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Introdução

Este ebook foi pensado pra você que toca violão de 6 cordas num nível
intermediário (toca acordes com levadas e lê cifras com fluência) ou até
mesmo avançado, e que quer aprender a linguagem do violão de 7 cordas,
aquele violão de acompanhamento, com floreios e baixarias, no estilo do
Dino 7 Cordas.

Em primeiro lugar, queria deixar claro que quando me refiro à linguagem do


7 cordas, me refiro a uma forma de fazer acompanhamento no violão que
pode ser aplicada perfeitamente ao violão de 6 cordas. O violão de 7 nos dá
mais recursos com a corda a mais, mas a linguagem é a mesma. Basta ouvir o
violão do Dino no início da carreira, ou os violões do Meira e do César Faria,
violonistas do Regional do Canhoto e do Conjunto Época de Ouro.

Neste guia de estudos, vou te apresentar as 5 habilidades essenciais para


quem quer se tornar um bom violonista acompanhador, seja no 6 ou no 7. V
ou te mostrar os estágios necessários para se passar de um violão de 6 que
toca os acordes com levadas para um violão de 7 que faz acompanhamentos
com inversões, conduzindo os baixos e aplicando as famosas baixarias! E vou
destacar os 6 erros típicos que vão te impedir de aprender a linguagem do 7
cordas.

Por fim, vou te sugerir uma rotina de estudos, para que você seja mais
assertivo a atinja seus objetivos mais rapidamente! Bons estudos!

Capítulo 1 - As 5 habilidades essenciais para um bom 7 cordas


Capítulo 2 - Os 7 estágios para se passar do 6 pro 7
Capítulo 3 - Os 6 erros típicos de quem está começando
Capítulo 4 - Rotina de estudos
5 HABILIDADES ESSENCIAIS
1. Subir nos ombros de gigantes

Ninguém constrói a partir do nada, não adianta querer inventar a roda


de novo. O grande cientista Isaac Newton, que nos apresentou a lei da
gravidade, se beneficiou do conhecimento gerado por cientistas anteriores
como Kepler, como ele próprio reconheceu na famosa afirmação “Se cheguei
mais longe do que outros, foi porque estava sobre os ombros de gigantes”.
Ao escutar as gravações dos mestres, começamos a perceber sutilezas que
não estão escritas nas partituras. Exemplo disso foi o Raphael Rabello. Ele
estudou tudo do Dino, aprendeu tudo e foi além, desenvolvendo sua
identidade própria.

A primeira coisa é ouvir MUITO samba e choro acompanhados pelos


grandes mestres do 7 cordas e depois começar a tirar os acompanhamentos
de ouvido. Não só as baixarias, mas as nuances, as levadas, a forma de
montar o acorde, corda solta ou presa, ligadura ou não…

2. Ser um bom ouvinte

O samba e o choro são fundamentados na interação entre os músicos,


o principal ali é o encontro, a alegria de fazer música juntos. E por isso é
importante estar prestando atenção ao todo, estar presente no momento e
não pensando em outras coisas. É difícil, mas aos poucos aprendemos a
dividir nossa atenção e estar consciente do que os outros músicos estão
fazendo e ouvir o todo. Não são estilos de música onde cada um sabe sua
parte, toca sua parte e está tudo certo. São estilos de música onde cada vez
que tocamos uma música, ela sai diferente, justamente por causa da
interação entre os músicos e da espontaneidade.
3. Ser persistente

O violão de 7 cordas não é um instrumento fácil de alcançar a maestria. É


necessário compreender os caminhos harmônicos, melódicos e rítmicos, seja
intuitivamente, teoricamente ou os dois juntos. Por isso, é necessário se dedicar
bastante. É uma maratona e não uma corrida de 100 metros. Mas garanto pra
você que a caminhada é muito prazerosa e divertida. Eu gosto dessa imagem de
aproveitar o caminho de ir aprendendo e não pensar no tocar bem como um
destino.

Se você quer tocar bem um instrumento, você tem que tornar o estudo
um prazer e não uma obrigação, um meio pra chegar em algum lugar. Em
alguns momentos, parece que a gente não está progredindo, mas é preciso ser
persistente, e de repente nos damos conta de que demos um salto enorme, sem
nem saber explicar quando e como aquilo foi possível.

