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Folclore

Introdução

Folclore significa sabedoria popular. A palavra folclore vem da expressão inglesa folk-lore, que
significa "saber do povo". O escritor e colecionador de antiguidades, William John Thoms, criou
essa denominação, no século XIX, para identificar e interpretar os costumes e saberes do povo.

As manifestações folclóricas são, na verdade, a forma de pensar, de agir e de sentir de um


determinado povo. Essas formas de manifestação cultural são geralmente transmitidas
oralmente e através do ato de representar. Com toda sua simplicidade, o folclore apresenta
características de todas as regiões de uma Nação. O folclore, como cultura popular, torna-se de
fundamental importância, pois somos formados por meio de expressões culturais, costumes e
tradições.

Através das diversas manifestações culturais do folclore, pode-se conhecer a cultura e a tradição
de povos antigos e compreender a ressignificação dessa cultura antiga, presente nos dias de
hoje. As crenças, mitos, lendas, festas, superstições e artes são a essência de um povo. Na
história da humanidade, as pessoas, em todas as culturas, buscaram e buscam explicações
sobrenaturais para as coisas que não entendem.

Assim, os mitos, as crenças e as lendas se fazem presentes no nosso cotidiano, mesmo que
inconscientemente, na medicina popular, na religião, nos ditados populares, nas simpatias e nas
estórias que sempre apresentam um cunho moral no final. Essas manifestações são de autoria
desconhecida e passadas através dos tempos, ou seja, de geração em geração. O saber de um
povo não é encontrado nos ambientes escolares, pois esse conhecimento pode ser produzido
por qualquer pessoa.
Contos e Lendas
As Lendas no Brasil de inúmeras variedades, influenciadas diretamente pela miscigenação na
origem do povo brasileiro. Devemos considerar que lenda não significa mentira, e nem verdade
absoluta, o que podemos e devemos deduzir é que uma história para ser criada, defendida e o
mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, ela deve ter no mínimo um pouco de
fatos verídicos.

Muitos historiadores, pesquisadores, folcloristas, e outros profissionais que estudam


Sociedades, tendem a afirmar que lendas são apenas frutos do imaginário popular, porém como
sabemos as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".

A diferença entre Mito e Lenda é a seguinte, O Mito é o Personagem a qual a lenda trata, pois a
Lenda é a História sobre o determinado Mito.
Exemplos de Contos e Lendas
Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um
homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista,
leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada chegar, ele mergulha
nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira
O curupira é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de
cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a
natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é
obra do curupira.
Lobisomem

Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um
lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se
em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra
pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a
sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto
atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das água.
Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um
homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e
maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma
alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas,
provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de
estômago muito cheio.
Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como
castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede
que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Saci-Pererê

O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com
seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando
travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar
pessoas com gargalhadas.
Vitória-Régia

Contam que certa vez uma linda índia, apaixonada, quis transformar-se em estrela. Na
esperança de ver seu sonho realizado, a linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio,
desaparecendo em seguida. Iaci, a lua que presenciou tudo, num instante de reflexão, apiedou-
se dela por ser tão linda e encantadora. Deu-lhe como prêmio a imortalização aqui na terra. Por
não ser possível levá-la para o reino astral, transformou-a em vitória-régia (estrela das águas),
doou-lhe um adorável perfume e espalmou-lhe as folhas para melhor refletir sua luz, nas noites
de lua cheia.

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de
perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem
indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do
boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é
conhecido como "fogo que corre".
PARLENDAS
As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças.
São usadas por adultos também para embalar, entreter e distrair as crianças. Possuem uma rima
fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para
melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são
antigas e, algumas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois
representam uma importante tradição cultural do nosso povo.
Exemplos de Parlendas

Um, dois, feijão com arroz.


Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.

Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?


Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os
braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.

Um elefante amola muita gente...


Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)

Chuva, choveu
Goteira pingou
Pergunte ao papudo
Se o papo molhou

– Cala a boca!
– Cala a boca já morreu
Quem manda em você sou eu!

- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!

Fui à feira
Encontrei uma coruja
Pisei no rabo dela
Ela me chamou de cara suja

Bam ba la lão
Senhor capitão,
Espada na cinta,
Ginete na mão.

Uma pulga na balança


Deu um pulo
E foi a França.
Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
Com uma faca na mão
Passando manteiga no pão

ABCD
Meu burrinho sabe ler
Minha mãe mandou ir na escola
Para ele aprender!

Chuva e Sol,
Casamento de espanhol
Sol e chuva
Casamento de viúva

Tá com frio?
Toma banho no rio
Tá com calor?
Toma banho de regador

A vovó da Mariazinha
Fez xixi na panelinha
E falou pra todo mundo
Que era caldo de galinha.
Trava línguas
Podemos definir os trava línguas como frases folclóricas criadas pelo povo com objetivo lúdico
(brincadeira). Apresentam-se como um desafio de pronúncia, ou seja, uma pessoa passa uma
frase díficil para um outro indíviduo falar. Estas frases tornam-se difíceis, pois possuem muitas
sílabas parecidas (exigem movimentos repetidos da língua) e devem ser faladas rapidamente.
Estes trava línguas já fazem parte do folclore brasileiro, porém estão presentes mais nas regiões
do interior brasileiro.
Exemplos de Trava línguas

1. Pedro tem o peito preto, O peito de Pedro é preto; Quem disser que o peito de

Pedro é preto, Tem o peito mais preto que o peito de Pedro.

2. A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.

3. Um ninho de mafagafos, com cinco mafagafinhos, quem desmafagafizar os

mafagafos, bom desmafagafizador será.

4. Há quatro quadros três e três quadros quatro. Sendo que quatro destes quadros

são quadrados, um dos quadros quatro e três dos quadros três. Os três quadros

que não são quadrados, são dois dos quadros quatro e um dos quadros três.

5. Chupa cana chupador de cana na cama chupa cana chuta cama cai no chão.

6. Pinga a pipa Dentro do prato Pia o pinto e mia o gato.

7. Olha o sapo dentro do saco. O saco com o sapo dentro. O sapo batendo papo. E

o papo soltando vento.

8. Pedro Pedroca é prestativo e presta serviços na pedreira.

9. Três dragões graduados e trinta brincos trincados.

10. Porco crespo e toco preto. Toco preto e porco crespo


Cantigas Populares
As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na
formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter
folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços
frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam
músicas e melodias. As letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.
Exemplos de Cantigas Populares

Capelinha de melão
Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João!

Caranguejo
Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo não é peixe
Na vazante da maré.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé
Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!

Atirei o pau no gato


Atirei o pau no gato, tô
mas o gato, tô tô
não morreu, reu, reu
dona Chica, cá cá
admirou-se, se se
do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau!

Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora
A ciranda tem tres filhas
Todas tres por batizar
A mais velha delas todas
Ciranda se vai chamar
Escravos de Jó
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Peixe vivo
Como pode o peixo vivo
Viver fora da água fria
Como pode o peixe vivo
Viver fora da água fria
Como poderei viver
Como poderei viver
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Os pastores desta aldeia
Ja me fazem zombaria
Por me verem assim chorando
Por me verem assim chorando
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia
Sem a tua, sem a tua
Sem a tua companhia

A canoa virou
A Canoa virou
Pois deixaram ela virar
Foi por causa da (nome da pessoa)
Que não soube remar

Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar
Eu tirava a (nome da pessoa)
Do fundo do mar

Siri pra cá
Siri pra lá
(Nome da Pessoa) é bela
E quer casar
Atirei o pau no gato

ATIREI O PAU NO GATO TO


MAS O GATO TO
NÃO MORREU REU REU
DONA CHICA CA
ADMIROU-SE SE
DO MIAU, DO MIAU

QUE O GATO DEU


MIAU…

Barata

EU VI UMA BARATA
NA CARECA DO VOVÔ
ASSIM QUE ELA ME VIU
BATEU ASAS E VÔOU.
SEU JOAQUIM QUIM QUIM
DE PERNA TORTA TA TA
DANÇANDO A VALSA SA SA
COM A MARICOTA TA TA.

