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2016/2017

História A

GLOSSÁRIO

Professora: Ana Manteigas


Inês Ferreira 12ºLH1 nº12
MÓDULO 9- Alterações geostratégicas,
tensões políticas e transformações
socioculturais no mundo atual

1980- R.Reagen, presidente dos EUA


1985- Cavaco Silva, primeiro-ministro de Portugal;
M.Gorbatchev no poder
1986- Portugal na CEE
1989- Desagregação do bloco soviético; Queda do Muro
de Berlim
1992- Tratado de Maastricht; 1ª Cimeira da Terra
1993- Acordos israelo-palestinianos
1995- António Guterres, primeiro-ministro de Portugal;
Europa dos 15
1996- Criação da CPLP
1997- Protocolo de Quioto
1998- Expo 98, Lisboa
2001- Ataques terroristas nos EUA (11 Setembro)
2002- Durão Barroso, primeiro-ministro de Portugal;
Circulação do euro
2003- Invasão Do Iraque
2004- Europa dos 25
Unidade 1 – O fim do sistema internacional da Guerra
Fria e a persistência da dicotomia Norte-Sul
MAPAS
CRONOLOGIA
1980 – Áreas Económicas Especiais na China

1983 – R. Reagan “Guerra das Estrelas”

1985 – Início da “perestroika”

Jacques Delors, presidente da Comissão Europeia

1986 – Entrada para Portugal e Espanha para a CEE

1989 – Queda do Muro de Berlim

Fim da ditadura militar no Chile

1991 – Fim da URSS

Guerra do Golfo

1992 – Tratado de Maastricht

Guerra Civil da Somália

1993 – Acordo Israelo-Palestiniano

1994 – Criação da Nafta

1995 – Fim da Guerra na Bósnia

1996 – Fim da Guerrilha na Guatemala

1997 – Hong-Kong e Singapura entre os 10 mais ricos do mundo

1999 – Referendo pós-independência em Timor-Leste

Transferência de Macau para a China

2001 – Intervenção militar no Afeganistão

2002 – Circulação do euro

2003 – Invasão do Iraque

2004 – Europa dos 25

2005 – Rejeição da Constituição Europeia pela França e Holanda

2010 – A China torna-se a segunda economia mundial


CONCEITOS
Perestroika: Reestruturação profunda do funcionamento do modelo soviético
empreendida por M. Gorbatchev, a partir de 1985. Tendo um carácter
marcadamente económico, a perestroika assumiu também uma vertente política
(a glasnost) que procurou reconciliar o socialismo e a democracia. Embora não
pretendesse pôr em causa o regime, o fracasso económico da perestroika e a
torrente de contestação interna que a acompanhou acabaram por conduzir ao
colapso do bloco soviético e da própria URSS, no início dos anos 90.

Cidadania europeia: Criada pelo Tratado da União Euro peia, a cidadania da


União é cumulativa com a cidadania nacional e exprime-se pelo direito de voto
nas eleições europeias e autárquicas na zona de residência do cidadão,
independentemente desta se situar no seu país de origem. Estabelece ainda o
direito de apresentar propostas (coletivas) à Comissão Europeia, endereçar
petições ao Parlamento Europeu, apresentar queixas e beneficiar de proteção
diplomática, nos países terceiros, por parte das embaixadas ou consulados de
qualquer dos Estados-membros, caso não existam delegações do país de
origem.

Tribalismo: Apego forte a um grupo (étnico, cultural, familiar…) que leva à


rejeição dos outros grupos considerados estrangeiros e, muitas vezes, inimigos.
O sentimento de pertença a um grupo particular e o acatamento das ordens
dadas pelos seus líderes impede a formação da identidade nacional quando,
num Estado, coexistem várias “tribos”.

Fundamentalismo islâmico: O fundamentalismo representa uma reação


extremista à ocidentalização sofrida pelas sociedades muçulmanas durante o
domínio estrangeiro. Os fundamentalistas consideram-se os únicos depositários
da verdadeira fé e defendem que os princípios do Corão devem reger os
Estados, fundindo num só o poder político e o poder religioso. Nas últimas
décadas, têm proliferado as organizações fundamentalistas de cariz terrorista.

Sionismo: Movimento nacionalista de cariz político-religioso fundado, no fim do


século XIX, por Theodor Herzl com o objetivo de criar um Estado hebraico na
Palestina (identificada pelo vocábulo “Sião”). O sionismo advoga o regresso dos
judeus espalhados pelo mundo à sua pátria original. Em função deste ideal, o
Estado hebraico promulgou, em 1950, a “lei do regresso”, que confere a
nacionalidade israelita a qualquer judeu, de qualquer parte do mundo, que
pretenda habitar no território.
1.1 O fim do modelo soviético

Em 1985, quando Mikhail Gorbatchev foi eleito secretário-geral do Partido


Comunista, a URSS debatia-se com uma grave estagnação económica.
Tentando ultrapassá-la, Gorbatchev procura o diálogo com o Ocidente, acorda a
redução do armamento das duas superpotências, proclama a liberdade dos
países de Leste escolherem o seu regime político e empenha-se numa
reestruturação profunda do país- perestroika.

Os efeitos destas medidas transformaram profundamente a política


mundial. Na viragem para os anos 90, a cortina de ferro caiu, os países de Leste
aboliram o regime comunista, a Alemanha reunificou-se e a própria União
Soviética viu o seu fim, desintegrando-se em 15 novos Estados. O tempo da
Guerra Fria terminou

1.2 Os polos de desenvolvimento económico

No fim do século XX, a maior parte da riqueza mundial concentrava-se em


três grandes polos de desenvolvimento económico: os EUA, a União
Europeia e a região da Asia-Pacifico.
Única superpotência depois do desmoronamento do bloco soviético, os
Estados Unidos alicerçaram o seu poder na prosperidade da economia. Uma
agricultura dinâmica, capaz de gerar poderosas multinacionais, uma indústria
avançada e um setor terciário pujante deram-lhes o lugar de primeira
potência económica mundial. Desde há muito na vanguarda da investigação
científica e tecnológica, o país continuo a apostar na inovação.

Nascido nos anos 50, o projeto de unir a Europa progrediu nas décadas
seguintes. O espaço geográfico da Comunidade alargou-se – 28 países em
2013 – e os laços que unem os seus membros estreitaram-se.

Economicamente, a Europa Unida constitui um mercado único, onde


circulam livremente pessoas, mercadorias e capitais. Dezanove dos seus
membros partilham já uma moeda comum, o euro. Beneficiando de um
mercado interno com elevado nível de consumo e de mão-de-obra muito
qualificada, União Europeia tornou-se, no seu conjunto, um gigante
económico mundial.

Embora em ritmo mais lento do que a união económica, a união política


da Europa progrediu também. Institui-se uma cidadania europeia, reforçou-
se a cooperação na política externa e de segurança, alargou-se a
possibilidade de participação dos cidadãos nas instituições europeias, entre
outros aspetos. Porem, um sentimento de descrença e, até, de rejeição – o
euroceticismo – tem dificultado o projeto da criação dos Estados Unidos da
Europa, etapa final do projeto europeu.

Outrora mergulhada no subdesenvolvimento, a zona da Asia-Pacifico


mostrou-se, nas últimas décadas, uma enorme pujança económica.

Depois do Japão, industrializaram-se a Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong


e Singapura – os quatro dragões asiáticos – seguidos de uma mão e obra de
outros países da zona. Uma mão-de-obra numerosa, barata e dedicada, o
investimento no ensino, a aposta na tecnologia, bem como o reforço de
organizações económicas regionais tem contribuído para o rápido
crescimento desta região do globo.

O êxito económico dos seus vizinhos induziu a China comunista a abrir-


se ao exterior. Nos anos 80, através da implementação de Zonas
Económicas Especiais, o país começou a atrair investimento estrangeiro e
cresceu rapidamente a um ritmo surpreendente. Em 2010, o PIB chines
ultrapassou o do Japão, tornando-se o país na segunda economia mundial.

1.3 Permanência de focos de tensão em regiões periféricas

Nas duas últimas décadas do século XX, a Africa Subsariana, a América


Latins, o Medio Oriente e a região dos Balcãs acumularam pobreza e conflitos.
Na africa, a pobreza agravou-se, a doença assolou o continente e as tensões
politicas e étnicas explodiram em confrontos sangrentos; a América Latina
viu-se a braços com um enorme endividamento público, que lhe refreou o
crescimento económico, e com a ação destruidora de guerrilhas
oposicionistas; no Medio Oriente, continuou o conflito israelo-árabe, que
potenciou a instabilidade política da região; nos Balcãs, em plena Europa, o
desmembramento da Jugoslávia originou uma guerra violenta, em que se
praticaram crimes contra a Humanidade. Ao contrário do que se sonhou, o
fim da Guerra Fria ao tornou o mundo num lugar mais pacífico.
Sínteses
Reunificação alemã
Numa viragem imprevista da História, os anos de 1989 e 1990
devolveram-lhe a unidade e um lugar cimeiro entre as potências europeias.
Segundo o Doc. A, entre julho e Setembro de 1989 verificou-se um êxodo
maciço de alemães da RDA para o Ocidente, assim como a primeira grande
manifestação na RDA, em Leipzig no dia 25 de Setembro. Em outubro, o
presidente da RDA, Erich Honecker, recebe Gorbatchev para as celebrações do
40º aniversário da República Democrática da Alemanha, e em outubro, deram-
se grandes manifestações populares de protesto em Leipzig e Berlim. Por fim, a
9 de novembro ano de 1989, e ao fim de 28 anos, o Muro de Berlim é aberto pela
primeira vez. Em janeiro do ano de 1990, Gorbatchev declara-se disposto a
aceitar a reunificação alemã, em maio abre-se a Conferência 2+4, entre a RFA,
a RDA e as quatro potências aliadas da Segunda Guerra Mundial; em julho
realiza-se a União económica entre a RFA e a RDA e, por fim, em 3 de outubro
efetiva-se a união política entre as duas Alemanhas.
No relato da BBC em relação á demissão de Honecker, presente no Doc.B,
estes afirmam que Eric Honecker foi forçado a demitir-se do seu cardo de líder
do país, apresentando como motivo oficial da demissão “motivos de saúde” mas
que a verdadeira razão terá sido a incapacidade de lidar com a onda de
descontentamento que se vivia no país e no partido. No dia 4 de novembro de
1989 uma gigantesca manifestação reuniu cerca de um milhão de pessoas que
pediam a reforma do regime através da instauração de liberdade de imprensa,
eleições livres, liberdade de deslocação, entre outras reivindicações.
A queda do Muro de Berlim, no dia 9 de novembro, era esperada por cerca
de dois milhões de habitantes que ainda não haviam digerido a surpresa do
acontecimento. Brandeburgo tornou-se a passagem que os Berlinenses
ocidentais esperaram a todo o momento ver abrir no Muro, sendo esta Porta de
Brandeburgo um símbolo caro ao berlinense, abri-la ao trânsito de carros e
pedestres transformou-se num ponto de honra, como se afirma no Doc. C.
Segundo o Doc.D, no Tratado de Moscovo, a RFA, a RDA, os Estados
Unidos, a República Francesa, o Reino Unido da Grã Bretanha e a Irlanda do
Norte, assim como a URSS, tendo em conta as mudanças históricas da Europa,
reconheceram a unificação da Alemanha num Estado democrático e pacífico,
retirando os direitos e responsabilidades das Quatro Potências relativas a Berlim
e à Alemanha, acordando que, a Alemanha Unificada compreenderia todos os
territórios da RFA, RDA e Berlim e também gozaria de plena soberania, tanto
nos assuntos internos como externos.
No documento E está presente um elogio do Leste, afirmando que, ainda
que não houvesse produtos estrangeiro, como a Coca-Cola, não faltavam os
produtos básicos, ninguém passava fome, o pão, as batatas e os transportes
públicos eram quase de graça. Na RDA as pessoas sentiam-se acompanhadas
e protegidas pelo Estado, era tudo organizado, tempos livres, distrações,
atividades desportivas, etc.
Concluindo, a Alemanha, epicentro da Guerra Fria, representou, durante
quatro décadas, o antagonismo que dividiu o Mundo após a Segunda Guerra
Mundial.

Xangai
Nos anos 90, a cidade de Xangai é escolhida como um dos polos da
abertura económica chinesa.
No Doc. A, encontra-se a vista noturna de Xangai, na atualidade, em que
do lado esquerdo está, o moderno centro de negócios de Pudong, pensado pelas
autoridades chineses como centro financeiro da China e a vitrina da
modernização do país. Esta urbanização fez-se, essencialmente em apenas 10
anos, sendo Xangai, com 24 milhões de habitantes, uma das cidades mais
populosas do planeta, o maior porto de contentores do mundo e um dos
principais centros industriais da China.
Segundo o Doc.B, em meados do século XIX, as potências ocidentais
foram autorizadas a estabelecer os seus escritórios em Xangai, transformando
a cidade no centro financeiro da Ásia. Bund, era a avenida mais cosmopolita da
cidade, onde se encontravam as sedes das grandes companhias europeias e
americanas e os clubes frequentados pelas elites comerciais. Após esta
proclamação da República Popular da China, em 1949, grande parte das
empresas estrangeiras retirou-se para Hong Kong, território sob administração
britânica. Nos anos 90, era altura de Xangai se desenvolver, as suas
capacidades, o espírito empreendedor e o alto nível de instrução dos seus
habitantes eram negligenciados.
No Doc. C é possível observar que desde 1990 até 2008, as importações
e exportações de Xangai passaram de 7,4 milhões de dólares para 322,1 e o
turismo aumentou de 0,9 milhões para 6,4.
Brice Pedroletti e Bruno Phillip afirmam no Doc.D, que quase 230 multinacionais
estabeleceram em Xangai e sua sede asiática. A Organização Mundial do
Comércio fez de Xangai, em 2001, o primeiro porto do Mundo, recebendo como
missão tornar-se um centro financeiro internacional até 2020. As empresas
vindas inicialmente para efetuar estudos de marketing, dedicam-se cada vez
mais à investigação.
Concluindo, Xangai, a principal cidade da Ásia na primeira metade do
século XX, fechou-se ao mundo sob o regime comunista, porém, nos anos 90,
retoma a sua prosperidade e cosmopolitismo tornando-se numa forte potência.
A ONU e a resolução dos conflitos mundiais
Criada com o principal objetivo de “manter a paz e a segurança
internacionais e (…) tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças
e reprimir os atos de agressão”, a ONU não conseguiu impedir a proliferação de
conflitos sangrentos um pouco por todo o Globo.
Como está referido no Doc. A, desde a criação das Nações Unidas, em
1945, estalaram em todo o mundo mais de uma centena de grandes conflitos. A
ONU foi impotente para resolver as crises que levaram à morte de cerca de 20
milhões de seres humanos, em virtude dos vetos com que se entravaram as
acções do Conselho de Segurança, que se tornou, desde o fim da Guerra Fria,
um instrumento central na prevenção e mediação de conflitos, bem como na
prevenção da paz. A organização tem como objetivos a prevenção do conflito
(conflict prevention); o estabelecimento da paz (peacemaking); a implementação
da paz (peace enforcement) a manutenção da paz (peacekeeping) e a
consolidação da paz (peacebuilding).
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, afirma, no Doc. B, que todas a
manhãs, pegamos nos jornais ou ligamos a televisão e o que temos perante os
nossos olhos é uma condensação do sofrimento da Humanidade mas, como
cargo que desempenha, tem a possibilidade de tentar fazer algo para remediar
essas tragédias. Fazendo-o, diariamente, em todas as frentes, da manutenção
da paz à ajuda humanitária, passando pela luta contra as doenças.
Segundo o Doc. C, desde o fim da Guerra Fria, o Conselho de Segurança
das Nações Unidas autorizou cinquenta e uma operações, respondendo a
Estados em desagregação, guerras civis e emergências humanitárias graves,
como é o caso, por exemplo, do Afeganistão (UNAMA), Índia e Paquistão
(UNMOGIP), Haiti (MINUSTAH), República Democrática do Congo (MONUSCO),
Sudão do Sul (UNMISS), Médio Oriente (UNTSO) e Síria (UNDOF), sendo estas,
missões de paz ativas em 2014.
A partir do Doc.C é possível verificar os países que requerem maiores
deslocações de tropas, sendo estes, o Paquistão (8266), o Bangladesh (7918) e
a Índia (7849). Por outro lado, aqueles que mais contribuem com efectivos
militares são os Estados Unidos (28,38%) e o Japão (10,83).
Segundo o Doc. E, as mulheres representavam, em 2012, cerca de 3%
do pessoal militar e 10% da força policial. A ONU afirma que a presença das
mulheres ajuda a reduzir a conflitualidade e transmite confiança a população
feminina. Em 1988, os capacetes azuis foram agraciados com o Nobel da Paz
em que consideraram que este premio também homenageava uma ideia de
admirável originalidade, a de transformar soldados em agentes de paz e não da
guerra.

