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Universidade do Algarve – Faculdade de Ciências Humanas e

Sociais

2º Ano de licenciatura em Psicologia – 2º Semestre

Psicologia do Desenvolvimento II

2015/2016

O papel da cultura e da vizinhança enquanto

fatores que influenciam a criança e o adolescente

Discentes:

Fátima Costa, nº

Inês Alves, nº51751

Natércia Rodrigues, nº

Docente Sérgio Vieira e Olímpio Paixão

0 de Maio de 2016
O papel da cultura e da vizinhança enquanto fatores que

influenciam a criança e o adolescente

Embora a família seja o contexto principal no qual o desenvolvimento da criança

acontece, é apenas um dos vários ambientes ou sistemas ecológicos que influenciam a

vida das crianças. Contudo, estudos de correlação com base em jovens retirados de

amostras populacionais gerais indicam que a família (e possivelmente o componente

genético da família) tem mais responsabilidade no desempenho e no comportamento

dos jovens do que o contexto escolar e de vizinhança. (Duncan & Raudenbush, ?)

Porém, nesta pequena revisão de literatura pretendemos perceber melhor e de

forma sucinta e direta qual o papel da cultura e da vizinhança enquanto fatores que

influenciam a criança e o adolescente.

Desta forma, nas páginas seguintes, pretendemos abordar subtemas tais como a

relação entre os recursos familiares, sendo eles o emprego das mães, os seus

rendimentos e o seu nível de escolaridade, no desenvolvimento da criança e do

adolescente; os sintomas depressivos maternos e a qualidade do bairro e da vizinhança

em idade pré-escolar e ao longo do desenvolvimento das crianças durante os restantes

anos escolares

Rendimento Familiar

Algumas pesquisas sugerem que a primeira infância é a fase em que o

rendimento é mais importante para o desenvolvimento das crianças (Duncan & Brooks-

Gunn, 2000). Segundo os autores, o baixo rendimento afeta as crianças de diferentes

formas, incluindo ainda a saúde mental dos pais e do bairro de residência. Por exemplo,

estudos descobriram que o stresse económico e as dificuldades dos pais (Dificuldades e


stresses económicos dos pais) são fatores ambientais que estão associados a um

aumento dos sintomas depressivos, a uma parentalidade menos carinhosa e,

consequentemente, a criança com um mau desenvolvimento. (de quem?)

Além disso, as famílias com um baixo rendimento, muitas vezes vivem em

bairros caracterizados pela desorganização social, existindo altas taxas de criminalidade,

desemprego, isolamento social e poucos recursos para o desenvolvimento infantil

(Brooks-Gunn, Duncan, Klebanov, & Sealand, 1993). Por outro lado, o rendimento é

considerado então um fator de extrema importância, visto que muitas famílias abdicam

do seu bem-estar para se dedicarem por completo ao trabalho, mas ainda assim, não

ganham o suficiente para tirar as suas famílias da pobreza (Ellwood, 2000).

Para além disto, os pais de alto nível socioeconômico podem ser mais facilmente

observados a recorrer com menos frequência a castigos corporais e a participar mais

frequentemente em jogos relacionadas com a aprendizagem. (Chase-Lansdale et al.,

1997).

No entanto, Mayer (1997) argumenta que o rendimento dos pais não pode ser tão

importante para os resultados de desenvolvimento das crianças, como muitos cientistas

sociais têmconcluido. Ela acredita que as características dos pais (nível de instrução,

bem-estar psicológico e de emprego, por exemplo) podem influenciar a criança mais do

que o próprio rendimento.

Situação de emprego

Relativamente à variável de situação de emprego, constatou-se que quando as

mães se encontram empregadas é mais benéfico para as raparigas do que para os

rapazes, contudo, a razão para isso não é clara. Talvez este acontecimento possa ser

explicado pelo facto de para as mães solteiras ser mais difícil lidar com os rapazes após

um longo dia de trabalho comparativamente com as raparigas. (Jackson, 1998).


