Sunteți pe pagina 1din 3

https://lfg.jusbrasil.com.

br/noticias/1932330/sumula-393-do-stj-excecao-de-pre-
executividade-e-providencia-processual-de-cunho-restritissimo

Súmula 393 do STJ: exceção de pré-executividade é


providência processual de cunho restritíssimo

SÚMULAS
Primeira Seção edita súmula 393 sobre exceção de
pré-executividade

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou,


sob o rito da Lei n. 11.672, de 8 de maio de 2008, a Lei dos
Recursos Repetitivos, recurso especial tratando de tema já
pacificado no colegiado de Direito Público: se a execução foi
ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome do sócio
consta da certidão de dívida ativa, a ele incumbe o ônus de
provar que não ficou caracterizada nenhuma das
circunstâncias previstas no artigo 135 do Código Tributário
Nacional (CTN), ou seja, não houve a prática de atos "com
excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou
estatutos".
A ministra Denise Arruda, relatora do recurso (REsp 1.104900)
, ressaltou ser certo que, apesar de serem os embargos à
execução o meio de defesa próprio da execução fiscal, a
orientação do STJ firmou-se no sentido de admitir a exceção de
pré-executividade nas situações em que não se faz necessário
prazo para produção de provas, ou em que as questões possam
ser conhecidas de ofício pelo magistrado, como as condições da
ação, os pressupostos processuais, a decadência, a prescrição,
entre outras.

Com base nesse julgamento e nos vários precedentes, a Seção


aprovou a Súmula n39333,segundoo a qual a exceção de pré-
executividade é admissível na execução fiscal relativamente às
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação
probatória.

NOTAS DA REDAÇAO
A Ação de Execução Fiscal será proposta pela Fazenda Pública
para cobrança da Dívida Ativa, a qual é proveniente de créditos
tributários que foram regularmente inscritos na repartição
administrativa competente depois de esgotado o prazo fixado,
para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em
processo regular.

A Certidão da Dívida Ativa (CDA) será o instrumento hábil


para instruir a petição inicial da execução judicial para
cobrança da Dívida Ativa, pois a dívida regularmente inscrita,
nos termos do art. 204 do CTN, goza da presunção de certeza e
liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Porém, essa
presunção é relativa, pois pode ser ilidida por prova
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que
aproveite.
O art. 202 do CTN juntamente com o 5º do art. 2º da
Lei 6.830/80 dispõe que o Termo de inscrição da dívida ativa
deverá conter: I - o nome do devedor, dos co-responsáveis e,
sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de
outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termo
inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais
encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a
natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a
indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização
monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o
termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da
inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e VI - o número do
processo administrativo ou do auto de infração, se neles
estiver apurado o valor da dívida.
Proposta a ação de cobrança, de acordo com o disposto no
art. 16 da Lei 6.830/80, a regra é que o executado ofereça em
trinta dias a defesa por meio de Embargos à Execução. Porém,
há casos específicos em que a defesa poderá ser realizada por
meio da Exceção da Pré-executividade.
Segunda a doutrina a admissão da exceção de pré-
executividade opera-se quanto às matérias de ordem pública,
cognoscíveis de ofício pelo juiz, que versem sobre questão de
viabilidade da execução - liquidez e exigibilidade do título,
condições da ação e pressupostos processuais - dispensando-
se, nestes casos, a garantia prévia do juízo. Conclui-se, desse
contexto, que a exceção de pré-executividade constitui
instrumento de que dispõe o executado sempre que pretenda
infirmar a certeza, a liquidez ou a exigibilidade do título
através de inequívoca prova documental, e cuja propositura
independe de prévia segurança do juízo.

Quando a ação de cobrança for proposta contra Pessoa Jurídica


e a CDA conter também os nomes dos sócios, estes poderão
oferecer defesa para que sejam excluídos, ou seja, a eles
incumbe provar que não são pessoalmente responsáveis pelos
créditos correspondentes a obrigações tributárias, nos termos
do art. 135 do CTN. Essa defesa, conforme restou decidido no
REsp 1.104900 , deverá ser aduzida na via própria, isto é,
embargos à execução, e não por meio da exceção de pré-
executividade, pois o exame da responsabilidade dos
representantes da empresa executada requer dilação
probatória ou abertura de debate mais aprofundado.
Dessa forma, a exceção de pré-executividade é providência
processual de cunho restritíssimo, sendo apenas admissível
com a ocorrência de situação jurídica clara e demonstrável de
plano, ou seja, é servil à suscitação de questões que devam ser
conhecidas de ofício pelo juiz, como as atinentes à liquidez do
título executivo, aos pressupostos processuais e às condições
da ação executiva.

S-ar putea să vă placă și