UMA AVENTURA DE NÍVEL 1

VENCEDORA DA “MYSTERY MAP ADVENTURE DESIGN COMPETITION” DE 2012

Por Jobe Bittman • Capa e Cartografia: Doug Kovacs • Edição: Rev. Dak J. Ultimak
Arte interna: Fritz Haas, Doug Kovacs, Stefan Poag, Tom Galambos • Direção de Arte e Layout: Joseph
Goodman
Editores Chefes: Anésio Vargas Junior e Alexandre “Manjuba” Seba • Tradução: Alessandro Jean Loro
Revisão: Bruna Cristina Lampert • Diagramação: Natacha Castro, Alan Rozante
Agradecemos aos juízes da Mystery Map Adventure Design Competition de 2012:
Michael Curtis, Aldo Ghiozzi, Doug Kovacs, Erol Otus, Stefan Poag, Harley Stroh
Playtesters: John Aegard, Jemima Bittman, Nita Bittman, Zeta Bittman, Twyla Campbell, Derek Guder, Cory Johnson,
Caitlin Ratzloff, Matthew Ratzloff, Adam Skalenakis, Shawn Smith; (Norwescon 2013) Travis J. Cook, Rusty Gerard,
Melissa Grimmer, Cameron Lee; (Gencon 2013) Nick Abruzzo, Jason Cefaratti, Dave Center, Lauriel Earley,
Noah Hornick, Mike Markey, Joseph Moore, Adam Muszkiewicz, Katie Muszkiewicz, Jim Skach, Edward Stoering, Jim Wampler
Todos os direitos desta edição reservados a New Order Editora. Rua Laureano Rosa, 131, parte – Bairro Alcântara – São Gonçalo – RJ.
Cep: 24710-350. Fone:(21)9640-76886/83*68772 (21)9660-35115 - neworder@newordereditora.com.br
DCC RPG e esta aventura são copyright © 2014 Goodman Games. Dungeon Crawl Classics é uma marca registrada de Goodman Games. DCC RPG é publicado sob a Open
Game License. Procure pela OGL neste livro para maiores informações.

ISBN: 9788568458341
newordereditora.com.br

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 Dados internacionais de catalogação na publicação
Bibliotecário responsável: Cristiano Motta Antunes CRB14/1194

B624a
Bittman, John
Aquele que observa debaixo / John Bittman ;
tradução de Alessandro Jean Loro. – 1. ed. - Rio
de Janeiro : New Order, 2018.
28 p. : il.

Tradução de: The one who watches from below.

ISBN: 978-85-68458-34-1

1. Jogos de fantasia. 2. Jogos de aventura. 3.

“Roleplaying games”. 4. Dungeon Crawl Classics
(jogo). I. Título.

CDD – 793.93
CDU - 794:792.028
 ocê lembra dos bons e velhos tempos, quando as aven- o começo, havia o caos. O universo era um caldeirão

v turas eram no subterrâneo, os NPCs deviam ser mortos

e o clímax de toda a masmorra era um dragão no 20º
nível? Esses tempos estão de volta. As aventuras de Dungeon
Crawl Classics não desperdiçam seu tempo com longos discur-
sos, cenários de campanha estranhos ou NPCs que não devem
ser mortos. Cada aventura é composta por 100% de boa e sólida
exploração de masmorra, com os monstros que você conhece,
as armadilhas de que você lembra e as portas secretas que você
sabe que estão em algum lugar.
Esta aventura foi desenvolvida para 6-8 personagens de nível
1. Ela lança os aventureiros contra horrores de fúria crescente,
advindos de outro mundo. A determinação e a sanidade dos
personagens novatos serão forçadas além de seus limites. Aque-
les que desafiarem seu juízo emergirão do Templo Subterrâneo
de Shigazilnizthrub com os bolsos cheios e com histórias dignas
de lenda. Para ter a mínima chance de sobreviver, o grupo de
aventureiros deve ser composto por uma equipe variada, com
especialistas na arte da guerra, da ladinagem, da feitiçaria e do
poder sagrado. De outro modo, eles certamente encontrarão seu
fim.
Na conclusão da aventura, os aventureiros estarão diante de um
combate mortal contra um aspecto de um deus ancião. Os fracos
e estúpidos perecerão em agonia. Seus corpos inchados alimen-
tarão os vorazes vermes ácidos e seus olhos lívidos saltarão das
órbitas ainda quentes para passar a eternidade testemunhando
a magnificência do Observador das Profundezas.
n primordial de pavor borbulhante, uma escuridão que
nem mesmo mil sóis conseguiriam extinguir. Nesse cal-
do escuro, os deuses anciãos batalhavam pela supremacia. Seu
banquete era o medo; sua bebida, a loucura. Depois, as coisas
pequenas surgiram. Elas se esquivavam e espumavam nas bre-
chas do poder esmagador dos deuses anciãos – arrastando-se,
matando e devorando uma às outras – até que elas produziram
um ínfimo ponto de luz. Em um instante, elas eram várias pe-
quenas luzes... que viraram estrelas... que viraram sóis... que
viraram deuses. Os novos deuses ergueram-se em um clarão de
luz contra os corpulentos lordes do caos. Uma reação em cadeia
cataclísmica ocorreu, dando origem a tudo o que existe. Esta é
a história dos deuses antes dos deuses, um conto desconhecido
pelos historiadores humanos e semi-humanos.
Por eras, os deuses anciãos depostos têm se agitado, irritados,
em um fosso de energia bruta abaixo do universo. Às vezes,
seus intelectos conspurcados borbulham para a superfície.
O líder entre os deuses negros é Shigazilnizthrub, o sádi-
co devorador de mundos. A mera invocação de seu nome
tem o poder de destruir colheitas e reduzir cidades inteiras a
pó. Seus devotos insanos referem-se a ele somente como “O
Observador das Profundezas”. A divindade profana esta-
beleceu três fortalezas abaixo de Aereth, mas seu propósito
permanece desconhecido. Por enquanto, ele apenas observa,
reúne poder e aguarda que os corpos celestes se alinhem no céu,
pois foi escrito:
“um dia, os Deuses Anciãos retornarão.”

THE MYSTERY MAP ADVENTURE DESIGN COMPETITION

Em junho de 2012, a Goodman Games promoveu uma competição de criação de aven-
turas especial. Nosso módulo de aventuras para o Free RPG Day 2012 incluía um
mapa incompleto. Os leitores poderiam completar o mapa, enviar uma proposta de
aventura e competir por um contrato de mil dólares para escrevê-la. Um grupo de
juízes ilustres leu a enxurrada de propostas recebidas e selecionou as finalistas. Após
um longo debate, uma vencedora foi escolhida.
A aventura que você tem em mãos é a vencedora da Mystery Map Adventure De-
sign Competition. Havia outras excelentes aventuras na competição, mas a de Jobe
Bittman se destacava das demais. Ela possui um forte tom de Apêndice N, encontros
únicos que seus jogadores lembrarão por muito tempo, várias cenas altamente vi-
suais que permanecerão em suas mentes e algumas reviravoltas incríveis. Também
inclui um dos mais criativos handouts que eu já vi. Prepare-se para muita diversão.
Acredito que você apreciará esta aventura tanto quanto nós apreciamos.
– Joseph Goodman, Goodman Games, Novembro de 2013

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 ntre os místicos de Punjar, sabe-se que existe uma caver-

E na milagrosa onde os mortais podem provar o verdadei-

ro poder da profecia. Um lugar onde qualquer pergunta
pode ser respondida se você estiver disposto a pagar um alto pre-
ço em dinheiro. As lendas chamam-na de Caverna dos Segredos.
Sua localização é cuidadosamente guardada, uma proteção con-
tra o abuso de gananciosos e corruptos. A fonte de seu poder é
um mistério ainda mais profundo, desconhecida até mesmo pe-
los sábios e místicos que a visitam. Se fosse descoberta, a única
ação a ser tomada seria purificar o templo e reduzir a caverna
a escombros. Abaixo dela, há um templo dedicado a Shigazil-
nizthrub, um deus ancião com motivações sombrias. Todos que
ousaram aventurar-se além das câmaras de sono nunca mais
foram vistos.
O preço pela profecia é simples: o peregrino que busca o conhe-
cimento adentra a caverna levando tributos na forma de moedas,
gemas ou itens mágicos. Então, ervas soporíferas são queimadas
para induzi-lo a um sono profundo. Ele deve concentrar-se em
Outra diferença notável em comparação a outras aventuras de
sua pergunta enquanto adormece. A resposta vem por meio de
nível baixo é a desigualdade de poder entre os personagens e os
sonhos. Alguns nunca mais despertam. Se o deus ancião vê algo
monstros no encontro final. Os aventureiros encaram uma bes-
contrário a seus desígnios no futuro de um peregrino, seus ser-
ta titânica com poderes quase divinos guardando uma massiva
vos assassinam o adormecido e livram-se de seu corpo.
pilha de tesouros. O risco é grande, assim como a recompensa.
Eis algumas ideias para envolver seus jogadores nas teias de
Shigazilnizthrub: A MALDICAO DO OLHO
• O grupo ouviu histórias sobre um grande tesouro guarda- ESMERALDA
do na Caverna dos Segredos. O montante é protegido ape-
Esta maldição é, geralmente, utilizada por conjuradores podero-
nas por uns monges velhos. O que poderia dar errado?
sos para proteger tesouros e lugares sagrados. Usando um caco
• Os aventureiros encontram-se diante de um enigma que de vidro e um cílio recém arrancado, o conjurador modela uma
não conseguem resolver. Um mago fornece-lhes um mapa esmeralda falsa grande o suficiente para fazer com que até o
para a caverna e sugere que eles possam encontrar a respos- mais prudente aventureiro deixe toda a cautela de lado. Nor-
ta lá. malmente, a gema é colocada em uma estátua ou algo parecido.
A maldição é impregnada na gema ao recitar-se os seguintes
• Místicos estão desaparecendo. Em Punjar, seus amigos sus- versos:
peitam que bandidos estão atacando no caminho até a ca-
verna. Um membro da cabala contrata o grupo para levar Pagão, gatuno, afaste-se já
um carregamento falso até as proximidades da caverna e, Pois tuas peripécias ladinas confessarás
assim, eliminar os fora da lei. Muito em breve encontrarás na luzerna
A ruína da visão eterna.
NOTAS PARA O JUIZ Essa maldição implica em uma penalidade de -2 na Sorte, além
O Observador das Profundezas pode durar de uma a quatro ses- dos efeitos colaterais desagradáveis. Quando a gema é subme-
sões de jogo, dependendo das escolhas dos aventureiros. Se tida a qualquer força, seja puxando ou empurrando, a maldição
você prefere jogá-la em uma única sessão de quatro horas, re- é ativada e rearmada imediatamente. Qualquer um que tocar a
mova todos os encontros aleatórios e guie o grupo até o Salão gema, seja com as mãos ou utilizando um objeto, e qualquer um
dos Olhos depois da terceira hora. que tocar essa pessoa fica violentamente enfraquecida e cai ao
chão. Os olhos das vítimas desesperadas movem-se do corpo
Esta aventura requer um pouco mais de cuidado durante a lei- para o chão ou para as paredes, deixando nas faces apenas uma
tura do que muitas outras. Há alguns detalhes que você deve ter pele macia onde antes estavam as órbitas. A consciência perma-
certeza de que compreendeu por completo antes de começar a nece com os olhos, deixando o corpo da vítima adormecido em
sessão. estado semelhante a um coma. Os olhos permanecem na super-
fície em que foram aprisionados - algo como a magia Boca Mági-
O detalhe mais importante é a Maldição do Olho Esmeralda.
ca para olhos. Olhos amaldiçoados possuem CA 12 (CA 20 quando
Gemas amaldiçoadas encontradas pelo complexo têm o poder
os olhos estiverem fechados), 3 PVs (por olho) e nenhum bônus
de transformar os personagens de uma maneira desagradável.
para Jogadas de Proteção.
Embora ativar a maldição certamente não seja necessário, é
Olhos amaldiçoados: Inic +0; Atq nenhum; CA 12 (CA 20 quan-
uma das coisas que fazem desta aventura algo único. Uma com-
do os olhos estiverem fechados); DVs 1d6; PVs 6; MV 6m; Ação
preensão plena sobre o funcionamento da maldição é essencial.
1d20; PE dominar criatura, -2 Sorte; JP Fort +0, Ref +0, Vont +0;
Algumas descrições das áreas possuem a sessão “Evento de AL (o mesmo que seu dono).
Maldição”. Esses eventos ou situações, geralmente, só ocorrem
Personagens afetados pela armadilha perdem a habilidade de
se um jogador tornar-se ou já estiver amaldiçoado.
falar imediatamente, mas podem piscar e se expressar com os