Concluindo, a ONU pretende unir todas as nações do mundo em prol da


paz e do desenvolvimento, com base nos princípios de justiça, dignidade
humana e bem-estar de todos.
2- A viragem para uma outra era
Mapas
CRONOLOGIA
1979 – 1ª geração de telemóveis
Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido
1980 – Ronald Reagan, Presidente dos EUA
1981 – Exposição “Um Novo Espirito na Pintura, Londres
1ª Câmara fotográfica digital
1982 – 1º CD
1984 – Greve dos mineiros britânicos e dos siderúrgicos franceses
Violência entre hindus e sikhs na Índia
1º cabo de fibra ótica
1985 – Descoberta do “buraco de ozono”
Invenção do programa Windows pela Microsoft
1986 – Desastre nuclear de Chermobyl
1988 – Atentado terrorista num avião da Pan-Am
1989 – Queda do Muro de Berlim
Televisão de alta definição
1991 – Guerra do Golfo
Fim da URSS
Desagregação da Jugoslávia
Sublevação curda no Iraque
1992 – 1ª Cimeira da Terra
Expansão da Internet
1993 – Processador Pentium
Confrontos entre curdos e turcos
1994 – Fundação da OMC
Conflitos étnicos e genocídio na Ruanda
1995 – Atentado terrorista em Paris
Invenção do DVD
1997 – Protocolo de Quioto
Clonagem da ovelha Dolly
1998 – Produção de células estaminais
1999 – 1º leitor de MP3
Intervenção russa na Techechénia
2000 – Robôs humanóides
2001 – 1º Forúm Social Mundial
Atentados terroristas nos EUA – 11 de setembro
Intervenção americana no Afeganistão
2003 – Intervenção americana no Iraque
Descodificação do genoma humano
2004 – Genocídio no Sudão
Atentados terroristas em Madrid
2005 – Morte de João Paulo II
Conferência de Montreal sobre alterações climáticas
Atentados terroristas em Londres
2007 – Prémio Nobel da Paz para Al Gore e “Painel para as Alterações
Climáticas”
2008 – Jogos Olímpicos em Pequim
Crash nos EUA
Recessão económica mundial
2010 – Lançamento do iPad
2012 – Cimeira dos Rio+20 para o Desenvolvimento Sustentável

CONCEITOS
Interculturalidade: Processo de relações recíprocas que se estabelecem entre
duas culturas distintas, que procuram conhecer-se, compreender-se e partilhar
pontos de vista e experiências. Fruto das crescentes migrações, a
interculturalidade aprofunda os laços entre a cultura do país de acolhimento e as
novas culturas que nele se fixam.
Ambientalismo: Conjunto de teorias e práticas que visam a preservação do
meio ambiente.
Neoliberalismo: Adaptação do liberalismo económico do século XIX pelo
capitalismo dos anos 80 do século XX. Criticando a intervenção do Estado na
vida económica e social, o neoliberalismo defende o respeito pelo livre jogo da
oferta e da procura. O economista norteamericano Milton Friedman (1912-2006)
foi um dos impulsionadores do neoliberalismo, ao defender a redução das
emissões monetárias e das despesas do Estado.
Globalização: Vocábulo, de origem anglo-saxónica, que designa a organização
à escala mundial da produção e da comercialização de bens e serviços, como
se o mundo constituísse um enorme mercado comum. Para além da dimensão
económica, a globalização faz-se acompanhar da troca de conhecimentos e de
informações à escala mundial. Por isso se fala, também, numa globalização
cultural.
Biotecnologia: Aplicação tecnológica que utiliza sistemas biológicos,
organismos vivos ou seus derivados para criar ou modificar produtos.
Pós-modernismo: Conjunto de tendências em vigor na arte ocidental desde os
anos 80, que se caracteriza pela abertura a diferentes repertórios estilísticos,
sejam figurativos ou vanguardistas. O termo pós-modernismo teve a sua primeira
aplicação, ainda nos anos 70, na arquitetura, sendo forjado pelo crítico norte-
americano Charles Jenks.
2.1. Mutações sociopolíticas e novo modelo económico
Desde os anos 1980 que a humanidade vive uma nova era. O estado-
nação, que foi durante décadas o garante de coesão politica interna, entra em
crise.
Por um lado, o Estado-nação enfrenta terríveis forças desagregadoras,
como sejam as disputas étnicas e religiosas e os separatismos nacionalistas que
recrudescem com o fim da Guerra Fria. Perde, por outro lado, poderes de
decisão face à globalização da economia, que o neoliberalismo acelera. As
empresas transnacionais não pertencem a um estado e o capital não tem nacao.
O mundo caminha para um mercado único.
O estado-nação mostra-se, ainda, imponente para controlar os fluxos
migratórios, as agressões ambientais, as redes terroristas, problemas que não
conhecem fronteiras. São as chamadas questões transnacionais que exigem
respostas globais a problemas que são de todos.
Organizações supranacionais coordenam, por conseguinte, as atividades
económicas e financeiras, as emissões monetárias, as políticas migratórias, de
segurança, sanitárias e ambientais, impondo as suas diretrizes aos estados-
nação.
Á crise do estado-nação contrapõe-se, porem, a sua vitalidade soberana
e resiliência. São os estados-nação que ratificam, ou não, as propostas
supranacionais; que melhor promovem a resolução de problemas económicos e
socias e a defesa das liberdades.
A sociedade global do mundo desenvolvido quase não tem operários. É o
preço a pagar pela desindustrialização, pela explosão dos serviços, pelo
aperfeiçoamento tecnológico, pela deslocalização das empresas.
O sindicalismo e a militância política declinam. São o sinal de um tempo
em que a economia prevalece sobre a política e o pragmatismo substitui as
ideologias.

2.2 Dimensões da ciência e da cultura


A sociedade global, revolucionada pelas tecnologias da informação e da
comunicação, liga cada vez mais a humanidade em rede. A internet é a grande
autoestrada da comunicação e o grande media social. O império da técnica é,
também, o da ciência, à qual os estados cada vez mais verbas atribuem. As
pesquisas genéticas entram na ordem do dia e abrem múltiplos caminhos à
humanidade, na sua ansia de curar doenças e prolongar a vida.
Expressão de um mundo global a acelerado, apresenta-se a arte eclética
pós modernista. Desvinculada dos grandes princípios teóricos, tudo absorve e
reinterpreta.
Quando a crise de valores parece virar o mundo do avesso, a humanidade
busca conforto em grandes manifestações de religiosidade, como sejam as
visitas papais. Não obstante, no mundo ocidental, diminui a frequência das
igrejas. Simultaneamente, crescem as manifestações da cultura urbana e
ensaiam-se novas formas de solidariedade e de empenhamento cívico. Entre
outras causas, luta-se contra a degradação do planeta e a exclusão social.

Sínteses
Nações e nacionalismos na Europa multicultural
Entrado o século XXI, as nações e os nacionalismos mostram uma
vitalidade inesperada numa Europa enredada nas teias da globalização e da
construção europeia.
Como se observa no Doc. A, em 1991 registou-se uma grande explosão
de Estados, uns que aderiram à ONU, outros que se “autoproclamaram” mas
não-membros da ONU e outros movimentos independentistas.
José António Saraiva no Doc.C1, afirma que, ainda que muitos “não
tenhamos dado por isso, encaminhamo-nos rapidamente para o fim das nações.
Na União Europeia, as fronteiras caíram e as soberanias tornaram-se limitadas.
Os países que são assistidos perdem a capacidade de decisão autónima (…)
Com a globalização, as regras sob as quais cada país se move tendem a ser
cada vez mais “internacionais” e cada vez menos “nacionais”.
Segundo M. Abdul Hafiz “a demissão de Estado-Nação foi especulada
desde que se falou na globalização da economia mundial, há cerca de quarenta
anos. No entanto, o Estado-Nação tem mostrado notável resiliência. Não
existindo, outra instituição capaz de promover a integração política e a parceria
na comunidade política mundial”.(Doc.C2)
Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, em entrevista ao jornal franco-
turco, garante no Doc. D, que“ sempre houve muçulmanos em França” mas que
é lamentavelmente que a “imigração se faça na base de uma radicalização
religiosa. Os franceses sentem-se agredidos nos seus hábitos. Os véus, a
exigências sobre os lugares de oração, os pedidos de alimentos específicos,
tudo isto está em contradição” com a cultura ocidental. A globalização gerou
grandes questões de identidade.
No Doc. F, o sociólogo Boaventura Sousa Santos declara que “estamos a
assistir a uma espiral de violência, não só na União Europeia”, não sendo
possível entender os ataques dos islâmicos sem olhar para a política do Ocidente
no Médio Oriente. Para Boaventura Sousa Santos é necessária a construção de
uma Europa mais inclusiva, mais multicultural e que tem sido desmantelada,
assim como o Estado Social. Quando a exclusão se combina com a
estigmatização religiosa e cultural, isso leva a mais extremismo, quando a
esmagadora maioria dos muçulmanos são pacíficos.
Concluindo a globalização e a multiculturalidade são dois assuntos que
cada vez mais marcam a nossa sociedade, tanto a nível positivo como negativo.

Salvar o planeta
As agressões ambientais, derivadas do uso indiscriminado dos recursos
naturais do planeta motivam, há décadas, a resposta de movimentos civis,
Estados e organizações, como a ONU.
Segundo a cronologia do Doc. A, em 1972 foi criado o Programa das
Nações Unidas para o Ambiente. Em 1988 a ONU cria o Painel
Intergovernamental para as Alterações Climáticas. Em 1992 ocorre a Cimeira da
Terra no Rio de Janeiro e cinco anos depois, o Protocolo de Quioto estipulou a
redução global, até 2012, de 5% dos gases que provocam o “efeito de estufa” no
Japão. A Conferencia Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável foi
realizada em Joanesburgo em 2002 e a 16 de fevereiro de 2005, foi entrada em
vigor o Protocolo de Quioto. Por fim, em 2012 concretizasse a Cimeira do Rio+20,
onde os dois temas principais em agenda eram: como construir uma economia
verde a nível global (contribuindo, dessa forma, para eliminar a pobreza) e como
melhorar a coordenação internacional para o desenvolvimento sustentável.
G.H. Brundtland, presidente da Comissão Mundial da ONU para o
Ambiente e o Desenvolvimento, afirma no Doc. B que, “o desenvolvimento
sustentável deve responder às necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de as gerações futuras responderem às suas e corresponde aos
deveres das gerações atuais de transmitirem um mundo vivo, viável e
reprodutível.”
No Doc. D, encontra-se a declaração do Rio sobre o Ambiente e o
Desenvolvimento, onde se garante que “os seres humanos estão no centro das
preocupações com o desenvolvimento sustentável” e que “todos os estados e
todos os povos cooperarão na tarefa fundamental de erradicar a pobreza como
condição indispensável ao desenvolvimento sustentável”.
Na declaração da Conferência do Rio para o Desenvolvimento
Sustentável foi referido que a “erradicação da pobreza constitui o maior desafio
global que o mundo hoje enfrenta” sendo uma condição indispensável para o
desenvolvimento sustentável. (Doc. F).
Anjali Appadurai, estudante do Collge of the Atlantic, no encerramento da
Conferencia das Nações Unidas sobre o Clima, protesta contra os grandes
líderes mundiais por estes faltarem aos compromissos, falharem os objetivos e
não cumprirem as promessas feitas. Possivelmente os problemas não são
resolvidos pois há pessoas a ganhar com isso, pois tudo não passa de meros
interesses, influências e dinheiro. (Doc. G)
Dois investigadores da University College of London realizaram um estudo
científico sobre os combustíveis fosseis, onde concluíram que o “instinto dos
decisores políticos de se explorar rápida e completamente os combustíveis
fósseis dos seus territórios é, no geral, inconsciente com os seus compromissos
para limitar o aumento da temperatura”. (Doc. H)
Concluindo, o tema do “desenvolvimento sustentável” entrou na agenda
das grandes questões internacionais, sendo um ponto fundamental para a
salvação do planeta.
3- Portugal no novo quadro internacional
Mapa

CRONOLOGIA
1976 – Constituição Portuguesa
Ramalho Eanes, Presidente da República
1977 – Pedido de adesão de Portugal à CEE
1980 – Televisão a cores
1984 – Conquista da primeira medalha de ouro olímpica para Portugal, por
Carlos Lopes
1985 – Assinatura do Tratado de Adesão de Portugal à CEE
Sistema multibanco em Portugal
1986 – Entrada de Portugal e Espanha na CEE
Mário Soares, Presidente da República
Chegada dos primeiros fundos estruturais
1989 – Serviço Móvel Terrestre
1ª votação dos portugueses para o Parlamento Europeu
1991 – Conclusão da construção da auto-estradas Lisboa-Porto
1992 – Tratado da União Europeia, Maastricht
Presidência portuguesa da Comunidade Europeia (Cavaco Silva)
Emissões televisivas da SIC
1994 – Lisboa, capital europeia da Cultura
TV por cabo em Portugal
1995 – Entrada em vigor do Acordo de Schengen em Portugal
Freitas do Amaral, Presidente da Assembleia-Geral da ONU
1996 – Jorge Sampaio, presidente da República
Fundação da CPLP
1997 – Tratado De Amesterdão
1998 – Expo 98 em Lisboa
José Saramago, Prémio Nobel da Literatura
Cimeira Ibero-Americana no Porto
1999 – Entrega de Macau à China
2000 – Presidência portuguesa do Conselho Europeu
Tratado de Cooperação e Amizade com o Brasil
2002 – Circulação do euro
2004 – Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia
2005 – António Guterres, Alto-Comissário das Nações Unidas para os
Refugiados
2006 – Cavaco Silva, Presidente da República
2009 – Cimeiro Ibero-Americana no Estoril
2011 – Resgate financeiro
Intervenção da Troika

Conceitos
PALOP: Sigla que designa os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa:
Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, desde
2014, a Guiné Equatorial. Juntamente com Portugal, Brasil e Timor-Leste, fazem
parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
3.1 As implicações da integração europeia e as relações
com a lusofonia e a área ibero-americana
A integração de Portugal na Comunidade Europeia, concretizada a partir de 1 de
janeiro de 1986, caminhou a par da consolidação da democracia no país. O
estabelecimento de vínculos com algumas das mais prestigiadas sociedades
democráticas do mundo, como eram os países da Comunidade Europeia,
significou o fim das tentações totalitárias que haviam ameaçado o nosso país no
pós - 25 de abril.
Desde a integração europeia, as transformações revelaram-se marcantes,
acusando o impacto das avultadas transferência de fundos comunitários. Mas
também, é preciso lembrar, a dinâmica da globalização condicionou o percurso
português.
As beneficiações mais mediáticas fizeram-se sentir na rede viária, nas
telecomunicações, nas redes de água, saneamento, gás e eletricidade, incluídas
na infraestruturas necessárias ao desenvolvimento do país.
A facilitação do crédito permitiu a proliferação de pequenas e medias
empresas. Algumas das grandes empresas, como bancos e seguradoras, foram
privatizadas. Atridas por uma mão-de-obra ainda competitiva, as multinacionais
instalaram-se. Na área do comércio e dos serviços verificaram-se os maiores
investimentos. A explosão do terciário compensou, assim, o declínio da indústria.
Ao entrar no terceiro milénio, Portugal aderiu, com êxito, à moeda única,
mas deparou-se com a recessão mundial, sofreu as deslocalizações e assistiu á
derrapagem do défice orçamental e à escala da divida mundial.
Do ponto de vista social, o país envelheceu, tornou-se mais urbano,
escolarizado e cosmopolita. As comunidades de imigrantes cresceram a olhos
vistos mas, com a instalação da crise económico, no fim da primeira década do
milénio, sofreram um retração. As relações sociais democratizaram-se, a família
conheceu novos enquadramentos, o estatuto da mulher alcançou a paridade
face ao homem.
Apesar do crescimento preocupante do desemprego no terceiro milénio,
no cômputo geral o nível de vida dos portugueses superiorizou-se em relação ai
inico dos anos oitenta.
Empenhado na construção europeia, Portugal não descurou as relações
com os países lusófonos, integrando nos PALOP e na CPLP. Mantem, ainda,
ligações privilegiadas com a Comunidade Ibero-Americana. Nestas áreas
internacionais, a cooperação económica complementa-se com a valorização
histórico-cultural e linguística, fator deveras pertinente o mundo global em que
vivemos.
Questões
O fim do modelo soviético.
Apresente quatro aspetos que evidenciam o fim da Guerra-
Fria e das duas superpotências.

R:. A Guerra Fria terminou de forma inesperada, as democracias


populares europeias aboliram o comunismo, as duas Alemanhas fundiram-se
num só Estado e a URSS desintegrou-se, deixando os EUA sem concorrente ao
lugar de superpotência mundial.
Com o Tratado de Washington, a 8 de dezembro de 1987, os EUA e a
URSS, conscientes das consequências devastadoras que teria para toda a
Humanidade uma guerra nuclear, acordam, com o progresso para o fim da
Guerra Fria.
Procurando criar um clima internacional estável que refreie a corrida ao
armamento e permita à URSS utilizar os seus recursos para a reestruturação
interna, Gorbatchev enceta uma política de diálogo e aproximação ao Ocidente,
propondo aos Americanos o reinício das conservações sobre o desarmamento,
sendo que assim "as nações não podem nem devem decalcar a sua vida sobre
o modelo dos EUA ou da URSS”. (Doc.2)
Decidido a ganhar o apoio popular para o seu plano de renovação
económica, ao qual chamou perestroika que propõe descentralizar a economia,
estabelecendo a gestão autónoma das empresas. (Doc.3)
Com o alastramento e o endurecimento da contestação ao regime imposto
por Moscovo, as estruturas do poder comunista começam a abalar. A doutrina
da "soberania limitada" é colocada de parte, deixando, em 1989, uma vaga
democratizada varrer toda a região do Leste. É com isto que a "cortina de ferro"
cai, arrastando consigo o Muro de Berlim.
A dinâmica politica desencadeada pela perestroika tornara-se
incontrolável, conduzindo ao fim da própria URSS e ao desmembramento do
extenso território das Republicas Soviéticas. (Doc.5).

