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Colégio Atenas

1º ano do Ensino Médio


Produção Textual
Prof: Carlos Henrique

Atividade: notícia e artigo de opinião


Texto I
PM faz operação no Complexo do Alemão e moradores relatam tiros
Segundo postagens em redes sociais, escolas na região suspenderam as aulas por causa
dos confrontos

RIO — A Polícia Militar faz, nesta terça-feira, uma operação no Complexo do


Alemão, na Zona Norte do Rio. Moradores relatam, em redes sociais, intensa
movimentação de agentes no conjunto de favelas e também tiroteios em alguns pontos,
como Fazendinha, Casinhas e Zona do Medo. Não há informações de feridos, nem de
prisões e apreensões.

"Comecei a ouvir o tiroteio às 5:30h, horário que acordo para ir trabalhar. Som de
muito armamento pesado. Ainda não consegui sair de casa. Não posso dar essa desculpa
no trabalho toda semana", escreveu um morador.

Outros contam que, por causa do confronto, escolas localizadas no Alemão


decidiram suspender as aulas nesta terça. De acordo com os moradores, além de veículos
blindados circulando a comunidade, um helicóptero sobrevoa a região.

Estão no Alemão equipes da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Alemão e


do Grupo de Intervenções Táticas (GIT). De acordo com informações postadas pela PM
em seu perfil no Twitter, a operação se concentra na Fazendinha.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/rio/pm-faz-operacao-no-complexo-do-alemao-moradores-relatam-tiros-
23214184)

Texto II

Intervenção no Rio e nosso frágil constitucionalismo

Suspender uma intervenção federal para uma votação é clara manobra que vicia a eventual
emenda promulgada
Leandro Mitidieri

De toda controvérsia acerca do lacunoso decreto de intervenção na segurança


pública do Estado do Rio de Janeiro, talvez as questões mais problemáticas sejam as da
sua natureza e da possibilidade de sua suspensão.

A intervenção federal transfere a autoridade política do Estado para a União, mas


não da esfera civil para a militar. A jurisdição pode passar da Justiça Estadual para a
Federal, mas não da Comum para a Militar.

A questão está inserida no momento atual de retrocesso que levou, no âmbito do


Ministério Público Federal (MPF), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, a
encaminhar — em conjunto com a Câmara Criminal e a Câmara de Controle Externo da
Atividade Policial e Sistema Prisional — representação à procuradora-geral da República
para que seja questionada no Supremo Tribunal federal (STF) a constitucionalidade da
Lei 13.491/2017, que previu que os crimes dolosos contra a vida praticados contra civis
por militares, quando em atividade operacional, passem a ser julgados pela Justiça
Militar. A Corte Interamericana de Direitos Humanos já se pronunciou diversas vezes
acerca do alargamento inapropriado e indevido da competência da Justiça Militar, já tendo
sido condenado o Estado brasileiro por essa prática no caso Gomes Lund.

Mas se desenha no horizonte uma outra medida questionável do atual Governo,


uma espécie de novel instituto jurídico, consubstanciado na anunciada intenção de
suspensão da intervenção para votação da PEC da Previdência.

A intervenção federal em si, apesar de medida extrema, não é exatamente uma


novidade. O instituto, em verdade, é da essência do federalismo, aparecendo desde seus
primórdios, não só no artigo IV, seção 4, da Constituição americana, como no governo
do primeiro presidente dos EUA, George Washington, que o utilizou para firmar a ainda
frágil autoridade federal, como no caso da rebelião de fazendeiros da Pensilvânia contra
a tributação do uísque (Whiskey Rebellion).

No Brasil, a intervenção também veio no bojo da adoção do federalismo na


primeira Constituição da República, de 1891, no art. 6º, o mesmo da Constituição
argentina. Artigo este considerado pelo presidente Campos Sales o “coração da
República”.
Nossos governantes lançaram mão da medida inúmeras vezes. Intervenções
federais não declaradas, ou seja, não formalizadas, mas com efeitos práticos similares,
acontecem desde o massacre de Canudos, em 1896, até os recentes episódios da Eco 92,
“pacificação” de comunidades e Olimpíadas 2016. Ainda mais hodiernamente, em
fevereiro de 2017, o controle operacional dos órgãos de segurança do Espírito Santo foi
transferido a um general de brigada.

