financeiro contra os porta-vozes dos bancões. E por aí vai. A revolta começou
por ameaçar lideranças que pretendiam falar por seus liderados no momento de
negociar seus votos e seu apoio com as cúpulas do sistema político.

A destituição de Dilma Rousseff marcou o momento em que esse


desmonte desde baixo chegou pela primeira vez à cúpula do sistema. Outras
lideranças do alto clero político só foram atingidas depois da divulgação de
trechos da delação de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, em
abril de 2017, e do vazamento dos áudios de Joesley Batista, dono da JBS, que
implodiu Michel Temer e Aécio Neves, em maio daquele mesmo ano.
Não por acaso, a pesquisa Datafolha do mês seguinte, junho de 2017,
registrou um salto para 16% na intenção de voto em Bolsonaro. A expansão
seguiu o mesmo padrão de sua base eleitoral inicial: ele tinha 21% dos eleitores
com ensino superior e liderava nas faixas de renda de 5 a 10 salários (25%) e
acima de 10 salários (20%). Manteve o padrão de um voto majoritariamente
masculino e com forte presença entre denominações evangélicas. A novidade
veio no estrato de 2 a 5 salários mínimos (20%) e entre o eleitorado mais jovem,
onde o candidato ganhou terreno.

Em agosto de 2018, quando do início da campanha eleitoral, a saída de


Lula da disputa colocou Bolsonaro em um patamar de intenção de voto em
torno de 20%. Mais que isso, mostrou o enraizamento de sua base eleitoral: a
menção espontânea ao nome do capitão estava em torno daqueles 15% que já
tinham aderido a ele um ano antes. Essa sólida base de partida foi o que lhe
permitiu seguir competitivo até obter a vitória na eleição.

Foi a esse núcleo duro de apoio que o capitão-presidente respondeu até


agora. Assim como prestigia quem acreditou em sua candidatura desde o início,
ele parece entender que deve satisfações antes de mais nada a essa base que o
apoiou na saída da campanha eleitoral. Entre outras coisas, foi o que o levou a
escolher ministros como Sérgio Moro e Paulo Guedes.

Tal equipe ministerial significa certamente uma terceirização de


responsabilidades. Ministros que serão verdadeiros senhores feudais de suas
áreas terão a incumbência de entregar diretamente ao núcleo duro bolsonarista
os resultados esperados. Se não entregarem, troca-se de posto de preferência.
Dependendo da circunstância, passa-se de Ipiranga para Shell ou Petrobras, o
que estiver mais à mão.

A feudalização radical do governo é também uma maneira de ganhar


tempo. Tempo político para administrar a paciência do eleitorado caso
resultados palpáveis demorem a aparecer, o que está longe de ser improvável.
Tempo político para seguir com o trabalho de mobilização nas redes com vistas
à continuidade da revolução conservadora nas eleições de 2020 e 2022.

Bolsonaro não tem máquina eleitoral clássica. Não pode e não quer ter
uma. Tem uma rede. Para mantê-la, precisa convencer o núcleo duro de seu
eleitorado de que não irá abandonar a luta contra o sistema político. Precisa
continuar com a tática de recrutamento fora do sistema. Conta para isso com os
inúmeros grupos de WhatsApp que mantém ativos e mobilizados de maneira
permanente.

Em reportagem da Folha de S.Paulo de 18 de novembro, Julio Wiziack e


Marina Dias deram uma ideia do que isso significa. Mesmo tendo seu nome
chancelado pelo guru-mor de Bolsonaro, o general Augusto Heleno, a educadora
Maria Inês Fini foi vetada para ocupar o cargo de ministra da Educação. A
origem do veto foi um telefonema da deputada eleita pelo PRP-DF, Bia Kicis. O
que a deputada disse a Bolsonaro foi simples e direto: a indicada não poderia
ocupar o cargo porque tinha sido responsável pela última prova do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) e dado aula na Unicamp. Nas palavras do
próprio presidente eleito, no dia seguinte, em O Globo: “Essa pode esquecer. Ela
não esteve à frente da prova do Enem? Tá fora. Cartão vermelho. Não tem
amarelo, é vermelho direto.” O mesmo padrão foi observado no veto da base
evangélica à indicação subsequente de Mozart Neves Ramos e na escolha
definitiva de Ricardo Vélez Rodríguez.

A indicação de um aiatolá para o Ministério da Educação (a expressão é


de Clóvis Rossi) ou de um inquisidor do Santo Ofício para o Ministério das
Relações Exteriores podem parecer obscurantistas e, no limite, são um tiro no
pé. Mas revelam também o desejo do núcleo duro bolsonarista de constituir um
time de governo apenas com novas caras, tanto quanto possível. Um time
composto por pessoas que não tenham ocupado posições de poder. Quem já
esteve no poder anteriormente é “de esquerda”, é “sistema”, as duas coisas
sendo sinônimos no vocabulário bolsonarista.