A queda do muro de Berlim, a partir do filme Good Bye,


Lenin!
O fim da sociedade justa e igualitária!
Apresente quatro ideias sobre a sociedade socialista em comparação com a
sociedade ocidental/capitalista.

R:. O filme Goodbye Lenin desenrola-se em Berlim na parte Oriental, nas


vésperas da queda do muro que a separava do Oriente. A Alemanha vivia assim
dividida em duas partes, o mundo capitalista do Ocidente e o bloco socialista da
RDA.
A partir do filme é possível verificar a transição de uma sociedade
socialista em que as regras eram impostas rigorosamente pelo regime para uma
sociedade transformada, que apresenta novas mudanças culturais, novos
hábitos e que se apresentava como mais liberal e consumista. Exemplos de
mudança, tanto a nível político como social são: as eleições livres, as
transformações culturais (vida noturna, pornografia, músicas alternativas,
danças orientais, vestuário), e a introdução de novas marcas (Coca-Cola, Burger
King e a diminuição progressiva do controlo de fronteira).

A União Europeia, desafios e orientações. A Cidadania europeia. Apresente


quatro ideias que fundamentem a formação da União Europeia, das suas
instituições, dos desafios que enfrentou. O que é hoje ser um cidadão europeu?
Vantagens e desvantagens!

R:. A União Europeia é criada com o objetivo de pôr termo às frequentes


guerras sangrentas entre países vizinhos, que culminaram na Segunda Guerra
Mundial. A sua construção foi uma história de altos e baixos. Com períodos de
grande entusiasmo e outros de grande ceticismo. Etapa a etapa, o projeto tem,
no entanto, progredido, orientando-se por dois vetores principais: o
aprofundamento das relações entre os Estados e o alargamento geográfico da
União.

Quatro ideais que fundamentem a formação da União Europeia são a livre


circulação de mercadorias, de serviços, de pessoas e de capitais. A criação de
uma moeda única (Euro) que deu a Europa uma moeda forte, capaz de competir
com o dólar nos mercados internacionais (Doc. 22B). A tentativa de acabar com
guerras e conflitos entre países, promovendo os direitos humanos, tanto a nível
interno como no resto do mundo. Na opinião dos europeus as quatro principais
valias da UE são: o poderio económico, industrial e comercial; o respeito pela
democracia, direitos humanos; o nível de vida dos cidadãos da UE e o bom
relacionamento entre os Estados-membro (Doc.22D).

A UE também enfrenta as suas incertezas e desafios. No Doc. 28B, Paulo


Carvalho Vicente afirma que “as consequências da degradação estão á vista: o
regresso de extremismo, do nacionalismo, do secessionismo, identificados por
uma aparente falha de perspetivas para ultrapassar uma crise económica, social
e cultural na Europa”. Outros desafios mais concretos que a União Europeia tem
de enfrentar e que são visíveis nos dias de hoje é, por exemplo, o caso dos
refugiados, do Brexit e do terrorismo.

A cidadania europeia foi instituída pelo Tratado de Maastricht, em 1992, e


confere os direitos e deveres aos cidadãos da União Europeia. Ser cidadão
europeu apresenta vantagens e desvantagem, tanto para o individuo como para
o seu país.

Algumas das vantagens de ser cidadão europeu é: o “direito de circular e


permanecer livremente no território dos Estados-Membros” (Doc.26B); a
existência de uma moeda única; os subsídios que apoiam o desenvolvimento da
economia e a possibilidade de alcançar novos mercados.

Por outro lado as desvantagens são, por exemplo: as sanções da


Comissão Europeia no caso das metas estabelecidas não terem sido cumpridas
e o mercado nacional ficar exposto á concorrência dos restantes países.
O espaço económico da Ásia-Pacífico. A questão de Timor; Hong Kong e
Macau. Apresente quatro aspetos da economia asiática. Identifique quatro
Tigres/Dragões asiáticos. Caracterize a questão de Timor, Macau, Hong Kong.

R:.Os “quatro Tigres/ Dragões asiáticos” são Hong Kong, Singapura,


Coreia do Sul e Taiwan. (Doc. 29).

Quatro aspetos da economia asiática que contribuíram para um elevado


crescimento económico nos últimos anos foram: os governos procuraram atrair
capitais estrangeiros, adotaram políticas protecionistas, concederam grandes
incentivos à exportação e investiram fortemente no ensino.

A questão de Timor. Em 1974, a “Revolução dos Cravos” agitou também


Timor Leste, que se preparou para encarar o futuro sem Portugal. Na ilha, onde
não tinham ainda surgido movimentos de libertação, nasceram três partidos
políticos: a UDT (União Democrática Timorense), que defendia a união com
Portugal num quadro de autonomia; a APODETI (Associação Popular
Democrática Timorense), favorável à integração do território da Indonésia e a
FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), com um
programa independentista, ligado aos ideais de esquerda.
O ano de 1975 foi marcado pelo confronto entre os 3 partidos, cuja
violência Portugal não conseguiu conter.
Em 7 de dezembro desse mesmo ano, reagindo contra a tomada do poder
pela FRETILIN, o líder indonésio Suharto ordena a invasão do território.
Face ao sucedido Portugal corta relações diplomáticas com Jacarta e
pede auxílio às Nações Unidas (Doc.36). Os factos, porém, contrariavam estas
decisões. Os Indonésios, que impuseram o seu poder através do terror e da
barbárie anexaram formalmente Timor Leste que, em 1979, se tornou a sua 27ª
província.
Refugiados nas montanhas, os guerrilheiros da FRETILIN encabeçaram
a resistência contra o invasor, que se viu obrigado a aumentar sucessivamente
o contingente militar estacionado no território. A 12 de novembro de 1991, as
tropas ocupantes abrem fogo sobre uma multidão desarmada que homenageava,
no cemitério de Santa Cruz, um independentista assassinado. O massacre fez
271 mortos e várias centenas de feridos. Em 1992, a prisão do líder da
Resistência, Xanana Gusmão, é amplamente noticiada. Com a ajuda dos media,
Timor mobiliza a opinião pública mundial.
No fim da década a Indonésia aceita, finalmente, que o povo timorense
decida o seu destino através de um referendo. O referendo, supervisionado por
uma missão das Nações Unidas, a UNAMET, deu uma inequívoca vitória à
independência, mas desencadeou uma escalada de terror por parte das milícias
pró-indonésias (Doc.37).
Uma onda de indignação e de solidariedade percorreu então o Mundo e
conduziu ao envio de uma força de paz multinacional, patrocinada pelas Nações
Unidas. A 20 de maio de 2002 nasce oficialmente a República Democrática de
Timor Leste, tornando-se o 191º membro das Nações Unidas.

Relativamente á questão de Hong-Kong e Macau, a aproximação da


China ao Ocidente facilitou, após lentas negociações, o acordo com a Grã-
Bretanha no sentido da transferência da soberania de Hong-Kong para a China,
a partir de 1997, enquanto, em Macau, a data acordada com Portugal foi o dia
20 de dezembro de 1999. Os dois territórios foram integrados na China como
regiões administrativas especiais, com um grau de autonomia que lhes permite
a manutenção dos seus sistemas político e económico, segundo o princípio “um
país, dois sistemas”. (Doc.43)

Permanência de conflitos à escala mundial. Apresente quatro zonas de


conflito. Identifique quatro grandes problemas para a persistência desses
conflitos.

R:.Nas duas últimas décadas do século XX, a Africa Subsariana, a


América Latina, o Medio Oriente e a região dos Balcãs acumularam pobreza e
conflitos.

Após a conferência de Bandung, a África Subsariana manteve-se na


pobreza e no subdesenvolvimento. Atormentada pela fome, pelas epidemias, por
ódios étnicos e por ditaduras ferozes, o continente africano é a única região do
Globo em que as condições de vida da população não progrediram, degradando-
se até, devido a um conjunto de fatores como o crescimento acelerado da
população, a deterioração do valor dos produtos africanos, as enormes dívidas
externas dos Estados africanos, a dificuldade em canalizar investimentos
externos, a diminuição das ajudas internacionais e a instabilidade política.

Região de profundas desigualdades sociais, a América Latina, nas


décadas de 60 e 70, encetou uma política industrial protecionista com vista à
substituição das importações, a partir do recurso de empréstimos contraídos
junto dos organismos financeiros internacionais e das instituições privadas de
crédito. Estes, por conseguinte, tornaram-se um fardo difícil de suportar. Assim,
as nações latino-americanas distinguiram-se como as mais endividadas do
mundo. Foi também durantes este período que este subcontinente conheceu um
recrudescimento dos movimentos de guerrilha, lançando-se num clima de guerra
civil, que contribuiu para o atraso da região. Contudo, nos anos 80, registou-se
uma inflexão para a democracia, diminuindo as guerrilhas existentes.

O Médio Oriente é uma zona caracterizada por ser profundamente


instável, assumindo um protagonismo crescente no panorama mundial. A
riqueza petrolífera e o avança da luta fundamentalista como afirmação de
identidade cultural alteraram profundamente as coordenadas políticas
internacionais. A intensificação dos atentados e as sublevações populares
juntamente com o extremismo islâmico com o seu fervor “religioso”
endureceram-se, originando até aos dias de hoje confrontos violentos.

Nos Balcãs, em plena Europa, o desmembramento da Jugoslávia originou


uma guerra violenta, em que se praticaram crimes contra a Humanidade.
Ao contrário do que se sonhou, o fim da guerra fria não tornou o mundo
um lugar mais pacífico.
Nacionalismo e confrontos religiosos no mundo atual.
Apresente quatro exemplos de motivos que geram conflitos étnicos, religiosos.
Integre o filme “ O Menino de Cabul” na temática proposta.

Quatro motivos que geram conflitos étnicos e religiosos no mundo são,


por exemplo, a oposição/recusa da ocidentalização e/ou americanização, a
instalação de regimes fundamentalistas islâmicos, a defesa da obediência
religiosa e da Guerra Santa e a questão palestiniana e conflito com Israel.
Com o filme “Menino de Cabul” é possível observar alguns desses
conflitos. Pouco antes da invasão russa, ocorrida em 1979, Cabul era uma
cidade cosmopolita e,de certa forma, considerada com uma boa vida cultural. O
filme retrata a época da transição do poder entre os anos 70 a 90, com a cultura
do povo afegão, e ainda, a relação entre as diferentes etnias do país. No entanto,
após um violento golpe de Estado comunista sofrido em 1978, um Conselho
Revolucionário tomou o poder, dando início a um programa socialista que
provocou um sentimento de revolta em grande parte dos muçulmanos, a ponto
de levá-los à resistência armada. Como o governo não conseguiu conter a
rebelião, tropas soviéticas entraram no Afeganistão em 1979, com o objetivo de
apoiar o regime pró-comunista e afastar a ameaça, de que o país caísse nas
mãos de grupos fundamentalistas islâmicos.
Após essa invasão, muitos afegãos viram-se forçados a abandonar o país,
acabando por se refugiar noutros paises, como o Paquistão e os Estados Unidos,
como acontece no filme, quando Amir e o seu pai viajam para os EUA.
Posteriormente, o Exército soviético foi derrotado por grupos guerrilheiros
afegãos, que contaram com o apoio financeiro e militar norte-americano e, a
partir daí, o movimento Talibã, assume o poder e implanta o regime
fundamentalista islâmico.

O debate Estado-Nação. O Neoliberalismo e a globalização.


Apresente exemplos de novos estados-nação depois da segunda guerra mundial.
Identifique motivos que ligam o neoliberalismo à globalização.

O Estado-Nação, assente na consciência entre território, povo e governo, surge


como um dos principais legados do liberalismo, tornando-se no elemento
estruturador da ordem política internacional.
Em março de 1990, a Namíbia conquistou independência da África do Sul.
No mesmo ano, dois países se unificaram para formar o Iémen em maio e a
Alemanha voltou a ser uma só em outubro, com a queda do Muro de Berlim e o
fim da Guerra Fria.
Com o rompimento da União Soviética, entre maio e dezembro de 1991,
Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Estônia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão,
Letônia, Moldávia, Lituânia, Rússia, Tadjiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e
Uzbequistão entraram na lista oficial de países.
Em 17 de setembro de 1991, as Ilhas Marshall e a Micronésia, dois
territórios que faziam parte do Protetorado das Ilhas do Pacífico das Nações
Unidas, também se tornaram independentes.
Além dos estados já citados, a dissolução da Iugoslávia também deu
origem à Eslovênia e à Croácia em junho de 1991 e à Bósnia e Herzegovina em
março de 1992.
Assim, estados como a Moldávia, Ucrânia, Rússia e Letónia aderiram ao
modelo de organização política considerado mais coerente do ponto de vista
jurídico e mais justo. Todavia, alguns especialistas afirmam que este revela-se
ineficaz, face aos desafios que a nova ordem internacional provoca. Em torno da
crise do Estado-Nação ou da sua imprescindibilidade no mundo instalou-se o
debate. Este aparece então ultrapassado pelo impacto da mundialização e das
questões transnacionais que hoje se colocam. A globalização das principais
atividades económicas, dos média e da comunicação, a circulação de capitais e
de pessoas à escala mundial, as migrações, a criminalidade transfronteiras e o
terrorismo, os grandes problemas ambientais não se resolvem apenas no quadro
do Estado-Nação.
É perante esta situação que surge, nos anos 80, uma nova doutrina
económica que defende o respeito pelo livre jogo da oferta e da procura: o
neoliberalismo. Caracterizado pelo seu rigor financeiro, com o combate ao
despesismo e o controlo da inflação; pela sua valorização da iniciativa privada,
com a liberalização dos preços e as reduções fiscais; e pelo seu investimento
tecnológico, com a maior rentabilização, o neoliberalismo cria uma junção com
a globalização na maneira em que este vocábulo defende a livre a circulação de
produtos, capitais e pessoas e define estratégias empresariais à escala mundial.
Filmes
Good Bye, Lenin! (filme)
Good Bye, Lenin! é um filme alemão de 2003 dirigido por Wolfgang Becker.
Inspirado em um período importante da história cultural da Europa - a queda do
Muro de Berlim e a reunificação das duas Alemanhas - Wolfgang Becker usa
como pano de fundo personagens reais como Erich
Honecker, que governou a RDA (ou Alemanha Oriental)
de 1971 a 1989; Mikhail Gorbatchov, o derradeiro líder
(1985- 1991) da URSS; Helmut Kohl, primeiro chanceler
da Alemanha reunificada, e Sigmund Jähn que em 1978
tornou-se o "primeiro alemão no espaço": foi um dos
tripulantes da espaçonave soviética Sojus 31. É ele, Jähn
quem se transforma no maior de todos os personagens
históricos de “Adeus, Lenin!”. Simbolicamente, sua
trajetória (no filme), de herói a motorista de táxi, resume
a derrocada da RDA.

Sinopse:
O protagonista da trama, Alexander (Daniel Brühl), em 7 de outubro de 1989,
durante as festividades pelos 40 anos do RDA, vai às ruas do lado oriental de
Berlim, onde vive com a família, para protestar contra o governo. Mistura-se aos
manifestantes que sua mãe (Kathrin Sass), professora identificada com o regime
de orientação soviética, condena. Alexandre definia sua mãe como "casada com
a pátria socialista". Um ataque cardíaco, no entanto, a deixa em coma no hospital
durante oito meses, tempo suficiente para que não assista à queda do muro de
Berlim e a implantação do sistema capitalista no país. Quando afinal desperta,
Alexander quer preservá-la do choque e a leva para o apartamento da família,
cuidadosamente preservado como se a RDA ainda existisse.
Seu esforço será o de manter, nessa espécie de museu do socialismo, um país
que, enfim, encontra o destino grandioso que jamais lhe havia sorrido.
Wolfgang Becker encerra o filme com a imagem de uma estrela vermelha
danificada que se reconstrói.

O Menino de Cabul (filme)


The Kite Runner (em Portugal: O Menino de Cabul) é um
filme de 2007 dirigido por Marc Forster e baseado no
romance homônimo de Khaled Hosseini. Embora a maioria
das cenas tenham sido filmadas no Afeganistão, algumas
partes foram realizadas em Kashgar, China devido aos
perigos de se filmar em território afegão.
Biografias
Ronald Reagan

Ronald Reagan é um ator e político norte-americano de ascendência


irlandesa, Ronald Wilson Reagan nasceu a 6 de fevereiro de 1911, em Ilinois,
nos Estados Unidos da América, e faleceu a 5 de junho de 2004. Dedicando-se
primeiro à rádio, onde fazia jornalismo desportivo, teve uma carreira artística de
pouco destaque no cinema, entre o final dos anos 30 e os anos 50.

