Sunteți pe pagina 1din 4

FAZENDAS E FAMÍLIAS DO SUL DE MINAS - WALTER RIBEIRO... https://www.myheritage.com.br/FP/newsItem.php?

s=66821602&newsID=4

Você não é membro Pedir registro

família ribeiro pires ana quesado Português - Brasil


Você não é um membro do site. Algumas das
informações exibidas podem ser limitados. Pedir
Inicial Árvore DNA registro ou Entre em Pesquisa
Fotos contato com administrador
do site

FAZENDAS E FAMÍLIAS DO SUL DE MINAS - WALTER RIBEIRO JUNQUEIRA Ações

Publicado por: nelson ribeiro pires junior pires , em Nov de 18 de 2010 12:44 Última atualização: Nov de 18 de 2010 12:44 Contatar nelson ribeiro pires junior pires
Imprimir esta página
Retornar a lista Maximizar

Visualizar contador
Cópia do Livro de Walter Ribeiro Junqueira – Fazendas e Famílias SUL DE MINAS
Autorizado pelo autor conforme original

Em meados do século XVIII chegou ao Brasil, vindo de Portugal, um jovem de nobre estirpe, chamado Custódio Ribeiro
Pereira Guimarães. Era ele filho de Francisco Ribeiro da Cunha e de Mariana Gonçalves, naturais da freguesia de Coreto de São Martinho de
Moreira Del Rey, Monte Longo, Arcebispado de Braga Primaz,na região do Minho, no norte de Portugal.
Dirigiu-se Custódio para Ouro Preto, onde morava um seu tio, de nome ignorado, proprietário de uma mina de ouro na região.
Contava este jovem, então, dezoito anos. Julgava-se que, fugido de sua pátria por questões políticas, onde sua família era perseguida por
Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde Eiras e primeiro Marquês de Pombal, grande estadista Português, tenha ele, então, optado
por trocar seu verdadeiro nome pelo de parentes, passando a se chamar Custódio Ribeiro de Carvalho ou Ribeiro Pereira Guimarães. Segundo
se pode depreender, Custódio era bastante aparentado com sua futura mulher, Maria Ribeiro de Carvalho. Daí seus filhos adotarem o
sobrenome Ribeiro de Carvalho.
Trabalhando na mia aurífera de seu tio, que era muito rico, foi alertado pro empregados deste de que ali não deveria
permanecer, pois que tal ocupação era bastante perigosa. Efetivamente, pouco tempo depois, um desabamento na mina quase mata vários
operários, que só se salvaram graças a pronta e corajosa intervenção do jovem Custódio.
Resolvido a partir, comunica sua vontade ao tio. Este o aprova e abençoa. Dá-lhe então 200.000, réis e uma letra de um conto
de réis, para ser descontada junto a outro tio seu irmão, residente em São Paulo. Era esta uma verdadeira fortuna para a época.
Chegando a São Paulo, procura por seu segundo tio, que lhe diz estar a cidade já muito explorada, aconselhando-o a partir para
as bordas da Serra da Mantiqueira.
Depois de ter recebido a letra de um conto de réis e de ter ganho deste tio grande quantia em dinheiro, partiu Custódio para a
Vila de Cruzeiro, fixando-se na Serra da Mantiqueira onde, as margens da trilha que conduzia a Minas Gerais (já no interiro da Província),
ergueu uma pousada, marcou , então sua terras, requerendo Sesmaria. Deu ao lugar o nome de Fazenda do Pico. Posteriormente a Fazenda
passou a se chamar , Fazenda da Chapada.
Passou Custódio a posteridade como sendo o Velho da Chapada, fazendo fortuna, casou-se com Dª. Maria Ribeiro de
Carvalho, filha de Antonio José Ribeiro de Carvalho, natural de São Salvador de Rossaz, Arcebispado de Braga, Portugal, e de Dona Maria
Gonçalves Ribeiro Torres, natural de Pouso Alto, Dona Maria era neta materna de Vicente Gonçalves Preto e de Felipa do Prado ou Felipa
Gago, que em 1752 morava em Capivarí. Era ainda bisneta , pelo lado de seu avô materno de Bento da Costa Preto e de Ana Maria Torres.

Custódio tornou-se ainda Sargento Mor e Capitão da Coroa Portuguesa.