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olhos. O Juiz pode fornecer aos jogadores um escudo de rosto
(uma folha de papel com um espaço recortado para os olhos,
como mostrado na capa interna) e avisar que o jogador não
pode mais comunicar-se usando a fala ao interpretar o persona-
gem afetado. O jogador com o escudo de rosto só poderá enviar
informações usando seus olhos e outras pistas não verbais. Al-
guns exemplos incluem piscar, mover os olhos e olhares dife-
rentes.
Depois do choque inicial, um personagem amaldiçoado perce-
berá que, embora tenha perdido grande parte de suas habili-
dades, ele também ganhou algumas novas. Ao olhar e se con-
centrar em determinada direção, o personagem pode mover
fisicamente seus olhos através de quaisquer objetos inanima-
dos que estejam em contato uns com os outros - paredes, chão,
portas e até mesmo o escudo de outro personagem. Jogadores
inteligentes podem tentar mover seus olhos formando letras so-
bre uma mesa. Se os personagens forem alfabetizados, essa é
uma solução válida para o problema de comunicação. Peça que
o jogador trace as letras no ar com um dedo ou que escreva-as
em um pedaço de papel. Entretanto, esse modo de comunicação
é muito ineficiente: a cada 20 caracteres escritos, 5 minutos de
tempo de jogo se passaram. Se os aventureiros não estiverem
bem escondidos, isso significa que o Juiz rolará por encontros
aleatórios a cada mensagem desse tamanho.
Os olhos amaldiçoados também ganham a habilidade de do-
minar criaturas não inteligentes, como as bestas no canil (área
2-12). Eles só podem dominar criaturas não inteligentes que
estejam inconscientes, presas ou contidas de alguma forma e
utilizando um Dado de Ação. A criatura alvo precisa ser bem
sucedida em uma Jogada de Proteção de Vontade resistida ou
estará sobre controle do personagem incorpóreo (observe que
tentar possuir um corpo amaldiçoado sempre falha e causa dor
intensa). Enquanto estiver dominando uma criatura, o Jogador
utiliza as estatísticas dela. O personagem só pode falar com a
habilidade possuída pela criatura dominada. O jogador deverá
falar por meio de grunhidos, assobios ou uivos. Por que o juiz
deveria ser o único a fazer vozes engraçadas?
Os olhos amaldiçoados podem ser posicionados no corpo do
hospedeiro de qualquer modo. O dominador pode libertar sua
presa com outra ação. O hospedeiro tem direito a uma nova JP a
cada hora: uma jogada bem sucedida significa que ele retomou
o controle e os olhos amaldiçoados são forçados a deixar seu
corpo. A morte de um hospedeiro não tem consequências: os
olhos podem mover-se para fora do corpo morto como fariam
com qualquer outro objeto inanimado.
REMOVENDO A MALDICAO
Escapar da Maldição do Olho Esmeralda não é uma tarefa fácil.
Um livro ou pergaminho descrevendo o Ritual da Reunifica-
ção precisa ser encontrado (tal descrição pode ser encontrada
na área 2-9). O ritual detalha a construção de um altar especial.
Normalmente, esse altar demanda 1d3 semanas para ser cons-
truído, embora o altar da área 2-10 possa ser utilizado. O conjun-
to de olhos amaldiçoados e corpo são colocados no altar. Vários
materiais raros - língua inchada (uma criatura semelhante a um
girino encontrada nos pântanos do sul), olho de tritão e pelo de
urso-coruja - são friccionados no rosto do personagem enquanto
a magia é recitada. O ritual requer sucesso em uma Jogada de
Conjuração CD 20 feita pelo conjurador primário. Cada reagen-
te utilizado é consumido e adiciona +1 à Jogada. Conjuradores
adicionais somam metade de seu Bônus de Jogada de Conjura-
ção mais qualquer Queimarcana à rolagem. Para maiores infor-
mações, veja Magia Ritualizada (DCC RPG, página 124).
Também há um método rápido e prático para remover a maldi-
ção, embora não esteja escrito em nenhum livro. Destruir ambos
os olhos amaldiçoados faz com que eles apareçam novamente
no corpo do personagem (1d3 de dano por olho). O personagem
acorda com os olhos em suas órbitas, mas cego e sofrendo de do-
res intensas. Cura mágica ou auxílio divino podem ajudar. Um
clérigo pode utilizar sua habilidade de Cura pelas Mãos para
curar a cegueira. Curar os olhos destruídos requer, ao menos,
quatro dados de cura ou um pedido de auxílio divino CD 20.
Àqueles aventureiros engenhosos que conseguirem remover as
gemas amaldiçoadas utilizando magias ou outros mecanismos
sem invocar a maldição, eu os saúdo. Esmeraldas gigantes va-
lem de 10.000 - 100.000 POs em qualquer lugar, dependendo do
tamanho. Infelizmente, elas viram pó se expostas à luz solar. En-
contrar um comprador que não possa tocar ou ver suas gemas
durante o dia pode ser uma tarefa bastante difícil.

INTERPRETANDO A MALDICAO
A Maldição do Olho Esmeralda cumpre um papel central nesta aventura. Os personagens podem utilizá-la para investigar o
caminho à frente, alcançar áreas inacessíveis do mapa e controlar monstros. Quando a maldição for encontrada pela primeira
vez, você deve reforçar as regras que a definem com mãos de ferro. Explique em particular se necessário. Lembre-se sempre
de que jogadores amaldiçoados NÃO podem falar. Se você não definir claramente os limites no início, o aspecto de resolução
de problemas incutido com a maldição será perdido. Você só tem uma chance para conseguir que funcione.
Na maioria dos playtestes, os jogadores adaptaram as regras rapidamente. Primeiro, eles usaram o escudo de rosto. Depois,
pediram para traçar as letras (eu os forcei a desenhá-las no ar na primeira vez). Por fim, os jogadores pediram para escrever
as mensagens, o que eu permiti, mas somente 20 caracteres para cada 5 minutos de tempo de jogo. Se o grupo não estiver
bem escondido, você rolará por encontros aleatórios a cada cinco minutos (veja a seção de Encontros Aleatórios). Os joga-
dores também podem tentar dominar uns aos outros para transmitir informações sem saber o preço que a dominação cobra
do hospedeiro; a experiência drena o alvo, causando uma penalidade cumulativa de -1 em todas as defesas por 1d3 horas.
Talvez você tenha percebido que há poucas portas trancadas nesta aventura. Na maioria dos playtestes, o ladrão sempre foi
o primeiro a ativar a maldição. Se você for usá-la em outras aventuras, cuide para não criar pontos de estrangulamento que
requeiram o uso das habilidades ladinas.

Pagina 6
 estas horrendas e halflings híbridos perambulam cons-
B tantemente pelos salões abaixo da Caverna dos Segredos.
Os encontros aleatórios ocorrem como segue:
Área 1 – Caverna dos Segredos: nenhum encontro aleatório.
Área 2 – O Templo; Área 3 – O Fosso das Crias; e Área 4 – O
Subtemplo: a cada 5 minutos que o grupo passar exposto em
um corredor ou toda vez que qualquer encontro sem monstros
começar, há 1 chance em 8 de um encontro aleatório acontecer.
Toda vez que o grupo entrar em uma sala ou caverna vazia do
mapa, há 2 chances em 8 de um encontro aleatório acontecer.
Quando um desses encontros acontecer, role 2d4 e leia ou para-
fraseie a caixa de texto adequada à situação. Cada item da tabela
de encontros lista um número total de criaturas. Toda vez que
uma criatura for morta, reduza esse total. Quando o valor che-
gar a 0, relance ou escolha um encontro aleatório adjacente.
Se você quiser enfatizar os elementos de horror presentes na
aventura, role 1d3+1 na tabela de encontros aleatórios até que
os aventureiros cheguem à Área 3 e remova o encontro com os
halflings híbridos da área 2-2. Isso reduzirá o aspecto puramen-
te violento e aumentará a atmosfera de mistério.
TABELA DE ENCONTROS
ALEATORIOS
2d4 Encontro # Quantidade Total
2 Olhos Espiões 1d3 10
3 Ninhada de Ratos 1 2
4 Olhos de Anão 1 1
5 Halflings Híbridos 1d8 60
6 Harpias Laser 1d3 15
7 Limo Ocular 1 3
8 Cocatriz Xifópaga 1 1
Olhos espiões: nota olhos sem corpo vigiando você do outro lado
da sala.
Um Feito Extraordinário de Combate de Tiro Preciso com valor
3 ou maior pode eliminar um par de olhos com um único tiro.
Os olhos mantêm-se a uma distância de 6m o tempo todo. Eles
continuarão a seguir o grupo até que sejam detidos. Também
podem tentar dominar personagens com uma Jogada de Pro-
teção resistida de Vontade. Em caso de falha, o alvo cai sob o
controle dos olhos espiões (o alvo pode fazer uma nova JP Vont
a cada hora). Para maiores informações sobre esse poder, veja a
seção “Maldição do Olho Esmeralda”.
Olhos espiões (1d3): Inic +0; Atq nenhum; CA 12 (CA 20 quan-
do os olhos estiverem fechados); DVs 1d6; PVs 6; MV 6m; Ação
1d20; PE dominar criatura, -2 Sorte; JP Fort +0, Ref +0, Vont +0;
AL C.
Ninhada de ratos: ratos caem de buracos no teto como uma chu-
va cinza. A onda de animais embola-se no chão e avança em carga - um
olho insetoide púrpura e iridescente se contrai nas costas de cada um.
Os ratos vorazes estão sob controle de um intelecto de um úni-
co inseto predatório. Os olhos insetoides têm um efeito hipnó-
tico que aprisiona suas vítimas em um labirinto dentro de suas
próprias mentes. Qualquer um dentro da área de ataque precisa
obter sucesso em uma JP Vont no começo de seu turno ou per-
manecerá imobilizado até a próxima rodada.
Ninhada de Ratos (1): Inic +4; Atq Mordida +1 corpo a corpo
(1); CA 9; DVs 4d8; PVs 18; MV 12m ou escalar 6m; PE morde
todos os alvos em um espaço de 6m x 6m, metade do dano de
ataques que não forem de área, labirinto da mente (JP Vont CD
10 ou imobilizado); JPs Fort +2, Ref +4, Vont -2; AL N.
Olhos de anão: um par de olhos com uma expressão assustada está
olhando para você no chão. Eles piscam furiosamente.
Os olhos sem corpo de um anão adormecido na Caverna dos
Segredos estão quase enlouquecendo. Eles reviram-se nervosa-
mente para lá e para cá. Enquanto os personagens observam,
eles piscam em código. Um anão reconhecerá imediatamente
que as piscadas seguem um código anão geralmente feito com
tochas; outras classes precisam obter sucesso em um teste de In-
teligência CD 15. A mensagem que ele repete é “Klazath salve-
-me”. Os olhos de anão partirão depois de alguns minutos, sem-
pre em direção ao altar (área 2-10). Esse encontro aleatório pode
acontecer inúmeras vezes se os olhos ainda estiverem vivos.
O anão pode substituir um personagem morto ou ser introduzi-
do como um NPC. Os olhos podem ser religados ao seu corpo
usando o altar da área. Ele se chama Gorm Ultimak e insiste pela
devolução de seu machado de guerra se o grupo encontrou-o na
fossa dos ossos (área 1-6).
Gorm Ultimak: Inic +2; Atq machado +3 corpo a corpo (1d8+2);
CA 11; DVs 2d12; PVs 9; MV 9m; Ação 1d20; JPs Fort +3, Ref +2,
Vont +0; AL L.
Halflings híbridos: criaturas de um metro de altura, trajando
robes feitos de estopa avançam em sua direção. Suas diminutas mãos
em forma de garras empunham adagas curvas. Seus rostos estão com-
pletamente escondidos atrás dos capuzes.
Os halflings híbridos são abominações contrárias a tudo o que
for sagrado. Eles não possuem inteligência e vocalizam em lon-
gos assobios. Também possuem uma habilidade limitada de in-
visibilidade (1x/dia). Sob seus robes, escondem-se corpos atrofia-
dos, com articulações inchadas, rígidos e de uma palidez pálida
e púrpura. Suas cabeças enormes são retorcidas e deformadas:
todos os detalhes de seu rosto estão amontoados na parte infe-
rior. Dentes amarelados, grandes demais para suas bocas, cer-
ram-se em ângulos obtusos. Seus olhos são negros como os de
uma enguia. Vestígios de brânquias brotam de seus pescoços.
As cabeçorras dos híbridos são receptáculos perfeitos para
olhos dominadores. Qualquer aventureiro que remover o capuz
de um deles verá um crânio coberto por uma colmeia de olhos
piscantes. Olhos do salão de Shigazilnizthrub controlam os hí-
bridos em suas tarefas de atender os peregrinos que buscam
a verdade, fazer a manutenção do templo e repelir invasores.
Quando novos híbridos são necessários, eles são sintetizados no
Fosso das Crias (área 3).
Halfling híbrido (1d8): Inic +1; Atq adaga curva -1 corpo a cor-
po (1d4) ou dardo -2 à distância (1d4); CA 11; DVs 1d6; PVs 4
cada; MV 6m; Ação 1d20; PE invisibilidade (1x/dia); JPs Fort -1,
Ref +1, Vont -2; AL C.
Harpias laser: um pássaro imundo com o rosto de uma garota
surge de um ninho feito de gravetos sujos e lixo. A fera grita e rosna no
ar enquanto um olho vermelho e maligno brilha em seu peito.
As harpias alojam-se em fendas pelo templo e subtemplo. O
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olho vermelho tem a habilidade de lançar raios de luz ver-
melha incandescente.
Harpias laser (1d3): Inic +0; Atq garras +3 corpo a corpo
(1d4) ou olho laser +2 à distância (1d6); CA 13; DVs 4d8;
PVs 17 cada; MV 6m ou voar 15m; Ação 1d20; JPs Fort +1,
Ref +3, Will +4; AL C.

