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Tabaquim

ARTIGO MLM
especial

Transtornos da aprendizagem não-verbal


Maria de Lourdes Merighi Tabaquim

RESUMO – Os transtornos de aprendizagem são alterações no sistema


nervoso central, em crianças com inteligência normal, sem alterações sen­
soriais, com qualidade de vida adequada e métodos de ensino apropriados.
O transtorno de aprendizagem não-verbal é uma alteração específica no
funcionamento do sistema nervoso, caracterizada por prejuízos marcantes
no raciocínio matemático, na cognição visoespacial, coordenação motora,
percepção sensorial e nas habilidades sociais. Estudos recentes apontam
para alterações na substância branca nas conexões córtico-corticais do
hemisfério direito, relacionadas ao comprometimento de funções implicadas
no transtorno. Porém, o diagnóstico é essencialmente clínico, identificado pela
presença de uma série de critérios, marcados pela discrepância de habilidades
verbais e não-verbais, com déficits de ordem primária, secundária e terciária,
que acometem os domínios da cognição e interferem no aprendizado.
Frequentemente, crianças com o transtorno de aprendizagem não-verbal se
amparam nas habilidades verbais preservadas para, compensatoriamente,
lidarem com as dificuldades inerentes à condição.

UNITERMOS: Transtornos de aprendizagem. Aprendizagem. Cognição.


Criança.

Maria de Lourdes Merighi Tabaquim – Neuropsicóloga; Correspondência


Dou­torado e Pós-doutorado em Ciências Médicas; Maria de Lourdes Merighi Tabaquim
Professora Livre-docente do Depto. de Fonoaudiologia Rua Octávio Pinheiro Brizola, 9-75 – Vila Universitária
da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universida­ – Bauru, SP, Brasil – CEP 17012-901.
de de São Paulo (FOB-USP) e da Pós-graduação em E-mail: malu.tabaquim@usp.br
Ciências da Reabilitação do Hospital de Reabilitação
de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São
Paulo (HRAC-USP), Bauru, SP, Brasil.

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INTRODUÇÃO do esquerdo do corpo; habilidades motoras