De seu casamento com Dona Maria Ribeiro de Carvalho nasceram seis filhos, na seguinte ordem :
1- Custódio Ribeiro de Carvalho Junior, ou Custódio Ribeiro de Carvalho Guimarães, foi Padre.
2- Francisco Ribeiro de Carvalho
3- Joaquim Ribeiro de Carvalho
4- Manoel José Ribeiro de Carvalho
5- Antonio José Ribeiro de Carvalho
6- João Ribeiro de Carvalho.

Em 1803 , após sua morte, foi feito o inventário de Dona Maria Ribeiro. O inventário foi seu marido, Custódio Ribeiro
Pereira Guimarães. Deixou , a mesma , um testamento, o qual cito na íntegra, a seguir .

TESTAMENTO DE MARIA RIBEIRO DE CARVALHO

Testamenteiro – Capitão Custódio Ribeiro Pereira Guimarães.


Estado Civil – casada
Local – São João Del Rei

“Em nome da Santíssima Trindade Padre Filho e Espírito Santo três pessoas distintas e um só Deus verdadeiro; Saibam
quantos este Público Instrumento de Testamento virem que sendo no ano de nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil
oitocentos e três ao primeiro de junho neste sítio chamado Ressaca em casas de morada de Vicente Rodrigues eu Maria Ribeiro de
Carvalho estando em meu perfeito Juízo, e entendimento que Deus Nosso Senhor foi servido dar-me e temendome da morte, e
desejando por a minha alma no caminho da salvação, e por não saber o que Nosso Senhor quer fazer, e quando será servido levar-me
para Si faço este meu testamento na forma seguinte :
Primeiramente encomendo a minha alma a Santíssima Trindade que a criou e rogo ao Eterno Pai que pela Sacratíssima
morte e paixão de seu Unigênito Filho a queira receber como recebeu a Sua estando para morrer na Arvoré da Bella Cruz, e a Virgem
Maria Senhora nossa, a Santa de meu nome, e a de minha especial devoção e todos os Santos e Santas da Corte do Céu rogo sejam
meus intercessores quando minha alma deste mundo partir para que vá gozar de bem aventurança para que foi criada porque como
verdadeira cristã protesto viver e morrer na Santa Fé Católica e crer tudo que tem, e crê a Santa Madre Igreja Romana em cuja fé
Católica e crer tudo que tem, e crê a Santa Madre Igreja Romana em cuja a fé espero salvar a minha alma, não por meus

Sobre nós Pesquisa DNA Novo Apps Comunidade Novo Suporte


Visão geral Procurar todos os Resultados de DNA MyHeritage para Blog da empresa Ajuda
registros dispositivo móvel
Nosso time Termos de Uso de DNA Histórias dos membros Entre em contato conosco
Comece sua árvore Family Tree Builder
Informações de imprensa genealógica Consentimento de DNA Mapa de Descobertas Política de privacidade
Informado BillionGraves
Sobrenome Termos de
API FamilyGraph Serviço (atualizado)

Fóruns

Direitos autorais © 2016 MyHeritage Ltd.

1 de 4 14/11/2016 11:32
FAZENDAS E FAMÍLIAS DO SUL DE MINAS - WALTER RIBEIRO... https://www.myheritage.com.br/FP/newsItem.php?s=66821602&newsID=4

