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1-PRINCÍPIO DA PARIDADE DE ARMAS E SEUS CONTORNOS


CONSTITUCIONAIS E LEGAIS

Tomando como base a Carta Magna, onde afirma que “todos são iguais
perante a Lei", essa é a confirmação da isonomia de que todos são iguais em face
da Lei. Portanto, entende-se também quea paridade de armas é mais uma garantia
de acesso ao judiciário, ou seja, direitos concedidos à Administração Pública em
juízo, bem como sua compatibilidade ou não com a Constituição Federal brasileira
de 1.988, em especial com o princípio da isonomia, igualdade das partes ou
paridade de armas.
A história é o ângulo para melhor entender e analisar os fatores, de forma
coetânea, a totalidade das leis, bem como a paridade de armas que se torna uma
garantia constitucional, visando um equilíbrio entre as partes, um senso de justiça a
todo o individuo, tornando igual ao Estado.
Embora a linguagem usada para descrever a paridade de armas
aparentemente seja amplamente expressa de modo a abranger tanto a acusação ea
defesa, na prática, onde as violações deste princípio foram encontradas, é porque a
defesa foi de alguma forma injusta desativada a partir de preparar ou apresentar seu
caso.
Sabe-se que é responsabilidade do Estado manter e cuidar pela paridade de
armas entre os sujeitos do processo, dando oportunidades proporcionais litigar a
produção de provas.
Dessa forma a paridade de armas busca alcançar o equilíbrio em tribuna,
tornando assim indispensável a marcha processual. De tal grandeza e
indispensabilidade que o principio se torna uma garantia constitucional.
Esclarecendo dessa forma, MIRABETE (2004, p.44):
Dos mais importantes no processo acusatório e o principio do contraditório,
garantia constitucional que assegura a ampla defesa do acusado (art 5º,
LV). Segundo ele, o acusado goza de direito de defesa sem restrições, num
processo em que deve estar assegurada a igualdade de partes. Diz bem J.
Canuto Mendes de Almeida: A verdade atingida pela justiça publica não
pode e não deve valer em juízo sem que haja oportunidade de defesa do
indiciado.

A paridade de armas diz respeito à igualdade processual das partes, a


possibilidade de ambas as partes receberem tratamento imparcial para exercerem
influencia na defesa de seus interesses.
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Seguindo o entendimento de CHIOVENDA (2002, p.73-74):


Um processo, portanto, pode diferenciar-se dos outros: a) conforme aplica
ou deixa de aplicar, ou aplicam em medida diferente, os princípios (entre si
estritamente conexos): da oralidade, segundo o qual as deduções das
partes devem normalmente fazer-se viva voz na audiência, isto é, no
momento e lugar em que o juiz se assenta para ouvir as partes e dirigir a
marcha da causa: da imediação, pelo qual o juiz, que pronuncia a sentença,
deve ser a própria pessoa física, ou o grupo das próprias pessoas físicas
(colégio), que recolheu os elementos de sua convicção, ou, por outra, ouviu
as partes, as testemunhas, os peritos, e examinou os lugares e objetos
disputados; conseguintemente, da identidade física do juiz durante a
marcha da causa (provas e discussões das provas) numa só audiência ou
em poucas audiências contíguas. Num processo informado por esses
princípios, sinteticamente denominado processo oral, predomina com
fundamental importância a audiência, de pouca ou nenhuma importância,
entretanto, no processo escrito.

