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Socialismo
A social-democracia é uma ideologia política que apoia intervenções econômicas e
sociais do Estado para promover justiça socialdentro de um sistema capitalista, e uma
política envolvendo Estado de bem-estar social, sindicatos e regulação econômica para
promover uma distribuição de renda mais igualitária e um compromisso para com
a democracia representativa.
É uma ideologia política de centro-esquerda surgida no fim do século XIX por partidários
de Ferdinand Lassalle que acreditavam que a transição para uma
sociedade socialista deveria ocorrer sem uma revolução, mas sim por meio de
uma gradual reforma legislativa do sistema capitalista a fim de torná-lo mais igualitário em
oposição à ortodoxia marxista.[1] O conceito de social-democracia tem mudado com o
passar das décadas desde sua introdução. A diferença fundamental entre a social-
democracia e outras formas de socialismo, como o marxismo ortodoxo, é a crença na
supremacia da ação política em contraste à supremacia da ação económica ou
do determinismo económico-socioindustrial.[2][3]
Historicamente, os partidos sociais-democratas advogaram o socialismo de maneira
estrita, a ser atingido através da luta de classes. No início do século XX, entretanto, vários
partidos socialistas começaram a rejeitar a revolução e outras ideias tradicionais do
marxismo como a luta de classes, e passaram a adquirir posições mais moderadas. Essas
posições mais moderadas incluíram a crença de que o reformismo era uma maneira
possível de atingir o socialismo. Dessa forma, a social-democracia moderna desviou-se
do socialismo científico, aproximando-se da ideia de um Estado de bem-estar
social democrático, e incorporando elementos tanto do socialismo como do capitalismo. Os
social-democratas tentam reformar o capitalismo democraticamente através de regulação
estatal e da criação de programas que diminuem ou eliminem as injustiças
sociais inerentes ao capitalismo, tais como Rendimento Social de
Inserção (Portugal), Bolsa Família (Brasil) e Opportunity NYC. Esta abordagem difere
significativamente do socialismo tradicional, que tem, como objetivo, substituir o sistema
capitalista inteiramente por um novo sistema econômico caracterizado pela propriedade
coletiva dos meios de produção pelos trabalhadores.
Atualmente em vários países, os sociais-democratas atuam em conjunto com
os socialistas democráticos, que se situam à esquerdada social-democracia no espectro
político. No final do século XX, alguns partidos sociais-democratas, como o Partido
Trabalhista britânico e o Partido Social-Democrata da Alemanha, começaram a flertar com
políticas econômicas liberais, originando o que foi caracterizado de "Terceira Via". Isto
gerou, além de grande controvérsia, uma grave crise de identidade entre os membros e
eleitores desses partidos.
Índice
1História
o 1.1Primeira Era Internacional (1863-1889)
o 1.2Pré-Segunda Guerra Mundial
o 1.3Pós-Segunda Guerra Mundial
2Definição
3Críticas
4No Brasil
5Em Portugal
6Referências
o 6.1Bibliografia
7Ligações externas
Ferdinand Lassalle
Muitos partidos da segunda metade do século XIX se definiam como sendo sociais-
democratas, tais como a Associação Geral dos Trabalhadores Alemães, o Partido Social
Democrata dos Trabalhadores da Alemanha (que se fundiram para dar origem ao Partido
Social-Democrata da Alemanha ou SPD), a Federação Social Democrata Britânica e
o Partido Operário Social-Democrata Russo. Na maioria dos casos, estes partidos eram
declaradamente socialistas revolucionários, visando não só a introduzir o socialismo mas
também a democraciaem nações com poucas instituições democráticas. A maioria destes
partidos era influenciada pelas obras de Karl Marx e Friedrich Engels, que, na época,
estavam trabalhando para influenciar a política europeia continental em Londres.
O movimento social-democrata moderno se concretizou através de uma ruptura no
movimento socialista no início do século XX. Em linhas gerais, esta ruptura se originou na
divisão de crenças entre aqueles que insistiam na revolução política como pré-condição
para atingir o socialismo e os que defendiam que era possível e desejável atingir o
socialismo através de uma evolução política gradual. Muitos movimentos relacionados,
como o pacifismo, o anarquismo e o sindicalismo, começaram a irromper em todo o mundo
na mesma época; estes grupos eram, muitas vezes, formados por indivíduos que se
separaram do movimento socialista preexistente e mantinham uma série de objeções
diferentes ao marxismo ortodoxo.
