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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC

São Paulo

SUSAN RENATA LOPES

PRODUÇÃO INDIVIDUAL DA DISCIPLINA TEORIAS DA CULTURA

Bauru
2016
SUMARIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................03

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................03

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................04

4 REFERENCIAS.........................................................................................................05
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo descrever como a globalização


influencia a formação das identidades, com foco na situação do cidadão brasileiro
diante deste processo, que, ao que parece, mostra-se irreversível. Assim serão
abordadas a influência da mídia e dos meios de comunicação na formação das
identidades e de como isto amplia ainda mais a formação de dicotomias, encerrando,
com um exemplo local de como o mundo globalizado aproxima e influencia culturas e
sociedades, mas também exclui uma grande maioria das benesses proporcionadas.
Trata-se da Estância Demétria, localizada em Botucatu (SP), local onde desenvolve-se
uma grande comunidade sob a égide da Antroposofia (do grego “conhecimento do ser
humano”).

2 DESENVOLVIMENTO

A Globalização apresenta-se como um processo concreto e inevitável do


mundo moderno, que migrou da teoria para a prática atrelada ao capitalismo e
impulsionada pelas novas tecnologias, pela mídia e pelos meios de comunicação.

Enquanto teoria, a globalização idealizada deveria derrubar diferenças,


unir a humanidade de forma igualitária. Mas a real globalização, vinda com a
Revolução Industrial, é pautada no consumo e na produção.

A mídias e novos meios de comunicação derrubam os últimos limites,


espalham informações (manipuladas a serviço de uma minoria privilegiada),
disseminam o novo: conceitos, padrões, necessidades. Derrubam antigos preceitos,
gerando órfãos de tradições em busca da identidade perdida.

Neste mundo globalizado, a competitividade, o consumo, a confusão dos


espíritos constituem baluartes do presente estado de coisas. A
competitividade comanda nossas formas de ação. O consumo comanda
nossas formas de inação. E a confusão dos espíritos impede o nosso
entendimento do mundo, do país, do lugar, da sociedade e de cada um de
nós mesmos. (SANTOS, 2001, p.46)
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No Brasil, a TV e a internet convivem com o cidadão na intimidade de seu


lar, no trabalho, no lazer. Criam mitos e metas, destacando abismos de renda, criando
cisões sociais, políticas, culturais. Nesta realidade, indivíduos lutam pela
individualidade e outros buscam um grupo o qual pertencer, alimentando radicalismos:
grupos contra e a favor do aborto, dualidades políticas, movimentos que buscam
igualdade de direitos, uma Bancada Evangélica tradicionalista, etc. Segundo Santos
(2001)), citado por Andrade (2016, p. 5):

Santos afirma que a perversidade da globalização encontra-se na maneira


como a informação é oferecida à humanidade e como a vida econômica,
social e cultural é gerenciada pelo dinheiro. Essas duas violências centrais,
para o geógrafo, são os pilares que justificam as ações hegemônicas e
levam ao império das fabulações, a percepções fragmentadas e ao discurso
único, ou seja, é a base do novo totalitarismo — ou, dos globalitarismos
aos quais estamos assistindo (SANTOS, 2001).

E há aqueles que buscam caminhos para reorganizar o mundo de forma


humanista, solidária e livre, oposto da globalização neoliberal. Ironicamente, o
exemplo a ser citado só se tornou possível com através da globalização.

A Estância Demétria, em Botucatu, deve sua existência ao educador


austríaco Rudolf Stainer, que na Alemanha do início do século XX, criou o conceito da
Antroposofia.

A comunidade da Estância é pautada nos ideais antroposóficos e suas


inúmeras abordagens, que incluem relacionamento humano, pedagogia, agricultura
biodinâmica, arquitetura, dentre outros. A contramão da globalização capitalista seria
perfeita se, a escola antroposófica, o alimento orgânico, as lindas construções não
fossem acessíveis apenas àqueles que possuem alta renda. Mais uma vez, o abismo
entre as classes se faz presente. Resta ao cidadão brasileiro comum, a globalização
perversa: a educação alienadora, a mídia corrompida, a cultura de massa. São os cegos
da caverna de Platão.
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3 CONCLUSÃO

O presente texto apresentou os conceitos de globalização e sua influência


na formação de identidades. Também abordou a situação do cidadão brasileiro diante
desta globalização, sob influência da mídia e dos meios de comunicação, que criam
abismos econômicos, sociais e culturais. Por fim, apresentou o exemplo da Estância
Demétria, um exemplo de iniciativa na contramão da globalização neoliberal, mas que
ainda está fora do alcance da maior parte da população pelo seu alto custo.

Diante da pergunta do enunciado “Como você se identifica nesse


contexto”, devo dizer que sou mais um dos que buscam uma identidade diferente das
que são oferecidas/impostas, mas que ainda não vê em nenhuma iniciativa alternativa,
um modelo funcional, realmente diferente da sociedade globalizada de agora.
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BIODINÂMICA (Botucatu) (Ed.). 30 anos da Estância Demétria.


2016. Disponível em: <http://biodinamica.org.br/2/a/81-30-anos-da-estancia-
demetria>. Acesso em: 15 setembro. 2016.

Leia, Andrade. Apostila disciplina Teorias da Cultura. Pós-graduação em Gestão


Cultural, Senac EAD: São Paulo, 2016.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização – Conceitos, metodologia e práticas.


6ª. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2001

VALDEMAR W.SETZER. Sociedade Antroposófica. O que é Antroposofia. 2011.


Disponível em: <http://www.sab.org.br/antrop>. Acesso em: 15 set. 2016.

VALDEMAR W.SETZER. Sociedade Antroposófica (Comp.). Rudolf Steiner:


biografia cronológica. 2009. Disponível em:
<http://www.sab.org.br/steiner/biogr.htm>. Acesso em: 15 set. 2016.

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