Cai cai balão

CAI, CAI BALÃO


CAI, CAI BALÃO
AQUI NA MINHA MÃO.
NÃO CAI NÃO, NÃO CAI NÃO
NÃO CAI NÃO,
CAI NA RUA DO SABÃO.
CAI, CAI BALÃO
CAI, CAI BALÃO
AQUI NA MINHA MÃO
NÃO VOU LÁ, NÃO VOU LÁ, NÃO VOU LÁ
TENHO MEDO DE APANHAR
Jogos e Brincadeiras
Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas tradicionais
brincadeiras. As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração.
Muitas delas existem há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com
a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.

Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos.


Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças.

A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica.


Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao
folclore.
Exemplos de Jogos e Brincadeiras Folclóricas

Soltar pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de
madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento.
Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.

Estilingue: também conhecidos como bodoques, são feitos de galhos de madeira e


borracha. Os meninos usam pedras para acertar alvos (latas, garrafas e outros objetos).

Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e
tocar outra. A criança tocada passa ter que fazer o mesmo.

Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está
procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até
certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está
procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.

Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O
objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do
colega.

Boneca de pano: feitas pelas mães e avós, são usadas em brincadeiras pelas meninas
para simular crianças integrantes de uma família imaginária.

Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do
interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um
barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para
deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os
piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão
enquanto ele está rodando

Amarelinha: Risca-se o chão com giz branco, tijolo ou fita, uma sequência de uma e
duas quadras até que complete 10. A criança deve pular com um e dois pés até chegar
ao céu. A criança pode também jogar uma pedrinha, e na quadra que ela parar fica
proibido encostar os pés.

Balança caixão: Brincadeira de esconder em que as crianças devem fazer uma fila e
debruçar os braços nas costas de quem está na frente, de forma em que os olhos fiquem
tampados. Um de cada vez deve dar um tapinha nas nádegas de quem está na frente,
do último para o primeiro enquanto balançam e cantam: Balança caixão, balança
você dá um tapa na bunda e vai se esconder
Bandeirinha: Para jogar bandeirinha é preciso dividir um grupo em duas equipes e riscar
dois campos em um espaço limpo. Cada grupo escolhe uma bandeira, que pode ser
substituído por qualquer objeto, até mesmo um galho de árvore. O objetivo do jogo é
invadir o campo adversário e conquistar a sua bandeira. A principal regra do jogo é que
dentro do campo do adversário você podem ser "colado" (a criança deve ficar imóvel no
mesmo local) e só alguém do seu time poderá "descolar".
Danças Folclóricas
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore
brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada
região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do
cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas
animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças
são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e largos.
Exemplos de Danças Folclóricas

Samba de Roda

Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia,
no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao
som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e
berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.

Maracatu

O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma
interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui uma
forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (duques,
duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por uma banda com
instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).

Frevo

Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao
contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma
banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os
dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento
coreográfico.

Baião

Ritmo musical, com dança, típico da região nordeste do Brasil. Os instrumentos usados nas
músicas de baião são: triângulo, viola, acordeom e flauta doce. A dança ocorre em pares
(homem e mulher) com movimentos parecidos com o do forró (dança com corpos colados). O
grande representante do baião foi Luiz Gonzaga.

Catira

Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e
palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São
Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. Os instrumento utilizado é a viola, tocada,
geralmente, por um par de músicos.
Quadrilha

É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e
marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura
caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A
dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa junina mais
conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.

Cateretê

Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos
estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu
para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos
religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas,
menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada
região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado
e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só
por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.

Coco Alagoano

Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo
nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos
pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas
cujo refrão é respondido pelos cantadores.

