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História A
GLOSSÁRIO
Guerra do Golfo
Nascido nos anos 50, o projeto de unir a Europa progrediu nas décadas
seguintes. O espaço geográfico da Comunidade alargou-se – 28 países em
2013 – e os laços que unem os seus membros estreitaram-se.
Xangai
Nos anos 90, a cidade de Xangai é escolhida como um dos polos da
abertura económica chinesa.
No Doc. A, encontra-se a vista noturna de Xangai, na atualidade, em que
do lado esquerdo está, o moderno centro de negócios de Pudong, pensado pelas
autoridades chineses como centro financeiro da China e a vitrina da
modernização do país. Esta urbanização fez-se, essencialmente em apenas 10
anos, sendo Xangai, com 24 milhões de habitantes, uma das cidades mais
populosas do planeta, o maior porto de contentores do mundo e um dos
principais centros industriais da China.
Segundo o Doc.B, em meados do século XIX, as potências ocidentais
foram autorizadas a estabelecer os seus escritórios em Xangai, transformando
a cidade no centro financeiro da Ásia. Bund, era a avenida mais cosmopolita da
cidade, onde se encontravam as sedes das grandes companhias europeias e
americanas e os clubes frequentados pelas elites comerciais. Após esta
proclamação da República Popular da China, em 1949, grande parte das
empresas estrangeiras retirou-se para Hong Kong, território sob administração
britânica. Nos anos 90, era altura de Xangai se desenvolver, as suas
capacidades, o espírito empreendedor e o alto nível de instrução dos seus
habitantes eram negligenciados.
No Doc. C é possível observar que desde 1990 até 2008, as importações
e exportações de Xangai passaram de 7,4 milhões de dólares para 322,1 e o
turismo aumentou de 0,9 milhões para 6,4.
Brice Pedroletti e Bruno Phillip afirmam no Doc.D, que quase 230 multinacionais
estabeleceram em Xangai e sua sede asiática. A Organização Mundial do
Comércio fez de Xangai, em 2001, o primeiro porto do Mundo, recebendo como
missão tornar-se um centro financeiro internacional até 2020. As empresas
vindas inicialmente para efetuar estudos de marketing, dedicam-se cada vez
mais à investigação.
Concluindo, Xangai, a principal cidade da Ásia na primeira metade do
século XX, fechou-se ao mundo sob o regime comunista, porém, nos anos 90,
retoma a sua prosperidade e cosmopolitismo tornando-se numa forte potência.
A ONU e a resolução dos conflitos mundiais
Criada com o principal objetivo de “manter a paz e a segurança
internacionais e (…) tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças
e reprimir os atos de agressão”, a ONU não conseguiu impedir a proliferação de
conflitos sangrentos um pouco por todo o Globo.
Como está referido no Doc. A, desde a criação das Nações Unidas, em
1945, estalaram em todo o mundo mais de uma centena de grandes conflitos. A
ONU foi impotente para resolver as crises que levaram à morte de cerca de 20
milhões de seres humanos, em virtude dos vetos com que se entravaram as
acções do Conselho de Segurança, que se tornou, desde o fim da Guerra Fria,
um instrumento central na prevenção e mediação de conflitos, bem como na
prevenção da paz. A organização tem como objetivos a prevenção do conflito
(conflict prevention); o estabelecimento da paz (peacemaking); a implementação
da paz (peace enforcement) a manutenção da paz (peacekeeping) e a
consolidação da paz (peacebuilding).
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, afirma, no Doc. B, que todas a
manhãs, pegamos nos jornais ou ligamos a televisão e o que temos perante os
nossos olhos é uma condensação do sofrimento da Humanidade mas, como
cargo que desempenha, tem a possibilidade de tentar fazer algo para remediar
essas tragédias. Fazendo-o, diariamente, em todas as frentes, da manutenção
da paz à ajuda humanitária, passando pela luta contra as doenças.