Os social-democratas, que fundaram as principais organizações socialistas da época, não
rejeitavam o marxismo. Um número significativo de indivíduos no movimento social-
democrata queria revisar alguns dos raciocínios de Marx, a fim de promulgar uma crítica
menos hostil ao capitalismo. Eles argumentavam que o socialismo deveria ser atingido
através da evolução da sociedade, ao invés da revolução. De fato, Marx havia declarado
ser possível estabelecer o comunismo ou socialismo por uma revolução pacífica e
democrática em alguns países. Essa ideia também foi desenvolvida por Friedrich Engels e,
principalmente, por Karl Kautsky. O revisionismo também buscava alterar alguns pontos
teóricos básicos do marxismo, principalmente devido à influência do darwinismo e
de Immanuel Kant. Esta visão era fortemente condenada pelos socialistas revolucionários,
que argumentavam que qualquer tentativa de reformar o capitalismo estava fadada ao
fracasso, uma vez que os reformistas seriam gradualmente corrompidos e, eventualmente,
se transformariam em capitalistas eles próprios.
Apesar das diferenças, os reformistas e os socialistas revolucionários permaneceram
unidos durante a Segunda Internacional até a eclosão da Primeira Guerra Mundial. Uma
opinião dissonante sobre a legitimidade da guerra provou ser a gota d'água desta união
tênue. Os socialistas reformistas apoiavam seus respectivos governos nacionais na
guerra, um fato que foi visto pelos socialistas revolucionários como a traição definitivas
contra a classe trabalhadora. Os socialistas revolucionários acreditavam que esta postura
traiu o princípio de que os trabalhadores de todas as nações deveriam unir-se na
derrubada do capitalismo, e lamentaram o fato de que geralmente as pessoas de classes
mais baixas é que são as enviadas para lutar e morrer na guerra.
Discussões amargas surgiram dentro dos partidos socialistas, como por exemplo,
entre Eduard Bernstein, líder socialista reformista, e Rosa Luxemburgo, líder dos
socialistas revolucionários, dentro do SPD na Alemanha. Eventualmente, após
a Revolução Russa de 1917, a maioria dos partidos socialistas do mundo se viram
fraturados. Os socialistas reformistas mantiveram o nome de social-democratas, enquanto
que os socialistas revolucionários começaram a chamar a si mesmos de comunistas,
formando o movimento comunista moderno. Estes partidos comunistas logo formaram uma
internacional exclusiva deles, a Terceira Internacional, conhecida mundialmente
como Comintern.
Na década de 1920, as diferenças doutrinárias entre os sociais-democratas e os
comunistas de todas as facções (marxistas ortodoxos, como os bolcheviques) tinham se
solidificado. Estas diferenças só se tornaram cada vez mais dramáticas com o passar dos
anos.
Referências
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Crisóstomo inJanus 2009
Liberalismo
Liberalismo social
O liberalismo social, novo liberalismo,[1] ou liberalismo moderno[2] é um
desenvolvimento do liberalismo no início do século XX que, tal como outras formas de
liberalismo, vê a liberdade individual como um objectivo central. A diferença está no que se
define por liberdade. Para o liberalismo clássico, liberdade é a inexistência de compulsão e
coerção nas relações entre os indivíduos, já para o liberalismo social a falta de
oportunidades de emprego, educação, saúde etc. podem ser tão prejudiciais para a
liberdade como a compulsão e coerção.
As ideias e partidos que adotam o liberalismo social são consideradas centristas ou centro-
esquerda.[3][4][5][6] Derivando disso, os liberais sociais encontram-se entre os mais fortes
defensores dos direitos humanos e das liberdades civis, embora combinando esta vertente
com o apoio a uma economia em que o estado desempenha essencialmente um papel de
regulador e de garantidor do acesso à todos (independentemente da sua capacidade
econômica), aos serviços públicos que asseguram os direitos sociais considerados
fundamentais. Todavia no liberalismo social, o estado não tem obrigatoriamente de ser o
fornecedor do serviço público, tendo apenas de garantir que todos os cidadãos têm acesso
a serviços públicos, independentemente da sua capacidade económica. Na Holanda, por
exemplo, apenas um terço das escolas da rede pública de educação, são detidas e
geridas pelo estado, sendo as restantes dois terços detidas e geridas por privados.[7]
A palavra social é utilizada nesta versão do liberalismo com um duplo sentido. Um primeiro
como forma de diferenciação dos grupos que defendem correntes do liberalismo como o
liberalismo clássico, o neoliberalismo e o libertarianismo. Um segundo como forma de
vincar os ideais progressistas ao nível da defesa das liberdades individuais e em oposição
às ideias defendidas pelos partidos conservadores. O Liberalismo Social é uma filosofia
política que enfatiza a colaboração mútua através de instituições liberais, em oposição à
utilização da força para resolver as controvérsias políticas. Rejeitando quer a versão pura
do capitalismo, quer os elementos revolucionários da escola socialista, o liberalismo social
coloca a sua ênfase nas liberdades positivas, tendo como objetivo aumentar as liberdades
dos desfavorecidos da sociedade.
Índice
1Origens
2Comparação com liberalismo clássico
3Comparação com liberalismo conservador
4Comparação com neoliberalismo
5Comparação com social-democracia
6Exemplos na atualidade
7No mundo
8Pensadores
9Leitura adicional
10Ver também
11Referências
Referências
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