Congada

Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do
Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem
origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do
assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos
feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a
igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos,
realizam danças com movimentos que simulam uma guerra
Maracatu

Dança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo africano que


significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem
fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis,
rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando
de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que
acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da
rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para
abençoar a "nação". Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e
seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais
Quadrinhas Populares
Também conhecidas como poesias populares, as quadrinhas são trovas simples criadas pelo
povo. Compostas por quatro versos (dai vem o nome) se caracterizam por possuir rimas muitas
vezes imperfeitas e escrita muitas vezes incorretas. Porém, são legais e interessantes
justamente por serem simples e usarem uma linguagem bem popular. Muitas quadrinhas se
caracterizam também pelo humor de cunho popular. As rimas costumam aparecer no 2º e 4º
versos.

São usadas para expressar desejos, admirações, sentimentos amorosos, reclamações, atitudes
maliciosas ou de juízo. As quadrinhas populares são muito usadas em desafios, jogos de
adivinhações e provérbios
Exemplos de Quadrinhas Populares

Andorinha no coqueiro,
Sabiá na beira-mar,
Andorinha vai e volta,
Meu amor não quer voltar.

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O colo desta menina,


É branco como algodão,
Tem a beleza das garças,
Voando pelo sertão.

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Palavras fora da boca,


É pedra fora da mão,
Tu tens me dito palavras
De cortar-me o coração.

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Esta noite tive um sonho,


Mas que sonho atrevido,
Sonhei que era o babado
Da barra do teu vestido.

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Chove chuva miudinha,


Na copa do meu chapéu
Antes um bom chuvisquinho,
Do que castigo do céu.

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Eu coloquei meu nome,


No teu relógio, querida,
Faça agora o que quiser,
Das horas da minha vida.

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Você me mandou cantar,
Pensando que eu não sabia,
Pois eu sou que nem cigarra,
Canto sempre todo dia.

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Se vires a tarde triste,


E o ar a querer chover,
Saiba que são os meus olhos,
Que choram por não te ver.

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Com jeito tudo se arranja,


De tudo o jeito é capaz,
A coisa é ajeitar o jeito,
E isso pouca gente faz.

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Se eu soubesse que ocê vinha,


Eu mandaria buscá,
Com sombrinha enfeitada,
Só pro Sol não te queimá.
Simpatias Folclóricas e Superstições

Superstição é uma espécie de crendice popular que não possui explicação científica. As
superstições são criadas pelo povo e costuma passar de geração para geração.

Por desconhecer as causas e efeitos de determinados fenômenos científicos, muitas pessoas


atribuem explicações sem sentido racional e, portanto, falsos.

As supertições podem, muitas vezes, atrapalhar a vida das pessoas. Podemos citar como
exemplo o caso de uma pessoa que deixa de fazer determinadas coisas num dia de sexta-feira
13. Não há nenhuma explicação científica que prevê que este dia atrai azar, porém muitos
indivíduos acreditam nisso como se fosse uma verdade. Isto é uma superstição que acaba
atrapalhando a vida de uma pessoa.
Exemplo das superstições mais populares no Brasil:

 Cruzar na rua com um gato preto dá azar;

 Quebrar um espelho provoca sete anos de azar na vida de quem quebrou;

 Passar por debaixo de uma escada dá azar;

 Achar um trevo de quatro folhas trás sorte;

 Pé de coelho trás sorte;

 Deixar um sapato ou chinelo de cabeça para baixo pode provocar a morte da mãe;

 Abrir guarda-chuva dentro de casa pode atrair morte;

 Toda sexta-feira 13 é um dia perigoso e podem ocorrer fatos ruins para as pessoas;

 Jogar moedas numa fonte de água pode realizar um desejo da pessoa que jogou;

 Bater três vezes numa madeira pode evitar eventos ruins.