4. Desenvolver habilidade técnica

É importante ter algum nível de habilidade técnica no violão. Isso não


significa saber tocar rápido pra caramba. Mas se deve buscar ir atrás da técnica
necessária pra expressar aquilo que você quer. Uma regra básica seria: se você
quer expressar algo no violão e sua técnica não é suficiente, está na hora de
correr atrás.
Muitas vezes saio de algum trabalho com a sensação de que alguma coisa não
saiu muito bem por conta de técnica e que vou ter que correr atrás disso em
casa. Pode ser uma frase muito rápida, uma passagem de acordes não tão
comum. Eu tenho que estar preparado tecnicamente para aquilo que as minhas
situações musicais exigem.
5. Desenvolver conhecimento harmônico

Todo músico deve ter conhecimento de harmonia, mas isso é


fundamental para músicos de samba e principalmente de choro, onde as
situações harmônicas são mais ricas e variadas, com mudanças mais frequentes.
É preciso saber o que é um ii-V-I, um dominante secundário, um diminuto de
passagem.

É importante começar a analisar clássicos do repertório para aprender a


improvisar em cima das diferentes progressões harmônicas. Quanto mais você
entende de harmonia, de como cada acorde ou intervalo soa dentro do
contexto e compreende a teoria por trás, mais você estará preparado para
improvisar e se virar nas situações mais diversas.
7 ESTÁGIOS PARA PASSAR DO 6 PRO 7

1. Aprender as principais levadas de mão direita e conseguir


tocar a música inteira num andamento confortável sem
interrupções.

2. Saber as inversões de cada acorde e fazer um acompanhamento


utilizando as inversões e conduzindo os baixos de forma elegante.

3. Começar a fazer frases curtas de ligação no violão de 6,


conectando um acorde ao outro.

4. Aprender frases mais complexas e longas, que passam por mais


acordes e utilizam recursos mais avançados de ritmo e escalas.

5. Se acostumar com o violão de 7 cordas. Explorar as formações


de acordes e invesões utilizando a sétima corda.

6. Aplicar frases curtas ao violão de 7

7. Fazer frases mais compridas e sofisticadas no violão de 7,


utilizando todo tipo de recurso.
6 ERROS TÍPICOS DE INICIANTE
A maioria desses erros são essas crenças limitantes que ficam martelando na
nossa cabeça e que impedem a gente de avançar. Se tornar um músico melhor em
qualquer estilo é, na minha opinião, muito mais a parte mental do que a parte
técnica.

1. Achar que o 7 cordas é apenas para quem é excepcionalmente talentoso

Eu sei que olhando de fora o 7 cordas parece algo super complexo, com
harmonia, ritmo e melodia acontecendo ao mesmo tempo. De fato é algo
complexo, mas essas coisas podem ser quebradas em coisas menores. Não estou
dizendo que não existe talento, tem pessoas que tem mais facilidade e uma paixão
imensa pela música ou pelo violão, como Raphael Rabello e Yamandu. Mas eles
também precisaram de milhares de horas de estudo e vivência para atingir o nível
que atingiram.
E não estamos falando aqui de se tornar um dos maiores violonistas de
todos os tempos. Estamos falando de aprender a tocar violão de 7 cordas,
acompanhar um samba, um choro, uma seresta, fazendo um fraseado bonito. E
isso eu conheço várias pessoas que são capazes de fazer e a maioria delas, assim
como eu, não é um ponto fora da curva. São pessoas que tiveram uma boa
orientação e se dedicaram. Não é diferente de aprender qualquer habilidade.
Não é necessário ter um talento excepcional pra tocar 7 cordas. É necessária uma
base de violão, um mínimo de técnica e desenvoltura, mas o resto se conquista
com dedicação e uma boa metodologia, ainda que você tenha apenas meia hora
por dia para estudar.

2. Querer estudar toda a teoria mais avançada antes de tocar

Aprender violão de 7 cordas é mais sobre a linguagem do que sobre que


escala usar em cima de cada acorde ou teoria musical. É lógico que isso pode ser
muito útil, mas pra saber acompanhar uma música fazendo baixarias, é necessário
um conhecimento mais básico de teoria do que se imagina. É preciso conhecer os
acordes, saber as notas dos acordes, as inversões dos acordes e aprender frases que
levem de um ponto a outro, entendendo os acordes que estão por trás.
Um pouco de harmonia funcional também é bastante útil, mas apenas no
nível que você consiga aplicar às músicas que você está tocando, sem colocar a
carroça na frente dos bois.Enquanto você estuda o repertório, o próprio repertório
vai te ensinando harmonia e teoria. Essa abordagem do micro pro macro
considero importantíssima.
3. Achar que se você só ficar ouvindo e ir tocando, em algum momento você
aprende

Você precisa escutar muita música sim e precisa tocar bastante também,
tocar com outras pessoas. Mas só fazendo isso, não significa que você vai aprender.
Você precisa saber o que estudar, em que ordem, pra não jogar seu tempo fora. É
muito importante ter alguém pra te guiar, te mostrar o que você está fazendo
certo, o que você está fazendo errado e te mostrar o caminho a percorrer. Vídeos
no YouTube, posts em blogs e fórums, são muito bons, tem muita informação
disponível, o difícil é ter isso tudo organizado e na ordem certa, com uma
progressão lógica. Eu recomendo a todo mundo que pode ter esse luxo, ter um
professor particular do seu instrumento e também recomendo cursos online, é por
isso que ofereço um, porque eu realmente acredito nisso, em ter um caminho,
tudo organizado.