Segundo o Doc. C, desde o fim da Guerra Fria, o Conselho de Segurança
das Nações Unidas autorizou cinquenta e uma operações, respondendo a
Estados em desagregação, guerras civis e emergências humanitárias graves,
como é o caso, por exemplo, do Afeganistão (UNAMA), Índia e Paquistão
(UNMOGIP), Haiti (MINUSTAH), República Democrática do Congo (MONUSCO),
Sudão do Sul (UNMISS), Médio Oriente (UNTSO) e Síria (UNDOF), sendo estas,
missões de paz ativas em 2014.
A partir do Doc.C é possível verificar os países que requerem maiores
deslocações de tropas, sendo estes, o Paquistão (8266), o Bangladesh (7918) e
a Índia (7849). Por outro lado, aqueles que mais contribuem com efectivos
militares são os Estados Unidos (28,38%) e o Japão (10,83).
Segundo o Doc. E, as mulheres representavam, em 2012, cerca de 3%
do pessoal militar e 10% da força policial. A ONU afirma que a presença das
mulheres ajuda a reduzir a conflitualidade e transmite confiança a população
feminina. Em 1988, os capacetes azuis foram agraciados com o Nobel da Paz
em que consideraram que este premio também homenageava uma ideia de
admirável originalidade, a de transformar soldados em agentes de paz e não da
guerra.
CONCEITOS
Interculturalidade: Processo de relações recíprocas que se estabelecem entre
duas culturas distintas, que procuram conhecer-se, compreender-se e partilhar
pontos de vista e experiências. Fruto das crescentes migrações, a
interculturalidade aprofunda os laços entre a cultura do país de acolhimento e as
novas culturas que nele se fixam.
Ambientalismo: Conjunto de teorias e práticas que visam a preservação do
meio ambiente.
Neoliberalismo: Adaptação do liberalismo económico do século XIX pelo
capitalismo dos anos 80 do século XX. Criticando a intervenção do Estado na
vida económica e social, o neoliberalismo defende o respeito pelo livre jogo da
oferta e da procura. O economista norteamericano Milton Friedman (1912-2006)
foi um dos impulsionadores do neoliberalismo, ao defender a redução das
emissões monetárias e das despesas do Estado.
Globalização: Vocábulo, de origem anglo-saxónica, que designa a organização
à escala mundial da produção e da comercialização de bens e serviços, como
se o mundo constituísse um enorme mercado comum. Para além da dimensão
económica, a globalização faz-se acompanhar da troca de conhecimentos e de
informações à escala mundial. Por isso se fala, também, numa globalização
cultural.
Biotecnologia: Aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos,
organismos vivos ou seus derivados para criar ou modificar produtos.
Pós-modernismo: Conjunto de tendências em vigor na arte ocidental desde os
anos 80, que se caracteriza pela abertura a diferentes repertórios estilísticos,
sejam figurativos ou vanguardistas. O termo pós-modernismo teve a sua primeira
aplicação, ainda nos anos 70, na arquitetura, sendo forjado pelo crítico norte-
americano Charles Jenks.
2.1. Mutações sociopolíticas e novo modelo económico
Desde os anos 1980 que a humanidade vive uma nova era. O estado-
nação, que foi durante décadas o garante de coesão politica interna, entra em
crise.
Por um lado, o Estado-nação enfrenta terríveis forças desagregadoras,
como sejam as disputas étnicas e religiosas e os separatismos nacionalistas que
recrudescem com o fim da Guerra Fria. Perde, por outro lado, poderes de
decisão face à globalização da economia, que o neoliberalismo acelera. As
empresas transnacionais não pertencem a um estado e o capital não tem nacao.
O mundo caminha para um mercado único.
O estado-nação mostra-se, ainda, imponente para controlar os fluxos
migratórios, as agressões ambientais, as redes terroristas, problemas que não
conhecem fronteiras. São as chamadas questões transnacionais que exigem
respostas globais a problemas que são de todos.
Organizações supranacionais coordenam, por conseguinte, as atividades
económicas e financeiras, as emissões monetárias, as políticas migratórias, de
segurança, sanitárias e ambientais, impondo as suas diretrizes aos estados-
nação.
