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Resenha Crítica do Capítulo 6

Privatização, Abertura e Desindexação: A Primeira Metade dos Anos 90

GIAMBAGI, Fabio., BARROS DE CASTRO, Lavinia., ARRUDA VILLELA,


André., HERMANN, Jennifer. Economia Brasileira Contemporânea. 3. Ed. Rio
de Janeiro, Elsevier, 2016.

1 – INTRODUÇÃO
O estudo da privatização é inerente à compreensão do estado atual da
economia brasileira; Seu conceito muito abordado entre economistas do mundo
inteiro conta com inúmeras perspectivas e argumentos válidos tanto a favor
quanto contra ao processo.
Os autores visam esclarecer, estabelecer uma relação direta e expor
detalhadamente os processos de privatização, abertura e desindexação no
Brasil, levando em consideração o contexto histórico da primeira metade dos
anos 90, e como as manobras políticas impactaram, explícitamente, na
economia do país.

2 – RESENHA
O início da década de 90 foi marcado pela primeira eleição direta desde o
Governo Militar (1964-1985) e, principalmente, pelo rompimento do modelo de
desenvolvimento anterior, em decorrência das reformas ousadas propostas por
Collor, em um cenário de inflação altíssima e estagnação econômica.
A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL),
defendia o modelo de substituição de importações, um dos três pilares do modelo
de industrialização do pós-guerra, responsáveis pelo crescimento de
aproximadamente 7% ao ano, estes eram: (1) a participação direta do Estado no
abastecimento da infraestrutura econômica e em setores prioritários, como a
siderurgia e a petroquímica; (2) produção industrial nacional elevada, por meio
de tarifas e barreiras não tarifárias e, por fim; (3) o fornecimento de crédito para
a execução de novos projetos. Uma característica instrínseca ao governo militar
foi o incentivo ao mercado nacional, e a ruptura desse modelo se deu com a
introdução da abertura comercial e da privatização no Brasil, um contraste claro
da participação do Estado na economia e à proteção tarifária.
O endividamento do Estado, o viés antiexportador e a distorção no
sistema de incentivos foram subprodutos do modelo de substituição de
importações, estes, somados ao estacionamento de toda a evolução tecnológica
da década de 80 e ao surgimento do Consenso de Washington, deu a Collor um
contexto para a nova política de intensificação da abertura econômica e da
privatização.
É importante ressaltar a prioridade do Plano Nacional de
Desestatização (PND) nos anos 90, pois através dele, visava-se: (1)
Contribuir para a reestruturação do parque industrial brasileiro; (2)
Consolidar a estabilidade; (3) Reduzir a dívida pública. No entanto, os
resultados do plano não superaram as expectativas do planejamento, em
4 anos do Governo Collor-Itamar, apenas 33 empresas federais foram
privatizadas. O baixo número das privatizações é decorrência de uma
série de fatores, como: (1) A má situação financeira das empresas
públicas; (2) A dificuldade em avaliar os ativos das estatais, em
consequência dos anos precedentes de alta inflação; e (3) a barreira da
Constituição de 1998, que impedia que alguns setores, como o de jazidas
mineirais e setor elétrico fossem vendidos para estrangeiros.
O Plano Collor foi o conjunto de reformas políticas para estabilizar
a inflação durante a presidência do então presidente, Fernando Collor de
Mello. Seu primeiro estágio foi lançado no dia de sua posse, e teve como
medidas a reintrodução do cruzeiro, o congelamento de preços, o
sequestro de liquidez: todas as aplicações financeiras que
ultrapassassem o limite de US$1200 foram bloqueadas por 18 meses, o
aumento da arrecadação por meio de novos impostos como o Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre Obrigações
Financeiras (IOF), redução do prazo de recolhimento, suspensão dos
benefícios e incentivos fiscais que não fossem garantidos pela
Constituição, o combate à sonegação fiscal e a redução no número de
ministérios (de 23 para 12). Foi um plano extremamente impopular, e alvo
de críticas de diversos economistas, o congelamento de preços, o
sequestro de liquidez e o foco no aumento da receita eram características
de um caráter recessivo. Ainda que a inflação tenha caído de 80% para
10% nos primeiros meses, voltou a acelerar gradativamente no decorrer
do ano.
Diante do aumento crescente da inflação, houve a substituição da
ministra Zélia Cardoso de Mello por Marcílio Marques Moreira, e foi
lançado o Plano Collor II, cujo objetivo era conter as taxas ascendentes
de inflação, racionalizar os gastos da administração pública, acelerar a
modernização do parque industrial por meio do aumento da oferta e
diminuição dos custos, a extinção de qualquer mecanismo de indexação,
o fim do Bônus do Tesouro Nacional (BTN), criação do Fundo de
Aplicações Financeiras, rendimento este dado pela Taxa Referencial, que
por sua vez era baseada numa média das taxas de mercado interbancário,
a Taxa Referencial encaixava um elemento forward looking na indexação.
O Plano Real, procedeu em 3 fases, são estas, respectivamente:
(1) O Ajuste Fiscal; (2) A Criação de um padrão estável de valor
denominado Unidade Real de Valor (URV); (3) Regra de emissão e
lastreamento da nova moeda, com o intuito de garantir a sua
estabilidade.
A evolução da economia no período de 1990 à 1994 teve um
crescimento médio do PIB de 1,3% a.a no início da década, seguido por
uma retração de -4,3% em decorrência do sequestro de liquidez, no ano
seguinte (1991) houve uma recuperação modesta, e uma queda de 0,5%
no ano do impeachment (1992), uma queda atenuada pelo desempenho
da agropecuária. Em 1993 e 1994, o crescimento significativo foi
consequência da recuperação da indústria, do crescimento da
agropecuária, da demanda reprimida e da política monetária em 1993.
Diante disso, é evidente que as mudanças bruscas na inflação
ocorreram pela forma súbita que as mudanças no modelo de
industrialização foram aplicadas no Plano Collor I; Se a participação
direta do Estado nos setores de infraestrutura e produção industrial
fosse gradativamente convertido na privatização dos meios de produção
e serviços, medidas drásticas como o sequestro de liquidez dariam
espaço para alternativas de investimento sustentável.

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