Limo ocular: uma poça de gosma rosa arrasta-se pelas pare-

des. Globos oculares semidigeridos borbulham na massa semi-
transparente.
Os limos vasculham os salões em busca de sua gulosei-
ma favorita: globos oculares ainda vivos. Cada limo ocu-
pa uma área de 1,5m x 3m e é altamente cáustico ao me-
tal. Quando um deles é ferido por uma arma de metal
ou acerta um golpe contra uma armadura de metal, há
50% de chance de que o item se dissolva totalmente em
1d3 rodadas; itens mágicos são imunes a esse efeito.
Limo ocular (1): Inic +1; Atq pseudópode +4 corpo
a corpo (1d4); CA 10; DVs 2d8; PVs 9; MV 3m, esca-
lar 3m; Ação 1d20 por 1,5m²; PE sofre só metade do
dano de armas cortantes e perfurantes, toque dissol-
ve metal (50% de chance de dissolver armaduras e
armas de metal não mágicas, penalidade cumulati-
va de -1 para acertar/dano/CA, o item é destruído após 1d3
rodadas); JPs Fort +4, Ref -6, Vont -6; AL N.

Cocatriz xifópaga: um cantar de galos ecoa pela câmara.

Uma monstruosidade emplumada surge, cambaleando desa-
jeitadamente sobre quatro pés escamosos. Ligadas pelo tronco, TABELA DE ENCONTROS
duas cabeças de galo ecoam seus cantos de desafio, enquanto Area Tipo Encontro
batem vagarosamente três estranhas asas de morcego e arras-
tam uma cauda reptiliana. 1-5 C/A Portal Amaldiçoado
Aranha Gigante
A única coisa mais assustadora que uma cocatriz é uma cocatriz
2-2 C 5 Halflings Híbridos
xifópaga.
2-3 C 2 Omatóforos Gigantes
Cocatriz xifópaga (1): Inic -1; Atq bico +0 corpo a corpo (1d3
mais petrificação); CA 13; DVs 3d16; PVs 25; MV 4,5m, voar 2-8 A Armadilha de Chão Elétrico
1,5m; Ação 2d20; PE petrificação (JP Vont CD 13 ou petrificado); 2-12 C 2 Cães Grotescos
JPs Fort+2, Ref +1, Vont +3; AL C.
2-13 C 8 Livros da Biblioteca
3-2 C 12 Proto-híbridos
3-4 C Halfling Híbrido Comandante
8 Halflings Híbridos
4-3 C 2 Vermes Ácidos Gigantes
4-4 C/A Gorila sem Olhos
4-5 C 1 Koe-Bel Jovem
5 Koe-Bels Adultos
4-6 C/A Plano Negativo
Gralha Negativa
4-7 C Whateley (forma sombria)
4 Halflings Híbridos
4-8 C Titã Primordial
5 Paredes de Olhos