Á crise do estado-nação contrapõe-se, porem, a sua vitalidade soberana
e resiliência. São os estados-nação que ratificam, ou não, as propostas
supranacionais; que melhor promovem a resolução de problemas económicos e
socias e a defesa das liberdades.
A sociedade global do mundo desenvolvido quase não tem operários. É o
preço a pagar pela desindustrialização, pela explosão dos serviços, pelo
aperfeiçoamento tecnológico, pela deslocalização das empresas.
O sindicalismo e a militância política declinam. São o sinal de um tempo
em que a economia prevalece sobre a política e o pragmatismo substitui as
ideologias.
Sínteses
Nações e nacionalismos na Europa multicultural
Entrado o século XXI, as nações e os nacionalismos mostram uma
vitalidade inesperada numa Europa enredada nas teias da globalização e da
construção europeia.
Como se observa no Doc. A, em 1991 registou-se uma grande explosão
de Estados, uns que aderiram à ONU, outros que se “autoproclamaram” mas
não-membros da ONU e outros movimentos independentistas.
José António Saraiva no Doc.C1, afirma que, ainda que muitos “não
tenhamos dado por isso, encaminhamo-nos rapidamente para o fim das nações.
Na União Europeia, as fronteiras caíram e as soberanias tornaram-se limitadas.
Os países que são assistidos perdem a capacidade de decisão autónima (…)
Com a globalização, as regras sob as quais cada país se move tendem a ser
cada vez mais “internacionais” e cada vez menos “nacionais”.
Segundo M. Abdul Hafiz “a demissão de Estado-Nação foi especulada
desde que se falou na globalização da economia mundial, há cerca de quarenta
anos. No entanto, o Estado-Nação tem mostrado notável resiliência. Não
existindo, outra instituição capaz de promover a integração política e a parceria
na comunidade política mundial”.(Doc.C2)
Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, em entrevista ao jornal franco-
turco, garante no Doc. D, que“ sempre houve muçulmanos em França” mas que
é lamentavelmente que a “imigração se faça na base de uma radicalização
religiosa. Os franceses sentem-se agredidos nos seus hábitos. Os véus, a
exigências sobre os lugares de oração, os pedidos de alimentos específicos,
tudo isto está em contradição” com a cultura ocidental. A globalização gerou
grandes questões de identidade.
No Doc. F, o sociólogo Boaventura Sousa Santos declara que “estamos a
assistir a uma espiral de violência, não só na União Europeia”, não sendo
possível entender os ataques dos islâmicos sem olhar para a política do Ocidente
no Médio Oriente. Para Boaventura Sousa Santos é necessária a construção de
uma Europa mais inclusiva, mais multicultural e que tem sido desmantelada,
assim como o Estado Social. Quando a exclusão se combina com a
estigmatização religiosa e cultural, isso leva a mais extremismo, quando a
esmagadora maioria dos muçulmanos são pacíficos.
Concluindo a globalização e a multiculturalidade são dois assuntos que
cada vez mais marcam a nossa sociedade, tanto a nível positivo como negativo.
Salvar o planeta
As agressões ambientais, derivadas do uso indiscriminado dos recursos
naturais do planeta motivam, há décadas, a resposta de movimentos civis,
Estados e organizações, como a ONU.
Segundo a cronologia do Doc. A, em 1972 foi criado o Programa das
Nações Unidas para o Ambiente. Em 1988 a ONU cria o Painel
Intergovernamental para as Alterações Climáticas. Em 1992 ocorre a Cimeira da
Terra no Rio de Janeiro e cinco anos depois, o Protocolo de Quioto estipulou a
redução global, até 2012, de 5% dos gases que provocam o “efeito de estufa” no
Japão. A Conferencia Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável foi
realizada em Joanesburgo em 2002 e a 16 de fevereiro de 2005, foi entrada em
vigor o Protocolo de Quioto. Por fim, em 2012 concretizasse a Cimeira do Rio+20,
onde os dois temas principais em agenda eram: como construir uma economia
verde a nível global (contribuindo, dessa forma, para eliminar a pobreza) e como
melhorar a coordenação internacional para o desenvolvimento sustentável.
