Sunteți pe pagina 1din 15

UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ – UNOCHAPECÓ

ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E AMBIENTAIS – ACEA

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

PROJETO DE CALDEIRA VERTICAL COM CAPACIDADE DE 400KgV/h

BERNARDO T. DAL SANTO


IGOR I. STEDILLE
THAISA NARDI

CHAPECÓ, DEZEMBRO DE 2018.


BERNARDO T. DAL SANTO
IGOR I. STEDILLE
THAISA NARDI

PROJETO DE CALDEIRA VERTICAL COM CAPACIDADE DE 400KgV/h

Trabalho do componente curricular Geradores


de Vapor submetido para avaliação de A2 do
componente da Universidade Comunitária da
Região de Chapecó.

Professor: Esp. Odilon Carlos Althoff

CHAPECÓ, DEZEMBRO DE 2018.


PROJETO DE CALDEIRA VERTICAL FLAMOTUBULAR

O projeto da caldeira vertical flamotubular segue com alguns requisitos mínimos


conferidos pelo orientador sendo:
 A caldeira deve ser uma caldeira flamotubular e que seja de posição vertical. Conforme
a Figura 1.

Figura 1 - (a) Desenho em perspectiva de caldeira flamotubular vertical com fornalha interna e identificação de
seus principais componentes. (b) Croqui de caldeira flamotubular vertical com fornalha interna e identificação de
seus principais componentes.

Fonte: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAAHEAAF/geradores-vapor?part=5

 A caldeira deverá atender uma capacidade de produção de vapor de 400 kgv/h.


 Deve suportar pressão máxima de trabalho admissível de 8,0 kgf/cm².
 Comprimento dos tubos: 2000 mm
 Diâmetro tubos: 2’’
 Taxa de vaporização teórica (baseada na área de troca): (18,00 kgv/h)/m2
 Temperatura da água de alimentação 20º C.
 O combustível da caldeira é lenha com 40% de umidade.
 O rendimento da caldeira é de 0,65.

DIMENSIONAMENTO DA FORNALHA

Para o dimensionamento de uma fornalha precisamos levar em conta a área do suporte


para receber o combustível e o volume necessário da câmara de combustão para completar a
queima. Para realizar estes cálculos primeiramente é necessário calcular a capacidade de
produção de vapor e o consumo de combustível.
A capacidade de produção de vapor é dada pela Equação (1):

𝑄 = 𝑚̇𝑣 (ℎ𝑇𝑂𝑇 − ℎ𝐿 ) (1)

𝑄 = capacidade de produção de vapor (kcal/h);


𝑚̇𝑣 = vazão mássica de vapor produzido (kg/h);
ℎ𝑇𝑂𝑇 = entalpia total do vapor (kcal/kg);
ℎ𝐿 = entalpia da água de alimentação (kcal/kg).

Utilizando as tabelas de propriedades termodinâmicas da água conforme a Figura 2 tem-


se que:

Figura 2 – Propriedades termodinâmicas da água.

Fonte: Adaptado pelos autores de Van Wylen, 2018.

Assim a entalpia para temperatura de entrada de 20ºC é:


 ℎ𝐿 = 83,94 𝐾𝐽/𝑘𝑔 = 20,06 𝐾𝑐𝑎𝑙/𝑘𝑔 .
E interpolando a entalpia total de vapor utilizando a Figura 3 para a pressão de 8 kgf/cm²
(784 kPa) é de:
 ℎ𝑇𝑂𝑇 = 2768.04 𝐾𝐽/𝑘𝑔 = 661,57 𝐾𝑐𝑎𝑙/𝑘𝑔.
Substituindo os valores na Equação (1) tem-se:

𝑄 = 400(661,57 − 20,06) = 256604 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ (1)

Utilizando a capacidade térmica obtida pode-se calcular o consumo de combustível que


é dado pela seguinte Equação (2):

capacidade térmica da caldeira (potência)


𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑛ℎ𝑎 = (2)
poder calorífico inferior da lenha ∗ rendimento (= 0,65)

O poder calorifico inferior da lenha (PCI) para uma lenha com 40% de umidade foi
obtido na tabela conforme a Figura 3:

Figura 3 – PCI da lenha 40% de umidade.

Fonte: http://www.caldeirabiomassa.com.br/pdf/tabela_pc_inferior.pdf.

Substituindo os dados na Equação (2) tem-se:

256604 𝐾𝑐𝑎𝑙/ℎ
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑙𝑒𝑛ℎ𝑎 = = 165𝑘𝑔/ℎ (2)
2400 𝐾𝑐𝑎𝑙/𝑘𝑔 ∗ 0,65

Agora com o consumo de lenha pode-se calcular a área da grelha (suporte) com a
Equação (3):

𝐵
𝑘𝑔 = (3)
𝑆𝑔
𝑘𝑔 = carga da grelha (kg/m².h);
𝐵 = consumo de combustível (kg/h);
𝑆𝑔 = área do suporte (m²).

Utilizando a Figura 4 pode-se obter o valor para a carga da grelha.

Figura 4 – Valores para a carga da grelha.

