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POLUIÇÃO LUMINOSA

CONCEITO; MÉTODOS DE MEDIÇÃO; IDENTIFICAÇÃO DAS


GRANDEZAS RADIOMÉTRICAS OU FOTOMÉTRICAS

Désirée Gonçalves e Mônica Monteiro | Metrologia de Fenômenos Ondulatório | 18/12/2018


1. INTRODUÇÃO
A poluição ambiental acontece quando o homem provoca direta ou indiretamente um
efeito negativo no seu equilíbrio. Existem vários tipos de poluição, como a poluição
atmosférica, a poluição hídrica, a poluição do solo, sonora e radioativae e a luz também
pode ser considerada um poluente.

A poluição luminosa existe há milhares de anos, como por exemplo, a partir do uso do
fogo e das velas, mas claro que tais impactos eram muito baixos. Porém, com o
desenvolvimento da eletricidade, no século XIX, e o surgimento das primeiras
iluminações públicas, o mundo foi tomado pela luminosidade da luz artificial.

1.1 POLUIÇÃO LUMINOSA – CONCEITO


De acordo com o Laboratório Nacional de Astrofísica, a poluição luminosa pode ser
definida como a iluminação artificial utilizada de modo excessivo e inapropriado ao seu
objetivo. Os efeitos dessa desse tipo de poluição afeta áreas onde a presença da luz
artificial não é útil e ultrapassa os níveis de intensidade adequados (BUENO, 2005).

Já o Decreto de Proteção da Atmosfera define a poluição luminosa como aquela


iluminação artificial que irradia além das áreas destinadas e principalmente se essa
irradiação ultrapassa a linha do horizonte (ANCILOTTO, 2003).

1.2 POLUIÇÃO LUMINOSA – TIPOS


O Laboratório Nacional de Astrofísica relata que existem três categorias de poluição
luminosa:

Brilho do céu (Sky glow) - é o aspecto alaranjado do céu, causado pelas luzes
indevidamente direcionadas para o alto, considerado o pior em áreas com alta
concentração de poluição atmosférica. O uso de lâmpadas de vapor de sódio,
causa o efeito de cor alaranjada devido ao seu mal direcionamento.

Figura 1 – Exemplo da poluição classificada como sky glow.

Fonte - Imagem de www.need-less.org.uk.

Ofuscamento (glare)- luz excessiva e direta nos olhos, causando cegueira


momentânea. Ocorre, por exemplo, quando um carro trafega com faróis altos
na direção contrária a nossa.

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Figura 2 – Exemplo de ofuscamento – glare.

Fonte (www.nightwise.org).

Luz intrusa (litgth trespass) - A iluminação de um ambiente que invade o


domínio do outro. Por exemplo, a luz que vem da rua e não permite que o quarto
fique totalmente escuro durante a noite. Ou as luzes no interior das residências,
que indevidamente escapam pelas janelas.

Figura 3 – Exemplo de luz intrusa - litgth trespass.

Fonte – (www.ecycle.com.br/2718-poluicao-luminosa às 14h - 16/12/2018)

Desordem (light clutter) – Normalemente é causada por grupos excessivos de


luzes que podem gerar confusão, distração de obstáculos e causar acidentes. A
desordem pode ser observada em estradas em que as luzes são mal posicionadas
que atrapalham os motoristas, contribuindo para a ocorrência de acidentes.
Como exemplo, podemos citar a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos,
possui excessivas luzes coloridas.

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Figura 4 – Exemplo de desordem - light clutter.