G.H. Brundtland, presidente da Comissão Mundial da ONU para o
Ambiente e o Desenvolvimento, afirma no Doc. B que, “o desenvolvimento
sustentável deve responder às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de as gerações futuras responderem às suas e corresponde aos
deveres das gerações atuais de transmitirem um mundo vivo, viável e
reprodutível.”
No Doc. D, encontra-se a declaração do Rio sobre o Ambiente e o
Desenvolvimento, onde se garante que “os seres humanos estão no centro das
preocupações com o desenvolvimento sustentável” e que “todos os estados e
todos os povos cooperarão na tarefa fundamental de erradicar a pobreza como
condição indispensável ao desenvolvimento sustentável”.
Na declaração da Conferência do Rio para o Desenvolvimento
Sustentável foi referido que a “erradicação da pobreza constitui o maior desafio
global que o mundo hoje enfrenta” sendo uma condição indispensável para o
desenvolvimento sustentável. (Doc. F).
Anjali Appadurai, estudante do Collge of the Atlantic, no encerramento da
Conferencia das Nações Unidas sobre o Clima, protesta contra os grandes
líderes mundiais por estes faltarem aos compromissos, falharem os objetivos e
não cumprirem as promessas feitas. Possivelmente os problemas não são
resolvidos pois há pessoas a ganhar com isso, pois tudo não passa de meros
interesses, influências e dinheiro. (Doc. G)
Dois investigadores da University College of London realizaram um estudo
científico sobre os combustíveis fosseis, onde concluíram que o “instinto dos
decisores políticos de se explorar rápida e completamente os combustíveis
fósseis dos seus territórios é, no geral, inconsciente com os seus compromissos
para limitar o aumento da temperatura”. (Doc. H)
Concluindo, o tema do “desenvolvimento sustentável” entrou na agenda
das grandes questões internacionais, sendo um ponto fundamental para a
salvação do planeta.
3- Portugal no novo quadro internacional
Mapa
CRONOLOGIA
1976 – Constituição Portuguesa
Ramalho Eanes, Presidente da República
1977 – Pedido de adesão de Portugal à CEE
1980 – Televisão a cores
1984 – Conquista da primeira medalha de ouro olímpica para Portugal, por
Carlos Lopes
1985 – Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à CEE
Sistema multibanco em Portugal
1986 – Entrada de Portugal e Espanha na CEE
Mário Soares, Presidente da República
Chegada dos primeiros fundos estruturais
1989 – Serviço Móvel Terrestre
1ª votação dos portugueses para o Parlamento Europeu
1991 – Conclusão da construção da auto-estradas Lisboa-Porto
1992 – Tratado da União Europeia, Maastricht
Presidência portuguesa da Comunidade Europeia (Cavaco Silva)
Emissões televisivas da SIC
1994 – Lisboa, capital europeia da Cultura
TV por cabo em Portugal
1995 – Entrada em vigor do Acordo de Schengen em Portugal
Freitas do Amaral, Presidente da Assembleia-Geral da ONU
1996 – Jorge Sampaio, presidente da República
Fundação da CPLP
1997 – Tratado De Amesterdão
1998 – Expo 98 em Lisboa
José Saramago, Prémio Nobel da Literatura
Cimeira Ibero-Americana no Porto
1999 – Entrega de Macau à China
2000 – Presidência portuguesa do Conselho Europeu
Tratado de Cooperação e Amizade com o Brasil
2002 – Circulação do euro
2004 – Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia
2005 – António Guterres, Alto-Comissário das Nações Unidas para os
Refugiados
2006 – Cavaco Silva, Presidente da República
2009 – Cimeiro Ibero-Americana no Estoril
2011 – Resgate financeiro
Intervenção da Troika
Conceitos
PALOP: Sigla que designa os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa:
Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, desde
2014, a Guiné Equatorial. Juntamente com Portugal, Brasil e Timor-Leste, fazem
parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
3.1 As implicações da integração europeia e as relações
com a lusofonia e a área ibero-americana
A integração de Portugal na Comunidade Europeia, concretizada a partir de 1 de
janeiro de 1986, caminhou a par da consolidação da democracia no país. O
estabelecimento de vínculos com algumas das mais prestigiadas sociedades
democráticas do mundo, como eram os países da Comunidade Europeia,
significou o fim das tentações totalitárias que haviam ameaçado o nosso país no
pós - 25 de abril.