Fonte: Adaptado pelos autores do material de apoio, 2018.

Assim para carga manual, convecção natural e utilizando lenha foi considerado o valor
de 𝑘𝑔 como 80 (kg/m².h). Substituindo na Equação (3) obtemos a área do suporte:

165
𝑆𝑔 = = 2,06 𝑚² (3)
80

Com isso podemos determinar o diâmetro da grelha sabe-se que a Equação da área é
𝐴 = 𝜋 𝑑2 ⁄4, logo o diâmetro da grelha é de 𝑑 2 = 2,06 ∗ 4⁄𝜋 = 1,62𝑚 𝑜𝑢 1620𝑚𝑚.
Para o volume da fornalha pode-se utilizar a Equação (4):

𝐵 ⋅ 𝑃𝐶𝑖
𝐾𝑓 = (4)
𝑉

𝐾𝑓 = carga da fornalha (kcal/m³.h);


𝐵 = consumo de combustível (kg/h);
𝑃𝐶𝑖 = poder calorífico inferior (Kcal/kg);
𝑉 = volume da câmara (m³).

Para obter o valor da carga da fornalha (𝐾𝑓 ), pode-se utilizar a Figura 5.


Figura 5 – Valores para a carga da fornalha.

Fonte: Adaptado pelos autores do material de apoio, 2018.

Assim o valor utilizado para 𝐾𝑓 foi de 150000 (kcal/m³.h). Substituindo na Equação (4)
tem-se:
165 ⋅ 2400
𝐾𝑓 = = 2,64𝑚³ (4)
150000

Com o volume da fornalha pode-se determinar a altura da mesma utilizando a equação


𝐻 = 𝑉 ⁄𝐴 = 2,64 /2,06 = 1,28𝑚 𝑜𝑢 1280𝑚𝑚.

DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE FUMAÇA

Utilizando a capacidade da caldeira de 400KgV/h, pressão de trabalho de 8,00 Kgf/cm²,


e bitola de 2’’, foi escolhido o material de acordo com as condições do projeto para a tubulação
de fumaça.
O material tubo preto ASTM A-106 (sem costura):
 Diâmetro 2’’ (50,8mm);
 Espessura de 3,91mm;
 Comprimento de 2000mm.
Para dimensionamento da quantidade de tubos deve-se considerar:
Circunferência do tubo interna: 𝐶 = (𝐷𝑒 − 2𝑒)𝜋 = (0,0508 − 2 ∗ 0,00391)𝜋 =
0,135𝑚.
Área do tubo planificado: 𝐴 = 𝐶 ∗ 𝑙 = 0,135 ∗ 2 = 0,270𝑚².
𝐶𝑝𝑟𝑜𝑑𝑣𝑎𝑝
Área da troca térmica: 𝐴𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎 = ⁄𝑡 400 / 18 = 22,22 m².
𝑥𝑣𝑎𝑝 =

Quant. de tubos: 𝑁𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠 = 𝐶𝑒𝑣𝑝 /𝐴 = 22,22/0,270 = 82 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠.


DIMENSIONAMENTO DO ESPELHO

O espaçamento entre dos furos para tubos no espelho foi determinado utilizando a norma
Francesa AFNOR – NF E 32-104 – PART-IV que estabelece que a largura de qualquer
ligamento não deve ser menor que (conforme Equação (5):

𝐿 = 0,125 ⋅ 𝑑𝑓𝑢𝑟𝑜 + 12𝑚𝑚, p/ tubos expandidos (5)

Substituindo o diâmetro do tubo na Equação (5) tem-se:


𝐿 ≥ 0,125 ⋅ 50,8 + 12 ≥ 18,35𝑚𝑚 (5)

E o passo entre os centros dos furos vizinhos é determinado pela Equação (6):

𝑃 ≥ 𝐿 + 𝑑𝑓𝑢𝑟𝑜 (6)

Substituindo a largura dos ligamentos tem-se que o passo dos furos vizinhos é de:

𝑃 ≥ 18,35 + 50,8 ≥ 69,15𝑚𝑚 (6)

A espessura do espelho é determinada pela mesma norma diz que se o diâmetro dos
furos for maior que 40mm e menores ou iguais à 55mm deve utilizar 12mm de espessura para
o espelho.
Para calcular a folga F entre o circulo que envolve os furos para os tubos e a superfície
interna do vaso (diâmetro externo do espelho) a ASME estabelece a Equação (7):

𝐹 = 8 ⋅ 𝑒𝑒𝑠𝑝𝑒𝑙ℎ𝑜 (7)

Substituindo a espessura do espelho tem-se:

𝐹 = 8 ⋅ 12 = 96𝑚𝑚 (7)

Para melhor entendimento da geometria do espelho pode-se observar a Figura 6.


Figura 6 – Distâncias típicas entre as partes que compõe uma caldeira.

Fonte: Adaptado pelos autores do material de apoio, 2018.

O diâmetro do espelho inferior é o mesmo dá fornalha de 1620mm e o diâmetro do


espelho superior é considerado a folga F de 96mm + as espessuras de 8mm das chapas da
fornalha e corpo. Multiplicando esse valor por 2 temos 224mm a mais no diâmetro, ou seja, o
diâmetro do espelho superior é de 1844mm.