E assim mais seis cavalos. E assim mais vinte e sete éguas. E assim mais trezentas cabeças de gado entre grande e meado, e assim
mais o que se nos dever que constam de créditos e livros.
Declaro que temos uma morada de casas na Capela do Capivari e outras chamadas sitas na mesma Aplicação, e assim mais
todos os trastes, e alfayas de ouro, prata, cobre e metal que meu marido dará a inventário, com os mais que se acharem.
Declaro que todas as dívidas que se devem se hão de pagar do monte, por serem contraídas na administração da Fazenda.
E na forma a isto se partirá entre mim, e meu marido, e herdeiros todo o monte na forma da lei do Reyno. E porque no que
me cabe as duas partes são de meus herdeiros, e só a terça é minha.
E DELA DISPONHO DA FORMA SEGUINTE :
Declaro que de minha terça que me tocar meus testamenteiros mandarão dizer no Convento do Carmo na Praça do Rio de
Janeiro cem missas pela minha alma.
Declaro mais mandará dizer cinqüenta missas pelo Anjo de minha Guarda, e a Santa de meu nome.
Declaro que mandará dizer cinqüenta Missas pelas almas do Purgatório.
Declaro mais mandará dizer trinta Missas pelas almas dos escravos que faleceram em casa.
Declaro mais que mandará fazer um ofício na cidade do Rio de Janeiro.
Declaro mais que dará duzentos mil réis de esmolas aos pobres desta Freguesia.
Declaro que pagas as dívidas e cumpridos os meus legados o que restar de minha terça se dará a meus herdeiros em igual
partes que são Custódio, Francisco, Joaquim , Manoel, Antônio, João.
Declaro que meu testamenteiro será obrigado a dar conta das minhas disposições no tempo de um ano, e assim torno a rogar
aos meus testamenteiros que por serviço de Deus e esmola a mim queiram ser meus testamenteiros que por serviço de Deus e esmola
a mim queiram ser meus testamenteiros que são meu marido o Capitão Custódio Ribeiro Pereira Guimarães, o Alferes Bernardo José
Pinto, o Guarda Mor Gregório Ribeiro de Carvalho quero em tudo cumprirão como nele meu testamento tenho ordenado.
E porque tenho disposto, e porque esta é a minha última vontade na forma que tenho disposto por não saber ler nem
escrever pedi e roguei ao Capitão João Fernandes da Silva este por mim escrevesse e como testemunha assinasse, e eu me assino
com uma Cruz sinal de que uso.
Ressaca, o primeiro de junho de mil oitocentos e três anos.
Sinal de Maria Ribeiro de Carvalho, como testemunha que este fiz assinar.

João Fernandes da Silva”.

Não sei dizer exatamente em que época Custódio comprou a Fazenda do Jardim (ou se esta fazenda fazia parte, por
desmembramento, da Fazenda da Chapada)em Itanhandú, e a Fazenda do Paracatu, em Virgínia. Porém, tudo leva a crer que foi após a sua
viuvez..
Segundo o autor Luiz Barcellos de Toledo, em seu livro “O Sertão da Pedra Branca”, em quatorze de agosto de um mil e
oitocentos e três, morreu Dona Anna Joaquina da Silva. Seu inventário foi feito em 1805 , na Fazenda das Três Barras, por seu marido, Manoel
Ramos da Silva. Em l811, Manoel Ramos e seus herdeiros venderam esta fazenda ao abastado fazendeiro de Pouso Alto, Capitão-Mor Custódio
Ribeiro Pereira Guimarães conhecido como Chapada, devido ao lugar onde residia. Na mesma ocasião este comprou, ou recebeu em pagamento
de uma dívida, a vizinha Fazenda do Palmital, de Antonio José Pereira, que a tinha comprado do Alferes Antonio José Rodrigues. Estas duas
Fazendas, hoje no Município de Carmo de Minas divisavam com João Fernandes da Silva, proprietário da Fazenda do Pitangal, e Manoel
Carneiro Santiago, dono da Fazenda da Água Limpa, ambas na vizinha cidade de Cristina.
Custódio Ribeiro Pereira Guimarães já então gozava de grande prestígio e merecida fama de grande Fazendeiro. Juntamente
com seus filhos, passou a ser proprietário de extensas áreas de terra, que se estendiam por diversos municípios, entre eles, Passa Quatro,
Itamonte, Itanhandú, Alagoa, Pouso Alto, São Sebastião do Rio Verde, Virgínia, Carmo de Minas e Dom Viçoso. Nestas localidades se
encontravam, além das primitivas sesmarias dantes mencionadas no testamento de Dona Maria Ribeiro de Carvalho, as fazendas do Jardim, do
Paracatu, da Chapada, do Palmital e das Três Barras. Observando-se mapas municipais e informações de antigas divisas, podemos calcular que
o somatório destas áreas deveria exceder os 30.000, há ou 35.000, há de terras, das mais férteis do Sul de Minas.(NOTA DO AUTOR: As
Fazendas do Palmital e da Água Limpa aqui mencionadas podem ser referentes, uma descendo a Serra de Itamonte indo para Engenheiro
Passos e a outra no Município de Virgínia).
Dos seis filhos deste laborioso casal, passaremos agora, a tratar.

