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ARIEL MENEGON

DECLIEUX ROSA SANTANA JUNIOR


ELIO VICTORINO DA SILVA JUNIOR
JANSEN OLIVEIRA
RAFAEL VARGAS

MEDICINA LEGAL: ANTROPOLOGIA FORENSE

GURUPI-TO
OUTUBRO/2013
ARIEL MENEGON
DECLIEUX ROSA SANTANA JUNIOR
ELIO VICTORINO DA SILVA JUNIOR
JANSEN OLIVEIRA
RAFAEL VARGAS

MEDICINA LEGAL: ANTROPOLOGIA FORENSE

Trabalho avaliativo ao Centro


Universitário Unirg, curso de
Direito, 10º período noturno,
disciplina de Medicina Legal.

Docente: Wellington Torres.

GURUPI-TO
OUTUBRO/2013
Sumário

1. INTRODUÇÃO 4
2 - ANTROPOLOGIA FORENSE 5
2.1 - Quanto à espécie 6
2.2 - Quanto à raça 6
2.3 - Quanto ao sexo 7
2.4 - Quanto à idade 8
2.5 - Quanto aos sinais individuais 8
3 - TECNICAS 10
4 - LEGISLAÇÃO 11
5 - CONCLUSÃO 12
6 - REFERENCIA 13

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1. INTRODUÇÃO

O estudo da Medicina Legal nada mais é que uma


especialidade médica e jurídica que utiliza conhecimentos técnico-científicos da
Medicina para o esclarecimento de fatos de interesse da Justiça. Seu
praticante é chamado de médico legista ou simplesmente legista. Para muitos,
é uma especialidade médica, embora seja um corpo próprio de conhecimentos,
que reúne o estudo não somente da medicina, como também do Direito,
paramédicos, da Biologia - uma disciplina própria, com especializações, que
serve mais ao Direito que propriamente à Medicina.
A Medicina Legal na Advocacia, sobretudo na Advocacia Criminal, é de
suma importância, já que em muitos casos, há a necessidade de se interpretar
laudos, exames, sendo muito importante para o exercício profissional dos
doutores das leis (advogados e juristas).
Na variada temática objeto da Medicina Legal, pode-se traduzir sua
divisão, da seguinte forma: Antropologia Forense; DNA; Traumatologia
Forense; Asfixiologia Forense; Tanatologia; Toxologia; Psiquiatrias Forenses;
Sexologia Forense; Policia Cientifica; Criminologia; Vitimologia; Infortunística;
Química Forense e Autopsia.
Neste trabalho abordaremos especificamente sobre o tema da
Antropologia Forense. Como já sabemos Antropologia é a ciência que estuda
o homem num âmbito cultural e físico, considerando igualmente as suas
relações, já o termo forense implica na ciência aplicada à justiça e deriva do
vocábulo latino fórum que faz alusão às reuniões nas praças públicas da antiga
Roma, nas quais se dirimiam as disputas dos cidadãos.
Logo, a antropologia forense é a aplicação legal da ciência
antropológica, com o objetivo de ajudar na identificação de cadáveres e na
determinação da causa de mortes, tendo desempenhado um importante papel
no combate à violência e à impunidade em muitos países do mundo.

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2 - ANTROPOLOGIA FORENSE

Falar em antropologia forense é necessariamente falar de identidade.