Fonte – (www.ecycle.com.br/2718-poluicao-luminosa às 14h - 16/12/2018)

2. IMPACTOS e CONSEQUÊNCIAS
Aumento do brilho de fundo do céu noturno que diminui a visibilidade dos
astros é considerado o maior problema para observação astronômica (BUENO,
2005).
Iluminação intrusa que consiste na presença de luz artificial em ambientes que
não deveriam receber essa iluminação durante a noite como casas, violando as
propriedades e os direitos de quem lá reside.
Ofuscamento que é a sensação visual promovida pelo excesso de luz ou brilho
que gera desde um desconforto até a perda da visão.
Problemas visuais que causam de um desconforto até problemas mais graves,
existem impactos para a observação astronômica e também para os
ecossistemas.
Animais com hábitos noturnos são prejudicados como as aves migratórias,
tartarugas marinhas, répteis, anfíbios e insetos. Os animais normalmente guiam-
se pela Lua e por estrelas, com a interferência luminosa podem ficar
desorientados e voar em círculos sobre as fontes luminosas chegando a exaustão
e morte.
Animais com bioluminescência - que é a produção e emissão de luz por um
organismo vivo e que tem diversas funções (camuflagem, comunicação e
atração de presas e parceiros para reprodução) - também são afetados. Em áreas
intensamente iluminadas, esse fenômeno perde sua função. Por esse motivo, em
diversas regiões do mundo, os vaga-lumes são cada vez mais escassos. As
fêmeas dos vaga-lumes utilizam a bioluminescência para atrair os machos em
até 45 metros de distância, mas, com a presença de luz artificial, essa ferramenta
é prejudicada, reduzindo a reprodução da espécie.

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Algumas espécies de plantas não florescem se a duração da noite é mais curta,
enquanto outras florescem prematuramente. A fotossíntese induzida pela luz
artificial pode produzir um crescimento anormal e uma defasagem nos períodos
de floração e descanso das plantas.
A poluição luminosa pode afetar também a saúde e ter um impacto social, sendo
relacionada ao aumento na incidência de alguns tipos de câncer. Com a luz a
produção do hormônio melatonina é reduzida e a falta desse hormônio
relaciona-se ao aumento do risco de câncer mamário (LNA, 2017).
O relógio circadiano, ou ciclo de 24 horas de luz e de escuridão, exerce efeitos
em vários processos fisiológicos, incluindo padrões de ondas cerebrais e nos
níveis hormonais. Ligações foram observadas entre a presença de poluição
luminosa e a falta de sono crônica, que por sua vez diminui a resposta
imunológica do corpo. Nas latitudes norte, níveis mais altos de suicídio e
homicídio são mais comuns nos meses de verão, quando a luz do sol é quase
constante, ao contrário do aumento esperado durante os meses de escuridão.
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal no cérebro. Ela
regula os ciclos de sono e tem algumas propriedades antioxidantes. A
melatonina é produzida durante a noite, e na ausência de luz. A exposição à luz
artificial constante faz com que caiam os níveis de melatonina no organismo.
Melatonina, câncer, e luz artificial. A melatonina ajuda a controlar a produção
de estrogênio. Quando os níveis de melatonina diminuem, tal como acontece
quando existe exposição à poluição luminosa, ocorre um aumento dos níveis de
estrogênio e do risco de tumores relacionados ao estrogênio, tais como o câncer
de mama. A melatonina também tem sido usada para bloquear o crescimento de
células do câncer de próstata.
Trabalhadoras noturnas grávidas, expostas à luz artificial durante a noite, têm
maior risco de aborto espontâneo ou de natimortos. Isso também pode estar
ligado aos níveis aumentados de estrogênio causada pela redução da
melatonina.
Nas figiras 5 e 6, a seguir, demontram como está situição da poluição luminosa
nos países mais poluídos no mundo.

Figura 5 – Mapa do impacto visual da poluição luminosa.

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Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/

Figura 6 – Países que possuem maior poluição luminosa em porcentagem.

Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/

A poluição luminosa pode emitir luz em muitas direções, conforme exemplificado na


figura 7.

(1) Alguma luz – dirige-se diretamente para o céu e atravessa completamente a


atmosfera da Terra;
(2) Desta luz uma pequena parte é detectada pelos satélites anoite;
(3) Outra parte da radiação é difundida pelas moléculas e poeiras na atmosfera
(aerosóis), formando o domo de luz que vemos sobre as cidades;

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(4) A radiação refletida pelo solo também é difundida na atmosfera e dirigida para
baixo e também prejudica a observação do céu;
(5) A observação do céu é prejudica para quem observa a aolho nu ou por
telescópio.