A Constituição Federal de 1988 define o devido processo legal, que garante


a todos o direito em todas as etapas previstas em lei, dentro das garantias
constitucionais. Em seu art. 5º, inciso LIV, diz que “ninguém será privado da
liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.
Percebe-se o desnível de suficiência entre as partes, não há que se discutir
se o princípio da proteção está de encontro ao princípio da igualdade (aos iguais
desigualmente, na medida de suas desigualdades), pois esse tem aplicação mais
prática, fugindo do sentido literal da palavra.
Igualdade está mais ligada à equidade. A paridade das armas, que manda o
juiz ter atenção à sobre saliência dos litigantes visando coibi-la, é o corolário da
igualdade.
No sistema de Estado democrático, a Constituição efetiva os direitos e as
garantias individuais, conforme afirma MIRABETE (1988, p.44):
Corolário do princípio da igualdade perante a lei, a isonomia processual
obriga que a parte contrária seja também ouvida, em igualdade de
condições (audiaturet altera pars). A ciência bilateral dos atos e termos do
processo e a possibilidade de contrariá-los são os limites impostos pelo
contraditório a fim de que conceda as partes ocasião e possibilidade de
intervirem no processo, apresentando provas, oferecendo alegações,
recorrendo das decisões, etc."Do princípio do contraditório decorre a
igualdade processual, ou seja, a igualdade de direitos entre as partes
acusadora e acusada, que se encontram num mesmo plano, e a liberdade
processual, que consiste na faculdade que tem o acusado de nomear o
advogado que bem entender, de apresentar as provas que lhe convenham,
etc." (destacado do original).

O princípio da "igualdade de armas" é violado se o Estado não ponderar a


oportunidade razoável para apresentar o seu caso em condições que o colocam em
desvantagem substancial vis-à-vis o seu oponente.
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A norma de desvantagem substancial é quase inatingível. Na prática, os


tribunais penais encontram maneiras de navegar em torno do princípio da igualdade
de armas e abster-se de decidir que o princípio é violado, mesmo quando os
tribunais reconhecem que havia desigualdade. Por exemplo, se a defesa não tem a
oportunidade de realizar investigações adequadas em um sistema acusatório, a
defesa não pode ter um caso para se contrapuser ao do Ministério Público.
Se cada parte apresentar o seu próprio caso separadamente, sem recursos
adequados, e sem conduzir suas próprias investigações, o acusado terá poucas
possibilidades de efetivamente desafiando o caso da promotoria sozinho.
Na linguagem dos instrumentos justos direitos a um julgamento apoiar o
princípio como o direito originário da defesa, diz o artigo 3º, I, da Constituição
Federal: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I -
construir uma sociedade livre, justa e solidária;”.
Impõe o artigo 5º de nossa Constituição, que trata dos direitos e garantias
fundamentais que:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, àliberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...] XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e
liberdades fundamentais;
[...] LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;

Embasado na continuidade da interpretação sobre igualdade advinda,


conforme o artigo 7º, da Declaração Universal dos Direitos do Homem:
Art. 7º Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção,
a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer
discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer
incitamento a tal discriminação.

Os princípios constitucionais fundamentais que definem a paridade de armas


se dividem em dois: principio do contraditório e da ampla defesa.

Principio do contraditório e da ampla defesa.

O principio do contraditório e da ampla defesa (audiaturet altera pars, ou


“ouça-se também a outra parte”) é assegurada pelo artigo 5º, inciso LV da
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Constituição Federal: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes".
A combinação do principio do devido processo legal com o direito de acesso
à Justiça (artigo 5º, XXXV- inafastabilidade da jurisdição) e com o principio do
contraditório e ampla defesa formam as garantias processuais do indivíduo, como
defende Silva (2002, p. 431).
GRECO (2009, p. 249) condensa esse princípio de uma forma mais sucinta:
O contraditório se efetiva assegurando-se os seguintes elementos: a) o
conhecimento da demanda por meio de ato formal de citação; b) a
oportunidade, em prazo razoável, de se contrariar o pedido inicial; c) a
oportunidade de produzir prova e se manifestar sobre a prova produzida
pelo adversário; d) a oportunidade de estar presente a todos os atos
processuais orais, fazendo consignar as observações que desejar; e) a
oportunidade de recorrer da decisão desfavorável.

O princípio contraditório dentro do processo se faz de grande importância. É


o que nos ensina OLIVEIRA (2011, p.41-42):
[...] o contraditório põe-se também como método de conhecimento do caso
penal. Com efeito, uma estrutura dialética de afirmações e negações pode
se revelar extremamente proveitosa na formação do convencimento judicial,
permitindo uma análise mais ampla de toda argumentação pertinente à
matéria de fato e de direito. Decisão judicial que tem como suporte a
participação efetiva dos interessados em todas as fases do processo tem
maior probabilidade de aproximação dos fatos e do direito aplicável, na
exata medida em que puder abranger a totalidade dos argumentos
favoráveis e desfavoráveis a uma ou outra pretensão.