Identidade corresponde à individuação de um ente frente a outros do mesmo
gênero. Como a questão de identidade está ligada ao homem, o objetivo é
identificar um ser humano e diferenciá-lo de todos os outros por meio de
determinadas características.
Quando se fala em antropologia à ideia que nos surge é a de uma
ciência que estuda a origem do homem e a sua evolução até á atualidade nos
seus aspectos físicos, culturais e modos de vida. Mas para além de estudar
como o homem vivia no passado ou que instrumentos utilizavam, a
antropologia segue outros caminhos como é o caso da anatomia forense. Este
ramo da antropologia estuda os ossos e tem grande importância na
criminologia atual. Esta importância resulta da aplicação de conhecimentos de
Antropologia às questões de direito no que diz respeito à identificação de
restos cadavéricos. Explicando melhor: através dos ossos, podemos obter
dados sobre o sexo, idade, estatura do falecido e pormenores da sua vida tais
como hábitos alimentares, algumas doenças, lesões, etc. o que é muito
importante para os historiadores e criminologistas.
É a aplicação prática de conhecimentos científicos básicos como a
anatomia, fisiologia, bioquímica, patologia, tanatologia e criminalística, etc., no
estudo analítico do corpo humano completo ou despojos, visando à
identificação antropológica, a identidade civil, data e causa provável da morte.
Nos países onde a antropologia forense está institucionalizada, como Estados
Unidos, Argentina, Colômbia, Guatemala e Peru, ela é situada como um ramo
especializado da antropologia biológica.
Seu surgimento partiu da necessidade de se construir um corpo teórico-
metodológico com base em conhecimentos científicos específicos e ao mesmo
tempo, multidisciplinares, que fosse capaz de lidar com restos humanos
esqueletonizados associados às cenas de crimes, ou, em situações menos
comuns, com corpos mumificados ou cujas marcas da tilares tenham sido
extirpadas.
Os achados biológicos podem ter diversas origens: cadáveres
abandonados numa fase avançada de decomposição, corpos desfigurados

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resultados de mutilações ou, cadáveres que possam corresponder a indivíduos
vítimas de desastres em massa, o que acontece em acidentes de aviação,
naufrágios, catástrofes naturais, ou assassinatos políticos coletivos, servindo
para identificar pessoas cujo corpo está irreconhecível.
Todavia, este estudo só fica completo se se conseguirem recolher outros
dados que em termos comparativos possam individualizar a pessoa, pois só
com os dados relativos ao sexo, idade, proporções corporais é praticamente
impossível identificar o cadáver.
A pesquisa antropológica nos permite reconhecer ("recognocere"), ou
seja, conhecer de novo, afirmar, admitir como certo a identidade antropológica
(pela antropometria); e a identidade civil em razão de informações peculiares e
imutáveis que caracterizam cada indivíduo.

2.1 - Quanto à espécie

A primeira questão a ser respondida pelo antropólogo forense é a


espécie a ser examinada. Por razões óbvias, precisa identificar o analisado
como “humano”. Alguns critérios podem ser usados como a verificação como a
morfologia dos ossos ou da avaliação dos Canais de Havers. Que são
estruturas encontradas no interior dos ossos e componentes estruturais dos
mesmos. Ao olhar do microscópio, podemos constatar que os ossos humanos
têm forma elíptica ou circular, diâmetro superior a 3 cm e densidade de 8 a 10
por mm2. Os ossos animais têm forma circular, diâmetro inferior a 25 cm e
densidade superior a mencionada. Outro critério é a análise do sangue. A mais
simples consiste na procura dos cristais de Teichmann. Colocando o sangue
sobre a lâmina com solução de ácido acético glacial, e expondo-o ao calor de
evaporação lenta formam-se cristais em forma de charuto na cor marrom,
perceptível ao microscópio.

2.2 - Quanto à raça

No Brasil a identificação da raça do examinado constitui um problema,


visto que os brasileiros não se constituem de uma linhagem homogênea. A

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“mestiçagem”, assim como é dita pela população em geral, é vista mesmo nos
“caucasianos” que vieram de Portugal, pois se deu em território português
quando da invasão dos “mouros”. Darcy Ribeiro diria que a força do povo
brasileiro está justamente na mescla de raças, o que em termos biológicos tem
respaldo na diversidade que aumenta significativamente as chances de
preservação da prole. Mas a questão da identificação da raça do examinado
não serve para discriminá-lo, e sim para diferenciá-lo, individuá-lo, dos outros.
Como já é do conhecimento comum, não existe “raça superior”. Os grupos
étnicos brasileiros fundamentais são: Caucasianos: Pele branca ou trigueira;
cabelos lisos ou ondulados, loiros, castanhos ou pretos; íris azul, verde,
castanha; nariz alongado e narinas delgadas; Negróides: Pele negra; cabelos
crespos; íris castanha ou preta; nariz pequeno, largo e achatado, com narinas
espessas e achatadas; Indiano: Pele tendente ao avermelhado; cabelos lisos e
pretos; íris castanha; barba escassa; zigomas salientes e largos. É possível,
também, pela estrutura dos ossos identificar a raça do indivíduo estudado,
utilizando para isso: a forma do crânio, os índices cefálicos, tíbio-femural, rádio-
umeral e o ângulo facial.