Filho 1 – Custódio Ribeiro de Carvalho Junior – Era Padre, nascido em fins de 1783, foi batizado em Pouso Alto em 09/01/1784. Dotado de
extraordinária compleição física e invejável vigor, foi o Padre Custódio o proprietário da Fazenda do Jardim, hoje no município de Itanhandu e,
até há pouco tempo, propriedade da Cia. Batista Scarpa. Esta fazenda, poucos anos atrás, possuía ainda por volta de 2.500 hectares, sendo
famosa pelo seu extraordinário plantel de gado holandês preto e branco e pelos seus excelentes produtos de laticínios, especialmente o doce de
leite e o leite condensado.
Padre Custódio faleceu na provecta e incrível idade de 115 anos.

Filho 2- Francisco Ribeiro de Carvalho. Nascido por volta de 1785/1786, permaneceu na fazenda paterna, ficando conhecido, por isto, como
sendo o segundo “Velho da Chapada”.
Esta fazenda, bastante subdividida, se localizava entre Itanhandu e Capivarí. Antigamente se espraiava ainda pelos vizinhos municípios
de Pouso Alto e São Sebastião do Rio Verde. Da chapada já não restam mais vestígios apenas seu glorioso nome, que se encontra gravado na
memória e nos corações de muitos milhares de seus descendentes Ribeiro de Carvalho.
Os númerosos descendentes de Francisco se encontram, principalmente em Itanhandu, Virgínia, Pouso Alto, Itamonte, São Sebastião do
Rio Verde, Passa Quatro e ainda por todo o sul de Minas Gerais.

Filho 3 – Joaquim Ribeiro da Carvalho nasceu entre 1789/1790. Herdou de seu pai a parte central da Fazenda das Três Barras. Considerando
esta fazenda um pouco pequena para o seu gosto, pois, após dela terem se desmembrado o Condado e o Pouso Alegre e tendo ficado entre estas
duas fazendas, que tocaram à seus irmãos, Joaquim vendeu-a a seguir à eles (Manoel José, do Pouso Alegre e Antonio José, do condado).
Manoel José comprou área correspondente a parte do Córrego Fundo Antonio José ficou com todo o restante, ampla faixa de terra que se
estendia do alto da Serra das Três Barras, limítrofe a Cristina, até quase atingir a cidade de Carmo de Minas. Terras excelentes, como só o velho
Custódio sabia descobrir. Constava a fazenda de montanhas e várzeas das mais férteis da região.
Tendo comprado do irmão a quase totalidade das Três Barras herdada por ele, que deveria ter, na época, aproximadamente 2.500
hectares, Antonio José ficou sendo o proprietário desta e do Condado, assim como de suas respectivas sede. Era considerado, então, como
sendo o mais rico fazendeiro daquelas plagas.
Após ter vendido à seus irmão as Três Barras, Joaquim Ribeiro de Carvalho partiu para Santa Rita do Sapucaí, onde comprou a grande
Fazenda do Sobradinho, ainda hoje formada por solos muitos férteis, e que grangeou merecida fama. Dentro de suas antigas fronteiras estão
hoje as atuais Sobradinho (de José Procópio Carneiro Junqueira), Balaio, balainho, Capituva e quantas outras mais.
Joaquim Ribeiro da Carvalho casou-se duas vezes: a primeira, ainda muito jovem, em 26/10/1807, com Maria Isabel Pereira, com quem
deixou geração. A segunda, com Maria Ribeiro de São José, também com descendentes.
Conhecido na família como o “Velho das Três Barras”, ou ainda “Velho do Sobradinho”, foi ascendente do Capitão de Santa Rita, cujo
verdadeiro nome desconheço, e dos atuais Ribeiro de Carvalho daquela cidade.