Como venceu a eleição com muita mobilização, mas sem nenhuma


organização, Bolsonaro tem de convencer seu eleitorado mais fiel de que a
revolução conservadora apenas começou. Precisa pedir tempo e paciência para
desmontar de uma vez por todas o sistema político. Precisa conseguir que as
pessoas de sua rede se engajem e se candidatem na eleição de 2020 para
preparar uma renovação geral que prometerá completar apenas em 2022. A
tática de identificar tudo que não é o seu governo – ou seja, a “esquerda” – com
o “sistema político” o impede de utilizar os mecanismos clássicos do mesmo
sistema para atingir esse objetivo.

É isso o que as hipóteses do adestramento e da camisa de força


institucional ignoram ou preferem ignorar. Pode parecer razoável esperar que o
novo governo se instale e comece a agir oficialmente para só então reagir
concretamente às suas medidas. Mas isso só faz sentido deixando de lado o
caráter revolucionário do projeto conservador que Bolsonaro representa. Ou
superestimando a capacidade de um sistema político destroçado de resistir a um
projeto que pretende tirar o pouco de chão que ainda lhe resta para se apoiar.
Superestimando a capacidade de instituições debilitadas de resistir a trombadas
violentas.

No fundo, candidatos a adestradores e adeptos da teoria da camisa de


força pensam que Bolsonaro será obrigado mais cedo ou mais tarde a se render
– à realidade, à situação fiscal, às dificuldades de produzir um governo
funcional. Guardadas as proporções históricas, esperam que aconteça com
Bolsonaro o que aconteceu com Collor em 1992, quando caiu nos braços do PFL
de Jorge Bornhausen para tentar salvar seu governo. Guardado o abismo
ideológico, esperam que aconteça com Bolsonaro o que aconteceu com Lula, que
caiu nos braços do PMDB em 2005, após o mensalão.

Só que não. O capitão está disposto a perder tudo se for necessário, mas
nunca se renderá. É isso o que parece incompreensível para quem pensa em
amansá-lo ou espera que a camisa de força venha a lhe tolher os movimentos.
Incompreensível porque é revolucionário, justamente. O mesmo velho sistema
político que se horrorizou com as pretensões hegemonistas do PT vai descobrir
que o partido de Lula era um partido tucano em comparação com o projeto
hegemonista que Bolsonaro representa. Vai descobrir que o “nós contra eles”
petista, que tanto horror provocou, era brincadeira infantil perto do que fará o
capitão-presidente. Agora é “nós contra a rapa”.

Bolsonaro faz parte de um projeto de pretensões globais de construção


de uma nova internacional conservadora. O presidente eleito se alinha às novas
direitas (e são muitas) que tomam como norte governos como os do Chile, dos
Estados Unidos, da Itália, da Hungria. O futuro chefe do Itamaraty, o
embaixador Ernesto Araújo, foi posto lá para participar dessa construção.

O capitão-presidente tem bem pouco a ver com Donald Trump, assim


como a democracia brasileira tem pouco a ver com a institucionalidade
democrática dos Estados Unidos. Bolsonaro imita Trump antes de tudo como
tática para se normalizar. Mas não só. A maneira de operar de Trump não é uma
exclusividade do presidente americano; é um modus operandi comum aos
expoentes da nova internacional conservadora.

A tática geral é simples. Não há pretensão de governar para todo


mundo. Esse discurso e essa prática seriam típicos do velho mundo da velha
política, que era pura enganação. Trata-se, agora, de governar para uma base
social e eleitoral que não é maioria, mas que é grande o suficiente para sustentar
um governo. Algo entre 30% e 40% do eleitorado. Tornar essa base fiel é
fundamental para manter o poder. Em momentos críticos, como, por exemplo,
as disputas eleitorais, a tática consiste em produzir inimigos odientos o
suficiente para conseguir uma ampliação forçada dessa base e assim conquistar
a maioria.

Não é à toa que a futura oposição está desnorteada. Bolsonaro não


reorganizou o sistema no sentido clássico, partidário, da expressão. Produziu
uma reorganização muito peculiar. Colou a pecha de “sistema” em tudo o que
não é ele, em todo mundo que não está do seu lado.

O tempo é de paradoxos. O capitão-presidente vai se identificar como


antissistema ao mesmo tempo que será governo. Fará um governo
antiestablishment, se é que uma expressão como essa é compreensível. Tudo o
que se opuser a seu governo será “sistema”, “velha política”. Velhacaria, em
suma. Se a “velha política” no Congresso votar com ele, não terá feito mais do
que sua obrigação. Se não votar, enfim, será a prova de que continuam os
mesmos velhacos de sempre.

