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ACESSO DE TODOS.
Trata da gestão da biblioteca voltada para acessibilidade de todos os usuários, com maior foco em
usuários com necessidades especiais, a partir da idéia de biblioteconomia inclusiva. Observa
algumas leis e recomendações para que torne o espaço físico e digital de uma biblioteca acessível a
pessoas com necessidades especiais. Analisa como deve ser o espaço físico e digital de uma
biblioteca para que todos possam utilizá- la sem problemas e com maior facilidade. Mostra como é
importante o foco no usuário e a participação do mesmo na concepção de uma biblioteca inclusiva e
também a importância do bibliotecário nessa concepção. A questão principal é a acessibilidade, a
partir daí analisa alguns critérios e princípios que devem ser seguidos para gerar essa acessibilidade
dentro dos centros informacionais. Objetiva fazer com que os bibliotecários fiquem atentos a gama de
usuários que também tem muita necessidade por informações e muitas vezes são privados disto por
não ter um fácil acesso, analisando a função de um bibliotecário vê- se que ele é um dos principais
responsáveis em tornar mais acessível a informação, seja em ambiente físico ou digital. Conclui que
a partir do trabalho do bibliotecário, as novas tecnologias podem ajudar muito nessa inclusão, sejam
elas digitais ou não e que o conceito de biblioteca inclusiva vai muito além de incluir alguém em um
centro informacional, ela ajuda na formação e gera conhecimento no indivíduo.
Este trabalho tem por objetivo demonstrar as praticas inclusivas que deverão
ser tomadas dentro de um centro informacional para que os necessidades especiais
posam freqüentar e usufruir de seus serviços com maior conforto, nos guiaremos
pelas normas, leis e decretos que regulamentam o tema.
A garantia do acesso à informação e inclusão digital dos portadores de
necessidades especiais esbarram a todo momento em obstáculos do cotidiano, a
Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e critérios
básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
necessidades especiais, e dá outras providências. Se cumprida na integra, a lei
pode vir a diminuir barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de
comunicação que prejudicam os portadores de necessidades especiais. O
Ministério Público Federal, pela Procuradoria da República em acordo com a
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, disponibilizou a NBR 9050 –
Acessibilidade a Edificações, Mobiliários, Espaços e Equipamentos Urbanos, bem
como outras normas referentes aos direitos das pessoas com necessidades
especiais, fornecendo informações as necessárias a serem seguidas para
adaptação dos espaços a essas pessoas.
A Biblioteconomia se caracteriza por atender às particularidades de diversos
grupos que se beneficiam dos serviços de informação, em especial, da biblioteca.
Por isso nós bibliotecários devemos estar sempre atentos a todas as necessidades
de um possível usuário seja ele portador de necessidades especiais ou não.
“Assim, na gestão de serviços em bibliotecas, é fundamental e necessária
uma nova concepção de prestação de serviços, fazendo uso das TICs e focando os
usuários, ou seja, a identificação da demanda de informações direcionadas e
específicas a cada segmento (SANTOS; FACHIN; VARVAKIS, 2003.).”
Este desing deve ser criado com a participação de todos usuários, para que
realmente atenda a todos de todas as maneiras necessárias. Isto pode ser feito
através de pesquisa de usuários e com maior preocupação do bibliotecário em
atender a maior quantidade de usuário possível e com qualidade.
O Desing Universal diz respeito ao desenvolvimento de produtos e ambientes
para serem utilizados por todas as pessoas na maior extensão possível, sem
necessidade de adaptação ou desing especial, ou seja, deve- se criar um desing que
atenda a todos sem a necessidade da implementação de algo especial, isto já estará
imbutido nele. As normas técnicas NBR15250 (ABNT, 2005a) e NBR15290 (ABNT,
2005b) definem como pressupostos do desing universal: “a equiparação nas
possibilidades de uso, a flexibilidade no uso, o uso simples e intuitivo, a captação da
informação, a tolerância para o erro e a dimensão e espaço para o uso e interação.”
Tudo isso com objetivo de facilitar a vida do usuário. Os princípios para
acessibilidade do Desing Universal estão listados e explicados abaixo:
- Uso eqüitativo: o design é útil e comercializável para pessoas com
habilidades diversas.
- Flexibilidade no uso: o design acomoda uma ampla variedade de
preferências e habilidades individuais.
- Simples e intuitivo: o uso do design é fácil de entender, independentemente
da experiência, do conhecimento, das habilidades lingüísticas ou do nível de
concentração corrente do usuário.
- Informação perceptível: o design comunica a informação necessária
efetivamente ao usuário, independentemente das condições do ambiente ou das
habilidades sensoriais do usuário.
- Tolerância ao erro: o design minimiza perigos e conseqüências adversas de
ações acidentais ou não intencionais.
- Baixo esforço físico: o design pode ser usado eficientemente,
confortavelmente e com um mínimo de fadiga.
- Tamanho e espaço para aproximação e uso: tamanho apropriado e espaço
são oferecidos para aproximação, alcance, manipulação e uso independentemente
do tamanho do corpo, postura ou mobilidade do usuário.
Estes princípios de acessibilidade devem ser seguidos para promover acesso
a quaisquer ambientes e produtos a quaisquer tipo de pessoa com maior facilidade
possível, mas quando isso não for possível, deve- se considerar o acesso por meio
de opções padronizadas, a compatibilidade com tecnologias assistivas e a facilidade
de alteração sob demanda.
ACESSIBILIDADE NA WEB
CONCLUSÃO
A idéia de biblioteca inclusiva deve ser adotada afim de incluir uma parte da
sociedade, que muitas vezes é esquecida em projetos de construção e acesso a
informação, nos sistemas de informação. O acesso a informação, hoje em dia, gira
bastante em torno da web, logo deve- se tornar acessível as informações lá
encontradas, não para só a parte da sociedade sem necessidades especiais, mas
também a outra parte que tem estas necessidades, mas conclui- se que todas as
partes da sociedade podem utilizar o serviço que, a principio, é indicado a uma
parte somente. A manutenção de recomendações e leis que tornam cada vez mais
acessível à informação, é muito importante para o desenvolvimento da sociedade já
que através delas está acontecendo a busca e o acesso a informação e está se
gerando maior conhecimento a todos. São os bibliotecários os capazes e
responsáveis por essa inclusão de novos usuários dentro da biblioteca, utilizando de
novas tecnologias e habilidades para efetuar as velhas práticas, que são fomentar a
busca por informação e ajudar a gerar conhecimento na sociedade.
REFERÊNCIAS
de Janeiro, 2004.
__________. NBR 15250. Acessibilidade em comunicação na televisão. Rio de
Janeiro, 2005.
<http://www.portalppgci.marilia.unesp.br/enancib/viewabstract.php?id=305> . Acesso
CONNELL, B. R., JONES, M., MACE, R. et al. About UD: Universal Design
Principles. Version 2.0. Raleigh: The Center for Universal Design, 1997. Disponível
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2008.
PINHEIRO, Ana Virgínia. Organização e administração de bibliotecas: planos de
UNICAMP, 2006.