As dificuldades na aprendizagem estão rela­ simples e repetitivas podem nor­­malizar-se
cionadas aos diversos obstáculos interferentes com a idade, porém as mais complexas
no processo ensino-aprendizagem e desempe­ permanecem alteradas e discrepantes com
nho escolar, decorrentes de fatores pedagógicos, relação à norma;
emo­cionais, culturais, nutricionais, entre outros. 3. Habilidades organizacionais viso-espa­
Porém, os transtornos de aprendizagem são alte­ ciais estão significativamente compro­
rações no sistema nervoso central, em crianças me­tidas; discriminações visuais simples
com inteligência normal, sem alterações senso­ po­dem normalizar-se com a idade, porém
riais, com qualidade de vida adequada e métodos os déficits tendem a piorar comparativa­
de ensino apropriados. Ambos causam impacto mente aos pares normativos;
negativo no aprendizado acadêmico. 4. Dificuldades importantes para lidar com
Nas últimas décadas, o estudo dos transtornos situações, informações novas ou com­­
de aprendizagem tem despertado interesse inde­ plexas. Forte tendência a confiar em es­
lével, com a expansão do conhecimento neuro­ tratégias rotineiras, reações e respostas
biológico de funções verbais, como a linguagem decoradas, frequentemente inapropriadas
(dislexia), e atribuído menor ênfase aos processos para a situação, idade e humor. Dificulda­
cognitivos não-verbais1. Embora o cérebro possa de para adequar as respostas de acordo
ser visto como uma estrutura única, ele é dividido com o feedback recebido. É frequente o uso
em duas grandes partes compactamente orga­ de respostas verbais, apesar de a situação
nizadas dentro do crânio e ligadas pelo maior requisitar outras estratégias de solução
sis­­tema de fibras nervosas, o corpo caloso, que de problemas, formação de conceitos e
funciona como canais de comunicação entre os testagem de hipóteses. Essas tendências
dois hemisférios, o direito e o esquerdo2. persistem ou tendem a piorar com a idade;
O transtorno de aprendizagem não-verbal 5. Distorções na percepção e orientação
(TANV) é uma alteração específica, caracteri­ temporal;
za­da por prejuízos marcantes no raciocínio ma­ 6. Habilidades verbais decoradas bem de­
temático, na cognição visoespacial, na coorde­ senvolvidas (vocabulário ou facilidade pa­ra
nação motora, na percepção sensorial e nas ha­­­ decorar);
bilidades sociais3. O termo surgiu na literatura 7. Extrema dificuldade em se adaptar a no­
científica na década de sessenta, definido como vas situações mais complexas; apresenta
uma inabilidade em interpretar aspectos não­ excesso de confiança em comportamentos
-verbais do ambiente, porém sua caracterização prosaicos, por conseguinte, inadequados,
sintomática só foi estabelecida na década de nessas situações;
setenta, decorrente dos trabalhos desenvolvidos 8. Deficiência destacada na mecânica da
pelo neuropsicólogo Byron Rourke4. As princi­ aritmética e na compreensão da leitura, em
pais manifestações clínicas do TANV, corrobora­ comparação com as habilidades adequa­
das por Moura & Haase5, foram relacionadas a: das de leitura de palavras isoladas;
1. Déficits bilaterais na percepção tátil, pre­ 9. Alta verbosidade rotineira e repetitiva,
dominantemente acentuados no lado es­­­ com limitações relacionadas ao conteú­do
querdo do corpo; a percepção tátil simples de linguagem, e dificuldades nos as­pectos
pode normalizar-se com a idade, mas a pragmáticos da comunicação (“cocktail
interpretação de estímulos táteis mais party” de fala).
com­plexos permanece alterada; 10. Déficits significativos na percepção, jul­
2. Déficits bilaterais na coordenação psico­ gamento e interação sociais, com clara
motora, geralmente mais acentuado do la­ ten­dência para retraimento e/ou isola­