4. Esperar resultados imediatos

A nossa sociedade está cheia de soluções mágicas. Perca 5kg em uma


semana, fique rico em um mês, esse tipo de coisa. Mas as coisas que realmente dão
certo e que nos preenchem de verdade, são aquelas que vamos construindo aos
poucos, como os relacionamentos, as amizades e dentro da música o caminho da
maestria, curtindo o caminho. Recomendo o livro Maestria, do George Leonard,
sobre isso!

5. Achar que tem que transpor cada frase para todos os tons

Isso é bem típico de livros de técnica, de ter que dominar todos os 12 tons
maiores e os 12 menores. A verdade é que, na prática, usamos muito mais algumas
tonalidades que outras, e o importante é você ter as frases na cabeça e no sangue.
Se ela está muito bem guardada na cabeça, fica muito mais fácil depois de transpor
pra outro tom na hora que aparecer uma situação de usá-la. Eu recomendo, no
início dos estudos, aplicar cada frase à música que você está estudando e num
segundo momento, transpor para outros 3 tons. Por exemplo, se a frase está em dó,
faz a transposição pra ré, sol e fá. Não inventa de transpor ela pra lá bemol e fá
sustenido, num momento em que o seu repertório de frases ainda é pequeno.
Depois sim, transpõe pra todos os tons. Mas bem depois!
6. Achar que é preciso estudar várias horas por dia

Todo mundo já ouviu histórias de caras que estudam 8, 10 horas por dia. É
claro que isso existe e tem caras que alcançaram muito fazendo isso. Mas muito
mais importante que a quantidade de horas que você estuda, é a qualidade dessas
horas. Se você não está concentrado, focado no que está fazendo, você está jogando
tempo fora. Tudo que a gente estuda, tem que ter um objetivo. Se eu estou tocando
escalas e pensando nas contas pra pagar, não estou aprendendo nada. Agora se
estou observando a posição da minha mão, como meus dedos estão colocados,
tentando mapear o braço do violão, pensando nas formas dos acordes, aí sim estou
progredindo. E tudo isso dentro de um planejamento, do que quero alcançar.

Eu sei que você tem uma vida, têm outras responsabilidades, talvez um emprego,
filhos etc. Tocar violão não é tudo na sua vida, certo? Você quer melhorar e
aprender a linguagem do 7 cordas, mas você não tem 8 horas por dia pra estudar.
A boa notícia é que você não precisa desse tempo todo!

Se você tem meia hora por dia, tem um objetivo e um plano pra alcançar esse
objetivo, e está 100% concentrado, você chega lá, e mais rápido do que você
imagina!
ROTINA DE ESTUDOS
Essa rotina de estudos foi pensada para quem tem apenas 30 minutos por dia
para estudar o violão. Você pode facilmente adaptar à sua rotina de estudos
dobrando, triplicando, quadruplicando etc. o tempo de cada tópico caso você
tenha disponível 1 hora, 1 hora e meia, 2 horas etc.
Tem outras áreas que são importantes também como improvisação e leitura,
mas num primeiro momento, e focando na linguagem do 7 cordas, me
restringiria a esses 3 grupos: Técnica, Repertório e Harmonia.

1 - Técnica (5 minutos)

Fazer exercícios de técnica como um aquecimento.

- Exercícios de arpejo (por exemplo Carcassi e Carlevaro).


- Diferentes comportamentos sucessivos na mão esquerda. Tocar em
cada corda, na primeira posição, os dedos 1-2-3-4, depois, 1-3-2-4, 1-4-2-3...
são 24 possibilidades diferentes.

2 - Repertório (15 minutos)

A parte mais importante. Através do repertório você consolida a


técnica, desenvolve o ouvido harmônico e internaliza os conhecimentos
teóricos.

- Tirar de ouvido ou pegar um arranjo de acordo com o seu nível de


habilidade. Escutar a gravação para pegar as nuances. Tocar junto.

3 - Harmonia (10 minutos)

Parte teórica. Compreender as diversas situações harmônicas e analisar


as músicas do seu repertório.

- Estudo da harmonia

- Análise harmônica

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