Desde a integração europeia, as transformações revelaram-se marcantes,
acusando o impacto das avultadas transferência de fundos comunitários. Mas
também, é preciso lembrar, a dinâmica da globalização condicionou o percurso
português.
As beneficiações mais mediáticas fizeram-se sentir na rede viária, nas
telecomunicações, nas redes de água, saneamento, gás e eletricidade, incluídas
na infraestruturas necessárias ao desenvolvimento do país.
A facilitação do crédito permitiu a proliferação de pequenas e medias
empresas. Algumas das grandes empresas, como bancos e seguradoras, foram
privatizadas. Atridas por uma mão-de-obra ainda competitiva, as multinacionais
instalaram-se. Na área do comércio e dos serviços verificaram-se os maiores
investimentos. A explosão do terciário compensou, assim, o declínio da indústria.
Ao entrar no terceiro milénio, Portugal aderiu, com êxito, à moeda única,
mas deparou-se com a recessão mundial, sofreu as deslocalizações e assistiu á
derrapagem do défice orçamental e à escala da divida mundial.
Do ponto de vista social, o país envelheceu, tornou-se mais urbano,
escolarizado e cosmopolita. As comunidades de imigrantes cresceram a olhos
vistos mas, com a instalação da crise económico, no fim da primeira década do
milénio, sofreram um retração. As relações sociais democratizaram-se, a família
conheceu novos enquadramentos, o estatuto da mulher alcançou a paridade
face ao homem.
Apesar do crescimento preocupante do desemprego no terceiro milénio,
no cômputo geral o nível de vida dos portugueses superiorizou-se em relação ai
inico dos anos oitenta.
Empenhado na construção europeia, Portugal não descurou as relações
com os países lusófonos, integrando nos PALOP e na CPLP. Mantem, ainda,
ligações privilegiadas com a Comunidade Ibero-Americana. Nestas áreas
internacionais, a cooperação económica complementa-se com a valorização
histórico-cultural e linguística, fator deveras pertinente o mundo global em que
vivemos.
Questões
O fim do modelo soviético.
Apresente quatro aspetos que evidenciam o fim da Guerra-
Fria e das duas superpotências.
Sinopse:
O protagonista da trama, Alexander (Daniel Brühl), em 7 de outubro de 1989,
durante as festividades pelos 40 anos do RDA, vai às ruas do lado oriental de
Berlim, onde vive com a família, para protestar contra o governo. Mistura-se aos
manifestantes que sua mãe (Kathrin Sass), professora identificada com o regime
de orientação soviética, condena. Alexandre definia sua mãe como "casada com
a pátria socialista". Um ataque cardíaco, no entanto, a deixa em coma no hospital
durante oito meses, tempo suficiente para que não assista à queda do muro de
Berlim e a implantação do sistema capitalista no país. Quando afinal desperta,
Alexander quer preservá-la do choque e a leva para o apartamento da família,
cuidadosamente preservado como se a RDA ainda existisse.
Seu esforço será o de manter, nessa espécie de museu do socialismo, um país
que, enfim, encontra o destino grandioso que jamais lhe havia sorrido.
Wolfgang Becker encerra o filme com a imagem de uma estrela vermelha
danificada que se reconstrói.
Lech Walesa
Vaclav Havel
Vaclav Havel foi um escritor, dramaturgo e político
checo, nasceu a 5 outubro de 1936, em Praga, e faleceu
a 18 de dezembro de 2011. Militante da liberalização do
regime desde a primavera de Praga, tornou-se conhecido
como ativista da defesa dos direitos humanos, o que lhe
valeu ser preso por diversas vezes. The Power of the
Powerless (1978, O Poder dos Mais Fracos) foi o
importante livro que Havel escreveu sobre os mecanismos
e os meios que o comunismo totalitário exercia para
oprimir as sociedades e as transformar numa massa homogénea e manipulável.