2.3 - Quanto ao sexo

Normalmente não há dificuldades do sexo do humano em estudo,


mesmo nos casos apontados como “genitália dúbia”. Além da constatação do
sexo gôndola (o masculino sendo portador de testículos e o feminino sendo
portador de ovários), alguns exames em corpos em avançado estado de
decomposição podem utilizar: a capacidade craniana como critério
(1.400cm3 ou mais para os homens e 1.300cm3 para as mulheres; o ângulo dos
arcos superciliares (salientes para os homens e suaves para as mulheres);
ângulo subpubiano (em formato de “V” para os homens e em formato de “u”
para as mulheres); corpo do púbis (triangular para os homens e quadrangular
para as mulheres) entre outros.

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2.4 - Quanto à idade

A idade tem relevância para a apuração não só da identidade, mas


também com a questão da capacidade de direitos e deveres. Em matéria
penal, por exemplo, a idade tem relevância para a averiguação da
imputabilidade.
O método mais seguro para averiguar a idade é a radiografia dos ossos,
vez que identifica com grau de aproximação significativo. Existem tabelas que
indicam a idade aproximada pela morfologia e densidade dos ossos. A
radiografia da mão e pulso é indicada para verificar idades próximas dos 18
anos e a partir do 25 a do crânio, devido à fusão dos ossos.
Os dentes são bons indicativos para idades até 18 anos, mas a sua
precisão é menor que a da radiografia.
A aparência também constitui elemento indicativo (assim como a pele,
os olhos, a calvície), embora sejam falhos em relação a outros métodos.

2.5 - Quanto aos sinais individuais

Existem más formações que identificam o sujeito. Podemos apontar a


polidatilia, o lábio leporino, as cicatrizes, as tatuagens. Podem existir métodos
modernos e precisos para a identificação do indivíduo, mas nenhum que seja
tão preciso barato e tão difundido quanto à identificação datiloscópica. Criada
por Juan Vucetich em 1891 é o método oficial adotado no Brasil desde 1903.
Baseado na imutabilidade do desenho das papilas dérmicas dos dedos, cada
impressão revela um desenho único. Curioso que nenhum dedo tem desenho
igual a outro, assim como, obviamente, nenhum indivíduo tem o desenho de
sua papila dérmica igual à de outro. Ainda que seja irmão univitelino. Assim,
um exame genético que declare que se trata de um indivíduo “A” pode ser
negado em identidade por “B” em um exame datiloscópico. Segundo os
critérios estabelecidos por Vucetich, existem quatros tipos básicos de
desenhos: Arco, presilha externa, presilha interna e verticilo.
Outro modo de identificação é pela arcada dentária. Cada indivíduo
apresenta uma conformidade dentária única, assim como o desenho do palato.

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Evidente que não podemos descartar a identificação por DNA (ácido
desoxirribonucleico) que transmite a característica física de cada indivíduo,
revelando, especialmente, as relações de parentesco com outros.

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3 - TECNICAS

O trabalho de um antropólogo começa no local do crime e estende-


se até ao laboratório. Dividindo-se parcialmente em três etapas:
 1º ETAPA - ARQUEOLOGIA FORENSE. É feita uma escavação
minuciosa do local onde se encontra o corpo.
 2º ETAPA - ANTROPOLOGIA SOCIAL. Consiste na recolha de
informações em redor da área do crime (entrevistas às pessoas da
região consulta em arquivos municipais, eclesiásticos e militares, etc.).
 3º ETAPA - INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL. Há uma aplicação de
técnicas como a osteologia humana (área que se debruça sobre o
estudo dos ossos que compõe o esqueleto), paleopatologia (ramo da
ciência que se dedica ao estudo das doenças do passado) e
tafonomia (estudo sistemático da evolução de fósseis). Pode ainda ser
feita uma reconstrução facial do cadáver e superposição fotográfica.