A partir de então, a atividade política passou a


dominar a sua vida. Assumindo-se como membro da fação
mais conservadora do Partido Republicano, Reagan
conseguiu ser eleito governador da Califórnia em 1966,
vindo a desempenhar o cargo até 1974. Tentou depois por
mais de uma vez ser o candidato do seu partido às eleições
presidenciais, mas só em 1980 conseguiu a nomeação.
Derrotando o então presidente Jimmy Carter, tornou-se o
quadragésimo presidente dos Estados Unidos da América.
Cumpriu dois mandatos, de 1981 a 1989, tendo sempre
como vice-presidente George Bush, que lhe viria a suceder no cargo.

Os anos da presidência foram marcados por importantes acontecimentos


no plano interno e, sobretudo, internacional. Reagan foi alvo de um atentado a
tiro em 1981, ao qual sobreviveu mas que o deixou gravemente ferido.
Entretanto, optou por praticar uma política externa agressiva, investindo na
esfera da defesa e da diplomacia com o objetivo claro de combater o comunismo
internacional. No seu segundo mandato, porém, manifestou abertura ao diálogo
com o líder reformista soviético Mikhail Gorbachev. Os dois chegaram a acordo
quanto à necessidade de ser efetuado um desarmamento progressivo de parte
a parte, assim pondo fim à chamada Guerra Fria.

Os anos finais da presidência de Reagan foram perturbados por uma


descoberta comprometedora: com o dinheiro resultante da venda (ilegal) de
armas ao Irão estariam a ser apoiados os guerrilheiros que se opunham ao
regime da Nicarágua. Embora não houvesse indícios claros de envolvimento ou
sequer conhecimento da situação por parte do presidente, o caso abalou a
credibilidade do próprio Reagan e a pressão da opinião pública levou ao
afastamento de certos membros da sua administração.
Mikhail Gorbachev

Mikhail Gorbachev foi um político soviético. Nasceu a


2 de março de 1931, em Privolnoye, Stravopol. Formou-se
em Direito na Universidade de Moscovo em 1955. Foi
secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética,
de 1985 a 1991, e presidente da União Soviética de 1990 a
1991, sucedeu-lhe no poder Boris Ieltsin. Os seus esforços
para democratizar o sistema político e descentralizar a
economia (a grande revolução a que deu o nome de
Perestroika) levaram à queda do comunismo e ao
desmembramento da URSS em 1991. Foi-lhe atribuído o
Prémio Nobel da Paz em 1990 pela sua preciosa contribuição para o fim da
Guerra Fria. Em 1993 fundou "Cruz Verde Internacional", organização não-
governamental que visa criar condições de equilíbrio entre o Homem e a mãe
Natureza.

Lech Walesa

Lech Walesa nasceu em Popowo em 1943. Em 1967 começou a trabalhar


como eletricista, no estaleiro naval de Gdansk, onde assistiu à repressão de
manifestações operárias pela força das armas. Estes
acontecimentos trágicos levaram-no a lutar pela
constituição de sindicatos livres no país. Walesa tornar-se-
ia, com efeito, fundador e líder do Solidariedade, a
organização sindical independente do Partido Comunista
que obteve importantes concessões políticas e económicas
do Governo polaco em 1980-81, sendo nessa altura
ilegalizado e passando à clandestinidade.

Em 1980, Walesa liderou o movimento grevista dos


trabalhadores do estaleiro de Gdansk (cerca de 17 000), que protestavam contra
a carestia de vida e as difíceis condições de trabalho. A greve alargou-se
rapidamente a outras empresas. Com dificuldade, as reivindicações dos
trabalhadores acabaram por ser concedidas. As reivindicações sociais dos
trabalhadores tomaram consequências claramente políticas quando foi assinado
um acordo que lhes garantia o direito de se organizarem livremente, bem como
a garantia da liberdade política, de expressão e de religião. O facto de ter
liderado as paralisações dos grevistas e de ser católico deu a Walesa uma
grande base de apoio popular, mas os seus ganhos tiveram um carácter efémero
ante a resistência do regime. Em dezembro de 1981 o Governo impôs a lei
marcial, oSolidariedade foi considerado ilegal e a maioria dos líderes foram
presos, incluindo Walesa. O país passou a ser governado pelo general
Jaruzelski. A agitação operária continuou, embora de forma mais contida.
Walesa só seria libertado em 1982. Um ano depois era-lhe atribuído o Prémio
Nobel da Paz, facto que motivou críticas do governo polaco.
O Solidariedade saiu da clandestinidade após negociações com o
Governo em 1988-89, assim como outras organizações sindicais. Com o
desmoronamento do Bloco de Leste e a liberalização democrática do regime,
ficou consagrada a realização de eleições livres. Em dezembro de 1990 Walesa
foi eleito presidente. Em 1995 realizaram-se novas eleições presidenciais, mas
Walesa saiu derrotado.

Alexander Dubcek foi um político checoslovaco.


Nasceu em 1921 e faleceu em 1992, foi primeiro-secretário
do Partido Comunista da Checoslováquia em 1968-1969,
mas a sua política de liberalização (a chamada Primavera
de Praga) levou à invasão e ocupação do país pelas forças
do Pacto de Varsóvia em agosto de 1968, e ao seu
afastamento do poder. Depois da queda do regime
comunista (dezembro de 1989), foi eleito para a Assembleia
Nacional de Praga.

Em 1989, o Parlamento Europeu homenageou Alexander Dubcek com o


Prémio Sakharov, salientando o seu papel como um dos iniciadores da
renovação do antigo bloco comunista e figura principal do movimento da reforma
Primavera de Praga.

Vaclav Havel
Vaclav Havel foi um escritor, dramaturgo e político
checo, nasceu a 5 outubro de 1936, em Praga, e faleceu
a 18 de dezembro de 2011. Militante da liberalização do
regime desde a primavera de Praga, tornou-se conhecido
como ativista da defesa dos direitos humanos, o que lhe
valeu ser preso por diversas vezes. The Power of the
Powerless (1978, O Poder dos Mais Fracos) foi o
importante livro que Havel escreveu sobre os mecanismos
e os meios que o comunismo totalitário exercia para
oprimir as sociedades e as transformar numa massa homogénea e manipulável.
Com o fim do regime comunista, foi nomeado presidente da República
(1989-1992). Demitiu-se quando o país ficou dividido com a declaração de
independência da Eslováquia, mas em janeiro de 1993 regressou à presidência,
tendo sido eleito pelo Parlamento. Algumas das obras publicadas por Havel
foram: A Crescente Dificuldade de Concentração (1968), Os Conspiradores
(1971), A Ópera do Mendigo (1972), A audiência (1975), Protesto (1978) e A
Tentação (1985). Em 1963, a peça resultante do livro The Garden Party foi para
os palcos do teatro e o mesmo aconteceu em O Memoramdum (1965) e A
Crescente Dificuldade de Concentração (1968).
Boris Ieltsin

Boris Ieltsin foi um político russo. Nasceu em 1931 e


faleceu a 23 de abril de 2007. Subiu na hierarquia do Partido
Comunista da União Soviética com a ajuda de Mikhail
Gorbachev. Porém, os dois vieram a afastar-se e a tornar-se
rivais políticos. Foi presidente do município de Moscovo entre
1985 e 1987. Em 1991, foi o principal opositor de um golpe de
Estado que visava derrubar Gorbachev, tornando-se nesse
mesmo ano o primeiro presidente eleito da História da Rússia.
Foi reeleito em 1996. Entretanto, tornou-se o líder efetivo da
Comunidade de Estados Independentes. Boris Ieltsin demitiu-
se do cargo de Chefe de Estado a 31 de dezembro de 1999. A partir desta data,
depois da passagem do cargo para Vladimir Putin, Boris Ieltsin manteve-se muito
discreto na sua casa nos arredores de Moscovo, retirado da vida política ativa e
sem aparições mediáticas de destaque.

Erich Honecker

Erich Honecker foi um político alemão, da República


Democrática Alemã. Nasceu em 1912 e faleceu em 1994;
integrou-se no Comité Central do Partido Comunista em 1945;
foi membro fundador do Partido Socialista Unificado e
membro do Politburo em 1958, vindo a assumir as funções de
secretário-geral do partido em 1971 e chefe de Estado em
1976. Supervisionou a construção do muro de Berlim em
1961. O seu Governo seguiu uma política dura. Demitiu-se em 1989.

Helmut Josef Michael Kohl

Helmut Josef Michael Kohl nasceu em Ludwigshafen


am Rhein a 3 de abril de 1930. É um político alemão,
chanceler do país de 1982 a 1998. É católico e democrata
cristão.

Kohl participou na fase final da Segunda Guerra


Mundial como soldado. Juntou-se à CDU em 1947. Depois
decidiu tirar um Doutoramento em História. De 1969 a 1976
foi Primeiro-Ministro do Estado da Renânia-Palatinado, e
posteriormente tornou-se membro do Parlamento Federal para se tornar o líder
da oposição da CDU contra o governo liderado pelo SPD da altura.
A 1 de Outubro de 1982 sucedeu a Helmut Schmidt como Chanceler
através de um Voto Construtivo de Inconfidência, o único da história da
Alemanha do pós-guerra até à data. Kohl tem o recorde de ser o Chanceler da
Alemanha durante mais tempo desde Otto von Bismarck, até ter sido sucedido
por Gerhard Schröder a 27 de Outubro de 1998, depois de uma vitória do SPD
nas eleições federais de 1998.

William Jefferson Blythe Clinton

William Jefferson Blythe Clinton nasceu a 19 de agosto de 1946, em Hope,


no estado do Arkansas, EUA. Clinton conseguiu realizar um percurso notável,
quer no liceu, quer na universidade. Em 1968, ingressou no curso de Negócios
Estrangeiros, na Universidade de Georgetown, em Washington, trabalhando em
part-time no gabinete do senador do Arkansas, William Fulbright, líder democrata
que se opunha à guerra do Vietname. Com a ajuda de
Fulbright, conseguiu obter a bolsa de estudos Rhodes,
com a qual passou dois anos na Universidade de
Oxford, Grã-Bretanha. No regresso aos EUA, Clinton
foi para a Universidade de Yale, onde concluiu o curso
de Direito, tendo aí conhecido a sua futura mulher e
colega de trabalho Hillary Rodham. Em 1972, dirigiu as
campanhas presidenciais do candidato democrata
George McGovern, no Texas e em 1976, as de Jimmy
Carter, no Arkansas. Em 1974, não conseguiu obter um lugar na Câmara dos
Representantes, todavia, dois anos depois foi eleito procurador-geral do estado
do Arkansas.

Em 1978, com trinta e dois anos de idade, Clinton concorreu e conseguiu


o lugar de Governador do Arkansas, tornando-se no governador mais jovem que
o país teve em quarenta anos. Em 1983, foi reeleito para o lugar tendo então
conquistado quatro mandatos consecutivos. Nesse cargo reformou o sistema de
ensino e promoveu o desenvolvimento industrial, no estado de Arkansas. Em
1987, foi diretor da Associação Nacional de Governadores e, posteriormente,
ascendeu à cúpula do partido como presidente da Associação dos
Governadores Democratas.

Em outubro de 1991, Bill Clinton anunciou a sua candidatura, pelo partido


Democrata, para a presidência dos EUA, concorrendo assim com o candidato
republicano George Bush que detinha um bom índice de popularidade. Em 1992,
Bill Clinton, com Al Gore a candidato a vice-presidente, ganhou as eleições
presidenciais, derrotando George Bush em novembro desse ano. Tomou
oficialmente posse como 42.o Presidente dos EUA, a 20 de janeiro de 1993.
No início do mandato, Clinton apresentou um programa de Governo que
tinha como medidas base reduzir o défice orçamental e, simultaneamente,
libertar verbas para investimentos públicos destinados a relançar a economia e
a combater as graves situações de crise social. Seis meses após a sua posse,
o Presidente enfrentou várias dificuldades: por um lado, a crise eminente na
União Europeia face ao acordo celebrado com os EUA, no âmbito das
negociações do GATT; por outro, o falhanço da reforma do sistema de saúde,
criado por Hillary Clinton. Em outubro de 1993, Clinton apoiou o acordo de paz
entre Israel e OLP (Organização para a Libertação da Palestina)
Em 1994-95, Bill Clinton continua a política de redução de despesa
pública ao seu nível mais baixo, porém realiza fortes investimentos na saúde,
ciência, educação e segurança. Em abril de 1995, depois de trinta anos de guerra
aberta e outros conflitos, os EUA assinam um tratado de relações diplomáticas
com o Vietname.
Em novembro de 1996, acentua-se a aproximação entre os EUA e a China,
nesse mesmo mês, Clinton inicia o seu segundo mandato apoiado por metade
do eleitorado, dado que a outra metade se absteve.
Em 1997, Clinton e Ieltsin, juntamente com os dirigentes da NATO,
anunciam o desmantelamento dos mísseis apontados para a Europa Ocidental.
Na política interna, Clinton continuou a sua cruzada contra as empresas
tabaqueiras, incrementou o programa espacial - viagem exploratória de Marte
com a nave Pathfinder. A nível económico, estes dois últimos anos
caracterizaram-se por uma tendência progressiva de diminuição da taxa de
desemprego (5%), do nível da inflação (3%) e pela manutenção de uma balança
orçamental positiva.
Este segundo mandato ficou igualmente marcado pelas alegadas
acusações de assédio sexual a Paula Jones e pelo mediático caso extraconjugal
com uma estagiária da Casa Branca, Mónica Lewinski. Este caso chegou a
constituir uma ameaça para a vida política de Clinton, tendo havido investigação
e julgamento, facto que levou o presidente a fazer várias declarações ao povo
americano.
Em 2000, após um conturbado período eleitoral, Bill Clinton foi substituído
por George W. Bush.
Saddam Hussein

Saddam Hussein foi um político iraquiano. Nasceu a 28


de abril de 1937, na localidade de Tikrit, no Iraque. Nos anos
60, depois de ter participado num golpe de estado falhado,
esteve preso e exilado durante vários anos. Com um “volte-
face” do regime, veio depois a ocupar cargos partidários e
governamentais de grande importância.

Tornou-se o líder máximo do Iraque em 1979. Governou


o país de forma despótica, entregando quase todos os cargos de
responsabilidade a pessoas da sua família, numa lógica de gestão do poder
político que verdadeiramente assegurava a sua concentração. Fez uso da polícia
secreta para suprimir impiedosamente a oposição interna, e impôs ao povo,
através de uma máquina de propaganda poderosa, o culto da sua personalidade.

No domínio da política externa, envolveu-se em conflitos sucessivos com


os países vizinhos, na ânsia de conquistar a supremacia entre as nações do
Médio Oriente e de ter acesso às grandes reservas de petróleo da região. Em
1980 lançou um ataque aos campos petrolíferos do Irão que degenerou numa
guerra que se arrastou até 1988. Mais tarde, em agosto de 1990, Saddam
ocupou o Koweit, desencadeando aquela que ficaria conhecida como a Guerra
do Golfo, mais uma vez na tentativa de tomar as reservas petrolíferas da região.
O ato mereceu a condenação das Nações Unidas, que, através do Conselho de
Segurança, decretaram um embargo comercial ao Iraque. Hussein ignorou os
apelos e permaneceu com as suas forças no Koweit. A guerra teve início a 16
de janeiro de 1991 e, em pouco tempo, Saddam saiu mais uma vez derrotado.
Em 1996, alguns familiares próximos de Saddam, com altas
responsabilidades na governação no Iraque, procuraram afastá-lo do poder,
contando para isso com a colaboração de certos países vizinhos. No entanto,
Saddam acabou por anular a oposição, mandando mesmo aniquilá-los.
Em 2001, o seu filho Qusay Hussein tornou-se líder do partido Baath,
indicando ser o escolhido para vir a suceder a Saddam.
Na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos
EUA, o regime iraquiano foi considerado perigoso para a segurança dos norte-
americanos e seus aliados. Pressionado, Saddam aceitou as inspeções às
instalações militares iraquianas, supervisionadas pela ONU, com o fim de
confirmar a não existência de armas nucleares e biológicas de destruição maciça.
A sua deficiente colaboração com os inspetores conduziu, em março de 2003, a
novo conflito entre o Iraque e uma coligação ocidental liderada pelos Estados
Unidos e o Reino Unido. Na sequência desta guerra, o seu regime foi deposto e
Saddam foi dado como desaparecido. A 13 de dezembro de 2003 soldados
norte-americanos capturaram Saddam Hussein numa casa perto de Tikrit, a sua
cidade natal. Três anos depois, a 5 de novembro de 2006, Saddam Hussein foi
condenado à morte por enforcamento por crimes contra a Humanidade. A
sentença que lhe foi proferida tem por base apenas uma das acusações que lhe
foram feitas, a morte de 148 xiitas na localidade de Dujail, em 1982. A 30 de
dezembro de 2006 foi executada a condenação.
Para além da política, Saddam Hussein dedicou-se também à literatura: o
primeiro romance, Zabibah e o Rei (2001), foi um sucesso de vendas tendo sido
transposto para um musical no Iraque. Editou, mais tarde, A Fortaleza
Inexpugnável.
Em 2003 foi publicada a biografia política de Saddam Hussein intitulada
Saddam Hussein: A Political Biography, escrita por Efraim Karsh e Inari Rautsi.