Pagina 8
 texto abaixo é adequado para ser lido em voz alta em uma
O aventura one-shot. Você precisará adequá-lo se pretende
utilizar esta aventura em uma campanha ou mundo que
esteja em andamento.
Por anos, você ouviu rumores sobre a Caverna dos Segredos, um local
místico onde qualquer pergunta pode ser respondida - se você estiver
disposto a pagar o preço. Você a ignorou como se fosse apenas uma
lenda até duas noites atrás. Um homem vestindo um robe cinza e com
uma barba branca, completamente embriagado, gabava-se em voz alta
sobre sua viagem até a tal caverna. As histórias são reais! Em troca de
moedas e gemas, qualquer segredo pode ser revelado.
Mas, que lhe importam os segredos? Enquanto o homem falava, sua
mente começou a imaginar: para onde vão todas essas gemas e moe-
maior parte desta área é composta por cavernas rochosas
A e passagens naturais. Logo abaixo da Câmara Mística, a
melancólica atmosfera religiosa é substituída pelo tom
decadente de um antro de ópio. O ar é frio e úmido. Não ocorrem
encontros aleatórios nessa área.
Área 1-1 – A Caverna dos Segredos: após vários dias por
um caminho difícil, vocês finalmente chegam à área indicada no mapa.
Seus batimentos cardíacos aumentam assim que veem a caverna. Pró-
ximo à entrada, uma placa de madeira encharcada balança ao vento.
Nela, lê-se “ENTRE”.
O corredor é escuro, mas qualquer personagem com infravisão
pode notar que há algum tipo de luz fraca iluminando mais à
frente.
Área 1-2 – Câmara Mística: o corredor de entrada abre-se gra-
dualmente em uma grande caverna. Uma fumaça leve preenche o local,
difundindo a luz que vem das velas posicionadas ao redor da câmara. O
ar tem um odor forte - denso, de um doce enjoativo com notas florais -
que os deixa um pouco tontos. Através das sombras esfumaçadas, vocês
conseguem ver nichos do comprimento de um humano entalhados ho-
rizontalmente em cada parede. Há um grande obelisco negro no centro
da sala, atrás de um pequeno altar.
O altar de pedra está coberto por velas acesas. Uma tigela de
oferendas feita de cobre batido está ao lado de uma bandeja com
sacos cheios de bulbos de flores secos. Cheirar os bulbos causa
uma tontura intoxicante.
Mesmo com o forte odor dessa área, anões distinguirão o delicio-
so cheiro de gemas vindos da área 1-5.
Adormecidos: sob cobertores surrados, duas figuras estão dor-
mindo nos nichos dessa câmara. Uma investigação revela uma
elfa recém-falecida e um homem velho. É possível encontrar 1d10
PP na elfa. O septuagenário é Whateley, um mago e seguidor
secreto de Shigazilnizthrub. Se sacudido, Whateley acorda meio
grogue. Ele sempre responde uma pergunta com outra.
Perguntaram a Whateley… / Whateley responde…
Quem é você? / O que está fazendo aqui? Eu sou o zelador por aqui.
Vocês são peregrinos mesmo?
Como descobrimos os segredos? / O que devemos fazer? Bem…(sus-
piro)... você percebeu que tem de colocar a oferenda lá na tigela,
não percebeu? Depois, você queima um desses bulbos e deita
numa dessas pedras aqui. Sua resposta virá nos sonhos. (pausa)
das? Assim que o excêntrico velhote saiu cambaleando pela porta, você
decidiu segui-lo e talvez convencê-lo a uma conversa no beco virando a
esquina. Por sorte, o destino interveio: o bêbado tropeçou em um banco,
fazendo canecas voarem para todo o lado e atraindo beberrões irritados
para si. Na confusão, você viu um pergaminho cair do bolso do homem
e rolar para debaixo do balcão. Fingindo amarrar suas botas, você es-
condeu o item em sua manga e desapareceu no meio da noite.
O pergaminho continha um mapa detalhado dos ermos, mostrando a
cidade de Punjar e um X marcando a “Caverna dos Segredos”. Se ele
estiver certo, é uma viagem de apenas dois dias.
Permita que os personagens tenham tempo para comprar supri-
mentos antes da partida. A aventura começa do lado de fora da
caverna indicada no mapa.
Vocês deveriam estar aqui?
Qual é o valor da oferenda?Mil peças de ouro ou o equivalente em
gemas. Somente uma pergunta, somente uma pessoa, entendeu?
(pausa longa) Vocês têm certeza de que deveriam estar aqui?
Assim que Whateley percebe que os personagens são intrusos,
ele pede que eles saiam. Se não saírem imediatamente, ele acerta
a cabeça do personagem mais próximo com seu cajado (1 ponto
de dano) e grita para que eles saiam. Um teste bem sucedido
de Furtar Bolsos CD 15 durante a conversa fornece uma chave
cinza escuro que abre o portão da Área 1-4.
Se qualquer um atacar, Whateley se transforma em uma sombra
negra esfumaçada e desaparece no obelisco. Se os personagens
saírem e voltarem, Whateley terá desaparecido. O mago pegará
sua pesquisa mais importante em seus aposentos e fugirá para
outra fortaleza de Shigazilnizthrub.
Obelisco: o obelisco é esculpido em azeviche e surge de um bu-
raco no chão. Um grande e sinistro olho foi entalhado em um
dos lados. O artefato resiste a qualquer tentativa de movê-lo ou
quebrá-lo. O olho entalhado move-se para observar qualquer
personagem que lançar uma magia nessa área.
Área 1-3 – Alcova: você adentra em uma câmara menor, mas com
os mesmos nichos encontrados na sala anterior. Um rato corre pelo
chão e desaparece em uma fissura na parede. Parece que havia uma cor-
cunda reluzente em suas costas, mas ele moveu-se muito rápido para
que você tenha certeza. Uma figura robusta está deitada em um dos
nichos no canto oposto da sala.
Um anão dorme em um dos nichos com as costas viradas para o
grupo, vestido com um material acolchoado, como aqueles uti-
lizados sob uma armadura completa. Ele é, sem dúvida, um de-
voto, já que leva o símbolo de Klazath, o deus da guerra, em seu
pescoço. Se o corpo for investigado, os personagens descobrirão
que os olhos do anão sumiram. Uma carne macia cobre o local
onde antes estavam as órbitas. O corpo está quente ao toque e
completamente vivo, mas em um coma profundo. Virá-lo faz
com que 1d8 PCs e um espelho de mão caiam dos bolsos. Os
olhos sem corpo do anão perambulam pelos salões do complexo
abaixo do templo (encontro aleatório 4).
Área 1-4 – Portão trancado: um portão feito de barras de me-
tal maciço bloqueia a passagem. Há uma grande placa com um bu-
raco de fechadura em seu centro. Do outro lado do portão, cruzando
uma sala, é possível ver um portal de pedra, entalhado na forma de um
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monstro terrível e coberto por joias brilhantes.
O portão foi construído com uma liga de adamantine; teste de For-
ça CD 25 para quebrá-lo. A fechadura é um trabalho de mestre. As
partes do miolo foram feitas com uma precisão incrível, tornando
extremamente difícil destrancá-la sem a chave; teste de Abrir Fe-
chaduras CD 25. Entretanto, ele pode ser aberto facilmente pelo
outro lado. Suas barras estão distantes uma das outras o suficiente
para que um braço consiga passar. Usando um espelho ou outra
superfície reflexiva, é possível ver a parte interna do mecanismo,
atrás da placa da fechadura. A trava está além do alcance de um
braço humano, mas um cajado, uma espada curta ou outro objeto
pode servir para alcançá-la; teste de Agilidade CD 10 para abrir.
Área 1-5 – O Portal Amaldiçoado: o piso, as paredes e o
teto foram construídos com blocos de pedra polida, em um contraste
marcante com a rocha escavada que compunha a área anterior. Uma
porta de pedra de 3m de altura, entalhada na forma de alguma besta
demoníaca ancestral, brilha do outro lado da sala. Três esmeraldas do
tamanho de punhos adornam os olhos da criatura. Grandes jarros de
barro estão armazenados nas partes sul e norte da câmara.
Mostre aos jogadores o Handout A (que está na parte inferior
do mapa da página XX). Anões conseguem sentir as gemas do
portal desde a entrada da caverna. O evento da Maldição do
Olho Esmeralda (veja página XX) acontece ao menor toque em
qualquer uma das três gemas, mesmo com o uso de um objeto.
Os jarros da parte norte estão cheios de bulbos de flores soporí-
feros; os do sul estão cheios de água.
Porta: a porta de pedra está barrada do outro lado por um peda-
ço de madeira, mas não está trancada; um teste de Força CD 15 é
suficiente para arrombá-la. Se olhos amaldiçoados atravessarem
a porta, o corredor é completamente escuro. Somente infravisão
permite ver a barra fraca que prende a porta.
Evento de Maldição: uma aranha gigante escondida em um ni-
cho no teto ataca se um dos personagens ativar a maldição do
portal. Veja a seção sobre a Maldição do Olho Esmeralda e avise
ao jogador sobre as restrições impostas a seu personagem. De-
pois, dê a ele a seguinte nota:
Uma aranha gigante surge de um nicho oculto e caminha
pelo teto. Ela está prestes a saltar sobre um de seus compa-
nheiros que estão olhando apavorados para sua transforma-
ção. Você tem apenas 30 segundos para fazê-los olhar para
cima usando apenas seus olhos para se comunicar. Rápido!
Forneça ao jogador 30 segundos de tempo real para enviar uma
mensagem aos outros jogadores usando o escudo de rosto. Se
ele conseguir que, ao menos um deles olhe para o teto, a aranha
perde sua vantagem. De outro modo, o ataque surpresa da ara-
nha lhe fornece +20 na iniciativa e +5 para seu primeiro ataque.
A aranha gigante possui vários pares de olhos em seu abdômen.
Quando a aranha for morta, os olhos saltam do corpo, movem-
-se pelo chão e desaparecem por baixo do portal.
Aranha Gigante (1): Inic +1; Atq quelíceras +2 corpo a corpo
(1d6); CA 14; DVs 3d8; PVs 17; MV 12m, escalar 12m; Ação 1d20;
PE teia (3m de raio; teste de Agilidade CD 12 ou imobilizado por
1 rodada); JPs Fort +1, Ref +3, Vont +0; AL N.
Área 1-6 – Fossa dos Ossos: o chão da caverna inclina-se
suavemente e alarga-se, terminando em um precipício. Um pa-
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rapeito feito de tábuas velhas é a única coisa entre vocês e o
abismo negro. O ar frio e úmido fede a guano de morcego e
podridão.
O precipício tem mais de 30m de profundidade. Lançar uma
fonte de luz revela pilhas de ossos em seu fundo. Descer suas
encostas com cordas é uma tarefa fácil, mas descer com as mãos
limpas exige um teste de Agilidade CD 15. Os halflings híbri-
dos do templo jogam os cadáveres de peregrinos mortos nesse
abismo; outros descem até lá por uma passagem secreta para
roubar objetos que possam ter algum valor. Esses saqueadores
deixaram passar um item, um machado de guerra com a palavra
“Ultimak” inscrita em anão no cabo.
Pilhas de ossos: a maioria dos mortos já foi reduzida a ossos
velhos. Estranhamente, as caveiras não possuem órbitas: uma
camada de osso liso as preenche. Um cadáver fresco se retorce
enquanto os vermes arrancam a carne de seus ossos. Um perso-
nagem que toque um dos vermes sentirá uma sensação de quei-
mação, como se a criatura secretasse um ácido diluído.
Porta secreta: a entrada para a passagem secreta está atrás de
um bloco de pedra entre duas arandelas, cada uma delas possui
uma tocha apagada. O caminho se abre facilmente se as duas
arandelas forem puxadas – até mesmo o ato de acender as to-
chas é suficiente para que isso ocorra. O bloco move-se para o
lado, emitindo um som de pedra sendo arrastada, e revela uma
pequena abertura. Criaturas de tamanho humano precisarão
rastejar para passar, mas o túnel rochoso a que ela dá acesso é
espaçoso. Uma alavanca permite abrir e fechar a porta secreta
pelo lado de dentro.
Área 1-7 – Salão Estranho: um zumbido baixo vem do cor-
redor escuro além da porta. Um baque surdo reverbera acima e
o teto é subitamente iluminado como que por tochas, embora
vocês não consigam definir a fonte da luz. O barulho de baque
continua pelo corredor, iluminando o que antes era escuridão.
Os pisos e as paredes são absolutamente impecáveis.
A estranha iluminação acompanha os personagens por todos
os lugares do templo. Enfatize a sensação de ameaça iminente
adicionando sons fantasmagóricos, estalos de assoalho e luzes
intermitentes conforme os aventureiros forem explorando o
complexo.
Porta Secreta (1-6A): a porta secreta ao sul pode ser descoberta
com um teste CD 15. Encontrar e abrir a porta por dentro é fácil.
Porta Secreta (1-6B): a porta secreta é aberta ao se acionar uma
trava próxima ao piso. A trava é acessível através da área 1-7,
colocando-se uma adaga pela fenda que lhe dá acesso.
O templo é uma obra prima da arquitetura, construído com blo-
cos de pedra perfeitos, talhados em um estilo antigo. O piso e as
paredes são imaculados em toda a área. Uma iluminação mágica
garante que os olhos vagantes possam ver.
Área 2-1 – Sala Redonda: vocês descobrem uma sala circular
ao seguir pelo corredor leste-oeste. Altos jarros de barro estão dispostos
na parte norte da sala. Uma grade de metal está presa a uma tubulação
com 60cm de diâmetro posicionada exatamente no centro da parede sul
e flanqueada por jarros de barro.
Jarros: os jarros de barro estão atualmente vazios, mas seus in-
teriores estão úmidos e um odor acre permanece. Eles são largos
e altos o suficiente para fornecer um esconderijo decente, ainda
que temporário.
Grade: uma grade de metal bloqueia uma tubulação que leva
às profundezas do complexo. Ela foi construída com a mesma
liga de adamantine quase indestrutível encontrada no portão da