Fábulas
As fábulas (do Latim fabula, significando "história, jogo, narrativa", literalmente "o que é dito")
são uma aglomeração de composições literárias em que os personagens são animais que
apresentam características humanas, tais como a fala, os costumes, etc. Estas histórias
terminam com um ensinamento moral de caráter instrutivo. É um gênero muito versátil, pois
permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto.
Exemplos de Fábulas

O Pastor e o Leão O Lobo e o Leão


O Cachorro e o seu Reflexo
Frequentemente, induzidos pelas Cabe ao hipócrita justificar
Para a maioria dos indivíduos, o
aparências das coisas, acabamos sempre os seus atos como
não contentar-se com aquilo que
por desejar um suposto válidos, até como uma forma de
já se possui é uma ideia fixa. Será
benefício, que, na verdade, logo autenticar sua postura, como um
que também consideram os
irá se revelar como uma grande e padrão de comportamento digno
efeitos colaterais dessa postura?
equivocada fantasia... de ser imitado.

O FFilhote de Cervo... O Cão Raivoso O Asno, Raposa e o Leão

Para a maioria das pessoas é mais Em nossos dias, na busca por O falso amigo convive apenas para
cômodo conviver com seus medos notoriedade e fama qualquer coisa tirar algum proveito do outro. Para
e fraquezas, mesmo sabendo que é válida. Mas, poderia ser essa obter êxito, usará da mentira e da
são capazes superar cada uma visibilidade de ocasião um sinal de deslealdade. Não respeitará nem
dessas coisas. superioridade? aqueles que chama de aliados.
O Cavalo e o seu Cuidador O Galo e a Pedra Preciosa O Morcego e a Doninha

Há em nossos dias a ideia de que Qual seria a medida capaz de Diante de um problema é comum o
apenas as palavras são capazes de definir para nós o valor de cada embaraço do protagonista, e isso
atestar o caráter de um indivíduo. E coisa existente em nosso mundo? ocorre, na maioria das vezes, pela
disso se valem os hipócritas e Seria sua real utilidade, ou falta da inteligência necessária à
enganadores de incautos. simplesmente seu valor simbólico? solução daquele contratempo.
Folclore e Folguedos de Minas
Minas Gerais é um Estado extremamente rico na variedade desses folguedos e mitos.

Por sua vez, as manifestações folclóricas em Minas têm suas origens nas tradições, usos e
costumes dos colonizadores portugueses, com forte influência das culturas indígena e africana.
Essas influências estão guardadas nos objetos de artesanato, na culinária e danças típicas, nas
músicas, na linguagem e literatura oral, na medicina popular e nas festas com manifestações
populares tradicionais.

Curupira, o protetor das florestas; Iara, a mãe das águas; o caboclinho d'água no Velho Chico; o
saci-pererê, como a mula sem cabeça povoam o imaginário popular, além das diversas "noivas"
que aparecem em Belo Horizonte, como a do Bonfim e mesmo em Juiz de Fora.

A própria Estrada Real, que ligava Diamantina a Paraty (RJ) recheia a mitologia mineira e seus
costumes com a herança dos tropeiros, sobretudo no quesito culinária e a dos garimpeiros e
mineradores, devotos de Santa Bárbara.
Principais ocorrências de folguedos em Minas

Congado

Congado: O congado reúne os Grupos de Moçambique, Catopés, Congo, Marujada, Caboclos,


Vilão e Candombe. Escravos trazidos da África buscavam, através de rituais, extrapolar seus
sentimentos e culto a sua fé. O Congado nasceu da fusão destes ritos com a religião católica,
imposta aos negros pela Igreja, surgindo novas histórias que envolviam, sobretudo, Nossa
Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Ifigênia, Nossa Senhora das Mercês e Nossa Senhora da
Aparecida.

Folia de Reis ou Reisado: Folia de Reis, folguedo que ocorre no período do Natal, de 24 de
dezembro a 6 de janeiro, que é o dia dedicado aos Santos Reis. A formação das folias se difere
conforme o lugar, mas há sempre um mestre, líder maior, responsável pela cantoria e pela
coordenação geral do grupo. Seu auxiliar é o contramestre, que angaria os donativos e o
substitui em caso de necessidade. Algumas trazem a figura do embaixador, que pede licença
para entrar nas casas, pronuncia as profecias e lembra das palavras escritas pelos profetas a
respeito do nascimento de Cristo. Há os instrumentistas e cantores e algumas trazem os reis,
representando os três reis magos.

