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INALIENABILIDADE,
IMPENHORABILIDADE e
INCOMUNICABILIDADE
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Do CC –
Artigos:
547 (reversão);
1.420 (só aquele que pode alienar poderá empenhar ou
hipotecar);
1.475 (é nula a cláusula que proíbe os proprietários alienar
imóvel hipotecado);
1.661; 1.668, I e 1.669 (incomunicabilidade em decorrência
do casamento – bens excluídos – herdados ou doados);
1.848 (JUSTA CAUSA); 1.911 (a cláusula de INAL inclui
a INC dos bens);
2.042 (direito intertemporal – normas para solucionar
conflitos de leis no tempo)
DO RRP – lei 6.015/79 – Artigos 167, II inc. 2; 250 e 259
Decreto n° 1.839/1907 – que estabeleceu a inalienabilidade
absoluta dos bens particulares
(Lei Feliciano Pena) – gerou o art° 1.723 do CC.
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DEFINIÇÃO –
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CRÍTICA na DOUTRINA –
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d. 1 – elenco de situações
d. 2 – não basta a causa, mas que ela seja justa, séria, motivada,
moral, com interesses legítimos e suficientes para que se
sustente em eventual impugnação (herdeiro ou por terceiros –
cônjuges – credor etc.)
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NAS DOAÇÕES
Divergência doutrinária
1) Por ser contrato não há disposição que determine a
justificativa da imposição. Os contratantes são livres
para convencionar;
2) O fundamento mais favorável estaria no art. 544 do
CC (os adiantamentos de legítima só podem ser
instrumentalizados por meio do contrato de doação).
3) Se é legal a imposição de cláusulas no atos de
liberalidade, e sendo o adiantamento da legitima uma
delas, este ato estaria sujeito às exigência do art.
1.848.
4) JURISPRUDÊNCIA: Ap. Civeis nºs 440–6/0 – Sorocaba; 776 - 6/2 –
General Salgado
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NATUREZA JURIDÍCA
Temporária –
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ARTIGO 1.911 do CC -
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CLÁUSULAS restritivas de DOMÍNIO
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O MOMENTO PRÓPRIO PARA A IMPOSIÇÃO DAS CLÁUSULAS
4) Jurisprudência –
“O Poder Judiciário não pode intervir na esfera das relações jurídicas privadas. Se a
escritura já foi registrada, nem a re-ratificação do título seria hábil ao fim desejado. É
que apenas o proprietário do bem pode clausulá-lo. Se a requerente deixar de ser
proprietária, falta-lhe legitimidade para, validamente, instituir os vínculos” (José Celso
de Melo Filho – Dúvida n° 1.273/83)
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VENDA E COMPRA ACOPLADA À
DOAÇÃO MODAL
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INCOMUNICABILIDADE – REVERSÃO
(Art. 547 do CC)
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INCOMUNICABILIDADE – REGIME DE BENS
– VENDA E COMPRA ENTRE CÔNJUGES -
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DIREITO HEREDITÁRIO
A cláusula de INCOMUNICABILIDADE
não priva o cônjuge do direito hereditário
que lhe cabe (artº 1.829, I a III do
CC/2002). O bem seria particular.
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EXECUÇÕES FISCAIS E CONDOMINIAIS
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FRUTOS – RENDIMENTOS – Extensão das
cláusulas – Inalienabilidade.
Art. 650 do CPC
“Os frutos e rendimentos dos bens inalienáveis seguem,
em princípio, o destino destes, ou seja, são
impenhoráveis. Os credores comuns do titular do bem
inalienável, por isso, não podem penhorar seus frutos e
rendimentos. A imunidade, contudo, não é total. Prevalece
enquanto seja possível o gravame executivo recair sobre
outros bens livres do executado. Faltando os bens livres,
cessará a impenhorabilidade, e os frutos e rendimentos a
que alude o art. 650 terão de submeter-se à penhora. Daí
falar-se, na espécie, de impenhorabilidade relativa”
(Humberto Theodoro Junior – A Reforma da Execução do
Título Extrajudicial)
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TRANSMUTAÇÃO DAS CLÁUSULAS –
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REVOGAÇÃO OU RENÚNCIA DAS
CLÁUSULAS PELOS CONTRANTES
c)Renúncia por ESCRITURA PÚBLICA (artº 742 do CC- o distrato se faz pela
mesma forma do contrato quando exigida para validade deste);
Ex.
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1) imóvel doado pelo casal gravado com INALIENABILIDADE até um ano do
falecimento dos doadores. Falecimento de um dos doadores, a extinção
deve ser parcial.
(PROC. CG 202/09 – DEC de 22.06.2009)
3) imóvel doado pelo casal, com cláusulas de INAL e IMP, com a declaração
de que os mesmos se extinguirão com a morte dos doadores (e não de
ambos).
