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onversão
Mas, "Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles”.
E, portanto, (versículo 3), "E, indo no caminho, aconteceu que,
chegando perto de Damasco”, talvez nos portões, (nosso Senhor
permitiu isso para provar a fé dos Seus discípulos, e mais
visivelmente confundir os desígnios de Seus inimigos), "subitame
nte (ao meio-dia, como Saulo mais tarde relata a Agripa) o cercou
um resplendor de luz do céu”, uma luz mais brilhante do que o sol;
"e ele caiu por terra (por que não no Inferno?) e ouviu uma voz que
lhe dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues?" A palavra é
duplicada, "Saulo, Saulo”, como aquela de nosso Senhor a Marta:
"Marta, Marta", ou do profeta, "Ó terra, terra, terra!". Talvez
essas palavras foram como um trovão para sua alma. Que elas
foram ditas em voz alta, temos a certeza a partir do versículo 7,
seus companheiros ouviram a voz. Nosso Senhor agora detém o
fanático perseguidor, chamando-o pelo nome; pois a palavra nunca
nos faz bem, até que nos fale em particular. "Saulo, Saulo, Por que
me persegues?" Coloque a ênfase no termo por que, que mal Eu
fiz? Ponha na palavra persegues, por que persegues? Eu suponho
que Saulo achava que ele não estava perseguindo; não, ele estava
apenas colocando as leis do tribunal eclesiástico em execução; mas
Jesus, que tem os olhos como chama de fogo, viu, através da
hipocrisia de seu coração, que, não obstante os seus pretextos
capciosos, tudo isso procedia de um espírito de perseguição, e uma
inimizade secreta no coração contra Deus; e, portanto, diz: "Por que
me persegues?" Colo que a ênfase na palavra Me, por que me
persegues? Ai de mim! Saulo não estava perseguindo a Cristo,
estava? Ele só estava tendo o cuidado de evitar inovações na igreja,
e trazendo um
Eu não acho que Saulo deu qualquer razão por que ele perseguia;
não, ele estava mudo; como todo perseguidor ficará, quando Jesus
Cristo colocar esta mesma pergunta a eles no terrível dia do
julgamento. Mas ao ser tocado no coração, sem dúvida, não só
quanto à perseguição, mas quanto a todas as suas outras ofensas
contra o grande Deus, ele disse:
"Quem és, Senhor?” (v. 5). Veja quão depressa Deus pode mudar o
coraç ão e a voz de Seus inimigos mais hostis. Poucos dias atrás,
Saulo não só estava blasfemando do próprio Cristo, mas obrigava
outros a blasfemarem também: mas agora não, Aquele que antes
era
Mas será que o Senhor deixará Seu pobre servo neste sofrimento?
Não; o seu Jesus (embora Saulo O perseguisse) prometeu (e
cumprirá) que "te será dito o que te convém
O Senhor continua a incentivar Ananias para ir até Saulo: Ele diz, "E
numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e
punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver” (v. 12). De modo
que, embora Cristo tenha convertido Saulo imediatamente,
Ele continuará a obra assim iniciada, através de um ministro. Felizes
aqueles que, com problemas espirituais, têm tais guias experientes,
e bem familiarizados com Jesus Cristo como Ananias era; vocês que
têm os tais, sejam muito gratos por eles; e quem não os têm, confie
em Deus; Ele continuará a Sua própria obra sem eles.
Sem dúvida, Ananias era um bom homem; mas devo elogiá-lo por
sua resposta ao nosso Senhor? Não; porque ele diz nos versículos
13-14: "Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males
tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui tem poder
dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam
o teu nome”. Receio que esta resposta procedeu de alguns
resquícios de justiça própria, bem como de infidelidade, que
estavam encobertos no coração de Ananias. "Levanta-te, (disse
nosso Senhor) e vai para a rua, que é chamada Direita, e pergunta
em casa de Judas, por um chamado Saulo de Tarso; pois eis que ele
está orando!”. Alguém poderia pensar que isso seria o
suficiente para satisfazê-lo; mas diz Ananias: "Senhor, a muitos ouvi
acerca deste homem (ele parece falar dele com muito desprezo,
porque mesmo os bons homens são capazes de pensar com
demasiado desprezo sobre aqueles que ainda estão em seus
pecados), quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e
aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos
os que invocam o teu nome”, e ele deveria prendê-lo também, se ele
fosse até Saulo; mas o Senhor silencia todas as objeções com um,
"Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu
nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe
mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome”. Deus o
cala imediatamente, afirmando Sua soberania, e pregando a ele a
doutrina da eleição. E a freqüente conversão de terríveis pecadores
a Deus é, para mim, uma grande prova, entre milhares de outras,
dessa doutrina preciosa, porém muito atacada e tristemente
deturpada, do amor eletivo de Deus; pois, por que motivo os tais
são chamados, enquanto milhares de pessoas, nem de perto tão vis,
morrem insensíveis e tolas? Toda resposta que pode ser dada é que
eles são vasos escolhidos; "Vai (Deus diz), porque este é para mim
um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos
reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer
pelo meu nome”. Observe a estreita ligação existente entre
trabalhar para e o sofrer por Cristo. Se alguns dos meus irmãos no
ministério estão presentes, deixem-nos escolher quais vantagens
devemos aguardar, se somos chamados para trabalhar para Deus:
não altos honorários ou promoções, mas grandes sofrimentos por
amor ao nome do Senhor; estes são os frutos do nosso trabalho, e
aquele que não se contentar em sofrer por pregar a Cristo, não é
digno dEle. O sofrimento terá sido a melhor recompensa, quando
formos chamados para prestar contas do nosso ministério
naquele grande dia.
