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CURSO DIREITO
Campinas
2018
DIEGO HENRIQUE DE SOUZA ANANIAS
Campinas
2018
RESUMO
O Direito Eleitoral é um conjunto de princípios e regras cujo escopo é assegurar que a
conquista do poder pelos grupos sociais seja efetuada segundo o princípio democrático,
resguardando a soberania popular.
Trata-se, portanto, de ramo autônomo do direito público interno, representado pelo conjunto
de princípios e regras que regulam os direitos, os deveres e as relações do cidadão com a
atividade governamental, tanto no plano ativo (direito de votar) quanto no plano passivo
(direito de ser eleito). Vale ressaltar que é o Direito Constitucional a base jurídica originária
do Direito Eleitoral, o qual fornece os conceitos mais elementares da disciplina.
Electoral Law is a set of principles and rules whose scope is to ensure that the conquest of
power by social groups is carried out in accordance with the democratic principle,
safeguarding popular sovereignty.
It is, therefore, an autonomous branch of internal public law, represented by the set of
principles and rules that regulate the rights, duties and relations of citizens with government
activity, both in the active (right to vote) and in the plan passive (right to be elected). It is
worth mentioning that Constitutional Law is the legal basis of Electoral Law, which provides
the most elementary concepts of the discipline.
3.1 Elegibilidade
3.2 Requerimento
REFERÊNCIAS 18
ANEXO A – CÓDIGO ELEITORAL 21
1 SISTEMÁTICA DAS NORMAS DE DIREITOS POLÍTICOS NA CONSTITUIÇÃO
DE 1988 (CAPÍTULO 1)
Sabemos que diversas leis especiais extraem seu fundamento da Constituição Federal.
Não é diferente com o direito eleitoral, que também é uma lei especial. O Capítulo IV da
Carta Magna trata dos direitos políticos e o caput do seu artigo 14, já vem estipulando que:
Art. 14- “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I- plebiscito, II- referendo,
III- iniciativa popular.”, entre outros pontos que traremos a seguir:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
1.2 Arts. 14 ao 17
O Direito Eleitoral tem como base os artigos 14, 15, 16, 17, da Constituição Federal,
que apresentam as regras básicas, a partir das quais toda a legislação deve ser constituída, ele
traz seus próprios princípios, os quais norteiam toda a criação do ordenamento relacionado
aos direitos e deveres políticos. São eles:
● Princípio da democracia.
● Princípio federativo.
● Princípio da celeridade.
● Princípio da anualidade.
● Princípio da moralidade.
O princípio da democracia prevê que o poder emana do povo, o qual tem participação
na tomada de decisões. No Brasil, isso é feito através de meios como o plebiscito, além das
cidadania, a qual concede à pessoa capacidade de exercer seus direitos de votar e ser votada,
em nosso país. O sistema democrático pode ser classificado em 3 categorias diferentes com
condições próprias:
3.1 Elegibilidade
3.2 Requerimento
A resolução (do TSE) estabelece que cabe a qualquer candidato, partido político,
coligação ou ao Ministério Público Eleitoral, no prazo de cinco dias, contados da publicação
do edital relativo ao pedido de registro, impugná-lo em petição fundamentada. A impugnação,
por parte do candidato, do partido ou da coligação não impede a ação do Ministério Público
Eleitoral no mesmo sentido. A impugnação ao registro de candidatura exige representação
processual e será peticionada diretamente no Processo Judicial Eletrônico (PJe). O
impugnante deve especificar, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a
veracidade do alegado, listando testemunhas, se for o caso, no máximo de seis.
O texto dispõe ainda que qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá,
no prazo de cinco dias contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro, dar
notícia de inelegibilidade ao Tribunal Eleitoral competente, mediante petição fundamentada.
A notícia de inelegibilidade pode ser apresentada diretamente no PJe.
O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação da prova, atendendo aos fatos
e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes, mencionando,
na decisão, os que motivaram seu convencimento.
Ainda que não tenha havido impugnação, o pedido de registro deve ser indeferido
quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade.
O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos os atos relativos à
campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter
seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que chegou a 146 nesta
quarta-feira o número de políticos que tiveram o registro de candidatura negada com base na
Lei da Ficha Limpa. Nesta terça-feira, eram 98 os que já estavam nessa condição. No entanto,
74 deles ainda têm recurso pendente e, por isso, seguem em campanha. Ontem, o Ministério
Público Eleitoral (MPE) utilizou a lei para pedir a impugnação de 749 candidatos, porém, a
decisão cabe à Justiça Eleitoral.
Além do caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ficou fora da
corrida ao Palácio do Planalto por decisão do TSE, há três concorrentes ao poder Executivo
que foram enquadrados pela Justiça nos casos previstos por esta lei. Acir Gurgacz (PDT-RO)
continua na disputa enquanto recorre ao TSE, mas Ângelo Castro (PCO-SC) e Marcelo
Cândido (PDT-SP) aparecem no levantamento como inaptos a realizar campanha.
TRE-SC. Legislação eleitoral e vedações aos agentes públicos contidas no art. 73 da Lei
9.504/1997. Disponível em:
<http://www.tre-sc.jus.br/site/resenha-eleitoral/revista-tecnica/edicoes-impressas/integra/2012
/06/legislacao-eleitoral-e-vedacoes-aos-agentes-publicos-contidas-no-art-73-da-lei-95041997/
index53ae.html?no_cache=1&cHash=3e5f2242f576a0470427b6988d17646c>. Acesso em 20
set 2018.
Universidade São Francisco. Aulas Prof. Antônio Caria Neto. 2º Semestre 2018.
Sessão do TSE onde ficou definido as resoluções para as eleições de 2018. Clique aqui.
ANEXO A – CÓDIGO ELEITORAL