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mento social, mesmo com o aumento da dos TANVs é muito heterogêneo, podendo até
idade. De forma compensatória, podem mesmo se manifestar em níveis diferentes de
mostrar-se expansivos, porém sem a críti­ com­­prometimento e não necessariamente com a
ca adequada do próprio comportamento presença de todas as características, pois o que
inconveniente. Frequentemente estres­ configura o transtorno e viabiliza o seu diagnós­
sados em situações de novidade social, tico é a discrepância entre as habilidades verbais
com alta ansiedade, chegando a pânico e não-verbais, do que apenas a manifestação das
em determinadas situações. Apresentam características em si1,7.
risco para o desenvolvimento de pertur­ Apesar de não existirem, até o momento,
ba­ção socioemocional, especialmente na es­tudos populacionais sobre a prevalência dos
forma internalizada da psicopatologia. TANVs, estima-se que crianças com transtornos
García-Nonell et al.6 traçaram o perfil cogni­ de aprendizagem correspondam a 10% da po­
tivo dos TANVs, descrevendo as habilidades e pulação em idade escolar e que pelo menos 1%
dificuldades que os caracterizam. Neste perfil destas apresentem o tipo não-verbal, sendo esta
se observam déficits primários que afetam a baixa prevalência uma das principais dificulda­
percepção tátil e visual, as habilidades de coor­ des enfrentadas pelos pesquisadores no estudo
denação psicomotora e a destreza para lidar deste transtorno5,8.
com materiais ou circunstâncias novas. Conse­ Considerando o modelo neuropsicológico em
quentemente, surgem dificuldades secundárias crianças com TANV, verifica-se a discrepância
(atenção tátil e visual), que, por sua vez, levam entre as habilidades verbais (que se mostram
a déficits terciários. Estes se expressam em fra­ sig­­nificantemente preservadas) e não-verbais
cassos em certas aprendizagens (memória tátil (deficitárias), com déficits de ordem primária,
e visual) e em funções executivas (formação de secundária e terciária, que levam a dificuldades
conceitos, resolução de problemas, raciocínio acadêmicas e psicossociais. De acordo com Rourke
abstrato e velocidade de processamento das et al.5, os déficits primários acometem domínios
in­formações). O resultado final desta cadeia mais fundamentais da cognição, como o esquema
gera dificuldades acadêmicas específicas e difi­ corporal, o processamento tátil-perceptual e as
culdades em habilidades sociais. Os autores habilidades inferenciais, como a capacidade de
tam­bém destacam as habilidades preservadas, raciocinar indutivamente. Déficits secundários e
relacionadas ao bom desempenho em tarefas que terciários envolvem prejuízos em processos cogni­
dependem da memória auditiva, levando, con­ tivos mais genéricos, como a atenção e a memória
sequentemente, à boa memória mecânica e boa tátil-perceptual, o comportamento exploratório, a
estrutura de linguagem, como a fonologia, mor­ resolução de problemas não-verbais, o raciocínio
fologia e sintaxe. Além disso, os TANVs também matemático, o controle emocional, e as funções
se expressam por dificuldades na organização prosódicas e pragmáticas da linguagem.
espacial, adaptação a situações novas, interação As funções verbais são caracterizadas por ha­­
social e interpretação da informação não-verbal, bilidades primárias mais fundamentais, como a
mesmo com as habilidades formais da linguagem percepção verbal, e as habilidades secundárias
preservadas. Para os autores, o perfil neuropsi­ e terciárias, como a memória verbal, o processa­
cológico dos TANVs, com os déficits descritos, mento fonológico, a associação e o volume de
levam a consequências no âmbito acadêmico e output verbal8. Essas habilidades linguísticas
a dificuldades a nível psicossocial. O Quadro 1 preservadas favorecem um desempenho ade­
apresenta as características do TANV proposto. quado em tarefas e situações como na leitura de
O diagnóstico dos TANVs é clínico, a partir palavras isoladas, na memorização de palavras,
da presença de uma série de critérios5,7. É impor­ no processo de alfabetização, mesmo que possa
tante considerar que o perfil neuropsicológico ocorrer um pouco mais tardiamente comparado

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Quadro 1 – Características do Transtorno de Aprendizagem não-verbal.


Áreas Desempenhos e Comportamentos Habilidades Não-Verbais
Acadêmica Recorte, colagem e atividade manual Atenção seletiva, percepção tátil e visual.
Destreza viso-espacial
Cálculo aritmético com raciocínio e Organização viso-espacial, resolução de
localização espacial (operações) problemas e raciocínio intuitivo
Compreensão leitora Linguagem: prosódia (entonação e
modulação do volume, padrão e ritmo),
conteúdo verbal pragmático
Cópia de desenho e formalidade da escrita Integração da informação sensorial à
resposta motora coordenada
Visuoespacial Cópia/escrita em espelho; Orientação viso-espacial
grafia invertida de letras e números Representação coordenada
Reproduzir símbolos arbitrários Percepção e memória visual; atenção a detalhes
Identificar detalhes ausentes num contexto Percepção e relações espaciais (localização)
Motora Manutenção de gestos e posturas Coordenação motora ideatória
Pintura, encaixe, empilhagem Integração viso-espacial e motora
Social Participação em trabalhos de grupo Julgamento, empatia e adaptação
a situações novas
Inter-relação com os pares ou parceiros, Compreensão da informação não-verbal
esportes em grupo.
Emocional Birras frequentes Feedback emocional
Modulação do afeto; expressões faciais Percepção das emoções
Tendência a transtornos de Comunicação emocional
ansiedade/depressão
Temor a situações novas e Tomada de decisão
mudanças de rotina
Adaptado de Tabaquim e Fernandes1; García-Nonell et al.6