Em síntese, a ampla defesa consiste na possibilidade de utilização pelas


partes de todos os meios e recursos legais previstos para a defesa de seus
interesses e direitos postos em juízo.
Karin Araújo Andrade em seu artigo reitera a importância do princípio
contraditório e o da ampla defesa, na sua abrangência em todo e qualquer tipo de
processo ou procedimento, tanto judicial como extrajudicial e também vinculado a
qualquer parte que possa ser afetada por uma decisão de órgão superior:
Tanto a ampla defesa como o contraditório deve estar presente em qualquer
forma de acusação, mesmo que esta não seja formal, ou seja, quando ainda
não houver inquérito instaurado, o acusado possui o direito de se defender
ou de ser defendido pelos meios legais, vale observar que se este não
possuir advogado, o Estado deverá nomear defensor público para que não
se configure violação dos direitos subjetivos daquele a quem se imputa a
autoria do crime.

No mundo contemporâneo, um sistema de justiça criminal desempenha uma


dupla função: punição e proteger os direitos do acusado. Embora a distinção entre
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sistemas inquisitoriais e contraditórios não está necessariamente relacionado com a


distinção entre direitos civis e comuns.

2- FINALIDADES DO PRINCÍPIO DA PARIDADE DE ARMAS

Em princípio da paridade de armas, ressalta-se que o defensor do réu,


embora na mesma posição de igualdade com o promotor de justiça, ambos
necessitariam dos mesmos direitos.
Ao Ministério Público, foi atribuída a responsabilidade de acusar e fiscalizar
a lei. Os membros, defesa e promotoria, mediante a lei, desfrutam dos
mesmosprivilégios, porém, a defesa sofre com desvantagem diante da paridade das
armas no processo penal.
De acordo com Paulo Henrique dos SantosLucon(apud CRUZ E TUCCI,
1999, p. 111).em seus ensinamentos:
[…] ao fazer observar a igualdade das partes no processo, caberá ao juiz
compensar de modo adequado desigualdades econômicas de modo a
permitir a efetiva, correta e tempestiva defesa dos direitos e interesses em
juízo. Tal é a igualdade real e proporcional, isto é, o tratamento desigual
deve ser dispensado aos substancialmente desiguais na exata medida da
desigualdade.

Dispõe o artigo 5º, XXXIV e LXXIV da Constituição Federal que são a todos
assegurados, independentemente dopagamento de taxas: a) “o direito de petição
aos Poderes Públicos em defesa dedireitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder”
e b) “o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem
insuficiência de recursos”.
A paridade, na Constituição Federal no Art. 5° acerca da natureza
constitucional, como anteriormente citado: “todos são iguais perante a lei”. Portanto,
a paridade de armas dentro do processo penal consiste na igualdade de
oportunidades que deve ser garantida a ambas as partes.
Da mesma forma, o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos prevê
que “Todas as pessoas são iguais perante aos tribunais e as cortes de justiça”.
Embasado na Carta Magna que não permite nenhum tipo de descriminação
e acentua a igualdade prevista em lei, MORAIS (2002, p. 92):
A desigualdade na lei se produz quando a norma distingue de forma não
razoável ou arbitrária um tratamento específico a pessoas diversas. Para
que as diferenciações normativas possam ser consideradas não
discriminatórias, torna-se indispensável que exista uma justificativa objetiva
e razoável, de acordo com critérios e juízos valorativos genericamente
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aceitos, cuja exigência deve aplicar-se em relação à finalidade e efeitos da


medida considerada, devendo estar presente por isso uma razoável relação
de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade perseguida,
sempre em conformidade com os direitos e garantias constitucionalmente
protegidos. Assim, os tratamentos normativos diferenciados são
compatíveis com a Constituição Federal quando verificada a existência de
uma finalidade razoavelmente proporcional ao fim visado.

