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A poluição luminosa existe há milhares de anos, como por exemplo, a partir do uso do
fogo e das velas, mas claro que tais impactos eram muito baixos. Porém, com o
desenvolvimento da eletricidade, no século XIX, e o surgimento das primeiras
iluminações públicas, o mundo foi tomado pela luminosidade da luz artificial.
Brilho do céu (Sky glow) - é o aspecto alaranjado do céu, causado pelas luzes
indevidamente direcionadas para o alto, considerado o pior em áreas com alta
concentração de poluição atmosférica. O uso de lâmpadas de vapor de sódio,
causa o efeito de cor alaranjada devido ao seu mal direcionamento.
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Figura 2 – Exemplo de ofuscamento – glare.
Fonte (www.nightwise.org).
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Figura 4 – Exemplo de desordem - light clutter.
2. IMPACTOS e CONSEQUÊNCIAS
Aumento do brilho de fundo do céu noturno que diminui a visibilidade dos
astros é considerado o maior problema para observação astronômica (BUENO,
2005).
Iluminação intrusa que consiste na presença de luz artificial em ambientes que
não deveriam receber essa iluminação durante a noite como casas, violando as
propriedades e os direitos de quem lá reside.
Ofuscamento que é a sensação visual promovida pelo excesso de luz ou brilho
que gera desde um desconforto até a perda da visão.
Problemas visuais que causam de um desconforto até problemas mais graves,
existem impactos para a observação astronômica e também para os
ecossistemas.
Animais com hábitos noturnos são prejudicados como as aves migratórias,
tartarugas marinhas, répteis, anfíbios e insetos. Os animais normalmente guiam-
se pela Lua e por estrelas, com a interferência luminosa podem ficar
desorientados e voar em círculos sobre as fontes luminosas chegando a exaustão
e morte.
Animais com bioluminescência - que é a produção e emissão de luz por um
organismo vivo e que tem diversas funções (camuflagem, comunicação e
atração de presas e parceiros para reprodução) - também são afetados. Em áreas
intensamente iluminadas, esse fenômeno perde sua função. Por esse motivo, em
diversas regiões do mundo, os vaga-lumes são cada vez mais escassos. As
fêmeas dos vaga-lumes utilizam a bioluminescência para atrair os machos em
até 45 metros de distância, mas, com a presença de luz artificial, essa ferramenta
é prejudicada, reduzindo a reprodução da espécie.
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Algumas espécies de plantas não florescem se a duração da noite é mais curta,
enquanto outras florescem prematuramente. A fotossíntese induzida pela luz
artificial pode produzir um crescimento anormal e uma defasagem nos períodos
de floração e descanso das plantas.
A poluição luminosa pode afetar também a saúde e ter um impacto social, sendo
relacionada ao aumento na incidência de alguns tipos de câncer. Com a luz a
produção do hormônio melatonina é reduzida e a falta desse hormônio
relaciona-se ao aumento do risco de câncer mamário (LNA, 2017).
O relógio circadiano, ou ciclo de 24 horas de luz e de escuridão, exerce efeitos
em vários processos fisiológicos, incluindo padrões de ondas cerebrais e nos
níveis hormonais. Ligações foram observadas entre a presença de poluição
luminosa e a falta de sono crônica, que por sua vez diminui a resposta
imunológica do corpo. Nas latitudes norte, níveis mais altos de suicídio e
homicídio são mais comuns nos meses de verão, quando a luz do sol é quase
constante, ao contrário do aumento esperado durante os meses de escuridão.
A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal no cérebro. Ela
regula os ciclos de sono e tem algumas propriedades antioxidantes. A
melatonina é produzida durante a noite, e na ausência de luz. A exposição à luz
artificial constante faz com que caiam os níveis de melatonina no organismo.
Melatonina, câncer, e luz artificial. A melatonina ajuda a controlar a produção
de estrogênio. Quando os níveis de melatonina diminuem, tal como acontece
quando existe exposição à poluição luminosa, ocorre um aumento dos níveis de
estrogênio e do risco de tumores relacionados ao estrogênio, tais como o câncer
de mama. A melatonina também tem sido usada para bloquear o crescimento de
células do câncer de próstata.
Trabalhadoras noturnas grávidas, expostas à luz artificial durante a noite, têm
maior risco de aborto espontâneo ou de natimortos. Isso também pode estar
ligado aos níveis aumentados de estrogênio causada pela redução da
melatonina.
Nas figiras 5 e 6, a seguir, demontram como está situição da poluição luminosa
nos países mais poluídos no mundo.
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Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/
Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/
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(4) A radiação refletida pelo solo também é difundida na atmosfera e dirigida para
baixo e também prejudica a observação do céu;
(5) A observação do céu é prejudica para quem observa a aolho nu ou por
telescópio.
Fonte - http://poluicaoluminosa.blogspot.com/2017/
Comparada a outros tipos de poluição, a poluição luminosa é uma das mais facilmente
remediadas. A iluminação correta é aquela em que a luz ilumina a área que interessa
iluminar, conforme demonstrado na figura 8. Se cada fonte de iluminação refletir para
baixo a luz que iria para os lados e para cima, melhora-se a iluminação da área com
menor potência e consumo de energia. A ilustração abaixo exemplifica essa medida.
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Fonte - (www.ecycle.com.br/2718-poluicao-luminosa às 14h - 16/12/2018)
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Figura 9 - Goniofotometro utilizado no Inmetro de modelo Modelo GO-DS 2000
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Fonte – Própria. Foto tirada no dia 11 de dezembro de 2018 no no Laboratório de Radiometria e
Fotometria (Laraf) durante a explicação do profissional do Inmetro, Ivo Ázara.
Luminárias com até 50 kg podem ser montadas no braço giratório do goniômetro, que
mantém inalterada a orientação horizontal da luminária durante o ensaio fotométrico.
Esta propriedade é desejável, especialmente para garantir medições fotométricas
precisas para luminárias equipadas com lâmpadas sensíveis à inclinação espacial, como
é o caso de lâmpadas de descarga em vapor metálico ou lâmpadas fluorescente.
4. CONCLUSÃO
A chave para o combate à poluição luminosa é, principalmente, investir em sistemas de
iluminação externa racionais, com a escolha adequada de lâmpadas, luminárias e a
correta instalação.
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5. BIBLIOGRAFIA
ANCILOTTO, E. R. Poluição Luminosa. Monografia (graduação) – Curso de
Engenharia Ambiental, Escola de Engenharia de Piracicaba, Piracicaba, 2003.
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