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3. O Pai é o agricultor. Nós não somos os agricultores. Não somos nós quem
cultivamos, regamos, podamos. Deus o faz. Ele é o responsável por manter a
videira sempre nutrida em solo fértil, sempre aguada e sempre podada. Não é
nosso esforço ou o nosso trabalho que mantém a videira sempre bem nutrida
e fortalecida. Nós não temos nenhum papel nisso. Somente o Pai é aquele que
preserva e mantém a videira viva, sempre nutrida que a possibilita dar frutos.
Ele é o responsável por tudo.
4. Não produzir frutos na vida cristã significa que somos inúteis, e o próprio
Pai nos cortará da videira. Jesus aqui não está dizendo que todos nós somos
ramos da videira individualmente. Não é sobre isso a parábola. O Senhor
Jesus está dizendo que uma vez que fomos iluminados pelo Santo Evangelho,
recebemos a sua gloriosa Palavra, e estarmos firmados em Cristo Jesus, ou
seja, fomos enxertados na videira, fizemos a nossa profissão de fé, fomos
batizados e entramos para a Sua igreja e com isso desfrutamos das bênçãos do
Pacto, devemos provar a nossa eleição dando frutos. Todo cristão verdadeiro
dá frutos. Isso é irrevogável e inquestionável. Sobre isso que o Senhor está
explicando nessa parábola. Um ramo que não dá frutos é inútil, e está
consumindo energia e nutrientes da videira. Esse ramo inútil, mal e
negligente será cortado para fora da videira.
8. Jesus explica de forma muito clara que é impossível dar frutos na vida
cristã se não permanecermos nele, e Ele em nós, pois sem Ele nós nada
podemos fazer. Qual é a importância de se produzir frutos? Jesus diz: “Eu vos
escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso
fruto permaneça” (Jo 15:16). Estamos aqui para cumprirmos os decretos de
Deus e trazermos glória para o seu nome através de uma vida frutífera. Mas,
de que frutos estaria falando o Senhor?
a) Creio que os primeiros frutos que devem brotar de nossos
ramos são os dignos de arrependimento, que mostram a nossa
novidade de vida, nossa total conversão; se estamos em Cristo, somos novas
criaturas, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo. Precisamos
demonstrar esses frutos de arrependimento de forma nítida e clara, dentro e
fora de nossa comunidade de fé.
b) Uma vez que somos ramos da videira verdadeira, devemos florescer o
fruto do Espírito Santo, que é: “amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas
coisas não há lei” (Gálatas 5.22,23). Devemos ser pessoas amorosas,
pacientes, alegres, que tenham amor a Deus e à sua obra, demonstrando
sempre bondade e fidelidade ao Senhor, com espírito manso e humilde, por
meio do domínio próprio. Isso deve refletir em nossas vidas de forma
bastante clara. Essa história de que “crente é difícil”, “não é fácil lidar com
crente” não pode existir em hipótese alguma. Ou estamos na videira e damos
frutos, ou não.
10. Uma vez que estamos conectados à videira por meio da sua Palavra, Cristo
permanece em nós e saberemos orar como convém, por intermédio do
Espírito Santo. De forma alguma, essa afirmação do Senhor Jesus é sobre
pedirmos coisas extravagantes, como carros importados e casas luxuosas,
viagens fantásticas e poder. Isso é do diabo! Pelo contrário, auxiliados pelo
Espírito, com o conhecimento das Escrituras, oraremos de forma que a nossa
vontade estará intimamente ligada com a vontade de Deus. Logo, a nossa
oração será a oração que Deus responde, pois será de acordo com a sua
soberana e livre vontade.
11. O objetivo principal de darmos frutos é a glória de Deus. Não damos frutos
para nós mesmos, ou apenas para a edificação da Igreja. Os nossos frutos são
para a glória do agricultor, que verá o fruto do seu penoso trabalho. Uma
videira frutífera é glória para o seu agricultor, que a cuidou e lavrou. A glória
de Deus é o principal alvo da vida cristã, o motivo de existir da Igreja. O alvo
da igreja não é ser grande, numerosa ou luxuosa. Antes, é que cada membro
dê frutos para a glória de Deus segundo cumpre os seus eternos decretos.
Louvado seja o nome do Senhor por isso.