Figura 7 – Direções da iluminação pública.

Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/

3. COMO SOLUCIONAR O PROBLEMA DA POLUIÇÃO


LUMINOSA
A poluição luminosa é resultado do mau planejamento das luminárias que compõem os
sistemas de iluminação. Uma luminária correta, anti-poluente, direciona a luz para o
local a ser iluminado, eliminando o desperdício de luz. As luminárias atuais em geral
deixam a luz escapar em todas as direções.

Comparada a outros tipos de poluição, a poluição luminosa é uma das mais facilmente
remediadas. A iluminação correta é aquela em que a luz ilumina a área que interessa
iluminar, conforme demonstrado na figura 8. Se cada fonte de iluminação refletir para
baixo a luz que iria para os lados e para cima, melhora-se a iluminação da área com
menor potência e consumo de energia. A ilustração abaixo exemplifica essa medida.

Figura 8 – Posição correta de uma luminária.

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Fonte - (www.ecycle.com.br/2718-poluicao-luminosa às 14h - 16/12/2018)

As legislações utilizadas para a iluminação pública e seus procedimentos são a ABNT


NBR 5101:2012, IESNA LM-79-08 e CIE 121 a fim de evitar e corrigir a poluição
luminosa. Além de normas técnicas utilizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
Qualidade e Tecnologia (Inmetro) como a NIT-LARAF-053, Medições Fotométricas
de Lâmpadas e Luminárias no Goniofotômetro.

A medição da intensidade luminosa, que influencia na poluição luminosa, pode ser


medida através da goniofotometria. Ela realiza a medição fotométrica feita em direções
definidas por dois ângulos semelhantes ao sistema de longitude e latitude na geografia.
Sendo possível medir intensidade luminosa e observar como se distribui a luz de uma
lâmpada ou luminária.

O goniofotometro utilizado no Inmetro é do modelo Modelo GO-DS 2000, tipo C com


espelho, existem alguns tipos de goniofotometro porém esse tipo é denomidado C,
segundo a NIT-LARAF-053, utiliza o sistema C de coordenadas. Um sistema de
coordenadas esféricas, com centro na intersecção do eixo vertical de rotação do
goniofotômetro com o laser de alinhamento. Uma direção de medição qualquer é
caracterizada por um ângulo chamado C, ou horizontal, e um ângulo chamado Gama,
ou vertical.

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Figura 9 - Goniofotometro utilizado no Inmetro de modelo Modelo GO-DS 2000

Fonte: apresentação Semana de Engenharia UFF 2018

Os dados fotométricos medidos pelo goniofotômetro podem ser prontamente


apresentados em diagramas e tabelas, tais como:

Diagramas polares de intensidade em função do ângulo vertical.


Diagrama do fluxo relativo.
Diagrama de coeficiente de utilização.
Diagrama de isointensidade (ou diagrama isocandela).
Diagrama de isoiluminância (ou diagrama isolux) para determinada altura de
montagem,tabelas com os valores de intensidade para todos os semi-planos
medidos.

Este conjunto de informações possibilita classificar uma luminária de acordo com as


normas nacionais e internacionais e/ou outras exigências definidas pelas empresas e
usuários.

A figura 10 abaixo, ilustra o resultado final da distribuição luminosa de uma lâmpada


com a area em verde é a parte aceitavel do resultado de medição.

Figura 10 – Mapa resultante de simulação

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Fonte – Própria. Foto tirada no dia 11 de dezembro de 2018 no no Laboratório de Radiometria e
Fotometria (Laraf) durante a explicação do profissional do Inmetro, Ivo Ázara.

O sistema opto-mecânico do instrumento inclui um espelho plano giratório com


dimensão de 2,0 x 3,0 m, que permite fotometrar luminárias com dimensão de até dois
metros.