Com o fim do regime comunista, foi nomeado presidente da República
(1989-1992). Demitiu-se quando o país ficou dividido com a declaração de
independência da Eslováquia, mas em janeiro de 1993 regressou à presidência,
tendo sido eleito pelo Parlamento. Algumas das obras publicadas por Havel
foram: A Crescente Dificuldade de Concentração (1968), Os Conspiradores
(1971), A Ópera do Mendigo (1972), A audiência (1975), Protesto (1978) e A
Tentação (1985). Em 1963, a peça resultante do livro The Garden Party foi para
os palcos do teatro e o mesmo aconteceu em O Memoramdum (1965) e A
Crescente Dificuldade de Concentração (1968).
Boris Ieltsin
Erich Honecker
Jacques Delors
Jacques Delors foi um economista e político socialista francês. Nasceu
em 1925, em Paris. Ocupou o cargo de ministro da Economia e Finanças (1981-
1984) e foi depois presidente da Comissão da Comunidade Económica Europeia.
O seu longo exercício deste cargo, que durou de 1985 a 1994, ficou marcado
pelo alargamento da Comunidade aos países ibéricos, pela adoção do Ato Único
Europeu, e pela assinatura do Tratado de Maastricht. Foi ainda o grande
impulsionador da criação da União Europeia. Depois de 1994, Delors tem sido
instado repetidamente a candidatar-se a altos cargos no seu país,
nomeadamente a presidente da República e primeiro-ministro.
Tony Blair foi um político do Reino Unido. Anthony Charles Lynton Blair
nasceu em 1953, no norte de Inglaterra. Estudou num prestigiado colégio
escocês e licenciou-se em Direito pela Universidade de Oxford, em 1975, com
classificações brilhantes.
Membro do Partido Trabalhista desde esse mesmo ano, foi eleito
deputado pela primeira vez em 1983. Chegou à chefia do partido em 1994, após
a morte do seu antecessor, John Smith. Fez parte do ministério-sombra
trabalhista, estando ligado às áreas das Finanças, do Comércio, da Indústria, do
Emprego e do Interior.
Chegado à liderança do partido, tomou medidas que indiciavam o mudar
dos tempos. Entre outras, reduziu a influência dos sindicatos e tirou dos estatutos
do partido as principais referências à ideologia marxista. Estas suas opções
começaram a dar frutos visíveis nas sondagens e principalmente, na derrota do
Partido Conservador nas eleições autárquicas. A 1 de maio de 1997, Blair
ganhou mesmo as eleições legislativas, sucedendo no cargo de primeiro-
ministro ao seu adversário conservador John Major.
O chamado Novo Trabalhismo criado por Tony Blair mereceu-lhe, no
entanto, críticas por parte de alguns correligionários, que se queixaram do "vazio
ideológico" do partido e até de certas semelhanças, consideradas excessivas,
com as posições dos conservadores. Tony Blair fez questão de se demarcar
destes, ao propor a adesão do Reino Unido à Carta Social Europeia, a criação
do rendimento mínimo e de um Parlamento na Escócia, bem como de uma
assembleia em Gales.
Em junho de 2001, nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair
ganha o segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de
Inglaterra mas repetido nas eleições de 5 de maio de 2005, dando início assim
ao seu terceiro mandato.
Ainda durante o seu segundo mandato, em março de 2003, Blair decide
em conjunto com o presidente norte-americano atacar o Iraque. Envia tropas
britânicas para um conflito (conjuntamente com os militares norte-americanos)
que teve como objetivo desarmar o Iraque e depor o regime de Saddam Hussein.
A 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou o seu afastamento do cargo
de primeiro-ministro do Reino Unido.
Xanana Gusmão
José Ramos-Horta
Mohamed Suharto
Mohamed Suharto foi um general e político indonésio. Haji Mohamed
Suharto nasceu a 8 de junho de 1921, em Kemusuk, na Ilha de Java. Quando a
Indonésia se tornou independente, em 1950, Suharto ocupava o lugar de
tenente-coronel. Valendo-se do crescente anticomunismo do Exército, dirigiu,
em 1965, um golpe de Estado que destituiu o presidente Sukarno. Assumindo a
Presidência em 1966, Suharto levou a cabo uma perseguição aos comunistas e
aos seus opositores políticos, em toda a extensão do país, que resultou em
milhares de mortos.