Diante do contexto, ressalta-se que independente da situação ou ocasião a


paridade torna-se de extrema importância e seu efeito normativo estende-se a todos
sem distinção. Portanto, a quebra da isonomia também no tribunal do júri abre uma
lacuna significante para delinear os postos dos juristas em seus desígniosigualáveis,
embora ambos apenas se diferenciam entre defesa e acusação.
Por outra circunferência surge a discrepância da lei que outorga concessões
a parte representável denominada “promotoria” e desvincula a outra parte
denominada “defensor”, tendo em vista se há o mérito da paridade de arma no
tribunal do júri.
CANOTILHO (1982, p.382) foi sucinto ao definir que: Quando não houver motivo
racional evidente, resultante da natureza das coisas, para desigual ou igual r-egulação de situação de
facto desigual, pode considerar-se uma lei, que estabelece essa regulação, como arbitrária.

A discussão sobre a posição de disparidade do defensor do acusado frente


ao órgão acusatório, trata-se de uma reivindicação a muito tempo dos advogados e
que foi registrada por acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF):
PRERROGATIVA DA MAGISTRATURA. Têm-no os integrantes da
magistratura frente a ato que, em última analise, implique o afastamento
de aspecto revelador da equidistância, consideradas as partes do processo,
como e o caso da cisão da bancada de julgamento, para dar lugar aquele
que atue em nome do Estado-acusador. DEVIDO PROCESSO LEGAL -
PARTES - MINISTÉRIO PÚBLICO E DEFESA - PARIDADE DE ARMAS.
Acusação e defesa devem estar em igualdade de condições, não sendo
agasalhável, constitucionalmente, interpretação de normas reveladoras da
ordem jurídica que deságue em tratamento preferencial. A "par condicio" e
inerente ao devido processo legal (ADA PELLEGRINI GRINOVER).
JUSTIÇA MILITAR - CONSELHO DE JUSTIÇA - BANCADA -
COMPOSIÇÃO - CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR - ESTATUTO
DO MINISTÉRIO PÚBLICO. A Lei Complementar n. 75/93, reveladora do
Estatuto do Ministério Público, não derrogou os artigos 400 e 401 do Código
de Processo Penal Militar no que dispõem sobre a unicidade, nos
Conselhos de Justiça, da bancada julgadora e reserva de lugares próprios e
equivalentes a acusação e a defesa. Abandono da interpretação gramatical
e linear da alínea "a" do inciso I do artigo 18 da Lei Complementar n. 75/93,
quanto a prerrogativa do membro Ministério Público da União de sentar-se
no mesmo plano e imediatamente a direita dos juízes singulares ou
presidentes de órgãos judiciários. Empréstimo de sentido compatível com
os contornos do devido processo legal. (RMS 21884, Relator(a):Min.
MARCO AURÉLIO, Segunda Turma, julgado em 17/05/1994, DJ 25-11-
1994 PP-32302 EMENT VOL-01768-01 PP-00099).
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Em continuação, o foco principal que são defesa e acusação, separa-se na


faltade cooperação na paridade entre as duas partes representantes no plenário,
que objetiva melhorar as respostas e capacidade de responder, e acabam no
impasse de preocupações comuns em relação à desigualdade e discriminação.
A defesa enfrenta limitações no âmbito do júri a que se referem
nomeadamente ao âmbito dos recursos disponíveissomente ao seu opositor no
tribunal. Podendo afrontar ao princípio da imparcialidade do julgador, princípio este
que, segundo AVENA (2010, p.39): “julgar de forma absolutamente neutra,
vinculando-se apenas às regras legais e ao resultado da análise das provas do
processo”.