Jacques Delors
Jacques Delors foi um economista e político socialista francês. Nasceu
em 1925, em Paris. Ocupou o cargo de ministro da Economia e Finanças (1981-
1984) e foi depois presidente da Comissão da Comunidade Económica Europeia.
O seu longo exercício deste cargo, que durou de 1985 a 1994, ficou marcado
pelo alargamento da Comunidade aos países ibéricos, pela adoção do Ato Único
Europeu, e pela assinatura do Tratado de Maastricht. Foi ainda o grande
impulsionador da criação da União Europeia. Depois de 1994, Delors tem sido
instado repetidamente a candidatar-se a altos cargos no seu país,
nomeadamente a presidente da República e primeiro-ministro.
Tony Blair foi um político do Reino Unido. Anthony Charles Lynton Blair
nasceu em 1953, no norte de Inglaterra. Estudou num prestigiado colégio
escocês e licenciou-se em Direito pela Universidade de Oxford, em 1975, com
classificações brilhantes.
Membro do Partido Trabalhista desde esse mesmo ano, foi eleito
deputado pela primeira vez em 1983. Chegou à chefia do partido em 1994, após
a morte do seu antecessor, John Smith. Fez parte do ministério-sombra
trabalhista, estando ligado às áreas das Finanças, do Comércio, da Indústria, do
Emprego e do Interior.
Chegado à liderança do partido, tomou medidas que indiciavam o mudar
dos tempos. Entre outras, reduziu a influência dos sindicatos e tirou dos estatutos
do partido as principais referências à ideologia marxista. Estas suas opções
começaram a dar frutos visíveis nas sondagens e principalmente, na derrota do
Partido Conservador nas eleições autárquicas. A 1 de maio de 1997, Blair
ganhou mesmo as eleições legislativas, sucedendo no cargo de primeiro-
ministro ao seu adversário conservador John Major.
O chamado Novo Trabalhismo criado por Tony Blair mereceu-lhe, no
entanto, críticas por parte de alguns correligionários, que se queixaram do "vazio
ideológico" do partido e até de certas semelhanças, consideradas excessivas,
com as posições dos conservadores. Tony Blair fez questão de se demarcar
destes, ao propor a adesão do Reino Unido à Carta Social Europeia, a criação
do rendimento mínimo e de um Parlamento na Escócia, bem como de uma
assembleia em Gales.
Em junho de 2001, nas eleições gerais, o Partido Trabalhista de Tony Blair
ganha o segundo mandato, caso inédito no currículo do partido e na história de
Inglaterra mas repetido nas eleições de 5 de maio de 2005, dando início assim
ao seu terceiro mandato.
Ainda durante o seu segundo mandato, em março de 2003, Blair decide
em conjunto com o presidente norte-americano atacar o Iraque. Envia tropas
britânicas para um conflito (conjuntamente com os militares norte-americanos)
que teve como objetivo desarmar o Iraque e depor o regime de Saddam Hussein.
A 10 de maio de 2007, Tony Blair anunciou o seu afastamento do cargo
de primeiro-ministro do Reino Unido.

David William Donald Cameron

David William Donald Cameron nasceu em Londres a 9 de outubro de


1966. É um político britânico, atual primeiro-ministro do Reino Unido e líder do
Partido Conservador.

Cameron estudou Filosofia, Política e Economia


no Brasenose College, Oxford. Juntou-se ao
Departamento de Investigação Conservadora e tornou-
se assessor especial de Norman Lamont, e, em seguida,
de Michael Howard. Foi diretor de Assuntos
Corporativos na Carlton Communications durante sete
anos.
Foi derrotado na sua primeira candidatura para o
Parlamento em Stafford, em 1997, mas foi eleito em
2001 como membro do Parlamento pelo círculo eleitoral de Witney em
Oxfordshire. Foi promovido para o banco da frente da oposição, dois anos depois,
e subiu rapidamente ao tornar-se chefe de coordenação política durante a
campanha eleitoral de 2005.

Na eleição geral de 2010, realizada no dia 6 de maio, os conservadores


ganharam 306 assentos num parlamento dividido. Após cinco dias de
negociação, Cameron formou uma coligação com os democratas liberais. Aos
43 anos de idade, tornou-se no primeiro-ministro britânico mais jovem desde do
mandado do Conde de Liverpool em 1812.
Para remediar os problemas financeiros da nação, iniciou uma série de
medidas de austeridade que afetaram as áreas da saúde, educação,
assistências sociais e imigração. Apesar de lenta, a recuperação económica
conseguiu tirar o país da estagnação. Em outros temas, aceitou um referendo
popular a respeito da independência da Escócia, mesmo prezando pela unidade
nacional. No âmbito externo manteve uma política alinhada aos Estados Unidos,
mas ao mesmo tempo tentou afastar o Reino Unido politicamente da União
Europeia.
Em maio de 2015, liderou o seu partido a conquistar uma vitória absoluta
para controlar o parlamento (com 36% dos votos) nas eleições gerais.

Xanana Gusmão

Xanana Gusmão foi um político timorense e nasceu a 20 de junho de 1946,


em Manatuto. José Alexandre Gusmão, também conhecido como Kay Rala
Xanana Gusmão, líder da Resistência Maubere contra a invasão de 7 de
dezembro de 1975, e contra a ocupação militar e repressão do povo de Timor
Leste pela Indonésia, nasceu na costa norte de Timor Leste em junho de 1946.

Em 1975 entrou para a Frente Revolucionária


de Timor Leste Independente (FRETILIN). Ainda
nesse ano, depois da invasão da Indonésia a 7 de
dezembro, passou para a clandestinidade. Os anos
que se seguiram dizimaram as forças da FRETILIN.
Xanana iniciou, então, a reorganização da
Resistência timorense, sendo em 1981 nomeado
comandante das FALINTIL. A sua palavra de ordem, Pátria ou morte, tornou-se
o lema da Resistência timorense.
Em 1988 foi criado o CNRM, Conselho Nacional de Resistência Maubere,
que resultou da política, concebida por Xanana, de união de forças de todos os
partidos e grupos que lutavam pela liberdade em Timor Leste.
Na madrugada de 20 de novembro de 1992 foi detido por soldados
indonésios numa casa clandestina em Díli, capital de Timor. Após um processo
instaurado pelas autoridades indonésias e por muitos posto em causa, foi
condenado a prisão perpétua, sendo a pena, pouco tempo depois, diminuída
para 20 anos. Com a sua prisão em Cipinang, Xanana tornou-se a grande
referência dos timorenses que lutam pela independência e liberdade. A sua
história confunde-se com a da resistência timorense e, segundo o ex-Presidente
da República portuguesa, Mário Soares, é uma história de sofrimento, de
coragem, de fidelidade às raízes e de afirmação nacional.
Após vários conflitos e pressões internacionais e após a saída do general
Suharto do governo Indonésio, substituído pelo então vice-presidente Habibie, o
regime começou a ser mais flexível. Xanana Gusmão sai de Cipinang e passa
para prisão domiciliária. A 7 de setembro de 1999, após o referendo de 30 de
agosto de 1999, cujo resultado foi favorável à independência do território,
Xanana foi posto em liberdade por amnistia.
Em abril de 1999 foi doutorado Honoris Causa em Relações
Internacionais pela Universidade Lusíada e em 2001 recebeu, juntamente com
D. Ximenes Belo e José Ramos-Horta, o título de doutor Honoris Causa pela
faculdade de Letras da Universidade do Porto. Ainda nesse ano, o Parlamento
Europeu concedeu-lhe o Prémio Sakharov, como mérito da sua luta contra a
injustiça e pela defesa dos direitos humanos. Em abril de 2001, Xanana demitiu-
se do Conselho Nacional de Resistência Timorense (CNRT), órgão consultivo
que foi extinto em junho do mesmo ano. Nas eleições presidenciais realizadas
no território a 14 de abril de 2002, foi eleito presidente da República de Timor
Leste, o primeiro após o período de ocupação indonésia e o período de transição
sob administração provisória da ONU.

José Ramos-Horta

José Ramos-Horta foi porta-voz internacional da causa de Timor-Leste.


José Ramos-Horta nasceu a 26 de dezembro de 1949, em Timor. Incansável
embaixador da causa timorense desde 1975, aos 46 anos foi galardoado com o
Prémio Nobel da Paz, juntamente com D. Carlos Ximenes Belo, outro defensor
dos direitos-humanos e da autodeterminação do povo de Timor-Leste.
Em 1974 fundou a ASDT, Associação Social-
Democrata Timorense, que pouco tempo depois passaria a
FRETILIN, onde desempenhou a função de Secretário para
Relações Externas e Informação. No ano seguinte, durante o
breve período de independência de Timor-Leste, declarada
unilateralmente pela FRETILIN, foi Ministro das Relações
Externas e Informação. A 7 de dezembro de 1975, o dia da
invasão de Timor-Leste pela Indonésia, Ramos-Horta não se
encontrava em Díli. Saíra dias antes do território com destino
a Nova Iorque para representar nas Nações Unidas a FRETILIN. Foi o mais
jovem diplomata que alguma vez discursou no Conselho de Segurança das
Nações Unidas. Durante os 10 anos que se seguiram, Ramos-Horta foi o
representante permanente da FRETILIN na ONU. Quando Xanana Gusmão
reorganizou a componente armada da Resistência em 1978, Ramos-Horta
passou a ser o homem de confiança no exterior. De 1991 a 1998 foi o
representante do CNRM (Conselho Nacional de Resistência Maubere) e em
1998 passou a vice-presidente do CNRT (Conselho Nacional de Resistência
Timorense). Após a prisão de Xanana Gusmão, presidente do CNRT, em 1992,
Ramos-Horta tornou-se seu representante.
Durante os seus anos de exílio, Ramos-Horta divulgou o caso de Timor-
Leste nos mais altos tribunais e instituições internacionais. Em 1992 apresentou
perante o Parlamento Europeu um plano do CNRM para a paz em Timor-Leste,
onde se previa um processo faseado de transição para a autodeterminação do
povo timorense. Em outubro de 2000 foi-lhe atribuído o cargo de Ministro dos
Negócios Estrangeiros do Governo de transição em Timor-Leste. A tomada de
posse para o cargo foi presidida por Sérgio Vieira de Mello, administrador
transitório das Nações Unidas naquele país. Ocupou este cargo até junho de
2006, altura em que apresentou a sua demissão por incompatibilidades com o
primeiro-ministro Mari Alkatiri, que se demitiu pouco tempo depois.
Candidato às eleições presidenciais de 2007, foi eleito e assumiu o cargo
de presidente da República de Timor-Leste a 20 de maio. No ano seguinte, a 9
de fevereiro, foi vítima de um atentado levado a cabo por um grupo rebelde.
Embora tenha ficado gravemente ferido, recuperou após ser sujeito a algumas
intervenções cirúrgicas. O líder terrorista, major Alfredo Reinaldo, foi morto pela
escolta presidencial aquando do ataque à residência do chefe de Estado.
Desde 1976 José Ramos-Horta dedicou-se ao estudo de áreas
relacionadas com os Direitos Humanos, Relações Internacionais e diplomacia,
tendo frequentado diversas universidade nos Estados Unidos, em França, na
Grã-Bretanha e na Austrália. Em 1990 foi viver para a Austrália, onde passou a
dirigir o Centro de Formação Diplomática na Universidade de Nova Gales do Sul,
em Sidney, lecionando o Sistema das Nações Unidas e Direitos Humanos.
Em 2001 recebeu, juntamente com Alexandre (Xanana) Gusmão e D.
Ximenes Belo, o título de Doutor Honoris Causa pela faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
D. Carlos Ximenes Belo
D. Carlos Ximenes Belo foi um bispo residente e administrador apostólico
da diocese de Díli entre 1983 e 2002. Nasceu em 1948, em Wallakama, uma
aldeia perto de Vemasse, em Baucau, na ponta leste de Timor.
Estudando sempre em escolas missionárias, graduou-se
em 1973, no Seminários de Dare, nos arredores de Díli. Depois
partiu para Lisboa, onde estudou no Colégio Salesiano
Novitiate. Tendo regressado por um curto período de tempo a
Timor-Leste, lecionou no Colégio Salesiano em Fatumaca.
Entre 1975 e 1976, esteve em Macau, no Colégio Dom Bosco,
não presenciando a chegada das tropas indonésias ao território
timorense. Pouco tempo depois, partiu para Portugal, onde
estudou filosofia religiosa na Universidade Católica de Coimbra.
Depois, foi enviado para Roma, onde estudou na Universidade Salesiana local.
De volta a Lisboa, em 1980, foi ordenado padre. No ano seguinte, voltou a Timor
com a intenção de ajudar a manter viva a religião católica, bastante limitada pela
presença e pelo domínio dos indonésios, maioritariamente muçulmanos.
O enorme contacto com a juventude, em parte devido às necessidades
de apoio à comunidade, e as crescentes pressões diretas do domínio das
autoridades militares indonésias, levaram-no a resistir abertamente, recusando-
se sempre a obedecer às regras do invasor. Em 1983, foi nomeado administrador
apostólico da diocese de Díli. Desde então, tem travado uma luta cerrada para
defender os direitos humanos e a autodeterminação do povo timorense. A 12 de
novembro de 1991, após o massacre de Santa Cruz, o bispo acolheu centenas
de fugitivos que procuravam refúgio das tropas indonésias. Devido ao seu apoio
e às suas denúncias à comunidade internacional da violência e opressão
exercidas contra o povo timorense, o bispo tornou-se o alvo de várias tentativas
de assassínio.
Em 1 de outubro de 1996, foi galardoado, juntamente com José Ramos-
Horta, o porta-voz internacional para a causa de Timor Leste desde 1975, com
o Prémio Nobel da Paz, a mais prestigiada distinção política mundial.
Em 1999, a situação política em Timor Leste agravou-se após a realização
de um referendo sobre a autodeterminação dos timorenses, realizado a 30 de
agosto, cujo resultado foi favorável à independência do território. A casa de D.
Ximenes Belo foi alvo de um dos sucessivos ataques que as milícias
integracionistas fizeram no território, pelo que o bispo se viu forçado a abandonar
Timor Leste.

Em 2001 recebeu, juntamente com Alexandre (Xanana) Gusmão e José


Ramos-Horta, o título de Doutor "Honoris Causa" pela faculdade de Letras da
Universidade do Porto.
Já depois da independência do território, em novembro de 2002, D.
Ximenes Belo resigna ao cargo de bispo de Díli, alegando razões de saúde.

Mohamed Suharto
Mohamed Suharto foi um general e político indonésio. Haji Mohamed
Suharto nasceu a 8 de junho de 1921, em Kemusuk, na Ilha de Java. Quando a
Indonésia se tornou independente, em 1950, Suharto ocupava o lugar de
tenente-coronel. Valendo-se do crescente anticomunismo do Exército, dirigiu,
em 1965, um golpe de Estado que destituiu o presidente Sukarno. Assumindo a
Presidência em 1966, Suharto levou a cabo uma perseguição aos comunistas e
aos seus opositores políticos, em toda a extensão do país, que resultou em
milhares de mortos.
Suharto instituiu uma política por ele designada de
Nova Ordem. Encorajou o investimento ocidental na
Indonésia, revigorou a economia e expandiu a produção de
petróleo. A par do desenvolvimento económico, porém,
restringiu fortemente as liberdades civis, praticando uma
política autoritária, conservadora, nacionalista e
anticomunista. No quadro de um regime de ditadura, foi
repetidamente reeleito sem oposição.
A situação política interna não impediu, porém, a
Indonésia de se afirmar como uma potência na Ásia nem de se relacionar com
aparente normalidade no âmbito de instituições internacionais como o
Movimento dos Países Não-Alinhados. Em 1975, Suharto mandou invadir Timor-
Leste, território sob administração portuguesa. Desde essa altura, perseguiu
violentamente a população local que se mostrava favorável à autodeterminação.
Em causa estavam envolvidos muitos interesses, designadamente económicos,
como a exploração do petróleo do mar de Timor.
Abandonou a Presidência do país em maio de 1998, na sequência de
manifestações populares de revolta contra o sistema ditatorial e das crescentes
pressões internacionais desencadeadas pela sistemática violação dos direitos
humanos na Indonésia e em Timor.