Tem muita gente que quer aderir, sem dúvida. Mas quem “do sistema”
fizer isso será tratado como o próprio Bolsonaro sempre foi tratado no
Congresso: como baixo clero. A roda da fortuna girou, o baixo clero chegou à
Presidência.

Como fazer oposição a um governo como esse? A reorganização


bolsonarista obriga quem quiser fazer oposição a defender a política, as
instituições existentes, o “sistema”. Quem quiser fazer oposição está colocado
desde já no lugar de quem defende as instituições que, pelo menos desde 2013,
se tornaram indefensáveis.

É o que parece impossível para as diferentes forças oposicionistas.


Porque, do ponto de vista do cálculo eleitoral, isso significaria cair na armadilha
de Bolsonaro, significaria se identificar com o “sistema” universalmente
detestado. Acontece que essa foi a verdadeira vitória de Bolsonaro. O vencedor
designa ao perdedor o seu lugar. E o lugar que Bolsonaro reservou à oposição foi
“o sistema”. A eleição foi ganha assim e o presidente eleito pretende governar
assim.

Aí está a raiz da paralisia atual da futura oposição, obrigada a realizar


simultaneamente tarefas aparentemente incompatíveis. Todas as forças de
oposição, da direita à esquerda, teriam de se unir na defesa das instituições
democráticas, ao mesmo tempo que teriam de chegar a uma proposta conjunta
de reforma dessas instituições. Uma concertação democrática como essa teria ao
mesmo tempo de defender instituições indefensáveis na sua forma atual e
propor uma renovação radical dessas mesmas instituições. Cada força política
de oposição teria de ter garantido o espaço de fazer oposição à sua maneira e
como bem entender, ao mesmo tempo que se perfilaria ao lado de todas as
outras forças de defesa das instituições democráticas e de sua reforma. Quem
pretende manter vivo o jogo democrático precisa colocar todas as suas forças em
separar as duas coisas na batalha da opinião pública. Precisa convencer que o
sistema político tal como funcionou até a eleição de 2014 não é a única maneira
de um sistema político funcionar, não é a única forma que a democracia pode
ter. E, no entanto, quem não está com Bolsonaro parece agir como se a batalha
já estivesse ganha desde sempre. Parece achar que o poder lhe cairá no colo
cedo ou tarde, assim que ocorrer o naufrágio inevitável do governo do capitão-
presidente.

Diante da dificuldade de uma construção política complexa como essa,


as diferentes forças de oposição escolheram até agora o caminho mais
preguiçoso e mais arriscado: resolveram sentar e esperar que o governo
Bolsonaro naufrague. Não se cansam de fazer cálculos e mais cálculos eleitorais,
não se cansam de pensar nos créditos eleitorais futuros que terão com o fracasso
do capitão-presidente.

Difícil saber com que definição de fracasso estão contando. A economia


não vai decolar, o desemprego e a criminalidade não vão diminuir, o governo
não vai conseguir a coordenação necessária para funcionar minimamente, as
instituições democráticas vão barrar suas iniciativas autoritárias? E se tudo isso
acontecer e Bolsonaro, ainda assim, conseguir convencer 40% do eleitorado de
que é exatamente isso, de que precisa de tempo para desmantelar as maldades
montadas pelo sistema político durante décadas?

A futura oposição continua achando que Bolsonaro é tosco, bruto.


Zomba da precariedade de tudo o que o presidente eleito fala e faz. Tem certeza
de que ele não é capaz de reorganizar o sistema nem de produzir um governo
funcional. E, do alto de sua superioridade e inteligência, confunde tudo isso com
fracasso político. Mais uma prova de como a inteligência pode ser estúpida.

Bolsonaro não foi escolhido pela maioria do eleitorado, mas pela maior
parte de quem compareceu e não votou branco ou nulo. Uma atitude arrogante,
um posicionamento meramente passivo e reativo por parte do amplo campo de
oposição pode dar ao capitão-presidente o tempo de que precisa para impor seu
projeto hegemonista. Ao preço do colapso das instituições democráticas, se for
necessário.

Instituições funcionando de maneira disfuncional. Foi isso o que elegeu


Bolsonaro. E é também o que pode mantê-lo no poder. É o que pode lhe dar
tempo para aprofundar sua revolução conservadora. Quem pode evitar que
perdure o apagão institucional que elegeu o capitão está passivamente
aguardando que algo aconteça para reagir e para se organizar. Enquanto isso,
deixa na mão do presidente eleito o controle exclusivo da chave de luz capaz de
manter a escuridão democrática que o elegeu.

MARCOS NOBRE
É professor de filosofia da Unicamp e autor de Imobilismo em Movimento, pela
Companhia das Letras, e Como nasce o novo, pela Todavia

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