entrada.
Evento de Maldição: olhos amaldiçoados podem facilmente se-
guir pela tubulação até a área além dela. Um rato aguarda do
outro lado, pronto para atacar. Passe a seguinte nota se algum
par de olhos decidir entrar na tubulação:
Quando você chega ao final do cano, você ouve o barulho de garras
arranhando a pedra. Um sarnento rato de esgoto entra na tubulação
e salta em sua direção, mostrando seus dentes amarelos.
Um personagem amaldiçoado que fechar fortemente seus olhos
fica imune à mordida do rato; ele desistirá após alguns minutos.
Os olhos amaldiçoados também podem correr do rato e voltar
ao grupo. De outro modo, o rato ataca os olhos com bônus de
+2, causando 1 ponto de dano. Ele pode ser morto por um aven-
tureiro que pise nele; nenhuma rolagem de ataque é necessária.
Um teste de Agilidade CD 15 é necessário para capturar o rato
vivo. Ele pode ser usado como um receptáculo para os olhos
amaldiçoados se for capturado dessa forma; nenhuma JP de
Vont é necessária.
Área 2-2 – Sala dos Troféus: estátuas feitas de alabastro enfei-
tam as paredes em representações de batalha: elfos, anões, estranhos hu-
manoides reptilianos e, no canto nordeste, uma gigantesca criatura com
serpentes ao invés de cabelos, com uma grande tigela entre seus cascos
fundidos. Caveiras descoradas estão expostas em tábuas de madeira no alto
das paredes. Nem as estátuas, nem as caveiras possuem olhos.
Essa sala contém os restos dos oponentes mais poderosos do
templo. No fim das contas, todos foram derrotados e seus olhos
adicionados ao tesouro maligno de Shigazilnizthrub, guardado
no salão abaixo. A tigela aos pés da estátua tem 90cm de diâme-
tro e contém uma terra negra e úmida, repleta de vermes gordos
se retorcendo e secretando um ácido diluído.
Escadaria: personagens que entrem correndo por essas escadas
darão de frente com um grupo de halflings híbridos vindos da
parte sul. Aventureiros que vasculharem a sala escutarão o gru-
po se aproximando e possuem uma rodada para realizar uma
ação antes que eles cheguem.
Halflings híbridos (5): Inic +1; Atq adaga curva -1 corpo a corpo
(1d4) ou dardo -2 à distância (1d4); CA 11; DVs 1d6; PVs 4 cada;
MV 6m; Ação 1d20; PE invisibilidade (1x/dia); JPs Fort -1, Ref
+1, Vont -2; AL C.
Área 2-3 – Pilares Guardiões: as escadas levam a um grande
salão, com o teto alto sustentado por duas colunas massivas e opa-
lescentes. Reflexos triangulares de luz verde surgem de três gemas
incrustadas em uma grande caveira de pedra que observa silenciosa
sobre uma plataforma na parte leste da sala. Uma porta dupla ergue-se
imponente na parte oeste. Tapeçarias nas paredes sul e norte mostram
globos oculares enormes sobre um fundo de vermes rastejantes.
Mostre aos jogadores o Handout B.
Colunas: as duas colunas no centro da sala são os omatóforos
(aqueles tentáculos com olhos presentes em lesmas e caracóis) de
uma besta subterrânea colossal compelida pelo poder de Shigazil-
nizthrub a guardar essa área. Os omatóforos permanecem rígidos
e estagnados até que um personagem tente abrir a porta dupla ou
toque nas “colunas”. Então, eles ganham vida, esmagando e atro-
pelando qualquer personagem à vista. Eles são longos o suficiente
para alcançar 7,5m a partir de sua base, mas não podem alcançar
além da porta ou das escadas. Devido ao seu tamanho enorme, os
omatóforos usam a Tabela de Críticos G, como um gigante, mas só
conseguem um acerto crítico com um 20 natural.
Caveira: a caveira de pedra tem duas vezes o tamanho de um
humano. Usando um Feito Extraordinário de Combate, é pos-
sível rolá-la para fora da plataforma, ferindo e matando ime-
diatamente um omatóforo aleatório. As esmeraldas nos olhos
do ídolo estão amaldiçoadas, veja a seção da Maldição do Olho
Esmeralda se alguém tentar removê-las.
Evento de Maldição: uma grade próxima ao teto permite que os
olhos amaldiçoados cheguem à Área 2-5.
Omatóforos Gigantes (2): Inic -2; Atq pancada +3 corpo a corpo
(1d8, alcance 7,5m); CA 15; DVs 4d10; PVs 23 cada; MV 0’; Ação
1d20; PE tabela de críticos G/1d4; JPs Fort +5, Ref +1, Vont -1;
AL N.
Área 2-4 – Sala de Êxtase Superior: prateleiras e mais pra-
teleiras cercam a sala do chão ao teto. Cada uma delas está cheia de
frascos uniformemente espaçados contendo pequenos pedaços de maté-
ria suspensos em líquido transparente. Uma luz morna e rosada banha
toda a área, vinda de cristais presos à construção. Há um orifício oblon-
go no centro da câmara com, pelo menos, 24m de profundidade, repleto
de incontáveis prateleiras de frascos. Várias escadas de mão descem da
beira do orifício até seu fundo. A arquitetura dessa sala é algo que vocês
nunca viram antes. O chão e as paredes são feitos de uma pedra macia e
porosa, semelhante ao coral, e todos os cantos são arredondados.
Frascos de Fetos: os frascos nas prateleiras contêm fetos de hal-
flings híbridos, mantidos em êxtase pela luz rosa. Eles se me-
xem e piscam periodicamente. Abrir um frasco libera um fedor
azedo fortíssimo. Beber a água de feto não provoca efeitos co-
laterais; na verdade, promove a saúde das unhas e faz crescer
o cabelo. Os personagens podem usar as escadas de mão para
chegar à Área 3-1.
Evento de maldição: a porta secreta pode ser aberta ao se puxar
a trava pelo lado de dentro ou pelo lado de fora, inserindo uma
adaga ou outro objeto em uma fenda próxima ao chão. Um olho
amaldiçoado não consegue passar pelo buraco porque há uma
cavilha no caminho. Passe essa nota se necessário:
Você vê um estranho mecanismo na parte interna de uma
porta secreta. Uma cavilha passa por um pequeno buraco
próximo ao chão. Empurrá-la pelo outro lado provavelmente
liberará a trava que mantém a porta fechada.
Área 2-5 – Arsenal: vocês estão em uma sala comprida que se
estende de leste a oeste. Suportes para armas feitos de madeira cobertos
por armamentos preenchem o local. Alguns escudos estão dispostos
acima de baús retangulares.
Suportes: armas usáveis, recuperadas de peregrinos ou saquea-
dores mortos, são armazenadas aqui. No momento, há 1d3 ma-
chados de guerra, 1d6 zarabatanas, 2d6 adagas, 2d10 dardos,
1d8 machados, 1d10 azagaias, 1d8 arcos longos, 1d4 maças,
1d14 tipos diferentes de armas de haste, 1 espada de duas mãos
e 1d20 cajados.
Baús: as caixas de madeira contêm munição: 300 flechas, 5 fle-
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chas com pontas de prata e 65 pedras de funda.
Armadura: há poucas armaduras: apenas dois escudos de ma-
deira e um escudo de metal polido para parecer um espelho
estão pendurados nas paredes. Esse escudo espelhado emana
uma fraca aura mágica. Ele tem o poder de bloquear ataques
de raio. Uma vez por rodada, ao ser atingido por um ataque
de raio, o usuário pode usar um Dado de Ação fora da ordem
de iniciativa para bloquear e redirecionar o raio. O ataque rico-
cheteia no escudo e há 50% de chances de que ele acerte outra
criatura aleatória a até 15m. O personagem pode utilizar suas
ações restantes na ordem normal de iniciativa.
Evento de maldição: em um dos armários do arsenal, uma gra-
de de metal está presa a um cano de 60m de diâmetro, posicio-
nado diretamente no centro da parede oeste. Olhos amaldiçoa-
dos podem passar pelo cano espiralado para chegar à área 2-3.
Área 2-6 – Sala Lateral: a sala foi construída com blocos de
pedra largos e está quase vazia. Há um grande tapete no centro dela.
Vocês escutam um quase imperceptível zunido. O ar parece carregado
de energia.
Se os personagens entrarem vindo do alçapão, também leia:
Um alto “ka-chunk” reverbera acima de vocês e a sala é subitamente
iluminada como se fosse dia, mas não há nenhuma fonte de luz visível.
O som continua rumo ao leste, iluminando as salas conforme avança.
O chão e as paredes são absolutamente impecáveis.
Túnel: um túnel vertical de 4,5m forma uma passagem na pedra.
Há um conjunto de degraus de ferro bem ancorados em toda a
sua extensão. Debaixo do tapete, há um alçapão de madeira que
dá acesso a esse túnel. O tapete pode ser removido com pouco
esforço e o alçapão encontra-se destrancado. Personagens cami-
nhando sobre o tapete sentem facilmente a presença do alçapão
sob seus pés.
Área 2-7 – Laboratório de Alquimia: armários com portas
de vidro cercam uma pequena bancada de trabalho coberta por tubos
e vidraria. Cada armário está repleto de frascos e provetas contendo
estranhos reagentes. O ar sopra suavemente vindo de uma tubulação
coberta por uma grade no teto.
Bancada: localizada no centro da sala, contém um alambique,
tesouras, um almofariz e um pilão.
Armários: cada armário contém centenas de recipientes, orga-
nizados em ordem alfabética e meticulosamente etiquetados.
Demoraria horas para ler todos. Um personagem buscando os
reagentes específicos listados no ritual do livro da área 2-9 en-
contrará frascos com línguas inchadas e olhos de tritão. Cada
frasco contém material suficiente para a realização de dois ri-
tuais. O frasco com a etiqueta “pelo de urso-coruja” está vazio.
Evento de maldição: olhos amaldiçoados podem passar pelo
buraco no teto e chegar até a sala de êxtase superior. Veja a des-
crição do evento de maldição da área 2-1.
Área 2-8 – Antecâmara das Runas: as pesadas portas du-
plas se abrem, rangendo suas dobradiças, e revelam uma antecâmara
arqueada. Quadrados de 1,5m feitos de lajes negras e vermelhas for-
mam um padrão de tabuleiro de damas no chão. Outro par de portas
permanece fechado do outro lado da sala.
Todo o piso dessa área está coberto por uma armadilha de cho-
que.
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Uma inspeção cuidadosa evidencia que as lajes não se tocam
diretamente; elas possuem finos contornos de madeira que as
separam uma das outras. Tocar qualquer parte do corpo, metais
ou outros materiais condutores em uma laje negra e outra ver-
melha ao mesmo tempo libera uma descarga elétrica. A arma-
dilha causa 3d6 de dano a quem estiver descalço ou utilizando
armadura de metal (armadura de escamas ou superior). Sapa-
tos de couro servem como isolantes improvisados, reduzindo
o dano para 1d6. Qualquer criatura em contato físico com uma
vítima da armadilha sofre o mesmo dano.
A armadilha é fácil de ser evitada: basta saltar de laje para laje.
Se um jogador declarar explicitamente que deseja não tocar
duas lajes ao mesmo tempo, ele não ativa a armadilha. Saltar
por cima das lajes exige um teste de Agilidade CD 10. Em caso
de falha, há 1 chance em 6 de que o personagem acidentalmente
toque duas lajes ao aterrissar. Se os personagens atravessarem o
salão sem prestar atenção à armadilha, há 2 chances em 6 de que
eles acionem a armadilha para cada 1,5m percorridos.
Evento de maldição: se a maldição não for acionada até aqui,
você, como Juiz, deve tomar uma decisão. Embora a aventura
possa ser jogada sem ela, os jogadores perderão muita experiên-
cia por serem tão cautelosos. Você pode resolver esse problema
nessa sala. Adicione uma armadilha na porta do fim da antecâ-
mara. O gatilho está atrás da porta, ou seja, indetectável. Quan-
do a porta for aberta, uma gema amaldiçoada é lançada na sala.
Cada personagem presente deverá ser bem sucedido em uma
Jogada de Proteção de Reflexos. O primeiro personagem a falhar
será atingido pela gema.
Área 2-9 – Aposentos: o ar está impregnado de fumaça nessa
aconchegante câmara semicircular. Estantes largas, um tapete felpudo,
poltronas para leitura e uma confortável cama de dossel são itens muito
luxuosos para um templo austero. Gavetas estão reviradas pelo chão.
Livros estão empilhados aos pés de prateleiras quase vazias. Uma lata
de lixo está cheia de cinzas e restos de papel queimado.
Esse aposento foi abandonado às pressas por alguém. Roupas,
papéis e livros estão espalhados. Os papéis na lixeira estão em
branco, exceto por um pequeno pedaço que contém o pedaço de
uma frase: “...poder do Observador das...”
Livros: revirar a pilha de livros revela um tomo mágico que de-
talha o Ritual de Reunificação. O ritual pode ser utilizado para
remover a maldição de um corpo e devolver a ele seus olhos ori-
ginais. Para maiores detalhes, leia a seção “Removendo a Maldi-
ção”. Em resumo, os personagens precisam encontrar os frascos
com línguas inchadas e olhos de tritão (área 2-7), tosquiar um
urso-coruja para conseguir seu pelo (área 2-12) e transformar es-
ses reagentes em pó (possivelmente na área 2-7). Depois, o copo
e seus respectivos olhos precisam ser posicionados em um altar
especial (área 2-10) e o ritual estará pronto para ser conjurado.
Área 2-10 – Câmara Ritualística: runas gravadas circuns-
crevem um altar de pedra, entalhado na forma de um humanoide, que
está no centro da sala. O piso, o teto e as paredes estão cobertos por
placas metálicas.
Altar: o altar pode ser utilizado para conjurar o Ritual da Reuni-
ficação, encontrado na área 2-9. Para maiores detalhes, veja a se-
ção “Removendo a Maldição”. Conjurar o ritual leva 30 minutos
e há 1 chance em 8 de um encontro aleatório acontecer durante
esse tempo. Se as portas forem protegidas, criaturas de encontros
aleatórios poderão ser ouvidas atrás das portas, mas não atrapa-
lharão o ritual. Caso contrário, as criaturas entrarão na sala. Se