No tocante às intervenções declaradas, ou seja, devidamente formalizadas, elas


são verificadas desde a República Velha até a ditadura militar. No pós-1988, como se tem
acentuado, elas cessam, mas não por falta de pedidos. Hoje, por exemplo, são 21
processos em trâmite no STF, sendo quatro processos autuados só em 2018. Mas a não
ocorrência de intervenções de 1988 até então tinha uma explicação: a vedação de emenda
à Constituição na vigência de intervenção federal.

Na Assembleia Constituinte de 1987-1988, o Anteprojeto Afonso Arinos previa


tal vedação apenas na vigência de “estado de alarme” ou de sítio. A inclusão na vedação
também da hipótese de intervenção federal vem no Primeiro Substitutivo do relator
Bernardo Cabral. Emenda de Inocêncio Oliveira (então no PFL-PE) tentou suprimi-la,
mas foi rejeitada pela Comissão de Sistematização sob o parecer de que “A intervenção
federal cria momentos de intranquilidade, inibindo ou exacerbando a atuação no
Congresso Nacional dos membros da representação dos Estados atingidos pela medida
extrema. Convém que, enquanto perdure essa situação emergencial, fiquem intocáveis os
preceitos constitucionais.”

Assim é que, desde a referida limitação, não ocorreram mais intervenções


declaradas. Até mesmo na crise do Distrito Federal, decorrente da Operação Caixa de
Pandora, envolvendo criminalidade muito mais nociva que é a do “colarinho branco”, em
que renunciaram o governador e o vice, o pedido de intervenção do procurador-geral da
República foi indeferido (IF 5179).

Eventual PEC não pode nem tramitar durante a vigência de uma intervenção. Essa
controvérsia já surgiu antes, durante o governo FHC, quando em 1997 a grave crise em
Alagoas ensejava intervenção federal. A intenção da norma não pode ser mais clara no
sentido de que não é vedada tão só a promulgação da emenda, mas toda a discussão e
votação sob influência da instabilidade e turbulência. Não é por menos que o próprio
relator da malfadada PEC da Reforma da Previdência (PEC 287/2016) na Comissão de
Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara teve que certificar em seu parecer para
início da tramitação da proposta que: “Não estão em vigor quaisquer das limitações
circunstanciais à tramitação das propostas de emenda à Constituição expressas no § 1º do
art. 60 da Constituição Federal, a saber: intervenção federal, estado de defesa ou estado
de sítio”.

Ora, o fundamento é claro, evitar o advento de norma constitucional impregnada


pela comoção social ou política do momento. Nestes termos, suspender uma intervenção
federal para uma votação, para que logo após volte a viger, tudo com a ininterrupção da
situação fática que ensejou sua decretação original, é clara manobra que indubitavelmente
vicia eventual PEC promulgada.

Confúcio, por volta de 500 a.C., parecia estar advertindo nossos atuais governantes:
“Guia-o por meio de manobras políticas, contém-no com castigos (e leis): o povo se
tornará dissimulado e desavergonhado. Guia-o pela virtude, contém-no pelo ritual: ele
desenvolverá um senso de participação.”

Leandro Mitidieri é procurador da República e professor da UFF, pela qual é mestre em Direito
Constitucional.

(Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/19/opinion/1519076558_377171.html)

Com base nos textos acima, respondas as questões, justificando e desenvolvendo bem
as suas respostas:

01. Por que podemos definir o primeiro texto como uma notícia?
02. Qual é a principal diferença estrutural nos dois textos?
03. A violência e a intervenção militar são temas comuns aos dois textos. Eles são
tratados e desenvolvidos da mesma forma?
04. A exposição e a argumentação são marcas dos dois textos. Há, porém, um deles
que apresenta essas duas estratégias textuais. Sendo assim, responda:
a) Qual texto é esse?
b) Por que podemos atribuir essa característica a esse texto?

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