Deng Xiaoping
Deng Xiaoping foi um dirigente comunista chinês. Nasceu em 1904 e
faleceu em 1997. Atravessou a conturbada história política da China do nosso
século com uma singular capacidade para recuperar dos vários reveses que
sofreu. Acabou por se tornar, a partir de finais dos anos 70, o detentor do poder
supremo no país. Na juventude, vive durante alguns anos em França e passa
ainda pela União Soviética, nos anos 20. Já então a sua atividade política se faz
notar. De volta à China, tem início a sucessão de vicissitudes que marcam o seu
longo percurso de figura histórica.
Como comandante militar, desde cedo se alia a Mao Tsé-Tung no
contexto da guerra civil entre comunistas e nacionalistas. Depois da guerra, aliás,
assume papel de relevo nas sangrentas perseguições políticas que ajudam a
consolidar o regime. Fá-lo na função de secretário-geral do Comité Central do
Partido Comunista Chinês, cargo para que foi nomeado em 1956 e que constitui
um sinal do seu rumo ascendente na cadeia do poder.
Vem, contudo, a ser afastado por Mao em 1966,
durante a Revolução Cultural, mas acaba por se recobrar
do revés. Depois da morte de Mao, e passando ainda por
várias contrariedades (pois são muitas vezes violentos os
métodos políticos chineses), Deng retoma a sua posição
de supremacia e, anulando toda a oposição, torna-se em
1978 líder do Governo, das Forças Armadas e do Partido
Comunista Chinês.
A partir de então, Deng enceta mudanças na estrutura socioeconómica
do país que podem ser entendidas como um contraponto da Revolução Cultural
idealizada por Mao. Ao mesmo tempo que tenta a normalização das relações
diplomáticas (e, a seu tempo, comerciais) da China com os países mais ricos do
Ocidente (recebendo os presidentes norte-americanos Nixon e Ford em Beijing
(Pequim), por exemplo), efetua uma liberalização económica em certas zonas
do país, instaurando um sistema de concorrência. Todavia, não permitiu
qualquer tipo de abertura política, como se viu na Praça de Tiananmen, em 1989,
onde, com o seu consentimento, foi violentamente reprimida uma manifestação
pacífica que reivindicava a democracia.
Nos seus últimos anos de vida, Deng foi lentamente abandonando o poder
efetivo e os cargos que detinha. Continuava, porém, a ser respeitado como o
último dos grandes líderes que fizeram a China de hoje. Morreu em fevereiro de
1997, vítima da doença de Parkinson e de problemas nos pulmões.

António Ramalho Eanes


António Ramalho Eanes foi um militar do Exército
português. Nasceu a 25 de janeiro de 1935 em Alcains,
Castelo Branco. Oficial da arma de Infantaria, com várias
comissões de serviço nas guerras de África, encontrava-se
em Angola no momento em que eclodiu o golpe militar de 25
de abril de 1974. Não tendo naquele momento qualquer
posição proeminente no Movimento das Forças Armadas
(MFA), não era no entanto um desconhecido, já que tivera
posição ativa e de destaque apenas um ano antes, ao
repudiar a realização de um Congresso dos Combatentes
organizado por militares apoiantes da continuação da guerra a todo o custo.

Após a vitória da Revolução, as funções que é chamado a desempenhar


são de âmbito civil: primeiro diretor de programas e depois presidente da
Radiotelevisão Portuguesa. Acusado de colaboração no golpe spinolista
frustrado de 11 de março, é alvo de um inquérito por ele próprio exigido, e ilibado.
Discreto, a opinião pública ignora-o praticamente até ao dia em que uma
sucessão de golpe e contragolpe militares o colocam em grande evidência:
Eanes surge como o organizador da resistência ao golpe das forças de esquerda
e ganha instantânea popularidade por esse motivo.
A sua vitória nesse confronto justifica a sua nomeação para o posto de
chefe do Estado-Maior do Exército, o que lhe permite intervir decisivamente na
reorganização das forças militares, que regressam aos quartéis e abandonam a
política, e na redação e aprovação da Lei Constitucional das Forças Armadas,
que institucionaliza a despolitização das mesmas. É armado com o prestígio
conquistado que concorre às eleições presidenciais, sendo eleito para dois
mandatos sucessivos, por maiorias amplas (61% no primeiro mandato e 56% no
segundo).
Os dez anos da sua presidência, de 1976 a 1986, são, apesar da
consolidação institucional da democracia representativa, anos de instabilidade
política acentuada - Eanes nomeará seis Governos, experimentando diversas
combinações, de acordo com resultados eleitorais e pleitos parlamentares
(governo monopartidário e coligações), tendo mesmo recorrido a governos da
sua própria responsabilidade, sem êxito duradouro. Foram notórias as suas
dificuldades de relacionamento pessoal e político com diversos políticos e
mesmo com chefes de Governo, particularmente com Mário Soares. Ao
aproximar-se o final do seu segundo mandato, a desilusão com a classe política
leva-o a apadrinhar a constituição de um novo partido (Partido Renovador
Democrático - PRD), que obteve resultados surpreendentemente elevados no
primeiro escrutínio a que se submeteu, mas que viria também ele a decair e a
dissolver-se.
Eanes não se afastaria inteiramente da vida política ativa, tendo mesmo
chegado a ponderar a possibilidade de se apresentar a nova candidatura
presidencial em 1995 mas desistindo de o fazer por considerar que a situação
que se vivia não lhe deixava espaço político suficiente para afirmar um projeto
autónomo.

Aníbal Cavaco Silva


Aníbal Cavaco Silva, nascido a 15 de julho
de 1939, em Boliqueime, Loulé, foi o 19º
Presidente da República Portuguesa, tendo sido
eleito por
sufrágio universal à primeira volta em 2006 e
reeleito em 2011, com base numa candidatura
pessoal e independente. Terminou os seus dois
mandatos presidenciais em 9 de março de 2016.
Aníbal Cavaco Silva exercera funções como Primeiro-Ministro entre 1985
e 1995, tendo conquistado duas maiorias absolutas consecutivas em eleições
legislativas.

Foi um protagonista ativo no processo de construção europeia,


assumindo papel central em algumas grandes decisões, influenciando as opções
inscritas no Tratado de Maastricht e garantindo a adesão do escudo ao Sistema
Monetário Europeu, criando condições para a integração de Portugal no primeiro
grupo de países da moeda única europeia.

Participou em 29 Conselhos Europeus, onde defendeu com sucesso os


interesses de Portugal, como foi o caso da aprovação dos Pacotes Delors I e II,
do PEDIP (Programa Específico para o Desenvolvimento da Indústria
Portuguesa), da criação de programas específicos de apoio ao desenvolvimento
dos Açores e Madeira. No primeiro semestre de 1992, e sob a sua empenhada
condução, Portugal assumiu, pela primeira vez e com reconhecido êxito, a
presidência rotativa da União Europeia.

No plano das relações com o mundo lusófono, Cavaco Silva foi um


promotor de mudanças no sentido da estabilização democrática dos regimes
africanos, tendo patrocinado as negociações de paz para Angola e apoiado
processo idêntico em Moçambique. Foi também sob a sua égide que Portugal
esteve no centro da criação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) e que foi decidida a realização anual das cimeiras luso-brasileiras.

Aníbal Cavaco Silva imprimiu uma nova dinâmica à política externa


portuguesa, no reforço do papel pró-ativo de Portugal nas suas relações
bilaterais e multilaterais, assim como em vários palcos regionais.

Através de cimeiras anuais de Chefes de Governo, aprofundou o


relacionamento com a Espanha, fomentando os intercâmbios num vasto leque
de áreas e o maior desenvolvimento das regiões transfronteiriças.

Simultaneamente, ajudou a potenciar o protagonismo das comunidades


portuguesas espalhadas pelo mundo nos respetivos países de acolhimento, a
maior parte das quais visitou.

Em 7 de setembro de 1995, foi distinguido na Alemanha com o Prémio


Carl Bertelsmann que a Fundação Bertelsmann decidiu atribuir a Portugal pelo
sucesso das políticas de melhoria do mercado de trabalho e de luta contra o
desemprego, enquanto Aníbal Cavaco Silva exerceu o cargo de Primeiro-
Ministro. Recebeu ainda o prémio Joseph Bech (1991), no Luxemburgo, e a
medalha Robert Schuman (1998), pela sua contribuição para a construção
europeia, e o Freedom Prize (1995), na Suíça, concedido pela Fundação
Schmidheiny, pela sua ação como político e economista. Distinguido, em
Nápoles, com o Prémio Mediterrâneo Instituições (2009), atribuído pela
Fundação Mediterrâneo, “em reconhecimento pelo seu empenho e ação no
reforço da solidariedade e de uma ativa cooperação entre os países
mediterrânicos, em favor da promoção do desenvolvimento e da Paz, nessa
região”.

Da sua vasta obra publicada há a referir os livros O Mercado Financeiro


Português em 1966, Economic Effects of Public Debt, Política Orçamental e
Estabilização Económica, A Política Económica do Governo de Sá Carneiro,
Finanças Públicas e Política Macroeconómica, As Reformas da Década,
Portugal e a Moeda Única, União Monetária Europeia, Autobiografia Política,
Volumes I e II, e Crónicas de Uma Crise Anunciada.
Foi o Diretor da revista Economia, da Universidade Católica Portuguesa,
entre 1977 e
1985.

As intervenções mais importantes produzidas como Primeiro-Ministro


encontram-se reunidas nos livros Cumprir a Esperança (1987), Construir a
Modernidade (1989), Ganhar o Futuro (1991),Afirmar Portugal no Mundo (1993)
e Manter o Rumo (1995).

Tendo-se afastado da vida política ativa entre 1995 e 2005, período


durante o qual retomou a sua atividade académica, o Presidente Cavaco Silva
manteve, todavia, uma marcante participação cívica, nomeadamente através de
intervenções públicas sobre questões nacionais e internacionais.

As suas principais intervenções ao longo dos dois mandatos como


Presidente da República estão reunidas em dez volumes, sob o título genérico
Roteiros.

Aníbal Cavaco Silva é licenciado em Finanças pelo Instituto Superior de


Ciências Económicas e Financeiras, Lisboa, e doutorado em Economia pela
Universidade de York, Reino Unido. Foi docente do ISCEF, Professor
Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e,
quando foi eleito Presidente da República pela primeira vez, era Professor
Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.

Foi investigador da Fundação Calouste Gulbenkian e dirigiu o Gabinete


de Estudos do Banco de Portugal, instituição na qual viria a exercer funções
como consultor. Exerceu o cargo de Ministro das Finanças e do Plano em 1980-
81, no Governo do Primeiro-Ministro Francisco Sá Carneiro, e foi Presidente do
Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Presidiu ao Partido Social
Democrata (PSD) entre maio de 1985 e fevereiro de 1995.

O Presidente Cavaco Silva é Doutor Honoris Causa pelas Universidades


de York (Reino Unido), La Coruña (Espanha), Goa (Índia), León (Espanha) e
Heriot-Watt (Edimburgo, Escócia), e membro da Real Academia de Ciências
Morais e Políticas de Espanha, do Clube de Madrid para a Transição e
Consolidação Democrática e da Global Leadership Foundation.

Ao longo da sua vida pública foi agraciado com diversas condecorações


nacionais e estrangeiras.

Aníbal Cavaco Silva cumpriu o serviço militar como oficial miliciano do


Exército, entre 1962 e 1965, em Lourenço Marques (atual Maputo),
Moçambique.

É casado com Maria Alves da Silva Cavaco Silva, professora universitária.


O casal tem dois filhos e cinco netos.

Omar al-Bashir

Omar Hassan Ahmad al-Bashir (Hosh Bannaga, 1 de Janeiro de 1944) é


o presidente do Sudão desde 30 de junho de 1989 quando tomou o poder
mediante um golpe de Estado.

Omar al-Bashir entrou no exército do Sudão


muito novo e estudou numa academia militar do Cairo.

Serviu no exército egípcio durante a guerra com


Israel de 1973. Voltando ao Sudão, al-Bashir esteve no
comando das operações militares contra o Exército
Popular de Libertação do Sudão na parte sul do país.
Esteve à frente do golpe militar de 1989 contra o
presidente Sadeq al-Mahdi.

Omar Al-Bashir suprimiu todos os partidos


políticos, censurou a imprensa e dissolveu o
Parlamento, convertendo-se em Director do Conselho
Revolucionário para a Salvação Nacional, assumindo o
posto de chefe de Estado, primeiro-ministro, chefe das
forças armadas e ministro da defesa.
Jimmy Carter

Jimmy Carter nasceu numa família batista, que viveu no estado da


Geórgia por gerações. O seu bisavô, Private L.B. Walker Carter (1832–1874),
serviu no Exército dos Estados Confederados, que defendia a causa
esclavagista.
Sendo oriundo de uma família sulista
tradicional, ela tinha interesses no setor
agrícola e plantação de amendoins -
negócio no qual ele prosperaria.

Após se formar pela Academia


Naval de Annapolis em 1946, casou-se
com Rosalynn Smith, depois Rosalynn
Carter. Deste matrimónio nasceram
quatro filhos: John William (Jack), James
Earl II (Chip), Donnel Jeffrey (Jeff) e Amy
Lynn.

Antes de conseguir a vitória nas


eleições presidenciais disputadas com o
presidente republicano Gerald Ford, o
democrata Jimmy Carter foi governador
do seu Estado natal, a Geórgia, de 1971
a 1974. Carter, de firmes convicções
religiosas e levado por uma intensa
vontade de reconciliação, tentou introduzir uma dimensão moral na política
mundial. Exercendo pressões económicas e diplomáticas, conseguiu que em
alguns Estados autoritários, entre os quais se incluía a URSS, se respeitassem
os direitos humanos. Do mesmo modo, acelerou a queda das ditaduras na
Nicarágua, nas Filipinas e no Irão. Carter foi mediador no tratado de paz
subscrito por Israel e pelo Egito (Acordos de Camp David, 1978), estabeleceu
relações diplomáticas com a China e assinou com a URSS o acordo SALT II
sobre o controle de arma, embora no final não tivesse sido confirmado devido à
entrada de tropas soviéticas no Afeganistão em 1979. Na qualidade de mediador
em crises internacionais, Carter conseguiu impor em numerosas ocasiões seus
elevados princípios morais (conflito acerca do programa atômico da Coreia do
Norte, destituição da Junta do Haiti, acordo de cessar-fogo na Bósnia-
Herzegovina, todos em 1994).
José Pepe Mujica

José Alberto Mujica Cordano, conhecido popularmente como Pepe Mujica


(Montevidéu, 20 de maio de 1935), é um agricultor e político uruguaio
tendo sido Presidente da República Oriental do
Uruguai entre 2010 e 2015. Desde que deixou a
presidência, em março de 2015, ocupa o cargo de
senador.

Mujica teve um importante papel no


combate à ditadura civil-militar no Uruguai (1973-
1985). Na guerrilha, participou em assaltos, raptos
e no episódio conhecido como Tomada de Pando,
ocorrido a 8 de outubro de 1969, quando os
tupamaros tomaram a esquadra da polícia, o
quartel do corpo de bombeiros, a central telefónica
e vários bancos da cidade de Pando, situada a 32
quilómetros de Montevidéu. Mujica passou 14
anos na prisão, de onde só saiu no final da
ditadura, em 1985.

Já foi deputado, ministro da Pecuária,


Agricultura e Pesca e, durante a juventude, militou
em atividades de
guerrilha, como membro do Movimento de Libertação Nacional-Tupamaros.

Exerceu o cargo de Presidente Pro tempore do MERCOSUL até 12 de


julho de 2013, quando foi sucedido pelo estreante venezuelano, Nicolás Maduro
(tal cargo é um mandato rotativo de seis meses exercido entre presidentes dos
países membros).

Isaac Rabin

Yitzhak Rabin nasceu em Jerusalém, a 1 de março de 1922. Judeu, filho


de pai nascido nos Estados Unidos e mãe nascida na Rússia, ambos imigrados
para a então Palestina Britânica. Quando tinha um ano de idade a sua família
mudou-se para Telavive, onde cresceu e frequentou a escola. O seu pai morreu
quando ele era criança e ele trabalhou em idade precoce para sustentar a família.

Em 1941, já formado pela Escola de Agricultura Kadoorie, ingressa na


Haganá, uma organização paramilitar judaica, e dentro desta no seu corpo de
elite, o Palmach, onde foi oficial de operações. Durante a Guerra de
Independência (1948-1949) comandou a brigada Harel que conquistou a parte
Ocidental de Jerusalém. Com o cessar-fogo de 1949, foi membro da delegação
israelita nas negociações de paz com o Egipto.
Em 1948, durante a Guerra árabe-israelense de
1948 contraiu matrimónio com Lea Schlossberg, sua
esposa durante os seguintes 47 anos. O casal teve dois
filhos, Dalia (Pelossof-Rabin) e Yuval.

Entre 1964 e 1968 exerceu as funções de Chefe


do Estado-Maior do Exército israelita, tendo sido um dos
responsáveis pela vitória de Israel na guerra de 1967,
que opôs o país aos seus vizinhos árabes.

Após aposentar-se das Forças de Defesa de


Israel, tornou-se embaixador nos Estados Unidos entre
os anos de 1968 e 1973. Nesse ano regressa a Israel,
onde é eleito deputado no Knesset (Parlamento), pelo
Partido Trabalhista.

Foi Ministro do Trabalho no governo de Golda Meir. Com a queda do


governo de Meir, em 1974, Rabin é eleito primeiro-ministro, mas demite-se em
1977.