Suharto instituiu uma política por ele designada de
Nova Ordem. Encorajou o investimento ocidental na
Indonésia, revigorou a economia e expandiu a produção de
petróleo. A par do desenvolvimento económico, porém,
restringiu fortemente as liberdades civis, praticando uma
política autoritária, conservadora, nacionalista e
anticomunista. No quadro de um regime de ditadura, foi
repetidamente reeleito sem oposição.
A situação política interna não impediu, porém, a
Indonésia de se afirmar como uma potência na Ásia nem de se relacionar com
aparente normalidade no âmbito de instituições internacionais como o
Movimento dos Países Não-Alinhados. Em 1975, Suharto mandou invadir Timor-
Leste, território sob administração portuguesa. Desde essa altura, perseguiu
violentamente a população local que se mostrava favorável à autodeterminação.
Em causa estavam envolvidos muitos interesses, designadamente económicos,
como a exploração do petróleo do mar de Timor.
Abandonou a Presidência do país em maio de 1998, na sequência de
manifestações populares de revolta contra o sistema ditatorial e das crescentes
pressões internacionais desencadeadas pela sistemática violação dos direitos
humanos na Indonésia e em Timor.
Deng Xiaoping
Deng Xiaoping foi um dirigente comunista chinês. Nasceu em 1904 e
faleceu em 1997. Atravessou a conturbada história política da China do nosso
século com uma singular capacidade para recuperar dos vários reveses que
sofreu. Acabou por se tornar, a partir de finais dos anos 70, o detentor do poder
supremo no país. Na juventude, vive durante alguns anos em França e passa
ainda pela União Soviética, nos anos 20. Já então a sua atividade política se faz
notar. De volta à China, tem início a sucessão de vicissitudes que marcam o seu
longo percurso de figura histórica.
Como comandante militar, desde cedo se alia a Mao Tsé-Tung no
contexto da guerra civil entre comunistas e nacionalistas. Depois da guerra, aliás,
assume papel de relevo nas sangrentas perseguições políticas que ajudam a
consolidar o regime. Fá-lo na função de secretário-geral do Comité Central do
Partido Comunista Chinês, cargo para que foi nomeado em 1956 e que constitui
um sinal do seu rumo ascendente na cadeia do poder.
Vem, contudo, a ser afastado por Mao em 1966,
durante a Revolução Cultural, mas acaba por se recobrar
do revés. Depois da morte de Mao, e passando ainda por
várias contrariedades (pois são muitas vezes violentos os
métodos políticos chineses), Deng retoma a sua posição
de supremacia e, anulando toda a oposição, torna-se em
1978 líder do Governo, das Forças Armadas e do Partido
Comunista Chinês.
A partir de então, Deng enceta mudanças na estrutura socioeconómica
do país que podem ser entendidas como um contraponto da Revolução Cultural
idealizada por Mao. Ao mesmo tempo que tenta a normalização das relações
diplomáticas (e, a seu tempo, comerciais) da China com os países mais ricos do
Ocidente (recebendo os presidentes norte-americanos Nixon e Ford em Beijing
(Pequim), por exemplo), efetua uma liberalização económica em certas zonas
do país, instaurando um sistema de concorrência. Todavia, não permitiu
qualquer tipo de abertura política, como se viu na Praça de Tiananmen, em 1989,
onde, com o seu consentimento, foi violentamente reprimida uma manifestação
pacífica que reivindicava a democracia.
Nos seus últimos anos de vida, Deng foi lentamente abandonando o poder
efetivo e os cargos que detinha. Continuava, porém, a ser respeitado como o
último dos grandes líderes que fizeram a China de hoje. Morreu em fevereiro de
1997, vítima da doença de Parkinson e de problemas nos pulmões.