aos pares. O mesmo pode ocorrer em determi­ aspectos implícitos da interação, e dificuldade
nadas atividades de aritmética, especialmente de se expressarem efetivamente e de se adapta­
aquelas baseadas em habilidades verbais. Desta rem a situações novas que fogem da rotina, se
forma, crianças com TANV frequentemente se apegando a comportamentos estereotipados e já
amparam nas habilidades verbais para solucio­ bem estabelecidos. O perfil de cognição social
narem problemas de diversas naturezas e, invaria­ presente neste transtorno exige, muitas vezes,
velmente, esse padrão específico de com­petências a realização de um diagnóstico diferencial com
acarreta impacto acadêmico, com desempenho transtornos invasivos, especialmente aqueles de
insuficiente em atividades de escrita e matemá­ alto funcionamento5,7.
tica, configurando, inclusive, a discalculia como Inicialmente, acreditou-se que o perfil com­
um dos sintomas do transtorno e um importante portamental observado em indivíduos com TANV
critério para diagnóstico7,9. poderia ser explicado como uma disfunção es­
Além das dificuldades acadêmicas, crianças pecífica do hemisfério cerebral direito, em ana­
com TANV também enfrentam prejuízos nas logia ao observado em crianças e adultos com
habilidades sociais, demonstrando instabilida­ lesões adquiridas nessa região. Com os avanços
de emocional, dificuldades na compreensão de da neuroimagem, entretanto, constatou-se que a

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etiologia dos TANVs decorrentes de lesões do he­ dificuldades na memorização de tabuadas, bem
misfério direito são relativamente raras, enquanto como realização de operações aritméticas mais
os comprometimentos da substância branca são complexas, como domínio do algoritmo das ope­
muito mais frequentes, com diferenças significa­ rações de números maiores que a dezena. Desta
tivas de processamento da informação entre os forma, além da interpretação de textos, a aritméti­
hemisférios cerebrais direito e esquerdo7. Desta ca é a área da aprendizagem mais comprometida,
forma, o hemisfério esquerdo seria caracterizado conforme já mencionado.
pela preponderância das conexões córtico-corti­ No relacionamento interpessoal, crianças com
cais de curta distância, com funcionamento mais esse transtorno podem ser vistas como ingênuas,
analítico, e responsável por funções que depen­ apresentando dificuldades para compreender
dem principalmente desse tipo de processamento, os aspectos implícitos na interação social e na
como as fonológicas e sintáticas da linguagem. linguagem, principalmente com significado
O hemisfério direito, por sua vez, mais rico em oculto, metafórico ou irônico, tendo baixa per­
fibras que conectam áreas localizadas a maiores cepção para compreender piadas ou expressões
distâncias no córtex (fibras longas mielinizadas), faciais, inclusive demonstrando dificuldade para
apresenta um funcionamento mais holístico, in­ aprender com a experiência.
termodal, o que favorece funções que dependem Na prática clínica, a avaliação psicométrica
da integração de múltiplos inputs, especialmente dos TANVs tem se baseado em métodos neu­
comprometidos nos TANVs. ropsicológicos, considerando a queixa inicial,
A principal queixa clínica de crianças com o desempenho acadêmico, o raciocínio lógico
TANV, invariavelmente, está relacionada às difi­ visoespacial, a percepção tátil-quinestésica, as
culdades na aprendizagem, e constitui grande habilidades psicomotoras, de processamento
desafio diagnóstico para os educadores e profissio­ visoespacial, da percepção auditiva, linguagem,
nais da saúde. Os relatos giram em torno de que a função executiva e da cognição social10,11.
criança não aprende, tem baixa performance, ape­ Existem evidências de que as tarefas que me­­
sar de se comunicar razoavelmente bem do ponto lhor discriminam indivíduos com o transtorno
de vista verbal, e não aparentar atraso intelectual. daqueles sem a mesma condição são relacionadas
As dificuldades visoespaciais, de comportamento aos déficits primários do modelo neuropsicológi­
e de socialização são frequentemente observadas co, pois esses sofrem um declínio mais marcante
e relatadas pelos pais e professores, mas não são ao longo do tempo, e tendem a não melhorarem
valorizadas e, raramente, constituem motivo da mesmo com intervenções sistemáticas5,12.
consulta. Pode haver história prévia de dificul­ A intervenção no atendimento às crianças com
dades de desenvolvimento na primeira infância, TANV pautada na reeducação de habilidades cog­
inclusive certo atraso na aquisição da linguagem, nitivas e desenvolvimento de competências pela
com posterior compensação. Na maioria das vezes, sistematização intensiva de treinos específicos,
não existe queixa de problemas com a alfabetiza­ como proposto pelos programas de remediação,
ção inicial, porém, comumente, apresentam baixa tem demonstrado significativa eficácia13,14. O
qualidade na interpretação de textos. treino de habilidades visoespaciais e motoras,
As crianças com TANV são descritas como espontâneas e intuitivas (mais comprometidas
de­sajeitadas ou descoordenadas, evidenciando nessa população), podem ter melhor resultado
dificuldades para aprender a andar de bicicleta, quando explorado pela sistematização repetiti­
amarrar cadarços, ou habilidades em atividades va de tarefas estimulantes da função, tendo em
esportivas, assim como realizar desenhos, que vista os recursos de memorização verbal que
geralmente se apresentam imaturos, simplifica­ podem atuar como mecanismos compensatórios.
dos, inadequados na construção visoespacial e Desta forma, o treinamento relacionado à auto­
na configuração global de cópia. Demonstram -instrução verbal a partir da estruturação de ro­