Entre 1985 e 1990 é membro dos governos de unidade nacional, onde


desempenhou as funções de Ministro da Defesa, tendo implementado a retirada
das forças israelitas do sul do Líbano. Apanhado desprevenido pela Intifada de
Dezembro de 1987, tenta, sem sucesso, reprimir o levantamento dos
palestinianos, ordenando que os soldados quebrem os ossos dos manifestantes.
Na ocasião, recebeu o pejorativo apelido de "quebra-ossos".

Em 1992 foi eleito líder do Partido Trabalhista, que conduz à vitória nas
eleições legislativas de Julho desse ano, tornando-se primeiro-ministro pela
segunda vez. Desempenhou um importante papel nos Acordos de Paz de Oslo,
que criaram uma Autoridade Nacional Palestiniana com algumas funções de
controlo sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Em Outubro de 1994 assinou o
tratado de paz com a Jordânia.

Foi galardoado com o Nobel da Paz em 1994 pelos seus esforços a favor
da paz no Oriente Médio, honra que partilhou com o seu Ministro dos Negócios
Estrangeiros, Shimon Peres, e com o então líder da OLP, Yasser Arafat.

No dia 4 de Novembro de 1995 foi assassinado pelo estudante judeu


ortodoxo Yigal Amir, militante de extrema-direita que se opunha às negociações
com os palestinianos, quando participava num comício pela paz na Praça dos
Reis (hoje Praça Yitzhak Rabin) em Telavive. Yigal foi condenado a prisão
perpétua. A sua viúva faleceu em 2000 de câncer no pulmão. O túmulo do casal
encontra-se no cemitério do Monte Herzl, Jerusalém em Israel.

Yasser Arafat

Yasser Arafat foi, durante largos anos, a mais importante figura do


movimento que tem vindo a pugnar pela formação de um Estado palestiniano.
Convencido da superioridade das reivindicações do seu movimento, combateu,
com ardor, todos aqueles que se opuseram à sua causa, surgindo, nos últimos
anos, como uma espécie de mártir.

Arafat sempre se retraiu a expor a sua vida privada. O seu casamento


com a palestiniana Suha Tawil, foi mantido em segredo largos meses. Deste
enlace teve uma filha, Zahwa. Embora existam divergências sobre o seu local
de nascimento, declarou ter vindo ao mundo em Jerusalém, a 24 de Agosto de
1929. Ainda criança, foi, com a sua família, para o Egipto, tendo
concluído, em 1956, o curso de engenharia,
na Universidade do Cairo. Nesse ano,
durante a crise do Canal do Suez,
participou voluntariamente no exército
egípcio, tendo Iniciado, a seguir, a sua
carreira como engenheiro no Kwait.

Em 1959, fundou o grupo Fatah,


hoje uma das principais facções da
Organização para Libertação da Palestina
(OLP). A Organização, formada em 1964,
compreendia, para além do
Fatah, um apreciável número de grupos que pugnavam pela libertação da
Palestina. Foi a Fatah, no entanto, quem, a partir da Guerra dos Seis Dias,
ocorrida em 1967, demonstrou possuir um maior poder organizativo, pelo que,
desde então, passou a liderar a OLP. A partir dessa altura, Arafat assumiu a
presidência do Comité Executivo desta Organização. Uma parte apreciável da
população palestiniana passou a ver em Arafat um estratega capaz de zelar
pelos seus interesses na disputa territorial com os israelitas.

A ideia inicial da OLP era a constituição de um Estado palestiniano no


lugar do Estado de Israel. No entanto, Arafat, ao reconhecer, em 1988, o Estado
de Israel, passou a pressupor a existência de um Estado palestiniano coexistindo
com os territórios israelitas. Para alguns analistas políticos, este reconhecimento
não invalidou a percepção que Arafat detinha sobre o conflito.

Arafat recusou, nos anos noventa, uma proposta de paz apresentada pelo
presidente israelita Ehud Barak, uma vez que esse acordo não contemplava uma
solução para o regresso dos refugiados palestinianos e não tecia quaisquer
considerações sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, que ambos os povos
disputam.

Em 1993, surgiu, no horizonte, uma esperança para o fim do conflito.


Reunidos em Oslo, Arafat e o primeiro-ministro israelista Yitzak Rabin, tentaram
conciliar as suas divergências, trazendo para o povo palestiniano a esperança
de, em breve, poder constituir um estado próprio. A boa vontade demonstrada
por ambos os líderes conduziu a que o prémio Nobel da Paz lhes fosse atribuído
em 1995. Na sequência dos acordos de paz estabelecidos na reunião de Oslo,
decorreram, em 1996, eleições na Palestina, tendo Arafat sido eleito presidente
da Autoridade Palestiniana. Infelizmente, as cláusulas do acordo foram sendo,
pouco a pouco, desrespeitadas, o que levou alguns analistas políticos a
considerar que se perdeu uma boa oportunidade de encetar novos processos
que conduzissem a uma situação de paz real na região.

Tendo fracassado todas as tentativas de conciliação, a guerra entre os


dois povos endurece.

No ano 2000, surge, na Cisjordânia, a segunda Infantada, que os


israelitas consideram ser impulsionada por Arafat, pelo que cercam os seus
escritórios em Ramallah, na Cisjordânia, mantendo-o numa situação de
isolamento apenas quebrada a 28 de Outubro 2004, em virtude do líder da
Autoridade Palestiniana necessitar de tratamento médico urgente. Conduzido ao
Hospital Militar de Paris, acaba por falecer a 11 de Novembro desse ano,
deixando atrás de si um sonho por realizar e um futuro incerto na região.

Ratko Mladić
Nome Completo: Ratko Mladić

Nascimento: 12 de março de 1943 ( tem 73


anos) em Kalinovik, Estado Independente da Croácia
Cargo: Comandante do Exército da República
Sérvia
Patente: Coronel-general

É um ex-militar sérvio, chefe do Exército da


República Sérvia durante a Guerra da Bósnia entre
1992-1995.

Mladić comandou diretamente o Massacre de


Srebrenica em julho de 1995, que causou a morte de
oito mil muçulmanos bósnios e o cerco de 43 meses a Sarajevo, onde milhares
de civis foram mortos por fogo de artilharia e de franco-atiradores instalados nas
colinas ao redor da cidade. O Tribunal Penal Internacional para a ex-jugoslávia
manteve uma ordem internacional de captura e detenção contra ele. A prisão de
Mladić era uma condição fundamental exigida pela União Europeia para
possibilitar a entrada da Sérvia no organismo. Depois de desaparecido por mais
de uma década, Mladić foi finalmente preso na Sérvia em 26 de maio de 2011.
Boutros-Ghali
Nome Completo: Boutros Boutros-Ghali
Nascimento: 14 de novembro de 1922 em
Cairo, Egito
Morte: 16 de fevereiro de 2016 (com 93
anos) em Gizé, Egito
Casou-se com: Leia Maria Boutros-Ghali

Foi um político e diplomata egípcio que foi o


sexto secretário-geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) de janeiro de 1992 a dezembro de
1996.

Académico e vice-ministro do Exterior do


Egito, Boutros Boutros-Ghali supervisionou a ONU num momento
em que esta lidou com várias crises mundiais, incluindo a
desintegração da Jugoslávia e o genocídio em Ruanda.

Ban Ki-Moon
Nome Completo: Ban Ki-moon

Nascimento: 13 de junho de 1944 (tem 71 anos) em


Eumseong, Chungcheong do Norte, Coreia do Sul
Casou-se com: Yoo Soon-taek
É o oitavo e atual secretário-geral da
Organização das Nações Unidas.

Antes de se tornar secretário-geral, Ban era


um diplomata no Ministério de Relações Exteriores
e Comércio da Coreia do Sul e na ONU. Entrou no
serviço diplomático no ano em que se formou na
universidade.

Ban conduziu inúmeras reformas


importantes no tocante à manutenção da paz e à contratação de empregados
na ONU. Diplomaticamente, demonstrou opiniões particularmente fortes sobre o
conflito de Darfur, onde ajudou a persuadir o presidente sudanês Omar al-Bashir
a permitir que as forças de paz entrassem no Sudão; e sobre o aquecimento
global, pressionando repetidamente o ex-presidente dos Estados Unidos George
W. Bush sobre a questão. Ban tem recebido duras críticas do Escritório de
Serviços de Supervisão Interna da ONU (ESSI), a unidade de auditoria interna
da ONU, declarando que o secretariado, sob liderança de Ban, está "à deriva na
irrelevância".

Em 2011, Ban concorreu sem oposição para um segundo mandato como


Secretário-Geral. Em 21 de junho de 2011, foi reeleito por unanimidade pela
Assembleia Geral e, portanto, continuará no cargo até 31 de dezembro de 2016.

Durão Barroso
Nome Completo: José Manuel Durão
Barroso
Nascimento: 23 de março de 1956 (tem 60
anos) em Lisboa, Portugal
Casou-se com: Margarida Sousa Uva

É um político e professor português, ex-


Presidente da Comissão Europeia, cargo que
ocupou entre 2004 e 2014.

Em Portugal, foi sub-secretário do Ministério


dos Assuntos Internos, em 1985, e ministro dos
Negócios Estrangeiros em 1992. Entre 2002 e 2004,
ocupou o cargo de primeiro-ministro da República Portuguesa. A
23 de novembro de 2004, Durão Barroso assumiu as funções de
Presidente da Comissão Europeia, tendo sido remetido no cargo
em Novembro de 2009, após ter sido reeleito pelo Parlamento
Europeu a 16 de Setembro.

G. Bush
Nome Completo: George Herbert Walker Bush

Nascimento: 12 de junho de 1924 (tem 91


anos) em Milton, Massachusetts, Estados Unidos
Casou-se com: Barbara Pierce Bush
Partido: Republicano

É um político americano, e foi o 41º


Presidente dos Estados Unidos (1989–93).
Filiado ao Partido Republicano, já havia
anteriormente sido o 43º Vice-presidente dos
Estados Unidos (1981–89), membro do
Congresso, embaixador, diretor da CIA, e atualmente é o mais
velho ex-presidente vivo.

Entrou para a política logo após fundar a sua própria empresa petrolífera,
servindo como membro da Câmara dos Representantes, entre outros cargos.
Concorreu sem sucesso para a candidatura a Presidente dos Estados Unidos
em 1980, porém foi escolhido por Ronald Reagan a ser candidato a Vice-
presidente. A política externa foi o que mais marcou sua presidência; operações
militares foram conduzidas no Panamá e no Golfo Pérsico em um período de
mudança no panorama político mundial. Na política interna, Bush não cumpriu a
promessa de campanha e, depois de travar uma luta contra o Congresso,
autorizou um aumento de impostos que o Congresso havia passado.

Bush é o pai de George W. Bush, 43º Presidente dos Estados Unidos, e


de Jeb Bush, ex-governador da Flórida e atual candidato à presidência dos
Estados Unidos.
G.W.Bush
Nome Completo: George Walker Bush

Nascimento: 6 de julho de 1946 (com 69 anos) em New


Haven, Connecticut, Estados Unidos
Casou-se com: Laura Welch
Partido: Republicano

É um político americano, tendo sido o 43.º presidente dos


Estados Unidos, de 2001 a 2009 e o 46.º governador do Texas,
de 1995 a 2000. George
é o filho mais velho de George H. W. Bush (o 41.º
presidente), sendo um dos dois presidentes norte-
americanos a serem filhos de um presidente
anterior. Após se licenciar pela Universidade Yale e
a Harvard Business School, Bush trabalhou na
empresa de petróleo da sua família. Nos primeiros
oito meses do seu primeiro mandato como
presidente, os ataques terroristas de 11 de
setembro de 2001 ocorreram. Em resposta, Bush
anunciou uma guerra global contra o terrorismo,
ordenou uma invasão ao Afeganistão no mesmo
ano, e uma invasão ao Iraque em 2003. Além das
questões de segurança nacional, Bush promoveu
políticas de reforma na economia, saúde,
educação, e segurança social. Em dezembro de 2007, os
Estados Unidos entraram na maior recessão pós-Segunda
Guerra Mundial. Apesar de Bush ter sido um presidente popular
no seu primeiro mandato, a aprovação do seu governo declinou
drasticamente no segundo mandato.

Atualmente um orador público e autor de um livro que fala sobre sua vida e sobre
sua presidência, intitulado Decision Points. A sua presidência tem sido descrita
por académicos como uma das piores da história americana.
O. Bin Laden

Nome Completo: Osama bin Mohammed bin


Awad bin Laden
Nascimento: 10 de março de 1957 em
Riade, Arábia Saudita

Morte: 1 de maio de 2011 (com 54 anos) em


Abbottabad, Khyber Pakhtunkhwa, Paquistão

Foi um dos membros sauditas da próspera


família bin Laden, além de líder e fundador da al-
Qaeda, organização terrorista à qual são atribuídos
vários atentados contra alvos civis e militares dos Estados
Unidos e dos seus aliados, destacando-se os ataques de 11
de setembro de 2001.

Desde 2001, bin Laden e a sua organização tinham sido os maiores alvos
da Guerra ao Terrorismo dos oficiais americanos e esteve entre os dez
emigrados mais procurados pelo FBI. A 1 de maio de 2011, dez anos desde os
atentados do 11 de setembro, o Presidente Barack Obama anunciou pela
televisão que Osama bin Laden havia sido morto durante uma operação militar
americana em Abbottabad. O seu corpo teria ficado sob a custódia dos Estados
Unidos e, após passar por rituais tradicionais islâmicos, teria sido sepultado no
mar. No entanto, em março de 2012, o WikiLeaks revelou e-mails da Stratfor
Global Intelligence (empresa privada de segurança, segundo os quais o
sepultamento de Bin Laden em alto-mar nunca aconteceu.

B. Obama
Nome Completo: Barack Hussein Obama II
Nascimento: 4 de agosto de 1961 (tem 54
anos) em Honolulu, Havai,
EUA
Casou-se com: Michelle Robinson Obama
Partido: Democrata

É um advogado e político dos Estados


Unidos, o 44.º e atual presidente, sendo o primeiro
afro-americano a ocupar o cargo.
Em 2004, após vencer a primária democrata
da eleição para o Senado
em Illinois, ele foi convidado para fazer um discurso na Convenção Nacional
Democrata daquele ano, e, com isso recebeu atenção nacional dos media. Foi
declarado como presidente em 20 de janeiro de 2009 e nove meses depois,
ganhou o Nobel da Paz. Durante o seu primeiro mandato, Obama assinou várias
propostas de estimulo económico em resposta à Grande Recessão que arrasou
os Estados Unidos entre 2007 e 2009. Na política externa, Obama ordenou o fim
do envolvimento americano na Guerra do Iraque; aumentou a quantidade de
tropas americanas no Afeganistão; assinou tratados de controle de armas com
a Rússia; autorizou uma intervenção armada na Guerra Civil Líbia; e ordenou
uma operação militar no Paquistão que resultou na morte de Osama bin Laden.
Obama foi reeleito presidente em novembro de 2012, e durante o seu segundo
mandato, promoveu políticas internas relacionadas com o controle de armas, e
também defendeu a igualdade LGBT. No âmbito externo, para conter a ameaça
do grupo Estado Islâmico (EI) na região do Oriente Médio, ordenou o regresso
das tropas militares ao Iraque e também autorizou ataques aéreos e navais
contra a Síria para combater as organizações jihadistas locais. Além disso,
continuou o plano de encerramento das operações de combate americanas no
Afeganistão. Também iniciou o processo de normalização das relações entre
Cuba e Estados Unidos, e firmou um acordo nuclear com o Irão.

Mário Soares
Nome Completo: Mário Alberto Nobre Lopes
Soares

Nascimento: 7 de dezembro de 1924 (tem 91


anos) em Lisboa, Estremadura, Portugal
Casou-se com: Maria Barroso
Partido: Partido Socialista (PS)
É um político português.

Político de profissão e vocação, co-fundador do


Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, o percurso de
Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao
Estado Novo, atividades que o levaram ao exílio político durante
o governo de Marcello Caetano. No processo de transição
democrática subsequente ao
25 de abril de 1974 afirma-se como líder partidário no campo democrático, sendo
ainda Ministro de alguns dos governos provisórios. Em seguida foi Primeiro-
Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhando o processo de
construção de políticas sociais pré-adesão às Comunidades Europeias.
Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
António Guterres

António Manuel de Oliveira Guterres,


nasceu a 30 de Abril de 1949 na Freguesia de
Santos-o-Velho, em Lisboa. Filho de Cândida
dos Reis Oliveira Guterres e de Virgílio Dias
Guterres, António Guterres viveu a sua
infância entre a capital e a terra natal da sua
mãe, Donas, na Beira Baixa.

Desde cedo demonstrou grande


capacidade intelectual. Aos quatro anos, por
ímpeto da tia,
Guterres aprendeu a ler e a escrever. Desde novo que Guterres foi um aluno
brilhante, terminando a Escola Primária no pódio e ingressando no Liceu
Camões, onde disputou a liderança da turma com Luís Miguel Cintra. No fim do
sétimo ano, Guterres ganha interesse pela Física, que afirmou ter sido a sua
“paixão platónica”, acabando o liceu com média de 18 valores.
Após este feito a Opus Dei, recruta-o. Guterres aceita sem saber bem do que se
tratava. Em 1965, chega ao Instituto superior Técnico.