Filho 4 – Capitão Manoel José Ribeiro de Carvalho. Nascido entre 1790 e 1791, casou-se com Dona Mariana Tridentina Junqueira no dia
14/10/1818, na Matriz de Nossa Senhora de Monteserrate, em Baependi.
Era Mariana Tridentina filha do Capitão Joaquim Bernardes da Costa, batizado em 26/07/1775, e de Ana Francisca do Valle, que depois
de casada passou a se chamar Ana Cândida Junqueira. Ana Francisca (ou Ana Cândida) era filha do Patriarca e fundador da família Junqueira,
Capitão João Francisco Junqueira e de Helena Maria do Espírito Santo (batizada em 16/06/1737).
Foi o Capitão Manoel José Ribeiro de Carvalho, meu trisavô por ambos os lados, herdeiro da Fazenda do Palmital e parte da Fazenda

2 de 4 14/11/2016 11:32
FAZENDAS E FAMÍLIAS DO SUL DE MINAS - WALTER RIBEIRO... https://www.myheritage.com.br/FP/newsItem.php?s=66821602&newsID=4

das Três Barras, área correspondente ao Pouso Alegre.


Talvez pela proximidade da estrada que ligava Carmo de Minas a Cristina, ergueu à sua margem novas instalações, as quais deu o
nome de Fazenda do Pouso Alegre e onde, então, passou a residir. Como era de costume na família, ficou conhecido como sendo o “Velho do
Pouso Alegre”.
Suas terras deveriam exceder os 4000 hectares, descontando aquisições futuras e a herança recebida por sua esposa, Mariana
Tridentina, a qual foi muito grande.
O Capitão Manoel José Ribeiro de Carvalho morreu precocemente, no dia 18/12/1834. Seu inventário foi feito no ano seguinte, em
1835. Segundo o mesmo inventário, além das vastas extensões de terra, deixou também, o Capitão Manoel José, muitos bens em ouro e outros
objetos de grande valor, além de 240 escravos.
Filho 5 – Coronel Antonio José Ribeiro de Carvalho. Nasceu entre 1792 e 1793. Conhecido entre familiares como o “Velho do Condado”,
fundou esta fazenda de área desmembrada da Fazenda das Três Barras. Comprando a quase totalidade desta do seu irmão Joaquim, acabou por
se tornar o mais rico dos seis irmãos. Antonio José, meu trisavô também por ambos os lados, fazia parte do “seleto” clube dos três homens mais
ricos da região. Os outros dois eram: seu irmão acima mencionado, Manoel José, e Antonio Joaquim de Oliveira, também meu trisavô materno e
mais conhecido como o “Alferes Antoninho”, sobrinho neto do fundador da enorme Fazenda dos Alpes, em Cristina, o Padre José Dutra da
Luz, sobre quem falarei posteriormente.
Era Antonio José fazendeiro e capitalista dos mais importantes da então Freguesia da Nossa Senhora do Carmo, como cita o
ALMANACH SUL – MINEIRO supra citado.
A Fazenda do Condado, dentro de cujos limites hoje se encontram as atuais fazendas do Condado, Mata-Porco, Urutu, Cambará, parte
do Engenho, Pico Agudo, Covóca, Cabacinhas, Campo Redondo e as grandes fazendas do Capinzal e Boa Vista, além de várias outras menores,
era totalmente localizada no município de Carmo de Minas. Hoje, o Urutu faz parte do município de Rosário de Dom Viçoso, após o
desmembramento deste de Carmo de Minas. Quase toda a área original desta fazenda ainda se encontra de posse dos descendentes de Antonio
José.
Era o Condado bastante grande, rico e próspero.
Situado aos pés da Serra das Três Barras, incluía o ponto culminante do município, na atual fazenda da Boa Vista, com 1654 metros de
altitude. Começava no alto da Serra, fazenda divisa com o município de Cristina, descia as encostas do atual Dom Viçoso, atravessava por
detrás da cidade de Carmo de Minas e ia atingir o atual Bairro dos Campos, divisando com a Fazenda do Aterrado, próximo a divisa do
município de São Lourenço. Com milhares de hectares, era bem maior que o Pouso Alegre.