o conjurador que estiver realizando o ritual fizer qualquer outra
coisa que não seja concentrar-se em sua conjuração, o ritual falha
e os reagentes são consumidos.
Área 2-11 – Santuário: colunas maciças sustentam o teto dessa
catedral muito acima de vocês. Uma gigantesca estátua de um verme
ergue-se sobre uma enorme tigela em um pedestal no centro da sala.
Há runas entalhadas diretamente nos blocos de pedra que compõem as
paredes. As letras envolvem toda a sala, parecendo repetir sempre uma
única palavra.
Mostre aos jogadores o Handout C.
Essa grande câmara é situada centralmente, conectando muitas
salas importantes do complexo. A estátua do verme surge de
uma tigela enorme, cheia de detritos e vermes ácidos.
Runas: as runas estão escritas em uma língua antiga e esqueci-
da, predecessora do demoníaco, infernal e abissal; um persona-
gem que saiba uma dessas línguas recebe um bônus de +5 em
testes para tentar decifrá-las. Um ladrão pode usar sua habili-
dade de Decifrar Linguagens para tentar ler as runas; as demais
classes precisam de um teste de Inteligência. A dificuldade para
ambos os testes é CD 15.
Escreva a palavra “Shigazilnizthrub” em um papel e dê ao joga-
dor cujo personagem decifrou as runas. Toda vez que o nome
“Shigazilnizthrub” for dito em voz alta, todo o complexo treme
e ressoa por vários segundos, fazendo cair poeira do teto.
Shigazilnizthrub
Área 2-12 - Canil: uma cacofonia de rosnados, silvos e gritos é ou-
vida assim que você abre a porta. Celas de ferro preenchem as paredes,
repletas de uma variedade incrível de bestas de regiões distantes. Dois
cães espinhosos pulam a sua frente. Cada um deles possui enormes
olhos, com íris cinzas como pedras, em seus flancos. As bestas abjetas,
sobre seus três pares de pernas, caminham de lado em sua direção, en-
quanto sibilam e balançam suas cabeças de um lado para outro.
Mostre aos jogadores o Handout D. O canil está repleto de vá-
rias bestas guardiãs. Um par de cães demoníacos foi dominado
por olhos de basilisco controlados por Shigazilnizthrub. Aque-
les que encontram o olhar dos olhos de basilisco precisam pas-
sar em uma JP Fort CD12 ou serem petrificados. Esse ataque só
funciona contra personagens que estejam de olhos abertos. Com
um espelho ou um escudo polido, um aventureiro pode refletir
o olhar petrificante de volta ao cão grotesco por meio de uma
ação.
Celas: várias outras criaturas estão solidamente presas em suas
celas: 2 formigas gigantes (operárias), 1 gárgula, 1 homem ma-
caco de quatro braços, 2 lobos atrozes, 1 urso-coruja e 1 rato gi-
gante. Olhos amaldiçoados podem tentar dominar as criaturas
dessa área, mas, primeiro, o alvo precisa ser agarrado, paralisa-
do ou preso de outra forma. Todas as estatísticas dessas bestas
podem ser encontradas na seção de monstros do DCC RPG.
Cão Grotesco (2): Inic +2; Atq mordida +2 corpo a corpo (1d8),
CA 16; DVs 2d6; PVs 6 cada; MV 12m; Ação 1d20; PE olhar pe-
trificante (JP Fort CD 12 ou petrificação); JPs Fort +2, Ref +3,
Vont +0; AL C.
Área 2-13 – Biblioteca: prateleiras altas estão dispostas em li-
nhas longitudinais perfeitas e presas em todas as paredes, contendo
uma grande quantidade de tomos de várias cores e tamanhos. Poltro-
nas confortáveis para leitura e mesas estão reunidas na ala norte. Um
livro grosso está aberto em um atril de madeira diante da entrada.
O tomo no atril cataloga cada livro da biblioteca e sua localiza-
ção. A variedade de livros é incrível, incluindo atlas, referências
históricas, conjuntos de mapas, compêndios de flora e fauna,
textos religiosos e tratados sobre alquimia. Procurar por feitiços
entre eles é infrutífero. A coleção de pesquisas arcanas da biblio-
teca é bastante enxuta e teórica.
Catálogo: um personagem procurando por qualquer coisa es-
tranha no catálogo ou folheando especificamente a parte da
letra “S”, em busca de informações sobre Shigazilnizthrub, en-
contra uma entrada peculiar - as runas da área 2-11 inscritas na
localização de uma prateleira. O tomo é encadernado em uma
pele escamosa e cinzenta, com um fecho de ferro preto. Runas
douradas em alto relevo estão marcadas na capa, onde se lê “O
Observador das Profundezas”. Todo o livro é escrito na mesma
língua antiga das runas do Santuário.
Livro do Caos: o livro pode ser lido utilizando-se dos mesmos
testes descritos na área 2-11, ou apenas determina que quem
conseguiu decifrar antes o consegue agora. Fracos sussurros
fantasmagóricos são ouvidos quando o livro for aberto. A cada
vez que o livro for lido, o leitor deverá ser bem sucedido em
uma JP Vont CD 15 ou ficar louco por 1d3 minutos. O juiz deci-
de as ações do personagem durante sua insanidade temporária,
mas o personagem não atacará ninguém do próprio grupo. Al-
gumas ideias de sintomas incluem ataques de pânico, bipolari-
dade, paranoia, ilusões de grandeza, riso patológico, falar em
línguas ou todas essas ao mesmo tempo.
As seguintes informações podem ser descobertas:
• é um poderoso deus ancião - mais antigo que o próprio
mundo - subjugado por deidades mais jovens e oportunis-
Pagina 13
Pagina 14
 tas cujos nomes perderam-se na história. Maiores informa-
ções podem ser encontradas na seção de História.
• O Observador das Profundezas possui três fortalezas de
poder.
• É uma verdade que, onde quer que haja grande poder, ha-
verá também os lunáticos e degenerados. Por incrível que
pareça, há algumas pessoas cuja sede por poder ultrapassa
o instinto de autopreservação. Devotos de Shigazilnizthrub
devem arrancar seus olhos com uma adaga de sacrifício e
depositá-los em um dos altares negros do deus ancião. To-
dos os iniciados devem doar todas as suas posses ao seu
mestre sombrio a partir desse momento. A localização dos
altares não é detalhada, assim como não são detalhados os
dons que os devotos desse poder sombrio recebem em tro-
ca.
Pesquisa: assim que os personagens tenham completado sua
pesquisa, o tomo cinza e outros livros voam das estantes e ata-
cam. Os livros só atacam depois que os jogadores tenham con-
seguido todas as informações necessárias ao grupo ou tentado
levar qualquer livro para fora da biblioteca. Nesse caso, leia o
seguinte:
O pesado tomo fecha-se com um estrondo e começa a tremer violenta-
mente. De repente, olhos repletos de maldade surgem na capa. O livro
lança-se pelo ar, batendo suas capas como se fossem asas. Outros livros
saltam das estantes, cruzando o ar em um bando bizarro.
Os tomos continuarão a atacar os invasores até que tenham sido
destruídos ou os personagens tenham deixado o local. Eles são
ssa área possui uma arquitetura quase alienígena: todos
E os cantos são arredondados, as paredes são pintadas de
cal e estranhos cristais brilhantes estão incrustados em
todas as superfícies. O pé-direito é baixo para acomodar seus
pequenos habitantes. Com exceção de halflings e anões, todas
as demais raças sofrem -1 em seus ataques.
Área 3-1 – Sala de Êxtase Inferior: estantes com frascos
idênticos cercam toda a sala e continuam em espirais por um buraco no
teto. Os frascos possuem pequenos aglomerados suspensos em líquido.
Próximo ao centro da sala, várias escadas de mão permitem subir pelo
buraco, garantindo um acesso seguro ao andar de cima. Pedaços de
cristais presos às paredes emitem uma luz rosa e calor para toda a sala.
Assim como na Sala de Êxtase Superior, os frascos dessas prate-
leiras contêm fetos de halflings híbridos que movem-se e piscam
se observados por algum tempo. Abrir um frasco libera um fe-
dor azedo fortíssimo. Beber a água de feto não provoca efeitos
colaterais; na verdade, promove a saúde das unhas e faz crescer
o cabelo. Os personagens podem usar as escadas para alcançar
a área 2-4.
Área 3-2 - Tanques de Procriação: nessa sala, os cristais de
luz brilham tão forte quanto a luz do sol. A intensidade da iluminação,
refletida pelas paredes cobertas de cal, torna quase impossível enxergar,
criando a impressão de que a sala não possui paredes e que vocês estão
parados diante de um vazio sem fim feito de gesso. Três tanques com
um fluído púrpura e leitoso estão uniformemente dispostos no chão.
Nos cantos de cada tanque, há pirâmides de vidro de 1,2m de altura
piscando em luzes multicoloridas.
altamente inflamáveis, sofrendo o dobro de dano de qualquer
ataque que inclua fogo. Por isso, preferem atacar inimigos que
não estejam segurando tochas ou qualquer tipo de chama. Eles
não perseguirão os jogadores além dos domínios da biblioteca.
Assim que os invasores tenham saído, todos os livros restantes
voltam a suas estantes.
Livros da Biblioteca (8): Inic +3; Atq pancada +1 corpo a corpo
(1d4); CA 12; DVs 1d6; PVs 5 cada; MV 0’, voo 12m; Ação 1d20;
PE vulnerável a fogo; JPs Fort -2; Ref +3, Vont -1; AL C.
Área 2-14 – Sala da Tapeçaria: as paredes curvas dessa câ-
mara encontram abruptamente a parede plana ao oeste. Uma tapeçaria
enorme está pendurada em um trilho de latão, retratando uma cena
estranha. Parece uma intersecção de um mundo subterrâneo. Bem no
topo, há grama verdejante. Na base, grandes olhos olham para cima.
Um padrão de treliça semelhante a corpulentos vermes começa próxi-
mo a esses olhos. Os vermes tornam-se menores conforme se aproxi-
mam da superfície. Um carrinho de mão abandonado repousa no canto
sul da sala.
Essa entrada maior é utilizada principalmente quando supri-
mentos e tesouros são levados ao Salão dos Olhos. A tapeçaria
desliza facilmente para o lado, revelando uma porta de correr
de 6m. A passagem adiante leva ao subtemplo.
Carrinho de mão: o carrinho possui uma roda quebrada. Uns
restos de tesouro repousam no chão próximo a ele: 1d6 POs e
uma ágata olho de gato no valor de 9 PPs.
Essa sala é usada para criar novos trabalhadores híbridos quan-
do necessário. Os frascos de fetos são esvaziados nos tanques e
se desenvolvem por completo ao longo de várias semanas. As
pirâmides são facilmente quebráveis com uma arma ou um pro-
jétil, explodindo em cacos de vidro. Quem estiver a até 1,5m de
uma pirâmide no momento dessa explosão sofre 1d4 de dano
(JP Ref CD 15 para metade do dano).
Perturbar o conteúdo de qualquer um dos tanques faz com que
os híbridos em gestação se ergam e ataquem. Os proto-híbridos
não estão totalmente formados; eles são menores que os outros
híbridos, suas mãos e pés ainda possuem membranas entre os
dedos e olhos neotênicos acima de grandes brânquias. Eles não
são afetados pela luz ofuscante; enquanto lutarem nessa sala,
recebem +2 em seus ataques (não adicionado no bloco de esta-
tísticas) contra os aventureiros cegos.
Proto-híbridos (12): Inic -1; Atq mordida -2 corpo a corpo (1d3);
CA 10; DVs 1d3; PVs 2 cada; MV 6m; Ação 1d20; JPs Fort -2, Ref
-1, Vont -1; AL C.
Área 3-3 – Sala das Capas: capas pequenas com capuzes estão
penduradas em cabides que cobrem toda a circunferência desta sala em
forma de cúpula.
Quando um híbrido morre, sua capa é recolocada nessa sala,
pronta para servir à próxima geração. Vasculhar a sala revela
um livro sobre vivificação com a nota “devolver à biblioteca”.
Esse local é pouco utilizado, tornando-o um excelente esconde-
rijo.
Área 3-4 – Área de Trabalho: esta sala fervilha de atividade.
Pagina 15
Uma figura encapuzada está de costas para vocês, retalhando um peda-
ço de carne com um cutelo de açougueiro. Ela é uma cabeça maior que
seus irmãos. Formando uma fila, trabalhadores vestidos de maneira si-
milar à figura carregam vasilhas cheias de membros púrpuras decepa-
dos e órgãos negros pulsantes. Outro grupo lança os pedaços de carne
em um tanque borbulhante, conectado a canos que descem pelo piso.
Quando um híbrido morre, ele é trazido aqui para ser recicla-
do. Corpos desmembrados são triturados em um líquido leitoso
utilizado para nutrir novos híbridos. O açougueiro é um hal-
fling híbrido comandante. Ao agarrar um alvo, ele pode tentar
dominá-lo transferindo um de seus olhos ao alvo; para evitar a
dominação, é preciso sucesso em uma JP Vont resistida.
Halfling hybrid comandante (1): Inic +3; Atq cutelo +1 corpo
a corpo (1d6) ou dardo +0 à distância (1d4); CA 14; DVs 2d6;
PVs 7; MV 7,5m; Ação 1d20; PE transferência de olhos (domina
oponentes corpo a corpo com uma JP Vont resistida); JPs Fort
+1, Ref +1, Vont +2; AL C.
Halfling híbrido (8): Inic +1; Atq adaga curva -1 corpo a corpo
(1d4) ou dardo -2 à distância (1d4); CA 11; DVs 1d6; PVs 4 cada;
MV 6m; Ação 1d20; PE invisibilidade (1x/dia); JPs Fort -1, Ref
+1, Vont -2; AL C.
Subcâmaras: há diversas câmaras menores ligadas à área de tra-
balho.
• 3-4A – Saída de Emergência: este quarto contém várias
caixas vazias e uma escotilha circular. A escotilha leva a uma por-
oda a área é desprovida de luz. A maioria das salas são
T cavernas naturais com corredores em forma de túnel fei-
tos pelos vermes ácidos gigantes. Um odor misterioso
permeia cada sala e aumenta de intensidade conforme os perso-
nagens se aproximam do Salão dos Olhos.
Área 4-1 – Antecâmara: uma escada curva escavada na rocha
leva a uma grande caverna natural. Braseiros acesos flanqueiam o fim
da escada, iluminando metade da sala. Filetes de uma fumaça doce e
enjoativa emanam de um incensário de bronze, mal disfarçando o forte
odor rançoso de mofo. A caverna segue em decline, rumo à mais com-
pleta escuridão.
Vários caminhos convergem nessa caverna: escadas levam de
volta ao templo, dois túneis levam a níveis mais profundos do
complexo e uma porta secreta a conecta à área 3-4A. Uma in-
vestigação na área revela 3 POs próximos à saída mais ao sul.
As paredes do túnel são polidas e lisas tal qual vidro derretido.
Área 4-2 – Encruzilhada: a passagem abre-se em uma inter-
secção bem movimentada. Pequenas pegadas levam a todas as direções.
Cogumelos se aglomeram do chão ao teto, de onde emanam batidas
surdas. Um olho amarelo e vidrado abre no centro da parte superior de
um dos cogumelos, olhando diretamente para você.
A maioria das pegadas na encruzilhada leva ao leste. O som
do teto vem das instalações de incubação da área 3. Assim que
o primeiro cogumelo ver os aventureiros, todos os cogumelos
maiores, algo entorno de 40, abrem seus olhos. Exceto pelos
olhares fulminantes, os fungos são inofensivos. Cada cogumelo
possui 1 PV e nenhuma defesa.
Área 4-3 – Túnel dos Vermes: você está em um corredor de
4,5m de diâmetro que só pode ser descrito como um túnel. A rocha é
Pagina 16
ta secreta.
• 3-4B – Tanque de Olhos: uma luz verde brilha vinda de
um grande cilindro de vidro. Globos oculares flutuam em um
líquido viscoso e parecem olhar diretamente para você. Híbridos
recém-nascidos são mergulhados nesse tanque para receber conse-
lhos de seu mestre sombrio.
• 3-4C – Polyopticus: três pirâmides de 1,2m de altura estão
posicionadas em forma de triângulo nessa sala. Cada uma delas é
encimada por um prisma de vidro que gira, piscando com luzes.
Olhar em um dos prismas revela áreas do templo acima através
do ponto de vista dos olhos que vagam pelo local. Os personagens
conseguem ver as seguintes áreas (em ordem): uma livraria, uma
câmara ritualística e um canil repleto de monstros. Se alguém
no grupo estiver amaldiçoado, uma imagem do que ele está ven-
do também aparece. Por fim, os aventureiros verão a si mesmos
olhando para os prismas. Se olharem para cima, verão um par de
olhos os vigiando. Interprete o encontro aleatório 2 (olhos espiões).
• 3-4D – Tanques de Rejuvenescimento: halflings hí-
bridos nus estão suspensos em tanques de vidro que emanam uma
luz púrpura. Esses tanques contêm híbridos feridos que estão sen-
do curados. Eles estão indefesos contra ataques e possuem 2 PVs
cada.
• 3-4E – Prisioneiro: uma figura alta com um saco na cabeça
está curvada no chão. Esse prisioneiro inconsciente pode ser utili-
zado para substituir um personagem morto. Se não for necessário,
ele é um elfo morto, amarrado e amordaçado.
macia e forma quase um cilindro perfeito. O túnel segue da esquerda
para a direita e depois desce. Seu fim pode ser visto logo à frente. Ver-
mes grossos como troncos de árvores retorcem-se ao longo do túnel,
envoltos em uma névoa acre.
Esses vermes gigantes cavaram túneis na rocha sólida usando
um ácido poderoso, dando origem a salas e conectando caver-
nas rochosas sob o comando do mestre do templo. Embora len-
tos, os vermes são adversários mortais. Eles atacam lançando
um jato de ácido que alcança até 9m.
Os vermes viram-se imediatamente e perseguem seus adversá-
rios. Eles não são inteligentes e possuem sentidos limitados. Se
os personagens fugirem por 15m ou mais, os vermes cessam a
perseguição e até mesmo voltam para seus afazeres.
Vermes ácidos gigantes (2): Inic -1; Atq toque ácido +3 corpo
a corpo (1d4) ou jato ácido + 6 à distância (1d6, alcance de 9m);
CA 12; DVs 3d8; PVs 18 cada; MV 4,5m; Ação 1d20; JPs Fort +8;
Ref -1, Vont -2; AL N.
Área 4-4 – Cela de Contenção: há correntes presas a todas
as paredes desta caverna. Uma besta peluda e de costas prateadas está
encolhida em uma das paredes. Um de seus braços está pendurado em
uma algema trancada. A besta símia esfrega a cabeça contra o braço
livre e começa a roncar. Você percebe que a face dela não possui olhos.
O gorila sem olhos tem sono profundo. Passar pela sala sem
despertá-lo requer um teste de Agilidade CD 5; personagens
com a habilidade Mover-se em Silêncio passam no teste automa-
ticamente. O macaco ataca imediatamente após acordado. Role
a iniciativa e posicione-o como o último a agir.
Na primeira rodada, o gorila usa sua ação para libertar-se. Embora
cego, ele possui uma audição acurada e correrá em direção ao últi-
mo som que ouviu, se ninguém estiver o combatendo corpo a cor-
po. Ele também possui um ataque especial: um tapa com as costas
das mãos, +1 corpo a corpo (1d6), que lança o alvo pelo ar e o faz
cair a 7,5m. A criatura pode ser dominada por olhos amaldiçoados,
usando uma JP Vont resistida. Ele recebe +2 para jogadas de ataque
e iniciativa quando sua visão é reestabelecida (a penalidade pela
cegueira já está descontada em seu bloco de estatísticas).
O gorila permanecerá nessa área se os personagens não pertur-
barem seu sono. Se a parede de olhos da área 4-8 estiver per-
seguindo o grupo através dessa área, o símio provê uma boa
distração: ele liberta-se e ataca os olhos a esmo, dando aos per-
sonagens tempo para escapar. O juiz deve decidir o que aconte-
ce quando os personagens deixarem a sala. Talvez o gorila cause
algum dano aos olhos antes que eles desistam da perseguição;
ou talvez eles o dominem e o grupo seja interceptado no templo
por um macaco gigante coberto por olhos e que dispara raios
para todo lado.
Gorila sem olhos: Inic +0; Atq mordida +2 corpo a corpo (1d6)
ou arremesso de pedra +1 à distância (1d4); CA 13; DVs 3d8;
PVs 14; MV 6m ou escalada 9m; Ação 1d20; PE soco (+1 corpo a
corpo, 1d6 de dano, alvo é arremessado a 7,5m); JPs Fort +6, Ref
-2, Vont +1; AL L.
Área 4-5 – Portal do Lago: o túnel estreito abre-se em uma
grande caverna rochosa com um lago de água salobra e fumegante no
centro. Uma bolha carnosa de 1,5m, como a cabeça de um polvo, flutua
a apenas alguns centímetros da superfície. O ar cáustico faz seus olhos
arderem e irrita suas vias respiratórias.
Porta secreta: a única entrada para esta sala é uma porta secreta
conhecida apenas pelos devotos de Shigazilnizthrub. A parede
rochosa exterior só precisa ser empurrada. Uma mola permite
que a parede falsa se dobre para dentro.
Lago: a água dessa área tem um forte odor químico, semelhante a
alvejante diluído. O lago tem apenas 90cm de profundidade, mas
em seu centro há um buraco largo o suficiente para que uma pes-
soa de cada vez nade por um túnel submerso. Beber essa água não
causa nenhum efeito colateral além de uma dor de estômago. A
bolha carnosa de cinco pernas é um bebê koe-bel. Ele é agressivo e
ataca qualquer um que se aproximar do lago.
Koe-bel, jovem: Inic +0; Atq mordida +2 corpo a corpo (1d6);
CA 12; DVs 2d10; PVs 12; MV 1,5m, nadar 9m; Ação 1d20; JPs
Fort +1, Ref +0, Vont +0; AL N.
Portal: o túnel é um portal mágico para outra fortaleza de Shi-
gazilnizthrub, localizado a várias centenas de milhas ao sul. Pe-
quenos grãos de poeira iluminam o túnel, girando ao redor de
quem nada por ele. Depois de mais ou menos 15m, o túnel se
abre em um imenso e fervente lago subterrâneo. O teto, muitos
metros acima, é coberto por um musgo reluzente que emite luz
ultravioleta. Os habitantes do lago brilham em um tom púrpura
fantasmagórico sob o céu de musgo. Os personagens que na-
daram saem da água a 6m de uma margem tomada por fungos
luminescentes de forma estranha.
Um koe-bel adulto, um saco de carne com cinco pernas tão
grande quanto uma casa, meio submerso na lama fumegante,
percebe os personagens emergindo e ataca, usando sua língua
como se fosse uma clava. Koe-bels preferem matar agarrando
seus alvos com seus pés (teste de Força +4) e puxando-os para
debaixo da água. Depois de 3 rodadas, o alvo submerso sofre
1d3 de dano por rodada devido ao afogamento. Outros quatro
koe-bels aproximam-se e juntam-se ao combate depois – um por
rodada a partir da 3ª. Eles são muito grandes para perseguir
personagens que recuem pelo túnel submerso.
A população dessa área fica a critério do juiz. Se os persona-
gens insistirem em explorar esse local extremamente perigoso,
o Salão dos Olhos (Área 4-8) pode ser repensado como um local
pantanoso e localizado em algum lugar fora do lago fervente.
Portais secretos levam a outras fortalezas subterrâneas de Shi-
gazilnizthrub ao redor do globo. Personagens que consigam
chegar à superfície podem usar as estrelas do céu noturno para
descobrir que se encontram a centenas de milhas ao sul de sua
localização inicial.
Koe-bel, adulto (5): Inic +2; Atq lingual clava +5 corpo-a-corpo
(1d10+4); CA 16; DVs 4d10; PVs 22; MV 3m, nadar 12m; Ação
1d20; PE arrastar para o fundo (teste de Força +4 para agarrar;
depois de 3 rodadas, o alvo sofre 1d3 de dano por rodada devi-
do ao afogamento); JPs Fort +3, Ref +2, Vont +2; AL N.
Área 4-6 – Plano Negativo: uma grade de metal cinza escuro
bloqueia sua passagem. Uma porta de metal rebitado ergue-se ameaça-
doramente do outro lado.
Olhos amaldiçoados podem passar através da grade; os demais
perceberão que é impossível quebrar ligas metálicas de outros
mundos. Olhos que seguirem em frente verão o que segue:
Você vê uma enorme abertura no teto rochoso que não é visível
do outro lado da grade.
Porta secreta: seguir para além da abertura leva a um caminho
secreto escondido por pedras ilusórias. Personagens não amal-
diçoados podem passar pela ilusão e chegar até o outro lado da
grade.
Porta: a porta de metal está trancada, mas basta um teste de
Abrir Fechaduras CD 15 ou um teste de Força CD 20 para abri-
-la. Quando isso acontecer, leia o seguinte:
Sua mente demora a compreender a visão que surge diante de você.
Todas as cores estão invertidas e saturadas de negro. Um tipo de pedes-
tal está posicionado no centro de uma sala em formato de estrela. Algo
pequeno e brilhante está posicionado sobre ele.
Os aventureiros esbarraram em um portal para o Plano Negativo.
Olhos amaldiçoados podem deslocar-se livremente, mas os demais
personagens recebem um doloroso choque de energia branca (1d3
de dano) se eles ousarem tocar um dedo além da porta.
Um anel negativo está sobre o pedestal. Quando posto em um
dedo, o usuário é levado ao Plano Negativo, uma versão inver-
tida do mundo real. Enquanto estiver nesse plano, o usuário tor-
na-se invisível e, para todos os intentos e propósitos, não existe
no mundo real. Cada turno gasto no plano causa 1d3 de dano.
Viajantes planares podem mover-se normalmente e conseguem
ver sombras espectrais dos seres do mundo real, mas não podem
atacar. Um personagem que morra no plano reaparece imedia-
tamente no mundo real com zero PVs e começa a sangrar.
Quando o anel é removido, o personagem reaparece no mundo
real no local correspondente. Claro, há alguns efeitos indesejá-
veis. Ao retornar do Plano Negativo, há 5% de chance de rece-
ber uma corrupção menor e 10% de chances de uma criatura
do Plano invadir o mundo real por 1d10 rodadas. Esses efeitos
também são aplicáveis a qualquer um que deixe a sala.
Uma criatura negativa parece vagamente humanoide com tra-
ços de ave, um ser de sombras que rasga o tecido do espaço.
Pagina 17