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4 - LEGISLAÇÃO

A Antropologia Forense está relacionada a algumas medidas legais


preventivas contra o uso inadequado da identidade de cada individuo, uma vez
que ela tem como objetivo resguardar os direitos e a integridade pessoal
individualizada da sociedade em geral.
A Nossa Carta Magna de 1988, diz em seu artigo 5º inciso LVIII que,
“todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes: LVIII - o civilmente identificado não será submetido a
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
O Código Penal, Decreto-Lei N. 2.848, de 7 de Dezembro de 1940, traz
em seus artigos 307 e 308 que:
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir à terceiro falsa identidade para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a
outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, se o fato
não constitui elemento de crime mais grave.
Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de eleitor, caderneta
de reservista ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a
outrem, para que dele se utilize documento dessa natureza, próprio
ou de terceiro: Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e
multa, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
Já o Código de Processo Penal, Decreto-Lei N. 3.689, de 3 de Outubro
de 1941, emana em seus artigos 164, 165 e 166 que:
Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em
que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as
lesões externas e vestígios deixados no local do crime. (Redação dada
pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994).
Art. 165. Para representar as lesões encontradas no cadáver, os
peritos, quando possível, juntarão ao laudo do exame provas
fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Art. 166. Havendo dúvida sobre a identidade do cadáver exumado,
proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto de Identificação e
Estatística ou repartição congênere ou pela inquirição de
testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade,
no qual se descreverá o cadáver, com todos os sinais e indicações.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados e

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autenticados todos os objetos encontrados, que possam ser úteis
para a identificação do cadáver.
Não obstante a Lei de Contravenções Penais N. 3.688, de 3 de Outubro
de 1941, em seu artigo 68 diz que:
Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente
solicitados ou exigidos, dados ou indicações concernentes à própria
identidade, estado, profissão, domicílio e residência: Pena – multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis. Parágrafo único. Incorre na
pena de prisão simples, de um a seis meses, e multa, de duzentos mil
réis a dois contos de réis, se o fato não constitue infração penal mais
grave, quem, nas mesmas circunstâncias, faz declarações inverídicas
a respeito de sua identidade pessoal, estado, profissão, domicílio e
residência.

5 - CONCLUSÃO

O processo de investigação criminal engloba muitas etapas, muitos


profissionais de diferentes áreas e de diferentes instituições e cada um
desempenha um papel nesse processo.
No âmbito de uma perícia em antropologia forense dois profissionais
deverão formar o núcleo de uma equipa coesa, o antropólogo forense e o
patologista forense, mas nunca se deverá esquecer o elemento do órgão de
investigação criminal, pois a perícia em antropologia forense começa com o
exame do local e é, muitas vezes, este profissional que nos fornece a
informação relativa ao local onde foram encontrados os restos cadavéricos.
O antropólogo forense é um profissional com capacidades técnicas e
científicas muito especializadas, capaz de fornecer respostas em situações em
que os cadáveres se apresentam em condições extremas e o seu
conhecimento da biologia do esqueleto permite-lhe obter respostas onde outros
profissionais não as encontram.
Em situações extremas, como cadáveres em adiantado estado de
decomposição, cadáveres carbonizados ou gravemente mutilados ou em
situações de desastres de massa, os conhecimentos, o treino, a experiência do
antropólogo forense poderá fazer a diferença entre a identificação de um
cadáver e o esclarecimento da causa e circunstâncias da morte ou o
arquivamento de um caso.

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6 - REFERENCIA

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5


de outubro de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acessado em
17/09/2013.

BRASIL. Decreto-Lei N. 2.848: promulgada em 7 de Dezembro de 1940.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm.
Acessado em: 17/09/2013.

BRASIL. Decreto-Lei N. 3.688: promulgada em 3 de Outubro de 1941.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm.
Acessado em: 18/09/2013.

BRASIL. Decreto-Lei N. 3.689: promulgada em 3 de Outubro de 1941.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-
lei/del3689compilado.htm. Acessado em 17/09/2013.
NOGUEIRA, JOAQUIM. Antropologia Forense. Disponível em:
http://wwwnovas.blogspot.com.br/2012/03/antropologia-forense.html. Acessado
em: 18/09/2013.

CARNIM, GONÇALO. Antropologia forense: sucessos e limites de uma


ciência forense. Disponível em:
http://segurancaecienciasforenses.wordpress.com/2012/12/27/antropologia-
forense-sucessos-e-limites-de-uma-ciencia-forense/. Acessado em 19/09/2103.

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