3-A EFETIVIDADE DOS PRINCÍPIOS EM SE TRATANDO DE JULGAMENTOS EM


PLENÁRIO

As leis necessitam estar em conformidade e adequar aos direitos


fundamentais.
Na busca de um conceito coerente de direitos fundamentais, deparamos
FILHO (2002, p.66) que conceitua: “direitos fundamentais, seriam os interesses
jurídicos previstos na Constituição que o Estado deve respeitar e proporcionar a
todas as pessoas”. “É o mínimo necessário para a existência da vida humana”.
No mesmo engajar SILVA (2002, p. 178) DEFINE: “a expressão direitos
fundamentais é reservada para designar, no nível do direito positivo, aquelas
prerrogativas e instituições que ele concretiza em garantias de uma convivência
digna, livre e igual a todas as pessoas”.
Decorre-se, pois, a proteção dos direitos fundamentais, que no chamado
“constitucionalismo da liberdade”, se tornaram a essência da Constituição. E,
sobretudo da proteção ao ser humano, conforme o artigo I, da Declaração Universal
dos Direitos do Homem de 1948: “Todos os homens nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação
uns aos outros com espírito de fraternidade”.
O litígio penal constitui-se de umacolisão entre duas partes definidamente
contrárias, ressaltado por (FERRAJOLI, 2006, p. 565):
Para que a disputa se desenvolva lealmente e com paridade de armas, é
necessária, (...), a perfeita igualdade entre as partes: em primeiro lugar, que
a defesa seja dotada das mesmas capacidades e dos mesmos poderes da
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acusação; em segundo lugar, que o seu papel contraditor seja admitido em


todo estado e grau do procedimento e em relação a cada ato probatório
singular, das averiguações judiciárias e das perícias ao interrogatório do
imputado, dos reconhecimentos aos testemunhos e às acareações.

Se uma lei que envolve o interesse de liberdade de igualdade


incorporadavoltada a todos, ela tem de estar em consonância com o objetivo que
está por trás dela. Portanto, a arbitrariedade contrária aos princípios de justiça
fundamental restringe a liberdade de paridade.
As autoridades possivelmente alegam que o princípio da igualdade de armas
é inerente à noção de um julgamento justo, o que é prescrito constitucionalmente. O
princípio é destinado em um julgamento comum para garantir que a defesa tem
meios para preparar e apresentar seus argumentos iguais aos disponíveis para o
Ministério Público, que tem todas as vantagens do Estado em seu lado.
Embora a linguagem usada para descrever o princípio da igualdade de
armas é muitas vezes amplamente expressa de modo a abranger tanto a acusação
ea defesa, na prática, onde as violações deste princípio foram encontrados, é
porque a Defesa foi de alguma forma injusta desativado a partir de preparar ou
apresentar seu caso.
Os princípios fundamentais do processo salientama linha pela qual o a
ordem processual civil definirá as diretrizes que orientarão a prestação
daautoridadeconstitucional.
Na ótica do texto constitucional brasileiro, em vigor desde 5 de outubro de
1988, há uma verdadeira simetria e uma absoluta paridade entre as funções da
acusação pública e da defesa, seja ela desenvolvida por advogado constituído,
dativo, ou integrante dos quadros da Defensoria Pública.
GOMES e MAZZUOLI (2010, p.113) estabelecem a relação:
Mas a igualdade não pode ser evidentemente, somente formal: o correto
enfoque da 'paridade de armas' leva ao reconhecimento não de uma
igualdade estática, senão dinâmica, em que o Estado deve suprir
desigualdades para vivificar uma igualdade real. Se o devido processo é a
expressão jurisdicional democrática de um determinado modelo de Estado,
essa igualdade somente pode ser a substancial, efetiva, real. As
oportunidades dentro do processo (de falar, de contraditar, de reperguntar,
de opinar, de requerer e de participar das provas etc.) devem ser
exatamente simétricas, seja para quem ocupa posição idêntica dentro do
processo (dois réus, v.g.), seja para os que ostentam posição contrárias
(autor e réu, que devem ter, em princípio, os mesmos direitos, ônus e
deveres).
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O processo é ordenado e autuado que o acesso que a ambos se concede,


sem qualquer tratamento dessemelhante, diante das partes que exercem funções
essenciais à prestação jurisdicional.
A falta de respeito pelos direitos de um julgamento justo equivale a violação
da paridade de armas