Versículo 18: "E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas,
e recuperou a vista”; não apenas a visão física, mas a espiritual; ele
emergiu como se estivesse em um novo mundo; ele viu, e sentiu
também, coisas indizíveis; ele sentiu uma união da alma com Deus;
Mas oh, com que consolo o apóstolo agora come sua comida?
Estou certo de que foi com singeleza, estou convencido, também
com alegria de coração; e por que? Ele sabia que estava
reconciliado com Deus; e, de minha parte, eu não sabia quão cegos
e insensíveis nossos corações são, por natureza. Eu deveria
imaginar que alguém poderia comer mesmo sua comida comum com
satisfação, mesmo quem não tem alguma esperança
bem fundamentada de sua reconciliação com Deus. Nosso Senhor
exige muito isso de nós: pois em Sua gloriosa oração, depois que
Ele nos ensinou a orar pelo nosso pão de cada dia, imediatamente
acrescenta essa petição: "Perdoa-nos as nossas ofensas”, como se
o nosso pão de cada dia nos fizesse nenhum serviço, a menos que
fôssemos sensíveis da necessidade de obter o perdão dos nossos
pecados.
Mas quem pode dizer que alegria esses discípulos sentiram quando
Saulo chegou entre eles! Suponho que o santo Ananias o
apresentou. Parece-me que eu vejo o fanático, antes perseguidor,
quando eles vieram para saudá-lo com um ósculo santo, atirando-se
sobre cada um daqueles pescoços, chorando rios de lágrimas, e
dizendo, "meu irmão, ó minha irmã, você pode perdoar-me? Você
pode dar a um miserável como eu a destra do companheirismo, que
pretendia arrastá-lo atrás de mim preso a Jerusalém?”. Assim,
eu digo, podemos supor que Saulo dirigiu-se aos seus
condiscípulos; e eu não duvido que eles estivessem tão prontos a
perdoar e esquecer quanto Ananias, e o saudaram com o
título cativante de "irmão Saulo”. Adorável foi esta reunião; tão
linda, que parece que Saulo permaneceu alguns dias com eles, para
comunicar experiências e aprender o caminho de Deus mais
perfeitamente; para orar por uma bênção sobre seu futuro
ministério, e louvar a Cristo Jesus pelo que tinha feito por suas
almas. Saulo, talvez, tenha se assentado determinados anos aos
pés de Gamaliel, mas, sem dúvida, aprendeu mais nesses
poucos dias, do que ele tinha aprendido antes em toda a sua vida.
Agrada-me pensar como este grande estudioso é transformado pela
renovação da sua mente. Que grande mudança aconteceu aqui! Que
grande homem como Saulo era, tanto quanto à sua posição na
vida, e as qualificações internas, e inimigo tão hostil dos Cristãos;
digo, por ele ir e ficar alguns dias com as pessoas desta maneira, e
sentar-se calmamente e ser ensinado por homens iletrados,
podemos estar certos que assim eram muitos daqueles discípulos, é
uma prova substancial da realidade de sua conversão!
Mas por que Saulo pregava a Cristo, assim? Porque ele tinha
sentido o poder de Cristo
sobre a sua alma. E aqui está a razão pela qual Cristo é tão
raramente pregado, e Sua divindade tão levemente insistida em
nossas sinagogas: porque boa parte dos que fingem pregar nunca
experimentaram a obra salvífica de conversão em suas próprias
almas. Como pregarão, se primeiro não forem ensinados, e, em
seguida, enviados por Deus? Saulo não pregou a Cristo antes de O
conhecer; ninguém deveria fazer o contrário. Um ministro não-
convertido, embora possa falar as línguas dos homens e dos anjos,
será como um bronze que soa e o tilintar dos metais para aqueles
cujos sentidos são exercitados para discernir as coisas espirituais.
Ministros que não são convertidos podem falar e declamar
sobre Cristo, e provar a partir de livros que Ele é o Filho de Deus;
mas eles não podem pregar com a demonstração do Espírito e com
poder, a menos que eles preguem a partir da experiência, e tenham
uma prova de Sua divindade, por uma obra da graça operada
em suas próprias almas. Deus perdoe aqueles que consagram um
homem não-convertido, sabendo disso. Eu nunca faria isso. Senhor
Jesus, conserve os Teus servos fiéis e puros, e não os deixe ser
participantes de pecados alheios!
Sola Scriptural Sola Gratial Sola Fidel Solus Christusl Soli Deo Gloria!
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feita, não desfalecemos;
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem
exterior se corrompa, o
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