Antonio José Ribeiro de Carvalho, tendo ficado viúvo e sem filhos, casou-se em segundas núpcias com Helena Nicésia Junqueira de
Andrade, filha do “Velho do Campo Alegre”, Gabriel Francisco Junqueira, o primeiro Barão de Alfenas, e de Dona Inácia Constança de
Andrade. O Barão de Alfenas foi o último filho do Patriarca dos Junqueiras, Capitão João Francisco Junqueira. Conta-se que, tendo Antonio
José enviuvado e permanecendo algum tempo sem demonstrar interesse em novamente se casar, sua cunhada Mariana Tridentina, esposa de seu
irmão, o Capitão Manoel José, resolveu arranjar-lhe um novo casamento. Assim sendo, promoveu-se uma caçada em terras do Barão de
Alfenas, tio de Mariana Tridentina. Antonio José foi convidado para os festejos, ocasião em que foi apresentado ao Barão e à sua filha, Helena
Nicésia, prima de Mariana Tridentina. Daí para o futuro enlace matrimonial foi uma questão de tempo.
Tiveram Antonio José e Helena Nicésia dezenove filhos, quinze dos quais chegaram a idade adulta, conforme prova documento escrito
de próprio punho por Antonio José, e que se encontra em meu poder.
Segue ainda, no mesmo documento, o formal de partilha quando da morte de Helena Nicésia. Note-se que todas as folhas foram
rubricadas por Ribeiro de Carvalho e assinadas por seus filhos ou genros. Por este documento, que é bastante interessante e histórico, vê-se
claramente que suas posses incluíam também terras da Fazenda Bela Cruz, em Cruzília, as quais fariam parte da herança recebida por Helena
Nicésia de seu pai, Gabriel Francisco Junqueira. No final deste capítulo anexarei, na íntegra, os dizeres de tal documento.
Durante a Revolução Liberal de 1842, Antonio José, juntamente com outras proeminentes figuras da região, chefiou os revoltosos de
nossa terra, dando total apoio à seu sogro, Gabriel Francisco Junqueira, um dos líderes da dita revolta.
Ainda hoje, na praça central de Carmo de Minas, se ergue imponente sobrado colonial edificado por Antonio José Ribeiro de
Carvalho, tendo em sua fachada a data de 1860, ano de sua primeira reforma, e as iniciais AJRC de seu antigo proprietário. Não pude descobrir
a época de sua construção. Feito de grossas toras de perobas e jacarandás, é um verdadeiro cartão postal da cidade e um monumento ao seu
edificador. Tendo recebido uma segunda reforma há poucos anos, encontra-se um excelente estado de conservação. Pertence este magnífico
solar a descendentes do seu construtor. São os filhos e netos do Sr. Argentino Arantes Junqueira, já falecido.
Ainda sobre este antigo casarão, conta-se uma pequena história interessante e até mesmo bastante engraçada. Nos tempos de
Antonio José Ribeiro de Carvalho, o Imperador Dom Pedro II, numa de suas visitas pela então Província de Minas Gerais, passou pela vila do
Carmo, vindo a se hospedar no solar de Antonio José. Em determinado momento, sentindo a necessidade de ir ao banheiro, perguntou o
Imperador à uma preta escrava, empregada da casa, onde ficava o mesmo. Desnecessário se torna dizer que, naquela época, nenhuma casa do
interior brasileiro contava com tais dependências. Inocentemente e, sem saber com que falava, replicou a escrava, solícitamente, ao Imperador:
“Vacê vai ali, atrás das bananeiras mesmo”. Dom Pedro, com seu elevado espírito e grande benevolência, seguiu as instruções da pobre e
inocente empregada.
Antonio José foi também grande benemérito da cidade, tendo doado à Igreja Católica a construção de uma igrejinha no alto da
cidade. Esta fica situada a Rua João Coelho e é dedicada à São Sebastião. A Igreja Matriz, de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1832, o
tem como um dos seus maiores contribuintes.

