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PRINCIPAIS ESPÉCIES
a) Dissídio coletivo de greve
b) Dissídio coletivo de natureza jurídica
c) Dissidio coletivo de natureza econômica
à Poder Normativo da JT (art. 114, §2º, CF/88)
PROCEDIMENTO
1. Competência à Originária dos Tribunais (TRT ou TST? à depende da amplitude do
dissídio)
2. Legitimidade (art. 856 e 857, CLT + art. 114, §3º, CF/88)
3. Petição inicial
à Endereçamento?
à DISSÍDIO ECONÔMICO: pressupostos do comum acordo + aprovação em
assembleia + exaurimento da via negociar
à DISÍDIO ECONÔMICO: bases do acordo de forma clausulada
4. Audiência de conciliação (art. 860, CLT), se frustrada...
5. Diligências
6. Sentença normativa
à Prazo (art. 868, par. único, CLT)
7. Recursos
8. “Execução” = ação de cumprimento
CASO PRÁTICO
O Sindicato dos Motoristas em Transporte Coletivo de São Paulo/SP deflagrou greve, visando
ao aumento de benefícios previstos em Convenção Coletiva da categoria, sob a alegação de
aumento dos gastos desembolsados a título de alimentação, transporte e moradia. A
assembleia geral para decidir acerca do movimento grevista foi realizada em quórum de
deliberação inferior ao estipulado pelo estatuto da entidade e o sindicato comunicou a decisão
aos empregadores, aos usuários e aos empregados com antecedência de 48 (quarenta e oito)
horas antecedentes à paralisação, sendo válido ressaltar que a comunicação aos empregados
foi realizada pelo e-mail corporativo, em dia de feriado nacional (07/09). O Sindicato,
utilizando-se de seu poder de convencimento, persuadiu os empregados ao não
comparecimento ao local de trabalho e os serviços prestados aos usuários da cidade de São
Paulo restaram 100% paralisados. Por fim, cumpre esclarecer que a deflagração do
movimento grevista se deu antes mesmo de qualquer tentativa de negociação com a entidade
patronal.
QUESTÃO: Na qualidade de advogado(a) contratado pelo Sindicato da Empresas de
Transporte Coletivo em São Paulo/SP (sindicato patronal), apresente a medida cabível para
defesa de seus interesses
MODELOS DE PEÇA
(Espaço de 5 linhas)
I – DOS FATOS
Os empregados da categoria xxx deflagaram greve sem respeitar os ditames da Lei n.
7.783/89, haja vista que...
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
1) Detalhar o que aconteceu para que a greve seja considerada abusiva;
2) Especificar os artigos da Lei 7783/89 que evidenciam a abusividade da greve;
3) Concluir requerendo o reconhecimento da abusividade.
III – PEDIDOS
Ante o exposto, pede a procedência da ação para que a greve seja reconhecida como
abusiva.
Requer a citação do réu para comparecer à audiência e, em querendo, apresentar defesa.
Requer, ainda, a remessa dos autos ao MPT para parecer.
Nos termos do art. 791-A da CLT, requer a condenação do suscitado ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência.
Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos.
Dá à causa o valor de R$ ___.
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB n. ___.
(Espaço de 5 linhas)
I – DOS FATOS
Apesar de muitas tentativas, as partes não conseguiram entabular a norma coletiva da
categoria, pelo que o conflito deve ser decidido pela Justiça do Trabalho.
B) TEMA / CLÁUSULA 2ª
Apresentar as bases da conciliação e as justificativas
III – PEDIDOS
Ante o exposto, pede a procedência da ação para que para que sejam aceitas as
reivindicações do autor.
Requer a citação do réu para comparecer à audiência e se manifestar sobre as bases da
conciliação.
Requer, ainda, a remessa dos autos ao MPT para parecer.
Nos termos do art. 791-A da CLT, requer a condenação do suscitado ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência.
Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos.
Dá à causa o valor de R$ ___.
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB n. ___.
(Espaço de 5 linhas)
I – DOS FATOS
Na convenção coletiva da categoria, celebrada entre ..., há cláusula expressa prevendo
xxx – a qual dá margem a interpretações divergentes, conforme abaixo exposto.
II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
1) Transcrever a cláusula normativa questionada;
2) Explicar, fundamentando, quais as divergências acerca da interpretação da
cláusula;
3) Requerer a manifestação do Tribunal acerca da melhor interpretação da cláusula.