Luminárias com até 50 kg podem ser montadas no braço giratório do goniômetro, que
mantém inalterada a orientação horizontal da luminária durante o ensaio fotométrico.
Esta propriedade é desejável, especialmente para garantir medições fotométricas
precisas para luminárias equipadas com lâmpadas sensíveis à inclinação espacial, como
é o caso de lâmpadas de descarga em vapor metálico ou lâmpadas fluorescente.

As medições realizadas envolvem grandezas fotométricas como o fluxo luminoso que


é a quantidade de luz produzida por uma lâmpada e luminária, unidade lúmem,
intensidade Luminosa (candela/ cd) quantidade de luz emitida em uma determinada
direção e a iluminância (lux/lx), quantidade de fluxo luminoso por área atingida
(lúmens por metro quadrado). Está utima é o principal parâmetro para avaliar a
iluminação.

Além dessas grandezas também é possível determinar o rendimento optico das


luminárias com lâmpadas e sua eficácia (lm/W). Com os resultados obtidos após as
medições é possível mapear a distribuição da intensidade luminosa em função de
ângulos que definem as direções de medição e a classificação das luminarias analisadas
é feita seguindo as normas ABNT e IESNA já descritas acima.

4. CONCLUSÃO
A chave para o combate à poluição luminosa é, principalmente, investir em sistemas de
iluminação externa racionais, com a escolha adequada de lâmpadas, luminárias e a
correta instalação.

Para mudar o quadro atual da iluminação, bastaria que se passasse a utilizar as


luminárias anti-dispersivas (também chamadas full- cutoff) ao invés das usadas
atualmente nas cidades.

Além dos benefícios ambientais e econômicos, a boa iluminação ainda permite a


observação do céu e das estrelas. É o que mostra a ilustração abaixo, onde uma
simulação do céu é exibida acima de cada cenário de iluminação. Como podemos ver,
a melhor situação é aquela onde a luz é totalmente direcionada para baixo, oferecendo
uma condição mais segura para quem transita e, adicionalmente, a possibilidade de
observar o céu. Repare também como é mais difícil ver a pessoa abaixo do poste de
iluminação quando a luz está mal direcionada.

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5. BIBLIOGRAFIA
ANCILOTTO, E. R. Poluição Luminosa. Monografia (graduação) – Curso de
Engenharia Ambiental, Escola de Engenharia de Piracicaba, Piracicaba, 2003.

ÁZARA, Ivo.Goniofotometria e suas contribuições para a Iluminação Pública. Painel


Setorial IP 23_09_2013. Laraf. Inmetro.

BUENO, B. A.A.Poluição luminosa: impactos científicos, ambientais e educacionais.


Faculdade de Física, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005.

CAVALLO, Claudia. Goniofotometro- Teoria e Prática. Revista LUME Arquitetura.


Disponível em: http://www.lumearquitetura.com.br/pdf/ed16/ed_16_Ponto.pdf.

HANS, Peter Grieneisen. As Bases da Fotometria em Medições Goniofotométricas.


Congresso Brasileiro de Metrologia. SC, Bento Gonçalves. 2015.

HANS, Peter Grieneisen. Fotometria de Luminárias. Diretoria de Metrologia Científica e


industrial – Dimci. Divisão de Metrologia Óptica – Diopt. Laboratório de Fotometria, Lafot –
Inmetro. SIMPOLUX 2006 X Simpósio Brasileiro de Iluminação Eficiente.

INMETRO. Medição Fotómétrica de Lâmpadas e Luminárias no Goniofotômetro. NIT-


LARAF-053. Maio 2016.

Laboratório Nacional de Astrofísica. Identificação e combate à Poluição Luminosa.


Disponível em:http://www.lna.br/lp/apostila_pl.pdf.

Site www.ecycle.com.br/2718-poluicao-luminosa. O que é Poluição Luminosa. Acesso


Acesso às 14h - 16/12/2018.

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