Profundamente marcado pela educação católica, torna-se presidente do


Centro Social Universitário, vivendo as misérias de bairros como a Curraleira e
a Quinta da Calçada. Licencia-se em Engenharia Electrotécnica, em 1971, com
uma média final de 19 valores.

Dois anos depois, filia-se no Partido socialista (PS), pela mão de António
Reis. Atraído pelas ideias socialistas de Marx abandona a carreira universitária,
onde era regente das disciplinas de Teoria de sistemas e Sinais de
Telecomunicações no Técnico, dedicando-se à política.

No pós 25 de Abril, está pela primeira vez, na frente da tropa de rua do


PS. O percurso de António Guterres, no PS, conduziu-o à chefia do gabinete de
finanças.

Foi membro da Comissão de Integração Europeia e diretor de


Desenvolvimento Estratégico do Investimento e Participação de Estado. Em
1988, torna-se presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista e em
1989, entra no Conselho de Estado. No congresso de Fevereiro de 1992,
Guterres, ganha a liderança do partido a Jorge Sampaio, empenhando-se depois
nas legislativas de 1995.

Já como primeiro-ministro (eleito em 1995) aplica-se na construção de um


governo aberto, marcado pelo diálogo entre as várias forças políticas e por
paixões como a da educação. Já em Outubro de 1999 volta a ser eleito pelos
portugueses, e quase em paralelo assume a presidência da Internacional
Socialista. Acaba por se demitir em 2001 e sucederam-lhe Ferro Rodrigues, na
liderança do PS, e Durão Barroso, do PSD na chefia do governo.
Entre 2005 e 2015, António Guterres exerceu o cargo de Alto-comissário
das Nações Unidas para os Refugiados. Esteve presente na reunião de 2012
dos Bilderberg na Alemanha, já nessa qualidade.

Tomou posse a 7 de Abril de 2016 como Conselheiro de Estado,


designado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa nasceu em


12 de dezembro de 1948. É católico, participou em vários
movimentos da Igreja.

É licenciado em Direito pela Faculdade de Direito


da Universidade de Lisboa com a classificação de
dezanove valores e doutorado em Ciências Jurídico-
Políticas em 1985, com Distinção e Louvor.

Depois de ter iniciado a sua carreira docente na


área das Ciências Jurídico-Económicas, regeu as
disciplinas do Grupo de Ciências Jurídico-Políticas.
Presidiu aos Conselhos Científico e Pedagógico e ao
Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa. Pertenceu, por
inerência, a diversos órgãos, como o Senado Universitário
e integrou o júri do Prémio da Universidade de Lisboa. Em
representação da Faculdade de Direito da U.L., presidiu à
delegação que celebrou o primeiro acordo para a
Faculdade de Direito de Bissau, e lecionou nas
Universidades Agostinho Neto, Eduardo Mondlane e da
Ásia Oriental. Foi Professor da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas e da Faculdade de Direito da
Universidade Católica Portuguesa. Pertenceu à Comissão
de Instalação e ao Conselho Científico da Faculdade de
Direito da Universidade do Porto, por onde é doutor
honoris causa.

Foi Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e


Ministro dos Assuntos Parlamentares e membro do Conselho de Estado (2000-
2001 e 2006-16) e Presidente da Assembleia Municipal de Cascais, vereador e
líder da oposição na Câmara Municipal de Lisboa, Presidente da Assembleia
Municipal de Celorico de Basto.

Foi um dos fundadores do Partido Popular Democrático, depois Partido


Social– Democrata, tendo assumido a sua liderança de 1996 a 1999. Foi Vice-
Presidente do Partido
Popular Europeu, no qual integrou o PSD. Esteve na fundação dos jornais
“Expresso” e “ Semanário”, onde exerceu funções de direção e gestão.

Presidiu ou integrou órgãos de diversas associações, IPSS e da Santa


Casa da Misericórdia de S. Bento de Arnóia.Foi membro da Junta e Presidente
do Conselho Administrativo da Fundação da Casa de Bragança, curador do
Museu Nacional de Arte Antiga e das Fundações Vieira da Silva-Arpad Szenes
e António Quadros. É mecenas da Biblioteca Pública de Celorico de Basto.

Foi condecorado pelo Senhor Presidente Mário Soares com a Comenda


da Ordem de Santiago da Espada e pelo Senhor Presidente Jorge Sampaio com
a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Carlos Lopes

Carlos Alberto de Sousa Lopes (1947-) é um ex-atleta


e campeão olímpico português, um dos melhores da sua
geração e uma referência mundial do atletismo de longa
distância.

Lopes sobressaiu tanto nas provas de pista, como nas


de estrada e no corta-mato (cross-country). Foi vencedor da
Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1973.

Carlos começou a trabalhar como servente de


pedreiro, ainda não tinha onze anos, para ajudar a sustentar
a casa de família. Mais tarde, foi empregado de mercearia,
relojoeiro e contínuo. O atletismo
surgiu na vida do atleta por acaso numa correria com amigos, durante a noite,
ao voltar de um baile.

A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre; tinha
dezasseis anos. Lopes ficou em segundo lugar apesar da presença de corredores bem
mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de
crosse, e quase de seguida foi terceiro no Campeonato Nacional de Corta-mato para
juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat,
Marrocos. Lopes foi o melhor português, em 25º lugar.

Em 1967, Carlos Lopes foi recrutado pelo Sporting Clube de Portugal. A


ida para Lisboa, deveu-se tanto a razões desportivas, como à promessa de um
melhor emprego como serralheiro.
Em 1976, Lopes ganha pela primeira vez o Campeonato do Mundo de
Corta-Mato, que nesse ano se realizava em Chepstown, no País de Gales.

Lopes era uma das maiores esperanças portuguesas para os Jogos


Olímpicos de Montreal, no Verão de 1976 e teve a honra de ser o porta-bandeira
da equipa portuguesa durante a cerimónia inaugural. No entanto, acabou por
ficar em segundo. Era a primeira vez, desde há décadas, que Portugal
conquistava uma medalha olímpica, e a primeira vez no atletismo.

A 23 de Dezembro de 1977 foi feito Cavaleiro da Ordem do Infante D.


Henrique e, a 4 de Julho de 1984, foi elevado a Oficial da mesma Ordem.

Em 28 de julho de 1984, 16 dias antes da maratona olímpica, foi


atropelado pelo candidato à presidência do Sporting, Lobato de Faria.
Em 12 de Agosto, Carlos Lopes venceu a prova de maratona nos Jogos
de 1984, tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro nos
Jogos Olímpicos.

A 26 de Outubro de 1984 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem do Infante


D. Henrique e, a 24 de Agosto de 1985, a Grã-Cruz da mesma Ordem.

Em 2013, Carlos Lopes foi nomeado diretor do departamento de atletismo


do Sporting Clube de Portugal.

Rosa Mota

Rosa Maria Correia dos Santos Mota (1958-) é


uma ex-atleta portuguesa campeã olímpica e mundial
da maratona. Tornou-se conhecida principalmente
pelas suas prestações nesta prova, sendo considerada
por muitos como uma das melhores corredoras do
século XX nessa especialidade. Foi vencedora da
Medalha Olímpica Nobre Guedes em 1981.

Rosa Mota começou a correr quando ainda


frequentava o liceu. Começou com o Futebol Clube da Foz
em 1974 onde esteve até 1977. Em 1978 vai para o Futebol
Clube do Porto onde fica até 1980, onde teve um problema
de saúde relativo a asma. A partir de 1981 começou a
competir pelo Clube de Atletismo do Porto, onde esteve até
ao final da sua carreira atlética.

A primeira maratona feminina que existiu, decorreu em Atenas na Grécia


durante o Campeonato Europeu de Atletismo em 1982, foi também a primeira
maratona em que Rosa Mota participou e acabou por ganhar.

Rosa Mota disputou 21 maratonas entre 1982 e 1992, numa média de


duas maratonas por ano. Ganhou 14 dessas 21 corridas.

Apesar de todo este sucesso, Rosa Mota sofria de ciática, o que não a
impediu de continuar a colecionar triunfos, como fez em 1991, na Maratona de
Londres; ainda nesse ano, disputando o Campeonato Mundial de Atletismo em
Tóquio, Rosa viu-se obrigada a abandonar a corrida e finalmente retirou-se das
competições quando não conseguiu terminar a Maratona de Londres no ano
seguinte.

Em 2004, a maratonista Rosa Mota promoveu a maior corrida feminina


em Portugal, com um pelotão de cerca de dez mil mulheres ajudando a arrecadar
fundos para combater o cancro da mama.
Considerada uma Embaixatriz do Desporto, ganhou o Prémio Abebe
Bikila pela sua contribuição no desenvolvimento do treino das corridas de longa-
distância. Este prémio foi-lhe atribuído no final da Corrida Internacional da
Amizade, patrocinada pelas Nações Unidas e entregue antes da maratona de
Nova Iorque.

Em 2004, Rosa Mota transportou a chama olímpica pelas ruas de Atenas


antes das Olimpíadas de 2004.

Em 2012 Rosa Mota foi distinguida pela Association of International


Marathons and Distance Races (AIMS)
Álvaro Siza Vieira

Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira


nasceu em Matosinhos em 1933.

Estudou Arquitetura na Escola


Superior de Belas Artes do Porto entre
1949 e 1955, sendo a sua primeira obra
construída em 1954.

Ensinou na ESBAP entre 1966 e


1969; reingressou em 1976 como Professor
Assistente de “Construção”. Foi Professor
Visitante na Escola
Politécnica de Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes em
Bogotá, na
Graduate School of Design of Harvard University como “Kenzo Tange Visiting
Professor” e lecionou na Faculdade de Arquitetura do Porto, onde acabou por
exercer a sua profissão na cidade do Porto.

Recebeu numerosos Prémios, nomeadamente: em 1988, a Medalha de


Ouro da Fundação Alvar Aalto, o Prémio Prince of Wales da Harvard University
e o Prémio Europeu de Arquitetura da Comissão das Comunidades
Europeias/Fundação Mies Van der Rohe. Em 1992 foi-lhe atribuído o Prémio
Pritzker da Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua obra. Em 1998, o
Praemium Imperiale pela Japan Art Association, de Tóquio. Em 2001, recebe o
Prémio pela Wolf Foundation em Israel. Em 2002, recebe o Leão de Ouro em
Veneza (melhor projeto) pela Bienal de Veneza e o Prémio Vitruvio 2002 pelo
Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires.
É membro da American Institute of Arts and Science e “Honorary Fellow”
do Royal
Institute of British Architects.
Foi doutorado “Honoris Causa” por: Universidade Politécnica de
Valência, Escola
Politécnica Federal de Lausanne, Universidade de Palermo, Universidade
Menendez Pelayo, Universidade Nacional de Engenharia de Lima, Universidade
Coimbra e pela Universidade Lusíada.
Eduardo Souto de Moura

Eduardo Souto de Moura nasce no Porto, a 25


de julho de 1952. Licencia-se em arquitetura pela
Escola Superior de Belas-Artes do Porto, em 1980.
Colabora com o arquiteto Álvaro Siza Vieira de 1974
a 1979. De 1981 a 1991, trabalha como professor
assistente do curso de arquitetura na FAUP. Inicia a
atividade como profissional liberal em 1980. Desde
então projetou mais de 60 edifícios, em Portugal,
Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido e Suíça.
Professor convidado em Paris-Belleville, Harvard,
Dublin, Zurich e Lausanne. Entre as obras mais
conhecidas destacam-se o Estádio Municipal de
Braga, a casa das histórias Paula Rego em Cascais, a Casa das Artes no Porto,
a estação de metro da Trindade, entre muitas outras.

Recebeu vários prémios e participou em vários seminários e conferências em


Portugal e no estrangeiro. O seu trabalho tem sido objeto de várias publicações e
exposições. Em 2011 Eduardo Souto de Moura é distinguido com o prémio Pritzker,
considerado o nobel da arquitetura. Para a atribuição do prémio, o júri considerou que
durante as últimas três décadas, Souto de Moura produziu "Um corpo de trabalho que
é do nosso tempo mas que também tem ecos da arquitetura tradicional. (...) os seus
edifícios apresentam uma capacidade única de conciliar características opostas como o
poder e a modéstia, a coragem e a subtileza (...)".

Paula Rego
Paula Rego nasceu a 26 de Janeiro de 1935, em
Lisboa.

Oriunda de uma família republicana e


liberal, com ligações às culturas inglesa e francesa,
entra na St. Julians School, em Carcavelos,
residindo durante a infância e adolescência no
Estoril. Incentivada pelo pai a prosseguir o seu
desenvolvimento artístico fora do Portugal
salazarista
dos anos 50, Paula Rego ingressa na prestigiada Slade School of Fine Art, em
Londres, com apenas 17 anos.

Será aí que conhecerá vários artistas, entre os quais o seu futuro marido,
Victor Willing, com quem vem a casar em 1959 e de quem vem a ter três filhos
(Carolina, Victoria e Nicholas). O marido torna-se, então, um dos mais essenciais
críticos da obra de Paula Rego, produzindo várias vezes leituras fundamentais
do seu trabalho.

O reconhecimento de Paula Rego acontece desde bastante cedo, mas


será sobretudo a partir dos anos 90, aos 50 anos de idade, que se tornará um
nome incontornável, não só no panorama artístico português ou inglês, mas
também no plano internacional.

A artista foi inúmeras vezes convidada a produzir obras para galerias e


exposições específicas, não raramente em diálogo com as suas coleções,
tornando-se, em 1990, Primeira Artista Associada da National Gallery, em
Londres.

Rego conta com inúmeras exposições individuais e retrospetivas em


museus e galerias de renome, e com inúmeros prémios e distinções.

Atualmente, trabalha e reside em Londres, sendo representada pela


Marlborough Fine Arts. Dividindo o seu tempo entre Portugal e Londres ao longo
dos anos 60, Paula Rego instala-se definitivamente nesta cidade a partir de
1976, não obstante visitas e regressos a Portugal e, sobretudo, à sua casa de
família na Ericeira.

Esta irá inclusivamente figurar em muita da sua produção artística, como


diversas memórias e traços de um imaginário evocativo de uma certa "cultura
portuguesa", associada à sua infância.

Aires Mateus

Manuel Rocha Aires Mateus (1963) e


Francisco Xavier Rocha de Aires Mateus (1964)
nasceram e foram criados em Lisboa. Tiveram
grandes influências artísticas da mãe, que pintava
e escrevia, e do pai, que era arquiteto. Os dois
estudaram na Escola Secundária Artística António
Arroio e licenciaram-se em arquitetura na
Universidade Técnica de Lisboa.

Em 1983, os irmãos foram contratos pelo atelier do arquiteto Gonçalo Byrne.


Mas foi em 1988 que os irmãos uniram-se e fundaram o atelier Aires Mateus &
Associados. Manuel Aires Mateus lecionou na Universidade Técnica de Lisboa, na
Lusíada, na Academia de arquitetura de Mendrizio e na Faculdade de Arquitetura de
Harvard, nos Estados Unidos da América. Francisco Aires Mateus foi professor na
Escola Superior de Artes Decorativas de Lisboa e no Instituto Superior de ciências do
Trabalho e Empresa. Foi também professor convidado na Escola Superior de
Arquitetura da Universidade Internacional de Catalunha, em Barcelona.

Já ganharam bastantes prémios, tanto internacionais como nacionais


José Saramago

Filho e neto de camponeses, José Saramago nasceu


na aldeia de Azinhaga, província do Ribatejo, no dia 16 de
Novembro de 1922, se bem que o registo oficial mencione
como data de nascimento o dia 18. Os seus pais emigraram
para Lisboa quando ele não havia ainda completado dois
anos. A maior parte da sua vida decorreu, portanto, na capital,
embora até aos primeiros anos da idade adulta fossem
numerosas, e por vezes prolongadas, as suas estadas na
aldeia natal.

Fez estudos secundários (liceais e técnicos) que, por


dificuldades económicas, não pôde prosseguir. O seu
primeiro emprego foi como
serralheiro mecânico, tendo exercido depois diversas profissões: desenhador,
funcionário da saúde e da previdência social, tradutor, editor, jornalista. Publicou o seu
primeiro livro, um romance, Terra do Pecado, em 1947, tendo estado depois largo tempo
sem publicar (até 1966). Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu
funções de direção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na revista
Seara Nova. Em 1972 e 1973 fez parte da
redação do jornal Diário de Lisboa, onde foi comentador político, tendo também
coordenado, durante cerca de um ano, o suplemento cultural daquele vespertino.

Pertenceu à primeira Direção da Associação Portuguesa de Escritores e


foi, de 1985 a 1994, presidente da Assembleia Geral da Sociedade Portuguesa
de Autores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi diretor-adjunto do jornal Diário
de Notícias. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente do seu trabalho
literário, primeiro como tradutor, depois como autor. Casou com Pilar del Río em
1988 e em Fevereiro de 1993 decidiu repartir o seu tempo entre a sua residência
habitual em Lisboa e a ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias
(Espanha). Em 1998 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel de Literatura.
José Saramago faleceu a 18 de Junho de 2010
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