Em conclusão –
b) a renúncia exige escritura pública, não podendo ser aplicado o art° 250, II
da LRP (a requerimento do interessado...)
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CLÁUSULAS e USUFRUTO
Imóvel gravado com Usufruto e CLÁUSULAS
a) Com o falecimento do usufrutuário doador, se opera, também, a extinção dos
vínculos?
Há que prevalecer sempre a vontade do doador. Não se pode inferir que seria a
vontade do doador, a extinção das cláusulas a não ser que, de forma expressa, tivesse sido
manifestada no ato da constituição;
b) Representa um usufruto sucessivo?
“Há de ficar esclarecido, desde logo, não ter a extinção do usufruto, por morte dos
doadores, projeção na cláusula de inalienabilidade. Esta restrição não visava a garantir os
usufrutuários contra a presença de nus-proprietários estranhos e, plenamente válida, não
poderia ser levantada como consequência do falecimento dos doadores, determinante tão-
só do feito extintivo do usufruto. À evidência, a vitaliciedade da disposição é dirigida aos
donatários, e não aos doadores; enquanto vida tiverem, o vínculo subsistirá. Nem se
conjugue, apesar do arrimo valioso em Washington de Barros Monteiro, o direito real de
usufruto à cláusula de inalienabilidade; uma coisa é reservar os rendimentos do bem, outra
é gravá-lo. A extinção do usufruto acarreta a consolidação do domínio, mas sem
plenitude, dada a restrição imposta. E nenhuma dialética, com extremos de habilidade,
revelará, em tal hipótese, um usufruto de segundo grau”. (Des. Octavio Stucchi – RT, 496/66
– TJSP)
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CANCELAMENTO DAS CLÁUSULAS
EXTINÇÃO
Dúvida do 5º RI - 27
SUB-ROGAÇÃO de vínculos
Artigo 1.848, § 2° do CC.
“Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o
testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de
incomunicabilidade, sobre os bens da legítima”.
Pode se dar por vontade do interessado quando necessária ou por disposição de lei
(desapropriação artigo 1.911, § único).
Mera conveniência não autoriza a sub-rogação.
Procedimento judicial de jurisdição voluntaria – art. 1.112, II do CPC. Possível a sub-rogação,
embora não usual, das cláusulas de INCOMUNICABILIDADE e IMPENHORABILIDADE.
Possível a sub-rogação das cláusulas incidentes em bem particular de um cônjuge, em OUTRO
de propriedade do CASAL;
VEDAÇÃO À SUB-ROGAÇÃO
A jurisprudência não admite cláusula testamentária vedando a sub-rogação. Não é lícito ao testador
determinar disposições que ferem postulados legais – deve ser considerada como não inscrita;
Requisitos – a) prova da necessidade da alienação; b) equivalência de valores; c) autorização judicial.
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O artigo 2.042 do CC
(Direito INTERTEMPORAL))
Normas para solucionar conflitos de leis no TEMPO
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Divergência
Contra – Silvio Venosa – Amparado na CF – a princípio, o ATO do TESTAMENTO, antes elaborado é “ATO PERFEITO” e imune à
retroatividade da lei posterior;
Favor – enquanto não ocorrer à morte, o ato jurídico do testamento, ainda não se considera perfeito. Falta a “CAUSA” – fato morte – e a
lei nova pode modificá-lo.
Pode ser negado o registro sem a sua observância do contido no citado artigo?
E nas escrituras de DOAÇÕES? (lavradas na vigência do CC/1916 se apresentados a registro na vigência do atual CC?
Outra dúvida, em sentido contrário, pela procedência, negando acesso a registro de Formal de Partilha, em que o testamento não
observou o artº 2.042 do CC com cláusulas sem a Justa Causa que as justificassem. (impossibilidade – testador detentor de doença
grave - mal de Parkinson)
4. REsp n° 1.111.095 – RJ – 11.02.2010 – “Há que prevalecer a vontade do testador – os atos jurídicos perfeitos e acabados devem ser
respeitados sob pena de gerar uma situação de insegurança jurídica e de se ferir o princípio da autonomia da vontade”
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Cláusulas no FIDEICOMISSO – Arts. 1.951 e 1.952 do CC
“Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que,
por ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário,
resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição,
em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário.
Art. 1.952. A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não
concebidos ao tempo da morte do testador.
Parágrafo único. Se, ao tempo da morte do testador, já houver nascido o
fideicomissário, adquirirá este a propriedade dos bens fideicometidos, convertendo-
se em usufruto o direito do fiduciário”.
1. A substituição fideicomissária somente se permite em favor dos não concedidos ao tempo da morte do
testador, ou seja, em benefício da “prole futura”.
3. Seria uma medida inócua e desnecessária, pois as cláusulas restritivas já estariam implícitas no
fideicomisso.
5. Impossibilidade da imposição das cláusulas aos fideicomissários – não pode atingir a 2ª geração.
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FIM
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