riistoria va BIBLIOA NACIONAL REVISTA DE Paixdo e poder nos bastidofes do Império Escravos naufragos apavoram portugueses Gls ee Ma Rem eR ee ~ Lapinha: a primeira brasileira a oa) EuropaMARY DEL PRIORE O fogo do ‘Demond@o’ D. Pedro I constr¢ Ola vem Aer MNT ERM Renae ens 0 talento para pul Colom enue No céu do século XIX brilhou uma estrela: a do adultério. A histéria de amantes, que antes estava relacionada a do- minagdo entre senhor e escravas, agora dava lugar a uma relacao venal. As vezes, esses casos eram até apimentados com sentimentos. E 0 exemplo vinha de cima. O periodo comecou com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808. Entre os membros da familia real, a princesa Carlota Joaquina Teresa Caetana de Bourbon y Bourbon ja vinha malfalada por viver na Quinta do Rama- Thao, paldcio localizado em Sintra, distante da residéncia do marido, D. Jodo, que vivia em Lisboa. A boca pequena, havia rumores de um envolvimento de Carlota com o comandan- te das tropas navais britanicas, Sydney Smith. A ele, ela"Na piura de Detret, ache di ponces, Lopalina a Bash quae fo recede por .Pedha po Cnt Joagainae por Joao Aan fou choca coma cond db 097 Ano, com de ach soem gramaa ges do edo XD Saibo Mois ASSUNCAO, Po de Pode seo Ai acon 2008 ‘AzivEDO Force Ne ‘peta Cat anno (rte to rt Re eer Gate rata 28 LUSTOSA abel 0 Feo 1 Sio Pade Comvita cs Ler, 2006 FESS. Je Mein sc on nara hee. 2008 ofereceu de presente uma espada € um anel de Drilhantes. Temperamental € senhora de um Projeto politico pessoal ~ queria ser regente da Espanha ~, a princesa teve, sim, mores, Todos encobertos pela capa da etiqueta e por cartas tro: cadas com 0 marido, nas quais ele era chamado de “meu amor", No Brasil, a nora Leopoldina (1797-1826), re- cémchegada da Austria ~ uma das mais sofist cadas Cortes europeias ~, ndo deixou de escrever 0s familiares, chocada com o comportamento de Carlota Joaquina: “Sua conduta € vergonhosa, ¢ desgragadamente ja se percebem as consequén- cias tristes nas suas filhas mais novas, que tm ‘uma educagao péssima e sabem aos dez anos tan- to como as outras que so casadas”, Os casos amorosos de Carlota eram conheci- dos, ¢ 0 mais rumoroso deles resultou no assas- sinato a facadas, a mando da propria Carlota, de uma rival, a mulher de um funcionério do Banco do Brasil. Enquanto isso, comentava-se sobre a so- lidio de D. Joao, atenuada gracas aos cuidados de seu valete de quarto, Jé 0 filho D. Pedro nao escondeu seus casos de ninguém. Tampouco se preocupava em ser discre- to com a prépria esposa, a princesa Leopoldina, ‘com quem se casou em 1817. Segundo bidgrafos, “seu apetite sexual” eta insacivel. Para ele, no importava a condigZo social: mucamas. estrangei- ras, criadas ou damas da Corte. Nessa época, ser li- bertino ndo significava apenas seduzir todas. Mas, sobretudo, nao se deixar seduzir. Nenhuma se ne- gava a D. Pedro I, por ser rei e por ser fogoso. © consul espanhol Delavat, no Rio, em 1826, acusavao de ser “varidvel em suas conexdes com © belo sexo". E nao hesitava em manter relagSes com varias mulheres de uma mesma familia, como fez com a dangarina Noémi Thierry e sua ima, O mesmo Delavat escreveu que D. Pedro tinha “um objeto distinto para cada semana, ne- huma conseguia fxar sua inclinagio", Nenhuma até ir a So Paulo, em setembro de 1822, quando proclamou a Independéncia. Li encontrou Domi- tila de Castro Canto Mello, de 25 anos, um a mais que ele, Belissima? Nao exatamente. Certo pendor para a gordura, trés partos, cicatrizes,