DIMENSIONAMENTO DAS CHAPAS DA CALDEIRA

Dimensionamento da espessura da chapa lateral da caldeira: Solda Radiografada Parcial


(E=0,85) e material ASTM A 285 G-C (σ=967Kgf/cm²). Conforme a Equação (8):

σ⋅E⋅e
P= (8)
R + 0,6 ⋅ e

P = Pressão de projeto (Kgf/ cm²);


σ = Tensão admissível (Kgf/ cm²);
E = Eficiência da solda;
e = Espessura da chapa (cm);
R = Raio interno do espelho superior (cm).

967 ⋅ 0,85 ⋅ e
8= (8)
81 + 0,6 ⋅ e
𝑒 = 0,8𝑐𝑚 𝑜𝑢 8𝑚𝑚
DIMENSIONAMENTO DO TAMPOS (CALOTAS)

Para a caldeira flamotubular foi utilizado tampos planos circulares, com o material
ASTM A 285 G-C (σ=967Kgf/cm²) e para calcular a espessura dos tampos foi utilizada a
Equação (9):

𝑁⋅𝑃
𝑒 = 2⋅𝑅⋅√ (9)
𝜎̅

e = Espessura da chapa (cm);


P = Pressão de projeto (Kgf/ cm²);
σ = Tensão admissível (Kgf/ cm²);
N = Fator para tampos planos 0,30 a 0,33;
R = Raio interno do espelho superior (cm).

0,3 ⋅ 8
𝑒 = 2 ⋅ 81 ⋅ √ = 8𝑐𝑚 (9)
967

DIMENSIONAMENTO DA CHAMINÉ

Para o dimensionamento da chaminé foi utilizado o catalogo da Mernak conforme a


Figura 7.

Figura 7 – Catalogo da mernak para chaminé.

Fonte: Adaptado pelos autores de Catalogo da Mernak, 2018.


Logo os valores obtidos pelo catalogo da Mernak para a chaminé foram:
 Altura- 5m
 Diâmetro entrada 400mm.
 Diâmetro saída 50mm

EQUIPAMENTOS AUXILIARES E DE SEGURANÇA

BOMBA

P= 8 kgf/cm² = 80 mca
Catálogo Bombas Schneider:
 Bomba Centrífuga Multiestágio (rotor fechado)
d
 Modelo ME-2350
2
 Potência: 5 CV
 3 estágios
 Pressão máxima sem vazão: 100 mca

Figura 8 - Bomba Centrífuga Schneider 3 estágios

Fonte: https://lcsimei.files.wordpress.com/2012/08/catc3a1logo-bombas-schneider.pdf

VÁLVULA DE SEGURANÇA

P= 8 kgf/cm² = 113,787 psi = 7,84532 bar.


Catálogo Válvulas de Segurança Spirax Sarco: Válvula de Segurança SV561
Condições de Trabalho:
 Pressão de ajuste = 8 bar.
 Vazão de vapor saturado = 400 Kg/h
Figura 9 - Válvulas de Segurança Spirax Sarco SV561

Fonte:http://www.spiraxsarco.com/global/br/Products/Documents/SV561_V%C3%A1lvula_de_Seguran%C3%
A7a-Technical_Information.pdf

INJETOR: COMODORO

Faixas de operação:
 Pressão da caldeira: 2,00 à 10,0 kgf/cm² (30 a 40 psi)
 Temperatura da água de alimentação: 40º C (máx)
 Vazão: 720 l/h (conforme tabela de vazão do fabricante)
 Bitola Nominal: ½” (conforme tabela de vazão do fabricante)

Figura 10 - Injetor Comodoro

Fonte: http://www.exatacomercial.com/files/produto_arquivo_169.pdf

MANÔMETRO

 Caixa: Aço carbono / Inox


 Saídas: rosca 1/2″ BSP Reta (vertical)
 Diâmetro do visor: 2.1/2″ , 4″ , 6″ , 8″ e 10″
 Escalas: 0 a 4, 0 a 7 , 0 a 10, 0 a 16, 0 a 21, 0 a 30 [kgf/cm²]

Figura 11 - Manômetro

Fonte: http://www.turotest.com.br/manometro-pressao.html

PROJETO DA CALDEIRA VERTICAL FINALIZADO

Figura 12 - (A) Espelho inferior (B) Espelho superior.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.


Figura 13 - Caldeira com corte corte vertical .

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Figura 14 - Dimensionamento dos acessórios externos da caldeira.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.


ANEXOS

 https://www.materiais.gelsonluz.com/2017/10/astm-a106-propriedades-mecanicas-e-
composicao-quimica.html
 http://www.caldeirabiomassa.com.br/pdf/tabela_pc_inferior.pdf
 http://paginapessoal.utfpr.edu.br/arocha/Disciplinas/em34ftermodinamica/arquivos/Va
n_Wylen_Ap_B.pdf/view
 Materiais complementares concedidos pelo professor.

S-ar putea să vă placă și