Seu único desejo é recuperar o anel, por isso, foca seus ataques
no portador do anel. “O anel! O anel!”, ela crocita. Devolver o
anel voluntariamente acalma a criatura e ela volta a seu plano
de origem. Entretanto, agora, a criatura tem o poder limitado de
voltar ao mundo real. Consequências inesperadas podem acon-
tecer durante a campanha.
Gralha negativa: Inic +0; Atq bico espada +8 corpo a corpo
(1d12+2); CA 17; DVs 5d10; PVs 30; MV 12m, voo 12m; Ação
1d20; JPs Fort +5, Ref +2, Vont +4; AL C.
Área 4-7 – Depósito: um bang metálico ecoa, vindo de uma
caverna ao sul, onde vários carrinhos de mão estão alinhados em uma
linha perfeita. O cheiro de podridão, enxofre e mofo sopra de uma pas-
sagem ao leste.
Whateley, o cuidador aparentemente idoso da entrada da caverna,
e seus guardas halflings híbridos estão escondidos na caverna mais
ao sul, prontos para atacar. Se os PJs moverem-se pela passagem
ao leste, a emboscada acontece. Whateley e seus guardas atacarão
imediatamente qualquer um que adentrar o depósito.
Quando eles se revelarem, leia:
O homem velho da entrada da caverna aparece, acompanhado por um
séquito de pequenas figuras usando robes e brandindo adagas. O ho-
mem agora está diante de você em um robe de mago fluído, segurando
um tomo negro em suas mãos. “Tolos! É muito tarde! Ele está vindo!”.
Ele murmura uma frase estranha enquanto sua cabeça transforma-se
em um globo ocular enorme. A orbe horrível salta do robe do mago,
expelindo uma massa de gosma escura, fibrosa e semitransparante re-
pleta de globos oculares. Tentáculos grudam-se nas paredes da caverna
e a gosma expande-se em uma teia negra maciça. Os globos oculares
suspensos nessa teia cintilam de maldade.
Whateley in dark form attempts to first grapple, then dominate
his targets. He can dominate up to 10 creatures at once—one for
each eye he has. Due to Whateley’s size and stickiness, he gains
a +4 Agility bonus to grappling checks.
Whateley em forma sombria, primeiro, tenta agarrar, depois,
dominar seus alvos. Ele pode dominar até 10 criaturas ao mes-
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mo tempo - um para cada olho que ele possui. Devido ao tama-
nho e viscosidade, Whateley recebe um bônus de +4 na Agilida-
de para testes de agarrar.
Quando Whateley morre, ele se dissolve em uma poça negra
de ácido borbulhante. Seu grimório flutua nessa poça e come-
ça também a dissolver-se. Embora o livro não possa ser salvo,
um personagem pode tentar rasgar rapidamente uma página
contendo uma magia aleatória de nível ‘d3 antes que ele seja
completamente destruído (teste de Agilidade CD 15). Só há tem-
po para um único teste e precisa ser feito na rodada seguinte à
morte de Whateley. Falha resulta em 1d3 de dano ácido.
Uma busca pelo depósito revela 1d6 pos, 1d10 pps e 1d20 pcsem
moedas perdidas. Há quatro carrinhos de mão no total, todos
em perfeitas condições.
Whateley (forma sombria): Inic +3; Atq pseudópode +1 corpo
a corpo (1d4); CA 12; DVs 3d8; PVs 15; MV 9m; Ação 1d20; PE
viscosidade (bônus de +4 na Agilidade para testes de agarrar),
transferência de olhos (domina inimigos corpo a corpo com JP
Vont resistida), metade do dano de ataques que não sejam de
área; JPs Fort +1, Ref +1, Vont +2; AL C.
Halflings híbridos (4): Inic +1; Atq adaga curva -1 corpo a corpo
(1d4) ou dardo -2 à distância (1d4); CA 11; DVs 1d6; PVs 4; MV
6m; Ação 1d20; PE invisibilidade (1/dia); JPs Fort -1, Ref +1,
Vont -2; AL C.
Área 4-8 – Salão dos Olhos: vocês descem por uma longa
escadaria, escavada diretamente na rocha. Ela se abre em uma câmara
enorme. O fedor de podridão e mofo é insuportável. Olhando para cima,
vocês veem vagamente as estalactites perfurando o teto como adagas
gigantes. Uma plataforma elevada e rochosa leva até o centro do abis-
mo; há um altar de pedra coberto por uma pilha de moedas de ouro ao
final dela. Dos dois lados dessa plataforma, escadas de pedra levam ao
chão da caverna.
Os aventureiros descobriram um dos três depósitos de tesou-
ros de Shigazilnizthrub. Se os personagens forem até a beira da
plataforma, terão uma visão inacreditável: um abismo negro ro-
deado por tesouros suficientes para lotar o covil de dez dragões
- montanhas de moedas de ouro, gemas preciosas, espadas bri-
lhantes e grandes baús. Os jogadores não verão o tesouro mais
precioso de Shigazilnizthrub: os olhos dos inimigos vencidos,
escondidos entre as rochas. As paredes dessa câmara são cober-
tas por milhares de globos oculares. Essa congregação silenciosa
é a fonte de poder do deus subterrâneo, uma vez que o sim-
ples ato da percepção alimenta seu poder sombrio. Quando o
guardião acorda, sua investida faz todo o complexo tremer e os
tetos caírem. O tesouro começa a cair dentro da fenda. Após a
terceira rodada, cada jogador precisa passar em uma JP Ref CD
10 ou sofrer 1d6 de dano em função das pedras caindo. A menos
que façam uma retirada rápida, os aventureiros poderão acabar
soterrados para sempre.
Tesouro: se os personagens conseguirem realizar esse saque, se-
rão fabulosamente ricos. Anote o tamanho dos recipientes que
guardam os tesouros. A tabela de tesouros abaixo pode ser utili-
zada para determinar o tamanho do saque ao final da aventura.
Agarrar tesouros requer o uso de um Dado de Ação.
O tesouro mais próximo está no altar, a 30m da saída. O altar
contém 1 cofre pequeno e moedas suficientes para encher um
saco pequeno. O outro tesouro mais próximo está nos pés das
escadas, a 36m da saída. Ele é composto por 2 cofres pequenos,
4 cofres, 1 baú e moedas suficientes para encher recipientes de
qualquer tamanho.
O melhor tesouro está na beira do precipício, a 43,5m da saída.
Ele possui 10 cofres, 4 baús e pilhas de moedas para encher reci-
pientes de qualquer tamanho. Próximo desse tesouro, dois itens
mágicos estão bem à vista:
• Uma varinha azul que conjura Manipular Forças uma vez por
dia. Efeito: conjura uma muralha de força do tamanho de um
escudo de torre em um ponto a até 7,5m. Ele dura por 2d6
rodadas e fornece um bônus de +4 na CA para personagens
adjacentes. A muralha não pode ser movida de seu ponto de
origem, mas mantém-se em existência mesmo se seu conju-
rador estiver fora de alcance.
• Uma espada longa brilhante, com um punho vermelho san-
gue e uma borla negra. Esta é Presa Radiante, uma espada
longa +1 com as seguintes propriedades:
• Int 5 (impulsos simples);
• AL: caótico;
• Perdição: vampiros (mortífera, quando o alvo da per-
dição for acertado, ele deve fazer uma JP de Fort(CD =
1d20+10) ou morrer imediatamente);
• Propósito especial: dominar todos os outros;
• Poder tipo I: detecta vampiros em uma área de 9m x 30m.
Sobrecarga: o máximo de tesouros que um personagem conse-
gue carregar sem ficar lento é um saco pequeno. Com metade de
sua velocidade, um personagem pode levar 2 cofres pequenos
ou 2 sacos pequenos, 1 cofre ou um saco grande ou meio baú.
Mover um baú requer dois personagens. Um personagem com
um carrinho de mão pode mover-se normalmente carregando
duas vezes sua capacidade máxima. Mover um baú grande com
um carrinho de mão ainda reduzirá a velocidade do carregador
pela metade, mas só será necessário um personagem.
Perdendo o saque: escapar com tesouros é fácil de falar, mas di- câmara. Os pelos de seu corpo se arrepiam ao ver uma gigantesca e car-
fícil de realizar. Se um personagem tentar qualquer movimento tilaginosa massa negra de tentáculos, presas e omatóforos rastejando
acrobático ou atlético perigoso, dê-lhe a chance de deixar cair para fora do abismo, vinda das profundezas do rio Estige. Olhos enor-
uma parte do tesouro como resultado de um teste falho. Você mes, com íris laranjas como lagos de fogo, lhe encaram, repletos de mal-
pode poupar seus personagens de uma morte certa reduzindo dade. Milhares e mais milhares de pequenos pares de pontos brilhantes
o tamanho do saque. O titã e os olhos podem focar seus ataques aparecem nas paredes ao seu redor. São olhos! Um som enlouquecedor,
nos recipientes de tesouro (use as mesmas defesas de quem es- como macacos estridentes e vidro quebrando, ecoa em seu crânio. Será
tiver carregando). Cada ponto de dano reduz a quantidade de algum tipo de língua? Os olhos nas paredes começam a rastejar por
tesouros do recipiente em 10%. Às vezes, ferir o bolso dói tanto elas em sua direção. Todo o local treme quando uma estalactite cai do
quanto ferir o corpo. teto e se espatifa no chão.
Guardião: um antigo titã primordial controlado pelo Observa- O guardião pausa momentaneamente para ver o que os perso-
dor das Profundezas guarda o tesouro. A besta espreita na fen- nagens farão. Eles não são mais do que brinquedos para ele.Se
da do centro da câmara. Se qualquer um dos tesouros for tocado os aventureiros largarem imediatamente o tesouro roubado e
por um personagem ou magia (ex: corda mágica), o guardião fugirem, ele não ataca. Entretanto, as paredes de olhos os ataca-
salta de seu local de descanso. O poderoso ataque de sugestão rão e os perseguirão até que eles deixem todo o complexo.
do titã primordial permite a ele determinar uma das ações de
um dos personagens. No turno do personagem, o jogador esco- Titã Primordial: Inic +3, Atq tentáculo +6 corpo a corpo (1d6,
lhe uma ação para realizar, usando um Dado de Ação ou movi- alcance 15m) ou grito psíquico +8 à distância (3d4 de dano à
mento. O titã pode utilizar as ações restantes desse personagem. Inteligência, alcance30m); CA 16; DVs 10d12+30; PVs 98; MV
0m; Ação 3d20; PE imune a efeitos de encantamento e sono, su-
Quando o guardião surgir, leia o seguinte texto. Cada parede de olhos gestão poderosa (JP Vont CD 15 ou todas as ações, exceto uma,
cobre uma sessão de 3m x 3m e é composta por inúmeros olhos: estarão sob controle), sentido cego (percepção perfeita de todas
as coisas, incluindo alvos invisíveis, dentro de 150m); JPs Fort
Uma repentina rajada de vento sopra do abismo, quase lhe derrubando
+10, Ref +2, Vont +12; AL C.
no chão. Uma luz verde doentia emana do fosso, iluminando toda a

