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Algo existe

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Algo existe num dia de verão,
No lento apagar de suas chamas,
Que me impele a ser solene.
Algo, num meio-dia de verão,
Uma fundura - um azul - uma fragrância,
Que o êxtase transcende.
Há, também, numa noite de verão,
Algo tão brilhante e arrebatador
Que só para ver aplaudo -
E escondo minha face inquisidora
Receando que um encanto assim tão trêmulo
E sutil, de mim se escape.
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- Emily Dickinson –

POR QUÊ USAMOS LATIM NOS ENCANTAMENTOS?


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Existe um fascínio quase que hollywoodiano quando falamos em usar latim nos nossos
encantamentos. Muitos não sabem o porquê disso e acham apenas que é uma moda de daqueles
que querem teatralizar um feitiço, deixá-lo mais espalhafatoso e impactante.
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Mas a verdade é que existe sim um motivo de usarmos línguas mortas para criar encantamentos,
existe uma explicação plausível que possivelmente hollywood descobriu antes das bruxas
modernas. Todo esse texto é uma interpretação pessoal de um livro chamado "Ancient Magic Words
and Spells" do Claude Lecouteux, um historiador francês que especializado em história medieval
sob uma ótica ocultista.
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Na obra em questão, ele disseca todas as possibilidades dentro da feitiçaria medieval, indo desde a
fonética e escrita, até códigos e variações linguísticas. Não é estranho termos livros que nos ditam
encantamentos em grego arcaico, hebraico, aramaico e afins. Ele também nos conta sobre as
variações linguísticas onde a real importância não está no sentido da frase, mas sim na sua
musicalidade, rítmica, aliterações e homofonias. Isso tudo pode ser observado nos dias atuais num
manifesto poético chamado de "Slam Poetry".
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E, então, chegamos no latim, também chamado de idiota litúrgico. Tendo em mente tudo o que falei
anteriormente adicionando o fato do latim ser considerado também a "mãe das línguas", o seu uso
em encantamentos se dá pelo fato dele conectar diversos idiomas, logo, ele é entendido em todos
os mundos. A melodia e a prosódia da língua produzem um efeito psicológico em nosso
inconsciente, fazendo com que acessemos sensações através do som e não de seu significado; isso
dentro da magia carrega poder.
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Não são todos que gostam de trabalhar dentro desse viés, mas saber que ele existe é importante.
Saber que não é uma forma de "chamar atenção" é importante, principalmente aqueles que se
interessam pelas raízes da feitiçaria.
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Esse texto é superficialmente introdutório pois compreender o significado de línguas mortas dentro
do universo mágico é digno de um estudo aprofundado em linguística e antropologia. Eu quis jogar
um pouco de luz nesse sombrio tabu da feitiçaria e apresentar para quem se interessar, uma nova
forma de trabalho.
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Pra finalizar, o autor divide a linguística da feitiçaria em três categorias. A primeira é a liturgia cristã,
por ex. salmos; a segunda são as línguas mortas, por ex. latim, grego, alemão, russo, hebreu e etc.
E por último temos os sigilos tipográficos, por se assim dizer, que são basicamente siglas que
indicam um nome ou frase de poder, por ex. I.N.R.I ou V.R.S.
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Infelizmente esse livro não possui tradução, mas para quem entende inglês, ele está disponível em
ebook que sai extremamente mais em conta do que adquirir o exemplar físico.

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