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Lei no 12.852/2013
Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das
políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude – SINAJUVE.
social e política, de forma direta e por meio de V – garantir meios e equipamentos públicos
suas representações; que promovam o acesso à produção cultural, à
III – promoção da criatividade e da partici- prática esportiva, à mobilidade territorial e à
pação no desenvolvimento do País; fruição do tempo livre;
IV – reconhecimento do jovem como sujeito VI – promover o território como espaço de
de direitos universais, geracionais e singulares; integração;
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VII – fortalecer as relações institucionais Art. 5o A interlocução da juventude com o
com os entes federados e as redes de órgãos, poder público pode realizar-se por intermédio
gestores e conselhos de juventude; de associações, redes, movimentos e organiza-
VIII – estabelecer mecanismos que ampliem ções juvenis.
a gestão de informação e produção de conhe- Parágrafo único. É dever do poder público
cimento sobre juventude; incentivar a livre associação dos jovens.
IX – promover a integração internacional
entre os jovens, preferencialmente no âmbito Art. 6o São diretrizes da interlocução institu-
da América Latina e da África, e a cooperação cional juvenil:
internacional; I – a definição de órgão governamental
X – garantir a integração das políticas de ju- específico para a gestão das políticas públicas
ventude com os Poderes Legislativo e Judiciário, de juventude;
com o Ministério Público e com a Defensoria II – o incentivo à criação de conselhos de
Pública; e juventude em todos os entes da Federação.
XI – zelar pelos direitos dos jovens com Parágrafo único. Sem prejuízo das atribui-
idade entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos ções do órgão governamental específico para
privados de liberdade e egressos do sistema a gestão das políticas públicas de juventude e
prisional, formulando políticas de educação e dos conselhos de juventude com relação aos
trabalho, incluindo estímulos à sua reinserção direitos previstos neste Estatuto, cabe ao órgão
social e laboral, bem como criando e estimulan- governamental de gestão e aos conselhos dos
do oportunidades de estudo e trabalho que fa- direitos da criança e do adolescente a interlo-
voreçam o cumprimento do regime semiaberto. cução institucional com adolescentes de idade
entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos.
III – a participação individual e coletiva do § 3o São assegurados aos jovens com surdez
jovem em ações que contemplem a defesa dos o uso e o ensino da Língua Brasileira de Sinais
direitos da juventude ou de temas afetos aos – LIBRAS, em todas as etapas e modalidades
jovens; e educacionais.
IV – a efetiva inclusão dos jovens nos espa- § 4o É assegurada aos jovens com deficiên-
ços públicos de decisão com direito a voz e voto. cia a inclusão no ensino regular em todos os
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níveis e modalidades educacionais, incluindo o Art. 12. É garantida a participação efetiva do
atendimento educacional especializado, obser- segmento juvenil, respeitada sua liberdade de
vada a acessibilidade a edificações, transportes, organização, nos conselhos e instâncias deli-
espaços, mobiliários, equipamentos, sistemas berativas de gestão democrática das escolas e
e meios de comunicação e assegurados os universidades.
recursos de tecnologia assistiva e adaptações
necessárias a cada pessoa. Art. 13. As escolas e as universidades deverão
§ 5o A Política Nacional de Educação no formular e implantar medidas de democratiza-
Campo contemplará a ampliação da oferta de ção do acesso e permanência, inclusive progra-
educação para os jovens do campo, em todos mas de assistência estudantil, ação afirmativa e
os níveis e modalidades educacionais. inclusão social para os jovens estudantes.
Art. 30. Todas as escolas deverão buscar pelo Art. 35. O Estado promoverá, em todos os
menos um local apropriado para a prática de níveis de ensino, a educação ambiental voltada
atividades poliesportivas. para a preservação do meio ambiente e a susten-
tabilidade, de acordo com a Política Nacional
do Meio Ambiente.