4-POSIÇÃO DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL

Sob o prisma constitucional os princípios são os alicerces norteadores de


toda regra, são esses que traçam o caminho a ser perseguido pelo legislador no
dizer do direito. Os princípios são definidospor SUNDFELD (1995, p.18) como as
"ideias centrais de um sistema, ao qual dão sentido lógico, harmonioso, racional,
permitindo a compreensão de seu modo de se organizar-se".
Segue também esse mesmo pensamento o doutrinador BERTONCINI (2002,
p.33-34) que o caráter normativo dos Princípios passou por um lento processo de
evolução na doutrina, vislumbrando-se três fases: o jus naturalista, a jus positivista e
a pós-positivista. Nas duas primeiras fases não se conferia aos princípios a natureza
de norma de Direito:
“A primeira fase - "metafísica e abstrata dos princípios" é a jus-naturalista.
Nesse momento ensina-se que os princípios funcionam como alicerce do
Direito, como fonte de inspiração, como máximas fundamentais, possuindo,
em face do sistema jurídico, importante dimensão "ético-valorativa".
Paradoxalmente, haja vista a alegada abstração, são os princípios quase
que desprovidos de normatividade, "basicamente nula e duvidosa".
Correspondem ao espírito do Direito, mas não são, não integram, o Direito
como normas jurídicas. [...] O segundo estágio da juridicidade dos princípios
é o positivista ou juspositivista. Os princípios passam a ser considerados
"fonte normativa subsidiárias", "válvula de segurança", que "garante o
reinado absoluto da lei". [...] Deriva da lei e tem por finalidade servir-lhe
como fonte secundária e subsidiária, "para estender sua eficácia de modo a
impedir o vazio normativo", colmatando lacunas. Nessa segunda etapa,
embora já inserido no ordenamento Jurídico, o princípio não é reconhecido
como verdadeira norma jurídica, não possuindo relevância jurídica.[...]”

Os princípios jurídicos têm função de orientar a compreensão do sistema


jurídico, Deste modo, a coerência interna de um sistema jurídico depende
diretamente de sua organização, Neste sentido, é o que ensina LEITE (2011. p. 52):

A coerência interna de um sistema jurídico decorre dos princípios sobre os


quais se organiza. Para operacionalizar o funcionamento desse sistema,
torna-se necessária a subdivisão dos princípios jurídicos. Debruçando-nos,
por exemplo, sobre o direito processual e o direito processual civil,
verificamos que o direito processual possui seus princípios gerais, e o
direito processual civil, que é um dos seus ramos, possui princípios
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especiais. A harmonização do sistema ocorre porque os princípios especiais


ou estão de acordo com os princípios gerais ou funcionam como exceção.
Nessa ordem, as normas, regras, princípios especiais e princípios gerais
seguem a mesma linha de raciocínio, com coerência lógica entre si.

Portanto, toda e qualquer contradição, utilizando os procedimentos via


critérios definidos pelos princípios jurídicos, deverá ser tangida para manutenção da
aplicação do direito conforme interpretação.

4-CONCLUSÃO

O presente artigo entra em cena com menção de insinuar a disparidade em


relação à paridade de armas pelos juristas em um tribunal do júri. Embora a
linguagem usada para descrever a paridade de armas aparentemente seja
amplamente expressa de modo a abranger tanto a acusação e a defesa, na prática,
onde as violações deste princípio foram encontradas, a defesa passaa ser de
alguma forma injusta desativada a partir de preparar ou apresentar seu caso.
Ainda mesmoamparadospelo direito constitucional ao contraditório e à
ampla defesa, cotidianamente os defensores de acusados se deparam com
situações que não conseguem contornar, devido ao desrespeito do princípio da par
conditio.
A desigualdade real entre os sujeitos do processo penal, é fundamental
que tanto o Legislativo quanto o Judiciário, e juntamente com estes todos os sujeitos
do processo, atuem de maneira ativa na concretização das garantias penais e
processuais do cidadão, para que, com isto, se tenha a paridade de armas no
processo penal e consequentemente uma decisão jurídica legítima.
O que impõe o artigo 5º de nossa Constituição, que trata dos direitos e
garantias fundamentais que “Todos são iguais perante a lei” se embaraça na prática
do cumprimento dos direitos e deveres de cada agente.
Este sistema, adotado pela Carta Constitucional de 1988, constrói-se a partir
da separação das funções de acusar, instruir o feito e julgar. No sistema acusatório,
o magistrado é longínquo das partes, confere-lhes a paridade de armas e deve julgar
o processo de forma imparcial que conduza ao mais claro parecer de igualdade.
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REFERÊNCIAS

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videoconferência à luz do princípio da ampla defesa e do contraditório.
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