Pastorinhas: São grupos de moças e meninas que visitam os presépios das casas, relembrando
os pastores em Belém. Vestem-se apropriadamente, dançam e cantam a mensagem em louvor e
pedem contribuição para o natal das crianças pobres do local.

Boi de Reis (ou Boi de Janeiro, Bumba-Meu-Boi etc.): É um dos mais típicos folguedos
populares e, em alguns casos, participa do Reisado. A variação de nomes decorre das
peculiaridades regionais e depende também da variação de elementos que figuram nas
apresentações. Sua origem é portuguesa. Em síntese, é uma apresentação da captura (roubo),
morte e ressurreição do Boi.

Festa do Divino: Como o nome diz, a festa ocorre na data consagrada ao Divino Espírito Santo.
Em Minas, costuma ser chamada também de Festa do Império, porque durante sua realização é
eleito um imperador, que será o festeiro ou o homenageado da próxima festa.
Cavalhada: Herança das tradições da Cavalaria Medieval, a cavalhada representa os combates,
torneios, lendários e gestas oriundas das guerras travadas entre mouros e cristãos. Geralmente
participam dois grupos, a cavalo, com os cavaleiros vestidos e azul e vermelho, cada um
representando os grupos antagônicos. Realizada ao ar livre, mobiliza muitas pessoas entre reis,
rainhas, príncipes e princesas, embaixadores, capitães e tenentes, nobres, damas, cavaleiros e
lacaios, todos ricamente vestidos e portando espadas, pistolas e lanças.

Mulinha de ouro: Restrito ao vale do Médio São Francisco, este folguedo traz o animal
dançando coreografias e danças no meio povo, como ocorre nos bois.

Dança de São Gonçalo

Dança de São Gonçalo: As moças se vestem de branco, excepcionalmente de rosa ou azul. Cada
figurante conduz a mão um arco de madeira enfeitado de papel de seda da cor do vestido. Em
certos lugares, um único homem participa da dança e comanda a função, trajado de branco, o
qual desempenha o papel de São Gonçalo.

Caxambu: De origem negra, é uma espécie de batuque que parece ter começado ao longo das
fazendas de café e que costuma ser chamado de jongo em outros estados. São usados
exclusivamente instrumentos de percussão com participação de homens e mulheres, em pares
ou grupos, fazendo evoluções fortes e sensuais.

Maneiro o pau: Em alguns municípios da Zona da Mata há esta curiosa dança, também chamada
de mineiro-pau, executada por pessoas de diversas idades, cada uma portando um ou dois
bastões, que são percutidos, individual ou grupalmente, de forma ritmada de duas, três ou
quatro batidas.

Quadrilha: Apresentada, sobretudo, nas festas juninas e julinas e com origens que remontam às
country-dances inglesas medievais, de onde passaram para a França, sob o nome de
contredance (daí os nomes dos passos, até hoje, serem falados em francês), chegando ao Brasil,
via Portugal, já com o nome atual.
Conclusão

O folclore marca a identidade de um grupo, e o aluno deve aprender a descobrir o


folclore onde quer que ele se apresente. Todos somos produtores e portadores de
folclore, em maior ou menor grau, isto posto e entendido, saberemos que "o exótico", o
"diferente" e o "estranho" não é o folclore que queremos que o aluno compreenda. O
folclore faz parte do nosso patrimônio, definindo nossa identidade cultural e
expressando-se em diferentes formas de apresentação: auto/teatro, danças, lúdica
infantil, literatura oral, artes e técnicas, alimentação, usos e costumes, música, festas
tradicionais, linguagem popular, medicina popular.
Referências Bibliográficas:
Atlas de Festas Populares do Estado de Minas Gerais, Instituto de Geociências Aplicadas

- IGA, Belo Horizonte. 1998. (31-224-6727- IGA)

Congado: Família de Sete Irmãos, Saul Martins, SESC,1988/BH.

Felipe, Carlos, O Grande Livro do Folclore, Belo Horizonte: Editora Leitura, 2004

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