Omar al-Bashir
Isaac Rabin
Em 1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas
eleições legislativas de Julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela
segunda vez. Desempenhou um importante papel nos Acordos de Paz de Oslo,
que criaram uma Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de
controlo sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Em Outubro de 1994 assinou o
tratado de paz com a Jordânia.
Foi galardoado com o Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor
da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Shimon Peres, e com o então líder da OLP, Yasser Arafat.
Yasser Arafat
Arafat recusou, nos anos noventa, uma proposta de paz apresentada pelo
presidente israelita Ehud Barak, uma vez que esse acordo não contemplava uma
solução para o regresso dos refugiados palestinianos e não tecia quaisquer
considerações sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, que ambos os povos
disputam.
Ratko Mladić
Nome Completo: Ratko Mladić
Ban Ki-Moon
Nome Completo: Ban Ki-moon
Durão Barroso
Nome Completo: José Manuel Durão
Barroso
Nascimento: 23 de março de 1956 (tem 60
anos) em Lisboa, Portugal
Casou-se com: Margarida Sousa Uva
G. Bush
Nome Completo: George Herbert Walker Bush
Entrou para a política logo após fundar a sua própria empresa petrolífera,
servindo como membro da Câmara dos Representantes, entre outros cargos.
Concorreu sem sucesso para a candidatura a Presidente dos Estados Unidos
em 1980, porém foi escolhido por Ronald Reagan a ser candidato a Vice-
presidente. A política externa foi o que mais marcou sua presidência; operações
militares foram conduzidas no Panamá e no Golfo Pérsico em um período de
mudança no panorama político mundial. Na política interna, Bush não cumpriu a
promessa de campanha e, depois de travar uma luta contra o Congresso,
autorizou um aumento de impostos que o Congresso havia passado.
Atualmente um orador público e autor de um livro que fala sobre sua vida e sobre
sua presidência, intitulado Decision Points. A sua presidência tem sido descrita
por académicos como uma das piores da história americana.
O. Bin Laden
Desde 2001, bin Laden e a sua organização tinham sido os maiores alvos
da Guerra ao Terrorismo dos oficiais americanos e esteve entre os dez
emigrados mais procurados pelo FBI. A 1 de maio de 2011, dez anos desde os
atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela
televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar
americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados
Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no
mar. No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor
Global Intelligence (empresa privada de segurança, segundo os quais o
sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu.
B. Obama
Nome Completo: Barack Hussein Obama II
Nascimento: 4 de agosto de 1961 (tem 54
anos) em Honolulu, Havai,
EUA
Casou-se com: Michelle Robinson Obama
Partido: Democrata
Mário Soares
Nome Completo: Mário Alberto Nobre Lopes
Soares
Dois anos depois, filia-se no Partido socialista (PS), pela mão de António
Reis. Atraído pelas ideias socialistas de Marx abandona a carreira universitária,
onde era regente das disciplinas de Teoria de sistemas e Sinais de
Telecomunicações no Técnico, dedicando-se à política.
Carlos Lopes
A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre; tinha
dezasseis anos. Lopes ficou em segundo lugar apesar da presença de corredores bem
mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de
crosse, e quase de seguida foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para
juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat,
Marrocos. Lopes foi o melhor português, em 25º lugar.
Rosa Mota
Apesar de todo este sucesso, Rosa Mota sofria de ciática, o que não a
impediu de continuar a colecionar triunfos, como fez em 1991, na Maratona de
Londres; ainda nesse ano, disputando o Campeonato Mundial de Atletismo em
Tóquio, Rosa viu-se obrigada a abandonar a corrida e finalmente retirou-se das
competições quando não conseguiu terminar a Maratona de Londres no ano
seguinte.
Paula Rego
Paula Rego nasceu a 26 de Janeiro de 1935, em
Lisboa.
Será aí que conhecerá vários artistas, entre os quais o seu futuro marido,
Victor Willing, com quem vem a casar em 1959 e de quem vem a ter três filhos
(Carolina, Victoria e Nicholas). O marido torna-se, então, um dos mais essenciais
críticos da obra de Paula Rego, produzindo várias vezes leituras fundamentais
do seu trabalho.
Aires Mateus
Sitografia
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