Podemos concluir então que o emprego está associado a um aumento de rendimento e

que as crianças (especialmente as raparigas) podem beneficiar em relação ao seu

desenvolvimento. (Jackson, 2003)

Nível de escolaridade

É ainda racional esperar que, para além disto, as mães com níveis de

escolaridade mais elevados sejam mais propícias e capazes de proporcionar um

ambiente intelectualmente estimulante que desenvolva as habilidades cognitivas dos

seus filhos do que as mães com níveis de escolaridade inferiores (Garrett, Ng'andu,

Ferron, 1994; Hill & O'Neill, 1994).

Para além disto, num contexto e ambiente negativo, é observável que mães mais

escolarizadas são provavelmente mais capazes de "criar experiências diferentes" que

possam apoiar o desenvolvimento de seus filhos (Scarr & McCartney, 1983) (in

Jackson, 2003)

Influência dos bairros e da vizinhança

Jencks e Mayer (1990) teorizaram sobre os mecanismos pelos quais os bairros

podem influenciar a vida e o desenvolvimento das crianças. Os autores identificaram

cinco possíveis processos: a influência do comportamento dos pares (contágio social); a

disponibilidade de acompanhamento, supervisão e modelagem de papéis por parte da

vizinhança (socialização coletiva); a qualidade dos serviços públicos e privados

(recursos do bairro); a luta por recursos escassos (concorrência); e a desvantagem

comparativa (privação relativa).


Os três primeiros processos preveem que ambientes “melhores” promovem

desenvolvimentos positivos. Os dois últimos preveem que alguns jovens podem ser

negativamente afetados pela exposição a ambientes de maior status socioeconómico.

Visto que os adolescentes passam mais tempo longe das suas casas, explicações

sobre as influências da vizinhança no seu desenvolvimento com base nos pares,

modelos, escolas e outros recursos baseados na vizinhança, parecem ser mais relevante

do que para as crianças mais jovens. No entanto, é possível que as influências da

vizinhança começam muito antes da adolescência, visto que uma minoria significativa

de crianças de 3 e 4 anos estão matriculados em creches em centros ou pré-escola

(Hofferth e Chaplin, 1994).

Segundo Shaw e McKay (1942), Sampson e seus colegas argumentaram que

elevado grau de heterogeneidade étnica e instabilidade residencial leva a um desgaste

das redes de amizade dos adultos e arruína o consenso de valores na vizinhança

(Sampson & Lauritsen 1994), o que por sua vez significa que os problemas de

comportamento entre os jovens não são controlados de forma tão eficaz como numa

vizinhança socialmente organizadas.

Para além disto, bairros considerados perigosos podem forçar as mães a

isolarem-se em casa o que, consequentemente, acaba por limitar as oportunidades de

interações dos seus filhos com os pares e adultos (Furstenberg, 1993). Por outro lado,

outras mães encontram formas para amortecer os efeitos adversos da vizinhança,

tentando mostrar-se mais eficazes em contextos sociais mais complicados (Jackson,

2000). Podemos concluir então que relativamente aos efeitos da desorganização do

bairro, estes podem não ser necessariamente prejudiciais para as crianças, se os fatores

de proteção estiverem presentes.


Comparativamente à diferenciação entre os adolescentes do sexo masculino e do

sexo feminino, as mães mostram-se mais preocupadas com os rapazes do que com as

raparigas, relativamente ao facto de estes serem influenciados por problemas do bairro,

deixando-as bastante inquietas com a falta de supervisão e proteção na sua ausência.

(Jackson, 2003)

Por ultimo, os bairros relativamente mais afluentes, os parques, as bibliotecas e os

programas infantis parecem ter a capacidade de proporcionar oportunidades mais

enriquecedoras comparativamente aos recursos disponíveis em bairros mais pobres.

Sintomas depressivos

Estudos descobriram que elevados níveis de sintomas depressivos maternos

estão associados a efeitos negativos nas crianças, enquanto que os níveis elevados de

educação materna, estão associados ao inverso (Conger et al., 1992, Jackson et al, 2000;

McLoyd, 1990). A depressão materna está relacionada a uma nutrição (emocional)

diminuída em relação às crianças, aumentando assim os problemas de comportamento

destas e levando a uma menor prestação nas experiências de aprendizagem que ocorrem

em casa. (Bronfenbrenner, 1988; Crnic & Greenberg, 1987; McLoyd & Wilson , 1991;

Downey & Coyne, 1990; Jackson, 2003).

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