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 TABELA DE TESOUROS
Recipiente Tamanho Saque
Mãos, bolsos Minúsculo 1d10 pos, 1d10 pps, 1d10 pcs
Saco pequeno, cofre pequeno Pequeno 1d4 x 10 pos, 1d4 x 10 pps, 1d4 x 10 pcs, 5% de chance de itens mágicos
Saco grande, cofre Médio 2d6 x 10 pos, 2d6 x 10 pps, 2d6 x 10 pcs, 15% de chance de itens mágicos
Baú Grande 3d6 x 10 pos, 2d8 x 10 pps, 2d8 x 10 pcs, 25% de chance de itens mágicos

ITENS MAGICOS
d100 Item
1-5 Poção efervescente: veneno, JP Fort CD 15 ou 1d6 de dano
6-10 Poção de voo: ganha voar 3m por 1d5 rodadas
11-30 Poção de vitalidade: recupera 5 PVs
31-49 Poção de sorte: recupera 1d3 pontos de Sorte
50-64 Anel de ferro: +1 para JPs Fort
65-79 Anel da determinação: +1 para JPs Vont
80-89 Anel de dragão vermelho: (1x/dia) resiste 3 pontos de dano de fogo por 1d3 rodadas
90-94 Gerar pergaminho conforme as regras de pergaminhos (DCC RPG, página 373)
95-99 Gerar espada usando as regras de espadas mágicas (DCC RPG, página 366)
99-00 Role duas vezes

Parede de Olhos (5): Inic +1; Atq raio +2 à distância (raio aleató-
rio, alcance 15m); CA 10; DVs 4d8; PVs 25; MV 9m; Ação 1d20;
PE imune a sono; JPs Fort +3, Ref +3, Vont +4; AL C.
d6 Raio Efeito
1 Frio 1d3 de dano e 10% de chance de ator-
doar; PJvai para o fim da iniciativa.
2 Calor 1d3 de danoe JP Ref CD 15 ou o alvo
incendeia (1d6 de dano por rodada) até
apagar com outra JP Ref.
3 Morte 1d20 de dano (JP Vont CD 15 reduz à
metade).
4 Polimorfia Muda forma do alvo por 1d3 horas
(role 1d6): 1 -galinha, 2 - gato, 3 -tarta-
ruga, 4 - rato, 5 -sexo oposto, 6 - pônei.
5 Sono JP Fort CD 15 ou alvo cai em sono por
1d3 rodadas.
6 Medo JP Vont CD 15 ou alvo foge por 1d6 ro-
dadas.
ssim que os aventureiros escaparem do Salão dos Olhos,
A eles estarão fora do alcance do titã guardião, mas ainda
não estarão a salvo. Os olhos continuarão a persegui-los
até que eles encontrem a saída. Se os personagens fizeram um
mapa ou possuírem uma memória decente, eles lembrarão qual
caminho tomaram. Se passarem por áreas que possuem encon-
tros com criaturas, adicione-as à luta. Você não precisa mais
rolar por encontros aleatórios.
Se o grupo conseguir escapar com um saque considerável, man-
ter o tesouro seguro será difícil. Personagens de nível baixo
gastando montes de dinheiro na cidade podem atrair atenção
indesejada. Rufiões e lordes do crime podem querer livrá-los de
sua riqueza. O lorde local também requererá uma parte do te-
souro encontrado em suas terras. O coletor de taxas real exigirá
documentos que comprovem a origem da fortuna recém-con-
quistada. E não esqueça dos irmãos, irmãs, tias, tios, primos de
segundo grau, charlatães e mascates querendo um minuto de
sua atenção...
a vida não acaba em felizes para sempre.

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 SUGESTAO E DOMINACAO
A habilidade de “sugestão poderosa” do titã era, originalmente, um ataque de “dominação”, mas todo mundo odeia

T ser dominado porque isso anula toda a rodada de um jogador. Eu mudei o ataque para “sugestão poderosa” e os
playtesters gostaram. Um PJ afetado escolhe entre mover-se OU usar um Dado de Ação. O jogador ainda tem uma
escolha a fazer em seu turno - e o que ele escolher será muito importante.
A intenção desse poder é recriar um momento muito visto em filmes e livros: um personagem sendo forçado involuntaria-
mente a atacar seus aliados por estar sob controle de influências malignas. A “sugestão poderosa” causou vários duelos e
ping-pong nas mesas de jogo. Um personagem controlado poderia estar fora da área de combate corpo a corpo e usar sua
ação para se afastar do grupo. Então, o titã poderia forçá-lo a correr de volta para o combate. Funcionou bem nas mesas.A
habilidade também salvou muitos personagens que se aventuraram muito perto do fosso, já que o titã e os olhos focaram
seus ataques nos demais. Um personagem controlado foi forçado a permanecer próximo da saída, devido ao alcance e à
linha de visão do titã, enquanto os outros tentavam fugir. Várias vezes, os personagens controlados passaram nas JPs pró-
ximos à saída, garantindo uma fuga quase impossível.

FINAIS EPICOS
De todos os playtestes, o final mais épico ocorreu na Norwescon. O grupo de aventureiros entrou no Salão dos

O Olhos em uma situação complicada. Só cinco personagens haviam sobrado, sendo que o ladrão, vítima da Maldição
do Olho Esmeralda, havia dominado o corpo do gorila sem olhos. O clérigo cauteloso posicionou-se perto do altar
enquanto o resto do grupo - o anão, o guerreiro, o gorila-ladrão e o mago - desceram as escadas até os tesouros na beira do
fosso, acordando o titã. O mago imediatamente ficou sob influência da habilidade do titã e lutou para retomar seus sentidos
pelo resto do combate. O clérigo recolheu todas as coisas do altar em um saco grande e correu para a porta. Ele alcançou
a saída no seu próximo turno, onde parou - hesitante por abandonar seus amigos, mas relutante em ficar ao alcance dos
ataques das paredes de olhos. O anão e o guerreiro foram atingidos por inúmeros raios, incluindo um raio de morte que,
milagrosamente, causou apenas 2 pontos de dano. O mago permaneceu correndo para cima e para baixo nas escadas, ten-
tando recuperar o controle de seu corpo. Foi então que um raio de polimorfia acertou o guerreiro e o transformou em um
rato. O clérigo finalmente decidiu intervir. Ele correu até o rato e tentou agarrá-lo, mas falhou. Ele decidiu segurar firme seu
tesouro ao invés de concentrar-se no rato que corria em círculos sob seus pés. O rato correu para a saída. Depois, outro raio
de polimorfia acertou o gorila-ladrão, transformando-o em um pônei.
O pônei correu até o clérigo e lançou-o em suas costas sem pestanejar. Metade do tesouro caiu pelo chão enquanto o clérigo
agarrava-se à crina do animal para sobreviver, mas o gorila-ladrão que virou pônei ainda não havia terminado: ele pegou o
rato com seus dentes e galopou até a saída.
O pobre mago continuava dominado e preso na câmara quando o chão ruiu e o teto caiu. Em sua última ação, ele usou
Queimarcana com todos os pontos de Atributo que ainda tinha para invocar seu patrono, Azi Dahaka, e rolou um 20 natu-
ral em sua Jogada de Conjuração. Azi Dahaka enviou uma hidra espectral para ajudar seu seguidor condenado. Conforme
o mago, o titã e a hidra caíram no Abismo, cada uma das sete cabeças da hidra cuspiram fogo. O mago viu o guardião de
Shigazilnizthrub ser obliterado momentos antes de cair em seu sono eterno.

Pagina 21
 HANDOUT B

HANDOUT C

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ANOTACOES PARA OS
JOGADORES
Esta aventura também inclui várias anotações criadas para serem
entregues aos jogadores. Sugerimos que o juiz faça cópias delas
antes da sessão. Elas aparecem nas seguintes páginas: X, X, X e X.
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HANDOUT D
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Veja a próxima página - no canto esquerdo do mapa!
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Pagina 23
PLA YER
Pagina 24 HANDOUT A Copie a porta acima como o handout A. Não permita que os jogadores vejam o mapa.
Pagina 25