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tinas altamente praticadas tem se mostrado um como as informações podem ser estimuladas,
método eficaz de ensino para indivíduos com o identificando as potencialidades, os prejuízos e
TANV. Esse método exige a instrução explícita os componentes da tarefa. Para a ocorrência des­
e prática exaustiva para a sua eficácia. ses fatores, o diagnóstico dos TANVs servirá de
A intervenção é um conceito que está rela­ base para o trabalho a ser realizado, focado nas
cio­nado com o trabalho mais abrangente de manifestações dos problemas da aprendizagem13.
estimu­lação, envolvendo todas as habilidades de­­ Considerando a preservação dos recursos
fasadas. Diferentemente, a remediação implica na intelectuais de indivíduos com TANV, é pertinen­
exploração diagnóstica e na limitação do número te a estimulação da generalização gradativa de
de habilidades focadas no exercício das compe­ conceitos e estratégias aprendidas, bem como a
tências cognitivas da criança. O planejamento dos necessidade do engajamento em novas atividades
programas individualizados de remediação requer de ordem exploratória no contexto tanto familiar
análise do que precisa ser implementado e de quanto acadêmico.

SUMMARY
Nonverbal learning disorders

Learning disorders are changes in the central nervous system in children


with normal intelligence without sensory changes, with adequate quality of
life and appropriate teaching methods. The nonverbal learning disorder is
a specific change in the functioning of the nervous system, characterized
by marked losses in mathematical reasoning, visospatial cognition,
motor skills, sensory perception and social skills. Recent studies point to
changes in the white matter in the cortico-cortical connections of the right
hemisphere, related to the impairment of functions involved in the disorder.
However, the diagnosis is essentially clinical, identified by the presence of
a number of criteria, marked by the discrepancy of verbal skills and non-
verbal, with deficits primary, secondary and tertiary of order, that affect
the domains of cognition and interfere with learning. Often, children with
nonverbal learning disorders to bolster in the preserved verbal skills to,
by compensatory way, deal with the difficulties inherent to the condition.

KEY WORDS: Learning Disorders. Learning. Cognition. Child.

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Trabalho realizado na Faculdade de Odontologia de Artigo recebido: 5/10/2016


Bauru da Universidade de São Paulo (FOB-USP) e Aprovado: 9/11/2016
no Programa de Pós-graduação em Ciências da Rea­
bilitação do Hospital de Reabilitação de Anomalias
Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-
USP), Bauru, SP, Brasil.

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