Filho 6 – João Ribeiro de Carvalho, Nascido e, 1795(*creio eu registrado, quando casou mesmo porque seu sogro conforme abaixo casou-se
1791 ), casou-se com sua prima irmã Francisca Ribeiro de Jesus, filha do Alferes Miguel Ribeiro de Carvalho e de Inácia Maria de Jesus,
casados em 1791. Miguel Ribeiro de Carvalho era irmão de Dona Maria Ribeiro de Carvalho, mãe de João R. de Carvalho. Portanto Miguel era
tio de João, seu genro. Inácia Maria de Jesus, natural de Resende, era filha de José da Costa de Miranda e de Josefa Maria de Jesus. João
Ribeiro de Carvalho e Francisca Ribeiro de Jesus foram meus trisavôs pelo lado materno. Eram os proprietários da Fazenda Paracatú, em
Virgínia e Passa Quatro. Esta fazenda, que abrangia das melhores terras sul mineiras naqueles municípios, quando dividida entre seus
descendentes, deu origem as importantes fazendas do Maranhão, com cerca de 4.000 hectares de terras fertilíssimas, Água Limpa, Ribeirão,
Muquem, do Porto, além da própria Paracatu. Além dessas, surgiram inúmeros sítios e fazendas que, na sua quase totalidade, ainda hoje
pertencem aos herdeiros de João Ribeiro de Carvalho. Neste ponto, faço uma pequena observação. Existem em Virgínia três fazendas com o
mesmo nome de Água Limpa. A Água Limpa de Cima é a acabo de mencionar, e que pertenceu ao meu tio avô Francisco, o Tio Chico da Água
Limpa. A Água Limpa do Meio foi comprada por meu avô, o Zéca do Pouso Alegre. Existe ainda a Água Limpa de Baixo, que nada tem há ver
com este trabalho. Também não se deve confundir estas fazendas com a Água Limpa existente no município de Cristina.
Situava-se o Paracatu nas abas da Serra da Mantiqueira, subindo por seus contrafortes, descendo vales e grotões, atingindo picos e
várzeas agrestes. Era um ambiente de insofismável beleza selvagem daqueles tempos idos.
A casa sede desta fazenda, a qual conheci anos atrás somente de vê-la ao longe, deveria ser centenária. Encontrava-se quase ao fundo
de um vale aberto, aos pés da majestosa serra. Infelizmente, alguns anos depois pegou fogo, sendo totalmente destruída.
João e Francisca tiveram pelo menos sete filhos, dos quais conheço apenas os que a seguir enumerarei. São eles:
6-1) Capitão Manoel José Ribeiro de Carvalho Guimarães, casado co m sua prima Helena Constança Ribeiro de Carvalho, filha de seus
tios Manoel José Ribeiro de Carvalho, o “Velho do Pouso Alegre”, e de Mariana Tridentina Junqueira.Foram anteriormente citados.
O “ALMANACH SUL-MINEIRO”para o ano de 1874, editado na cidade de Campanha por Bernardo Saturnino da Veiga, cita o
Capitão Manoel José Ribeiro de Carvalho Guimarães como sendo um dos oito Eleitores Gerais da então Freguesia de Nossa Senhora do Carmo,
assim como também é citado entre os fazendeiros mais importantes e seus principais capitalistas.
6-2) Mariana Ribeiro de Carvalho, minha bisavó,casada com Joaquim José Ribeiro de Carvalho, o Papai Joaquim do Pouso Alegre,
também seu primo e irmão de Helena Constança. Também já foram citados.
6-3) Anna Ribeiro de Carvalho, casada com o Capitão Matheus Antonio da Luz, que será mencionado no cap. II.

3 de 4 14/11/2016 11:32
FAZENDAS E FAMÍLIAS DO SUL DE MINAS - WALTER RIBEIRO... https://www.myheritage.com.br/FP/newsItem.php?s=66821602&newsID=4

6-4) Gregório Ribeiro de Carvalho Guimarães, casado com...


6-5) Genoveva Ribeiro de Carvalho, casada com José Joaquim Pires que era português. Foram os proprietários da grande
Fazenda do Maranhão, em Virgínia, que fazia parte do Paracatu.
6-6) Capitão Custódio Ribeiro de Carvalho Guimarães, c.c.Mariana Tridentina Ribeiro de Carvalho, já citados.

Ficou João Ribeiro de Carvalho conhecido, como era costume na família, como sendo o “Velho do Paracatu”.
Como dos outros filhos deste casal não tenho notícias, deixo este trabalho para alguém com mais tempo, paciência e competência que
eu. Assim sendo, dou por encerrada esta minha pequena contribuição para o conhecimento da origem e a história da família RIBEIRO DE
CARVALHO, iniciada em Portugal e tendo continuidade em terras brasileiras.

Comentários Nenhum listado Escondido


Seja o primeiro a publicar comentários!

Publicar novo comentário

4 de 4 14/11/2016 11:32

S-ar putea să vă placă și