III – PEDIDOS
Ante o exposto, pede a procedência da ação para que a seja dada a melhor interpretação
à cláusula normativa, i.e....
Requer a citação do réu para comparecer à audiência e, em querendo, apresentar defesa.
Requer, ainda, a remessa dos autos ao MPT para parecer.
Nos termos do art. 791-A da CLT, requer a condenação do suscitado ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência.
Protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos.
Dá à causa o valor de R$ ___.
Termos em que pede deferimento.
Local e data.
Advogado/OAB n. ___.
à AÇÃO DE CUMPRIMENTO
I – DOS FATOS
A empresa ré não vem cumprindo o disposto na norma coletiva / sentença normativa
da categoria.
II – DOS FUNDAMENTOS
1) resumo da cláusula não cumprida.
2) mencionar que a empresa não está cumprindo.
3) conclusão pela procedência.
LIÇÃO DE CASA
3) (III Exame Unificado – ADAPTADA) O Banco Ômega S.A. ajuizou ação de interdito
proibitório em face do Sindicato dos Bancários de determinado Município, postulando a
expedição de mandado proibitório, para obrigar o réu a suspender ou a não mais praticar,
durante a realização de movimento paredista, atos destinados a molestar a posse mansa e
pacifica do autor sobre os imóveis de sua propriedade, com a retirada de pessoas, veículos,
cavaletes, correntes, cadeados, faixas e objetos que impeçam a entrada de qualquer
empregado ao local de trabalho, abstendo-se, também, de realizar piquetes com utilização de
aparelhos de som, sob pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 10.000,00 (dez mil
reais), por agência. Em contestação, o sindicato-réu sustentou que a realização de piquetes
decorre do legítimo exercício do direito de greve assegurado pelo artigo 9o da Constituição da
República e que o fechamento das agências bancárias visa a garantir a adesão de todos os
empregados ao movimento grevista.
Com base na situação hipotética, responda aos itens a seguir, de forma fundamentada:
1
A convenção é apenas parcialmente válida, pois, entre as cláusulas, constituem objeto lícito de negociação
somente aquelas quanto: a) às férias serem acrescidas de metade do salário normal; e b) aumento referente ao
adicional para atividades perigosas, ambas por força do princípio da norma mais favorável. A respeito, cf. art.
611-B da CLT.
2
Não é válido, na forma da SV 40 do STF ou PN 119 do TST. O desconto nos salários dos empregados não
sindicalizados viola o direito de livre associação e sindicalização, sendo passíveis de devolução.
a) Procede a pretensão empresarial quanto à cessação dos bloqueios ao local de trabalho?
b) Procede a pretensão empresarial quanto à cessação da utilização de aparelhos de
som? 3
3
a) Sim, pois se trata de prática expressamente vedada pelo art. 6º, §3º da Lei 7783/89
b) Não, pois, entre os direitos assegurados aos grevistas, encontra-se o de livre divulgação do movimento – o
qual pode ser exercido, inclusive, mediante utilização de aparelhos de som, na forma do art. 6º, II, Lei 7783/89.
4
PADRÃO FGTS:
a) Opção A: Em que pese a suspensão coletiva para efeito de protesto sobre os ilegais e abusivos procedimentos
adotados pelo empregador, o movimento de paralisação não pode ser considerado como greve, cujo exercício
está condicionado à decisão pela categoria em assembleia geral destinada à definição das reivindicações e
deliberação sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços (art. 4º da Lei 7.783/89), necessitando-se, para
evitar-se abusividade, notificação, com 48 horas de antecedência, da paralisação (art. 3º, parágrafo único), além
da observância dos demais requisitos previstos em lei (§§1º e 2º do art. 4º).
Opção B: Em que pese a inobservância dos requisitos formais previstos no art.4º, da Lei nº 7.783/89, tratase de
greve, reivindicatória da cessação da abusividade patronal descrita na questão, caracterizada pela suspensão
coletiva, temporária e pacífica, da prestação pessoal de serviços e fundada no art. 9º da CRFB e no princípio da
dignidade da pessoa humana (art. 170, da CRFB).
b) Sob o ângulo do direito de autodefesa ou resistência contra os abusos do poder diretivo, o ato do empregado e
de seus colegas é legítimo e tem fundamento nos princípios da proteção e dignidade da pessoa humana, além dos
princípios da boa-fé, razoabilidade e proporcionalidade.