Seção IX – Do Direito ao Território e à
Mobilidade Art. 36. Na elaboração, na execução e na ava-
liação de políticas públicas que incorporem a
Art. 31. O jovem tem direito ao território e à dimensão ambiental, o poder público deverá
Estatuto da Juventude
V – a promoção do acesso efetivo dos jovens derados, a execução das políticas públicas de
à Defensoria Pública, considerando as especi- juventude;
ficidades da condição juvenil; e IX – estabelecer formas de colaboração com
VI – a promoção do efetivo acesso dos os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
jovens com deficiência à justiça em igualdade para a execução das políticas públicas de ju-
de condições com as demais pessoas, inclusive ventude; e
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X – garantir a publicidade de informações VI – cofinanciar, com os demais entes
sobre repasses de recursos para financiamento federados, a execução de programas, ações e
das políticas públicas de juventude aos conse- projetos das políticas públicas de juventude; e
lhos e gestores estaduais, do Distrito Federal e VII – estabelecer mecanismos de cooperação
municipais. com os Estados e a União para a execução das
políticas públicas de juventude.
Art. 42. Compete aos Estados: Parágrafo único. Para garantir a articulação
I – coordenar, em âmbito estadual, o Sinajuve; federativa com vistas ao efetivo cumprimento
II – elaborar os respectivos planos estaduais das políticas públicas de juventude, os Muni-
de juventude, em conformidade com o Plano cípios podem instituir os consórcios de que
Nacional, com a participação da sociedade, em trata a Lei no 11.107, de 6 de abril de 2005, ou
especial da juventude; qualquer outro instrumento jurídico adequado,
III – criar, desenvolver e manter programas, como forma de compartilhar responsabilidades.
ações e projetos para a execução das políticas
públicas de juventude; Art. 44. As competências dos Estados e Mu-
IV – convocar e realizar, em conjunto com nicípios são atribuídas, cumulativamente, ao
o Conselho Estadual de Juventude, as Confe- Distrito Federal.
rências Estaduais de Juventude, com intervalo
máximo de 4 (quatro) anos;
V – editar normas complementares para a Capítulo III – Dos Conselhos de
organização e o funcionamento do Sinajuve, Juventude
em âmbito estadual e municipal;
VI – estabelecer com a União e os Municí- Art. 45. Os conselhos de juventude são órgãos
pios formas de colaboração para a execução das permanentes e autônomos, não jurisdicionais,
políticas públicas de juventude; e encarregados de tratar das políticas públicas de
VII – cofinanciar, com os demais entes juventude e da garantia do exercício dos direitos
federados, a execução de programas, ações e do jovem, com os seguintes objetivos:
projetos das políticas públicas de juventude. I – auxiliar na elaboração de políticas pú-
Parágrafo único. Serão incluídos nos cen- blicas de juventude que promovam o amplo
sos demográficos dados relativos à população exercício dos direitos dos jovens estabelecidos
jovem do País. nesta Lei;
II – utilizar instrumentos de forma a buscar
Art. 43. Compete aos Municípios: que o Estado garanta aos jovens o exercício dos
I – coordenar, em âmbito municipal, o seus direitos;
Sinajuve; III – colaborar com os órgãos da adminis-
II – elaborar os respectivos planos municipais tração no planejamento e na implementação
de juventude, em conformidade com os respec- das políticas de juventude;
tivos Planos Nacional e Estadual, com a partici- IV – estudar, analisar, elaborar, discutir e
pação da sociedade, em especial da juventude; propor a celebração de instrumentos de coo-
III – criar, desenvolver e manter programas, peração, visando à elaboração de programas,
ações e projetos para a execução das políticas projetos e ações voltados para a juventude;
públicas de juventude; V – promover a realização de estudos rela-
IV – convocar e realizar, em conjunto com tivos à juventude, objetivando subsidiar o pla-
Estatuto da Juventude
Estatuto da Juventude
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